Florestan-fernandes-marx-e-engels-historia-1983.pdf

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Marx Engek; Organizador: Organizador: Florestan Florestan Fernandes Fernandes

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N.Cham 907.2 907.2 N.Cham

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Autor: arl.ll 8818-188 Au tor: Marx, Marx, K Karl, l 8-188 Tltulo: F. Engels: historia . Título: K. K. Marx, Marx, F. Engels : historia

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Coosultorla Consultoria geral geral — »«>__ Florestan piorestan Fernandes Fernandes ------ · -· !) icoordena~io I K) ~ (n I· I ' ~I iCoordenação editorial editorial · .._, A. Boschi ,t f .. Carolina Carolina de de A. Boschi Tradutio Tradução 1'lorestan lorestan 1 Fernandes. Viktor Ebrenreich, Flavio Rene Kothe, Fernandes, Viktor von von Ehrenreich, Flávio René Kothe, I Regis Régis Barbosa Barbosa .ee Mario Mário Curvello Curvello Revisão tecolca técnica da da tradu~io tradução __ . ·--· Revlsio Jose Ehrenreich José Paulo Paulo Netto, Netto, Jose José A. A. Giannotti Giannotti ee Viktor Viktor von von Ehrenreich Copldesque Copidesque N. N. Nicolai Nicolai i

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ARTE ARTE

Coordeoa~io Coordenação Antonio Antônio do do Amaral Amaral Rocha Rocha Arte-final Arte-final Rene René Etiene Etiene Ardanuy Ardanuy Produ~io Produção graflca gráfica Elaine Elaine Regina Regina de de Oliveira Oliveira Layout Layout da da capa capa Elifas Elifas Andreato Andreato

ISBN ISBN 85 85 08 08 03288 03288 9 9 1989 1989 Todos T odos os os direitos direitos reservados reservados pela pela Editora Editora Arica Ática S.A. S.A . R. Barao R. Barão de de Iguape, Iguape, 110 110 -— Tel.: Tel.: P P ABX A B X 278-9322 278-9322 C. - S. C. Postal Postal 8656 8656 -— End. End. Telegrafico Telegráfico "Bomlivro" “ Bom livro” — S. Paulo Paulo

SUMARIO INTRODUCAO INTRODUÇÃO (por (por I.1 1! II. III. Ill. IV IV.

Florestan Florestan Fernandes), Fernandes), A consclencia A consciência revolucionarta revolucionária da da hist6ria, história, A A hist6ria história em em processo. processo, 0 0 curso curso hist6rico histórico das das clvlltzacoes. civilizações, Natureza Natureza e e significado significado do do materialismo materialismo hist6rico. histórico,

99 17 17 47 47 74 74 111 111

I. 1. A, A CONSCU:NCIA CONSCIÊNCIA REVOLUCIONARIA REVOLUCIONÁRIA DA DA HISTORIA HISTÓRIA 1

2. 2. 3. 3. 4. 4. 5. 5.

II. II.

K. allenado e K. Marx: Marx: Trabalho Trabalho alienado e superacao superação positiva positiva da da auto-allenacao auto-alienação humana humana (Manuscritos (M a n u s c rito s econ6mico-fi/os6ficos econ ôm ico -filos ófic os de de 1844). 1844), K. K. Marx Marx ee F. F. Engels: Engels: A A hist6ria história dos dos homens homens (A [A ideologia id eologia stems), a le m ã ), K. K. Marx: Marx: A A llbertacao libertação da da classe classe oprimida oprimida (Miseria (M is é r ia da da Filosofia). Filos ofia ), K. K. Marx Marx e e F. F. Engels: Engels: Pratlca Prática subversiva subversiva e e consclencla Mensagem do consciência revoluclonaria revolucionária I" ("Mensagem do Cornite Comitê Central Central aà Liga Liga de de marco março de de 1850"). 1850” ), K. K. Marx: Marx: Teoria Teoria e e processo processo hist6rico histórico da da revolucao revolução social social Iprefaclo (prefácio aà Contributcso C o n trib u iç ã o aà critica critica da da Economia E conom ia Political. Política),

146 146 182 182 215 215 220 220 231 231

A A HISTORIA HISTÓRIA EM EM PROCESSO PROCESSO 1.1. 2. 2. 3. 3. 4. 4. 5. 5.

F. F. Engels: Engels: Os Os grandes grandes agrupamentos agrupamentos de de oposicao oposição ee suas - Lutero suas ideologias ideologias— Lutero e e Munzer Münzer (As guerras guerras camponesas c am p o n e s as na na Alemanha), A le m a n h a ), K. K. Marx: Marx: 0 0 13 13 de de Junho junho de de 1849 1849 (As na Prence (As lutas lutas de d e classes cla ss e s na França de de 1848 1848 a a 1850), 1850), K. K. Marx: Marx: 0 0 coup coup de d e main m ain de de Luis Luís Bonaparte Bonaparte (0 Bonaparte). (0 18 18 Brumerio Brum ário de d e Luis Luís B o nap arte), K. K. Marx: Marx: 0 0 que que eé aa Comuna? Comuna? (A [A guerra guerra civil civ il na na Frencei, França), F. F. Engels: Engels: Manchester Manchester (A [A sttuecso situação da da classe cla ss e opererie o perária na na lnglaterra). In gla terra ),

236 236 253 253 280 280 293 293 308 308

Ill. III.

0 0 CURSO CURSO HISTORICO HISTÓRICO DAS DAS CIVILIZACOES CIVILIZAÇÕES 1.1. 2. 2. 3. 3. 4. 4. 5. 5.

IV. IV.

F. I izacao F. Engels: Engels: Barbarie Barbárie ee civi civilização (A (A origem o rig e m da da iemilte. fam ília, da da propriedade prop rie d a d e privada privada ee do do Est ado). E s ta d o ), K. K. Marx: Marx: A A evolucao evolução da da propriedade propriedade (Fundamentos (F u n d am e n to s da da critica c rítica da da Economia E conom ia Politica), P o lític a ), K. K. Marx Marx ee F. F. Engels: Engels: Burgueses Burgueses ee proletarlos proletários (Manifesto ( M a n ife s to do do Partido Partido Comunista). C o m u n ista ), K. K. Marx: Marx: Heproducao Reprodução simples simples ee lei lei geral geral da da acurnulacao acumulação capitalista capitalista (0 [ 0 capita/), capital), K. K. Marx: Marx: Producao Produção progressiva progressiva de de um um excesso excesso relativo relativo de de populacao população ou ou exerclto exército industrial industrial de de reserva reserva (0 ( 0 capital). c apital),

319 319 337 337 365 365 376 376 394 394

NATUREZA NATUREZA E E SIGNIFICADO SIGNIFICADO DO DO MATERIALISMO MATERIALISMO HISTORICO HISTÓRICO 1.1.

F. isrno moderno F. Engels: Engels: 0 0 material materialismo moderno (Do (Do socialismo socialis m o ut6pico utópico so ao socielismo socialis m o cientifico). c ie n tífic o ), 2. 2. K. K. Marx: Marx: O 0 rnetodo método da da economia economia politica política (Contribuii;ao ( C o n trib u iç ã o a à critics c rítica da da Economia E conom ia Politica), Política), 3. K. 3. K. Marx: Marx: Auto-avallacao: Auto-avaliação: porte porte e e significado significado de de O 0 capital c a p ita l (prefacio (prefácio aà 1.• 1.a edlcao edição ee posfacto posfácio aà 2.• 2.a edi<;ao edição de de O 0 capital). capital), 4. K. K. Marx Marx ee F. F. Engels: Engels: Reflex6es Reflexões sabre sobre aa expllcacao explicação materialista materialista da da hist6ria, história,

K. K. Marx: M arx: Critica C rítica aa Proudhon Proudhon (carta (carta aa P. P. V. V. Annenkow), Annenkow), K. K. Marx: M arx: 0 0 que que é novo novo no no materialismo m aterialism o hist6rico histórico (Carta (Carta aa J. J. Weydemeyer), W eydemeyer), K. K. Marx: M arx: Sobre Sobre aa lei lei do do valor valor (carta (carta aa L. L. Kugelmann), Kugelmann), K. K. Marx: M arx: Tecnologia Tecnologia e e revolucao revolução industrial industrial (carta (carta aa F. F. Engels). Engels), K. K. Marx: M arx: A A comoaracao comparação na na investiqacao investigação hist6rica histórica (carta (carta à Hedacao Redação da da Otetschestwennyfe O tetschestw ennyje Sapiski), S apiski}, K. K. Marx: M arx: A A questao questão irlandesa irlandesa (carta (carta aa S. S. Meyer M eyer e e A. A. Vogt), Vogt), F. A concepcao F. Engels:· Engels: -A concepção materialista m aterialista da da hist6ria história (cartas (cartas aa C. C. Schmidt). Schm idt), F. F. Engels: Engels: Derlvacao, Derivação, acao ação reciproca recíproca ee causacao causação em em uma uma perspective perspectiva dialetlca dialética (carta (carta aa F. F. Mehring). M ehring), F. F Engels: Engels: Necessidade Necessidade e e acidente acidente na na hist6ria história (carta (carta aa H. H. Starkenburg), Starkenburg), F. F Engels: Engels: Um Um punhado punhado de de gente gente pode pode fazer fazer aa revolucao? revolução? (carta (carta aa V. V. I.I. Zassulitch), Z assulitch),

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5. 5.

F. F. Engels: Engels: Ciencta Ciência ee ideologia ideologia na na hist6ria: história: aa sltuacao situação do do historiador historiador marxista marxista (L. ( L feuerbach F.euerbach ee oo fim fim da da Filosofia Filosofia clesstce clássica eletne), a le m ã ),

406 406 409

4, 18 418 431 431 431 4ál

44|1 44l1

44;3 443 445 445 I 447 450 455 464

468 468 471 471 475

INTRODUCAO INTRODUÇÃO ,

Florestan Ftarestan Fernandes Fernandes Professor Professor de de Sociologia Sociologia da: da: Universidade 1945-69) Universidade de de Sao São Paulo Paulo ((1945-69) Columbia 1965-66) Columbia University University ((1965-66) Universidade de Universidade de Toronto Toronto (1969-72) (1969-72) Yale University (1977) Yale University (1977) Pontificia Pontifícia Universidade Universidade Catolica Católica de de Sao São Paulo Paulo

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Textos para para esta esta edl~o edição extraidos extraídos de: de: Textos M a r x , K. K. e e ENGELS, E n g e l s , F. F . Werke. Werke. Ergiinzungsband: Erganzungsband: Schriiten, Schriften, Manuskripte, Manuskriple, Briefe Briefe MARX, bis Berlim, Dietz bis 1844. 1844. Berlim, Dietz Verlag, Verlag, 1977. 1977. t. t. I.I. M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F. Werke. Werke. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, 1969. v. v. III. MARX, Verlag, 1969. Ill. M a r x , K. K. Oeuvres. Oeuvres. Économie Bibliothèque de de la Pléiade. Paris, Paris, Gallimard, Gallimard, MARX, Econornie I.I. Bibliotheque la Pleiade. 1965. MARX, M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F. Werke. Werke. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1980. 1980. v. IV. 1965. v. IV. M a r x , K. K . Contribuiciio Contribuição a à critica crítica da da Economia Economia Polittca. Política. Trad. Trad. ee intr. intr. de de Florestan Florestan MARX, Fernandes. Slio São Paulo, Paulo, Ed. Ed. Flama, Flama, 1946. 1946. Fernandes. E n g e l s , F. F. Die Die Lage der arbeitenden arbeitenden Klasse Klasse in in England. England. 5. 5. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz ENGELS, Lage der Verlag, Verlag, 1972. 1972. M a r x , K. K. Grundrisse Grundrisse der der Kritik K ritik der der politischen politischen Okonomie Okonomie (Rohentwurf). (Rohentwurf). 18571857MARX, -1858. 2. 2. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1974. 1974. -1858. M a r x , K. K. e e ENGELS, E n g e l s , F. F . Manifesto M anifesto do do Partido Partido Comunista. Comunista. Slio São Paulo, Paulo, Escriba, Escriba, s.d. s.d. MARX, M a r x , K. K. Das Das Kapital. Kapital. 21. 21. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1975. 1975. MARX, M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F. Ausgewiihlte Ausgewàhlte Werke. Werke. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, 7. ed ed.,.. 1978, MARX, Verlag, 7. 1978, v. I; 9. 9. ed., ed., 1981, 1981, v. v. II; II; 8. 8. ed. ed. 1979, 1979, v. v. III; III; 8. 8. ed., ed., 1979, 1979, v. IV; 7. 7. ed., ed., 1979, 1979, v. I; v. IV; v. V; V; 7. 7. ed., ed., 1979, 1 979, v. v. VI. VI. v. MARX, Verlag. 1954. M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F . Briefe Briefe iiber über "Das "Das Kapitai", K apital’’. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, 1954.

Em Em 14 14 de de marco março de de 1983 1983 completou-se completou-se oo cencen­ tenario tenário do do falecimento falecimento de de Karl Karl Marx. Marx. Ele Ele foi foi um um dos dos principais principais fundadores fundadores das das ciencias ciências sociais, sociais, oo maior teorico maior teórico do do movimento movimento operario operário europeu europeu ee do do comunismo comunismo revolucionario revolucionário ee uma uma das das grandes grandes figufigu­ ras historicas tempos modernos. ras históricas dos dos tempos modernos. Esta Esta antologia antologia constitui uma homenagem constitui uma homenagem aa sua sua rnemoria memória..

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e

"Em “Em toda toda aa ciencia ciência oo dificil difícil é oo comeco" começo.”

Karl K arl Marx M arx

Introdu~ao Introdução



Uma antologia antologia constitui constitui um um instrumento instrumento de de trabalho trabalho do do Ieitor, leitor. TenTen­ Uma tei, limites da minha experiencia tei, nos nos limites da minha experiência ee do do meu meu conhecimento, conhecimento, desincumdesincumbir-me bir-me da da tarefa tareia de de organizador organizador desta desta antologia antologia tendo tendo em em vista vista esse esse fim. fim. Imprimi aà selecao seleção dos dos textos textos ee aà elaboracao elaboração dos dos comentarios comentários pertinentes pertinentes Imprimi um carater caráter didatico, didático, com com o o fito fito de de colaborar colaborar com com oo leitor leitor na na aventura aventura um que ele ele esta está iniciando. iniciando. 0 O prop6sito propósito que que me me anima, anima, do do comeco começo ao ao fim, fim, que consiste em em recapturar, recapturar, tanto tanto quanta quanto isso isso eé possivel possível em em uma um a obra obra desta desta consiste natureza, as as ideias idéias centrais centrais de de K. K. Marx M arx ee F. F. Engels Engels sabre sobre aa ciencia ciência da da natureza, história. S6 Só depois depois disso disso eé que que tentei tentei ressaltar, ressaltar, quando quando me me pareceu pareceu necesneces­ hist6ria. sário, oo significado significado de de suas suas posicoes posições ee de de suas suas contribuicoes contribuições para para oo ((ou sario, ou no) desenvolvimento desenvolvimento posterior posterior das das ciencias ciências sociais. sociais. Como Como escreve escreve um um no) dos dos mais mais notaveis notáveis historiadores historiadores marxistas: marxistas: "O rnetodo, “O marxismo, m arxism o, que que eé ao ao mesmo m esm o tempo tem po um um m étodo, um um corpo corpo de de pensapensa­ mento m ento te6rico teórico ee um um conjunto conjunto de de textos textos considerados considerados por por seus seus seguidores seguidores com o uma uma fonte fonte de de autoridade, autoridade, sempre sem pre sofreu sofreu com com a a tendencia tendência dos dos como marxistas marxistas de' de comecar com eçar por por decidir decidir oo que que pensam pensam que que Marx M arx deveria deveria ter ter dito dito ee depois depois procurar procurar aa confirmacao confirm ação nos nos textos, textos, dos dos pontos pontos de de vista vista escolhidos" escolhidos” 1 1.. Evitei cuidadosamente cuidadosamente esta esta tendencia, tendência, que, que, alias, aliás, seria seria contradit6ria contraditória ee Evitei contraproducente contraproducente na na preparacao preparação de de uma uma antologia. antologia. A universidade universidade ee aa especializacao especialização criaram criaram um um processo processo profundo profundo A persistente de de fragmentacao fragmentação do do trabalho trabalho de de investigacao investigação em em todas todas as as ee persistente 11 HoBSBAWM, H o b s b a w m , E. E. J. J.

Revoluciondrios. p, Revolucionários, p , 155. 155.

10

e

ciencias. Esse processo, porem, é mais intenso ee devastador devastador nas nas ciencias ciências. Esse processo, porém, mais intenso ciências sociais. antrop6logo, oo cientista sociais. 0 O soci6logo, sociólogo, oo historiador, historiador, oo antropólogo, cientista politico, político, oo psic6logo, psicólogo, mesmo m esm o quando quando marxistas, marxistas, sucumbem sucumbem aa essa essa tendencia, tendência, r• afirafirmando-se primeiramente em mando-se primeiramente em name nome de de sua sua especialidade. especialidade. Marx M arx ee Engels Engels trabalharam direcao oposta, oposta, defendendo concepcao unitaria trabalharam numa numa direção defendendo uma uma concepção unitária de uma ciencia Se de ciencia ciência ee representando representando aa hist6ria história coma como uma ciência de de sintese. síntese. Se lidei textos de de K. Marx ee F. lidei com com textos K. Marx F. Engels Engels desde desde oo inicio início da da minha minha carreira por isso escapei aà especialização especializacao dominante. dominante. É como como ca rre ira 2,2, nem nem por isso escapei soci6logo, Provavelmente um sociólogo, portanto, portanto, que que me me lance lanço aa esta esta tarefa. tarefa. Provavelmente um historiador poderia dar recado com historiador poderia dar conta conta do do recado com maior maior elasticidade elasticidade ee prepre­ cisao. um historiador historiador escrupuloso, nao eé fácil Iacil ser cisão. Mesmo Mesmo aa um escrupuloso, não ser complecomple­ tamente autores coma dizia, aa prop6sito tamente justo justo com com dais dois autores como eles. eles. Um Um dizia, propósito de de "marxistas" franceses da "tudo oo que sei ée que “marxistas” franceses da decada década de de 1870: 1870: “tudo que sei que eu eu nao não 8. 0 sou marxista" 3. originasou um um marxista” O outro outro atribuia atribuía ao ao companheiro companheiro toda toda aa origina­ lidade lidade ee papel papel criativo. criativo. Nao Não me me posso posso por pôr aà sua sua altura, altura, mas mas tenho tenho consciencia para sair pele do do consciência de de que que me me esforcei esforcei para sair da da pele do especialista especialista ee do adepto ciencia adepto do do marxismo, marxismo, para para entender entender melhor melhor aa sua sua concepcao concepção de de ciência ee da hist6ria. De em nenhum da ciencia ciência da da história. De qualquer qualquer modo, modo, em nenhum momenta momento senti-me contradicao com que cheguei cheguei aa defender no campo senti-me el}l em contradição com as as ideias idéias que defender no campo da da sociologia sociologia ou ou com com as as esperanças esperancas de de todos todos os os socialistas, socialistas, de de que que as as relacoes relações entre entre ciencia ciência ee sociedade sociedade serao serão profundamente profundamente alteradas alteradas no no futuro. futuro. Alern Além dessas dessas duas duas consideracoes considerações previas, prévias, julgo julgo que que devo devo fazer fazer uma uma pequena história hist6ria desta Jose A Arthur pequena desta antologia. antologia. 0 O Dr. Dr. José rthur Giannotti Giannotti ée quern quem deveria deveria organiza-la. organizá-la. Infelizmente, Infelizmente, as as circunstancias circunstâncias nao não lhe lhe pennitiram, permitiram, depois depois de de varies vários anos, anos, que que se se encarregasse encarregasse dessa dessa obra obra ee oo substituto substituto que que ele nao se animou aa realiza-la. ele escolheu escolheu não se animou realizá-la. Inicialmente, Inicialmente, o o projeto projeto se se referefe­ ria somente aa K. Marx. Ao Ao ter antologia, ampliei ria somente K. Marx. ter de de encarregar-rne encarregar-me da da antologia, ampliei oo projeto projeto ee incorporei incorporei F. F. Engels Engels ao ao mesmo. mesmo. Dai Daí resultou resultou um um volume volume duplo, "Grandes Cientistas Cientistas Sociais", duplo, contra contra as as normas normas da da colecao coleção “Grandes Sociais” . Ha Há

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Em traducao que fiz da Em 1946, 1946, saia saía aa tradução que fiz da Contribuiciio Contribuição a à cruica crítica da da Economia Economia PoPo­ litica, extensa introducao curso lítica, editada editada com com extensa introdução de de minha minha autoria; autoria; em em 1954, 1954, em em um um curso sobre nesse ano professores sobre "Os “Os Problemas Problemas da da Inducao Indução na na Sociologia", Sociologia”, dado dado nesse ano aa professores de especial atenção aten~iio aa K. K. Marx de sociologia sociologia de de escolas escolas normais, normais, dediquei dediquei especial Marx (publicado (publicado nessa data, nessa data, o o ensaio ensaio foi foi incluido incluído em em Fundamentos Fundamentos empiricos empíricos da da expllcaciio explicação sociosocio­ l6gica lógica na na Sociologia). Sociologia). Nos Nos cursos cursos ou ou nos nos livros livros que que tratam tratam de de teoria teoria socio16gica, sociológica, as contribuições de K. K. Marx Marx sempre sempre foram foram consideradas consideradas em em termos de sua sua imporimpor­ as contribuicoes de termos de tancia hist6ria da tância na na história da materia; matéria; por por fun, fim, em em A A natureza natureza sociol6gica sociológica da da Sociologia, Sociologia, oo significado significado de de K. K. Marx Marx entre entre os os classicos clássicos eé parte parte da da ternatica temática do do capitulo capítulo l; 1; oo capitulo capitulo 66 focaliza as capítulo .S5 eé devotado devotado a à "Sociologia “Sociologia ee marxismo" marxismo” ee o o capítulo focaliza as questoes para oo comunismo. presenca de K. Marx Marx questões da da transi~iio transição para comunismo. Nos Nos cursos, cursos, aa presença de K. dependia Na pos-graduacao ~UC-SP, em em 1980 1980 ee dependia da da natureza natureza do do assunto. assunto. Na pós-graduação da da PUC-SP, J1981, 98 I, dei movimento operario em Sao dei quatro quatro cursos cursos semestrais semestrais sobre sobre oo movimento operário em São Paulo, Paulo, ee ai empreender um um melhor aí tive tive oportunidade oportunidade de de empreender melhor aproveitamento aproveitamento da da contribuicao contribuição te6rica teórica de de K. K. Marx. Marx. s3 MAllX, F. Selected no M ar x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. Selected correspondence, correspondence, p. p. 415 415 (''marxistas" (“marxistas” como como no original). original). 22

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aa considerar, que aa mesma colecao ja contem duas considerar, tambern, também, que mesma coleção já contém duas obras obras sobre sobre 4• Fiz o possivel para evitar a repeticao K. Marx ee uma K. Marx uma sobre sobre F. F. Engels E ngels4. Fiz o possível para evitar a repetição de textos. Mas Mas falhei no que que diz diz respeito de textos. falhei redondamente redondamente no respeito aà coletanea coletânea organizada pelo Dr. Ianni. 0 mais grave organizada pelo Dr. Octavio Octavio Ianni. O mais grave eé que que as as repeticoes repetições atingem diversos nao podia atingem diversos textos, textos, dos dos quais quais não podia prescindir prescindir sem sem prejuizo prejuízo da da informacao ee da generoinformação da formacao formação do do leitor. leitor. 0 O professor professor Ianni Ianni concordou concordou genero­ samente com meu alvitre, felizmente, nao seu samente com o o meu alvitre, que, que, felizmente, não afeta afeta aa substancia substância do do seu livro (pois, luz da da formação, tormacao, desenvolvilivro (pois, aqui, aqui, os os textos textos sao são encarados encarados àa luz desenvolvi­ . men to ee significacao pr6prio mento significação do do materialismo materialismo hist6rico) histórico).. Alem Além disso, disso, eu eu próprio decidi-me que decorre decidi-me aa adotar adotar certa certa liberdade liberdade nos nos comentarios, comentários, do do que decorre algu-. algu­ mas superposicoes mais estrito mas superposições ou ou repeticoes, repetições, que que um um criterio critério mais estrito evitaria. evitaria. No No entanto, entanto, achei achei preferivel preferível introduzir introduzir nos nos comentarios comentários as as conclusoes conclusões metometo­ dol6gicas que leitor contara, dológicas que eles eles sugerem. sugerem. 0 O leitor contará, assim, assim, com com aa oportunidade oportunidade de gradativo. Ele podera, aa partir d'e um um amadurecimento amadurecimento gradativo. Ele poderá, partir dos dos textos textos ee nao não das do matedas minhas minhas ideias idéias (ou (ou das das de de outro outro autor), autor), localizar-se localizar-se diante diante do mate­ rialismo como ele ele brotou brotou da da producao de K. rialismo historico, histórico, como produção cientifica científica de K. Marx Marx ee F. F. Engels. ultima parte, parte, propriamente metodo16gica, Engels. Ao Ao chegar chegar aà última propriamente metodológica, estara em condicoes as implicações implicacoes estará em condições de de entender entender melhor melhor o o significado significado ee as da hist6ria, bem hem como de avaliar da concepcao concepção materialista materialista ee dialetica dialética da da história, como de avaliar com com maier ciencias maior rigor rigor sua sua importancia importância na na tormacao formação ee desenvolvimento desenvolvimento das das ciências sociais. sociais. *

* A presente presente coletanea proporcionar aos em particular A coletânea visa visa proporcionar aos leitores, leitores, em particular aos preocupacoes ee das realizacoes de Marx aos estudantes, estudantes, um um painel painel das das preocupações das realizações de K. K. Marx ee de Engels no no campo de F. F. Engels campo da da hist6ria. história. Nenhum Nenhum deles deles desfrutou desfrutou (ou (ou ostentou) ostentou) aa condiciio condição de de historiador. historiador. Nao Não obstante, obstante, aa orientacao orientação que que infundiram aà critica filos6fica, da da dialetica infundiram crítica da da especulacao especulação filosófica, dialética hegeliana, hegeliana, da ut6pico os os converteu da economia economia politica política ee do do socialismo socialismo utópico converteu em em [undafunda­ dores (ou, como como eles eles prefeririam dizer, da da ciencia dores das das ciencias ciências sociais sociais (ou, prefeririam dizer, ciência da umaa situacao incontestavel como como da historiay, história). Ambos Ambos compartilham compartilham um situação incontestável criadores esfera do do pensamento pensamento ee coucriadores do do conhecimento conhecimento cientifico científico nessa nessa esfera coube-lhes na história hist6ria das das ciências ciencias sociais, sociais, os be-lhes encamar, encarnar, na os interesses interesses ee as as aspiracoes revolucionarias aspirações revolucionárias das das classes classes trabalhadoras. trabalhadoras. A A conexao conexão entre entre ciencia so encontra neles os ciência social social ee revolucao, revolução, no no seculo século XIX, X IX , nao não só encontra neles os representantes integros ee corajosos. representantes mais mais cornpletos, completos, íntegros corajosos. Eles Eles aa levaram levaram as às ultimas conseqiiencias, resolvendo aa equacao que deve deve ser investiúltimas conseqüências, resolvendo equação do do que ser aa investi­ gacao gação cientifica científica quando quando esta esta rompe rompe com com os os controles controles conservadores conservadores externos ou ao pensamento cientffico propriamente propriamente dito. Por externos ou internos internos ao pensamento científico dito. Por isso, as ciencias explicacao estritaisso, eles eles legaram legaram às ciências sociais sociais um um modelo modelo de de explicação estrita­ mente (revolucionario no mente objetivo objetivo ee intrinsecamente intrinsecamente revolucionario revolucionário (revolucionário no t4 IANNI, , Engels I a n n i , 0., O., org. org. Marx Marx (Sociologia); (Sociologia); NETTO; N e t t o ; J. J. Paulo, Paulo, org orgv Engels SINGER, S in g e r , P., P., org. org. Marx Marx (Economia). (Economia).

(Politica}: (Política);

12 12 duplo sentido: sentido: das das conseqiiencias conseqüências da da ciencia ciência independente independente ee da da imersao imersão duplo na transformacao transformação proletaria proletária da da sociedade sociedade burguesa). espantoso que que na burguesa). É B espantoso eles fossem fossem tao tão longe, longe, excluidos excluídos do do ambito âmbito academico acadêmico ee da da "ciencia “ciência ofiofi­ eles cial"; perseguicao policial cial” ; ee tendo tendo pela pela frente frente aa mais mais impiedosa impiedosa perseguição policial ee politica. política. Não é preciso que se se recorde. recorde. K. K. Marx M arx ee F. Engels nunca nunca se se propro­ Nao preciso que F. Engels puseram aa profissionalizacao profissionalização institucionalizada institucionalizada ((oo primeiro primeiro quase quase foi foi puseram envolvido por um a quimera quimera dessas, dessas, que que logo logo se se evaporou). evaporou). Tenda Tendo de de envolvido par uma dedicar-se partir dos dedicar-se à hist6ria, história, à economia economia ee à sociologia, sociologia, faziam-no faziam-no aa partir dos vínculos com oo movimento movimento operario operário ee como como campeoes campeões da da "6tica “ótica comucomu­ vinculos com nista” da da revolucao revolução social. social. Viveram Viveram os os seus papéis como como [undadores fundadores de nista" seus papeis de um modo muito dificil, difícil, altruista altruísta ee arriscado arriscado -— contando contando naturalmente um modo muito naturalmente com pouco tempo com pouco tempo ee estimulo estímulo para para se se dedicarem dedicarem à reflexao reflexão sobre sobre oo memé­ todo ee o o objeto objeto daquelas daquelas ciencias ciências sociais. sociais. 0 O que que escreverarn, escreveram, aa respeito, todo respeito, fizeram-no pela necessidade sob forma fizeram-no movidos movidos pela necessidade te6rica teórica extrema extrema ((sob form a polepolê­ mica; mica; com com o o intento intento de de dar dar fundamento fundamento 16gico lógico à sua sua concepcao concepção da da história; ou, ou, ainda, ainda, para para satisfazer satisfazer aa curiosidade curiosidade de de certos certos companheiros). com panheiros). hist6ria; Como nascem do Como o o resto resto de de sua sua obra, obra, sao são escritos escritos que que nascem do combate com bate coticoti­ diano ee nao não sao são "ocasionais" “ocasionais” ou ou "marginals", “marginais”, como como muitos muitos pretendem. pretendem. diano De qualquer qualquer modo, modo, é surpreendente surpreendente oo volume volume ee aa qualidade qualidade de de 'ttais De ais escritos, impostos pela escritos' impostos pela necessidade necessidade de de auto-realizacao auto-realização ee de de comunicacomunica­ ção. Os Os que que pensam contrário nunca nunca se se deram deram ao ao trabalho trabalho de de avaliar avaliar 9ao. pensam oo contrario quantos soci6logos, sociólogos, historiadores, historiadores, economistas, economistas, etc., etc., protegidos protegidos pelos pelos quantos muros da da universidade universidade ee da da carreira carreira profissional, profissional, escreveram escreveram algo algo que que muros valha aa pena pena nesse nesse terreno. terreno. Mesmo Mesmo entre entre os os "classicos", “clássicos”, muitas muitas figuras figuras valha importantes nao não deixaram deixaram nada nada que que ficasse ficasse aà altura altura de de seu seu prestígio ou importantes prestigio ou dos papéis que desempenharam. desempenharam. dos papeis que ' Ambos Ambos pensavam pensavam que que aa hist6ria história era era aa verdadeira verdadeira ciencia ciência ou ou aa ciencia ciência magna magna entre entre as as ciencias ciências sociais. sociais. Se Se tivessem tivessem de de contrapor contrapor alguma alguma ciencia uma ciência aà ffsica física newtoniana, newtoniana, ela ela nao não seria seria aa economia economia poHtid política ((uma emanação ideol6gica ideológica dos dos ioteresses interesses da da burguesia), burguesia), mas mas aa hist6ria. história. De De emanacao outro lado, lado, oo cerne cerne mesmo mesmo de de sua sua concepcao concepção de de revolução da conexao conexão outro revolucao ee da da ciencia ciência com com oo processo revolucionário induziu-os induziu-os aa ver ver nas nas rela¢o~s relações da processo revolucionario sociais de de produção seja, na na economia) economia) o o nticleo núcleo principal principal da da invesinves­ sociais producao ((ou ou seja, tigação empfrica empírica ee da da elaboracao elaboração te6rica. teórica. ,'\ A burguesia burguesia fizera fizera da da econoecono­ tiga9ao mia politica política aa sua sua triocheira trincheira ideol6gica ideológica ee os os economistas economistas se se tomaram tornaram mia os porta-vozes porta-vozes da da defesa defesa "racional" “racional” do do status status quo. quo. As As classes classes trabatraba­ os lhadoras deveriam deveriam comecar começar por por ai, aí, pois pois sem sem uma uma teoria teoria própria da lhadoras pr6pria da acumulação capitalista capitalista nao não poderiam poderiam articular articular uma visão indepeodeote independente acumulacao uma visao de suas suas tarefas tarefas políticas na luta luta de de classes. classes. Nesse Nesse vasto vasto esquema esquema interinterde politicas na pretativo, aa sociologia sociologia era era um um ponto ponto de de vista inserido na na concepcao concepção pretativo, vista inserido m aterialista ee dialética da historia história ((oo equivalente equivalente do do que que muitos muitos consiconsi­ materialista dialetica da deram uma uma ciencia ciência auxiliar auxiliar ee outros outros um um m étodo). Contudo, Contudo, esse esse ponto ponto deram metodo). de de vista vista possufa possuía extrema extrema importancia, importância, na na medida medida em em que que as as relacoes relações de producao produção eram eram vistas vistas como como relacoes relações sociais sociais ee historicas. históricas. Enquanto Enquanto de

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13 13 aa economia economia politica política dissociava dissociava aa economia economia de de seu seu contexto contexto social social ee politico; Marx basicos político; Marx ee Engels Engels insistiam insistiam no no carater caráter concreto concreto dos dos fatos fatos básicos da da producao produção ee reproducao reprodução das das formas formas materiais materiais de de existencia existência social. social. Concebiarn, Concebiam, portanto, portanto, o o modo modo de de producao produção capitalista capitalista como como uma uma categoria categoria historica. histórica. Opunham-se, Opunham-se, assim, assim, tanto tanto à reducao redução abstrata abstrata das das relacoes economicas pulverizacao dos relações econômicas · aa urn um tipo tipo ideal, ideal, quanto quanto à pulverização dos eventos eventos ee processos processos historicos históricos entre entre varias várias "ciencias “ciências historicas históricas especiais". especiais”. Mesmo Mesmo depois de recusarem recusarem validade depois de validade aà incursao incursão dos dos fil6sofos filósofos nas nas areas áreas da da ciencia da natureza historia) ee de po ciência ((da natureza ee da da história) de terem terem restringido restringido seu seu cam campo à logica lógica ee à critica crítica dos dos principios princípios da da explicacao explicação cientifica, científica, nunca nunca abanaban­ donaram oo recurso julgaram necessario donaram recurso aà filosofia. filosofia. Alem Além disso, disso, nunca nunca julgaram necessário que para que aa "partilha “partilha do do objeto" objeto” se se transferisse transferisse da da ciencia ciência da da natureza natureza para aa ciencia em: economia, ciência do do horn homem: economia, sociedade, sociedade, superestruturas superestruturas politicas políticas ee ideologicas, decompostas em ideológicas, airida ainda que que decompostas em fatores fatores determinantes determinantes ou ou em em efeitos efeitos essenciais, essenciais, deviam deviam ser ser compreendidas compreendidas em em sua sua relacao relação reelrecí­ proca. No representacao, da da reconstrucao proca. No piano plano da da representação, reconstrução empirica empírica ee da da explicacao "uniexplicação causal, caudal, partiam partiam diretamente diretamente do do concreto, concreto, isto isto e, é, da da “uni­ dade I6gica uma dade do do diverso" diverso” ee defendiarn defendiam com com coerencia coerência lógica uma visao visão mama­ terialista terialista ee dialetica dialética do do real, real, intrinsecarnente intrinsecamente totalizadora totalizadora ee hist6rica. histórica. :£ separar, no teoricas, É possivel possível separar, no estudo estudo de de suas suas contribuicoes contribuições empiricas empíricas ee teóricas, aa historia história da da economia, economia, da da sociologia, sociologia, da da psicologia psicologia ou ou da da politica. política. Contudo, ta! separacao Contudo, tal separação corre corre por por conta conta dos dos ana1istas, analistas, empenhados empenhados na na avaliacao avaliação de de sua sua irnportancia importância para para oo desenvolvimento desenvolvimento ulterior ulterior desta desta ou ou daquela daquela disciplioa. disciplina. 0 O mesmo mesmo sucede sucede com com aa relacao relação entre entre teoria teoria ee praprá-/ tica. 0 verificacao da tica. O criterio critério de de verificação da verdade, verdade, na na pesquisa pesquisa hist6rica, histórica, estaria estaria na ac;ao. incompleto não nao perna ação. Um Um conhecimento conhecimento te6rico teórico infundado infundado ou ou incompleto per­ mitiria introduzir mitiria introduzir mudancas mudanças revolucionarias revolucionárias na na sociedade. sociedade. Sem Sem aa dimendimen­ sao hist6rica do proletariado na são histórica do papel papel politico político do do proletariado na luta luta de de classes, classes, aa ciencia nao teria razao de ciência da da historia história nem nem seria seria possivel possível -— não teria razão de ser ser ee de de existir existir -— ee tampouco tampouco teria teria como como provar provar aa verdade verdade ee aa validade validade de de sua sua teoria em sentido teoria ((em sentido figurado, figurado, careceria careceria de de seu seu laboratorio laboratório ee dos dos meios meios para para as as experiencias experiências cruciais). cruciais). Ao Ao contrario contrário dos dos modelos modelos liberal-natuliberal-naturalistas nao estabeleciam ralistas de de explicacao explicação nas nas ciencias ciências sociais, sociais, não estabeleciam um um longo longo tecnico" entre “"intervalo intervalo técnico” entre aa descoberta descoberta da da teoria teoria ee sua sua aplicacao. aplicação. Em Em sua sua relacao relação ativa ativa com com aa transformacao transform ação da da sociedade sociedade burguesa burguesa ee aa mama­ turacao de uma nova turação de uma nova epoca época hist6rica histórica revolucionaria, revolucionária, as as classes classes operaoperá­ rias absorvem politica, aa teoria teoria rias absorvem rapidamente, rapidamente, em, em. sua sua pratica prática social social ee política, que independencia indomavel que explica explica com com objetividade objetividade ee independência indomável aa forroa forma de· de constituicao, constituição, desenvolvimento desenvolvimento ee dissolucao dissolução dessa dessa sociedade. sociedade. Por pouco refletir sobre Por pouco que que represente, represente, esta esta coletanea coletânea obriga obriga aa refletir sobre aa natureza cientificas da Marx natureza ee aa magnitude magnitude científicas da obra obra de de K. K. M arx ee de de F. F. Engels Engels no campo hist6ria. Infelizmente, - mais no campo da da história. Infelizmente, os os iotelectuais intelectuais — mais precisaprecisa­ mente os mente os acadernicos acadêmicos -— marxistas marxistas perderam perderam muito muito tempo tempo em em reperepe­ ticoes para oo enritições de de uma uma sistematizaciio sistem atização do do marxismo marxismo que que é esteril estéril para enri­

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14 14 quecirnento papeis acadêmicos academicos quecimento daquela daquela obra obra cientifica. científica. Misturando M isturando os os papéis com de intelectuais intelectuais de com as as tarefas tarefas de de partido, partido, deixaram deixaram àa margem margem oo que que

era para aa ciencia: era essencial essencial para ciência: encetar encetar ee multiplicar multiplicar as as investigacoes investigações originais, menos palavras originais, que que usassem usassem menos palavras como como "marxismo", “marxismo”, "materialis“materialis­ mo ( ou certas certas palavras mo dialetico", dialético”, "contradicao", “contradição”, etc., etc., (ou palavras rebarbativas, rebarbativas, que que nao encontram em em Marx), revelassem mais mais oo verdadeiro não se se encontram M arx), ee revelassem verdadeiro espirito espírito da K. Marx da analise análise ee da da explicacao explicação causal causai subjacentes subjacentes aa O O capital. capital. K. M arx ee F. F. Engels mundo £ Engels produziram produziram fora fora do do m undo academico acadêmico ee contra contra aa corrente, corrente. É uma irrisao que que eles eles se principalmente em nome do do um a irrisão se convertam convertam -— principalmente em nome marxismo da dialetica marxism o ee da dialética materialista materialista -— em em meio meio de de ganhar ganhar prestigio prestígio intelectual ee de intelectual de entreter entreter modas modas filos6ficas. filosóficas. Eles Eles nao não eram eram apenas apenas escriescri­ tores de pesquisa pesquisa tores "engajados" “engajados” ee "divergentes". “divergentes” . Inauguraram Inauguraram um um tipo tipo de hist6rica revolucionaria, em sua histórica revolucionária, em sua forrna forma ee em em seu seu conteudo. conteúdo. Sairam Saíram dos dos pequenos intelectuais ee "extremistas" partipequenos circulos círculos intelectuais “extremistas” para para aa atividade atividade parti­ daria intelectual ee cientificamente dária em em sentido sentido amplo, amplo, realizando-se realizando-se intelectual cientificamente como como ativistas de vanguarda vanguarda do ativistas de do movimento movimento operario, operário. :E: É preciso preciso que que tudo tudo isso em conta, maior atencao necessiisso seja seja levado levado em conta, para para que que se se preste preste maior atenção àa necessi­ dade, de dar continuidade ao dade, urgente urgente ee permanente, permanente, de dar continuidade ao seu seu padrao padrão de de trabalho de aprofundar-se trabalho cientifico científico ee de aprofundar-se o o significado significado de de suas suas descobertas descobertàs 6• te6ricas na ciencia teóricas na ciência atual a tu a l5. A para coordenar os varies A antologia, antologia, para coordenar adequadamente adequadam ente os vários tipos tipos de de textos, deveria textos, deveria ter ter uma uma divisao divisão abrangente. abrangente. Em Em primeiro primeiro lugar, lugar, acredito acredito que se que eé especffico na pesquisa que se deve deve considerar considerar o o que específico na pesquisa hist6rica histórica de de Marx Engels: hist6ria uma concepcao cientifica revoM arx ee Engels: história que que se se ligava ligava aa uma concepção científica revo­ lucionaria que eram primeira lucionária ee feita feita por por homens homens que eram revolucionarios revolucionários de de primeira linha. Ha, ai, uma questao como constilinha. Há, aí, uma questão central: central: nao não so só por por que que mas mas com o se se consti­ tuiu aa consciencia tuiu consciência revoluciondria revolucionária da da historic, história, que que os os compeliu compeliu aa enlacar enlaçar ciencia ee comunismo. ciência comunismo. A A revolucao revolução burguesa burguesa gerara gerara uma um a nova nova geracao geração de as classes de historiadores, historiadores, capazes capazes de de descrever descrever as classes ee de de entender entender oo signisigni­ ficado hist6rico K. M Marx ficado histórico da da luta luta de de classes. classes. Os Os trabalhos trabalhos de de K. arx ee de de F. F. Engels nao Eles aa Engels não s6 só se se imbricam imbricam nessa nessa orientacao orientação investigativa. investigativa. Eles suplantam, quanto no suplantam, tanto tanto no no terreno terreno empirico empírico quanto no da da teoria, teoria, porque porque propro­ jetaram aa pesquisa jetaram pesquisa hist6rica histórica sobre sobre aa formacao formação ee o o desenvolvimento desenvolvimento da da nova classe revolucionaria ee sob re oo presente in fflux, Lux, buscando nova classe revolucionária sobre presente in buscando na na luta luta de futuro em em perspectiva de classes classes uma uma chave chave para para interpretar interpretar oo futuro perspectiva hist6rica. histórica. De um que De um golpe, golpe, eles eles eliminam eliminam o o arraigamento arraigamento estatico estático da da hist6ria, história, que excluia circuito histórico hist6rico ee convertia excluía oo sujeito-investigador sujeito-investigador do do circuito convertia o o passado passado em hist6ria, que em um um santuario santuário de de arquivos arquivos ee documentos. documentos. Essa Essa nova nova história, que eé psicologia umaa face, outra, era psicologia em em um face, economia economia ee sociologia sociologia em em outra, era tiio tão avancada para hoje não nao avançada para aa sua sua epoca época -— e e para para a a nossa nossa -— que que ainda ainda hoje 55 Veja-se, Veja-se, por por exemplo, exemplo, o o belo belo estudo estudo de de VILAR, V il a r , P. P.

Marxisme Marxisme et et bistoire histoire dans dans le Une le developpement développement des des sciences sciences humaines. humaines. Pour Pour un un debat débat methodologique, méthodologique. In: In: Une Histoire en Histoire en construction, construction, p. p. 320-51. 320-51,

15 15 foi inteiramente compreendida foi inteiramente compreendida ee aceita aceita como como o o grande grande marco marco da da instiinsti­ tuic;ao tuição da da hist6ria história como como ciencia. ciência. Nern Nem todos todos os os textos textos essenciais essenciais pudepude­ ram ram ser ser incorporados incorporados aa essa essa primeira primeira parte. parte. Porem, Porém, fiz fiz um um esforco esforço para reveladores entre para que que ela ela abarcasse abarcasse pelo pelo menos menos os os mais mais reveladores entre os os textos textos essenciais. essenciais. Em segundo vem as Em segundo lugar, lugar, vêm as contribuicoes contribuições que que tern têm sido sido usualmente usualmente encaradas pesquisa encaradas como como aa expressao expressão mais mais acabada acabada do do padrao padrão de de pesquisa hist6rica histórica ee de de explicacao explicação de de acontecimentos acontecimentos ee processos processos hist6ricos históricos no no materialismo materialismo hist6rico: histórico: os os famosos famosos ensaios ensaios hist6ricos históricos de de K. K. Marx M arx ee F. F. Engels, Engels, que que focalizam focalizam aa historia história em em processo processo (e, (e, especialmente, especialmente, oo presente presente em em processo). p ro cesso ). Esses Esses ensaios ensaios sao são extremamente extremamente ricos ricos ee inspirainspira­ dores, nome de dores, ee ninguem ninguém -— ninguem ninguém mesmo, mesmo, em em nome de qualquer qualquer concepcao concepção da historia" -— pode da "especificidade “especificidade da da história” pode negar-lhes negar-lhes categoria categoria de de invesinves­ tigacao incluir na tigação hist6rica histórica exemplar. exemplar. Seria Seria impossivel impossível incluir na antologia antologia todas todas as leituras representativas. Isso eé lamentavel, as leituras representativas. Isso lamentável, porque porque marca marca aa antologia antologia pelo pelo que que falta! falta! Contudo, Contudo, as as leituras leituras escolbidas escolhidas devem devem ser ser apreciadas apreciadas como umaa amostragem: textos que como um um elenco elenco de de exemplos exemplos ou ou um amostragem: os os textos que nao não foram foram contemplados contemplados possuem possuem as as mesmas mesmas qualidades qualidades que que aqueles aqueles que que estao estão aqui aqui arrolados. arrolados. Essa Essa divisao divisão tambem também eé importante importante por por outro outro motivo. barato, mas motivo. Nao Não ha há nos nos textos textos ensaismo ensaísmo barato, mas hist6ria história verdadeira verdadeira ee de de tao tão alto alto nivel nível que que devc deve por pôr em em xeque xeque os os historiadores historiadores "profissio“profissio­ nais" nais” resistentes resistentes aà hist6ria história recente recente ee aà historia história do do presente. presente. De De outro outro Jado, fundadores do lado, eé notavel notável como como os os fundadores do materialismo materialismo hist6rico, histórico, entenenten­ didos ) , sabem didos como como "fanaticos" “fanáticos” deterministas determ inistas economicos econôm icos ((??!!), sabem separar separar aa descricao limpida da descrição hist6rica histórica límpida da algaravia algaravia economista economista vulgar, vulgar, que que nada nada explica. explica. Eles Eles se se detem detêm sobriamente sobriamente sobre sobre os os fatos fatos ee os os fatores fatores econoeconô­ micos tracam aa sua micos mais mais relevantes, relevantes, no no quadro quadro geral, geral, traçam sua importancia importância na na complexa interdependentes, ee cuidam complexa rede rede de de causas causas ee efeitos efeitos historicos históricos interdependentes, cuidam concentradamente varies desdobramentos focalizado. concentradamente dos dos vários desdobramentos do do tema tema focalizado. Em Em terceiro terceiro lugar, lugar, estao estão as as contribuicoes contribuições que que permitem permitem por pôr em em equacao equação problemas problemas de de investigacao investigação comparada comparada ou ou da da dinamica dinâmica das das civilizacoes. civilizações. Em Em sua sua maioria, maioria, os os historiadores historiadores "profissionais" “profissionais” perfilham, perfilham, como como os os antropologos antropólogos ee os os soci6logos, sociólogos, oo ponto ponto de de vista vista de de que que o o teste teste cientifico científico da da hist6ria história esta está na na contribuicao contribuição qne que ela ela da dá ao ao estudo estudo das das civilizacoes. F. Engels civilizações. K. K. Marx M arx ee F. Engels se se devotaram devotaram diretarnente diretamente aà investiinvesti­ gac;ao gação dos dos modos modos de de producao produção ee aos aos efeitos efeitos da da alteracao alteração ou ou dissolucao dissolução dos dos grandes grandes modos modos de de producao. produção. Por Por af aí penetram penetram no no estudo estudo das das formas formas antaanta­ gonicas tambern, das gônicas de de sociedade sociedade e, e, também, das civilizacoes civilizações correspondentes. correspondentes. Bies Eles nunca nunca se se identificaram identificaram com com aa "hist6ria “história da da civilizacao" civilização” da da sua sua epoca, época, que revelou incapaz que se se revelou incapaz de de superar superar os os residues resíduos idealistas idealistas ((ee ate até mesmo mesmo as as deformacoes deformações especulativas), especulativas), herdados herdados da da filosofia filosofia da da hist6ria, história, ee quando quando reagia isso não nao passava reagia contra contra isso passava do do empirismo empirismo abstrato, abstrato, insuficiente insuficiente para para pennitir permitir que que aa investigacao investigação hist6rica histórica interpretasse interpretasse realisticamente realisticamente as as diversas manitestacoes da para diversas manifestações da ideologia ideologia na na hist6ria. história. No No entanto, entanto, s6 só para dar interdar um um exemplo, exemplo, uma uma obra obra como como O O capital capital contem contém aa chave chave da da inter­

16 pretacao 8 preciso, preciso, pois, pretação hist6rica histórica da da civilizacao civilização industrial industrial moderna. moderna. É pois, avancar avançar na na direcao direção do do que que significam significam as as suas suas contribuicoes contribuições cientfficas, científicas, oo que que elas elas revelam revelam sabre sobre as as bases bases economicas econômicas e, e, par por conseguinte, conseguinte, sabre sobre os de reproducao os dinamismos dinamismos ((de reprodução e de de transformacao transform ação ou ou de de dissolucao) dissolução) das das grandes Alem disso, grandes civilizacoes. civilizações. Além disso, aa pr6pria própria substancia substância de de sua sua teoria teoria da da hist6ria história nao não os os convertia convertia em em observadores observadores complacentes, complacentes, estudassem estudassem oo passado passado mais mais remoto remoto ou ou os os mais mais recentes recentes conflitos conflitos operarios. operários. .Ambos Ambos procedem procedem aà critica crítica da da civilizacao civilização e, e, com com referencia referência ao ao seu seu mundo mundo histohistó­ rico, rico, essa essa critica crítica torna-se torna-se implacavel. implacável. Os Os textos textos selecionados selecionados retern retêm as as

diversas diversas gamas gamas dessa dessa posicao posição interpretativa interpretativa ee exprimem exprimem convenienteconveniente­ mente mente sua sua importancia importância para para as as ciencias ciências sociais. sociais. Em Em quarto quarto lugar, lugar, sao são consideradas consideradas as as questoes questões do do metodo. método. A A concon­ cepcao hist6ria niio oi, continua· cepção materialista materialista ee dialetica dialética da da história não ffoi, continua a a ser ser uma uma novidade. Embora por uma novidade. Em bora nos nos comentarios comentários aos aos textos, textos, por uma orientacao orientação didatica necessaria, tenha didática necessária, tenha sempre sempre procurado procurado salientar salientar essas essas questoes questões ((tirando-as, tirando-as, portanto, portanto, diretamente diretamente do do pr6prio próprio texto), texto), julguei julguei indispenindispen­ savel sável contar contar com com uma uma divisao divisão na na qua! qual oo assunto assunto fosse fosse reconsiderado reconsiderado globalmente. globalmente. Ainda Ainda aqui, aqui, nem nem tudo tudo o o que que deveria deveria entrar entrar na na antologia antologia foi nti-Diihring, foi contemplado. contemplado. A A principal principal exclusao exclusão refere-se refere-se aa A Anti-D ühring, prepre­ sente pequena passagem sente so só atraves através de de uma uma pequena passagem extraida extraída de de Socialismo Socialismo utopico utópico ee cientijico. mereciam ser ser submetidos científico. Mas Mas existem existem outros outros escritos escritos que que mereciam submetidos ao procurei fazer ao leitor. leitor. Nao Não obstante, obstante, procurei fazer com com que que as as leituras leituras escolhidas escolhidas cobrissem uma concepcao cobrissem aa maior maior parte parte possivel possível do do vasto vasto painel painel de de uma concepção da da hist6ria história que que nao não ignora ignora os os aspectos aspectos empiricos empíricos ee logicos lógicos da da observacao observação cientffica científica ee lhe lhe infunde, infunde, substaotivamente, substantivamente, uma uma dimensao dimensão pratica prática intrinintrín­ seca. seca. Portanto, Portanto, tarnbem também no no piano plano do do metodo método aparece aparece claramente claramente oo que que significa significa "aliar-se “aliar-se ativamente" ativamente” ou ou "fazer “fazer parte parte permanentemente" permanentemente” do do movimento movimento operario. operário. A A burguesia burguesia engendrou engendrou um um esqueroa esquema liberal liberal de de ciencia ciência aplicada, aplicada, pela pela qua! qual afastou, afastou, na na aparencia, aparência, aa ciencia ciência da da dominacao dominação de mesma coisa, de classe. classe. 0 O proletariado proletariado nao não poderia poderia fazer fazer aa mesma coisa, coma como vitivíti­ ma ma que que era era dessa dessa dominacao dominação e, e, mais mais ainda, ainda, como como sujeito sujeito determinado determinado que que era era de de uma uma revolucao revolução para para acabar acabar com com aa dominacao dominação de de classe classe ee com com as as pr6prias próprias classes classes sociais. sociais. Por Por ai aí se se desvenda desvenda aa natureza natureza ee oo significado significado da da concepcao concepção materialista materialista ee dialetica dialética da da historia, história, instrumento instrumento claro, claro, aberto, aberto, direto direto da da consciencia consciência social social ee da da atividade atividade politica política revorevo­ lucionarias das trabalhadoras. lucionárias das classes classes trabalhadoras. Resta-me comunicar comunicar ao ao leitor leitor oo que que penso penso de de um um dos dos autores. autores. Resta-me Esta Está em em voga voga aa depreciacao depreciação de de F. F. Engels. Engels. Nao Não compartilho compartilho dessa dessa voga. voga. Com nao pretendo Com frequencia, freqüência, falo falo em em K. K. Marx M arx ee F. F. Engels. Engels. Com Com isso, isso, não pretendo confundi-los, confundi-los, metamorfoseando-os metamorfoseando-os em em irrnaos irmãos siameses siameses espirituais. espirituais. Um Um homem homem coma como Marx M arx sabia sabia muito muito bem bem o o seu seu valor valor ee nao não se se confundia confundia · com ninguem, mesmo mais intirno com ninguém, mesmo com com oo amigo amigo mais íntimo ee com com oo companheiro companheiro de lutas em de quase quase 40 40 anos anos de de lutas em comum. comum. Por Por sua sua vez, vez, Engels Engels tambem também tinba aa sua uma esfera pessoal corno tinha sua grandeza grandeza ee uma esfera de de autonomia autonomia pessoal como pensapensa­

17 17 dor como anvista Basta lembrar umaa coisa: coisa: A A dor inventivo inventivo ee como ativista ppolitico o lítico c_6. Basta lem brar um situaciio 844 ée um classico nas nas situação da da classe classe operdria operária na na Inglaterra Inglaterra em em I1844 um clássico ciencias ciências sociais sociais ee foi foi causa causa ((ee nao não produto) produto) da da simpatia simpatia de de Marx M arx por por ele comuns. As As ele ee da da descoberta descoberta de de ambos ambos por por seus seus fortes fortes interesses interesses comuns. comparações estreitas estreitas ee falsas falsas produzem produzem conseqiiencias conseqüências fantasiosas. fantasiosas. £ É comparacoes 6bvio uma figura figura Impar na historia óbvio que que K. K. Marx Marx eé uma ímpar na história da da filosofia, filosofia, das das ciencias ciências sociais sociais ee do do comunismo. comunismo. Engels Engels foi foi oo primeiro primeiro aa proclamar proclamar isso fez com ardente, considerando-o como um isso ee oo fez com uma uma devocao devoção ardente, considerando-o como um genie gênio do modestia de do qua! qual ele ele teve teve aa sorte sorte de de partilhar partilhar o o destino. destino. Contudo, Contudo, aa modéstia de F. confusao. Ser F. Engels Engels nao não deve deve ser ser um um fator fator de de confusão. Ser oo segundo, segundo, o o comcom­ panheiro mais acreditado nao s6 panheiro por por decisao decisão mutua mútua ee o o seguidor seguidor mais acreditado não só na na vida cotidiana, cotidiana, mas mas na produção científica na atividade atividade politica política de de vida na producao cientifica ee na Marx, quer quer dizer dizer alguma coisa. Alern Além disso, disso, F. F. Engels Engels nao não era era s6 só um Marx, alguma coisa. um “segundo” ou ou um “seguidor” : por por varias várias vezes vezes foi ele quern quem abriu abriu os "segundo" um "seguidor": foi ele os caminhos originais originais das das investigações promissoras de de K. K. Marx; M arx; aa caminhos investigacoes mais mais promissoras ele tarefas; ee ele cabia, cabia, na na divisao divisão de de trabalho trabalho comum, comum, certos certos assuntos assuntos ee tarefas; M arx confiava confiava em em seu seu criteria critério historico, histórico, cientffico científico ee politico, político, aa ponto Marx ponto de uma espécie especie de como oo dede converte-lo convertê-lo em em uma de sparring sparring intelectual intelectual ((como de­ m onstra aa sua sua correspondencia correspondência de de Jon longos anos). Tudo Tudo isso isso quer quer dizer dizer monstra gos anos). que sua que ele ele nao não era era um um reflexo reflexo da da sombra sombra de de Marx; M arx; ele ele projetava projetava aa sua propria separa-los, principalmente própria sombra. sombra. Nao Não se se pode pode separá-los, principalmente se se oo assunto assunto for seu desenvolvimento. for aa constituicao constituição do do materialismo materialismo dialetico dialético ee seu desenvolvimento. Foi Foi oo que de um se impõe impoe pelo que fiz, fiz, dentro dentro de um senso senso de de equanimidade equanimidade que que se pelo respeito mutuo que soma das respeito mútuo que um um tinha tinha pelo pelo outro. outro. Se Se na na soma das leituras leituras cabe cabe aa K. K. Marx maior isso se deve aa sua Marx um um m aior numero número de de entradas, entradas, isso se deve sua imporimpor­ tancia impar seja materialismo dialetico que F. F. tância ímpar seja na na elaboracao elaboração do do materialismo dialético ((oo que Engels confirmou expressamente), hist6ria das .ciencias Engels sempre sempre confirmou expressam ente), seja seja na na história das-ciências sociais. sociais.

l.I.

A consclencia A consciência revolucionaria revolucionária da da historia história

A q u estão 'qque ue se se deve colocar aqui, como aa questao questão essencial, essencial, A questao deve colocar aqui, como clara: clara: podia podia existir existir uma uma consciencia consciência revolucionaria revolucionária da da historia história em em uma sociedade capitalista capitalista que que enfrentava enfrentava os os transes da revolucao revolução burbur­ uma sociedade transes da guesa ou se guesa (Jnglaterra (Inglaterra ee Franca) França) ou se debatia debatia com com aa impotencia impotência da da burguesia soltar sua revolucao (Alemanha), burguesia para para soltar sua revolução (A lem anha), sem sem surgir surgir uma uma classe classe capaz capaz de de opor-se, opor-se, como como ee enquanto enquanto classe, classe, contra contra aa ordem ordem existente existente ee



c8 Ver Engels, p. de JJONES, Ver NETTO, N e t t o , J. J. Paulo. Paulo. Engels, p. 27-50; 2 7 -5 0 ; o o cxcelcnte excelente estudo estudo de o n e s , G. G. StedStedman. In: HoBSBAWM, E. J., J., org. org. História Historia do v. 1, 1, man. Retrato Retrato de de Engels. Engels. In: H o b s b a w m , E. do marxismo, marxismo, v. p. revolucao no no ultimo Engels. p. 377-421, 3 7 7 -4 2 1 , e e NEGT, N e g t , 0. O. 0 O marxismo marxismo ce aa tcoria teoria da da revolução último Engels. In: HoaSBAWM, E. J., Historia do (uma analise In: H o b s b a w m , E. J., org. org. História do marxismo, marxismo, v, v. 2, 2, p. p. 125-200 12 5 -2 0 0 (uma análise que procura resgatar pensamento teórico te6rico de F. Engels que procura resgatar o o pensamento de F. Engels dos dos dois dois enquadramentos enquadramentos subsequentes, oo que subseqüentes, que sc se realizou realizou atraves através da da II II Internacional Internacional ec oo que que se se deu deu gra~as graças ao · ao "stallnismo"). “stalinismo”).

18 18 encetar movimento político politico revolucionario? encetar seu seu pr6prio próprio movimento revolucionário? As As abordagens abordagens que de Marx que tratam tratam da da evolucao evolução do do -pensarnento 'pensamento de Marx ee Engels, Engels, mesmo mesmo de de autores reconhecidamente marxistas, autores reconhecidamente marxistas, poem põem enfase ênfase nos nos aspectos aspectos intelecintelec­ tuais evolucao ((aa fase tuais dessa dessa evolução fase hegeliana, hegeliana, oo neo-hegelianismo, neo-hegelianismo, oo "hurna“hum a­ nismo socialismo frances nismo realista" realista” feuerbachiano, feuerbachiano, oo contato contato com com o o socialismo francês ee aa economia politica inglesa, inglesa, oo produto final: aa elaboracao, economia política produto final: elaboração, par por ambos, ambos, do dialetico, coma uma forma intelectual de de do materialismo materialismo hist6rico histórico ee dialético, como uma forma intelectual superacao outras coisas comsuperação ee de de sintese). síntese). Seria Seria possivel possível agregar agregar outras coisas aa esse esse com­ plexo mural. Par certos historiadores, historiadores, principalplexo ee amplo amplo mural. Por exemplo, exemplo, por por que que certos principal­ mente franceses franceses ee ingleses ingleses no inicio, nao entre as mente no início, não sao são lembrados lembrados entre as influeninfluên­ ? Par cias formativas 77? simplificadora, que que cias formativas Por que que essa essa autentica autêntica conspiracao conspiração simplificadora, ignora biografia dinamica autores, sua ignora aa biografia dinâmica dos dos dais dois autores, sua sensibilidade sensibilidade diante diante do Alemanha, da da França, Franca, da da Inglaterra, do "movimento “movimento hist6rico histórico real" real” (da (da Alemanha, Inglaterra, do resto da Europa ee do mundo)? do resto da Europa do m undo)? Alem Além disso, disso, par por que que aa importancia importância crescente crescente da da ciencia ciência em em seu seu horizonte horizonte intelectual intelectual ee aa rapida rápida substituicao substituição da em seus interpretacao da filosofia filosofia pela pela ciencia ciência em seus criterios critérios de de analise análise ee de de interpretação nao um tratamento cuidadoso? Enfim, Enfim, par não costumam costumam receber receber um tratam ento cuidadoso? por que que relarelaciona-los operario ee socialista uma perspectiva cioná-los com com o o movimento movimento operário socialista de dfe uma perspectiva intelectualista, leva .ern intelectualista, que que nao não leva em conta conta seu seu precoce precoce engajamento engajamento em em uma uma 6tica qual tornou mateótica comunista comunista da da luta luta de de classes, classes, oo qual tornou aa concepcao concepção mate­ rialista rialista ee dialetica dialética primordialmente prim ordialm ente uma uma necessidade necessidade praticat prática ? Sem Sem dudú­ vida, de ambos born ângulo angulo para vida, aa "posicao “posição radical" radical” de ambos oferece oferece um um bom para avaliar avaliar oo modo rapido, coerente qual eles se confrontamodo rápido, coerente ee integro íntegro segundo segundo o o qual eles se confronta­ ram com consciencia, do ram com aa verdade verdade hist6rica histórica de de sua sua consciência, do mundo mundo em em que que viviam No entanto, de que se tornaram tornaram viviam ee de de sua sua epoca. época. No entanto, aa revolucao revolução de que se porta-vozes formas intelectuais da consporta-vozes ee militantes militantes nao não brotou brotou das das formas intelectuais da cons­ ciencia - ela do pr6prio da hist6ria. ciência — ela emergiu emergiu do próprio curso curso da história. Se Se o o radicaradica­ lismoo de permitia compreender revolucao no lism de ambos ambos lhes lhes permitia compreender essa essa revolução no seu seu Intimo íntimo ee incorpora-la de ser, pensar ee de de agir, incorporá-la aa seu seu modo modo profundo profundo de ser, de de pensar agir, eles eles niio não aa inventaram testemunham de de maneira inventaram nem nem aa criaram. criaram. Como Como eles eles testemunham maneira eloquente, Serviram-na com com todo todo oo ardor ardor ee sem eloqüente, serviram-na. serviram-na. Serviram-na sem desfaledesfalecimentos quando aa sorte sorte se cimentos -— mesmo mesmo ee principalmente principalmente quando se mostrou mostrou par por demais fatos pareciam pareciam contrariar contrariar todas as esperanças esperancas demais severa severa ee os os fatos todas as revolucionarias. revolucionárias. Nesse 6bvio, eles no piano Nesse caso, caso, é óbvio, eles refletiam, refletiam, no plano intelectual, intelectual, politico político . ee ideológico, ideol6gico, oo que real. S6 que ocorria ocorria na na sociedade sociedade real. Só que que eles eles refletiam refletiam sem forma direta, livre. A sem deforrnacoes, deformações, de de forma direta, consciente consciente ee livre. A evolucao evolução psicopsico­ 16gica, intelectual, moral anos de de aprendizagem lógica, intelectual, moral ee politica, política, que que vai vai dos dos anos aprendizagem ate oo celebre Paris (na ( na primavera de 1844), até célebre encontro encontro dos dos dois dois em em Paris primavera de 1844), preparou-os ee arrnou-os as tarefas tarefas teóricas te6ricas ee praticas preparou-os armou-os para para fazer fazer face face às práticas que deveriam realizar, realizar, para para suplantarem um ápice apice oo extremismo que deveriam suplantarem em em um extremismo burgues, funburguês, oo "humanismo “humanismo realista" realista” ee oo materialismo materialismo filos6fico; filosófico; para para fun-

e

Ver adiante, IV, topico reproduzida sob sob oo titulo que eé novo Ver adiante, parte parte IV, tópico 4, 4, carta carta reproduzida título "O “O que novo no no materialismo materialismo hist6rico". histórico”.

77

. 19 19 dírem ciencia, ciência, dialetica dialética materialista comunismo de de um perspectiva direm materialista ee comunismo umaa perspectiva proletaria; se identificarem, que proletária; ee para para se identificarem, objetiva objetiva ee subjetivamente subjetivamente -— o o que envolvia tanto tanto aa proletarizacao proletarização de de sua sua consciencia consciência pessoal, pessoal, quanto envolvia quanta aa proletarizacao com oo mundo proletarização da da relacao relação de de ambos ambos com mundo -— com com aa situacao situação de de classe, classe, as as lutas lutas sociais sociais ee as as aspiracoes aspirações politicas políticas do do proletariado. proletariado. De De fato, historica revolucionaria engendrou formas cons .. fato, uma uma situacao situação histórica revolucionária engendrou formas de de cons­ ciencia de classe prociência de classe revolucionarias. revolucionárias. K. K. Marx Marx ee F. F. Engels Engels captaram captaram o ò pro­ cesso exatamente cesso em em sua sua manifestacao manifestação "decisiva" “decisiva” ee "mais “mais avancada" avançada” exatamente porque tiveram porque tiveram perspicacia, perspicácia, coragem coragem ee sabedoria sabedoria suficientes suficientes para para se se alinharem entre em suas organizacoes de alinharem entre os os proletarios, proletários, se se engajarem engajarem em suas organizações de luta Vista deste luta de de classe classe ee fomentarem fomentarem o o internacionalismo. internacionalismo. proletario, proletário. Vista deste angulo, aa ciencia ângulo, ciência social social historica, histórica, que que nasce nasce em em conexao conexão com com o o pólo polo operario com aa revolucao social, nao mascara operário da da Juta luta de de classev classes/ee com revolução social, não se se mascara nem nem se se mistifica. rnistifica. Ela Ela se se abre abre para para oo cotidiano cotidiano da da vida vida operaria operária ee para para as teoria ee coma as grandes grandes transtormacoes transformações da da sociedade sociedade burguesa, burguesa, coma como teoria como pratica, rigorosa ee incorruptivel prática, fundadas fundadas na na fusao fusão da da ciencia ciência rigorosa incorruptível com com aa acao radicalmente inconformista tal ciencia ação radicalmente inconformista do do proletariado. proletariado. Por Por isso, isso, tal ciência e,é, de materialista, e, e, de outro, comunista que de um um Jada, lado, dialetica dialética ee materialista, de outro, comunista (s6 (só que esta - oo que economia política, politica, por por exemplo, esta polarizacao polarização eé expHcita explícita — que aa economia exemplo, nao oo Iazia no "ponto não fazia com com oo liberalismo, liberalismo, que que ficava ficava submerso submerso no “ponto de de vista vista cientifico"). científico” ). Se do Direito Se se se parte parte da da "Contribuicao “Contribuição aà critica crítica da da Filosofia Filosofia do Direito de de Hegel" 1844) ee se ao prefacio Hegel” ·((1844) se chega chega ao prefácio da da Contribuiciio Contribuição à critica crítica da da Economia Econom ia Politica Política (1859), (1859), passando-se passando-se pelo pelo Manifesto M anifesto do do Partido Partido ComuCom u­ nista desenvolve nista ((1I ~48), $48), verifica-se verifica-se objetivamente objetivamente coma como se se constitui constitui ee se se desenvolve essa essa ciencia ciência social social historica, histórica, que que nao não eé um um "epifenomeno “epifenômeno da da revolucao revolução burguesa", burguesa]” , mas mas uma uma manifestacao manifestação viva viva ee instrumental instrumental da da revolucao revolução propro­ letária etn em gestacao gestação hist6rica. histórica. .l~aria "Sem critica nao das armas, armas, "Sem diivida, dúvida, aa arma arma da da crítica não pode pode substituir substituir a a critica crítica das aa forca pela forca mas força material material niio não pode pode ser ser abatida abatida senao senão pela força material, m aterial, mas teoria, desde que ela das massas, torna uma aa teoria, desde que ela se se apodere apodere das m assas, tambem tam bém se se torna um a Iorca- material. forçamaterial. A A teoria teoria eé capaz capaz de de se se apoderar apoderar das das massas massas desde desde que que ela ela dem demonstre onstre ad ad hominem, h om in em , ee ela ela demonstra dem onstra ad ad hominem hom inem desde desde que que ela ela se torne radical. Ora, aa raiz, raiz, se torne radical. Ser Ser radical radical e é tomar tomar as as coisas coisas pela pela raiz. raiz. Ora, para oo homem, dissoluciio da para hom em , eé o o pr6prio próprio homem.'' h om em .” "Ao “A o anunciar anunciar a a dissolução da ordem mais que ordem anterior an terior do d o mundo, m u n do, o o proletariado proletariado nao não faz faz mais que ertunciar ertunciar oo segredo fato segredo de de sua sua propria própria existencia, existên cia, pois pois ele ele ée a a dissolucao dissolução de d e fa to dessa dessa ordem" filosofia encontra no proletariado mateordem ” (( .... . . )) "A “A filosofia encontra no proletariado suas suas armas armas m a te­ rials assim como na filosofia armas in interiais assim com o o o proletariado proletariado encontra encontra na filosofia suas suas armas te­ lectuais, atingido ate medula lectuais, ee desde desde que que o o raio raio do do pensamento pensam ento tenha tenha atingido até aa m edula esse em ho­ hoesse solo solo popular popular virgem virgem se se fara fará aa ernancipacao em ancipação que que convertera converterá em mens filosofia realizar sem m ens -os os alemiies" alem ães” (( ..... . )) "A “A filo so fia nao não pode pode se se realizar sem abolir abolir o o proletariado, proletariado nao abolir sem realizar aa filosofia" s. proletariado, o o proletariado não pode pode se se abolir sem realizar filo so fia ” 8.

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88 Ver Ver M"Rx, Conrribution à la de Hegel. Hegel. M a rx , K. K. Contribution la critique critique de de la la Philosophie Philosophie du du Droit Droit de In: Droit Politique liege/ie11, In: Critique Critique du du D roit Politique hégélien, p. p. 205 205 e e tll-2. 211-2.

20 20 Ora, Ora, arras atrás do do Manifesto M anifesto do do Partido Partido Comunista Com unista o o que que se se descobre descobre eé o o inverinver­ so. E aa apropriacao revolucionario ee do pensamento revoluso. É apropriação do do intelectual intelectual revolucionário do pensamento revolu­ cionario cionário pelo pelo proletariado. proletariado. Ao A o servir, servir, o o intelectual intelectual incorpora-se incorpora-se aà vanvan­ guarda ala em guarda da da classe classe ee mio não ffala em nome nom e de/a. dela. Ao Ao contrario, contrário, é ela ela quern quem ffala ala at raves de através de seus seus intelectuais intelectuais de de vanguarda, vanguarda, que que enunciam, enunciam, pela pela 6tica ótica do comunismo, formacao ee evolucao do comunismo, as as condicoes condições objetivas objetivas da da formação evolução da da classe, classe, as proleas quais quais sao, são, por por sua sua vez, vez, as as condicoes condições objetivas objetivas da da revolucao revolução prole­ taria tária (isto (isto e, é, da da dissolucao dissolução da da sociedade sociedade burguesa burguesa ee da da instauracao instauração de de uma uma sociedade sociedade nova). nova). Essa Essa relacao relação aparece aparece de de modo modo mais mais acabado acabado ee perfeito prefacio da perfeito no no prefácio da Contribuiciio Contribuição aà critica crítica da da Economia Econom ia Politica. Política. Pois Pois oo cientista cientista que que se se coloca coloca fora fora da da ordem ordem estabelecida estabelecida por por causa causa de de sua sua vinculação vinculacao com com o o proletariado proletariado tambem também fica fica acima acima das das deformacoes deformações que impoe aà pesquisa nao e, que ela ela impõe pesquisa cientffica, científica. 0 O polo pólo proletario proletário não é, portanto, portanto, s6 esa ee de só uma uma opcao, opção, urn umaa via via de de inspiracao, inspiração, de de def defesa de auto-afirmacao auto-afirmação do do intelectual pr6pria existencia, uma gaintelectual revolucionario, revolucionário. Ele Ele e, é, por por sua sua própria existência, uma ga­ rantia rantia de de que que oo curso curso das das coisas coisas nao não pode pode ser ser alterado, alterado, e, e, por por sua sua atividade capiatividade inquebrantavel, inquebrantável, aa seguranca segurança de de que que os os progressos progressos do do capi­ talismo talismo desembocam desembocam em em uma uma crise crise social social insuperavel insuperável ee em em uma uma nova nova epoca prefacio como época hist6rica. histórica. Marx Marx nao não se se exprime exprime nesse nesse prefácio como um um "filho “filho do Iinguagem eé serena, do Povo". Povo” . A A sua sua linguagem serena, sintetica sintética ee severa. severa. Tai Tal como como convinha convinha aa alguem alguém que que enunciava enunciava aa teoria teoria da da revolucao revolução social social inerente inerente aà consciencia consciência de de' classe classe ee ao ao futuro futuro politico político do do proletariado, proletariado, dos dos quais quais participava participava intimamente intimamente -— como como rnilitante militante proletario, proletário, como como cientista cientista social social ee como como estrategista estrategista do do movimento movimento socialista socialista revolucionario. revolucionário. 0 O que que interessa, interessa, aqui, aqui, é que que oo centro centro de de gravidade gravidade de de uma uma posicao posição de de classe, classe, por por ser ser a a posiciio posição de de uma uma classe classe revolucionaria revolucionária em em ascensiio ascensão historica, histórica, assegurava uma extrema assegurava ao ao cientista cientista social social uma extrema autonomia. autonomia. Ele Ele nao não precisava precisava curvar-se curvar-se as às deformacoes deformações ideol6gicas ideológicas impostas impostas pela pela ordem. ordem. Tampouco Tampouco estava estava sujeito sujeito aa novas novas deformacoes, deformações, porque porque uma uma classe classe social social revoluciorevolucio­ naria nária nao não pode pode travar travar ee veneer vencer seus seus combates combates freando freando aa contribuicao contribuição da da ciencia ciência ao ao alargamento alargamento ee ao ao aprofundamento aprofundamento de de sua sua consciencia consciência hist6rica histórica ee de de sua sua capacidade capacidade de de ac;ao ação coletiva coletiva hist6rica. histórica. As coligidas nesta As cinco cinco leituras leituras coligidas nesta parte parte do do livro livro permitem permitem acornpaacompa­ nbar nhar esse esse enlace enlace entre entre classe classe operaria, operária, consciencia consciência hist6rica histórica ee revolucao revolução social. importancia para social. Os Os textos textos sao são desiguais, desiguais, como como desigual desigual eé sua sua importância para aa hist6ria primeira leitura, história como como ciencia. ciência. A A primeira leitura, extraida extraída dos dos Manuscritos Manuscritos economicos iiiosoiicos de Karl Marx, Marx, fixa econôm icos ee filosóficos de 1844, 1844, de de Karl fixa oo momento momento de de maior com aa filosofia maior tensao tensão entre entre oo antigo antigo compromisso compromisso com filosofia ee aa plena plena ideniden­ tificacao texto escolhido tificação com com os os ideais ideais comunistas. comunistas. 0 O texto escolhido é de de suma suma imporimpor­ tancia, tância, nao não obstante, obstante, para para o o estudo estudo da da genese gênese do do materialismo materialismo historico. histórico. Nele fica evidente Nele fica evidente que que o o compasso compasso hegeliano, hegeliano, tanto tanto quanto quanto o o feuerbafeuerbachiano, fundamento in chiano, nao não podiam podiam conter conter oo pensamento pensamento cientifico científico com com fundamento in re, categorias apanhadas re, aa analise análise dialetica dialética das das categorias apanhadas em em seu seu movimento movimento histohistó­ rico na perspectiva rico real real ee as as exigencies exigências da da inclusao inclusão do do comunismo comunismo na perspectiva ciencientifico-filosofica. tífico-filosófica. Ouando Q u a n d o se se fala fala do do "jovem “jovem Marx", M arx”, em em funcao função dos dos

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21 21 manuscritos 1844, oo que movia manuscritos de de 1844, que esta está em em jogo jogo eé oo novo novo Marx, Marx, que que se se movia no sentido ponte entre no sentido de de buscar buscar uma uma ponte entre o o seu seu recente recente passado passado radical radical ee oo seu emergente emergente futuro futuro revolucionario. revolucionário. A A segunda segunda Ieitura, leitura, retirada retirada de de A A seu ideologia Marx uma obra ideologia alemii, alemã, de de K. K. M arx ee F. F. Engels, Engels, poe-nos põe-nos diante diante de de uma obra classica clássica na na hist6ria história do do marxismo marxismo ee das das ciencias ciências sociais, sociais. Como Como permaneceu permaneceu inedita por inédita por longos longos anos anos ((aa primeira primeira edicao edição eé de de 1932, 1932, em em alemao, alemão, ee de de 1933, em russo), tornou-se 1933, em russo), tornou-se freqiiente freqüente ornitir-se omitir-se oo significado significado classico clássico dessa dessa obra. obra. Nela Nela se se acha acha aa (mica única sistematizacao sistematização que que empreenderam empreenderam em em comum tambem, oo esboco comum da da hist6ria história coma como ciencia. ciência. E E nela nela se se encontra, encontra, também, esboço de micleo de uma fecunda de uma um a teoria teoria geral geral da da sociedade, sociedade, oo núcleo de uma fecunda teoria teoria das das classes da ideologia, perspectiva da classes sociais sociais ee da ideologia, focalizadas focalizadas na na perspectiva da revolucao revolução burguesa em burguesa em processo, processo, ee aa inclusao inclusão explicita explícita do do comunismo comunismo no no ponto ponto de de vista cientffico. vista científico. 0 O texto texto selecionado selecionado abrange abrange esses esses diferentes diferentes aspectos aspectos demonstra quao quão rica rica de de conseqiiencias conseqüências foi foi aa passagem passagem da da filosofia filosofia ee demonstra especulativa especulativa para para aa ciencia ciência da da hist6ria, história, no no pensamento pensamento de de Marx M arx ee Engels. Engels. O foi tirado Filosojia, ensaio O terceiro terceiro texto texto foi tirado de de Miseria M iséria da da Filosofia, ensaio encarado encarado por por muitos partida do muitos como como o o ponto ponto de de partida do materialismo materialismo hist6rico. histórico. 0 O trecho trecho foi foi escolhido, escolhido, porem, porém, porque porque resume resume as as ideias idéias centrais centrais que que K. K. Marx M arx ee F. F. Engels iriam desenvolver Engels iriam desenvolver dai daí em em diante diante ee contem contém os os alicerces alicerces do do primeiro primeiro capftulo Manifesto capítulo do do M anifesto do do Partido Partido Comunista. Comunista. Por P or essa essa razao, razão, o o trecho trecho mereceu ser mereceu ser posto posto em em relevo, relevo, como como oo preludio prelúdio da da obra obra que que converteu converteu Marx movimento socialista M arx ee Engels Engels em em teoricos teóricos ee estrategistas estrategistas do do movimento socialista revolurevolu­ cionario. A quarta cionário. A quarta leitura, leitura, uma uma circular circular politica política de de K. K. Marx Marx ee F. F. Engels Engels de teorica mais de 1850, 1850, apresenta apresenta aa elaboracao elaboração teórica mais pura pura ee completa completa da da natureza da revolucao revolução proletária, saiy^dos-vçérebros de K. K. Marx natureza proletaria, que ~~e:::~e ee de - parmãngrUsP. ~eae a conde F. F. Engels. Engels. Nela Nela surge surge aa ideia idéia da" da “-Evolução con­ denacao denação rnais mais completa completa das das praticas práticas burguesas burguesas ee socialistas socialistas reformistas. reformistas. Alem virtude da Além disso, disso, o o texto texto eé importante importante em em virtude da analise análise hist6rica histórica de de situasitua­ ~oes ções concretas, concretas, evidenciando evidenciando oo quanta quanto aa pratica prática subversiva subversiva foi foi decisiva decisiva para moldar aa consciencia vice-versa. Por para moldar consciência revolucionaria revolucionária ee vice-versa. P or fim, fim, aa ultima última leitura, leitura, o o celebre célebre prefacio prefácio de de Contribuiciio Contribuição aà critica crítica da da Economia E conom ia Politico, Política, se impunha aà coletanea. K. se impunha coletânea. Sao São algumas algumas paginas páginas magistrais, magistrais, nas nas quais quais K. Marx Marx indica indica oo seu seu percurso percurso intelectual intelectual ate até aa redacao redação dessa dessa obra. obra. Em Em tao poucas paginas, tão poucas páginas, ele ele logrou logrou marcar m arcar com com clareza, clareza, simplicidade simplicidade ee precisao varies pontos precisão os os vários pontos essenciais essenciais do do que que viria, viria, mais mais tarde, tarde, aa ser ser conheconhe­ cido leitura, "Teoria cido como como marxismo. m arxismo. 0 O titulo título que que atribui atribuí aa essa essa leitura, “Teoria ee propro­ cesso cesso hist6rico histórico da da revolucao revolução social", social” , constitui constitui uma uma tentativa tentativa de de salientar salientar os os dois dois lados lados da da medalha, medalha, que que Marx M arx logrou logrou articular articular com com rara rara felicidade. felicidade. Nao Não tive tive aa intencao intenção de de ordenar ordenar as as leituras leituras em em um um crescendo. crescendo. Todavia, Todavia, esta maxima de esta leitura leitura sugere sugere oo máximo de consciencia consciência (de (de classe) classe) hist6rica histórica clara clara que que uma posicao uma posição revolucionaria revolucionária pode pode encerrar. encerrar. Por Por isso, isso, eé defensavel defensável aplicar aplicar aa tal tal forma forma de de consciencia consciência historica-limite histórica-limite aa no~ao noção de de teoria. teoria. Ela Ela vira vira aa realidade repoe coma pensarealidade pelo pelo avesso avesso ee aa repõe como categoria categoria hist6rica histórica do do pensa­ mento ee da mento da acao ação coletiva coletiva de de uma uma classe, classe, que que deveria deveria confrontar-se confrontar-se com com

22 22 aa mais mais complexa complexa ee prolongada prolongada crise crise revoluciondria revolucionária na na hist6ria história das das civilizacoes. civilizações. 1) 1)

Trabalho alienado ee supera~io positiva da da auto-aliena~io humana Trabalho alienado superação positiva auto-alienação humana (K. (K. Marx) Marx)

O primeiro primeiro texto objeto desta O texto 99 {"O ( “O trabalho trabalho alienado") alienado” ) interessa interessa ao ao objeto desta coletanea A prirneira de explicoletânea por por duas duas razoes. razões. A primeira diz diz respeito respeito ao ao modelo modelo de expli­ cacao economia política. politica. Marx Marx deixara claro, cação que que decorre decorre da da crltica crítica da da economia deixara claro, no · no prefacio, prefácio, o o que que pretendia. pretendia. "Meus pelos meios de uma analise total“Meus resultados resultados foram foram conseguidos conseguidos pelos meios de uma análise total­ mente empfrica baseada em em um consciencioso da economente empírica baseada um estudo estudo critico crítico consciencioso da econo­ mia política” politica" 10. 10. mia A nao se propunha nem de metodos de obserA sua sua critica crítica não se propunha nem uma uma correcao correção de métodos ((de obser­ vacao, analise ee de parcial . ou ou vação, de de análise de interpretacao) interpretação) nem nem uma uma retormulacao reformulação parcial global Ela suscitava uma nova forma, ao global de de teorias. teorias. Ela suscitava uma nova forma, ao mesrno mesmo tempo tempo hist6rica explicacao dos dos "fates histórica ee dialetica, dialética, de de explicação “fatos da da vida vida real". real” . A A seguinte seguinte passagem deixa isso passagem dos dos manuscritos manuscritos de de 1844 1844 deixa isso bern bem claro claro ((ee tambem também coloca em questiio coloca em questão o o socialismo socialismo refonnista): reform ista):

"Nao eé preciso preciso dizer e, oo homem, homem, que, “Não dizer que que oo proletdrio, proletário, isto isto é, que, existindo existindo sem puramente do do trabalho, trabalho, ee de trabalhosem capital capital ee renda, renda, vive vive puramente de um um trabalho-abstrato unilateral, politica somente -abstrato unilateral, eé considerado considerado pela pela economia economia política somente como como um trabalhador. trabalhador. A politica pode, pode, nao um A economia economia política não obstante, obstante, sustentar sustentar aa proposicao de cavalo, pode pode obter obter proposição de que que o o proletario, proletário, ta! tal ee qua! qual qualquer qualquer cavalo, tanto permitido trabalhar. quando tanto quanto quanto lhe lhe seja seja permitido trabalhar. Ela Ela nao não oo considera, considera, quando ele nao esta hurnano; pois pois deixa consiele não está trabalhando, trabalhando, como como um um ser ser humano; deixa essa essa consi­ deracao deração aà justica justiça criminal, criminal, aos aos medicos, médicos, aà religiao, religião, as às tabelas tabelas estatisticas, estatísticas, àa politica política ee ao ao zelador zelador de de asilo." asilo.” "Seja-nos “Seja-nos permitido permitido elevarmo-nos elevarmo-nos acima tentarmos responder acima do do nivel nível da da economia economia politica política ee tentarmos responder duas duas quesques­ toes na exposlcao qua! quase tões com com base base na exposição anterior, anterior, aa qual quase foi foi mantida mantida nos nos termos dos 0) Qual evolucao da humatermos dos economistas economistas politicos: políticos: 1. 1.°) Qual e, é, na na evolução da huma­ nidade, oo significado reducao da da maior parte da da humanidade humanidade ao ao nidade, significado dessa dessa redução maior parte trabalho abstrato? 0) Quais cometidos pelos pelos reformadores trabalho abstrato? 2. 2.°) Quais sao são os os erros erros cometidos reformadores gradualistas, os ou desejam gradualistas, os quais quais ou desejam elevar elevar os os salaries salários ee desse desse, modo modo meme­ lhorar trabalhadora, ou lhorar aa situa91io situação da da classe classe trabalhadora, ou encaram encaram aa igualdade,...de igualdade j i e salaries corno aa meta meta da da revolucao salários (como (como oo faz faz Proudhon) Proudhon) como revolução social?" social?” '1. f l.

Essa como alguns ainda hoje Essa forrna forma de de explicacao explicação nao não envolvia, envolvia, apenas, apenas, como alguns ainda hoje acreditam, uma plena plena saturacao hist6rica dos dos "conceitos" acreditam, uma saturação histórica “conceitos” da da economia economia politica pela crltica da "perversao" política ee aa eliminacao, eliminação, pela crítica hist6rico-sociol6gica, histórico-sociológica, da “perversão” que par'tta cios dados de fato ee das das teorias teorias da que eles eles contivessem. contivessem. Ela Ela partia dos dados de fato da ecoeco­ nomia política. politica, Mas nomia Mas os os submetia subtaetia aa um um novo novo tipo tipo de de raciocinio raciocínio cienticientí­

e

leitura é composta cm separado, 9A A leitura composta de de dois dois textos, textos, debatidos debatidos em separado. 10 Economic manuscripts of of 1844, 1844, p. p. 15. 15. Economic and and philosophic philosophic manuscripts 11 29. 11 Idem, Idem, p. p. 29.

23 23 fico-filosófico, que que repunha trabalho, oo trabalhador, trabalhador, aa situacao situação de de fico-filos6fico, repunha oo trabalho, trabalho, aa "desumanizacao" “desumanização” ee aa "objetificacao" “objetificação” do do trabalhador, trabalhador, etc. etc. trabalho, (bem como como aa propriedade, propriedade, oo nao-trabalhador, não-trabalhador, oo capital, capital, etc.), etc.), como como (hem totalidade totalidade historico-social histórico-social concreta, concreta, vista vista simultaneamente simultaneamente em em sua sua apaapa­ rência ee em em sua sua essencia, essência, em em suas suas origens, origens, 'manitestacao manifestação atual atual ee no iio rencia vir-a-ser, etc. etc. A A segunda segunda razao razão se se refere refere ao ao mode modo de de considerar considerar aa vir-a-ser, realidade realidade em em seu seu "processo “processo hist6rico histórico real", real”, como como se se pode. pode, verificar verificar atraves através da descricao descrição do do "movimento “movimento da da propriedade". propriedade” . Os Os "conflitos “conflitos nao não resolresol­ da vidos” ou ou contradicoes contradições siio são retidos retidos em em suas suas manitestacoes manifestações ee desenvolvidesenvolvi­ vidos" mento, como como contradicoes contradições intrfnsecas intrínsecas as às relacoes relações do do homem homem com com aa natunatu­ mento, reza, reza, db db homem homem consigo consigo pr6prio, próprio, com com outros outros homens homens ee com com aa sociedade, sociedade, da forma forma de de propriedade, propriedade, de de producao, produção, de de consumo, consumo, com com aa consciencia consciência da te6rica teórica ee pratica prática do do trabalhador trabalhador submetido submetido ao ao trabalho trabalho alienado, alienado, etc. etc. A o movimento movimento dialetico dialético do do pensamento pensamento corresponde corresponde um um movimento movimento Ao dialético da da realidade, realidade. De De fato, fato, o o primeiro primeiro nao não se se apresenta apresenta como como um um dialetico reflexo do do segundo. segundo. As categorias elaboradas elaboradas dialeticamente dialeticamente retem retêm as as reflexo As categorias contradições em em seu seu processo processo de de manifestacao manifestação real real ee de de desenvolvimento desenvolvimento contradicoes histórico. Apesar Apesar da da larga larga presenca presença de de Feuerbach Feuerbach e, e, principalmente, principalmente, do do historico. predomínio da da filosofia filosofia sobre sobre aa ciencia, ciência, os os manuscritos manuscritos inauguram inauguram uma uma predominio nova modalidade modalidade de de aplicaiiio aplicação da da dialetica dialética na na investigacao investigação empirica empírica ee nova na. na. explicacao explicação do do homem homem ee da da sociedade sociedade em em seu seu movimento movimento de de vir-a-ser vir-a-ser histórico. Neles Neles aparecern aparecem alguns alguns dos dos principais principais elementos elementos que que iriam iriam hist6rico. confluir, em em seguida, seguida, na na elaboracao elaboração das das concepcoes concepções centrais centrais do do matemate­ confluir, rialismo hist6rico histórico ee que, que, portanto, portanto, foram foram ampliados, ampliados, reformulados reformulados ou ou rialismo aperfeicoados aperfeiçoados nas nas obras obras posteriores posteriores de de K. K. Marx M arx 12• 1S. O texto texto trabalha trabalha de de uma uma maneira m aneira magistral magistral as as limitacoes limitações 16gicas lógicas ee O científicas da da economia economia politica. política. 0 O paragrafo parágrafo inicial inicial eé limpido límpido ee de de um um cientificas vigor exemplar. exemplar. Ele Ele culmina culmina na na proposicao, proposição, -Ieita feita no no paragrafo parágrafo subsesubse­ vigor qüente, de de que que aa economia economia politica política se se edifica edifica sobre sobre oo fato fato da da propriedade, propriedade, qi.iente, mas niio não o o explica, explica. 0 O que que entra entra em em jogo jogo niio não eé s6 só aa linguagem linguagem empreempre­ mas gada pelos pelos economistas, economistas, eé aa natureza natureza da da descricao descrição ee da da explicacao explicação na na gada economia politica. política. Marx M arx argiii argúi uma um a "lei “lei economica" econômica” que que niio não exprime exprime economia um um "curso “curso necessario necessário de de desenvolvimento" desenvolvimento” ee oo escamoteamento escamoteamento que que fica fica por tras trás de de "uma “um a condicao condição primordial primordial fictfcia", fictícia” , niio não obstante obstante explorada explorada por como base base do do raciocinio raciocínio dedutivo. dedutivo. A A isso isso ele ele contrapoe contrapõe o o ponto ponto de de partida partida como indutivo, que que elabora elabora "um “um fato fato econemico econômico real", real ”, e e a, a-análise das concon­ indutivo, analise das tradições por por meio meio de de conceitos conceitos variavelmente variavelmente saturados saturados de de contetido conteúdo tradicoes Aliás, I. I. Meszaros Mészáros faz faz uma uma afirmacao afirmação que que merece merece ser ser devidamente devidamente ponderada ponderada 12 Alias,

por todos todos os os que que colocam colocam um um fosso fosso entre entre o o "jovem “jovem Marx" Marx” ee o o "Marx “Marx maduro": maduro” : por "longe “longe de de exigir exigir revisoes revisões ou ou modifica~s modificações subseqiientes subseqüentes de de importancia, importância, os os ManusManus­ critos critos de de 1844 1844 anteciparam, anteciparam, adequadamente, adequadamente, o o Marx Marx posterior, posterior, apreendendo apreendendo numa numa unidade unidade sintetica sintética aa problematica problemática de de uma uma reavahacao reavaliação ampla, ampla, centrada centrada na na pratica prática ee radical radical de de todas todas as as facetas facetas da da experiencia experiência humana". humana”. (MESZAROS, (M észáros, I. I. Marx: Marx: aa teoria da da alienariio, alienação, p. p. ~ 21. Sobre aa critica crítica da da economia economia politica, política, em em especial. especial, teoria 1. Sobre p. 111-8.) 111-8.) cf. p.

24 historico analise que histórico ((análise que permite permite passar passar de de um um conceito conceito aa outro, outro, como como ele ele faz com o o par par de de conceitos conceitos trabalho trabalho alienado alienado ee propriedade propriedade privada). privada). faz com Assim, oo que que aa economia economia politica política "esconde", “esconde”, ele ele explicita explicita ee explica, explica, oo Assim, que para afirmar formulacao" conduz que lhe lhe fomece fornece razao razão para afirmar que que uma uma "nova “nova formulação” conduz solução de de um um problema. aà solucao problema. Refletindo-se as várias varias investidas investidas que Refletindo-se sobre sobre as que Marx Marx concentra concentra em em um um texto tao tão curto curto ((algumas caráter ostensivamente ostensivamente reiterativo, reiterativo, como como texto algumas de de carater se pretendesse assinalar fazer para se ele ele pretendesse assinalar clararnente claramente oo que que se se deve deve fazer para nao não cair nas nas armadilhas armadilhas da da economia economia politica), política), oo que que se se depara depara eé uma uma vigovigo­ cair rosa ricongruente do hipoteticorosa condenacao condenação do do uso uso precoce precoce ee .iincongruente do metodo método hipotético-dedutivo por sua -dedutivo em em uma uma ciencia ciência que que deveria deveria ser ser (por (por seu seu objeto objeto ee por sua natureza) historica histórica ee social. social. Um método que, que, alem além do do mais, mais, "facilitava" “facilitava” natureza) Um metodo aa construcao construção arbitraria arbitrária ee negligente negligente de de tipos tipos ideais; ideais; ignorava ignorava as as condicoes condições reais manifestacao dos reais de de manifestação dos fatos, fatos, relacoes relações ee processos processos econornicos; econômicog; ee excluía os os aspectos aspectos dinamicos dinâmicos nao-sincronicos não-sincrônicos ((ou seja, de de relacoes relações de de excluia ou seja, sucessao, sucessão, no no tempo tempo hist6rico histórico continuo contínuo ee descontinuo) descontínuo) da da 6rbita órbita da da interinter­ pretacao intento, as pretação causal. causai. No No conjunto, conjunto, apesar apesar da da precocidade precocidade do do intento, as críticas possuiam possuíam inegavel inegável envergadura envergadura l6gica lógica ee um um alto alto teor teor positivo positivo criticas ((pois pois sao são balizadas balizadas as as condicoes condições opostas opostas de de uma uma verdadeira verdadeira nova nova ciencia, ciência, em gestacao). gestação). No No que que tange tange aà contribuicao contribuição principal principal de de sua sua critica, crítica, que que em se construcoes típico-ideais tfpico-ideais arbitrarias se refere refere aà inadequacao inadequação de de construções arbitrárias ou ou conconjeturais projeturais na na explicacao explicação de de situacoes situações historico-sociais histórico-sociais concretas concretas ou ou de de pro­ cessos de de seriacao seriação histórica, razão estava estava literalmente literalmente com com Marx. Marx. cessos hist6rica, aa razao Esquemas interpretativos “gerais” , que que so só apreendem apreendem certos certos aspectos aspectos Esquemas interpretativos "gerais", dinâmicos da da realidade realidade ((abstraídos de um um suposto suposto estado estado ideal de equiequi­ dinamicos abstraidos de ideal de líbrio), não podem servir servir coma como modelos modelos logicos lógicos de de explicacao explicação dos dos lfbrio), nao podem aspectos na tormacao aspectos dinamicos dinâmicos especificamente especificamente historicos, históricos, envolvidos envolvidos na formação transform ação da da economia economia ((em termos de de tempo tempo hist6rico histórico continue contínuo ee transformacao em termos ou descontinuo) descontínuo).. Mais Mais tarde, tarde, K. K. Marx Marx iria elaborar com maior elegancia elegância ou iria elaborar com maior ee refinamento refinamento as nada do as solucoes soluções que que detendia. defendia. Nao Não obstante, obstante, nada do que que afirafir­ mou ou ou fez fez posteriorrnente posteriormente colidiu colidiu com com as as ideias idéias expostas neste texto, texto, mou expostas neste que por isso, que adquire, adquire, por isso, uma uma importancia importância especial especial para para oo conhecimento conhecimento dos materialismo dialetico dos passos passos percorridos percorridos por por Marx Marx na na criacao criação do do materialismo dialético do materialismo materialismo hist6rico. histórico. ee do Ouanto Quanto aà segunda segunda razao, razão, este este texto, texto, como como sucede sucede com com A A sagrada sagrada família e, e, de de modo com A A ideo/ogia ideologia alemii, alemã, sintetiza sintetiza os os matemate­ familia modo marcante, marcante, com riais relatives ao hurnanidade", riais expostos, expostos, relativos ao "desenvolvimento “desenvolvimento da da hum anidade”, aa partir partir da elaboracao elaboração dialetica dialética das das contradicoes contradições antagonicas antagônicas intrinsecas intrínsecas aos aos fatos fatos da naturais naturais ee sociais sociais da da vida vida humana hum ana em em sociedade. sociedade. S6 Só que que nos nos Manuscritos Manuscritos de 1844, 1844, por por se se tratar tratar de de um um projeto projeto ee de de esbocos esboços de de ensaios ensaios indeinde­ de pendentes, pendentes, tal tal qualidade qualidade transparece transparece com com rnaior maior densidade densidade ee nos nos tons tons devidos teor laconico devidos aa urn um estilo estilo viril, viril, que que cornpensa compensa ee ameniza ameniza oo teor lacônico da da exposição. Se Se estamos estamos longe longe da da maestria de aa Contribuiciio Contribuição aà critica crítica exposicao. maestria de da Politica ee O da Economia Economia Política O capital, capital, uma uma coisa coisa eé certa: certa: Marx M arx ja já comecara começara aa "inversao" “ inversão” da da dialetica dialética hegeliana, hegeliana, ficando ficando rente rente ao ao real real (ao (ao dado dado concon-

25 25 creto, ereto, de de um um !ado, lado, ee aà descricao descrição hist6rico-sociol6gica, histórico-sociológica, de de outro) outro) em em suas suas tentativas tentativas tao tão originais originais de de explicacao explicação do do trabalho trabalho alienado alienado ee da da origem o que origem da da propriedade propriedade privada privada ((o que confere confere aa este este texto, texto, alias, aliás, uma uma importancia importância maior, maior, decorrente decorrente do do seu seu significado significado nas nas origens origens da da sociosocio­ logia). logia). Na Na verdade, verdade, os os resultados resultados que que ele ele alcancara alcançara na na esfera esfera da da critica crítica 16gica ee metodol6gica lógica metodológica aà economia economia politica política testemunham, testemunham, por por si si mesmos, mesmos, os os progressos progressos realizados realizados no no sentido sentido daquela daquela "inversao" “inversão” ee implicam implicam um um elevado elevado patamar patam ar no no enlace enlace da da investigacao investigação critico-empirica crítico-empírica com com aa elaboelabo­ racao ração te6rica. teórica. Note-se Note-se que, que, apesar apesar de de se se tratar tratar de de manuscritos, manuscritos, as as desdes­ cricoes crições do do trabalho trabalho alienado, alienado, da da propriedade propriedade privada privada ee das das conexoes conexões de causa causa ee efeito efeito existentes existentes entre entre ambos ambos (no (no piano plano dinamico-estrutural dinâmico-estrutural de mais mais profundo profundo ee menos menos visivel) visível) desvendam desvendam aquilo aquilo que que se se poderia poderia desigdesig­ nar como como aa "estrutura “estrutura Intima" íntim a” de de uma um a sociedade sociedade de de classes classes dividida dividida por por nar contradicoes contradições antagonicas antagônicas irreconciliaveis. irreconciliáveis. Alem Além disso, disso, tarnbem também oo motor m otor da da historic história eé focalizado focalizado aà luz luz de de tais tais contradicoes contradições reais: reais : cabe cabe aos aos trabatraba­ lhadores trabalho lhadores aa tarefa tarefa politica política de de se se emanciparem emanciparem da da sociedade sociedade do do trabalho alienado, alienado, da da propriedade propriedade privada, privada, da da "objetificacao" “objetificação” ee desumanizacao desumanização dos dos homens, homens, etc. etc. Ja Já nao não se se esta, está, pois, pois, sob sob aa egide égide da da liberacao liberação do do proletariado proletariado pela pela filosofia filosofia ee da da liberacao liberação da da filosofia filosofia pelo pelo proletariado proletariado ((aa formula fórmula radical radical enunciada enunciada na na "Contribuicao “Contribuição aà cntica crítica da da Filosofia Filosofia do do Direito Direito em em Hegel"). Hegel” ). A A classe classe operaria operária eé aa classe classe revolucionaria; revolucionária; ao ao emancipar-se, emancipar-se, ela ela emancipara, emancipará, universalmente, universalmente, todos todos os os seres seres humanos, humanos, oprimidos oprimidos ou ou opressores. opressores. Em Em A A ideologia ideologia alemii, alemã, Miseria Miséria da da Filosojia Filosofia ee oo Manifesto M anifesto do do Partido Partido Comunista, Comunista, Marx M arx chegara, chegará, sozinho sozinho ou ou em em colacola­ boracao boração com com Engels, Engels, aa formulacoes formulações mais mais precisas precisas (em (em termos termos "marxistas") “m arxistas”) dessas dessas descobertas descobertas te6ricas. teóricas. Contudo, Contudo, as as duas duas nocoes noções surgem surgem sob sob aa forma forma assinalada assinalada nos nos manuscritos manuscritos de de Paris, Paris, o o que que patenteia patenteia que que Marx M arx percorreu percorreu uma uma via via pr6pria própria na na elaboracao, elaboração, verificacao verificação ee refinamento refinamento das das grandes grandes ideias idéias que que estao estão por por tras trás do do seu seu esquema esquema sociol6gico sociológico de de interpretacao interpretação da da dinamica dinâmica ee do do colapso colapso da da sociedade sociedade burguesa burguesa (mutatis ( m utatis mutandis, mutandis, aa mesma mesma afirmacao afirmação aplica-se aplica-se aà evolucao evolução intelectual intelectual de de Engels Engels nesse nesse periodo). período). O tido O segundo segundo texto texto 13 13 (( "Propriedade “Propriedade privada privada ee comunismo"), comunismo” ), con contido nesta leitura, eé mais teve entre nesta leitura, mais famoso famoso por por causa causa das das repercussoes repercussões que que teve entre os os fil6sofos filósofos marxistas, marxistas, que que se se dedicaram dedicaram ao ao estudo estudo da da alienacao, alienação, ee por por seu para oo conhecimento seu interesse interesse para conhecimento da da reacao reação de de Marx M arx as às correntes correntes sociasocia­ listas listas da da epoca, época. Haveria Haveria pouco pouco sentido sentido em em sugerir sugerir linhas linhas de de aproveitaaproveita­ mento mento deste deste texto texto que que teriam, teriam, agora, agora, carater caráter repetitivo. repetitivo. Na N a verdade, verdade, este este texto texto eé oo coroamento coroamento do do anterior anterior ee leva leva oo problema problem a da da alienacao alienação do do trabalho trabalho as às ultimas últimas consequencias conseqüências (para (para quern quem oo visse visse da da perspectiva perspectiva adotada adotada por por Marx M arx ee fosse, fosse, como como ele, ele, capaz capaz de de nao não abandonar abandonar uma uma quesques­ tao tão enquanto enquanto ela ela nao não estivesse estivesse resolvida). resolvida). 0 O texto texto tern tem suscitado suscitado apreapre­ ciacoes ciações entusiastas entusiastas ee decepcionadas. decepcionadas. Nenhuma Nenhuma dessas dessas atitudes atitudes se se justijusti­ fica. fato, poder-se-ia fica. De De fato, poder-se-ia esperar esperar que que Marx Marx completasse completasse oo circuito circuito de de rs 13 Ver Ver nota nota 9. 9, p. p. 22. 22.

26 sua discussão anterior sobre sobre o o trabalho da sua discussao anterior trabalho alienado alienado ee aa forma forma política politica da ernancipacao Entretanto, ele emancipação do do proletariado proletariado com com aa garra garra "marxista", “marxista". Entretanto, ele s6 situa oo problema problema da da "superacao só situa “superação (ou (ou transcendencia) transcendência) positiva positiva da da autoauto-alienacao humana" via histórica, hist6rica, sociol6gica -alienação hum ana” ee deixa deixa explicito explícito que que aa via sociológica ee psicol6gica processo se encontra no comunismo. Se psicológica desse desse processo se encontra no comunismo. Se tivesse tivesse entroentro­ sado discussao com qualificado oo papel ativo do sado aa nova nova discussão com aa anterior anterior ee qualificado papel ativo do proletariado no curso curso desse desse processo, processo, aa abordagem "mais marproletariado no abordagem seria seria “mais mar­ xista". todo oo texto xista” . Ora, Ora, aa garra garra de de Marx Marx esta está presente presente em em todo texto -— naturalnatural­ mente com mente do do Marx M arx que que redigiu redigiu os os manuscritos, manuscritos, nao não do do Marx M arx que que dividiu dividiu com Engels Engels aa redacao redação do do Manifesto M anifesto do do Partido Partido Comunista Com unista.. .. .. Ele Ele avancou avançou muito, nao se muito, praticamente praticam ente em em menos menos de de dois dois anos, anos, ee não se poderia poderia exigir exigir que que oo marxismo marxismo saisse saísse pronto pronto ee acabado acabado de de sua sua cabecal cabeça! £ É essencial essencial que que se se reconheca de sua dos pontos pontos altos desse reconheça aa congruencia congruência de sua posicao. posição. Um Um dos altos desse texto das antiteses texto diz diz respeito, respeito, exatamente, exatamente, as às referencias referências aà solucao solução das antíteses teoricas possivel unicamente aminho pratico. "Sua teóricas como como sendo sendo possível unicamente pelo pelo .ccaminho prático. “Sua solucao um problema solução nao não e, é, de de modo modo algum, algum, um problema meramente meramente de de conheciconheci­ mento, mas um mento, mas um problema problema real real de de vida", vida”, etc. etc. 0 O outro outro ponto ponto alto alto tern tem que que ver ver com com o o modo modo de de considerar considerar oo comunismo. comunismo. Marx M arx não nao oo toma toma em ideias" ee de ou "escolas", em termos termos de de "correntes “correntes de de idéias” de "doutrinas" “doutrinas” ou “escolas”, mas mas como como um como movimento movimento social social revolucionario. revolucionário. Encara-o Encara-o como um processo processo hist6rico-social as contradicoes trabalho aliehistórico-social intrinseco intrínseco às contradições da da sociedade sociedade do do trabalho alie­ nado privada — - ee que, em sua nado ee da da propriedade propriedade privada que, em sua instauracao instauração pratica, prática, teria fatores, estabelecendo estabelecendo oo novo novo eixo eixo da da vida teria de de eliminar eliminar esses esses dois dois fatores, vida social suficientes para social humana. humana. Esses Esses dois dois pontos pontos sao são suficientes para demonstrar dem onstrar o o quanquan­ to do auto-esclarecimento auto-esclarecimento revoto ele, ele, caminhava caminhava (rapidamente) (rapidam ente) na na direcao direção do revo­ lucionario das ideias-chaves Manilucionário ee do do dominio domínio das idéias-chaves que que tornaram tornaram possfvel possível o o Mani­ !esto do festo do Partido Partido Comunista. Comunista. Dados Dados os os objetivos objetivos desta desta antologia, antologia, quatro quatro aspectos aspectos do do texto texto devem devem ser postos em relevo. Em primeiro Iugar, ser postos em relevo. Em primeiro lugar, oo modo modo pelo pelo qual qual K. K. Marx Marx coloca "A superacao coloca aa questao questão fundamental: fundam ental: “A superação da da auto-alienacao auto-alienação segue segue oo mesmo para ele, el.e, mesmo curso curso que que aa auto-alienacao". auto-alienação” . 0 O que que quer quer dizer dizer que, que, para oo problema nao eraou, tampouco, utopico) , ee problema não era "meramente “meramente te6rico" teórico” ((ou, tampouco, utópico), 'que que opu‘que oo comunismo comunismo devia devia ser ser examinado examinado .aà luz luz das das contradicoes contradições que opu­ nham Ao contrario nham entre entre si si propriedade propriedade privada privada ee trabalho trabalho alienado. alienado. Ao contrário de representantes do mencionados), de Proudhon Proudhon ((e~ outros outros representantes do socialismo socialismo sao são m encionados), M arx já propunha uma uma posiciio posição objetiva objetiva ((ou científica ) diante Marx ja propunha ou cientiiica) diante do do pro­ problema da solucao, comunismo, ele ele segue blema ee ~a da escolha escolha da solução. Ao Ao referir referir oo que que é comunismo, segue escrupulosamente essa essa orientacao, orientação, o o que que faz faz tambem também na na fundamentacao fundamentação escrupulosamente das as solucoes Portanto, aa consciencia das criticas críticas às soluções alternativas. alternativas. Portanto, consciência te6rica teórica ee aa consciencia interacao aa partir consciência pratica prática sao são postas postas em em interação partir das das exigencias exigências da da situacao situação hist6rica. histórica. Por Por aqui aqui se se salienta salienta uma uma caracteristica característica do do "mar“m ar­ xismo" 6tica revolucionaria, xismo” ee de de sua sua ótica revolucionária, que que excluiria excluiria o o subjetivismo, subjetivismo, o o voluntarismo revolucionario". . · voluntarismo ee oo "idealismo “idealismo revolucionário” Em segundo texto também tambern ée rico rico de contribuicoes releEm segundo lugar, lugar, oo texto de contribuições rele­ vantes vantes para para aa forrnacao formação das das ciências ciencias sociais. sociais. Ressalte-se, Ressalte-se, de de passagem: passagem:

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27 27 ele como se ele contem contém um um exemplo exemplo marcante marcante de de como se deve deve proceder proceder para para apanhar apanhar as leitor devera as antiteses antíteses como como contradicao contradição (o (o leitor deverá ler ler ee reler, reler, cuidadosacuidadosa­ mente, todo oo paragrato inicial). 0 mente, todo parágrafo inicial). O que que possui possui importancia importância essencial, essencial, todavia, todavia, sao são as as reflexoes reflexões pertinentes pertinentes aos aos fundamentos fundamentos sociol6gicos sociológicos da da vida tarefas vida em em sociedade sociedade ee à natureza natureza da da "ciencia “ciência do do homem". homem”. Uma Uma das das tarefas que ao "movimento comuque Marx M arx enfrenta enfrenta concerne concerne ao “movimento revolucionario" revolucionário” ((comu­ nismo) nism o) intrinseco intrínseco aà superacao superação positiva positiva da da propriedade propriedade privada privada como como auto-alienacao auto-alienação "e, “e, portanto, portanto, como como apropriacao apropriação real real da da essencia essência humana humana pelo conforme oo t6pico pelo ee para para oo homem" homem” ((conforme tópico 33 do do texto). texto). A A sociedade sociedade "objetificada" “objetificada” ee desumanizada desumanizada e, é, nao não obstante, obstante, uma um a sociedade sociedade que que nao não pode por pode eliminar eliminar aa sua sua dimensiio dim ensão humana, humana, pois pois oo trabalho trabalho alienado alienado e, e, por conseguinte, propriedade privada conseguinte, aa propriedade privada pressupoem pressupõem essa essa sociedade sociedade ee as as concon­ tradicoes nela operam tradições que que nela operam ee conduzem conduzem à extincao extinção de de toda toda alienacao. alienação. O O que que se se rnanifesta, manifesta, de de modo modo positivo, positivo, sao são os os requisitos requisitos humanos humanos (e--; (e, por no sentido Marx) por isso, isso, socials, sociais, no sentido de de M arx) da da realizacao realização do do comunismo. comunismo. ["Comunismo resolvido, ee ele [“Comunismo eé oo enigma enigma da da hist6ria história resolvido, ele conhece conhece aa si si propró­ prio prio como como sendo sendo essa essa solucao."] solução.”] Marx M arx escreve escreve tres três ou ou quatro quatro paginas páginas que hist6ria bem que sao são anto16gicas antológicas para para qualquer qualquer história bem feita feita da da formacao formação do do pensamento pensamento sociol6gico. sociológico. No No que que tange tange aà constituicao constituição da da "ciencia “ciência do do homem", duas no contexto homem”, duas passagens passagens sobressaem sobressaem no contexto geral. geral. De De um um lado, lado, as referencias à psicologia as referências psicologia sao são decisivas decisivas para para entender-se entender-se que que Marx M arx exigia exigia da homem" que fosse um um "livro da "ciencia “ciência do do homem” que ela ela nao não fosse “livro fecbado" fechado” diante diante do do "reino alias, essa “reino da da alienacao", alienação”, imperante imperante na na sociedade sociedade burguesa burguesa ((aliás, essa reflerefle­ xao na mesma xão eé feita feita ee qualificada qualificada na mesma linha linha da da critica crítica aà economia economia politica). p olítica). De outro, De outro, Marx M arx se se mostra mostra sensivel sensível aà relacao relação reciproca recíproca entre entre oo desendesen­ volvimento naturais no volvimento da da sociedade sociedade ee oo desenvolvimento desenvolvimento das das ciencias ciências naturais no mundo para aa emancimundo moderno moderno ee salienta salienta que que elas elas contribuiram contribuíram tanto tanto para emanci­ pacao para aa sua pação do do homem, homem, quanto quanto para sua desumanizacao. desumanização. Na N a rnesma mesma linha linha de de abordagem abordagem dialetica, dialética, que que emprega emprega para para explicar explicar aa alienacao, alienação, oo tratra­ balho balho alienado alienado ee aa superacao superação positiva positiva da da propriedade propriedade privada privada ee da da autoauto-alienacao, -alienação, Marx M arx situa situa aa relacao relação das das ciencias ciências naturais naturais com com aa presente presente sociedade burguesa ee com De sua sociedade burguesa com oo processo processo de de vir-a-ser. vir-a-ser. De sua analise, análise, conclui conclui que que aa ciencia ciência natural natural deveria deveria tornar-se tornar-se "a “a base base da da ciencia ciência humana" humana ” ee que, que, com com oo tempo, tempo, elas elas deveriam deveriam subordinar-se subordinar-se reciprocamente reciprocamente uma uma aà outra umaa ciencia". ressonancia feuerfeueroutra -— "existira “existirá um ciência” . Qualquer Qualquer que que seja seja aa ressonância bachiana bachiana de de algumas algumas premissas premissas dessa dessa analise análise ee de de suas suas conclusoes conclusões -— especialmente - oo que nessa especialmente as as duas duas ultimas últimas — que parece parece evidente evidente eé que, que, ja já nessa fase, tanto da fase, Marx M arx se se dissociava dissociava ee se se . distanciava distanciava claramente claramente tanto da tradicao tradição kantiana, kantiana, quanta quanto da da tradicao tradição hegeliana. hegeliana. Nao Não obstante, obstante, estas estas duas duas tradicoes tradições alimentam relutam ou alimentam varies vários expoentes expoentes do do marxismo marxismo moderno, moderno, que que relutam ou se se negam "jovem" Marx negam aa seguir seguir aa flexibilidade flexibilidade inteligente inteligente do do “jovem” M arx diante diante da da ciencia ciência.... . . Em preciso ressaltar ressaltar todo todo oo quarto Em terceiro terceiro lugar, lugar, penso penso que que eé preciso quarto t6pico. tópico. As ciencias sociais ficaram demasiado presas ao modelo da As ciências sociais ficaram demasiado presas ao modelo da Iisica física classica clássica e, descritos em e, em em conseqiiencia, conseqüência, aos aos processos processos de de circuito circuito fecbado fechado ((descritos em

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28 termos de de um passado passado longinquo longínquo ou recente recente vivido vivido ou de um presente presente terrnos que tenderia tenderia aa repetir repetir o o passado passado indefinidamente, indefinidamente, com com aa ordern ordem existente existente que convertida em fim em si si e em valor). valor). Ora, a descricao descrição de Marx M arx mergulha mergulha convertida maravilhosamente no no vir-a-ser, vir-a-ser, na na historia história real real -— no no antes antes ee no no agora, agora, maravilhosarnente deixando implicado implicado o depois: d ep o is : palavras palavras cruas cruas como como em em processo processo e ulteulte­ deixando rior ganham status status fora e alern além da Iilosofia filosofia da hist6ria. história. A superacao superação da rior propriedade privada privada aparece aparece como como "ernancipacao “emancipação cornpleta completa de de todos todos os os propriedade sentidos humanos''. hum anos” . Nao Não ha há interesse, interesse, em nossos dias, dias, em atributos e sentidos acompanhar passo a passo os varies vários mornentos momentos da discussao. discussão. 0 O que me acompanhar parece indispensavel indispensável eé chamar chamar aa atencao atenção do do Jeitor leitor para para oo significado significado parece dessa contribuicao, contribuição, predominantemente predominantemente sociologica sociológica na na problematizacao problematização dessa nos resultados; resultados; ee para para o o modelo modelo de de explicacao explicação cientifica científica que que ela ela prespres­ ee nos supõe, oo qua] qual engata engata passado passado (remoto (rem oto ee recente recente), presente em em processo processo supoe, ), presente e em em vir-a-ser, vir-a-ser, ee futuro futuro (imediato (imediato ou ou distante) distante) em potencial. Os Os ciencien­ I! em potencial. tistas tistas sociais, sociais, que que voltaram voltaram as as costas costas aa um um ta! tal modelo modelo global global de de invesinves­ tigação e de explicacao, explicação, recorrem argumento falso da falta de base tigacao recorrern ao argumento segura para para previsao previsão ou, ou, indo indo mais mais longe, longe, falarn falam da da incredibilidade incredibilidade de de segura qualquer previsao. previsão. Contudo, Contudo, eé evidente evidente que que as as coisas coisas estao estão mal mal postas. postas. qualquer sensibilidade do investigador investigador para para os processos processos in in flux, flux, e, O grau de sensibilidade em especial, especial, o o alargamento alargamento do do modelo modelo de de observacao observação ee de de explicacao explicação em até ao ponto ponto de compreender compreender o objeto objeto nos varies vários momentos momentos de sua -— ate evolução histories histórica -— eé que decidem o que cai e o que nao não cai cai no ambito âmbito evolucao da da investigacao investigação cientifica. científica. Se Se o o socialismo socialismo ee oo cornunismo, comunismo, eles eles pr6prios próprios dimensões concretas concretas desse objeto objeto e o ponto ponto de partida partida da hist6ria história que dimensoes nasce das das contradicoes contradições antagonicas antagônicas da da sociedade sociedade de de classes, classes, forem forem incluiincluí­ nasce dos no no interior interior do do ponto ponto de de vista vista cientlfico, científico, os os mais mais complicados complicados ee apaapa­ dos rentemente imprevisíveis aspectos aspectos do vir-a-ser vir-a-ser do homem homem e da sociedade sociedade rentemente imprevisiveis poderão ser ser levantados, levantados, observados observados ee explicados explicados obietivamente. objetivam ente. poderiio Em quarto quarto lugar, lugar, cumpre cumpre chamar chamar aa atencao atenção para para oo terna tema que que aliali­ Em menta, como uma uma chama, chama, o o ardor ardor inventivo inventivo que que atravessa atravessa todo todo oo texto, texto, menta, como de ponta ponta aa ponta: ponta: oo comunismo, comunismo, que que nao não esta está presente presente na na organizacao organização de da economia, economia, da sociedade sociedade e do Estado, Estado, mas constitui um movimento movimento da mas constitui social insopitavel, insopitável, porque porque nasce nasce ee cresce cresce da da negacao negação da da ordem ordem existente, existente, social de sua sua superacao superação positiva. positiva. 0 O que que ha há de de belo, belo, nessas nessas páginas, que elas elas de paginas, eé que não aparentam aparentam ser ser oo que que sao, são. A A incursao incursão "historica" “histórica” s6 só reponta reponta aqui aqui nao ali. No No entanto, entanto, elas elas nao não so só cornpoem compõem um um documento docum ento historico histórico (para (para ee ali. quem queira queira proceder proceder aà história do comunismo), com unism o), elas elas exibem exibem aa mais mais quern hist6ria do refinada penetrante explicacao explicação do do porque porquê das das coisas de de uma uma perspecperspec­ refinada ee penetrante histórica. Desdobra-se Desdobra-se um amplo leque: leque: constituicao constituição e desagregacao desagregação tiva hist6rica. de uma uma forma forma antagonica antagônica de de sociedade sociedade cuja cuja superacao superação se se desenha desenha no no de comunismo. Retornando Retomando o conceito conceito de "ciencia “ciência do homem", homem”, preferido preferido comunismo. nesse texto, texto, o que se desvenda, desvenda, por por tras trás e acima acima da elaboracao elaboração filofilo­ nesse sofica sófica ee do do apurado apurado travejamento travejamento sociol6gico, sociológico, eé aa presenca presença da da historia história em projundidade. profundidade. Os Os historiadores historiadores "profissionais" “profissionais” torcem torcem oo nariz nariz diante diante em de tal tal modo modo de de questionamento questionamento de de urna uma civilizacao, civilização, que que nao não pode pode atingir atingir de

29 seu seu climax clímax sem sem passar passar pela pela arneaca ameaça de de dissolucao dissolução que que oo acompanha. acompanha. Uns, Uns, oo condenariam condenariam como como pura pura "filosofia “filosofia da da historia"; história” ; outros, outros, veriam veriam nele nele uma versao da uma primeira primeira versão da "rnacro-sociologia". “macro-sociologia” . A A historia, história, "rainha “ rainha das das ciencias", ciências”, nao não poderia poderia transcender transcender à pulverizacao pulverização de de seu seu objeto, objeto, à tentatenta­ <;ao ção da da documentacao documentação invulneravel invulnerável ee aà ilusao ilusão da da transparencia, transparência, que que concon­ funde funde oo visive), visível, consciente consciente ee datavel datável com com o o deterrninante? determinante? Ela Ela tera terá de de recuar recuar ou ou de de permanecer permanecer muda muda diante diante do do que que eé historico histórico na na consciencia consciência de de classe classe revolucionaria revolucionária ee nas nas correntes correntes sociais sociais que que movimentam, movimentam, do do aqui para aa frente, aqui ee do do agora agora para frente, as as grandes grandes transtormacoes transformações da da sociedade sociedade ee do do seu seu padrao padrão de de civilizacao? civilização? 0 O questionamento questionamento do do cornunismo comunismo -— ee portanto portanto do do capitalismo capitalismo ee do do futuro futuro da da humanidade humanidade -— empreendido empreendido por por Marx, Marx, suscita suscita assirn assim outro outro "enigma “enigma historico": histórico” : o o da da amplitude amplitude da da hist6ria história como como ciencia ciência de de slntese. síntese. 0 O leitor leitor nao não pode pode esquecer esquecer aa figura figura do do "livro “livro fechado", fechado”, referido referido aà psicologia. psicologia. Ela Ela serve serve para para todas todas as as ciencias ciências do do homem. homem. Abrir Abrir o o livro livro significa significa desentranhar desentranhar oo futuro futuro que que esta está contido contido ee oculto oculto no no presente, presente, descobrir descobrir oo comunismo comunismo ee ter ter de de decifrar decifrar oo que que ele ele representa representa em em uma uma sociedade sociedade na na qua] qual nao não existe existe lugar lugar para para ele. ele.

