Geometria Sagrada

  • June 2020
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Geometria Sagrada Esta pesquisa é uma desmistificação da intolerância matemática sobre o Divino e o sutil.

Introdução 1 2 3

Mônada Díade Tríade

Ponto Reta Plano

sem dimensão bidimensional tridimensional

comprimento x largura comprimento x largura x altura

O um (“aum”) (a melhor representação seria o ohm) Segundo Leibniz, tudo o que existe provém do um, mas é cada vez menos perfeito, isto é, a cada multiplicidade uma parte da essência é perdida, formando algo novo. Um dos modos pelos quais a ordem da criação foi explicada foi pelo sistema numérico das díades, que usa somente o 1 e o 0. Assim, todos os numerais são expressos por esses dois: 2 = 10; 3 = 11; 4 = 100... Para Leibniz, esta é a mais elevada expressão da criação do cosmos; ela explica as unidades, as mônadas. Ao criar este sistema, inconscientemente, não percebeu que era o inverso do sistema chinês I Ching. A mônada não tem partes, não tem extensão, divisibilidade; só pode começar ou terminar de uma só vez. Ela começa pela criação e termina pela aniquilação. Uma mônada é diferente das outras em suas qualidades (utilidades); portanto, ela tem pluralidade de relacionamento. Ponto Sem dimensão É o 1 para os maias

Círculo Início = Fim É o bindu ou semente para os hindus (o pensamento de Deus)

A natureza da mônada é representar, por isso ela pode representar apenas parte das coisas, tornando confusa a assimilação dos detalhes do universo como um todo. Tome como exemplo os conjuntos: um conjunto em si é uma mônada com características latentes semelhantes, porém, os detalhes das partes deste conjunto são perdidos. Seja um conjunto de 3 pessoas; entende-se por pessoa um ser humano e ponto final. Mas quais os detalhes dos elementos desse conjunto? Essas pessoas são do gênero feminino ou masculino? Estão vivas ou mortas? São adultos ou crianças? São de que cor, peso, altura, nacionalidade? Assim, podemos entender que a mônada que representa estas 3 pessoas é constituída de 3 mônadas, cada qual com seu conjunto de detalhes. Então, nessa linha de raciocínio, cada mônada contém

uma infinidade de mônadas; isto é, o um é a representação do todo, ou de tudo. Por essa falta de consciência de todas as suas percepções, a mônada é limitada e imperfeita. Deus, por sua vez, é ilimitado e perfeito. Segundo Leibniz, cada corpo vivo tem uma mônada que é a alma e todos os corpos estão em constante mudança. Sendo Deus inteiramente dissociado de corpo, só ele é perfeito.

1

-

é a fonte é o original de todos os números é indivisível é o início e o fim todas as coisas desejam aquele um todos se esforçam para retornar a ele

Deus é a Unidade primordial. Em Deus está todo o poder que é a fonte de tudo.

A complexidade do um O que faz uma coisa ser? Existir? Racionalmente, uma coisa só quando nega aquilo que não é. O frio só é frio porque é a negação do calor. Para que uma coisa seja, seu oposto também deve ser. Dá-se então no começo do mundo criado a contingência da divisão da unidade em dois. Com o dois começaram os números. Tudo o que existe em seu problema matemático ou em seu universo é uma fração do uno desconhecido e, graças ao relacionamento entre essas frações é que toma-se conhecimento dessas partes. Diz Sri Aurobindo: Na origem das coisas, deparamos com uma massa infinita que contém finitos inexplicados; um indivisível pleno de divisões sem fim (...) Este paradoxo apenas pode ser explicado como o um; mas trata-se de uma unicidade infinita que pode conter as centenas, os milhares, os milhões (...) Isto não significa (...) que o um possa ser limitado ou descrito como uma soma de muitos. Pelo contrário, pode conter o infinito porque excede toda limitação ou descrição mediante a multiplicidade, e excede mesmo assim toda limitação mediante uma unicidade finita, conceitual. A Vida Divina A divisão da unidade Utilizando de figuras geométricas mostra-se como uma unidade absoluta pode tornar-se multiplicidade e diversidade. A unidade, enquanto símbolo

perfeito de Deus, se divide a si mesma a partir de dentro, criando assim o dois: o “eu” e o “me” de Deus, por assim dizer: o criador unidade e a multiplicidade criada.

1 eu

me

A unidade se pode representar apropriadamente como um círculo, ou seja, a unidade não manifesta; como também pode ser concebida como o quadrado que, em sua simetria perfeita, também representa o todo e, por assim dizer, está prestes a se manifestar. O quadrado representa as quatro orientações primárias, o norte, o sul, o leste e o oeste, que tornam compreensível o espaço, e é formado por dois pares de elementos perfeitamente iguais e contudo opostos.

A “Vesica Piscis”

Nesta representação, a divisão com círculos ocorre desenhando círculos que têm o centro respectivamente num ponto da circunferência do outro,

formando uma zona central em forma de peixe (uma das fontes de referência a Cristo). Cristo é simbolicamente a região que une o céu e a terra, o superior e o inferior, o criador e a criação. Assim, a interseção dos círculos determina o reino intermediário, que faz parte tanto do princípio imutável como do mutável, do eterno e do efêmero. A consciência humana funciona como mediadora, equilibrando os dois polos complementares da consciência. Em estudos derivados de palestras e livros da nossa Ordem, temos que a intersecção desses círculos representa a união da Energia Alma e da Energia Espírito, representando a área das ações.