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A A historia história dos dos homens homens (K. (K. Marx M arx ee F. F. Engels) Engels)

Este Este texto texto 14 14 possui possui importancia importância capital capital nesta nesta coletanea coletânea ee para para aa caracterizacao caracterização da da hist6ria história corno como ciencia, ciência, segundo segundo K. K. Marx Marx ee F. F. Engels. Engels. A A complexidade complexidade do do texto texto nao não nasce nasce so só do do prop6sito propósito dos dos dois dois autores autores de de "ver “ver claramente claramente em em nos nós mesmos", mesmos”, conforme conforme as as palavras palavras de de Marx. Marx. Ela Ela provem provém da da forrna forma dialetica dialética imprimida imprimida aà critica crítica ee aà superacao superação da da filosofia filosofia neo-hegeliana, neo-hegeliana. 0 O muito muito que que eles eles tinham tinham de de novo, novo, para para colocar colocar no no lugar lugar das das "fantasias “fantasias inoccntes inocentes ee infantis" infantis” de de filosofos filósofos que que se se haviam haviam tornado ultrapassados, veio tornado companheiros companheiros de de armas armas ultrapassados, veio aà luz luz misturado misturado com com um um duro duro ee diffcil difícil embate embate de de ideias, idéias, que que s6 só poderia poderia ser ser entendido entendido como como necessario necessário de de um um ponto ponto de de vista vista alemao. alemão. Tratava-se Tratava-se de de um um acerto acerto de de contas, contas, cuja cuja natureza natureza ee urgencia urgência se se pode pode compreender compreender mais mais facilmente facilmente aa partir partir da da "Contribuicao “Contribuição aà critica crítica da da Filosofia Filosofia do do Direito Direito de de Hegel". Hegel”. O O subdesenvolvimento, subdesenvolvimento, aa preservacao preservação do do regime regime estamental estamental sob sob oo crescres­ cimento cimento do do capitalismo capitalismo ee oo desenvolvimento desenvolvimento das das classes classes sociais, sociais, oo despodespo­ tismo tismo prussiano, prussiano, aa Iorca força da da aristocracia aristocracia ee aa debilidade debilidade da da burguesia, burguesia, aa intolerancia intolerância politica política ee aa brutalidade brutalidade da da repressao repressão policial, policial, ee outros outros fates fatos que que nao não vern vem ao ao caso caso evocar evocar aqui, aqui, criaram criaram uma uma situacao situação hist6rica histórica peculiar. peculiar. "Nos, “Nós, com com efeito, efeito, participamos participamos das das restauracoes restaurações dos dos povos povos modernos modernos sem sem 1". participar Dois participar de de suas suas revolucoes" revoluções” 15. Dois outros outros trechos trechos rendern rendem conta conta da da condicao condição do do intelectual. intelectual.

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H 845 ee l1846, 846, ver 14 Sobre Sõbre as as razdes razões que que levararn levaram à redacao redação da da obra obra entre entre J1845 ver os os esclarecimentos topico 5. esclarecimentos de de K. K. Marx Marx no no prefacio prefácio reproduzido reproduzido na na parte parte I, I, tópico 5. As As dificuldades dificuldades que que os os compeliram compeliram aa desistir desistir de de publicar publicar The The German G erm an ideology ideology sao são indicadas na nota indicadas na nota I1 desse desse livro, livro, p. p. 669-70. 669-70. 15 K.. Contribution ir> MARX, M a rx , K Contribution aà la la critique critique de d e la la Philosophie Philosophie du du Droit Droit de de Hegel. Hegel. Op. Op. cit., cit., p. p. 199. 199.

30 30 “Nós somos, somos, no piano plano filos6fico, filosófico, contemporaneos contemporâneos da da atualidade, atualidade, sem sem "N6s sermos historicamente historicamente conternporaneos." contemporâneos.” "Em “Em politica, política, os alemaes alemães tern têm sermos pensado oo que que outros outros povos povos fizeram. A Alemanha Alemanha tern tem sido sido sua sua conscienconsciên­ pensado iizeram. A

cia moral moral te6rica" teórica” ro. I(i. cia estado de atraso, atraso, compensado compensado pelo avanco avanço do pensamento pensamento abstrato abstrato Esse estado pelas esperancas esperanças do do fortalecimento fortalecimento do do proletariado, proletariado, encontrava-se encontrava-se no no ee pelas centro das das preocupacoes preocupações revolucionarias revolucionárias de de Marx Marx ee Engels. Engels. Embora Em bora isso isso centro pareça paradoxal, paradoxal, para para eles acabava acabava sendo sendo mais tacil fácil entender entender o verdaverda­ pareca deiro significado significado da da luta luta de de classes classes ee do do porte porte mundial mundial do do movimento movimento deiro operário, que que para para os os franceses franceses ee ingleses. ingleses. Eles Eles proprios próprios aludiam aludiam aa uma uma operario, capacidade teorica teórica herdada herdada pela educacao educação e refinada refinada pela tradicao tradição filofilo­ capacidade sófica. Mas eé not6rio notório que o subdesenvolvimento subdesenvolvimento lanca lança os oprimidos oprimidos e s6fica. os desenraizados desenraizados muito muito adiante adiante dos dos padroes padrões estabelecidos estabelecidos pelas pelas nacoes nações os desenvolvidas, mesmo no campo do pensamento pensamento revolucionario. revolucionário. 0 O mais desenvolvidas, acerto de de contas com "a “a ideologia ideologia da da filosofia filosofia alerna" alemã” assumiu, assumiu, assim, assim, oo acerto contas com duplo carater caráter de de uma uma denuncia denúncia ee de de uma uma superacao superação ((o que ja já se se esbocara esboçara duplo o que sagrada familia). fam ília). Porem, Porém, a superacao superação foi muito muito mais longe, longe, pois em A sagrada relação negativa negativa com a ideologia ideologia dos paises países dominantes dominantes ((e, portanto, a relacao e, portanto, também com com as as contra-ideologias) contra-ideologias) estava estava diretamente diretamente envolvida. envolvida. 0 O ataata­ tarnbem consciência ffalsa inerente ao idealism idealismo objetivo e subjetivo, subjetivo, em que aà consciencia alsa inerente a objetivo sua forma forma alema, alemã, converteu-se converteu-se em em ataque ataque aà consciencia consciência falsa em em geral, geral, sua do materialismo materialismo contemporaneo, contemporâneo, do do radicalismo radicalismo burgues burguês ee do do socialismo socialismo do utópico ee reformista, reformista, em em suas suas formas formas francesas francesas ee inglesas. inglesas. E É preciso preciso que que ut6pico leitor acompanhe acompanhe esse esse complexo complexo movimento movimento de de negacao negação ee de de supesupe­ oo leitor ração, para para nao não perder perder o o conteudo conteúdo pela pela forma forma ou ou vice-versa. vice-versa. Ha, Há, pois, pois, racao, duas leituras leituras simultaneas simultâneas possiveis possíveis do do texto, texto, que que nao não terei terei corno como acornacom­ duas panhar panhar ee comentar. comentar. Os trechos trechos selecionados selecionados dao dão apenas apenas uma amostra amostra da unidade unidade rnaior maior primeiro capitulo) capítulo) ee dos dos assuntos assuntos que que sao são debatidos. debatidos. 0 O livro livro coma como ((oo primeiro abrange uma uma enorme enorme variedade variedade de problemas. problemas. Muitos Muitos deles um todo abrange deixaram de de ter ter importancia importância para para aa filosofia, filosofia, aa ciencia ciência ou ou oo socialismo. socialismo. deixaram Os textos textos escolhidos escolhidos nao não sao,' são, pois, pois, representativos representativos do do livro livro coma como um um Os primeiro capitulo, capítulo, uma peca peça forte na na- producao produção concon­ todo -— mas do primeiro junta de de Marx M arx ee Engels. Engels. Pelos Pelos temas temas que que trata trata ee pela pela qualidade qualidade da da concon­ junta tribuição, esse esse capitulo capítulo fez fez com com que que Marx M arx ee Engels Engels figurassem figurassem entre entre os os tribuicao, importantes da ecologia ecologia humana, humana, da sociologia sociologia do conheconhe­ pioneiros mais importantes cimento ee da da teoria da da historic história ((ou em palavras palavras mais mais simples, simples, da da ciencia ciência cimento ou em da hist6ria). história). Nele, Nele, aa fusao fusão entre entre materialismo materialismo ee dialetica dialética deixa deixa oo terreno terreno da da filosofia filosofia ee se se revela revela coma como um um dos dos grandes grandes desenvolvimentos desenvolvimentos das das da ciências sociais sociais no no seculo século XIX. XIX. Quanta Quanto aa questoes questões particulares, particulares, ele ele se se ciencias Idem, p. p. 203 203 ee 205, 205, respectivamente. respectivamente. Adiante, Adiante, Marx Marx escreve, escreve, no no mesmo mesmo sensen­ 10 Idem, tido: "Assirn, “Assim, aa Alemanha Alemanha se se encontrara, encontrará, um belo dia, dia, ao ao nivel nível da da decadencia decadência tido: um belo européia, antes antes de de jarnais jamais ter ter estado estado ao ao nivel nível da da emancipacao emancipação europeia" européia” (idem, (idem, europeia, p. 207). 207). p.

31 31 tornou tornou celebre célebre pela pela "tecnica “técnica de de desmascaramento", desmascaramento” , apontada apontada como como tipica típica do do marxismo marxismo na na analise análise ideol6gica ideológica do do pensamento pensamento ee da da consciencia consciência de de classe. classe. Alem Além disso, disso, oo capitulo, capítulo, em em grande grande parte, parte, confere confere ao ao livro livro oo caracará­ ter. um classico ter de de um clássico das das ciencias ciências sociais, sociais, aa despeito despeito de de sua sua publicacao publicação tardia. tardia. Eis Eis como como eles eles se se definiram definiram perante perante estas estas ciencias ciências em em uma um a paspas­ sagem sagem riscada riscada dos dos manuscritos: manuscritos: "Nos “Nós conhecemos conhecemos somente somente urna uma ciencia ciência singular, singular,, aa ciencia ciência da da hist6ria. história. Pode-se Pode-se encarar encarar aa hist6ria história de de dois dois angulos ângulos ee dividi-la dividi-la em em hist6ria história da da natureza ee em natureza em hist6ria história dos dos homens homens 17, 1T. Os Os dois dois angulos ângulos sao, são, entretanto, entretanto, inseparaveis; inseparáveis; aa historia história da da natureza, natureza, tambern também chamada chamada ciencia ciência natural, natural, nao não nos nos diz diz respeito respeito aqui; aqui; mas mas n6s nós temos temos de de examinar examinar aa hist6ria história dos dos homens, homens, pois pois quase quase aa totalidade totalidade da da ideologia ideologia reduz-se reduz-se seja seja aà interpreinterpre­ tacao tação adulterada adulterada dessa dessa hist6ria, história, seja seja aà completa completa abstracao abstração dela. dela. A A ideologia ideologia eé em em si si mesma mesma um um dos dos aspectos aspectos dessa dessa historia" história” 18. 18. Essa Essa definicao definição comprova comprova que, que, no no p6lo pólo revolucionario revolucionário da da sociedade sociedade de de classes, classes, aa hist6ria história aparece aparece como como ciencia ciência inclusiva inclusiva ee se se configura configura como como aa ciencia ciência dos dos homens. homens. Embora Em bora se se possa possa encarar encarar o o marxismo marxismo como como uma uma sociologia como assinalam sociologia ((como assinalam K. K. Korsh Korsh ee outros outros autores) autores),, para para Marx M arx ee Engels Engels oo ponto ponto de de vista vista central, central, unificador unificador ee totalizador totalizador eé oo da da hist6ria. história. Contudo, Contudo, eé preciso preciso tomar tom ar em em consideracao consideração que, que, para para eles, eles, oo hist6rico histórico eé intrinsecamente intrinsecamente sociologico, sociológico, pois pois deve deve explicar explicar oo lado lado social social do do humano humano e, e, reciprocamente, reciprocamente, oo lado lado humano humano do do social. social. Isso Isso desloca desloca ee inverte inverte aa tradicao tradição positivista, positivista, ja já que que oo "metodo" “m étodo” seria, seria, implicitamente, implicitamente, aa sociologia sociologia ((ee nao não aà hist6ria) história) ee aa "ciencia “ciência basica" básica” seria, seria, explicitamente, explicitamente, aa hist6ria história ((ee nao não aa sociologia) sociologia).. Em Em funcao função do do objeto objeto desta desta antologia, antologia, aa questao questão principal principal reporreporta-se ta-se aà concepcao concepção da da hist6ria, história, que que emerge emerge de de A A ideologia ideologia alemii alem ã ((ee ela ela e, é, tambern, também, aa questao questão principal principal levantada levantada pelo pelo texto texto transcrito). transcrito). 0 O livro constituia livro constituía uma uma ruptura ruptura em em regra regra e, e, nesse nesse sentido, sentido, era era em em si si mesmo mesmo uma um a manifestacao manifestação da da encruzilhada encruzilhada hist6rica histórica transposta transposta por por Marx M arx ee Engels. Engels. Seria Seria um um erro erro concebe-lo concebê-lo como como obra obra polemica, polêm ica, de de querela querela entre entre filosofos. filósofos. O O "acerto “acerto de de contas" contas” foi foi feito feito com com um um presente presente recusado, recusado, com com um um modo m odo de de ser ser intelectual intelectual repelido repelido ee com com toda toda uma uma otgulhosa orgulhosa tradicao tradição filos6fica, filosófica, que que parecia parecia renovar-se renovar-se mas mas se se mantinha m antinha obstinadamente obstinadamente vazia vazia perante perante as as novas novas torcas forças sociais sociais ee as as novas novas correntes correntes da da hist6ria, história, refugada. refugada. A rnilitancia A militância que que o o livro livro encerrava encerrava era era tao tão tensa tensa ee carregada, carregada, que que os os editores editores se se retrairam retraíram ou ou exigiam exigiam modificacoes modificações que que os os autores autores se se recusarecusa­ ram ram aa aceitar. aceitar. :e É indispensavel indispensável restabelecer restabelecer essa essa conexao conexão hist6rica, histórica, que que foi quebrada tardia. A foi quebrada ee esquecida esquecida em em virtude virtude da da publicacao publicação tardia. A repulsa repulsa aa toda toda ee qualquer qualquer forma forma de de consciencia consciência falsa falsa nao não supunha supunha um um "extre“extre­ mismo mismo infantil" infantil” no no seio seio da da filosofia. filosofia. Ela Ela se se fundava fundava numa num a revolucao revolução 11 17 0 O

tftulo desta título desta leitura leitura foi foi tornado tomado desta desta passagem. passagem. rs 18 MARX, M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F . The The German G erm an ideology. ideology. Op. Op. cit., cit., p. p. 28, 28, nota nota de de

rodape. rodapé.

32 32 do do entendimento entendimento filos6fico, filosófico, cientifico científico ee politico, político, que que nascia nascia ee se se alimenalimen­ tava tava da da relacao relação dos dos dois dois autores autores com com as as convulsoes convulsões das das sociedades sociedades burbur­ guesas guesas mais mais avancadas avançadas da da Europa. Europa. Bies Eles se se propunham propunham ver ver ee viver viver aa história do outro outro !ado lado do do rio, rio, como como protagonistas protagonistas da da Juta luta de de classes classes historia do que tornado partido pelos proletarios. que haviam haviam tomado partido pelos proletários. Em Em consequencia, conseqüência, -sua sua concepcao concepção da da hist6ria história lancava lançava ralzes raízes em em uma uma consciencia consciência de de classe classe que que nao era tanto não era conciliavel conciliável com com aa impregnacao impregnação ideol6gica ideológica que que adulterava adulterava tanto aa "especulacao “especulação hist6rica", histórica”, quanto quanto oo "ernpirismo “empirismo historico histórico abstrato", abstrato”, amam­ bos bos frutos frutos do do idealismo idealismo ee das das "fantasias “fantasias idealistas" idealistas” na na hist6ria. história. Esse Esse eé oo nucleo núcleo do do ataque ataque frontal frontal as às "falsas “falsas concepcoes" concepções” da da "moderna “moderna filosofia filosofia dos dos jovens jovens hegelianos", hegelianos”, do do repudio repúdio aà ideologia ideologia de de classe classe media média conserconser­ vadora vadora aa que que eles eles se se apegavam apegavam ee do do impulso impulso ardente ardente no no sentido sentido de de algo algo novo novo ee revolucioruirio, revolucionário, que que Jevasse levasse aa hist6ria história aa investigar investigar realisticarealisticamente totalidade do mente aa totalidade do desenvolvimento desenvolvimento hist6rico. histórico. 0 O que que exigia exigia uma uma histohistó­ ria ria na na forma forma de de ciencia ciência ee que que incluisse incluísse oo comunismo comunismo nao não s6 só em em seu seu objeto, vista explicativo. objeto, mas mas tambern também em em seu seu ponto ponto de de vista explicativo. Isso Isso queria queria dizer, dizer, de de um um lado, lado, investigacao investigação empirica empírica precisa precisa ee rigorigo­ rosa, rosa, analise análise dialetica dialética dos dos fatos fatos ee categorias categorias hist6ricas, históricas, explicacao explicação histohistó­ rica objetiva ee comprovavel rica objetiva comprovável de de todos todos os os aspectos aspectos dos dos fatos fatos hist6ricos, históricos, das forrnacoes formações sociais sociais ee da da evolucao evolução humana hum ana 19• I9. E E também queria dizer, dizer, das tarnbern queria de de outro outro lado, lado, que que tanto tanto oo objeto objeto da da hist6ria, história, quanto quanto oo borizonte horizonte inteinte­ lectual lectual da da observacao observação hist6rica histórica tinham tinham de de ser ser revolucionados. revolucionados. Centrar C entrar oo sujeito-observador sujeito-observador no no amago âmago da da Juta luta de de classes, classes, aa partir partir de de uma uma posicao posição proletaria, queria por sua proletária, queria dizer, dizer, por sua vez, vez, que que oo comunismo comunismo entrava entrava em em seu seu piano de plano de a9lio ação ee em em seu seu piano plano de de interpretacao interpretação dos dos processos processos hist6ricos históricos in in flux. flux. Acabava Acabava uma uma cisao cisão que que identificara identificara os os proletarios proletários com com "os “os outros", outros”, aquela aquela parte parte da da humanidade humanidade menos menos humana, humana, que que nao não contava contava na na hist6ria história como nao não contava contava na na sociedade sociedade civil, civil, na na cultura cultura ee no no Estado. Estado. Todavia, Todavia, como localizar-se localizar-se na na ee diante diante da da hist6ria história nessa nessa posicao posição pressupunha pressupunha ver ver a a histohistó­ ria de ria de uma uma forma forma proleuiria, proletária, transferir transferir oo comunismo comunismo do do subterraneo subterrâneo da da sociedade sociedade burguesa burguesa para para aa estrutura estrutura ee os os conteudos conteúdos do do horizonte horizonte intelectual intelectual do do historiador. historiador. 0 O presente presente coma como objeto objeto da da investigacao investigação historica histórica sofria sofria uma uma espantosa espantosa rnodificacao, modificação. Ele Ele se se tornava tornava o o centro centro de de tudo, tudo, do do interesse interesse pelo passado pelo passado mais mais ou ou menos menos recente recente ou ou pelo pelo passado passado mais mais ou ou menos menos remoremo­ to, de to, de uma uma vinculacao vinculação crescente crescente dos dos desdobramentos desdobramentos da da historia história em em propro­ cesso, cesso, na na direcao direção do do futuro futuro imediato imediato ou ou do do futuro futuro distante, distante, com com aa busca busca de de "leis “leis internas" internas” do do desenvolvimento desenvolvimento hist6rico histórico e, e, por por fim, fim, da da necessidade necessidade de de converter converter aa hist6ria história em em ciencia, ciência, pois pois s6 só uma uma ciencia ciência poderia poderia criar criar uma uma teoria teoria capaz capaz de de fazer fazer todas todas essas essas ligacoes ligações entre entre presente, presente, passado passado ee futuro, futuro, conferindo conferindo ao ao homem homem oo poder poder da da previsao. previsão. Aparentemente, Aparentemente, oo roteiro roteiro era era muito muito simples: simples: passar passar de de arte arte aa ciencia. ciência. Na Na substancia, substância, as as 19 19 Yer, Ver, aa prop6sito, propósito, oo lucido lúcido balance balanço que que P. P. Vilar Vilar faz faz de de A A ideologia ideologia alemd, alem ã, como como obra obra de de historiadores historiadores (VILAR, ( V i l a r , P. P. Marx Marx ee aa Hist6ria. História. In: In: HOBSBAWM, H o b s b a w m , E. E. J.. J.. org. org. Historla J 2-4). H istória do do marxismo, m arxism o, especialrnente especialmente p. p. 1112-4).

33 coisas eram eram mais mais complicadas. complicadas. Nao N ão s6 só ciencia ciência sem sem deformacoes deformações ideologiideológi­ coisas cas que que refletissem uma dominacao dominação de de classe, classe, mas mas ciencia ciência que que incorporasse incorporasse cas refletissem uma própria oo principio princípio comunista comunista da da auto-emancipacao auto-emancipação proletaria. proletária. PorPor­ aa sisi propria tanto, nao não se se tratava tratava de de uma uma cientifizacao cientifização da história em em moldes moldes posiposi­ tanto, da historia tivistas burgueses, nem de desencavar desencavar um um historicismo absoluto, proletivistas ee burgueses, nem de historicismo absoluto, proletarizado. De repente, repente, aa hist6ria história foi foi colocada colocada diante diante da da totalidade totalidade do do seu seu tarizado. De objeto, tendo tendo de de apanhar apanhar suas suas multiplas múltiplas faces faces ee manifestações, em termos termos objeto, manitestacoes, em de de um umaa duracao duração hist6rica histórica que que nao não se se limitava limitava ee de de uma uma revolucao revolução que que eclodia em em uma uma sociedade sociedade pos-revolucionaria pós-revolucionária (marcando-se (m arcando-se oo objeto objeto aa eclodia partir da Franca França ee da da Inglaterra). Inglaterra). As As exigencies exigências de de explicar explicar oo presente presente partir da em em turbilhao turbilhão ee de de descobrir descobrir os os requisitos, requisitos, os os rumos rumos ee as as conseqiiencias conseqüências da revolução proletária guiavam guiavam aa nova nova concepcao concepção da da hist6ria, história, imponimpon­ da revolucao proletaria do-lhe que que ela ela propria própria cbegasse chegasse aa um um modelo modelo integral integral de de ciencia, ciência, que que do-lhe combinasse teoria teoria ee pratica prática (nao (não aa "pratica “prática do do historiador", historiador”, mas mas aa da da combinasse classe classe operaria operária na na transformacao transform ação revolucionaria revolucionária do do mundo). m undo). Em Em suma, suma, fusão de de ciencia ciência ee comunismo comunismo -— "o “o movimento movimento real que que abole abole oo aa Iusao presente pedra de historia presente estado estado de de coisas" coisas” -— é aa pedra de toque toque da da concepcao concepção de de história formulada em em A A ideologia ideologia alema. alemã. Ela Ela instigou instigou Marx M arx ee Engels Engels aa se se formulada ultrapassarem, completando sua sua revisao revisão critica crítica do do materialismo materialismo ee da da ultrapassarem, completando dialética, isto isto e, é, compeliu-os compeliu-os aa inventar inventar um um metodo método cientifico científico novo, novo, que que dialetica, possibilitava aa instauracao instauração da da "ciencia “ciência da da bist6ria". história” . possibi!itava Na verdade, verdade, A ideologia ideologia alemii alemã recolhe recolhe ee sublima sublima aa experiencia experiência Na revolucionaria revolucionária concreta, concreta, acumulada acumulada por por Marx M arx ee Engels Engels de de fins fins de de 1843 1843 em diante diante 20• 20. 0 O seu seu engolfamento engolfamento no no movimento movimento revolucionario revolucionário passou, em passou, então, da da esfera esfera das das ideias idéias para para aa esfera esfera da da a~ao ação prática. Se, no no piano plano entao, pratica. Se, intelectual, intelectual, evoluern evoluem rapidamente rapidamente da da adrniracao admiração àa critica crítica dos dos grandes grandes representantes do do ativismo ativismo socialista socialista "sem “sem revolucao" revolução” ee do do socialismo socialismo representantes utópico, no no piano plano da da pratica prática comprovam comprovam que, que, de de fato, fato, oo proletariado proletariado ut6pico, só poderia emancipar-se por meio de de uma uma revolucao revolução 21• 21. A atividade s6 poderia emancipar-se por meio A atividade prática abriu-Jhes abriu-lhes novas novas perspectivas perspectivas de observacao observação direta direta da realidade realidade pratica os conduziu conduziu aa uma consciência revolucionaria revolucionária mais mais clara, clara, comprometida comprometida ee os uma consciencia exigente. Eis Eis como como M arx se se refere refere à forma que tal tal atividade atividade adquirira, adquirira, ee exigente. Marx forma que no outono outono de de 1846; no 1846:

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"Publicarnos uma serie folhetos impressos e lito“Publicamos ao mesmo mesmo tempo tempo uma série de folhetos litografados, nos nos quais submetiamos submetíamos a uma critlca crítica impiedosa impiedosa aquela aquela rniscemiscegrafados, 20 Ver Ver MEHRING, M e h r i n g , F. F.

Carlos p. 55-7 Ill, IV V. Uma C arlos Marx, M arx, p. 55-7 ee caps. caps. III, IV ee V. Uma atividade atividade política in in crescendo crescendo envolveu envolveu os os dois dois em em uma ação de de propaganda propaganda direta direta ee politica uma ai;;ao colocou-os no centro dos dos principais principais movimentos movimentos socialistas socialistas dos dos emigrados emigrados alemaes, alemães, colocou-os no centro dos dos socialistas socialistas franceses franceses ee ingleses, ingleses, etc. etc. 21 Cf. Cf. especialmente especialmente as as referências de F. Mehring as às reflexoes reflexões de de K. Marx sobre 21 referencias de F. Mehring K. Marx sobre aa sublevacao artigo publicado sublevação dos dos tecelaos tecelãos silesianos, silesianos, em em 1844, 1844, em em artigo publicado no no Vorwaerts. V orw aerts. Ai Aí aparece aparece aa sua sua definicao definição de de revolução, revolucao, apresentada apresentada no no texto texto transcrito: transcrito: "Toda “Toda revolução cancela cancela aa velha velha sociedade, sociedade, neste neste sentido, sentido, toda toda revolucao revolução eé social. social. Toda Toda revolucao revolução derroca o o Peder Poder antigo antigo e, e, ao ao faze-lo, fazê-lo, toda toda revolução política” (cf. (cf. revolucao derroca revolucao eé politica" MEHRING, M e h r i n g , F. F. Op. Op. cit., cit., p. p. 80-1). 80-1). _ , w ·?

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34 34 lânea de de socialismo socialismo ou ou comunismo comunismo franco-ingles franco-inglês ee de de filosofia filosofia alema, alemã, lanea que formava, formava, naquele naquele momento, momento, aa doutrina doutrina secreta secreta do do grupo, grupo, explicando explicando que em forma forma popular popular que que nao não se se tratava de implantar sistema ut6pico utópico em tratava de implantar um um sistema qualquer, qualquer, mas mas de de participar, participar, com com consciencia consciência pr6pria própria disso, disso, do do propro­ cesso hist6rico histórico de de transformacao transformação da da sociedade sociedade que que se se estava estava desenvoldesenvol­ cesso vendo vendo diante diante de de seus seus olhos" olhos” 22. 22. Por ai se constata como se engatavam Por aí se constata como se engatavam consciencia consciência da da situacao situação historica histórica ee revolucao. da dispersao, revolução. 0 O essencial essencial vinha vinha aa ser ser sair sair da dispersão, da da falta falta de de orgaorga­ nizacao nização ee de de impulso, impulso, que que prevaleciam prevaleciam no no movimento movimento socialista socialista ee comucomu­ nista, preciso, nista, tirando-o tirando-o de de sua sua debilidade debilidade te6rica teórica ee politica política cronica. crônica. Era E ra preciso, sobretudo, desenraizar desenraizar por por completo completo aquele aquele movimento dos tentaculos tentáculos sobretudo, movimento dos da da sociedade sociedade burguesa burguesa e, e, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, injetar injetar o o comunismo comunismo na na ciência, para para se se estabelecer estabelecer aa base base de de uma uma producao produção te6rica teórica adequada adequada aà ciencia, magnitude magnitude hist6rica histórica da da revolucao revolução proletaria. proletária. Assim Assim se se delineavam delineavam os os furrfun­ damentos de de uma uma nova nova ciencia, ciência, que que deveria deveria brotar brotar do do solo solo historico histórico da da damentos revolucao revolução proletaria proletária e, e, simultaneamente, simultaneamente, antecipar antecipar pela pela teoria teoria oo curso curso hist6rico tal revolucao. histórico de de tal revolução. ■'-^Slo conjunto, conjunto, sobressaem sobressaem tres três elementos elementos em em interacao: interação: situacao situação hishis­ ~o t6rica proletariado; consciencia revolucionaria; ee ciencia tórica do do proletariado; consciência de de classe classe revolucionária; ciência da hist6ria. Ao hist6ria tinha da história. Ao constituir-se constituir-se como como ciencia, ciência, aa história tinha de de sair sair de de sua pele pele (o (o envolt6rio envoltório burgues), burguês), destruir destruir o o seu seu pesado pesado lastro lastro filosoficofilosóficosua -especulativo ee empirista-abstrato, empirista-abstrato, armar-se armar-se com com recursos recursos apropriados apropriados aà -especulativo pesquisa pesquisa empirica empírica rigorosa, rigorosa, à reconstrucao reconstrução hist6rica histórica objetiva. objetiva, ee à expliexpli­ cac;ao totalidades que cação causal causai de de totalidades totalidades hist6ricas históricas (isto (isto é, totalidades que pressupoem pressupõem acao ação hist6rica histórica dos dos homens homens ee que que envolvem envolvem processos processos que que se se repetem repetem ee variam, variam, que que parecem parecem uma uma coisa coisa ee sao são outra, outra, que que sao são parcialmente parcialmente conscons­ cientes ee amplamente amplamente inconscientes, inconscientes, que que se se elevam elevam aà consciencia consciência de de cientes forma forma ilus6ria ilusória ee deformada, deformada, ou ou seja, seja, ideologica, ideológica, etc.). etc.). A A consciencia consciência hist6rica histórica burguesa burguesa podia podia contentar-se contentar-se com com uma uma hist6ria história ao ao nivel nível da da supersuper­ ficie, fície, pulverizadora pulverizadora ee mistificadora, mistificadora, porque porque aa burguesia burguesia como como classe classe s6 só instrumentalizou instrumentalizou tevolucionariamente revolucionariamente aa liberdade liberdade da da existencia existência das das classes A classes ee sua sua pr6pria própria hegemonia. hegemonia. A consciencia consciência historica histórica proletaria proletária requer uma uma hist6ria história cientlfica, científica, que que investigue investigue as as "relacoes “relações reais", reais” , aa partir partir requer das historicas primaries" materiais do das "relacoes “relações históricas prim árias” ee dos dos fatores fatores materiais do "desen“desen­ volvimento uma hist6ria totalizadora volvimento historico", histórico”, isto isto e, é, uma história em em profundidade, profundidade, totalizadora desmistificadora. 0 O proletariado proletariado como como classe classe defronta-se defronta-se com com aa tarefa tarefa ee desmistificadora. hist6rica trabalho social, histórica de de extinguir extinguir aa divisao divisão do do trabalho social, aa dominacao dominação de de classe, classe, oo "estranhamento" “estranham ento” ou ou aa alienacao alienação do do trabalho, trabalho, aa propriedade propriedade privada, privada, capital ee oo regime regime de de classes. classes. A A sua sua história desencava todas todas as as relacoes relações oo capital hist6ria desencava que que encadeiam encadeiam oo honiem homem ee aa sociedade sociedade aà natureza, natureza, todas todas as as relacoes relações que modos de que ligam ligam aa formacao formação ee aa transformacao transform ação dos dos modos de producao produção aà constituição ee transforrnacao transform ação das das formações sociais, da da consciencia consciência social, social, constituicao formacoes sociais, do do Estado Estado ee das das formas formas ideologicas ideológicas correspondentes. correspondentes. Ela Ela poe põe. no no centro centro

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22 22 Apud Apud MEHRING. M e h r i n g . F. F.

Op. Op. cit., cit., p. p. 129. 129.

35 35 das investigacoes investigações aa sociedade sociedade civil, civil, oo comercio comércio ee aa industria indústria ee encara encara das aa sociedade fonte ee teatro sociedade civil civil como como aa "verdadeira “verdadeira fonte teatro de de toda toda aa hist6ria" história” .. É preciso preciso .que .que se se medite medite ee se se pese pese cuidadosamente cuidadosamente essa essa concepcao concepção E materialista ee dialetica dialética da da hist6ria. história. Ela Ela nao não era era revoluciondria, revolucionária, ela ela eé ee materialista continuara continuará a a ser ser revoluciondria. revolucionária. Nao Não por por causa causa da da circunstancia circunstância externa externa (mas revolucionaria do proletariado com (mas essencial) essencial) de de que que aa tensao tensão revolucionária do proletariado com aa sociedade burguesa não desapareceu. desapareceu. Mas Mas porque porque oo equacionamento equacionamento da da sociedade burguesa nao hist6ria Em uma história como como ciencia ciência ainda ainda nao não saiu saiu da da ordem ordem do do dia. dia. Em uma avaliacao avaliação global, historiadores contam, global, os os historiadores contam, sem sem duvida, dúvida, entre entre os os cientistas cientistas sociais sociais que trouxeram trouxeram aa contribuicao contribuição mais mais positiva positiva ee rica rica ao ao conhecimento conhecimento das das que sociedades sociedades contemporaneas. contemporâneas. Eles Eles se se desvencilharam desvencilharam da da "especulacao “especulação hishis­ tórica” ((exercitada por vezes vezes em em seu seu nome, nome, por por colegas colegas de de outras outras areas áreas torica" exercitada por que incursionam incursionam pelo pelo campo campo da da historia) história) ee nao não se se pode pode afirmar afirmar que que que tenham tenham se se devotado devotado ao ao culto culto do do moderno moderno "empirismo “empirismo abstrato" abstrato” (monstro (m onstro sagrado da da sociologia sociologia sistematica sistemática ee da da ciencia ciência política). Todavia, os os sagrado politica). Todavia, historiadores por todas, historiadores ainda ainda nao não decidiram, decidiram, de de uma uma vez vez por todas, se se aa hist6ria história eé uma uma ciencia ciência ou ou uma um a arte. arte. E E os os que que perfilham perfilham aa primeira primeira opcao opção ainda ainda não determinaram, determinaram, de de uma uma vez por todas, até onde onde chegam chegam as as fronteiras fronteiras nao vez por todas, ate da hist6ria história ee sucumbem, sucumbem, com com frequencia, freqüência, aà "neutralidade “neutralidade etica" ética” ee aà cienciên­ da cia m si cia .eem si ee por por si si (mesmo (mesmo que que repudiem repudiem oo naturalismo naturalismo ou ou oo positivismo positivismo como modelo modelo de de explicacao explicação cientifica). científica). Nao Não seria seria exagerado exagerado dizer, dizer, de de como outro lado, que isolamento academico outro lado, que oo isolamento acadêmico ee aa inseguranca insegurança pequeno-burguepequeno-burguesa facilitaram facilitaram aa condenacao condenação prematura prem atura da da concepcao concepção materialista materialista ee dialedialé­ sa tica hist6ria. De tica da da história. De fato, fato, aa "~ “pugna, contra contra Marx" M arx” eé uma uma caracteristica característica da da evolucao evolução de de todas todas as as ciericias ciências sociais. sociais. Nao Não obstante, obstante, as as reflexoes reflexões ee as contribuicoes contribuições de de K. K. Marx Marx ee F. F. Engels Engels sob~~ sobre aa hist6ria história como como "ciencia “ciência as 2• • Os real ee positiva" positiva” permanecem perm anecem vivas vivas ee atuais a tu a is23. chamados "dialogos “diálogos real Os chamados com com Marx" M arx” ee as as supostas supostas "superacoes “superações do do materialismo materialismo historico" histórico” carecem carecem de ponto de de sentido, sentido, enquanto enquanto o o ponto de partida partida proposto proposto em em A A ideologia ideologia alemii alemã nao for tornado ta seriamente pelos historiadores e, naturalmente, não for tomado em em con conta seriamente pelos historiadores ((e, naturalmente, por por seus seus colegas colegas em em outras outras areas áreas das das ciencias ciências sociais) sociais).. É facil fácil prognosticar prognosticar que que esse esse ponto ponto de de partida “é obsoleto", obsoleto”, por por ter partida "e ter atrás de de si si quase quase um um seculo século ee meio. meio. Ate Até onde onde tal afirmação seria seria verda­ atras ta! afirmacao verdadeira? paradigma aa seguinte deira? Tome-se Tome-se como como paradigma seguinte afirmacao: afirmação: "As “As premissas premissas das das quais quais nos nós partimos partimos nao não sao são arbitrarias, arbitrárias, mas mas premissas premissas reais, reais, das das quais quais aa abstracao abstração somente somente pode pode ser ser feita feita na na imaginacao. imaginação. Blas Elas slio são os os individuos indivíduos reais, reais, suas suas atividades atividades ee as as condicoes condições materiais materiais sob sob as as quais quais eles eles vivem, vivem, tanto tanto as as que que eles eles ja já encontram encontram estabelecidas, estabelecidas, quanto quanto aquelas que que slio são produzidas produzidas por por sua sua atividade". atividade”. aquelas

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2s influencia de K. Marx Marx na 23 P. P. Vilar Vilar traca traça um um quadro quadro alentador alentador da da presenca presença ee influência de K. na ciencia cf. nota I! 6bvio ciência social social contemporanea contemporânea ((cf. nota 5). 5 ). É óbvio que que isso isso ainda ainda é pouco. pouco. O O que pr6prio metodo que esta está em em questao questão é o o próprio método ee aa teoria teoria do do materialismo materialismo hist6rico: histórico: como como tirar tirar os os cientistas cientistas sociais sociais (os (os bistoriadores historiadores principalmente) principalmente) de de seu seu retrairetraimento mento diante diante do do materialismo materialismo historico histórico ee do do que que este este representa representa para para o o desendesen­ volvimento e, inclusive, hist6ria)? volvimento atual atual dessas dessas ciencias ciências ((e, inclusive, da da história)?

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36 Uma Uma maneira maneira clara clara ee concisa concisa de de expor expor aa exigencia exigência elementar elementar do do metodo método científico no no estudo estudo do do homem! homem! Quanto Quanto aà concepcao concepção materialista materialista ee dialedialé­ cientifico tica da da hist6ria, história, em em que que ela ela poderia poderia ter ter "envelhecido"? “envelhecido”? Eis Eis o o que que eles eles tica escrevem: escrevem: “Esta concepcao concep ção da da hist6ria história depende depende de de nossa nossa habilidade habilidade de de expor expor os os "Esta processos reais da producao, cornecando proprocessos reais da produção, com eçando da da producao produção material material da da pró­ pria pria vida, vida, ee de de compreender com preender aa formacao form ação social social vinculada vinculada com com ee criada criada por por esse esse modo m odo de de producao produção (isto (isto e, é, aa sociedade sociedade civil civil em em seus seus varies vários estágios),, como com o aa base base de de toda toda aa hist6ria; história; ee em em rnostra-la mostrá-la em em sua sua a~ao ação estagios) com o Estado, Estado, para para explicar explicar todos todos os os produtos produtos teóricos todas as as form as como te6ricos ee todas formas de consciencia, consciência, religiao, religião, filosofia, filosofia, etica, ética, etc., etc., etc., etc., ee tracar traçar suas suas origens de origens ee crescimento crescim ento aa partir partir de de tais tais bases; bases; por por tais tais meios, m eios, naturalmente, naturalm ente, o o objeto tarnbem, objeto todo todo pode pode ser ser descrito descrito em em sua sua totalidade totalidade (e, (e, portanto, portanto, tam bém , aa acao re oo outro) ação reciproca recíproca desses desses varies vários objetos objetos urn um sob sobre o u tr o )”"..

A passagem passagem eé terrninante terminante ee bem bem viva! A viva! O conjunto conjunto do do texto sugere oo que que aa hist6ria história como como ciencia, ciência, de de uma O texto sugere uma perspectiva perspectiva rnarxista marxista ee engelsiana, engelsiana, impoe impõe formalmente formalmente ao ao historiador. historiador. Primeiro, uma teoria Primeiro, uma teoria geral geral minima, mínima, elaborada elaborada pelo pelo pr6prio próprio historiador historiador lhe cabe cabe descrever descrever ee explicar explicar aa hist6ria história considerando considerando as as "relacoes “relações ((se se lhe hist6ricas históricas primaries" prim árias” ee oo curso curso do do "desenvolvimento “desenvolvimento historico" histórico” como como igualigual­ mente importantes constituição ou ou manitestacao manifestação do do objeto, objeto, ele ele nao não popo­ mente importantes na na constituicao de de depender depender da da "contribuicao" “contribuição” do do biologo, biólogo, do do geografo, geógrafo, do do antrop6logo, antropólogo, do psicologo, psicólogo, do do sociologo, sociólogo, etc etc.,.. para para reconstruir reconstruir aa realidade realidade ee interpretsinterpretádo -la). Segundo, Segundo, uma uma linguagem comum (o (o que que eé uma uma conseqiiencia conseqüência da da concon­ -la). linguagem comum dicao nao isolar nem dição anterior). anterior). Terceiro, Terceiro, uma uma estrategia estratégia de de trabalho trabalho ativa ativa ((não isolar nem sua sua investigacao investigação nem nem aa s~ si^ pr6prio próprio do do f!uxo fluxo hist6rico. histórico. 0 O objeto objeto da da invesinves­ tigacao tigação eé inseparavel inseparável da da situacao situação historica histórica que que oo produz, produz, do do rnesmo mesmo modo que que o o "sujeito-investigador" “sujeito-investigador” nao não pode pode desligar-se desligar-se de de sua sua atividade atividade modo prim ária como como suieito sujeito hist6rico). histórico). Esses Esses tres três requisitos requisitos formais formais esbarram esbarram primaria com mais irnportante com varies vários tipos tipos de de resistencia, resistência, aa mais importante das das quais quais consiste consiste em defender defender o o carater caráter idiografico idiográfico da da história. Todavia, nao não ha há como como em hist6ria. Todavia, conciliar que aa hist6ria conciliar esta esta posicao posição com com aa ideia idéia de de que história eé uma uma ciencia ciência (por (por mais que que os os neo-kantianos neo-kantianos afirrnem afirmem oo contrario contrário). Não obstante, obstante, existe existe mais ). Nao uma na argumentacao uma falacia falácia grosseira grosseira na argumentação usual. usual. A A concepcao concepção materialista materialista ee dialetica dialética da da hist6ria história nao não impede impede que que o o historiador historiador seja seja objetivo, objetivo, fundafunda­ mente procure interpretar mente empiricamente empiricamente as as suas suas descricoes descrições ee procure interpretar causalcausalmente processos hist6ricos mente ocorrencias, ocorrências, instituicoes instituições ou ou processos históricos que que variem variem espeespe­ cif icamente. Quern mais do cificamente. Quem quiser quiser fazer fazer um um teste teste nao não precisa precisa mais do que que ler ler os textos coligidos terceira partes os textos coligidos adiante, adiante, na na segunda segunda ee terceira partes desta desta antologia. antologia. No entanto, entanto, este este texto texto postula postula exatamente exatamente isso: isso: No "A “A observacao observação empirica em pírica deve, deve, em em cada cada instiincia instância separada, separada, evidenciar evidenciar empiricamente, em piricam ente, ee sem sem qualquer qualquer mistificacao m istificação ee especulacao, especulação, aa conexao conexão da da estrutura estrutura social social ee politica política com com aa producao", produção” .

Com referencia referência aà familia, família, por por exemplo: exemplo: Com

37 37 "ela “ela deve, deve, portanto, portanto, ser ser tratada tratada ee analisada analisada de de acordo acordo com com os os dados dados empiricos farnilia, em píricos examinados, exam inados, nao não conforme conform e o o conceito con ceito de de fam ília, como com o e é costume costum e na na Alemanha". A lem anha”. A cientifizacao A cientifização da da historia história nao não implica implica Jiquidacao liquidação do do que que eé intrfnseco intrínseco ee peculiar peculiar ao ao "movimento “movimento historico", histórico”, nas nas condicoes condições particulares particulares consiconsi­ deradas. revelar em deradas. Ela Ela visa visa oo inverso, inverso, revelar em toda toda aa plenitude plenitude ee explicar explicar rigorigo­ rosamente varia de modo hist6rico rosamente o o que que varia de modo histórico ee especifico. específico. Marx M arx ee Engels Engels ficaram, pois, pois, estritamente hist6ria". . Recusa-Ios ficaram, estritamente dentro dentro do do "campo “campo real real da da história” Recusá-los como medo ou como interlocutores, interlocutores, por por medo ou aversao aversão ao ao materialismo materialismo ee aà dialetica, dialética, equivale historia seja tanto eqüivale aa querer querer que que aa história seja uma uma ciencia, ciência, mas mas nao não ta n to .... . . Dada texto possui D ada aa importancia importância que que este este texto possui para para aa antologia, antologia, julguei julguei necessario implicacoes, necessário dar dar prioridade prioridade aà problematizacao problematização geral geral ee as às suas suas implicações. Em foram negligenciados como Em conseqiiencia, conseqüência, foram negligenciados certos certos temas temas essenciais essenciais ((como aa consciencia ideologia, classe revolucao, etc.), consciência social, social, aa ideologia, classe ee poder poder social, social, revolução, etc.), que tao famoso. que tornaram tornaram oo primeiro primeiro capitulo capítulo de de A A ideologia ideologia alema alemã tão famoso. Alem disso, Além disso, os os comentarios comentários s6 só apanharam apanharam o o segundo segundo grupo grupo de de excertos excertos de maneira de m aneira indireta. indireta. Os Os limites limites de de espaco espaço nao não me me permitem permitem compensar compensar as as falhas falhas da da orientacao orientação adotada. adotada. De De qualquer qualquer modo, modo, aa insercao inserção deles deles na todo oo na antologia antologia era era inevitavel. inevitável. H á um um fio fio condutor condutor hist6rico histórico em em todo capitulo. capítulo. Quebrado Quebrado esse esse fio fio condutor, condutor, perder-se-ia perder-se-ia aa beleza beleza do do texto texto ee ficaria pratica nos ficaria desmontada desm ontada aa correlacao correlação de de teoria teoria ee prática nos seus seus aspectos aspectos mais mais conclusivos. conclusivos. 0 O segundo segundo grupo grupo de de excertos excertos tambem também eé rico rico de de temas temas essenciais as ideias essenciais ((as idéias da da classe classe dominante, dominante, sua sua generalizacao generalização na na sociedade sociedade ee aa dorninacao ruptura da ideologies ee as dominação cultural; cultural; aa ruptura da hegemonia hegemonia ideológica as ideias idéias de ininterrupto de uma uma classe classe revolucionaria, revolucionária, etc.; etc.; aa hist6ria história como como um um painel painel ininterrupto de pela contradicao de conflitos, conflitos, provocados provocados pela contradição entre entre as as forcas forças produtivas produtivas ee as as formacoes formações sociais, sociais, como como esses esses conflitos conflitos explodem explodem numa numa revolucao revolução social, social, etc.; etc.; oo contraste contraste entre entre aa revolucao revolução em em uma uma sociedade sociedade de de estaesta­ mentos ee de ma sociedade mentos de servos servos ee aa revolucao revolução em em .uuma sociedade de de classes; classes; oo que que representa para representa para oo proletario proletário aa abolicao abolição completa completa de de sua sua existencia existência ee do trabalho, como do trabalho, como sua sua afirmacao afirmação coletiva coletiva conduz conduz ao ao aniquilamento aniquilamento do do •_ Estado, irnportancia Estado, etc.). etc.). Porem, Porém, sua sua im portância maior maior esta está no no carater caráter demonsdemons­ trativo trativo que que eles eles detem. detêm. Pois Pois estes estes excertos excertos comprovam comprovam que que oo historiador, historiador, ao papeis intelectuais, ao desempenhar desempenhar ativamente ativam ente os os seus seus papéis intelectuais, nao não se se converte converte nem em nem em um receio nem em propagandista, propagandista, nem em agitador agitador politico político ((um receio muito muito em em voga, que filisteu). Teoria voga, que Marx M arx ee Engels Engels ironizariam, ironizariam, como como tipico típico do do filisteu). Teoria ee prática pratica estao estão relacionadas relacionadas como como dois dois polos pólos inseparaveis inseparáveis do do conheciconheci­ mento cientifico na hist6ria. Elas nao mento científico na história. Elas não podem podem ser ser dissociadas dissociadas na na fase fase de de levantamento ee de fatos hist6ricos, levantamento de reconstrucao reconstrução dos dos fatos históricos, na na fase fase de de analise análise ee de interpretacao e, por fim, fim, na Contudo, aa pratica de interpretação e, por na fase fase de de exposicao. exposição. Contudo, prática so teoria que só impoe impõe aà teoria que ela ela cbegue chegue ao ao fundo fundo das das coisas. coisas. Ou Ou seja, seja, que que as as opinioes longos ee conscienciosos conscieociosos estudos", opiniões do do historiador historiador sejam sejam "fruto “fruto de de longos estudos”, como se como se exprimiu exprimiu Marx Marx aa respeito respeito de de si si mesmo. mesmo.

Ha

38 38 3) 3)

A a~lio da A libert libertação da classe classe oprimida oprimida

£ realmente ia. É realmente muito muito dificil difícil extrair extrair um um fexto fexto de de Miseria Miséria da da Fi/osof Filosofia. Este Este Jivro livro tern tem sido sido encarado encarado como como aa primeira primeira manifestacao manifestação mais mais comcom­ pleta pleta do do materialismo materialismo historico, histórico, portanto, portanto, como como oo ponto ponto de de partida partida das das concepcoes concepções que que Marx Marx ee Engels Engels iriam iriam desenvolver desenvolver ee aperteicoar aperfeiçoar dai daí em em diante. diante. Isso Isso eé verdade, verdade, mas mas em em parte, pàrte, pelo pelo que que se se pode pode inferir inferir dos dos textos textos anteriores em especial ta A anteriores ((em especial tomando-se tomando-se em em con conta A ideblogiaideõlogia- alemii alemã ee certas certas passagens amilia), passagens de de A A sagrada sagrada ffam ília). f: É verdade verdade que que Marx Marx escrevera, escrevera, no no prefacio prefácio aà Contribuiciio Contribuição aà critica crítica da da Economia Economia Polltica, Política, que que foi foi nesse nesse livro livro que que expos expôs cientificamente, cientificamente, pela pela primeira primeira vez, vez, "os “os pontos pontos de de vista vista de de nossa nossa maneira maneira de de ver", ver” . Mas Mas nao não se se deve deve esquecer esquecer de de que que A A ideologia ideologia alemii alemã ficara ficara na na gaveta gaveta ee que, que, de de outro outro lado, lado, ideias idéias tao tão complexas complexas ee importantes importantes exigem exigem tempo tempo de de rnaturacao m aturação ee para para elaboracao. elaboração. Como Como obra obra polernica polêmica exemplar, exemplar, concedeu concedeu aa K. K. Marx Marx aa oportunidade oportunidade de de esgrimir esgrimir contra Proudhon as as suas contra Proudhon suas pr6prias próprias ideias, idéias, o o que que exigiu exigiu dele dele um um travejatravejamento mento mais mais acabado acabado ee uma uma exposicao exposição mais mais refinada refinada das das conclusoes conclusões aa que que ele ele ee Engels Engels haviam haviam chegado. chegado. 0 O texto texto escolhido escolhido nao não eé representarepresenta­ tivo tivo da da obra, obra, de de seu seu estilo estilo polernico polêmico ee de de sua sua inspiracao inspiração criadora. criadora. Sao São as paginas que as páginas que encerram encerram oo livro livro ee que que levam levam Marx Marx aa fazer fazer uma uma sintese síntese de de suas suas descobersas descobertas aa respeito respeito do do significado significado da da revolucao revolução proletaria proletária.. .. Dada muito mais Dada aa natureza natureza do do tema, tema, seria seria muito mais natural natural que que eu eu preferisse preferisse alguns nglaterra em alguns, excertos excertos de de A A situaciio situação da da classe classe operdria operária na na IInglaterra em 1844, 1844, onde do ((aliás, alias, esta onde F. F. Engels Engels examina examina aa questao questão aa fun fundo esta é aa fonte fonte de de inforinfor­ macao, mação, utilizada utilizada por por Marx). M arx). A A escolha escolha dessas dessas poucas poucas paginas páginas se sé prenpren­ de de aa uma uma razao razão politica. política. Elas Elas exprimern exprimem as as formulacoes formulações teoricas teóricas que que eles revolucionarios com eles propunham propunham aos aos grupos grupos revolucionários com os os quais quais entravam entravam em em contato contato ou ou aos aos quais quais pertenciam. pertenciam. Foram Foram essas essas formulacoes formulações que que atrairam atraíram os os membros membros da da Liga Liga Comunista, Comunista, levando-os levando-os aa convidar convidar os os dois dois compacompa­ nheiros nheiros para para ingressarem ingressarem em em suas suas hastes hostes e, e, em em seguida, seguida, para para redigirem redigirem oo Manifesto M anifesto do do Partido Partido Comunista. Comunista. 0 O texto texto merece, merece, pois, pois, ser ser posto posto em em evidencia, por ser evidência, por ser expressivo expressivo da da "otica “ótica cornunista" comunista” em em func;ao função da da qual qual Marx Marx decifrou decifrou aa luta luta de de classes classes ee as as suas suas conseqiiencias conseqüências pr6ximas próximas ou ou rere­ motas, motas. Ele Ele documenta, documenta, em em profundidade, profundidade, aa forma forma ee oo conteudo conteúdo da da conscons­ ciencia ciência revolucionaria revolucionária aà luz luz da da qua! qual os os dois dois companheiros companheiros participavam participavam do do movimento movimento operario operário ee socialista socialista ee conceberam conceberam oo seu seu futuro, futuro, ou ou seja, seja, atuaram atuaram como como agentes agentes hist6ricos históricos ee interpretes intérpretes da da hist6ria história em em processo. processo. O O texto texto aponta aponta com com finura finura as as duas duas modalidades modalidades distintas distintas de de cornprocompro­ misso misso estatico estático com com aa ordem, ordem, imanentes imanentes aà condenacao condenação das das coalizoes coalizões operaoperá­ rias pelos rias pelos economistas economistas ee pelos pelos socialistas; socialistas; ee descreve descreve as as tuncoes funções sociais sociais construtivas construtivas dessas dessas coalizoes coalizões na na forrnacao formação das das condicoes condições historicas históricas eleele­ mentares mentares de de constituicao constituição da da classe classe trabalhadora trabalhadora ee de de sua sua solidariedade solidariedade de de classe. classe. Os Os temas temas que que percorre percorre reaparecerao reaparecerão no no Manifesto M anifesto do do Partido Partido CoC o­ munista: aa natureza latente na munista: natureza de· de“"verdadeira verdadeira guerra guerra civil", civil” , latente na luta luta de de classes, classes, ee oo "carster tormacao social. “caráter politico" político” da da classe classe como como formação social. Os Os pontos pontos cruciais cruciais

e

39 39 da da descricao descrição se se referem referem aos aos efeitos efeitos da da dominacao dominação do do capital, capital, aa qual qual cria cria na na massa massa trabalhadora trabalhadora "interesses “interesses comuns", comuns”, levando-a levando-a aa passar passar de de "classe “classe diante diante do do capital" capital” aa "classe “classe em em si"; si” ; as às duas duas fases fases aa partir partir das das quais quais caracteriza func;:ao da "classe oprimida" caracteriza aa revolucao revolução burguesa; burguesa; ee aà função da “classe oprim ida” coma como "condicao “condição vital vital de de toda toda sociedade sociedade fundada fundada no no antagonismo antagonismo de de classes". classes” . Nesse Nesse ponto, ponto, aa exposicao exposição se se desprende desprende dos dos enunciados enunciados te6ricos, teóricos, contidos contidos em em A A ideologia ideologia alema, alemã, embora embora aa caracterizacao caracterização hist6rica histórica da da revolucao revolução proletaria proletária coma como "revolucao “revolução total" total” siga siga as as mesmas mesmas linhas. linhas. "A “A libertacao libertação da da classe classe oprimida oprimida implica, implica, pois, pois, necessariamente, necessariamente, aa criacria­ 9ao ção de de uma uma sociedade sociedade nova." nova.” "A “A condicao condição de de libertacao libertação da da classe classe tratra­ balhadora eé aa aboli9ao " balhadora abolição de de todas todas as as classes. classes.” Par e, par Por fim, fim, aa eliminacao eliminação da da sociedade sociedade civil civil ((e, por conseguinte, conseguinte, aa supressao supressão do do poder poder politico) político) abre abre caminho caminho para para oo aparecimento aparecimento de de uma uma "associacao “associação que que excluira excluirá as as classes classes ee seu seu antagonismo". antagonismo” . As As duas duas ultimas últimas paginas páginas do do texto texto estao estão entre entre as as mais mais belas belas que que Marx M arx escreveu, escreveu, impregimpreg­ nadas nadas de de um um encanto encanto ee de de uma uma esperanca esperança que que certamente certamente tocam tocam mesmo mesmo os os leitores leitores mais mais avessos avessos ao ao "romantismo “romantismo revolucionario". revolucionário” . A A importancia importância do do texto texto se se relaciona relaciona com com oo modo modo de de caracterizar, caracterizar, hist6rica histórica ee sociologicamente, sociologicamente, aa revolucao revolução proletaria, proletária. Os Os proletarios proletários nao não . sao são portadores portadores de de uma uma utopia utopia nem nem precisam precisam dos dos socialistas socialistas para para terem terem uma. uma. A A sociedade sociedade existente existente produz produz todas todas as as condicoes condições para para aa formacao formação ee oo desenvolvimento desenvolvimento da da "sociedade “sociedade nova" nova” (inclusive (inclusive aa principal, principal, "a “a propró­ pria classe pria classe revolucionaria"). revolucionária” ). Primeiro, Primeiro, as as torcas forças sociais sociais produtivas produtivas ee as as relacoes relações sociais sociais de de producao produção nao não podem podem "mais “mais existir existir lado lado aa lado". lado”. Segundo, Segundo, "o “o antagonismo antagonismo entre entre oo proletariado proletariado ee aa burguesia" burguesia” ultrapassa ultrapassa oo "periodo “período de de espera" espera” ee "atinge “atinge sua sua mais mais alta alta expressao" expressão” pelo pelo movimento movimento hist6rico histórico da da luta luta de de classes. classes. A A guerra guerra civil civil acaba acaba mostrando mostrando sua sua "verda“verda­ deira" deira” face, face, eclodindo eclodindo coma como revoluciio revolução total. total. JJáa estava estava completa completa aa equaequa­ c;:ao ção marxista marxista da da revolucao revolução proletaria, proletária, que que se se afasta afasta de de toda toda tradicao tradição idealista, idealista, romantica romântica ee ut6pica. utópica. Os Os proletarios proletários vivem vivem aa realidade realidade da da revorevo­ luc;:ao lução ee podem podem descobri-la descobri-la independentemente independentemente dos dos "ideologos" “ideólogos” ou ou de de uma uma "vanguarda “vanguarda te6rica", teórica” , postada postada fora fora ee acima acima de de sua sua classe, classe, atraves através de de sua sua pr6pria própria pratica prática economica, econômica, social social ee politica política coma como ee enquanto enquanto classe classe ((ee da da "contradicao “contradição brutal" brutal" que que ela ela envolve). envolve). Par P or isso, isso, Marx M arx nao não procura procura (nem (nem oferece) oferece) aa iormula fórmula de de uma uma revolucao, revolução, que que poderia, poderia, em em seguida, seguida, ser ser instilada instilada no no animo ânimo coletivo coletivo dos dos proletarios. proletários. Tentava Tentava descodesco­ brir, brir, pura pura ee simplesmente, simplesmente, pela pela observacao observação ee interpretacao interpretação hist6ricohistórico-sociologicas -sociológicas do do significado significado da da luta luta de de classes classes (naturalmente (naturalm ente ainda ainda no no "periodo “período de de espera"), espera” ), aa natureza natureza da da "guerra “guerra civil" civil” encoberta encoberta ee da da revorevo­ luc;:ao social lução social que que ela, ela, par por sua sua vez, vez, gerava gerava ee escondia. escondia. Deve-se Deve-se notar, notar, coma como essenciais: essenciais: 1. 1 0) ° ) aa consciencia consciência hist6rica histórica revolucionaria revolucionária estava estava litelite­ ralmente ralm ente contida contida na na consciencia consciência de de classe classe do do proletariado; proletariado; 2. 2 0) ° ) aa prepre­ visao ou poderia) uturo hist6rico visão do do que que iria iria ((ou poderia) acontecer acontecer no no ffuturo histórico imediato imediato ou ou remoto remoto tinha tinha de de fundar-se, fundar-se, coma como dado dado empirico empírico ee prospeccao prospecção politica, política,

40 40

nas praticas ou seja, ava em nas práticas reais reais da da classe classe operaria operária ((ou seja, nao não se se fund fundava em "conhe“conhe­ cimentos cimentos abstratos" abstratos” nem nem em em conviccoes convicções "utopicas" “utópicas” ou ou "humanitarias"): “humanitárias” ). Fechara-se Fechara-se oo circuito circuito dos dos escritos escritos da da decada década de de 40. 40. K. K. Marx Marx ee F. F. Engels Engels estavam estavam maduros maduros para para redigir redigir oo Manifesto Manifesto do do Partido Partido Comunista, Comunista, segundo segundo aa 6tica s avancada ótica da da "fracao “fração mais mais resoluta resoluta ee mai mais avançada dos dos partidos partidos operarios, operários, aa fração fracao que que impulsiona impulsiona as as dernais", demais”, ee com com as as vantagens vantagens que que ela ela oferecia, oferecia, "de uma compreensao “de uma compreensão nitida nítida das das condicoes, condições, da da marcha marcha ee dos dos fins fins gerais gerais do movimento operatic" do movimento operário” 24• 24. 4) 4)

Pratica Prática suhversiva subversiva ee consciencla consciência revolucionarja revolucionária (K. (K. Marx Marx ee F. F. Engels) Engels)

Este Este pequeno pequeno texto texto inverte inverte aa orientacao orientação seguida seguida ate até agora: agora: aa concon­ centracao centração sobre sobre obras obras ciassicas clássicas do do marxismo. marxismo. Escolhi, Escolhi, deliberadamente, deliberadamente, uma uma circular circular escrita escrita pelos pelos dois dois em em uma uma situacao situação politica política extremamente extremamente diffcil, revolucao de difícil. Derrotados Derrotados na na revolução de 1848-1849, 1848-1849, ambos ambos sofreram sofreram graves graves perdas perdas psicol6gicas, psicológicas, materiais materiais ee politicas, políticas, diante diante da da vitoria vitória da da reacao reação ee da ou terrorismo da repressao repressão policial policial ((ou terrorismo policial) policial) que que se se seguiu. seguiu. Marx Marx se se via via novamente novamente proscrito. proscrito. Era Era oo seu seu terceiro terceiro desterro. desterro. Tenta Tenta fundar fundar em em Londres uma Londres uma revista revista economica econômica (A (A Nova N ova Gazeta Gazeta Renana) R enana ) ee reata reata sua sua atividade atividade politica política no no seio seio da da Liga Liga Comunista. Comunista. Ainda Ainda prevalecia prevalecia aa espeespe­ ranca de logo irromperia rança de que que aa revolucao revolução logo irromperia novamente novamente ee decidiu-se decidiu-se enviar enviar com com urgencia urgência aà Alemanha Alemanha um um ernissario emissário habil hábil (Heinrich (Heinrich Bauer), B auer), oo qua! qual deveria deveria restabelecer restabelecer os os contatos, contatos, intensificar intensificar aa propaganda propaganda ee reorganizar reorganizar os os nucleos núcleos da da Liga Liga Comunista Comunista 2:;. 2r‘. K. K. Marx Marx ee F. F. Engels Engels redigiram redigiram aa circir­ cular cular ee ela ela teve teve enorme enorme ressonancia ressonância politica política nos nos meios meios aa que que se se destinava. destinava. Por Por que que escolhe-la, escolhê-la, quando quando nesta nesta parte parte caberia caberia melhor, melhor, aparenteaparente­ mente, mente, um um excerto excerto do do Manifesto M anifesto do do Partido Partido Comunista'l Com unista ? Ora, Ora, tal tal excerto excerto se se acha acha incorporado incorporado aà antologia antologia (ver (ver parte parte III, III, t6pico tópico 3), 3), e, e, aqui, aqui, ele ele s6 só reforcaria reforçaria as as conclusoes conclusões fornecidas fornecidas pelo pelo texto texto anterior. anterior. E É preciso preciso frisar: frisar: aa coletanea coletânea nao não tern tem por por objeto objeto oo pensamento pensamento politico político de de K. K. Marx Marx ee F. F. K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F. 0 O manifesto m anifesto comunista, com unista, trechos trechos extraidos extraídos da da p. p. 105. 105. F. F. Op. Op. cit., cit., p. p. 182-6. 182-6. Essa Essa esperanca esperança desapareceu desapareceu bem bem depressa depressa ee aa situacao situação dificil difícil suscitou suscitou fortes fortes controversies, controvérsias, as as quais quais culminaram culminaram em em uma uma ctsao Nos embates cisão da da Liga, Liga, em em IS 15 de de setembro setembro de de 1850. 1850. Nos embates desta desta sessao. sessão, Marx Marx caracterizou caracterizou duramente duramente aa oposicao oposição minoritaria: minoritária: "A “A minoria minoria suplanta suplanta aa posicao posição critica pela dogrnatica, crítica pela dogmática, aa rnaterialista materialista pela pela idealista. idealista. Para Para ela, ela, oo motor motor da da revorevo­ Iuc;:ao lução nao não é aa realidade, realidade, mas mas aa vontade. vontade. Ali Ali onde onde nos nós dizemos dizemos à classe classe operaria: operária: tereis passar 115, S, 20, tereis que que passar 20, 50 50 anos anos de de guerras guerras civis civis ee lutas lutas de de povos, povos, nao não so só para para modificar modificar aa v6s modificar aa realidade realidade mas, mas, ainda, ainda, para para modificar vós mesmos, mesmos, capacitando-se capacitando-se para lhes dizeis: para oo Poder, Poder, vos vós lhes dizeis: Ou Ou subimos subimos imediatarnente imediatamente ao ao Poder Poder ou ou nos nos pornos pomos aa dormir! dormir! Ali Ali onde onde n6s nós fazemos fazemos ver, ver, concretarnente, concretamente, aos aos operarios operários da da Alemanha, Alemanha, oo desenvolvirnento desenvolvimento insuficiente insuficiente do do proletariado proletariado alemao, alemão, vos vós os os adulais adulais do do mode modo mais mais descarado. descarado, acariciando acariciando oo sentimento sentimento nacional nacional ee os os preconceitos preconceitos de de casta casta dos dos artesaos artesãos alemaes, alemães, oo que, que, nao não negamos. negamos, vos vos dara dará mais mais popularidade. popularidade. Fazeis Fazeis com com aa palavra palavra proletariado proletariado oo mesmo mesmo que que os os dernocratas democratas com com aa palavra palavra povo: povo-, aa conconverteis verteis em em um um Icone" ícone” (MEHRING, ( M e h r i n g , F. F. Op. Op. cit., cit., p. p. 185). 185). 24 24 MARX, M a rx ,

2:i MEHRING, 25 Ver Ver M e h rin g ,

e

a

41 41 Engels. Engels. 0 O caminho caminho estava estava livre, livre, pois, pois, para para uma uma exploracao exploração menos menos concon­ vencional vencional dos dos textos. textos. f: É evidente evidente que que esta está faltando faltando um um texto texto que que reflita, reflita, de de modo modo direto direto ee contundente, contundente, oo que que aa ac;ao ação revolucionaria revolucionária elevava elevava aà esfera esfera da da reflexao reflexão hist6rica histórica ee da da consciencia consciência da da situacao. situação. Desse Desse angulc, ângulo, mesmo um texto mesmo um texto que que fosse fosse tirado tirado de de Revoluciio R evolução ee contra-revoluciio contra-revolução na na Alemanha, redigido por Alem anha, redigido por F. F. Engels, Engels, nao não seria seria tao tão satisfat6rio. satisfatório. Trata-se, Trata-se, sem isso mesmo, sem duvida, dúvida, de de um um escrito escrito "menor" “m enor” ee circunstancial. circunstancial. Por Por isso mesmo, ideal proposto. Sao Marx ideal para para alcancar alcançar oo fim fim proposto. São dez dez paginas páginas nas nas quais quais M arx ee Engels Engels condensam condensam as as experiencias experiências acumuladas acumuladas ee revelam revelam como como aprenapren­ diam !ado, oo mesmo mesmo escrito diam diretamente diretamente pela pela via via pratica. prática. De De outro outro lado, escrito desdes­ venda revoluciovenda aa ligac;ao ligação Intima íntima que que existia existia entre entre subversao, subversão, atividade atividade revolucio­ naria travaram nária ee consciencia consciência revolucionaria revolucionária da da hist6ria. história. Marx Marx ee Engels Engels travaram contatos )ado aa lado contatos cotidianos cotidianos com com os os pequeno-burgueses, pequeno-burgueses, lutando lutando lado lado com com eles 1848eles ao ao longo longo dos dos meses meses em em que que se se empenharam empenharam na na revolucao revolução de de 1848-1849. ham ilusoes re os -1849. Nao Não tin tinham ilusões sob sobre os objetivos objetivos que que alcancariam alcançariam com com aa circular, mas sentiam circular, mas sentiam aa necessidade necessidade ((ee oo dever) dever) de de alertar alertar o o proletariado proletariado alemao alemão diante diante dos dos riscos riscos de de uma uma vit6ria vitória desse desse setor setor da da burguesia. burguesia. A A hist6ria realidade politica história demonstraria, demonstraria, em em seguida, seguida, que que sua sua visao visão da da realidade política alema texto oo seu alemã era era demasiado demasiado otimista. otimista. lsso Isso nao não retira retira do do texto seu significado significado polftico político imediato imediato (principalmente (principalmente da da perspectiva perspectiva hist6rica histórica dos dos emigrados emigrados politicos políticos revolucionarios) revolucionários) ee tampouco tampouco diminui diminui o o alcance alcance da da circular, circular, como como fonte fonte de de avaliacao avaliação do do impacto impacto da da pratica prática subversiva subversiva sabre sobre aa orgaorga­ nizacao nização ee os os conteudos conteúdos da da consciencia consciência revolucionaria revolucionária dos dos militantes militantes da da Liga Liga Comunista. Comunista. Uma Uma classe classe revolucionaria, revolucionária, mas mas que que se se encontrava encontrava ainda ainda subdesensubdesen­ volvida volvida ee fraca fraca -— como como ocorria ocorria com com o o proletariado proletariado alemao alemão -— descobre descobre na subversiva um na pratica prática subversiva um meio meio privilegiado privilegiado de de confrontacao confrontação com com as as "ilu“ilu­ soes sões da da democracia" democracia” ee de de auto-aperfeicoamento auto-aperfeiçoamento atraves através da da luta luta de de classes. classes. O O texto texto recomenda recomenda os os dois dois niveis níveis de de luta luta do do "partido “partido operario" operário” -— o o legal legal ee o o Secreto secreto -— mas mas se se constroi constrói levando levando em em conta conta oo primeiro primeiro nivel nível ee os nas relacoes os seus seus desdobramentos desdobramentos nas relações do do proletariado proletariado com com aa pequenapequena-burguesia embora, naturalmente, -burguesia ((embora, naturalmente, aa atividade atividade da da Liga Liga Comunista Comunista fosse fosse altamente muito aa ressalaltamente secret secretaa e, e, por por natureza, natureza, subversiva). subversiva). Haveria Haveria muito ressal­ tar, tar, .se se fosse fosse preciso preciso comentar comentar oo texto texto ponto ponto por por ponto. ponto. Deixando Deixando de de lado Engels, que lado aa maestria maestria de de Marx Marx ee Engels, que projetaram projetaram o o debate debate sobre sobre aa situacao hist6rica global com situação histórica global (perspectivas (perspectivas de de aliancas alianças do do proletariado proletariado com varies pelo menos vários estratos estratos de de classes), classes), pelo menos tres três pontos pontos devem devem ser ser postos postos em em destaque. destaque. Primeiro, Primeiro, os os riscos riscos de de uma uma alianca aliança entre entre oprimidos oprimidos "desiguais", “desiguais” , em em um um pais país com com desenvolvimento desenvolvimento industrial industrial atrasado, atrasado, como como aa Alemanha Alemanha na Os estratos na epoca. época. Os estratos pequeno-burgueses pequeno-burgueses estavam estavam fortemente fortemente empenhaempenha­ dos feudal ee em inovacoes que dos em em abolir abolir traces traços do do passado passado feudal em implantar implantar inovações que interessavam interessavam diretamente diretamente as às classes classes operarias. operárias. No No entanto, entanto, alertam alertam Marx Marx ee Engels Engels com com vigor, vigor, os os proletarios proletários nao não deveriam deveriam deixar-se deixar-se corromper corromper "com “com esmolas esmolas mais mais ou ou menos menos veladas" veladas” ee tampouco tampouco deveriam deveriam trocar trocar uma uma

42 42 "rnelhoria pela debilitacao “ melhoria temporaria tem porária de de sua sua situacao" situação” pela debilitação de de sua sua pr6pria própria Iorca revolucionaria. força revolucionária. A A questao questão que que sobe sobe aà tona tona eé aa das das duas duas revolucoes revoluções em em presence. presença. A A pequena-burguesia pequena-burguesia tentava tentava fortalecer fortalecer ee acelerar acelerar uma uma dedé­ bil bil revolucao revolução democratico-burguesa. democrático-burguesa. 0 O proletariado proletariado constituia constituía aa unica única classe portadora de classe que que poderia poderia ser ser portadora de uma uma nova nova revolucao revolução social. social. Nesse Nesse contexto um fim, contexto hist6rico, histórico, · oo que que era era um fim, para para aa pequena-burguesia, pequena-burguesia, nao não passava meio, para passava de de um um meio, para o o proletariado. proletariado. Assim Assim se se coloca coloca o o te~a tema da da revolucao revolucao democratico-burguesa revolução permanente: perm anente: o~ os beneficios benefícios da da revolução democrático-burguesa nao propria revolucao. Aií esta não deviam deviam desviar desviar .ooss proletarios proletários de de sua sua própria revolução. A está aa parte ~aro poder parte mais mais forte forte ee de de raro poder expressivo expressivo do do texto. texto. Os Os pequeno-burpequeno-burgueses gueses queriam queriam "concluir “concluir aa revolucao revolução o o mais mais rapidamente rapidamente possivel, possível, depois depois de de terem terem obtido, no obtido, no rnaximo, máximo, os os reclamos reclamos suprarnencionados". supramencionados”. "Os “Os nossos nossos inteinte­ resses resses ee as as nossas nossas tarefas tarefas consistem consistem em em tornar tornar aa revolucao revolução perrnanente, permanente, ate mais ou menos possuiaté que que seja seja eliminada eliminada aa dominacao dominação das das classes classes mais ou menos possui­ doras, doras, ate até que que o o proletariado proletariado conquiste conquiste o o poder poder do do Estado", Estado”, etc. etc. "Para “Para nos, nós, nao não se se trata trata de de reformar reformar aa propriedade propriedade privada, privada, mas mas de de aboli-la; aboli-la; nao se não se trata trata de de atenuar atenuar os os antagonismos antagonismos de de classe, classe, mas mas de de abolir abolir as as classes; classes; nao não se se trata trata de de melhorar melhorar aa sociedade sociedade existente, existente, mas mas de de estabeestabe­ · lecer lecer uma uma nova". nova”. Esse Esse e, é, entre entre todos todos os os escritos escritos revolucionarios revolucionários de de Marx M arx ee Engels, Engels, oo mais mais belo processo belo ee oo mais mais ardente. ardente. Eles Eles se se situarn situam diretamente diretamente no no centro centro do do processo revolucionario, taJ revolucionário, tal como como ele ele poderia poderia ter ter transcorrido transcorrido na na · AJemanha Alem anha se se as razao as classes classes operarias operárias fossem fossem suficientemente suficientemente vigorosas vigorosas para para ditar ditar sua sua razão politica forma autonoma, limites historicos política de de forma autônoma, ee estabelecem estabelecem os os limites históricos mais mais firmes que no solo firmes que separavam separavam as as duas duas revolucoes revoluções que que colidiam colidiam no solo hist6rico histórico alemao. alemão. Porque Porque aa burguesia burguesia atrasou atrasou ee fez fez abortar abortar aa sua sua revolucao, revolução, oo proletariado ,ppodia odia avancar proletariado avançar ee erguer erguer suas suas bandeiras bandeiras de de classe classe revolurevolu­ cionaria. cionária. Em Em uma uma frase frase -— aa ser ser lembrada lembrada para para sempre sempre -— se se resumia resumia oo que que oo proletariado proletariado se se devia devia 'proper propor mas mas nao não iria iria alcancar, alcançar. Segundo, proletarios com Segundo, aa tatica tática de de luta luta politica política cotidiana cotidiana dos dos proletários com os os pequenos-burgueses, Marx vantagens . ee as pequenos-burgueses. Marx ee Engels Engels nao não endossavam endossavam as as vantagens. as facilidades umaa uniao umaa conciliacao facilidades de de um união ee de de um conciliação cegas. cegas. A A opressao opressão 'semiáemifeudal burfeúdal ee autocratica autocrática da da nobreza nobreza ee da da Prussia, Prússia, oo egoismo egoísmo da da grande grande 'bur­ guesia, os efeitos desastrosos da traicao da "burguesia liberal" a causa guesia, os efeitos desastrosos da traição da “burguesia liberal” à causa comum evolu\tao democratica, comum da da .rrevolução democrática, nada nada disso disso os os leva leva aa cerrar cerrar os os olhos olhos diante diante do do essencial, essencial. O O objetivo objetivo central, central, no no seu seu plano-tatico, plano tático, nao não eram eram as IT1as aa "posicao as vantagens vantagens imediatas imediatas ee aa sua sua magnitude, magnitude, mas “posição independente", independente”, conquistada conquistada pelo pelo proletariado, proletariado, ee que que poderia poderia ser ser arruinada, arruinada. "Para “Para se se lutar lutar contra contra um um inimigo inimigo comum comum nao não se se precisa precisa de de nenhuma nenhuma uniao união especial." especial.” A A uniao união deveria deveria serum ser um efeito efeito natural natural da da coincidencia coincidência de de "am“am­ bos frente dasclasses bos os os partidos". partidos” . A À Liga Liga cabia, cabia, à frente das classes operarias.iresguardar operárias, resguardar . ee fortalecer fortalecer aa autonornia autonomia ee O o desenvolvimento desenvolvimento c!_o do proletariado proletariado como çomo classe. classe. Ela Ela devia devia propugnar propugnar por por

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"uma do partido mesmo tempo “uma organizacao organização independente independente do partido operano, operário, ao ao mesmo tempo legal ee secreta, legal secreta, .ee fazer fazer de de ca:da càda comunidade comunidade oo centro centro ee oo nucleo núcleo de de sociedades quais aa atitude os interesses sociedades operarias, operárias, nas nas quais atitude ee os interesses do do proletariado proletariado possam ser possam ser discutidos discutidos independentemente independentemente das das influencias influências burguesas", burguesas”. A saida pela "dualidade Alem A saída pela “dualidade de de poder" poder” eé recomendada recom endada enfaticamente. enfaticamente. Além das para m manter pequena-burguesia ee oo governo das pressoes pressões necessarias necessárias para anter aa pequena-burguesia governo sempre sempre acuados acuados ee dispostos dispostos aa rodopiar rodopiar de de concessao concessão em em concessao, concessão, ée proposta oficiais", de "govemos proposta aa formacao, formação, ab aò lado lado dos dos "govemos “governos oficiais”, de “governos revolucionarios forma de de conselhos revolucionários operarios" operários” (sob (sob aa forma de comites comitês ee de conselhos munimuni­ cipais cipais ee de de clubes clubes operarios operários ee de de comites comitês operarios) operários).. Mesmo Mesmo aa defesa defesa armada mencionada, entre as condiarm ada independente independente da da classe classe operaria operária ée mencionada, entre as condi­ coes combate àa democracia As diferenças diferencas ções ativas ativas de de resistencia resistência ee combate democracia burguesa. burguesa. As de revolucionaria, A de objetivos objetivos impoem impõem diferencas diferenças de de metodos métodos na na luta luta revolucionária. A Liga mostrou-se, de sua sua proclamacao, digna da Liga mostrou-se, atraves através de proclamação, digna da responsabilidade responsabilidade dirigente enfrentando. , dirigente que que estava estava enfrentando.. Terceiro, politico operário operario em provavel Terceiro, as as tarefas tarefas do do partido partido político em face face da da provável repressao dos antigos 0 problema problema basico, repressão dos antigos aliados aliados ee do do seu seu govemo. governo. O básico, aqui, aqui, eé oo da de classe, revigoramento ee desenvol­ desenvolda centralizacao centralização do do poder poder de classe, do do revigoramento vimento do da existência existencia de de condicoes vimento do partido partido operario operário ee da condições para para que que oo proletariado pequeno-burproletariado possa possa "opor-se “opor-se energicamente energicamente aos aos democratas democratas pequeno-bur­ gueses". transtormacoes do gueses” . A A derrota derrota do do absolutismo absolutismo ee as as transformações do Estado Estado abrem abrem novas operaria, Esta ter, enfim, enfim, novas oportunidades oportunidades polfticas políticas à classe classe operária. Esta podera poderá ter, representantes lutar conrepresentantes proprios próprios na na assembleia assembléia nacional nacional representativa, representativa, lutar concretamente inclusao de nas cretamente pelo pelo direito direito de de voto voto ee de de inclusão de candidatos candidatos operarios operários nas listas eleitorais (( "escolhidos os membros listas eleitorais “escojhidos na na medida medida do do possivel possível entre entre os membros da os votos "mesmo que da Liga") Liga” ) ee concentrar concentrar os votos em em candidatos candidatos operarios, operários, “mesmo que nao exista esperanca triunfo". . Ainda aqui, aa principal não exista esperança alguma alguma de de triunfo” Ainda aqui, principal tarefa tarefa do partido estaria estaria em em preservar preservar sua sua independência independencia do proletariado proletariado ee do do seu seu partido de abertamente sua posicao · revolucionaria de classe classe ee "demonstrar “dem onstrar abertamente sua posição revolucionária ee os os pontos partido pontos de de vista vista do do partido". partido”. Sem Sem temer temer "o “o triunfo triunfo da da reacao", reação” , o o partido teria, amplo campo varies tipos teria, assim, assim, um um amplo campo politico político para para lutar lutar por por vários tipos de de medidas chegar oo momedidas democraticas democráticas ee "mais “mais ou ou menos menos socialistas", socialistas”, ate até chegar mo­ menta mento de de "propor “propor medidas medidas diretamente diretamente socialistas" socialistas” .(a (a circular circular arrola arrola os os tipos medidas). pratica cotidiana +?.. proletariado proletariado tipos de de m edidas). Portanto, Portanto, era era na na prática cotidiana que que .ç, teria as suas posicoes revolucionarias teria de de mostrar m ostrar o o que que separava separava as suas posições revolucionárias do do reformismo sem afastar-se, par um um reformismo democratico democrático da da pequena-burguesia, pequena-burguesia, sem afastar-se, põr instante, de organizar partido instante, da da "tarefa “tarefa de organizar com com toda toda aa independencia independência o o partido do do proletariado". proletariado” . Esse Esse pequeno pequeno texto texto eé precioso precioso para para refutar refutar todos todos aqueles aqueles que que afirafir­ mam nao deram importancia àa "questao mam que que Marx M arx ee Engels Engels não deram importância “questão do do partido". partido” , Eles pensaram na centralizacao do Eles pensaram na centralização do poder poder atraves através do do partido partido operario operário ee ... se se empenhararn empenharam concretamente concretamente na na consecucao consecução desse desse fim. fim. Alem Além disso, disso, puseram partido no no centro puseram oo partido centro - nevralgico nevrálgico da da luta luta contra contra aa dominacao dominação burguesa, pela burguesia conquista do burguesa, oo controle controle do do Estado Estado pela burguesia ee pela pela conquista do poder poder pelo proletariado. Eles nao negligenciaram, inclusive, "o prolongado pelo proletariado. Eles não negligenciaram, inclusive, “o prolongado

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44 44 perfodo revolucionario", que período de de desenvolvimento desenvolvimento revolucionário”, que oo proletariado proletariado tinha tinha 26. No entanto, s6 no fim de suas vidas ( e particularmente de de enfrentar en fren tar28. No entanto, só no fim de suas vidas (e particularmente na na de de Engels), Engels), o o partido partido operario operário entrou entrou na na ordem ordem do do dia, dia, ainda ainda assim assim em em condicoes condições hist6ricas históricas que que elirninaram eliminaram ou ou restringiram restringiram severamente severamente as as tarefas ta! partido. tarefas revolucionarias revolucionárias que que ambos ambos atribuiam atribuíam aa tal partido. Mesmo Mesmo nesse nesse ppnto, ppnto, aa circular circular deixa deixa patente patente que que se se poderia poderia ter ter avancado avançado mais mais em em uma uma direcao revolucionaria ee que paradigma direção revolucionária que Lenin Lenin nao não recebeu recebeu deles deles apenas apenas oo paradigma te6rico teórico do do bolchevismo. bolchevismo. Esta Está fora fora de de duvida dúvida que que o o ressentimento ressentimento ee oo extremismo extremismo provocados provocados pela pela vit6ria vitória da da contra-revolucao contra-revolução na na Alernanha Alemanha ee no no resto resto da da Europa Europa tambern também os os afetou, afetou, de de maneira maneira profunda. profunda. As As palapala­ vras vras de de ordem ordem ee as as solucoes soluções que que endossararn, endossaram, porem, porém, ou ou estavam estavam coladas coladas aà substancia substância do do seu seu pensamento pensamento revolucionario revolucionário ou ou oo refletiarn refletiam com com sinsin­ gular gular coerencia, coerência. 0 O que que se se pode pode concluir concluir eé que que eles eles se se ultrapassaram ultrapassaram no no "terreno “terreno da da acao", ação” , no no qua! qual tombam tombam com com freqiiencia freqüência os os "revolucionarios “revolucionários de de gabinete". gabinete”. 0 O texto texto exp6e expõe aa consciencia consciência revolucionaria revolucionária da da hist6ria história em em tensao tensão extrema extrema com com aa realidade realidade concreta concreta -— um um choque choque muito muito mais mais aspero áspero na na Alemanha Alem anha que que em em outros outros paises países da da Europa. Europa. 0 O pugilo pugilo de de homens homens que que formava formava aa Liga Liga Comunista Comunista tenta tenta levar levar aà pratica prática cotidiana cotidiana do do proletariado, proletariado, ate até oo fim fim ee ate até oo £undo, fundo, as as posicoes posições politicas políticas ee revolurevolu­ cionarias cionárias inerentes inerentes aà sua sua situacao situação de de classe. classe. Esse Esse eé oo perfil perfil de de Marx Marx ee Engels Engels no no limiar limiar da da decada década de de 1850. 1850. Batidos Batidos mas mas revitalizados revitalizados em em seu seu ardor ardor revolucionario. revolucionário. 5) 5)

Teoria Teoria ee processo processo hist6rico histórico da da revolu~iio revolução social social (K. (K. Marx) Marx)

Os Os textos textos anteriores anteriores foram foram extraidos extraídos de de obras obras escritas escritas entre entre 1844 1844 ee 1850. 1850. Entao Então Marx Marx contava contava de de 26 26 aa 32 32 anos anos ee Engels, Engels, de de 24 24 aa 30 30 anos. anos. Ora, Ora, este este texto, texto, oo famoso famoso prefacio prefácio da da Contribuiciio Contribuição à critica crítica da da Economia Economia Politica, eé de nao Política, de janeiro janeiro de de 1859. 1859. Marx Marx tinha, tinha, entao, então, 41 41 anos. anos. A A idade idade não alterara alterara em em nada nada "a “a nossa nossa maneira maneira de de ver" ver” ((aa dele dele ee de de Engels), Engels), em em termos termos de de identificacao identificação com com oo materialisrno materialismo hist6rico, histórico, oo movirnento movimento opeope­ rario ee oo comunismo. ideias sao rário comunismo. As As antigas antigas idéias são reelaboradas reelaboradas ee redefinidas, redefinidas, mas nao mas não abandonadas. abandonadas. No No piano plano cientifico, científico, as as diferencas diferenças sao são mais mais marmar­ cantes, cantes, pois pois essa essa obra obra ee O O capital capital coroam coroam um um intenso intenso labor labor de de pesquisa, pesquisa, que 850 em que comecara começara em em 1844 1844 ee ~e ,se tornara tornara mais mais absorvente absorvente de de l1850 em diante diante (embora (em bora Marx M arx devotasse devotasse sempre sempre muito muito tempo tempo as às taretas tarefas politicas, políticas, aa organizacoes 1843 travara organizações operarias operárias ee ao ao jornalismo). jornalism o). Entre Entre 1842 1842 ee 1843 travara concon­ tato com tato com temas temas econornicos; econômicos; so só no no ano ano seguinte, seguinte, ao ao !er ler oo "genial “genial esboco esboço 7, eé que de de uma uma crftica crítica das das categorias categorias econornicas", econômicas”, de de F. F. Engels Engels 227, que seu seu

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20 20 A A

respeito, respeito, seria seria conveniente conveniente reler reler aa passagem passagem de de K. K. Marx, Marx, 25, 25, p. p. 40. 40. ~1 27 £ É assim assim que que K. K. Marx Marx se se refere, refere, neste neste prefacio, prefácio, ao ao "Esboco “Esboço Econornia ver Engels. Economia Politica" Política” ((ver Engels. p. p. 53-81, 53-81, coletanea coletânea organizada organizada Netto). N etto).

transcrita transcrita na na nota nota de de uma uma crltica crítica da da pelo pelo prof. prof. J. J. Paulo Paulo

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interesse Nos desterros interesse pela pela economia economia politica política se se tornou tornou permanente. permanente. Nos desterros em Paris, Bruxelas dedicou grande grande parte em Paris, Bruxelas ee Londres Londres dedicou parte do do tempo tempo ao ao estudo estudo dessa historia economica. critica da da dessa materia m atéria ee da da história econômica. A A "Contribuicao “Contribuição aà crítica Filosofia Hegel", tao importante marcar Filosofia do do Direito Direito em em Hegel”, tão im portante por por m arcar linhas linhas de de tensao profunda tensão profunda com com os os antigos antigos companheiros companheiros neo-hegelianos, neo-hegelianos, ainda ainda nao refletia aa preocupacao relacoes de producao como não refletia preocupação central central pelas pelas relações de produção como "base “base material vida". 0 ao desenvol­ desenvolmaterial de de producao produção da da vida”. O proletariado, proletariado, ai, aí, é ligado ligado ao virnento industrial, sua relação relacao vimento industrial, como como nao não poderia poderia deixar deixar de de ser. ser. Porem, Porém, aa sua revolucionaria revolucionária com com aa situacao situação hist6rica histórica alerna alemã eé localizada localizada na na exclusao exclusão da na negação negacao da propriedade privada. Quando Engels da sociedade sociedade civil civil ee na da propriedade privada. Quando Engels se na primavera Iamise mudou mudou para para Bruxelas, Bruxelas, na primavera de de 1845, 1845, Marx M arx ja já estava estava fami­ liarizado teorias economicas ( cuja critica empreendera liarizado com com as as principais principais teorias econômicas (cuja crítica empreendera seriamente manuscritos de ideologia alemii, seriamente nos nos manuscritos de 1844). 1844). A A ideologia alemã, redigida redigida em em colaboracao esto do Partido colaboração com com Engels, Engels, Miseria M iséria da da Filosojia Filosofia ee o o Mani! M anifesto do Partido Comunista terreno e, principalmente, Comunista atestam atestam oo quanto quanto avancara avançara nesse nesse terreno e, principalmente, que elementos fundamentais fundamentais para do materialismo que todos todos os os elementos para oo delineamento delineamento do materialismo historico sido descobertos crise da da Liga histórico ja já haviam haviam sido descobertos ee concatenados. concatenados. A A crise Liga Comunista, 1850, liberou-o liberou-o de Comunista, em em 1850, de varies vários encargos encargos politicos políticos ee perrnitiu-lhe permitiu-lhe iniciar de longa duracao, que iniciar um um projeto projeto de de estudos estudos de longa duração, que culmina culmina neste neste Iivro livro ee em O capital. em O capital. Ha mudanca qualidade entre Há uma uma profunda profunda m udança de de qualidade entre estes estes dois dois livros livros ee os limiar de ensaios historicos sobre as as os que que escrevera escrevera ate até o o limiar de 1850. 1850. Os Os ensaios históricos sobre lutas de Luis Bonaparte sugerem lutas de de classes classes na na Franca França ee o o golpe golpe de de Estado Estado de Luís Bonaparte sugerem em iriam esbater-se em que que sentido sentido iriam esbater-se as as cicatrizes cicatrizes da da derrota derrota de de 1849-1850. 1849-1850. O politicos em O envolvimento envolvimento direto direto nos nos processos processos políticos em posicoes posições estrategicas estratégicas reflexao que relacoes entre revolucao ee contracontraee aa reflexão que se se seguiu seguiu sobre sobre as as relações entre revolução -revolucao adiante), levaram levaram K. K. Marx -revolução na na Europa E uropa ((oo que que sera será visto visto adiante), M arx ao ao amago burguesa. Essa Essa dura marca proâmago da da sociedade sociedade burguesa. dura experiencia, experiência, que que marca pro­ fundamente intelectual, nao conduziu aà revisão revisao de fundamente aa sua sua vida vida intelectual, não o o conduziu de hip6teses hipóteses ee conclusoes contrario, corroborou-as, conclusões anteriores. anteriores. Ao Ao contrário, corroborou-as, demonstrando demonstrando o o quanto linha certa. experiencia quanto ele ele ee Engels Engels trilhavam trilhavam aa linha certa. Contudo, Contudo, essa essa experiência tambem preciso estudar melhor as relacoes de producao também ensinou ensinou que que era era preciso estudar melhor as relações de produção capitalistas, burguesa ee seu sistema ideológico ideologico ee de poder. capitalistas, aa sociedade sociedade burguesa seu sistema de poder. Acima de Marx enorme imporAcima de de tudo, tudo, ela ela destacou destacou na na consciencia consciência de M arx aa enorme impor­ tancia tância da da pesquisa pesquisa ee dos dos instrumentos instrumentos de de explicacao explicação cientffica científica que que ele ele havia isso, aa Contribuição Contribuiciio à havia criado criado ee mal mal comecara começara aa explorar. explorar. Por Por isso, critica Politica (juntamente com O crítica da da Economia Econom ia Política (juntam ente com O capital) capital) ergue ergue um um sedutor problema de interpretacao, As duas obras dao a verdadeira sedutor problema de interpretação. As duas obras dão a verdadeira estatura de Marx incomensuravel papel na estatura de M arx ee localizam localizam o o seu seu incomensurável papel criativo criativo na hist6ria do ciencias sociais. história do pensarnento pensamento cientifico científico ee das das ciências sociais. 0 O primeiro primeiro livro livro era, todo oo es­ esera, ainda, ainda, um um preludio prelúdio da da revolucao revolução que que se se revelaria revelaria corn com todo plendor O capital. esse eé oo “M "Marx Para se plendor em em O capital. Para Para muitos, muitos, esse arx maduro". m aduro” . Para se entender precisam ser ressaltadas. Primeiro, entender essa essa evolucao, evolução, duas duas coisas coisas precisam ser ressaltadas. Primeiro, apesar por M Marx devia, apesar das das continuidades, continuidades, aa producao produção cientifica científica encetada encetada por arx devia, naturalmente, pr6prias. Tratava-se urna das naturalmente, possuir possuir bases bases próprias. Tratava-se de de uma das grandes grandes

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46 46 revolucoes revoluções na na ciencia ciência 'm moderna oderna -— ee seria seria incrivel incrível pretender pretender explica-la explicá-la sem profundas transformacoes no pensamento sem reconhecer reconhecer que que ocorreram ocorreram profundas transformações no pensamento de Marx, refere ao de Marx, especialmente especialmente no no que que se se refere ao seu seu adestramento adestramento como como pespes­ quisador quisador ee à sua sua habilidade habilidade no no uso uso materialista materialista ee dialetico dialético da da explicacao explicação

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cientffica. continuidades científica. Segundo, Segundo, por por paradoxal paradoxal que que pareca, pareça, foram foram as as continuidades que que proporcionaram proporcionaram aa tais tais transformacoes transformações oo seu seu desfecho desfecho criativo criativo sem sem paralelos. E ao escrever, paralelos. É oo pr6prio próprio Marx Marx que que sublinha sublinha essa essa relacao, relação, ao escrever, modestamente: resultado geral modestamente: "o “o resultado geral aa que que cheguei", cheguei” , etc., etc., "serviu-me “serviu-me de de guia", guia” , etc. etc. Alias, Aliás, sem sem o o esquema esquema de de interpretacao interpretação materialista materialista ee dialetica, dialética, Marx no seu M arx perderia perderia o o pe pé no seu principal principal esteio esteio -— oo manejo manejo negativo negativo ee positive Ficaria entregue vala comum, positivo da da critica. crítica. Ficaria entregue aà vala comum, arriscando-se arriscando-se aa omombrear com brear com os os deformadores deformadores da da realidade. realidade. De De outro outro lado, lado, sem sem aa identiidenti­ ficacao com ficação com oo comunismo comunisiho ee aa incorporacao incorporação dele dele ao ao seu seu esquema esquema interinterpretativo, ele perrnitiu infundir pretativo, ele perderia perderia oo elemento elemento que que lhe lhe permitiu infundir ao ao matemate­ rialismo rialismo ee aà dialetica, dialética, atraves através da da pratica, prática, aa elasticidade elasticidade cientifica científica que que eles maos ee que eles adquiriram adquiriram em em suas suas mãos que o o converteram converteram em em um um ponto ponto de de referenda referência na na bist6ria história da da ciencia ciência moderna. moderna. Ha, Há, pois, pois, uma uma integridade integridade basica K. Marx básica em em K. M arx -— como como homem, homem, pensador, pensador, cientista cientista ee revolucionario. revolucionário. E por sua intelectual. Ao E essa essa integridade integridade nao não foi foi quebrada quebrada por sua evolucao evolução intelectual. Ao reves, revés, ela ela tornou tornou necessdria necessária essa essa evolucao, evolução, porque porque ela ela sempre sempre oo obrigava obrigava aa ir longe quanto ir tao tão longe quanto lhe lhe fosse fosse possivel possível naquilo naquilo que que fizesse. fizesse. Carece Carece de de sentido, portanto, contrapor sentido, portanto, contrapor oo Marx M arx "maduro" “m aduro” ao ao "jovem" “jovem” Marx, Marx, embora embora aa sua sua producao produção na na idade idade madura m adura refletisse refletisse oo climax clímax de de sua sua poderosa poderosa imaginacao imaginação criadora. criadora. Essas indispensaveis. 0 Essas ponderacoes ponderações sao são indispensáveis. O texto texto do do prefacio, prefácio, aqui aqui reproduzido, reproduzido, nos nos coloca coloca diante diante de de um um velho velho tema, tema, sob sob forma forma nova. nova. De De fato, emerge eé uma fato, oo que que emerge uma refinada refinada teoria teoria sociol6gica sociológica da da revolucao revolução social, social, esbatida fundo das ue atravessam esbatida sabre sobre o o pano pano de de fundo das correntes correntes hist6ricas históricas .qque atravessam as Nao tecer cornentarios as estruturas estruturas da da sociedade. sociedade. N ão me me parece parece necessario necessário tecer comentários sabre sobre tal tal texto. texto. Ele Ele se se explica explica por por si si mesmo. mesmo. Compacto, Compacto, provocativo, provocativo, ele ele tambern também eé deliberadamente deliberadamente didatico, didático. No No que que respeita respeita ao ao objeto objeto desta desta coletanea, forte". Exibe coletânea, ele ele eé um um "prato “prato forte”. Exibe aa consciencia consciência revolucionaria revolucionária da de teoria teoria cientifica, da hist6ria história sob sob aa forma forma acabada acabada de científica, desvendando desvendando como como se se produz produz historicamente historicamente aa revolucao revolução social social ee oo quanto quanto ela ela nao não passa passa de de um um processo processo natural natural nas nas sociedades sociedades de de forma forma antagonica. antagônica. Aos Aos ciencien­ tistas liberais ou tistas sociais sociais liberais ou conservadores, conservadores, que que confundiam confundiam ciencia ciência com com revolucao revolução ee "reforma “reform a social" social” com com progresso, progresso, Marx M arx retruca retruca que que aa revorevo­ luc;ao por sua lução eé um um produto produto do do desenvolvimento desenvolvimento da da sociedade sociedade e, e, por sua vez, vez, oo processo processo basico básico de de duas duas transformacoes transformações simultaneas simultâneas -— aa dissolucao dissolução de de uma uma sociedade sociedade de de forma forma antagonica antagônica ee aa gestacao gestação de de outra, outra, igualigual­ mente mente antagonica; antagônica; ou ou aa dissolucao dissolução de de uma uma sociedade sociedade de de forma forma antagonica antagônica ee aa gestacao gestação de de uma uma sociedade sociedade sem sem classes classes ((oo que que ele ele identifica identifica com com o o fim fim da da sociedade sociedade burguesa burguesa ee da da "pre-historia “pré-história da da sociedade sociedade humana"). hum ana” ). A exposicao busca A exposição busca ee atinge atinge um um nivel nível de de teoria teoria geral; geral; mas, mas, ao ao mesmo mesmo

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tempo, burguesa. Isso tempo, ela ela concretiza concretiza o o prot6tipo protótipo da da teoria: teoria: aa sociedade sociedade burguesa. Isso coerente explicative elucidado elucidado no no posfacio livro coerente com com oo principio princípio explicativo posfácio do do livro ((ee aplicado investigacoes anteriores), A forma forma de aplicado em em suas suas investigações anteriores). A de sociedade sociedade antagonica avancada permite pelo menos menos antagônica mais mais avançada permite decifrar decifrar todas todas as as outras, outras, pelo com com referenda referência aa processos processos historico-sociais histórico-sociais fundamentais. fundamentais. De De outro outro lado, lado, fica muito fica muito claro claro oo destino destino da da teoria: teoria:



"A niio se “A humanidade humanidade não se propoe propõe nunca nunca seniio senão os os problemas problemas que que ela ela pode pode resolver, pois, que oo pr6prio resolver, pois, aprofundando aprofundando aa analise, análise, ver-se-a ver-se-á sempre sempre que próprio problema quando as problema s6 só se se apresenta apresenta quando as condicoes condições materiais materiais para para resolve-lo resolvê-lo existem vias de existem ou ou estiio estão em em vias de existir", existir”.

Em suma, revolucao nao nao marcha tras, embora Em suma, aa revolução não se se degola, degola, não marcha para para trás, embora as às vezes pareca verossímil. verossimil. vezes isso isso pareça

II. II.

A hist6ria processo A história em em processo

Esta coletanea tem tern por Esta parte parte da da coletânea por objetivo objetivo sugerir sugerir ao ao leitor leitor qua! qual eé aa qualidade de historiador" K. Marx qualidade ee aa envergadura envergadura do do "trabalho “trabalho de historiador” de de K. Marx ee F. aparece em 0 titulo F. Engels, Engels, tal tal como como aparece em seus seus ensaios ensaios hist6ricos. históricos. O título historic história em processo evoca uma maneira de apanhar apanhar aa hist6ria em processo evoca uma maneira de história em em seu seu movimento movimento de ou seja, de vir-a-ser vir-a-ser cotidiano cotidiano ((ou seja, como como ela ela brota brota aos aos "nossos “nossos olhos"; olhos” ; ou ou se um presente vivido ee em um passado passado que se desenrolou desenrolou em em um presente vivido em um que possa possa ser ser descrito A hist6ria processo e, foi vista descrito "dinamicamente"). “dinamicamente” ). A história em em processo é, como como foi visto acima, modo como como eles eles produzem acima, aa historia história dos d os homens, homens, o o modo produzem socialmente socialmente aa sua uns aos sua vida, vida, ligando-se ligando-se ou ou opondo-se opondo-se uns aos outros, outros, de de acordo acordo com com sua sua posicao nas relacoes na sociedade posição nas relações de de producao, produção, na sociedade ee no no Estado, Estado, ee gerando, gerando, assim, historicos que assim, os os eventos eventos ee processos processos históricos que evidenciam evidenciam como como aa producao, produção, aa sociedade ao longo tempo. sociedade ee oo Estado Estado se se preservam preservam ou ou se se alteram alteram ao longo do do tempo. Nesta pequena serie leituras, F. concorre com leituras: Nesta pequena série de de leituras, F. Engels Engels concorre com duas duas leituras: uma, na Alemanha, uma, extraida extraída de de As A s guerras guerras camponesas cam ponesas na Alem anha, que que focaliza focaliza aa hist6ria em processo em um A história em processo em um momenta momento distante distante e, e, outra, outra, tomada tom ada de de A situaciio que registra registra os situação da da classe classe operaria operária na na Inglaterra Inglaterra em em 1844, 1844, que os aspecaspec­ tos Manchester, "o tipo da cidade cidade tos mais mais sombrios sombrios ee miseraveis miseráveis de de M anchester, “o tipo classico clássico da industrial moderna" tres leituras, industrial m oderna” 28. 28. K. K. Marx Marx comparece comparece com com três leituras, tiradas tiradas de Ass lutas de A lutas de de classes classes na na Franca França de de 1848 1848 a a 1850, 1850, 0 O 18 18 Brumario Brumário de de Luis A guerra Luís Bonaparte Bonaparte ee A guerra civil civil na na Franca, França, que que focalizam focalizam “"aconteciaconteci­ mentos" diaria" — - "a hist6ria m entos” ee "series “séries de de acontecimentos" acontecimentos” da da "hist6ria “história diária” “a história cotidiana cotidiana viva viva da da epoca", época” , "a “a inteligencia inteligência clara clara dos dos acontecimentos acontecimentos no no pr6prio eles se escritos, próprio momento momento em em que que eles se desenrolarn" desenrolam” 29. 2B. Trabalhos Trabalhos escritos, 28 F.. 28 Cf. C f. ENGELS, E n g e ls , F

The 1844, p. The condition condition of of the the working w orking class class in in England E ngland in in 1844, p. 42. 42.

:?9 Caracterizacoes F.. Engels, Ass lutas na França Franca de de 29 C a ra c te r iz a ç õ e s dde e F E n g e ls, na n a introducao in tr o d u ç ã o aa A lutas de de classes classes na 1848 aa 1850 1850 (MARX, K.. ee ENGELS, v. 3, p. 994), 1848 (M arx , K E n g e l s , F. F . Textos, Textos, v. 3, p. 4 ) , ee nno o prefacio p r e fá c io a a Le 18 Brumaire Louis Le 18 Brum aire de de L ouis Bonaparte Bonaparte ((idem, id e m , p, p. 3). 3 ).

48 48 como como ele ele se se expressa expressa aa respeito respeito de de O O 18 18 Brumario, Brumário, "sob “sob aa pressao pressão direta direta dos dos acontecimentos" acontecimentos” 30• 30. Nesses Nesses textos, textos, eles eles nlio não se se atribuem atribuem aa categoria categoria de de historiador historiador ee nao não procedem, procedem, em em consequencia, conseqüência, como como oo "historiador “historiador oficial" oficial” ou ou "profissio“profissio­ nal". nal”. Mas, Mas, de de fato, fato, realizam realizam as as tarefas tarefas do do historiador, historiador, divorciando-as divorciando-as das das cadeias cadeias da da tradicao tradição academica acadêmica ee do do provincianismo provincianismo da da especializacao. especialização. Por Por essa essa razao, razão, veern vêem os os seres seres humanos humanos .nao não como como "objeto" “objeto” ou ou materiamatéria-prima, -prima, mas mas literalmente literalmente como como os os produtores produtores da da historia. história. Ja Já em em A A sagrada sagrada [amilia família escrevera escrevera F. F. Engels: Engels: "A hist6ria nao riqueza imensa', “A história não faz faz nada, nada, 'nao ‘não possui possui uma uma riqueza imensa’, 'nao ‘não da dá combates', real e vivo combates’, eé o homem, o homem homem real vivo que faz tudo tudo isso isso e realiza realiza combates; que se combates; estejamos estejamos seguros seguros de de que que nio não eé aa hist6ria história que se serve serve do do homem homem como como de de um um meio meio para para atingir atingir -— como como se se ela ela fosse fosse um um persoperso­ nagem particular particular -— seus pr6prios próprios fins; ela ela nao não eé mais mais que a atividade atividade do do homem homem que que persegue persegue os os seus seus objetivos" objetivos” ar 31.

No capitulo No capítulo introdut6rio introdutório de de O O 18 18 Brumario, Brumário, Marx Marx completa completa essa essa desdes­ cricao hist6ria que crição ee introduz introduz nela nela aa nota nota mais mais especifica específica da da história que avanra avança para para a a [rente: fren te : "Os mas nao arbitraria“Os homens homens fazem fazem aa sua sua pr6pria própria hist6ria, história, mas não aa fazem fazem arbitraria­ mente, mente, nas condicoes condições escolhidas escolhidas por eles, eles, mas mas nas condicoes condições dadas diretamente herdadas do tradicao de diretamente ee herdadas do passado. passado. A A tradição de todas todas as as geracoes gerações sobrecarrega sobrecarrega oo cerebro cérebro dos dos vivos. vivos. E E mesmo mesmo quando quando eles eles parecem parecem ocupados ocupados em em se se transforrnar, transformar, aa sisi pr6prios próprios ee as às coisas, coisas, em em criar criar algo algo completamente revoluciocompletamente novo, novo, eé precisamente precisamente nessa nessa epoca época de crises crises revolucio­ narias que receosamente os passado, dos nárias que eles eles evocarn evocam receosamente os espiritos espíritos do do passado, dos quais quais eles tomam seus eles tomam seus nomes, nomes, suas suas palavras palavras de de ordem, ordem, seus seus costumes, costumes, para para aparecer aparecer na na nova nova cena cena da da hist6ria história sob sob esse esse disfarce disfarce respeitavel respeitável ee com com essa “A revolucao revolução social social do do seculo século XIX XIX essa linguagem linguagem emprestada" emprestada” (( ..... . )) "A nao pode pode tirar não tirar sua sua poesia poesia do do passado, passado, mas mas somente somente do do future. futuro. Ela Ela nao não pode comecar tal antes liquidado completamente pode começar como como tal antes de de ter ter liquidado completamente toda toda supersticao superstição com com referencia referência ao ao passado. passado. As revolucoes revoluções anteriores anteriores tiveram tiveram necessidade necessidade de de reminiscencias reminiscências hist6ricas históricas para para dissimular dissimular para para sisi mesmas mesmas seu revolucao do seu pr6prio próprio conteudo. conteúdo. A A revolução do seculo século XIX XIX deve deve deixar deixar os os mortos enterrarem para realizar realizar seu mortos enterrarem seus mortos mortos para seu pr6prio próprio fim. fim. Outrora, Outrora, a frase frase excedia excedia ao conterido, conteúdo, agora, eé o conteudo conteúdo que excede excede aà frase" frase” 112• 32.

Essas Essas reflexoes reflexões notaveis notáveis nao não apontam, apontam, apenas, apenas, as as dificuldades dificuldades enormes enormes enfrentadas enfrentadas pela pela hist6ria história do do presente. presente. Elas Elas sublinham sublinham que que os os quadros quadros da historia história real real estabelecem estabelecem os os quadros quadros do do pensamento social dos dos agentes agentes da pensamento social hist6ricos e, ou deveriam perhistóricos e, assim, assim, moldarn moldam ((ou deveriam moldar) m oldar) os os quadros quadros de de per­ cepcao elo historiador. cepção ee de de explicacao explicação da da realidade realidade historica histórica emergente emergente ·ppelo historiador. Elas tarnbem rupturas revoluElas também sugerern, sugerem, em em sentido sentido mais mais amplo, amplo, que que as as rupturas revolu­ ao Idem, ■'t0 Id e m , p. p. 8. 8. 31 K.. ee ENGELS, F.. L Laa sagrada 31 MARX, M a rx , K E n g e ls , F sagrada [amilia, fam ília, p. p. 131 131 (a ( a obra o b r a foi fo i redigida r e d ig id a em em fins fin s de d e 1844). 1 8 4 4 ). :11 MARX, :i-’ M a r x , K. K . Le L e 18 18 Brumaire Brum aire de de Louis L ouis Bonaparte, Bonaparie, p. p. 7 7 ee 8. 8.

49 49 cionarias hist6rica cionárias da da sociedade sociedade burguesa burguesa pressupoem pressupõem uma uma nova nova razao razão histórica e, ou deveriam e, por por conseguinte, conseguinte, exigem exigem ((ou deveriam exigir) exigir) uma uma linguagem linguagem adequada adequada da hist6ria. O 0 que revolucao social social que da história. que equivale eqüivale aa dizer: dizer: aa revolução que poe põe em em causa ordem vigente, vigente, como revolucoes sociais causa nao não s6 só aa ordem como sucedeu sucedeu com com as as revoluções sociais anteriores, mas aa existência existencia ee aa sobrevivencia forma hist6rica anteriores, mas sobrevivência da da forma histórica mais mais complexa avancada de complexa ee avançada de sociedade sociedade antagonica, antagônica, aa sociedade sociedade burguesa, burguesa, requer historiador ee da requer do do historiador da historia história uma uma reviravolta reviravolta intelectual intelectual semelhante. semelhante. Nao positive" (pelo Não se se trata trata de de um um condicionamento condicionamento ideol6gico ideológico de de "sinal “sinal positivo” (pelo menos para oo entendimento de revolucao menos para entendimento desta desta especie espécie de revolução social social ee do do seu seu significado Porem, de de uma significado hist6rico) histórico).. Porém, uma atitude atitude cientifica científica suficientemente suficientemente Integra, antimistificadora) ee vigorosa íntegra, plena plena (antiideol6gica (antiideológica ee antimistificadora) vigorosa para para queque­ brar estabelecidos" aa. b rar aa corrente corrente dos dos "preconceitos “preconceitos estabelecidos” 33. As As escolbas escolhas feitas feitas nao não traduzem traduzem uma uma preterencia preferência pessoal. pessoal. Fiz Fiz o o possivel para chegar um resultado um elenco possível para chegar aa um resultado pedagogico, pedagógico, isto isto e, é, aa um elenco de de leituras importancia proleituras de de im portância decisiva decisiva para para aa aprendizagem aprendizagem do do leitor. leitor. As As pro­ porcoes do atraves do livro, uma porções do volume volume ee aa intencao intenção de de cobrir, cobrir, através do livro, uma probleproblematizacao xigente, deixaram pouco espaco Nesses matização .eexigente, deixaram pouco espaço àa minha minha disposicao. disposição. Nesses limites, creio, limites, creio, escolhas escolhas equivalentes equivalentes nao não me me parecem parecem escolhas escolhas melheres. melhores. No que Engels, ée doloroso doloroso não nao incluir incluir aa introducao No que se se refere refere aa F. F. Engels, introdução que que ele classes na Franca. Esta ele escreveu, escreveu, em em 1895, 1895, para para As A s lutas lutas de de classes na França. Esta introintro­ ducao uma apreciacao muito bem bem feita feita daquela de dução fornece fornece uma apreciação critica crítica muito daquela obra obra de K. marxista", , da K. Marx M arx ee um um balance, balanço, de de uma uma "perspectiva “perspectiva marxista” da situacao situação historica posterior. Seria inclul-la na na coletanea histórica posterior. Seria otimo ótimo incluí-la coletânea ee ganhar, ganhar, dessa dessa maneira, analise historiografica fundadores do maneira, uma uma dimensao dimensão da da análise historiográfica dos dos fundadores do materialismo escreveu -— em materialismo historico. histórico. Os Os pretacios prefácios que que ele ele escreveu em 1892, 1892, para para A em 1891, A situaciio situação da da classe classe operatia operária na na Inglaterra Inglaterra em em 1844, 1844, ee em 1891, para para A guerra civil Franca também tambem gozam justa reputacao A guerra civil na na França gozam de de uma uma justa reputação histohisto­ riografica. escritos foram riográfica. Esses Esses tres três escritos foram largamente largamente considerados considerados e, e, por por fim, fim, excluldos. Nao seria posslvel ampliar outros aspectos, excluídos. Não seria possível ampliar aa antologia antologia e, e, sob sob outros aspectos, eles talento de como historiador. mais eles nao não caracterizam caracterizam o o talento de Engels Engels como historiador. Ja Já eé mais dificil justificar aa exclusao de Revoluciio contra-revoluciio na na Alemanha. Alemanha. difícil justificar exclusão de R evolução ee contra-revolução Este livro, composto de jornal, jornal, focaliza Este pequeno pequeno livro, composto de de artigos artigos de focaliza aa revolucao revolução de de 1848-1849 1848-1849 na na Alemanha Alemanha ee aa sua sua derrota, derrota. Se Se extrafsse extraísse uma uma leitura leitura desse formar textos de de K. desse livro, livro, poderia poderia form ar uma uma seqiiencia seqüência com com os os tres três textos K. Marx. Marx. O resultado seria Engels, pois piiblico aa que O resultado seria injusto injusto para para Engels, pois o o público que se se dirigiam dirigiam os artigos um tratamento assunto que tipico de de sua os artigos exigia exigia um tratam ento do do assunto que nao não eé típico sua analise No que análise hist6rica. histórica. No que respeita respeita ao ao texto texto sobre sobre Manchester, M anchester, havera haverá quern duvida oo criterio selecao. Para quem ponha ponha em em dúvida critério historiografico historiográfico da da seleção. Para muitos, muitos, aa leitura antroleitura seria seria mais mais representativa representativa do do trabalho trabalho do do soci6grafo sociógrafo ou ou do do antro­ p6logo dirao que extrair oo texto pólogo social. social. Outros Outros dirão que o o melhor melhor seria seria extrair texto do do assunto assunto principal livro, aa formacao principal do do livro, formação das das classes classes trabalhadoras, trabalhadoras, sua sua situacao situação social operarios. Em social ee oo aparecimento aparecimento das das coalizoes coalizões ou ou sindicatos sindicatos operários. Em certo certo :1:i Este parece K. Marx :n Este parece ser, ser, alias, aliás, oo melhor melhor angulo ângulo para para se se compreender compreender oo exito êxito de de K. Marx nos três tres ensaios nos ensaios em em questiio. questão.

50 sentido, foi foi oo que que fiz: M anchester demonstra demonstra qual qual era era aa natureza da sentido, fiz: Manchester natureza da distribuição capitalista capitalista no no momento momento mais mais dramatico dramático do do "deslanche “deslanche indusindus­ distribuicao trial”. Além disso, aa cidade cidade constitui constitui uma uma area área de de trabalho trabalho privilegiado trial". Alern disso, privilegiado dos historiadores F. Engels Engels se se dedicou dedicou aa ela ela com com continuidade. continuidade. A A leitura leitura dos historiadores ee F. não e, é, pois, um "documento “documento historico". histórico” . Ela Ela representa desenvolvi­ nao pois, um representa um um desenvolvimento pioneiro pioneiro da da analise análise histories histórica sobre sobre aa subversao subversão capitalista capitalista das das mento funções da cidade. tuncoes Com respeito respeito aa K. K. Marx, Marx, muitos muitos estranharao estranharão aa ausencia ausência de de trechos trechos Com de mais famosas Espanha revoluciondria de suas suas obras obras economicas econômicas mais famosas oil oii de de A A Espanha revolucionária (série de de artigos artigos publicados publicados no no New N ew York York Daily D aily Tribune, Tribune, em em agostoagosto(serie -setembro de de 1854) 1854) :H :u ee da da parte parte histories histórica de de O O Senhor Senhor Vogt. Essas -seternbro Vogt. Essas objeções sao são validas. válidas. Todavia, Todavia, quanto quanto as às obras obras econornicas econômicas mencionadas, mencionadas, objecoes preferi incluir incluir os os textos textos selecionados selecionados sob sob uma uma eplgrafe epígrafe mais mais condizente; condizente; preferi quanto fontes, creio quanto as às outras outras duas duas fontes, creio que que elas elas nao não forneceriam forneceriam textos textos mais mais representativos do do labor histórico de de Marx Marx que que os os tres três ensaios ensaios preferidos. preferidos. representativos labor hist6rico O que que me me preocupa são as as selecoes seleções possfveis possíveis nestes ensaios. Elas Elas foram foram O preocupa sao nestes ensaios. feitas criteriosamente. criteriosamente. No No entanto, entanto, os os ensaios ensaios sao são tao tão ricos ricos que, que, no no fim fim feitas das contas, contas, sempre sempre acaba acaba entrando entrando uma uma dose dose de de arbftrio arbítrio nas nas escolhas. escolhas. das Pareceu-me que que "O “O 13 13 de de junho junho de de 1849" 1849” merecia merecia ser ser aproveitado aproveitado em em Pareceu-rne virtude da da linha linha de de analise análise aa que que eé submetida submetida "a “a forma republicana de de virtude forma republicana dominação burguesa”. termos de de história descritiva ou ou de de interinter­ dorninacao burguesa". Em Em termos hist6ria descritiva pretação sociol6gica sociológica das das classes, classes, 'outros \>utros capitulos capítulos do do livro livro atrairiam atrairiam aa pretacao preferência. Se Sé se se pensa pensa em em historia-sintese, história-síntese, sabre sobre iima úma tema tema tao tão comcom­ preferencia. plexo plexo ee especificamente especificamente hist6rico, histórico, aa escolha escolha se se impunha. impunha. Por Por sua sua vez, vez, capítulo VII de O O 18 18 Brumário conclusivo, fecha com chave chave de de oo capitulo Vil de Brumario eé conclusivo, fecha com ouro uma uma obra obra indiscutivelmente indiscutivelmente classica clássica ee justarnente justamente celebre. célebre. Nela, ouro Nela, aa análise historico-sociologica histórico-sociológica da da ditadura ditadura militar, militar, sob sob aa forma de bonabonaanalise forma de partismo, elaborada com com precisao precisão ee extrema extrema elegancia. elegância. A A escolha escolha se se partismo, eé elaborada impunha por por si si mesrna. mesma. Por Por fim, fim, concordo concordo que que aa caracterizacao caracterização da da ComuComu­ irnpunha na nao não eé aa principal principal contribuicao contribuição hist6rica histórica de de A A guerra guerra civil civil na na Franca. França. na Porém, Comuna eé aa primeira primeira manifestacao manifestação verdadeiramente verdadeiramente revolucionarevolucioná­ Porern, aa Comuna ria da da luta luta de de classes classes na na hist6ria história moderna. moderna. K. K. Marx Inter­ ria Marx ee aa Associação Associacao Internacional dos dos Trabalhadores Trabalhadores desaprovavam desaprovavam uma uma tentativa tentativa revolucionaria revolucionária nacional nas condicoes condições imperantes na Europa, Europa, naquele naquele momento. Em nome nome da da nqs imperantes na momento. Em associação, ele ele redigiu as manifestacoes manifestações que que cornpoem compõem aquela aquela pequena pequena associacao, redigiu as obra obra ee nela nela dernonstra demonstra uma uma solidariedade solidariedade politica política aa toda toda prova prova à causa causa da Comuna Comuna ((apesar das criticas, críticas, que que faz suavemente, às debilidades debilidades revorevo­ da apesar das faz suavemente, lucionárias dos dos parisienses). parisienses). Nao Não eé curioso curioso ver ver oo maior maior teorico teórico do do comucomu­ lucionarias nismo revolucionário medir-se -— comp como historiador, sem extremismos extremismos nismo revolucionario medir-se historiador, sem doutrinários ee dogmatismos dogmatismos -— com criação revolucionaria revolucionária da da classe classe doutrinarios com aa criacao operária ee do do Povo de Paris? Paris? Ali Ali estavam, estavam, in in concreto, concreto, os os produtos produtos da da operaria Povo de revolução social social com com que que sonhava, sonhava, vista vista por ele como como uma uma necessidade necessidade revolucao por ele histórica, contra-revolução tomando tomando aa forma forma de de conjuracao conjuração sup:anasuprana­ historica, ee aa contra-revolucao

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34 Ver Ver MARX, M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F.

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La em especial La revolucion revolu ción en en Espana, Espana, em especial p. p. 7-63. 7-63.

51 51 cional cional da da burguesia. burguesia. Aos Aos que que acharem acharem que que aa leitura leitura eé menos menos tipica típica que que outros outros trabalhos trabalhos de de Marx, Marx, respondo: respondo: eé na na Comuna Comuna que que se se concentra concentra aa "significacao “significação historica" histórica” da da revolucao revolução de de 4 4 de de setembro setembro de de 1870. 1870. rÉ indispensavel indispensável que que oo leitor leitor reflita reflita sobre sobre aa natureza natureza dessa dessa invesinves­ tigacao tigação que que se se entrega entrega aà hist6ria história em em processo, processo, especialmente especialmente quando quando ela ela eé hist6ria história do do presente presente in in flux. flux. Muitos Muitos historiadores historiadores alegam alegam que que eé impossivel impossível ou ou indesejavel indesejável tentar tentar esse esse tipo tipo de de investigacao investigação -— por por "falta “falta de de distancia distância hist6rica", histórica”, "carencia “carência de de documentos" documentos” ou ou pelo pelo "risco “risco de de superficialidade". superficialidade” . Todos Todos esses esses argumentos argumentos se se mostram mostram inconsistentes, inconsistentes, quando quando cotejados cotejados com com oo que que representa representa aa pesquisa pesquisa de de campo campo na na sociosocio­ logia logia descritiva descritiva ou ou na na antropologia antropologia social. social. A A pesquisa pesquisa de de campo campo traz traz consigo consigo um um estilo estilo de de dar dar aà )uz luz documentos, documentos, que que sao' são igualmente igualmente documendocumen­ tos tos humanos humanos ee hist6ricos, históricos, ee que que precisam precisam ser ser trabalhados trabalhados criticamente. criticamente. Os Os historiadores historiadores .que .que avancaram avançaram sobre sobre essa essa fronteira fronteira descobriram descobriram que. que nao não sao são os os arquivos arquivos que que estabelecern estabelecem aa diferenca diferença entre entre aa hist6ria história do do passado passado ee aa hist6ria história viva viva do do presente. presente. Os Os erros erros podem podem ser ser cometidos cometidos em em um um ee em em outro outro caso caso ee eles eles nao não justificam justificam que que aa hist6ria história recente recente ee de hoje fique de hoje fique desprovida desprovida das das vantagens vantagens proporcionadas proporcionadas pela pela explicacao explicação hist6rica. histórica. Os Os ensaios ensaios de de K. K. Marx Marx ee F. F. Engels Engels comprovam comprovam essa essa observacao. observação. Eles Eles removeram removeram as as fronteiras fronteiras estreitas estreitas da da investigacao investigação hist6rica histórica ee trouxetrouxe­ ram movimento operario ram para para os os seus seus companheiros companheiros do do movimento operário os os esclareciesclareci­ mentos mentos ee os os conhecimentos conhecimentos que que eJa ela proporcionava. proporcionava. Isso Isso nao não os os impedia impedia de de ser ser prudentes prudentes ee exigentes, exigentes, como como sera será visto visto adiante. adiante. Portanto, Portanto, oo clima clima de de trabalho trabalho do do historiador historiador eé oo mesmo, mesmo, pois pois ele ele nao não muda muda s6 só por por causa causa de de um um recuo recuo ou ou de de um um avanco avanço de de cinco, cinco, 15 15 ou ou 25 25 ,. anos anos ee porque porque aa documentacao documentação disponfvel disponível seja seja aparentemente aparentemente mais mais delgada delgada ou ou menos menos confiavel, confiável. Os Os metodos métodos empiricos empíricos ee 16gicos lógicos da da explicacao explicação hist6rica histórica nao não mudam. mudam. O O que que se se altera, altera, a.carretando acarretando procedimentos procedimentos de de trabalhos trabalhos mais mais penosos, sao penosos, são as as tecnicas técnicas de de controle controle dos dos materiais materiais empiricos empíricos ee das das interpretacoes. interpretações. A A hist6ria história da da vida vida cotidiana cotidiana ee do do presente presente em em processo, processo, encarada encarada da da perspectiva perspectiva do do materialismo materialismo historico, histórico, propoe-se propõe-se lidar, lidar, simultaneasimultanea­ mente, mente, com com os os fatos fatos hist6ricos históricos que que permitem permitem descrever descrever tanto tanto o o "super“super­ ficial", No piano ficial” , quanto quanto oo "profundo" “profundo” na na cena cena hist6rica. histórica. No plano descritivo, descritivo, ela ela busca busca aa reconstrucao reconstrução da da situacao situação hist6rica histórica total; total; no no piano plano interpretativo, interpretativo, eta ou as es) da ela se se obriga obriga aa descobrir descobrir aa rede rede ((ou as red redes) da causacao causação hist6rica, histórica, associando associando reciprocamente reciprocamente as as transforrnacoes transformações das das relacoes relações de de producao produção . as às transformacoes transformações da da sociedade sociedade ee das das superestruturas superestruturas politicas, políticas, juridicas, jurídicas, artisticas, artísticas, cientificas, científicas, religiosas, religiosas, etc. etc. Tomern-se Tomem-se como como referencia referência os os dois dois 35: trechos trechos seguintes seguintes de de As A s lutas lutas de de classes classes na na Franca F ran ça35: "Com “Com aa proclamacao proclamação da da Repiiblica República na na base base do do sufragio sufrágio universal, universal, apagou-se apagou-se ate até aa mem6ria memória dos dos fins fins ee m6veis móveis limitados limitados que que haviam haviam empurrado empurrado aa burguesia burguesia aà Revolucao Revolução de de Fevereiro. Fevereiro. Ao Ao inves invés de de umas umas 36 36 MARX, M a r x , K. K . As A s lutas lutas de d e classes cla sse s na na Franta França de d e 1848 1848 a a 1850, 1850, p. p. 117. 117.

52 52 quantas quantas fra1,oes frações da da burguesia, burguesia, todas todas as as classes classes da da sociedade sociedade francesa francesa se se virarn viram inopinadamente inopinadamente lancadas lançadas na na 6rbita órbita do do poder poder politico, político, obrigadas obrigadas a abandonar abandonar os camarotes, camarotes, as plateias platéias e as galerias galerias e a agir agir revoluciorevolucionariamente nariamente no palco palco revolucioniirio. revolucionário. Com Com a monarquia monarquia constitucional constitucional desaparece desaparece tambem também aa aparencia aparência de de poder poder estatal estatal que que se se opunha opunha arbitraarbitra­ riamente aà sociedade sociedade burguesa burguesa e toda toda a serie série de de lutas lutas subordinadas subordinadas riamente provocadas provocadas por por este aparente aparente poder". poder”. "O “O proletariado, proletariado, ao impor impor a Republica República ao Governo Governo Provis6rio Provisório e, e, atraves através do do Governo Governo Provis6rio, Provisório, a toda toda aa Franca, França, apareceu apareceu imediatamente imediatamente em em primeiro primeiro piano, plano, como como partido partido independente, independente, mas, mas, ao mesmo mesmo tempo, tempo, lancou lançou um um desafio desafio aa toda toda a Franca França burguesa. burguesa. 0 O que que o proletariado proletariado conquistava conquistava era era o terreno terreno para para lutar lutar pela sua mas nao, sua emancipacao emancipação revolucionaria, revolucionária, mas não, de modo modo algum, algum, aa pr6pró­ pria emancipacao". emancipação”. pria

As As alteracoes alterações siio são consideradas consideradas em em conjunto, conjunto, em em seu seu significado significado para para os os agentes agentes ((aa esfera esfera da da "consciencia “consciência social" social” ee do do "pensamento “pensamento inteliinteli­ gente") gente” ) ee em em seus seus dinamismos dinamismos hist6ricos históricos estruturais, estruturais, que que conformam conformam mas tambem também geram geram oo futuro. futuro. Este Este outro outro excerto, excerto, da da mesma mesma oo presente presente mas fo n te 36, 86, provoca provoca reflex6es reflexões analogas: análogas: fonte "A “A industria indústria francesa francesa niio não domina domina aa producao produção francesa francesa e, e, por por isso, isso, os os industriais franceses franceses nao não dominam dominam a burguesia burguesia francesa. francesa. Para trazer trazer aà industriais superficie superfície os os seus seus interesses interesses diante diante das das demais demais fra1,oes frações da da burguesia, burguesia, nao não podem, podem, como como os ingleses, ingleses, marchar marchar aà frente frente do do movimento movimento ee ao ao mesmo mesmo tempo tempo par pôr oo seu seu interesse interesse de de classe classe em em primeiro primeiro lugar; lugar; tern têm que que acomacom­ panhar o cortejo cortejo da revolucao revolução e servir servir interesses interesses que que sao são contraries contrários panhar aos interesses interesses gerais gerais de de sua sua classe. classe. Em Em fevereiro, fevereiro, nao não souberam souberam ver ver onde onde estava estava o seu seu posto, posto, e fevereiro fevereiro )hes lhes agucou aguçou a consciencia. consciência. E E quem estii está mais mais ameacado ameaçado pelos pelos operarios operários do do que que oo patrao, patrão, oo capitalista capitalista quern industrial? tinha que industrial? Na Na Franca, França, o industrial industrial tinha que se se converter converter necessarianecessaria­ mente mente no no membro membro mais mais fanatico fanático do partido partido da da ordem. ordem. A diminuicao diminuição do do seu seu lucro lucro pela pela financa finança que que importiincia importância tem tem ao ao lado lado da da supressiio supressão de de todo proletariado?" todo oo lucro lucro pelo pelo proletariado?"

Essa Essa descricao descrição sutil, sutil, que que combina combina o o lado lado mais mais labil, lábil, move! móvel ee instavel instável da da situacao situação hist6rica histórica as às estruturas estruturas sociais sociais que que se se reproduzem reproduzem (como (como uma uma necessidade da da producao produção capitalista, capitalista, sua sua diferenciacao diferenciação ee desenvolvidesenvolvi­ necessidade mento) mento) ee as às pressoes pressões revolucionarias revolucionárias sobre sobre essas essas estruturas estruturas (recompo(recom po­ sicao sição das das classes, classes, deslocamento deslocamento dos dos privilegios privilégios ou ou aparecimento aparecimento de de priviprivi­ légios novos, mobilidade mobilidade das das classes classes ee de de suas suas relacoes relações nos nos varies vários setores setores legios novos, da da burguesia, burguesia, aa ansiedade ansiedade econornica econômica ee polftica política da da pequena-burguesia, pequena-burguesia, aa consolidacao consolidação dos dos operarios operários como como classe classe ee sua sua presenca presença nas nas lutas lutas polipolí­ ticas, ticas, oo peso peso do do setor setor campones camponês no no equilfbrio equilíbrio instavel instável da da sociedade sociedade ee na articulacao articulação das das classes, classes, aa alteracao alteração da da relacao relação do do Estado Estado com com as as na várias fracoes frações da da burguesia, burguesia, as as outras outras classes lum pen- proletariado, varias classes ee oo lumpen-proletariado, e, por por conseguinte, conseguinte, as as alteracoes alterações da da estrutura estrutura ee das das funcoes funções do do Estado, Estado, e, ae 1,8 Idem, Idem, p. p. 172. 172.

53 53 tudo tudo isso isso entra entra na na compostcao com posição do do quadro quadro total, total, porque porque tudo tudo faz faz parte parte de hist6ria real), de uma uma riqufssima riquíssima ee viva viva história real), rende rende conta conta das das "conexoes “conexões internas", internas”, que que explicam explicam aa consolidacao consolidação da da dominacao dominação burguesa burguesa ee do do Estado Estado democratico democrático burgues. burguês. Ao Ao passar passar da da superflcie superfície aà profundidade, profundidade, aa analise análise hist6rica histórica permitia permitia descobrir descobrir que que aa revolucao revolução politica política era era debil débil ee que que as as perturbadoras perturbadoras convuls6es convulsões sociais sociais nao não eram, eram, no no fundo, fundo, oo que que pareciam pareciam ser. ser. As As diferentes diferentes fracoes frações da da burguesia burguesia podiam podiam manejar m anejar aa Juta luta de status quo quo ee do do desenvolvimento desenvolvimento capitalista. capitalista. de classes classes em em proveito proveito do do status O O proletariado, proletariado, por por sua sua vez, vez, era era esmagado esmagado pelas pelas palavras palavras de de ordem ordem repurepu­ blicanas, mas aprendia blicanas, em em que que ainda ainda confiava, confiava, mas aprendia que que s6 só podia podia contar contar com com sua sua Iorca força revolucionaria. revolucionária. Engels, Engels, em em seu seu estudo estudo introdut6rio introdutório aa As A s lutas lutas de de classes classes na na Franca França expoe expõe como como Marx M arx via via oo objetivo objetivo do do seu seu trabalho trabalho ee quais quais eram eram as as difidifi­ culdades temia: culdades ee os os erros erros que que temia: "Tratava-se “Tratava-se aqui, aqui, pelo pelo contrario, contrário, de de demonstrar demonstrar aa conexao conexão causal causai interna interna ao toda aa ao longo longo de de um um desenvolvimento desenvolvimento de de varies vários anos, anos, que que foi, foi, para para toda Europa, tao Europa, tão critico crítico quanto quanto tipico; típico; tratava-se, tratava-se, pois, pois, de de reduzir, reduzir, seguindo seguindo aa concepcao concepção do do autor, autor, os os acontecimentos acontecimentos politicos políticos aa efeitos efeitos ee causas causas que, que, em ultima instância, instancia, eram em última eram econornicos". econôm icos”. Engels Engels resume, resume, aa seguir, seguir, suas suas conclus6es conclusões sobre sobre procedimentos procedimentos interpreinterpretativos, fontes tativos, fontes de de erro erro ee as as preocupacoes preocupações de de Marx.a M arx.a respeito respeito do do controle controle de de suas suas conclusoes. conclusões. Ele Ele demonstra demonstra que que eé muito muito dificil difícil acompanhar acompanhar aa evolucao evolução dos dos fatores fatores economicos econômicos em em um um periodo período muito muito curto curto de de tempo. tempo. Em Em consequencia, conseqüência, toma-se tom a-se tambem também dificil difícil comprovar com provar como como as as alteracoes alterações desses desses fatores fatores se se refletem refletem nas nas relacoes relações entre entre as as classes classes ee no no campo campo politico, político, oo que uma insofismável insofismavel "Ionte que gera gera uma “fonte de de erro": erro” : "Entretanto, “Entretanto, todas todas as as condicoes condições de de uma uma exposi9lio exposição de de conjunto conjunto da da hishis­ t6ria tória que que se se desenrola desenrola diante diante de de nossos nossos olhos olhos encerram encerram inevitavelmente inevitavelmente fontes fontes de de erros; erros; ora, ora, isso isso nlio não impede impede ninguem ninguém de de escrever escrever aa hist6ria história de de nossos nossos dias". dias”. "Esta “Esta fonte fonte de de erros erros era era ainda ainda mais mais inevitavel, inevitável, quando quando [Marx] trabalho. Acompanhar [Marx] empreendeu empreendeu este este trabalho. Acompanhar durante durante aa epoca época revorevo­ lucionaria fluruacoes economicas lucionária de de 1848-1849 1848-1849 as as flutuações econômicas que que se se davam davam ao ao mesmo tempo ou, mesmo tempo ou, mesmo, mesmo, ter ter delas delas uma uma visao visão de de conjunto conjunto era era inteirainteira­ mente impossivel. mesmo sucedeu mente impossível. 0 O mesmo sucedeu durante durante os os primeiros primeiros meses meses do do exilio exílio em em Londres, Londres, no no outono outono ee no no inverno inverno de de 1849-1850. 1849-1850. E E foi foi precisaprecisa­ mente trabalho. Todavia, mente neste neste momento momento que que Marx Marx iniciou iniciou o o seu seu trabalho. Todavia, malmal­ grado grado estas estas circunstancias circunstâncias desfavoraveis, desfavoráveis, seu seu conhecimento conhecimento exato exato da da situacao situação economics econômica da da Franca França anterior anterior aà Revolucao Revolução de de Fevereiro, Fevereiro, assim assim corno como da da hist6ria história politica política desse desse pals país desde desde entlio, então, permitiram-lhe permitiram-lhe desdes­ crever crever os os acontecimentos, acontecimentos, revelando revelando o o encadeamento encadeamento interno interno dos dos mesmes­ mos, inigualado ee que mos, de de modo modo ate até hoje hoje inigualado que suportou suportou brilhantemente brilhantemente aa dupla dupla prova prova que que o o pr6prio próprio Marx Marx lhe lhe impos impôs posteriormente" posteriormente” 37• 37. a1 37 ENGELS, E n g e l s , F. F . Introducao. Introdução. In: In: MARX, M a r x , K. K. As A s lutas lutas de de classes classes na na Franca França de de 1848 1848 aa 1850: 1850: a a primeira primeira cita~ao, citação, da da p. p. 93; 93; transcricao, transcrição, da da p. p. 94. 94.

54 54

A A primeira primeira prova prova foi foi realizada realizada por por Marx M arx ainda ainda em em 1850. 1850. Analisando Analisando aa hist6ria história economics econômica de de 1840 1840 aa 1850, 1850, ele ele verificou verificou que que suas suas interpreinterpre­ tacoes, tações, apesar apesar de de fundadas fundadas em em dados dados esparsos, esparsos, eram eram corretas: corretas: "A “A crise crise do do comercio comércio mundial, mundial, ocorrida ocorrida em em 1847, 1847, fora fora aa verdadeira verdadeira mae mãe das das revolucoes revoluções de de fevereiro fevereiro ee de de marco" março” ee "a “a prosperidade prosperidade industrial industrial que que voltara voltara pouco pouco aa pouco, pouco, aa partir partir dos dos meados meados de de 1848, 1848, ee chegara chegara aa seu seu apogeu em ~49-1850, foi apogeu em 11849-1850, foi aa forca força vivificante vivificante na na qua! qual aa reacao reação europeia européia hauriu renovado hauriu renovado vigor". vigor”.

A A segunda segunda prova prova possui possui carater caráter indireto indireto ee se se desenrolou desenrolou atraves através dos dos novas novos estudos estudos que que Marx M arx desenvolveu, desenvolveu, depois depois do do golpe golpe de de Estado Estado de de Luis Luís Bonaparte Bonaparte (2 (2 de de dezembro dezembro de de 1851), 1851), sabre sobre aa historia história da da Franca França desde desde 1848. Engels textos sobre 1848. Engels confrontou confrontou os os textos sobre oo mesmo mesmo periodo período de de As A s lutas lutas de de classes classes na na Franca França ee de de O O 18 18 Brumario Brumário de de Luis Luís Bonaparte Bonaparte ee constatou constatou que poucas modificacoes que Marx Marx "teve “teve muito muito poucas modificações aa fazer" fazer” as. S8. Pode-se, Pode-se, pois, pois, alcancar alcançar um um rigor rigor apreciavel apreciável na na investigacao investigação objetiva objetiva da da hist6ria história que que "transcorre “transcorre aos aos nossos nossos olhos". olhos” . Na N a verdade, verdade, esse esse grau grau de precario ou de rigor rigor pode pode ser ser tao tão precário ou tao tão solido sólido quanta quanto oo que que se se obtern obtém na na investigacao investigação historica histórica do do passado passado distante. distante. Muita M uita coisa coisa depende depende do do proprio próprio investigador investigador -— sua sua envergadura envergadura cientffica, científica, sua sua capacidade capacidade de de imaginacao imaginação hist6rica histórica ee aquilo aquilo que que muitos muitos chamam chamam "amor “amor pelos pelos fatos", fatos”, ou ou seja, seja, aa disposicao disposição de de trabalhar trabalhar duro duro sabre sobre uma uma dada dada documentacao. documentação. Este Este coeficiente coeficiente pessoal pessoal nao não pode pode ser ser subestimado. subestimado. 0 O historiador historiador tamtam ­ bern bém nao não "faz “faz aa hist6ria", história”, mas mas depende depende dele dele se se um um estudo estudo hist6rico histórico eé bem bem feito feito ou ou nao, não. Quanto Quanto aa Marx M arx ee Engels, Engels, nesse nesse campo campo Ioram foram pioneiros pioneiros solidos. deixaram um sólidos. Eles Eles deixaram um modelo modelo de de descricao descrição ee de de interpretacao interpretação que que compete ou aguenta compete ((ou agüenta o o confronto, confronto, positivamente) positivamente) com com obras obras hist6ricas históricas escritas escritas sob sob condicoes condições menos menos precarias precárias ee que que nao não desafiavam desafiavam nem nem os os mores m ores acadernicos, acadêmicos, nem nem aa repressao repressão oficial. oficial. 1) 1)

Os os de Os grandes grandes grup grupos de oposi!;iio oposição ee suas suas ideologies: ideologias: Lutero Lutero ee Miinzer Miinzer (F. (F. Engels) Engels)

f: provavel que É provável que aa escolha escolha deste deste texto, texto, com com referenda referência ao ao conjunto conjunto de de As A s guerras guerras camponesas cam ponesas na na Alemanha, Alem anha, se se defronte defronte com com incompreensoes. incompreensões. Engels Engels escreveu escreveu o o ensaio ensaio movido movido pela pela frustracao frustração que que tomou tomou conta conta dos dos revolucionarios entre 1848revolucionários ap6s após aa derrota derrota da da revolucao revolução na na Europa Europa ((entre 1848-1850). -1 850). Ao Ao "cansaco “cansaço momentaneo", m om entâneo”, que que ele ele menciona menciona no no anteloquio, antelóquio, acrescenta-se acrescenta-se uma uma frase frase reveladora: reveladora: "a “a guerra guerra dos dos camponeses camponeses nao não se se encontra encontra tao tão distante distante de de nossas nossas Juras lutas atuais atuais ee muitas muitas vezes vezes temos temos de de cornbater mesmos adversaries o que combater os os mesmos adversários de de entao" então” ((o que era era parcialmente parcialmente verdadeiro verdadeiro com com relacao relação a. à. Alemanha Alem anha ee aa outros outros palses países da da Europa). E u ro p a ). Por Por Iim, fim, ele ele encerra encerra oo livro livro afirmando: afirmando: "a “a revolucao revolução de de 1848-1850 1848-1850 nao não Rs 38 Idem, Idem , p. p. 95. 95.

55 55 pode pode terminar term inar como como aa de de 1525". 1525” . Uma Uma incursao incursão pelo pelo passado, passado, mas mas engaenga­ jada jada no no presente, presente, tipica típica de de uma uma pedagogia pedagogia revolucionaria revolucionária que que niio não se se desarma desarma diante diante de de nenhum nenhum assunto. assunto. Desse Desse angulo, ângulo, os os capitulos capítulos aparenteaparente­ mente seriam oo VI mente mais mais representativos representativos da da intencao intenção politica política do do autor autor seriam VI ee oo VII inclusive, eles V II ((inclusive, eles poderiam poderiam ser ser publicados publicados conjuntamente). conjuntam ente). Esse Esse raciocinio raciocínio eé valido, válido, ainda ainda mais mais porque porque esses esses capitulos capítulos siio são extremamente extremamente lúcidos ee penetrantes, penetrantes, exibindo exibindo com com riqueza riqueza aa capacidade capacidade de de analise análise hicidos ee de de sintese síntese nos nos assuntos assuntos politicos, políticos, caracterfstica característica de de Engels. Engels. A A escolha escolha seria, seria, ainda, ainda, mais mais compativel compatível com com os os temas temas que que vem vêm aa seguir. seguir. No No entanto, entanto, essas essas qualidades qualidades niio não estao estão ausentes ausentes no nò capitulo capítulo escolhido escolhido ee ele ele aborda aa medula medula da da revolucao revolução burguesa burguesa na na Alernanha: Alem anha: aa sua sua alavanca alavanca aborda religiosa religiosa ee aa debilidade debilidade das das fracoes frações de de classe classe da da burguesia, burguesia, que que nao não souberam souberam ee nao não puderam puderam mover mover essa essa alavanca, alavanca, aliando-se, aliando-se, sem sem temor, temor, com as massas com as massas populares populares insurgentes. insurgentes. 0 O melhor melhor seria, seria, portanto, portanto, aproapro­ veitar esse esse capitulo, capítulo, que que retira retira do do passado passado distante distante oo perfil perfil da da impotencia impotência veitar de uma classe social social submissa. submissa. de uma classe F. F. Engels Engels é modesto modesto na na avaliacao avaliação de de sua sua obra. obra. Ele Ele sabia sabia que que nao não levantara levantara "nenhum “nenhum material material pessoal pessoal inedito" inédito” ee oo diz diz francamente francamente (a (a sua fonte principal unto, de sua fonte principal foi foi aa obra obra sobre sobre oo ass assunto, de Wilhelm Wilhelm Zimmermann). Zim m erm ann). Contudo, Contudo, eé sabido sabido que que ele ele extrai extrai dos dos fatos fatos evidencias evidências que que escaparam escaparam ao renomado historiador ao renomado historiador ee acrescenta acrescenta à documentacao documentação oo pr6prio próprio cabedal cabedal de conhecimentos conhecimentos sobre sobre religiao religião que que possuia possuía ((o que nao não vem vem ao ao caso caso de o que debater aqui). aqui). Eis Eis como como ele ele contempla contempla aa sua sua obra, obra, no no prefacio prefácio de de 1874: 1874: · debater "Tracando “Traçando oo curso curso hist6rico histórico da da luta luta em em suas suas linhas linhas gerais, gerais, minha minha expoexpo­ si9iio da vida sição procura procura mostrar, mostrar, como como consequencias conseqüências necessarias necessárias da vida social social dâs classes, classes, aa origem origem da da guerra guerra dos dos camponeses, camponeses, as as posicoes posições tomadas tomadas ells pelos pelos diversos diversos partidos partidos que que dela dela participaram, participaram, as as teorias teorias politicas políticas ee religiosas religiosas atraves através das das quais quais esses esses partidos partidos procuraram procuraram explicar explicar sua sua atitude atitude e, e, enfirn, enfim, o o resultado resultado da da luta. luta. Em Em 'outras outras palavras, palavras, empenho-me empenho-me em em provar provar que que oo regime regime politico político da da Alemanha, Alemanha, os os levantes levantes contra contra esse esse regime, regime, as as teorias teorias politicas políticas ee religiosas religiosas da da epoca época niio não eram eram causas, causas, mas mas resultado resultado do do grau grau de de desenvolvimento desenvolvimento aa que que tinham tinham chegado, chegado, naquele naquele pals, país, aa industria, indústria, as as vias vias de de comunicacoes comunicações terrestres, terrestres, fluviais fluviais ee ' maritimas, marítimas, as as financas finanças ee o o comercio. comércio. Tai Tal concepcao, concepção, que que eé aa unica única concepcao concepção materialista materialista da da hist6ria, história, provern provém de de Marx; Marx; nao não eé minha. minha. VaVa­ mos mos encontra-la encontrá-la em em seus seus trabalhos trabalhos sobre sobre aa revolucao revolução francesa francesa de de 18481848-1849, -1849, publicados publicados na na referida referida revista revista ee em em O O 18 18 Brumdrlo Brumário de de Luis Luís Bonaparte", · Bonaparte".

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O texto texto escolhido escolhido possui possui uma uma dimensao dimensão didatica didática quase quase inacreditavel. inacreditável. O Ele Ele pode pode funcionar funcionar como como um um roteiro roteiro na na iniciacao iniciação do do aprendiz aprendiz de de histohisto­ riador na na interrogacao interrogação dos dos fatos. fatos. As As quest6es questões centrais centrais sao são estabelecidas estabelecidas riador naturalmente naturalm ente ee com com precisao precisão certeira. certeira. Nao Não ha há "sofisticacao “sofisticação academica" acadêmica” nem nem qualquer qualquer sindrome síndrome de de "erudicao “erudição hist6rica". histórica”. Os Os fatos fatos apurados apurados sao são que sao: são: aa base base empirica empírica do do raciocinio raciocínio rigoroso, rigoroso, orientado orientado no no sentido sentido oo que de de descobrir descobrir como como explicar explicar.. as as coisas. coisas. A A exposicao, exposição, por por sua sua vez, vez, nao não tern tem segredos: segredos: ela ela eé direta, direta, clara, clara, concisa concisa mas mas elegante elegante -— ee revela revela que que

56 56 oo ardor ardor politico político nao não precisa precisa ser ser sacrificado sacrificado no no altar altar da da verdade. verdade. Por Por isso, isso, eé um um belo belo texto, texto, que que contern contém uma uma unidade unidade expositiva expositiva evidente evidente ee desvenda desvenda as as conexoes conexões internas internas das das posicoes posições ee das das ideias idéias de de Lutero Lutero ee de de Munzer Münzer com com os os varies vários estratos estratos da da sociedade sociedade alemii alemã no no primeiro primeiro quartel quartel do do seculo século XVI. XVI. O O texto texto nao não é importante im portante em em virtude virtude de de sua sua contribuicao contribuição à analise análise hist6rica histórica da da ideologia, ideologia, ou, ou, mais mais restritamente, restritamente, dos dos cismas cismas teol6gicos teológicos da da época estudada. estudada. Mas Mas por por demonstrar dem onstrar que que as as ideias idéias religiosas religiosas ee as as pugnas pugnas epoca teol6gicas teológicas podem podem ser, ser, em em dadas dadas circunstancias, circunstâncias, os os meios meios de de expressao expressão dos dos antagonisinos antagonismos sociais. sociais. F. F. Engels Engels acompanha acompanha as as varias várias ramificacoes ramificações da estrutura estrutura de de uma uma sociedade sociedade em em crise, crise, nos nos instantes instantes mais mais dramaticos dramáticos da de de recomposicao recomposição de de interesses interesses feudais feudais ee burgueses, burgueses, os os quais quais fizeram fizeram verver­ gar gar aa ordem ordem existente, existente, tornaram-na tornaram -na explosiva explosiva ee converteram converteram os os campocampo­ neses neses ee os os plebeus plebeus nos nos elementos elementos verdadeiramente verdadeiramente revolucionarios revolucionários da da situacao revolucao fora situação historica. histórica. A A revolução fora impulsionada impulsionada para para baixo baixo e, e, por por isso isso mesmo, ela ela estava estava condenada condenada ao ao malogro malogro hist6rico. histórico. Engels Engels apanha apanha com com mesmo, sutileza sutileza ee flexibilidade flexibilidade os os fatores fatores ultrapessoais, ultrapessoais, que que levaram levaram Lutero Lutero aa uma uma posicao posição revolucionaria revolucionária e, e, depois, depois, aa uma uma ernasculacao emasculação crescente, crescente, ee que, que, ao ao reves, revés, fortaleceram fortaleceram de de modo modo rapido rápido mas mas constante constante as as ideias idéias radicais de radicais de Munzer, Münzer, levando-o levando-o aà identificacao identificação profunda profunda com com os os campocampo­ neses eé plebeus, plebeus, aà ruptura ruptura com com aa ordem ao engajarnento engajamento na na luta luta armada. armada. neses ordem ee ao Lutero Lutero termina termina como como "reforrnador “reform ador burgues", burguês”, servo servo da da ordem, ordem, dos dos prfnprín­ cipes cipes ee da da violencia violência repressiva; repressiva; Munzer Münzer torna-se tom a-se oo arauto arauto dos dos ideais ideais emancipacionistas dos dos movimentos movimentos populares populares do do seculo século XVI XVI ee oo camcam­ emancipacionistas peiio peão de de uma uma revolucao revolução gloriosa, gloriosa, mas mas derrotada. derrotada. Engels Engels evita evita oo retrato retrato em em branco branco ee preto, preto, aa visao visão maniqueista maniqueísta de de acontecimentos acontecimentos ee personagens personagens hist6ricas ou históricas ou de de processos processos sociais sociais ee polfticos. políticos. Todavia, Todavia, encarados encarados aà luz luz do ou para do significado significado que que possuiam possuíam para para aa reacao rpação dos dos privilegiados privilegiados ((ou para uma reforma burguesa burguesa que que nao não merecia merecia esse esse nome) nom e) ee para para aa revolucao revolução uma reforma dos despossuidos despossuídos ee oprimidos, oprimidos, esses esses elementos elementos saltam saltam dos dos seus seus quadros quadros dos historicos históricos reais, reais, com com aa carga carga de de passado passado ee de de futuro futuro que que eles eles detinham detinham em em face face da da sociedade sociedade alema. alemã. 0 O que, que^ estava estava em em jogo jogo niio não era era oo aqui aqui ee oo agora. agora. De De um um lado, lado, estava estava aa cornposicao composição dos dos principes príncipes ee dos dos nobres nobres com os os estratos estratos privilegiados privilegiados da da burguesia burguesia ee com com as as cidades cidades de de maior maior com desenvolvimento desenvolvimento comercial comercial ee financeiro. financeiro. De De outro outro !ado, lado, achavam-se achavam-se os os excluídos da da ordem, ordem, com com tudo tudo oo que que ela· ela representava, representava, ee que que emergiam emergiam excluidos como "um “um simbolo símbolo vivo vivo da da dissolucao dissolução da da sociedade sociedade feudal" feudal” ee "os “os pripri­ como meiros meiros precursores precursores da da moderna moderna sociedade sociedade burguesa". burguesa” . O drama dram a Intimo íntimo dessa dessa situacao situação ee os os conflitos conflitos extremos extremos que que ela ela fazia fazia O fermentar eclodiam eclodiam nas nas ideias idéias teologicas teológicas ee filos6ficas filosóficas de de Lutero Lutero ee de de fermentar Munzer. um representava Münzer. Cada Cada um representava aa realidade realidade pelo pelo avesso avesso -— um, um, no no sentido sentido conservador conservador ee do do progresso: progresso" legal; legal; outro, outro, no no sentido sentido revolucionario revolucionário ee da contraviolencia contraviolência redentora. redentora. Na Na verdade, verdade, nenhum nenhum dos dos dois dois iria iria alterar alterar da oo curso curso da da hist6ria, história, embora embora ambos ambos fossem, fossem, aà sua sua maneira, maneira, homens homens lucidos ee combativos lúcidos combativos e, e, para para os os seus seus respectivos respectivos circulos círculos sociais, sociais, hornenshomens-

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57 57 -providenciais -providenciais ee her6is. heróis. Entravam Entravam nas nas correntes correntes de de transformacao transform ação de de uma uma epoca época de de crise crise de de civilizacao civilização e, e, por por ai, aí, se se tornavam tornavam "representativos", “representativos” , exerciam exerciam influencias influências sobre sobre os os demais demais ee aa coletividade, coletividade, concorriam, concorriam, em em suma, hist6ria subissem suma, para para que que as as correntes correntes proiundas profundas da da história subissem aà superficie superfície ee atravessassem atravessassem oo coracao, coração, oo cerebro cérebro ee oo comportamento comportamento dos dos homens. homens. Engels Engels compreendeu compreendeu as as varias várias facetas facetas dessa dessa problematica problemática hist6rica histórica e, e, ao ao descreve-la descrevê-la sem sem rebucos, rebuços, deixou deixou patente patente que que aa crise crise da da consciencia consciência religiosa ee os religiosa os conflitos conflitos ideologicos ideológicos irredutiveis, irredutíveis, que que ela ela encamava encarnava ou ou fomentava, fomentava, abriam abriam os os caminhos caminhos hist6ricos históricos da da modemidade modernidade mas mas bloblo­ queavam aa revolucao revolução burguesa, burguesa, na na Alemanha. Alemanha. queavam 2) 2)

0 O 13 13 de de junbo junho de de 1849 1849 (K. (K. Marx) Marx)

e,

As A s lutas lutas de de classes classes na na Franca França de de 1848 1848 a a 1850 1850 é, em em meu meu entender, entender, oo mais mais vigoroso vigoroso estudo estudo hist6rico histórico produzido produzido por por K. K. Marx. Marx. Esse Esse pequeno pequeno livro livro é tao tão importante, importante, que que conta conta tanto tanto na na hist6ria história da da Iormacao formação das das ciencias ciências sociais, sociais, quanto quanto na na historia história do do pensamento pensamento hist6rico. histórico. Nele Nele se se encontra encontra oo ponto ponto de de vista vista sociol6gico sociológico plenamente plenamente constituido constituído ee uma uma refinada refinada problematizacao problematização das das funcoes funções politicas políticas das das classes classes sociais sociais ee do do Estado. Estado. E E nele nele se se destacam destacam aa precisao precisão da da descricao descrição hist6rica, histórica, aa compreensao compreensão da da situacao situação hist6rica histórica como como urna uma totalidade totalidade ee aa introducao introdução de de um um modelo modelo de de explicacao explicação causal causai adequado adequado aos aos fatos fatos ee processos processos hist6ricos. históricos. Alem Além disdis­ so, so, oo livro livro responde responde aa uma uma crise crise do do movimento movimento socialista socialista revolucionario revolucionário na na Europa. Europa. As As revolucoes revoluções politicas, políticas, que que se se sucederam sucederam em em varies vários paises países da da Europa Europa de de 1848 1848 em em diante, diante, eram eram previstas previstas ee esperadas esperadas com com grandes grandes esperancas esperanças nos nos circulos círculos socialistas socialistas ee comunistas. comunistas. A A derrota derrota dessas dessas revorevo­ lucoes, como aa Alernanha luções, em em um um ou ou outro outro pais país ((como Alem anha ou ou aa Italia), Itália), seria seria aceita aceita como como parte parte do do jogo jogo politico. político. A A derrota derrota em em todos todos os os paises países e, e, em recebida com em particular, particular, na na Franca, França, parecia parecia inconcebivel. inconcebível. Ela Ela foi foi recebida com perplexidade perplexidade ee desencadeou desencadeou uma uma frustracao frustração destrutiva, destrutiva, que que poderia poderia danidani­ ficar aa credibilidade ficar credibilidade do do socialismo socialismo revolucionario revolucionário ee desorientar desorientar oo movimovi­ mento mento operario. operário. 0 O extremismo extremismo ee oo dogrnatismo dogmatismo tomaram tomaram pela pela cabeca cabeça vários grupos grupos de de combatentes combatentes valorosos, valorosos, arrancados arrancados de de suas suas raizes raízes nos nos varies diversos diversos paises, países, um um ap6s após outro. outro. Marx Marx ee Engels Engels cederam cederam momentaneam omentanea­ mente m ente aa essa essa pressao pressão psicol6gica psicológica compensadora, compensadora, mas mas sairam saíram de de modo modo muito muito rapido rápido desse desse estado estado de de espirito. espírito. A A Nova N ova Gazeta G azeta Renana Renana voltara-se voltara-se para Marx para esse esse objetivo objetivo de de reconstrucao. reconstrução. E E K. K. M arx demonstrou demonstrou como como se se deveria deveria aproveitar aproveitar aa derrota: derrota: aprofundando aprofundando as as invsstigacoes investigações sobre sobre as as revolucoes, no conhecimento revoluções, ou ou seja, seja, indo indo mais mais longe longe no conhecimento da da dinamica dinâmica ee do do curso curso da da revolucao revolução burguesa burguesa e, e, tambem, também, no no conhecimento conhecimento da da relacao relação do do proletariado proletariado com com esta esta revolucao revolução ee de de sua sua capacidade capacidade de de protagonizar, protagonizar, nas nas condicoes condições hist6ricas históricas existentes, existentes, uma uma revolucao revolução pr6pria. própria. Nao Não se se punha punha em em questao questão aa teoria teoria elaborada elaborada anteriormente. anteriormente. Ela Ela possuia possuía origem origem recente recente ee aa primeira primeira experiencia experiência pratica prática decisiva decisiva nao não se se mostrara m ostrara comprovadora. comprovadora. Tratava-se, Tratava-se, portanto, portanto, de de conhecer conhecer melhor, melhor, no no campo cam po especificamente especificamente

e

58 historico, o grau do desenvolvimento das classes efetivahistórico, o grau do desenvolvimento das classes ee como como operava operava efetiva­ mente seu estilo estilo de trabalho, M Marx escolheu m ente aa luta luta de de classes. classes. Fiel Fiel ao ao seu de trabalho, arx escolheu

aa Franca pesquisas. A burguesia francesa era França como como o o seu seu laborat6rio laboratório de de pesquisas. A burguesia francesa era aa mais revolucionaria da proletariado francês trances havia mais revolucionária da Europa Europa -ee oo proletariado havia demonsdemons­ trado nas "lutas trado oo que que valia valia nas “lutas de de rua", rua” . Apesar Apesar do do menor m enor desenvolvimento desenvolvimento econornico em relacao econômico (industrial, (industrial, em em particular) particular) em relação aà Inglaterra, Inglaterra, aa Franca França vivia os confrontos mais encarnicados entre vivia os confrontos mais encarniçados entre patroes patrões ee operarios operários ou ou entre entre pobres termos dernocraticos, em termos pobres ee ricos ricos (seja (seja em em termos democráticos, seja seja em termos socialistas). socialistas). As Franca eé oo primeiro A s lutas lutas de d e classes classes na na França primeiro fruto fruto dessa dessa tentativa tentativa de de tirar tirar proveito proveito da da derrota derrota ((aa ele ele se se seguiram seguiram Revoluciio R evolução ee contra-revoluciio contra-revolução na na Alemanha, ja mencionado Mart, Alem anha, de de Engels, Engels, já mencionado acima, acima, 00 18 18 Brumario, Brumário, de de M art, ee varies eles examinaram ocorridas em vários escritos escritos em em que que eles examinaram as as variacoes variações ocorridas em outros ). outros paises países). A do texto discussoes. Para A escolha escolha do texto esta está sujeita sujeita aa discussões. Para muitos, muitos, aa densidensi­ dade capitulo 11 ("A dade da da analise análise sociol6gica sociológica ee politica, política, recomendaria recomendaria o o capítulo (“A derrota de junho 1848");); para capitulo 33 (“As (" As conseqüên­ consequenderrota de junho de de 1848” para outros, outros, oo capítulo cias junho de por sua natureza deveria deveria merecer merecer cias de de 13 13 de de junho de 1848"), 1848” ), por sua pr6pria própria natureza aa precedência. precedencia. No caso, oo criterio hist6rico: No caso, critério de de escolha escolha foi foi puramente puramente histórico: oo capitulo melhor aa descrição descricao histórica hist6rica capítulo preferido preferido eé o o que que exemplifica exemplifica melhor praticada por Marx em cima cima dos dos fatos, Iatos, praticada por M arx -— despojada, despojada, sincera, sincera, direta, direta, em mas no encadeamento mas pegando-os pegando-os atraves através de de seu seu carater caráter essencial essencial no encadeamento que que os entre si termos de de sucessao embora os ligava ligava entre si em em termos de relacoes relações de sucessão ((em bora o o periodo período de fosse extremamente de tempo tempo fosse extremamente curto curto para para uma uma avaliacao avaliação rigorosa rigorosa indisindis­ cunvel). consciencia cutível). A A descricao descrição hist6rica histórica combina, combina, magistra/mente, m agistralmente, aa consciência hist6rica fatos ((através atraves de agentes privilegiados varias histórica concreta concreta dos dos fatos de agentes privilegiados das das várias classes fracoes de seu desmascaramento uma analise classes ee frações de classes), classes), o0 seu desmascaramento por por uma análise raramente como, por exemplo, aa referenda explicacao do raram ente explicitada explicitada ((como, por exemplo, referência aà explicação do 29 so hist6rico inves29 de de janeiro janeiro por por Luis Luís Blanc) Blanc) ee o o cur curso histórico limpido, lím pido, que que o o inves­ tigador tigador pode pode introduzir introduzir porque porque considera considera ocorrencias ocorrências ee processos processos hist6histó­ ricos dizer que Marx tres pianos ex eventu. eventu. 0 O que que quer quer dizer que M arx explora explora três planos simulsimul­ ricos ex taneos da realidade e, por tâneos de 4e observacao observação da realidade ((e, por vezes, vezes, deixa-os deixa-os evidentes evidentes na na , exposicao) . 0 que apresenta, como "produto final", nao e exposição). O que apresenta, como “produto final”, não é uma uma reconsrecons­ trucao hist6rica que trução histórica que reproduza reproduza "fielmente" “fielmente” aa realidade realidade no no piano plano empirico. empírico. Por concreto como um Por encarar encarar o o concreto como totalidade, totalidade, aa reconstrucao reconstrução hist6rica histórica eé um passo preliminar, uma tecnica ou ou processo passo preliminar, uma técnica processo de de trabalho, trabalho, que que o o investiinvestigader evitar. Os elementos essenciais gader nao não pode pode evitar. Os elementos essenciais do do quadro quadro hist6rico histórico total ou por meio) ee submetidos uma repre­ repretotal sao são retirados retirados dai daí ((ou por esse esse meio) submetidos aa uma sentacao sin6tica. Contudo, a exposicao s6 e atingida depois de sentação sinótica. Contudo, a exposição só é atingida depois de concon­ cluido levantamento mais importante: das varias cluído outro outro levantamento mais im portante: aa determinacao determinação das várias series Iatos essenciais, conexoes séries ou ou cadeias cadeias de de fatos essenciais, relacionados relacionados entre entre si si por por conexões causais causais conhecidas conhecidas ee cornprovadas comprovadas (relacoes (relações de de causa causa ee efeito efeito interdeinterde­ pendentes ee .ern reciproca). Esta Esta etapa ( de análise analise pendentes em acao ação recíproca). etapa da da observacao observação (de interpretacao) era era aa -que recebia maior ee de de interpretação) -que recebia maior cuidado cuidado · da da parte parte de de Marx Marx ee ela tambem não nao aparece na exposicao leitor ela também aparece explicitamente explicitamente na exposição geral. geral. Se Se o o leitor

59 59 fizer nao lhe entender oo que que fica fica fizer urn um esforco esforço de de imaginacao, imaginação, não lhe sera será dificil difícil entender por tras do ensaio. ensaio. S6 por trás das das paginas páginas cornoventemente comoventemente simples simples do Só se se entra entra em em contato contato com com o o que que chamei chamei de de curso curso lirnpido límpido do do desenvolvimento desenvolvimento hist6rico o bolo nao oo processo Iazer oo bolo). bolo). histórico ((o bolo feito, feito, não processo de de preparar preparar ee fazer Esse hist6rica opunha-se Esse estilo estilo cientifico científico de de descricao descrição histórica opunha-se revolucionarevolucionariamente as da "historia do "culto riamente às tendencies tendências dominantes dominantes da “história convencional" convencional” ee do “culto aà erudicao", molde do pensamento cientffico erudição”. Ao Ao subrneter-se submeter-se ao ao molde do pensamento científico ee à sua se libertava libertava quer quer do puro ee simples sua linguagem, linguagem, aa historia história se do arrolarnento arrolamento puro simples dos do empirismo. pequeno livro dos fatos, fatos, quer quer das das ilusoes ilusões do empirismo. Por Por isso, isso, esse esse pequeno livro -possui um tao alto. alto. Se trabalho ■possui um valor valor historiografico historiográfico tão Se o o leitor leitor se se der der ao ao trabalho de da epoca, que de compara-lo compará-lo com com outras outras obras obras de de vanguarda, vanguarda, da época, vera verá que ele ele suporta suporta ee suplanta suplanta oo confronto. confronto. Tome, Tome, por por exemplo, exemplo, o o celebre célebre -livro -livro de Antigo (publicado em 1856). de A. A. Tocqueville, Tocqueville, 0 O A ntigo Regime R egim e ea e a revoluciio revolução (publicado em 1856). Tocqueville chegar ao descobrir Tocqueville tambem também procura procura chegar ao fundo fundo das das coisas, coisas, para para descobrir oo que No entanto, que eé especifico específico no no objeto objeto da da investigacao. investigação. No entanto, oo grande grande penpen­ sador alvo: ao ao pretender fatos sador liberal liberal nao não logrou logrou atingir atingir oo alvo: pretender "combinar “combinar os os fatos com ideias" ee "a hist6ria em em si", ele com as as idéias” “a filosofia filosofia da da hist6ria história com com aa história si”, ele misturou Engels ja A ideologia misturou o o que que Marx M arx ee Engels já separavam separavam em em A ideologia alemii alemã ee deixou pelo empirismo deixou sua sua horta horta infestada infestada pelo empirismo abstrato abstrato ((oo que que sugere sugere o o quanto critica ideologica os melhores intentos quanto aa ausencia ausência da da crítica ideológica prejudica prejudica os melhores intentos de livro, fruto fruto de uma pesquisa de investigacao investigação historica) histórica).. 0 O seu seu livro, de uma pesquisa acurada acurada ee longa, longa, de um am amor de um or arraigado arraigado aà liberdade liberdade ee uma uma oposicao oposição esclarecida esclarecida ao da revolucao, porao despotismo, despotismo, nao não desvenda desvenda oo elemento elemento substancial substancial da revolução, por­ que demasiadamente preso preso as continuidades hist6ricas que ele ele ficou ficou demasiadamente às continuidades históricas ee as às ilusoes ja havia havia arrasado tudo isso ilusões ideol6gicas ideológicas do do liberalismo. liberalismo. Marx, Marx, que que já arrasado tudo isso em encarava com inem seu seu ponto ponto de de partida, partida, encarava com independencia independência assombrosa assombrosa ((inquebrantavel quebrantável é o o termo) term o) o o que que aa contra-revolucao contra-revolução significava significava para para aa criacao antigo regime isso era novo antigo regime ee porque porque isso era inteiramente inteiramente imposimpos­ criação de de um um novo sivel historicas da sociedade burguesa. burguesa. sível (nas (nas condicoes condições históricas da epoca) época) em em uma uma sociedade Deixando Deixando de de ]ado lado outras outras consideracoes, considerações, o o que que cumpre cumpre cotejar cotejar eé oo carater caráter ee oo desdobramento observacao, da desdobramento da da observação, da qual qual resulta resulta aa exposicao, exposição. Nao Não ha, há, em travejamento cientifico rigoroso, em Tocqueville, Tocqueville, nada nada que que lembre lembre o o travejamento científico rigoroso, que E dificil que serviu serviu de de base base aà obra obra de de Marx. Marx. É difícil comparar com parar obras obras diversas, diversas, escritas distintas ee sob de invesescritas por por personalidades personalidades distintas sob criterios critérios diferentes diferentes de inves­ tigac;ao Mas, sob converter aa pesquisa tigação hist6rica. histórica. Mas, sob o o aspecto aspecto crucial crucial de de ccftiverter pesquisa hist6rica de introduzir na observacao historica histórica em em pesquisa pesquisa cientifica científica ee de introduzir na observação histórica criterios reconstrucao, de de analise interpretacao de critérios de de reconstrução, análise ee de de interpretação de fundamentos fundamentos cientfficos, um pioneiro antecipou aà sua sua epoca, científicos, Marx M arx foi foi um pioneiro que que se se antecipou época. Seria preciso acrescentar a discussao precedente duas especies Seria preciso acrescentar à discussão precedente duas espécies de de comentarios. da explicacao texto comentários. Primeiro, Primeiro, sobre sobre aa 16gica lógica da explicação hist6rica, histórica, que que o o texto suscita. Neles, eé conveniente as reflexoes suscita. Neles, conveniente retomar retom ar as reflexões feitas feitas por por F. F. Engels Engels na 1895. Segundo, na introducao introdução que que escreveu escreveu em em 1895. Segundo, comentarios comentários sobre sobre o o que tao expressivo, que torna torna este este texto texto tão expressivo, aa ponto ponto de de servir servir como como paradigma paradigma do trabalho de Marx do trabalho de K. K. M arx como como historiador. historiador.

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60 Como procedeu procedeu em outros trabalhos, trabalhos, Engels Engels insiste insiste na na relacao relação de de Como em outros determinação existente existente entre entre aa situacao situação econornica econômica ee os os acontecimentos acontecimentos deterrninacao históricos: historicos: "Na acontecimentos e das series “Na apreciacao apreciação dos dos acontecimentos séries de acontecimentos acontecimentos da história diária, jamais jamais podemos remontar as às últimas causas econornicas, econômicas. hist6ria diaria, podemos remontar ultimas causas Nern hoje, quando Nem sequer sequer hoje, quando a imprensa imprensa especializada especializada subministra subministra matemate­ riais tao mesmo na Inglaterra lnglaterra acompanhar riais tão abundantes, abundantes, seria seria possivel possível mesmo acompanhar dia da indiistria do cornercio dia aa dia dia aa marcha marcha da indústria ee do comércio no no mercado mercado rnundial mundial mudanças operadas operadas nos metodos métodos de producao produção a ponto poder, e as mudancas ponto de poder, em momento, fazer-se balance geral em qualquer qualquer momento, fazer-se um um balanço geral destes destes fatores fatores infiniinfini­ tamente tamente complexos complexos e constantemente constantemente em transforrnacao; transformação; fatores fatores dos quais mais importantes importantes agem agem quase quase sempre, quais os os mais sempre, alern além disso, disso, de de maneira maneira encoberta, antes antes de se manifestarem súbito e com com violencia violência na supersuper­ encoberta, manifestarem de siibito ficie. visao de conjunto conjunto da hist6ria fície. Uma Uma clara clara visão história economica econômica de um dado dado periodo nao pode pode nunca período não nunca ser obtida obtida no pr6prio próprio momento, momento, mas mas s6 só posteriormente, haver reunido reunido ee selecionado material. posteriormente, depois depois de se se haver selecionado oo material. É necessário para para isso recorrer recorrer àa estatística sempre se atrasa. atrasa. ~ necessario estatistica e esta sempre Para curso eé necessario, Para a hist6ria história conternporanea contemporânea em curso necessário, pois, com com muita muita freqiiencia, fator, o mais decisivo, como constante, freqüência, considerar considerar este fator, mais decisivo, como constante, tratar a situacao existente no começo comeco do período periodo estudado estudado tratar situação econornica econômica existente como dada dada e invariavel invariável para para todo período, ou s6 só levar levar em conta como todo o periodo, conta as rnodificacoes quando, por acontecimentos modificações desta desta situacao situação quando, por resultarem resultarem de acontecimentos evidentes por si mesmos, mesmos, sejam evidentes por sejam tarnbem também claras. claras. Em Em conseqilencia, conseqüência, o rnetodo materialista tera método materialista terá de se limitar, limitar, freqtientemente, freqüentemente, a reduzir reduzir os conflitos políticos às luzes interesses entre entre as classes classes e as frações conflitos politicos as Juzes de interesses frac;oes de classes desenvolvimento econornico, classes existentes, existentes, determinados determinados pelo desenvolvimento econômico, e a demonstrar demonstrar que que os diversos diversos partidos partidos politicos políticos sao são a expressao expressão politica política rnais menos adequada mais ou ou menos adequada das das referidas referidas classes classes ee fracoes frações de de classes" classes” se. 39.

Na verdade, considerado por extremamente Na verdade, o o periodo período considerado por Marx Marx era era extremamente curto. usou oo estratagema curto. Ele Ele tanto tanto usou estratagema de de considerar considerar "a “a situacao situação econ6mica econômica existente no comeco para todo existente no começo do do periodo período coma como dada dada ee invariavel invariável para todo o o período”, quanto operou operou livremente com tendências de transtormacao transform ação periodo", quanto livremente com tendencias de da bem conhecidas ou "evidentes da situacao situação econ6mica econômica bem conhecidas ou “evidentes por por si si mesmas". mesmas” . O que ele ele observasse O seu seu modelo modelo de de explicacao explicação historica histórica exigia exigia que observasse aa rede rede de distintos, mas de deterrninacoes determinações historicas históricas em em dois dois niveis níveis distintos, mas simultaneos, simultâneos, interdependentes em relacao relação reciproca. recíproca. 0 O nivel nível mais mais profundo, das interdependentes ee em profundo, das estruturas as tendencias estruturas econornicas econômicas ee sociais, sociais, dava dava as tendências de de variacao variação aa largo largo prazo ee os os ritmos ritmos dos dos processos processos hist6ricos. históricos. 0 O nivel nível superficial superficial ee aparenteaparente­ prazo mente mais visível, visivel, no mente mais no qual qual afloravam afloravam os os acontecimentos acontecimentos hist6ricos históricos ee atuavam mais ou menos salientes fornecia atuavam os os atores atores mais ou menos salientes do do drama drama hist6rico, histórico, fornecia aa periodizacao aquelas tendências tendencias de de variacao. periodização que que se se esbatia esbatia sobre sobre aquelas variação. Os Os interesses classes ((ee das classes) ee as delas entre interesses das das classes das fracoes frações de de classes) as lutas lutas delas entre si dois niveis, que fazia periodizacao revesi articulavam articulavam os os dois níveis, o o que fazia earn com que que aa periodização reve­ lasse os os dinamismos dinamismos das das estruturas e, vice-versa, vice-versa, com com que larga duracao duração lasse estruturas e, que aa larga ~9 aB Idem, Idem ,

p. p. 94. 94.

61 61 fosse dos acontecimentos acontecimentos ee das fosse afetada afetada pelos pelos dinamismos dinamismos hist6ricos históricos dos das acoes que M Marx ações dos dos personagens personagens hist6ricos. históricos. Aqui, Aqui, cabe cabe lembrar lem brar que arx operava operava com totalidades feitas para levantamento com totalidades ee que que essas essas distincoes, distinções, feitas para fins fins de de levantamento de tinham oo mesmo mesmo valor processo lógico l6gico de dados dados ee de de analise, análise, ja já nao não tinham valor no no processo da ou da da interpretacao interpretação ((ou da comprovacao comprovação da da interpretacao). interpretação). As As estruturas estruturas economicas nao "se elas também tambem se econômicas ee sociais sociais não “se refletem", refletem”, apenas, apenas, elas se objeobje­ tivam ee materializam ao nivel dos agentes tivam materializam ao nível dos dos acontecimentos acontecimentos ee dos agentes do do drama funcoes de Nacional Constituinte Constituinte dram a hist6rico histórico (as (as funções de uma uma Assembleia Assembléia Nacional ou um presidente presidente ee do ministerio, etc., na descricao ou -de de um do seu seu ministério, etc., na descrição de de Marx). M arx). Do mesmo modo, os Do mesmo modo, os acontecimentos acontecimentos ee os os agentes agentes do do drama drama hist6rico histórico nao sao, pela base não são, apenas, apenas, "determinados “determinados pela base economica econômica ee social" social” (pois (pois esta nao é um um engenho auto-suficiente), eles esta não engenho auto-suficiente), eles concentram concentram ee desencadeiam desencadeiam torcas "base". 0 forças que que preservam preservam ou ou alteram alteram aquela aquela “base”. O esquema esquema interpretainterpretativo materialista um nivel outro: tivo m aterialista ee dialetico dialético nao não so só permitia permitia passar passar de de um nível aa outro: ele ele exigia exigia uma uma representacao representação do do processo processo hist6rico histórico coma como realidade realidade concon­ creta, totalidade hist6rica, na qual fundem oo que que parece creta, isto isto e, é, como como totalidade histórica, na qual se se fundem parece ser ser superficial superficial ee o o que que é tido tido como como pro/undo. profundo. Tomando de classes classes como Tomando aa luta luta de como elemento elemento dinamico dinâmico central central da da realidade posicao estrategica observacao Marx realidade ee coma como uma uma posição estratégica de de observação M arx descobria descobria na forma na forma de de manifestacao manifestação objetiva objetiva das das contradicoes contradições economicas, econômicas, sociais sociais ee politicas na luta luta de indicacoes de de que que precisava compor políticas na de classes classes as as indicações precisava para para compor sua hist6rica como corno totalidade. totalidade. Essas sua visao visão da da situacao situação histórica Essas indicacoes indicações permipermi­ tiam conhecer: .0) quais dinamicas, que do tiam conhecer: 1J .°) quais eram eram as as Iorcas forças dinâmicas, que procediam procediam do estado equilibria ou ou de estado de de equilíbrio de desequilfbrio desequilíbrio das das relacoes relações sociais sociais de de producao, produção, ee como ena hist6rica, em como essas essas forcas forças irrompiam irrompiam na na .ccena histórica, convertendo-se convertendo-se em acontecimentos, acoes de de personagens atividades das instiacontecimentos, ações personagens hist6ricos, históricos, atividades das insti­ tuicoes existente, ou tuições ee da da pr6pria própria ordem ordem existente, ou outros outros processos processos historicohistórico-sociais; 0) se forcas dinamicas canalizadas pelos -sociais; 2. 2.°) se essas essas forças dinâmicas podiam podiam ser ser canalizadas pelos meios institucionais institucionais de de controle, da luta luta meios controle, devido devido aa uma uma baixa baixa ativacao ativação da de par vias de classes classes ou ou ao ao seu seu amortecimento amortecimento por vias normais normais ee excepcionais; excepcionais; 3. 0) ou tais forças forcas dinamicas caiam em 3 .°) ou se se tais dinâmicas caíam em um um carnpo campo de de termentacao fermentação incontrolavel classes incontrolável ee crescente, crescente, devido devido aa uma uma forte forte ativacao ativação da da luta luta de de classes ((entre entre fracoes classes dominantes principalmente, do proletariado frações das das classes dominantes e, e, principalmente, do proletariado ee outros subaltemas com com as as classes outros estratos estratos das das classes classes subalternas classes dominantes), dom inantes), provocando do volume daquelas forças forcas dinamicas, provocando o o aumento aumento do volume daquelas dinâmicas, bem bem coma como oo aparecimento aparecimento de de outras novas, ee liberando, outras novas, liberando, assim, assim, pressoes pressões especificas, específicas, originadas das originadas na na sociedade sociedade civil civil ee na na esfera esfera polftica, política, sabre sobre aa alteracao alteração das relacoes de ( ou em em um extremo sobre sob re aa sua relações de producao produção (ou um limite limite extremo sua dissolucao). dissolução). Marx podia, pois, pois, superar diversos dilemas M arx podia, superar os os diversos dilemas da da antiga antiga filosofia filosofia da historiadores empiristas descricao hist6rica da hist6ria história ee dos dos historiadores empiristas ee unificar unificar aa descrição histórica ((em em termos dos resul­ resultermos da da interpretacao interpretação e, e, naturalmente, naturalmente, da da exposicao exposição dos tados) expositivo, ele tados).. Acresce Acresce que, que, no no piano plano expositivo, ele tinha tinha toda toda aa liberdade liberdade de de omitir ou nao) determinacoes da economica conhecidas, omitir ((ou não) determinações da situacao situação econômica conhecidas, que que s6 só sobrecarregariam sobrecarregariam aa descricao descrição ee dificultariam dificultariam oo entendimento entendimento do do leitor, funcao de conterir leitor. 0 O conhecimento conhecimento das das determinacoes determinações preenchia preenchia aa função de conferir

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62 62 seguranca se uma "bater com segurança ao ao expositor expositor ((se uma periodizacao, periodização, que que parecia parecia “bater com os tido, quando levados em ta os tores os fatos", fatos”, tinha tinha ou ou nao não sen sentido, quando levados em con conta os fa fatores de de larga larga duracao, duração, etc.). etc.). Alem Além disso, disso, nem nem sempre sempre eé necessario necessário passar passar das das relacoes relações das das classes classes para para as as determinacoes determinações do do desenvolvimento desenvolvimento ecoeco­ nomico. nômico. Essa Essa é uma um a ideia idéia ingenua ingênua ee que, que, se se fosse fosse posta posta em em pratica prática obstinadamente, obstinadamente, obrigaria obrigaria cada cada investigador investigador aa comecar começar de de novo novo o o estudo estudo da modo da genese gênese do do m odo de de producao produção capitalista capitalista ee da da sociedade sociedade burguesa. burguesa. Certas Certas determinacoes determinações economicas econômicas ee sociais sociais sao são bem bem estabelecidas estabelecidas ee s6 só interessa interessa aprofundar aprofundar aa investigacao investigação da da "base “base material material das das relacoes relações sociais sociais de de producao" produção” se se as as alteracoes alterações em em processo processo afetarem afetarem essas essas relacoes. relações. Por Por isso, relacoes ee isso, Marx Marx se se ateve, ateve, com com freqiiencia, freqüência, aà caracterizacao caracterização das das relações dos um certo dos conflitos conflitos entre entre as as classes, classes, que que pressupunham pressupunham um certo estagio estágio do do desenvolvimento desenvolvimento da da referida referida "base “base material" m aterial” (mas (m as nao não tornavam tornavam necesneces­ sario sário oo seu seu estudo estudo independente). independente). Dai Daí oo fato fato aparentemente aparentemente singular: singular: ele introduzindo os ele procede procede como com o historiador, historiador, introduzindo os resultados resultados das das sondagens sondagens economicas momentos da econômicas somente somente em em certos certos momentos da exposicao, exposição, nos nos quais quais eles eles eram eram indispensaveis indispensáveis 40• 40. · ,.. 0 O texto texto coligido coligido revela revela ricamente ricamente oo que que era era o o trabalho trabalho de de K. K. Marx M arx como livro eé arquitetonica, um como historiador. historiador. Alias, Aliás, toda toda aa estrutura estrutura do do livro arquitetônica, aa um tempo tempo logica lógica ee hist6rica. histórica. 0 O primeiro primeiro capitulo capítulo prepara prepara o o · leitor leitor para para ler ler ee compreender compreender oo segundo; segundo; ee este, este, por por sua sua vez, vez, encontra encontra 'sua sua conclusao conclusão natural lembra natural no no terceiro terceiro ee no no quarto quarto capitulos. capítulos. A A estrutura estrutura da da obra obra lembra uma uma sinfonia sinfonia ee revela revela aa grandeza grandeza da da imaginacao imaginação cientifica científica que que aa concebeu. concebeu. No penetra nele No entanto, entanto, o o capitulo capítulo 22 é autonomo: autônomo: oo leitor leitor penetra nele atraves através de de uma uma acumulacao acumulação gradativa gradativa ee convergente convergente de de conhecimentos, conhecimentos,' que que reprorepro­ duz, duz, de de fato, fato, o o movimento movimento real real da da historia. história. Em Em vista vista da da qualidade qualidade ee da ai estao da clareza clareza da da exposicao, exposição, aí estão aspectos aspectos artisticos artísticos que que nao não devem devem ser ser negligenciados. tambem, as negligenciados. Ha, Há, também, as "qualidades “qualidades hist6ricas", históricas” , devidas devidas ao ao mé­ todo parte do todo 16gico lógico de de compreensao compreensão ee explicacao explicação da da realidade. realidade. Marx M arx parte do que nadador, que ele ele chamaria chamaria o o caos caos da da situacao situação hist6rica histórica global global e, e, como como um um nadador, atravessa-o atravessa-o em em varias várias direcoes, direções, movimentando-se movimentando-se quer quer para para captar captar seus seus aspectos aspectos simultaneos simultâneos mais mais distantes distantes ((ee aparentemente aparentem ente desconexos), desconexos), quer quer para in para entender entender ee dominar dominar oo "sentido “sentido geral geral do do processo" processo” na na bist6ria história in flux, flux, em em vir-a-ser. vir-a-ser. Marx M arx se se refere refere ao ao primeiro primeiro elemento elemento com com as as seguintes seguintes palavras: palavras:

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"Nesse nesse plano piano “Nesse torvelinho, torvelinho, nesse dramatico fluxo ee refluxo dramático fluxo refluxo das das dos dos desenganos, desenganos, as as diferentes diferentes

inclinado inclinado da da inquietacao inquietação bist6rica, histórica, nesse nesse paixoes revolucionarias, paixões revolucionárias, das das esperancas, esperanças, classes francesa tinbam classes da da sociedade sociedade francesa tinham

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insistir na 40 Nao N ão disponho disponho de de espaco espaço para para insistir na discussao. discussão. No N o entanto, entanto, é claro claro que que aa orientacao pela enfase as classes orientação mencionada mencionada é responsavel responsável pela ênfase dos dos marxistas marxistas sobre sobre as classes sociais. V. I. Lenin, por reflexao política politica ee sociais. V. I. Lenin, por exemplo, exemplo, colocou-as colocou-as no no centro centro de de sua sua reflexão dos Lukacs, por por sua dos seus seus estudos estudos hist6ricos. históricos. G. G. Lukács, sua vez, vez, funda funda nas nas classes classes as as possibilipossibili­ dades geral, dades de de uma uma elaboracao elaboração te6rica teórica que que apanha, apanha, univocamente, univocamente, o o particular particular ee o o geral, o invariavel, etc. etc. o que que se se repete repete ee o o que que se se transforma, transforma, o o que que eé hist6rico histórico ee o o que que eé invariável, 40

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63 63 necessariamente de de contar contar as as suas suas etapas etapas de de desenvolvimento desenvolvimento por sema­ necessariamente por semanas, como baviam contado nas, como antes antes as as haviam contado por por meio meio de de seculos", séculos”, etc. etc. Graças aa essa essa disposicao disposição intelectual, intelectual, ele ele podia podia iluminar iluminar as as varies várias facetas facetas Gracas da da realidade, realidade, descobrir descobrir oo significado significado de de cada cada uma uma delas delas no no contexto contexto histórico global global ee apreender, apreender, de de fato, fato, aa marcha m archa do do processo, processo, aa historia história hist6rico viva que que se se desenrolava desenrolava aa seus seus olhos. olhos. Ele Ele chega, chega, naturalmente, naturalmente, ao ao "sentido “sentido viva geral geral do do processo", processo”, mas mas este este era era conhecido conhecido de de antemao antemão (gracas (graças aa invesinves­ tigacoes feitas por mesmo, sozinho tigações anteriores, anteriores, feitas por ele ele mesmo, sozinho ou ou em em colaboracao colaboração com res). :e com Engels, Engels, ou ou por por outros outros auto autores). Ê oo que que ele ele consign consignaa na na pequena pequena introducao · introdução do do livro: livro: "Excetuando todas as “Excetuando alguns alguns capuulos, capítulos, todas as secoes seções importantes importantes dos dos anais anais da 1848 ee 1849 da revolucao revolução de de 1848 1849 Ievam levam aa epigrafe: epígrafe: Derrota Derrota da da Revoluciio" Revolução." “Mas oo que que sucumbia sucumbia nestas nestas derrotas derrotas não era aa revolucao. revolução. Eram Eram os os "Mas nao era tradicionais resultantes de tradicionais apendices apêndices contra-revolucionarios, contra-revolucionários, resultantes de relacoes relações soso­ ciais agucado oo bastante ciais que que ainda ainda nao não se se haviam haviam aguçado bastante para para tomar tomar forma forma de violentas violentas contradicoes contradições de de classes: classes: pessoas, pessoas, ilusões, idéias, projetos projetos de ilusoes, ideias, de que que nao não estava estava isento revoluciohário antes antes da da Revolução de isento oo partido partido revolucionario Revolucao de pela vit6ria de Fevereiro Fevereiro ee de de que que nAo nao poderia poderia ser ser liberto liberto pela vitória de de fevereiro, fevereiro, mas progresso revomas s6 só por por uma uma serie série de de derrotas," derrotas.” "Numa “Nüma palavra: palavra: oo progresso revo­ lucionario lucionário nao não abriu abriu caminho caminho atraves através de de suas suas tragicomicas tragicômicas conquistas conquistas diretas, mas, mas, pelo pelo contrario, contrário, foi foi engendrando engendrando uma uma contra-revolucao contra-revolução diretas, cerrada cerrada ee potente, potente, gerando gerando ee combatendo combatendo um um adversario adversário que que o o partido partido da da subversao subversão pode pôde finalmente finalmente converter-se converter-se em em um um partido partido verdadeiraverdadeira­ mente revolucionário” revolucionario" 41. mente 41. Ai Aí esta, está, de de corpo corpo inteiro, inteiro, aa contribuicao contribuição que que aa concepcao concepção matemate­ rialista ee dialetica dialética pode pode dar dar aà história. Ela confere confere ao ao historiador historiador aa rialista hist6ria. Ela capacidade de de observar observar oo presente que se se esta está forjando, forjando, mas mas ainda ainda nao não capacidade presente que subiu futuro no subiu aà luz luz do do dia, dia, ee de de observar observar o o futuro no presente presente de de uma uma perspectiva perspectiva confiável. A A analise análise das das contradicoes contradições permitem-lhe permitem-lhe virar virar aa história pelo confiavel. hist6ria pelo avesso, avesso, ver ver o o que que os os fatos fatos historicos históricos contem, contêm , mas mas que que aa consciencia consciência das das classes ou ainda classes nao não enxerga enxerga ((ou ainda niio não percebe, percebe, no no caso caso das das classes classes revorevo­ lucionárias) ee aa hist6ria história "convencional" “convencional” escamoteia escamoteia ou ou jamais lucionarias) jamais poderia poderia descortinar. descortinar. Vale Vale aa pena pena acornpanhar acompanhar Marx M arx em em sua sua descricao descrição desse desse sensen­ tido geral geral da da hist6ria: história: coma como os os riscos obrigam as as frações diver­ tido riscos mortais mortais obrigam fracoes divergentes gentes da da burguesia burguesia aa se se entenderem entenderem ee aa colocarem, colocarem, na na gestacao gestação da da Republica burguesa, República burguesa, seus seus interesses interesses de de classes classes acirna acima das das "ilusoes “ilusões consticonsti­ tucionais". . Como tucionais” Como aa Assembleia Assembléia Nacional Nacional Constituinte Constituinte ee aa pr6pria própria ConstiConsti­ tui9ao tuição ficaram ficaram arnarradas am arradas aa essa essa solidariedade solidariedade do do capital, capital, submetendo submetendo sociedade ao ao Estado Estado ee este este aà burguesia. Por firn, fim, como como essa essa evolucao evolução aa sociedade burguesia. Por política, aparentemente arrasadora arrasadora para para oo proletariado proletariado ee para para todas todas as as politica, aparentemente classes mesmo pertencentes classes subalternas subalternas ((mesmo pertencentes aà pequena-burguesia), pequena-burguesia), continha continha oo segredo segredo do do crescimento crescimento das das classes classes operarias operárias como como forca força politica política contra contra oo capital. revocapital. Na Na sociedade sociedade burguesa, burguesa, esse esse eé oo ensinamento ensinamento decisivo, decisivo, aa revo41

41 MARX. M arx, K. K. Idem, Idem , p. p. 111. 111.

64 64 lu1;ao pela contralução tera terá de de crescer crescer as às custas custas de de ser ser batida batida ee derrotada derrotada pela contra-revolucao, -revolução, tantas tantas vezes vezes quanto quanto isso isso for for necessario necessário para para que que tudo tudo termine termine com com aa derrota derrota final final da da contra-revolucao. contra-revolução. 3) 3)

0 O coup coup de de main main de de Luis Luís Bonaparte Bonaparte (K. (K. Marx) Marx) K. Marx publicado K. M arx tinha tinha 34 34 anos, anos, quando quando terminou terminou de de escrever escrever ee viu viu publicado

0 O 18 18 Brumdrio Brumário de de Luis Luís Bonaparte. Bonaparte. Pelo Pelo que que se se sabe, sabe, como como repetidas repetidas

vezes um perfodo vezes aconteceu aconteceu em em sua sua vida, vida, enfrentava enfrentava um período muito muito diflcil: difícil: doente, doente, 42, ainda assim teve animo para arrostar sem sem credito crédito ee sem sem dinheiro dinheiro42, ainda assim teve ânimo para arrostar um trabalho tao um trabalho tão arduo árduo ee complexo. complexo. Essa Essa obra obra eé tida tida como como o o seu seu principrinci­ pal pal trabalho trabalho hist6rico. histórico. 0 O estilo estilo é mais mais apurado, apurado, mais mais s6brio sóbrio ee elegante elegante e, mais sereno e, tambem, também, mais sereno ee contido contido que que oo do do livro livro anterior, anterior, embora embora as as farpas isso mesmo, maior farpas ee as as ironias ironias ganhem, ganhem, por por isso mesmo, m aior saliencia saliência ee contuncontun­ dencia. familiar, pois dência. Ele Ele lidava lidava com com um um quadro quadro muito muito familiar, pois se se exercitara exercitara sobre sobre ele ele ao ao escrever escrever aquele aquele livro, livro, materias matérias ee artigos artigos para para A A Nova N ova Gazeta Gazeta Renana Marx Renana ou ou outras outras publicacoes. publicações. Alem Além disso, disso, em em O O 18 18 Brumdrio Brumário Marx alarga alarga ee sistematiza sistematiza sua sua interpretacao interpretação da da contra-revolucao contra-revolução ((ee oo texto texto selecionado selecionado é antol6gico, antológico, aa esse esse respeito) respeito) ee da da correlacao correlação dialetica dialética exisexis­ tente tente entre entre esta esta ee oo desenvolvimento desenvolvimento da da revolucao. revolução. As As frustracoes frustrações ee os os ressentimentos, tao vivos ressentimentos, que que estavam estavam tão vivos em em 1850, 1850, cederam cederam lugar lugar aa um um novo fundo novo estado estado de de espirito espírito polftico, político, oo que que lhe lhe permitia permitia ver ver mais mais aa fundo aa mesma mesma cena cena historica. histórica. A A seguinte seguinte comparacao comparação entre entre as as revolucoes revoluções burguesa proletaria indica burguesa ee proletária indica oo sentido sentido ee as as conseqiiencias conseqüências do do referido referido aprofundamento: aprofundam ento: "As “As revolucoes revoluções burguesas, burguesas, como como as as do do seculo século XVIII, XVIII, precipitam-se precipitam-se rapidamente rapidamente de de exito êxito em em exito, êxito, seus seus efeitos efeitos dramaticos dramáticos se se superam superam uns uns aos aos outros, outros, homens homens ee coisas coisas parecem parecem tomados tomados pela pela centelha centelha de de diamandiaman­ tes, tes, oo entusiasmo entusiasmo arrebatado arrebatado eé oo estado estado permanente permanente da da sociedade, sociedade, mas mas oo que tern de brilhantes tern que elas elas têm de brilhantes têm de de fugazes. fugazes. Logo Logo atingem atingem o o seu seu ponto ponto de de apogeu apogeu ee uma uma longa longa modorra modorra de de embriaguez embriaguez se se apodera apodera da da sociedade sociedade antes periodo antes que que esta esta possa possa assimilar assimilar com com clareza clareza os os resultados resultados de de seu seu período turbulento. revolucoes proletarias, turbulento. As As revoluções proletárias, em em troca, troca, como como as as do do seculo século XIX, XIX, criticam-se criticam-se constantemente constantemente aa si si proprias, próprias, detern detêm ee interrompem interrompem uma uma vez vez ou ou outra outra aa sua sua marcha, marcha, por por seu seu pr6prio próprio impulse, impulso, voltam voltam ao ao que recomeca-lo outra que parecia parecia resolvido resolvido para para recomeçá-lo outrá vez, vez, recusam recusam cruel cruel ee conscientemente conscientemente as as meias-rnedidas, meias-medidas, as as fraquezas fraquezas ee as as deploraveis deploráveis hesihesi­ ta~es parece que tações de de seus seus primeiros primeiros esforcos, esforços, parece que s6 só abatem abatem seu seu adversario adversário para para que que este, este, extraindo extraindo da da terra terra novas novas forcas, forças, volte volte aa levantar-se levantar-se

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42 42 Tenho Tenho deixado deixado de de lado, lado, com com frequencia, freqüência, as as dificuldades dificuldades que que pontilharam pontilharam aa vida vida de fornece indicacoes de K. K. Marx. Marx. F. F. Mehring, Mehring, em em sua sua obra obra citada citada (p, (p. 193), 193), fornece indicações sobre sobre sua uma carta Marx aa Joseph sua doenea doença ee transcreve transcreve o o seguinte seguinte trecho trecho de de uma carta de de Marx Joseph WeydeWeydemeyer me vejo reduzido aà agradavel meyer (27-2-1852): (27-2-1852): "Ha “Há uma uma semana semana que que me vejo reduzido agradável situa~ao situação de ter todas iaquetas ernpenhadas, de nao não poder poder sair sair de de casa casa por por ter todas as as jaquetas empenhadas, nem nem posso posso provar bocado de provar um um bocado de came carne por por falta falta de de credito". crédito”.

65 gigantescamente diante diante delas, delas, retrocedem retrocedem uma uma vez ou outra outra continuacontinua­ gigantescamente mente, imensidade inapreensivel mente, ante ante a monstruosa monstruosa imensidade inapreensível de de sua sua meta, meta, ate até chegar chegar aa uma uma situa~ao situação em em que que nao não tenham tenham de de retroceder retroceder ee na na qual qual as pr6prias próprias circunstancias circunstâncias se encarregam encarregam de gritar: gritar: Hie Hic Rhodes, Rhodes, hie hic salta! salta! (Aqui [Aqui esta está Rodes, Rodes, salta salta aqui!]" aqui!]” 48. 43.

Essa Essa passagem passagem entremostra entremostra que que as as conclusoes conclusões calcadas calcadas nas nas analises análises de de

A lutas de de classes classes na na Franca França haviam haviam sido sido absorvidas absorvidas e, e, por por sua sua vez, vez, Ass lutas

superadas. A contra-revolucao superadas. A contra-revolução ainda ainda ganhava ganhava muitas muitas batalhas batalhas ee ((aa julgar julgar por este texto) crescia durante mais no por este texto) crescia durante mais tempo tempo do do que que seria seria previsfvel previsível no início de de 1850 1850 44• 44. Contudo, Contudo, por por sua sua natureza natureza histórica, contra-revolução inicio historica, aa contra-revolucao nao vit6ria decisiva não lograva lograva chegar chegar aa uma uma vitória decisiva nem nem aa impedir impedir o o fortalecimento fortalecimento progressivo da revolucao. revolução. progressivo da O O texto texto transcrito transcrito nesta nesta coletanea coletânea desvenda desvenda aa "par6dia “paródia do do imperio", império”, ou Bonaparte tentou ou seja, seja, o o modo modo pelo pelo qual qual Luis Luís Bonaparte tentou concretizar concretizar suas suas "idees “idées napoléoniennes” isto e, é, oo que que oo golpe golpe de de Estado Estado representou representou subjesubje­ napoleoniennes" -— isto tivamente, para oo ator principal; ee porque tivamente, para ator hist6rico histórico principal; porque ele ele se se tomou tom ou objetiobjeti­ vamente possivel, numa tao avancada. vamente possível, numa sociedade sociedade burguesa burguesa politicamente politicamente tão avançada. No prefacio prefácio da da segunda segunda edicao, edição, de de 1869, 1869, Marx M arx deixa deixa claro claro o o que que prepre­ No tendia: tendia: “Eu bostro bostro como como a luta de classes na na Franca França criou criou as circunstancias circunstâncias "Eu e uma permitiu a um uma situacao situação tais que que ela ela permitiu um personagem personagem mediocre medíocre e grotesco grotesco desempenhar desempenhar oo papel papel de de heroi". herói”. Alias, Aliás, escreve escreve em em outra outra parte parte do do livro: livro: "Se “Se jamais jamais algum algum acontecimento acontecimento projetou projetou a sua sua sombra sombra adiante adiante de de si muito muito antes antes de de produzir-se, produzir-se, esse esse foi foi oo golpe golpe de de Estado Estado de de Bonaparte" Bonaparte” 45. 45. O O texto texto transcrito transcrito eé compacto, compacto, muito muito claro claro e, e, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, uma peça peca intrinsecamente intrinsecamente antol6gica. uma antológica. Como Como um um verdadeiro verdadeiro mestre, mestre, K. K. Marx M arx formula, formula, com com toda toda aa simplicidade, simplicidade, conclusoes conclusões que que envolveram envolveram muita pesquisa muita pesquisa hist6rica histórica nao não explicitada explicitada ee que, que, ainda ainda hoje, hoje, levantam levantam problernas para novas pesquisas empiricas problemas para novas pesquisas empíricas ee teoricas. teóricas. 0 O livro livro se se permite permite incursões econômicas mais mais extensas extensas ee visiveis visíveis que que as as do do livro livro anterior anterior incursoes economicas (coma, referenda que (como, por por exemplo, exemplo, aa referência que faz faz aos aos efeitos efeitos de de uma uma fase fase .de de pleno-emprego, pleno-emprego, em em 1850, 1850, sobre sobre os os operarios operários de de Paris, Paris, que que se se deixam deixam dirigir pelos democratas ee esquecem esquecem "os “os interesses interesses revolucionarios revolucionários de de dirigir pelos democratas sua um bern-estar tratamento sua classe classe por por um bem-estar mornentaneo"; momentâneo” ; ee o o tratam ento que que dispensa dispensa aà crise crise geral geral do do comercio comércio de de 1851, 1851, aa qual qual patenteia patenteia como como oo "preconceito “preconceito 43 43 MARX, M a rx ,

K. Le 18 Louis K. Le 18 Brumaire Brum aire de de L ouis Bonaparte, B onaparte, p. p. JO. 10. A A traducao tradução usual usual fornecida p. 192-3): 192-3): "Aqui fornecida por por F. F. Mehring Mehring (Op. (Op. cit., cit., p. “Aqui esta está aa rosa, rosa, agora agora aa bailar!" passo, preferi bailar!” Nesse Nesse passo, preferi seguir seguir aa traducao tradução que que consta consta da da edic;:lio edição Paz Paz ee Terra, Terra,



p. p. 21. 21. Ver Ver acima, acima, nota nota 25, 25, transcricao transcrição de de um um texto texto que que esclarece esclarece o o assunto. assunto. 1:: É preciso preciso insistir: Marx Marx nlio insistir: não via via aa vit6ria vitória da da revolucao revolução como como algo algo facil fácil ee aa curto curto prazo. prazo. 45 45 MARX, M a r x , K. K . Op. Op. cit., c it., p. p. 80. 80. 44 44

66 66 do do burgues burguês trances" francês” o o leva leva aa encobrir encobrir um um fato fato economico econômico com com um um manto manto politico, político, atribuindo atribuindo aà Republica República parlamentar parlam entar uma um a crise crise da da economia). econom ia). Nao Não obstante, obstante, ~ao são as as classes classes ee aa luta luta de de classes classes que que ficam ficam diretamente diretamente no no carnpo campo de de observacao, observação, analise análise ee interpretacao. interpretação. Sob Sob esse esse aspecto, aspecto, oo texto texto é uma uma verdadeira verdadeira j6ia. jóia. Ele Ele comprova comprova que que uma uma "historia “história bem bem feita" feita” prescinde prescinde do do arsenal arsenal enfatuado enfatuado seja seja da da "grande “grande teoria" teoria” sociol6gica, sociológica, seja seja do do que que hoje hoje se se chama chama "analise “análise sistemica". sistêmica” . O O texto texto ée tido tido como como um um dos dos pontos pontos altos altos da da aplicacao aplicação bem bem sucedida sucedida do do materialismo materialismo hist6rico. histórico. Os Os especialistas especialistas ee os os revolucionarios revolucionários tern têm usado usado ee abusado abusado desse desse texto. texto. Em Em materia matéria de de problematizacao problematização hist6rica, histórica, apesar apesar de de ser ser curto curto ee denso, denso, ele ele responde responde aa varias várias questoes, questões. 0 O proletariado proletariado nao não podia podia insurgir-se insurgir-se contra contra oo golpe golpe de de Estado, Estado, pois pois ele ele tinha tinha sido sido conduzido, conduzido, pelos pelos estratos estratos dominantes dominantes das das classes classes burguesas, burguesas, aa ir ir contra contra aa ordem ordem existente existente ee aa sua sua forma forma dernocratica democrática de de Estado. Estado. As As classes classes burguesas burguesas nao não tinham tinham alternativa. alternativa. Assim Assim como como se se encaminharam encaminharam para para aa eleicao eleição de de Bonaparte, tirania. De Bonaparte, tinham tinham de de submeter-se submeter-se aà sua sua tirania. De outro outro lado, lado, todos todos os os setores setores mais mais ou ou menos menos reacionarios reacionários da da sociedade sociedade francesa francesa trabalharam trabalhàram no sentido no sentido de de debilitar debilitar aa Assembleia Assembléia Legislativa, Legislativa, e, e, por por ai, aí, de de torna-la tom á-la um candidato aa tirano. um joguete joguete nas nas maos mãos do do candidato tirano. 0 O exercito exército ee os os pequenos pequenos camponeses novo heroi. camponeses precisavam precisavam do do novo herói. Um, Um, para para soldar-se soldar-se ao ao poder. poder. Os para saturar constituiam Os outros, outros, para saturar as as fraturas fraturas de de sua sua situacao situação de de classe classe ((constituíam umaa classe um classe que que se se afirmava afirmava negativamente, negativamente, por por ser ser destituida destituída de de uma uma base base material material ee de de uma uma solidariedade solidariedade social social que que poderiam poderiam converte-la convertê-la numa numa classe classe em em si). si). Finalmente, Finalmente, os os lumpen-proletarios, lum pen- proletários, de de origem origem urbana urbana ee camponesa, camponesa, dependiam dependiam da da existencia existência ee da da prosperidade prosperidade do do tirano tirano ee do do seu seu regime. regime. Os Os dois dois ultimos últimos eram eram uma uma terrivel terrível forca força anarquica, anárquica, que que respondia respondia as às piores piores condicoes condições provocadas provocadas pelo pelo desenvolvimento desenvolvimènto capitacapita­ lista na lista na Franca, França. Esse Esse aspecto aspecto completa completa ee aprofunda aprofunda as as interpretacoes interpretações apresentadas apresentadas em em As A s lutas lutas de de classes classes na na Franca. França. A A democracia, democracia, mesmo mesmo em em um um pais país no no qual qual ela ela parecia parecia tao tão viva viva ee s6lida, sólida, nao não absorvia absorvia as as pressoes pressões das das classes classes operarias operárias -— nem nem mesmo mesmo as as pressoes pressões radicais radicais das das massas massas populares, populares, que que se se batiam batiam pela pela revolucao revolução republicana republicana dentro dentro da da ordem. ordem. A A reacao, reação, por por sua sua vez, vez, nao não vencia vencia atraves através da da contra-revolucao. contra-revolução. Ela Ela explorava explorava aa debilidade debilidade da da democracia, democracia, usando-a usando-a para para impor impor ao ao resto resto da da sociedade sociedade os os interesses interesses ee aa dominacao dominação de de classe classe de de uma uma reduzida reduzida minoria. minoria. No No piano plano positivo, positivo, Bonaparte Bonaparte ee seu seu regime regime de de ditadura ditadura militar militar corcor­ respondiam respondiam as às exigencies exigências da da situacao situação hist6rica. histórica. A A nova nova forma forma de de centracentra­ lizacao do do aparelho lização aparelho do do Estado Estado nascia nascia com com eles eles ee gracas graças aa ela ela oo crescicresci­ mento irradiacao universal mento ee aa irradiação universal da da burocracia burocracia se se impunham, impunham, com com outras outras consequencias conseqüências ou ou requisitos: requisitos: aa nova nova relacao relação do do imposto imposto com com o o controle controle ee oo desenvolvimento desenvolvimento da da ordem ordem social; social; aa relativa relativa autonomia autonomia do do Estado Estado diante naturalmente, diante do do poder poder isolado isolado ou ou coletivo coletivo das das classes classes ((naturalm ente, de de todas todas as as classes, classes, mas, mas, particularmente, particularmente, dos dos estratos estratos estrategicos estratégicos da da classe classe media, média, dos dos "homens “homens de de neg6cios" negócios” mais mais ou ou menos menos poderosos). poderosos). Disto Disto decorria decorria que que aa autonomia autonomia do do Estado Estado requeria requeria ee se se alicercava alicerçava sobre sobre aa heteronomia heteronomia

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da nao é isso isso que da Nacao, Nação. Todavia, Todavia, não que tern tem de de acontecer acontecer quando quando o o desendesen­

volvimento volvimento capitalista capitalista atinge atinge tal tal porte porte que que aa. burguesia burguesia precisa precisa "delegar" “delegar” intra-muros executivas de na esfera esfera politica, intra-muros suas suas funcoes funções executivas de classe, classe, na política, como como se De um um se oo Estado Estado se se metamorfoseasse metamorfoseasse em em uma um a empresa empresa gigantesca? gigantesca? De ponto percorre toda toda aa problematica que tornou ponto aa outro, outro, K. K. Marx M arx percorre problemática politica política que tornou oo golpe possivel ee necessario. responde questão questao aa questao, golpe de de Estado Estado possível necessário. E E responde questão, como se estivesse de um como se estivesse diante diante de um imenso imenso calidoscopio calidoscópio ee dispusesse dispusesse de de uma uma varinha interior do do seu varinha de de condao condão para para responder responder aa cada cada questao questão no no interior seu solo as respostas solo historico. histórico. Ao Ao mesmo mesmo tempo, tempo, as respostas eram eram formuladas formuladas de de uma uma perspectiva suficientemente profunda ee geral valesperspectiva suficientemente profunda geral para para que que as as respostas respostas vales­

sem como acima ee alem sem com o teoria teoria historico-sociologica, histórico-sociológica, acima além do do aqui aqui ee do do agora. agora.

Ate Até aa questao questão das das relacoes relações reciprocas recíprocas entre entre revolucao revolução ee contra-revolucao contra-revolução participa nao é visto nem descrito descrito como participa desse desse carater. caráter. Bonaparte Bonaparte não visto nem como "mal “mal necessario". um a especie corante, que que fixa no material necessário”. Ele Ele serve serve como como uma espécie de de corante, fixa no material hist6rico, de uma laboratorio, até ate onde onde histórico, com com aa mesma mesma nitidez nitidez de uma lamina lâmina de de laboratório, as tiveram de proleas classes classes burguesas burguesas tiveram de chegar chegar para para bloquear bloquear aa revolucao revolução prole­ taria, quanto tária, em em uma uma autodefesa autodefesa egoistica egoística ee cega, cega, e, e, reversamente, reversamente, oo quanto aa verdadeira revolucao cavava f undo no mesma sociedade verdadeira revolução cavava fundo no seio seio da da mesma sociedade francesa. francesa. Este ( e oo livro um todo) um problema Este texto texto (e livro como como um todo) ergue ergue um problema espinhoso. espinhoso. No prefacio à segunda K. Marx No prefácio segunda edicao, edição, K. M arx afirma afirma categoricamente categoricamente que que o o conceito Alemanha, era era equivocado. equivocado. Ele Ele deconceito de de cesarismo, cesarismo, em em voga voga na na Alemanha, de­ monstra nao existia possivel entre entre Roma m onstra que que não existia paralelo paralelo possível Rom a antiga antiga ee aa Europa Europa capitalista. inteira razão. razao. Fica, capitalista. Nisso, Nisso, ele ele tinha tinha inteira Fica, nao não obstante, obstante, aa sugestao sugestão implicita: implícita: bonapartismo bonapartism o como como conceito conceito adequado adequado para para designar designar aa ditadita­ dura ou, em mais amplo, para exprimir dura militar m ilitar sob sob o o capital capital ((ou, em sentido sentido mais amplo, para exprimir aa autonomia um despotismo que põe poe aa torca autonomia do do Estado Estado sustentada sustentada em em um despotismo que força militar .. Engels passou usar oo conmilitar aa service serviço das das classes classes dominantes) dom inantes)..Engels passou aa usar con­ ceito acepcao ee aplicou-o autores marxistas ceito nessa nessa acepção aplicou-o aà Alemanha; Alemanha; os os autores marxistas logo logo deram larga ao conceito. Tenho de que deram larga ao emprego emprego do do conceito. Tenho aa segura segura conviccao convicção de que Marx formulara oo seu vistas àa forma forma concorrencial M arx formulara seu pensamento pensamento com com vistas concorrencial ou de capitalismo que ele, pela tendencia pesar as ou competitiva competitiva de capitalismo ee que ele, pela tendência aa pesar as palapala­ vras subseqtiente de um vras que que empregava, empregava, nao não endossaria endossaria aa transforrnacao transform ação subseqüente de um conceito um conceito A conceito historico histórico em em um conceito abstrato abstrato ee de de validade validade geral. geral. A ditadura militar, em tera algumas algumas ((ou ou ditadura militar, em qualquer qualquer circunstancia, circunstância, sempre sempre terá varias) tipo de várias) semelhancas semelhanças estruturais estruturais ee funcionais funcionais com com o o tipo de ditadura ditadura milimili­ tar Franca gracas tar que que se se configurou configurou na na França graças aa uma uma crise crise historica histórica evolutiva evolutiva da hist6rico mundial mundial do da democracia democracia burguesa. burguesa. No No contexto contexto histórico do presente presente — no multinacionais, as no qual qual as as grandes grandes corporacoes corporações multinacionais, as nacoes nações capitalistas capitalistas hegemonicas, frente, ee instituicoes hegemônicas, com com sua sua superpotencia superpotência aà frente, instituições internacionais internacionais aa service recorrem aà contra-revolucao serviço do do capitalismo capitalismo monopolista m onopolista recorrem contra-revolução em em escala relaciona com escala mundial mundial -— aa ditadura ditadura militar m ilitar nao não s6 só se se relaciona com um um novo novo contexto pr6pria se contexto hist6rico, histórico, ela ela própria se toma tom a uma uma nova nova categoria categoria hist6rica. histórica. Como de bonapartismo? Como dar dar livre livre curso curso ao ao conceito conceito de bonapartismo? As As mesmas mesmas razoes razões que Marx repudiar oo conceito de cesarismo que levaram levaram M arx aa repudiar conceito de cesarismo evidenciam evidenciam que que

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68 68 oo conceito conceito d~ de bonapartismo bonapartism o ficou ficou relativamente relativamente vazio vazio perante perante o ò presente. presente. Ou Ou se se deve deve voltar voltar ao ao que que Marx M arx realizou realizou no no texto texto do do livro, livro, qualificando qualificando historicamente historicamente oo conceito conceito de de ditadura ditadura militar; militar; ou ou se se deve deve avancar avançar em em uma uma direcao direção nova, nova, que que saliente saliente aa deterioracao deterioração do do sistema sistema de de poder poder capicapi­ talista talista (em (em escala escala nacional nacional ee mundial) m undial) ee aa obsoletizacao obsoletização que que ela ela implica implica da da democracia democracia como como forma forma politica política burguesa. burguesa. Na Na verdade, verdade, oo Sistema sistema capitalista capitalista de de poder poder converte-se, converte-se, com com grande grande rapidez, rapidez, em em uma uma forma forma politica política autocratica, autocrática, embora embora isso isso seja seja mais mais visive) visível na na periferia periferia do do mundo mundo capitalista. capitalista. 0 O que que quer quer dizer dizer que que nao não se se esta está mais mais diante diante de de uma uma "crise “crise de de crescimento" crescimento” da da democracia, democracia, mas mas de de uma uma tendencia tendência hist6rica histórica inexoinexo­ ravel rável que, que, se se for for descrita descrita como como "bonapartismo", “bonapartism o”, ocultara ocultará aa sua sua face face mais mais nociva nociva ee as as suas suas consequencias conseqüências mais mais nefastas nefastas gracas graças aa uma uma concon­ cessao cessão ideologica ideológica "marxista". “marxista” . 4) 4)

0 O que que eé aa Comuna? Comuna? (K. (K. Marx) Marx)

Este Este texto texto eé parte parte de de um um manifesto manifesto politico, político, que que K. K. Marx M arx redigiu, redigiu, corno como rnembro membro do do Conselho Conselho Geral Geral da da Associacao Associação Internacional Internacional dos dos TraTra­ balhadores, balhadores, divulgado divulgado em em 30 30 de de rnaio maio de de 1871. 1871. Corn Com rnais mais dois dois manifestos, manifestos, tarnbem Marx, em também da da lavra lavra de de K. K. Marx, em 1891 1891 foi foi incluido incluído em em A A guerra guerra civil civil na na Franca, França, com com uma uma introducao introdução especial especial de de F. F. Engels. Engels. Na Na ocasiao ocasião em em que que redigiu redigiu oo documento, documento, Marx Marx contava contava 53 53 anos. anos. Ja Já tinha tinha arras atrás de de si si uma uma vida vida devotada devotada à revolucao revolução proletaria proletária e, e, inclusive, inclusive, o o primeiro primeiro volume volume de de O O capital capital saira saíra aa lume lume quatro quatro anos anos antes, antes, aproximadamente. aproximadamente. E É dificil difícil conceber importancia ee gravidade conceber que que uma uma manitestacao manifestação de de tal tal importância gravidade pudesse pudesse tomar tom ar aa forma forma de de uma uma precisa precisa ee concentrada concentrada analise análise hist6rica histórica ee que, que, assim assim elaborada, elaborada, ela ela tivesse tivesse um um claro claro sentido sentido revolucionario. revolucionário. Nao Não era era so só uma uma demonstracao demonstração de de solidariedade. solidariedade. Era Era um um desafio, desafio, que que concluia concluía enfaticamente: enfaticamente:

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"onde “onde quer quer que que aa luta luta de de classes classes tome tome alguma alguma consistencia, consistência, quaisquer quaisquer que lugar ee sua que sejam sejam o o lugar sua forma, forma, eé certo certo que que os os membros membros da da nossa nossa Associacao Assôciação se se coloquem coloquem em em primeiro primeiro piano. plano. 0 O solo solo sobre sobre oo qual qual ela ela se se eleva eleva eé aa pr6pria própria sociedade sociedade moderna. moderna. Ela Ela nao não pode pode ser ser extirpada extirpada qualquer qualquer que que seja seja oo excesso excesso na na carnificina. carnificina. Para Para extirpa-la, extirpá-la, os os governos governos teriam teriam de de extirpar extirpar o o despotismo despotismo do do Capital Capital sobre sobre oo Trabalho, Trabalho, concon­ dicao pr6pria existencia dição de de sua sua própria existência parasitaria" parasitária” 46. 48.

As As ideias idéias fluem fluem como como se se elas elas se se comunicassem comunicassem diretamente diretamente de de Marx Marx ao ao leitor, leitor, sem sem qualquer qualquer artiffcio artifício ee (aparentemente) (aparentem ente) sem sem aa mediacao mediação de de um um texto. texto. Raras Raras passagens passagens fogem fogem aà mais mais estrita estrita economia economia de de palavras palavras ee mesmo mesmo oo uso uso do do epigrama epigrama ou ou da da ironia ironia quase quase desaparece. desaparece. Por P or isso, isso, este este manifesto manifesto fica fica muito muito proximo próximo do do estilo estilo lapidar lapidar de de A A critica crítica do do Programa Programa de de Gotha G otha ee patenteia patenteia que que aa arte arte da da exposicao exposição convertera-se, convertera-se, 46 MARX, 46 M a rx ,

K. K. La L a guerre g u e rre civile c iv ile en en France, F ran ce, p. p. 72. 72.

69 69 para para Marx, Marx, em em uma um a esfera esfera essencial essencial de de sua sua auto-realizacao auto-realização intelectual. intelectual. O O pensamento pensamento rigoroso rigoroso exigia exigia aa mesma mesma forma forma precisa, precisa, quer quer ele ele fosse, fosse, por caso de por seu seu conteudo, conteúdo, historico histórico ou ou politico. político. Este Este eé oo caso de A A guerra guerra civil civil na na Franca, França, com com referenda referência ao ao qual qual Engels Engels iria iria salientar salientar aa dimensao dimensão historica, histórica, comparando-o com parando-o com com O 0 18 18 Brumario Brumário ee ao ao dizer dizer que que ambos ambos os os livros livros constituiam constituíam "exemplos “exemplos superiores superiores do do dom dom maravilhoso maravilhoso do do autor autor (( ..... . )) para para apreenapreen­ der der claramente claramente oo carater, caráter, o o alcance alcance ee os os encadeamentos encadeamentos necessaries necessários dos que esses dos grandes grandes acontecimentos acontecimentos historicos, históricos, no no momento momento em em que esses acontecimentos acontecimentos se se desencadeiam desencadeiam aos aos nossos nossos olhos olhos ou ou mal mal acabam acabam de de concluir-se" concluir-se” 47• 47.

Marx M arx se se sentia sentia tao tão dentro dentro do do papel papel de de historiador, historiador, que que chegou chegou aa evocar, evocar, de passagem, aa pobreza pobreza de de passagem, de Thiers Thiers como como historiador, historiador, enfatizando enfatizando que que as as cqrrentes correntes mais mais profundas profundas da da hist6ria história moderna m oderna sempre sempre permaneceram permaneceram tapadas tapadas para para ele ele ee que que mesmo mesmo as as transformacoes transformações mais mais palpaveis palpáveis em em sua sua superficie superfície oo horrorizavam horrorizavam 48• 4S. Todavia, Todavia, em em termos termos de de explicacao explicação hist6rica, histórica, o o tema tema central central é aa Comuna. Comuna. A A Comuna Comuna nao não concretizava, concretizava, apenas, negacao da apenas, aa forma forma hist6rica histórica de de negação da propriedade propriedade privada, privada, do do capital, capital, da tona os limites da doll}i1(ayao dorrjifíação de de classe classe ee do do Estado. Estado. Ela E la elevava elevava à tona os dois dois limites hist6ricos históricos coexistentes coexistentes do do passado passado ee do do futuro: futuro: aa contra-revolucao contra-revolução burbur­ guesa guesa mostrava, mostrava, atraves através dos dos acontecimentos acontecimentos da da guerra guerra civil civil ee da da crise crise final ou seja, Bonaparte), final do do imperialismo imperialismo ((ou seja, do do Imperio Império do do segundo segundo B onaparte), aa sua batida sua fraqueza fraqueza intrlnseca; intrínseca; aa revolucao revolução proletaria proletária montante, montante, embora embora batida gracas na graças ao ao apoio apoio de de Bismarck Bismarck ao ao governo governo de de Thiers, Thiers, nao não encontrava encontrava na derrota um epitafio derrota da da Comuna Comuna um epitáfio prematuro, prematuro, mas mas oo aval aval de de um um experiexperimentum tracar, partindo-se partindo-se da m entum crucis crucis hist6rico. histórico. Desse Desse angulo, ângulo, podia-se podia-se traçar, da Comuna tras, todo delineado Comuna para para trás, todo o o ciclo ciclo evolutivo evolutivo do do Estado Estado moderno moderno ((delineado por no texto por Marx M arx no texto transcrito) transcrito) ee apontar apontar o o sentido sentido hist6rico-socio16gico histórico-sociológico do do Imperio. Império.

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"Na possivel de “N a realidade, realidade, era era aa (mica única forma forma possível de governo, governo, em em uma uma epoca época na qua! perdido, ee aa classe niio na qual aa burguesia burguesia ja já tinba tinha perdido, classe operaria operária ainda ainda não havia adquirido, havia adquirido, aa faculdade faculdade de de governar governar aa Nacao." N ação.”

Por opunha-se ao Imperio Por isso, isso, aa Comuna Comuna opunha-se ao Im pério como como aa sua sua "antitese “ antítese direta" direta” ee era era reconhecida reconhecida abertamente abertamente como como aa primeira primeira revolucao revolução na na qual qual aa classe classe operaria operária aparece aparece como como aa iinica única classe classe capaz capaz de de iniciativa iniciativa social. social. A descricao A descrição da da Comuna Comuna segue segue oo compasso compasso de de uma um a completa completa rotacao rotação de de perspectiva perspectiva hist6rica. histórica. 0 O que que ela ela era, era, por por si si mesma, mesma, como como primeira primeira manifestacao proletaria. 0 relacao manifestação historica histórica da da revolucao revolução proletária. O que que ela ela era era em em relação aà forma Estado. Portanto, forma anterior anterior de de existencia existência do do Estado. Portanto, oo que que ela ela era, era, positivamente, povo despossufdo positivamente, para para oo povo despossuído em em geral, geral, os os estratos estratos burgueses burgueses da da sociedade, sociedade, os os camponeses, camponeses, aa cidade cidade ee oo campo, campo, aa classe classe operaria. operária. 47 47 ENGELS, E n g e l s , F. F. Introducao. Introdução. In: In: Marx, M arx, K. K . La La guerre guerre civile civile en en France, France, 48 Laa guerre 48 MARX, M a r x , K. K. L guerre civile civile er, en France, France, pp.. 40. 4 0.

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70 70 O que era intema ee em O que era aa Comuna Comuna em em sua sua estrutura estrutura interna em seu seu desenvolvidesenvolvi­ mento mento historico. histórico. 0 O que que era era aa Comuna Comuna como como emancipacao emancipação da da classe classe operaria todas as operária e, e, atraves através dela, dela, das das outras outras classes classes ee de de todas as classes. classes. Como Como aa Comuna representava aa si Comuna se se representava si rnesma; mesma; como como ela ela era era representada representada por por seus seus inimigos; inimigos; como como ela ela era era (ou (ou deveria deveria ser) ser) representada representada pelas pelas classes classes despossuidas, despossuídas, exploradas exploradas ee oprimidas; oprimidas; como como ela ela era era representada representadâ no no exterior. exterior. Os Os camponeses camponeses deveriam deveriam entender entender os os operarios: operários: "nossa “nossa vit6ria vitória eé aa vossa iinica esperanca". vossa única esperança” . Esse Esse grito grito ecoava ecoava por por todo todo oo mundo mundo capicapi­ talista ee incorporava incorporava os talista os proletarios proletários de de todos todos os os paises países à revolucao revolução da da Comuna. deixam cair Comuna. 0 O historiador historiador ee oo revolucionario revolucionário deixam cair aa mascara. máscara. Olha Olha com com desvelo desvelo aa vida vida cotidiana, cotidiana, aa reconstrucao reconstrução material material ee moral moral da da existenexistên­ cia novo padrao brotava da cia ee oo novo padrão de de humanidade hum anidade que que brotava da Comuna. Comuna. E E s6 só insinua ou insinua ou passa passa de de raspao raspão pelos pelos erros erros ee desacertos desacertos mais mais graves, graves, pelas pelas pessoas marcha da pessoas ou ou tipos tipos humanos humanos deslocados, deslocados, que que prejudicavam prejudicavam aa marcha da revolucao revolução -— erros, erros, contusoes confusões ee desacertos desacertos que que conduziram conduziram aà derrota derrota 49• 49. Mas ja Mas já era era tanto tanto ter ter chegado chegado ali! ali! 0 O seu seu talento talento de de revolucionario revolucionário ee aa sua sua sensibilidade sensibilidade de de historiador historiador estavam estavam onde onde deviam. deviam. 0 O seu seu tom toni nao não eé s6 só de de solidariedade, solidariedade, eé de de orgulho. orgulho. Ele Ele se se manifestava manifestava como como oo compacompa­ nheiro, nheiro, nao não oo profeta; profeta; o o intelectual intelectual que que servira servira de de 'modo 'm odo permanente permanente aà revolucao revolução ee nao não se se concedia concedia o o direito direito (ou (ou oo
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5) 5)

Manchester (F. Engels) M anchester (F. Engels)

A situaciio A situação da da classe classe operdria operária na na lnglaterra Inglaterra em em 1844 1844 e, é, literalrnente, literalmente, oo que hist6ria social, que se se poderia poderia entender entender como como ufna uma obra obra de de história social, com com um um escopo unia passado escopo tao tão amplo amplo que que unia passado ee presente, presente, pesquisa pesquisa hist6rica histórica ee pesquisa leitor oo significado pesquisa de de campo. campo. A A introducao introdução ja já oferece oferece ao ao leitor significado da da obra, urn jovem obra, uma uma realizacao realização incrivel incrível para para um jovem de de 24 24 anos! anos! 0 O centro centro de de tudo tudo estava estava no no presente presente e, e, dentro dentro deste, deste, na na situacao situação material material ee humana hum ana da pacientemente vasculhada da classe classe operaria, operária, pacientemente vasculhada em em todas todas as as direcoes. direções, Lendo-se livro, eé facil Lendo-se este este livro, fácil compreender compreender oo entusiasmo entusiasmo de de K. K. Marx Marx pelo pelo amigo, inteligencia, probidade probidade intelectual amigo, por por sua sua inteligência, intelectual ee capacidade capacidade de de trabatraba­ lho. Como texto eé transparente, lho. Como tudo tudo em em que que Engels Engels tocava, tocava, oo texto transparente, didatico didático tern para embora ee elegante. elegante. E E tem para as as ciencias ciências sociais sociais um umaa significacao significação unica única ((embora 49 49 0 O leitor leitor interessado interessado em em uma um a descricao descrição hist6rica histórica global global da da Comuna C om una ee de de sua sua significacao hist6rica deve significação histórica deve consultar consultar LEFEBVRE, L e f e b v r e , H. H. La L a proclamation proclam ation de de la la

Commune. Com m une.