Consciência Universal

Consciência

Consciência

Equilibradora

Empírica

Muitas são as representações geométricas à coisas religiosas e espirituais que encontramos desde muitos séculos antes da era Cristã. O próprio surgimento dos números como conhecemos, é uma grande evolução dos simbolismos primitivos para contagem. Em nossa Ordem, vemos e revemos o simbolismo do triângulo e suas pontas, simbolizando diversas tríades especiais: - pai, filho e espírito-santo - a lei do triângulo - início, meio e fim - nascimento, morte e renascimento - número, peso e medida - altura, largura e comprimento - cabeça, tronco e membros - passado, presente e futuro - Deus (Theos), o Verbo (Logos) e Alma (Psique), para Platão - Pai, Mãe e Filho - Osíris, Ísis e Hórus A Matemática, principalmente a Geometria, está presente nas referências simbólicas mais diversas, tanto numéricas, mundanas, quanto espirituais, sutis e mágicas.

Podemos citar, entre as relações mais famosas, a Razão Áurea, presente nas famosas criações de Leonardo da Vinci e nas construções dos Templos Sagrados. a

A razão áurea diz que para um segmento, como o ao lado, temos:

A

b B

C

a a+b = =ϕ b a

O valor de

, arredondado a três casas decimais, é de 1,618.

O pentagrama é obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular. O pentágono menor, formado pelas interseções das diagonais, está em proporção com o pentágono maior, de onde se originou o pentagrama. A razão entre as medidas dos lados dos dois pentágonos é igual ao quadrado da razão áurea. A razão entre as medidas das áreas dos dois pentágonos é igual à quarta potência da razão áurea. Quando Pitágoras descobriu que as proporções no pentagrama eram a proporção áurea, tornou este símbolo estrelado como a representação da Irmandade Pitagórica. Este era um dos motivos que levava Pitágoras a dizer que "tudo é número", ou seja, que a natureza segue padrões matemáticos. Retângulo Dourado Trata-se do retângulo no qual a proporção entre o comprimento e a largura é aproximadamente o número Phi, ou seja, 1,618, que reflete, inclusive, as proporções do Parténon. Os Egípcios fizeram o mesmo com as pirâmides. Por exemplo, cada bloco da pirâmide era 1,618 vezes maior que o bloco do nível a cima. As câmaras no interior das pirâmides também seguiam essa proporção, de forma que os comprimentos das salas são 1,618 vezes maior que as larguras. Efeitos Algumas das correntes místicas acreditam que objetos cujas dimensões sejam relacionadas a Phi, harmonizam-se com a glândula pineal, o que provocaria ou estimularia uma sensação de beleza e harmonia no ser humano. Ao estudarmos esse lado místico, encontramos referências à arquitetura dos templos de igrejas e ordens místicas ou esotéricas. A disposição do altar,

as pirâmides ou estações, a localização dos convidados e da equipe ritualística... Uma série de místicos usufruem da simbologia geométrica para representar suas crenças e estudos, como podemos ver a seguir: - Astrologia - Alquimia

- Taoísmo

- Cabalah

- Rosacruz - Judaísmo

- Martinismo

- I Ching

- Mandalas

A Mandala pode servir como tema de meditação que leva ao autoconhecimento e ao poder de concentração, e, por conseqüência, é uma excelente ferramenta de auto-ajuda no controle do estresse e da depressão. É elaborada a partir da Numerologia, Signo e Cor da pessoa, incorporando dessa forma, desenhos e figuras geométricas que somente a ela dizem respeito. Sua elaboração leva em conta ainda a prosperidade material assim como as boas vibrações amorosas no sentido de obter sucesso nas relações. Em suma, a mandala, simbolizada por um círculo e seu ponto central, representa o ser e o mundo ao seu redor. Este mundo, onde as coisas acontecem, mudam, transformam, é inquieto e perturbador. A chave da mudança, ou compreensão, do ser, é o voltar-se para o centro, ou seja, olhar para dentro de si e conhecer-se. Assim, numa mandala temos:

- Ação - Transformação - Agitação

- Quietude - Auto-conhecimento - Reflexão

Observando a 10ª carta do tarô, a Roda do Destino (ou Roda da Fortuna), como uma mandala, podemos relacionar as mesmas características, como: - o movimento da roda representando o turbilhão de acontecimentos no mundo ao nosso redor; - seu incessante movimento giratório caracteriza as constante mudanças e transformações, a partir do centro ou para o centro; - considerando o duo macro x microcosmo, entendemos o mesmo relacionamento de ação e reflexão, mutação e evolução. Ao tomar consciência do centro, do nosso centro, ao nos conhecermos e entendermos quem somos e o que queremos, nos prontificamos a girar a Roda do Destino, às vezes tendo que dar uma volta completa em nosso centro, ou seja, acatar uma grande mudança em nossa vida dando chance à Roda girar e nos levar ao topo, ao nosso topo, ao nosso objetivo, ao nosso sucesso. Assim, após vermos tantos simbolismos, matemática e geometria, proponho que você experimente chegar ao seu centro através de uma mandala.

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