- 71 71 freqtientemente empmcas da da história hist6ria social, freqüentemente negligenciada): negligenciada): nas nas origens origens empíricas social, da humana os surveyors, mas F. da sociologia sociologia ee da da ecologia ecologia hum ana nao não estao estão os surveyors, mas F. Engels, de !ado, ee F. F. Le Le Play, Engels, de um um lado, Play, de de outro. outro. E É preciso preciso insistir insistir no no escopo escopo da da investigacao. investigação. Em Em nosso nosso seculo, século, especialmente soci6logos ee os especialmente da da decada década de de 30 30 em em diante, diante, os os sociólogos os ecologistas, ecologistas, tanto segmentaram as tanto quanto quanto os os antrop6logos, antropólogos, segmentaram as cidades, cidades, abstrairam-nas abstraíram-nas de ou urbano, local ou de seu seu contexto contexto rural rural ou urbano, local ou regional, regional, arrancaram-nas arrancaram -nas da da organizacao da sucessao do tempo hist6rico organização do do espaco espaço geografico geográfico ee social, social, da sucessão do tempo histórico ee dos dos tentaculos tentáculos do do regime regime de, de, classes. classes. 0 O capftulo capítulo deste deste livro, livro, que que trata trata das 0 capitulo das grandes grandes cidades cidades inglesas, inglesas, nao não procede procede dessa dessa maneira. maneira. O capítulo ao proletariado é seguimento seguimento de de outro, outro, dedicado dedicado ao proletariado industrial; industrial; ee é seguido seguido pelo que cuida da competicao. introducao, pelo capitulo capítulo que cuida da competição. Se Se se se parte parte da da introdução, configura-se para configura-se um um quadro quadro sem sem rachaduras. rachaduras. A A abstracao abstração nao não ée feita feita para [ragmentar, decompor, volatilizar, iludir. iludir. Mas investifragmentar, decom por, volatilizar, Mas para para colocar colocar oo investi­ gador diante gador diante do do todo todo mais mais complexo, complexo, que que os os sentidos, sentidos, sozinhos, sozinhos, ee aa intormacao alcancar. Ao Ao nivel empirico, aa informação dispersiva dispersiva nao não deixariam deixariam alcançar. nível empírico, reconstrucao do todo lembra !em bra aa diretriz de Marx: como reconstrução do todo diretriz de M arx: estudar estudar o o concreto concreto como totalidade, unidade do totalidade, aa unidade do diverso. diverso. Engels Engels corneca começa com com Landres Londres ee vai vai diretamente as caracterlsticas psicossociais da da cidade modema, produzida diretamente às características psicossociais cidade moderna, produzida pela indústria industria ee pelo pelo comercio mundial. E faz com pela comércio mundial. E o o faz com peculiar peculiar argucia argúcia ee penetracao. Eis Eis como inicia oo capitulo: penetração. como inicia capítulo: "Uma um homem por horas, “U m a cidade, cidade, como com o Londres, Londres, onde onde um homem pode pode vagar vagar por horas, sem fim, sem mais leve sugestao sem encontrar encontrar o o comeco começo ee o o fim, sem encontrar encontrar aa mais leve sugestão que inferencia de um campo que poderia poderia levar levar aà inferência de que que existe existe um campo aberto aberto dentro dentro do uma coisa estranha" 50, do alcance, alcance, eé uma coisa estranha” 50. Ele Ele se se refere refere aos aos dois dois ee meio meio rnilhoes milhões de de seres seres humanos, humanos, multiplicados multiplicados cem "centralizacao colossal", posicoes cem vezes vezes pela pela “centralização colossal”, aà colisao colisão das das pessoas, pessoas, posições ee classes na vida vida diaria, de Londres Landres como classes na diária, àa fun9ao função de como “"aa capital capital comerciaJ comercial do atencao ao do mundo". m undo” . Tambem Também prestou prestou atenção ao homem homem perdido perdido nessa nessa imenimen­ sidao, se fica sidão, àa indiferenca indiferença brutal brutal aa que que se fica sujeito, sujeito, ao ao isolamento isolamento inexoravel inexorável de em seus de cada cada um um em seus interesses interesses privados, privados, ressaltando ressaltando que que esses esses caracteres caracteres sao quanta mais mais um volume maior de são mais mais "repelentes" “repelentes” ee "ofensivos" “ofensivos” quanto um volume maior de pessoas amontoado em W?1 espaco pessoas se se ve vê amontoado em um espaço limitado: limitado: "Nao consciente de de que que esse esse isola“N ão importa importa quanto quanto alguem alguém possa possa estar estar consciente isola­ mento do essa busca eu ée oo principio mento do individuo, indivíduo, essa busca estreita estreita do do eu princípio fundafunda­ mental nossa sociedade mental de de nossa sociedade por por toda toda parte, parte, em em nenhum nenhum lugar lugar ele ele e é descoberto tão tao descaradamente, tao autoconsciente coma aqui descoberto descaradamente, tão autoconsciente como aqui na na multimulti­ dao contra dão da da grande grande cidade." cidade.” "A “A guerra guerra social, social, aa guerra guerra de de cada cada um um contra todos, E arremata: todos, eé aqui aqui abertamente abertamente declarada." declarada.” E arremata: "O “O que que eé verdaverda­ deiro Birminghan, Leeds, deiro para para Londres, Londres, eé verdadeiro verdadeiro para para Manchester, Manchester, Birminghan, Leeds, eé verdadeiro todas as as grandes verdadeiro para para todas grandes cidades" cidades” 111. 51.

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so F. The the working in E England 1844, p. •r>° ENGELS, E n g e l s , F. The condition condition of of the w orking class class in ngland in in 1844, p. 2323. Idem, p. 24. Idem, citacoes citações extraidas extraídas da da p, 24.

61 51

72 72

O O objetivo objetivo de de F. F. Engels Engels estava estava na na regiao região industrial industrial ee no no seu seu comcom­ plexo plexo de de pequenas pequenas ee grandes grandes cidades cidades ee de de vilas. vilas. 0 O texto texto transcrito, transcrito, lamentavelmente, corta lamentavelmente, corta aa sua sua excursao excursão expositiva. expositiva. :£ É util útil assinalar assinalar que que ele mais pobres ele pretendia pretendia focalizar focalizar coma como viviam viviam "os “os mais pobres dos dos pobres" pobres” ee oo que que aa modema m oderna civilizacao civilização industrial industrial estava estava fazendo fazendo com com aa viga-mestra viga-mestra de de sua sua existencia existência ee do do seu seu progresso. progresso. "Cada “Cada proletario, proletário, cada cada um um mesmo, mesmo, sem sem excecao, exceção, eé exposto exposto aa um um destino destino similar similar sem sem qualquer qualquer falta falta de de sua sua parte parte ee aa despeito despeito de de qualquer qualquer estorco esforço passive!" possível” 52• 52. 0 O mundo mundo da da degradegra­ dacao, dação, dos dos miseraveis miseráveis da da terra, terra, no no processo processo mesmo mesmo de de sua sua producao produção pelas grandes grandes cidades cidades modernas Dublin ou ou Glasgow, Glasgow, por por exemplo, exemplo, pelas modernas -— Dublin confirmarn confirmam Landres! Londres! Em Em seguida, seguida, aa exposicao exposição se se concentra concentra no no Lancashire Lancashire ee nas outras cidades nas cidades cidades que que satelizam satelizam outras cidades ee comandam comandam oo desenvolvidesenvolvi­ rnento mento industrial, industrial, aa exportacao exportação de de produtos produtos industriais industriais ee aa transtormacao transformação dos dos operarios operários em em seres seres hurnanos humanos degradados, degradados, despossuldos despossuídos no no sentido sentido mais mais literal literal ee explorados explorados sern sem aa menor menor piedade. piedade. Ninguem Ninguém descreveu descreveu tao tão bem bem essa essa outra outra Nacso, N ação, que que nao não foi foi absorvida absorvida mas mas fortalecida fortalecida atraves através do tipo classico do ciclo ciclo inicial inicial da da revolucao revolução industrial. industrial. Manchester, M anchester, "o “o tipo clássico de de uma uma cidade cidade manufatureira m anufatureira moderna", m oderna”, com com sua sua rede rede de de pequenas pequenas cidades cidades vilas, interligadas interligadas ee interdependentes interdependentes gracas graças ao ao rnodo modo de de producao produção ee vilas, industrial industrial ee ao ao estilo estilo de de vida vida dos dos operarios, operários, permite-lhe permite-lhe ir ir ao ao fundo fundo do do aspecto aspecto exterior exterior ee da da organizacao organização ecol6gica ecológica dessa dessa outra outra Nacao. Nação. Algumas Algumas vezes vezes aa sua sua boa boa vontade vontade ee o o seu seu entusiasrno entusiasmo desfalecem. desfalecem. Stockport, Stockport, por por exemplo, exemplo, eé retratada retratada pelo pelo consenso consenso existente existente aa seu seu respeito respeito -— "excessi“excessi­ vamente vamente repelente" repelente” 118• 53. Certas Certas cidades, cidades, coma como Ashton, Ashton, possuem possuem seus seus atraatra­ tivos, tivos, nascidos nascidos de de adaptacoes adaptações deliberadas deliberadas à sua sua Iuncao função coma como cidade cidade industrial. industrial. Ele Ele rnenciona menciona o o piano plano central central dessa dessa cidade cidade ee indica indica tambem também os os seus seus defeitos defeitos 54. 54. O O texto texto escolhido escolhido toma toma por por objeto objeto Manchester, M anchester, ee oo Jeitor leitor enconencon­ trara trará nele nele aa descricao descrição de de urn um padrao padrão geral, geral, que que poderia poderia variar variar nas nas cidacidades-satelites, mas des-satélites, mas em em escala, escala, nao não em em natureza. natureza. É irnportante importante que que oo leitor leitor nao não perca perca de de vista vista aa sensibilidade sensibilidade de de F. F. Engels Engels para para os os contrastes. contrastes. Como Como se se arranjava, arranjava, por por exemplo, exemplo, aa "aristocracia “aristocracia do do dinheiro"; dinheiro” ; oo piano plano ecoloecoló­ gico da da cidade, cidade, que que perrnitia permitia isolar isolar ee "esconder" “esconder” aa vida vida miseravel miserável dos dos gico operarios operários dos dos oJhos olhos ee dos dos cantatas contatos dos dos burgueses; burgueses; as as habitacoes habitações da da massa massa pobre populacao local em termos pobre da da população local ((em termos de de pobreza pobreza ee de de prosperidade prosperidade relativa); re lativ a); oo cinturao cinturão Iabril, fabril, que que cercava cercava "toda “toda uma uma colecao coleção de de barracos barracos de de gado gado para para seres seres humanos". hum anos” . Mostre-me Mostre-me onde onde vives vives ee dir-te-ei dir-te-ei quern quem es! és! Engels Engels nao não titubeia. titubeia. Os Os operarios operários ee seus seus familiares familiares constituiam constituíam os os "hilotas “hilotas da da cidade cidade moderna", m oderna” , eles eles fruiam fruíam "a “a terrivel terrível condicao condição desse desse

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52 52 Idem, Idem, p. p. 31 31 (a (a afirmacao afirmação se se refere refere aa operarios operários que que viviam viviam em em Londres, Londres, cuias cujas tres familias em uma três famílias foram foram incluidas incluídas em uma sondagem sondagem preliminar). preliminar). 511 53 Idem, Idem, p. p. 43. 43. Engels Engels acrescenta: acrescenta: "Nao “Não me me lembro lembro de de ter ter visto visto tantas tantas adegas adegas usadas como moradias em usadas como moradias em qualquer qualquer outra outra cidade cidade deste deste distrito". distrito”. 54 54 Idem, Idem, p. p. 44. 44.

73 73 inferno inferno sobre sobre aa terra", terra” . Nao Não poderia poderia ser ser pior. pior. "Tudo “Tudo oo que que desperta desperta horror recente, pertence horror ee indignacao indignação é de de origem origem recente, pertence à epoca época industrial". industrial”. Em Em sintese, síntese, oo operario, operário, mal mal libertado libertado da da servidao, servidão, ve-se vê-se sujeito sujeito aà concon­ di9ao . queria dição de de "mero “mero gado". gado” . 0 O que que aa burguesia burguesia de de Manchester M anchester nao não-queria olhar, olhar, na na vida vida diaria, diária, ele ele desvendou desvendou para para oo mundo. mundo. 0 O que que aa producao produção industrial naquele momento; industrial engendrava, engendrava, ali ali ee naquele momento; e, e, como como contradicao, contradição, onde onde se britanico. Aguele se achava achava aa mola mola do do arranque arranque industrial industrial britânico. Aquele operario operário ee aquela produziam oo progresso progresso dos aquela miseria miséria produziam dos outros outros ee aa sua sua pr6pria própria ruina. ruína. Todavia, vista do perTodavia, do do ponto pon to de de vista do operdrio operário as as coisas coisas ainda ainda podiam podiam ser ser per­ cebidas padrao mais Um nada nada podia cebidas segundo segundo um um padrão mais drastico. drástico. Um podia fazer fazer um um homem miseria" homem oscilar oscilar do do "conforto “conforto relativo" relativo” para para aa "mais “mais extrema extrema miséria” e, e, mesmo, mesmo, para para aa "morte “morte por por inanicao". inanição” . Esse processo Esse quadro quadro mostra mostra que que aa industrializacao industrialização constitui constitui um um processo duro, implante. A duro, onde onde quer quer que que ela ela se se implante. A periferia periferia "repete" “repete” oo passado passado dos dos paises países industriais? industriais? H á historiadores historiadores que que se se preocupam preocupam com com isso, isso, ignorando ignorando que que F. F. Engels Engels nao não pos pôs em em questao questão aa miseria miséria relativa relativa aà luz luz de partida ((ou ou do de um um ponto ponto de de partida do "arranque “arranque industrial"). industrial” ). Ele Ele punha punha em em questao producao ((seu seu ass unto no no questão aa natureza natureza do do sistema sistema capitalista capitalista de de produção assunto capitulo rem, os capítulo seguinte) seguinte).. Po Porém, os que que gostam gostam de de comparacoes comparações deveriam deveriam conduzir conduzir as as suas suas analises análises para para aa existencia, existência, na na periferia, periferia, de de dois dois tipos tipos de de miseria miséria concomitantes. concomitantes. A A exploracao exploração capitalista, capitalista, stricto stricto sensu, sensu, ee aa exploracao Nacao fraca por outra exploração capitalista capitalista de de uma uma Nação fraca ee oprimida oprimida por outra Nacao Nação poderosa ee opressora. mostrou-se avancado poderosa opressora. Mesmo Mesmo nesse nesse ponto ponto Engels Engels mostrou-se avançado para para aa sua sua epoca. época. No No prefacio prefácio que que escreveu, escreveu, em em 1892, 1892, para para aa segunda segunda edicao edição em em ingles inglês de de sua sua obra, obra, nao não negou negou que que os os operarios operários (nao (não s6 só aa aristocracia aristocracia operaria, operária, note-se note-se bem) bèm ) participaram participaram do do rateio rateio da da mais-valia mais-vàlia espremida espremida das das nacoes nações coloniais coloniais ee semicoloniais: semicoloniais:

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"Durante “Durante oo periodo período do do monop61io m onopólio industrial, industrial, as as classes classes operarias operárias da da Inglaterra Inglaterra participaram, participaram, dentro dentro de de certos certos limites, limites, dos dos beneficios benefícios do do monopolio. foram distribuidos monopólio. Esses Esses beneffcios benefícios foram distribuídos em em parcelas parcelas desiguais desiguais entre entre eles; eles; aa minoria minoria privilegiada privilegiada embolsou embolsou mais, mais, porern porém mesmo mesmo aa grande grande massa massa teve, teve, pelo pelo menos, menos, uma uma participacao participação temporaria temporária aqui aqui ee ali ali 55." 5B.”

Ao Ao retomar retom ar oo assunto assunto de de que que tratava tratava tao tão objetivamente, objetivamente, as as condicoes condições de de vida vida ee aa miseria miséria das das classes classes operarias operárias em em 1844, 1844, Engels Engels poe põe em em relevo os transformacoes, que relevo os dois dois lados lados da da realidade. realidade. Nao Não oculta oculta as as transformações, que redundaram em redundaram em um um novo novo estilo estilo de de vida. vida. Contudo, Contudo, enfatiza, enfatiza, com com razao, razão, que ponto essencial. que ai aí nao não esta está o o ponto essencial. "Assim, “Assim, oo desenvolvimento desenvolvimento da da producao produção na na base base do do sistema sistema capitalista capitalista foi mesmo -— pelo Industrias principais, foi suficiente, suficiente, por por si si mesmo pelo menos menos nas nas indústrias principais, pois isso esta pois nos nos ramos ramos menos menos importantes importantes isso está longe longe de de ser ser verdadeiro verdadeiro — 6:1 p. XVII faz parte parte de 58 Idem, Idem , p. X V II (o (o trecho trecho faz de um um artigo, artigo, "England “England in in 1845 1845 and and 1885", 1885”, London 1-3-1885, que L ondon Commonweal, C om m on w eal, Londres, Londres, 1-3-1885, que F. F. Engels Éngels transcreveu transcreveu no no prefacio, prefácio, p. p XI-XVITT). XI-XVTIT).

74 74 para todos os abusos que para eliminar eliminar todos os pequenos pequenos abusos que agravavam agravavam aa sorte sorte dos dos operarios' nos operários n o s •, estagios estágios iniciais. iniciais. E E isso isso torna torna cada cada vez vez mais mais evidente evidente que miseravel da classe operaria procurada que aa condicao condição miserável da classe operária precisa precisa ser ser procurada nao pequenos abusos, capitalista" 56. não nesses nesses pequenos abusos, mas mas no no pr6prio próprio sistema sistema capitalista” 59.

Adiante, das "rnelhorias", claro como Adiante, r,toma retom a o o problema problema das “melhorias”, deixando deixando claro como elas elas se ca rater paliativo: se originavam originavam ee o o seu seu caráter paliativo: "Do tifo, bexigas “D o mesmo mesmo rnodo, modo, as as ocorrencias ocorrências repetidas repetidas de de c6lera, cólera, tifo, bexigas ee outras necessidade urgente urgente outras epidernias epidemias rnostrararn mostraram aà burguesia burguesia britanica britânica aa necessidade da higiene em vilas ee cidades, da higiene em suas suas vilas cidades, se se desejasse desejasse salvar salvar aa si si pr6pria própria ee suas farnilias de dessas doencas, Em conseqüência, conseqilencia, suas famílias de serern serem vjtimas v|timas dessas doenças. Em os desapareceram ou os abusos abusos mais mais gritantes, gritantes, descritos descritos neste neste livro, livro, ou ou desapareceram ou se toroaram rnenos visiveis. A introduzida ou se tornaram menos visíveis. A drenagem drenagem foi foi introduzida ou melhomelho­ rada, avenidas por cima das rada, foram foram abertas abertas longas longas avenidas por cima das piores piores favelas favelas (slums) ( s lu m s ) que desapareceu, ee que eu eu descrevi. descrevi. A A Little L ittle Ireland I r e la n d (Pequena (Pequena lrlanda) Irlanda) desapareceu, os sao os na lista para sumir. os Seven S e v en Dials D ia ls (Sete (Sete Mostradores) Mostradores) são os pr6ximos próximos na lista para sumir. O Distritos inteiros, que em 1844 eu poderia O que que isso isso quer quer dizer? dizer? Distritos inteiros, que em 1844 eu poderia descrever comoo quase descrever com quase idilicos, idílicos, cairam caíram agora, agora, com com o o crescimento crescimento das dás cidades, dilapidacao, desconforto desconforto ee miseria, cidades, no no mesmo mesmo estado estado de de dilapidação, miséria. I\ SoSo­ mente porcos ee os amontoados de mais tolerados, mente os os porcos os amontoados de refuge refugo njio não sao são mais tolerados. A arte de miseria da A burguesia burguesia fez fez outro outro progresso progresso na na ’· arte de esconder esconder aa miséria da classe nenhuma classe operaria. operária. Mas Mas que, que, com com referencia referência as às suas suas habitacoes, habitações, nenhuma melhoria demonstrado pelo melhoria substancial substancial ocorreu, ocorreu, eé amplamente amplamente demonstrado pelo RelaRela­ t6rio 1885. E tório da da Comissao Comissão • Real Real 'Sobre ‘Sobre aa Habitacao Habitação do do Pobre', Pobre’, de de 1885. E isso outros aspectos. isso tarnbern também eé verdadeiro verdadeiro em em outros aspectos. Os Os regulamentos regulamentos polipoli­ ciais tao abundantes ciais tern têm sido sido tão abundantes quanto quanto as as amoras; amoras; mas mas eles eles somente somente pod em coibir nao podem pod em remove-lo" podem coibir oo sofrimento sofrimento dos dos operarios, operários, não removê-lo” 111. 57.

F. inlcio do do processo processo da da "integracao F. Engels Engels presenciou presenciou o o início “integração urbana" urbana” nas nas grandes processo grandes cidades cidades industriais. industriais. Sob Sob o o capitalismo capitalismo monopolista monopolista esse esse processo foi renovado exibidos, foi renovado ee ampliado ampliado -— ee seus seus efeitos efeitos devastadores devastadores sao são exibidos, atualmente, por York -— ou No entanto, sua analise atualmente, por New New York ou Manchester! Manchester! No entanto, sua análise pioneira permanece valiosa, valiosa, não nao só s6 por por causa causa do que registrou registrou sobre sobre oo pioneira permanece do que aparecimento das grandes industriais, Ele Ele foi muito mais longe, aparecimento das grandes cidades cidades industriais. foi muito mais longe, na esfera cntica, que que os na esfera crítica, os atuais atuais denunciadores denunciadores da da "deterioracao “deterioração das das cidacida­ des".. Isso porque, alem de associar associar aa existencia natureza des” Isso porque, além de existência do do problema problema aà natureza do ele soube extincao do do sisterna sistema capitalista, capitalista, ele soube demonstrar dem onstrar que que s6 só aa extinção do capicapir talismo pode pode conduzir cidades. talismo conduzir à regeneracao regeneração das das cidades.

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III. III.

0 curs
Nao ée minha pretensao confundir confundir aa producao de dois dais ho­ hoNão minha pretensão produção hist6rica histórica de mens com investigacoes históricas. hist6ricas. A mens com aa de de todo todo um um centro centro de de investigações A necessidade necessidade te6rica levou-os hist6ria. Para Para ultrapassar as posições posicoes da teórica levou-os aà história. ultrapassar as da filosofia filosofia da da ~6 88 Idem, Idem, p. p. ~1 R7 Idem, Idem, p. p.

VII. VII. VIlI. VIII.

75 75 hist6ria hegeliana história hegeliana ee dos dos seus seus entices críticos neo-hegelianos, neo-hegelianos, eles eles recorreram recorreram aa uma uma ciencia ciência da da hist6ria, história, que que era era uma um a sintese síntese das das ciencias ciências sociais, sociais, coroada coroada ee presidida presidida pelo pelo ponto ponto de de vista vista hist6rico. histórico. A A necessidade necessidade pratica prática tambem também os um movimento os levou levou aà hist6ria. história. Imersos Imersos na na luta luta de de classes, classes, em em um movimento opeope­ rario rário intemacional internacional em em pleno pleno crescimento crescimento ee na na vanguarda vanguarda das das primeiras primeiras tentativas tentativas revolucionarias, revolucionárias, foi foi para para aa hist6ria história que que se se voltaram. voltaram. Se Se fossem fossem socialistas socialistas ou ou comunistas comunistas utopicos, utópicos, se se se se contentassem contentassem com com aa reforma reforma social, social, poderiam poderiam ter ter paciencia paciência ee aguardar, aguardar. Revolucionarios Revolucionários de de uma uma nova nova estirpe, atos, investigando estirpe, tiveram tiveram de de buscar buscar respostas respostas nos nos ffatos, investigando as as guerras guerras camponesas, camponesas, as as classes classes operarias operárias na na Inglaterra, Inglaterra, aa revolucao revolução ee aa contracontra-revolucao -revolução na na Franca, França, na na Alemanha Alem anha ee em em outros outros paises países da da Europa, Europa, oo Imperio Império de de Luis Luís Bonaparte, Bonaparte, oo significado significado da da Cornuna, Comuna, etc. etc. As As necessinecessi­ dades ou dades praticas práticas se se cruzaram cruzaram com com as as necessidades necessidades te6ricas. teóricas. A A hist6ria história ((ou oo ponto ponto de de vista vista hist6rico) histórico) ficava ficava no no centro centro das das indagacoes, indagações, que que iam iam da da observacao observação dos dos fatos fatos aà revolucao revolução da da teoria teoria ee da da revolucao revolução social social aà observacao observação dos dos fatos. fatos. Nada N ada disso disso os os convertia convertia em em uma uma nova nova casta casta de de historiadores issionais nem historiadores prof profissionais nem os os obrigava obrigava aa incursoes incursões mais mais ambiciosas, ambiciosas, como como aa investigacao investigação comparada comparada das das civilizacoes. civilizações. Contudo, Contudo, por por uma uma questao questão de de epoca, época, de de formacao formação cultural cultural ee da da rebeliao rebelião dos dos intelectuais intelectuais jovens jovens na na Alemanha, Alemanha, pelo pelo percurso percurso do do hegelianismo, hegelianismo, ao ao neo-hegelianismo neo-hegelianismo ee ao ao materialismo materialismo congruente, congruente, por por causa causa de de uma uma curiosidade curiosidade insaciavel, insaciável, ambos ambos possuiam possuíam uma um a informacao informação hist6rica histórica fora fora do do comum comum ee eram, eram, em em um um sentido sentido figurado, figurado, eruditos eruditos na na materia. matéria. Uma Uma erudicao erudição livre livre de de amarras, amarras, que que se se movimentava movimentava em em varias várias direcoes, direções, que que crescia crescia continuamente, continuamente, renovando-se renovando-se sem sem cessar, cessar, ee que que sofria sofria oo impacto impacto de de suas suas posicoes posições polipolí­ ticas ticas revolucionarias revolucionárias ee das das vicissitudes vicissitudes de de um um movimento movimento operario operário nasnas­ cente. cente. Tinham Tinham constantemente constantemente cl...: d.; alargar alargar as as suas suas vistas vistas ee aprender aprender novas novas linguas línguas ou ou novas novas hist6rias. histórias. !.. A amplitude amplitude de de sua sua curiosidade curiosidade ee do do que que conheciam conheciam historicamente, historicamente, r.o r o presente presente ee do do passado passado dos dos varies vários paises países da da Europa, Europa, de de Roma, Rom a, da da Grecia, Grécia, dos dos povos povos submetidos submetidos aà colonizacao, colonização, etc., etc., eé simplesmente simplesmente assombrosa. assombrosa. Um Um conhecimento conhecimento que que comecava começava vacivaci­ lante lante mas mas que que logo logo se se tornava tornava mais mais ou ou menos menos s6lido. sólido. Por Por isso, isso, oo perper­ curso curso deles deles por por varias várias Iinguas, línguas, por por varias várias artes artes ee literaturas, literaturas, por por varias várias hist6rias, histórias, representava representava uma uma mistura mistura de de diversos diversos motivos motivos ee interesses: interesses: uma um a tradicao tradição de de "cultura", “cultura”, oo prazer prazer intelectual, intelectual, o o alargamento alargamento da da inteliinteli­ gencia imaginacao, aa busca gência ee da da imaginação, busca de de respostas respostas mais mais complexas complexas sobre sobre as as origens origens ee aa evolucao evolução da da Humanidade, Humanidade, o o questionamento questionamento politico político do do prepre­ sente, sente, do do socialismo socialismo ut6pico utópico ee do do comunismo comunismo revolucionario. revolucionário. Auto-esclaAuto-esclarecimento recimento ee auto-educacao, auto-educação, no no ponto ponto de de partida; partida; necessidade necessidade politica, política, aa partir rte partir de de certo certo tempo: tempo: aa comparacao comparação hist6rica histórica sempre sempre ocupou ocupou uma um a pa parte consideravel considerável das das preocupacoes preocupações de de K. K. Marx M arx ee de de F. F. Engels, Engels, embora embora nenhum nenhum deles deles pretendesse pretendesse sistematizar sistematizar tais tais estudos estudos e, e, em em particular, particular, olhassem olhassem com com espirito espírito critico crítico severo severo as as "deformacoes “deformações ideologicas" ideológicas” com com as as quais quais conviviam conviviam pacificamente pacificamente os os especialistas especialistas da da historia história da da civicivi­ lização. lizacao.

76 76 No No entanto, entanto, duas duas coisas coisas precisam precisam ser ser enfatizadas. enfatizadas. Primeiro, Primeiro, aa palavra palavra

civilizacao civilização nao não os os assustava, assustava, como como sucede sucede agora agora na na maioria maioria das das correntes correntes

das das ciencias ciências sociais. sociais. Era Era uma uma palavra-chave palavra-chave aà qual qual recorriam recorriam quando quando precisavam precisavam dela dela ee deve-se deve-se dizer dizer que que sabiam sabiam emprega-la. empregá-la. Alemaes Alemães cultos cultos ee up up to to date date nas nas conquistas conquistas do do pensamento pensamento filos6fico filosófico ee cientifico, científico, em em seu seu esquema esquema interpretativo interpretativo aa palavra palavra possuia possuía um um sentido sentido inclusivo: inclusivo: os os grandes grandes estagios estágios do do desenvolvimento desenvolvimento da da Humanidade Hum anidade correspondiam correspondiam aos aos grandes grandes estagios estágios do do desenvolvimento desenvolvim ento hist6rico histórico das das civilizacoes. civilizações. Segundo, Segundo, os os dois dois devotaram devotaram as as suas suas vidas vidas mais mais que que ao ao estudo estudo de de um um modo modo de de producao, produção, ao ao estudo estudo de de uma uma civilizacao, civilização, que que vasculharam vasculharam de de varias várias mama­ neiras as neiras ee em em varias várias direcoes, direções, ee da da qual qual toram foram criticos críticos impiedosos impiedosos ((às vezes vezes identificando identificando aa civilizacao civilização com com os os males males existentes, existentes, outras outras vezes vezes proclamando proclam ando que que aa civilizacao civilização nao não se se coadunava coadunava com com eles). eles). Por Por isso, isso, nao não cairam caíram na na armadilha armadilha da da mistificacao mistificação do do progresso progresso ee da da representacao representação liberal liberal do do evolucionismo, evolucionismo, pois pois desmascararam desmascararam pela pela base base os os alicerces alicerces materiais, ou civilizacao materiais, sociais sociais ee morais morais da da civilizacao civilização burguesa burguesa ((ou civilização indusindus­ trial trial moderna, moderna, se se preferirem). preferirem ). Se Se se se toma toma como como referenda referência oo segundo segundo ponto: ponto: qua! qual foi foi oo cientista cientista social social do do seculo século XIX X IX que que deixou deixou uma uma contricontri­ buicao buição comparavel comparável ao ao estudo estudo ee aà explicacao explicação das das origens origens ee do do desenvoldesenvol­ vimento vimento da da sociedade sociedade burguesa? burguesa? Em Em um um sentido sentido lato, lato, K. K. Marx Marx ee F. F. Engels Engels s6 só se se empenharam empenharam em em conhecer conhecer essa essa sociedade sociedade e. e sua sua civilizacao, civilização, em em cornbate-Ias, combatê-las, em em explicar explicar como como se se daria daria aa sua sua dissolucao dissolução historica, histórica, ou "pre-historia da ou seja, seja, o o fim fim da da “pré-história da sociedade sociedade humana", hum ana” . Seria Seria posslvel possível coligir, coligir, na na obra obra de de K. K. Marx Marx ee F. F. Engels, Engels, diversas diversas incursoes incursões ocasionais ocasionais por por diferentes diferentes civilizacoes. civilizações. Nao Não me me pareceu pareceu aeonacon­ selhavel selhável entrar entrar nessa nessa area área de de coleta coleta de de pequenos pequenos textos textos ee de de retalharetalhamento mento de de sua sua obra obra ou ou de de seu seu pensamento, pensamento. Levando Levando em em conta, conta, com com prioridade, prioridade, oo que que parece parece ser ser mais mais importante im portante para para aa informacao informação ee aa formacao formação do do leitor, leitor, imprimi imprimi aa esta esta terceira terceira parte parte da da antologia antologia uma uma dimensao dimensão oo mais mais aberta aberta possivel. possível. As As leituras leituras poem põem aà luz luz do do dia dia oo signisigni­ ficado ficado mais mais amplo amplo do do seu seu trabalho trabalho como como investigadores investigadores ee de de sua sua contricontri­ buicao buição cientifica. científica. Em Em conjunto, conjunto, elas elas salientam salientam tres três coisas coisas distintas. distintas. Primeiro, Primeiro, como como manejavam manejavam oo conceito conceito de de civilizacao civilização ee que que status status lhe lhe conferiam conferiam em em suas suas reflexoes reflexões te6ricas teóricas ee praticas. práticas. Segundo, Segundo, como como pratiprati­ cararn caram ee aproveitaram aproveitaram aa comparacao comparação de de civilizacoes civilizações diferentes, diferentes, naturalnatural­ mente mente no no estudo estudo de de um um determinado determinado assunto, assiinto, esquadrinhado esquadrinhado atraves através de de suas suas diversas diversas formas formas de de manifestacao, manifestação. Terceiro, Terceiro, qual qual eé aa contribuiciio contribuição especif ica que específica que legararn legaram as às ciencias ciências sociais sociais no no que que tange tange aà dinamica dinâmica das das civilizacoes entendendo-se que civilizações ((entendendo-se que os os resultados resultados conseguidos conseguidos na na investigacao investigação de de um um caso caso possam possam ser ser encarados encarados de de uma uma perspectiva perspectiva geral). geral). Essa Essa tritrifurcacao furcação nao não foi foi concebida concebida como como criterio critério de de selecao seleção dos dos textos. textos. Ao Ao contrario, contrário, ela ela eé um um quadro quadro de de referencia, referência, ao ao qual qual oo Jeitor leitor tambem também chegara, chegará, depois depois de de Jer ler os os textos, textos, de de por pôr em em debate debate aa que que conduziu conduziu ou ou oo que que implicava implicava aa "ciencia “ciência da da hist6ria" história” perfilhada perfilhada por por Marx Marx ee Engels. Engels. Note-se levantar aa problematizacao Note-se bem, bem, nao não se se trata trata de de levantar problematização inerente inerente aa tal tal

77 77 modo modo de de ver ver aa hist6ria. história. Se Se tal tal caminho caminho fosse fosse trilhado, trilhado, seria seria preciso preciso explorar imenso de explorar um um Ieque leque imenso de temas, temas, que que foram foram examinados examinados e' e esclarecidos esclarecidos pelos dois sobre seus trabalhos oo foco pelos dois autores. autores. Mas Mas de de projetar projetar sobre seus trabalhos foco de de uma uma luz mais mais exigente, exigente, que luz que os os questione questione em em fun~ao função do do significado significado maior maior do do seu seu legado legado cientifico científico para para aa hist6ria. história. A A escolha escolha do do primeiro primeiro texto texto foi foi quase quase automatica. automática. Para Para muitos, muitos, oo prefacio prefácio de de Contribuiciia. C ontribuição.aà critica crítica da da Economia Econom ia Politica Política seria seria aa leitura leitura recomendavel para abrir Recomendável para abrir esta esta parte. parte. Ora, Ora, esse esse texto texto foi foi aproveitado aproveitado em em outro outro Iugar, lugar, no no qua! qual ele ele concorre concorre para para evidenciar evidenciar melhor melhor oo conteiido conteúdo ee aa genese gênese do do materialismo materialismo historico. histórico. De De outro outro lado, lado, marxistas marxistas ee supersupermarxistas influencias de marxistas assestaram assestaram suas suas baterias baterias contra contra as as influências de L. L. H. H. Morgan Morgan sobre A origem sobre Engels Engels ee sobre sobre deslizes deslizes evolucionistas evolucionistas de de A origem da da [amilia, família, da da propriedade Nao penso propriedade privada privada ee do do Estado, Estado. Não penso que que Engels Engels precise precise ser ser defendido defendido em em nome nome de de alguma alguma "ortodoxia “ortodoxia marxista", m arxista”. Se Se ha há algo algo aa mencionar, mencionar, para para mim, mim, ele ele esta está em em outra outra coisa. coisa. Engels Engels se se arrojou arrojou aa uma uma sintese síntese que que ainda ainda nao não encontrava encontrava bases bases cientificas científicas muito muito s6lidas. sólidas. Lendo-Se Lendo-se com com cuidado cuidado essa essa obra, obra, porem, porém, verifica-se verifica-se que que preferiu preferiu atravessar atravessar os os caminhos caminhos mais mais seguros, seguros, atraves através de de temas temas que que ele ele dominava dominava em em funcao função das das pesquisas pesquisas hist6ricas históricas que que efetuara, efetuara, ee oo texto texto escolhido escolhido sumaria sumaria concon­ clusoes rede marxista clusões que que sao são ampliadas ampliadas exatamente exatamente pela pela rede marxista em em que que ele ele as que sirva do ee as recolhe recolhe ((que sirva de de exemplo exemplo oo que que fala fala das das origens origens do do Esta Estado da da relacao relação do do Estado Estado com com aa sociedade). sociedade). O qua! K. O segundo segundo texto texto refere-se refere-se aa um um tema tema ao ao qual K. Marx M arx sempre sempre dedicou dedicou atencao atenção especial especial -— aa propriedade propriedade ee sua sua evolucao evolução -— ee que que comparece Manuscritos comparece em em outras outras transcricoes transcrições (textos (textos retirados retirados dos dos M anuscritos de de 1844 ee de texto nao 1844 de A A ideologia ideologia alemii). alem ã). 0 O texto não foi foi escolhido escolhido porque porque o o escrito parte esta Mas porque porque ele escrito de de que que faz faz parte está muito muito em em voga. voga. Mas ele eé excelente excelente para demonstrar Alem disso, para dem onstrar como como K. K. Marx M arx exercitava exercitava aa comparacao. comparação. Além disso, ele A analise ele eé importante im portante por por outra outra razao. razão. A análise historica histórica corrente corrente Iida lida com com acontecimentos Fala-se em acontecimentos ou ou com com processes processos hist6ricos históricos produzidos. produzidos. Fala-se em hist6ria mortos" na história de de "faros “fatos m ortos” ee em em hist6ria história de de "fatos “fatos vivos". vivos” . Mas, Mas, na verdade, verdade, concede-se concede-se pouca pouca (ou (ou nenhuma) nenhum a) atencao atenção as às condicoes condições de de propro­ duciio dução dos dos acontecimentos acontecim entos ee processos processos historicos, históricos, como como se se aa historia história fosse, faz de fosse, sempre, sempre, a/go algo dado. dado. Marx M arx vai vai em em direcao direção oposta: oposta: faz de sua sua reflexao ou reflexão um um expediente expediente para para remontar rem ontar aà historia história viva viva do do passado passado ((ou de de varies vários passados) passados),, apanhando apanhando nas nas malhas malhas da da indagacao indagação as as condicoes condições de de producao produção dos dos acontecirnentos acontecimentos ee processos processos historicos. históricos. A A sua sua reflexao, reflexão, sob este este aspecto, aspecto, eé substantivamente substantivamente socio16gica. sociológica. Mas, Mas, de de fato, fato, ele ele funde funde sob as as tarefas tarefas do do historiador historiador ee do do soci6logo, sociólogo, deslocando deslocando as as fronteiras fronteiras da da imaginacao imaginação cientifica científica de de modo modo aa eliminar eliminar as as diferencas diferenças que que poderiam poderiam existir existir entre entre o o "estudo “estudo do do contemporaneo" contem porâneo” ee o o "estudo “estudo do do passado" passado” supostamente supostamente morto. m orto. Isso Isso estava estava bem bem dentro dentro de de sua sua orientacao orientação interinterpretativa: pretativa:

78 78 "Os “Os mas mas isto isto

econornistas produz nestas nestas relacoes economistas nos nos explicam explicam como com o se se produz relações dadas, dadas, oo que que etes eles nao não explicam explicam eé como como estas estas retacoes relações se se produzem, produzem, e,é, oo movimento movimento hist6rico histórico que que as as faz faz nascer" nascer” es, 58.

O O terceiro terceiro texto texto compoe compõe oo capitulo capítulo que que abre abre oo Manifesto M anifesto do do Partido Partido Comunista, Com unista , um um escrito escrito politico político que que "ja “já superou superou o o estagio estágio de de elogios" elogios” 69• 58. Acredito preserite Acredito que que ninguem ninguém objetaria objetaria contra contra aa inclusao inclusão deste deste texto texto no no presente volume. Por uma volume. Todavia, Todavia, por por que que enquadra-lo enquadrá-lo nesta nesta terceira terceira parte? parte? Por uma razao que razão que me me parece parece 6bvia: óbvia: ha, há, nele, nele, uma uma portentosa portentosa sfntese síntese de de passado, passado, presente presente ee future, futuro, com com vistas vistas aa conjugar conjugar o o esgotamento esgotamento de de uma uma epoca época revolucionaria revolucionária com com oo surgimento surgimento de de uma uma nova. nova. Esse Esse capitulo capítulo contern contém aa representacao representação mais mais completa completa da da "historia “história em em movimento" movimento” que que eles eles elaboelabo­ raram. raram. E, E, sob sob outros outros aspectos, aspectos, é o o melhor m elhor balance balanço que que saiu saiu de de suas suas maos mãos sobre uma civilizacao sobre uma civilização concreta concreta 60• 80. Na Na linha linha que que K. K. Marx Marx delineara delineara em em Miseria Miséria da da Filosojia, Filosofia, as as "epocas “épocas historicas" históricas” sao são usadas usadas para para delimitar delimitar todo todo o o curso curso da da hist6ria história moderna, moderna, inclusive inclusive aa que que estava estava em em potencial potencial qu ou mal mal -comecara começara aa germinar. germinar. Como Como sucede sucede com com outros outros escritos escritos politicos políticos de de K. K. Marx Marx ee F. F. Engels, Engels, oo Manifesto M anifesto do do Partido Partido Comunista Comunista eé uma uma obrade obra:de explicitacao explicitação ee de de explicacao explicação da da hist6ria história em em processo. processo. 0 O escopo escopo ee aa grandegrande­ za !he conferem za da da analise análise hist6rica histórica é que que lhe conferem o o seu seu valor valor Impar ím par na na historiohistorio­ grafia. grafia. A A consciencia consciência da da classe classe revolucionaria revolucionária nao não se se parte parte nem nem se se reparte. reparte. Ela Ela abarca abarca oo movimento movimento hist6rico histórico como como totalidade totalidade e, e, portanto, portanto, desvenda desvenda corno como os os coveiros coveiros do do capital capital tarnbem também estavam estavam gestando gestando aa primeira primeira civilicivili­ zacao zação que que nao não se se fundaria fundaria sobre sobre oo antagonismo antagonismo das das classes. classes. O O quarto quarto ee oo quinto quinto textos textos foram foram extraidos extraídos de de O O capital. capital. Esta Esta eé aa magnum magnum opus opus de de K. K. Marx Marx ee exige exige do do leitor leitor uma uma dedicacao dedicação maior. maior. Dado Dado oo carater caráter inclusivo inclusivo da da concepcao concepção materialista materialista ee dialetica dialética da da historia, história, o o livro pode ser livro contern contém contribuicoes contribuições ou ou pode ser reivindicado reivindicado por por quase quase todas todas as as ciencias termos de ciências sociais. sociais. Em Em termos de objeto, objeto, ele ele se se volta volta para para oo modo modo de de

e

e

K. 98. K. Miseria M iséria da da Filosofia, Filosofia, p. p. 98. 0 O manifesto m anifesto comunista com unista de de Marx M arx ee Engels. Engels. Introducso, Introdução, p. p. 27. 27. Laski Laski conclui conclui essa essa frase frase escrevendo: escrevendo: "Todo “T odo estudioso estudioso da da sociedade sociedade considera-o considera-o um um dos dos mais mais importantes im portantes documentos documentos politicos políticos de de todos todos os os tempos; tempos; pela pela influencia influência que que exerceu, exerceu, eé comparado com parado aà Declaracao Declaração de de Independencia Independência Americana A m ericana de de 1776 1776 ee a à Declaracao D eclaração dos dos Direitos D ireitos do do Homcm Homem de de 1798, 1798, na na Franca. França. Sua Sua fama fam a eé extraordiextraordi­ naria, mas tam tambern nária, niio não somente somente devido devido aà forca força com com que que foi foi escrito, escrito, mas bém aà totalidade totalidade que Adiante, acrcscenta: quê consegue consegue abranger abranger de de maneira m aneira breve breve ee intensa". intensa”. Adiante, acrescenta: "O “O tempo tem po so só fez fez contribuir contribuir para para aa fama fam a de de O O manifesto m anifesto comunista; com u nista ; ele ele alcancou alcançou niio tambern não somentc somente aa .■posi~iio posição notavel notável de de classico, clássico, mas mas tam bém aa de de um um classico clássico que que permanece perante os perm anece atual atual perante os conflitos conflitos que que sacodem sacodem todo todo um um seculo século apos após ter ter sido sido escrito" p. 49-50). escrito” (idem. (idem. p. 49-50). oo 00 Preparei Preparei os os pianos planos desta desta antologia antologia quase quase dois dois anos anos antes antes de de ler ler o o ensaio ensaio de de VILAR, V il a r , P. P. Marx M arx ee aa Historia. H istória. In: In: HOBSBAWM, H o b s b a w m , E. E. J. J. org. org. Historia H istória do d o marxismo, m arxism o, p. A leitura p. 91-126. 91-126. A leitura de de todo todo o o ensaio ensaio me me causou causou enorme enorm e alegria. alegria. Mas M as foram foram os os seus seus cornentarios comentários ao ao Manifesto M an ifesto do do Partido P artido Comunista C om unista que que mais mais me me sensibilizasensibiliza­ ram, ram, por por sua sua pertinencia, pertinência, precisao precisão ee coragem coragem intelectual, intelectual, animando-me anim ando-m e aa continuar continuar na rota que na rota que me me havia havia proposto. proposto. M r' 8 MARX, M arx,

~9 •’>9 LASKI, L a s k i , H. H. J. J.

79 79 producao produção capitalista. capitalista. Em Em termos termos de de resultados, resultados, em em virtude virtude da da amplitude amplitude do do ponto ponto de de vista vista cientifico, científico, ele ele esclarece esclarece aa sociedade sociedade burguesa burguesa ee suas suas estruturas estruturas de de dominacao dominação ee de de poder, poder, portanto, portanto, decifra decifra como como nenhum nenhum outro hist6rica de outro livro livro aa forma forma histórica de civilizacao civilização que que resultou resultou da da revolucao revolução industrial. industrial. 0 O capital capital expressa expressa da da maneira maneira mais mais acabada acabada ee perfeita perfeita oo ideal ideal de Marx almejavam chegar. de ciencia ciência positiva positiva 61, ei, aa que que K. K. M arx ee F. F. Engels Engels almejavam chegar. Os Os dois dois textos textos compilados compilados foram foram escolhidos escolhidos deliberadamente, deliberadamente, com com oo fito fito de de atingir atingir dois dois alvos alvos centrals. centrais. 0 O primeiro, primeiro, de de incentivar incentivar o o leitor leitor aa ir ir ao ao fundo fundo do do conhecimento conhecimento da da producao produção cientifica científica de de Marx. Marx. Os Os limites limites de longe. Entretanto, de espaco espaço nao não permitiram permitiram ir ir muito muito longe. Entretanto, o o leitor leitor fica fica conheconhe­ cendo cendo como como ele ele considerou considerou ee explicou explicou aa genese gênese do do capital capital industrial, industrial, da ampliada ee da da acumulacao acumulação capitalista capitalista ampliada da sociedade sociedade burguesa burguesa contemcontem­ poranea. ou texto) porânea. 0 O segundo, segundo, de de explicitar explicitar o o que que cada cada contribuicao contribuição ((ou texto) contern contém para para aa interpretacao interpretação objetiva objetiva da da dinamica dinâmica da da civilizacao civilização indusindus­ trial. oculta por trial. Como Como ela ela se se produz produz ee se se reproduz reproduz ee o o que que se se oculta por tras trás do do seu seu padrao padrão de de composicao composição demografica. demográfica. I) 1)

Barbarle Barbárie ee civiliza~iri civilização (F (F.. .Eniels) Éngels)

O da [amllia, O livro livro de de F. F. Engels, Engels, A A origem origem da família, da da propriedade propriedade privada privada ee do teve enorme do Estado Estado teve enorme fortuna, fortuna, entre entre socialistas socialistas ee comunistas, comunistas, circir­ culando culando com com oo peso peso de de classico clássico na na bibliografia bibliografia acreditada. acreditada. Nao Não obstante, obstante, enfrentou tempo, por por lhe enfrentou alguma alguma resistencia, resistência, que que aumentou aumentou com com o o tempo, lhe serem serenj debitadas debitadas inclinacoes inclinações conciliadoras conciliadoras ee ecleticas ecléticas.. .. .. 0 O livro livro se se situa, situa, claraclara­ mente, hist6ria comparada mente, no no ca'mpo câmpo da da história com parada ee segue segue com com firmeza, firmeza, como como oo pr6prio Engels próprio Engels deixa deixa patente, patente, o o metodo método ee aa teoria teoria do do materialismo materialismo histohistó­ rico. rico. Eis Eis o o que que escreve escreve no no prefacio prefácio da da primeira primeira edicao: edição: "Quante menos desenvolvido “Quanto menos desenvolvido eé oo trabalho, trabalho, mais mais restrita restrita eé aa quantidade quantidade de de seus seus produtos produtos e, e, por por consequencia, conseqüência, aa riqueza riqueza da da sociedade, sociedade, mais, mais, assim, laces de assim, aa influencia influência predominante predominante dos dos laços de parentesco parentesco parece parece domidomi­ nar oo regime nar regime social" social” 02. 02. A teoria da A afirmacao afirmação conforma-se, conforma-se, totalmente, totalmente, aà exposicao exposição inicial inicial da da teoria da producao produção do do homem, homem, da da reproducao reprodução da da especie espécie ee da da producao produção da da sociesocie­ dade dade que que ele ele ee Marx M arx haviam haviam condensado condensado em em A A ideologia ideologia alemii alemã (ver (ver texto, texto, parte parte I, I, t6pico tópico 2). 2 ). A A riqueza riqueza metodol6gica metodológica daquela daquela descricao descrição perdeu-se e, mais perdeu-se no no horizonte horizonte da da sociologia sociologia marxista marxista ((e, mais tarde, tarde, da da antroantro­ pologia marxista). pologia m arxista). Ela Ela implicava implicava que que aa influencia influência determinante determinante do do modo modo material de material de producao produção sofre sofre mediacoes mediações ee que, que, de de acordo acordo com com oo estagio estágio do do desenvolvimento desenvolvimento economico, econômico, aa atividade atividade da da base base economica econômica na na forfor­ Oentro linguagem empregada K. M Marx D entro da da linguagem empregada por por K. arx ee F. F. Engels Engels em em A A ideo/ogia ideologia alemii naturalmente, alem ã (nae, (não, naturalm ente, "ciencia “ciência positivista", positivista”, na na acepcao acepção comtiana com tiana ou ou em em sentido sentido amplo, amplo, o o que que para para eles eles implicaria im plicaria deformacao deform ação ideologica). ideológica). 62 tí2 ENGELS, E n g e l s , F. F. L'orlgine L ’origine de d e la Ia [amille, fam ille, de de la Ia propriete propriété privee privée et et de de l'Etat, VÊtat, p. p. 16; 16; ed. iamilia, ed. bras.: bras.: A A origem origem da da fam ília, da da propriedade propriedade privada privada ee do do Estado, E stado, p. p. 2·3. 2‘3. 6l 61

80 80 macao correspondente pode pode diluir-se ou diferenciar-se crescer. mação societaria societária correspondente diluir-se ou diferenciar-se ee crescer. O no qual material O arcabouco arcabouço social social constitui constitui o o primeiro primeiro patamar patam ar no qual o o modo modo material de objetiva, ee ele intemo ee de producao produção se se objetiva, ele é sempre sempre oo principal principal requisito requisito interno externo ele sempre sempre atua, atua, do do estagio mais simples simples ao mais externo deste deste ultimo; último; ee ele estágio mais ao mais complexo, uma cacleia de rnediacao, que marca complexo, como como uma cadeia de mediação, que marca aa socializacao socialização humana das necessidades basicas da dos meios rneios de hum ana da da natureza, natureza, das necessidades básicas da vida vida ee dos de producao. Por Por isso, produção. isso, Marx Marx ee Engels Engels 'recorrem recorrem aà descricao descrição segundo segundo aa qua! que produz produz oo Estado ( e não, nao, direta­ diretaqual eé aa sociedade sociedade que Estado aà sua sua Ieicao, feição, (e mente, oo modo producao, ernbora ou mente, modo de de produção, embora este este seja seja aa "ultima “última instancia" instância” ou oo elemento Engels gostava de elemento "verdadeirarnente “verdadeiramente determinante", determ inante”, como como Engels gostava de dizer). era cabalmente fiel ao dizer). A A Iormulacao formulação de de Engels Engels era cabalmente fiel ao que que Marx M arx pensava, pensava, ao ambos escreveram vantagem de de ao que que ambos escreveram anteriormente anteriormente ee apresentava apresentava aa vantagem adaptar aa correlacao fatores econornicos, as variaadaptar correlação dos dos fatores econômicos, sociais sociais ee politicos políticos às varia­ 96es modo de de producao. risco em lidar com com os ções historicas históricas do do modo produção. Há um um risco em lidar os modos de convertendo-os em em categorias modos de producao produção convertendo-os categorias abstratas, abstratas, que que os os funfun­ dadores materialismo hist6rico nao corriam, porque entendiam dadores do do materialismo histórico não corriam, porque entendiam oo conceito geral na na forma conceito geral forma "relacoes “relações de de producao" produção” ou óu "producao “produção social social da da propria producao segundo própria existencia" existência” ee distinguiam distinguiam os os modos modos de de produção segundo aa sua sua variacao especifica historica. variação específica ee histórica. O O texto texto escolhido escolhido responde responde àa intencao intenção de de colocar colocar oo leitor leitor diante diante das das conclusoes aa que que chegou Engels, graças gracas aa varias conclusões chegou F. F. Engels, várias incursoes incursões hist6ricas históricas sirnultaneas, especiais. Pelos simultâneas, cujos cujos resultados resultados apresenta apresenta em em capitulos capítulos especiais. Pelos autores bibliografia etnoloautores que que enumera, enumera, ele ele conhecia conhecia razoavelmente razoavelmente aa bibliografia etnoló­ gica L. H. H. Morgan, gica da da epoca época (pelo (pelo menos, menos, ao ao lado lado de de L. Morgan, aa quern quem devotava devotava grande menciona os nomes mais mais conhegrande admiracao admiração ee comparava comparava aa Marx, Marx, menciona os nomes conhe­ cidos de outro outro Ilado, ado, ele ele £e se fundou em nurnecidos da da etnologia etnologia europeia) européia);; de fundou em nume­ rosas fontes fontes ee autoridades as quais trabalhou durante rosas autoridades historicas, históricas, com com as quais trabalhou durante muitos problematics de de que que partiu, muitos anos, anos, alargando alargando consideravelmente consideravelmente aa problemática partiu, fundia as etn6logos especializados aa qual qual fundia as descobertas descobertas de de historiadores historiadores ee etnólogos especializados com nascidas do do marxismo. do enquadracom as as preocupacoes preocupações nascidas marxismo. Em Em virtude virtude do enquadra­ mento modelo de de explimento teorico teórico comum comum ee da da exploracao exploração de de um um (mico único modelo expli­ cacao as incursoes uma proprocação historico-sociologica, histórico-sociológica, as incursões particulares particulares enfrentam enfrentam uma blernatizacao basicamente basicamente uniforme resultados convergentes. blematização uniforme ee chegam chegam aa resultados convergentes. Em conseqilencia, do livro, capitulo de sintese Em conseqüência, sem sem ser ser o o mais mais rico rico do livro, o o capítulo de síntese contern pretendia transmitir, transmitir, como contricontém aa essencia essência do do que que F. F. Engels Engels pretendia como contri­ buicao original ao ao desenvolvimento ( e aà renovacao) concepcao mate­ matebuição original desenvolvimento (e renovação) da da concepção rialista da da m morte rialista da hist6ria história depois depois da orte de de K. K. Marx. Marx. Era Era aa sua sua obra obra magna, magna, mas que ambicionara fazer, mas nao não correspondia, correspondia, na na forma forma ee no no fundo, fundo, ao ao que ambicionara fazer, por nao vêm vem ao aqui. 0 por motivos motivos que que não ao caso caso discutir discutir aqui. O texto texto permite permite apreciar apreciar oo seu seu · valor, valor, fora fora ee acima acima das das avaliacoes avaliações convencionais, convencionais, correntes correntes nos nos cfrculos círculos socialistas socialistas ee comunistas. comunistas. Se Se ele ele for for posto posto na na perspectiva perspectiva do do seculo XIX, no que ele produziu produziu de de criativo nas ciências ciencias sociais, sociais, ganhará ganhara século X IX , no que ele criativo nas ainda Em nome nome ee através atraves da sao colocados ainda maior m aior relevo. relevo. Em da ciencia, ciência, são colocados os os problemas centrais vivida, mas mas sem problemas centrais do do homem homem na na situacao situação hist6rica histórica vivida, sem as as "deformacoes me“deformações ideologicas" ideológicas” ee as as "mistificacoes" “mistificações” em em que que incorriam incorriam os os me­

e

Ha

81 81

lhores lhores representantes representantes da da "ciencia “ciência oficial". oficial” . A A sua sua elasticidade elasticidade intelectual, intelectual, comparavel comparável aà de de Marx, Marx, conferia-lhe conferia-lhe liberdade liberdade para para combinar, combinar, por por exemexem­ plo, plo, Fourier Fourier ee Morgan M organ -— um um corifeu corifeu do do socialismo socialismo ut6pico utópico ee um um defensor defensor do do democratismo democratismo radical radical -— para para chegar chegar com com maior maior precisao, precisão, profundiprofundi­ dade dade ee independencia independência ao ao entendimento entendimento verdadeiramente verdadeiram ente cientiiico científico da da essencia essência da da civilizacao, civilização. Engels Engels procede procede aà associacao associação mais mais Intima íntima possivel possível entre entre explicacao explicação ee avaliacao avaliação judicativa judicativa na na ciencia. ciência. A A civilizacao civilização e, é, por por sua sua origem origem ee natunatu­ reza, reza, o o produto produto de de uma um a transforrnacao transformação hist6rica histórica que que engendrou engendrou aa acumuacumu­ lacao de riqueza; lação de riqueza; as as classes, classes, aa dorninacao dominação de de classes classes ee os os antagonismos antagonismos de de classe; classe; aa exploracao exploração impiedosa impiedosa dos dos oprimidos; oprimidos; aa necessidade necessidade ee aa onipotencia onipotência do do Estado. Estado. A A revolucao revolução social social de de que que ela ela surgiu surgiu impediu impediu que que os os elementos elementos da da barbaric barbárie fossem fossem eliminados eliminados de de uma uma vez vez por por todas. todas. As As "sociedades “sociedades gentflicas" gentílicas” foram foram substituidas substituídas por por sociedades sociedades estratificaestratificadas, das, nas nas quais quais aa existencia existência da da civilizacao civilização constituia constituía aa condicao condição do do propro­ gresso em: gresso da da exploracao exploração do do homem homem pelo pelo horn homem: "A “A escravidao escravidão eé aa primeira primeira forma forma de de exploracao, exploração, aa forma forma pr6pria própria ao ao mundo mundo antigo; antigo; aa servidao servidão aa sucede sucede na na ldade Idade Media, Média, oo assalariado assalariado nos nos tempos tempos modernos. modernos. Essas Essas sao são as as tres três grandes grandes formas formas do do servilismo servilismo que que caracterizam caracterizam as as tres três grandes grandes epocas épocas da da civilizacao", civilização”. O O pior pior eé que, que, realizando realizando "coisas “coisas de de que que aa antiga antiga sociedade sociedade gentilica gentílica jamais jamais seria seria capaz", capaz”, aa civilizacao civilização criou criou novos novos ee terriveis terríveis elementos elementos de de barbarie, barbárie, "pondo “pondo em em movimento movimento os os impulsos impulsos ee as as paixoes paixões mais mais vis vis do do homem homem ee em em detrimento detrimento de de suas suas melhores melhores disposicoes". disposições” . Os Os marxistas marxistas revolucionarios revolucionários mais mais extremistas extremistas se se irritam irritam com com seu seu endosso endosso do do sufragio sufrágio universal. universal. Contudo, Contudo, aa sua sua frase: frase: "o “o dia dia no no qual qual oo termometro termômetro do do sufragio sufrágio universal para os universal indicar indicar para os trabalhadores trabalhadores oo ponto ponto de de ebulicao, ebulição, eles eles saberao, saberão, tan to quanto tanto quanto os os capitalistas, capitalistas, o o que que lhes lhes resta resta Iazer", fazer” , s6 só aponta aponta para para uma uma coisa coisa -— aa revolucao revolução proletaria. proletária. 0 O texto texto situa situa Engels, Engels, portanto, portanto, onde onde ele ele sempre sempre esteve, esteve, em em uma uma posicao posição revolucionaria. revolucionária. A A sua sua analise análise da da civilizacao civilização demonstra, demonstra, substantivamente, substantivamente, o o quanto quanto isso isso eé verdadeiro. verdadeiro. O O texto texto contem, contém, ainda, ainda, uma uma contribuicao contribuição te6rica teórica deveras deveras importante importante ee provoca reflexao de provoca uma uma reflexão de envergadura envergadura sobre sobre aa investigacao investigação hist6rica. histórica. Nessas Nessas paginas páginas estao estão condensadas condensadas uma um a das das contribuicoes contribuições mais mais valiosas valiosas de de F. F. Engels Engels aà teoria teoria marxista marxista do do Estado. Estado. Muitos Muitos investigadores investigadores moderm oder­ nos, nos, anteriores anteriores ou ou contemporaneos contemporâneos aa ele, ele, tentaram tentaram ir ir das das "sociedades “sociedades primitivas" primitivas” as às "sociedades “sociedades civilizadas", civilizadas” , para para explicar explicar as as origens origens do do Estado Estado ee os os fundamentos fundamentos estruturais estruturais do do Estado Estado moderno. moderno. Nenhum Nenhum tentou, tentou, natunatu­ ralmente, uma analise tipo marxista. ralmente, uma análise de de tipo marxista. Esta Esta nao não coloca coloca em em questao, questão, apenas, apenas, oo "desmascaramento “desmascaramento ideol6gico ideológico do do Estado" Estado” ee o o aparato aparato estatal estatal da da dominacao dominação de de classe. classe. Para Para ela, ela, o o essencial essencial diz diz respeito respeito ao ao controle controle operario As proposicoes operário . do do Estado Estado ee aà sua sua extincao. extinção. As proposições de de Engels Engels desdes­ vendam vendam essas essas varias várias facetas, facetas, pois pois ele ele apreende apreende oo Estado Estado como como totalidade totalidade historica, histórica, delimita delimita aa sua sua esfera esfera de de autonomia autonom ia relativa relativa ee salienta salienta oo seu seu

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82 82 caráter transit6rio. transitório. 0 O ponto ponto alto alto de de sua sua analise análise esta está na na explicacao explicação das das carater relacoes relações entre entre Estado Estado ee sociedade, sociedade, que que lhe lhe permite permite descrever descrever sociologicasociologica­ mente como mente como esta esta engendra engendra o o Estado Estado como como um um poder poder necessario necessário ao ao concon­ trole ee inibição pela torca força dos dos antagonismos antagonismos de de classe classe ee aà defesa defesa do do trole inibicao pela status status quo quo em em termos termos dos dos interesses interesses das das classes classes dominantes. dominantes. Os Os dinadinamismos da da sociedade sociedade de de classes classes explicam, explicam, por por sua sua vez, vez, como como se se produprodu­ mismos zirao zirão aa sua sua pr6pria própria dissolucao dissolução ee aa extincao extinção do do Estado Estado representativo representativo moderno. re aa base moderno. "Sob “Sobre base de de uma uma associacao associação livre livre ee igualitaria", igualitária”, aa civilicivili­ zação se se Iibertara libertará de de todas todas as as formas formas antigas antigas ee modemas modernas de de barbaric. barbárie. zacao Como Como o o Estado, Estado, elas elas irao irão parar parar no no "museu “museu de de antiguidades, antiguidades, ao ao lado lado da da roca roca ee do do machado machado de de bronze". bronze” . Engels Engels parafraseava parafraseava Marx, Marx, assinalando assinalando assim o o fim da pre-bistoria pré-história da da humanidade. humanidade. assim fim da Essa revolucionaria", aà qual fundadores do mateEssa "fraseologia “fraseologia revolucionária”, qual os os fundadores do materialismo rialismo historico histórico acederam acederam algumas algumas vezes, vezes, nao não deve deve prejudicar prejudicar o o entenenten­ dimento do do valor valor da da investigacao investigação hist6rica histórica empreendida empreendida por por Engels. Engels. dimento Com realizou oo estudo Com meios meios de de pesquisa pesquisa reconhecidamente reconhecidamente limitados, limitados, ele ele realizou estudo sistematico varias situacoes hist6ricas particulares, sistemático de de várias situações históricas particulares, procedeu procedeu aà reconsrecons­ trução das das "sociedades “sociedades gentflicas" gentílicas” ee levantou levantou os os veus véus que que ocultavam ocultavam aa . trucao realidade realidade da da civilizacao civilização ee do do Estado. Estado. Levou Levou aa cabo, cabo, de de fato, fato, uma uma ampla ampla inquiricao inquirição hist6rica histórica comparada com parada sobre sobre as as origens origens ee aa evolucao evolução do do poder: poder: onde as instituicoes onde ele ele existe existe ee onde onde nao não existe; existe; quais quais sao são as instituições que que concenconcen­ tram poder, oo convertem poder politico tram socialmente socialmente o o poder, convertem em em poder político ee o o aplicam aplicam em nome nome da da sociedade; sociedade; o o que que aa familia, família, aa classe classe ee aa civilizacao civilização reprerepre­ em sentam sentam como como entidades entidades que que nao não sao são especificamente especificamente politicas, políticas, mas mas opeope­ ram ram como como orgaos órgãos de de dominacao dominação ee de de poder, poder, que que desempenham desempenham multiples múltiplas funções politicas políticas indiretas indiretas ee diretas; diretas; quais quais sao são as as condições históricotuncoes condicoes historico-' -sociais da da existencia existência ee do do desaparecimento desaparecimento do do Estado; Estado; etc. etc. Havia, Havia, nesse nesse -sociais ambicioso ambicioso projeto projeto que que Engels Engels nao não conseguiu conseguiu completar completar como como pretendia, pretendia, uma tentativa tentativa de de globalizar globalizar aa investigacao investigação histórica com parada ee de de uma historica comparada orienta-la orientá-la para para aa analise análise concomitante concomitante de de evolucoes evoluções hist6ricas históricas continuas contínuas descontínuas. Ele Ele reservou reservou as às sondagens sondagens especiais especiais o o levantamento levantamento ee ee descontinuas. aa solucao hist6ricas continuas solução de de problemas problemas suscitados suscitados por por evolucoes evoluções históricas contínuas limites mais ou ou menos menos satisfat6rios satisfatórios dos dos conhecimentos conhecimentos disponiveis disponíveis ((nos nos limit es mais na epoca) época).. Os Os problem problemas que diziam diziam respeito respeito as às evolucoes evoluções hist6ricas históricas na as que descontfnuas Aproveitando inferendescontínuas foram foram equacionados equacionados de de outro outro modo. modo. Aproveitando inferên­ cias de de carater caráter geral, geral, extraidas extraídas daquelas daquelas sondagens, sondagens, Engels Engels elaborou elaborou cias um quadro quadro de de referência, de que que se serviu para para explicar explicar aa formacao formação um referencia, de se serviu das das sociedades sociedades estratificadas, estratificadas, as as origens origens ee as as tuncoes funções da da civilizacao civilização ee do ficasse muito do Estado, Estado, etc. etc. Embora Em bora o o uttimo úhimo desenvolvimento desenvolvimento ficasse muito mais mais exposto exposto aa raciocinios raciocínios conjeturais, conjeturais, ele ele nao não era, era, como como se se ve, vê, totalmente totalmente desprovido desprovido de de fundamentacao fundamentação empirica. empírica. De De uma uma perspectiva perspectiva atual, atual, parece parece que merece mais que Engels Engels merece mais elogios elogios que que restricoes restrições pela pela coragem coragem de de ter ter avanavan­ çado tanto e, em em particular, de ter ter explorado explorado esse esse engenhoso engenhoso esquema esquema cado tanto e, particular, de interpretativo para pôr em em discussao discussão os os dilemas dilemas reais reais era da sociedade sociedade bur· bur­ interpretativo para por guesa guesa ee da da civilizacao civilização industrial. industrial.

83 83 2) 2)

A A evolu~io evolução da da propriedade propriedade (K. (K. Marx) Marx)

Este texto foi Fundamentos Este texto foi extraido extraído de de Fundam entos da da critica crítica da da Economia Economia Politica 1857-1858). Esses forarn publicados Política (Esboco (Esboço de de 1857-1858). Esses manuscritos manuscritos s6 só foram publicados em em 1939-1941, 1939-1941, em em Moscou, Moscou, ee em em 1953, 1953, em em Berlim. Berlim. No No estilo estilo de de trabalho trabalho de anotacoes, estudos, pequenas monografias, de K. K. Marx, Marx, reuniam reuniam anotações, estudos, pequenas monografias, orgaorga­ nizados nizados em em sequencia seqüência expositiva expositiva ee destinados destinados aa aproveitarnento aproveitamento na na prepaprepa­ racao ração de de Contrlbuiciio Contribuição aà critica crítica da da Economia Econom ia Politica Política ee de de O O capital. capital. No No prefacio prefácio do do primeiro primeiro livro, livro, ele ele informava: informava: "Tenho “Tenho sob sob os os olhos olhos o o conjunto conjunto de de materiais materiais sob sob forma forma de de monografias monografias escritas escritas com com largos largos intervalos, intervalos, para o meu proprio próprio esclarecimento, esclarecimento, niio não para serem impressas °'\ 6S, ee cuja cuja elaboraeao elaboração subsequente, subseqüente, segundo segundo o o piano plano indicado, indicado, dependera dependerá das das circunstancias", circunstâncias”.

Uma respeito as Uma dessas dessas pequenas pequenas monografias monografias dizia dizia respeito às Formas Formas anteriores anteriores aà produciio produção capitalista capitalista (sobre (sobre o o processo processo que que precede precede aà [ormaciio form ação da da relaciio recenterelação capitalista, capitalista, ou ou a a acumulaciio acumulação primitiva) prim itiva) 64 64 ee alcancou, alcançou, recente­ mente, estudiosos marxistas. mente, enorme enorme repercussao repercussão entre entre os os estudiosos marxistas. 0 O valor valor cienticientí­ fico indlscutivel, ee aa sua teoria do fico desse desse estudo estudo eé indiscutível, sua importancia im portância para para aa teoria do materialismo materialismo hist6rico histórico esta está em em que que Marx M arx retoma retoma ee desenvolve desenvolve aa questao questão dos ou ausencia dos modos modos de de producao produção ee das das relacoes relações ((ou ausência de de relacoes) relações) existenexisten­ tes tes entre entre eles. eles. Nele Nele sao são examinadas: examinadas: as as relacoes relações de de apropriacao apropriação com com aa natureza, natureza, as as varies várias formas formas pre-capitalistas pré-capitalistas de de propriedade, propriedade, de de relacoes relações de transforde producao produção ee de de comunidade, comunidade, aa acumulacao acumulação primitiva primitiva ee as as transfor­ macoes capimações que que assinalam assinalam o o aparecirnento aparecimento do do capital capital ee da da acumulacao acumulação capi­ talista. talista. Embora Em bora as Formas Formas "nao “não constituam constituam hist6ria história em em sentido sentido estrito", estrito” ^ elas hist6ria na elas "tentam “tentam formular form ular o o conteudo conteúdo da da história na sua sua forma forma mais mais geral". geral” . E É um um trabalho, trabalho, pois, pois, que que "nao maximo de “não somente somente nos nos mostra mostra Marx Marx no no máximo de seu seu brilhantismo brilhantismo ee profundidade: profundidade: e, é, tambem, também, sob sob varies vários aspectos, aspectos, sua sua mais mais sistematica sistemática tenten­ tativa tativa de de enfrentar enfrentar oo problema problema da da evolucao evolução hist6rica histórica ee complemento complemento indispensavel Economia Poindispensável do do prefdcio prefácio da da Contribuiciio Contribuição àa crltica crítica da da Economia Po­ titica, lítica, escrito escrito logo logo apos após ee que que apresenta apresenta o o materialismo materialismo hist6rico histórico em em sua mais rica” rica" 611• sua forma forma mais 6S. m1 113 Grifo G rifo meu. m eu. n4 M MARX, *4 a r x , K. K. Fondements F ondem en ts de de la la critique critique de de l'Economie VEconom ie Polltique, P olitiqu e,

v. I, v. I, p. p. 435-81 435-81 (o (o titulo título geral geral desta desta parte parte e: é: "Formes “Form es anterieures antérieures aà la la production production capitaliste. capitaliste. ((Procès Proces qui formation qui precede précède aà la la form ation du du rapport rapport capitaliste, capitaliste, ou ou l'acumulation 1’acum ulation pripri­ mitive)"). portugues: MARX, m itive)” ). Posteriormente, Posteriorm ente, esta esta parte parte foi foi editada editada em e m português: M a r x , K. K. ForF or­ macoes E. J. Hobsbawm. Naa verm ações economicas econôm icas pre-capitalistas, pré-capitalistas, com com introducao introdução de de E. J. H obsbawm . N ver­ dade, brasileira pareceu-rne dade, o o texto texto da da edicao edição brasileira pareceu-m e mais mais correto correto ee completo com pleto ee passei passei aa recorrer recorrer aa ela ela nas nas transcricoes transcrições ou ou citacoes. citações. A A introducao introdução de de Hobsbawm Hobsbawm eé uma uma pequena obra-prima pequena obra-prim a ee o o leitor leitor deve, deve, sem sem diividas, dúvidas, inclui-la incluí-la no no seu seu roteiro roteiro de de estudos. estudos. ol\ Hoasnxwsr. ,ir> H o b s b a w m , E. E. J. J. 'op. Op. cit., cit., respectivamente respectivamente p. p. 15 15 ee 14. 14.

84 84 O texto larga porcao O texto incluido incluído nesta nesta coletanea coletânea abrange abrange larga porção das das Formas Formas (um Ele não nao aborda toda (um pouco pouco mais mais da da metade, metade, aproximadamente). aproxim adam ente). Ele aborda toda essenciais ee primordiais, aa evolucao evolução da da propriedade, propriedade, mas mas os os aspectos aspectos essenciais primordiais, que os modos especificos de de producao os que assinalam assinalam as as diferencas diferenças entre entre os modos específicos produção ee os que da economia economia burguesa” burguesa".. 0 que exprimem exprimem "a “a genese gênese hist6rica histórica da O texto texto ée de relativamente diffcil, para os estejam de leitura leitura relativamente difícil, mas mas obrigat6ria obrigatória para os que que estejam preocupados em histopreocupados em estabelecer estabelecer aa concepcao concepção unitaria unitária da da ciencia ciência social social histó­ rica, defendida Engels. Esta rica, defendida ee posta posta em em pratica prática por por K. K. Marx M arx ee F. F. Engels. Esta e, é, fundamentalmente, ciencia fundamentalmente, ciência historica histórica da da sociedade sociedade ou, ou, como como eles eles consaconsa­ gram A ideologia ciencia da texto revela, revela, melhor gram em em A ideologia alemii, alemã, ciência da hist6ria. história. 0 O texto melhor que "cienrista da objeto. que qualquer qualquer outro, outro, como como oo “cientista da historia" história” Iida lida com com seu seu objeto. Como para Como ele ele aplica aplica aa cornparacao, comparação, como como instrumento instrumento de de observacao, observação, para descobrir - ee por por isso descobrir o o que que eé essencial essencial por por ser ser hist6rico histórico — isso se se reproduz reproduz ou varia ee se transforma historicamente ou varia se transforma historicam ente -— numa numa escala escala de de evolucao evolução que necessariamente, sucessiva, ou exclusique nao não e, é, necessariamente, sucessiva, gradual gradual ee acumulativa acumulativa ou exclusi­ vamente descontinua, E vamente continua contínua ou ou descontínua. E como como ele ele utiliza utiliza aa comparacao comparação como hip6teses ee de explicacoes descocomo instrumento instrumento de de verificacao verificação de de hipóteses de explicações Çescobertas histobertas e, e, por por conseqiiencia, conseqüência, de de elaboracao elaboração da da teoria teoria cientifica. científica. 0 O histo­ riador, psic61ogo social, riador, oo ge6grafo, geógrafo, o o economista, economista, o o psicólogo social, o o antrop6logo, antropólogo, o o soci61ogo cientista político, politico, acostumados sociólogo ee o o cientista acostumados àa especializacao, especialização, tendem tendem aa isolar, nas Marx ee de F. Engels, Engels, isolar, nas contribuicoes contribuições ernpiricas empíricas ee te6ricas teóricas de de K. K. Marx de F. o que que eé pertinente conteiido ee ao ponto de suas matérias. materias. o pertinente ao ao conteúdo ao ponto de vista vista de de suas Este texto coletanea, mas muito mais Este texto (como (como outros outros da da coletânea, mas de de maneira maneira muito mais nitiníti­ da sugere oo quanto alheia àa orientacao cientifica da)) sugere quanto tal tal decornposicao decomposição eé alheia orientação científica dos dos dois dois autores. autores. Nisso Nisso eles eles nao não se se opunham opunham aà "especializacao “especialização cientifica". científica” . E vida social humana de É que que eles eles abordavam abordavam aa vida social humana de uma yima perspectiva perspectiva que que nao apreensao da totalinão s6 só possibilitava possibilitava como como exigia exigia aa apreensão da realidade realidade como como totali­ dade, fluxo do naturalmente, dade, no no seu seu fluxo do vir-a-ser vir-a-ser hist6rico. histórico. Oaf Daí decorria, decorria, naturalmente, um ponto de cientifico unitário unitario ((que que não nao ée oo equivalente equivalente de uma um ponto de vista vista científico de uma "sintese" “síntese” ou ou "conciliacao" “conciliação” de de pontos pontos de de vista vista cientificos científicos "dissociados" “dissociados” ee “especializados” "especializados"):). Particularizacao nao se Particularização ee generalizacao generalização não se excluem\i excluem^ Etas sao necessaria complernentares,' Elas são necessária ee reciprocamente reciprocamente interdependentes interdependentes ee complementares,' caminhos chegar aà representacao totalidade concreta. concreta. caminhos para para chegar representação do do real real como como totalidade Neste opera exclusivamente Neste texto, texto, Marx M arx opera exclusivamente com com as as correntes correntes mais mais profundas profundas da hist6ria. Retira especificas dos modos da história. Retira suas suas inferencias inferências de de variacoes variações específicas dos modos de interna de producao produção (isto (isto e, é, variacoes variações que que resultam resultam de de sua sua diferenciacao diferenciação interna peculiar). hist6ricas, já ja que que oo peculiar). Elas Elas sac, são, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, variacoes variações históricas, carater das variacoes sua pr6pria caráter hist6rico histórico das variações eé intrmseco intrínseco aà sua própria manifestacao manifestação ( quer oo investigador investigador trabalhe ou descontinuas). (quer trabalhe com com evolucoes evoluções continuas contínuas ou descontínuas). O O investigador investigador descobre descobre aa especificidade especificidade ee aa historicidade historicidade da da variacao variação objetivamente, lograr reproduzir modo de de producao objetivamente, pois, pois, ao ao lograr reproduzir determinado determinado modo produção como historico como totalidade totalidade concreta, concreta, ele ele depara depara com com o o carater caráter especifico especifico ee histórico da representar aquele aquele modo modo de producao como como categoria da variacao variação ee pode pode representar de produção categoria hist6rica. Por isso, isso, aa generalizacao slntese são sao típicas tipicas dos histórica. Por generalização ee aa síntese dos procediprocedi­ mentos descricao ee de texto. mentos logicos lógicos de de descrição de interpretacao interpretação explorados explorados no no texto.

85 85 Nao Jeitor no Não existe existe uma uma receita receita para para orientar orientar o o leitor no aproveitamento aproveitamento de tao denso uma problernatica Em confronto de um um texto texto tão denso ee com com uma problemática tao tão cerrada. cerrada. Em confronto corr. partes dos com varias várias outras outras partes dos Manuscritos M anuscritos de de 1857-1858, 1857-1858, as as Formas Formas trazem trabalho que trazem aa marca marca de de um um trabalho que estava estava quase quase na na fase fase final. final. As Às vezes, foi concebido vezes, tem-se tem-se aa irnpressao impressão de de que que oo estudo estudo foi concebido ee realizado realizado como rte de certas indicacoes, leitor, deixam como pa parte de um um livro livro ((certas indicações, destinadas destinadas ao ao leitor, deixam isso patente). A isso patente). A partir partir da da densidade, densidade, auto-suficiencia auto-suficiência ee da da pr6pria própria forma forma de possivel, tambern, de exposicao, exposição, é possível, também, que que se se trate trate de de um um ensaio, ensaio, que que acabou acabou na na gaveta gaveta (incorporado (incorporado aos aos manuscritos). m anuscritos). Tanto Tanto aa Contribuiciio Contribuição à critica crítica da ou reelaborada Economia Econom ia Politica Política quanto quanto O O capital capital contern contêm elaboracoes elaborações ((ou reelaboracoes) ções) que que sao são apresentadas apresentadas nas nas Formas Formas de de maneira m aneira mais mais sucinta, sucinta, mas mas com com extrema extrema beleza beleza ee uma uma maestria maestria consumada. consumada. Seria Seria recomendavel recomendável que que o o leitor fizesse uma leitor fizesse uma leitura leitura previa, prévia, como como que que de de reconhecimento reconhecimento de de terreno. terreno. E do texto, E que que empreendesse, empreendesse, mais mais tarde, tarde, um um estudo estudo ordenado ordenado do texto, seja seja para para nao leitura excitante, para não perder perder as as emocoes emoções de de uma uma leitura excitante, seja, seja, em em especial, especial, para explorar melhor as explorar melhor as ricas ricas analises análises ee os os seus seus resultados. resultados. Depois Depois dessa dessa expeexpe­ riencia, Ieitor podera representou aa caminhada riência, oo leitor poderá colocar-se colocar-se o o que que representou caminhada de de K. de 1844-1847 1857-1859. Marx na plenitude K. Marx, Marx, de 1844-1847 aa 1857-1859. Marx se se encontrava encontrava na plenitude de Apesar das de seu seu poder poder intelectual intelectual criador. criador. Apesar das dificuldades dificuldades ee de de outras outras ocupacoes, relacionavam com ocupações, que que se se relacionavam com sua sua permanente permanente rnilitancia militância politica política ou invesou com com oo ganho ganho da da vida, vida, ele ele se se dedicava dedicava com com tenacidade tenacidade as às suas suas inves­ ugacoes economicas. tigações econômicas. 1859 1859 eé oo ano ano da da publicacao publicação de de Contribuiciio Contribuição a à critica crítica da da Economia Economia Politica Política ee uma uma data data deveras deveras importante, importante, pois, pois, com com este este Iivro, livro, iniciava-se, iniciava-se, de de fato, fato, aa divulgacao divulgação de de sua sua grande grande obra obra econoeconô­ mica. As Formas mica. As Formas abrem abrem um um carnpo campo de de cornparacao. comparação. Com Com referenda referência aa elas, A ideologia elas, A ideologia alemii alemã ou ou Miseria M iséria da da Filosoiia Filosofia surgem surgem como como obras obras secundarias, secundárias, etapas etapas vencidas vencidas ee superadas. superadas. Elas Elas tambern também comportam comportam retlerefle­ xoes respeitosas, mas necessarias, xões respeitosas, mas necessárias, que que promovam promovam um um paralelo paralelo entre entre os os dois amigos. permanecera oo negocios, para dois amigos. Engels Engels permanecera no mundo mundo dos dos negócios, para ajudar ajudar Marx pianos. Nunca M arx aa persistir persistir em em seus seus planos. Nunca deixou deixou de de lado lado suas suas atividades atividades intelectuais tambern crescera. intelectuais ee politicas, políticas, ee também crescera. Porem, Porém, se se na na decada década de de 1840 1840 ee nos nos cornecos começos dos dos 50 50 podia podia acornpanhar acompanhar ee medir-se medir-se com com o o companheiro, companheiro, aà medida medida que que este este avancava avançava em em suas suas pesquisas pesquisas ee em em sua sua producao produção te6rica, teórica, ele ele se se deslocava deslocava para para um um honroso honroso segundo segundo piano, plano, que que aceitou aceitou discretamente discretamente ee do do qua! qual se se orgulhava orgulhava (pois (pois oo essencial essencial se se achava achava na na grande Engels nunca grande obra obra de de Marx). M arx). Na Na verdade, verdade, Engels nunca foi foi aa "sombra" “som bra” (inte(inte­ lectual para projetar lectual ou ou politica) política) de de Marx. Marx. Tinba Tinha estatura estatura suficiente suficiente para projetar sua sua pr6pria própria sombra sombra ee para para manter m anter aa colaboracao colaboração entre entre os os dois dois em em um um nivel de mutua. Nao nível de auto-respeito auto-respeito ee de de influencia influência mútua. Não obstante, obstante, observadas observadas as diferencas poderia acertar as diferenças de de talento talento ee de de vocacao, vocação, ja já nao não poderia acertar os os seus seus passos que passos com com os os dele dele em em rnateria m atéria de de producao produção te6rica. teórica. 0 O genie, gênio, que vinte vinte anos anos arras atrás desabrochava, desabrochava, atingira atingira seu seu climax. clímax. Se Se se se cotejam cotejam as as Formas [amiiia, da propriedade privada Formas com com A A origem origem da da família, da propriedade privada ee do do Estado, Estado, pode-se deduzir verdadeiro. Ambos haviarn pode-se deduzir o o quanto quanto esse esse paralelo paralelo eé verdadeiro. Ambos nao não haviam renunciado promessa contida renunciado aà promessa contida em em A A ideologia ideologia alemii. alemã. Todavia, Todavia, somente. somente

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86 86 Marx persistiu nos alvos comuns, comuns, ultrapassou-os plenamente M arx persistiu nos alvos ultrapassou-os ee atingiu atingiu plenamente seus objetivos, apesar seus objetivos, apesar de de todos todos os os sacriffcios sacrifícios que que teve teve de de fazer, fazer, firmanfirman­ do-se umaa das das maiores maiores figuras do-se para para aa posteridade posteridade como como um figuras do do pensamento pensamento cientffico po das ciencias sociais). sociais). científico no no seculo século XIX X IX ((ee aa rnaior maior no no cam campo das ciências Apesar um escrito ter permanecido por Apesar de de ser ser um escrito inacabado inacabado ee de de ter permanecido inedito inédito, por tanto tempo, as Formas permitem permitem suscitar exigem que tanto tempo, as Formas suscitar (e (e exigem que se se suscitem) suscitem) essas leitor nao saberia como como localizar-se essas questoes. questões. De De outra outra maneira, maneira, o o leitor não saberia localizar-se diante selecionado. Elas urna mente mente afiada afiada ee diante do do texto texto selecionado. Elas sao são o o produto produto de de uma aa revelam escala de incomum. revelam nurna num a escala de grandeza grandeza incomum. Dentro nos limites pertinente aa esta Dentro do do meu meu alcance alcance ee nos limites do do que que eé pertinente esta coletanea, penso que que deveria chamar do leitor coletânea, penso deveria cham ar aa atencao atenção do leitor para para tres três assunassun­ tos. Primeiro, prop6sitos gerais gerais de medida em que eles tos. Primeiro, os os propósitos de K. K. Marx M arx (na (na medida em que eles podem ser das Formas). os procedimentos podem ser inferidos inferidos da da Ieitura leitura das F orm as). Segundo, Segundo, os procedimentos interpretativos que ficam ou menos menos evidentes interpretativos que que ele ele emprega emprega ((ee que ficam mais mais ou evidentes em que merecem em sua sua exposicao). exposição). Terceiro, Terceiro, os os dois dois temas temas que merecem dirigir dirigir oo embate embate do do leitor leitor com com oo texto texto ((aa riqueza riqueza do do mesmo mesmo e é tao tão grande, grande, que que o o leitor leitor corre risco de de perder-se ornitir-se diante diante de verdadeiro dialogo corre o o risco perder-se ee de de omitir-se de um um verdadeiro diálogo com · com Marx). M arx). Quanto que parece, parece, K. Quanto ao ao primeiro primeiro assunto, assunto, ao ao que K. Marx M arx nao não estava estava somente obras-mestras, que que publicaria publicaria aa somente se se preparando preparando para para as as duas duas obras-mestras, seguir. nessa época, epoca, ele seguir. :£ É preciso preciso lembrar lem brar que, que, nessa ele estava estava particularmente particularmente 0) empenhado: em economistas classiempenhado: 1. 1.°) em ir ir ao ao fundo fundo de de suas suas criticas críticas aos aos economistas clássi­ cos cientffica" que cultivavam; 22..°) 0) em cos ee ao ao genero gênero de de "economia “economia científica” que eles eles cultivavam; em ir as tendencias ir ao ao fundo fundo do do seu seu combate combate incessante incessante às tendências "moderadas" “m oderadas” ee "reformistas" ( a crise “reformistas” do do socialismo socialismo (a crise de de 1857 1857 Ievara levara Marx Marx ee Engels Engels aa acalentarem frustraram; ; ficou acalentarem novas novas esperancas, esperanças, que que se se frustraram ficou aa necessidade necessidade de da teoria no movimento movimento socialista de rever rever oo papel papel da teoria no socialista revolucionario) revolucionário).. As Formas respondem, por igual, A "econoAs Formas respondem, por igual, aa essas essas duas duas preocupacoes. preocupações. A “econo­ mia com desdém, desdern, nesse nesse texto, mia usual", usual”, como como Marx Marx aa designa designa com texto, "concentra-se “concentra-se apenas coisas produzidas". ela ignorava processos histó­ histoapenas nas nas coisas produzidas” . Portanto, Portanto, ela ignorava os os processos ricos tais coisas perspectiva mais mais ampla, como ricos que que produzem produzem tais coisas e, e, de de uma uma perspectiva ampla, como os processos historicos um dos escopos funda­ fundaos processos históricos sao são produzidos. produzidos. Ai Aí esta está um dos escopos mentais das F Formas: ressaltar que que capitalistas capitalistas ee trabalhadores mentais das orm as : ressaltar trabalhadores assalariados assalariados sao produto são produzidos produzidos historicamente, historicamente, isto isto e, é, que que eles eles constituem constituem "um “um produto

fundamental processo pelo qual o em valores", fundamental do do processo pelo qual o capital capital se se transforma transforma em valores ” . No posfacio da da Contribuiciio da Economia retorna No posfácío Contribuição à critica crítica da Econom ia Politica Política ele ele retorna

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ao ventila de vista metodol6gico. Na mesma ao assunto assunto ee oo ventila de um um ponto ponto de de vista metodológico. Na mesma passagem ele as concepções concepcoes socialistas "A ideia passagem ele ataca ataca as socialistas inconsistentes. inconsistentes. “A idéia de nao de de alguns alguns socialistas, socialistas, de de que que precisamos precisamos de de capital capital mas mas não de capitacapita­ Iistas, completamente falsa." possfvel apanhar, apanhar, listas, é completamente falsa.” Ao Ao longo longo do do texto, texto, é possível aqui visava. Ao as aqui ee ali, ali, aa quern quem ele ele visava. Ao desvendar desvendar como como se se produziram produziram as relacoes de se produziam produziam os os capitalistas capitalistas relações de producao produção capitalistas capitalistas ee como como se ee os tambem punha esses sociaos trabalhadores trabalhadores assalariados, assalariados, Marx M arx também punha em em foco foco esses socia­ listas. pode extrair capital ((como como nao poderia listas. Nao Não se se pode extrair o o capitalista capitalista do do capital não se se poderia dele extrair extrair os te6rica, de dele os trabalhadores trabalhadores assalariados). assalariados). Tai Tal posicao posição teórica, de critica crítica

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87 87 em hist6rica em dois dois pianos, planos, conduzia conduzia àa necessidade necessidade de de uma uma investigacao investigação histórica de mesmo tempo, que eé especifico de envergadura, envergadura, que que mostrasse, mostrasse, ao ao mesmo tempo, o o que específico ee hist6rico consistia aa dinamica histórico no no modo m odo de de producao produção capitalista, capitalista, ee em em que que consistia dinâmica do do capital, capital, de de produzir produzir continuamente continuam ente as as condicoes condições objetivas objetivas de de suas suas relacoes producao, e, por conseguinte, relações de de produção, e, por conseguinte, de de produzir, produzir, incessantemente, incessantemente, novas assalariados ((oo que que novas geracoes gerações de de capitalistas capitalistas ee de de trabalhadores trabalhadores assalariados envolve, por sua sua vez, da hist6ria: envolve, por vez, uma uma configuracao configuração plena plena da história: aa hist6ria história da da sociedade movimentacao se predosociedade burguesa burguesa nascente, nascente, cuja cuja movimentação se concentraria, concentraria, predo­ minantemente, minantemente, nesses nesses dois dois polos pólos humanos), hum anos). Quanto assunto ((deixando deixando de Quanto ao ao segundo segundo assunto de lado lado o o significado significado do do rnetodo mencionado acima), método comparativo, comparativo, mencionado acim a), ée mais mais ou ou menos menos evidente evidente que eé preciso maneira trata as que preciso distinguir distinguir aa m aneira pela pela qual qual K. K. Marx M arx trata as condicoes condições objetivas comunal ((em em suas objetivas das das relacoes relações de de propriedade propriedade sob sob aa producao produção comunal suas varias pela qual qua! ele várias formas formas ee transformacoes) transform ações) ee aa maneira maneira pela ele estabelece estabelece aa dissolucao capitalismo. dissolução dessas dessas relacoes relações na na passagem passagem do do feudalismo feudalismo para para o o capitalismo. No procede aa uma No primeiro primeiro caso, caso, ele ele procede uma estrita estrita caracterizacao caracterização das das situacoes situações distintas considerando-se dentro nos seus distintas ((considerando-se dentro delas delas ou ou nos seus limites limites as as variacoes variações que Ele evita falar de de "tipos", que ele ele agrupa agrupa sob sob aa mesma mesma categoria). categoria). Ele evita falar “tipos” , nao obstante obstante procede as caracterizacoes de abstração. abstracao. não procede às caracterizações em em um um alto alto nivel nível de O isso quer dizer? Se explicacoes da O que que isso quer dizer? Se ele ele se se contrapunha contrapunha as às explicações da "economia “economia usual", determinacoes em um usual”, que que ele ele buscava buscava as as determ inações gerais gerais comuns comuns em um campo campo hist6rico. Seria ao nivel daquilo histórico. Seria equivoco equívoco Ialar falar em em "historicidade" “historicidade” s6 só ao nível daquilo que mais superficial, visivel ee relativamente nas relacoes que eé mais superficial, visível relativamente consciente consciente nas relações de de propriedade ee de dispensa aà escravidao propriedade de producao, produção. Por Por isso, isso, ele ele dispensa escravidão ee aà Sf(Yidao um um tratam tratamento interpretativo que que poderia chocar um um soci6logo, s
88 88 da acabaram enfrenda comunidade comunidade ee os os processos processos de de dissolucao dissolução que que elas elas acabaram enfren­ tando). tando). No das condicoes No que que concerne concerne àa dissolucao dissolução das condições objetivas objetivas das das relacoes relações de ao feudalismo, tambern fica de propriedade propriedade ee de de producao produção inerentes inerentes ao feudalismo, também fica transparente defrontar com uma problemática problernatica transparente que que K. K. Marx Marx teve teve de de se se defrontar com uma hist6rica histórica diversa. diversa. Ele Ele deixa deixa de de lado lado aa evolucao evolução gradual, gradual, acumulativa acumulativa ee ascendente. Por nao poderia tirar dos ascendente. Por isso, isso, não poderia tirar dos modos modos de de producao produção caractecaracte­ rizados senao inferencias que que esclareciam indirizados senão inferências esclareciam os os processos processos hist6ricos históricos de de individualizacao, relacoes de proprieviduaüzação, alteracao alteração das das condicoes condições objetivas objetivas das das relações de proprie­ dade dade ee de de producao, produção, etc. etc. Inferencias Inferências que que mostravam, mostravam, exatamente, exatamente, oo que que eles eram! É E fascinante fascinante como entre oo passado eles niio não eraml como ele ele cruza cruza o o fosso fosso entre passado primordial, remoto ee oo passado primordial, o o passado passado remoto passado recente. recente. As As conclusoes conclusões fundafunda­ mentais, naquelas impoem aa exigencia mentais, naquelas caracterizacoes, caracterizações, impõem exigência de de concentrar concentrar aa observacao, nas condicoes relacoes de de observação, ao ao nivel nível da da analise, análise, nas condições objetivas objetivas das das relações propriedade ee de propriedade de producao produção imanentes imanentes ao ao feudalismo feudalismo (no (no campo campo ee na na cidade). passa da cidade). Ai, Aí, de de fato, fato, ele ele passa da evolucao evolução descontinua descontínua para para aa evolucao evolução continua corneca aa trabalhar, simultaneamente, com com as as deterrninacoes contínua ee começa trabalhar, simultaneamente, determinações gerais comuns dentro gerais que que eram eram comuns dentro de de uma uma restrita restrita gama gama de de situacoes situações histohistó­ ricas ricas distintas distintas (Grecia, (Grécia, Roma, Roma, etc.) etc.) ee com com as as determinacoes determinações gerais gerais coco­ muns que muns que exprimiam exprimiam os os elementos elementos estaticos estáticos (que (que se se associavam associavam àa reprorepro­ ducao feudal) ee os elementos dinâmicos dinamicos (que (que promoviam dução da da ordem ordem feudal) os elementos promoviam aa desagregacao de fatores mais ou desagregação dessa dessa ordern, ordem, atraves através de fatores mais ou menos menos tradicionais tradicionais ee de fatores de de fatores de dissolucao dissolução que que agregavam agregavam as as novas novas condicoes condições objetivas objetivas de Na verdade, de relacoes relações de de propriedade propriedade ee de de producao) produção).. Na verdade, este este escrutinio escrutínio da realidade, que cabo, indica indica que partiu da da frente frente da realidade, que Marx Marx leva leva aa cabo, que ele ele partiu para tras. Isto e, ele os elementos elementos centrais para trás. Isto é, ele apurou apurou os centrais ou ou nucleares nucleares das das condicoes objetivas das relacoes de producao sob condições objetivas das relações de propriedade propriedade ee de de produção sob oo capital industrial, em uma fase ou "avancada", rascapital industrial, em uma fase "classica" “clássica” ou “avançada” . E E depois depois rastreou, aparecerarn na na cena hist6rica, treou, um um aa um, um, como como esses esses elernentos elementos apareceram cena histórica, estabelecendo que eles na formação forrnacao estabelecendo interpretativamente interpretativamente o o que eles significavam significavam na primordial e, eo ipso, para para aa dissolução dissolucao das das antigas primordial do do capital capital ((e, eo ipso, antigas formas formas de producao ) . Os resultados desse de relacoes relações de de propriedade propriedade ee de de produção). Os resultados desse complexo complexo esquema algo raro. raro. As esquema de de investigacao investigação mostram mostram algo As varias várias tendencias, tendências, supersuper­ ficiais do "moficiais ou ou profundas profundas de de persistencia persistência do do "antigo" “antigo” ee de de Iormacao formação do “mo­ demo", historico e, em seguida, derno” , sao são devidamente devidamente localizadas localizadas no no caos caos histórico e, em seguida, transferidas para explicacao cientifica. transferidas para aa linguagem linguagem sintetica sintética da da explicação científica. Quanto ao ou menos menos 6bvio sao Quanto ao terceiro terceiro assunto, assunto, parece parece mais mais ou óbvio quais quais são os temas que um os dois dois grandes grandes temas que devem devem dividir dividir aa atencao atenção do do leitor, leitor. De De um lado, de produção, producao, pelas pelas lado, estao estão as as diferentes diferentes relacoes relações de de propriedade propriedade ee de quais para aa sociedade classes. 0 fato de quais se se passa passa da da comunidade comunidade para sociedade de de classes. O fato de K. K. Marx ter-se limitado Marx ter-se limitado aa uma uma caracterizacao caracterização fundada fundada nas nas determinacoes determinações gerais comuns não nao diminui valor de contribuicao, nem nem aa imporgerais comuns diminui nem nem o o valor de sua sua contribuição, impor­ tancia que hoje, para tância que ela ela possui, possui, ainda ainda hoje, para as as ciencias ciências sociais. sociais. Desde Desde aa separacao do indivíduo individuo da separação do da natureza natureza ate até as as formas formas mais mais recentes recentes de de desindesin­ tegracao da tribos, etc., miriade tegração da comunidade, comunidade, da da farnflia, família, das das tribos, etc., ergue-se ergue-se uma uma miríade

89 89 de cie problemas problemas que que muitos muitos psic6Iogos, psicólogos, soci61ogos sociólogos ee antrop61ogos antropólogos supunham supunham ser ser preocupacoes preocupações "modernas" “m odernas” da da pesquisa pesquisa cientifica. científica. Alem Além disso, disso, ha há aa considerar considerar o o que que as as Formas Formas representam representam como como uma uma abordagem abordagem dos dos modes modos de de producao produção que que pareciam pareciam enigmaticos enigmáticos aa partir partir do do pretacio prefácio de de Contribuiciio Contribuição aà critica crítica da da Economia Econom ia Politica. Política. De De outro outro lado, lado, estao estão as as incursoes incursões empreendidas empreendidas por por K. K. Marx M arx no no ambito âmbito da da sociedade sociedade feudal feudal ee dos processos de provocaram aa "genese hist6rica da dos processos de transicao transição que que provocaram “gênese histórica da ecoeco­ nornia nomia burguesa" burguesa” (e, (e, portanto, portanto, do do regime regime de de classes classes sociais). sociais). No No meu meu cntender, entender, aqui aqui esta está aa contribuicao contribuição mais mais solida sólida das das Formas. Formas. Marx M arx esboca esboça um um quadro quadro sintomatico. sintomático. A À sua sua luz, luz, seria seria equivocado equivocado fa!ar falar categoricamente categoricamente cm em "passagem “passagem do do feudalismo feudalismo · ao ao capitalismo". capitalismo” . Marx M arx se se volta, volta, de de fato, fato, para conduziram aà formacao para OS os varies vários caminhos caminhos que que conduziram formação originaria originária do do capicapi­ tal. mais avancado tal. A A germinacao germinação desse desse modo modo de de producao, produção, o o mais avançado que que aa humanidade humanidade jamais jamais conhecera, conhecera, abalou abalou todo todo oo mundo mundo feudal feudal e, e, em em seguida, seguida, revolucionou revolucionou o o nascente nascente mundo mundo modemo. moderno. As As Formas Formas se se concentram concentram na na apreensao apreensão de de todas todas as as facetas facetas (p~lo (pejo menos menos de de todas todas as as facetas facetas crucru­ ciais) melhor nos ciais) desse desse duplo duplo processo processo ((oo segu.\do segiíAdo s6 só pode pode ser ser visto visto melhor nos paises países rnenos menos desenvolvidos desenvolvidos da da Europa, Europa, como como aa Alemanha), A lem anha), apanhando-o apanhando-o em Note-se aa acuidade em toda toda aa sua sua substancia substância ee realidade realidade hist6rica. histórica. Note-se acuidade com com que que ele ele se se refere refere aos aos "trabalhadores “trabalhadores assalariados assalariados em em potencial": potencial” : "individuos “indivíduos forcados, forçados, simplesmente simplesmente por por sua sua carencia carência de de propriedade, propriedade, aa trabalhar ee aa vender trabalhar vender oo seu seu trabalho"; trabalho”; ou, ou, ainda: ainda: "a “a separacao separação das das condicoes condições objetivas objetivas das das classes, classes, que que agora agora sao são transformadas transformadas em em trabatraba­ lhadores polo oposto lhadores livres, livres, deve, deve, igualmente, igualmente, surgir surgir no no pólo oposto como com o aa autoautonomizacao nomização dessas dessas condicoes". condições”. Toda Toda aa analise análise da da formacao formação original original do do capital, capital, apontando apontando os os varies vários aspectos aspectos do do processo processo de de acumulacao acumulação primitiva, primitiva, em em suas suas diversas diversas manimani­ Iestacoes festações nas nas areas áreas mais mais decisivas decisivas ee em em todos todos os os processos processos econornicos econômicos essenciais, essenciais, acentua acentua o o que que pretendia pretendia alcancar. alcançar. Nao Não reduzir reduzir suas suas explicacoes explicações aa uma f6rmula (mecanicista, mesmo, dialetica) uma fórmula (mecanicista, deterrninista determinista ou, ou, mesmo, dialética) nem nem reduzir realidade aa uma ( ou aa urna reduzir aa realidade uma ponte ponte (ou uma passagem). passagem ). Um Um pequeno pequeno exemplo: exemplo: "Vernos, “Vemos, pois, pois, que que aa transforrnacao transformação de de dinheiro dinheiro em em capital capital pressupoe pressupõe um historico que um processo processo histórico que tenha tenha separado separado as as condicoes condições objetivas objetivas do do trabalho, os trabalhadores. trabalho, tornando-as tornando-as independentes, independentes, ee as as volta volta contra contra os trabalhadores. Bntretanto, desde processo existarn, toda Entretanto, desde que que o o capital capital ee seu seu processo existam, conquistam conquistam toda aa produção producao ee provocam provocam ee acentuam, acentuam, por por toda toda aa parte, parte, aa separacao separação entre entre trabalho trabalho ee propriedade, propriedade, entre entre trabalho trabalho ee as as condicoes condições objetivas objetivas de de trabalho". trabalho”.

O O que que esta está em em jogo? jogo? Estudar, Estudar, conhecer conhecer ee descrever descrever um um processo processo historico histórico que revelou "unitario" que nao não foi foi uniforme uniforme em em toda toda aa parte parte ee tampouco tampouco se se revelou “unitário” sob todos os representado como sob todos os seus seus aspectos, aspectos, representado como "unidade “unidade do. do. diverso", diverso” , isto isto e, é, como como totalidade totalidade historica. histórica. So Só assim assim poderia poderia ir ir alem além das das "coisas “coisas produzidas", produzidas”, passar passar das das "relacoes “relações de de producao" produção” para para os os processos processos que que

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produzem produzem tais tais relacoes relações de de producao produção ee as as explicam explicam sociol6gica sociológica ee historicahistorica­ mente. mente. 0 O leitor leitor deve deve vigiar-se vigiar-se atentamente atentamente nos nos varies vários passos passos que que der der no no aproveitamento aproveitamento deste deste texto, texto, em em particular particular nesta nesta parte parte das das contribuicoes contribuições economicas, econômicas, historicas históricas ee sociol6gicas sociológicas das das Formas. Formas. Apesar Apesar das das varias várias insuficiencias insuficiências que que foram foram detectadas detectadas em em suas suas investigacoes investigações historicas históricas ou ou que que podem podem ser ser atribuidas atribuídas aos aos conhecimentos conhecimentos hist6ricos históricos da da epoca, época, as as proposicoes proposições ee conclusoes conclusões te6ricas teóricas de de K. K. Marx M arx ainda ainda nao não foram foram afetadas afetadas em sua um saudavel em sua substancia. substância. Este Este texto texto abre abre as as portas portas de de um saudável exercicio, exercício, ao ao qual qual o o leitor leitor niio não deve deve furtar-se, furtar-se, de de questionar questionar diretamente diretamente tais tais propopropo­ si9oes pr6prio Marx. sições ee conclusoes conclusões à luz luz do do próprio Marx.

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3) 3)

Burgueses Burgueses ee proletarios proletários (K. (K. Marx Marx ee F. F. Engels) Engels)

Este Este texto, texto, aparentemente, aparentemente, eé politico político no no sentido sentido mais mais restrito. restrito. Ele Ele trata trata da da pr6pria própria base base economica econômica ee social social da da revolucao revolução burguesa burguesa ee coma como esta esta se se engata, engata, historicamente, historicamente, à revolucao revolução proletaria. proletária. Seus Seus temas temas funfun­ damentais damentais sao: são: aa forrnacao formação das dás classes, classes, as as relacoes relações antagonicas antagônicas das das classes aberta, intrinseca classes ee aa guerra guerra civil, civil, latente latente ou ou aberta, intrínseca aà sociedade sociedade burguesa burguesa ee que que alimenta alimenta oo crescimento crescimento do do proletariado proletariado como como forca força social social revorevo­ lucionaria. lucionária. 0 O texto texto exibe exibe meridianamente meridianamente aa unidade unidade entre entre teoria teoria ee praprá­ tica materialismo histórico. hist6rico. Ele concentra na tica no no materialismo Ele niio não se se concentra na exposicao exposição de de uma uma "f6rmula “fórmula revolucionaria". revolucionária” . Ao Ao contrario, contrário, procura procura demonstrar dem onstrar que que aa revolucao revolução esta está incubada incubada na na sociedade, sociedade, que que ela ela tende tende aa fortalecer-se fortalecer-se com com o o desenvolvimento desenvolvimento capitalista capitalista ee que que oo proletariado proletariado eé uma um a classe classe revolucionaria revolucionária que que extinguira extinguirá as as classes, classes, aa dominacao dominação de de classe classe ee oo Estado. Estado. Portanto, Portanto, ele ele permite permite ao ao leitor leitor travar travar contato contato com com o o socialismo socialismo cientiiico, científico, aa dimensao dimensão pratica prática ou ou oo lado lado politico político da da teoria teoria do do matemate­ rialismo rialismo hist6rico, histórico, tal tal coma como ele ele foi foi equacionado equacionado originariamente. originariamente. Devido Devido aos aos fins fins que que devia devia atingir atingir ee em em virtude virtude da da natureza natureza do do "socialismo “socialismo cientifico", científico”, oo texto texto eé todo todo ele ele construido construído ee desenvolvido desenvolvido segundo segundo urna uma estrutura estrutura que que nao não lembra lembra um um manifesto manifesto politico, político, mas mas uma um a exposicao exposição didatica, didática. Ele Ele eé elementannente elementarmente claro, claro, conciso conciso ee aterrador. aterrador. Composto Composto de de frases frases curtas, curtas, concatenadas concatenadas em em paragrafos parágrafos compactos, compactos, ele ele possuia possuía oo conteiido conteúdo te6rico teórico necessario necessário para para satisfazer satisfazer aà vanguarda vanguarda da da Liga Liga ComuComu­ nista nista ee podia podia ser ser lido, lido, entendido entendido ee memorizado memorizado por por qualquer qualquer operario operário europeu europeu medianamente medianamente culto. culto. 0 O Manifesto M anifesto tomou-se tom ou-se um um documento documento hist6rico histórico no no ato ato mesmo mesmo de de sua sua divulgacao, divulgação, devido devido ao ao seu seu conteudo conteúdo politico. político. No No entanto, entanto, ele ele nao não s6 só era era um um produto produto explosivo explosivo da da investiinvesti­ gacao gação hist6rica, histórica, era era hist6ria história em em processo processo (o (o que que e, é, ainda ainda hoje, hoje, apesar apesar dos dos que que negam negam carater caráter revolucionario revolucionário ao ao proletariado proletariado contemporaneo). contemporâneo). 0 O pr6prio próprio Manifesto M anifesto explicita explicita isso, isso, em em sua sua frase frase de de abertura abertura ee no no periodo período final: final: "Um “Um espectro espectro ronda ronda aa Europa Europa -— o o espectro espectro do do comunismo." comunismo.” "O “O que que aa burguesia burguesia produz produz principalmente principalmente sao são seus seus coveiros. coveiros. Sua Sua queda queda ee aa vit6ria vitória do do proletariado proletariado sao são igualmente igualmente inevitaveis". inevitáveis”.

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91 91 Ele Ele foi foi incluido incluído nesta nesta parte parte da da coletanea coletânea porque porque caracteriza, caracteriza, em em tons hist6ricas — - aa burguesa tons fortes, fortes, duas duas epocas épocas históricas burguesa ee aa proletaria proletária -— ee aponta aponta incisivamente incisivamente oo que que confere confere à civilizacao civilização burguesa burguesa ritmos ritmos turnultumul­ tuosos, rapidos ee de tuosos, rápidos de curta curta duracao. duração. 0 O freio freio da da estabilidade estabilidade pode pode ser ser manejado manejado aa partir partir do do "despotismo" “despotismo” da da classe classe dominante dominante ee da da centralizacao centralização polftica nao brota política estatal. estatal. Todavia, Todavia, aa estabilidade estabilidade não brota da da sociedade; sociedade; da da massa massa da da sociedade sociedade brota, brota, ao ao contrario, contrário, aa luta luta entre entre classes classes antagonicas, antagônicas, um um cstado permanente ((em embora estado permanente bora camuflado) camuflado) de de guerra guerra civil civil ee uma uma instabiinstabi­ lidade lidade incontrolavel, incontrolável, que que nasce nasce da da estrutura estrutura ee do do desenvolvimento desenvolvimento da da producao burguesa. Preservacao produção capitalista capitalista ee da da sociedade sociedade burguesa. Preservação da da ordem ordem quer quer dizer dizer contra-revolucao; contra-revolução; mudanca mudança social social progressiva progressiva leva leva sempre sempre em em seu seu bojo bojo aa revolucao. revolução. Por Por essa essa razao, razão, aa civilizacao civilização burguesa burguesa comparcompar­ tilha tilha oo drama drama da da violencia violência de de outras outras civilizacoes, civilizações, mas mas s6 só ela ela vive vive esse esse drama dram a com com tarnanha tam anha virulencia virulência ee gerando gerando dentro dentro de de si si as as forcas forças de de uma uma revoluciio revolução total, total, que que destruira destruirá aa ordem, ordem, primeiro, primeiro, porem porém acabara acabará para para sempre sempre com com as as classes, classes, em em seguida. seguida. Tudo Tudo isso isso salienta salienta oo que que é oo texto, texto, uma uma vigorosa vigorosa analise análise hist6rico-sociol6gica, histórico-sociológica, que que da dá vida, vida, credibilidade credibilidade ee sentido politica Iimpida sentido implacavel implacável aa uma uma mensagem mensagem política límpida e· e devastadora. devastadora. "Um “Um amplo amplo esquema esquema de de toda toda aa hist6ria história moderna", m oderna”, na na apreciacao apreciação de de Engels, Engels, "o “o Manifesto M anifesto permanece permanece aa primeira primeira obra-prima obra-prim a da da historia-sinhistória-síntese, tese, da da histcria-explicacac" história-explicação” 66• 66. Um texto tao compacto politicas candentes Um texto tão compacto ee que que inspira inspira paixoes paixões políticas candentes rec!ama le-Io uma uma reclama do do leitor leitor um um trabalho trabalho met6dico metódico de de leitura. leitura. Nao Não basta basta lê-lo vez. vez. ~ É melhor melhor ler ler duas, duas, ires, três, quatro quatro vezes. vezes. Depois, Depois, sim, sim, ele ele pode pode ser ser estudado favorece oo estudado proveitosamente. proveitosamente. Sua Sua estrutura estrutura simples simples ee didatica didática favorece agrupamento dos dos temas temas centrais. centrais. 0 O roteiro roteiro da da exposicao exposição é transparente: transparente: agrupamento oo princlpio princípio geral geral da da luta luta de de classes classes (naturalmente (naturalm ente valido válido para para as as formas formas antagonicas antagônicas de de sociedade sociedade e, e, na na forma forma exposta, exposta, aa sociedade sociedade burguesa); burguesa); aa caracterizacao caracterização da da epoca época hist6rica histórica burguesa burguesa ee da da sociedade sociedade de de classes classes monmon­ tada trabalho assalariado; tada sobre sobre oo capital capital ee oo trabalho assalariado; aa caracterizacao caracterização do do "opera“operá­ rio rio moderno", moderno”, dos dos proletarios, proletários, das das duas duas fases fases do do desenvolvimento desenvolvimento da da clasclas­ se, revolucionaria; se, do do que que eles eles representam representam como como forca força social social negadora negadora ee revolucionária; aa nova nova sociedade sociedade ee as as condicoes condições para para o o seu seu desenvolvimento desenvolvimento (ou (ou seja, seja, oo ciclo historica). Dissolucao ciclo formativo formativo da da nova nova epoca época histórica). Dissolução do do "velho" “velho” ee forrnacao sao processos formação do do "novo" “novo” são processos concomitantes concomitantes ee compreendidos compreendidos dialedialeticamente ticamente como como os os dois dois elementos elementos centrais centrais da da revolucao revolução que que abalava abalava aa Europa. Europa. "A “A sociedade sociedade nao não pode pode mais mais existir existir sob sob o o dominio domínio da da burguesia, burguesia, em em outras outras palavras, palavras, aa sua sua existencia existência doravante doravante eé incompatlvel incompatível com com aa sociesocie­ dade.” "Todas “Todas as as classes classes que que anteriormente anteriormente conquistaram conquistaram o o poder dade." poder procuraram procuraram fortalecer fortalecer o o seu seu status, status, subordinando subordinando toda toda aa sociedade sociedade as às suas podem apoderar-se suas condicoes condições de de apropriacao. apropriação. Os Os proletarios proletários nao não podem apoderar-se

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A A cita~lio citação de de F. F. Engels Engels foi foi tirada tirada da da introducao introdução aa As A s lutas lutas de de classes classes na na Franca França tie 1848 aa 1850, A cita~ao VILAR, de 1848 1850, p. p. 93. 93. A citação subseqtiente subseqüente eé de de V ila r , P. P. Op. Op. cit., cit., p. p. 116. 116. lill

92 92 das forma de lhe eé das forcas forças produtivas produtivas sem sem abolir abolir aa forma de apropnacao apropriação que que lhe pr6pria e, toda ee qualquer própria e, portanto, portanto, toda qualquer forma forma de de apropriacao. apropriação. (( ..... . )) Todos rnovirnentos hist6ricos rnovirnentos histoTodos os os movimentos históricos precedentes precedentes foram foram movimentos histó­ ricos ricos minoritarios, minoritários, ou ou em em proveito proveito de de minorias. minorias. 0 O movimento movimento proletario proletário eé oo movimento consciente ee independente movimento consciente independente da da imensa imensa maioria." maioria.” Essa transcricao Essa transcrição eé obrigatoria. obrigatória. 0 O leitor leitor deve deve prestar prestar atencao atenção cuidacuida­ dosa texto: aa historia dosa aa esse esse aspecto aspecto do do texto: história viva viva que que se se desenrola desenrola aa partir partir do presente ((ou ou o ue al guns soci6logos do presente o qque alguns sociólogos chamam chamam de de analise análise prospectiva). prospectiva). K. Marx um paralelo K. Marx ee F. F. Engels Engels estabelecem estabelecem um paralelo entre entre o o "movimento “movimento burbur­ gues" guês” ee o o "movimento “ movimento proletario". proletário” . Todavia, Todavia, nao não procuravam procuravam repetir repetir aa formula da fórmula da fisica física classica: clássica: explicar explicar o o presente presente pelo pelo passado. passado. A A analogia analogia localiza, apenas, apenas, o o objetivo objetivo da da luta luta de de classes classes ee aa relacao relação historica histórica que que localiza, torna uma torna uma classe classe oprimida oprimida revolucionaria. revolucionária. 0 O principio princípio hist6rico histórico expliexpli­ cativo cativo nasce nasce da da situacao situação historica histórica que que esta está sendo sendo vivida vivida ee do do seu seu movimovi­ mento para para aa frente, frente, ou mento ou seja, seja, das das condicoes condições objetivas objetivas atraves através das das quais quais os patamar hist6rico os proletarios proletários se se organizam organizam em em classe classe ee chegam chegam ao ao patam ar histórico de de sua sua autonomia autonomia como como classe, classe, atingindo, atingindo, assim, assim, aa "hora “hora decisixa" decisiva” da da luta de poder, aa "dissolucao luta de classes, classes, aa conquista conquista do do poder, “dissolução da da classe classe dorninante". dom inante” . Esse processo nasce da Esse processo hist6rico, histórico, que que nasce da "sociedade “sociedade antiga" antiga” ee tera terá de de desendesenrolar-se ee amadurecer rolar-se am adurecer dentro dentro dela, dela, ate até explodir explodir ee engendrar engendrar aa "sociedade “sociedade nova", maior atencao. nova”, eé que que deve deve merecer merecer aa maior atenção. A A "historia “história oficial" oficial” resiste resiste ate até hoje hoje ao ao estudo estudo do do presente presente ee praticamente praticamente abomina abomina aa associacao associação entre tipo de entre presente presente ee futuro futuro imediato. imediato. Esse Esse tipo de analise, análise, difundido difundido pelo pelo materialismo materialismo hist6rico, histórico, que que conduz conduz o o estudo estudo do do presente presente as às suas suas ultimas últimas conseqüências, foi, foi, naturalmente, naturalmente, incompreendido incompreendido ee condenado. condenado. Ora, Ora, eé conseqiiencias, preciso notar notar que preciso que oo "movirnento “movimento historico" histórico” que que se se abre abre para para aa frente frente -— como como aa corrente corrente de de uma uma historia história rnundial mundial -— corresponde corresponde ao ao desenvoldesenvol­ virnento vimento de de uma um a revolucao revolução social social em em curso. curso. E É possivel possível apanhar apanhar objetivaobjetiva­ mente mente o o seu seu significado significado ee aa sua sua provavel provável direcao direção geral: geral: ambos ambos sao são dados dados concretamente concretamente nas nas condicoes condições objetivas objetivas das das relacoes relações entre entre as as classes classes ee da hist6rica dos da fermentacao fermentação histórica dos antagonismos antagonismos sociais sociais que que refreiam refreiam ou ou que que aceleram aa revolucao. revolução. 0 O historiador historiador nao não precisa precisa assumir assumir o o papel papel de de aceleram prof eta ((ou ou de mesmo que profeta de mistificador), m istificador), mesmo que ele ele assine assine pessoalmente pessoalmente aa anaaná­ lise. Ele niio sai se errar, lise. Ele não sai da da orbita órbita do do concreto concreto e, e, se errar, seus seus erros erros serao serão relativos, relativos, nao não absolutos. absolutos. Serao, Serão, em em suma, suma, "erros “erros de de aproximacao", aproximação” , que que podem ou pelo movipodem ser ser corrigidos corrigidos pela pela pr6pria própria investigacao investigação hist6rica histórica ou pelo movi­ mento mento revolucionario revolucionário..... . 4) 4)

Reproducao Reprodução simples simples ec lei lei geraJ geral da da acumulacao acumulação capitalista capitalista (K. (K. Marx) Marx)

Os Os excertos excertos que que compoem compõem esta esta unidade unidade de de leitura leitura foram foram coligidos coligidos com problemas que com oo intuito intuito de de por pôr o o Jeitor leitor diante diante dos dos problemas que dizem dizem respeito respeito aà continuidade continuidade da da civilizacao. civilização. Uma Uma civilizacao civilização nasce, nasce, desenvolve-se desenvolve-se ee desaparece, desaparece. No No interim, ínterim, passam-se passam-se seculos. séculos. A A teoria teoria do do materialismo materialismo

93 93

hist6rico histórico esclarece esclarece esses esses processos processos atraves através de de sua sua base base economtca econômica (a (a produção ee aa reprodução das relações de produção capitalista implicam producao reproducao das relacoes de producao capitalista implicam producao reproducao da burguesa, e, portanto, da "civiliprodução ee reprodução da sociedade sociedade burguesa, e, portanto, da “civili­ zação industrial industrial m oderna” ). Sem Sem reduzir reduzir esta esta civilização zacao moderna"). civilizacao aa certas certas estru­ estruturas turas ee dinamismos dinamismos econornicos econômicos ee sociais sociais fundamentais, fundamentais, pois pois ela ela entra entra na teia tecnol6gica relacoes de na teia tecnológica das das relações de producao produção ee de de organizacao organização da da sociesocie­ dade de de classes aparece como como um um elemento elemento unificador unificador ee dinamico dinâmico na na dade classes ee aparece esfera politicas, ideol6gicas, esfera das das superestruturas superestruturas políticas, ideológicas, religiosas, religiosas, artisticas, artísticas, científicas, etc., etc., eé 6bvio óbvio que que sua sua persistencia, persistência, aa sua transform ação ee o o cientiticas, sua transformacao seu seu desaparecimento desaparecimento dependem dependem diretamente diretamente do do que que ocorre ocorre na na "producao “produção reprodução m aterial” da da vida K. M arx não se voltou voltou para para ee reproducao material" vida humana. humana. K. Marx nao se esses aspectos: aspectos: ele ele estava estava empenhado empenhado em em explicar explicar o o modo de esses modo especial especial de producao capitalista. de interpretacao produção capitalista. No No entanto, entanto, seu seu esquema esquema de interpretação geral geral ee os os resultados resultados teóricos te6ricos de de suas suas .investigacoes investigações histórico-sociológicas historico-sociologicas lan­ lançam luz luz sobre sobre os os processos processos mencionados mencionados ee permitem entender como como eco­ earn permitem entender economia, civilizacao se relacionam reciprocamente reciprocamente sob nomia, sociedade sociedade ee civilização se relacionam sob aa exisexis­ tencia ee o modo de De outro tência o desenvolvimento desenvolvimento do do modo de producao produção capitalista. capitalista. De outro lado, agregando-se agregando-se aa civilizacao civilização ao geral das das relacoes relações entre entre Iorcas forças lado, ao quadro quadro geral produtivas, superestruturas, obtern-se visao produtivas, relacoes relações de de producao produção ee superestruturas, obtém-se uma uma visão mais particular, pode-se mais completa completa da da situacao situação hist6rica histórica total. total. Em Em particular, pode-se obserobser­ var var melhor melhor como como estas estas ultimas últimas sao são ativadas ativadas normalrnente, normalmente, como como influeninfluên­ cias condicionadoras c, e, mcsmo, mesmo, determinantes redes cias condicionadoras determinantes ((elas elas fazem fazem parte pa rte de de redes articuladas leis derivadas, fatores articuladas de de efeitos: efeitos: em em termos termos de de leis derivadas, atuam atuam como como fatores dinamicos funcionais, que dinâmicos funcionais, que reproduzem reproduzem o o sistema sistema capitalista capitalista parcialmente parcialmente ou como um todo; em em termos termos de causalidade, eé evidente evidente que que diversos diversos ou como um todo; de causalidade, elementos de efeitos causas, por elementos das das superestruturas superestruturas se se convertem convertem de efeitos em em causas, por fazerem uniformidades de dotadas de fazerem parte parte de de uniformidades de seqiiencia seqüência dotadas de maior maior ou ou menor menor autonomia varias razões razoes para autonomia relativa). relativa). Em Em suma, suma, existem existem várias para que que se se exaexa­ minem as as contribuicoes contribuições da da teoria teoria do materialismo histórico uma minem do materialismo historico de de uma perspectiva mais arnpla, acaba sendo sendo mais mais perspectiva mais ampla, ee um um livro livro como como O O capital capital acaba importante, sentido, do costumam imaginar. imaginar. importante, nesse nesse sentido, do que que os os especialistas especialistas costumam Em uma uma sociedade sociedade de de forma extrema, como como aa sociedade sociedade Em forma antagônica antagonica extrema, burguesa, aa virulencia virulência ee as as conseqiiencias conseqüências revolucionarias revolucionárias ee contra-revocontra-revoburguesa, lucionárias dos dos antagonismos das lutas de classes classes acabam acabam conferindo conferindo lucionarias antagonismos ee das lutas de aà civilizacao uma soma civilização vigente vigente uma soma de de influencias influências historicas históricas (funcionais (funcionais umas causais ooutras), u tras), que ser ignoradas ou subestimadas um as ee causais que não nao podem podem ser ignoradas ou subestimadas -— e, principalmente, mantidas e, principalm ente, que que s6 só podem podem ser ser m antidas distantes distantes da da expliexpli­ cação materialista materialista ee dialética em detrimento detrim ento da teoria ((ee da prática corcor­ caciio dialetica em da teoria da pratica respondente). respondente). O prirneiro primeiro excerto excerto incide diretamente no no que O incide diretamente que interessa: interessa: “N e n h u m a sociedade so cied ad e pode p o d e produzir p ro d u z ir constantemente, c o n sta n te m e n te , isto é, re p ro d u z ir, "Nenhurna isto e, reproduzir, sem tra n s fo rm a r constantemente c o n sta n te m e n te de de nnovo o v o uma u m a parte p a rte de seus pprodutos ro d u to s sem transformar de seus em rneios em m eios de de producao p ro d u ç ã o ou o u elementos elem en to s de de nnova o v a producao." p ro d u ç ã o .” Em E m resumo, re su m o ,

94 94 .."todo rodo processo processo social social e, é, portanto, portanto, ao ao mesmo mesmo tempo tempo processo processo de de reprorepro­ ducao". dução”.

Nao N ã o me m e proponho proponho condensar condensar as as ideias idéias expostas expostas por por K. K. Marx M arx ee sua sua teoria teoria da da reproducao reprodução simples. sim ples. Cabe C abe ao ao leitor leitor enfrentar enfrentar o o texto texto ee aproveita-lo. aproveitá-lo. 1:. pelo Dee um É logico lógico que que p elo menos m enos duas duas coisas coisas precisam precisam ficar ficar claras. claras. D um lado, lado, que que aà forma form a capitalista capitalista de de producao produção corresponde corresponde uma uma forma form a capitalista capitalista de de reproducao. reprodução. Gracas G raças ao ao trabalho trabalho assalariado, assalariado, ao ao dissociar dissociar o o trabalhatrabalha­ dor meios producao, oo capitalista dor dos dos m eios de de produção, capitalista se se apropria apropria de de rnais-valia, m ais-valia, de de trabalho fica com trabalho nao-pago. não-pago. 0 O trabalho trabalho nao-pago n ão-pago gera gera valor, valor, que que niio não fica com oo produtor, produtor, mas m as com com o o capitalista. capitalista. Na N a reproducao, reprodução, o o que que se se reproduz reproduz eé oo valor valor antecipado antecipado como com o capital, capital, o o que que quer quer dizer dizer que que "o “o valor valor se se valoriza", valoriza”, isto isto e, é, ele ele cresce cresce atraves através da da apropriacao apropriação da da rnais-valia. m ais-valia. De De outro lado, aa reproducao outro lado, reprodução simples sim ples eé caracterizada caracterizada coma com o "a “a simples sim ples conticonti­ nuidade nuidade da da producao produção capitalista" capitalista” ((oo capital capital pode pode realizar, realizar, em em um um deterdeter­ minado m inado perfodo período de de tempo, tem po, as às custas custas do do trabalho trabalho nao-pago, n ão-pago, o o seu seu equivaequiva­ lente reproducao simples lente em em valor). v a lo r ). Isso Isso significa significa que que aa reprodução sim ples eé um um prqcesso prqcesso pelo todo capital pelo qua! qual todo capital se se transforma transform a em em "capital “capital acumulado acum ulado ou ou rnaism ais-valia periodo de -valia capitalizada" capitalizada” ((oou u seja, seja, no no fim fim do do referido referido período de tempo, tem po, o o trabalhador mas trabalhador nada nada obteve obteve para para si, si, senao senão aa sua sua subsistencia; subsistência; m as o o capicapi­ talista viu aa sua riqueza material talista viu sua riqueza material convertida convertida em em capital, capital, desfrutou desfrutou aa vida vida ee pode tar com interessa, aà pôde con contar com aa continuidade continuidade do do processo). p ro ce sso ). 0 O que que interessa, investigacao investigação historica, histórica, eé o o procedimento procedim ento empregado em pregado par por K. K. Marx M arx para para chegar chegar ao ao fundo fundo das das coisas. coisas. Ele Ele nao não esta está preocupado, preocupado, al, aí, com com aa origem origem preterita £ oo processo pretérita da da acurnulacao acum ulação capitalista. capitalista. É processo rnesrno m esm o que que ele ele observa observa ee caracteriza. relacao -— caracteriza. Os O s atores atores -— o o trabalhador trabalhador ee o o capitalista; capitalista; aa relação trabalho trabalho assalariado assalariado ee capital; capital; o o produto produto econornico econôm ico direto direto -— salario, salário, mais-valia produto social material m ais-valia ee mais-valia m ais-valia capitalizada; capitalizada; o o produto social -— aa base base m aterial das das relacoes relações entre entre capital capital ee trabalho trabalho assalariado assalariado como com o o o micleo núcleo da da existenexistên­ cia cia ee reproducao reprodução da da sociedade sociedade capitalista capitalista ee de de sua sua civilizacao. civilização. Este Este ultimo últim o tema inferido do Porern,, K. Marx formula tem a po~ pocft ser ser inferido do texto texto selecionado. selecion ado. Porém K. M arx oo form ula explicitamente, transcrita: explicitam ente, em em passagem passagem que que nao não foi foi transcrita: "As “As coisas coisas mudam mudam de de aspecto aspecto assim assim que, que, em em lugar lugar do do capitalista capitalista ee do do operatic operário isolado, isolado, consideramos consideramos aa classe classe capitalista capitalista ee aa classe classe operaoperá­ ria; ria; em em lugar lugar do do processo processo de de producao produção de de uma uma mercadoria, mercadoria, oo processo processo de em seu de producao produção capitalista capitalista em seu curso curso ee em em sua sua extensao extensão social. social. Quando Quando oo capitalista capitalista inverte inverte em em forca força de de trabalho trabalho uma uma parte parte de de seu seu capital, capital, valoriza um tiro mata dois valoriza todo todo oo seu seu capital. capital. Com Com um tiro mata dois passarinhos. passarinhos. Aproveita Aproveita nao não so só o o que que recebe recebe do do operatic, operário, mas mas tambem também o o que que da dá aa este. troca de este. 0 O capital capital alienado alienado em em troca de forca força de de trabalho trabalho eé transformado transformado em reproduzir aa subsem meios meios de de subsistencia, subsistência, cujo cujo consumo consumo serve serve para para reproduzir subs­ tancia muscular, nervosa, tância muscular, nervosa, ossea óssea ee cerebral cerebral dos dos operarios operários existentes existentes ee para para engendrar engendrar novos novos operarios. operários. Dentro Dentro dos dos limites limites do do absolutamente absolutamente necessario, necessário, o o consumo consumo individual individual da da classe classe trabalhadora trabalhadora e, é, pois, pois, aa transforrnacao transformação dos dos meios meios de de subsistencia subsistência alienados alienados pelo pelo capital capital em em troca troca de de forca força de de trabalho trabalho por por nova nova Iorca força de de trabalho trabalho exploravel explorável pelo pelo

95 95 capital. producao mais capital. ~ É aa producao produção ee aa reproducao reprodução do do meio meio de de produção mais indispensavel para indispensável para o o capitalista, capitalista, o o pr6prio próprio operario" operário” or. fi7. Essa Essa eé aa dialetica dialética do do capitalista capitalista ee do do trabalhador trabalhador assalariado. assalariado. A A producao produção ee aa reproducao reprodução criam criam ee recriam recriam oo operario operário ee aa classe classe operaria. operária. Essa Essa descricao lfmpida nao uma relacao descrição límpida não eé historica? histórica? Trata-se Trata-se de de uma relação elementar elementar ee repetitiva repetitiva (pelo (pelo menos menos onde onde ee enquanto enquanto existir existir oo modo modo de de producao produção capitalista). capitalista). Contudo, Contudo, eta ela é mais mais explicativa, explicativa, historicamente historicamente falando, falando, que os processos que que os acontecimentos acontecimentos ou ou processos que aparecem aparecem aà superficie superfície da da cena cena historica. - dificilmente histórica. Pois Pois estes estes -— sera será preciso preciso dizer? dizer? — dificilmente podem podem ser ser objetivamente descritos descritos ee explicados explicados sem sem aquela aquela relacao relação elementar elementar ((em objetivamente em-­ bora bora aa reproducao reprodução simples simples esteja, esteja, como como forma forma historica histórica do do desenvolvidesenvolvi­ mento mento capitalista, capitalista, em em certos certos paises países da da Europa, Europa, no no umbral umbral da da hist6ria história moderna). m o derna). O O segundo segundo excerto excerto contern contém uma uma frase frase que que nao não pode pode ser ser esquecida. esquecida. Os prosperidade ee de Os momentos momentos de de prosperidade de euforia euforia do do desenvolvimento desenvolvimento capitacapita­ Iista forjam lista forjam muitas muitas ilusoes ilusões ee esperancas, esperanças. Todavia, Todavia, eles eles nao não suprimem suprimem aa condicao assalariado nem condição do do trabalhador trabalhador assalariado nem sua sua exploracao. exploração. 0 O que que impos impôs aa escolha escolha do do texto texto é outra outra razao. razão. Como Como K. K. Marx Marx vai vai das das aparencias aparências históricas ao ao que que eé historicamente historicamente essencial essencial ee decisivo: decisivo: "a “a dif differentia hist6ricas f erentia specif ica da specifica da producao produção capitalista". capitalista” . 0 O capitalista capitalista individual individual ee aa classe classe dos dos capitalistas buscam buscam aa mesma mesma coisa coisa -— "a “a valorizacao valorização de de seu seu capital". capital” . capitalistas Por isso, Por isso, ele ele diz diz que que aa producao produção de de mais-valia mais-valia eé aa "lei “lei absoluta" absoluta” desse desse modo modo de de producao. produção. 0 O sistema sistem a esta está acima acima de de tudo. tudo. Nada N ada pode pode ameaca-lo. ameaçá-lo. A limites de à luz luz de de sua sua argumentacao, argumentação, os os limites de oscilacao, oscilação, nas nas concessoes concessões aos aos operarios, sao operários, são rigidos rígidos ee estreitos. estreitos. As As reformas reformas capitalistas capitalistas do do capitalismo capitalismo tern têm diante diante de de si, si, portanto, portanto, uma uma barreira barreira hist6rica histórica insuperavel. insuperável. Do Do mesmo mesmo modo, ficar com modo, nao não ha há como como ficar com as as benesses benesses do do capital capital sem sem os os males males da da presenca presença do do capitalista, capitalista, como como pretendiam pretendiam os os socialistas socialistas ut6picos. utópicos. 0 O modo modo de producao produção capitalista capitalista possui possui uma uma l6gica lógica de de ferro. ferro. No No que que eé essencial. essencial, de eé mais mais facil fácil destrui-lo, destruí-lo, que que oo modificar. modificar. Essas Essas inferencias inferências nao não devem devem fazer fazer oo leitor leitor esquecer esquecer do do processo processo de de analise. análise. Na N a investigacao investigação hist6rica, histórica, aa cornparacao comparação favorece favorece os os que que nao não querem querem cair cair na na armadilha armadilha dos dos fatos fatos aparentemente aparentemente "claros". “claros” . Como Como escreve escreve Marx, Marx, no no excerto excerto anterior, anterior, eé prepre­ ciso melhor camiciso separar separar "a “a forma forma da da aparicao aparição do do que que nela nela aparece". aparece”. 0 O melhor cami­ nho para para obter obter esse esse resultado resultado é aa comparacao comparação bem bem feita. feita. Hoje, muitos nho Hoje, muitos colocarao colocarão em em duvida dúvida aa nocao noção de de "lei “lei absoluta". absoluta” . Mas Mas nao não se se deve deve quesques­ tionar - nem procedimento interpretativo tionar — nem ela, ela, nem nem oo procedimento interpretativo que que permite, permite, na na verdade, atos realmente investigacao histórica historica ((adian­ adianverdade, obter obter ffatos realmente claros claros para para aa investigação te, te, oo tema tema voltara voltará aa ser ser discutido) discutido).. Este texto subseqiiente, permite Este excerto, excerto, apoiado apoiado nos nos demais demais ee no no texto subseqüente, permite considerar K. Marx considerar aqui aqui como como K. Marx delimitava delimitava o o campo campo hist6rico histórico dentro dentro do do qual qual localizava localizava as as contradicoes contradições ee com com referenda referência ao ao qual qual trabalhava trabalhava com com

e

e

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,;, p. 72. ,iT MARX, M a rx , K. K. El E l capital, ca p ita l, v. v. II, II, p. 72.

96 96

elas producao elas interpretativamente. interpretativamente. Ele Ele operava operava com com o o modo modo especificc específico de de produção capitalista capitalista no no processo processo de de sua sua producao produção ee reproducao, reprodução, isto isto e, é, ao ao consticonsti­ tuir-se iria reproduzir-se tuir-se historicamente historicamente ee na na forma forma hist6rica histórica sob sob aa qua] qual iria reproduzir-se e, e, provavelmente, provavelmente, transformar-se, transformar-se, como como uma uma totalidade totalidade de de condicoes condições ee de estruturas ee processos), de relacoes relações objetivas objetivas ((estruturas processos), ligadas ligadas entre entre si si causalcausalmente. A ela subsiste mente. A reproducao reprodução simples simples nao não desaparece desaparece ((ela subsiste independenteindependente­ mente modo especifico mente de de seu seu significado significado hist6rico histórico para para aa genese gênese do do modo específico de de producao produção capitalista, capitalista, pois pois ela ela eé inerente inerente ao ao ciclo ciclo de de funcionamento funcionamento de de varias modalidades via, aa "forca várias modalidades de de empresa empresa capitalista). capitalista). Toda Todavia, “força expansiva expansiva do do capital" capital” passa passa aa ser ser detenninada determinada pelos pelos fatores fatores ee efeitos efeitos da da acumulacao acumulação acelerada, vitalidade ee intensidade intensidade de acelerada, que que extrai extrai sua sua vitalidade de crescimento crescimento da da comcom­ posicao organica ou seja, posição orgânica do do capital capital ((ou seja, da da relacao relação variavel variável entre entre compocompo­ si9ao de sição de valor valor ee composicao composição tecnica técnica do do capital) capital) 68. 68. Em Em conseqiiencia, conseqüência, aa quantidade de trabalho necessario a producao quantidade de trabalho necessário à produção fica fica sob sob controle controle do do capital, capital, que funcao dos que pode pode reduzi-lo reduzi-lo continuamente, continuamente, em em função dos meios meios tecnicos técnicos empreempregaveis gáveis ee das das condicoes condições objetivas objetivas de de organizacao organização da da producao. produção. 0 O capital capital adquire, adquire, assim, assim, aa capacidade capacidade nao não s6 só de de assumir assumir oo controle controle total totkl da da forca de produtivo, subordinando-a, força de trabalho trabalho no no ambito âmbito produtivo, subordinando-a, ate até as as ultimas últimas consequencias, conseqüências, aos aos seus seus pr6prios próprios fins; fins; ele ele passa passa aa regular regular oo "desenvolvi“desenvolvi­ mento mais, mento da da forca força de de trabalho", trabalho”, submetendo-a submetendo-a Ierreamente, ferreamente, cada cada vez vez mais, à velocidade velocidade de de sua sua acumulacao. acumulação. Evidencia-se, Evidencia-se, assim, assim, aa "estrutura “estrutura intima" íntima” do burguesa. As contrado modo modo de de producao produção capitalista capitalista ee da da sociedade sociedade burguesa. As contra­ dicoes dições inerentes inerentes ao ao modo modo especifico específico de de producao produção capitalista capitalista nascem, nascem, em em resumo, relacao antagonica resumo, da da relação antagônica existente existente entre entre "o “o desenvolvirnento desenvolvimento da da forca força de de trabalho" trabalho” ee "a “a forca força expansiva expansiva do do capital". capital” . 0 O estudo estudo deste deste excerto excerto (juntamente (juntam ente com com os os dernais demais ee o o ultimo último texto texto desta desta parte parte da da coletanea) reconhecer oo modo modo estritamente coletânea),, e, é, portanto, portanto, essencial essencial para para reconhecer estritamente cientlfico científico pelo pelo qual qual Marx Marx emprega emprega aa dialetica. dialética. Tern Tem havido havido muita muita espeespe­ culacao culação aa respeito respeito da da "presenca “presença de de Hegel" Hegel” ee da da "dialetica “dialética hegeliana" hegeliana” em O capital. capital. Essa Essa especulacao especulação esbarra esbarra com com as as pr6prias próprias afirrnacoes afirmações de de em O

a

recomendavel passagem recomendável que que o o leitor leitor agregue agregue aos aos textos textos coligidos coligidos aa seguinte seguinte passagem de O capital 110-1): "Neste de O capital (v. (v. II, II, p. p. 110-1): “Neste capitulo capítulo tratamos tratam os da da influencia influência que que o o crescres­ cimento fator mais cim ento do do capital capital exerce exerce sobre sobre aa sorte sorte da da classe classe trabalhadora. trabalhadora. 0 O fator mais irnim ­ portante portante nesta nesta investigacao investigação eé aa composicao composição do do capital capital ee as as modificacoes modificações que que sofrc sofre no processo de preciso considerar no curso curso do do processo de acumulacao." acum ulação.” "E *‘É preciso considerar aa cornposicao composição do do capital referencia ao pela proporcao capital sob sob dois dois aspectos. aspectos. Com Com referência ao valor, valor, eé deterrninada determ inada pela proporção na qual na qual aquele aquele se se divide divide em em capital capital constante constante ou ou rneios meios de de producao produção ee em em capital capital variavel referencia aà materia, variável ou ou valor valor da da forca força do do trabalho. trabalho. Com Com referência m atéria, como como ele ele Iunciona no processo funciona no processo de de producao, produção, todo todo capital capital se se divide divide em em meios meios de de producao produção ee forca viva de pela proporcao força viva de trabalho; trabalho; esta esta cornposicao composição eé determinada determ inada pela proporção entre entre aa massa massa dos meios de dos meios de producao produção empregados, empregados, de de um um lado, lado, ee aa quantidade quantidade de de trabalho primeira, trabalho necessario necessário para para o o seu seu emprego, emprego, de de outro. outro. Charno, Cham o, aà prim eira, de de comcom ­ posicao valor do posição de de valor do capital capital e, e, aà segunda, segunda, de de cornposicao composição tecnica. técnica. Ha H á entre entre ambas ambas uma um a estreita estreita relacao. relação. Para P ara expressa-la, expressá-la, chamo cham o de de composicao composição organica orgânica do do capital capital aà sua valor, na determinada sua composicao composição de de valor, na medida medida em em que que eé determ inada por por sua sua cornposicao composição tecnica ee reflete reflete as técnica as variacoes variações desta. desta. Quando Quando falar falar sirnplesmente simplesmente de de cornposicao composição do do capital. capital, entenda-se entenda-se sempre sempre sua sua cornposicdo composição organica." orgânica.” 118 B8 £;. É

97 97 Marx, inversao da assunto aa ser Marx, de de que que procedera procedera aà inversão da dialetica dialética hegeliana hegeliana ((assunto ser considerado ultima parte considerado adiante, adiante, na na última parte da da antologia) antologia) ee de de que que utilizava utilizava oo metodo investigacao da m étodo experimental experimental em em sua sua forma forma possivel possível na na investigação da econoecono­ mia diante de materiais para mia ee da da sociedade. sociedade. 0 O Jeitor leitor tern tem diante de si si muitos muitos materiais para reflexao. reflexão. Penso Penso que, que, sem sem Hegel Hegel ee aa cntica crítica aa que que submeteu submeteu aa dialetica dialética hegeliana, tivesse permahegeliana, Marx M arx nao não chegaria chegaria aa O O capital. capital. Porern, Porém, se se ele ele tivesse perma­ necido um neo-hegeliano, necido um neo-hegeliano, ele ele jamais jamais poderia poderia realizar realizar as as investigacoes investigações empiricas empíricas ee oo trabalho trabalho de de elaboracao elaboração interpretativa interpretativa que que levaram levaram aa O O capital. capital. O terceiro excerto verdadeira natureza O terceiro excerto patenteia patenteia qual qual eé aa verdadeira natureza do do capital capital industrial. mina para industrial. Esse Esse excerto excerto eé uma uma mina para o o estudioso estudioso da da economia. economia. Pelo Pelo menos, ponto menos, tres três assuntos assuntos fundamentais fundamentais merecem merecem atencao, atenção, sob sob esse esse ponto de trabalho converte-se de vista. vista. A A produtividade produtividade do do trabalho converte-se em em alavanca alavanca da da acumuacumu­ lacao. tecnicas, com lação. 0 O que que vai vai acarretar acarretar sucessivas sucessivas revolucoes revoluções técnicas, com o o objetivo objetivo de lado, esses de elevar elevar "a “a Iorca força produtiva produtiva social social do do trabalho". trabalho” . De De outro outro lado, esses metodos para produzir métodos tambem também sao são metodos métodos para produzir aa acurnulacao acumulação acelerada. acelerada. A A eles eles se se associam associam aa producao produção em em escala, escala, as as sociedades sociedades por por acoes, ações, "pode“pode­ rosas rosas empresas empresas industriais" industriais” ee aa concentracao concentração do do capital. capital. Por P or fim, fim, oo capital ultima máscara. mascara. Atinge capital pode capital retira retira aa última Atinge aa etapa etapa na na qual qual o o capital pode ser ser expropriado expropriado pelo pelo capitalista. capitalista. Surge, Surge, assim, assim, um um "imenso “imenso mecanismo mecanismo social" social” de de centralizacao centralização do do capital. capital. Ocorrem, Ocorrem, entao, então, revolucoes revoluções que que afetam tecnica do afetam aa composicao composição técnica do capital capital ((oo leitor leitor deve deve esforcar-se esforçar-se por por acompanhar acom panhar com com cuidado cuidado as as distincoes distinções que que Marx M arx estabelece estabelece sobre sobre os os "metodos producao de “métodos de de produção de capital capital pelo pelo capital" capital” ee oo que que isso isso significa significa para para "o proporcao “o crescimento crescimento ascendente ascendente da da parte parte constante constante do do capital capital em em proporção aà variavel"). rico de de conclusoes variável” ). Esse Esse eé o o excerto excerto mais mais rico conclusões para para aa teoria teoria economics materialismo hist6rico representa econômica ee para para aa avaliacao avaliação do do que que o o materialismo histórico representa para poderia para aa econornia economia ou ou aa sociologia. sociologia. A A burguesia, burguesia, de de fato, fato, ja já nao não poderia ser ser descrita descrita com com oo velho velho ee ambiguo ambíguo conceito conceito de de "classe “classe media", média”, ee aa competicao podia ser verdadeira face, competição podia ser vista vista sob sob aa sua sua verdadeira face, quebrando quebrando as as iluilu­ soes na existencia um nicho nicho sagrado sões dos dos que que acreditavam acreditavam na existência de de um sagrado dentro dentro do do mundo mundo do do capital. capital. Centralizacao Centralização do do capital, capital, como como mecanismo mecanismo social, social, consistia consistia em em diferenciacao diferenciação no no seio seio da da burguesia burguesia como como classe classe dominante dominante ee aparecimento aparecimento dos dos "mais “mais iguais" iguais” entre entre os os que que comandavam. comandavam. De De novo, novo, oo excerto procedimento da exterto eé exemplar exemplar para para estudar-se estudar-se oo procedimento da investigacao investigação hist6rica. histórica. 0 O que que se se viu, viu, nos nos excertos excertos anteriores, anteriores, repete-se repete-se aqui, aqui, agora agora com com referencia referência aa fatos fatos ee aa processos processos muito muito mais mais complexos, complexos, por por assim assim dizer dizer in Lux no in fflux no momento momento em em que que os os dados dados empiricos empíricos foram foram convertidos convertidos em em descricao novo, aa descrição sistematica sistemática ee em em interpretacao interpretação generalizadora. generalizadora. De De novo, anatomia anatomia da da sociedade sociedade burguesa burguesa em em transformacao transform ação era era surpreendida surpreendida com com enorme enorme acuidade acuidade ee seus seus dinamisrnos dinamismos nascentes nascentes mais mais essenciais essenciais para para o o desenvolvimento futuro erarn desenvolvimento capitalista capitalista futuro eram apaohados apanhados corno como se se eles eles ja já estiesti­ vessem K. Marx vessem "maduros" “m aduros” ou ou "acabados". “acabados” . Certo, Certo, K. M arx nao não podia podia antecipar antecipar oo que iria acontecer capitalistas, dali que iria acontecer em em outras outras sociedades sociedades capitalistas, dali aa algurn algum tempo, tempo, nas levados aa conseqiiencias irnprenas quais quais tais tais fatos fatos ee processos processos Ioram foram levados conseqüências impre­

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vistas (e (e imprevisíveis na epoca). época). Mas, Mas, quando quando se se fala fala da da "hist6ria “história das das vistas imprevisiveis na estruturas” ou ou em em uma “sociologia das das classes", classes”, esse esse excerto excerto ((que uma estruturas" uma "sociologia que é uma rnera foi simplesmente mera amostra) am ostra) evidencia evidencia que que K. K. Marx M arx nao não foi simplesmente um um "pionei“pionei­ ro”. Alto Alto nivel nível de de abstracao, abstração, sim; sim; mas mas nao não se se pode pode elaborar elaborar uma uma teoria teoria ro". cientifica maneira. Porém, Porern, atente-se científica de de outra outra maneira. atente-se para para o o excerto excerto como como exemexem­ plo: uma uma abstracao abstração que que nao não so só não renega os os fatos fatos ee oo teste teste empirico, empírico, plo: nao renega mas que que é verdadeira verdadeira como como descricao descrição do do "movimento “movimento historico" histórico” da da mas acumulação capitalista capitalista ee de de seus seus efeitos efeitos imediatos imediatos ee de de longa duração. acumulacao longa duracao. Alem Além disso, disso, oo excerto excerto oferece oferece uma uma llustracao ilustração pertinente pertinente do do que que foi foi dito dito acima. Refiro-me Refiro-me à passagem passagem na na qua! qual K. K. Marx M arx aponta aponta aa acumulacao acumulação acima. primitiva nao não como como um um "resultado “resultado historico", histórico”, mas como aa "base “base bist6histó­ primitiva mas como rica" rica” da da producao produção capitalista. capitalista. Ele Ele assevera assevera explicitamente: explicitamente: "nao “não necesneces­ sitamos saber saber como como ela ela nasce. nasce. Basta-nos Basta-nos saber saber que que ela ela forma forma o o ponto ponto sitamos de partida". partida” . de O ultimo último excerto excerto foi para "arredondar “arredondar aa conta" conta” ee com com oo O foi incluído inclufdo para propósito de preparar preparar oo leitor leitor para para aa leitura subseqüente, em em fun9ao função da da prop6sito de leitura subseqtiente, qual qual oo assunto assunto sera será reexaminado. reexaminado. Para Para alguns, alguns, oo que que K. K. Marx M arx descreve destreve como como aa lei lei absoluta absoluta ee geral geral da da acumulaciio acumulação capitalista capitalista carrega carrega aa mascara máscara de sua sua posicao posição de de profeta profeta da da tragédia do colapso colapso do do capitalismo. capitalismo. Ora, Ora, de tragedia ee do ele ele nao não tinha tinha em em mente mente mais mais que que condensar, condensar, em em uma uma f6rmula fórmula sintetica, sintética, oo "carater “caráter contradit6rio contraditório da da acumulacao acumulação capitalista". capitalista” . 0 O trecho trecho inicial inicial é importante. Ele nao não apresenta apresenta nenhuma dificuldade dificuldade e serve de o mais importante. guia guia para para aa leitura leitura das das outras outras paginas, páginas. A A relacao relação que que ele ele propoe propõe entre entre os "elementos “elementos positivos" positivos” ee os os "negatives" “negativos” da da acumulacao acumulação capitalista capitalista nao não os são, como como se se diz, diz, uma necessidade da da teoria. teoria. Não era algo algo que que ele ele sao, uma necessidade Nao era tinha de de formalizar, formalizar, gostasse gostasse ou ou não, para nao não desmentir-se desmentir-se ou, ou, como como tinha nao, para outros, para imprimir imprimir uma aparencia aparência cientifica científica a uma visao visão pespes­ querem outros, simista, simista, de de origem origem compensatoria. compensatória. Tudo Tudo isso isso é tolice. tolice. 0 O quadro quadro hist6rico histórico que K. K. Marx M arx tinha sob os os olhos olhos ja já nao não existe. existe. Certo. Certo. No entanto, o o que tinha sob No entanto, capitalismo capitalismo nao não alterou alterou aa sua sua substancia substância por por causa causa disso. disso. Qua! Qual eé ee onde onde está oo exercito exército industrial industrial de de reserva, reserva, quando quando aa producao produção capitalista capitalista entra entra esta na era era das das corporacoes corporações gigantes, gigantes, assume assume um novo padrao padrão imperialista imperialista ee na um novo se internacionaliza? internacionaliza? 0 O procedimento procedimento verdadeiramente verdadeiramente critico crítico consiste consiste em em se denunciar Marx? M arx? Suponho Suponho que que seria, seria, antes, antes, investigar como se se correlacorrela­ denunciar investigar como cionam historicamente, historicamente, nos dias que que correm, correm, as as contradicoes contradições da da acumuacumu­ cionam nos dias lação capitalista ((que se tornaram tornaram mais mais dissimuladas, dissimuladas, mas muito mais la~ao capitalista que se mas muito mais destrutivas ee violentas) violentas) ee os os efeitos efeitos que que elas elas provocam provocam na na massa massa trabatraba­ destrutivas lhadora, operaria operária ou ou nao. não. Esta Esta argumentacao argumentação nao não tern tem por por objeto objeto "alinhar" “alinhar” lhadora, oo leitor leitor ao ao pensamento pensamento de de Marx. Marx. Isso Isso nao não teria teria sentido. sentido. 0 O que que pretendo, pretendo, efetivamente, eé que que oo leitor leitor taca faça uma uma rotacao rotação completa completa da perspectiva efetivamente, da perspectiva hist6rica. Primeiro, localizando histórica. Primeiro, localizando aa lei lei absoluta absoluta ee geral geral da da acumulacao acumulação capitalista foi formulada. capitalista no no contexto contexto hist6rico histórico em em funcao função do do qual qual foi formulada. Em Em seguida, repondo repondo essa essa mesma mesma lei na situacao situação hist6rica histórica atual, atual, preservando, preservando, seguida, lei na naturalrnente, naturalmente, oo seu seu conteudo conteúdo te6rico teórico fundamental, fundamental, que que diz diz respeito respeito à

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99 99 relacao relação contradit6ria contraditória entre entre "o “o desenvolvimento desenvolvimento da da torca força de de trabalho" trabalho” ee "a “a forca força expansiva expansiva do do capital". capital” . 5) 5) Produ~io Produção progressiva progressiva de de um um exercito exército industrial industrial de de reserva reserva (K. (K. Marx) Marx) Este de O Este texto texto eé famoso famoso ee abrange abrange uma uma das das partes partes de O capital capital que que tern têm sido sido submetidas submetidas ao ao ataque ataque mais mais cego. cego. Na Na verdade, verdade, o o texto texto revel revelaa as as caracteristicas características essenciais essenciais desta desta obra. obra. E É limpido, límpido, denso, denso, criativo criativo e, e, de de fato, fato, provocador. provocador. Passados Passados 115 115 anos anos ap6s após aa publicacao publicação do do livro, livro, ele ele rnantem-se mantém-se de pe, como de pé, como o o ceme cerne da da concepcao concepção de de K. K. Marx M arx sobre sobre o o "segredo" “segredo” da da economia economia burguesa. burguesa. Sua Sua escolha escolha para para compor compor esta esta coletanea coletânea esta está acima acima de de qualquer qualquer discussao. discussão. :£. É um um texto texto intrinsecamente intrinsecam ente classico, clássico, de de uma um a perspers­ pectiva pectiva marxista. marxista. 0 O que que se se poderia poderia discutir discutir eé sua sua inclusao inclusão nesta nesta divisao divisão da como evidencia da coletanea. coletânea. Ele Ele poderia poderia compor compor aa primeira primeira parte parte ((como evidência da da natureza natureza da da teoria teoria quando quando o o fantasma fantasma da da "neutralidade “neutralidade etica" ética” nao não afasta afasta aa ciencia ciência de de sua sua essencia essência revolucionaria) revolucionária);; ou ou aa segunda segunda (pois (pois o o texto texto demonstra demonstra como como explicacoes explicações do do mais mais alto alto nivel nível te6rico teórico focalizam focalizam os os "aspectos “aspectos estruturais" estruturais” da da hist6ria história cotidiana). cotidiana). Esta Esta secao seção nao não exclui exclui o o segundo segundo aspecto, aspecto, que que desemboca desemboca no no como com o as as civilizacoes civilizações se se fazem fazem ee se se refazem. base demografica refazem. 0 O que que esta está em em jogo, jogo, de de modo modo direto, direto, eé aa base demográfica da da reproducao reprodução da da civilizacao civilização industrial industrial moderna, moderna, encarada encarada atraves através de de um um de ou sine de seus seus requisitos requisitos centrais centrais ((ou sine qua qua non). n o n ). 0 O grande grande valor valor de de K. K. Marx mostra pelo M arx se se mostra pelo fato fato de de que que ele ele nao não ignorou ignorou -— ao ao contrario, contrário, viu viu muito varies fatores muito bem bem -— vários fatores determinantes determ inantes interdependentes, interdependentes, como como aa competicao competição ee o o mercado, mercado, o o consumo consumo em em massa, massa, aa organizacao organização racional racional da da producao, produção, aa tecnologia tecnologia em em suas suas revolucoes revoluções iniciais, iniciais, o o comercio comércio munmun­ dial, dial, o o "espirito “espírito de de lucro" lucro” ee de de liberdade, liberdade, o o progresso progresso geral geral do do direito, direito, da da economia economia ee da da sociedade sociedade burguesa, burguesa, etc. etc. Mas Mas nao não se se perdeu perdeu pelos pelos meandros meandros das das ilusoes ilusões que que tais tais fatores fatores suscitaram suscitaram na na economia economia politica política ee fora fora dela. dela. 0 O melhor melhor exemplo exemplo disso disso esta está neste neste texto: texto: ele ele incluiu incluiu o o elemento elemento demografico demográfico na na base base economica, econômica, aà qual qual ele ele pertence, pertence, ee propro­ curou curou descobrir descobrir o o que que ele ele representava representava seja seja para para aa intensificacao intensificação da da acumulacao acumulação capitalista capitalista acelerada, acelerada, seja seja para para o o equilfbrio equilíbrio ee para para aa expansao expansão do do modo modo especial especial de de producao produção capitalista. capitalista. Evidenciava, Evidenciava, assim, assim, aa supersuper­ posicao posição de de formas formas de de exploracao exploração do do trabalho trabalho assalariado assalariado ee desmascarava desmascarava arrasadoramente arrasadoram ente o o mito mito do do "progresso". “progresso” . 0 O trabalhador trabalhador assalariado assalariado transtrans­ parecia ficando aa nu parecia como como equivalente equivalente humano hum ano do do escravo escravo ee do do servo, servo, ficando nu onde onde se se assemelhavam assemelhavam estruturalmente estruturalmente todas todas as as civilizacoes civilizações fundadas fundadas no antagonismo no antagonismo social social das das classes. classes. De De outro outro lado, lado, este este texto texto solicita solicita que que se se retome retome aa questao questão do do enlace enlace entre entre teoria teoria ee hist6ria história ee oferece oferece uma uma boa boa oportunidade oportunidade para para o o debate debate das das reacoes reações da da "ciencia “ciência oficial" oficial” contra contra o o materialismo materialismo hist6rico. histórico. Quanta Quanto aà contribuicao contribuição de de K. K. Marx M arx ao ao estudo estudo historico-sociologico histórico-sociológico da da populacao, população, dois dois pontos pontos merecem merecem realce. realce. Um Um deles deles diz diz respeito respeito aà maneira m aneira pela pela qua! qual encarou encarou aa relacao relação entre entre o o excesso excesso da da populacao população ee o o

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modo de produção producao capitalista. resultados de modo especial especial de capitalista. Os Os resultados de sua sua analise análise esclarecem: da populacao opeesclarecem: qual qual eé aa base base econornica econômica da da morfologia morfologia da população ope­ raria; modo de producao rária; aa correlacao correlação estrutural estrutural ee dinarnica dinâmica entre entre esse esse modo de produção turn over populacao operaria; ee oo turn over dos dos setores setores ocupados ocupados ee desocupados desocupados da da população operária; ee como modo de tern, necessariamente, como esse esse modo de producao produção tem, necessariamente, de de produzir produzir ee reproduzir, trabalhador reproduzir, em em massa, massa, oo trabalhador trabalhador assalariado assalariado ativo ativo ee o o trabalhador assalariado intermitentes ee ciclicos, assalariado desempregado, desempregado, em em fluxos fluxos ocasionais, ocasionais, intermitentes cíclicos. Note-se, base econornica Note-se, com com atencao, atenção, que que Marx Marx nao não se se atinha atinha aà base econômica de de uma maneira maneira generica. fator especiuma genérica. Ele Ele trabalhava trabalhava diretamente diretamente com com o o fator especí­ fico, identificado na na cornposicao capital ee na fico, identificado composição organics orgânica do do capital na desvalorizacao desvalorização dos pelo capital. capital. Atente-se, sedos salaries, salários, provocada provocada deliberadamente deliberadamente pelo Atente-se, em em se­ gundo nas condicoes gundo lugar, lugar, que que ele ele joga joga com com aa lei lei da da oferta oferta ee da da procura procura nas condições reais da fixação iixaciio dos dos saldrios, reais do do mercado m ercado de de trabalho trabalho ee da salários, ao ao contrario contrário do abstratamente do que que pretendia pretendia aa economia economia "usual", “usual”, que que operava operava abstratam ente com com quantidades condicoes, Em consequenquantidades abstraidas abstraídas estatisticamente estatisticamente dessas dessas condições. Em conseqüên­ cia, sua descricao historico-sociocia, sua descrição ee interpretacao interpretação eram eram substantivarnente substantivamente histórico-socioIogicas, f atos negatives ( ou àa interferência interterencia dos dos ‘ffatos ifatos lógicas, ee conferiam conferiam aos aos fatos negativos (ou negativos")) aa importancia eles possuiam dos niveis negativos” importância que que eles possuíam na na determinacao determinação dos níveis dos da rnais-valia dos salaries salários ((oo que que queria queria dizer dizer que, que, alern além da mais-valia relativa, relativa, existia existia uma assalariado, resultante uma forma forma adicional adicional de de exploracao exploração do do trabalho trabalho assalariado, resultante da capital de oferta ee da da capacidade capacidade do do capital de deprimir deprimir ou ou de de vergar vergar aa lei lei da da oferta da procura). tarnbern retinha atividade dos iatos procura). No No polo pólo oposto, oposto, ele ele também retinha aa atividade dos fatos negatives A relação relacao entre entre emprego negativos no no seio seio da da populacao população operaria. operária. A emprego ee desemprego focalizada em em termos de seus desemprego ée focalizada termos de seus efeitos efeitos concretos concretos sobre sobre o o solapamento solapamento da da solidariedade solidariedade entre entre os os trabalhadores trabalhadores ee o o enfraquecimento enfraquecimento de porern, aa de suas suas reivindicacoes reivindicações frente frente ao ao capital. capital. No No piano plano .da -da teoria, teoria, porém, principal esta ai, em ter ter conseguido principal contribuicao contribuição de de K. K. Marx M arx nao não está aí, mas mas em conseguido caracterizar demografico inerente burcaracterizar ee explicar explicar oo padrao padrão demográfico inerente aà sociedade sociedade bur­ guesa. guesa. Trata-se Trata-se de de um um padrao padrão demografico demográfico que que exprime exprime aa natureza natureza histohistó­ rica pelos hornens rica da da civilizacao civilização produzida produzida pelos homens sob sob o o modo modo especifico específico de de producao social, do do consumo produção capitalista. capitalista. Arras Atrás da da riqueza riqueza social, consumo em em massa, massa, do refinamento do vida, dos ideais jurídicos jurfdicos ee políticos politicos de do refinamento do estilo estilo de de vida, dos ideais de dernocracia, etc., cria-se democracia, do do progresso, progresso, etc., cria-se um um fosso fosso entre entre classes classes sociais sociais ee classes que nao ser eliminado. eliminado. Ao producao classes da da populacao população que não pode pode ser Ao crescer crescer aa produção ee aa populacao, fosso também tarnbem cresce, porque aa sua existencia ee população, esse esse fosso cresce, porque sua existência reproducao sao reguladas reguladas por por um um padrão padrao demográfico dernografico que reprodução são que faz faz da da civicivi­ lizacao industrial espelho de de producao lização industrial um um espelho de seu seu sistema sistema de produção econornica. econômica. O deve ser apontado, refere-se analise diferencial O outro outro ponto, ponto, que que deve ser apontado, refere-se àa análise diferencial dos processos demográficos. demograficos. K. composicao organica dos processos K. Marx Marx foi foi da da composição orgânica do do capital trabalhador assalariado capital aà producao produção ee aà reproducao reprodução do do trabalhador assalariado ativo ativo ee desocupado - efeitos acumulacao capitalista causas desocupado — efeitos da da acumulação capitalista acelerada; acelerada; ee causas ((concom concomitant es) da itantes) da reproducao reprodução do do modo modo especial especial de de producao produção capitacapita­ lista da cornposicao do capital grande lista ee do do carater caráter da composição organica orgânica do capital sob sob aa grande industria do capital. capital. Muitos Muitos identificarn, indústria ee aa centralizacao centralização do identificam, nessa nessa rotacao rotação da fechado", que da perspectiva perspectiva de de observacao observação ee de de analise, análise, um um "circuito “circuito fechado”, que

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Jevaria processo de levaria de de uma uma tautologia tautologia aa outra outra ((oo que que retiraria retiraria do do processo de obserobser­ vacao vação ee de de analise análise empregado empregado qualquer qualquer valor valor empirico empírico ee logico; lógico; ee subsub­ meteria procedimento dialetico meteria aà irrisao irrisão oo procedimento dialético rigoroso, rigoroso, pelo pelo qua! qual Marx Marx procurava procurava descobrir descobrir causas causas ee efeitos efeitos em em suas suas conexoes conexões econornicas econômicas ee hist6ricas, em históricas, em cadeias cadeias concomitantes concomitantes ee sucessivas, sucessivas, nas nas quais quais causas causas ee efeitos reversiveis). 0 texto efeitos apareciam apareciam como como interdependentes interdependentes ee reversíveis). O que que o o texto comprova Marx realizando, realizando, com comprova eé oo inverso. inverso. K. K. Marx com maestria maestria cientffica científica iniini­ gualavel, movirnento, empirico que parece gualável, esse esse movimento, empírico ee I6gico, lógico, que parece rnuito muito simples simples ((avaliado avaliado aa partir partir da da exposicao) exposição),, mas mas que que eé extremamente extremamente complexo complexo ee dificil, interdedifícil, quando quando se se pensa pensa na na descoberta descoberta das das relacoes relações reciprocas, recíprocas, interde­ pendentes ee reversiveis no plano piano da da pendentes reversíveis de de causas causas ee efeitos efeitos no da analise análise ee no no da interpretacao ee da desta. Os fatos concretos interpretação da comprovacao comprovação dos dos resultados resultados desta. Os fatos concretos sao reaparecerern, depois, são decompostos decompostos para para reaparecerem; depois, em em totalidades totalidades organicas, orgânicas, suscetiveis logica, atraves suscetíveis de de apreensao apreensão empirica empírica ee lógica, através do do esquema esquema interinterpretativo dialetico. pretativo dialético. A A representacao representação sintetica sintética distingue distingue ee opoe opõe oo "exercito “exército operario operário ativo" ativo” ee o o "exercito “exército industrial industrial de de reserva", reserva”, em em suas suas funcoes funções para o proletariado forjada forjada para o capital capital ee de de negacao negação da da situacao situação de de classe classe do do proletariado pelo movimento real pelo capital, capital, ee no no movimento real de de desenvolvimento desenvolvimento da da classe classe operaria operária e, :8 pree, primordialmente, primordialmente, de de afirmacao afirmação da da sua sua solidariedade solidariedade de de classe. classe. É pre­ ciso ciso examinar examinar com com cuidado cuidado essa essa analise. análise. Ela Ela nao não constitui constitui um um "refina“refina­ mento" m ento” analitico analítico ou ou interpretativo interpretativo ((aa partir partir dos dos estudos estudos dos dos economistas economistas sobre sobre aa populacao população ee os os efeitos efeitos das das crises crises ciclicas cíclicas sabre sobre os os salaries). salários). :8 É evidente Marx pela base evidente que que K. K. M arx foi foi alem além da da explicacao explicação pela base economica econômica tanto tanto dos dos economistas economistas liberais, liberais, quanto quanto dos dos socialistas socialistas reformistas. reformistas. Ele Ele demonsdemons­ tra tra como como o o elernento elemento dernografico demográfico eé amolgado amolgado ao ao modo modo especial especial de de producao produção capitalista capitalista e, e, por por sua sua vez, vez, reage reage sobre sobre cle ele ee oo transfigura. transfigura. A A diferenciacao populacao operaria fatores especificadiferenciação flutuante flutuante da da população operária libera libera fatores especifica­ mente demograficos, intervern ativamente mente demográficos, que que intervém ativamente na na distribuicao distribuição desigual desigual da da existencia existência confortavel, confortável, da da mera mera subsistencia subsistência ee da da miseria miséria entre entre diverdiver­ sos Em todas todas essas sos estratos estratos dos dos trabalhadores trabalhadores assalariados. assalariados. Em essas direcoes, direções, nas nas quais quais se se desdobra desdobra oo estudo estudo da da populacao população operaria, operária, evidencia-se evidencia-se aa marca marca caracterfstica rnetodo de característica de de seu seu método de descricao, descrição, de de interpretacao interpretação ee de de exposicao. exposição. Como diriam uns, estrutura e historia; como prefeririam outros, Como diriam uns, estrutura e história; como prefeririam outros, teoria teoria ee historia. Marx elabora para história. Na Na verdade, verdade, oo que que Marx elabora é uma uma teoria teoria adequada adequada para apanhar, apanhar, simultaneamente, simultaneamente, os os "acontecimentos “ acontecimentos que que aparecem aparecem aà superficie superfície das das relacoes relações antagonicas antagônicas de de classes" classes” ee os os "processos “processos que que se se desenvolvern desenvolvem no formativo ee pouco visivel dessas no nucleo núcleo formativo pouco visível dessas relacoes". relações”. 0 O texto texto evoca evoca aa genuina historica ee sociologies genuína imaginacao imaginação histórica sociológica criadora, criadora, deixando deixando patente patente como fundia aa hist6ria como Marx M arx fundia história dos dos eventos eventos com com aa historia história da da conjuntura, conjuntura, das instituicoes ee dos das instituições dos processos processos de de longa longa duracao. duração. Seria Seria irnpossivel impossível concon­ ceber ceber de de outra outra maneira m aneira oo quc que eé aa sintese síntese na na explicacao explicação historico-sociohistórico-sociologica ee como lógica como lidar lidar de de outra outra forma, forma, aa partir partir do do presente, presente, com com aa direcao direção geral uma evolucao geral do do movimento movimento hist6rico histórico em em uma evolução continua. contínua. Por Por encarnar encarnar essa historia eé que essa abordagem abordagem unitaria unitária da da história que Marx M arx pode pôde contrapor-se contrapor-se aos aos

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economistas, forma economistas, em em nome nome de de uma uma explicacao explicação que que nao não confundisse confundisse "a “ a forma da da aparicao" aparição” com com oo que que "nela “nela aparece". aparece” . Quanto Quanto as às consideracoes considerações especificamente especificamente 16gicas lógicas ee metodologicas, metodológicas, este feitas anteriormente, este texto texto permite permite seja seja repor repor ee confirmar confirmar reflexoes reflexões feitas anteriormente, seja seja retomar, retomar, de de uma uma posicao posição vantajosa vantajosa -— em em virtude virtude da da ligacao ligação evidente evidente entre undamentos entre os os ffundam entos empiricos em píricos da da explicacao explicação ee aa elaboracao elaboração de de um umaa teoria geral geral referente referente aa processos processos que que pressupoem pressupõem alguma alguma forma de tempo tempo teoria forma de histórico continuo contínuo -— as as caracteristicas características do do materialismo materialismo hist6rico histórico na na sua sua hist6rico versao original mais versão original mais categorizada. categorizada. Como Como este este texto texto ee aa maioria maioria dos dos excertos do do texto texto anterior anterior forarn foram extraldos extraídos do do capitulo capítulo vigesimo vigésimo terceiro, terceiro, excertos as as consideracoes considerações tomarao tomarão em em conta, conta, quando quando necessario, necessário, todo todo esse esse leque leque de de leituras. leituras. Certas questoes questões sao são 6bvias. óbvias. Ao Ao form ular uma uma lei lei de de carater caráter geral geral Certas formular ((e, e, por leis derivadas), vista por decorrencia, decorrência, operar operar com com leis derivadas), K. K. Marx Marx tinha tinha em em vista um a "epoca “época historica" histórica” delimitada delimitada ((clara quanto aà fase fase formativa formativa do do capicapi­ uma clara quanta tal tal ee da da acumulacao acumulação capitalista capitalista ou ou quanto quanto ao ao desenvolvimento desenvolvimento intermeinterme­ diario diário ee contemporaneo, contemporâneo, mas mas hipotetica hipotética quanta quanto à fase fase de de crise crise ee de de dissodisso­ lução final, final, por por isso isso mesmo mesmo omitida omitida na na exposicao exposição da da lei lei geral) geral) 69• 69. Essa Essa luc;ao delimitacao po de delimitação hist6rica histórica do do cam campo de validade validade universal universal das das explicacoes explicações ((ee de de suas suas tormulacoes formulações sinteticas, sintéticas, como como leis leis de de carater caráter geral geral ee absoluto) absoluto ) é essencial essencial para para se se reconhecer reconhecer aa natureza natureza logica lógica do do materialismo materialismo hist6histó­ rico. historico de rico. 0 O sujeito-investigador sujeito-investigador opera opera com com todo todo o o periodo período histórico de conscons­ tituição, desenvolvimento desenvolvimento ee colapso colapso ((previsto teoricam ente) de de um um dado dado tituicao, previsto teoricamente) modo producao, de formacao social, ideologias, etc. m odo de de produção, de formação social, de de Estado, Estado, de de ideologias, etc. A formativa permitem A analise análise ee aa interpretacao interpretação da da fase fase formativa permitem descobrir descobrir eleele­ mentos mentos centrais centrais ou ou nucleares nucleares da da constituicao constituição ee desenvolvimento desenvQlvimento do do modo modo de producao considerado. procedimentos de de produção considerado. Os Os mesmos mesmos procedimentos de analise análise ee de de interpretacao interpretação sao são aplicados aplicados aa uma uma fase fase posterior, posterior, na na qual qual todos todos aqueles aqueles elementos elementos surgem surgem diferenciados diferenciados ee em em sua sua plena plena eficacia, eficácia, exibindo exibindo oo grau grau de de desenvolvimento desenvolvimento "maduro" “m aduro” das das estruturas estruturas ee dinamismos dinamismos fundafunda­ mentais, pressupostas de mentais, com com as as varias várias redes redes pressupostas de causas causas ee efeitos efeitos ativos. ativos. Por meio, confirmam-se Por esse esse meio, confirmam-se as as inferencias inferências iniciais iniciais ee levantam-se levantam-se as as inferencias inferências que que explicam explicam aa diferenciacao diferenciação ocorrida ocorrida ee aa reproducao reprodução ulterior ulterior das das condicoes condições objetivas objetivas que que determinaram determinaram ta! tal diferenciacao. diferenciação. Desse Desse angulo, ângulo, aa descoberta produto de descoberta da da lei lei geral geral ee absoluta absoluta eé produto de um um tratamento tratam ento empfrico empírico ee logico em varies lógico dos dos fatos fatos observados observados ((em vários niveis: níveis: de de reconstrucao reconstrução ee reprerepre­ sentacao; sentação; de de analise; análise; de de interpretacao interpretação ee comprovacao). com provação). Todavia, Todavia, aa lei lei

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09 89 Alias, Aliás, K. K. Marx M arx se se utiliza utiliza do do conceito conceito de de "era “era capitalista capitalista da da producao", produção”, em em fun~ao função do do aparecimento aparecim ento ee consolidacao consolidação das das caracterfsticas características do do modo modo especial especial de de producao capitalista Ell capital, v. V, p. 309). produção capitalista (cf. (cf. E capital, v. V , p. 309). Na N a discussao discussão ulterior ulterior aproapro­ veitarei veitarei materiais m ateriais deste deste volume, volume, em em particular particular no no que que diz diz respeito respeito ao ao que que Marx Marx entendia entendia por por "analise “análise cientifica" científica” deste deste modo modo de de producao, produção, aà enfase ênfase em em seu seu "carater “caráter especffico específico hist6rico histórico ee transit6rio" transitório” ee ao ao "conflito “conflito entre entre o o desenvolvimento desenvolvimento material (cf. El m aterial da da producao produção ee suas suas formas form as sociais" sociais” (cf. EI capital. capital, v. v. V, V , p. p. 391·7, 391-7, isto . e, isto é, todo todo o o capitulo capítulo quinquagesimo qüinquagésim o primeiro). prim eiro).

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nao de dizer não e, é, simplesmente, simplesmente, "uma “uma taquigrafia taquigrafia mental", m ental”, como como gostavam gostavam de dizer os primeiros tratadistas da da teoria teoria da da investigacao investigação cientlfica. científica. Ela Ela exprime, exprime, os primeiros tratadistas sinteticamente, as as condicoes condições objetivas objetivas de de produciio produção ee de de reproduciio reprodução dada­ sinteticamente, quele modo modo de de producao, produção, etc., etc., depois depois de de ter ter ele ele alcancado alcançado sua sua forma forma quele específica ee hist6rica. histórica. Nao Não eé aa lei lei que que determina determ ina os os jatos. fatos. Nao Não obstante, obstante, especifica ela enuncia enuncia as as determinacoes determinações essenciais, essenciais, contidas contidas nos nos fatos, que as as ela fatos, ee que variações secundarias secundárias ou ou acidentais acidentais nao não desmentem. desmentem. Nos Nos marcos dessas variacoes marcos dessas determinações, aa "hist6ria “história dos dos homens" homens” ira irá transcorrer transcorrer em em dois dois planos planos determinacoes, ligados entre si inseparavelmente. inseparavelmente. Os antagonismos antagonismos intrinsecos intrínsecos ao modo ligados de producao produção ee aà sociedade sociedade civil civil impulsionarão as classes classes possuidoras de impulsionarao as possuidoras ee privilegiadas privilegiadas aa agir agir socialmente socialmente no no sentido sentido de de conter conter as as transformacoes transformações históricas limites dos dos mecanismos mecanismos sociais sociais de de reproducao reprodução do do modo modo hist6ricas nos nos limites de de produção producao ee da da sociedade sociedade civil. civil. Os Os mesmos mesmos antagonismos antagonismos impulsioimpulsio­ narão as as classes classes despossuidas despossuídas ee subaltemas subalternas aa agir agir socialmente socialmente no no sentido sentido narao de acelerar acelerar as as transformações históricas apontadas apontadas e, e, desde desde que que logrem logrem de transtormacoes historicas condições e meios para para isso, de associar associar a dissolucao dissolução do modo m odo de propro­ condicoes dução ee da da sociedade sociedade civil civil existentes existentes aà constituicao constituição de de um um novo novo modo modo ducao de producao ee de de produção de sociedade. sociedade. Estas Estas ultimas últimas consideracoes considerações foram foram expostas expostas de forma forma aa abranger abranger todas todas as as formas formas antagonicas antagônicas de de sociedade, sociedade, o o que que de não estava estava em em questao questão no no texto, texto, mas mas eé util útil para alargar o o campo campo de de nao para alargar visão naturalmente, situar-se situar-se exclusivamente exclusivamente na visao do leitor. Este deve, naturalmente, “época histórica” enfocada ee localizar localizar dentro dentro dela dela oo significado significado ee as as "epoca hist6rica" enfocada implicações históricas da lei lei geral geral ee absoluta absoluta da da acumulacao acumulação capitalista. capitalista. implicacoes historicas da Convem Convém insistir insistir sobre sobre o o assunto, assunto, ainda ainda que que sob sob oo risco risco de de incorrer, incorrer, voluntariamente, na na repetição. Na linguagem linguagem de de K. K. Marx, Marx, o o conceito conceito de de voluntariamente, repeticao. Na lei geral geral ee absoluta absoluta nao não constitui constitui uma um a ressonancia ressonância nem nem do do materialismo materialismo lei científico mecanicista mecanicista nem nem do do determinismo determinismo racionalista racionalista na na ciencia. ciência. Nao Não cientifico existe, uma hip6tese existe, implicita implícita na na Iormulacao, formulação, mas mas como como sua sua razao razão de de ser, ser, uma hipótese "mecanicista" “mecanicista” ou ou "racionalista", “racionalista”, sustentando sustentando aa existencia existência de de uma um a ordem ordem invariavel variavel, dadas invariável ou ou variável, dadas certas certas condicoes condições inflexfveis, inflexíveis, na na natureza natureza na sociedade. sociedade. Na N a acepcao acepção de de K. K. Marx, lei geral geral ee absoluta absoluta so só pode pode ee na Marx, aa lei ser ser formulada formulada quando quando se se alcanca alcança o o conhecimento conhecimento positivo positivo do do carater caráter específico ee historico histórico de de um um certo certo modo modo de de producao produção (no (no caso, caso, oo modo modo especffico de producao produção capitalista). capitalista). Ela Ela é geral geral porque se aplica aplica aa todos todos os os casos casos de porque se concretos nos nos quais quais aquele aquele modo especial de de producao produção se se manifesta, manifesta, concretos modo especial independentemente do do grau grau de de seu seu desenvolvimento desenvolvimento ou ou "maturidade" “m aturidade” independentemente seja, de de diferenciacao diferenciação intema interna ee extern externa). Ela eé absoluta absoluta porque, porque, ((ou ou seja, a). Ela atingida forma de de manifestacao manifestação especffica específica ee histórica, estabelece-se atingida aa forma hist6rica, estabelece-se uma correlação determinada determinada entre entre forcas forças sociais sociais produtivas produtivas ee relacoes relações uma correlacao sociais de de produção, qual as as primeiras primeiras desempenham desempenham uma função sociais producao, na na qual uma funcao dinâmica ee expansiva, expansiva, em em contradicao contradição com com aa função organizativa ee dinamica funcao organizativa estabilizadora das das segundas, segundas, oo que que faz faz com com que que as as tendências ao desendesen­ estabilizadora tendencias ao volvimento volvimento (potencial) (potencial) acumulativo, acumulativo, as às crises crises (periodicas) (periódicas) de de crescicresci­ mento ou ou de de recuperacao recuperação ee ao ao desmoronamento desmoronamento (final) (final) sejam sejam reguladas reguladas mento por condicoes condições objetivas objetivas que que nao não podem podem ser ser alteradas alteradas ou ou eliminadas, eliminadas, por

e

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mesmo mais ou mesmo que que se se desencadeiem desencadeiem socialmente socialmente interferencias interferências mais ou menos menos fortes fortes nesse nesse sentido. sentido. 0 O modelo modelo logico lógico da da descricao descrição nao não preve prevê nenhum nenhum automatismo autom atism o (na (na "reproducao “reprodução da da ordern" ordem ” ou ou no no "colapso “colapso da da ordern"): ordem ” ). Ele internas ee externas modo de Ele enuncia enuncia condicoes condições objetivas objetivas internas externas ao ao modo de producao produção ee que que servem servem de de parametros parâmetros as às relacoes relações sociais sociais de de producao produção e, e, por por concçnseguinte, das classes seguinte, as às relacoes relações antagonicas antagônicas das classes produtivas produtivas ((ee exploradas) exploradas) com com as as classes classes capitalistas capitalistas ((ee exploradoras). exploradoras). Essas Essas condicoes condições objetivas objetivas atravessarn, portanto, as atravessam, portanto, as situacoes situações de de interesses interesses ee de solidariedade solidariedade das das classes, - sao, classes, suas suas formas formas de de consciencia consciência social social ee suas suas lutas lutas sociais sociais — são, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, condicoes condições objetivas objetivas do do estado estado das das relacoes relações socials soçiais de producao de produção ee do do estado estado da da luta luta de de classes. classes. Elas Elas excluem excluem aa liberdade liberdade desta fazerem oo que desta ee daquela daquela classe classe de de fazerem que quiserern, quiserem. Mas Mas elas elas sao são apenas apenas condiciies condições objetivas, objetivas, que que se se inserem inserem em em varias várias outras outras cadeias cadeias de de deterdeter­ rninacoes minações -— societarias, societárias, politicas, políticas, ideol6gicas, ideológicas, etc. etc. -— ee elas elas pr6prias próprias s6 só se se objetivam objetivam historicamente historicamente como como determinantes, determinantes, aos aos niveis níveis das das relacoes relações sociais sociais de de producao produção ee da da luta luta de de classes, classes, quando quando sao são engrenadas, engrenadas, definida definida ee conscientemente, acoes coletivas conscientemente, atraves através das das ações coletivas das das classes classes em em conflito, conflito, com com as as tendencies tendências historicas históricas de de desenvolvimento desenvolvimento ou ou de de desmoronamento desmoronamento do A nocao do modo modo especial especial de de producao produção capitalista. capitalista. A noção de de lei lei geral geral ee absoluta, absoluta, na linguagem na linguagem de de K. K. Marx, Marx, e, é, por por sua sua vez, vez, uma uma lei lei especifica específica ee historica, histórica, que que so só eé "geral" “geral” ee "absoluta" “absoluta” nas nas condicoes condições de de existencia existência ee de de manimani­ festacao um certo modo especial festação historica histórica de de um certo modo especial de de producao. produção. Ela Ela define define as homens as "condicoes “condições determinadas" determ inadas” nas nas quais quais os os hom ens [azem fazem a a sua sua historia. história. Porem, nem descritiva Porém, ela ela nao não determina determ ina ((nem descritiva nem nem prescritivamente) prescritivamente) oo "curso “curso geral geral da da hist6ria" história” e, e, tampouco, tampouco, confere confere aà determinaciio determinação historica histórica o o caracará­ ter ter fantastico fantástico de de uma uma categoria categoria ativa ativa ee independente, independente, que que pudesse pudesse ser ser posta lugar dos posta no no lugar dos homens homens reais reais (no (no caso: caso: burgueses burgueses ee proletarios) proletários),, os verdadeiros agentes os unicos únicos ee verdadeiros agentes de de sua sua historia história rn. De De um um golpe, golpe, K. K. Marx Marx colocou colocou em em bases bases proprias próprias aa explicacao explicação causal causai na na ciencia ciência da da hishis­ t6ria ee aa adequou natureza de tória adequou aà natureza de um um movimento movimento determinado determinado que que possui possui como mola impulsora humanos. como mola impulsora aa vontade vontade individual individual ee coletiva coletiva dos dos seres seres humanos. Para Para completar com pletar estes estes comentarios, comentários, eé preciso preciso acrescentar acrescentar mais mais duas duas ponderacoes. ponderações. Primeiro, Primeiro, eé evidente evidente aa ligacao ligação que que existe existe entre entre Marx Marx ee Hegel Hegel quanta quanto aà importancia importância explicativa explicativa atribuida atribuída aà fase fase de de nascimento nascimento ((ou ou de ou de de constituicao) constituição),, com com referencia referência as às fases fases de de apogeu apogeu ((ou de desendesen­ volvimento ou de um a forrnavolvimento pleno) pleno) ee de de perecimento perecimento ((ou de dissolucao dissolução)) de de uma forma­ r;ao vice-versa). No Marx ção historica histórica economica econômica ee social social ((ee vice-versa). No entanto, entanto, K. K. Marx maneja maneja aa dialetica dialética cientificamente cientificamente ((ee nao não especulativamente) especulativamente) ee encara encara as rte do movias contradicoes contradições como como pa parte do movimento movimento hist6rico histórico real real ((ee nao não do do movi­ mento ideias consideradas por si mesrnas). tarnbern mento das das idéias consideradas em em sisi ee por si mesm as). Segundo, Segundo, também eé evidente pensamento experimental evidente aa ligacao ligação de de Marx Marx com com o o pensamento experimental na na ciencia. ciência. A parte da A presente presente exposicao exposição baseia-se baseia-se nos nos textos textos coligidos coligidos na na prirneira prim eira parte da colecole­ tanea parte, suplernentados tânea ee nos nos t6picos tópicos 44 ee 55 desta desta terceira terceira parie, suplementados pela pela leitura leitura indicada indicada na na nota nota anterior. anterior. 70 70

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No entanto, ele ele correlaciona correlaciona determinacao determinação ee liberdade, causação ee histohistoNo entanto, liberdade, causacao ricidade, ricidade, vigencia vigência de de uma uma lei lei geral geral ee absoluta absoluta com com transitoriedade, transitoriedade, etc., etc., porque introduz método dialetico dialético no no pensamento pensamento cientifico científico ee pode pode porque introduz oo metodo apreender, as contradicoes polaridades apreender, assim, assim, as contradições concretamente, concretamente, na na forma forma de de polaridades que tan to em historicas comu­ cornuque se se manifestam manifestam objetivamente objetivamente ((tanto em "formacoes “formações históricas nitarias",, quanto agrenitárias” quanto em em "Iorrnacoes “formações hist6ricas históricas societarias"). societárias” ). F. F. Engels Engels agre­ gou do advento advento do comunismo, gou aa esse esse quadro quadro as as consequencias conseqüências previsiveis previsíveis do do comunismo, concebido, etapa relativamente relativamente avancada: concebido, certamente, certamente, em em uma uma etapa avançada: "As forcas externas que dominaram hist6ria ate “As forças externas objetivas, objetivas, que dominaram a história até agora, agora, deverao portanto passar passar para o controle controle dos homens. É E sodeverão portanto dos pr6prios próprios homens. so­ mente partir deste mente aa partir deste ponto ponto que que os os homens, homens, com com plena plena consciencia, consciência, irao pr6pria hist6ria; partir deste ponto irão moldar moldar a sua sua própria história; ée somentc somente a partir deste ponto que causas sociais, postas em movimento movimento pelos que as causas sociais, postas pelos homens, homens, produzirao, produzirão, predorninantemente ee em medida constantemente efeitos predominantemente em medida constantemente crescente, crescente, os efeitos desejados pelos homens. homens. E É o salto salto da humanidade humanidade do reino reino da necesneces­ desejados sidade sidade para para oo reino reino da da liberdade" liberdade” 11. 71.

A lei deve ser A lei geral geral ee absoluta absoluta da da acumulacao acumulação capitalista capitalista ainda ainda deve ser interrogada interrogada de de outro outro angulo. ângulo. 0 O modelo modelo abstrato abstrato de de lei lei natural natural explica explica um processo que que se se repete repete (ou (ou que que se se altera), raciocínio um processo altera), de de acordo acordo com com oo raciocinio "dad as certas ". Por os tratadistas modemos da teoria “dadas certas condicoes condições..... . ”. Por isso, isso, os tratadistas modernos da teoria da ciencia ciência criticam criticam aa ffsica física classica, clássica, dem onstrando que que ela ela explicava explicava oo da demonstrando presente explicacao científica cientifica adotado presente pelo pelo passado. passado. 0 O rnodelo modelo de de explicação adotado por por K. por completo no esquema esquema "dadas K. Marx Marx aparentemente aparentemente se se encaixa encaixa por completo no “dadas certas recebe outra certas condicoes condições..... . ”" S6 Só que que aquele aquele raciocinio raciocínio logico lógico recebe outra diredire­ ção. As As condicoes condições dadas dadas como como necessarias necessárias ee suficientes suficientes só encontram cao. s6 se se encontram plenamente forma "rnadura" ou "classica" plenamente desenvolvidas desenvolvidas em em uma uma forma “m adura” ou “clássica” da da Iormacao historica, economics no presente vir aa ser formação histórica, econômica ee social, social, isto isto e, é, no presente em em vir ser no passado Ocorre, pois, pois, uma uma primeira lógica. Buscaee no passado recente. recente. Ocorre, primeira inversão inversao logica. Busca-se nesse presente devenir aa explicação explicacao do -se nesse presente consolidado consolidado ee em em devenir do passado, passado, em termos termos de de analise análise dialetica dialética de de contradicoes contradições reais reais que simul­ em que explicam, explicam, simultaneamente, uma Iormacao economica ee social taneamente, aa dissolucao dissolução de de uma formação hist6rica histórica econômica social anterior ((oo modo modo de produção feudal feudal ee da da forma sociedade antagonica antagônica anterior de producao forma de de sociedade feudal) ee aa genese uma Iormacao postefeudal) gênese de de uma formação historica histórica econornica econômica ee social social poste­ rior ((oo modo modo de sociedade antagonica rior de producao produção capitalista capitalista ee aa form formaa de de sociedade antagônica burguesa). De De outro outro lado, lado, aa analise análise materialista contra­ burguesa). materialista ee dialética dialetica das das contradicoes prioridade ee importancia as ciendições concede concede prioridade importância aà face face da da realidade realidade que que as ciên­ cias da da natureza natureza omitiram omitiram ou ou consideraram consideraram limitadamente, limitadamente, oo presente cias presente como coexistencia coexistência de passado ee futuro futuro, corno como objeto objeto central central como de passado futuro ee oo futuro de inquiricao cientifica. As contradicoes orgade inquirição científica. As contradições intrinsecas intrínsecas aà composicao composição orgâ­ nica do capital, capital, à concentracao concentração ee à centralizacao centralização do do capital, constituição nica do capital, à constituicao de um um exercito exército industrial industrial de em suma, suma, aà acurnulacao acumulação capitalista de de reserva, reserva, em capitalista acelerada luta de na sociedade identificam acelerada ee à luta de classes classes sociais sociais na sociedade burguesa burguesa identificam um passado que que se se reproduz se renova, renova, através do presente, um um passado reproduz ee se atraves do presente, ee um

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r71i ENGELS, F. E n g e l s , F.

Anti-Diihring p. 311-2. 311-2. A nti-D iih ring,; p.

·~: . . .

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presente que que fomenta dissolução dessa dessa forma forma antiga antiga mas mas existente existente de de presente fomenta aa dissolucao sociedade ee aa constituicao constituição de de uma nova de de sociedade, sociedade, em em gestacao. gestação. sociedade uma forma forma nova O raciocinio raciocínio "dadas “dadas certas certas condicoes condições..... . "” vincula-se, vincula-se, assim, assim, aa um con­ O umaa concepção das das variações em que que oo fluxo fluxo da da hist6ria história nao não -e -é interrompido, interrompido, cepcao variacoes em nem na na relacao relação reciproca recíproca entre entre presente presente ee passado, passado, nem nem na projeção nem na projecao do presente presente para para oo future. futuro. E, E, em em especial, especial, na na qua! qual se se toma tom a possfvel possível ee do necessário, logicamente, logicamente, enquadrar enquadrar aa revolucao revolução entre entre os os processos processos basibási­ necessario, cos de de produção reprodução da da vida material, social social ee poHtica política dos dos cos producao ee reproducao vida material, seres humanos. humanos. Aparece, Aparece, aqui, aqui, uma segunda inversao inversão l6gica. lógica. Nao Não eé so só seres uma segunda oo presente presente que futuro tambem que origina origina e e eiplica explica o o futuro. futuro. 0 O futuro também existe existe nos nos processos histórico-sociais de de reproducao reprodução ee negacao negação contestadora contestadora do do processos historico-sociais presente, isto é, como como um um movimento social ee hist6rico histórico que que plasma plasma oo presente, isto e, movirnento social vir-a-ser historico, histórico, trans! transforma e, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, dissolve dissolve aa ordem ordem exisexis­ vir-a-ser orma e, tente. Portanto, o o futuro futuro em em germe germe ou ou relativamente diferenciado, explicaexplicatente. Portanto, relativamente diferenciado, se a a si si proprio, próprio. Nao Não se se trata trata de de uma uma "miniatura “miniatura utópico-projetiva”, de -se utopico-projetiva", de uma deformação ideologica ideológica da da imaginacao imaginação hist6rica, histórica, de de uma uma "futurologia “futurojogia uma deformacao abstrata” tao tão em em voga, voga, mas mas de de uma uma nova nova dirnensao dimensão da da explicacao explicação cienfcienabstrata" tífica, que so só se se concretiza concretiza plenarnente plenamente na na investigação histórico-sociotffica, que investigacao nistorico-sociológica quando quando esta esta inclui inclui oo futuro futuro como como elemento elemento fundamental fundamental da da concon­ logica dição humana. humana. Ao Ao esquema esquema corrente corrente de de explicacao explicação cientifica científica retrospec­ dicao retrospectiva ((passado presente), eé adicionado adicionado um um esquema esquema novo novo de de explicacao explicação tiva passado +:t presente), científica prospectiva futuro), oo qual, qual, por por sua sua vez, vez, incorincor­ cientifica prospectiva ((presente presente +:t futuro), pora oo primeiro primeiro ee o o modifica. modifica. Essas Essas sao, são, em em meu meu entender, entender, as as conseconse­ pora qüências lógicas mais amplas amplas ee profundas profundas -— falando-se falando-se propriamente, propriamente, qiiencias 16gicas mais mais revolucionarias revolucionárias'-— do do impacto impacto de de O O capital capital sobre sobre o o pensamento pensamento mais científico modemo. moderno. cientitico ' Quanto industrial de Quanto aà teoria teoria sobre sobre oo exercito exército industrial de reserva, reserva, eé 6bvio óbvio ser ser indispensável retornar retornar ao ao debate debate iniciado iniciado acima. acima. 0 O texto atual oferece oferece indispensavel texto atual uma no que uma base base mais mais solida sólida as às reflexoes reflexões do do leitor leitor (inclusive (inclusive no que concerne concerne ao que pretendia K. K. M arx). Seu Seu objetivo objetivo te6rico teórico voltava-se voltava-se para para aa ao que pretendia Marx). estrutura estrutura ee aa dinamica dinâmica da da acumulacao acumulação capitalista capitalista acelerada. acelerada. Esta Esta ia ia alem além da exploracao exploração crescentemente crescentemente intensiva da mais-valia, mais-valia, questao questão resolvida resolvida da iotensiva da com aa equacao equação proposta proposta atraves através da da cornposicao composição organica orgânica do do capital. capital. com Havia uma Havia uma necessidade necessidade permanente permanente de de debilitar debilitar aa posicao posição ee o o valor valor do trabalho trabalho assalariado assalariado no no mercado. mercado. Alem Além disso, disso, existia existia uma uma necessidade necessidade do oscilante, mais forte ee visivel visível nos nos ciclos ciclos de de crise, crise, de de desvalorizar desvalorizar oo oscilante, mais forte trabalho como mercadoria de decapitar decapitar oo movimento movimento operario, operário, jogando jogando trabalho como mercadoria ee de exército industrial industrial de de reserva reserva contra contra oo exercito exército industrial industrial ativo ativo ((ee viceviceoo exercito -versa). Na N a avaliacao avaliação do do texto, texto, principalmente principalmente os os economistas economistas tern têm feito feito -versa). efeitos variáveis , um rejeição caolha. caolha. Prevalece Prevalece aa tendencia tendência aa tomar tom ar os os ef umaa rejeicao eitos variaveis, com referência ao "capitalismo “capitalismo da da epoca época de de Marx", M arx”, coma como o o elemento elemento corn referencia ao central. Ora, Ora, esse esse nao não eé urn um born bom argumento argumento de de cntica crítica de de uma teoria central. uma teoria e, e, de de qualquer qualquer maneira, maneira, seria seria preciso preciso discutir discutir se se esses esses efeitos efeitos variaveis variáveis entram ou nao não ((ou como entram) entram ) na estrutura da da teoria. teoria. 0 O elemento elemento en tram ou ou coma na estrutura central, para Marx, era era oo "corno" “com o” ee oo "porque" “porquê” do do modo modo especial especial de de central, para Marx,

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producao produção capitalista, capitalista, pois pois ele ele se se propunba propunha aa forrnular form ular urna uma lei lei geral geral ee absoluta absoluta da da acumulacao acumulação capitalista capitalista ((ee nela nela incluia incluía nao não s6 só os os problemas problemas levantados levantados pelas pelas tres três Iormas formas distintas distintas de de excesso excesso de de populacao, população, mas, mas, em em relevo exclusivo, relevo exclusivo, oo significado significado te6rico teórico ee pratico prático da da producao produção ee reprorepro­ ducao dução de de urn um exercito exército industrial industrial de de reserva). reserva). Isso Isso quer quer dizer dizer somente som ente uma uma coisa: coisa : aa aceleracao aceleração da da acumulacao acumulação capitalista capitalista ee aa mass massaa de de desemdesem­ prego prego ee de de miseria miséria foi foi examinada examinada por por Marx M arx dentro dentro do do contexto contexto hist6histó­ rico rico no no qual qual se se constituiu constituiu o o capital capital industrial industrial ee no no qual, qual, tambern, também, este este recorreu aa uma recorreu uma politica política demografica demográfica pr6pria própria ee apelou apelou para para as as tecnicas técnicas de de exploracao exploração pressupostas pressupostas pelo pelo desemprego desemprego induzido induzido ee pela pela depreciacao depreciação dos dos nfveis níveis dos dos salaries salários dos dos operarios, operários, bem bem como como para para as as tecnicas técnicas de de opressao opressão social social inerentes inerentes ao ao fomento fomento de de discordias discórdias no no meio meio operario. operário. Para P ara ele, ele, aa diferenca diferença entre entre aa forma forma burguesa burguesa de de sociedade sociedade antagonica antagônica ee as as outras outras anteriores anteriores consistia consistia em em que, que, naquela, naquela, aa miseria miséria era era produzida produzida no no processo processo mesmo mesmo de de criacao criação da da riqueza. riqueza. E E essa essa conclusao conclusão nao não se se fundava fundava nos nos mecanismos mecanismos economicos econômicos ee sociais sociais que que reproduziam reproduziam oo exerexér­ cito cito industrial industrial de de reserva: reserva: ela ela decorria decorria da da relacao relação entre entre aa composicao composição organica orgânica do do capital capital ee aa taxa taxa de de exploracao exploração da da mais-valia mais-valia relativa. relativa. PorPor­ tanto, oo desenvolvimento tanto, desenvolvimento empfrico empírico ee interpretativo, interpretativo, que que se se prende prende aà exex­ tensa elaboracao tensa elaboração para para incorporar incorporar aà teoria teoria este este assunto, assunto, destinava-se destinava-se aa urn reforco um reforço demonstrativo. demonstrativo. Os Os operarios operários nada nada tinham tinham aa esperar esperar do do modo modo especial especial de de producao produção capitalista capitalista ee de de sua sua sociedade sociedade de de classes. classes. Nunca Nunca haveria regeneracao possivel, haveria regeneração possível, pois pois aà massa massa de de miseria, miséria, nascida nascida naturalnatural­ mente mente em em periodos períodos de de prosperidade prosperidade -— nos nos quais quais certos certos estratos estratos das das classes classes operarias operárias recebiam recebiam beneffcios benefícios provis6rios provisórios -— precisaria precisaria ser ser agreagre­ gada gada urna um a miseria miséria errante errante ou ou peri6dica, periódica, que que golpeava golpeava fundo fundo aa classe classe operaria. operária. Esses Esses argumentos argumentos niio não sao são suscetiveis suscetíveis de de refutacao refutação aa posteriori. posteriori. De De um um )ado, lado, porque porque aa analise análise possufa possuía um um fundamento fundamento empirico empírico irretorirretorquivel. quível. De De outro, outro, porque porque oo climax clímax historico histórico dessa dessa forma forma de de exploracao exploração ee de de opressao opressão concedia concedia aa Marx M arx uma uma oportunidade oportunidade rara rara de de aplicar aplicar rigorigo­ rosamente rosamente seu seu modelo modelo de de explicacao explicação cientffica. científica. A A manijestaciio m anifestação sob sob uma uma intensidade intensidade extrema, extrema, por por mais mais que que fosse fosse "localizada “localizada historicarnente", historicamente” , permitia permitia apanhar apanhar oo processo processo em em sua sua "Iorma “forma aguda", aguda”, oo que que enriquecia enriquecia aa teoria exatateoria ee lhe lhe conferia conferia uma uma amplitude amplitude maxima máxima de de generalizacao generalização ((exata­ mente mente sob sob oo argumento argumento de de que, que, em em outras outras situacoes, situações, os os mecanismos mecanismos economicos econômicos ee sociais sociais descritos descritos poderiam poderiam variar variar -— ee variar variar inclusive inclusive em em sentido via sido sentido decrescente). decrescente). A A teoria teoria ha havia sido calibrada calibrada em em funcao função de de um um tope poderiam caber tope maximo máximo ee todas todas as as situacoes situações possiveis possíveis poderiam caber em em seu seu raio raio de de previsiio. previsão. O O que que fica, fica, portanto, portanto, para para os os economistas economistas ee outros outros cientistas cientistas sociais, sociais, que que atacam atacam em em veo vôo cego cego aa teoria teoria da da constituicao constituição de de um um exercito exército industrial industrial de de reserva, reserva, consiste consiste em em demonstrar: dem onstrar: J. l .°0)) que que aa lei lei geral geral ee absoluta absoluta da da acumulacao acumulação capitalista capitalista eé incompativel incompatível com com o o modo modo especial especial de de producao produção capitalista ou seja, capitalista ((ou seja, que que nao não existe existe base base para para aa teoria teoria do do valor valor de de K. K. Marx Marx ee que que aa existencia existência ee aa expropriacao expropriação do do trabalho trabalho nao-pago não-pago eé uma uma

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Iiccao}; 0) que ficção); 22..°) que as as transformacoes transformações posteriores posteriores do do capitalismo capitalismo eliminaram eliminaram aa oecessidade necessidade da da "producao “produção progressiva progressiva de de um um excesso excesso de de populacao população ee de de um um exercito exército industrial industrial de de reserva". reserva” . Penso Penso que que o o primeiro primeiro ponto ponto pode pode ser lado, pois ser deixado deixado de de lado, pois ate até hoje hoje aa economia economia politica política nao não conseguiu conseguiu esse requer atencao. esse milagre milagre te6rico. teórico. 0 O segundo segundo ponto ponto requer atenção. 0 O capital capital indusindus­ trial trial ee financeiro financeiro teve teve de de procurar, procurar, dentro dentro da da sociedade sociedade de de classes, classes, urna uma tronteira fronteira hist6rica histórica de de crescimento crescimento ee de de diferenciacao. diferenciação. Pelo Pelo menos menos nos nos paises hegemonicos países capitalistas capitalistas que que podem podem ser ser descritos descritos como como centrais centrais ee hegemônicos -— ee em modificacoes em especial especial na na superpotencia superpotência capitalista capitalista -— ocorreram ocorreram modificações relacionadas vida ee aa seguranca relacionadas com com oo bem-estar, bem-estar, oo 'nivel nível de de vida segurança relativa relativa de de varios vários estratos estratos dos dos trabalhadores trabalhadores assalariados. assalariados. Nao Não se se chegou chegou à "univer“univer­ salizacao produziu-se uma salização da da abundancia", abundância”, uma uma miragem, miragem, mas mas produziu-se uma sociedade sociedade de de consumo consumo em em massa massa ee as as classes classes operarias operárias passaram passaram aa ter ter novos novos papeis papéis historicos na alimentacao Isso eé históricos na alimentação das das transforrnacoes transformações do do capitalisrno. capitalismo. Isso indiscutivel. indiscutível. Contudo, Contudo, essas essas transformacoes transformações acarretam acarretam aa obsoletizacao obsoletização da perda de da teoria, teoria, aa sua sua perda de validade validade ee de de conteudo conteúdo explicativo? explicativo? Parece Parece que que nao. não. Omitindo-se Omitindo-se oo quanto quanto das das inovacoes inovações nasceu nasceu das das pressoes pressões opeope­ rarias, sindicais rárias, sindicais ee socialistas, socialistas, oo que que ganha ganha saliencia saliência eé oo que que fica fica por por baixo baixo ee atraves através das das referidas referidas transforrnacoes. transformações. Os principais apanham Os argumentos argumentos criticos críticos principais apanham aa alteracao alteração do do modelo modelo de internacionade desenvolvimento desenvolvimento capitalista. capitalista. As As grandes grandes corporacoes corporações ee aa internaciona­ lizacao da producao capitalista realidade, aà qua! lização da produção capitalista criararn criaram uma uma nova nova realidade, qual aa teoria nao teoria não se se aplicaria. aplicaria. Essa Essa alteracao, alteração, contudo, contudo, nao não afetou afetou o o nucleo núcleo da da teoria teoria (pois (pois aa cornposicao composição tecnica técnica do do capital capital passou passou aa permitir permitir ee aa impor impor uma uma intensificacao intensificação progressiva progressiva da da taxa taxa de de exploracao exploração da da rnais-valia) mais-valia) e, e, no industrial de reserva, ela no que que diz diz respeito respeito aà producao produção de de um um exercito exército industrial de reserva, ela so só deslocou deslocou oo "estilo “estilo de de operacao". operação” . Os Os trabalhadores trabalhadores das das nacoes nações capicapi­ talistas talistas centrais centrais puderam puderam renegar, renegar, em em escala escala crescente, crescente, oo "trabalho “trabalho sujo", sujo”, oo que que exigiu exigiu oo recurso recurso aa massas massas migrantes migrantes de de varias várias partes partes do do mundo mundo para industrial ativo para saturar saturar os os claros claros do do exercito exército industrial ativo ee recompor recompor as as fileiras fileiras do industrial de do exercito exército industrial de reserva. reserva. A A miseria miséria relativa relativa ee oo quantum quantum de de miseria miséria absoluta absoluta que que se se escondem escondem por por tras trás dessa dessa operacao operação sao são fatos fatos gritantes, tao evidentes nos paises gritantes, tão evidentes nos nos Estados Estados Unidos Unidos quanto quanto nos países capitalistas capitalistas avancados Europa (so fatos). A avançados da da Europa (só aa economia economia japonesa japonesa oculta oculta esses esses fatos). A crise mundial serviu crise em em processo processo da da economia economia capitalista capitalista mundial serviu para para ressaltar ressaltar tais fatos, fornecendo-lhes uma moldura moldura histories tais fatos, fornecendo-lhes uma histórica apropriada. apropriada. Porem, Porém, esse eé oo aspecto esse aspecto menos menos importante. importante. 0 O novo novo modelo modelo monopolista monopolista ee impeimpe­ rialista rialista de de desenvolvimento desenvolvimento capitalista capitalista produziu produziu aa sua sua forma forma hist6rica histórica de de constituicao constituição de de um um excedente excedente de de populacao população ee de de um um exercito exército industrial industrial de interde reserva. reserva. Ao Ao internacionalizar internacionalizar aa producao, produção, ocorreu ocorreu tambern também uma uma inter­ nacionalizacao A peril eria capital ista ou nacionalização na na esfera esfera demografica. demográfica. A periferia capitalista ou subcapisubcapitalista foi erigida talista foi erigida na na grande grande reserva reserva dernografica demográfica dos dos paises países capitalistas capitalistas centrais precisarn importar parcelas minimas centrais ee estes estes nao não precisam im portar senao senão parcelas mínimas de de "traba“traba­ lhadores natulhadores estrangeiros". estrangeiros” . Se Se ocorreram ocorreram rnudancas mudanças de de grau grau ((ee nao não de de natu­ reza) reza) no no interior interior das das economias economias capitalistas capitalistas centrais, centrais, aa situacao situação historica histórica

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existente na periferia existente na periferia nao nào repete repete apenas apenas um um "passado “passado triste", triste” , ela ela eé uma calamitosa, pois indusuma situacao situação hist6rica histórica calamitosa, pois na na rnaioria maioria dos dos "paises “países em em indus­ I rializacao" a trialização” a relacao relação entre entre as as tres três formas formas de de excesso excesso de de populacao população ee oo exercito nos piores piores exército industrial industrial de de reserva reserva propriamente propriamente dito dito nao não caberia caberia nos pesadelos de pesadelos de K. K. Marx. Marx. 0 O que que ele ele falou falou sobre sobre massas massas de de riqueza, riqueza, de de trabatraba­ lho produtivo ee de um quadro profundamente lho produtivo de miseria miséria ressurge ressurge em em um quadro profundam ente agraagra­ vado. vado. 0 O que que significa significa que que as as novas novas fronteiras fronteiras da da hist6ria história nao não destituiram destituíram de validade aa teoria de validade teoria elaborada elaborada por por Marx. Marx. Ao Ao contrario, contrário, trouxerarn trouxeram concon­ firrnacoes firmações que que enfatizam enfatizam aa verdade verdade de de seu seu terrivel terrível prognostico: prognóstico: dentro dentro do recebem um do capitalismo capitalismo industrial industrial tais tais problemas problemas recebem um tratarnento tratam ento paliativo, paliativo, mas podem ser resolvidos de para sempre. mas nao não podem ser resolvidos de uma uma vez vez para sempre. Os Os textos textos que que correspondem correspondem aa estes estes dois dois ultimas últimos topicos tópicos da da colecole­ tanea leitor aa oportunidade tânea dao dão ao ao leitor oportunidade de de refletir refletir sobre sobre aa concepcao concepção de de ciencia ciência que que emana emana de de O O capital. capital. Muitos Muitos comentaristas comentaristas vao vão de de Hegel Hegel aos aos socialistas padesocialistas franceses franceses ee aos aos economistas economistas ingleses, ingleses, como como se se K. K. Marx Marx pade­ cesse cesse de de um um intelectualismo intelectualismo circular. circular. Ora, Ora, ele ele nao não buscava buscava superar superar seus seus predecessores predecessores dentro dentro do do terreno terreno deles. deles. 0 O afa afã de de criticar criticar aa economia economia politica como, tarnbern, política ((como, também, aa filosofia filosofia hegeliana hegeliana ee neo-hegeliana neo-hegeliana ee o o sociasocia­ lismo) nos manuscritos manuscritos de nos Manuscritos lismo) aparece aparece nos de 1844, 1844, ressurge ressurge nos M anuscritos de de 1857-1858. 1857-1 8 5 8 , no no famoso famoso livro livro de de 1859 1859 ee em em sua sua obra-rnestra, obra-mestra, 0 O capital. capital. Seria heranca Seria mau mau se se essa essa ideia-chave idéia-chave fosse fosse vista vista somente somente aà luz luz de de sua sua herança hegeliana objetivo cenhegeliana ee dos dos asperos ásperos embates embates com com o o neo-hegelianismo. neo-hegelianismo. 0 O objetivo cen­ tral um conteudo tral de de Marx Marx continha, continha, inegavelrnente, inegavelmente, um conteúdo filos6fico. filosófico. Desde Desde A A ideologia Engels deixaram ideologia alemii, alemã, ele ele ee Engels deixaram aà filosofia filosofia oo cultivo cultivo da da 16gica lógica ee da da metodologia da responde aà questao Por que metodologia da ciencia. ciência. S6 Só isso isso nao não responde questão essencial. essencial. Por que ernpreender, empreender, simultanearnente, simultaneamente, aa fundacao fundação de de uma uma ciencia ciência ee aa sua sua critica? crítica? Se Se aa critica crítica fosse, fosse, em em si si ee por por si si mesma mesma aa razao razão suficiente, suficiente, Marx Marx apenas apenas libertaria aa ciencia, libertaria ciência , soterrada soterrada debaixo debaixo da da economia economia politica. política. Porem, Porém, eé evidcnte que nao era evidente que esse esse não era o o seu seu proposito propósito ultimo. último. A A crltica crítica era era -— no no que interessa aa este que interessa este comentario comentário -— uma uma Iuncao função preliminar, preliminar, como como condicao condição para filosofia ee chegar para transcender transcender aà filosofia chegar aquilo àquilo que que poderia poderia ser ser descrito descrito como como aa verdadeira verdadeira ciencia ciência ((ee nao, não, apenas, apenas, uma uma negacao negação da da ciencia, ciência, corno pensar de perspectiva marcusiana). respeito, como se se poderia poderia pensar de uma uma perspectiva m arcusiana). A A esse esse respeito, os dois os dois resultados resultados da da crltica crítica sao são patentes. patentes. Primeiro, Primeiro, passar passar a a realidade realidade a a limpo. lim po. Ou Ou seja, seja, remover remover as as aparencias aparências daquilo daquilo que que aparece, aparece, expor expor o o movimento intrinseca; movimento historico histórico real real aà observacao observação em em toda toda aa sua sua pureza pureza intrínseca; isto isto e, é, so só submeter submeter este este movirnento movimento aà analise análise ee aà interpretacao interpretação depois depois de fontes de de afastar afastar dele dele todas todas as as fontes de confusao, confusão, de de ilusao ilusão ideologica ideológica ee de de fetichizacao, realidade de fetichização, que que viviam viviam da da realidade de sua sua aparencia. aparência. Em Em uma uma sociedade sociedade de forma antagonica, de forma antagônica, aa ideologia ideologia das das classes classes dominantes dominantes penetra penetra o o real real ee o o deforma. deforma. A A circulacao circulação das das mercadorias, mercadorias, os os m6veis móveis essenciais essenciais do do capital, capital, aa dominacao dominação de de classe, classe, aa natureza natureza do do salario, salário, aa rniseria miséria da da classe classe trabalhadora, A investigacao trabalhadora, etc., etc., nao não sao são o o que que parecem parecem ser. ser. A investigação cientifi'ca científica nao busca aa essencia metafisica das não busca essência metafísica das coisas. coisas. Contudo, Contudo, aplicada aplicada as às sociesocie­ dades dades humanas. humanas, ela ela tern tem de de criar criar meios meios pr6prios próprios para para so só trabalhar trabalhar com com

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fjatos atos claros, claros, expurgados expurgados de de sua sua carga carga ideologica ideológica ee fetichizadora. fetichizadora. Segundo, Segundo,

constituir ico imune constituir um um ponto pon to de de vista vista cientti científico imune aà deterioracao deterioração da da ciencia ciência pelos Numa sociedade pelos interesses interesses ee pela pela consciencia consciência de de classe classe da da burguesia. burguesia. Numa sociedade de forma antagonica de forma antagônica como como aa sociedade sociedade burguesa, burguesa, na na qual qual impera impera desendesen­ freadamente freadamente oo poder poder corruptor corruptor do do capital, capital, o o cientista cientista que que se se dedicat dedicar aà investigacao investigação da da economia, economia, das das relacoes relações de de classes, classes, das das ideologias ideologias ee do do Estado, Estado, etc., etc., acaba acaba desempenhando, desempenhando, insensivelmente, insensivelmente, oo papel papel de de "ideologo “ideólogo da da burguesia". burguesia”. 0 O problema problema objetivo, objetivo, nessa nessa esfera, esfera, nao não consistia consistia em em liberar liberar aa economia economia politica política das das influencias influências deformadoras deformadoras da da burguesia. burguesia. A critica, crítica, naturalmente, punha em em relevo existência dessas dessas influências A naturalmente, punha relevo aa existencia influencias ee oo que que elas elas produziam, produziam, um um conhecimento conhecimento deformado deformado ee superficial, superficial, gracas graças ao ao qua! qual aa degradacao degradação da da ciencia ciência andava andava de de maos mãos dadas dadas com com aa perversao perversão das Nao obstante, das funcoes funções do do cientista. cientista. Não obstante, o o que que Marx M arx almejava almejava para para si si nao não era era evitar evitar as as limitacoes lim itações da da economia econom ia politico política tradicional tradicional ee os os erros erros dos dos economistas. plenitude, como economistas. Ele Ele queria queria exercitar exercitar aa ciencia ciência em em toda toda aa plenitude, como se se estivesse estivesse operando operando nas nas condicoes condições de de laboratorio laboratório ee com com oo metodo método experimental, inacessiveis na experimental, inacessíveis na ciencia ciência social social historica. histórica. A A critica crítica permitia perntitia chegar chegar positivamente positivamente aos aos dois dois resultados, resultados, estritamerue estritam ente preliminares, preliminares, ee ai aí comecava começava aa etapa etapa propriamente propriamente inventiva inventiva da da imaginacao imaginação cientffica científica criadora. criadora. Esse Esse eé oo significado significado mais mais amplo amplo de de O O capital capital na na formacao formação ee na na historia história das das ciencias ciências sociais. sociais. Ele Ele traz traz consigo consigo uma uma concepcao concepção de de ciencia ciência que que nao não foi foi simplesmente simplesmente derivada derivada da da critica crítica da da economia economia politica política ou ou de tecnicas ee metodos de uma uma transplantacao transplantação bem bem sucedida sucedida das das técnicas métodos empiricos empíricos ee logicos ponto de lógicos da da ciencia ciência experimental. experimental. 0 O ponto de vista vista geral geral ee unico único da da ciencia, Marx, foi ciência, segundo segundo o o entendimento entendimento de de Marx, foi adequado adeqyado aa realidades realidades que nas quais que nao não estavam estavam sujeitas sujeitas aa leis leis uniformes uniformes ee imutaveis imutáveis ee nas quais aa causacao causação so só admitia admitia aa descoberta descoberta de de leis leis gerais gerais ee absolutas absolutas especijicas específicas ee historicas. históricas. A A propria própria hipotese hipótese da da evolucao evolução nao não podia podia ser ser proposta proposta unilinearmente, unilinearmente, com com base base em em comparacoes comparações que que fossem fossem dos dos "sistemas" “sistemas” mais mais simples simples aos aos mais mais complexos. complexos. Qual Qual eé oo segredo segredo de de O O capital, capital, visto visto dessa perspectiva? Por dessa vasta vasta perspectiva? Por que que K. K. Marx Marx -— ee nao não outros outros pioneiros pioneiros ee fundadores ciencias sociais fundadores das das ciências sociais -— percorreu percorreu um um caminho caminho que que se se aproapro­ ximava paradigma ximava e, e, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, se se afastava afastava radicalmente radicalmente do do paradigma explicativo explicativo das das ciencias ciências da da natureza natureza ee o o obrigou, obrigou, em em contraposicao contraposição aà ciencia A sua ciência ojicial, oficial, aa remar remar contra contra aa corrente? corrente? A sua modalidade modalidade de de critica crítica oo envolvia envolvia em em uma uma relacao relação negativa negativa com com aa ordem ordem existente existente ee com com oo condicionamento formas de condicionamento ideol6gico ideológico de de todas todas as as formas de pensamento. pensamento. Contudo, Contudo, ela ela oo colocava colocava em em uma uma relacao relação substantivamente substantivamente positiva positiva com com as as classes classes trabalhadoras, sua sua revolucao revolução social social ee aa nova nova forma forma de de pensamento pensamento ciencien­ trabalhadoras, tifico, tífico, que que ambos ambos exigiam. exigiam. Por Por al, aí, tinha tinha de de ultrapassar ultrapassar os os limites limites do do metodo experimental, método experimental, embora embora obedecesse obedecesse aos aos seus seus padroes padrões de de objetiviobjetivi­ dade, dade, precisão precisao ee rigor rigor na na explicacao explicação dos dos Iatos. fatos. E E jamais jamais poderia poderia cair cair nas nas lirnitacoes limitações ocultas ocultas ou ou transparentes transparentes da da economia economia polftica política convencional, convencional, que nas demais que ressurgiam ressurgiam com com forca força equivalente equivalente ou ou maior maior ainda ainda nas demais cienciên-

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cias burguesa, cabia-lhe cias sociais. sociais. No No polo pólo revolucionario revolucionário da da sociedade sociedade burguesa, cabia-lhe nao uma ciencia não so só por pôr em em pratica prática uma ciência revolucionaria revolucionária ee ideruijicada identificada positipositi­ vamente vamente com com aa revoluctio revolução proletaria, proletária, mas mas inventar inventar ee submeter submeter aà prova prova os podia voltar os canones cânones desse desse modelo modelo de de ciencia ciência social, social, que que nao não podia voltar as as costas explicacao causal costas à hist6ria história ee devia, devia, acima acima de de tudo, tudo, associar associar aa explicação causai processo ee à transformacao à hist6ria história em em processo transform ação revolucionaria revolucionária do do mundo. mundo. Esse Esse eé oo paradigma hist6rica, contido por O paradigma de de ciencia ciência social social histórica, contido em em ee legado legado por O capital. capital.

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IV. IV.

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Natureza historico Natureza ee significado significado do do materialismo materialismo histórico

Esta Esta parte parte da da antologia antologia eé devotada devotada aos aos metodos métodos empiricos empíricos ee 16gicos lógicos de de explicacao explicação na na hist6ria, história, empregados empregados ou ou recomendados recomendados por por K. K. Marx M arx ee F. F. Engels. Engels. Trata-se Trata-se de de uma uma subdivisao subdivisão que que poderia poderia ter ter sido sido omitida, omitida, pois procurei comentarios pois procurei dar dar atencao atenção especial especial aa esses esses aspectos, aspectos, nos nos comentários dos incluir na textos de dos textos textos anteriores. anteriores. As As vantagens vantagens de de incluir na coletanea coletânea textos de conteiido videntes. 0 conteúdo metodologico, metodológico, nao não obstante, obstante, sao são .eevidentes. O leitor leitor pode pode aproapro­ veitar dos textos veitar sua sua experiencia, experiência, adquirida adquirida ao ao longo longo das das leituras leituras ((dos textos ee comentarios), melhor seus com entários), sistematizando sistematizando melhor seus conhecimentos conhecimentos ee alargando alargando o o ambito historico. E voz corrente âmbito de de suas suas reflexoes reflexões sobre sobre oo materialismo materialismo histórico. É voz corrente que nao se metodoque Marx M arx ee Engels Engels quase quase não se preocuparam preocuparam tom com as as questoes questões m etodo­ logicas. lógicas. Isso Isso s6 só eé verdade verdade em em parte. parte. Muitos M uitos academicos acadêmicos escreveram escreveram menos menos que que eles, eles, nessa nessa area; área; ee . nao não se se deve deve · esquecer esquecer de de que, que, entre entre os os fundadores foram · os fundadores das das ciencias ciências sociais, sociais, poucos poucos foram os que que deixaram deixaram alguma alguma contribuicao notavel. Vaie pena acompanha-los, para ir ir contribuição metodol6gica metodológica notável. Vale aa pena acompanhá-los, para ao fundo uso cientffico ao fundo do do que que pensavam pensavam sobre sobrje oo uso científico da da dialetica, dialética, sua sua Iusao fusão com o o materialismo, os requisitos requisitos emplricos empíricos ee lógicos da concepcao concepção com materialismo, os 16gicos da materialista teoria ee pratica ou materialista ee dialetica dialética da da hist6ria, história, as as relacoes relações entre entre teoria prática ((ou entre entre ciencia ciência ee comunismo), com unism o), etc. etc. Como Como acontece acontece com com outras outras partes partes da da antologia, antologia, tinha tinha de de enfrentar enfrentar duas inconciliáveis -— aa do do mimero número .de .de t6picos tópicos ee aa do do limitado limitado duas barreiras barreiras inconciliaveis espaco nao brigam brigam . espaço disponfvel. disponível. Alinhei Alinhei tres três criterios critérios de de escolha, escolha, que' que' não entre entre si, si, mas mas tomam tom am esta esta parte parte mais mais heterogenea heterogênea que qüe as as outras. outras. De De K.. K. M arx, retirei retirei um um excerto excerto da da Coruribuicao Contribuição à critica crítiça da da Econom ia Politica, Política, Marx, Economia oo prefacio prefácio ((àa l1.. aa edicao) edição) ee o o postacio posfácio ((àa 2. 2.aa edicao) edição) que que ele ele escreveu escreveu para para O O capital. capital. Esse Esse eé oo cerne cerne desta desta parte parte da da coletanea. coletânea. -Ai Aí se se levantam levantam as principais principais questoes questões de de metodo método que que oo próprio M arx se se propôs, em as proprio 'Marx propos, em Iuncao F. Engels função de de suas suas duas duas grandes grandes obras, obras. De De F. Engels selecionei selecionei dois dois excertos. excertos. Um, republicado em Um, que que apareceu, apareceu, originalmente, originalmente, em em Anti-Diihring, Anti-D ühring, republicado em Socialismo Socialism o utopico utópico ee cientijico; científico; e, e, outro, outro, que que constitui constitui um um fragmento fragmento do do ultimo Feuerbacli ee oo fim último capitulo capítulo de de Ludwig L udw ig Feuerbach fim da da Eilosoiia Filosofia cldssica clássica alema alemã ((oo qual transcrito na qual merecia merecia ser ser transcrito na Integra, íntegra, apesar apesar de de ser ser subestimado, subestimado, por por causa causa do do intento intento de de divulgacao) divulgação).. Por Por . fim, fim, colecionei colecionei certas certas cartas cartas de Engels, nas nas quais de K. K. Marx M arx ee F. F. Engels, quais eles eles tocam tocam em em pontos pontos essenciais essenciais de. de.

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sua sua concepcao concepção da da hist6ria história ou ou de de procedimentos procedimentos de de analise análise ee de de interinter­ pretacao perfilhavam. Apesar pretação que que perfilhavam. Apesar de de sua sua heterogeneidade, heterogeneidade, essa essa selecao seleção oferece oferece ao ao Jeitor leitor um um panorama panoram a suficientemente suficientemente amplo amplo seja seja da da "vocacao" “vocação” de de ambos ambos para para oo trabalho trabalho de de historiador, historiador, seja seja das das origens origens do do rnaterialisrno materialismo hist6rico histórico ee das das primeiras primeiras tentativas tentativas de de adapta-lo adaptá-lo aa um um estorco esforço interno interno de de refinamento refinamento te6rico teórico ee de de renovacao renovação cientifica. científica. O O texto texto de de F. F. Engels, Engels, sobre sobre oo materialismo materialismo moderno, moderno, representa representa um mere convite um mero convite para para que que oo leitor leitor nao não se se descuide descuide dessa dessa estera esfera especial especial de de preparacao preparação filos6fica filosófica ee cientffica. científica. Se Se o o espaco espaço permitisse, permitisse, seria seria mais mais aconselhavel aconselhável reproduzir reproduzir aa introducao introdução que que F. F. Engels Engels redigiu, redigiu, em em 1892, 1892, para para aa edicao edição inglesa inglesa de de Socialismo Socialism o utopico utópico ee cientljico, científico , uma uma tentativa tentativa mais novo travejamento travejamento aa um mais vigorosa vigorosa ee mais mais bem bem sucedida sucedida de de dar dar um um novo um livro livro que que nascera nascera por por cissiparidade. cissiparidade. Nela Nela eé formulada formulada uma uma definicao definição mais mais elaborada elaborada de de materialisrno materialismo historico: histórico: "Eu “E u uso uso (( ..... . )) o o termo te rm o para p a ra designar d esig n ar aquela a q u e la concepcao co n c ep ç ão do d o cur~o curpo da da hhist6ria istó ria que q ue busca b u sc a aa causa causa ultima ú ltim a ee aa grande g ra n d e forca fo rç a que q u e rnovimenta m oviftienta todos todos os os eventos ev en to s historicos h istó rico s irnportantcs im p o rta n tes no no dcsenvolvimento d esen v o lv im en to economico eco n ô m ico da da sociedade, so ciedad e, nas nas transforrnacoes tra n sfo rm a ç õ e s do d o modo m o d o de de producao p ro d u ç ã o ee de de troca, tro c a , nnaa conseqiiente co n seq ü e n te divisao divisão da d a sociedade so cied ad e em em classes classes distintas d istin tas ee nas nas lutas lutas dessas dessas classes classes uma u m a contra c o n tra aa outra" o u tra " ;~. 72.

Pareceu-me Pareceu-me melhor, melhor, contudo, contudo, adotar adotar um um criterio critério mais mais modesto, modesto, com com oo fito fito de de deixar deixar maier m aior numero número de de paginas páginas para para as as questoes questões de de metodo método propriamente ditas propriamente ditas (o (o que que transfere transfere para para oo leitor leitor aa responsabilidade responsabilidade de de procurar procurar por por conta conta pr6pria própria como como completar completar as as lacunas lacunas de de sua sua eventual eventual desinformacao) desinform ação).. Alem Além disso, disso, oo terceiro terceiro capitulo capítulo desse dessfe livro livro seria, seria, sabidasabida­ rnente, uma mente, uma leitura leitura mais mais informativa informativa ee completa. completa. Se Se oo leitor leitor tiver tiver inteinte­ resse, resse, podera poderá comecar começar por por ai aí um um esforco esforço de de leitura leitura para para cobrir cobrir areas áreas que, que, infelizmente, infelizmente, aa antologia antologia deixou deixou de de !ado. lado. O O texto texto de de K. K. Marx Marx sobre sobre "O “O metodo método da da Economia Economia Politica" Política” conscons­ titui projetado titui um umaa leitura leitura obrigat6ria. obrigatória. Alias, Aliás, todo todo esse esse celebre célebre posfacio posfácio ((projetado originalmente originalmente para para ser ser aa introducao introdução de de Contribuiciio Contribuição aà critica crítica da da Economia Economia Politica) P olítica),, poderia poderia ser ser aproveitado aproveitado como como uma uma leitura leitura organica. orgânica. 0 O escrito, escrito, relegado relegado por por Marx Marx por por motivos motivos editoriais, editoriais, eé tido tido como como oo unico único trabalho trabalho no no qua! qual ele ele deu deu plena plena vazao vazão aa suas suas posicoes posições ee solucoes soluções rnetodologicas. metodológicas. De !ado, nele De um um lado, nele aa critica crítica aà economia economia politica política toma toma uma uma forma forma dialetica dialética apurada. apurada. K. K. Marx Marx contrapoe contrapõe as às concepcoes concepções "tautologicas" “tautológicas” dos dos econoecono­ mistas mistas aa sua sua concepcao concepção materialista materialista ee dialetica dialética da da "ciencia “ciência social social histohistó­ rica". De outro rica”. De outro lado, lado, ele ele indica indica como como se se deve deve proceder proceder aa investigacao investigação ee aa explicacao explicação da da economia, economia, de de uma uma perspectiva perspectiva historica, histórica, materialista materialista ee dialetica. dialética. 0 O excerto excerto extraido extraído desse desse fecundo fecundo ensaio ensaio eé oo mais mais apropriado apropriado aà natureza natureza ee aos aos objetivos objetivos desta desta antologia. antologia. Provavelmente Provavelmente redigido redigido em em fins fins de de 1858, 1858, ele ele reflete reflete as as transformacoes transformações do do pensamento pensamento cientifico científico de de K. K. Marx, Marx, as as quais quais converteram converteram aa Contribuicao Contribuição aà critica crítica da da Economia Economia 12 ENGELS. Socialism. utopian E n g e l s , F. F . Socialism. utopian and and scientiiic, scientific,

p, p. XVlll. X V III.

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Politico em Política em uma uma obra obra classica clássica de de grande grande porte. porte. Ele Ele anuncia anuncia oo climax, clímax,

que tarde, corn que iria iria ser ser alcancado alcançado pouco pouco mais mais tarde, com aa edicao edição dos dos dois dois primeiros primeiros volumes volumes de de O O capital, capital, ee desvenda desvenda os os quadros quadros 16gicos lógicos ee cientificos científicos dentro dentro dos quais iria rnover-se. dos quais oo pensamento pensamento de de Marx Marx iria mover-se. O O pretacio prefácio ee oo posfacio posfácio de de O O capital capital caem caem na na categoria categoria de de uma uma escolha Embora nao se escolha imperiosa. imperiosa. Em bora não se possa possa nem nem se se deva deva omitir omitir oo resto resto da da larga ee rica intelectual de larga rica producao produção intelectual de K. K. Marx Marx ee F. F. Engels, Engels, 0 O capital capital eé oo ponto ponto de de referencia referência obrigat6rio obrigatório de de avaliacao avaliação cientifica científica do do materialismo materialismo historico. histórico. Nao Não so só por por sua sua condicso condição de de "obra “obra classica" clássica” indiscutivel, indiscutível, mas mas porque contem porque contém aa exata exata medida medida do do que que Marx Marx pretendia pretendia que que ele ele fosse. fosse. Ora, nesse livro, Ora, nesse livro, oo Iugar lugar no no qua! qual ele ele fala fala sobre sobre oo assunto assunto sao são oo prefacio prefácio ee oo posfacio. posfácio. Pareceu-rne Pareceu-me apropriado, apropriado, por por essa essa razao, razão, oferecer oferecer ao ao leitor leitor aa oportunidade oportunidade de de liga-los ligá-los ao ao texto texto anterior, anterior, sobre sobre o o rnetodo método da da economia economia politica. política. Alem Além de de mergulhar mergulhar na na pr6pria própria analise análise rnetodologica metodológica de de O O capital, capital, esse esse parece parece ser ser o o melhor melhor exercicio exercício para para quern quem deseje deseje estudar estudar aa serio sério oo lugar lugar do do materialismo materialismo hist6rico histórico nas nas ciencias ciências sociais. sociais. A A importancia importância das das cartas cartas para para o o esclarecimento esclarecimento da da questiio questão do do mem é­ todo todo no no rnarxismo marxismo eé bem bem conhecida. conhecida. Quanto Quanto aà selecao seleção que que foi foi feita, feita, nem nem todas todas possuem possuem -— eé preciso preciso reconhecer reconhecer de de anternao antemão -— valor valor cientifico científico comparavel. lacunas que comparável. Tambern Também nao não se se pode pode esperar esperar que que elas elas cubram cubram lacunas que so só um um trabalho trabalho sistematico sistemático poderia poderia remover. remover. Nao Não obstante, obstante, algumas algumas pospos­ suem pequenos ensaios suem aa forma forma de de pequenos ensaios ou ou sao são resumos resumos de de ideias idéias que que exigiam exigiam maior maior elaboracao. elaboração. Todas Todas sao são relevantes relevantes para para oo objetivo objetivo desta desta antologia antologia ee algumas algumas sao são incisivas incisivas como como contribuicao contribuição metodologica, metodológica, pois pois demonsdemons­ trarn tram que que os os fundadores fundadores do do materialismo materialismo historico histórico estavam estavam atentos atentos aos aos problemas problemas levantados levantados pelos pelos recursos recursos de de analise análise ee de de interpretacao interpretação que que utilizavam. para utilizavam. E É deveras deveras interessante interessante que que eles eles acabaram acabaram se se voltando voltando para aa necessidade necessidade de de sistematizar sistematizar o o conhecimento conhecimento sobre sobre tais tais recursos recursos ee que que F. ir um F. Engels, Engels, tao tão malsinado malsinado por por criticos críticos afoitos, afoitos, acabou acabou tendo tendo de de ir um pouco reprepouco mais mais longe longe nessa nessa direcao. direção. As As cartas, cartas, de de qualquer qualquer modo, modo, repre­ sentam sentam uma uma via via lateral, lateral, oo que que se se poderia poderia chamar chamar de de uma um a achega, achega, proviprovi­ dencial por evidenciar momento, dencial por evidenciar como como Marx Marx ee Engels Engels viam, viam, em em um um dado dado momento, ternas ou ainda temas que que seriam seriam controvertidos controvertidos ((ou ainda mais mais controvertidos) controvertidos) sem sem essa materialismo essa contribuicao, contribuição. Elas Elas apenas apenas ampliarn ampliam oo conhecimento conhecimento do do materialismo hist6rico uma perspectiva histórico de de uma perspectiva logica lógica ee metodol6gica. metodológica. Ou, Ou, entao, então, sugerem sugerem que que varies vários caminhos caminhos nao não sao são proibidos proibidos aos aos seguidores seguidores do do marxismo, marxismo, pelo pelo menos menos aà luz luz das das opinioes opiniões de de seus seus fundadores, fundadores, que que nao não confundiam confundiam investigacao investigação cientifica científica rigorosa rigorosa ee independente independente com com "ortodoxia “ortodoxia cega" cega” ee

"fanatismo “fanatismo estreito". estreito” .

O O texto texto extraido extraído de de Ludwig Ludw ig Feuerbach Feuerbach ee o o jim fim da da Filosojia Filosofia classica clássica alemii um sumario da teoria alemã foi foi escolhido escolhido por por ser ser um sumário claro claro ee inteligente inteligente da teoria do do rnaterialisrno materialismo historico. histórico. A A selecao, seleção, no no caso, caso, nao não poderia poderia simplesmente simplesmente apanhar capitulo. 0 foi excluido apanhar oo que que havia havia de de rnelhor melhor no no capítulo. O que que foi excluído tern tem tanta uma pequena tanta irnportancia importância quanto quanto oo que que foi foi retido. retido. Essa Essa eé uma pequena obra obra inspirada, inspirada, um um retorno retorno ao ao ponto ponto de de partida partida depois depois de de uma uma longa longa viagem viagem

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ee de de um um acumulo acúmulo de de experiencias, experiências, que que convertiam convertiam aa exposicao exposição em em um um memorial andamento animado. temas de memorial de de andamento animado. Ela Ela retoma retoma temas de A A ideologia ideologia alema A nti-Dühring nti-Diihring ((e, e, portanto, ico) alemã ee do do A portanto, de de Socialismo Socialismo utopico utópico ee cientii científico) ee lanca lança F. F. Engels, Engels, em em cheio, cheio, no no papel papel de de sistematizador sistematizador ee de de divulgador divulgador da da teoria teoria do do rnaterialismo materialismo hist6rico. histórico. 0 O que que recomenda recomenda aa escolha escolha do do texto por K. texto nao não eé aa conviccao convicção -— compartilhada compartilhada por K. Marx Marx ee outros outros revorevo­ lucionarios lucionários alemaes alemães -— segundo segundo aa qua! qual oo proletariado proletariado alemao alemão possuia possuía faculdades faculdades teoricas teóricas especiais especiais ee surgia surgia como como oo unico único herdeiro herdeiro do do espirito espírito independente Isso equivalia independente ee crftico crítico da da filosofia filosofia classica clássica alema. alemã. Isso eqüivalia aa dizer dizer que pratica ee te6rica, que eles eles encamavam, encarnavam, na na atividade atividade prática teórica, o o materialismo materialismo hist6rico ee oo comunismo revolucionario, que filosofia. histórico comunismo revolucionário, que superaram superaram aquela aquela filosofia. O mais elementar. um resumo lucido do O motivo motivo da da escolha escolha eé mais elementar. Ha, Há, ali, ali, um resumo lúcido do que materialismo hist6rico que representa representa oo materialismo histórico ee uma uma referenda referência direta direta ao ao que que implicara, Implicara, para para os os dois dois amigos, amigos, aa sua sua opcao opção por por uma uma orientacao orientação cientfcientí­ fica interesses do fica que que perfilhava perfilhava os os interesses do proletariado. proletariado. Uma Uma marginalizacao marginalização da da "ciencia “ciência oficial", oficial”, um um permanente permanente remar remar contra contra aa corrente, corrente, que que eram, eram, em em si si mesmos, mesmos, aa conditio conditio sine sine qua qua non non da da Iormacao formação ee do do desenvolvidesenvolvi­ mento \í mento do do materialismo materialismo historico. histórico. 1) 1)

0 O materialismo materialismo moderno moderno (F. (F. Engels) Engels)

O texto de O breve breve texto de F. F. Engels Engels Jevanta levanta um um panorama panoram a sumario sumário de de varies vários temas essenciais: Iorrnacao do temas essenciais: aa formação do materialismo materialismo moderno moderno ee aa crise crise do do idealismo; nova comidealismo; aa contribuicao contribuição das das descobertas descobertas cientificas científicas para para uma uma nova com­ preensao relacao existente preensão historica histórica ee dialetica dialética da da natureza; natureza; aa relação existente entre entre as as primeiras primeiras manifestacoes manifestações do do proletariado proletariado como como classe classe ee aa necessidade necessidade de de explicar luta explicar aa hist6ria história de de uma uma perspectiva perspectiva cientffica; científica; o 0 significado significado da da luta de principio explicativo de classes classes corno como princípio explicativo geral geral (aplicavel (aplicável "a “a toda toda aa hist6ria história do do passado, passado, com com excecao exceção de de seus seus estagios estágios primitives"}; primitivos” ); aa adulteracao adulteração ideol6gica pelos interesses interesses de burguesia; ideológica da da economia economia politica política pelos de classe classe da da burguesia; como como se se encadeararn, encadearam, historicamente, historicamente, aa superacao superação do do antigo antigo socialismo, socialismo, aa criacao hist6ria ee oo nascimento criação da da concepcao concepção materialista materialista da da história nascimento do do sociasocia­ lismo lismo cientifico. científico. E É um um vasto vasto leque leque de de temas, temas, que que oo leitor leitor precisa precisa incluir incluir em em seu seu enfoque enfoque do do materialisrno materialismo historico, histórico, se se quiser quiser entende-lo entendê-lo em em sua sua dupla dupla relacao relação com com aa ciencia ciência ee com com aa posicao posição de de classe classe revolucionaria revolucionária do isso aa leitura do proletariado. proletariado. Por Por isso leitura foi foi escolhida, escolhida, para para servir servir de de ponte ponte entre anteriores da entre as as partes partes anteriores da antologia antologia ee aa discussao discussão da da natureza natureza ee sigsig­ nificado no qua! nificado do do materialismo materialismo hist6rico. histórico. J;: É chegado chegado o o memento momento no qual oo leitor leitor deve deve refletir refletir sobre sobre o o que que ja já aprendeu aprendeu ee as as lacunas lacunas que que precisa precisa ultrapassar ultrapassar para para percorrer, percorrer, atraves através de de K. K. Marx Marx ee de de F. F. Engels, Engels, todas todas as hist6rico -— do idealismo hegeliano hegeliano aà sinas "idades" “idades” do do materialismo materialismo histórico do idealismo sín­ tese tese entre entre ciencia, ciência, socialismo socialismo ee revolucao revolução proletaria. proletária. Nesse texto, F. Nesse pequeno pequeno texto, F. Engels Engels procede procede aa algo algo que que eé fundamental fundamental no marxisrno: aà história hist6ria da no marxismo: da ciencia ciência da da hist6ria; história; aà sociologia sociologia do do matemate­ rialismo rialismo dialetico; dialético; aà analise análise socialista socialista do do socialismo. socialismo. Sao São tres três levantalevanta­

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mentos simultaneos, mentos simultâneos, cujos cujos resultados resultados aparecern aparecem no no produto produto dialetico dialético final: final: aa superacao superação da da filosofia filosofia pela pela ciencia; ciência; da da hist6ria história convencional convencional ee da da economia polftica pelo economia política pelo materialismo materialismo historico; histórico; do do socialismo socialismo ut6pico utópico pelo pelo socialismo ou pelo socialismo cientifico científico ((ou pelo comunismo comunismo revolucionario). revolucionário). A A importancia importância do do texto texto consiste consiste em em chamar chamar aa atencao atenção do do leitor leitor para para esse esse triplice tríplice movim ovi­ mento m ento de de superaciio, superação, ao ao qual qual nao não se se deu, deu, na na antologia, antologia, atencao atenção suficiente. suficiente. O nem por idealismo, de O que que eé superado superado nem por isso isso deve deve ser ser ignorado. ignorado. 0 O idealismo, de Hegel Hegel em particular, ee oo materialismo materialismo metafisico em particular, metafísico ou ou mecanicista; mecanicista; aa historia história especulativa, especulativa, aa hist6ria história empirico-abstrata empírico-abstrata ou ou aa economia economia politica; política; as as varias várias correntes correntes ut6picas utópicas ee reformistas reformistas do do socialismo socialismo -— eis eis alguns alguns eleele­ mentos revolucao cientifica mentos decisivos, decisivos, de de cuja cuja superacao superação resultou resultou aa revolução científica ineine­ rente refinamento do hist6rico ee que rente aà descoberta descoberta ee ao ao refinamento do materialismo materialismo histórico que so só foram foram contemplados contemplados ocasionalmente ocasionalmente nas nas Jeituras leituras transcritas transcritas ou ou nos nos comentarios leitor deve comentários correspondentes. correspondentes. Chegou Chegou aa hora hora na na qual qual oo leitor deve localoca­ lizar lizar globalmente globalmente oo materialismo materialismo hist6rico histórico em em sua sua epoca época e, e, portanto, portanto, deve ver em em conjunto deve ver conjunto as as suas suas raizes raízes ee oo seu seu ponto ponto de de chegada. chegada. Em Em contraposicao contraposição as às ciencias ciências sociais sociais da da ordem, ordem , o o materialismo materialismo historico histórico configura-se configura-se como como ciencia ciência social social unitdria unitária da da revoluciio. revolução. Tinha Tinha de de ser ser algo algo mais mais que que "hist6ria “história do do rnovimento movimento operario", operário”, mas mas ciencia ciência da da hist6ria, história, aa forma burforma racional racional ou ou te6rica teórica da da consciencia consciência proletaria proletária da da sociedade sociedade bur­ guesa guesa ee do do movimento movimento politico político revolucionario revolucionário de de auto-emancipacao auto-emancipação do do proletariado. proletariado. Em Em suma, suma, como como diz diz Engels, Engels, "o “o moderno moderno materialismo materialismo eé dialetico". faces, ele dialético” . Em Em uma uma de de suas suas faces, ele eé materialismo materialismo historico; histórico; na na outra, outra, socialismo socialismo cientifico. científico. Por Por aqui aqui se se repoe, repõe, novamente, novamente, aa necessidade necessidade de de nao não cair Nao se cair no no engodo engodo intelectualista. intelectualista. Não se trata trata so só de de estabelecer estabelecer ramificacoes ramificações intelectuais, uma uma assombrosa intelectuais, assombrosa "arvore “árvore da da ciencia". ciência” . O O que que esta está essencialessencial­ mente ova epoca mente em em jogo jogo eé o o aparecimento aparecimento de de uma uma ·n nova época revoluciondria, revolucionária, na na qua! surgia qual aa Iorca força social social especificamente especificamente destrutiva destrutiva ee construtiva, construtiva, que: que'surgia ee crescia crescia avassaladoramente avassaladoramente como como ta!, tal, era era aa classe classe operaria, operária, agente agente hishis­ t6rico tórico real real ee potencial potencial da da transformacao transform ação ee da da dissolucao dissolução da da sociedade sociedade burguesa. pensar" ee oo "novo burguesa. 0 O "antigo “antigo modo modo de de pensar” “novo modo modo de de pensar" pensar” crucruzam-se, zam-se, pois, pois, na na cena cena hist6rica histórica ee eé por por esse esse aspero áspero carninho caminho que que desdes­ pontam pontam tanto tanto aa nova nova ciencia ciência dialetica, dialética, quanto quanto o o novo novo socialismo socialismo ciencien­ tifico. hist6rico nao tífico. Em Em conseqiiencia, conseqüência, o o materiaTismo materialismo histórico não se se explica explica como como um parto razao, um produto do um parto da da razão, um simples simples produto do intelectualismo intelectualismo radical. radical. Ele Ele eé uma uma resposta terrnentacao proletaria resposta da da ciencia ciência aà fermentação proletária da da sociedade sociedade burbur­ guesa uma nova guesa ee à gestacao, gestação, dentro dentro dela, dela, de de uma nova epoca época hist6rica histórica revolurevolu­ cionaria, cionária, alicercada alicerçada no no polo pólo operario operário da da luta luta de de classes. classes. De um bosquejo. De taro, fato, oo que que F. F. Engels Engels oferece oferece ao ao leitor leitor nao não passa passa de de um bosquejo. Este materialismo hist6rico Este e, é, porem, porém, um um bosqueio bosquejo vivo. vivo. 0 O materialismo histórico eé relatado relatado em em seu seu processo processo historico histórico real. real. A A figura figura de de Marx Marx comanda comanda aa descricao, descrição, quer pensamento moderno, por sua quer por por seu seu papel papel na na elaboracao elaboração do do pensamento moderno, quer quer por sua presenca teórica te6rica ee pratica presença prática no no movimento movimento politico político dos dos trabalhadores: trabalhadores: "Essas “E ssas duas d u as grandes g ra n d e s descobertas, d e sco b ertas, aa concepcao co n ce p çã o materialista m a te ria lista da d a hist6ria h istó ria ee aa revelacao mais-valia, re v elação do do segredo seg red o da d a producao p ro d u ç ã o capitalista cap ita lista atraves atrav és da da m ais-valia,

a

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n6s devemos Marx. nós d evem o s aa M arx .

urna u m a ciencia". ciên c ia” .

Com essas descobertas, tornou-se C o m essas d esco b ertas, o o socialismo socialism o to rn o u -se

Alem qual oo Além disso, disso, F. F. Engels Engels desdobra desdobra o o angulo ângulo essencial essencial aa partir partir do do qual materialismo historico materialismo histórico deve deve ser ser considerado. considerado. Ele Ele se se vincula, vincula, como como metodo método ee coma do socialismo socialismo proletario do como teoria, teoria, as às exigencies exigências praticas práticas do proletário ou ou do comunismo Nao pode comunismo revolucionario. revolucionário. Não pode ser, ser, pura pura ee exclusivamente, exclusivamente, um um metodo cientiiico uma teoria produzir um método científico ou ou uma teoria cientijica. científica. Tern Tem de de produzir um conheconhe­ cimento permita explicar explicar seu cimento "dinamico" “dinâmico” da da sociedade, sociedade, que que permita seu movimento movimento hist6rico real, real, prever de base base aà histórico prever o o curso curso geral geral desse desse movimento, movimento, servir servir de pratica política politica proletária proletaria ee passar ( ou seja, prática passar por por seu seu crivo crivo de de verdade verdade (ou seja, de na historia de verificacao verificação de de sua sua veracidade: veracidade: aa experimentacao experimentação na história esboca-se esboça-se como como uma uma "experimentacao “ experimentação pratica"): prática” ). Com Com relacao relação ao ao materialismo materialismo hist6rico, pois, tecnica, histórico, pois, oo socialismo socialismo cientifico científico nao não eé apenas apenas uma uma fase fase técnica, um momenta posterior aplicacao da da teoria como um momento posterior ee independente independente de de aplicação teoria ((como sucede liberal de sucede com com oo paradigrna paradigma liberal de ciencia ciência aplicada aplicada ee de de "engenharia “engenharia social"). social” ). Ele Ele estipula, estipula, em em amplitude amplitude ee em em profundidade, profundidade, os os requisites requisitos dinamicos ou dialéticos) dialeticos) aa que concretamenie, aa dinâmicos ((ou que deve deve corresponder, corresponder, concretamenie, teoria. 0 pressupoe Iundarnentacao teoria. O que que pressupõe fundamentação empirica empírica rigorosa, rigorosa, saturacao saturação hist6rica seja pelo histórica do do conhecimento conhecimento cientifico científico ee teoria teoria calibrada calibrada seja pelo criteria critério de de explicacao explicação causal, causai, seja seja pelo pelo criteria critério de de "transformacao “transformação revolucionaria revolucionária do trabalhar com texto e, do mundo". m undo” . 0 O leitor leitor deve deve trabalhar com cuidado cuidado este este sugestivo sugestivo texto e, em em particular, particular, deve deve explorar explorar sistematicamente sistematicamente as as diversas diversas pistas pistas que que ele ele abre abre aà interpretacao interpretação rnaterialista materialista ee dialetica dialética do do materialisrno materialismo hist6rico. histórico. 2) 2)

0 método metodo da da economia (K. Marx) O economia politica política (K. Marx)

Este do esboco de uma Este texto texto eé parte parte do esboço de uma "introducao “introdução geral", geral”, destinada destinada aa abrir Contribuiciio aà critica K. M Marx abrir aa Contribuição crítica da da Economia Economia Politica. Política. K. arx decidiu decidiu nao publica-la, pois não publicá-la, pois "antecipar “antecipar resultados resultados que que estao estão para para ser ser demonsdemons­ trados poderia forma em que Marx trados poderia ser ser desconcertante" desconcertante” 73• 73. 0 O trabalho, trabalho, na na forma em que Marx oo deixou, foi publicado publicado em por K. K. Kautsky revista Neue deixou, s6 só foi em 1903, 1903, por Kautsky (na (na revista Neue Zeit). para Z e it). Completamente Completamente desenvolvida, desenvolvida, aa introducao introdução seria seria excessiva excessiva para Mas ela sua nova metodologia, oo livro. livro. Mas ela era era necessaria necessária seja seja para para esclarecer esclarecer sua nova metodologia, seja para ela representava representava no seja para definir definir oo que que ela no conjunto conjunto do do pensamento pensamento cientifico introduzia uma científico ee das das ciencias ciências sociais. sociais. Nela Nela se se introduzia uma fundarnentacao fundamentação mais da concepcao "ciencia social social mais rigorosa rigorosa da concepção materialista materialista ee dialetica dialética da da “ciência hist6rica". Poder-se-ia dizer os histórica”. Poder-se-ia dizer que que muita muita coisa coisa estava estava assentada assentada desde desde os Manuscritos Miseria da Filosofia, As Manuscritos de de 1844, 1844, A A ideologia ideologia alema, alemã, Miséria da Filosofia, A s lutas lutas de na Franca O 18 os pianos de classes classes na França ee O 18 Brumario. Brumário. No No entanto, entanto, os planos de de suas suas investigacoes econornicas iam tao continuidade investigações econômicas iam tão alem além de de tudo tudo isso, isso, que que aa continuidade l6gica ee metodol6gica A concepção concepcao matelógica metodológica se se quebrava quebrava em em varies vários pontos. pontos. A mate­ rialista ee dialetica hist6ria teria com todas todas rialista dialética da da história teria de de defrontar-se, defrontar-se, entao, então, com 73 73 MARX, M a rx , K. K.

Contrtbuiciio p. 29. C ontribuição àcl critica crítica da da Economia E conom ia Politico, Política, p. 29.

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as exigencies da as exigências da ciencia; ciência; ee aa pr6pria própria cientifizacao cientifização da da dialetica dialética alcancaria alcançaria uma imprevistas ee imprevisíveis imprevisiveis nos uma profundidade profundidade ee consequencias conseqüências imprevistas nos trabatraba­ lhos anteriores. pela primeira lhos anteriores. Sem Sem falar falar que, que, pela primeira vez vez na na ciencia ciência moderna, moderna, os tanto quanta os requisitos requisitos empiricos empíricos ee logicos, lógicos, tanto quanto as as implicacoes implicações te6ricas teóricas ee praticas uma posicao materialista pura, pura, sem práticas de de uma posição materialista sem concessoes, concessões, definiarn-se definiam-se de de modo modo implacavel. implacável. 0 O que que teria teria Ievado levado K. K. Marx M arx aa retrair-se? retrair-se? S É impasimpos­ sive] pr6prio adianta sível saber-se, saber-se. Ele Ele próprio adianta aa inconveniencia inconveniência de de antecipar antecipar resulresul­ tados poe diretamente tados ee põe diretamente aa questao questão ao ao Jeitor. leitor. Em Em um um homem homem como como ele, ele, totalmente mesmo ee voltado para oo futuro, totalmente desprendido desprendido de de si si mesmo voltado para futuro, essa essa expliexpli­ cacao fe. Em cação faz faz fé. Em sua sua modestia modéstia ee dentro dentro de de sua sua honestidade honestidade intelectual, intelectual, ele ele preferia preferia dar dar prioridade prioridade ao ao livro livro ee deixar deixar sua sua obra obra prosseguir, prosseguir, para para evidenciar evidenciar por por si si mesma mesma o o seu seu sentido sentido ee resultados. resultados. Nao K. Marx, Não obstante, obstante, nada nada impede, impede, aceitando-se aceitando-se as as razoes razões de de K. Marx, que que se se !eve leve aa indagacao indagação adiante. adiante. Primeiro, Primeiro, por por que que nao não concluiu concluiu algo algo que lhe parecera mesmo indispensável indispensavel (pois, que lhe parecera necessario necessário ou ou mesmo (pois, como como entenenten­ der modo que um ensaio der de de outro outro modo que se se dispusesse dispusesse aa escrever escrever um ensaio de de exigencies exigências tao tão cornplexas complexas ee pesadas)? pesadas)? Ao Ao que que parece, parece, sua sua situacao situação de de franco-atirador, franco-atirador, na na esfera esfera da da pesquisa pesquisa cientifica, científica, induziu-o induziu-o aa subestirnar subestimar aquele aquele projeto. projeto. Por isso pareca inacreditavel, tem tern toda Por mais mais que que isso pareça inacreditável, toda aa probabilidade probabilidade de de ser ser verdadeiro. peca inteiriça, inteirica, como verdadeiro. No No conjunto, conjunto, o o ensaio ensaio constituia constituía uma uma peça como maniiestaciio manifestação critica crítica positiva positiva ee criadora criadora do do pensamento pensam ento cientiiico. científico. 0 O que que Marx partindo da M arx argui argúi ((partindo da critica crítica aos aos classicos, clássicos, em em geral, geral, ee de de uma um a obra obra de fundamentais de J. J. Stuart Stuart Mill, Mill, em em particular) particular) sao são as as condicoes condições logicas lógicas fundamentais da visto alem da representacao representação do do objeto objeto da da economia economia politica política ((visto além de de ilusoes ilusões de rafzes ideologicas principalrnente, das de raízes ideológicas e, e, principalmente, das "tautologies"). “tautologias” ) . Era Era algo algo que filos6fico podia podia imaginar que so só alguem alguém com com seu seu gabarito gabarito filosófico imaginar ee que que s6 só alguem alguém com com sua sua envergadura envergadura cientifica científica podia podia levar levar aa cabo. cabo. Marx M arx repunha repunha aa questao questão do do que que devia devia ser ser aa economia economia corno como ciencia, ciência, ee aa iinica única coisa coisa que que pode pode explicar explicar oo arquivamento arquivamento do do ensaio ensaio eé que que ele ele nao não se se sentia sentia um um mernbro membro ativo ativo daquela daquela cornunidade comunidade intelectual, intelectual, que que ele ele atacava atacava imim­ piedosamente. piedosamente. Segundo, Segundo, por por que que intercalou intercalou uma uma duvida dúvida entre entre os os projetos projetos iniciais investigacao ee aa divulgacao iniciais de de sua sua grande grande investigação divulgação de de seus seus primeiros primeiros resultados Afinal, aa Contribuiciio resultados originais? originais? Afinal, Contribuição aà critica crítica da da Economia Economia PoliPolí­ tica mesma, uma urna obra tica era, era, por por si si mesma, obra de de consideravel considerável valor valor ee oo melhor melhor indicio indício de de que que seus seus projetos projetos estavam estavam passando passando do do piano plano da da pesquisa pesquisa para para o o
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Marx conseguiu Marx conseguiu realizar, realizar, posteriormente, posteriormente, na na descricao descrição ee interpretacao interpretação da uma parte da acumulacao acumulação capita1ista. capitalista. Se Se uma parte do do ensaio ensaio poderia poderia ser ser consiconsi­ derada I eta ((aquela aque1a que derada acabada acabada ou ou comp completa que apanha apanha oo "mau “mau uso" uso” da da cienciên­ cia, cia, expresso expresso na na economia economia politica política e, e, portanto, portanto, na na producao produção intelectual intelectual dos pa rte ((que que era tor) encondos economistas), economistas), outra outra parte era decisiva decisiva p~ra para o o au autor) encontrava-se em maturacao, K. trava-se em gestacao gestação ee em em maturação. K. Marx M arx devia devia possuir possuir uma uma lucida lúcida cornpreensao compreensão do do que que isso isso significava significava ee sucumbiu sucumbiu aa essa essa tensao, tensão. Os Os propro­ blemas estavam por blemas mais· mais' complexos complexos ee de de maior maior importancia importância estavam por ser ser enfrenenfren­ tados ee resolvidos. tados resolvidos. 0 O que que permite permite supor supor que, que, para para ele, ele, suas suas conclusoes conclusões 16gicas ee metodológicas metodologicas ainda testes cruciais lógicas ainda esperavam esperavam os os testes cruciais ee mais mais duros duros -— ee somente poderiam demonstrar somente estes estes poderiam dem onstrar oo que que ficaria ficaria ee o o que que deveria deveria ser revisto, modificado modificado ou, ser revisto, ou, evidentemente, evidentemente, ainda ainda deveria deveria ser ser criado, criado, nessa nessa area área instrumental instrumental da da invencao invenção cientifica. científica. A A duvida dúvida exprimia, exprimia, pois, pois, uma uma atitude atitude de de prudencia, prudência, de de auto-respeito auto-respeito ee de de respeito respeito aà ciencia. ciência. Para Para oo ma! foi oo esboco, mal das das ciencias ciências sociais, sociais, oo que que ficou ficou arquivado arquivado foi esboço, que que poderia poderia ter final se ter tornado tomado aa forma forma final se Marx M arx nao não fosse fosse tao tão exigente exigente para para consigo consigo mesmo \\ mesmo ee tao tão escrupuloso escrupuloso em em tudo tudo oo que que fazia. fazia. Este Este eé oo texto, texto, em em toda toda aa antologia, antologia, que que apresenta apresenta maiores maiores difidifi­ culdades leitor. A mas demasiado culdades ao ao leitor. A exposicao exposição é logicamente logicamente clara, clara, mas demasiado comcom­ pacta, pacta, cingindo-se cingindo-se ao ao essencial essencial para para o o proprio próprio autor, autor, embora embora varias várias paspas­ sagens numa forma sagens parecam pareçam quase quase numa forma final. final. Os Os exemplos exemplos explorados explorados ((aa posse, posse, o o dinheiro, dinheiro, oo trabalho) trabalho) ee oo recurso recurso aa referencias referências comparativas comparativas aliviam nao diminuem aliviam aa exposicao. exposição. Porern, Porém, não diminuem aa complexidade complexidade intrinseca intrínseca do do assunto assunto (e (e da da 16gica lógica hegeliana, hegeliana, subjacente subjacente aà analise análise das das categorias) categorias) ee da linguagem que da linguagem que ele ele pressupunha. pressupunha. Mutatis M utatis mutandis, mutandis, K. K. Marx M arx fez fez com com aa representacao movimento real representação cientffica científica do do movimento real o o que que Hegel Hegel fizera fizera com com aa representacao movimento da representação filos6fica filosófica do do movimento da ideia. idéia. Dai Daí aa importancia importância singular nao incide singular do do texto texto transcrito, transcrito, que que não incide no no dialogo diálogo critico crítico direto direto com com os volta para os economistas economistas classicos, clássicos, mas mas se se volta para oo que que deveria deveria ser ser aa economia, economia, entendida entendida como como ciencia ciência social social historica. histórica. Como Como ee enquanto enquanto ciencia, ciência, aa economia politica precisa precisa encarar moderna como economia política encarar aa sociedade sociedade burguesa burguesa m oderna como um sujeito pensa ee na na realidade, um sujeito determinado, determinado, na na cabeca cabeça de de quern quem aa pensa realidade, compreendendo-a compreendendo-a em em toda toda aa sua sua inteireza inteireza ee segundo segundo aa "conexao “conexão orgaorgâ­ nica" que, seu interior, nica” que, em em seu interior, se se estabelece estabelece entre entre as as relacoes relações economicas. econômicas. De pode eluciDe um um lado, lado, eé pela pela analise análise sisternatica sistemática das das categorias categorias que que se se pode eluci­ dar dar aa natureza natureza da da sociedade sociedade burguesa burguesa moderna. moderna. Isso Isso sem sem se se esquecer esquecer de de que vida, determinacoes que elas elas "exprirnem “exprimem formas formas de de vida, determinações de de existencia, existência, e, e, amiude, amiúde, somente somente aspectos aspectos isolados isolados dessa dessa sociedade sociedade determinada". determ inada” . Cabe Cabe aà ciencia fragmentada, ee da montagem ciência ir ir alern além de de urna uma visao visão convencional, convencional, fragmentada, da montagem artificial principalmente, descobrir, todo vivo; vivo; e, e, principalmente, descobrir, entre entre as as formas formas . artificial de de urn um todo de de producao produção coexistentes, coexistentes, aa que que prevalece prevalece sobre sobre as as demais, demais, as as influencia influencia ee ordena. ordena. De De outro outro !ado, lado, "o “o capital capital eé aa potencia potência econ6mica econômica da da sociedade sociedade burguesa, que Ele eé oo alfa burguesa, que domina domina tudo". tudo”. Ele alfa ee oo omega ômega da da analise análise das das categorias; oo seu categorias; seu inicio início ee oo seu seu fim. fim. Cabe Cabe aà ciencia ciência evidenciar evidenciar aa ordem ordem segundo segundo aa qual qual as as categorias categorias se se relacionam relacionam entre entre si, si, aa "conexiio “conexão orgaorgâ­

e

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nica" relacoes econornicas daquela sociedade, nica” das das relações econômicas daquela sociedade, em em virtude virtude da da existencia existência ee do do predomínio predominio do do capital. capital. Essa Essa ordem ordem — - ee nao não aa ordem ordem segundo segundo aa qua! influencia historica - ée que qual as as categorias categorias tiveram tiveram influência histórica determinante determinante — que deve assume deve orientar orientar aa analise análise das das categorias. categorias. Nos Nos dois dois pontos pontos K. K. Marx M arx assume uma posição pioneira pioneira ((ee muito m oderna), que que implicava condenação uma posicao muito moderna), implicava aa condenacao do do metodo método dominante dominante na na "economia “economia tradicional". tradicional”. Primeiro, ele exclufa excluía aa teoria teoria gerada gerada pela pela abstracao abstração com com fundafunda­ Primeiro, ele mento mento na na realidade realidade ee punha punha em em seu seu lugar lugar aa teoria teoria produzida produzida pela pela inves­ investigacao sistematica objetiva da tigação sistemática ee pela pela interpretacao interpretação objetiva da realidade. realidade. Ou Ou seja, seja, ele ele deslocava deslocava o o fulcro fulcro da da analise análise cientifica, científica, substituindo substituindo um um "modelo “modelo abstrato" burguesa, que abstrato” da da economia economia da da sociedade sociedade burguesa, que aa convertia convertia em em uma uma economia tout court, capitalista ee aa sociedade burguesa economia tout court, pela pela economia economia capitalista sociedade burguesa concretas, consideradas consideradas como totalidades historicas históricas vivas, vivas, dinamicas, dinâmicas, concretas, como totalidades interdependentes. Marx retirou oo rnetodo da economia economia pollinterdependentes. Segundo, Segundo, K. K. M arx retirou método da polí­ tica do tica do reino reino da da mistificacao mistificação ee da da fetichizacao. fetichização. 0 O que que representa, representa, para para ciência, aa sociedade sociedade burguesa, burguesa, "a “a organizacao organização historica histórica da da produção aa ciencia, producao mais (e continua quern mais desenvolvida, desenvolvida, mais mais avancada"? avançada”? Houve Houve (e continua aa haver) haver) quem ataque o o "naturalismo" “naturalism o” ou ou oo "positivismo" “positivismo” de de Marx, porque ele ele entendeu entendeu ataque Marx, porque meridianamente meridianamente que que estava estava diante diante de de duas duas coisas coisas distintas. distintas. A A explicacao explicação da burguesa ee oo esclarecimento socieda forma forma da da sociedade sociedade burguesa esclarecimento de de formas formas de de socie­ dades dades desaparecidas, desaparecidas, que que sobrevivem sobrevivem atraves através de de "vestigios" “vestígios” que que nela nela subsistem. A afirmação afirmacao de subsistem. A de que que "a “ a anatomia anatomia do do homem homem eé aa chave chave da da anatomia gerou essa essa onda onda de de apreciacoes anatomia do do mono", mono”, etc., etc., gerou apreciações confusas. confusas. Retome-se que extrai extrai da argumento valido Retome-se aa frase frase conclusiva, conclusiva, que da analogia analogia o o argumento válido (inclusive, para aa crítica). critica). (inclusive, oo deveria deveria ser ser para "A fornece aa chave chave da etc. Porem, “A economia economia burguesa burguesa fornece da economia economia antiga, antiga, etc. Porém, niio [azem desaparecer não conjorme conforme àa maneira maneira dos dos economistas, economistas, que que fazem desaparecer todas todas as diferencas diferenças historicas históricas ee veem vêem aa forma burguesa em todas as formas as Iorma burguesa em todas as [ormas de de sociedade" sociedade ” 14. 74.

Portanto, realizou desemboca Portanto, oo avanco avanço que que Marx M arx realizou desemboca em em dois dois resultados resultados centrais. mais avançada avancada aa partir partir de de centrais. Explicar Explicar uma uma forma forma de de sociedade sociedade mais seus de sua sua "organizacao historica" interna, isto e, seus elementos elementos ee de “organização histórica” interna, isto é, em em funfun­ c;:ao seu desenvolvimento sua variacao ção de de seu desenvolvimento diferencial diferencial ee de de sua variação especifica, específica. Esclarecer Esclarecer formas formas menos menos desenvolvidas desenvolvidas de de sociedade, sociedade, atraves através de de outras outras mais nas quais elementos ee categorias mais ou mais desenvolvidas, desenvolvidas, nas quais certos certos elementos categorias mais ou menos simples simples podem podem evidenciar evidenciar melhor sua natureza, natureza, grau grau de de influencia influência menos melhor sua sobre outros outros elementos elementos ee categorias categorias ee sobre sobre o o todo, Não obstante, obstante, sobre todo, etc. etc. Nao ta! de investigacoes particulares. Marx tal esclarecimento esclarecimento nao não prescinde prescinde de investigações particulares. M arx eé taxativo. cuidadosamente as por taxativo. Nao Não so só elabora elabora cuidadosamente as correlacoes correlações distintas distintas ((ee por vezes vezes inversas) inversas) entre entre grau grau de de diferenciacao diferenciação de de categorias categorias simples simples ee o o maior ou ou menor m enor desenvolvimento desenvolvimento de de categorias concretas, como como enfatiza enfatiza maior categorias concretas, que burguesa eé uma que aa sociedade sociedade burguesa uma Iorrna forma antagonica, antagônica, oo que que restringe restringe o o ,4 grifo eé meu. 74 oO grifo meu.

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campo ficava para campo de de inferencias inferências comparativas comparativas esclarecedoras. esclarecedoras. 0 O que que ficava para tras presuncao falsa trás era era aa presunção falsa de de que que bastava bastava conhecer conhecer aa economia economia em em geral geral ee aa omissao omissão cientifica científica diante diante do do significado significado do do capital capital como como "potencia “potência economica burguesa". econômica da da sociedade sociedade burguesa”. Dado Dado o o objeto objeto desta desta coletanea, coletânea, convern convém insistir insistir nos nos passos passos dados dados por por K. o que de uma K. Marx Marx para para marcar marcar claramente claramente o que é oo metodo método de uma ciencia ciência social social hist6rica. que ele ignorava que que os usavam histórica. E: É 6bvio óbvio que ele nao não ignorava os economistas economistas usavam dados hist6ricos, recorriam recorriam aà investigacao dados históricos, investigação hist6rica histórica comparada com parada ee prepre­ tendiam explicar, através a tr aves de presente tendiam explicar, de f6rmulas fórmulas abstratas abstratas ee sinteticas, sintéticas, oo presente ee oo passado homoo economicus. haviam modelado passado do do hom economicus. Todavia, Todavia, eles eles haviam modelado aa economia política politica pela pela física ffsica newtoniana. newtoniana. Nao economia Não seria seria possfvel possível desentranhar desentranhar de descritivas ee interpretativas interpretativas oo método metodo de uma ciencia de suas suas praticas práticas descritivas de uma ciência social hist6rica. Por Por essa toma como social histórica. essa razao, razão, Marx Marx toma como orientacao orientação basica básica examinar momentos da examinar varies vários momentos da relacao relação que que existe existe entre entre aa representacao representação cientifica chegar gradualmente científica ee oo movimento movimento hist6rico histórico real, real, para para chegar gradualmente aà caracterizacao metodo. Sua funda, caracterização positiva positiva daquele daquele método. Sua discussao discussão nao não se se funda, nesse na analise dos econornistas nesse excerto, excerto, na análise negativa negativa dos dos lapsos lapsos ee falsidades falsidades dos econoqústas ((embora embora aa tecnica expositiva os em relevo, para técnica expositiva os ponha ponha seguidamente seguidamente em relevo, · para exibir entre oo abuso ciencia ee aa representacao exibir o o abismo abismo existente existente entre abuso da da ciência representação cientitica científica consistente) consistente)., Portanto, Portanto, o o seu seu caminho caminho eé oo de de quern quem procura procura aa verdadeira verdadeira ciencia ciência ee pretende, pretende, desde desde oo inicio, início, definir definir aa adequacao adequação cienticienti­ ficamente correta isto e, logicamente necessaria) ficamente correta ((isto é, empfrica empírica ee logicamente necessária) entre entre o o metodo esta deve método da da economia economia polftica política ee os os problemas problemas que que esta deve resolver resolver como como ciencia outro lade, ciência social social hist6rica. histórica. De De outro lado, tambern também eé conveniente conveniente frisar, frisar, de opunha aà abstracao, de passagem, passagem, que que K. K. Marx Marx nao não se se opunha abstração, aà generalizacao, generalização, geral. Como economia politica àa explicacao explicação causal causai ee àa teoria teoria geral. Como ciencia, ciência, aa economia política tinha de processos empiricos fundatinha de explorar explorar as as tecnicas técnicas ee processos empíricds ee 16gicos lógicos funda­ mentais de ciencias. Porern, mentais de todas todas as as ciências. Porém, nao não devia devia faze-lo fazê-lo copiando copiando grosseiragrosseira­ mente aquilo poderia designar mente aquilo que que se se poderia designar como como o o "cientifico-natural", “científico-natural”, strictu strictu sensu; pr6prias, no mesmo sentido, sensu ; mas mas criando criando as as alternativas alternativas próprias, no mesmo sentido, do do "cientifico-historico" em termos de método, metodo, de “científico-histórico” ((em termos de de objeto objeto ee de de problemaproblematizacao): tização). Em Em linguagem linguagem atual: atual: ele ele nao não se se erguia erguia contra contra oo metodo método hipohipotetico-dedurivo, supostamente economia politica. 0 que tético-dedutivo, supostamente oo metodo método da da economia política. O que ele punha punha em em questão, texto transcrito, transcrito, eé aa precisão da representação ele questao, no no texto precisao da representacao cientifica pressupoe, logicamente, científica ee o o que que pressupõe, logicamente, aa explicacao explicação cientffica científica da da organização hist6rica histórica da da producao produção nas nas distintas distintas formas formas de sociedade. organizacao de sociedade. Em sintese, nem um um sisterna indutivo unico condicao válida valid a em Em síntese, nem sistema indutivo único ((condição em certas certas ciencias dedutivo universal condicao ciências da da natureza) natureza) nem nem um um sistema sistema dedutivo universal ((condição valida maternatica, na na astronomia e, com com variacoes, fisica). Da Da válida na na matemática, astronomia e, variações, na na física). comunidade primitiva aà sociedade burguesa surgiram formas de comunidade primitiva sociedade burguesa surgiram varias várias formas de economia, economia, de de sociedade sociedade ee de de civilizacao, civilização. Cada Cada modo modo de de organizacao organização hist6rica histórica da da producao produção contern contém elementos elementos ee categorias categorias variavelmente variavelmente coco­ muns em termos muns ee elementos elementos ee categorias categorias especificos específicos ((em termos diferenciais diferenciais ee historicos). podem ser históricos). Portanto, Portanto, inducao indução ee deducao dedução nao não podem ser exploradas exploradas como como nas ciencias hist6rica agrega-se agrega-se aa repe­ repenas ciências da da natureza. natureza. A À descontinuidade descontinuidade histórica

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ticao tição de de alguns alguns conteiidos conteúdos ee de de categorias categorias mais mais ou ou menos menos simples, simples, mais mais ou menos desenvolvidas: ou menos desenvolvidas: "Se “Se eé certo, certo, portanto, portanto, que que as as categorias categorias da da economia economia burguesa burguesa possucm possuem uma uma verdade verdade em em todas todas as as demais demais formas formas de de sociedade sociedade nao não se se deve deve tomar tomar isto isto senao senão cum cum grano grano salis. salis. Podem Podem ser ser contidas, contidas, desenvolvidas, desenvolvidas, esmaecidas, esmaecidas, caricaturadas, caricaturadas, mas mas sempre sempre essencialmente essencialmente distintas. distintas. A A chacha­ mada .iltima mada evolucao evolução historica histórica descansa descansa em em geral geral no no fato fato de de que que aa t'última forma forma considera considera as as formas formas ultrapassadas ultrapassadas como como etapas etapas que que conduzem conduzem aa ela ela.... . .”" etc. etc.

O historica deve O que que fica fica logicamente logicamente- implicito implícito eé que que uma uma ciencia ciência social social histórica deve lidar, lidar, simultaneamente, simultaneamente, com com varies vários sistemas sistemas de de torrnacao formação de de inferencias inferências indutivas indutivas ee dedutivas dedutivas e, e, isto isto explicita explícita ee conclusivamente, conclusivamente, que que oo sistema sistema de de formacao formação de de inferencias inferências indutivas indutivas ee dedutivas, dedutivas, aplicavel aplicável à sociedade sociedade burguesa iamais, ser burguesa moderna, moderna, nao não poderia, poderia, jamais, ser generalizado generalizado aa outras outras sociesocie­ dades. dades. Marx Marx podia podia ver ver as as coisas coisas mais mais claro claro ee chegar chegar mais mais rapidamente rapidamente aà conclusao conclusão essencial essencial porque, porque, ao ao contrario contrário dos dos economistas, economistas, submeteu submeteu as as categorias categorias simples simples ee as as categorias categorias concretas concretas aa uma uma analise análise dialetica, dialética, podendo podendo focalizar focalizar objetivamente, objetivamente, tanto tanto no no nivel nível da da representacao, representação, quanto quanto no no da da explicacao explicação causal, causai, oo movimento movimento do do real real em em diferentes diferentes pianos planos de de tempo tempo ee de de espaco. espaço. Podia, Podia, pois, pois, surpreender surpreender aa variacao variação especffica específica e, e, atraves através ou ou gracas graças aa ela, ela, reter reter o o que que acornpanhava acompanhava aa variacao variação sem sem transforrnar-se transformar-se ou ou repetindo-se repetindo-se de de varias várias maneiras. maneiras. Em Em conseqiiencia, conseqüência, logrou por aa descoberto logrou pôr descoberto o o mecanicismo mecanicismo circular circular ee oo empirismo empirismo abstrato abstrato contradit6rio contraditório da da economia economia polftica; política; ee descobrir descobrir uma uma nova nova solucao solução logica lógica para para oo problema problema do do metodo método que que aa convertia, convertia, sem sem margem margem de de duvida, dúvida, em em ciencia ciência social social hist6rica. histórica. Nao Não me me eé possivel possível estender estender os os cornentarios comentários aa todos todos os os aspectos aspectos relevantes relevantes do do texto. texto. Tres Três assuntos assuntos exigem exigem do do leitor leitor um um trabalho trabalho de de leitura leitura met6dico. metódico. 0 O primeiro primeiro eé oo que que diz diz respeito respeito aos aos dois dois metodos métodos da da economia economia polftica, política, oo que que prevaleceu prevaleceu na na "nascente “nascente economia economia politica" política” ee oo que que Marx Marx endossa. endossa. Este Este eé O o metodo método materialista materialista ee dialetico, dialético, que que s6 só eé desenvolvido desenvolvido no proceder do no texto texto com com referencia referência aà "rnaneira “maneira de de proceder do pensamento pensamento para para se se apropriar apropriar do do concreto, concreto, para para reproduzi-lo reproduzi-lo espiritualrnente espiritualmente como como coisa coisa concreta", parte mais texto. Ela concreta” . Essa Essa eé aa parte mais rica rica ee sugestiva sugestiva do do texto. Ela situa situa muito muito bem bem o o abismo abismo que que se se erguia erguia entre entre oo antigo antigo metodo método da da economia, economia, no no qua! qual representacao plena “"aa representação plena volatiliza-se volatiliza-se na na deterrninacao determinação abstrata", abstrata”, ee oo memé­ todo materialista-dialetico, todo materialista-dialético, no no qua! qual "as “as determinacoes determinações abstratas abstratas conduzem conduzem aà reproducao isto e, reprodução do do concreto concreto por por meio meio do do pensamento", pensamento”, isto é, ao ao conheconhe­ cimento cimento da da "unidade “unidade do do diverse". diverso” . De De passagem, passagem, eé preciso preciso assinalar assinalar aa vigorosa vigorosa critica crítica (parcialmente (parcialmente explicita explícita ee parcialmente parcialmente implicita) implícita) aa Hegel. Hegel. A A analise análise dialetica dialética das das categorias categorias era era incorporada incorporada à ciencia ciência de de uma uma perspectiva materialista, Ela perspectiva rigorosamente rigorosamente materialista. Ela perrnitia permitia resolver resolver oo principal principal problema problema da da reconstrucao reconstrução historica, histórica, o o qual qual consistia consistia em em promover promover aa apreensao apreensão do do concrete concreto pelo pelo pensamento. pensamento. Ao Ao nivel nível da da interpretacao interpretação ee da da explicacao, explicação, por por sua sua vez, vez, ela ela oferecia oferecia aà ciencia ciência social social hist6rica histórica um um

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recurso equiparavel por tornar possivel aa obserrecurso equiparável ao ao da da experimentacao, experimentação, por tornar possível obser­ vacao tores ee efeitos vação metodica metódica de de fa fatores efeitos cruciais, cruciais, que que deviam deviam ser ser considerados: considerados: a) relacao reciproca a) isoladamente; isoladamente; b) b) em em sua sua relação recíproca ee de de reversao reversão operacional operacional (causa ~> efeito por efeito sua ligacao (causa — efeito por efeito ~ —> causa); ca u sa ); c) c) em em sua ligação dinarnica dinâmica com com oo contexto ( por onde determinacao histocontexto hist6rico histórico real real (por onde se se evidenciava evidenciava aa determinação histó­ rica instrurica propriamente propriamente dita). dita). A A logica lógica hegeliana hegeliana convertia-se convertia-se em em puro puro instru­ mento nao deixava, tal, mento da da investigacao investigação cientifica científica na na hist6ria história ee não deixava, como como tal, qualquer vestigio idealista. qualquer vestígio idealista. O O segundo segundo assunto assunto é o o que que se se vincula vincula à discussao discussão das das relacoes relações existentes "categorias mais existentes entre entre as as "categorias “categorias simples" simples” ee as as “categorias mais concretas" concretas” (no exemplo exemplo de Marx, aa posse em relacao relação à farnilia), fam ília), que que permeia todo oo (no de Marx, posse em permeia todo texto. A A discussão fundamental, porque porque ela ilumina aa criatividade criatividade texto. discussao eé fundamental, ela ilumina da teoria teoria do método exposta exposta ee delimita delimita aa cornpreensao compreensão do do objeto objeto da da do metodo da economia texto trans­ transeconomia polftica política como como ciencia ciência social social hist6rica. histórica. Penso Penso que que o o texto crito uma passagem procrito deve deve ser ser completado completado por por uma passagem anterior, anterior, relativa relativa aà pro­ dução: t\ ducao:

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"Quando producao, trata-se individuos “Quando se se trata, trata, pois, pois, de de produção, trata-se da da producao produção de de indivíduos sociais. parecer que presociais. Por Por isso, isso, poderia poderia parecer que ao ao falar falar de de producao produção seria seria pre­ ciso ciso ou ou bem bem seguir seguir o processo processo de desenvolvimento desenvolvimento em suas suas diferentes diferentes fases, fases, ou ou declarar declarar desde desde o primeiro primeiro momento momento que que se trata trata de de uma uma determinada historica, da producao burguesa por exem­ exemdeterminada epoca época histórica, da produção burguesa moderna, moderna, por plo, que na realidade nosso pr6prio as epocas plo, que na realidade eé oo nosso próprio tema. tema. Todavia, Todavia, todas todas as épocas produção possuem possuem certos certos traces traços caracterfsticos característicos em comum, comum, deterdeter­ da producao rninacoes minações comuns. comuns. A produciio produção em em geral geral eé uma uma abstracao, abstração, mas uma abstracao razoável, razoavel, pelo fato de em relevo abstração pelo fato de que que poe põe realmente realmente em relevo ee fixa fixa oo carater portanto, as repeticoes, Esse carater caráter comum, comum, poupando-nos, poupando-nos, portanto, as repetições. Esse caráter geral, discriminado pela geral, entretanto, entretanto, ou ou este este elemento elemento comum, comum, discriminado pela cornpacompa­ racao, esta uma maneira ração, está organizado organizado de uma maneira complexa complexa e diverge diverge em em muitas determinacfies. pertencem a todas epocas; determinações. Alguns Alguns destes destes elementos elementos pertencem todas as épocas; outros deterrninacoes serao outros sao são comuns comuns aa algumas algumas delas. delas. Certas Certas determinações serão comuns comuns aà epoca elas não nao se conépoca mais mais moderna moderna ee àa mais mais antiga. antiga. Sem Sem elas se poderia poderia con­ ceber idiomas mais ceber nenhuma nenhuma producao, produção, pois pois se os os idiomas mais perfeitos perfeitos tern têm leis leis e caracteres que são sao comuns menos desenvolvidos, caracteres determinados determinados que comuns aos menos desenvolvidos, o que que os os diferencia que constitui constitui oo seu seu desenvolvimento desenvolvimento eé oo elemento elemento que diferencia destes gerais ee cornuns. destes elementos elementos gerais comuns. As As deterrninacoes determinações que que valem valem para para aa produção em geral geral devern devem ser, ser, precisamente, precisamente, separadas, separadas, a fim de que producao niio vista a diferenca não se perca perca de de vista diferença essencial essencial por por causa causa da da unidade, unidade, a qual fato de - aa humanidade qual decorre decorre ja já do do fato de que que oo sujeito sujeito — humanidade -— ee oo objeto rnesrnos" 7r’. ;r,_ objeto -— aa natureza natureza -— sao são os mesmos”

Essa passagem nao para esclarecer esclarecer melhor pensamento Essa passagem não s6 só contribui contribui para melhor o o pensamento de Marx. Marx. Ela que, para para ele, ele, aa analise análise dialética, como instrumento de Ela revela revela que, dialetica, como instrumento da - sempre da observacao observação cientlfica, científica, devia devia selecionar selecionar ee resolver resolver -— sempre com com fundamento ernpirico s6lido explicacao causal, da fundamento empírico sólido -— os os problemas problemas da da explicação causai, da generalização ee da da escala escala histórica de vigencia vigência universal universal de de uma uma teoria generalizacao historica de teoria 7G 73

Idem, p, 203-4. Tdem, p. 203-4.

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geral. geral. Fica Fica patente patente que que aa analise análise dialetica dialética das das categorias categorias nao não exclui, exclui, ao ao contrario, contrário, necessita necessita ee torna torna viavel, viável, aa exploracao exploração de de duas duas series séries rcais, reais, am bas hist6ricas, umaa elaborada ambas históricas, ((um elaborada por por via via comparativa; comparativa; outra outra inferida inferida do tores do presente), presente), atraves através das das quais quais sao são isolados isolados ee interpretados interpretados os os fa fatores ee eteitos efeitos mais mais ou ou menos menos comuns comuns ee os os fatores fatores ee efeitos efeitos que que exprimem exprimem aa variacao t6pica, aa (mica variação especifica específica ou ou tópica, única que que é verdadeiramente verdadeiramente explicativa'". explicativa70. O O terceiro terceiro assunto assunto eé oo que que concerne concerne aà divisao divisão da da economia economia politica. política. Essa parte Essa parte do do texto texto decorre decorre da da concepcao concepção do do metodo método ee do do objeto objeto dessa dessa materia, matéria, encarada encarada como como ciencia ciência social social hist6rica. histórica. Ela Ela aparece aparece espremida espremida em em algumas algumas frases, frases, mas mas expressa expressa aa fecundidade fecundidade do do produto produto final, final, que que Marx Marx extraiu extraiu do do seu seu pr6prio próprio estudo. estudo. A A divisao divisão que que propoe propõe concretiza, concretiza, portanto, portanto, sua sua replica réplica aà economia economia politica, política, na na forma forma "convencional''. “convencional”. A A primeira primeira parte parte eé destinada destinada as às "determinacoes “determinações gerais gerais abstratas, abstratas, que que pertencem pertencem mais mais ou ou menos menos aa todas todas as as formas formas de de sociedade". sociedade”. As As quatro quatro partes partes subsequentes subseqüentes concentram-se concentram-se sobre sobre aa sociedade sociedade burguesa, burguesa, seguindo seguindo um um delineamento delineamento rigorosamente rigorosamente sociol6gico. sociológico. Nesse Nesse delineamento delineamento esta, está, por por inteiro, inteiro, oo ambicioso ambicioso projeto projeto global global de de investigacoes investigações aa que que Marx Marx dedicou dedicou aa maior maior parte parte de de sua sua vida vida madura madura ee que que logrou logrou realizar realizar apenas apenas de de modo modo parcial. parcial.

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3) 3)

Auto-avaliacao: Auto-avaliação: port portee ee significado significado de de O O capital capital (K. (K. Marx) Marx)

O 867; oo posfacio, O prefacio prefácio aà primeira primeira edicao edição de de O O capital capital eé de de I1867; posfácio, pertinente pertinente à segunda segunda edicao, edição, eé de de 1873. 1873. Nos Nos dois, dois, K. K. Marx Marx relata relata como como ele ele via via aa sua sua grande grande obra obra ee exibe exibe sua sua extrema extrema sensibilidade sensibilidade de de autor autor integro, íntegro, que que esperava esperava oo reconhecimento reconhecimento honesto honesto do do seu seu valor, valor, mesmo mesmo pelos Acostumado aa ter pelos adversaries. adversários. Acostumado ter suas suas obras obras reprirnidas, reprimidas, escamoteadas escamoteadas ou ou vilipendiadas, vilipendiadas, pressentia pressentia que, que, dessa dessa vez, vez, as as coisas coisas iriam iriam passar-se passar-se de de modo modo diverse. diverso. E E isso isso ocorreu, ocorreu, de de fato, fato, embora embora aa perseguicao perseguição policial, policial, oo farisaismo farisaísmo ee aa intolerancia intolerância nao não deixassem deixassem de de se se manifestar, manifestar, conferindo conferindo oo fundo fundo usual usual aà guerra guerra de de silencio silêncio ee aos aos embates embates ideol6gicos ideológicos encapucados, encapuçados, que que expunham expunham O O capital capital as às labaredas labaredas da da moderna moderna inquisicao inquisição Iaica. laica. Entretanto, Entretanto, oo valor valor do do Iivro livro avultou avultou de de tal tal rnaneira, maneira, que que ele ele conquistou conquistou espaco fora ee acima espaço pr6prio, próprio, fora acima dos dos circulos círculos operarios operários ee socialistas. socialistas. Os Os dois dois textos textos registram registram aa diterenca diferença que que se se operou operou na na situacao situação humana humana de de K. K. Marx, Marx, como como autor, autor, em em cinco cinco anos anos ee rneio meio aproximadamente. aproximadamente. No No primeiro, primeiro, ele ele procura procura clarificar clarificar aa natureza natureza do do trabalho trabalho que que oferecia oferecia ao ao leitor ee explicava leitor explicava oo seu seu alcance. alcance. No No segundo, segundo, ele ele se se lanca lança aa um um objetivo objetivo mais mais amplo, amplo, reagindo reagindo especialmente especialmente as às criticas críticas ee as às avaliacoes avaliações (tanto (tanto as às negativas, negativas, quanto quanto as às positivas). positivas). E, É, assirn, assim, induzido induzido aa fazer fazer uma uma reflexao reflexão socio16gica sociológica sobre sobre os os requisitos requisitos hist6ricos históricos da da existencia existência da da economia economia pollpolí­ tica ee sobre tica sobre oo seu seu envolvimento envolvimento ideol6gico ideológico pela pela situacao situação de de interesses interesses

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,,; 711 Cf. Cf. FERNANDES, F e r n a n d e s , F. F. cc segs, segs.

Fundamentos Fundamentos empiricos empíricos da da explicaciio explicação sociologica. sociológica, p. p. 107 107

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124 124 das classes classes dorninantes, dominantes, bem bem como como aa elucidar elucidar seus seus vinculos vínculos com com Hegel Hegel das sua compreensao compreensão cientifico-materialista científico-materialista da da dialetica. dialética. Portanto, Portanto, os os dois dois ee sua textos possuem uma uma importancia importância especial especial como expressao expressão da teoria teoria da da textos ciência subjacente subjacente a O O capital. capital. Eles colocam o leitor leitor diante de assuntos ciencia já explorados explorados ee debatidos debatidos em em leituras leituras anteriores. anteriores. Mas Mas desvendam desvendam tais tais ja assuntos com maier maior vigor.. vigor,, ja já que Marx Marx se via cornpelido compelido a tratá-los assuntos trata-los esgrimista defendendo defendendo as posições conquistadas. como se fosse fosse um um esgrimista posicoes conquistadas. No prefacio, prefácio, K. K. Marx Marx descreve descreve "o “o fim fim ultimo" último” de de sua sua obra obra como como No o de "revelar “revelar a lei economics econômica de evolução da sociedade sociedade m oderna” . sendo ode de evolucao moderna". Ele caracteriza caracteriza literalmente literalmente aa economia economia politica política como como ciencia ciência social social hist6histó­ Ele rica, rnencionando mencionando aa “lei natural de de evolucao" evolução” ee salientando salientando que que seu seu rica, "lei natural ponto vista "considers “considera o desenvolvimento desenvolvimento da formação econômica da ponto de vista formacao economica sociedade corno como urn um processo processo historico-natural". histórico-natural”. Portanto, Portanto, o prefacio prefácio sociedade reitera ee amplia amplia aa teoria da ciencia ciência proposta, proposta, irnplicita implícita ou ou explicitamente, explicitamente, reitera teoria da anterior, sobre "o “o metodo método da economia economia politica". política” . Mas ele no texto anterior, localiza melhor melhor a relacao relação de Marx ciência de sua epoca. época. Dentro Dentro localiza Marx com a ciencia da linha linha que que fora fora estabelecida estabelecida em em A ideologia ideologia alemii, alemã, ele ele encarava encaraçva aa da ciencia unitaria. E ciência de de uma uma perspectiva perspectiva unitária. E situava situava aa critica critica da da economic economia política ((empreendida O capital), ca p ita l), corno como ciencia ciência social social histórica. politica empreendida em O hist6rica. A importância do do prefacio prefácio consiste consiste em em exprimir exprimir o o que que K. Marx pensava pensava importancia K. Marx toda ciencia ciência ((aa observacao observação empirica empírica rigorigo­ a respeito respeito do que eé comum a toda rosa, aa explicacao explicação causal causai ee aa elaboracao elaboração de de teorias teorias fundadas fundadas na desco­ rosa, na descoberta de de "leis “leis naturais") naturais” ) ee o o que que devia devia ser ser especifico específico aà ciencia ciência social social berta histórica (na (na qua! qual a observacao observação e a explicacao explicação causal causai incidem incidem sobre historica objetos que que sao são sujeitos sujeitos de de uma uma historia história determinada determinada ee aa "lei “lei natural" natural” objetos concatenada como urn umaa fórmula histórica). Urn Umaa nação eé concatenada formula hist6rica). nacao não nao pode “lei natural sua evolucao". evolução”. Conhecendo-a, Conhecencfo-a, porém, “pode escapar aà "lei natural de sua porern, "pode acelerar acelerar aa gravidez gravidez ee aliviar aliviar as as dores dores do do parto". parto”. Da Da mesma mesma maneira, maneira, oo revolucionário, equacionado equacionado historicarnente historicamente pelo proletariado, processo revolucionario, proletariado, podera poderá desenvolver-se desenvolver-se em em condicoes condições "rnais “ mais humanas humanas ou ou mais mais brutais”, brutais", de de acordo acordo com com o o "grau “grau de de desenvolvimento desenvolvimento da da classe classe dos dos trabalhadores". trabalhadores” . prefácio reflete, reflete, por conseguinte, conseguinte, como Marx Marx carninhou, caminhou, aà medida O pretacio rnedida que redigia O capital, capital, no no modo modo de de entender entender sua sua propria própria posicao posição em em que redigia O face das varias várias correntes correntes da da ciencia ciência moderna. moderna. E É interessante que ele ele face das interessante que tome biologia, a quimica química e a ffsica física -— e o faca faça para tome por referente a biologia, acentuar, antiteticamente, antiteticamente, os os procedimentos procedimentos peculiares peculiares de de observacao observação ee acentuar, de de interpretacao interpretação da da ciencia ciência da da hist6ria. história. No No primeiro primeiro paralelo paralelo aa que que enfatiza que que "a “a capacidade capacidade de de abstraciio abstração deve deve substituir substituir esses esses recorre, enfatiza m eios ” ((o microscópio ou ou os os reativos reativos quimicos) químicos) 77. 77. No No Segundo segundo paralelo, paralelo, meios" o microsc6pio ele passa passa diretamente diretamente das das consideracoes considerações sobre sobre as as tecnicas técnicas de de observacao observação ele experimentação do Iisico, físico, ao que que se propusera realizar. 0 O "lugar “lugar e de experimentacao propusera realizar. clássico” do modo de producao produção capitalista capitalista ((aa Inglaterra) Inglaterra) prefigura-se prefigura-se classico" do modo de como equivalente equivalente empirico empírico ee logico lógico da da "forma “forma tipica" típica” ou ou de de manifesmanifes­ como r: 0 O grifo grifo eé meu. meu.

125 78. ta~ao As tação de de processos processos sob sob "influencias “influências perturbadoras" perturbadoras” reduzidas reduzidas7s. As reflex6es iluminar oo que reflexões contidas contidas nessas nessas passagens passagens sao são centrais centrais para para iluminar que denominei denominei caso caso extrema extrem o ee para para explicitar explicitar quais quais sao são as as Iuncoes funções empiricas empíricas lógicas que que ele ele desempenha desempenha sob sob aa analise análise materialista dialética. Alias, Aliás, ee logicas materialista ee dialetica. Marx Marx eé enfatico enfático em em suas suas conclusoes: conclusões:

"Nao “Não se se trata trata do do grau grau de de desenvolvimento, desenvolvimento, maior maior ou ou menor, menor, dos dos antaanta­ gonismos gonismos sociais sociais que se originam originam das leis leis naturais naturais da producao produção capitacapita­ lista. lista. Trata-se Trata-se dessas dessas leis mesmas, dessas tendencias, tendências, que que atuam atuam e se irnpoem impõem com com ferrea férrea necessidade. necessidade. E E oo pais país industrialmente industrialmente mais mais desendesen­ volvido nao volvido não faz faz mais mais que que mostrar, mostrar, em em si, si, ao ao de de menor menor desenvolvimento, desenvolvimento, a imagern future". imagem de seu seu pr6prio próprio futuro”.

O indagacoes sobre O texto texto do do posfacio posfácio aprofunda aprofunda essas essas indagações sobre aa teoria teoria da da ciencia, ciência, por por outros outros caminhos. caminhos. Na Na verdade, verdade, K. K. Marx M arx vai vai muito muito mais mais longe, longe, porque porque questiona questiona aa economia economia politica política em em termos termos de de sua sua propria própria critica crítica sociologica ultrapassa os sociológica do do conhecimento conhecimento ee porque porque ultrapassa os comentaristas comentaristas de de O uma conO capital, capital, salientando salientando o o significado significado desta desta obra obra no no interior interior de de uma con­ cepcao rnaterialista ee dialetica cepção materialista dialética de de ciencia. ciência. Por Por tras, trás, atraves através ee alem além da da producao intelectual dos produção intelectual dos economistas economistas alernaes, alemães, ele ele aponta aponta aa questao questão da da relacao relação da da economia economia politica política com com aa reproducao reprodução da da sociedade sociedade burguesa burguesa ee com luta de Dado oo atraso relativo de um certo com aa luta de classes. classes. Dado atraso relativo de um certo pais, país, corno como aa Alemanha, Alemanha, nem nem mesmo mesmo os os papeis papéis de de ide6logos ideólogos da da burguesia burguesia poderiam poderiam ser pelos economistas. ser devidamente devidamente desempenhados desempenhados pelos economistas. Por Por sua sua vez, vez, enquanto enquanto aa burguesia burguesia se se retraia retraía ee se se omitia, omitia, aa classe classe operaria operária se se desenvolvia desenvolvia aceleacele­ radarnente, radamente, conquistando conquistando uma uma "consciencia “consciência teorica teórica de de classe classe muito muito mais mais radical perdia, assim, radical que que aa burguesia". burguesia” . A A ciencia ciência copiada copiada perdia, assim, todo todo o o sentido sentido ee aa possibilidade Em possibilidade historica histórica de de uma uma economia economia polftica política se se desvanecia. desvanecia. Em 1R 78 e É precise preciso salientar: salientar: escolher escolher aa Inglaterra Inglaterra como como oo caso caso onde onde oo capital capital industrial industrial oferecia oferecia aa acumulacao acum ulação capitalista capitalista acelerada acelerada em em suas suas condiciies condições concretas concretas mais mais desenvolvidas desenvolvidas nao não eé o o mesmo mesmo que que considerar considerar essa essa rnanifestacao manifestação como com o um um "tipo “tipo puro". N Noo ropico parte da ficado mais puro”. tópico 22 desta desta parte da antologia antologia o o leitor leitor deve deve ter ter ficado mais famifam i­ liarizado pensarnento. liarizado com com aa apreensao apreensão do do concreto concreto pelo pelo pensam ento. A A esse esse tipo tipo esqueesquematico, termos mático, que que satura satura o o tipo tipo em em term os de de sua sua diferenciacao diferenciação interna interna ee de de sua sua historihistoricidade, que cabe cidade, isto isto e, é, pela pela variacao variação especifica específica ee historica, histórica, penso penso que cabe aa designacao designação de passagern do de tipo tipo extrema extrem o (cf. (cf. referencia referência na na nota nota anterior). anterior). A A passagem do texto texto parece parece implicar implicar aa ideia idéia de de transferir transferir para p ara as as ciencias ciências sociais sociais os os procedimentos procedimentos experiexperi­ mentais perturbacao na mentais de de eliminai;:ao eliminação dos dos fatores fatores de de perturbação na ocorrencia ocorrência dos dos fenomenos. fenômenos. Em indicar aa preocupacao Em outras outras passagens, passagens, surgem surgem expressoes expressões que que parecem parecem indicar preocupação pela pela construcao puros, como que se construção de de tipos tipos puros, como aa que se refere refere aà circulacao circulação do do capital-dinheiro: capital-dinheiro: "Para prescindiremos, desde mo"P ara abarcar abarcar as as formas form as puras puras prescindiremos, desde ja, já, de de todos todos aqueles aqueles m o­ mentos nada têm tern que ver com mentos que que nada que ver com aa alteracao alteração de de forma form a ou ou com com aa constituicao constituição da v. III, da mesma, mesma, considerados considerados em em si si mesmos", mesmos”, etc. etc. (El (E l capital, capital, v. III, p. p. 31). 3 1 ). Convem Convém nao todo oo esquema politica não esquecer esquecer que que Marx M arx refuta refuta todo esquema interpretative interpretativo da da economia economia política "tradicional", “tradicional”, condenando, condenando, em em bloco, bloco, portanto, portanto, aa interpretacao interpretação tlpico-ideal. típico-ideal. No No caso, caso, por por exernplo, exemplo, aa representacao representação abstrata abstrata nao não eé feita feita como como uma um a depuracao depuração do do real hist6rico-causal empregado real (processo (processo de de analise análise que que nlio não cabe cabe no no esquema esquema histórico-causal empregado por para reter reter as por Marx). M arx). Ela Ela eé explorada explorada para as caractcrlsticas características essenciais essenciais das das metam eta­ morfoses morfoses do do capital capital nos nos varies vários estagios estágios da da circulacao. circulação.

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sua sua extrema extrema radicalidade, radicalidade, essa essa reflexao reflexão propoe propõe aa relacao relação reciproca recíproca entre entre ciencia, ciência, sociedade sociedade burguesa burguesa ee luta luta de de classes classes em em termos termos materialistas materialistas ee dialeticos, dialéticos. Ou Ou aa economia economia politica política caia caía na na orbita órbita da da dominacao dominação de de classe classe (portanto, (portanto, aparecendo aparecendo como como componente componente ideologico ideológico da da reproducao reprodução da da sociedade sociedade burguesa) burguesa) ou ou ela ela entrava entrava no no circuito circuito da da negacao negação da da dominacao dominação de de classe classe (portanto, (portanto, surgindo surgindo como como elo elo te6rico teórico da da transformacao transform ação operaria operária da pela revolucao da sociedade sociedade burguesa burguesa e, e, aa largo largo prazo, prazo, de de sua sua dissolucao dissolução pela revolução social social do do proletariado), proletariado), e, e, neste neste caso, caso, ela ela desapareceria, desapareceria, metamorfoseada metamorfoseada em talista ((portanto, portanto, em em crftica crítica da da ordem ordem capi capitalista em negacao negação de de si si mesma). m esm a). Ha, pois, um florescimento de Há, pois, um tempo tempo certo certo para para aa existencia existência ee o o florescimento de uma uma disciplina disciplina como como aa economia economia politica, política, determinada determinada pela pela situacao situação de de inteinte­ resses da burguesia. resses ee pela pela ideologia ideologia de de classe classe da burguesia. As As mesmas mesmas condicoes, condições, no no entanto, entanto, favoreciam favoreciam oo aparecimento aparecimento de de uma uma genuina genuína ciencia ciência social social hist6rica: histórica: "Se “Se o o peculiar p e c u lia r desenvolvimento d esen v o lv im en to hist6rico h istó rico da d a sociedade so cied ad e alema ale m ã excluia e x clu ía aa possibilidade possibilidade de d e uma u m a continuacao c o n tin u a ç ã o original o rig in al da d a economia ec o n o m ia 'burguesa', ‘b u rg u e sa ’, nlio n ão excluia E se excluía aa possibilidade p o ssib ilid ad e de d e sua sua critica. crítica. E se essa essa critica crítica tinha tin h a de d e ~er iser feita feita em em nnome o m e de d e uma u m a classe, classe, ta! tal classe classe nniio ã o ppoderia o d eria ser ser outra o u tra senao senão aquela transformar aq u ela chamada c h a m a d a ppela ela hist6ria h istó ria para p a ra tra n s fo rm a r aa ordem o rd e m capitalista c a p ita lista ee conseguir co n seg u ir aa abolicao ab o lição definitiva d efin itiv a de de todas to d as as as classes, classes, isto isto e, é, aa classe classe do do proletariado". p ro le ta ria d o ” .

A A critica crítica da da economia economia politica política pressupunha pressupunha aa negacao negação objetiva objetiva da da sociedade sociedade burguesa burguesa ee conduzia conduzia ou ou pressupunha pressupunha uma uma ciencia ciência social social hist6histó­ rica, Ela so rica, que que negasse negasse ee superasse superasse aa econornia economia politica. política. Ela só seria seria possivel possível como movimento operario como parte parte do do movimento operário ee da da consciencia consciência de de classe classe revolucionaria, revolucionária, que que se se propunha propunha transformar transform ar ee dissolver dissolver aa "ordem “ordem capicapi­ talista". trabalhar este talista” . O O leitor leitor precisa precisa trabalhar este texto texto oo mais mais cuidadosamente cuidadosamente possivel, tendo em vista esclarecer-se possível, tendo em vista esclarecer-se seja seja quanto quanto aà proposicao proposição de de ciencia ciência contida no materialismo contida no materialismo hist6rico, histórico, seja seja quanto quanto aà cientifizacao cientifização da da dialetica. dialética. Ao Ao conformar-se conformar-se ao ao modelo modelo cientifico científico de de observacao observação ee de de explicacao, explicação, aa dialetica dialética confere confere ao ao investigador investigador aa capacidade capacidade de de apanhar apanhar o o que que eé dindmico, corno aa sociedade dinâmico, em em uma uma forma forma antagonica antagônica de de sociedade sociedade ((como sociedade burguesa), transformacao burguesa), em em todos todos os os niveis níveis de de sua sua organizacao organização ee transform ação histohistó­ ricos. permite aà ciencia ricos. Em Em consequencia, conseqüência, ela ela permite ciência social social historicizar-se historicizar-se nos nos limites necessaries, para ir limites necessários, para ir do do que que se se repete repete ao ao que que se se transforma transform a no no presente Ela permite, permite, também, tambern, que presente ee na na direciio direção do do [uturo, futuro. Ela que aa ciencia ciência social uma "ciencia social escape escape aà sina sina de de uma “ciência da da ordem" ordem ” ee se se constitua constitua como como "ciencia A "lei inclui, pois, varios “ciência da da revolucao revolução em em processo". processo” . A “lei natural" natural” inclui, pois, os os vários momentos da da reproducao, reprodução, da da transform ação progressiva progressiva ee da da dissolucao dissolução momentos transforrnacao revolucionaria final da inteligencia científica cientifica revolucionária final da sociedade sociedade burguesa burguesa.. E É essa essa inteligência de antep6e aos de O O capital capital que que K. K. Marx M arx antepõe aos seus seus comentadores, comentadores, prcjudicados prejudicados por por uma uma concepcao concepção ernpirista empirista ee mecanicista mecanicista de de ciencia. ciência. Ao Ao envolver-se envolver-se tao fundo em tão aa fundo em ta! tal polemica, polêmica, eé obvio óbvio que que Marx Marx teria teria de de defrontar-se defrontar-se com com aa "diferenca" “diferença” ee com com aa "oposicao" “oposição” existentes existentes entre entre oo seu seu modo modo de de conceber Hegel. Ele Ele separa conceber o o metodo método dialetico dialético ee o o uso uso da da dialetica dialética por por Hegel. separa

127 127 criteriosamente oo que que era era positivo positivo ee o o que que era era mistificador análise criteriosamente mistificador na na analise dialetica hegeliana. E procede aà famosa famosa "inversao" cientifica, pela pela qual dialética hegeliana. E procede “inversão” científica, qual dialética, posta posta por por Hegel Hegel "de “de cabeca cabeça para para baixo”, colocada "de “de aa dialetica, baixo", eé colocada cabeca leitor combinar ao texto texto sobre cabeça para para cima". cima” . Se Se o o leitor com binar o o posfacio posfácio ao sobre "o “o metodo da politica" ficara melhor as as críticas criticas aa método da economia economia política” ficará entendendo entendendo melhor Hegel novo metodo, Hegel ee oo alcance alcance do do novo método, que que proporcionava proporcionava ao ao investigador investigador cientilico · e objetivo de apropriação apropriacao do real pelo pelo pen­ pencientífico um um meio meio vigoroso vigoroso'e objetivo de do real samento. Em Em resumo, resumo, o o posfácio abre ao ao leitor do samento. posfacio abre leitor oo horizonte horizonte aa partir partir do qual com qual Marx M arx definia definia o o sigoificado significado cientifico científico de de O O capital capital ee explica, explica, com palavras simples, tanto sua concepcao concepção dialetica dialética de de ciencia, ciência, quanto palavras simples, tanto aa sua quanto aa sua sua concepcao concepção cientffica científica de de dialetica. dialética.

4) 4)

ReOexoes ialists da Marx Reflexões sobre sobre aa explica~ao explicação mater materialista da hist6ria história (K. (K. M arx ee F. Engels) F. Engels)

Várias cartas de de K. Marx ee F. Engels se tornaram notórias por sua sua Varlas cartas K. Marx F. Engels se tornaram not6rias por relevancia relevância para para o o estudo estudo do do materialismo materialismo hist6rico, histórico, como como metodo método ee teoria. teoria. Não seria possível todas as as cartas cartas ee tampouco tampouco seria seria aconselhavel aconselhável Nao seria possivel incluir incluir todas fazer uma de umas umas ee de de outras, fazer uma composicao composição de de pequenos pequenos trechos trechos de outras, mais mais marcantes ou ou de de interesse específico. Limitei-me Limitei-me aa selecionar selecionar um marcantes interesse espedfico. um total total de 11 mais ou de 11 cartas cartas (seis (seis de de K. K. Marx M arx ee cinco cinco de de F. F. Engels), Engels), que que siio são mais ou menos reconhecidas importancia historiográfica historiografica ou menos reconhecidas por por sua sua importância ou hist6ricohistórico-sociológica. Quanto aà variedade variedade de de datas, por acaso acaso as cartas de de M arx -sociol6gica. Quanto datas, por as cartas Marx sao Engels se se concentram nos ultimos são distantes distantes entre entre si, si, enquanto enquanto as as de de Engels concentram nos últimos dez sua vida. Esse pequeno amostradez anos anos de de sua vida. Esse pequeno conjunto conjunto serve serve como como uma uma amostra­ gem. De De outro outro lado, lado, seria seria descabido descabido pretender pretender imprimir aos comentarios comentários gem. imprimir aos qualquer qualquer intento intento sistematico. sistemático. Lirnitei-me Limitei-me aa por pôr em em relevo relevo oo que que parece parece mais significativo temporal, mais significativo para para aa antologia, antologia, sem sem seguir seguir uma uma seqtiencia seqüência-tem poral, deixando deixando ao ao leitor leitor aa tarefa tarefa de de aprofundar aprofundar aa sondagem. sondagem. Tres luminosos. Elas Três cartas cartas operam operam como como sinais sinais luminosos. Elas visam visam mais mais colocar colocar em evidencia evidência aa personalidade personalidade dos dos dois dois autores autores ee seus seus dotes de histohisto­ em dotes de riadores. Refiro-me Refiro-me aa duas duas cartas cartas de de K. K. Marx Marx (( “Tecnologia revolução riadores. "Tecnologia ee revolucao industrial" ee "A uma de punhado industrial” “A questao questão irlandesa") irlandesa” ) ee aa uma de F. F. Engels Engels ("Um (“Um punhado de fazer uma mencionada de hornens homens pode pode fazer uma revolucao?"): revolução?” ). A A primeira primeira carta carta mencionada retrata designar como retrata aquilo aquilo que que se se poderia poderia designar como aa "retina “rotina de de trabalho" trabalho” de de Marx, Marx, no no trato trato com com qualquer qualquer assunto assunto que que oo interessasse interessasse seriamente. seriamente. Ele Ele passava aa viver ele, por passava viver o o assunto assunto ee aa conviver conviver com com ele, por anos anos sucessivos. sucessivos. Diversos aspectos interDiversos aspectos dessa dessa rotina rotina sobem sobem aà tona: tona: as as consultas consultas ee os os inter­ rogat6rios profundidade das rogatórios freqiientes freqüentes aa Engels Engels 70; 78; aa amplitude amplitude ee aa profundidade das inforinfor­ mações macoes que que coligia coligia avidarnente; avidamente; o o questionam questionamento ento racional, racional, que que marca marca As As cartas cartas trocadas trocadas por por K. K. Marx M arx com com Engels Engels aa respeito respeito de de O O capital capital sa.o são aa melhor ambos. O 0 leitor leitor m elhor fonte fonte de de avaliacao avaliação dessa dessa especie espécie de de colaboracao colaboração entre entre ambos. interessado sua interessado devera deverá recorrer recorrer à Correspondencia C orrespondência selecionada selecionada para para satisfazer satisfazer sua curiosidade, curiosidade. 79 79

a

128 128

aa etapa etapa na na qual qual ele ele se se desprendia desprendia dos dos dados dados ernpmcos empíricos ee passava passava aa interroga-los interrogá-los de de uma uma posicao posição reflexiva reflexiva ee te6rica. teórica. Acresce, Acresce, no no caso, caso, uma uma coincidencia coincidência interessante: interessante: aa carta carta inform informaa que que Marx Marx se se inscrevera inscrevera em em um curso um curso tecnico técnico sabre sobre aa material matéria! Tudo Tudo isso isso define define oo seu seu perfil perfil -— coma como historiador-cientista ee coma historiador-cientista como hornern homem de de acao. ação. 0 O vigor vigor de de sua sua irnaginacao imaginação historica histórica sobressai sobressai em em uma uma das das passagens. passagens. Aquela Aquela na na qual qual contrasta contrasta oo desenvolvimento desenvolvimento historico histórico das das rnaquinas máquinas com com as as funcoes funções que que elas elas prepre­ enchem enchem coma como "Iator “fator deterrninante" determ inante” do do modo modo de de producao produção capitalista. capitalista. A A segunda segunda carta carta e, é, em em sua sua maior maior pane, parte, uma uma reproducao reprodução de de uma uma cartacarta-circular, -circular, que que Marx Marx redigiu redigiu coma como membro membro do do Conselho Conselho Geral Geral da da AssoAsso­ ciacao dos Trabalhadores. ciação Internacional Internacional dos Trabalhadores. Ela Ela foi foi escolhida escolhida aa dedo, dedo, para para que que oo leitor leitor possa possa avaliar avaliar concretamente concretamente aa envergadura envergadura dos dos documentos documentos politicos políticos preparados preparados par por Marx. Marx. Ela Ela eé um um dos dos seus seus escritos escritos historicos históricos mais mais brilhantes historico-sociologica soberba brilhantes ee contern contém oo resumo resumo de de uma uma analise análise histórico-sociológica soberba da da questao questão irlandesa. irlandesa. Nao Não ha há oo que que dizer. dizer. 0 O leitor leitor encontra encontra nela nela um um documento ou poderia documento vivo vivo do do que que eé ((ou poderia ser) ser) oo materialismo materialismo hist6rifo histórico como como tecnica técnica de de consciencia consciência social social revolucionaria, revolucionária, em em maos mãos habeis; hábeis; ee um um retrato retrato do do que que oo materialismo materialismo hist6rico histórico representa representa para para oo socialismo socialismo cientffico científico -— e, e, ao ao reves, revés, oo que que este este representa representa para para aquele, aquele, impondo impondo aà teoria teoria aa versatilidade, versatilidade, aa labilidade labilidade ee as as exigencies exigências de de profundidade profundidade da da praxis práxis revolucionaria. revolucionária. A A terceira terceira carta carta poe põe em em relacao relação materialismo materialismo hishis­ t6rico ee elasticidade tórico elasticidade do do horizonte horizonte intelectual intelectual tipico típico de de uma uma irnaginacao imaginação historica nao histórica revolucionaria. revolucionária. Confrontado Confrontado por por V. V. I. I. Zazulich. Zazulich, F. F. Engels Engels não "sai “ sai pela pela tangente". tangente” . A A pergunta pergunta punha punha em em questao questão principios princípios que que ele ele ee Marx Marx cultivaram cultivaram zelosarnente zelosamente toda toda uma uma vida. vida. Nao Não obstante, obstante, com com aa prudencia prudência exigida exigida pelas pelas circunstancias circunstâncias -— ele ele nao não cenfiava confiava em em seus seus conhecimemos conhecimentos sabre sobre aa situacao situação concreta concreta da da Russia Rússia e,e, por por conseguinte, conseguinte, em em sua sua capacidade capacidade de de optar optar par por taticas táticas revolucionarias revolucionárias no no pr6prio próprio terreno terreno hist6rico histórico ee politico político -— adrnite admite que, que, dado dado oo potencial potencial de de uma uma situacao situação historica pre-revolucionaria caracteristica, histórica pré-revolucionária característica, "um “um punhado punhado de de gente gente pode pode [azer fazer uma uma revolucao". revolução” . Essa Essa eé uma uma bela bela cornbinacao combinação do do espirito espírito de de histohisto­ riador com riador com aa vocacao vocação de de revolucionario. revolucionário. As As tres três cartas cartas sao são igualmente igualmente reveladoras. reveladoras. Nelas, Nelas, aa "rnentalidade “mentalidade do do historiador" historiador” transparece transparece com com nitidez, Engels Iossern nitidez, coma como se se Marx Marx ee Engels fossem "historiadores “historiadores natos", natos” , ee oo matemate­ rialismo rialismo hist6rico histórico se se desvenda desvenda em em toda toda aa plenitude plenitude coma como consciencia consciência revolucionaria da historia ((uma uma form histories ou revolucionária da história formaa de de irnaginacao imaginação histórica ou histohistó­ rico-sociologica rico-sociológica que que fundia fundia teoria teoria ee praxis, práxis, aa partir partir da da condicao condição hurnana humana do do intelectual intelectual coma como hornem homem de de pensarnento pensamento ee de de acao) ação).. As As dernais demais cartas cartas forarn foram escolhidas escolhidas tendo tendo em em vista vista questoes questões relativas relativas aà problernatizacao problematização ee ao ao metodo método no no materialismo materialismo hist6rico. histórico. "O “O que que eé nova novo no no materialismo materialismo hist6rico" histórico” eé uma uma carta carta na na qual qual K. K. Marx Marx submete submete aà prova prova seu talento de todo merece seu talento de rnissivista. missivista. A A carta carta coma como um um todo merece atencao. atenção. Dais Dois pontos, particularmente pertinentes pontos, porern, porém, sao são particularmente pertinentes ao ao objetivo objetivo desta desta coletanea. coletânea. A A referencia referência aa Thierry. Thierry, Guizot Guizot ee John John Wade, Wade, de de um um Iado, lado, ee aa Ricardo. Ricardo, de de outro. outro. Existia Existia uma uma literatura literatura burguesa. burguesa, que que descrevia descrevia com com objetiviobjetivi­

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dade luta de de classes. dade aa luta de classes classes ee aa anatomia anatomia da da sociedade sociedade de classes. Marx Marx apoia-se nesse fato inventara nada. apóia-se nesse fato para para dizer dizer que que nao não inventara nada. Em Em seguida, seguida, enumera enumera em em que que consistiarn consistiam as as suas suas tres três descobertas: descobertas: aa explicacao explicação das das classes, classes, dos dos efeitos efeitos da da Iuta luta de de classes classes ee do do significado significado hist6rico histórico da da ditadita­ dura proletariado. "Sobre foi transcrita transcrita porque dura do do proletariado. “Sobre aa lei lei do do valor" valor” foi porque ela ela precisa ciencia hist6rica K. Marx. representa precisa aa concepcao concepção de de ciência histórica de de K. Marx. 0 O que que representa aa "lei em sua “lei natural", natural”, oo que que eé invariavel invariável em sua vigencia vigência ee as as formas formas de de sua sua variacao A critica vez, deve variação hist6rica. histórica. A crítica aa Ricardo, Ricardo, por por sua sua vez, deve ser ser analisada analisada meticulosamente; do que se pode pode pensar, meticulosamente; ela ela mostra mostra o o contraste contraste do que se pensar, aa respeito respeito dos fatos ee processos concepcao dos mesmos mesmos fatos processos econornicos, econômicos, aa partir partir de de uma uma concepção mecanicista mecanicista ou ou de de uma uma concepcao concepção dialetica dialética da da hist6ria. história. Alern Além disso, disso, oo tema reconduz Marx tema reconduz Marx as às suas suas crlticas críticas aà economia economia politica política ee aos aos econoecono­ rnistas - "esses burguesia" -— ee ao ao controle mistas — “esses sacerdotes sacerdotes da da burguesia” controle ideol6gico ideológico da que conta da ordem. ordem. A A "Critica “Crítica aa Proudhon" Proudhon” eé uma uma longa longa carta, carta, que conta entre entre os mais divulgados K. Marx. Nela esta, germe, aa Miséria Miseria os escritos escritos mais divulgados de de K. Marx. Nela está, em em germe, da Filosojia. Por tern sido uma "leitura da Filosofia. Por isso, isso, tem sido uma “leitura obrigatoria", obrigatória” , encarada encarada como hist6rico. Ela reflete, como uma uma peca-chave peça-chave na na genese gênese do do materialismo materialismo histórico. Ela reflete, quanto temas, aa linguagem os Manusquanto aos aos temas, linguagem ee as as preocupacoes preocupações centrais, centrais, os Manus­ critos critos de de 1844 1844 ee A A ideologia ideologia alemd. alemã. Contudo, Contudo, aa densidade, densidade, aa vivacidade vivacidade ee ate miseria (e ( e ao au tor) até aa crueldade crueldade no no ataque ataque aà Filosofia Filosofia da da miséria ao seu seu autor) sao (micas, oo que carater de urna das realisão únicas, que !he lhe da, dá, indubitavelmente, indubitavelmente, oo caráter de uma das reali­ zacoes atraentes de Os prin­ prinzações mais mais vigorosas vigorosas ee atraentes de Marx Marx no no genero gênero epistolar. epistolar. Os cipais levantados contra dois livros livros ((oo cipais argurnentos argumentos levantados contra Proudhon, Proudhon, naqueles naqueles dois que historico-sociais, que cé aa sociedade; sociedade; aa irnportancia importância de de certos certos processes processos histórico-sociais, como aa divisao trabalho, oo maquinismo, maquinisrno, aa evolucao propriedade; como divisão do do trabalho, evolução da da propriedade; aa desagregacao aparecimento do do capital desagregação da da sociedade sociedade feudal, feudal, o o aparecimento capital ee da da burguesia, sociedade burguesa; burguesa; aa natureza burguesia, aa forrnacao formação da da sociedade natureza da da hist6ria; história; aa cornpreensao dialetica ee do de Hegel; compreensão da da dialética do significado significado de Hegel; etc.) etc.),, se se acham acham alinhados acuidade. Só S6 que alinhados na na carta carta com com penetrante penetrante acuidade. que os os argumentos argumentos sao são apresentados forma ardente tom predoapresentados de de uma uma forma ardente ee brilhante. brilhante. Apesar Apesar do do tom predo­ rninanternente como minantemente caustico, cáustico, Proudhon Proudhon eé impiedosamente impiedosamente aproveitado aproveitado como oo contrdrio texto eé tipico daqueles anos, anos, quanta contrário providencial. providencial. 0 O texto típico daqueles quanto ao ao estilo hist6rica: estilo ee aà inspiracao inspiração filos6fica filosófica ee histórica: "Assim, “A ssim , as as forrnas fo rm a s econornicas eco n ô m icas nas n as quais qu ais os os homens h o m en s produzem, p ro d u z em , conco n ­ sornern som em ee trocam tro c a m sao são transitorias tra n sitó ria s e e historicas," h istó ric a s." "Ele “ E le nao não percebeu p erce b eu que que as categories as c a te g o ria s eeconomicas c o n ô m ic a s sao são somente so m en te eexpressiies x p re ssõ e s abstratas a b stra ta s dessas dessas relare la ­ coes atuais ee sornente ções atuais so m en te permanecem p erm a n e c e m vverdadeiras e rd ad e iras enquanto e n q u a n to essas essas relacoes relaçõ es existem", ex istem ” .

Marx poupa oo que ser aa ignorancia filos6fica de Marx nao não poupa que entendia entendia ser ignorância filosófica de Proudhon Proudhon ee castiga castiga aa sua sua incapacidade incapacidade de de "seguir “seguir oo movimento movimento real real da da hist6ria", história” , interpretando-o Em sua interpretando-o objetivarnente. objetivamente. Em sua substancia, substância, aa carta carta ée mais mais forte forte ee arrasadora arrasadora que que oo livro, livro, desnudando desnudando mordazmente mordazmente aquele aquele tipo tipo de de pepequeno-burgues queno-burguês que que "glorifica “glorifica aa contradiciio contradição porque porque aa contradicao contradição eé aa base Nao incluf ela seja seja base de de sua sua existencia". existência” . Não incluí aa carta carta na na coletanea coletânea porque porque ela

130 130 uma "leitura “leitura de de praxe", praxe”, mas, mas, exatamente, exatamente, por por sua sua localização uma localizacao histórica. hist6rica. Ela permite como K. K. Marx Ela permite visualizar, visualizar, por por assim assim dizer, dizer, como Marx converteu converteu aa critica crítica da especulacao especulação filosófica propriedade em em explicaciio explicação histórica da filosofica sobre sobre aa propriedade historica científica das condicoes condições ee relacoes relações objetivas objetivas de de propriedade. Ao remontar cientii ica das propriedade. Ao remontar leitor nlio não estara, estará, simplesmente, simplesmente, repetindo repetindo aa aventura intelec­ aa I1846, 846, oo leitor aventura intelectual 1844 ee 1845-1846. I 845-1846. Ele estara tual que que exercitou exercitou ao ao !er ler os os textos textos de de 1844 Ele estará se propondo significado do do materialismo materialismo hist6rico, histórico, em em termos do que se propondo oo significado termos do que ele teve ultrapassar e, desde ele teve de de negar negar ee ultrapassar e, ainda, ainda, em em termos termos do do que que ele ele era, era, desde oo inicio, partida ee expressão expressao apurada de uma uma ciencia início, como como ponto ponto de de partida apurada de ciência social hist6rica. histórica. Por Por fim, fim, "A “A comparacao comparação na na investigacao investigação historica" histórica” ée social um excerto de de uma uma carta carta que que acabou acabou obrigando K. Marx explicitar um excerto obrigando K. Marx aa explicitar como recurso aà comparacao como ele ele punha punha em em pratica prática aa comparacao, comparação. 0 O recurso comparação eé intenso trabalhos ee constitui de intenso em em todos todos os os seus seus trabalhos constitui uma uma das das tonicas tônicas de Contribuiciio Economia Politica ee de capital. Mas Mas oo que Contribuição a à critica crítica da da Econom ia Política de O O capital. que Marx fornece comparacao, ficando ocultos Marx fornece sao são sempre sempre os os resultados resultados da da comparação, ficando ocultos os processos por rneio meio dos quais eles eles cram eram obtidos. Por essa essa razao., razão,i uma uma os processos por dos quais obtidos. Por pequena frase tem tern tanta irnportancia: "Estudando-se cad a uma uma dessas pequena frase tanta importância: “Estudando-se cada dessas formas entlio cornparando-as formas de de evolucao evolução separadamente separadamente ee então comparando-as pode-se pode-se desdes­ cobrir facilmente facilmente aa chave chave desse desse fenorneno fenôm eno..... . "” E É o o roteiro, roteiro, com com oo qual qual cobrir oo leitor ja travou leitor já travou contato, contato, ao ao estudar estudar oo texto texto relativo relativo aa "A “A evolucao evolução da da propriedade".. Valia coletanea so propriedade” Valia aa pena pena incluir incluir oo excerto excerto da da carta carta na na coletânea só por pode, agora, colocar-se novas quest6es. por essa essa conclusao. conclusão. O O leitor leitor pode, agora, colocar-se novas questões. Como proceder-se proceder-se aa uma uma comparacao comparação historica histórica rigorosa? rigorosa ? Abstraindo-se Abstraindo-se Como os os processos, cotejando-os entre hist6os fatos fatos ee os processos, cotejando-os entre si si fora fora de de seu seu contexto contexto histó­ rico? Compondo-se Frankensteins, que que foram foram tão drastica­ rico? Compondo-se os os famosos famosos Frankensteins, tao drasticamente atacados atacados pelos cientistas sociais sociais do do passado, passado, mas mas voltaram voltaram aà moda mente pelos cientistas moda com esquizofrenia da da ciência ciencia politica, com aa especulacao especulação sociologica sociológica ee aa esquizofrenia política, na na nova onda onda da da sociologia sociologia sistematica sistemática ee das “análises sisternicas"? sistêmicas”? Ou nova das "analises Ou confrontando-se "Iorrnas “formas de de evolucao" evolução” bem conhecidas ee examinadas, examinadas, confrontando-se bem conhecidas que suscetiveis que servem servem de de base base aà selecao seleção de de evidencias evidências topicas, tópicas, estas estas sim sim suscetíveis de analise ee interpretação interpretacao comparativas? comparativas? A A resposta de análise resposta de de Marx, Marx, no no entanto, entanto, vai alem. além. Ao chave-mestra da da teoria teoria geral geral histórico-filosófica vai Ao referir-se reterir-se aà chave-rnestra hist6rico-filos6fica ((como como se mal eé antigo, legado da da filosofia hist6ria), ele se ve, vê, oo mal antigo, como como legado filosofia da da história), ele assinala suprema "consiste assinala que que sua sua virtude virtude suprema “consiste em em ser ser super-historia". super-história”. 0 O mesmo dizer, hoje de tantas no mesmo que que se se poderia poderia dizer, hoje em em dia, dia, de tantas pseudo-incursoes pseudo-incursões no campo da da ciencia ciência social social comparada. comparada. campo As quatro quatro cartas cartas restantes, restantes, de de F. F. Engels, introduzem outro outro clima clima de As Engels, introduzem de discussão te6rica teórica e metodol6gica. metodológica. Sao São cartas escritas varies vários anos ap6s após discussao oo falecimento Marx, ee Engels defrontava com falecimento de de K. K. Marx, Engels se se defrontava com questionamentos, questionamentos, dúvidas ee incompreensões, que o o impulsionavam impulsionavam aa escrever escrever em em defesa duvidas incornpreensoes, que defesa do marxismo, Dai pedag6gico, que caiu sabre do marxismo. Daí o o papel papel pedagógico, que caiu sobre os os seus seus ombros, ombros, ee sua nas investigacoes sua preocupacao preocupação de de explicitar explicitar oo que que ficara ficara implicito, implícito, nas investigações de K. K. Marx Marx ou ou nas nas suas. suas. Poucos Poucos se se dao dão conta sentido construtivo de conta do do sentido construtivo desse esforco esforço persistente, persistente, que se manifesta manifesta até na sua desse que se ate na sua correspondência. correspondencia. As cartas, nao foram As cartas, todavia, todavia, não foram escolhidas escolhidas para para demonstrar demonstrar corno como ele ele se se

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saiu dessa dessa prova, prova, aa que que se se viu viu submetido submetido durante durante quase quase 12 12 anos. anos. saiu “N ecessidade ee acidente acidente na na hist6ria" história” eé uma uma especie espécie de de resumo resumo da da teoria "Necessidade teoria do do materialismo materialismo historico histórico para para iniciantes. iniciantes. F. F. Engels Engels toca toca na na questao questão da da relacao relação reciproca recíproca ee aborda aborda aa influencia influência da da base base economica econômica segundo segundo urn padrao dialetico poli ticas, juridicas, um padrão dialético de de interacao. interação. As As relacoes relações políticas, jurídicas, filofilo­ s6ficas, sóficas, literarias, literárias, arnsticas, artísticas, etc., etc., "reagem “reagem umas umas sobre sobre as as outras outras ee tamtam ­ bem bém sobre sobre aa base base economica". econômica” . Ele Ele insiste insiste sobre sobre oo carater caráter dessa dessa interinter­ dependência. A A interacao interação entre entre aa situacao situação economics econômica ee aquelas aquelas relacoes relações dependencia. eé de de causa causa ee efeitos efeitos interdependentes, interdependentes, todos todos igualmente igualmente ativos. ativos. 0 O assunto assunto central central da da carta carta eé aa hist6ria, história, como como produto produto da da ar;ao ação coletiva coletiva dos dos seres seres humanos humanos em em condicoes condições determinadas. determinadas. Ele Ele retoma, retoma, assim, assim, um um dos dos temas temas de de Anti-Diihring: Anti-Dühring: necessidade necessidade ee acidente acidente na na hist6ria. história. Como Como afirma, afirma, em em outro outro lugar, lugar, oo "chamado “chamado acaso acaso eé aa forma forma sob sob aa qual qual se se oculta oculta aa necesneces­ sidade" sidade” 80• 80. 0 O acidente acidente nao não passa, passa, pois, pois, de de uma uma manitestacao manifestação da da necessinecessi­ dade, dade, como como seu seu "complemento" “complemento” ee "forma “forma de de aparecimento". aparecim ento” . Evocando Evocando aa figura figura do do "grande “grande homem", homem”, ilustra ilustra como como aa selecao seleção ao ao acaso acaso encobre encobre uma uma sorte sorte de de lei lei derivada derivada das das equivalencias equivalências hist6ricas. históricas. Na Na verdade, verdade, aa redacao redação de de Ludwig Ludw ig Feuerbach Feuerbach ee o o fim fim da da Filosofia Filosofia cldssica clássica alemii alem ã levara levara F. F. Engels Engels aa concatenar concatenar uma uma versao versão integrativa integrativa dos dos aspectos aspectos psicologicos, psicológicos, socio-economicos sócio-econômicos ee politicos políticos das das transformacoes transformações historicas. históricas. Ele Ele se se via via capacitado para tratar capacitado para tratar da da relacao relação entre entre o o individuo, indivíduo, aa coletividade coletividade ee os os eventos eventos hist6ricos históricos com com maior maior flexibilidade flexibilidade que que em em escritos escritos anteriores, anteriores, sem sem renegar renegar ou ou "rever" “ rever” os os principios princípios explicativos explicativos inerentes inerentes ao ao matemate­ rialismo ao contrario, rialismo hist6rico histórico ((ao contrário, amparando-se amparando-se neles). neles). Portanto, Portanto, antes antes de de emitir emitir um um julgamento julgamento critico crítico de de sua sua representacao representação do do papel papel historico histórico do homem" ((ou ou da do "grande “grande homem” da relacao relação entre entre necessidade necessidade ee acidente acidente na na hist6ria), tor precisa precisa meditar implicacoes te6ricas história), oo lei leitor meditar sobre sobre as as implicações teóricas
e

"" Hl) ENGELS, E n gels,

F. F . Ludwig L udw ig Eeuerbach Feuerbach ee o o jim fim do da Fi/osofia F ilosofia cldssica clássica alemii, alem ã, p. p. 70. 70.

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sua sua concepcao concepção da da hist6ria história ou ou de de procedimentos procedimentos de de analise análise ee de de interinter­ pretacao heterogeneidade, essa selecao pretação que que perfilhavam. perfilhavam. Apesar Apesar de sua sua heterogeneidade, essa seleção oterece ao leitor amplo seja seja da oferece ao leitor um um panorama panoram a suficientemente suficientemente amplo da "vocacao" “vocação” de arnbos para das origens rnaterialisrno de ambos para oo trabalho trabalho de de historiador, historiador, seja seja das origens do do materialismo hist6rico um esforço esforco interno interno histórico ee das das primeiras primeiras tentativas tentativas de de adapta-lo adaptá-lo aa um de refinamento te6rico de refinamento teórico e de renovacao renovação cientlfica. científica. O texto Engels, sobre materialismo moderno, representa O texto de de F. F. Engels, sobre oo materialismo moderno, representa um para que nao se especial um mero mero convite convite para que oo leitor leitor não se descuide descuide dessa dessa esfera esfera especial de preparacao filosófica filos6fica ee cientifica. espaco permitisse, permitisse, seria de preparação científica. Se Se oo espaço seria mais mais aconselhavel reproduzir aa introducao Engels redigiu, em 1892, 1892, aconselhável reproduzir introdução que que F. F. Engels redigiu, em para aa edição edicao inglesa tentativa para inglesa de de Socialismo Socialism o utopico utópico ee cientiiico, científico, uma uma tentativa mais vigorosa ee mais bem sucedida travejamento aa um mais vigorosa mais bem sucedida de de dar dar um um novo novo travejamento um livro Nela é formulada formulada uma uma definicao livro que que nascera nascera por por cissiparidade. cissiparidade. Nela definição mais hist6rico: mais elaborada elaborada de de materialismo materialismo histórico:

e

"Eu termo “ E u uso uso (( ..... . )) o o te rm o para p a ra ddesignar esig n ar aquela a q u e la concepcao co n c ep ç ão do d o curso cu rso da da hist6ria h istó ria que q ue bbusca u sca aa causa cau sa ultima ú ltim a ee aa grande g ra n d e forca fo rç a que q u e movimenta m o v im en ta todos eco..,,mico to d o s os os eventos eventos historicos h istó rico s importantes im p o rta n te s no no desenvolvimento d esen v o lv im en to ecortôm ico da da socicdade, so ciedade, nas nas transforrnacoes tra n sfo rm a ç õ e s ddo o modo m o d o de de producao p ro d u ç ã o ee de de troca, tro c a , na na conseqi.iente co n seq ü en te divisao divisão da d a sociedade sociedade em em classes classes distintas d istin tas ee nas nas lutas lutas dessas dessas classes classes uma u m a ccontra o n tra aa ooutra" u tra ” i~.

Pareceu-me melhor, melhor, contudo, contudo, adotar um critério criterio mais modesto, com Pareceu-me adotar um mais modesto, com oo fito mirnero de paginas fito de de deixar deixar maior maior número páginas para para as questoes questões de metodo método propriarnente para oo leitor propriamente ditas ditas ((oo que que transfere transfere para leitor aa responsabilidade responsabilidade de de procurar por conta lacunas de procurar por conta pr6pria própria como como completar completar as as lacunas de sua sua eventual eventual desinforrnacao) desinform ação).. Alern Além disso, disso, oo terceiro terceiro capitulo capítulo desse desse livro livro seria, seria, sabidasabida­ mente, informativa ee completa. completa. Sp leitor tiver mente, uma uma leitura leitura mais mais informativa Sp oo leitor tiver inteinte­ resse, podera cornecar resse, poderá começar por ai aí um estorco esforço de de leitura leitura para para cobrir cobrir areas áreas que, que, infelizmente, lado, infelizmente, aa antologia antologia deixou deixou de de lado. O texto de Economia Política” Politica" consO texto de K. K. Marx Marx sobre sobre "O “O metodo método da da Economia cons­ titui celebre posfácio posfacio (projetado titui uma uma leitura leitura obrigat6ria. obrigatória. Alias, Aliás, todo todo esse esse célebre (projetado originalmente da Economia Economia originalmente para ser a introducao introdução de Contribuiciio Contribuição a à critica crítica da Politica), poderia ser organica. O 0 escrito, escrito, P olítica), poderia ser aproveitado aproveitado como como uma uma leitura leitura orgânica. relegado por Marx Marx por por motivos editoriais, eé tido unico trabalho trabalho relegado por motivos editoriais, tido como como o único no posicoes e solucoes no qual qual ele ele deu deu plena plena vazao vazão a suas suas posições soluções metodologicas. metodológicas. De ]ado, nele nele aa critica economia politica dialetica De um um lado, crítica àa economia política toma toma uma uma forma forma dialética apurada. dos econo­ econoapurada. K. K. Marx Marx contrapoe contrapõe as às concepcoes concepções "tautologicas" “tautológicas” dos mistas aa sua social histó­ histomistas sua concepcao concepção materialista materialista ee dialetica dialética da da "ciencia “ciência social rica". indica como rica” . De De outro outro lado, lado, ele ele indica como se se deve deve proceder proceder aa investigacao investigação ee aa explicacao uma perspectiva perspectiva historica, materialista explicação da da economia, economia, de de uma histórica, materialista e dialetica. extraido desse fecundo ensaio apropriado dialética. 0O excerto excerto extraído desse fecundo ensaio eé o mais apropriado desta antologia. Provavelmente redigido redigido em àa natureza natureza e aos objetivos objetivos desta antologia. Provavelmente em fins de de 1858, 185 8, ele as transformacoes cientifico de fins ele reflete reflete as transformações do do pensarnento pensamento científico de K. K. Marx, Marx, as as quais quais converteram converteram aa Contribuiciio Contribuição a à critica crítica da da Economia Economia 72 72 ENGELS, E n g e l s , F. F.

Socialism. 111opia11 Socialism, utopian and and scientific, scientific,

p. p. XV X V I111. II.

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Politica Política em em uma uma obra obra classica clássica de de grande grande porte. porte. Ele Ele anuncia anuncia oo climax, clímax, que iria iria ser ser alcancado alcançado pouco pouco mais mais tarde, tarde, com com aa edicao edição dos dos dois dois primeiros primeiros que volumes de de O O capital, capital, ee desvenda desvenda os os quadros quadros 16gicos lógicos ee cientificos científicos dentro dentro volumes dos quais quais o o pensamento pensamento de de Marx Marx iria iria rnover-se. mover-se. dos prefácio e o posfacio posfácio de O O capital capital caem na categoria categoria de uma O prefacio escolha imperiosa. imperiosa. Embora Embora nao não se se possa possa nem nem se se deva deva omitir omitir o o resto resto da da escolha larga larga ee rica rica producao produção intelectual intelectual de de K. K. Marx Marx ee F. F. Engels, Engels, 0 O capital capital referência obrigat6rio obrigatório de avaliacao avaliação cientifica científica do materialismo eé o ponto de referencia histórico. Não só por por sua sua condicao condição de de "obra “obra classics" clássica” indiscutivel, indiscutível, mas mas hist6rico. Nao so porque contém aa exata exata medida medida do do que que Marx pretendia que que ele ele fosse. fosse. porque contern Marx preteodia Ora, nesse nesse livro, livro, oo lugar lugar no no qua! qual ele ele fala sobre oo assunto assunto sao são oo prefacio prefácio Ora, fala sobre posfácio. Pareceu-me Pareceu-me apropriado, apropriado, por por essa essa razao, razão, oterecer oferecer ao ao leitor ee oo posfacio. leitor ligá-los ao texto anterior, sobre o metodo método da economia economia a oportunidade de liga-los política. Além de de mergulhar mergulhar na na pr6pria própria analise análise metodologica metodológica de de O O capital, capital, poll tica. Alem esse esse parece parece ser ser oo melhor melhor exercicio exercício para para quern quem deseje deseje estudar estudar aa serio sério do rnaterialismo materialismo hist6rico histórico nas nas ciencias ciências sociais. sociais. oo lugar lugar do A A importancia importância das das cartas cartas para para o o esclarecimento esclarecimento da da questiio questão do do mem é­ todo no marxismo marxismo eé bem bem conhecida. conhecida. Quanto Quanto aà selecao seleção que que foi foi feita, feita, nern nem todo no todas preciso reconhecer reconhecer de de anternao antemão -— valor valor cientifico científico todas possuem possuem -— eé preciso comparável. Tambern Também nao não se se pode esperar que que etas elas cubrarn cubram lacunas lacunas que que comparavel, pode esperar só um trabalho trabalho sisternatico sistemático poderia poderia remover. Nao Não obstante, algumas pospos­ so suem aa forma forma de de pequenos ensaios ou ou sao são resumos resumos de de ideias idéias que que exigiam exigiam suem pequenos ensaios maior maior elaboracao. elaboração. Todas Todas sao são relevantes relevantes para para oo objetivo objetivo desta desta antologia antologia são incisivas contribuição metodol6gica, metodológica, pois demonsdemons­ e algumas sao incisivas como contribuicao tram que os fundadores do do materialismo materialismo histórico estavam atentos atentos aos aos tram que os fundadores historico estavam problemas recursos de problemas Jevantados levantados pelos pelos recursos de analise análise ee de de interpretacao interpretação que que utilizavam. deveras interessante interessante que que eles eles acabaram acabaram se se voltando voltando para para utilizavam. É E deveras necessidade de de sisternatizar sistematizar oo conhecimento conhecimento sobre sobre tais tais recursos recursos ee que que aa necessidade F. Engels, Engels, tao tão malsinado malsinado por por crlticos críticos afoitos, afoitos, acabou acabou tendo tendo de de ir ir um um F. pouco mais mais longe longe nessa nessa direcao. direção. As As cartas, cartas, de de qualquer qualquer modo, modo, reprerepre­ pouco sentam uma uma via via lateral, lateral, o o que que se se poderia poderia chamar chamar de de uma uma achega, achega, proviprovi­ sentam dencial Marx ee Engels um dado memento, dencial por por evidenciar evidenciar como como Marx Engels viam, viam, em em um dado momento, temas que que seriam seriam controvertidos controvertidos ((ou ainda mais mais controvertidos) controvertidos) sem sem temas ou ainda essa essa contribuicao. contribuição. Elas Elas apenas apenas ampliam ampliam oo conhecirnento conhecimento do do materialisrno materialismo histórico de uma perspectiva lógica então, sugerem hist6rico 16gica e metodológica. metodol6gica. Ou, entao, que varies vários caminhos caminhos nao não sao são proibidos proibidos aos aos seguidores seguidores do do marxismo, marxismo, que pelo menos menos aà luz luz das das opinioes opiniões de de seus seus fundadores, fundadores, que que nao não confundiam confundiam pelo investigacao cientifica investigação científica rigorosa rigorosa ee independente independente com com "ortodoxia “ortodoxia cega" cega” ee "Ianatismo “fanatismo estreito", estreito” . O texto texto extraido extraído de de Ludw ig Feuerbach Feuerbach ee o o [im fim da Filosojia Filosofia clossica clássica O Ludwig alemã foi foi escolhido escolhido por ser um um surnario sumário claro claro ee inteligente inteligente da da teoria teoria alemd por ser do historico. A nao poderia poderia simplesmente do materialismo materialismo histórico. A selecao, seleção, no no caso, caso, não simplesmente apanhar oo que que havia havia de de melhor no capitulo. capítulo. 0 O que que foi foi excluido excluído tem apanhar rnelhor no tern tanta importancia importância quanto quanto o o que que foi foi retido. retido. Essa Essa eé uma uma pequena pequena obra obra tanta inspirada, um retorno ao ao ponto ponto de de partida partida depois depois de de uma uma Jonga longa viagem viagem inspirada, um retorno

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de um um acumulo acúmulo de de experiencias, experiências, que que convertiam convertiam aa exposicao exposição em em um um ce de memorial de de andamento andamento animado. animado. Ela Ela retoma retoma temas temas de de A A ideologia ideologia memorial alemii nti-Diihring e, portanto, Socialismo utopico alemã ee do do A Anti-D ühring ((e, portanto, de de Socialismo utópico ee cientifico) científico ) lança F. F. Engels, Engels, em em cheio, cheio, no papel de de sistematizador sistematizador ee de de divulgador divulgador ee lanca no papel da teoria teoria do do materialismo materialismo hist6rico. histórico. 0 O que que recomenda recomenda aa escolha escolha do do da texto K. Marx texto nao não eé aa conviccao convicção -— compartilhada com partilhada por por K. M arx ee outros outros .revo,revo­ lucionários alernaes alemães -— segundo segundo aa qual qual oo proletariado proletariado alemao alemão possuía lucionarios possuia faculdades teoricas teóricas especiais especiais ee surgia surgia como como oo unico único herdeiro herdeiro do do espirito espírito faculdades independente filosofia classica independente ee critico crítico da da filosofia clássica alerna. alemã. Isso Isso equivalia eqüivalia aa dizer dizer que que eles eles encarnavam, encarnavam, na na atividade atividade pratica prática ee te6rica, teórica, o o rnaterialismo materialismo histórico ee oo comunismo comunismo revolucionario, revolucionário, que que superaram superaram aquela aquela filosofia. filosofia. hist6rico O lucido do O motivo motivo da da escolha escolha eé mais mais elementar. elementar. Ha, Há, ali, ali, um um resumo resumo lúcido do que representa materialismo hist6rico histórico ee uma uma referencia referência direta direta ao ao que que que representa oo materialismo implicara, para para os os dois dois amigos, amigos, aa sua sua opcao opção por por uma uma orientacao orientação cienticientí­ implicara, fica proletariado. Uma fica que que perfilhava perfilhava os os interesses interesses do do proletariado. Uma marginalizacao marginalização da da "ciencia “ciência oficial", oficial”, um um permanente permanente remar remar contra contra aa corrente, corrente, que que eram, eram, em si si mesmos, mesmos, aa conditio condido sine sine qua qua non non da da forrnacao formação ee do do desenvolvidesenvolvi­ em mento t5 mento do do materialismo materialismo historico. histórico. I) 1)

0 O materialismo materialismo moderno moderno (F. (F. Engels) Engels)

O O breve breve texto texto de de F. F. Engels Engels levanta levanta um um panorama panoram a sumario sumário de de varies vários temas essenciais: essenciais: aa forrnacao formação do do materialismo materialismo moderno moderno ee aa crise crise do do temas idealismo; aa contribuicao nova comidealismo; contribuição das das descobertas descobertas cientificas científicas para para uma uma nova com­ preensão histórica ee dialetica dialética da da natureza; natureza; aa relacao relação existente existente entre entre as as preensao historica primeiras manifestacoes primeiras manifestações do do proletariado proletariado como como classe classe ee aa necessidade necessidade de de explicar Juta explicar aa hist6ria história de de uma uma perspectiva perspectiva cientifica; científica; o o significado significado da da luta de classes classes corno como principio princípio explicativo explicativo geral geral ((aplicável “a toda toda aa hist6ria história de aplicavel "a do do passado, passado, com com excecao exceção de de seus seus estagios estágios primitives"}; primitivos” ); aa adulteracao adulteração ideologies ideológica da da economia economia politica política pelos pelos interesses interesses de de classe classe da da burguesia; burguesia; como se se encadeararn, encadearam, historicamente, historicamente, aa superacao superação do do antigo antigo socialismo, socialismo, como aa criacao criação da da concepcao concepção materialista materialista da da hist6ria história ee o o nascimento nascimento do do sociasocia­ lismo temas, que leitor precisa lismo cientffico. científico. E É um um vasto vasto Jeque leque de de temas, que oo leitor precisa incluir incluir em em seu seu enfoque enfoque do do materialismo materialismo hist6rico, histórico, se se quiser quiser entende-lo entendê-lo em em sua sua dupla relacao com dupla relação com aa ciencia ciência ee com com aa posicao posição de de classe classe revolucionaria revolucionária do do proletariado. proletariado. Por Por isso isso aa leitura leitura foi foi escolhida, escolhida, para para servir servir de de ponte ponte entre as as partes anteriores da da antologia antologia ee aa discussao discussão da da natureza natureza ee sigsig­ entre partes anteriores nificado nificado do do materialismo materialismo hist6rico. histórico. E Ê chegado chegado o o momento momento no no qua! qual oo leitor que ja precisa leitor deve deve refletir refletir sobre sobre o o que já aprendeu aprendeu ee as as lacunas lacunas que que precisa ultrapassar todas ultrapassar para para percorrer, percorrer, atraves através de de K. K. Marx Marx ee de de F. F. Engels, Engels, todas as "idades" “idades” do do materialismo materialismo hist6rico histórico -— do do idealismo idealismo hegeliano hegeliano aà sinsín­ as tese tese entre entre ciencia, ciência, socialismo socialismo ee revolucao revolução proletaria. proletária. Nesse F. Engels procede aa algo Nesse pequeno pequeno texto, texto, F. Engels procede algo que que eé fundamental fundamental no historia da mateno marxismo: marxismo: aà história da ciencia ciência da da hist6ria; história; aà sociologia sociologia do do m ate­ rialismo dialetico; tres levantarialismo dialético; aà analise análise socialista socialista do do socialismo. socialismo. Sao São três levanta­

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mentos no produto dialetico final: final: mentos simultaneos, simultâneos, cujos cujos resultados resultados aparecem aparecem no produto dialético aa superacao da superação da da filosofia filosofia pela pela ciencia; ciência; da da hist6ria história convencional convencional ee da economia politica pelo pelo materialismo materialismo historico; economia política histórico; do do socialismo socialismo ut6pico utópico pelo pelo socialismo ( ou pelo revolucionario) , A socialismo cientifico científico (ou pelo comunismo comunismo revolucionário). A irnportancia importância do esse tríplice triplice m movido texto texto consiste consiste em em chamar chamar aa atencao atenção do do leitor leitor para para esse ovi­ mento nao se suficiente, m ento de de superaciio, superação, ao ao qual qual não se deu, deu, na na antologia, antologia, atencao atenção suficiente. O nem por por isso deve ser 0 idealismo, O que que eé superado superado nem isso deve ser ignorado. ignorado. O idealismo, de de Hegel Hegel em particular, metafísico ou mecanicista; aa hist6ria história em particular, ee oo materialismo materialismo metafisico ou mecanicista; especulativa, ou aa economia politica; as as especulativa, aa hist6ria história empirico-abstrata empírico-abstrata ou economia política; várias correntes correntes ut6picas utópicas ee reformistas reformistas do do socialismo socialismo -— eis eis alguns alguns eleele­ varias mentos decisivos, decisivos, de de cuja cuja superacao superação resultou resultou aa revolução ine­ mentos revolucao científica cientifica inerente ao refinamento do rnaterialismo hist6rico ee que rente àa descoberta descoberta ee ao refinamento do materialismo histórico que so leituras transcritas transcritas ou ou nos nos só torarn foram contemplados contemplados ocasionalmente ocasionalmente nas nas leituras comentários correspondentes. correspondentes. Chegou Chegou aa hora hora na qual o o leitor leitor deve deve localoca­ cornentarios na qua! lizar rnaterialisrno histórico historico em em sua e, portanto, lizar globalmente globalmente oo materialismo sua epoca época e, portanto, deve seu ponto ponto de deve ver ver em em conjunto conjunto as as suas suas raizes raízes ee oo seu de chegada. chegada. Em Em contraposição as às ciencias ciências sociais sociais da da ordem, ordem , o o materialismo histórico contraposicao materialismo hist6rico configura-se da revoluciio. configura-se como como ciencia ciência social social unitaria unitária da revolução. Tinha Tinha de de ser ser algo algo mais operario", mas hist6ria, mais que que "hist6ria “história do do movimento movimento operário”, mas ciencia ciência da da história, ou teorica teórica da consciência proletaria proletária da sociedade burbur­ aa forma forma racional racional ou da consciencia da sociedade guesa auto-emancipacao do guesa ee do do movimento movimento politico político revolucionario revolucionário de de auto-emancipação do proletariado. Engels, "o proletariado. Em Em suma, suma, como como diz diz Engels, “o moderno moderno materialismo materialismo eé dialético”. Em de suas suas faces, ele eé materialismo materialismo hist6rico; histórico; na na outra, outra, dialetico", Em uma uma de faces, ele socialismo Por aqui aqui se necessidade de socialismo cientffico. científico. Por se rep6e, repõe, novamente, novamente, aa necessidade de nao não cair no no engodo engodo intelectualista. Não se se trata trata s6 só de estabelecer ramificacoes ramificações cair intelectualista. Nao de estabelecer intelectuais, 0 que intelectuais, uma uma assombrosa assombrosa "arvore “árvore da da ciencia", ciência”. O que esta está essencialessencial­ mente jogo é oo aparecimento uma ·nova mente em em jogo aparecimento de de uma nova epoca época revoluciondria, revolucionária, na na qual aa forca força social social especificamente especificamente destrutiva destrutiva ee construtiva, construtiva, que'surgia qua! que surgia ee crescia era aa classe classe operaria, crescia avassaladoramente avassaladoramente como como tat, tal, era operária, agente agente hishis­ tórico real real ee potencial potencial da da transform ação ee da da dissolucao dissolução da da sociedade sociedade t6rico transformacao burguesa. 0 "antigo rnodo de modo de burguesa. O “ antigo modo de pensar" pensar” ee oo "novo “novo modo de pensar" pensar” crucru­ zam-se, na cena deszam-se, pois, pois, na cena hist6rica histórica ee eé por por esse esse aspero áspero caminho caminho que que des­ pontam tanto tanto aa nova nova ciencia ciência dialetica, dialética, quanto quanto o o novo socialismo cien­ pontam novo socialismo cientffico. materialisrno histórico historico nao tífico. Em Em consequencia, conseqüência, oo materialismo não se se explica explica como como um um parto parto da da razao, razão, um um simples simples produto produto do do intelectualismo intelectualismo radical. radical. Ele Ele uma resposta resposta da da ciencia ciência aà fermentação proletária da da sociedade sociedade burbur­ eé urna ferrnentacao proletaria guesa dentro dela, de uma uma nova guesa ee aà gestacao, gestação, dentro dela, de nova epoca época hist6rica histórica revolurevolu­ cionaria, de classes. classes. cionária, alicercada alicerçada no no polo pólo operario operário da da luta luta de De fato, oo que que F. F. Engels Engels oferece oferece ao ao leitor leitor não de um De fato, nao passa passa de um bosquejo. bosquejo. Este e, bosquejo vivo. vivo. 0 materialismo hist6rico Este é, porem, porém, um um bosquejo O materialismo histórico eé relatado relatado em seu processo processo hist6rico de M Marx em seu histórico real. real. A A figura figura de arx comanda comanda aa descricao, descrição, quer pensamento moderno, por sua sua quer por por seu seu papel papel na na elaboracao elaboração do do pensamento moderno, quer quer por presenca teórica te6rica ee prática pratica no politico dos trabalhadores: presença no movimento movimento político dos trabalhadores:

e

concepcao “"Essas E ssas duas d u as grandes g ra n d e s descobertas, d e sco b ertas, aa co n ce p çã o materialista m a te ria lista ddaa hist6ria h istó ria ee aa revelacao rev elação do do segredo seg red o da d a producao p ro d u ç ã o ccapitalista a p ita lista atraves atrav és ddaa rnais-valia, m ais-valia,

116 116 n6s devemos nós d evem o s aa Marx. M arx . uuma m a ciencia". ciên c ia” .

Com C o m essas essas descobertas, d esco b ertas, o o socialismo socialism o tornou-se to rn o u -se

Alern Além disso, disso, F. F. Engels Engels desdobra desdobra o angulo ângulo essencial essencial a partir partir do do qua! qual o rnaterialismo hist6rico materialismo histórico deve deve ser ser considerado. considerado. Ele Ele se se vincula, vincula, coma como metodo método e coma praticas do como teoria, teoria, as às exigencias exigências práticas do socialismo socialismo proletario proletário ou· ou do do cornunisrno pode ser, comunismo revolucionario. revolucionário. Nao Não pode ser, pura pura e exclusivamente, exclusivamente, urn um metodo cientiiico método científico ou ou uma uma teoria teoria cientiiica. científica. Tern Tem de de produzir produzir um um conheconhe­

cimento movimento cimento "dinamico" “dinâmico” da da sociedade, sociedade, que que permita permita explicar explicar seu seu movimento hist6rico histórico real, real, prever prever oo curso curso geral geral desse desse movimento, movimento, servir servir de de base base à prática política proletaria proletária ee passar passar por por seu seu crivo crivo de de verdade verdade ((ou seja, pratica politica ou seja, de de verificacao verificação de de sua sua veracidade: veracidade: aa experimentacao experimentação na na hist6ria história esboca-se esboça-se coma uma "experimentacao como uma “experimentação pratica"). prática” ). Com Com relacao relação ao ao materialismo materialismo hist6rico, pois, fase técnica, tecnica, histórico, pois, oo socialisrno socialismo cientifico científico nao não eé apenas apenas urna uma fase um coma um momenta momento posterior posterior ee independente independente de de aplicacao aplicação da da teoria teoria ((como sucede sucede com com o o paradigma paradigma liberal liberal de de ciencia ciência aplicada aplicada ee de de "engenharia “engenharia social"). social” ). Ele Ele estipula, estipula, em em amplitude amplitude ee em em profundidade, profundidade, os os requisites requteitos dinamicos ou dialeticos) dinâmicos ((ou dialéticos) aa que que deve deve corresponder, corresponder, concretamenie, concretamente, aa teoria. O que que pressupoe pressupõe Iundarnentacao fundamentação empirica empírica rigorosa, rigorosa, saturacao saturação teoria. 0 hist6rica histórica do do conhecimento conhecimento cientffico científico ee teoria teoria calibrada calibrada seja seja pelo pelo criteria critério de de explicacao explicação causal, causai, seja seja pelo pelo criteria critério de de "transformacao “transform ação revolucionaria revolucionária do mundo". . 0 leitor deve do mundo” O leitor deve trabalhar trabalhar com com cuidado cuidado este este sugestivo sugestivo texto texto e, e, em em particular, particular, deve deve explorar explorar sistematicamente sistematicamente as as diversas diversas pistas pistas que que ele ele abre abre à interpretacao interpretação materialista materialista ee dialetica dialética do do materialismo materialismo hist6rico. histórico.

a

a

2) 2)

0 O metodo método da da economia economia politica política (K. (K. Marx) Marx)

Este Este texto texto eé parte parte do do esboco esboço de de uma uma "introducao “introdução geral", geral”, destinada destinada aa abrir Economia Politica. K. abrir aa Contribuicao Contribuição aà critica crítica da da Econom ia Política. K. Marx M arx decidiu decidiu não publica-la, publicá-la, pois pois "antecipar “ antecipar resultados resultados que que estao estão para para ser ser demonsdemons­ nao trados trados poderia poderia ser ser desconcertante" desconcertante” rn. 7íi. 0 O trabalho, trabalho, na na forma forma em em que que Marx Marx oo deixou, foi pub I icado em na revista eue deixou, s6 só foi publicado em 1903, 1903, por por K. K. Kautsky Kautsky ((na revista N Neue Zeit). Z e it). Completarnente Completamente desenvolvida, desenvolvida, aa introducao introdução seria seria excessiva excessiva para para oo livro. livro. Mas Mas eta ela era era necessaria necessária seja seja para para esclarecer esclarecer sua sua nova nova metodologia, metodologia, seja para definir seja para definir oo que que eta ela representava representava no no conjunto conjunto do do pensamento pensamento cientifico Neta se científico ee das das ciencias ciências sociais. sociais. Nela se introduzia introduzia uma uma fundamentacao fundamentação mais mais rigorosa rigorosa da da concepcao concepção rnaterialista materialista ee dialetica dialética da da "ciencia “ciência social social historica". tad a desde histórica” . Poder-se-ia Poder-se-ia dizer dizer que que muita muita coisa coisa estava estava assen assentada desde os os Manuscritos 1844, A M anuscritos de de 1844, A ideologia ideologia alemii, alemã, Miseria M iséria da da Filosoiia, Filosofia, As A s lutas lutas de de classes classes na na Franca França ee O O 18 18 Brumdrio. Brumário. No No entanto, entanto, os os pianos planos de de suas suas investigacoes tao alem tudo isso, investigações econornicas econômicas iam iam tão além de de tudo isso, que que aa continuidade continuidade 16gica lógica ee rnetodologica metodológica se se quebrava quebrava em em varies vários pontos. pontos. A A concepcao concepção matemate­ rialista ee dialetica rialista dialética da da hist6ria história teria teria de de defrontar-se, defrontar-se, entao, então, com com todas todas 73 73 MARX, M a rx , K. K.

Contribuiciio C ontribuição a á critica crítica da da Economia Econom ia Potitica, P olítica, p. p. 29. 29.

117 as exigências da ciencia; ciência; ee aa própria cientifização da da dialetica dialética alcancaria alcançaria as exigencias da pr6pria cientifizacao uma conseqiiencias imprevistas imprevistas ee irnprevisiveis uma profundidade profundidade ee conseqüências imprevisíveis nos nos trabatraba­ lhos anteriores. anteriores. Sem Sem falar falar que, que, pela pela primeira primeira vez vez na ciência modema, moderna, lbos na ciencia os requisitos requisitos empfricos empíricos ee 16gicos, lógicos, tanto tanto quanto quanto as as implicacoes implicações te6ricas teóricas os práticas de uma posicao posição materialista concessões, definiam-se definiam-se e praticas materialista pura, sem concess6es, de modo implacável. 0 O que que teria teria levado levado K. K. Marx Marx aa retrair-se? retrair-se? E: É imposimpos­ de modo implacavel. sível saber-se. saber-se. Ele Ele próprio adianta aa inconveniencia inconveniência de de antecipar antecipar resulresul­ sivel pr6prio adianta tados ee poe põe diretamente diretamente aa questao questão ao ao leitor. leitor. Em Em um um homem homem como como ele, ele, tados totalmente desprendido de de si si mesmo mesmo ee voltado voltado para para oo future, futuro, essa essa expliexpli­ totalmente desprendido cação faz faz fe. fé. Em Em sua sua modestia modéstia ee dentro dentro de de sua sua honestidade honestidade intelectual, intelectual, cacao ele preferia preferia dar dar prioridade prioridade ao livro livro e deixar deixar sua obra prosseguir, para ele evidenciar por por si si mesma mesma oo seu seu sentido sentido ee resultados. resultados. evidenciar Não obstante, obstante, nada impede, aceitando-se aceitando-se as as razoes razões de de K. K. Marx, Marx, Nao nada impede, que se se leve leve aa indagacao indagação adiante. adiante. Primeiro, por que que nao não concluiu concluiu algo algo que Primeiro, por que lhe parecera necessario necessário ou ou mesmo indispensável (pois, (pois, como como entenenten­ que lhe parecera mesmo indispensavel der de de outro outro modo modo que que se se dispusesse dispusesse aa escrever escrever um um ensaio ensaio de de exigencies exigências der tao )? Ao tão complexas complexas ee pesadas pesadas)? Ao que que parece, parece, sua sua situacao situação de de franco-atirador, franco-atirador, na esfera esfera da da pesquisa pesquisa cientffica, científica, induziu-o induziu-o aa subestimar subestimar aquele aquele projeto. projeto. na Por mais mais que que isso isso pareça tem toda toda aa probabilidade probabilidade de de ser ser Por pareca inacreditável, inacreditavel, tern verdadeiro. No No conjunto, conjunto, o o ensaio ensaio constituia constituía uma uma peca peça inteirica, inteiriça, como como verdadeiro. manifestação crítica positiva positiva ee criadora criadora do do pensamento pensam ento cientiiico. científico. 0 O que que manij estaciio critica M arx argui argúi ((partindo da critica crítica aos aos classicos, clássicos, em em geral, geral, ee de de uma um a obra obra Marx partindo da de J. J. Stuart Stuart Mill, Mill, em em particular) particular) sao são as as condicoes condições logicas lógicas fundamentais de fundamentals da representacao representação do do objeto objeto da da economia economia política além de de ilusoes ilusões da politica ((visto visto alem de raízes ideológicas e, e, principalmente, das "tautologias"). “tautologias” ). Era Era algo algo de rafzes ideologicas principalrnente, das que so só alguem alguém com com seu seu gabarito gabarito filos6fico filosófico podia podia imaginar imaginar ee que que s6 só que alguem podia levar alguém com com sua sua envergadura envergadura cientffica científica podia levar aa cabo. cabo. Marx M arx repunha repunha questão do do que que devia devia ser ser aa economia economia como como ciencia, ciência, ee aa (mica única coisa coisa aa questao que pode explicar explicar oo arquivamento arquivamento do do ensaio ensaio eé que que ele ele nao não se se sentia sentia que pode um imum membro membro ativo ativo daquela daquela comunidade comunidade intelectual, intelectual, que que ele ele atacava atacava im­ piedosamente. Segundo, por por que que intercalou intercalou uma dúvida entre entre os os projetos projetos piedosarnente. Segundo, uma diivida iniciais de iniciais de sua sua grande grande investigacao investigação ee aa divulgacao divulgação de de seus seus primeiros primeiros resultados originais? Afinal, Afinal, aa Contribuiciio Contribuição a à critica crítica da da Econom ia PoUPolí­ resultados originais? Economia tica era, era, por por si si mesma, mesma, uma obra de de consideravel considerável valor valor ee o o melhor melhor tica uma obra indício de de que que seus seus projetos projetos estavam estavam passando do piano plano da da pesquisa indicio passando do pesquisa para para oo das das conclusoes conclusões finais. finais. Ao Ao alegar alegar que que o o ensaio ensaio "anteciparia" “anteciparia” resulresul­ tados, K. K. Marx Marx traduzia dúvida de de que que ainda ainda nao não chegara chegara ao ao que que tados, traduzia aa duvida pretendia, modelo pretendia, especialmente especialm ente no no que que se se reieria referia ao ao m odelo de de ciencia ciência que que atravessava as as suas suas investigacoes investigações economicas, econômicas, masque mas que ficava m uito acima acima atravessava iicava muito ia muito muito a/em além daquelas daquelas investigacoes. investigações. Ele Ele vivia um papel papel pioneiro, ee ia vivia um pioneiro, que transcendia transcendia aà economia economia polftica política ee ao ao legado legado dos dos economistas, economistas, cuja cuja que negação servia apenas apenas como como um um elemento elemento propulsor. Esse papel papel negacao lhe lhe servia propulsor. Esse precisa ser ser reconsiderado reconsiderado ee posto posto em em relacao relação com com os os problemas problemas centrais centrais precisa de de suas suas investigacoes, investigações, que que ainda ainda nao não se se acbavam achavam plenamente plenamente equacioequacio­ nados ee resolvidos. resolvidos. 0 O tarnanho tam anho dessa dessa "distancia" “distância” objetiva-se objetiva-se pelo pelo que que nados

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Marx Marx conseguiu conseguiu realizar, realizar, posteriormente, posteriormente, na na descricao descrição ee interpretacao interpretação da da acumulacao acumulação capitalista. capitalista. Se Se uma uma parte parte do do ensaio ensaio poderia poderia ser ser consiconsi­ derada derada acabada acabada ou ou completa completa (aquela (aquela que que apanha apanha oo "rnau “mau uso" uso” da da cienciên­ cia, politica e, cia, expresso expresso na na economia economia política e, portanto, portanto, na na producao produção intelectual intelectual dos que era para oo autor) dos economistas), economistas), outra outra parte parte ((que era decisiva decisiva para autor) enconencontrava-se em possuir uma trava-se em gestacao gestação ee em em maturacao. maturação. K. K. Marx Marx devia devia possuir uma lucida lúcida cornpreensao compreensão do do que que isso isso significava significava ee sucumbiu sucumbiu aa essa essa tensao. tensão. Os Os propro­ blemas blemas mais: mais1complexos complexos ee de de maior maior importancia importância estavam estavam por por ser ser enfrenenfren­ tados tados ee resolvidos. resolvidos. 0 O que que permite permite supor supor que, que, para para ele, ele, suas suas conclusoes conclusões 16gicas testes cruciais lógicas ee rnetodologicas metodológicas ainda ainda esperavam esperavam os os testes cruciais ee mais mais duros duros -— ee somente poderiam demonstrar somente estes estes poderiam dem onstrar oo que que ficaria ficaria ee oo que que deveria deveria ser ser revisto, revisto, modificado modificado ou, ou, evidentemente, evidentemente, ainda ainda deveria deveria ser ser criado, criado, nessa nessa area área instrumental instrumental da da invencao invenção cientffica. científica. A A duvida dúvida exprimia, exprimia, pois, pois, uma uma atitude atitude de de prudencia, prudência, de de auto-respeito auto-respeito ee de de respeito respeito aà ciencia. ciência. Para Para oo mal mal das das ciencias ciências sociais, sociais, oo que que ficou ficou arquivado arquivado foi foi o o esboco, esboço, que que poderia poderia ter final se fosse tao para consigo ter tornado tomado aa forma forma final se Marx M arx nao não fosse tão exigente exigente para consigo mesmo tao escrupuloso mesmo ee tão escrupuloso em em tudo tudo o o que que fazia. fazia. 'l Este eé oo texto, em toda Este texto, em toda aa antologia, antologia, que que apresenta apresenta maiores maiores difidifi­ culdades culdades ao ao leitor. leitor. A A exposicao exposição eé logicamente logicamente clara, clara, mas mas demasiado demasiado comcom­ pacta, paspacta, cingindo-se cingindo-se ao ao essencial essencial para para o o proprio próprio autor, autor, embora embora varias várias pas­ sagens sagens parecam pareçam quase quase numa numa forma forma final. final. Os Os exemplos exemplos explorados explorados ((aa posse, posse, oo dinheiro, dinheiro, oo trabalho) trabalho) ee o o recurso recurso aa referencias referências comparativas comparativas aliviam intrinseca aliviam aa exposicao. exposição. Porem, Porém, nao não diminuem diminuem aa cornplexidade complexidade intrínseca do do assunto assunto ((ee da da logica lógica hegeliana, hegeliana, subjacente subjacente aà analise análise das das categorias) categorias) ee da Mutatis da linguagem linguagem que que ele ele pressupunha. pressupunha. M utatis mutandis, mutandis, K. K. Marx M arx fez fez com com aa representacao real oo que representação cientffica científica do do movimento movimento real que Hegel Hegel fizera fizera com com aa representacao filos6fica do movirnento da representação filosófica do movimento da ideia. idéia. Dai Daí aa importancia importância singular texto transcrito, singular do do texto transcrito, que que nao não incide incide no no dialogo diálogo critico crítico direto direto com com os os economistas economistas classicos, clássicos, mas mas se se volta volta para para oo que que deveria deveria ser ser aa economia, economia, entendida entendida como como ciencia ciência social social historica. histórica. Como Como ee enquanto enquanto ciencia, ciência, aa economia precisa encarar moderna economia politica política precisa encarar aa sociedade sociedade burguesa burguesa m oderna como como um pensa ee na na realidade, um sujeito sujeito determinado, determinado, na na cabeca cabeça de de quern quem aa pensa realidade, compreendendo-a "conexao orgacompreendendo-a em em toda toda aa sua sua inteireza inteireza ee segundo segundo aa “conexão orgâ­ nica" seu interior, interior, se relacoes economicas. nica” que, que, em em seu se estabelece estabelece entre entre as as relações econômicas. De um !ado, De um lado, eé pela pela analise análise sistematica sistemática das das categorias categorias que que se se pode pode elucieluci­ dar lsso sem dar aa natureza natureza da da sociedade sociedade burguesa burguesa modema. moderna. Isso sem se se esquecer esquecer de de que que elas elas "exprimem “exprimem formas formas de de vida, vida, determinacoes determinações de de existencia, existência, e, e, amiude, amiúde, somente somente aspectos aspectos isolados isolados dessa dessa sociedade sociedade determinada". determ inada” . Cabe Cabe aà ciencia ciência ir ir alern além de de uma uma visao visão convencional, convencional, fragmentada, fragmentada, ee da da rnontagern montagem artificial todo vivo; formas artificial de de um um todo v iv o ; e, e, principalmente, principalmente, descobrir, descobrir, entre entre as as formas de producao coexistentes, de produção coexistentes, aa que que prevalece prevalece sabre sobre as as demais, demais, as as influencia influencia ee ordena. potencia economica ordena. De De outro outro !ado, lado, "o “o capital capital eé aa potência econômica da da sociedade sociedade burguesa, que burguesa, que domina domina tudo". tudo” . Ele Ele eé oo alfa alfa ee oo omega ômega da da analise análise das das categorias; fim. Cabe categorias; oo seu seu inicio início ee o o seu seu fim. Cabe aà ciencia ciência evidenciar evidenciar aa ordem ordem segundo segundo aa qua! qual as as categorias categorias se se relacionam relacionam entre entre si, si, aa "conexao “conexão orgaorgâ­

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nica" nica” das das relacoes relações economicas econômicas daquela daquela sociedade, sociedade, em em virtude virtude da da existencia existência ee do nao aa ordem do predominio predomínio do do capital. capital. Essa Essa ordem ordem -— ee não ordem segundo segundo aa qua! tiveram influência influencia hist6rica qual as as categorias categorias tiveram histórica determinante determinante -— eé que que deve pontos K. deve orientar orientar aa analise análise das das categorias. categorias. Nos Nos dois dois pontos K. Marx Marx assume assume uma posicao pioneira ((ee muito uma posição pioneira muito moderna), m oderna), que que implicava implicava aa condenacao condenação do tradicional". . do rnetodo método dominante dominante na na "economia “economia tradicional” Primeiro, Primeiro, ele ele exclufa excluía aa teoria teoria gerada gerada pela pela abstracao abstração com com fundafunda­ mento teoria produzida mento na na realidade realidade ee punha punha em em seu seu lugar lugar aa teoria produzida pela pela invesinves­ tigacao sisternatica tigação sistemática ee pela pela interpretacao interpretação objetiva objetiva da da realidade. realidade. Ou Ou seja, seja, ele um "modelo ele deslocava deslocava o o fulcro fulcro da da analise análise cientffica, científica, substituindo substituindo um “modelo abstrato" abstrato” da da economia economia da da sociedade sociedade burguesa, burguesa, que que aa convertia convertia em em uma uma ecooomia burguesa economia tout tout court, court, pela pela economia economia capitalista capitalista ee aa sociedade sociedade burguesa concretas, concretas, consideradas consideradas corno como totalidades totalidades hist6ricas históricas vivas, vivas, dinamicas, dinâmicas, interdependentes. Segundo, K. Marx retirou oo metodo interdependentes. Segundo, K. M arx retirou m étodo da da economia economia polipolí­ tica do reino da tica do reino da mistificacao mistificação ee da da fetichizacao. fetichização. 0 O que que representa, representa, para para aa ciencia, burguesa, "a ciência, aa sociedade sociedade burguesa, “ a organizacao organização hist6rica histórica da da producao produção mais mais desenvolvida, desenvolvida, mais mais avancada"? avançada”? Houve Houve ((ee continua continua aa haver) haver) quern quem ataque ataque oo "naturalismo" “naturalism o” ou ou o o "positivismo" “positivismo” de de Marx, Marx, porque porque ele ele entendeu entendeu meridianamente A explicacao meridianamente que que estava estava diante diante de de duas duas coisas coisas distintas. distintas. A explicação da da forma forma da da sociedade sociedade burguesa burguesa ee o o esclarecimento esclarecimento de de formas formas de de sociesocie­ dades nela dades desaparecidas, desaparecidas, que que sobrevivem sobrevivem atraves através de de "vestigios" “vestígios” que que nela subsistem. subsistem. A A afirmacao afirmação de de que que "a “a anatornia anatomia do do hornem homem eé aa chave chave da da anatomia mono", , etc., anatomia do do mono” etc., gerou gerou essa essa onda onda de de apreciacoes apreciações confusas. confusas. Retome-se Retome-se aa frase frase conclusiva, conclusiva, que que extrai extrai da da analogia analogia oo argumento argumento valido válido ((inclusive, inclusive, oo deveria deveria ser ser para para aa critica). crítica). "A “A economia economia burguesa burguesa fornece fornece aa chave chave da da economia economia antiga, antiga, etc. etc. Porem, Porém, niio azem desaparecer não conforme conforme aà maneira maneira dos dos economistas, economistas, que que ffazem desaparecer todas todas as orma burguesa as dijerencas diferenças historicas históricas ee veem vêem aa fforma burguesa em em todas todas as as [ormas formas de sociedade" de sociedade” 14• 74.

Portanto, oo avanco Portanto, avanço que que Marx M arx realizou realizou desemboca desemboca em em dois dois resultados resultados centrais. centrais. Explicar Explicar uma uma forma forma de de sociedade sociedade mais mais avancada avançada aa partir partir de de seus seus elementos elementos ee de de sua sua "organizacao “organização historica" histórica” interna, interna, isto isto e, é, em em fun· fun­ c;ao ção de de seu seu desenvolvirnento desenvolvimento diferencial diferencial ee de de sua sua variacao variação especifica. específica. Esclarecer Esclarecer formas formas menos menos desenvolvidas desenvolvidas de de sociedade, sociedade, atraves através de de outras outras mais mais desenvolvidas, desenvolvidas, nas nas quais quais certos certos elementos elementos ee categorias categorias mais mais ou ou menos podem evidenciar influencia menos simples simples podem evidenciar melhor melhor sua sua natureza, natureza, grau grau de de influência sobre sobre outros outros elementos elementos ee categorias categorias ee sobre sobre oo todo, todo, etc. etc. Nao Não obstante, obstante, tal tal esclarecimento esclarecimento nao não prescinde prescinde de de investigacoes investigações particulares. particulares. Marx M arx eé taxativo. por taxativo. Nao Não s6 só elabora elabora cuidadosamente cuidadosamente as as correlacoes correlações distintas distintas ((ee por vezes vezes inversas) inversas) entre entre grau grau de de diferenciacao diferenciação de de categorias categorias simples simples ee oo maior m aior ou ou menor m enor desenvolvirnento desenvolvimento de de categorias categorias concretas, concretas, como como enfatiza enfatiza que que aa sociedade sociedade burguesa burguesa eé uma uma forma forma antagonica, antagônica, oo que que restringe restringe oo

e

14 grifo é rneu. 74 0 O grifo meu.

120 120

campo de de inferencias inferências comparativas comparativas esclarecedoras. esclarecedoras. 0 O que que ficava ficava para para carnpo trás era era aa presuncao presunção falsa falsa de de que que bastava bastava conhecer conhecer aa economia economia em em geral geral tras omissão cientifica científica diante diante do do significado significado do do capital capital como como "potencia “potência ee aa omissao econornica econômica da da sociedade sociedade burguesa". burguesa” . Dado Dado oo objeto objeto desta desta coletanea, coletânea, convern convém insistir insistir nos nos passos passos dados dados por por K. K. Marx Marx para para marcar marcar claramente claramente o o que que eé oo rnetodo método de de uma uma ciencia ciência social social histórica. I: É 6bvio óbvio que que ele ele nao não ignorava ignorava que que os os economistas economistas usavam usavam hist6rica. dados dados hist6ricos, históricos, recorriam recorriam aà investigacao investigação hist6rica histórica comparada comparada ee prepre­ tendiam explicar, explicar, atraves através de de formulas fórmulas abstratas abstratas ee sinteticas, sintéticas, oo presente presente tendiam passado do do homo hom o economicus. economicus. Todavia, Todavia, eles eles haviam haviam modelado modelado aa ee oo passado economia economia polftica política pela pela ffsica física newtoniana. newtoniana. Nao Não seria seria possivel possível desentranhar desentranhar de suas suas praticas práticas descritivas descritivas ee interpretativas interpretativas oo rnetodo método de de uma uma ciencia ciência de social hist6rica. histórica. Por Por essa essa razao, razão, Marx Marx torna toma como como orientacao orientação basica básica social examinar examinar varies vários mementos momentos da da relacao relação que que existe existe entre entre aa representacao representação científica ee o o movimento movimento hist6rico histórico real, real, para chegar gradualmente gradualmente aà cientifica para chegar caracterização positiva daquele rnetodo. método. Sua Sua discussao discussão nao não se se funda, funda, caracterizacao positiva daquele nesse excerto, excerto, na na analise análise negativa negativa dos dos lapsos lapsos ee falsidades falsidades dos dos econollf econonjistas nesse istas técnica expositiva expositiva os os ponha ponha seguidamente seguidamente em em relevo, relevo, para para ((embora embora aa tecnica exibir exibir oo abismo abismo existente existente entre entre o o abuso abuso da da ciencia ciência ee aa representacao representação cientffica ). Portanto, científica consistente consistente). Portanto, oo seu seu caminho caminho eé oo de de quern quem procura procura aa verdadeira verdadeira ciencia ciência ee pretende, pretende, desde desde oo infcio, início, definir definir aa adequacao adequação cienticienti­ ficamente correta correta (isto (isto e, é, ernpirica empírica ee logicamente logicamente necessaria) necessária) entre entre oo ficamente metodo método da da economia economia polftica política ee os os problemas problemas que que esta esta deve deve resolver resolver como como ciência social social hist6rica. histórica. De De outro outro lado, também eé convenierne conveniente frisar, frisar, ciencia lado, tarnbern de de passagern, passagem, que que K. K. Marx Marx nao não se se opunha opunha aà abstracao, abstração, aà generalizacao, generalização, explicação causal causai ee aà teoria teoria geral. geral. Como Como ciencia, ciência, aa econornia economia politica política aà explicacao tinha de de explorar explorar as as tecnicas técnicas ee processos processos empiricos empíricoS ee 16gicos lógicos fundafunda­ tinha mentais de mentais de todas todas as as ciencias. ciências. Porern, Porém, nao não devia devia faze-lo fazê-lo copiando copiando grosseiragrosseira­ mente aquilo aquilo que que se se poderia poderia designar designar como como oo "cientlfico-natural", “científico-natural”, strictu strictu mente sensu; no mesmo sensu; mas mas criando criando as as alternativas alternativas proprias, próprias, no mesmo sentido, sentido, do do "cientifico-historico" em termos “científico-histórico” ((em termos de de metodo, método, de de objeto objeto ee de de problemaproblematização). Em Em linguagem linguagem atual: atual: ele ele nao não se se erguia erguia contra contra oo rnetodo método hipohipotizacao). tetico-dedutivo, tético-dedutivo, supostamente supostamente o o metodo método da da economia economia politica. política. 0 O que que ele punha punha em em questao, questão, no no texto texto transcrito, transcrito, eé aa precisao precisão da da representacao representação ele cientifica científica ee o o que que pressupoe, pressupõe, logicarnente, logicamente, aa explicacao explicação cientifica científica da da organização hist6rica histórica da da producao produção nas nas distintas distintas formas de sociedade. sociedade. organizacao formas de Em sfntese, síntese, nem um sistema sistema indutivo indutivo unico único ((condição válida em em certas certas Em nem um condicao valida ciências da da natureza) natureza) nem nem um um sistema sistema dedutivo dedutivo universal universal ((condição ciencias condicao valida válida na na maternatica, matemática, na na astronomia astronomia e, e, com com variacoes, variações, na na fisica). física). Da Da comunidade primitiva primitiva aà sociedade sociedade burguesa burguesa surgiram surgiram varias várias formas formas de de comunidade economia, de de sociedade sociedade ee de de civilizacao. civilização. Cada Cada modo modo de de organizacao organização economia, hist6rica histórica da da producao produção contern contém elementos elementos ee categorias categorias variavelmente variavelmente coco­ muns muns ee elementos elementos ee categorias categorias espedficos específicos ((em em termos termos diferenciais diferenciais ee históricos). Portanto, Portanto, indução dedução nao não podem podem ser ser exploradas exploradas como como hist6ricos). inducao ee deducao nas nas ciencias ciências da da natureza. natureza. A À descontinuidade descontinuidade hist6rica histórica agrega-se agrega-se aa reperepe­

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ti9ao mais ou tição de de alguns alguns conteudos conteúdos ee de de categorias categorias mais ou menos menos simples, simples, mais mais ou ou menos menos desenvolvidas: desenvolvidas:

"Se “Se eé certo, certo, portanto, portanto, que que as categorias categorias da da economia economia burguesa burguesa possuem possuem uma uma verdade verdade em em todas todas as demais demais formas formas de sociedade sociedade nao não se deve deve tomar tomar isto isto senao senão cum c u m grano g ra n o salis. salis. Podern Podem ser ser contidas, contidas, desenvolvidas, desenvolvidas, esmaecidas, esmaecidas, caricaturadas, caricaturadas, mas mas sempre sempre essencialmente essencialmente distintas. distintas. A chacha­ mada mada evolucao evolução hist6rica histórica descansa descansa em em geral geral no fato fato de de que que a ultima última forma formas ultrapassadas forma considera considera as formas ultrapassadas como como etapas etapas que que conduzem conduzem a ela ela .... . . "” etc. etc.

O O que que fica fica logicamente logicamente implicito implícito eé que que uma uma ciencia ciência social social hist6rica histórica deve deve lidar, varies sistemas lidar, simultaneamente, simultaneamente, com com vários sistemas de de forrnacao formação de de inferencias inferências indutivas ee dedutivas indutivas dedutivas e, e, isto isto explicita explícita ee conclusivamente, conclusivamente, que que o o Sistema sistema de de forrnacao formação de de inferencias inferências indutivas indutivas ee dedutivas, dedutivas, aplicavel aplicável aà sociedade sociedade burguesa burguesa moderna, moderna, nao não poderia, poderia, jamais, jamais, ser ser generalizado generalizado aa outras outras sociesocie­ dades. Marx podia ver ver as as coisas coisas mais claro ee chegar chegar mais mais rapidamente rapidamente dades. Marx podia mais claro conclusão essencial essencial porque, porque, ao ao contrario contrário dos dos economistas, economistas, submeteu submeteu aà conclusao as uma analise as categorias categorias simples simples ee as as categorias categorias concretas concretas aa uma análise dialetica, dialética, podendo focalizar focalizar objetivarnente, objetivamente, tanto tanto no no nivel nível da da representacao, representação, quanto quanto podendo no real em pianos no da da explicacao explicação causal, causai, o o movirnento movimento do do real em diferentes diferentes planos de de tempo tempo ee de de espaco. espaço. Podia, Podia, pois, pois, surpreender surpreender aa variacao variação especlfica específica e, e, atraves através ou ou gracas graças aa ela, ela, reter reter oo que que acompanhava acompanhava aa variacao variação sem sem transformar-se transformar-se ou ou repetindo-se repetindo-se de de varias várias maneiras, maneiras. Em Em conseqiiencia, conseqüência, logrou logrou pôr por aa descoberto descoberto oo mecanicismo mecanicismo circular circular ee oo empirismo empirismo abstrato abstrato contradit6rio contraditório da da econornia economia politica; política; ee descobrir descobrir uma uma nova nova solucao solução logica lógica para para oo problema problema do do metodo método que que aa convertia, convertia, sern sem rnargem margem de de duvida, dúvida, em ciencia ciência social social hist6rica. histórica. em Não me me eé possível estender os os cornentarios comentários aa todos todos os os aspectos aspectos Nao possivel estender relevantes relevantes do do texto. texto. Tres Três assuntos assuntos exigem exigem do do leitor leitor um um trabalho trabalho de de leitura leitura metódico. 0 O primeiro primeiro cé o o que que diz diz respeito aos dais dois metodos métodos da da economia economia met6dico. respeito aos política, oo que que prevaleceu prevaleceu na “nascente economia economia política” que Marx Marx politica, na "nascente politica" ee oo que endossa. endossa. Este Este eé oo metodo método materialista materialista ee dialetico, dialético, que que s6 só eé desenvolvido desenvolvido no texto texto com com referência “ maneira de de proceder proceder do do pensamento pensamento para para no reterencia aà "rnaneira se se apropriar apropriar do do concreto, concreto, para para reproduzi-lo reproduzi-lo espiritualmente espiritualmente coma como coisa coisa concreta” . Essa Essa eé aa parte mais rica rica ee sugestiva sugestiva do do texto. texto. Ela situa muito muito concreta". parte mais Ela situa bem bem oo abismo abismo que que se se erguia erguia entre entre o o antigo antigo método rnetodo da da economia, economia, no no qua! qual "a representacao plena “ a representação plena volatiliza-se volatiliza-se na na deterrninacao determinação abstrata", abstrata” , ee oo memé­ todo materialista-dialetico, materialista-dialético, no no qua[ qual "as “as determinacoes determinações abstratas abstratas conduzem conduzem todo concreto por meio do pensamento", pensamento” , isto e, é, ao conheconhe­ aà reprodução reproducao do concreto cimento da da "unidade “ unidade do do diverse". diverso”. De De passagem, assinalar aa cimento passagem, eé preciso preciso assinalar vigorosa critica parcialmente implicita vigorosa crítica (parcialmente (parcialmente explicita explícita ee parcialmente implícita)) aa Hegel. Hegel. A analise análise dialetica dialética das das categorias categorias era era incorporada ciência de de uma A incorporada aà ciencia uma perspectiva principal perspectiva rigorosamente rigorosamente materialista. materialista. Ela Ela perrnitia permitia resolver resolver oo principal problema da da reconstrução histórica, oo qua! qual consistia consistia em em promover promover aa problema reconstrucao historica, apreensão do do concrete concreto pelo Ao nivel nível da da interpretacao interpretação ee apreensao pelo pensamento. pensamento. Ao da um da explicacao, explicação, por por sua sua vez, vez, ela ela oferecia oferecia aà ciencia ciência social social histories histórica um

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recurso equiparavel equiparável ao ao da da experimentacao, experimentação, por por tornar tornar possível obser­ recurso possivel aa observacao metodica tores ee efeitos vação metódica de de fa fatores efeitos cruciais, cruciais, que que deviam deviam ser ser considerados: considerados: a) relacao recfproca a) isoladamente; isoladamente; b) b) em em sua sua relação recíproca ee de de reversao reversão operacional operacional (causa ~ —> efeito efeito por por efeito efeito ~ —> causa); c a u sa ); c) c) em em sua sua ligacao ligação dinamica dinâmica com com (causa oo contexto contexto hist6rico histórico real real (por (por onde onde se se evidenciava evidenciava aa deterrninacao determinação histohistó­ rica propriamente propriamente dita). dita). A A 16gica lógica hegeliana hegeliana convertia-se convertia-se em em puro puro instruinstru­ rica mento da da investigacao investigação cientlfica científica na na hist6ria história ee nao não deixava, deixava, como como tal, tal, mento qualquer vestigio vestígio idealista. idealista. qualquer O O segundo segundo assunto assunto é oo que que se se vincula vincula à discussao discussão das das relacoes relações existentes entre entre as as "categorias “categorias simples" simples” ee as as "categorias “categorias mais mais concretas" concretas” existentes (no exemplo exemplo de de Marx, Marx, aa posse posse em em relacao relação aà familia), fam ília), que que permeia permeia todo todo oo (no texto. A discussão eé fundamental, fundamental, porque porque ela ela ilumina ilumina aa criatividade criatividade texto. A discussao método exposta exposta e delimita delimita a compreensiio compreensão do objeto objeto da da teoria do rnetodo economia Penso que economia polftica política como como ciencia ciência social social hist6rica. histórica. Penso que o o texto texto transtrans­ crito deve deve ser ser completado completado por uma passagem passagem anterior, anterior, relativa relativa aà propro­ crito por uma dução: ^ ducao:

e

a

“Quando se trata, trata, pois, pois, de de producao, produção, trata-se trata-se da da producao produção de de individuos indivíduos "Quando sociais. Por Por isso, isso, poderia poderia parecer parecer que que ao ao falar falar de de producao produção seria seria prepre­ sociais. ciso ou bem bem seguir seguir o processo processo de de desenvolvimento desenvolvimento em em suas suas diferentes diferentes ciso fases, momento que fases, ou declarar declarar desde desde o primeiro primeiro momento que se se trata trata de de uma uma determinada determinada epoca época hist6rica, histórica, da da producao produção burguesa burguesa moderna, moderna, por por exemexem­ que na na realidade realidade eé o nosso nosso pr6prio próprio tema. tema. Todavia, Todavia, todas todas as epocas épocas plo, que produção possuem possuem certos certos traces traços caracteristicos característicos em em comum, comum, deterdeter­ da producao rninacoes minações comuns. comuns. A produciio produção em em geral geral eé uma uma abstracao, abstração, mas mas uma uma abstracao abstração razoavel, razoável, pelo pelo faro fato de que que poe põe realmente realmente em em relevo relevo ee fixa fixa caráter comum, comum, poupando-nos, poupando-nos, portanto, portanto, as repeticoes. repetições. Esse Esse carater caráter o carater geral, entretanto, entretanto, ou este este elemento elemento comum, comum, discriminado discriminado pela pela compacompa­ geral, racao, ração, esta está organizado organizado de de uma uma maneira maneira complexa complexa e diverge diverge em em muitas muitas deterrninacoes. determinações. Alguns Alguns destes destes elementos elementos pertencem pertencem a todas todas as epocas; épocas; outros sao são comuns comuns aa algumas algumas delas. delas. Certas Certas deterrninacoes determinações serao serão comuns comuns outros época mais mais moderna mais antiga. antiga. Sem Sem elas elas nao não se se poderia poderia concon­ aà epoca moderna e aà mais ceber nenhuma nenhuma producao, produção, pois pois se os idiomas idiomas mais mais perfeitos perfeitos tern têm leis leis ee ceber caracteres caracteres determinados determinados que que sao são comuns comuns aos aos menos menos desenvolvidos, desenvolvidos, oo que que constitui constitui o seu seu desenvolvimento desenvolvimento eé o elemento elemento que que os os diferencia diferencia destes elementos elementos gerais gerais ee comuns. comuns. As As deterrninacoes determinações que valem valem para para a destes produção em em geral geral devem devem ser, ser, precisamente, precisamente, separadas, separadas, a fim fim de de que que producao não se perca perca de de vista vista aa dif'erenca diferença essencial essencial por por causa causa da da unidade, unidade, a niio qua! qual decorre decorre ja já do do fato fato de de que que o sujeito sujeito -— a humanidade humanidade -— e oo r,. objeto -— a natureza natureza -— sao são os mesrnos" mesmos” 775. objeto

Essa Essa passagem passagem nao não so só contribui contribui para para esclarecer esclarecer melhor melhor oo pensamento pensamento de Marx. Ela revela revela que, que, para para ele, ele, aa analise análise dialetica, dialética, como como instrumento instrumento de Marx. Ela da observacao observação cientifica, científica, devia devia selecionar selecionar ee resolver resolver -— sempre sempre com com da fundamento emplrico empírico solido sólido -— os os problemas problemas da da explicacao explicação causal, causai, da da fundamento generalização ee da da escala escala hist6rica histórica de de vigencia vigência universal universal de de uma uma teoria teoria generalizacao ,5 75 Idem, Idem , p, p. 203·4. 203-4.

123 123

geral. Fica patente geral. Fica patente que que aa analise análise dialetica dialética das das categorias categorias nao não exclui, exclui, ao ao contrario, contrário, necessita necessita ee torna torna viavel, viável, aa exploracao exploração de de duas duas series séries reais, reais, am bas hist6ricas, umaa elaborada ambas históricas, ((um elaborada por por via via cornparativa; comparativa; outra outra inferida inferida do presente), tores do presente), atraves através das das quais quais sao são isolados isolados ee interpretados interpretados os os fa fatores ee efeitos efeitos mais mais ou ou menos menos comuns comuns ee os os fatores fatores ee efeitos efeitos que que exprimem exprimem aa variacao especifica variação específica ou ou t6pica, tópica, aa unica única que que eé verdadeiramente verdadeiramente explicativa'". explicativa™. O O terceiro terceiro assunto assunto eé o o que que concerne concerne aà divisao divisão da da economia economia politica. política. Essa Essa parte parte do do texto texto decorre decorre da da concepcao concepção do do metodo método ee do do objeto objeto dessa dessa rnateria, matéria, encarada encarada corno como ciencia ciência social social hist6rica. histórica. Ela Ela aparece aparece espremida espremida em em algumas algumas frases, frases, mas mas expressa expressa aa fecundidade fecundidade do do produto produto final, final, que que Marx Marx extraiu extraiu do do seu seu pr6prio próprio estudo. estudo. A A divisao divisão que que prop6e propõe concretiza, concretiza, portanto, portanto, sua sua replica réplica aà economia economia politica, política, na na forma forma "convencional". “convencional” . A A primeira primeira parte parte eé destinada destinada as às "determinacoes “determinações gerais gerais abstratas, abstratas, que que pertencem pertencem mais mais ou ou menos menos aa todas todas as as formas formas de de sociedade". sociedade”. As As quatro quatro partes partes subsequentes subseqüentes concentram-se concentram-se sobre sobre aa sociedade sociedade burguesa, burguesa, seguindo seguindo um um delineamento delineamento rigorosarnente rigorosamente sociol6gico. sociológico. Nesse Nesse delineamento delineamento esta, está, por ambicioso projeto por inteiro, inteiro, oo ambicioso projeto global global de de investigacoes investigações aa que que Marx Marx dedicou dedicou aa maior maior parte parte de de sua sua vida vida madura madura ee que que logrou logrou realizar realizar apenas apenas de de modo modo parcial. parcial. 3) 3)

Auto-avahacao: porte Auto-avaliação: porte ee significado significado de de O O capital capital (K. (K. Marx) Marx)

O 1867; oo posfacio, O pref'acio prefácio aà primeira primeira edicao edição de de O O capital capital cé de de 1867; posfácio, pertinente pertinente aà segunda segunda edicao, edição, eé de de 1873. 1873. Nos Nos dois, dois, K. K. Marx Marx relata relata como como cle via aa sua ele via sua grande grande obra obra ee cxibc exibe sua sua extrema extrema sensibilidade sensibilidade de de autor autor integro, íntegro, que que esperava esperava oo reconhecirncnto reconhecimento honesto honesto do do seu seu valor, valor, mesmo mesmo pelos ter suas pelos adversaries. adversários. Acostumado Acostumado aa ter suas obras obras reprimidas, reprimidas, escamoteadas escamoteadas ou ou vilipendiadas, vilipendiadas, pressentia pressentia quc, que, dessa dessa vez, vez, as as coisas coisas iriam iriam passar-se passar-se de de modo modo diverso. diverso. E E isso isso ocorreu, ocorreu, de de fato, fato, ernbora embora aa perseguicao perseguição policial, policial, oo farisaismo farisaísmo ee aa intolerfincia intolerância nao não deixassem deixassem de de se se manifestar, manifestar, confcrindo conferindo oo fundo fundo usual usual aà guerra guerra de de silencio silêncio ee aos aos embates embates ideol6gicos ideológicos encapucados, encapuçados, que moderna que expunham expunham O O capital capital as às labaredas labaredas da da m oderna inquisicao inquisição laica. laica. Entretanto, Entretanto, o o valor valor do do livro livro avultou avultou de de tal tal maneira, maneira, que que ele ele conquistou conquistou espaco espaço pr6prio, próprio, fora fora ee acima acima dos dos circulos círculos operarios operários ee socialistas. socialistas. Os Os dois dois textos textos registram registram aa diferenca diferença que que se se operou operou na na situacao situação humana humana de de K. K. Marx, Marx, como como autor, autor, em em cinco cinco anos anos ee rneio meio aproximadarnente. aproximadamente. No No prirneiro, natureza do primeiro, ele ele procura procura clarificar clarificar aa natureza do trabalho trabalho que que oferecia oferecia ao ao leitor leitor ee explicava explicava oo seu seu alcance. alcance. No No segundo, segundo, ele ele se se lanca lança aa um um objetivo objetivo mais mais amplo, amplo, reagindo reagindo especialmente especialmente as às crfticas críticas ee as às avaliacoes avaliações (tanto (tanto asàs negativas, negativas, quanta quanto as às positivas). positivas). E, É, assirn, assim, induzido induzido aa fazer fazer uma uma reflexao reflexão sociol6gica sociológica sobre sobre os os requisitos requisitos hist6ricos históricos da da existencia existência da da economia economia polipolí­ tica tica ee sobre sobre o o seu seu envolvimento envolvimento ideologico ideológico pela pela situacao situação de de interesses interesses ,ll 7,! Cf. C f.

ee segs. segs.

FERNANDES, F e r n a n d e s , F. F.

Fundamentos Fundamentos empiricos empíricos da da explicaciio explicação sociologica, sociológica , p. p. 107 107

... .

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124 124 cias classes classes dorninantes, dominantes, bem bem corno como aa elucidar elucidar seus seus vinculos vínculos com com Hegel Hegel das sua compreensao compreensão cientffico-rnaterialista científico-materialista da da dialetica. dialética. Portanto, Portanto, os os dois dois ee sua textos textos possuem possuem uma uma importancia importância especial especial como como expressao expressão da da teoria teoria da da ciência subjacente subjacente aa O O capital. capital. Eles Eles colocam colocam oo leitor leitor diante diante de de assuntos assuntos ciencia ja já explorados explorados ee debatidos debatidos em em leituras leituras anteriores. anteriores. Mas Mas desvendam desvendam tais tais assuntos com com maier m aier vigor,. vigor,, ja já que que Marx Marx se se via via compelido compelido aa trata-los tratá-los assuntos como se se fosse fosse um um esgrimista esgrimista defendendo defendendo as as posicoes posições conquistadas. conquistadas. como No prefacio, prefácio, K. K. Marx Marx descreve descreve "o “o fim fim ultimo" último” de de sua sua obra obra como como No sendo ode o de "revelar “revelar aa lei lei economica econômica de de evolucao evolução da da sociedade sociedade rnoderna". m oderna” . sendo Ele caracteriza caracteriza literalmente literalmente aa economia economia politica política como como ciencia ciência social social hist6histó­ Ele rica, rica, mencionando mencionando aa "lei “lei natural natural de de evolucao" evolução” ee salientando salientando que que seu seu ponto de vista vista "considera “considera o desenvolvimento desenvolvimento da tormacao formação econornica econômica da ponto sociedade como como um um processo processo historico-natural". histórico-natural” . Portanto, Portanto, oo prefacio prefácio sociedade reitera reitera ee amplia amplia aa teoria teoria da da ciencia ciência proposta, proposta, implicita implícita ou ou explicitamente, explicitamente, no texto texto anterior, anterior, sobre sobre "o “o metodo método da da economia economia politica". política” . Mas Mas ele ele no localiza melhor melhor aa relacao relação de de Marx Marx com com aa ciencia ciência de de sua sua epoca. época. Dentro Dentro localiza da linha linha que que fora fora estabelecida estabelecida em em A A ideologia ideologia alemii, alemã, ele ele encarava encarava aa da ciência de uma perspectiva perspectiva unitaria. unitária. E situava situava a critica crítica da da economia economia ciencia política ((empreendida em O O capital), ca p ita l), como como ciencia ciência social social hist6rica. histórica. A A politica empreendida em importancia importância do do pretacio prefácio consiste consiste em em exprimir exprimir oo que que K. K. Marx Marx pensava pensava respeito do do que que eé comum comum aa toda toda ciencia ciência (a (a observacao observação empirica empírica rigorigo­ aa respeito rosa, aa explicacao explicação causal causai ee aa elaboracao elaboração de de teorias teorias fundadas fundadas na na descodesco­ rosa, berta de de "leis “leis naturais") naturais” ) ee o o que que devia devia ser ser especifico específico aà ciencia ciência social social berta histórica (na (na qual qual aa observacao observação ee aa explicacao explicação causal causai incidern incidem sobre sobre hist6rica objetos que que sao são sujeitos sujeitos de de uma uma historia história determinada determinada ee aa "lei “lei natural" natural” objetos concatenada como como uma uma formula fórmula hist6rica). histórica). Uma Uma nacao nação nao não pode pode eé concatenada escapar aà "lei “lei natural natural de de sua sua evolucao", evolução” . Conhecendo-a, Conhecendô-a, porern, porém, "pode “pode escapar acelerar a gravidez gravidez e aliviar as dores do parto". parto” . Da mesma mesma maneira, maneira, o acelerar processo revolucionario, revolucionário, equacionado equacionado historicamente historicamente pelo pelo proletariado, proletariado, processo podera poderá desenvolver-se desenvolver-se em em condicoes condições "mais “mais humanas humanas ou ou mais mais brutais", brutais” , acordo com o "grau “grau de desenvolvimento desenvolvimento da classe classe dos trabalhadores". trabalhadores” . de acordo O prefacio prefácio reflete, reflete, por por conseguinte, conseguinte, como como Marx Marx caminhou, caminhou, aà medida medida O que que redigia redigia O O capital, capital, no no modo modo de de entender entender sua sua pr6pria própria posicao posição em em face das das varias várias correntes correntes da da ciencia ciência moderna. moderna. É interessante que que ele ele face t interessante tome por por referente referente aa biologia, biologia, aa quimica química ee aa fisica física -— ee oo Iaca faça para para tome acentuar, antiteticamente, antiteticamente, os os procedimentos procedimentos peculiares peculiares de de observacao observação ee acentuar, de interpretacao interpretação da da ciencia ciência da da historia. história. No No primeiro primeiro paralelo paralelo aa que que de recorre, enfatiza enfatiza que que "a “a capacidade capacidade de de abstraciio abstração deve deve substituir substituir esses esses recorre, m eios ” ((oo microsc6pio microscópio ou os reativos quirnicos químicos)) ••. ’7. No segundo segundo paralelo, meios" ele passa passa diretarnente diretamente das das consideracoes considerações sobre sobre as as tecnicas técnicas de de observacao observação ele de experimentacao experimentação do do físico, ao que que se se propusera propusera realizar. realizar. 0 O "lugar “ lugar ee de tfsico, ao classico" clássico” do do modo modo de de producao produção capitalista capitalista (a (a lnglaterra) Inglaterra) prefigura-se prefigura-se como como equivalente equivalente empirico empírico ee 16gico lógico da da "Iorrna “forma tipica" típica” ou ou de de manifesmanifes­ 77

0 O grifo grifo eé meu. meu.

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tação processos sob "influencias “influências perturbadoras" perturbadoras” reduzidas7s. tacao de processos reduzidas 7"'. As reflexões contidas contidas nessas nessas passagens passagens sao são centrais centrais para para iluminar iluminar oo que que reflexoes denominei caso caso extrema extrem o ee para para explicitar explicitar quais quais sao são as as funcoes funções empiricas empíricas denominei lógicas que que ele ele desempenha desempenha sob sob aa análise materialista ee dialetica. dialética. Alias, Aliás, ee 16gicas analise materialista Marx eé enfatico enfático em em suas suas conclusoes: conclusões: Marx "Nao menor, dos “Não se trata trata do grau de de desenvolvimento, desenvolvimento, maior ou menor, dos antaanta­ gonismos sociais que se originam das leis leis naturais naturais da producao produção capitacapita­ gonismos lista. Trata-se dessas leis mesmas, mesmas, dessas dessas tendencias, tendências, que que atuam atuam e se lista. impõem com com ferrea férrea necessidade. necessidade. E o pais país industrialmente industrialmente mais mais desendesen­ impoem volvido nao não faz mais mais que que mostrar, em si, ao de menor menor desenvolvimento, desenvolvimento, volvido imagem de seu seu pr6prio próprio futuro", futuro”. a imagem O texto texto do do posfacio posfácio aprofunda aprofunda essas essas indagações sobre aa teoria teoria da da O indagacoes sobre ciência, por por outros outros caminhos. caminhos. Na Na verdade, K. Marx Marx vai vai muito mais longe, longe, ciencia, verdade, K. muito mais questiona a economia economia politica política em termos de sua própria crítica porque questiona propria cri tica sociológica do do conhecimento conhecimento ee porque porque ultrapassa ultrapassa os os comentaristas comentaristas de de sociol6gica O capital, capital, salientando salientando oo significado significado desta desta obra obra no no interior interior de de uma uma concon­ O cepção materialista materialista ee dialetica dialética de de ciencia. ciência. Por Por tras, trás, atraves através ee alem além da da cepcao produção intelectual dos dos economistas economistas alemaes, alemães, ele ele aponta aponta aa questao questão da da producao intelectual relação da da economia economia politica política com com aa reproducao reprodução da da sociedade sociedade burguesa relacao burguesa com aa luta luta de de classes. classes. Dado atraso relativo relativo de de um um certo certo país, como ee com Dado oo atraso pais, como Alemanha, nem nem mesmo mesmo os os papeis papéis de de ideólogos da burguesia poderiam aa Alernanha, ide6Jogos da burguesia poderiam ser devidamente devidamente desempenhados desempenhados pelos economistas. Por Por sua sua vez, vez, enquanto enquanto ser pelos economistas. burguesia se se retraia retraía ee se se ornitia, omitia, aa classe classe operaria operária se se desenvolvia desenvolvia aceleacele­ aa burguesia radamente, conquistando conquistando uma “consciência te6rica teórica de de classe classe muito muito mais mais radamente, uma "consciencia radical que que aa burguesia". burguesia” . A A ciencia ciência copiada copiada perdia, perdia, assim, assim, todo todo o o sentido sentido radical de uma uma econornia economia política se desvanecia. desvanecia. Em Em ee aa possibilidade possibilidade histórica historica de politica se 78 e. É preciso preciso salientar: salientar; escolher escolher aa Inglaterra Inglaterra como como oo caso caso ondc onde oo capital capital industrial industrial 71! oferecia aa acumulacao acum ulação capitalista capitalista acelerada acelerada em em suas suas condicoes condições concretas concretas mais m ais oferecia desenvolvidas nlio não eé o o mesmo mesmo que que considerar considerar essa essa manifestacao manifestação como com o um “tipo desenvolvidas um "tipo puro”. No No topico tópico 22 desta desta parte parte da da antologia antologia o o leitor leitor deve deve ter ter ficado ficado mais mais Iarnifam i­ puro". liarizado com com aa apreensão do concreto concreto pelo pelo pensamento. pensamento. A A esse esse tipo tipo esqueesqueliarizado apreensao do rnatico, terrnos mático, que que satura satura o o tipo tipo em em term os de de sua sua diferenciacao diferenciação interna interna ee de de sua sua historihístoricidade, cidade, isto isto e, é, pela pela variacao variação especifica específica ee hist6rica, histórica, penso penso que que cabe cabe aa designacao designação de parece de tipo tipo extremo extrem o (cf. (cf. referencia referência na na nota nota anterior). anterio r). A A passagern passagem do do texto texto parece irnplicar implicar aa ideia idéia de de transferir transferir para para as as ciencias ciências sociais sociais os os procedimentos procedimentos experiexperi­ m entais de de elimina!,lio eliminação dos dos fatores fatores de de perturbacao perturbação na ocorrência dos dos fenornenos. fenômenos. mentais na ocorrencia Em outras outras passagens, passagens, surgem surgem expressoes expressões que que parecem parecem indicar indicar aa preocupação pela Em preocupacao pela construção de de tipos tipos puros, puros, como como aa que que se se refere refere aà circulacao circulação do do capital-dinheiro: capital-dinheiro: construcao “P ara abarcar abarcar as as formas form as puras puras prescindiremos, prescindiremos, desde desde ja, já, de de todos todos aqueles aqueles mom o­ "Para mentos que que nada nada tern têm que que ver ver com com aa alteracfio alteração de de forma form a ou ou com com aa constituicao constituição rnentos da mesrna, mesma, considerados considerados em em si si rnesmos", mesmos”, etc. etc. (El (E l capital, capital, v. v. III, III, p. Convém da p. 33 1). l }. Convem nao não esquecer esquecer que que Marx M arx refuta refuta todo todo o o esquema esquema interpretative interpretativo da da economia economia politica política "tradicional", portanto, aa interpretacao tipico-ideal. No “tradicional”, condenando, condenando, em em bloco, bloco, portanto, interpretação típíco-ideal. No caso, por por exemplo, exemplo, aa representacao representação abstrata abstrata não feita como como uma um a depuracao depuração do do caso, nao eé feila real (processo de de analise análise que que nao não cabe cabe no no esqucma esquem a hist6rico-causal histórico-causal ernpregado empregado real (processo por arx). Ela Ela eé explorada explorada para para reter as caracteristicas características essenciais essenciais das das metam eta­ por M Marx). reter as morfoses do capital capital nos nos vários estágios da da circulacao. circulação. morfoses do varies esragios

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sua radicalidade, essa relacao reciproca sua extrema extrema radicalidade, essa reflexao reflexão propoe propõe aa relação recíproca entre entre ciencia, ciência, sociedade sociedade burguesa burguesa ee luta luta de de classes classes em em termos termos materialistas materialistas ee dialeticos. dialéticos. Ou Ou aa economia economia politica política caia caía na na 6rbita órbita da da dominacao dominação de de classe classe ((portanto, portanto, aparecendo aparecendo como como componente componente ideol6gico ideológico da da reproducao reprodução da da sociedade sociedade burguesa) burguesa) ou ou ela ela entrava entrava no no circuito circuito da da negacao negação da da dominacao dominação de de classe classe (portanto, (portanto, surgindo surgindo como como elo elo te6rico teórico da da transformacao transform ação operaria operária da burguesa e,e, aa largo da sociedade sociedade burguesa largo prazo, prazo, de de sua sua dissolucao dissolução pela pela revolucao revolução social social do do proletariado), proletariado), e, e, neste neste caso, caso, ela ela desapareceria, desapareceria, metamorfoseada metamorfoseada em em crftica crítica da da ordem ordem capitalista capitalista (portanto, (portanto, em em negacao negação de de si si mesma). m esm a). Ha, uma Há, pois, pois, um um tempo tempo certo certo para para aa existencia existência ee oo florescimento florescimento de de uma disciplina disciplina como como aa economia economia politica, política, determinada determinada pela pela situacao situação de de inteinte­ resses pela ideologia resses ee pela ideologia de de classe classe da da burguesia. burguesia. As As mesmas mesmas condicoes, condições, no no entanto, entanto, favoreciam favoreciam oo aparecimento aparecimento de de uma uma genuina genuína ciencia ciência social social hist6rica: histórica: "Se “ Se o o peculiar p e c u lia r desenvolvimento d esen v o lv im en to hist6rico h istó rico da d a sociedade so cied ad e alemii ale m ã excluia ex clu ía aa possibilidade possibilidade de d e uuma m a continuacao c o n tin u a ç ã o original o rig in al da d a economia eco n o m ia 'burguesa', ‘b u rg u e sa ’, niio n ão excluia possibilidade excluía aa possib ilid ad e de d e sua sua critica. crítica. E E se se essa essa critica crítica tinha tin h a d~ d£ ser ser feita feita em em nome n o m e de de uma u m a classe, classe, tal tal classe classe nnjio ã o poderia p o d e ria ser ser outra o u tra senao senão aquela aq u ela chamada c h a m a d a pela pela hist6ria h istó ria para p a ra transformar tra n s fo rm a r aa ordem o rd e m capitalista cap italista ee conseguir co n seg u ir aa abolicao ab o lição definitiva d efin itiv a de de todas to d as as as classes, classes, isto isto e, é, aa classe classe do do pproletariado". ro le ta ria d o ” .

A A critica crítica da da economia economia politica política pressupunha pressupunha aa negacao negação objetiva objetiva da da sociedade sociedade burguesa burguesa ee conduzia conduzia ou ou pressupunha pressupunha uma uma ciencia ciência social social histohistó­ rica, rica, que que negasse negasse ee superasse superasse aa economia economia politica. política. Ela Ela s6 só seria seria possivel possível como como parte parte do do movimento movimento operario operário ee da da consciencia consciência de de classe classe revolucionaria, revolucionária, que que se se propunha propunha transformar transform ar ee dissolver dissolver aa "ordem “ordem capicapi­ talista". talista” . 0 O Jeitor leitor precisa precisa trabalhar trabalhar este este texto texto oo mais mais cuidadosamente cuidadosamente possivel, proposicao de possível, tendo tendo em em vista vista esclarecer-se esclarecer-se seja seja quanto quanto aà proposição de ciencia ciência contida contida no no materialismo materialismo hist6rico, histórico, seja seja quanta quanto aà cientifizacao cientifização da da dialetica. dialética. Ao Ao conformar-se conformar-se ao ao modelo modelo cientlfico científico de de observacao observação ee de de explicacao, explicação, aa dialetica dialética confere confere ao ao investigador investigador aa capacidade capacidade de de apanhar apanhar oo que que é dindmico, como aa sociedade dinâmico, em em uma uma forma forma antag6nica antagônica de de sociedade sociedade ((como sociedade burguesa), burguesa), em em todos todos os os niveis níveis de de sua sua organizacao organização ee transforrnacao transformação hist6histó­ ricos. Em ricos. Em conseqiiencia, conseqüência, ela ela permite permite aà ciencia ciência social social historicizar-se historicizar-se nos nos limites limites necessaries, necessários, para para ir ir do do que que se se repete repete ao ao que que se se transforma transform a no no presente tambem, que presente ee na na direciio direção do do [uturo. futuro. Ela Ela permite, permite, também, que aa ciencia ciência social social escape escape aà sina sina de de uma uma "ciencia “ciência da da ordem" ordem ” ee se se constitua constitua como como "ciencia A "lei “ciência da da revolucao revolução em em processo". processo” . A “lei natural" natural” inclui, inclui, pois, pois, os os varies vários momentos momentos da da reproducao, reprodução, da da transforrnacao transform ação progressiva progressiva ee da da dissolucao dissolução revolucionaria revolucionária final final da da sociedade sociedade burguesa. burguesa. tÉ essa essa inteligencia inteligência cientifica científica de de O O capital capital que que K. K. Marx Marx antepoe antepõe aos aos seus seus comentadores, comentadores, prejudicados prejudicados por por uma uma concepcao concepção empirista empirista ee mecanicista mecanicista de de ciencia. ciência. Ao Ao envolver-se envolver-se tao tão aa fundo fundo em em ta! tal polemica, polêmica, eé 6bvio óbvio que que Marx Marx teria teria de de defrontar-se defrontar-se com com aa "diferenca" “diferença” ee com com aa "oposicao" “oposição” existentes existentes entre entre oo seu seu modo modo de de conceber conceber oo metodo método dialetico dialético ee oo uso uso da da dialetica dialética por por Hegel. Hegel. Ele Ele separa separa

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127 127 criteriosamente oo que que era era positivo era mistificador na analise análise criteriosamente positivo ee oo que que era mistificador na dialética hegeliana. hegeliana. E E procede procede aà farnosa famosa "inversao" “inversão” cientifica, científica, pela pela qual qual dialetica aa dialetica, por Hegel colocada "de dialética, posta posta por Hegel "de “de cabeca cabeça para para baixo", baixo”, eé colocada “de cabeça para para cima". cima” . Se Se oo leitor combinar o o posfacio posfácio ao ao texto texto sobre sobre "o “o cabeca leitor combinar rnetodo da entendendo melhor melhor as método da economia economia politica" política” ficara ficará entendendo as criticas críticas aa Hegel Hegel ee oo alcance alcance do do novo novo metodo, método, que que proporcionava proporcionava ao ao investigador investigador científico um um meio meio vigoroso vigoroso · ee objetivo apropriação do do real real pelo pen­ cientifico objetivo de de apropriacao pelo pensamento. horizonte aa partir samento. Em Em resumo, resumo, oo posfacio posfácio abre abre ao ao leitor leitor o o horizonte partir do do qual O capital capital ee explica, corn qual Marx M arx definia definia oo significado significado cientifico científico de de O explica, com palavras tanto aa sua sua concepcao ciencia, quanto palavras simples, simples, tanto concepção dialetica dialética de de ciência, quanto aa sua sua concepcao concepção cientffica científica de de dialetica, dialética. 4) 4)

Reflexões sobre sobre a a expticacao explicação materialista materialista da da história (K. M arx ee Reflexoes bist6ria (K. Marx F. Engels) F. Engels)

Várias cartas de de K. K. Marx Marx ee F. Engels se se tornaram por sua sua Varias cartas F. Engels tomaram notórias not6rias por relevancia para rnaterialismo histórico, hist6rico, como como metodo teoria. relevância para oo estudo estudo do do materialismo método ee teoria. Não seria possfvel possível incluir incluir todas as cartas cartas ee tampouco tampouco seria seria aconselhável Nao seria todas as aconselhavel fazer uma uma composicao composição de de pequenos pequenos trechos trechos de umas ee de de outras, outras, mais fazer de umas mais marcantes ou ou de interesse especffico. Limitei-me aa selecionar marcantes de interesse específico. Limitei-me selecionar um um total total de 11 11 cartas cartas (seis (seis de de K. K. M arx ee cinco cinco de de F. F. Engels), Engels), que que sao são mais mais ou ou de Marx menos reconhecidas reconhecidas por sua importancia importância historiografica historiográfica ou ou históricomenos por sua historico-sociologica, Quanto Quanto àa variedade variedade de -sociológica. de datas, datas, por por acaso acaso as as cartas cartas de de Marx Marx são distantes distantes entre entre si, si, enquanto enquanto as as de de Engels se concentram concentram nos últimos sao Engels se nos ultimos dez vida. Esse serve como como uma dez anos anos de de sua sua vida. Esse pequeno pequeno conjunto conjunto serve um a arnostraamostra­ gem. De outro !ado, seria descabido pretender gem. De outro lado, seria descabido pretender imprimir imprimir aos aos comentarios comentários qualquer intento intento sistematico. sistemático. Lirnitei-me Limitei-me aa par pôr em em relevo relevo o o que que parece parece qualquer mais significativo para antologia, sem sem seguir seguir uma seqüência -temporal, temporal, mais significativo para aa antologia, uma sequencia deixando ao ao leitor leitor aa tarefa aprofundar aa sondagem. sondagem. deixando tarefa de de aprofundar Tres mais colocar Três cartas cartas operam operam como como sinais sinais luminosos. luminosos. Elas Elas visam visam mais colocar em evidencia evidência aa personalidade dos dois autores ee seus seus dotes dotes de de histo­ em personalidade dos dois autores historiadores. cartas de riadores. Refiro-rne Refiro-me aa duas duas cartas de K. K. Marx Marx ("Tecnologia ( “Tecnologia ee revolucao revolução industrial” ee "A “A questao questão irlandesa") irlandesa” ) eeaa uma uma de F. Engels ( “Um punhado industrial" de F. Engels ("Um punhado de homens homens pode pode fazer fazer uma uma revolucao?"): revolução?” ). A mencionada de A primeira primeira carta carta mencionada retrata aquilo que se se poderia poderia designar designar como como aa "retina “rotina de de trabalho” de retrata aquilo que trabalho" de Marx, no trato trato com com qualquer qualquer assunto que oo interessasse interessasse seriamente. seriamente. Ele Ele Marx, no assunto que passava aa vive, viver o o assunto assunto ee aa conviver com ele, ele, por anos sucessivos. sucessivos. passava conviver com por anos Diversos aspectos dessa dessa rotina sobem à tona: tona: as as consultas consultas ee os inter­ Diversos aspectos rotina sobem os interrogatórios freqilentes freqüentes aa Engels Engels 70; 79; aa amplitude rogatorios amplitude ee aa profundidade profundidade das das infor­ informações que que coligia coligia avidamente; avidamente; oo questionamento questionam ento racional, racional, que que marca macoes marca

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As cartas cartas trocadas trocadas por por K. K. Marx M arx com com Engels Engels aa respeito respeito de de O O capital capital siio são 79 As aa melbor m elhor fonte fonte de de avaliacao avaliação dessa dessa especie espécie de de colaboracao colaboração entre entre ambos. ambos. O 0 leitor leitor interessado devera deverá recorrer C orrespondência selecionada selecionada para para satisfazer satisfazer sua sua interessado recorrer àa Correspondencia curiosidade. curiosidade.

128 128 a etapa etapa na na qua! qual ele ele se desprendia desprendia dos dados ernpmcos empíricos e passava passava a interroga-los reflexiva ee te6rica. interrogá-los de de uma uma posicao posição reflexiva teórica. Acresce, Acresce, no no caso, caso, uma uma coincidencia carta informa informa que inscrevera em coincidência interessante: interessante: a carta que Marx se se inscrevera um seu perfil perfil -— como um curso curso tecnico técnico sobre sobre aa material matéria! Tudo Tudo isso isso define define oo seu como historiador-cientista homem de 0 vigor historiador-cientista ee como como homem de acao, ação. O vigor de de sua sua imaginacao imaginação hist6rica histórica sobressai sobressai em em uma uma das passagens. passagens. Aquela Aquela na na qual qual contrasta contrasta o desenvolvimento rnaquinas com com as funções funcoes que elas pre­ predesenvolvimento historico histórico das máquinas que elas enchem de producao enchem como como "fator “fator determinante" determ inante” do do modo modo de produção capitalista. capitalista. A segunda uma reprodução reproducao de uma uma cartasegunda carta carta é, em sua maior maior parte, parte, uma carta-circular, que que M arx redigiu redigiu como membro membro do Conselho Geral da AssoAsso­ -circular, Marx Conselho Geral ciacao Ela foi escolhida dedo, para ciação Internacional Internacional dos dos Trabalhadores. Trabalhadores. Ela escolhida a dedo, para leitor possa possa avaliar avaliar concretamente concretamente a envergadura envergadura dos documentos documentos que o leitor polfticos escritos hist6ricos políticos preparados preparados por Marx. Marx. Ela Ela é um dos dos seus seus escritos históricos mais mais brilhantes analise historico-sociologica brilhantes ee contern contém oo resumo resumo de de uma uma análise histórico-sociológica soberba soberba da da questao questão irlandesa. irlandesa. Nao Não ha há o que que dizer. dizer. 0 O leitor encontra encontra nela nela um um documento poderia ser) materialismo histórjco hist6rico documento vivo vivo do que que é (ou poderia ser) o materialismo como em rnaos habeis: ee como tecnica técnica de de consciencia consciência social social revolucionaria, revolucionária, em mãos hábeis; um retrato retrato do que o materialismo materialismo hist6rico histórico represents representa para o socialismo socialismo cientifico aquele, impondo impondo científico -— e, e, ao reves, revés, oo que que este este representa representa para para aquele, versatilidade, aa labilidade da à teoria teoria aa versatilidade, labilidade ee as as exigencies exigências de de profundidade profundidade da praxis terceira carta poe em práxis revolucionaria. revolucionária. A A terceira carta põe em relacao relação materialismo materialismo hishis­ t6rico intelectuat típico tipico de uma tórico e elasticidade elasticidade do do horizonte horizonte intelectual uma imaginacao imaginação hist6rica Confrontado por I. Zazulich, Zazulich. F. Engels nao histórica revolucionaria. revolucionária. Confrontado por V. V. I. F. Engels não "sai tangente". . A pergunta punha em questao principios que ele “sai pela pela tangente” pergunta punha em questão princípios que ele e Marx Marx cultivaram cultivaram zelosamente zelosamente toda toda uma uma vida. vida. Não Nao obstante, obstante, com com a prudencia pelas circunstancias ele seus prudência exigida exigida pelas circunstâncias — ele nao não confiava confiava em seus conhecimentos conseguinte, conhecimentos sobre sobre aa situacao situação concreta concreta da da Russia Rússia e, e, por por conseguinte, em no pr6prio terreno em sua sua capacidade capacidade de de optar optar por taticas táticas revolucionarias revolucionárias no próprio terreno hist6rico politico -— admite uma situacao histórico ee político admite que, que, dado dado oo potencial potencial de de uma situação hist6rica histórica pre-revolucionaria pré-revolucionária caracteristica. característica, "um “um punhado punhado de gente pode pode faze, uma revolucao". Essa é uma bela cornbinacao fazer uma revolução". Essa uma bela combinação do do espirito espírito de de histohisto­ riador tres cartas riador com com a vocacao vocação de de revolucionario. revolucionário. As três cartas sao são igualmente igualmente reveladoras. historiador" transparece com reveladoras. Nelas, Nelas, aa "rnentalidade “mentalidade do do historiador” transparece com nitidez, natos", ee oo matenitidez, como como se se Marx Marx ee Engels Engels fossem fossem "historiadores “historiadores natos”, mate­ rialismo desvenda em em toda plenitude como como consciencia consciência rialismo histórico historico se desvenda toda a plenitude revolucionaria hist6ria ((uma uma forma irnaginacao histórica hist6rica ou historevolucionária da da história forma de de imaginação ou histó­ rico-sociológica que fundia teoria teoria ee praxis, práxis , a partir da condicao condição humana rico-sociologica partir da humana do ). do intelectual intelectual como como homem homem de de pensamento pensamento ee de de acao ação). relativas As demais demais cartas cartas foram foram escolhidas escolhidas tendo tendo em em vista vista questoes questões relativas problernatizacao ee ao metodo no à problematização ao método no rnaterialismo materialismo hist6rico. histórico. "O “O que que é novo novo histórico” eé uma carta na na qua! qual K. K. Marx Marx subrneie submete aà prova no materialismo materialismo historico" urna carta prova seu atencao, Dois seu talento talento de de missivista. missivista. A A carta carta como como urn um todo todo merece merece atenção. Dois pontos, porem, sao pertinentes ao objetivo desta pontos, porém, são particularmente particularmente pertinentes ao objetivo desta coletanea. coletânea. A Ricardo. A ref'erencia referência aa Thierry, Thierry, Guizot Guizot ee John Wade, Wade, de de um lado, lado, ee aa Ricardo, de Existia uma burguesa,, que de outro. outro. Existia uma literatura literatura burguesa que descrevia descrevia com com objeriviobjetivi­

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dade aa luta luta de de classes classes ee aa anatornia anatomia da da sociedade sociedade de de classes. classes. Marx Marx dade apóia-se nesse nesse fato fato para para dizer dizer que que nao não inventara inventara nada. nada. Em Em seguida, seguida, apoia-se enumera consistiam as suas tres três descobertas: descobertas: a explicacao explicação das enumera em que consistiam classes, dos dos efeitos efeitos da da luta luta de de classes classes ee do do significado significado historico histórico da da ditadita­ classes, dura do do proletariado. proletariado. "Sohre “Sobre aa lei lei do do valor" valor” foi transcrita transcrita porque porque ela ela dura precisa a concepcao concepção de ciencia ciência hist6rica histórica de K. O que representa representa precisa K. Marx. Marx. 0 “lei natural", natural”, o o que que eé invariavel invariável em em sua sua vigencia vigência ee as as for formas de sua sua aa "lei mas de variação hist6rica. histórica. A crítica aa Ricardo, Ricardo, por por sua sua vez, deve ser ser analisada analisada variacao A crftica vez, deve pensar, a respeito meticulosamente; ela mostra rnostra o contraste do que se pode pode pensar, respeito econômicos, a partir concepção dos mesmos mesmos fatos e processos economicos, partir de uma concepcao mecanicista ou ou de de uma uma concepcao concepção dialetica dialética da da história. Além disso, disso, o o mecanicista hist6ria. Alern arx as às suas suas crlticas críticas aà economia econo­ tema reconduz M Marx economia política politica e aos economistas -— "esses “esses sacerdotes sacerdotes da da burguesia" burguesia” -— ee ao ao controle controle ideologico ideológico mistas da ordem. ordem. A A "Crftica “Crítica aa Proudhon" Proudhon” eé uma uma longa longa carta, carta, que que conta conta entre entre da os escritos escritos mais mais divulgados divulgados de de K. K. Marx. Nela esta, está, em em gerrne, germe, aa Miséria os Marx. Nela Miseria da Filosojia. Filosofia. Por Por isso, isso, tem sido uma uma "leitura “leitura obrigatoria", obrigatória”, encarada encarada da tern sido como uma uma peca-chave peça-chave na gênese do do materialismo materialismo historico. histórico. Ela Ela reflete, reflete, como na genese quanto aos aos temas, temas, aa linguagem linguagem ee as as preocupacoes preocupações centrais, centrais, os os ManusM anus­ quanto critos vivacidade critos de de 1844 1844 ee A A ideologia ideologia alema. alemã. Contudo, Contudo, aa densidade, densidade, aa vivacidade até aa crueldade crueldade no no ataque ataque aà Filosofia da miseria miséria ((ee ao ao seu seu autor autor)) ee ate Filosojia da são únicas, que lhe dá, indubitavelmente, indubitavelmente, 0o carater caráter de de uma uma das das realireali­ sao unicas, 0o que lhe da, zações mais vigorosas e atraentes de Marx no gênero epistolar. epistolar. Os prinprin­ zacoes no genera cipais argumentos argumentos levantados levantados contra contra Proudhon, naqueles dois dois livros livros ((oo cipais Proudhon, naqueles que eé aa sociedade; sociedade; aa importancia importância de de certos certos processos processos histórico-sociais, que nistorico-sociais, como aa divisao divisão do do trabalho, trabalho, oo maquinismo, maquinismo, aa evolucao evolução da da propriedade; propriedade; como desagregação da da sociedade sociedade feudal, aparecimento do do capital capital ee da da aa desagregacao feudal, oo aparecimento burguesia, burguesia, aa forrnacao formação da da sociedade sociedade burguesa; burguesa; aa natureza natureza da da hist6ria; história; compreensão da da dialetica dialética ee do do significado significado de de Hegel; etc.),, se se acham acham aa cornpreensao Hegel; etc.) alinhados na na carta carta com com penetrante penetrante acuidade. acuidade. S6 Só que que os os argumentos argumentos sao são alinhados apresentados de de uma uma forma forma ardente ardente ee brilhante. brilhante. Apesar Apesar do do tom tom predopredo­ apresentados minantemente caustico, cáustico, Proudhon Proudhon eé impiedosamente impiedosamente aproveitado aproveitado como minantemente contrário providencial. providencial. 0 O texto texto eé tipico típico daqueles daqueles anos, anos, quanto quanto ao ao oo contrario estilo ee aà inspiracao inspiração filosófica histórica: estilo filosofica ee historica: “A ssim , as as fo rm a s econornicas eco n ô m icas nas nas quais quais os os homens h o m en s pproduzern, ro d u ze m , concon­ "Assirn, formas som em e e trocam tro c a m sao são transitorias tra n s itó r ia s ee historicas" h istó rica s." "Ele “ E le nao n ão ppercebeu e rc eb e u que que somem as as categorias c a te g o ria s econiimicas e c o n ô m ic a s sao são sornente so m en te expressoes e x p re ssõ e s abstratas a b stra ta s dessas dessas relare la ­ c;oes ções atuais atuais ee somente so m en te permanecem p e rm a n e c em vverdadeiras e rd ad e iras enquanto e n q u a n to essas essas relacoes relaçõ es existern". existem ".

não poupa o que entendia entendia ser a ignorfincia ignorância filosofica filosófica de Proudhon Marx nao Proudhon castiga aa sua sua incapacidade incapacidade de de "seguir “seguir oo movimento movimento real da historia", história”, ee castiga real da interpretando-o objetivamente. objetivamente. Em Em sua sua substancia, substância, aa carta carta eé mais mais forte interpretando-o forte arrasadora que que oo livro, desnudando mordazrnente mordazmente aquele aquele tipo de pepeee arrasadora livro. desnudando tipo de queno-burguês que que "glorifica “glorifica aa contradicao contradição porque porque aa contradicao contradição eé aa queno-burgues base de de sua sua existencia". existência” . Nao Não inclui incluí aa carta carta na na coletanea coletânea porque porque ela ela seja seja base

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uma por sua uma "leitura “leitura de de praxe", praxe”, mas, mas, exatamente, exatamente, por sua Iocalizacao localização historica, histórica. Ela visualizar, por por assim K. Marx converteu aa crítica critica Ela permite permite visualizar, assim dizer, dizer, como como K. Marx converteu da filos6fica sobre em explicação explicaciio historica da especulacao especulação filosófica sobre aa propriedade propriedade em histórica cientijica condicoes ee relações relacoes objetivas propriedade. Ao Ao remontar remontar científica das das condições objetivas de de propriedade. aa 1846, intelec1846, oo Jeitor leitor nao não estara, estará, simplesmente, simplesmente, repetindo repetindo aa aventura aventura intelec­ tual que que exercitou exercitou ao ao ler os textos textos de de 1844 1844 ee 1845-1846. Ele estara estará tual ler os 1845-1846. Ele se propondo oo significado hist6rico, em que se propondo significado do do materialismo materialismo histórico, em termos termos do do que ele negar ee ultrapassar e, ainda, termos do ele teve teve de de negar ultrapassar e, ainda, em em termos do que que ele ele era, era, desde desde oo início, inicio, como apurada de como ponto ponto de de partida partida ee expressao expressão apurada de uma uma ciencia ciência social fim, “A "A comparação cornparacao na na investigacao social hist6rica. histórica. Por Por fim, investigação hist6rica" histórica” é um carta que um excerto excerto de de uma uma carta que acabou acabou obrigando obrigando K. K. Marx Marx aa explicitar explicitar como punha em 0 recurso como ele ele punha em pratica prática aa comparacao, comparação. O recurso aà cornparacao comparação ée intenso todos os os seus tonicas de intenso em em todos seus trabalhos trabalhos ee constitui constitui uma uma das das tônicas de Contribuiciio da Economia de O Contribuição a à crltica crítica da Econom ia Polltica Política ee de O capital. capital. Mas Mas oo que que Marx fornece resultados da da cornparacao, ficando ocultos Marx fornece sao são sempre sempre os os resultados comparação, ficando ocultos os dos quais eles eram uma os processos processos por por meio meio dos quais eles eram obtidos. obtidos. Por Por essa essa razao,1 razão,j uma pequena frase tern tem tanta tanta importancia: im portância: "Estudando-se “Estudando-se cada cada uma uma dessas pequena frase dessas formas de cornparando-as pode-se formas de evolucao evolução separadamente separadamente ee entao então comparando-as pode-se desdes­ cobrir facilmente facilmente aa chave tenorneno f: oo roteiro, qual cobrir chave desse desse fenôm eno..... . ”" Ê roteiro, com com o o qual oo leitor leitor ja travou contato, ao estudar "A evolução evolucao da já travou contato, ao estudar o o texto texto relativo relativo aa “A da propriedade". . Valia da carta propriedade” Valia aa pena pena incluir incluir oo excerto excerto da carta na na coletanea coletânea s6 só por novas questões. quest6es. por essa essa conclusao, conclusão. 0 O leitor leitor pode, pode, agora, agora, colocar-se colocar-se novas Como uma comparacao hist6rica rigorosa? Como proceder-se proceder-se aa uma comparação histórica rigorosa ? Abstraindo-se Abstraindo-se os os fatos fatos ee os os processos, processos, cotejando-os cotejando-os entre entre si si fora fora de de seu seu contexto contexto histohistó­ rico? famosos Frankensteins, foram tao rico? Compondo-se Compondo-se os os famosos Frankensteins, que que foram tão drasticadrastica­ mente cientistas sociais mas voltaram mente atacados atacados pelos pelos cientistas sociais do do passado, passado, mas voltaram à moda moda com aa especulacao especulação sociol6gica sociológica ee aa esquizofrenia esquizofrenia da da ciencia ciência politica, política, na com na nova sociologia sisternatica nova onda onda da da sociologia sistemática ee das das "analises “análises sistemicas"? sistêmicas”? Ou Ou confrontando-se de evolucao" bem conhecidas examinadas, confrontando-se "forrnas “formas de evolução” bem conhecidas ee examinadas, que que servem servem de de base base àa selecao seleção de de evidencias evidências t6picas, tópicas, estas estas sim sim suscetiveis suscetíveis de resposta de no entanto, entanto, de analise análise ee interpretacao interpretação comparativas? comparativas? A A resposta de Marx, Marx, no vai alem. chave-rnestra da teoria geral geral hist6rico-filos6fica vai além. Ao Ao referir-se referir-se aà chave-mestra da teoria histórico-filosófica ((como como se filosofia da ele se ve, vê, oo mat mal eé antigo, antigo, como como legado legado da da filosofia da hist6ria), história), ele assinala que que sua sua virtude virtude suprema suprema "consiste “consiste em em ser ser super-historia". super-história” . O assinala 0 mesmo dia, de de tantas pseudo-incursoes no no mesmo que que se se poderia poderia dizer, dizer, hoje hoje em em dia, tantas pseudo-incursões carnpo campo da da ciencia ciência social social comparada. comparada. As de F. As quatro quatro cartas cartas restantes, restantes, de F. Engels, Engels, introduzem introduzem outro outro clima clima de de discussao discussão te6rica teórica ee metodologica. metodológica. Sao São cartas cartas escritas escritas varies vários anos anos ap6s após oo falecimento falecimento de K. Marx, com questionarnentos, de K. Marx, ee Engels Engels se se defrontava defrontava com questionamentos, duvidas impulsionavam aa escrever escrever em esa dúvidas ee incompreens6es, incompreensões, que que o o impulsionavam em def defesa do do marxismo, marxismo. Daí Dai oo papel papel pedag6gico, pedagógico, que que caiu caiu sobre sobre os os seus seus ombros, ombros, ee sua preocupacao de explicitar oo que ficara implicito, investigacoes sua preocupação de explicitar que ficara implícito, nas nas investigações de Marx ou nas suas. dao conta de K. K. Marx ou nas suas. Poucos Poucos se se dão conta do do sentido sentido construtivo construtivo desse persistente, que ate na na sua desse esforco esforço persistente, que se se rnanifesta manifesta até sua correspondencia. correspondência. As todavia, nao foram escolhidas se As cartas, cartas, todavia, não foram escolhidas para para demonstrar demonstrar como como ele ele se

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saiu prova, aa que saiu dessa dessa prova, que se se viu viu submetido submetido durante durante quase quase 12 12 anos. anos.

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"Necessidade de resumo teoria “N ecessidade ee acidente acidente na na historia" história” é uma uma especie espécie de resumo da da teoria

do hist6rico para toca na na questão questao do materialismo materialismo histórico para iniciantes. iniciantes. F. F. Engels Engels toca da aborda aa influencia economica segundo da relacao relação reciproca recíproca ee aborda influência da da base base econômica segundo um padrao dialetico relacoes politicas, um padrão dialético de de interacao. interação. As As relações políticas, juridicas, jurídicas, filofilo­ soficas, literarias, artisticas, tam-­ sóficas, literárias, artísticas, etc., etc., "reagem “reagem umas umas sobre sobre as as outras outras ee tam bem base econ6mica". insiste sobre interbém sobre sobre aa base econômica” . Ele Ele insiste sobre oo carater caráter dessa dessa inter­ dependencia. A interação interacao entre dependência. A entre aa situacao situação economica econômica ee aquelas aquelas relacoes relações eé de todos igualmente igualmente ativos. 0 assunto assunto de causa causa ee efeitos efeitos interdependentes, interdependentes, todos ativos. O central produto da central da da carta carta é aa hist6ria, história, como como produto da a9ao ação coletiva coletiva dos dos seres seres humanos Ele retoma, retorna, assim, humanos em em condicoes condições determinadas. determinadas. Ele assim, um um dos dos temas temas de Anti-Diihring: necessidade Como afirma, de Anti-Dühring: necessidade ee acidente acidente na na hist6ria. história. Como afirma, em em outro forma sob necesoutro lugar, lugar, o o "charnado “chamado acaso acaso eé aa forma sob aa qua! qual se se oculta oculta aa neces­ sidade" acidente nao passa, pois, uma manifestacao da necessisidade” 80. 80. 0 O acidente não passa, pois, de de uma manifestação da necessi­ dade, dade, como como seu seu "complemento" “complemento” ee "forma “forma de de aparecimento". aparecim ento” . Evocando Evocando aa figura como aa selecao ao acaso figura do do "grande “grande homem", homem”, ilustra ilustra como seleção ao acaso encobre encobre uma sorte de lei lei derivada das equivalencias Na verdade, uma sorte de derivada das equivalências hist6ricas. históricas. Na verdade, aa redacao de iim da redação de Ludwig Ludw ig Feuerbach Feuerbach ee o o fim da Filosoiia Filosofia cldssica clássica alemii alem ã levara levara F. Engels dos aspectos aspectos psicol6gicos, F. Engels aa concatenar concatenar uma uma versao versão integrativa integrativa dos psicológicos, s6cio-econ6micos transforrnacoes historicas, Ele se sócio-econômicos ee politicos políticos das das transformações históricas. Ele se via via capacitado para tratar capacitado para tratar da da relacao relação entre entre oo individuo, indivíduo, aa coletividade coletividade ee os os eventos flexibilidade que que em em escritos eventos hist6ricos históricos com com maior maior flexibilidade escritos anteriores, anteriores, sem explicativos inerentes matesem renegar renegar ou ou "rever" “rever” os os principios princípios explicativos inerentes ao ao mate­ rialismo ao contrario, neles). Portanto, rialismo hist6rico histórico ((ao contrário, amparando-se am parando-se neles). Portanto, antes antes de critico de de sua do papel papel hist6rico de emitir emitir um um julgamento julgamento crítico sua representacao representação do histórico do da relacao entre necessidade acidente na do "grande “grande homem" hom em ” (ou (ou da relação entre necessidade ee acidente na hist6ria), oo leitor lei tor precisa precisa meditar re as implicacoes te6ricas história), meditar sob sobre as implicações teóricas desses desses principios. hist6rica princípios. 0 O que que eé determinante determinante nas nas relacoes relações de de causacao causação histórica ((desde desde as proposicoes fundamentais as proposições fundamentais de de A A ideologia ideologia alema) alem ã ):: as as "trans“trans­ formacoes da dramas de formações da sociedade sociedade civil" civil” ou ou os os "ressonantes “ressonantes dramas de principes príncipes focaliza oo "grande homem" como ee Estados"? Estados”? Engels Engels focaliza “grande homem” como um um ator ator social social singular mas substitufvel ) , engolfado singular ((mas substituível), engolfado nas nas "transformacoes “transformações da da sociedade sociedade civil" ( as quais tempo necescivil” (as quais !he lhe conferem conferem oo seu seu papel papel hist6rico, histórico, aa um um tempo neces­ sario Desse angulo, Nao se sário ee singular). singular). Desse ângulo, o o "acidente" “ acidente” tern tem importancia. importância. Não se substituiria um Napoleao ou um um Marx conseqilencias. Contudo, substituiria um N apoleão ou M arx sem sem conseqüências. Contudo, tal da perspectiva perspectiva da observador tal importancia importância depende depende muito muito da da qua! qual o o observador pratica partir da pratica aa sua sua analise análise -— aa partir da "esfera “esfera ideol6gica" ideológica” ou ou da da "base “base econornica circunscreveu ao econômica real". real”. Por Por essa essa razao, razão, Engels Engels se se circunscreveu ao que que era era essencial yara naturalrnente essencial para aa teoria teoria do do materialisrno materialismo hist6rico, histórico, ornitindo omitindo naturalmente as alternativas do abstrato ee da idealista na na as alternativas do empirismo empirismo abstrato da interpretacao interpretação idealista hist6ria. história. "A duas cartas, cartas, “A concepcao concepção materialist materialistaa da da hist6ria" história” compoe-se compõe-se de de duas nas nivel de nas quais quais o o nível de exposicao exposição eé mais mais complexo complexo ee refinado. refinado. Na Na primeira, primeira,

e

so EN'GELS, F.. 80 E ngels, F

Ludwig [im da da F Filosojia p. L udw ig Eeuerbach Feuerbach ee oo fim ilosofia ctassica clássica alemii, alem ã, p.

770. 0.

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reaparece como interacao do “"modo matereaparece oo tema tema da da relacao relação reclproca recíproca como interação do modo mate­ rial esferas ideologicas". uma rial de de existencia" existência” com com "as “as esferas ideológicas”. Surge, Surge, tambern, também, uma afirrnacao, acima de afirmação, que que deve deve ser ser retida: retida: "nossa “nossa concepciio concepção ée acima de tudo tudo um um guia F. Engels de maneira guia de de estudo" estudo ” 8'. 81. Na Na segunda, segunda, F. Engels volta volta àa carga carga de maneira incisiva. reside, pois, da incisiva. A A importancia importância da da carta carta reside, pois, no no teor teor peremptorio peremptório da exposicao dos exemplos, que nao lugar aa dúvidas. duvidas. exposição ee na na elaboracao elaboração dos exemplos, que não deixam deixam lugar A e, em em última ultima instancia, dccisivo. No entanto, se A producao produção é, instância, oo fator fator decisivo. No entanto, se se se vai alern politicos, jurivai além da da imagem imagem invertida invertida dos dos processos processos economicos, econômicos, políticos, jurí­ dicos, filosoficos, descobrir que aquilo que que aparece dicos, filosóficos, etc., etc., torna-se torna-se possivel possível descobrir que aquilo aparece ao de fato, fato, efeito. efeito. De ao conhecimento conhecimento de de senso senso comum comum como como causa causa e, é, de De outro existe uma relacao real reversivel ) outro lado, lado, existe uma complexa complexa relação real (reciproca (recíproca ee reversível) entre producao ee oo movimento financeiro, oo movimento entre o o movimento movimento da da produção movimento financeiro, movimento politico, oo movimento etc. Não Nao obstante político, movimento filos6fico, filosófico, etc. obstante serem serem determinados determinados ee acompanharem no essencial essencial oo movimento da produção, producao, estes estes ultimos acompanharem no movimento da últimos possuem possuem uma uma independencia independência relativa relativa intrinseca, intrínseca, gracas graças aà qua! qual contarn contam com as condicoes com uma uma esfera esfera determinante determinante pr6pria própria ee reagern reagem sobre sobre as condições ee oo curso producao, Como Como se ve, aa carta em questao curso da da produção. se vê, carta poe põe em questão todo topo o o esquema lógico 16gico ee hist6rico da causação causacao social esquema histórico da da explicacao explicação dialetica dialética da social ee merece, reflita merece, por por isso, isso, cuidadosa cuidadosa atencao, atenção. e É preciso preciso que que o o leitor leitor reflita sobre ponderacoes de F. Engels. sobre o o sentido sentido das das ponderações de F. Engels. Ele Ele nao não estava estava "simpli“simpli­ ficando Marx" ou aa si ficando M arx” ((ou si mesmo). m esm o). Porern, Porém, tentava tentava esclarecer esclarecer em em que que consiste consiste aa explicacao explicação dialetica dialética da da hist6ria. história. Como Como assinala assinala em em carta carta justajusta­ mente famosa ((escrita escrita aa J. J. Bloch mente famosa Bloch em em 21 2 1 /22-9-1890) /2 2 -9 -1 8 9 0 ):: "De acordo com a concepcao materialista “De acordo com a concepção materialista da da hist6ria, história, oo elernento elemento [inalmente finalmente determinante determinante eé aa producao produção ee aa reproducao reprodução da da vida vida real. real. N em Marx que isáo. isso, Logo, alguern Nem Marx nem nem eu eu asseveramos asseveramos mais mais do do que Logo, se se alguém torce isso, que oo elemento unico determinante, torce isso, dizendo dizendo que elemento economico econômico ée oo único determinante, ele proposicao em em uma ele transforma transforma aquela aquela proposição uma frase frase sern sem sentido, sentido, abstrata abstrata ee tola", tola”.

Ele insiste na na interação interacao de os elementos Ele insiste de todos todos os elementos de de uma uma situacao situação histories histórica ee na ultima instancia na determinacao determinação em em última instância pelo pelo rnovimento movimento economico. econômico. Por Por ai, aborda aa natureza natureza da real, situando aí, ele ele aborda da historia história como como processo processo real, situando aa interdependencia, nesse processo, interdependência, nesse processo, entre entre oo coletivo coletivo ee o o individual, individual, o o inconsincons­ ciente hist6rico eé posto, ciente ee oo volitivo. volitivo. 0 O evento evento histórico posto, assim, assim, em em um um complexo complexo contexto tempo ee de de "inumeraveis contexto de de tempo de espaco, espaço, como como expressao expressão de “inumeráveis torcas forças entrecruzadas" causacao em entrecruzadas” ll2• S2. Por Por fim, fim, "Derivacao, “Derivação, acao ação reciproca recíproca ee causação em uma rica de F. Engels uma perspectiva perspectiva dialetica" dialética” ée aa carta carta mais mais rica de conseqtiencias. conseqüências. F. Engels escrevia objetivos. Criticar na forma forma de escrevia aa F. F. Mehring Mehring com com dais dois objetivos. Criticar ((na de autoauto­ critica historico", publicrítica)) oo escrito escrito deste deste ultimo último "Sohre “Sobre o o rnaterialisrno materialismo · histórico”, publi­ cado A lenda Lessing. Com Comentar cado corno como apendice apêndice ao ao seu seu livro livro A lenda de de Lessing. entar este este livro livro elogiosamente, ameno não nao esconde elogiosamente, mas mas com com restricoes restrições severas, severas, cujo cujo tom tom ameno esconde Ml Q grifo SI O g r if o C é melt. m eu.

~~ MARX, Carta M a r x , K. K. e e ENGELS. E n g e l s . F. F . Selected Selected correspondence. correspondente. C a r t a aa J. J . Bloch. B lo c h .

p. p . 4417-~ 1 7 -y

133 133

aa sublimacao sublimação do do ressentimento. ressentimento. 0 O leitor leitor encontra encontra na na carta, carta, pois, pois, farto farto material para meditacao. primeira parte material para meditação. 0 O que que interessa, interessa, aqui, aqui, eé aa primeira parte da da carta, pedagogics que carta, tlpica típica da da tarefa tarefa pedagógica que F. F. Engels Engels se se impunha. impunha. Sao São dois dois os Um se os pontos pontos centrais centrais da da discussao. discussão. Um se retere refere aà interpretacao interpretação que que ele ele ee M Marx independente" arx desenvolverarn desenvolveram sobre sobre aa "aparencia “aparência de de uma uma hist6ria história independente” das concepcoes ideologicas. Malgrado das concepções ideológicas. Malgrado aa expectativa expectativa que que aa verbalizacao verbalização de de sua sua posicao posição suscita, suscita, eé pequena pequena aa distancia distância que que poderia poderia separar separar aa descricao de descrição da da esfera esfera da da ideologia, ideologia, que que ele ele formula, formula, ee aa que que consta consta de A A ideologia ideologia alemii. alemã. No No entanto, entanto, aa cornpreensao compreensão historico-sociologica histórico-sociológica do do assunto assunto eé mais mais ampla, ampla, balanceada balanceada ee precisa. precisa. Usando Usando oo conceito conceito de de derideri­ va{:ao, sublinha que realcar aa intluenvação, ele ele sublinha que aa interpretacao interpretação anterior anterior -— para para realçar influên­ cia cia ativa ativa dos dos "fates “fatos econ6micos" econômicos” -— negligenciava negligenciava oo aspecto aspecto formal formal ((entendido entendido como meios pelos como "os “os caminhos caminhos ee os os meios pelos quais quais as as nocoes noções ideoloideoló­ gicas gicas aparecem"), aparecem” ), em em beneffcio benefício do do conteudo. conteúdo. Corporificava-se, Corporificava-se, desse desse modo, falba na modo, uma uma falha na teoria, teoria, que que os os adversaries adversários souberam souberam aproveitar. aproveitar. 0 O outro ponto diz incompreensao da outro ponto diz respeito respeito as às confusoes confusões provocadas provocadas pela pela incompreensão da explicacao explicação causal causai dialetica dialética na na historia: história: "Perque negamos “ P o rq u e neg am o s um u m desenvolvirnento d esen v o lv im en to hist6rico h istó rico independente in d ep en d e n te das d as vvarias árias esferas esferas ideologicas ideológicas que q u e tomarn to m a m parte p a rte na n a hist6ria h istó ria nos nós tambem ta m b ém lhe lh e neganega­ mos A base m os qualquer q u a lq u e r ef e feeito ito sob so b rre e a a historia. h istó ria . A b ase disso disso eé aa concepcao c o n cep ção nao-dialetica n ã o -d ialética comum co m u m de de causa cau sa ee efeito efeito corno co m o polos p ólos rigidamente rig id am en te opostos, opostos, oo to total ta l desrespeito d esresp eito pela pela interacao". in te ra ç ã o ” .

Um por causas Um elernento elemento hist6rico, histórico, produzido produzido por causas econ6micas, econômicas, "pode “pode reagir reagir sobre meio ee ate sobre o o seu seu meio até sobre sobre as as causas causas quc que oo produzirarn". produziram ” . Como Como se se ve, F. Engels vê, nos nos dois dois pontos pontos F. Engels avanca avança numa numa direcao direção positiva positiva e, e, se se fosse fosse necessario De um necessário lernbrar, lembrar, "inteirarnente “inteiramente ortodoxa". ortodoxa”. De um lado, lado, procura procura amam­ pliar procura tornar pliar aa compreensao compreensão da da teoria. teoria. De De outro, outro, procura tornar explfcito explícito o o esquema pr6prio aà explicacao esquema causal causai total total próprio explicação materialista materialista ee dialetica dialética na na hist6ria. história. 5) 5)

Ciencla na hist6ria: Ciência ee ideologia ideologia na história: a a situa,;lio situação do do historiador historiador marxista marxista

(F. (F. Engels) Engels)

A A selecao seleção de de uma uma Leitura leitura geral, geral, para para assinalar assinalar os os varies vários aspectos aspectos do do "compromisso “compromisso cientffico" científico” do do materialismo materialismo historico, histórico, constituia constituía uma uma tarefa K. Marx tarefa de de solucao solução diffcil. difícil. Alem Além do do prefacio prefácio ee do do posfacio posfácio de de K. Marx aa O nesta parte parte da O capital, capital, incluidos incluídos nesta da antologia, antologia, escolhas escolhas alternativas alternativas podepode­ riam riam ser ser feitas feitas de de Anti-Diihring Anti-Dühring ee de de Ludwig Ludwig Feuerbach Feuerbach ee o o fim fim da da Filosojia classica Filosofia clássica alemii, alemã, de de F. F. Engels. Engels. Tornando-se Tomando-se A A ideologia ideologia alemii alemã como ponto de como um um marco marco ((ponto de partida partida e, e, mais mais tarde, tarde, ponto ponto de de referencia referência obrigatorio) texto de nti-Diihring ficava, preobrigatório),, qualquer qualquer texto de A A nti-Dühring ficava, naturalrnente, naturalmente, pre­ judicado. judicado. tÉ certo certo que que o o livro, livro, publicado publicado em em 1878, 1878, apresenta apresenta oo endosso endosso conhecido materialismo hist6rico conhecido de de K. K. Marx Marx ee conrem contém uma uma visao visão do do materialismo histórico que que abarca abarca o o significado significado ee as as conseqiiencias conseqüências da da publicacao publicação de de O O capital. capital.

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No que fosse mais recente recente possivel. No entanto, entanto, eé obvio óbvio oo interesse interesse por por algo algo que fosse o o mais possível. As por F. F. Engels, que os debaAs cartas, cartas, principalmente principalmente as as escritas escritas por Engels, sugerem sugerem que os deba­ tes, contra ou incompreensivos, tes, contra ou ou aa favor, favor, compreensivos compreensivos ou incompreensivos, negativos negativos ou ou positivos, geraram um um clima clima incitante incitante para desenvolvimento do positivos, geraram para oo desenvolvimento do matemate­ rialismo tiveram oo condao de Iorcar Engels aa sair rialismo historico. histórico. Eles Eles tiveram condão de forçar Engels sair .da da orbita que da Anti-Duhring+, órbita da da sistematizacao sistematização do do marxismo marxismo ((que dá oo tom tom de de A n ti-D ü h rin g), para consepara retornar, retornar, de de corpo corpo inteiro, inteiro, ao ao ardor ardor da da decada década de de 1840. 1840. Por P or conse­ guinte, recair em guinte, aa opcao opção deveria deveria recair em algum algum texto texto de de Ludwig Ludwig Feuerbach Feuerbach ee oo fim fim da trabalho publicado, vez, da Filosofia Filosofia classica clássica alemii, alemã, trabalho publicado, pela pela primeira primeira vez, em em 1886 editado como Essas são sao datas em Neue N eue Zeit, Z eit, em 1886 ee editado como livro livro em em 1888. 1888. Essas datas importantes. F. Engels Engels passara passara pela de redigir redigir A importantes. Nao Não so só F. pela experiencia experiência de A origem origem da da [amilia, família, da da propriedade propriedade privada privada ee do do Estado E stado ((11884), 8 8 4 ), obra obra que lhe dera de testar, atraves de pesquisas de folego que lhe dera aa oportunidade oportunidade de testar, através de pesquisas de fôlego ee da teoria ee oo metodo do materialismo da investigacao investigação comparada, comparada, aa teoria método do materialismo historico. 1886 ele ele estava, anos da da redacao, histórico. Em Em 1886 estava, aproximadamente, aproximadamente, aa 40 40 anos redação, em Marx, de retomava oo exame exame em colaboracao colaboração com com K. K. Marx, de A A ideologia ideologia alemii alemã ee retomava critico de Feuerbach, anel intermediário interrnediario entre hegeljana crítico de Feuerbach, "um “um anel entre aa filosofia filosofia hegeliana ee aa nossa nossa concepcao". concepção” . 0 O seu seu conhecimento conhecimento da da ciencia, ciência, nesta nesta data, data, nem nem pode em 1845-1846. De outro pode ser ser comparado com parado com com oo que que possuia possuía em 1845-1846. De outro lado, lado, havia uma vida, revolucionarias, mas havia toda toda uma vida, rica rica de de experiencias experiências revolucionárias, mas tarnbern também de decepcoes ee frustracoes, ignorada. O 0 homem homem de grandes grandes decepções frustrações, que que nao não pode pode ser ser ignorada. que um sabio, que analisava analisava Feuerbach Feuerbach de de uma uma perspectiva perspectiva negativa negativa era era um sábio, no no sentido um sabio perdera sentido literal literal da da palavra; palavra; ee um sábio revolucionario, revolucionário, que que nao não perdera aa fe no proletariado, no comunismo fé no proletariado, no comunismo ee na na ciencia. ciência. Julguei Julguei apropriado, apropriado, portanto, livro, claro, claro, elegante portanto, retirar retirar o o texto texto desse desse pequeno pequeno livro, elegante ee esrnagaesmagadoramente fosse possivel doramente simples. simples. S6 Só ée lamentavel lamentável que que nao não fosse possível reproduzir reproduzir todo texto pode todo oo capitulo capítulo IV. IV. Uma Uma advertencia: advertência: aa simplicidade simplicidade do do texto pode iludir uma leitura uma iludir o o leitor. leitor. E É born bom que que realize realize uma leitura previa prévia e, e, em em scguida, seguida, uma leitura metodica, Vera, entao, texto eé deveras leitura metódica, de de estudo estudo ee anotada. anotada. Verá, então, que que oo texto deveras rico ee merece retirados de rico merece servir servir de de complemento complemento aos aos excertos excertos que que foram foram retirados de A ideologia A ideologia alemii. alemã. Como Feuerbach serve Como nesta nesta obra, obra, aa critica crítica aa Feuerbach serve para para demonstrar dem onstrar oo esgotamento alema ee oo impasse esgotamento da da filosofia filosofia classica clássica alemã impasse do do neo-hegelianisrno, neo-hegelianismo, nos nos dois dois pianos planos sirnultaneos, simultâneos, o o teorico teórico ee oo pratico. prático. Segundo Segundo Engels, Engels, o o materialismo de inconseqiiente. Nao materialismo de Feuerbach Feuerbach era era inconseqüente. Não oo compelia compelia aa resgatar resgatar forma hegeliana, metodo cientiaa dialetica dialética de de sua sua forma hegeliana, convertendo-a convertendo-a em em um um método cientí­ fico, e, tampouco, lhe lhe permitia permitia "par de acordo ciencia da fico, e, tampouco, “pôr de acordo aa ciência da sociedade, sociedade, isto e, historicas ee filos6ficas, isto é, oo conjunto conjunto das das chamadas chamadas ciencias ciências históricas filosóficas, com com aa base materialista, ee reconstrui-la Por isso, isso, ele nao base materialista, reconstruí-la sobre sobre essa essa base" base” aa. 83. Por ele não foi intelectual de de K. Marx na foi mais mais que que um um elo, elo, na na transformacao transform ação intelectual K. M arx ee na dissolucao, este levara dissolução, que que este levara ate até oo fim, fim, da da escola escola hegeliana: hegeliana: "O “O culto cu lto do do homem h o m em abstrato, a b strato , que q u e constituia c o n stitu ía o o micleo n ú cleo da d a nova n o v a religiao relig ião feuerbachiana, fe u e rb a c h ia n a , devia devia ser ser substituido su b stitu íd o pela pela ciencia ciên c ia do do homem h o m e m real re al ee do do 83 83 ENGELS, E n g e l s , F. F.

Ludwig Feuerbach ee oo [im L udw ig Feuerbach fim da da Filosojia Filosofia classico clássica alenui, alem ã,

p. p. 43. 43

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seu hist6rico. seu movimento m o v im en to histó rico . Esse E sse desenvolvimento d esen v o lv im en to do do ponto p o n to de de vista vista de de F e u e rb a c h alern além do d o pr6prio p ró p rio Feuerbach, F e u e rb a c h , Marx M a rx o o empreendeu e m p re e n d e u em em 1845, 1845, Feuerbach em em A A sagrada sa g ra d a [amilia" fa m ília ” a~. 8:!. Feuerbach "nao Feuerbach “não soube soube refutar refutar Hegel". Hegel” . Esta Esta tarefa tarefa caberia caberia aa K. K. Marx: Marx: "A “A ruptura ru p tu ra com com a a filosofia filosofia de de Hegel H eg el produziu-se, p ro d u ziu -se, aqui, aq u i, pela pela volta v o lta ao ao

ponto vista materialista. p o n to de de vista m aterialista. Isso Isso significa sig n ifica que que se se decidiu decidiu aa compreender c o m p re en d e r m u n d o real real -— natureza n a tu re z a ee hist6ria h istó ria -— tal tal como co m o se se apresenta a p rese n ta aa qualq u a l­ oo mundo quer q u e r que que a a ele ele se se dirija d irija sem sem nenhum n e n h u m preconceito p rec o n c e ito idealista. idealista. Decidiu-se D ecidiu-se aa sacrificar sa c rific a r implacavelmente im p lacav elm en te todo to d o capricho c a p ric h o idealista, idealista, impossivel im possível de de concon­ ciliar c iliar com com os os fatos fato s considerados c o n sid erad o s em em suas suas relacoes relaçõ es verdadeiras v e rd ad e iras ee nao n ão em em relacoes relações fantasticas, fan tásticas. 0 O materialismo m a teria lism o nao n ão significa significa outra o u tra coisa co isa senao sen ão isso. isso. Pela P ela primeira p rim e ira vez, vez, tornava-se to m av a-se realmente re a lm e n te aa serio sério aa concepcao co n c e p ç ã o matem a te ­ rialista do rialista do mundo, m u n d o , aplicando-a, a p lican d o -a, de de maneira m a n e ira conseqiiente, c o n seq ü en te, aa todos to d o s os os dorninios d om ínios do do conhecimento, co n h e c im en to , ao ao menos m en o s nas nas grandes g ran d e s linhas" lin h as” s-1. 84.

Marx M arx reteve reteve o o que que era era revolucionario revolucionário em em Hegel, Hegel, o o seu seu rnetodo método dialetico, dialético, livrando-o de de sua sua forma forma idealista idealista ee imprirnindo-lhe imprimindo-lhe carater caráter cientifico: científico: livrando-o "A “A dialetica d ialética da d a ideia idéia nao n ão se se torna to rn a mais m ais do do que que o o reflexo refle x o consciente co n scien te do d o movimento m o v im en to dialetico d ialético do d o mundo m u n d o real. real. A A dialetica d ialética de de Hegel H eg el foi, foi, assim , reposta re p o sta de d e cabeca c a b e ç a ppara a ra cima cim a ou, ou, mais m ais exatamente, e x a ta m e n te , da d a posicao p o sição assim, em em quc que se se achava, ach a v a , foi foi pposta o sta de de novo novo sobre so b re os os seus seus pes" p és” 85. 85. A consequencia conseqüência mais importante dessa dessa superacao superação de de Hegel Hegel ee do do neoneoA mais importante -hegelianismo 86. -hegelianismo estava estava em em que que Marx Marx "punha “punha termo termo aà filosofia filosofia
sr. nota de ape, Engels 85 Idem. Idem, p, p. 66-7. 66-7. Em Em nota de rod rodapé, Engels informa inform a que que colaborou colaborou durante durante 40 40 anos anos "tanto “tanto na na elaboracao elaboração como como no no desenvolvimento desenvolvimento da da teoria teoria marxista", m arxista”. Mas Mas sublinha (como (com o sempre sem pre costumava costumava fazer), faz e r), "a “a rnaior maior parte parte das das ideias idéias diretrizes diretrizes sublinha fundamentals, fundam entais, principalmente principalm ente no no dominio dom ínio economico econômico ee historico histórico especialrnente especialmente sua sua form ulação nitida nítida e definitiva, definitiva, deve-se deve-se a Marx". M arx” . forrnulacao 80 Idem, Idem, p. 68-9. 68-9. SU M7 87 Idem, Idem, p. p. 95-6 95-6 (Esta (E sta passagern passagem faz faz parte parte do do texto texto transcrito). transcrito). XS 88 O O grifo grifo é meu. meu. xn 8,1 O O leitor leitor deve deve Iernbrar-se: lem brar-se: oo primeiro primeiro conceito conceito aparece aparece em em A A ideologia ideologia alemii. alem ã. segundo é empregado empregado por por Marx M arx em "O “O metodo m étodo da da Economia Economia Politica", Política”, texto texto O segundo transcrito adiante ((ver especialmente p. p. 415), 415), e encontrou encontrou outras outras oportunidades oportunidades transcrito adiante ver especialmente de aplicacao, aplicação, por por ele ele ou por por Engels. Engels. de

e

e

136 136

tifica tífica foi foi mais mais demorado, demorado, oscilante oscilante ee ambiguo ambíguo (envolvendo (envolvendo interrnitencias intermitências ee relacoes relações contraditorias contraditórias entre entre geracoes gerações distintas). distintas). De De um um Iado, lado, ficou ficou quase pelo materialismo. quase sempre sempre faltando faltando uma uma opcao opção clara clara pelo materialismo. As As varias várias correiites positivistas ee espiritualistas correntes positivistas espiritualistas rnantiveram mantiveram dentro dentro da da ciencia ciência uma uma heranca filos6fica herança filosófica que que ou ou nao não era era repudiada, repudiada, ou ou nao não era era questionada questionada ate até o o fundo. fundo. De De outro, outro, aa cientifizacao, cientifização, nessas nessas correntes, correntes, ficou ficou presa presa ao ao Iascinio das ffsica à biologia) fascínio das ciencias ciências da da natureza natureza (da (da física biologia) ee as às suas suas tecnicas técnicas empiricas empíricas ee 16gicas lógicas de de observacao observação ee de de interpretacao. interpretação. Nenhuma Nenhuma delas delas logrou raciocinio cientffico logrou combinar combinar aa universalidade universalidade 16gica lógica do do raciocínio científico aà comcom­ preensao na sociedade preensão dialetica dialética do do movimento movimento ((na sociedade ee na na hist6ria). história). Dai Daí resultou um modelo resultou que que somente somente K. K. Marx Marx construiu construiu um modelo de de explicacao explicação ciencien­ tifica tífica que que apanhava apanhava aa transtormacao transformação da da sociedade sociedade como como um um processo processo historico-social, isto e, histórico-social, isto é, em em termos termos de de tempo tempo hist6rico histórico real. real. Tais Tais reflexoes reflexões deixam deixam patente patente que que oo rapido rápido avanco avanço do do materialismo materialismo hist6rico histórico repousava repousava em fatores. Um Um era em dois dois fatores. era oo pr6prio próprio Karl Karl Marx, Marx, cuja cuja personalidade personalidade como como investigador investigador cientifico, científico, hornem homem de de pensamento pensamento ee de de acao, ação, ee capacidade capacidade inventiva fora de ponto de inventiva devem devem ficar ficar fora de discussao. discussão. 0 O outro outro era era oo ponto de partida partida especffico, específico, no no qual, qual, pela pela primeira primeira vez vez na na hist6ria história da da ciencia ciência moderna, moderna, nao excluia aa afirmacao afirmação mais mais pura pura do do raciocinio raciocínio cientffico científico não excluía o o aproveitaaproveita­ mento de filos6fica, escoimada mento de uma uma rica rica heranca herança filosófica, escoimada de de seus seus "vicios “vícios de de origern". transcrito, F. Engels detern-se no signiorigem”. No No texto texto transcrito, F. Engels detém-se tao-somente tão-somente no signi­ ficado ficado imediato imediato daquele daquele ponto ponto de de partida, partida, no no qua! qual ele ele incluia incluía aa refutacao refutação do materialismo (naturalista filosofia (idealisdo antigo antigo materialismo (naturalista ee mecanicista) mecanicista) ee da da filosofia (idealis­ ta) ideais" com ta) da da hist6ria. história. 0 O primeiro primeiro confundia confundia "as “as forces forças motrizes motrizes ideais” com "as nivel das “as causas causas ultimas", últimas”, permanecendo permanecendo no no nível das aparencias aparências ee deixando deixando de indagar quais motrizes das de indagar quais seriam seriam "as “as torcas forças motrizes das torcas fotças rnotrizes". motrizes” . A A segunda segunda ia ia alem além desse desse circuito circuito lirnitado, limitado, principalmente principalmente gracas graças aa Hegel, Hegel, penetrando nas penetrando nas forcas forças realmente realmente determinantes. determinantes. No No entanto, entanto, ela ela neglinegli­ genciava hist6ria, porque genciava aa pr6pria própria história, porque preteria preteria os os fatos fatos pelas pelas ideias. idéias. Ao Ao par !ado oo antigo K. Marx pôr de de lado antigo materialismo materialismo ee aa filosofia filosofia da da hist6ria, história, K. M arx nao não se "sintese de se propunha propunha realizar realizar uma uma “síntese de perspectivas", perspectivas”, coma como diria diria K. K. ManMannheim, nheim, extraindo extraindo oo que que havia havia de de "born" “bom ” em em um um ee na na outra, outra, mediante mediante uma uma posicao posição interpretativa interpretativa ecletica. eclética. Ao Ao contrario, contrário, ele ele estabelecia estabelecia um um ponpon­ to partida novo, to de de partida novo, que que negava negava as as duas duas concepcoes concepções da da hist6ria história ee da da sociesocie­ dade, dade, ultrapassando-as ultrapassando-as atraves através de de um um "materialisrno “materialismo conseqiiente", conseqüente” , que que oferecia oferecia aà ciencia ciência aa possibi!idade possibilidade de de romper romper com com todos todos os os idola, idola, ou ou seja, seja, de de realizar-se realizar-se plenamente, plenamente, com com toda toda aa objetividade objetividade ee independencia independência que que lhe lhe devem devem ser ser intrinsecas. intrínsecas. E. É assim assim que que se se desenharia desenharia aa concepcao concepção materialista materialista da da historia. história. Ela Ela busca ou melhor, melhor, as busca descobrir descobrir as as "[areas “forças motrizes m otrizes da da historic" história ” ((ou as "forcas “forças motrizes motrizes das das forcas forças motrizes"). motrizes” ). Estas Estas surgem surgem na na superffcie superfície da da cena cena histohistó­ rica ee parecern rica parecem conscientes. conscientes. Porern, Porém, siio são na na maioria maioria das das vezes vezes predomipredomi­ nanternente nantemente inconscientes inconscientes ee niio não se se confundern confundem com com os os motivos motivos mais mais visivisí­ veis na hist6ria". veis ee transparentes transparentes da da "acao “ação dos dos homens homens na história” . Seguindo Seguindo aa otica ótica aberta por A aberta por A sagrada sagrada [amilia família ee por por A A ideologia ideologia alemii: alemã: o o que que possui possui

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importancia os motivos motivos que que transcendem importância decisiva decisiva sao são os transcendem ee sublimam sublimam socialsocial­ mente as grandes mente o o querer querer individual, individual, que que "poem “põem em em movimento movimento as grandes massas, massas, povos inteiras da povos inteiros, inteiros, classes classes inteiras da populacao"; população” ; motivos motivos "que “que os os irnpulimpul­ sionam nao como fogo de extingue rapidamente, mas como sionam não como fogo de palha palha que que se se extingue rapidamente, mas como a<;ao transtormacao hist6rica". Portanto, ação duravel durável visando visando aa um umaa grande grande transform ação histórica”. Portanto, oo materialismo motrizes que materialismo hist6rico histórico propoe-se propõe-se investigar investigar as as "forcas “forças motrizes que se se refletem das massas refletem aqui aqui no no espirito espírito das massas em em a<;ao ação ee dos dos seus seus chefes chefes -— aqueles aqueles que que se se chamam chamam ordinariamente ordinariamente grandes grandes homens". homens” . Como Como nas nas ciencias ciências da da natureza, descobrir as "dominam aa natureza, aa investigacao investigação pretende pretende descobrir as leis leis que que “dominam hist6ria dos diferentes história universal universal ee aa hist6ria história das das diferentes diferentes epocas épocas ee dos diferentes paises". países” . Em Em suma, suma, o o caos caos aparente aparente da da hist6ria história oculta, oculta, nas nas situacoes situações hist6ricas mais labels — - similares similares ou históricas mais lábeis ou contrastantes contrastantes -— aa manifestacao manifestação ordenada da existencia em socieordenada ee aa transformacao transform ação determinada determinada da existência humana hum ana em socie­ dade, regidas por dade, ambas ambas regidas por "leis “leis gerais" gerais” de de natureza natureza hist6rica. histórica. Se ordem da seria preciso preciso considerar: Se se se acompanha acompanha aa ordem da exposicao, exposição, seria considerar: 0) I. oo paralelo ( ou oo que poderia designar 1.°) paralelo entre entre natureza natureza ee sociedade sociedade (ou que se se poderia designar como nas relacoes sociais humanas); .0) como determinacao determinação ee indeterminacao indeterminação nas relações sociais hum anas); 2 2 .°) porque 3.0) oo materialismo materialismo porque se se tornou tom ou possivel possível uma uma ciencia ciência da da hist6ria; história; 3.°) hist6rico 0) ciencia como polaridades histórico como como teoria; teoria; 4. 4 .°) ciência ee ideologia ideologia como polaridades do do tratra­ balho historiador. A balho do do historiador. A primeira primeira questao questão eé esbocada esboçada em em termos termos de de concon­ traposicao. natureza operam cegos. N Naa “histó­ "histotraposição. Na N a natureza operam fatores fatores inconscientes inconscientes ee cegos. ria prevalece oo fim deseria da da sociedade, sociedade, ao ao reves, revés, prevalece fim consciente, consciente, refletido refletido ee dese­ jado". "Homens dotados dotados de jado”. “Homens de consciencia, consciência, agindo agindo com com reflexao reflexão ou ou paixao paixão ee visando No entanto, na ciência ciencia da visando aa fins fins determinados." determinados.” No entanto, como como na da natunatu­ reza, obserreza, cabe cabe ao ao investigador investigador da da "historia “história da da sociedade" sociedade” submeter submeter à obser­ vacao vação as as relacoes relações reais reais ee "descobrir “descobrir as as leis leis gerais gerais do do desenvolvimento desenvolvimento da vida em sociedade é um da sociedade". sociedade”. Na Na aparencia, aparência, aa vida em sociedade um caos, caos, como como se se aa indeterminação indeterrninacao imperasse as relacoes imperasse sobre sobre as as acoes ações ee as relações sociais sociais dos dos individuos. por indivíduos. Na Na realidade, realidade, oo desenvolvimento desenvolvimento da da sociedade sociedade eé regulado regulado por "leis que quer como aa natu­ natu“leis gerais gerais internas", internas” , o o que quer dizer dizer que que aa sociedade, sociedade, como reza, superticie. Acima reza, esta está submetida submetida à determinacao. determinação. 0 O acaso acaso reina reina na na superfície. Acima dos motivos pessoais dos dos motivos pessoais ee ideais, ideais, que que aparentemente aparentemente dirigem dirigem as as acoes ações dos homens ficam as as causas hist6ricas, mais menos ocultas homens ee sua sua hist6ria, história, ficam causas históricas, mais ou ou menos ocultas ee mais mais ou inconscientes, que ou menos menos inconscientes, que se se transformam transformam naqueles naqueles motivos motivos "no “no cerebro cérebro dos dos homens homens que que agem". agem” . Por Por conseguinte, conseguinte, as as "Iorcas “forças motrim otri­ zes'' hist6ria refletem dois tipos zes” da da história refletem dois tipos de de componentes componentes dinamicos, dinâmicos. Os Os motimoti­ vos ideais, que vos pessoais pessoais ee ideais, que parecem parecem ser ser decisivos, decisivos, apenas apenas "possuem “possuem uma uma importancia importância secundaria secundária para para oo resultado resultado final", final”, qualquer qualquer que que seja seja aa imim­ portancia se portância deles deles para para oo estudo estudo hist6rico. histórico. As As causas causas materiais, materiais, que que se ocultam por trás tras daqueles que sao verdadeiramente "forcas ocultam por daqueles motivos, motivos, é que são verdadeiramente “forças determinantes" determ inantes” ee permitem permitem explicar, explicar, atraves através das das acoes ações ee das das relacoes relações dos curso dos dos processos processos histodos homens homens entre entre si, si, os os acontecimentos acontecimentos ee o o curso histó­ ricos. proposicoes de este respeito, respeito, parecem parecem simplificar ricos. As As proposições de F. F. Engels, Engels, aa este simplificar oo marxismo. marxismo. Não Nao eé esse, partir das das nocoes esse, porem, porém, o o seu seu objetivo. objetivo. A A partir noções mais caracterizaciio do historico mais elementares, elementares, ele ele demonstra demonstra que que a a caracterização do que que eé histórico

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ee aa determinaciio que é historicamente determ inação do do que historicam ente explicativo explicativo exigem exigem que que se se trabalhe trabalhe em em dois dois niveis níveis sirnultaneos, simultâneos, o o dos dos "motives “motivos das das acoes" ações” ee o o da da "causacao “causação hist6rica" histórica” dos dos processos processos propriamente propriamente ditos ditos de de desenvoldesenvol­ vimento tempo historico, vimento da da sociedade. sociedade. Operando Operando com com o o tempo histórico, oo investigador investigador deve deve lidar lidar com com ambas ambas as as coisas coisas e, e, oo que que eé essencial, essencial, sua sua formula fórmula interinterpretativa pretativa geral geral das das "causas “causas historicas" históricas” deve deve aplicar-se aplicar-se ee explicar explicar os os "mo“mo­ tivos pois, nem tivos pessoais pessoais das das acoes". ações” . Nao Não ha, há, pois, nem uma uma reducao redução do do tempo tempo hist6rico tempo psicol6gico ou psicossociol6gico) histórico ao ao tempo psicológico ((ou psicossociológico) das das situacoes situações concon­ cretas de interacao cretas de interação social; social; nem nem uma uma transposicao transposição de de pianos, planos, com com aa transtrans­ figuracao e, em figuração do do tempo tempo psicossocial psicossocial em em tempo tempo historico histórico ((e, em consequencia, conseqüência, do do caos caos em em ordem, ordem, da da indeterminacao indeterminação em em determinacao, determinação, do do "livre “livre arbiarbí­ trio" em trio” em "leis “leis gerais", gerais” , etc.). etc.). O O segundo segundo assunto assunto eé abordado abordado mediante mediante uma uma digressao digressão que que se se poderia intepoderia entender entender como como uma uma sociologia sociologia da da historia. história. 0 O que que ha há de de inte­ ressante, na na digressao, digressão, esta está na na linha linha de de ataque ataque do do investigador. investigador. Nas Nas ressante, ciencias insistido muito ciências sociais sociais tem-se têm-se insistido muito no no impacto impacto da da revolucao revolução burguesa burguesa sobre as as tecnicas técnicas de de consciencia consciência social social ee de de explicacao explicação do do mundo mundo ((e£plisobre eiplicando-se, cando-se, assim, assim, o o aparecimento aparecimento da da sociologia, sociologia, da da economia economia politica, política, etc.). rnais especifica. modo de etc.). F. F. Engels Engels adere adere aa uma uma explicacao explicação mais específica. 0 O modo de producao produção capitalista capitalista engendra engendra uma uma estratificacao estratificação em em classes classes da da sociesocie­ dade, dade, que que toma torna tudo tudo claramente claramente perceptive!. perceptível. Ao Ao contrario contrário de de outras outras formas burguesa nao formas antagonicas antagônicas de de sociedade, sociedade, aa sociedade sociedade burguesa não esconde esconde aa sua Essa simplificacao pesquisa das sua essencia essência pela pela aparencia. aparência. Essa simplificação facilita facilita aa pesquisa das "causas historia ee resolve “causas motrizes" motrizes” da da história resolve o o enigma enigma de de todas todas as as sociedades sociedades antagonicas. antagônicas. Tornam-se Tornam-se evidentes, evidentes, tarnbem, também, quais quais sao são as as tres três grandes grandes classes classes dessa dessa sociedade, sociedade, o o antagonismo antagonismo de de seus seus intetesses inteçesses ee aa luta luta que que elas fechar elas travam travam entre entre si. si. Engels Engels afirma, afirma, mesmo, mesmo, que que seria seria "preciso “preciso fechar os moos olhos olhos propositadamente propositadamente para para nao não ver ver aa forca força motriz motriz da da hist6ria história mo­ derna". simplificacao do do marxismo marxismo (ou derna” . De De novo, novo, uma uma simplificação (ou uma uma tautologia)? tautologia)? Ao contrario, Ao contrário, uma uma explicacao explicação materialista materialista da da genese gênese da da ciencia. ciência. A A hishis­ t6ria, como tória, como ee enquanto enquanto ciencia, ciência, explica-se explica-se pela pela situacao situação hist6rica histórica concon­ creta outras palavras, creta -— ou, ou, em em outras palavras, aa sociedade sociedade de de classes classes se se explica: explica: ao ao elevar-se propicia um elevar-se aà consciencia consciência social social como como ela ela e. é, ela ela propicia um desdobramento desdobramento da isso acontece, da pesquisa pesquisa cientifica. científica. Quando Quando isso acontece, desaparece desaparece oo enigma, enigma, pois pois forma antagonica antagônica de de sociedade sociedade mais desenvolvida esclarece esclarece oo segredo segredo aa forma mais desenvolvida das formas anteriores hist6ria uma das formas anteriores ee confere confere aà história uma nova nova dimensao dimensão explicativa. explicativa. O terceiro terceiro tema tema refere-se refere-se aa uma uma condensacao condensação da da teoria teoria das das classes classes O (o texto transcrito (o texto transcrito apenas apenas apanha apanha o o inicio início da da exposicao exposição de de F. F. Engels), Engels), aa qua! Nao seria qual constitui constitui o o ponto ponto forte forte do do quarto quarto capitulo capítulo do do Iivro. livro. Não seria necessario ir necessário ir alem, além, ja já que, que, em em leituras leituras anteriores, anteriores, tais tais questoes questões foram foram amplamente amplamente abordadas. abordadas. Essas Essas poucas poucas paginas páginas servem servem para para assinalar assinalar que que oo materialismo materialismo hist6rico, histórico, como com o teoria, teoria, concentrou-se concentrou-se sobre sobre aa sociedade sociedade burguesa burguesa e, e, por por consequencia, conseqüência, sobre sobre oo modemo moderno regime regime de de classes classes sociais. sociais. A apresentacao A apresentação do do assunto assunto eé habil, hábil, Engels Engels exclui exclui aa "dominacao “dominação violenta" violenta” ((ou ou seja, seja, aa dorninacao dominação etnica étnica ou ou racial racial de de povos povos conquistadores) conquistadores) como como

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causa causa da da dominacao dominação de de classe. classe. Esta Esta eé uma uma formacao formação cujas cujas causas causas sao são "de puramente “de ordem ordem puram ente economica". econômica” . De De outro outro lado, lado, oo materialismo materialismo histohistó­ rico, rico, como como teoria teoria das das classes classes sociais, sociais, e, é, eo eo ipso, ipso, uma uma teoria teoria da da hist6ria história moderna. moderna. Ela Ela nao não se se coloca coloca so só aa questao questão das das origens origens ee do do desenvolvidesenvolvi­ mento mento das das classes classes sociais. sociais. Procura Procura descobrir descobrir por por que que aa forma forma de de antaanta­ gonismo gonismo vinculada vinculada aà producao produção capitalista capitalista ee aà existencia existência das das classes classes nao não se concilia se concilia com com aa estabilidade estabilidade da da ordem, ordem, sendo, sendo, pois, pois, altamente altamente exploexplo­ siva, siva, levando levando consigo consigo os os fatores fatores da da dissolucao dissolução da da sociedade sociedade burguesa. burguesa. Engels Engels ainda ainda provoca provoca duas duas reflex6es reflexões esclarecedoras. esclarecedoras. Ouanto Quanto ao ao conceito conceito de de classe classe ee de de luta luta de de classes classes (a (a respeito respeito dos dos quais quais oo Manifesto M anifesto do do Partido Partido Comunista Comunista se se apega apega aa um um paradigma paradigma generalizado), generalizado), acentua acentua oo que que parece parece 6bvio. óbvio. As As classes, classes, corno como formacoes formações do do modo modo especial especial de de producao produção capicapi­ talista, talista, sao são realidades realidades da da historia história moderna. moderna. A A outros outros modos modos de de producao produção correspondem correspondem outras outras formac;6es formações sociais sociais historicas, históricas, as as quais quais s6 só poderiam poderiam ser ser designadas designadas como como "classes" “classes” por por abstracao abstração ee generalizacao. generalização. Quante Quanto aà relacao relação entre entre Estado Estado ee sociedade sociedade civil, civil, aponta aponta o o primeiro primeiro como como elemento elemento "secundario" “secundário” ee "determinado". “determ inado”. A A sociedade sociedade civil civil eé oo elemento elemento "principal" “principal” ee "determinante", “determ inante” , mesmo mesmo que que se se reconheca reconheça que que "todas “todas as as necessidades necessidades da da sociedade sociedade civil civil -— qualquer qualquer que que seja seja aa classe classe no no poder poder -— passam passam pela pela vontade vontade do do Estado". E stado” . O O ultimo último t6pico tópico -— ciencia ciência ee ideologia ideologia -— aparece aparece nas nas passagens passagens finais finais do do texto. texto. Nele Nele F. F. Engels Engels resume resume aa conclusao conclusão geral geral (ja (já citada citada acima) acima) ee condensa uma retlexao especondensa uma reflexão de de profundo profundo interesse interesse para para oo historiador historiador ((espe­ cialmente cialmente para para o o historiador historiador marxista). m arxista). Ainda Ainda aqui, aqui, oo eixo eixo de de sua sua arguargu­ mentacao mentação esta está nas nas classes classes ee na na luta luta de de classes. classes. Na N a Alemanha, Alemanha, aa filosofia filosofia classica clássica poderia poderia ter ter reforcado reforçado o o esplendor esplendor da da burguesia burguesia interna, interna, se se esta, esta, por por sua sua vez, vez, tivesse tivesse ocupado ocupado toda toda aa cena cena hist6rica. histórica. Isso Isso nao não aconteceu, aconteceu, ee aa filosofia tras. A filosofia classica clássica foi foi deixada deixada para para trás. A ac;ao ação ocupou ocupou as as pessoas pessoas ee s6 só oo proletariado proletariado mostrou-se mostrou-se aà altura altura do do "velho “velho espfrito espírito teorico teórico ee indeinde­ pendente", pendente”, que que aquela aquela filosofia filosofia encarnava encarnava -— "e “é s6 só na na classe classe operaria operária que que oo senso senso te6rico teórico alemao alemão se se mantem mantém intacto". intacto” . Os Os representantes representantes oficiais oficiais das das ciencias ciências historicas históricas converteram-se converteram-se nos nos "ideologos “ideólogos mais mais declarados declarados da da burguesia". burguesia”. E E ressalta: ressalta: serviam serviam aa esta esta em em sua sua relacao relação de de "luta “luta aberta aberta contra contra aa classe classe operaria", operária” . Ele Ele ee K. K. Marx M arx foram foram encontrar encontrar nesta nesta classe classe oo acolhimento to aà ciencia acolhimento que que nao não procuraram procuraram nem nem esperavam esperavam "jun “junto ciência oficial". oficial” . Essas Essas duas duas paginas páginas sao são reveladoras. reveladoras. Elas Elas exprimem exprimem uma uma opcao opção e, e, em em um um plano plano mais mais alto, alto, ressaltam ressaltam qual qual eé aa relacao relação da da ciencia ciência da da hist6ria história com com oo movimento movimento revolucionario revolucionário do do proletariado. proletariado. 0 O historiador historiador podera poderá enganar-se, enganar-se, se se permanecer permanecer preso preso aa um um horizonte horizonte profissional profissional estreito, estreito, principalmente principalmente se se conceber conceber os os seus seus papeis papéis em em termos termos "das “das func;6es funções da da ciencia" ciência” ou ou das das "tarefas “tarefas da da historia", história” . Na N a verdade, verdade, aa opcao opção ee aa afirmacao afirmação da da hist6ria história como como ciencia ciência correm correm por por dentro dentro da da luta luta de de classes classes ee do do sentido sentido ultimo último da da hist6ria história moderna. moderna. Ciencia Ciência oficial oficial ee ideologia ideologia da da classe classe dominante dominante sao são irmas irmãs siamesas. siamesas. 0 O historiador historiador marxista, marxista, pelo pelo menos, menos, nao não

140 140 pode ignorar ignorar essa essa lição, que procede procede da da vida vida ee do do exemplo exemplo dos dos fundafunda­ pode licao, que dores do do materialismo materialismo historico. histórico. Existe Existe urn um padrao padrão de de congruencia. congruência. NinNin­ dores guém pode pode aderir aderir aa uma uma concepcao concepção materialista materialista ee dialetica dialética da da hist6ria história guem ignorar as as irnplicacoes implicações morais morais ee praticas práticas do do materialismo, materialismo, da da dialetica dialética ee ignorar da hist6ria, história, recolhendo-se recolhendo-se ao ao conforto conforto da da ciencia ciência oficial oficial ee ao ao seu seu sileusilên­ ee da cio ou ou ambiguidades. ambigüidades. A A condicao condição humana humana do do historiador historiador nao não decorre decorre cio somente de de sua sua situacao situação profissional, profissional, ela ela eé determinada determinada por por uma uma historia, história, somente qual, se se ele ele for for marxista, marxista, lhe lhe dira dirá quais quais sao são as as tare/as tarefas do do historiador. historiador. aa qual,

Obras de K. K. Marx Marx ee de de F. F. Engels Engels Obr as de 1. 1.

Karl Marx Marx Karl

Critique du du Droit Droit Politique Politique Hegelien Hégélien (em (e m apendice: ap ê n d ic e: "Contribution “ C o n trib u tio n a à la la CriC ri­ Critique tiq u e de de la la Philosophie P h ilo so p h ie du d u Droit D ro it de d e Hegel"). H e g e l” ). Trad. T ra d . ee introd. in tro d . de! d e i A. A. tique Baraquin. B araquin. Paris, P aris, Editions É d itio n s Sociales, Sociales, 1975. 1975. Economic and Economic and philosophic philosophie manuscripts manuscripts of of 1844. 1844. Trad. T ra d . de de M. M. Milligan. M illigan. 2. 2. ed. M oscou, Foreign F o re ig n Languages L an g u ag es Publishing P u b lish in g House. H ouse. 1961; 1961; Economic Economia ed. Moscou, Política y Filosolia. Filosofia. Trad. T ra d . de d e A. A . G. G . Riihle R ü h le ee J. J. Harari. H a ra ri. Mexico, M éxico, EdiE d i­ Politica to rial America, A m érica, s.d. s.d. torial Miseria Miséria da da Filosofia. Filosofia. Trad. T ra d . de d e M. M . Macedo. M aced o . S. S. Paulo, P au lo , Editora E d ito ra Flama, F la m a, 1946; 1946; n ova edi9iio: ed ição : trad. trad . ce intr. in tr. de de J. J. Paulo P a u lo Netto. N e tto . S. S. Paulo, P au lo , Livraria L iv ra ria Editora E d ito ra nova C iências Hurnanas, H u m a n a s, 1982. 1982. Ciencias /I s lutas de classes na Franca França de 1848 1848 a 1850. 1850. Introducao In tro d u ç ã o de de F. F . Engels, E n g e ls, As de de 6-3-1895. 6-3-1895. In: In : MARX, M a r x , K. K . ee ENGELS, E n g e l s , F. F . Textos. Textos, v. v. 3, 3, p. p. 92-)98. 92 -1 9 8 . Le Le 18 18 Brumaire Brumaire de de Louis Louis Bonaparte. Bonaparte. Paris, P aris, Editions É d itio n s Sociales, Sociales, 1945; 1945; 0 O 18 18 Brumário e Carras Cartas a Kugelmann, Kugelmann. Trad. T ra d . rev. rev. por p o r L. L. Konder. K o n d e r. 2. 2. ed. ed. Brumdrio R io de de Janeiro, Ja n e iro , P a z ce Terra, T e rra , 1974. Rio Paz 1974. Laguerre 1871. Intr. La guerre civile civile en en France, France, 1871. In tr. de de F. F. Engels. E ngels. Paris. Paris, Editions É d itio n s Sociales, Sociales, 1946. 1946. Contribuicao Economia Politica. Contribuição aà critica crítica da da Economia Política. Trad. T ra d . ee intr. intr. de de F. F . Fernandes. F e rn a n d e s. S. S. Paulo, P aulo, Editora E d ito ra Flama, F lam a, 1946. 1946. El capital. capital. Trad. T ra d . do do Prof. P ro f. M. M . Pedroso. P ed ro so . Mexico, M éxico, Ediciones E d icio n es Fuente F u e n te Cultural, C u ltu ral, El s.d. 0 capital. s.d. 55 v.; v.; O capital. Trad. T ra d . de de Reginaldo R eg in ald o Sant'Anna. S a n t’A n n a. Rio R io de de Janeiro, Jan eiro , C ivilização Brasileira. B rasileira. 6 6 vv.. (l-3, (1 -3 , 1968-1970, 1968-1970, 4-6, 4-6, s.d.). s .d .). Civilizacao Fondements de la critique critique de l'Economie VÊconomie Politique Politique (Bbaucbe (É b a u c h e de de 1857-1858). 1 8 5 7 -1 8 5 8 ). Fondements Trad. T ra d . de de R. R. Dangeville. D angeville. Paris, P aris, Editions É d itio n s Anthropos, A n th ro p o s, 1968. 1968. 22 v, v. Formações economicas econômicas pre-capitalistas. pré-capitalistas. Intr. In tr. de de E. E. J. J. Hobsbawm. H o b sb aw m . Trad. T ra d . de de Formaciies J. rev. ppor J. Maia, M aia, rev. o r A. A. Addor. A ddor. Rio R io de de Janeiro, Ja n e iro , Paz P a z ee Terra, T e rra , 1975. 1975.

2. 2.

Fried rich Engels Friedrich Engels

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'L . ...:.....

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0 O materialismo materialismo historico histórico em em questiio questão

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Nota Nota explicativa explicativa

É preciso esclarecer oo leitor respeito das das fontes fontes utilizadas utilizadas para para 8 preciso esclarecer leitor aa respeito traducao, aceitou oo criterio de promover tradução. A A Editora Editora Atica Ática aceitou critério de promover traducoes traduções pr6prias, próprias, aa partir partir das das edicoes edições arroladas arroladas acima. acima. Foi Foi montada m ontada uma uma equipe equipe especial de de tradução, revisão técnica, etc. Devo, pois, agradecimentos agradecimentos especial traducao, revisao tecnica, etc. Devo, pois, especiais pela colaboracao de todo grupo, que especiais pela colaboração recebida recebida de todo esse esse grupo, que engloba engloba M. Boschi, Viktor Viktor von von Ehrenreich, M. Carolina Carolina de de A. A. Boschi, Ehrenreich, Flavio Flávio Rene René Kothe, Kothe, Régis Barbosa, ário Curvello, Curvello, Jose José Paulo Paulo Netto Netto ee N. Nicolai. Regis Barbosa, M Mario N. Nicolai. As anotacoes anotações que que os os tradutores tradutores ou ou oo revisor decidiram As revisor técnico tecnico decidiram sugerir, foram aproveitadas, para assinalar assinalar aa seriedade sugerir, foram aproveitadas, para seriedade de de seu seu trabalho trabalho ee seu seu empenho Smpenho de de dar dar aa esta esta coletanea coletânea uma uma qualidade qualidade exemplar. exemplar. Eu Eu próprio tive tempo tempo para para aproveitar aproveitar as as traduções, promovendo subssubs­ pr6prio não nao tive traducoes, promovendo tituições no texto da da minha minha introducao introdução ((onde isso fosse fosse possivel possível ou ou tituicoes no texto onde isso necessario). saude s6 permitiu que dedicasse aa esse necessário). Meu Meu estado estado de de saúde só permitiu que me me dedicasse esse trabalho tres meses trabalho no no inicio início de de julho julho do do ano ano passado passado ee em em menos menos de de três meses entreguei OS os originais, originais, dentro dentro do do prazo prazo que me foi foi concedido. concedido. Eni concon­ entreguei que me seqiiencia, que oo leitor alguns seqüência, eé provavel provável que leitor encontre encontre um um descompasso descompasso entre entre alguns trechos textos coligidos Esse descompasso descompasso pode trechos que que citei citei ee os os textos coligidos aa seguir. seguir. Esse pode ser sanado sanado facilmente facilmente ee não brilho da da edição. Li todo todo oo matemate­ ser niio empana empana oo brilho edicao, Li rial produzido pela os seus indirial produzido pela equipe equipe ee presto-lhe, presto-lhe, aa todos todos os seus membros membros indi­ viduais ee aa ela ela em homenagem sincera sincera ee reconhecida. viduais em conjunto, conjunto, uma uma homenagem reconhecida. 0 O seu trabalho trabalho confere esta coletanea coletânea um um valor valor que que ela ela nao não teria, seu confere aa esta teria, em em outras outras circunstancias. circunstâncias. Tarnbem Também apresento apresento meus meus agradecimentos agradecimentos aà Editora Editora Atica, be enfrentar responsabilidades culturais ( e os Ática, que que sou soube enfrentar suas suas responsabilidades culturais (e os riscos riscos de uma obra deste deste tipo, tipo, inteiramente inteiramente fora fora do do padrso padrão da da colecao) coleção) com com de uma obra espírito cooperativo ee construtivo. construtivo. espirito cooperative

Em

Florestan Fernandes Floreslan Fernandes

TEXTOS DE TEXTOSDE MARX E ENGELS ENGELS MARX E

Selefiio S eleção ee Organizaciio: O rganização: Florestan Florestan Fernandes Fernandes

I.A I.A CONSCltNCIA CONSCIÊNCIA .RREVOLUCIONÁRIA EVOLUCIONARIA DAHISTORIA Q\ HISTORIA 1. 1.

K. K. MARX: MARX: TRABALHO TRABALHO ALIENADO ALIENADO E E SUPERA«;AO SUPERAÇÃO POSITIVA POSITIVA DA DA AUTO.ALIENA«;AO AUTO-ALIENAÇÃO HUMANA HUMANA **

I

(0 [O trabalbo trabalho alienado] alienado]11 XXD XXII

. Partimos pressupostos da Economia Política. Politica. Aceitamos Aceitamos aa sua sua Partimos dos dos pressupostos da Economia linguagem as suas linguagem ee as suas leis. leis. Supusemos Supusemos aa propriedade propriedade privada, privada, aa separacao separação •* 0O presente presente texto texto constitui constitui aa parte parte final final do do primeiro primeiro dos dos Manuscritos Manuscritos economicoeconômico-filos6/icos base da -filosóficos (1844); (1844); tomamos tomamos por por base da traducao tradução o o texto texto editado editado em em MARX, M arx , K. K. ee EN<JELS, Brieje bis E n g e l s , F. F. Werke. Werke. Ergllnzungsband: Erganzungsband: Schrijten.. Schrifien, Manuskripte, Manuskripte, Briefe bis 1844. 1844. Berlim, Dietz Verlag, Berlim, Dietz Verlag, 1977. 1977. Torno Tomo I, I, p. p. 510-22. 510-22. Traduzido Traduzido por por Viktor Viktor von von Ehrenreich. Ehrenreich. t1 Em Em geral geral procuramos procuramos nos nos ater ater oo mais mais fielmente fielmente posslvel possível ao ao texto texto original, original, ee as as passagens passagens que que por por uma uma razao razão ou ou outra outra niio não permitem permitem uma uma versiio versão ipsis ipsis verbis verbis foram foram registradas registradas em em notas. notas. 0 O carater caráter de de manuscrito manuscrito explica explica muitas muitas rudezas rudezas de de estilo estilo no no texto, texto, ee nao não foi foi intento intento da da tradu~ao tradução arredondar arredondar o o vernaculo vernáculo ee assim assim iludir terminologia, procuramos iludir quanto quanto ao ao truitcamento truncamento do do original. original. Quanto Quanto aà terminologia, procuramos sempre sempre traduzir traduzir cada cada termo termo alemao alemão por por um um s6 só equivalente equivalente portugues, português, justificando justificando as tat procedimento as vezes vezes em em que que tal procedimento se se tornava tornava impossivel· impossível devido devidò ao ao contexto contexto ou ou aà multivocidade uso de multivocidade do do termo termo alemao alemão em em pauta. pauta. Seguimos Seguimos o o uso de grifos grifos de de Marx, Marx, oo qual qual tern tem sempre sempre aa fun~o função de de ressaltar ressaltar o o significado significado do do termo termo grifado; grifado; isto isto nos grifando expressoes nos levou levou aa nos nos afastarmos afastarmos do do uso uso em em portugues, português, nao não grifando expressões estranestran­ geiras que no texto. geiras que ocorrem ocorrem no texto. Tambem Também seguimos seguimos aa pontuacao pontuação '10 jlo original, original, mesmo mesmo onde A numeraeao romana, onde esta esta se se afasta afasta do do uso uso mais mais corrente corrente de de nossa nossa lingua. língua. A numeração romana, em em negrito negrito na na margem, margem, indica indica aa pagina~ao paginação do do respective respectivo caderno caderno de de manuscritos manuscritos tal tal qua! qual aparece aparece na na edi~ao edição supracitada. supracitada. Colchetes Colchetes [[ )] indicam indicam acrescimos acréscimos ou ou comcomplementacoes piementações do do editor editor alernao, alemão, barras barras duplas duplas II / / /II/ acrescimos acréscimos do do tradutor tradutor para 'para efeitos efeitos de de maior maior clareza, clareza, cita~ao citação do do termo termo alernao alemão em em pauta pauta ou ou tradu~o tradução de de eventuais eventuais termos termos que que aparecem aparecem em em lingua língua estrangeira estrangeira no no original. original. Salvo Salvo indica~ao indicação explicita notas sao explícita em em contrario, contrário, todas todas as as notas são do do tradutor. tradutor.

147 147 · de de trabalho, trabalho, capital capital ee terra, terra, igualmente igualmente de de salario, salário, Iucro lucro de de capital capital ce renda renda da da terra, terra, assim assim como como aa divisao divisão do do trabalho, trabalho, aa concorrencia, concorrência, o o conceito conceito de de valor valor de de troca, troca, etc. etc. A A partir partir da da Economia Economia Politica Política mesma, mesma, com com as as suas suas pr6prias próprias palavras, palavras, mostramos mostramos que que oo trabalhador trabalhador decai decai aa uma mais miseravel mercadoria, que uma mercadoria mercadoria ee aà mais miserável mercadoria, que aa rniseria miséria do do trabatraba­ lhador lhador esta está na na razao razão inversa inversa do do poder poder ee da da magnitude magnitude da da sua sua producao, produção, que que o o resultado resultado necessario necessário da da concorrencia concorrência eé aa acumulacao acumulação do do capital capital em poucas maos, terrivel do em poucas mãos, portanto portanto aa restauracao restauração ainda ainda mais mais terrível do monopomonopó­ Iio, lio, que que finalmente finalmente desaparece desaparece aa diferenca diferença tanto tanto entre entre capitalista capitalista ee renrentista tista 22 quanto quanto entre entre agricultor agricultor ee trabalhador trabalhador de de indtistria indústria 38 ee que que aa sociesocie­ dade nas · duas dade inteira inteira tern tem que que se se cindir cindir nas duas classes classes dos dos proprietaries proprietários ee dos dos trabalhadores trabalhadores sem sem propriedade. propriedade. A A Economia Economia Politica Política parte parte do do fato fato da da propriedade propriedade privada. privada. Nao Não nos nos explica explica o o mesmo. mesmo. Capta Capta oo processo processo material material que que aa propriedade propriedade privada privada perfaz perfaz na na realidade realidade efetiva efetiva 44 em em formulas fórmulas abstratas, abstratas, gerais, gerais, que que entao então Ihe lhe valem valem como como leis. leis. Nao Não concebe concebe G5 estas estas leis, leis, ou ou seja, seja, nao não dede­ monstra m onstra 66 como como emergem emergem da da essencia essência da da propriedade propriedade privada. privada. A A EconoEcono­ mia nao nos mia Politica Política não nos da dá esclarecimento esclarecimento algum algum sobre sobre aa razao razão 77 da da divisao divisão entre Por exemplo, entre trabalho trabalho ee capital, capital, entre entre capital capital ee terra. terra. Por exemplo, quando quando determina determ ina aa relacao relação do do salario salário com com o o lucro lucro de de capital, capital, o o interesse interesse do do capitalista capitalista lhe lhe vale vale como como aa razao razão ultima; última; isto isto e, é, ela ela supoe supõe o o que que devc deve desenvolver. desenvolver. Igualmente Igualmente aa concorrencia concorrência entra entra em em toda toda parte. parte. 8 É explicada explicada aa partir partir de de circunstancias circunstâncias extemas. externas. A A Economia Econom ia Politica Política nada nada nos nos ensina ensina sobre sobre ate até que que ponto ponto estas estas circunstancias circunstâncias extemas, externas, aparentemente aparentemente acidenaciden­ tais, Vimos tais, sao são apenas apenas aa expressao expressão de de um um desenvolvimento desenvolvimento necessario. necessário. Vimos 22 "Grundrentner", “Grundrentner”,

ou ou seja, seja, aquele aquele que que vive vive da da renda renda da da terra terra ("Grundrente"). (“Grundrente”). literalmente manufatureiro" ou "trabalhador literalmente "trabalhador “trabalhador manufatureiro” ou “trabalhador de de (ou (ou em) em ) manufatura(s)". manufatura(s)”. 4 Termo de extracao hegeliana, "Wirklichkeit" designa aqui nao apenas a realidade 4 Termo de extração hegeliana, “Wirklichkeit” designa aqui não apenas a realidade como humana (incluindo, como dado dado bruto, bruto, mas mas aquela aquela posta posta efetivamente efetivamente pela pela a1,:lio ação humana (incluindo, por por exemplo, exemplo, instituicoes instituições sociais). sociais). Uma Uma traducao tradução alternativa alternativa seria seria "efetividade", “efetividade”, de de resto resto mais mais fief fieí aà formacao formação do do vocabulo vocábulo alemlio. alemão. "Wirklichkeit" “Wirklichkeit” vem vem de de "wirken" “wirken” = "atuar", “atuar”, sendo sendo cognato cognato dos dos termos termos alemlies alemães "Werk", “Werk”, "werken" “werken” (respectivarnente (respectivamente "obra" “obra” ee "obrar") “obrar”) ee dos dos termos termos ingleses ingleses "work", “work”, "to “to work" work” ("trabalho", ( “trabalho”, "tra“tra­ 3 3 "Manufakturarbeiter", “Manufakturarbeiter”,

=

balhar"), balhar”). ~5 Em verbo "begreifen" Em alemlio: alemão: "begreift'' “begreift”..• 0 O significado significado corrente corrente do do verbo “begreifen” é "com“com­ preender". preender”. Mas Mas como como aqui aqui se se trata trata do do desdobrarnento desdobramento racional racional de de um um conteudo conteúdo numa no sentido nlio casual numa ciencia ciência (o (o grifo grifo tambern também aponta aponta no sentido de de um um uso uso não casual do do termo), term o), entra entra em em jogo jogo uma uma aproximacao aproximação deste deste verbo verbo com com o o substantivo substantivo cognato cognato "Begriff" “Begriff” = tambem um um termo = "conceito", “conceito”, também termo tecnico técnico na na tradicao tradição begeliana. hegeliana. 6 Em alemlio: parece justificar 6 Em alemão: "zeigt “zeigt nicht nicht nach". nach”. 0 O contexto contexto parece justificar nossa nossa rraducso tradução talvez talvez um tanto um tanto forte forte para para o o termo termo alemao. alemão. "Nachzeigen" “Nachzeigen” (de (de "zeigen" “zeigen” = = "mostrar" “mostrar” ee "nach" “nach” = "apos", “após”, "segundo") “segundo”) se se aproxima aproxima aqui aqui do do uso uso de de "nachweisen" “nachweisen” ("evi( “evi­ denciar", denciar”, "demonstrar"), “demonstrar” ). 77 Normalmente por "fundarnento", Normalmente se se traduz traduz "Grund" “Grund” por “fundamento”, mas mas aqui aqui "razao" “razão” se se aproapro­ xima xima mais mais do do uso uso vernaculo. vernáculo.

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148 148

como mesmo aa troca como mesmo troca aparece aparece aa ela ela como como um um fato fato acidental. acidental. As As unicas únicas rodas rodas que que oo economista economista politico político poe põe em em movimento movimento sao são aa garuincia ganância ee aa guerra guerra entre entre os os gananciosos, gananciosos, a a concorrencia concorrência 8• 8.

Precisamente Precisamente porque porque aa Economia Economia Politica Política nao não concebe concebe aa interconexao interconexão do possivel que do movimento movimento eé que que foi foi possível que de de novo novo se se opusessem, opusessem, por por exemplo, exemplo, aa doutrina doutrina da da concorrencia concorrência àa doutrina doutrina do do monop6lio, monopólio, aa doutrina doutrina da da liberdade liberdade de de offcio ofício aà doutrina doutrina da da corporacao, corporação, aa doutrina doutrina da da divisao divisão da da posse da grande posse da da terra terra à doutrina doutrina da grande propriedade propriedade de de terras, terras, pois pois concorconcor­ rencia, posse da rência, liberdade liberdade de de oficio, ofício, divisao divisão da da posse da terra terra eram eram desenvolvidas desenvolvidas ee concebidas concebidas apenas apenas como como consequencias conseqüências acidentais, acidentais, propositais, propositais, violenviolen­ tas tas do do monop6lio, monopólio, da da corporacao corporação ee da da propriedade propriedade feudal, feudal, nao não como como suas suas conseqiiencias conseqüências necessarias, necessárias, inevitaveis, inevitáveis, naturais. naturais. Agora portanto que Agora temos temos portanto que conceber conceber aa interconexao interconexão essencial essencial entre entre aa propriedade propriedade privada, privada, aa ganancia, ganância, aa separacao separação de de trabalho, trabalho, capital capital ee propriedade propriedade da da terra, terra, de de troca troca ee concorrencia, concorrência, de de valor valor ee desvalorizacao desvalorização dos dos homens, homens, de de monop6!io monopólio ee concorrencia, concorrência, etc., etc., de de toda toda esta esta alienacao alienação com com oo sistema sistema monetario. monetário. jI Nao Não nos nos transponhamos transponhamos aa um um estado estado primevo primevo 99 apenas apenas fictfcio, fictício, tal tal qua! qual o o economista economista politico político quando quando quer quer explicar. explicar. Um Um tal tal estado estado primevo primevo nada nada explica. explica. Apenas Apenas empurra empurra aa questao questão para para uma uma distancia distância nebulosa, nebulosa, cinzenta. cinzenta. Supoe Supõe na na forma forma do do fato, fato, do do evento, evento, aquilo aquilo que que ele ele deve deve deduzir, deduzir, aa saber, relacao necessaria saber, aa relação necessária entre entre duas duas coisas, coisas, por por exemplo exemplo entre entre dividivi­ sao são do do trabalho trabalho ee troca. troca. Assim Assim aa Teologia Teologia explica explica aa origem origem do do ma! mal pela pela queda fato, na queda do do pecado pecado [original], [original], isto isto e, é, supoe supõe como como um um fato, na forma forma da da hist6ria, história, aquilo aquilo que que ela ela 10 10 deve deve explicar. explicar. N6s partimos de fato economico-politico, Nós partimos de um um fato econômico-político, presente. presente. O O trabalhador trabalhador se se toma tom a tao tão mais mais pobre pobre quanto quanto mais mais riqueza riqueza produz, produz, quanto producao aurnenta quanto mais mais aa sua sua produção aum enta em em poder poder ee extensao. extensão. 0 O trabalhador trabalhador se torna uma tao mais se torna uma mercadoria m ercadoria tão mais barata barata quanto quanto mais mais mercadorias mercadorias cria. cria. Com Com aa valorizacdo valorização do do mundo mundo das das coisas coisas aumenta aumenta em em proporcao proporção direta direta aa desvalorizacao desvalorização do do mundo mundo dos dos homens. homens. 0 O trabalho trabalho nao não produz produz s6 só mermer­ cadorias; cadorias; produz produz aa si si mesmo mesmo ee ao ao trabalhador trabalhador como como uma uma mercadoria, m ercadoria, ee isto isto na na proporcao proporção em em que que produz produz mercadorias mercadorias em em geral. geral.

a

8 8 Ap6s Após

este paragrafo encontra-se este parágrafo encontra-se riscado riscado no no manuscrito manuscrito o o seguinte: seguinte: "Agora “Agora temos procura da temos que que nos nos por pôr aà procura da essencia essência do do movimento movimento material material da da propriedade propriedade j"aqui_# y^aqui/ / descrito". descrito”. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) e9 Em por "primevo", Em alemiio: alemão: "Urzustand". “Urzustand”. Sempre Sempre verteremos verteremos o o prefixo prefixo "ur-" “ur-” por “primevo”, reservando reservando "originario" “originário” ou ou "original" “original” para para o o adjetivo adjetivo "ursprunglich", “ursprünglich”, de de "Ur“Ursprung" sprung” = = "origem". “origem”. ro 10 A A saber, saber, aa Teologia. Teologia. Embora Embora "Theologie" “Theologie” seja seja feminino feminino em em alemao, alemão, enconencon­ trarnos poderia se tramos ai aí o o pronome pronome masculino masculino singular singular "er", “er”, que que neste neste caso caso s6 só poderia se referir referir aa "Nationalokonom" “Nationalókonom” = "econornista “economista politico" político” ou ou aa "Urzustand" “Urzustand” = "estado “estado primevo", primevo”, mencionados mencionados no no inicio início do do paragrafo, parágrafo, ou ou entiio então super supor "Theologe" “Theologe” :::: = "te61ogo", “teólogo”, todos todos substantivos substantivos masculinos masculinos em em alemiio. alemão.

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Este fato fato nada nada mais mais expressa expressa senao: senão: o o objeto objeto que que o o trabalho trabalho produz, produz, Este 12, oo seu seu produto, produto, se se lhe lhe defronta defronta 11 11 como como urn um ser-alheio ser'alheio 12, como como um um poder poder independente se independente do do produtor. produtor. 0 O produto produto do do trabalho trabalho eé oo trabalho trabalho que que se 18, é a fixou num num objeto, objeto, se se fez fez coisal co isal13, a obietivaciio objetivaçâo u14 do do trabalho. trabalho. A A fixou 1? do realizacao realização efetiva efetiva 15 do trabalho trabalho eé aa sua sua objetivacao. objetivaçâo. No No estado estado econoeconômice-politico emico-político esta esta .realizacao realização efetiva efetiva do do trabalho trabalho aparece aparece como como desef desefetiv(lfiio trabalhador, aa objetivacao tivação u, 18 do do trabalhador, objetivaçâo como como perda perda ee servidiio servidão do do objeto, objeto, apropriação como como alienaciio, alienação, como como exteriorizaciio exteriorização 17• 17. aa apropriacao

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Ou Ou seja, seja, se se defronta defronta ao ao trabalho. trabalho. Sempre Sempre traduziremos traduziremos par por "defrontar" “defrontar” (no (no sentido sentido ativo, ativo, ou ou seia, seja, de de algo algo que que se se coloca coloca frente frente a) a) o o verbo verbo alemiio alemão "gegenuber“gegenübertreten", a" treten”, distinguindo-o distinguindo-o meticulosamente meticulosamente de de "gegenliberstehen" “gegenüberstehen” = "estar “estar frente frente a” (sem envolver envolver atividade atividade por por parte parte daquilo daquilo que que est! está diante diante de de algo algo ou ou alguem). alguém). (sem Escusado Escusado sublinhar sublinhar a a importsncia importância deste deste jogo jogo de de oposicoes oposições no no pensamento pensamento de de Marx. Marx. 12 Em "estraEm alemiio: alemão: "[remdes “frem des Wesen". Wesen". 0 O adjetivo adjetivo "fremd" “fremd” significa significa literalmente literalmente “estra­ nho", menos usual usual ee talvez nho”, "estrangeiro". “estrangeiro”. Traduzi-lo Traduzi-lo por por "alheio", “alheio”, menos talvez menos menos preciso preciso em nossa lingua mesma relaciio em portugues, português, visa visa apenas apenas aa manter manter patente patente em em nossa língua a a mesma relação etimol6gica pr6prio Marx) etimológica (de (de resto resto explorada explorada pelo pelo próprio Marx) que que ha há entre entre "fremd" “fremd” ee “Entfremdung”, termo termo tecnico técnico da da tradi~o tradição hegeliano-marxista hegeliano-marxista cuja cuja traduciio tradução por por "Entfremdung", “alienação” ja já se se consagrou consagrou no no uso uso de de nossa nossa lingua. língua. Ja Já "Wesen" “Wesen” congrega congrega varios vários "aliena~iio" significados. Como termo termo tcfonico técnico da da tradicao tradição begeliana hegeliana seu seu significado significado primeiro primeiro sign. ificados. Como eé "essencia", Nao “essência”, ee assim assim o o traduziremos traduziremos sempre sempre que que possivel. possível. N ão obstante obstante tambem também pode significar "ser" “ser” (como (como substantive, substantivo, por por exemplo exemplo em em "Lebewesen" “Lebewesen” = "ser “ser pode significar vivo”) ou ou ainda ainda "ente", “ente”, um um ser ser concretizado, concretizado, individualizado. individualizado. Estas Estas diversas diversas vivo") acepções tambem também ocorrem ocorrem no uso comum comum da da lingua língua alemii. alemã. Cumpre Cumpre destacar destacar que que ace~oes no uso muitas vezes vezes Marx Marx joga joga habilmente habilmente com com estes estes diversos diversos niveis níveis semanticos semânticos desta desta muitas palavra. Cf. palavra. Cf. nota nota 30. 30. ra hat" tarnbem fez 13 Para Para "sacbl:ich “sachlich gemacht gemacht hat” também se se sustentaria sustentaria aa traducao tradução simples simples "se “se fez objetivo", objetivo”, mesmo mesmo Marx Marx niio não usando usando aqui aqui "gegenstandlich" “gegenstândlich” = = "objetivo". “objetivo”. "Sache" “Sache” se aproxima aproxima mais de "coisa" “coisa” ((em sentido neutro) neutro) que que de de "objeto" “objeto” ((aa coisa coisa ja já se mais de em sentido numa nota 37. numa relacao relação frente frente aa um um sujeito). sujeito). Cf. Cf. nota 37. H 14 Dados Dados os os seus seus ressaibos ressaibos gnoseologicos, gnoseológicos, "objetivacjo" “objetivaçâo” pode pode parecer parecer demasiado demasiado fraco fraco para para o o que que Marx Marx quer quer dizer dizer com com "Vergegenstandlichung" “Vergegenstãndlichung” (de (de "Gegenstand" “Gegenstand” = "objeto"): “objeto”): o o trabalho trabalho tornando tomando corpo corpo em em objetos. objetos. Urna Uma alternativa alternativa seria seria o o deselegante "objetificacao". “objetificação”. deselegante 111 tornar algo real e/ou 15 "Verwirklichung" “Verwirklichung” designa designa o o ato ato de de tornar algo real e/o u efetivo. efetivo. Uma Uma alteralter­ nativa seria seria "efetivacao". “efetivação”. Sobre Sobre as as rafzes raízes comuns comuns aa esse esse termo termo alemiio alemão cf. cf. nota nota 4. nativa 16 18 Em Em alemiio: alemão: "Entwirklichung", “Entwirklichung”. Neste Neste contexto contexto Marx Marx joga joga com com termos termos cognatos cognatos {cf. verbo "entwirklicben" (cf. nota nota 4). 4 ). · 0 O verbo “entwirklichen” significa significa "privar “privar de de realidade realidade e/ou e /o u de de efetividade”, aa traducao tradução do do substantivo substantivo correspondente correspondente "Entwirklichung" “Entwirklichung” sendo efetividade", sendo ditada traduzirmos "Wirklichkeit" ditada pelos pelos recursos recursos do do portugues. português. Ao Ao traduzirmos “Wirklichkeit” por por "realidade “realidade efetiva" par "realizacao efetiva” ee "Verwirklichung" “Verwirklichung” por “realização efetiva", efetiva”, explicitamos explicitamos significado significado ee ressoniincias ressonâncias semanticas semânticas dos dos terrnos termos alernaes alemães em em questiio questão para para ajudar ajudar aa decidir decidir eventuais Marx. Mas eventuais questoes questões de de compreensiio compreensão ee interpretacao interpretação do do pensamento pensamento de de Marx. Mas aqui tal não foi foi posslvel. possível. aqui tal niio 11 Marx parece usar sinonimamente termos "Entfremdung" 17 Marx parece usar sinonimamente os os termos “Entfremdung” ee "Entausserung". “Entáusserung”. Mesmo meramente verbal, Mesmo assim assim mantivemos mantivemos aa distincjio, distinção, ainda ainda que que meramente verbal, dada dada aa sua sua extracao extração hegeliana hegeliana ee seu seu uso uso diferenciado diferenciado no no contexto contexto de de origem. origem. "Entfremdung", “Entfremdung”, forjado partir do forjado aa partir do adjetivo adjetivo "fremd" “fremd” = "estranho" “estranho” (cf. (cf. nota nota 12), 12), eé traduzido traduzido par por “alienação”. Para Para "Entausserung" “Entáusserung” (de (de "ausserlich" “ãusserlich” = — "exterior", “exterior”, "externo") “externo”) reserreser­ "ahenacao". vamos vamos "exteriorizacao". “exteriorização”. 11

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A A realizacao realização efetiva efetiva do do trabalho trabalho tanto tanto aparece aparece como como desetetivacao desefetivação que que oo trabalhador trabalhador eé desefetivado desefetivado 18 18 aa ponto ponto de de morrer m orrer de de fome fome 19• 19. A A objetivacao objetivação tanto tanto aparece aparece como como perda perda do do objeto objeto que que oo trabalhador trabalhador se se ve roubado dos vê roubado dos objetos objetos mais mais necessaries necessários nao não so só aà vida, vida, mas mas tambem também dos toma um um objeto dos objetos objetos de de trabalho. trabalho. Sim, Sim, ate até mesmo mesmo oo trabalho trabalho se se torna objeto do pode se do qual qual ele ele s6 só pode se apoderar apoderar coin com os os maiores maiores esforcos esforços ee com com as as mais mais irregulares irregulares interrupcoes. interrupções. A A apropriacao apropriação do do objeto objeto tanto tanto aparece aparece como mais objetos como alienacao alienação que, que, quanto quanto mais objetos oo trabalhador trabalhador produz, produz, tanto tanto menos pode possuir possuir ee tanto menos pode tanto mais mais cai cai sob sob oo dorninio domínio do do seu seu produto, produto, do do capital. capital. Todas Todas estas estas consequencias conseqüências estao estão na na determinacao determinação de de que que oo -traba-traba­ lhador produto do lhador se se relaciona relaciona com com 20 20 oo 'produto do seu seu trabalho trabalho como como //com// //c o v a .// um mais um objeto objeto alheio. alheio. Pois Pois segundo segundo este este pressuposto pressuposto esta está claro: claro: quanto quanto mais oo trabalhador trabalhador se se gasta gasta trabalhando trab alh an d o 21, 21, tao tão mais mais poderoso poderoso se se toma tom a oo mundo mais pobre mundo objetivo objetivo alheio alheio que que ele ele cria cria frente frente aa si, si, tao tão mais pobre se se torna torna ele ~rele mesmo, mesmo, oo seu seu mundo mundo interior, interior, tanto tanto menos menos //coisas// ^ c o i s a s / / lhe lhe per­ tence//m// 22. £ maneira ha te n c e // m .// como como seu seu //suas// ^ s u a s ^ pr6prio//as// p r ó p r io ^ a s / '22. É da da mesma mesma maneira na religiao. religião. Quanto Quanto mais mais oo homem homem poe põe em em Deus, Deus, tanto tanto menos menos retem retém em em si mas agora si mesmo. mesmo. 0 O trabalhador trabalhador coloca coloca aa sua sua vida vida no no objeto; objeto; mas agora ela ela nao maior não pertence pertence mais mais aa ele, ele, mas mas sim sim ao ao objeto. objeto. Portanto, Portanto, quao quão m aior esta esta i8 18 Em Em alernao: alemão: "entwirklicht", “entwirklicht”, literalmente literalmente "privado “privado de de realidade realidade e/ou e/o u de de efetiviefetivi­ dade". dade”. Cf. Cf. nota nota 16. 16. 19 Em Em alernao: literalmente "ate 19 alemão: "bis “bis zum zum Hungertod", Hungertod”, literalmente “até J'sobrevir //s o b r e v ir#' ^ aa morte morte por por fome". fom e”. 20 20 0 O verbo verbo "sich “sich verhalten verhalten zu" zu” talvez talvez seja seja melhor melhor vertido vertido pela pela e~pressao expressão portuguesa portuguesa "ter um mais “ter aa atitude atitude diante diante de", de”, desde desde que que se se explicite explicite o o seu seu duplo duplo significado: significado: um mais receptive expressive) receptivo expressável por por "estar “estar na na rela~ao relação com" com” ee outro outro mais mais ativo ativo expressavel expressável por . "se perante". Estes Estes dois por, “se comportar comportar perante”. dois significados significados tarnbem também se se patenteiam patenteiam no no cognatismo cognatismo deste deste verbo verbo alernao alemão com com dois dois outros outros termos: termos: "Verhalten" ''Verhalten” = "com“com­ portamento" por "relacao" portamento” ee "Verhaltnis", “Verháltnis”, no no contexto contexto de de Marx Marx traduzido traduzido por “relação” (por (por exemplo, exemplo, "Produktionsverhaltnisse" “Produktionsverhâltnisse” = = "relacoes “relações de de producao"). produção”). A A tradu~ao tradução franfran­ cesa resgatar tanto cesa de de "Verhaltnis" “Verháltnis” por por "rapport" “rapport” permite permite resgatar tanto o o significado significado destas destas expressoes usado por expressões quanto quanto o o jogo jogo etimol6gico etimológico usado por Marx, Marx, o o qual qual infelizmente infelizmente nlio não eé possivel possível exprimir exprimir d~ dp todo todo em em portugues. português. Manteremos Manteremos sempre sempre aa mesma mesma traducao, tradução, embora fizesse mais embora em em varios vários contextos contextos "comportar-se “comportar-se perante" perante” fizesse mais sentido; sentido; cabe cabe ao ao leitor leitor reconstruir reconstruir o o significado significado integral integral em em cada cada passagern. passagem. 21 21 "Sich “Sich ausarbeiten", ausarbeiten”, ou ou seja, seja, trabalhar trabalhar ate até se se esgotar esgotar completamente completamente no no trabalho trabalho ee com por para para fora com isso isso pôr fora tudo tudo o o que que eé seu. seu. 22 Em Em alernao: weniger gehort no singular, 22 alemão: "um “um so so weniger gehõrt ihm ihm zu zu eigen". eigen”. Literalmente Literalmente no singular, nossas adições adi¢es querendo nossas querendo deixar deixar claro claro que que todo todo este este passus passus niio não se se refere refere s6 só aà expressao precedente "mundo expressão precedente “mundo interior", interior”, mas mas aa tudo tudo que que possa possa de de algum algum modo modo ser ser pr6prio próprio do do homem. homem. Reservamos Reservamos "proprio" “próprio” ee derivados derivados para para traduzir traduzir "eigen" “eigen” ee derivados, paralelismo de derivados, mantendo mantendo assim assim com com precisao precisão o o paralelismo de etimos, étimos, por por exernplo exemplo "propriedade" “propriedade” = "Eigentum", “Eigentum”, "apropriacao" “apropriação” = "Aneignung", “Aneignung”, etc. etc. Para Para outras outras particulas respartículas reflexivas, reflexivas, por por exemplo exemplo "selbst", “selbst”, "er “er selbst", selbst”, "sich", “sich”, etc., etc., usamos usamos res­ pectivamente "se" ou pectivamente "mesmo", “mesmo”, "ele “ele mesmo", mesmo”, “se” ou "a “a si", si”, etc., etc., mesmo mesmo quando quando o o porpor­ tugues niio seja tuguês resultante resultante não seja dos dos melhores. melhores.

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xxm xxm

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23. Ele nao atividade, trabalhador é sem-objeto atividade, tanto tanto mais mais o o trabalhador sem -objeto23. Ele não é o o que que eé oo produto quao maior produto do do seu seu trabalho. trabalho. Portanto, Portanto, quão maior este este produto, produto, tanto tanto menos seu produto menos ele ele mesmo mesmo e. é. A A exteriorizaciio exteriorização do do trabalhador trabalhador em em seu produto tern seu trabalho trabalho se se torna um objeto, tem oo significado significado nao não s6 só de de que que oo seu torna um objeto, 24 existe fora dele, indeuma exterior, mas mas tarnbem um a existencia existência exterior, também que que ela e la 24 existe fora dele, inde­ pendente de um poder frente aa pendente de ee alheia alheia aa ele, ele, tornando-se tom ando-se um poder autonomo autônomo frente ele, que aa vida vida que objeto se lhe ele, /lo / / o significado// significado^ de de que que ele ele conferiu conferiu ao ao objeto se lhe defronta inimiga defronta inimiga ee alheia. alheia. Consideremos mais de perto aa obietivaciio, Consideremos agora agora mais de perto objetivaçâo, aa producao produção do do trabalhador ee nela nela aa alienaciio, do objeto, trabalhador alienação, aa perda perda do objeto, do do seu seu produto. produto. O pode criar mundo O trabalhador trabalhador nada nada pode criar as 25 sem sem aa natureza, natureza, sem sem o o m undo exterior material no qual oo sell: exterior sensorial. sensorial. Ela Ela é oo material no qual seu 'trabalho trabalho se se realiza realiza 26, no qual e ativo, a partir do qual e mediante o qual efetivamente efetivam ente26, no qual é ativo, a partir do qual e mediante o qual produz. produz. Mas assim como oferece {os] 27 meio[s] meio[s] de vida do Mas assim como aa natureza natureza oferece tos]27 de vida do trabatraba­ lho objetos nos nos quais quais lho no no sentido sentido de de que que o o trabalho trabalho nao não pode pode viver viver sem sem objetos se assim tambem meio[s] de se exerca, exerça, assim também oferece oferece por por outro outro lado lado o[s] o[s] meio[s] de vida vida no no sentido subsistencia fisica do trabasentido mais mais estrito, estrito, aa saber, saber, o[s] o[s] meio[s] meio[s] de de subsistência física do traba­ lhador lhador mesmo. mesmo. Portanto, exterior, Portanto, quanto quanto mais mais oo trabalhador trabalhador se se apropria apropria do do mundo m undo exterior, da do seu trabalho, tanto tanto rnais da natureza natureza sensorial, sensorial, atraves através do seu trabalho, mais ele ele se se priva priva de vida segundo de meio[s] meio[s'\ de de vida segundo um um duplo duplo aspecto, aspecto, primeiro, primeiro, que que cada cada vez vez mais mundo exterior mais oo mundo exterior sensorial sensorial cessa cessa de de ser ser um um objeto objeto pertencente pertencente ao ao seu de vida do seu segundo, que cada vez seu trabalho, trabalho, um um meio m eio de vida do seu trabalho; trabalho; segundo, que cada vez mais de ser sentido imediato, meio para para aa subsismais cessa cessa de ser meio m eio de de vida vida no no sentido imediato, meio subsis­ tencia tência ffsica física do do trabalhador. trabalhador.

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2a texto esta equivale ao "objectless". 2S "Gegenstandslos" “Gegenstandslos” (no (no texto está no no comparativo) comparativo) eqüivale ao ingles inglês “objectless”. Embora menos alternativa seria Embora menos pregnante, pregnante, uma uma alternativa seria "destituido “destituído de de objetos", objetos”, "privado “privado de de objetos", objetos”. 24 24 Pronome Pronome feminine feminino "sie" “sie” referindo-se referindo-se aa "existencia “existência exterior" exterior” (feminino (feminino em em aleale­ mao), nao aa "obieto" alernao): m ão), não “objeto” (masculino (masculino em em alem ão). 2~ transitive “schaffen” "schaffen" significa "realizar", "produzir", 25 Como Como verbo verbo transitivo significa "criar", “criar”, “realizar”, “produzir”, como como verbo intransitive ativo", "labutar", Ambos os verbo intransitivo "trabalhar'" “trabalhar”? "ser “ser ativo”, “labutar”. Ambos os sentidos sentidos se se concon­ jugarn atraves do jugam no no texto, texto, mais mais ou ou menos menos igual igual aa "criar “criar através do trabalho, trabalho, do do esforco". esforço”. 26 Para Para manter manter oo paralelismo notas 44 ee 16) 16) paralelismo com com os os respectivos respectivos substantivos substantivos (cf. (cf. notas traduziremos oo verbo traduziremos verbo "verwirklichen'' “verwirklichen” por por "realizar “realizar efetivamente". efetivamente”. Traduziremos Traduziremos oo adjetivo real" sempre onde razoes adjetivo "wirklich" “wirklich” por por "efetivamente: “efetivamente real” sempre que que possivel, possível, onde razões lingiiisticas por "efetivo", lingüísticas nao não o o permitirem permitirem oo verteremos verteremos simplesmente simplesmente por “efetivo”, concon­ signando signando o o termo termo alernao alemão entre entre //// //. / / . Quando Quando "wirklich" “wirklich” ocorrer ocorrer como como adverbio advérbio traduziremos (ou de modo) efetiva(o)". traduziremos por por "de “de maneira maneira (ou de modo) efetiv a (o )”. 21 Aqui “Lebensmittel”, "Lebensmittel",. "meio(s) pode estar tanto no 27 Aqui “m eio(s) de de vida", vida”, pode estar tanto no singular singular quanto quanto no plural. plural. 0 foi colocado editoria do no O artigo artigo plural plural foi colocado pela pela editoria do original. original. Marx Marx habitualhabitual­ mente abreviava aa grafia com aa sua letra inicial "d", sendo muitas mente abreviava grafia do do artigo artigo com sua letra inicial “d”, sendo muitas vezes dificil esta no no singular paragrafo ee numa vezes difícil decidir decidir se se está singular ou ou no no plural. plural. Neste Neste parágrafo numa ocorrencia indicarnos pelos interpretacao dos ocorrência do do seguinte seguinte indicamos pelos colchetes colchetes aa op<;:ao opção de de interpretação dos editores alternativa. editores do do texto texto alemao, alemão, tao tão incerta incerta quanto quanto aa outra outra alternativa.

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Segundo Segundo este este duplo duplo aspecto aspecto o o trabalhador trabalhador se se torna torna portanto portanto um. um servo primeiro ao servo do do seu seu objeto, objeto, primeiro ao receber receber um um objeto objeto de de trabalho, trabalho, isto isto e, é, receber segundo ao receber trabalho, trabalho, ee segundo ao receber receber meios m eios de de subsistencia. subsistência. Portanto, Portanto, para para que que possa possa existir existir primeiro primeiro como como trabalhador trabalhador e, e, segundo, segundo, como como suieito iisico. 0 sujeito físico. O extremo extremo desta desta servidao servidão eé que que apenas apenas como como trabalhador trabalhador ele iisico ee apenas iisico ele [pode] [pode] se se manter m anter 28 28 como como suieito sujeito físico apenas como como sujeito sujeito físico ele ele eé trabalhador. trabalhador. (Segundo (Segundo leis leis da da Economia Economia Politica Política aa alienacao alienação do do trabalhador trabalhador em em seu objeto se seu objeto se expressa expressa de de maneira maneira que que quanto quanto mais mais o o trabalhador trabalhador produz produz tanto tanto menos menos tern tem para para consumir, consumir, que que quanto quanto mais mais valores valores cria cria tanto tanto mais mais se se toma tom a sem sem valor valor ee sem sem dignidade, dignidade, que que quanto quanto melhor melhor formado formado oo seu seu produto produto tanto tanto mais mais deformado deformado oo trabalhador, trabalhador, que que quanto quanto mais mais civilizado civilizado oo seu seu objeto objeto tanto tanto mais mais barbaro bárbaro o o trabalhador, trabalhador, que que quanto quanto mais poderoso mais poderoso o o trabalho trabalho tanto tanto mais mais impotente impotente se se torna torna o o trabalhador, trabalhador, que que quanto quanto mais mais rico rico de de espirito espírito oo trabalho trabalho tanto tanto mais mais oo trabalhador trabalhador se tomaa pobre · se tom pobre de de espfrito espírito 29 28 ee servo servo da da natureza.) natureza.) A A Economia E conom ia Politica Política oculta oculta aa olienaciio alienação na na essencia essência do do trabalho trabalho por jpor niio or ((oo trabalho) não considerar considerar aa reiaciio relação imediata imediata entre entre oo trabalhad trabalhador trabalho) ee aa produciio. maravilhas 'para produção. ~ É claro. claro. 0 O trabalho trabalho produz produz maravilhas para os os ricos, ricos, mas mas produz produz desnudez desnudez para para oo trabalhador, trabalhador. Produz Produz palacios, palácios, mas mas cavernas cavernas para para oo trabalhador. trabalhador. Produz Produz beleza, beleza, mas mas mutilacao mutilação para para o o trabalhador. trabalhador. Substitui Substitui oo trabalho trabalho por por maquinas, máquinas, mas mas joga joga uma uma parte parte dos dos trabalhadores trabalhadores de de volta volta aa um um trabalho trabalho barbaro bárbaro ee faz faz da da outra outra parte parte maquinas. máquinas. Produz Produz espirito, trabalhador. espírito, mas mas produz produz idiotia, idiotia, cretinismo cretinismo para para oo trabalhador. A A relaciio relação imediata im ediata do do trabalho trabalho com com os os seus seus produtos produtos eé aa relaciio relação do do trabalhador trabalhador com com os os obietos objetos da da sua sua produciio. produção. A A relei;ao relação do do abastado abastado com com os os objetos objetos da da producao produção ee com com ela ela mesma mesma eé s6 só uma uma conseqiiencia conseqüência desta desta primeira primeira relacao. relação. E E aa confirma. confirma. Mais Mais tarde tarde consideraremos consideraremos este este outro outro aspecto. aspecto. Se Se portanto portanto perguntamos perguntamos qual qual aa relacao relação essencial essencial do do tratra­ balho, balho, entao então perguntamos perguntamos pela pela relacao relação do do trabalhador trabalhador com com aa producao. produção. Ate Até aqui aqui consideramos consideramos aa alienacao, alienação, aa exteriorizacao exteriorização do do trabalhador trabalhador s6 só segundo segundo um um dos dos seus seus aspectos, aspectos, aa saber, saber, aa sua sua relaciio relação com com os os produtos produtos do do seu seu trabalho. trabalho. Porern, Porém, aa alienacao alienação nao não se se mostra mostra apenas apenas no no resultado, resultado, mas mas no no ato ato da da produciio, produção, dentro dentro da da atividade atividade produtiva produtiva mesma. mesma. Como Como 'oo trabalhador trabalhador poderia poderia se se defrontar defrontar alheio alheio ao ao produto produto da da sua sua atividade atividade se no se no ato ato mesmo mesmo da da producao produção ele ele nao não se se alienasse alienasse de de si si mesmo? mesmo? Pois Pois oo produto da producao. produto eé so só oo resumo resumo da da atividade, atividade, da produção. Se Se por por conseguinte conseguinte oo produto· produto do do trabalho trabalho eé aa exteriorizacao, exteriorização, entao então aa producao produção mesma mesma tern tem que que ser ser aa exteriorizacao exteriorização ativa, ativa, aa exteriorizacao exteriorização da da atividade, atividade, aa atividade atividade 28 28 Neste Neste

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paragrafo, parágrafo, jogo jogo com com o o verbo verbo "erhalten" “erhalíen” — ,;receber" “receber” ee sua sua forrna forma reflexiva reflexiva "sich erhalteo" “sich erhalten” = = "rnanter-se". “manter-se”. 0posi;ao 29 29 Oposição de de "geistreich" “geistreich” (literalmente (literalmente "rico “rico de de espirito", espírito”, tarnbern também traduzivel traduzível por por "engenhoso", “engenhoso”, as às vezes vezes por por "espirituoso") “espirituoso” ) ee de de "geistlos" “geistlos” (literalmente (literalmente "sem “sem espiespí­ rito", tambem traduzivel rito”, também traduzível por por "insipido", “insípido”, "sem “sem graca"). graça” ). 0

153 153 da da exteriorizacao. exteriorização. Na N a alienacao alienação do do objeto objeto do do trabalho trabalho s6 só se se resume resume aa alienacao, trabalho. alienação, aa exteriorizacao exteriorização na na atividade atividade mesma mesma do do trabalho. Ora, Ora, em em que que consiste consiste aa exteriorizacao exteriorização do do trabalbo? trabalho? Primeiro, que que o o trabalho trabalho é exterior exterior ao ao trabalhador, trabalhador, ou ou seja, seja, nao não Primeiro, pertence pertence à sua sua essencia essência 30, 30, que que portanto portanto ele ele nao não se se afirma, afirma, mas mas se se nega nega em seu seu trabalho, trabalho, que que nao não se se sente sente bem, bem, mas mas infeliz, infeliz, que que nao não desenvolve desenvolve em energia energia mental mental ee nsica física livre, livre, mas mas mortifica mortifica aa sua sua physis physis 81 31 ee arruina arruina aa sua sua mente m e n te 82. 32. Dai Daí que que oo trabalhador trabalhador s6 só se se sinta sinta junto junto aa si s i 83 88 fora fora do do trabalho trabalho ee fora fora de de si si no no trabalho. trabalho. Sente-se Sente-se em em casa casa quando quando nao não trabalha trabalha ee quando quando trabalha trabalha nao não se se sente sente em em casa casa 84• 34. 0 O seu seu trabalho trabalho nao não eé portanto portanto voluntario, voluntário, mas mas compuls6rio, compulsório, trabalho trabalho [orcado. forçado. Por P or conseguinte, conseguinte, nao não eé aa satistacao satisfação de de uma uma necessidade necessidade sG, 35, mas mas somente somente um um meio m eio para para satisfazer satisfazer necessidades necessidades fora fora dele. dele. A A sua sua alienidade alienidade emerge emerge com com pureza pureza no no fato fato de de que, que, tao tão logo logo nao não exista exista coercao coerção fisica física ou ou outra outra qualquer, qualquer, se se foge foge do do trabalho trabalho como como de de uma uma peste. peste. 0 O trabalho trabalho exterior, exterior, o o trabalho trabalho no no qual qual oo homem homem se se exterioriza, exterioriza, é um um trabalho trabalho de de auto-sacriffcio, auto-sacrifício, de de mortificacao. mortificação. Finalmente, Finalmente, aa exterioridade exterioridade do do trabalho trabalho aparece aparece para para oo trabalhador trabalhador no no fato fato de de que que #o / / o trabalhozz' tra b a lh o ,/ nao não eé seu seu pr6prio, próprio, mas mas sim sim de de um um outro, outro, que pertence, que que nao não lhe lhe pertence, que nele nele ele ele nao não pertence pertence aa si si mesmo, mesmo, mas mas aa um como na um outro. outro. Assim Assim como na religiao religião aa auto-atividade auto-atividade da da imaginacao imaginação huhu­ mana, mana, do do cerebro cérebro humano humano ee do do coracao coração humano humano atua atua sobre sobre o o individuo indivíduo independente independente deste, deste, ou ou seja, seja, como como uma um a atividade atividade alheia, alheia, divina divina ou ou diabodiabó­ lica, assim assim tambem também aa atividade atividade do do trabalhador trabalhador nao não eé aa sua sua auto-atividade, auto-atividade. lica, Pertence aa um Pertence um outro, outro, eé aa perda perda de de si si mesmo. mesmo.

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ao30 Neste Neste passus passus tarnbem também se se poderia poderia traduzir traduzir "Wesen" “Wesen” por por "ser" “ser” (substantive), (substantivo), embora embora aa deterrninacao determinação de de "essencia" “essência” esteja esteja por por demais demais presente. presente. Para Para maior maior clareza clareza uma uma alternativa alternativa seria seria o o pleonastico pleonástico "ser “ser essencial". essencial”. Cf. Cf. supra supra nota nota 12 12 ee infra infra notas notas 38, 38, 46 46 ee 56. 56. sr grego grafado 31 No N o original, original, termo termo grego grafado em em caracteres caracteres latinos. latinos. 32 Dada aa sua hegeliana, oo termo 32 Dada sua irnportancia importância na na tradicao tradição hegeliana, termo "Geist" “Geist” nao não eé mais mais ioocente inocente no no peosamento pensamento alemao alemão p6s-hegeliano. pós-hegeliano. 0 O seu seu significado significado primeiro primeiro eé "espfrito", poderia tambern “espírito”, ee bem bem se se poderia também traduzi-lo traduzi-lo assim assim aqui. aqui. Todavia, Todavia, mais mais acima acima no no mesmo mesmo periodo período traduzimos traduzimos o o adietivo adjetivo "geistig" “geistig” por por "mental", “mental”, o o que que concorda concorda melhor melhor com com o o contexto, contexto, ee aqui aqui preferimos preferimos manter manter oo paralelismo. paralelismo. 33 33 Traducao Tradução literal literal (e (e insuficiente) insuficiente) de de "bei “bei sich", sich”, que que tern tem um um equivalente equivalente preciso preciso no no frances francês "chez “chez soi". soi”. Um Um misto misto de de "estar “estar aà vontade vontade consigo consigo mesmo" mesmo” ee de de "estar “estar conscientemente conscientemente de de posse posse de de todas todas as as suas suas faculdades". faculdades”. Cf. Cf. tambern também oota nota 34. 34. 34 3i Jogo Jogo com com dois dois sentidos sentidos de de "zu “zu Hause Hause sein", sein”, o o literal literal "estar “estar em em casa" casa” ee o o figurado figurado "sentir-se “sentir-se em em casa". casa”. as Costurna-se traduzir "Bediirfnis" 35 Costuma-se traduzir “Bedürfnis” por por "necessidade", “necessidade”, embora embora neste neste caso caso o o porpor­ tugues tuguês se se preste preste aa equivocos. equívocos. "Bedurfnis" “Bedürfnis” eé uma uma necessidade necessidade imposta imposta pela pela condi1,ao condição biol6gica biológica do do ser ser humano, humano, estando estando sempre sempre ligada ligada aa uma uma falta falta ou ou carencia carência ee aa um um desejo desejo correspondente. correspondente. Para Para aa necessidade necessidade 16gica lógica e/ou e/o u ontol6gica, ontológica, que que se se opoe opõe aà contingencia, contingência, o o alemao alemão tern tem o o termo termo "Notwendigkeit", “Notwendigkeit”. Esta Esta d~tin1,ao distinção corresponde corresponde as respectivas distin1,oes às respectivas distinções em em lingua língua francesa francesa ("besoin/necessite") (“besoin/nécessité”) ee inglesa inglesa ("need/ ( “need/ /necessity"). / necessity”). Ate Até aqui aqui o o texto texto s6 só apresentou apresentou necessidade necessidade no no sentido sentido logico, lógico, ee doravante doravante sempre sempre indicaremos indicaremos as as vezes vezes em em que que ocorrer ocorrer no no sentido sentido de de carencia, carência, se se tal tal nao não for for depreendivel depreendível claramente claramente do do contexto, contexto, agregando agregando o o termo termo alemao alemão entre entre // / / ///, /.

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XXIV XXIV

Por Por conseguinte, conseguinte, chega-se chega-se ao ao resultado resultado de de que que oo homem homem ((oo trabatraba­ lhador) funcoes animais, lhador) se se sente sente livremente livremente ativo ativo s6 só ainda ainda em em suas suas funções animais, comer, no maximo comer, beber beber ee procriar, procriar, no máximo ainda ainda moradia, moradia, ornamentos, ornamentos, etc., etc., ee em funcoes humanas em suas suas funções humanas s6 só //se / / se sente// s e n te /' ainda ainda como como animal. animal. 0 O que que eé animal animal se se toma torna humano humano ee oo que que eé humano humano /II'sse e toma// t o m a / ' animal. animal. Claro genuiClaro que que comer, comer, beber beber ee procriar, procriar, etc., etc., tarnbem também sao são fun9oes funções genui­ namente namente humanas humanas... Porem, Porém, sao são animais animais na na abstracao abstração que que as as separa separa do do circulo ultimos ee exclusivos. círculo restante restante da da atividade atividade humana humana ee as as faz faz fins fins últimos exclusivos. Consideramos Consideramos sob sob dois dois aspectos aspectos oo ato ato de de alienacao alienação da da atividade atividade humana pratica, oo trabalho. hum ana prática, trabalho. 1.1. A A relacao relação do do trabalhador trabalhador com com oo produto produto do relacao eé do trabalho trabalho como como objeto objeto alheio alheio tendo tendo poder poder sobre sobre ele. ele. Esta Esta relação simultaneamente simultaneamente aa relacao relação com com oo mundo m undo exterior exterior sensorial, sensorial, com com os os objeobje­ tos da tos da natureza natureza corno como um um mundo mundo alheio alheio que que se se lhe lhe defronta defronta hostilmente. hostilmente. 2. 2. A A relacao relação do do trabalho trabalho com com oo ato ato da da produdio produção dentro dentro do do trabalho, trabalho. Esta Esta relacao relação eé aa relacao relação do do trabalhador trabalhador com com aa sua sua pr6pria própria atividade atividade como como uma nao pertencente um a //atividade// / / a tiv id ad e/' alheia alheia não pertencente aa ele, ele, aa atividade atividade como como sofrisofri­ mento, procriacao como mento, aa forca força como como impotencia, impotência, aa procriação como emasculacao.' emasculação, • aa energia ffsica própria propria do pessoal -— energia mental mental ee física do trabalhador, trabalhador, aa sua sua vida vida pessoal pois oo que voltada pois que eé vida vida senao sen ã o 36 38 atividade atividade -— como como uma uma atividade atividade voltada contra ele nao pertencente pertencente aa ele. contra ele mesmo, mesmo, independente independente dele, dele, não ele. A A autoauto-alienaciio, -alienação, ta! tal como como acima acima aa alienacao alienação da da coisa coisa 37• 37. Ainda temos Ainda temos uma uma terceira terceira determinacao determinação do do trabalho trabalho alienado alienado aa extrair extrair das das duas duas vistas vistas ate até aqui. aqui. O homem medida em O homem eé um um ser ser generico genérico 38, 38, nao não s6 só na na medida em que que te6rica teórica ee praticamente praticamente faz faz do do genero, gênero, tanto tanto do do seu seu pr6prio próprio quanto quanto do do das das as ist Leben 38 No No original: original: "denn “denn was was ist Leben [anderes) [anderes] als ais Tatigkeit". T âtigkeit”. Traduzimos Traduzim os com com aa adiciio teremos que adição do do editor. editor. Se Se aa suprimirmos, suprimirm os, teremos que traduzir: traduzir: "pois “pois oo -qque u e é vida vida como como atividade". atividade”. a1 "coisa" (tomada 37 0 O substantivo substantivo "Sache" “Sache” indica indica algo algo intermediario interm ediário entre entre “coisa” (tom ada neutraneutramente, indiferente aa um numaa relação relac;ao mente, indiferente um sujeito) sujeito) ee "objeto" “objeto” (algo (algo que que ja já entrou entrou num com Um portugues existente com um um sujeito). sujeito). U m termo termo português existente na na giria gíria ee que que se se aproxima aproxim a do do sentido respectiva passagern texto. sentido de de "Sache" “Sache” é "troco". “troço”. Cf. Cf. nota nota 13 13 ee respectiva passagem no no texto. as parte do 38 Nossa N ossa versao versão de de "Gattungswesen" “G attungswesen” transmite transm ite s6 só parte do sentido. sentido. "Wesen" “W esen” funde funde aqui aqui os os sentidos sentidos de de "ser" “ser” (substantivo) (substantivo) ee de de "essencia", “essência”, oiio não possuindo possuindo oo portugues português uma notas 12 um a palavra palavra que que junte junte ambos. ambos. Cf. Cf. notas 12 ee 30. 30. Tarnbem Tam bém aa opcao opção "generico" “genérico” ou base no no ou "do “do genero" gênero” para para oo genitive genitivo "Gattungs-" “G attungs-” pode pode ser ser contestada contestada com com base pr6prio texto de cf. nota nota 44). próprio texto de Marx M arx ((cf. 4 4 ). Claro Claro que que Marx M arx niio não usa usa este este termo term o de de modo paralelo com modo rigorosamente rigorosam ente paralelo com aa classificacao classificação zoologica, zoológica, embora em bora ai aí "Gattung" “G attung” corresponda use em corresponda aa genero gênero ee para para "especie" “espécie” se se use em alemiio alem ão "Art". “A rt” . Alern Além disso, disso, tanto tanto oo alernao (da mesma raiz de alem ão "Gattung" “G attung” (da mesma raiz de "Gatte(in)" “G a tte (in )” = = "esposo(a)" “e sp o so (a)” ee de de "begatten" “begatten” = "acasalar", “acasalar”, "fecundar", “fecundar”, "unir “unir sexualmente") sexualmente” ) quanto quanto oo portugues português "ge“gê­ nero" proveniente de nero” (de (de "genus" “genus” = "classe", “classe”, "descendencia", “descendência”, proveniente de "genere" “genere” = = "gerar") “gerar”) remontam rem ontam aa raizes raízes que que acentuam acentuam aa (rej (re) producao produção de de um um grupo grupo de de seres seres vivos, vivos, oo que parece oo sentido rnente por Marx comoo corroboracao notas que parece sentido forte forte tido tido em em m ente por M arx ((com corroboração cf. cf. notas 98, 152 ee 154 98, 142, 142, 152 154 ee respectivas respectivas passagens passagens no no texto). tex to ). Agregue-se Agregue-se 2ue que muitas m uitas vezes vezes oo genitivo funde dois genitivo "Gattungs-" “G attungs-” funde dois significados, significados, por por exemplo exemplo em em ‘ Gattungsleben": G attungsleben” : "vida “vida generica", genérica”, onde onde se se diz diz da da vida vida que que ela' ela‘ é generica, genérica, ee "vida “vida do do genero", gênero”, onde onde se se diz diz que que oo genero gênero é vivo, vivo, por por exernplo, exemplo, no no individuo indivíduo (cf. (cf. nota nota 40 40 ee tambem também

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155 155 demais demais coisas, coisas, oo seu seu objeto, objeto, mas mas tambem também -— ee isto isto eé apenas apenas uma um a outra outra expresslio mesma coisa expressão para para aa mesma coisa -— na na medida medida em em que que se se relaciona relaciona concon­ sigo na medida sigo 39 39 mesmo mesmo, como como // / / ccom// o m // o o genera gênero vivo, vivo, presente, presente, na medida em em que que se se relaciona relaciona consigo consigo mesmo mesmo como como //com// //c o m .// um um ser ser //Wesen// //'N z s c w // uniuni­ versal livre. versal ee por por isto isto livre. Tanto Tanto no no homem homem quanto quanto no no animal animal aa vida vida do do genero gên ero •40 0 consiste consiste fisicamente natureza fisicamente em em que que o o homem homem (tal (tal como como oo animal) anim al) vive vive da da natureza inorganica, inorgânica, ee quanto quanto mais mais universal universal oo homem homem /le// / / é / / do do que que oo animal, animal, tanto tanto mais mais universal universal é o o ambito âmbito da da natureza natureza inorganica inorgânica da da qual qual vive. vive. Assim como Assim como plantas, plantas, animais, animais, pedras, pedras, ar, ar, luz, luz, etc., etc., formam formam teoricamente teoricamente uma humana, em uma parte parte da da consciencia consciência humana, em parte parte como como objetos objetos da da Ciencia Ciência Natural inorganica N atural ee em em parte parte coma como objetos objetos da da arte arte -— aa sua sua natureza natureza inorgânica espiritua], tern primeiro espiritual, meios meios de de vida vida espirituais espirituais que que ele ele tem primeiro que que preparar preparar para para aa fruicao fruição ee aa digestlio digestão — -,, assim assim tambern também formam formam praticamente praticam ente uma uma parte humana. Fisicamente parte da da vida vida humana hum ana ee da da atividade atividade humana. Fisicamente o o homem homem vive s6 vive só destes destes produtos produtos da da natureza, natureza, quer quer aparecam apareçam na na forma forma de de aliali­ mento, calefacao, mento, calefação, vestuario, vestuário, moradia, moradia, etc. etc. Na Na pratica prática aa universalidade universalidade do natureza do homem homem aparece aparece precisamente precisamente na na universalidade universalidade que que faz faz da da natureza inteira inteira oo seu seu corpo corpo inorgdnico, inorgânico, -tanto tanto na na medida medida em em que que ela ela é 1. 1. um um meio de meio de vida vida imediato, imediato, quanto quanto na na medida medida em em que que eé [2.] [2.] aa rnateria, matéria, oo objeto natureza eé oo corpo objeto ee o o instrumento instrumento da da sua sua atividade atividade vital vital H. 41. A A natureza corpo inorgânico do do homem, saber, aa natureza natureza na na medida em que que ela ela mesma mesma inorgiinico homem, aa saber, medida em nao eé corpo não corpo humano. humano. 0 O homem homem vive vive da da natureza, natureza, significa: significa: aa natureza natureza eé oo seu seu corpo, corpo, com com o o qua! qual tern tem que que permanecer permanecer em em constante constante processo processo 42 do homem esta interligada para para nao não morrer. morrer. Que Que aa vida vida fisica física ee mental m en tal42 do homem está interligada com natureza esta com aa natureza natureza nao não tern tem outro outro sentido sentido senao senão que que aa natureza está interinter­ ligada pois oo homem ligada consigo consigo mesma, mesma, pois homem é uma uma parte parte da da natureza. natureza. Na medida medida em em que que oo trabalho trabalho alienado alienado aliena aliena do do homem homem 1.1. aa natunatu­ Na reza mesmo, aa sua reza ee 2. 2- aa si si mesmo, sua funcao função ativa ativa pr6pria, própria, aa sua sua atividade atividade vital, vital, aliena meio da aliena do do homem homem oo genera; gênero ; !he lhe faz faz da da vida vida do do genero gênero um um meio da vida vida individual. individual. Em Em primeiro primeiro lugar lugar aliena aliena aa vida vida do do genero gênero ee aa vida vida individual, individual, ee em em segundo segundo lugar lugar faz faz da da ultima última em em sua sua abstracao abstração um um fun fim da da primeira, primeira, igualmente na igualmente na sua sua forma forma abstrata abstrata ee alienada. alienada.

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nota passagem no texto). Tudo nota 120 120 ee respectiva respectiva passagem no texto). Tudo somado somado poderiamos poderíamos elencar elencar as as traducoes mantenha sempre traduções alternativas alternativas seguintes, seguintes, desde desde que que se se mantenha sempre presente presente que que o o conjunto conjunto todo todo destes destes sentidos sentidos esta está irnplicado implicado na na expressao expressão alerna: alemã: "essencia “essência genegené­ rica", rica”, "ser “ser de de especie", espécie”, "essencia “essência de de especie". espécie”. so 39 Aqui Aqui tarnbern também esta está conjugado conjugado o o significado significado de de "se “se comportar comportar perante". perante”. Cf. Cf. nota nota 20. 20. 40 tanto "vida 40 "Gattungsleben" “Gattungsleben” significa significa aqui aqui tanto “vida do do genero" gênero” quanto quanto "vida “vida generica". genérica”. Cf. nota 38 Cf. nota 38 ee tarnbem também nota nota 120. 120. u "Lebenstatigkeit", uma alternativa 41 “Lebenstátigkeit”, uma alternativa sendo sendo "atividade “atividade de de (ou (ou da) da) vida", vida". 42 traduzir "geistig" por "mental". 42 Neste Neste contexto contexto Iica fica melhor melhor traduzir “geistig” por “mental”. Cf. Cf. nota nota 32. 32.

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Pois primeiro lugar produPois em em primeiro lugar oo trabalho, trabalho, ae.auvidade .atividade vital, vital , a· a vida vida produ­ tiva mesma aparece para satisfazer uma tiva mesma aparece ao ao homem homem s6 só como como um um meio m eio para satisfazer uma necessidade de manutenção rnanutencao da da existencia necessidade ,.fBedilrfnis,.f, /'B e d ü r f n is /', aa necessidade necessidade de existência fisica. "8 física. Mas Mas aa vida vida produtiva produtiva eé aa vida vida do do genera, gêneró. :e. Ê aa vida vida, engendradora engendradora 43 44-, de atividade vital caraterinteiro de uma species de vida. vida. No No tipo tipo de de atividade vital jaz jaz o o caráter'inteiro de uma species 4\ livre eé Oo carater oO seu seu carater caráter generico, genérico, ee aa atividade atividade consciente consciente livre caráter generico genérico do vida mesma como m meio vida. do homem. homem. A A vida mesma aparece aparece s6 só como eio de d e vida. O imediatamente um sua atividade vital. Nao O animal animal eé imediatamente um com com aa sua atividade vital. Não se se distingue faz da um distingue dela. dela. £ É ela. ela. 0 O homem homem faz da sua sua atividade atividade vital vital mesma mesma um objeto seu querer da sua objeto do do seu querer ee da sua consciencia, consciêncià. Tern Tem atividade atividade vital vital conscons­ 4~ ciente. uma determinidade com aa qual ele conflua ciente. Nao Não eé uma determ inidade45 com qual ele conflua imediataimediata­ mente, A A atividade distingue oo homem mente. atividade vital vital consciente consciente distingue homem imediatamente imediatamente da atividade animal. E que ele ele eé um um ser ser da atividade vital vital animal. É precisamente precisamente so só por por isso isso que generico. Ou Ou ele um ser isto e, genérico. ele so só eé um ser consciente, consciente, isto é, aa sua sua pr6pria própria vida vida lhe lhe eé objeto, generico. S6 objeto, precisamente precisamente porque porque eé um um ser ser genérico. Só por por isto isto aa sua sua atividade relacao de de atividade eé .atividade atividade livre. livre. 0 O trabalho trabalho alienado alienado inverte inverte aa relação maneira um ser consciente oo homem m aneira tal tal que que precisamente precisamente porque porque eé um ser consciente homem faz faz da da sua essencia 46, apenas um da sua sua atividade atividade vital, vital, da sua essência 4e, apenas um meio meio para para aa sua sua existencia. existência. No engendrar mundo no trabalhar No engdhdrar pratico prático de de um um m undo objetivo, objetivo, no trabalhar aa natunatu­ 47 reza coma um um ser reza inorganica inorgânica oo homem homem se se prova prova 47 como ser generico genérico consciente, consciente, isto isto e, é, um um ser ser que que se se relaciona relaciona com com o o genera gênero como como aa sua sua essencia essência pr6pria Claro que própria ou ou /,.f 'sse e relaciona,.f re la c io n a /' consigo consigo como como ser ser generico genérico 48• 48. Claro que o o animal também tambem produz. ninho, moradas p~ra si, ~I como coma animal produz. Constr6i Constrói um um ninho, moradas para si, -~tal

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Em alemão: alemao: "das erzeugende Leben”. Leben". "Erzeugen" se Em “das Leben Leben erzeugende “Erzeugen” = "engendrar" “engendrar” se aproxima = "gerar" do sentido aproxima do do verbo verbo transitivo transitivo "zeugen" “zeugen” = “gerar” ee do sentido de de "produzir", “produzir”. u palavra latina de Marx usar 44 Aqui Aqui aa ocorrencia ocorrência da da palavra latina "species" “species” aponta aponta para para oo fato fato de Marx usar "Gattung" cf. aa expressao imediatamente seguinte "ihr GattungsGattungs“Gattung” = = "genero" “gênero” ((cf. expressão imediatamente seguinte “ihr charakter" de charakter” = "o “o seu seu carater caráter generico genérico (ou (ou de de genero)") gênero)”) no no mesmo mesmo sentido sentido de "especie" unidos por “espécie” (coleyiio (coleção de de individuos indivíduos unidos por caracreristicas características principais principais comuns comuns ee que ), embora taxionornia botânica botanica ee zoológica zool6gica oo que podem podem se se reproduzir reproduzir entre entre si si), embora na na taxionomia termo alemiio correspondente seja traduzir "Gattung" termo alemão correspondente seja "Art". “Art”. Sobre Sobre traduzir “Gattung” por por "genero" “gênero” cf. cf. nota nota 38. 38. •5 ou seja, de um determinacao, 46 "Bestimmtheit", “Bestimmtheit”, ou seja, o o resultado resultado de um ato ato de de determinação. 46 A paragrafo eé exemplar para aa multivocidade de "Wesen", 46 A segunda segunda metade metade deste deste parágrafo exemplar para multivocidade de “Wesen”. Na ocorrencia com poderia manter por “ser” "ser" N a sua sua ocorrência com grifos grifos tambern também se se poderia manter aa traducao tradução por ou ' ou entiio então por por "ser “ser essencial". essencial”. Cf. Cf. notas notas 12 12 ee 30. 30. 47 Em Em alemão: alemao: "die "Sich bewahren" 47 “die Bewahrung", Bewãhrung”. “Sich bewáhren” eé "provar-se “provar-se (como)", (com o )”, "con“con­ firmar-se (como)". de todo periodo seria: engenfirmar-se (com o)”. Uma Uma traducao tradução alternativa alternativa de todo oo período seria: "O “O engen­ drar do homem homem como drar .... . . ,, o o trabalhar trabalhar.. .. .. eé aa confirmacao confirmação do co m o ..... . ". ”, 48 ( cf. nota nota 12). 48 Dupla Dupla ocorrencia ocorrência de de "Wesen" “Wesen” (cf. 12). Traduzimos Traduzimos conforme conforme oo signifisignifi­ cado paralelismo poder-se-ia traduzir oo cado primeiro primeiro em em cada cada passus. passus. Para Para manter manter o o paralelismo poder-se-ía traduzir primeiro passus por entjio oo segundo por "como primeiro passus por "o “o seu seu ser ser pr6prio" próprio” ou ou então segundo por “como essencia essência generica". genérica”. ·la 43

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aa abelha, abelha, castor, castor, formiga, formiga, etc. etc. S6 Só que que produz produz apenas apenas o o de de que que precisa precisa O49 imediatamente para para si si ou ou seu seu filhote; filhote; produz produz unilateralmente, unilateralmente, ao ao passo passo imediatamente que que oo homem homem produz produz universalmente; universalmente; produz produz apenas apenas sob sob o o dominio domínio da da necessidade necessidade fisica física imediata, imediata, ao ao passo passo que que o o homem homem produz produz mesmo mesmo livre livre 00; da necessidade física ee so só produz produz verdadeiramente verdadeiramente sendo sendo livre livre da da mesma m esm aso; da necessidade ffsica s6 só produz produz aa si si mesmo, mesmo, ao ao passo passo que que oo homem homem reproduz reproduz aa natureza natureza inteira; oo seu inteira; seu produto produto pertence pertence imediatamente imediatamente ao ao seu seu corpo corpo fisico, físico, ao ao passo passo que que o o homem homem se se defronta defronta livre livre com com o o seu seu produto. produto. 0 O animal animal forma 111 B1 s6 só segundo segundo aa medida medida ee aa necessidade ^ B e d ü rf n is // da da species species forma necessidade j'Bediirfnisj' aà qual qual pertence, pertence, ao ao passo passo que que o o homem homem sabe sabe produzir produzir segundo segundo aa medida medida de de qualquer qualquer species species ee sabe sabe em em toda toda aa parte parte aplicar aplicar aa medida medida inerente inerente ao objeto; objeto; por por isso isso oo homem homem tambem também forma forma segundo segundo as as leis leis da da beleza. beleza. ao Portanto, é precisamente precisamente ao ao trabalhar trabalhar oo mundo m undo objetivo objetivo que que oo hoho­ Portanto, mem mem primeiro primeiro se se prova prova de de maneira maneira efetiva efetiva como como um um ser ser generico. genérico. Esta Esta producao produção eé aa sua sua vida vida generica genérica operativa operativa 62• 52. Por P or ela ela aa natureza natureza aparece aparece como aa sua sua obra obra ee aa sua sua realidade realidade efetiva. efetiva. 0 O objeto objeto do do trabalho trabalho é como portanto portanto aa obietivaciio objetivação da da vida vida generica genérica do do homem: hom em : ao ao se se duplicar duplicar nao não só intelectualmente intelectualmente tal tal corno como na na consciencia, consciência, mas mas operativa, operativa, efetivamente efetivamente s6 68 a portanto ao ao se se intuir in tu ir63 a si si mesmo mesmo num num mundo mundo criado criado por por ele. ele. Por Por ee portanto conseguinte, conseguinte, ao ao arrancar arrancar do do homem homem oo objeto objeto da da sua sua producao, produção, oo trabalho trabalho alienado alienado lhe lhe arranca arranca aa sua sua vida vida generica, genérica, aa sua sua objetividade objetividade generica genérica efetivamente real real 64 64 ee transforma transforma aa sua sua vantagem vantagem ante ante oo animal animal na na desdes­ efetivamente vantagem de de lhe lhe ser ser tirado tirado oo seu seu corpo corpo inorganico, inorgânico, aa natureza. natureza. vantagem

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e

49 verbo "bediirfen" 49 Em Em alemao: alemão: "bedarf". “bedarf”. 0 O verbo “bedürfen” corresponde corresponde ao ao substantivo substantivo "Be· “Be­ diirfnis" dürfnis” = = "necessidade", “necessidade”, "carencia" “carência” (cf. (cf. nota nota 35), 3 5), ee eé uma uma pena pena que que aà tradu1riio tradução exata deste deste verbo verbo por por "precisar “precisar de" de” niio não se se alie alie em em portugues português um um substantivo substantivo exata correspondente. correspondente. so 50 Em Em alemao: alemão: "in “in der der Freiheit Freiheit von von demselben", demselben”, ou ou seja, seja, literalmente literalmente "na “na liberdade liberdade da da (isto (isto e, é, diante diante da, da, livre livre da) da) mesma". mesma”. 01 51 Em Em alemao: alemão: "formiert". “formiert”. Como Como termo termo de de origem origem latina latina nlio não eé tao tão corriqueiro corriqueiro em em alemao alemão quanto quanto em em portugues. português. Deve Deve ser ser tornado tomado no no sentido sentido forte forte de de "conferir “conferir forma forma a", a”, "plasmar". “plasmar”. 112 s2 0 O que que mais mais se se aproxima aproxima do do alemlio alemão "werktatig", “werktátig”, composto composto de de "tatig" “tátig” = "ativo" “ativo” de "Werk" “Werk” = "obra" “obra” ee deixando deixando patente patente no no original original o o sentido sentido de de "ativo “ativo em em ee de (ou (ou atraves através de) de) obra(s)". ob ra(s)”. Sohre Sobre o o etimo étimo afim afim de de "Werk", “Werk”, bastante bastante utilizado utilizado por por Marx em em sua sua terminologia, terminologia, cf. cf. notas notas 4, 4, 15 15 ee 16 16 ee respectivas respectivas passagens passagens no no texto. texto. Marx ' 11a 53 Em Em alemao: alemão: "sich “s i c h... ... anschaut", anschaut”. Tome-se Tome-se "intuit" “intuir” aqui aqui no no sentido sentido tecnico técnico da da tradição filos6fica filosófica alerna, alemã, o o de de "ser “ser dado dado imediatamente imediatamente atraves através dos dos sentidos". sentidos”. tradicao Numa Numa interpretacao interpretação menos menos rigorosa rigorosa caberiam caberiam como como alternativas: alternativas: "ver", “ver”, "olhar", “olhar”, "fitar", “fitar”. 64 64 Em Em alemao: alemão: "seine “seine wirkliche wirkliche Gattungsgegenstandlichkeit". Gattungsgegenstándlichkeit”. Traduzimos Traduzimos "Ge· “Gegenstãndlichkeit” por por "objetividade", “objetividade”, embora embora ta! tal versao versão nao não faca faça inteira inteira justica justiça genstandlichkeit" ao ao sentido sentido bem bem mais mais forte, forte, aproximadamente aproximadamente "totalidade “totalidade do do ser ser do do homem homem enen­ quanto quanto corporificado corporificado em em objetos" objetos” (cf. (cf. nota nota 14). 14). Sobre Sobre "Gattungs-" “Gattungs-” cf. cf. nota nota 38; 38; sobre sobre "wirklich", “wirklich”, notas notas 4, 4, 16 16 ee 26. 26.

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xxv XXV

Igualmente, meio aa auto-atividade, Igualmente, ao ao rebaixar rebaixar aa um um meio auto-atividade, aa atividade atividade livre, livre, oo trabalho trabalho alienado alienado faz faz da da vida vida generica genérica do do homem homem um um meio meio da da sua sua existencia existência ffsica. física. A A consciencia consciência que que o o homem homem tern tem do do seu seu genera gênero se se transforma transform a porpor­ tanto tanto pela pela alienacao alienação de de maneira maneira aa que que aa [vida) [vida] generica genérica se se torna torna um um meio para para ele. ele. meio Portanto, Portanto, oo trabalho trabalho alienado alienado faz: faz: 3. do do ser ser generico genérico do do homem, hom em , tanto tanto da da natureza natureza quanta quanto da da faculdade faculdade 3. 55 dele, generica genérica espiritual esp iritu al55 dele, um um ser ser alheio alheio aa ele, ele, um um meio meio da da sua sua existencia existência individual. individual. Aliena Aliena do do homem homem oo seu seu pr6prio próprio corpo, corpo, ta! tal como como aa natureza natureza fora dele, dele, tal tal como como aa sua sua essencia essência espiritual, espiritual, aa sua sua essencia essência humana humana 56. S8. fora 4. 4. Uma Uma consequencia conseqüência imediata imediata do do fato fato de de o o homem homem estar estar alienado alienado do do produto produto do do seu seu trabalho, trabalho, da da sua sua atividade atividade vital, vital, do do seu seu ser ser generico, genérico, ~é oo homem homem estar estar alienado alienado do do homem hom em 57. B7. Quando Quando oo homem homem esta está frente frente si mesmo, mesmo, entao então oo outro outro homem homem esta está frente frente aa ele. ele. 0 O que que //vale// / 'v a l e / ' para para aa si aa relacao relação do do homem homem com com oo seu seu trabalho, trabalho, com com oo produto produto do do seu seu trabaJho trabalho consigo mesmo, mesmo, isto isto vale vale para para aa relacao relação do do homem homem com com oo outro outro homem, homem, ee consigo bem bem como como com com oo trabalho trabalho ee o o objeto objeto de de trabalho trabalho do do outro outro homem. homem. Em geral, geral, aa proposicao proposição de de que que o o homem homem esta está alienado alienado do do seu seu ser ser Em generico significa genérico significa que que um um homem homem esta está alienado alienado do do outro, outro, tal tal como como cada cada um deles da da essencia essência //Wesen// /'W e se n / / humana. humana. um deles A A alienacao alienação do do homem, homem, em em geral geral toda toda aa relacao relação em em que que oo homem homem [esta] [está] para para consigo consigo mesmo, mesmo, eé primeiro primeiro realizada realizada efetivamente efetivamente //verwirklicht//, /'v e rw irk lic h t/', se se expressa expressa na na relacao relação em em que que oo homem homem esta está com com o / s / outro//s// o u t r o / 's / ' homem//ns// h o m e m / 'n s / '58. o//s// ~8. Na relacao relação do do trabalho trabalho alienado, alienado, portanto, portanto, cada cada homem homem considera considera 59 59 Na 00 outro segundo segundo o o criteria critério 60 ee aa relacao relação na na qual qual ele ele mesmo mesmo se se encontra encontra oo outro como trabalhador. como trabalhador. Havíamos partido partido de de um um fato fato econornico-politico, econômico-político, da da alienacao alienação do do Haviarnos trabalhador ee de de sua sua produção. Enunciamos oo conceito conceito deste deste fato: fato: oo trabalhador producao. Enunciamos 5G 55 Em Em

alemiio: alem ão: "geistiges “geistiges Gattungsverrnogen". G attungsverm õgen”. Tarnbern Tam bém possivel possível "a “a faculdade faculdade espiritual (ou (ou mental) m ental) do do genero". gênero” . Sobre Sobre "geistig" “geistig” cf. cf. nota nota 32. 32. espiritual 56 Em Em alemiio: alem ão: "sein “sein geistiges geistiges Wesen, Wesen, sein sein menschliches m enschliches Wesen". W esen”. Acima Acima no no mesmo mesmo M paragrafo vertemos parágrafo vertemos "Wesen" “W esen” por por "ser", “ser”, ee uma uma alternativa alternativa para p ara todo todo o o passus passus seria: seria: "o “o seu seu ser ser espiritual, espiritual, o o seu seu ser ser humano", hum ano”. Sobre Sobre "Wesen" “W esen” cf. cf. notas notas 12 12 ee 30; 30; sobre sobre "geistig", “geistig”, nota nota 32. 32. r.1 57 Em Em alemiio: alem ão: "die “die Entfremdung E ntfrem dung des des Menschen M enschen von von dem dem Menschen", M enschen”, literalmente literalm ente "a “a alienaciio alienação do d o homem hom em do do (isto (isto e, é, diante diante do, do, em em relacao relação ao) ao) homem", h om em ”, o o portuportu­ guês niio não perrnitindo perm itindo mais mais distinguir distinguir um um genitivo genitivo de de um um dativo dativo precedido precedido de de "de". “de”. gues 58 No No original: original: "zu “zu d[em] d[em] andren andren Menschen". Menschen”. 0 O complemento com plem ento do do editor editor interpreta interpreta !18 oo artigo artigo como como singular, singular, mas mas o o plural plural tarnbern tam bém eé lingiiisticamente lingüisticamente possivel. possível. Cf. Cf. nota 27. 27. nota 59 69 No N o original: original: "betrachtet" “betrachtet” — "considera" “considera” no no sentido sentido de de "ve", “vê”, "encara", “encara”, "toma", “tom a”. oo traduzivel por
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trabalho exteriorizado, exteriorizado, alienado. alienado. Analisamos Analisamos este este conceito, conceito, por por conse­ trabalho conseguinte meramente guinte analisamos analisamos m eramente um um fato fato economico-polltico. econômico-político. Continuemos Continuemos agora agora aa ver ver como como o o conceito conceito de de trabalho trabalho exteriorizado, exteriorizado, alienado, na realidade alienado, tern tem que que se se apresentar apresentar 61 61 ee exprimir exprimir na realidade efetiva. efetiva. Se Se oo produto produto do do trabalho trabalho me me eé alheio, alheio, se se me me defronta defronta como como poder poder alheio, alheio, aa quern quem pertence pertence entao? então? Se Se aa minha minha propria própria atividade atividade nao não me me pertence, pertence, sendo sendo uma uma atividade atividade aJheia entao? alheia obtida obtida por por coacao, coação, aa quern quem pertence pertence então? A um nao eu. A um outro outro ser ser que que não eu. Quern Quem eé este este ser? ser? Os Os deuses? deuses ? E É claro claro que que nas nas primeiras primeiras epocas épocas aa producao produção principal, principal, como India, Mexico, como por por exernplo exemplo aa construcao construção de de ternplos, templos, etc., etc., no no Egito, Egito, Índia, México, aparece aparece aa service serviço dos dos deuses, deuses, assirn assim como como tambem também oo produto produto pertence pertence aos nunca foram aos deuses. deuses. S6 Só que que os os deuses deuses sozinhos sozinhos nunca foram os os senhores senhores do do trabalho. natureza. E trabalho. Tampouco Tampouco aa natureza. E que que contradicao contradição tambem também seria seria se, se, quanto hornem subrnete,f sse,f aa natureza natureza pelo quanto mais mais oo homem subm etey/sse// pelo seu seu trabalho, trabalho, quanto m superfluos quanto mais mais os os milagres milagres dos dos deuses deuses se se torna,f to m a //ssse,f s e //m supérfluos pelos pelos milagres mais,f deveria renunciar milagres da da industria, indústria, ,f ,/tatanto n to m a is ,/ oo homem homem deveria renunciar aà alegria alegria na na producao produção ee à fruicao fruição do do produto produto por por amor amor aqueles àqueles poderes. poderes. O traba]ho ee oo produto O ser ser alheio alheio ao ao qua! qual pertence pertence oo trabalho produto do do trabalho, trabalho, aa service serviço do do qual qual esta está o o trabalho trabalho ee para para cuja cuja fruicao fruição ,f / / esta,f e s tá // oo produto produto do mesmo. do trabalho, trabalho, so só pode pode ser ser o o homem hom em mesmo. Se Se o o produto produto do do trabalho trabalho nao não pertence pertence ao ao trabalhador, trabalhador, um. um. poder poder alheio tao isto por ,f produto do alheio estando estando frente frente aa ele, ele, en então isto so só eé possivel possível por / / oo produto do trabalho,f tra b a lh o /' pertencer pertencer aa um um outro outro homem hom em fora fora o o trabalhador. trabalhador. Se Se aa sua sua atividade atividade !he lhe eé torrnento, tormento, entao então tern tem que que ser ser [ruiciio fruição aa um um outro outro ee aa alegria alegria de de viver viver de de um um outro. outro. Nao Não os os deuses, deuses, nao não aa natureza, natureza, so só o o homem homem mesmo pode mesmo pode ser ser este este poder poder alheio alheio sobre sobre o,fs,f o //s// homem,fns,f \\omzvn/ / / / 62• 62. Tenha-se Tenha-se ainda ainda em em mente mente aa proposicao proposição anteriorrnente anteriormente enunciada enunciada de relacao do homem consigo de que que aa relação do homem consigo rnesmo mesmo lhe lhe eé primeiro primeiro ejetivamente efetivam ente real ,fwirklich,f, real / / w ir k lic h /', obietiva, objetiva, pela pela sua sua relacao relação com com oo outro outro homem. homem. Se Se portanto ele portanto ele se se relaciona relaciona 63 83 com com oo produto produto do do seu seu trabalho, trabalho, com com oo seu seu trabalho objetivado, trabalho objetivado, corno como ,f / / ccom,f o m / ' um um objeto objeto alheio, alheio, inimigo, inimigo, poderoso, poderoso, independente dele, tal que independente dele, entao então se se relaciona relaciona com com ele ele de de maneira m aneira tal que um um outro outro homem poderoso, independente homem alheio alheio aa ele, ele, inimigo, inimigo, poderoso, independente dele, dele, eé oo senhor senhor deste deste objeto. objeto. Se Se se se relaciona relaciona com com aa sua sua propria própria atividade atividade como como ,f / / ccom,f o m // uma uma ,fatividade,f //a tiv id a d e // nao-livre, não-livre, entao então ele ele se se relaciona relaciona com com ela ela como como aa atividade jugo de um outro atividade aa service serviço de, de, sob sob o o dominio, domínio, aa coercao coerção ee o o jugo de um outro homem. homem.

a

Uma alternativa Uma alternativa a a "darstellen" “darstellen” seria seria "expor". “expor”. No notas 27 N o original: original: "iiber “über d[en] d[en] Menschen". Menschen”. Cf. Cf. notas 27 e e 58. 58. 63 por demais verhalten zu" 63 Aqui Aqui esta está por demais presente presente o o outro outro significado significado de de "sich “sich verhalten zu” = "comportar-se nota 20. “comportar-se perante". perante”. Cf. Cf. nota 20. 61 61 62 62

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Toda aa auto-alienacao auto-alienação do do homem homem de de si si ee da da natureza natureza aparece aparece na na Toda relacao relação que que ele ele confere confere aa si si ee à natureza natureza com com os os outros outros homens homens diferentes diferentes dele 64• 64. Dai Daí que que aa auto-alienacao auto-alienação religiosa religiosa apareca apareça necessariamente necessariamente na na dele relação do do Ieigo leigo com com o o sacerdote sacerdote ou ou tambern, também, ja já que que aqui aqui se se trata trata do do relacao mundo e:., com pramundo intelectual intelectual65, com um um mediador, mediador, etc. etc. No No mundo mundo efetivo efetivo 68 86 prá­ tico aa auto-alienacao auto-alienação s6 só pode pode aparecer aparecer atraves através da da relacao relação efetivarnente efetivamente tico real, pratica pelo qua! real, prática com com outros outros homens. homens. 0 O meio meio pelo qual procede procede aa alienacao alienação ele mesmo mesmo um / / meio / / prático. Pelo trabalho trabalho alienado, alienado, portanto, portanto, oo eé ele um ,fmeio,f pratico. Pelo homem relacao com homem nao não engendra engendra apenas apenas aa sua sua relação com oo objeto objeto ee com com o o ato ato de de producao produção enquanto enquanto poderes poderes 87 67 alheios alheios ee inimigos inimigos dele; dele; engendra engendra tamtam ­ bém aa relacao relação na na qua! qual outros outros homens homens estao estão com com aa producao produção ee oo produto produto bem dele dele ee aa relacao relação na na qua! qual ele ele esta está com com estes estes outros outros homens. homens. Tai Tal como como ele ele ,f //eengendra,f n g e n d r a /' aa sua sua propria própria producao produção para para aa sua sua desefetivacao desefetivação /'E n tw irk lic h u n g /', para para o o seu seu castigo, castigo, tal tal como como ,f / 'eengendra,f n g e n d r a / ' oo seu seu ,fEntwirklichung,f, pr6prio produto para nao pertencente próprio produto para aa perda, perda, para para ,f / ' sser,f e r / ' um um produto produto não pertencente ele, assim assim ele ele engendra engendra aa dominacao dominação daquele daquele que que nao não produz produz sobre sobre aa ele, aa producao pr6pria produção ee sobre sobre oo produto. produto. Tai Tal como como aliena aliena de de si si aa sua sua própria atividade, atividade, assim assim ele ele apropria apropria 68 88 ao ao estranho estranho 69 89 aa atividade atividade nao não pr6pria própria deste. deste. Ate relacao pelo Até agora agora s6 só consideramos consideramos aa relação pelo lado lado do do trabalhador, trabalhador, ee mais tarde tarde tambern também aa consideraremos consideraremos pelo do nao-trabalhador. não-trabalhador. mais pelo lado lado do Portanto, pelo pelo trabalho trabalho exteriorizado, exteriorizado, alienado, alienado, o o trabalhador trabalhador enen­ Portanto, gendra um homem trabalho, ee que gendra aa relacao relação de de um homem alheio alheio ao ao trabalho, que esta está fora fora dele, dele, com com este este trabalho. trabalho. A A relacao relação do do trabalhador trabalhador com com oo trabalho trabalho engendra engendra do capitalista capitalista com com este este último, ou como como quer quer que que se se queira queira aa relação relacao do ultimo, ou chamar cham ar oo senhor senhor do do trabalho. trabalho. A A propriedade propriedade privada privada eé portanto portanto oo propro-

a

84 84 Impossivel Impossível manter manter simultaneamente simultaneamente aa precisiio precisão ee concisiio concisão da da frase frase original. original. Ei-la: "Jede Ei-la: “Jede Selbstentfremdung Selbstentfremdung des des Meoschen Menschen von von sich sich und und der der Natur Natur etscheint erscheint in Natur zu zu andern, von ihm in dem dem Verhaltnis, Verháltnis, welcbes welches er er sicb sich und und der der Natur andern, von ihm unterunterschiednen schiednen Menschen Menschen gibt". gibt”. Para Para maior maior clareza clareza repetiremos repetiremos analiticamente analiticamente aa nossa nossa versao: versão: "Toda “Toda aa auto-alienacao auto-alienação do do homem homem de de (isto (isto é, diante diante de, de, com com rela~ao relação a) a) si ee da da ((ou seja, diante diante da, da, com com relacao relação a) à) natureza aparece na na rela~iio relação que que ele ele si ou seja, natureza aparece confere (literalmente: (literalmente: da) dá) aa si si ee aà natureza natureza com com (isto (isto e, é, frente frente a, a, aa relacao relação na na confere qual qual ele ele coloca coloca aa si si ee aa natureza natureza com com referencia referência a) a) os os outros outros homens homens diferendiferen­ tes dele". dele”. tes 6G 88 Em Em alemiio: alemão: "intellektuellen “intellektuellen Welt", Welt”, ou ou seja, seja, o o mundo mundo pr6prio próprio do do intelecto. intelecto. Alternativas: Alternativas: "mundo “mundo intelectivo", intelectivo”, "mundo “mundo do do intelecto". intelecto”. 66 Welt". Aqui 66 Em Em alernao: alemão: "In “In der der praktischen praktischen wirklichen wirklichen Welt”. Aqui ee mais mais abaixo abaixo no no mesmo mesmo periodo período seria seria mais mais exato exato traduzir traduzir o o adjetivo adjetivo "wirklich" “wirklich” .por por "realmente “realmente efetivo" efetivo” ou ou "efetivamente “efetivamente real". real”. 67 87 No N o manuscrito manuscrito consta: consta: hornens. homens. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.) 68 88 Em Em alemiio: alemão: "eignet “eignet ... . . . an". an”. Embora Embora o o sentido sentido seja seja de de "tornar “tornar pr6prio próprio aa (de)" (d e )” permanece ados aa permanece o o uso uso pouco pouco portugues português de de "apropriar". “apropriar”. Sobre Sobre termos termos form formados partir partir de de "eigen" “eigen” cf. cf. nota nota 22. 22. 69 89 Em Em alemlio: alemão: "dern “dem Fremden". Fremden”. Este Este substantivo substantivo significa significa literalmente literalmente "(a)o “(a )o estranho", estranho”, embora embora traduzamos traduzamos o o adjetivo adjetivo "fremd" “fremd” ee derivados derivados por por "alheio". “alheio”. Cf. Cf. nota nota 12. 12.

e,

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duto, duto, o o resultado, resultado, aa consequencia conseqüência necessana necessária do do trabalho trabalho exteriorizado, exteriorizado, da natureza ee consigo da relacao relação exterior exterior do do trabalhador trabalhador com com aa natureza consigo mesmo. mesmo. A portanto por A propriedade propriedade privada privada resulta resulta portanto por analise análise aa partir partir do do concon­ ceito ceito de de trabalho trabalho exteriorizado, exteriorizado, isto isto e, é, de de homem hom em exteriorizado, exteriorizado, de de tratra­ balho balho alienado, alienado, de de vida vida alienada, alienada, de de homem homem alienado. alienado. £ partir da de É claro claro que que aa partir da Economia Econom ia Politica Política obtivemos obtivemos o o conceito conceito de trabalho de vida exteriorizaday como trabalho exteriorizado exteriorizado ((de vida exteriorizada) como resultado resultado do do movim ovi­ mento Mas na m ento da da propriedade propriedade privada. privada. Mas na analise análise deste deste conceito conceito mostra-se mostra-se que, que, se se aa propriedade propriedade privada privada aparece aparece como como razao razão 70, 70, como como causa causa do do trabalho trabalho exteriorizado, exteriorizado, eta ela eé antes antes uma uma 'consequencta conseqüência do do mesmo, mesmo, assim assim como como tambem também os os deuses deuses siio são originariamente originariamente nao não aa causa, causa, mas mas o o efeito efeito dos relacao reverte dos erros erros do do entendimento entendimento humano. humano. Mais Mais tarde tarde esta esta relação reverte em em efeito efeito reciproco. recíproco. B proÉ s6 só no no ultimo último ponto ponto de de culminancia culminância do do desenvolvimento desenvolvimento da da pro­ priedade privada novamente este priedade privada que que emerge emerge novamente este seu seu segredo, segredo, aa saber, saber, ser ser de lugar oo de um um lado lado o o produto produ to do do trabalho trabalho exteriorizado exteriorizado ee em em segundo segundo lugar meio trabalho se exterioriza, aa realizadio m eio pelo pelo qual qual o o trabalho se exterioriza, realização 71 71 desta desta exterioriexteriori­ zafaO. zação.

XX.VI XXVI

Este Este desenvolvimento desenvolvimento de de imediato imediato lanca lança luz luz sobre sobre diversos diversos concon­ flitos flitos 72 72 ate até agora agora irresolvidos. irresolvidos. I. A Economia Polltica parte parte do trabalho comocomo propriamente a 1. A Economia Política do trabalho propriamente a alma nada ao alma da da producao, produção, ee mesmo mesmo assim assim nao não da dá nada ao trabalho trabalho ee tudo tudo aà propriedade Desta contradicao propriedade privada. privada. Desta contradição Proudhon Proudhon concluiu concluiu aa favor favor do do trabalho trabalho /le// / / $ / / contra contra aa propriedade propriedade privada. privada. Mas Mas n6s nós nos nos damos damos conta conta de de que que esta esta contradicao contradição apareote aparente eé aa contradicao contradição do do trabalho trabalho alienado alienado consigo consigo mesmo mesmo ee de de que que aa Economia Economia Politica Política apenas apenas enunciou enunciou as as leis leis do do trabalho trabalho alienado. alienado. Dai Daí tambem também nos nos darmos darmos conta conta de de que que salario salário ee propriedade propriedade privada privada slio são identicos: idênticos: pois pois onde onde o o produto, produto, o o objeto objeto do do trabalho, trabalho, paga p a g a 73 73 o o trabalho trabalho mesmo, mesmo, o o salario salário eé s6 só uma um a conseqiiencia conseqüência necessaria necessária da da alienacao alienação do trabalho, assim tambem oo trabalho do trabalho, assim como como de de resto resto no no salario salário também trabalho aparece aparece nao não como como fim fim em em si, si, mas mas como como o o servo servo do do salario. salário. Detalharemos Detalharemos isto isto mais consequencias. mais tarde tarde ee por por ora ora apenas apenas tiramos tiramos ainda ainda algumas algumas conseqüências. Uma lado todas Um a violenta violenta elevadio elevação do do salario salário (deixando (deixando de de lado todas as as outras outras dificuldades, lado que, dificuldades, deixando deixando de de lado que, como como uma um a anomalia, anomalia, ela ela tambem também so tenivel com só seria seria man mantenível com violencia) violência) nada nada mais mais seria seria senao senão um um melhor melhor assalariamento assalariamento dos dos escravos escravos e e olio não teria teria reconquistado reconquistado nem nem ao ao trabalhatrabalha­ dor dor nem nem ao ao trabalho trabalho aa sua sua dignidade dignidade ee determinacao determinação 74 74 humanas. humanas. 70 70 Uma Uma alternativa alternativa para para "Grund" “Grund” seria seria "fundamento". “fundamento”.

Cf. nota 7. Cf. nota 7. no no sentido sentido pr6prio próprio de de "tornar-se “tornar-se coisa". coisa”. Para Para diferenciar diferenciar de de "Wirklichkeit" “Wirklichkeit” cf. cf. nota nota 4. 4. rz 72 "Kollisionen" “Kollisionen” == = "colisoes", “colisões”, obviamente obviamente no no sentido sentido hodierno hodierno de de "conflitos". “conflitos”. 73 "da oo soldo 73 Em Em alemfio: alemão: "besoldet", “besoldet”, literalmente literalmente "paga “paga o o soldo soldo a", a”, “dá soldo a". a”. 74 Ao lado 74 Ao lado de de "deterrninacao", “determinação”, "Bestimmung" “Bestimmung” tambem também tern tem o o significado significado de de "destinacao", “destinação”, tambem também presente presente aqui. aqui. 71 71 "Realisation", “Realisatiori",

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·Ate -Até mesmo mesmo aa igua/dade igualdade dos d o s saldrios, salários, como como aa exige exige Proudhon, Proudhon, so só transforma trabalho na transforma aa relacao relação do do atual atual trabalhador trabalhador com com oo seu seu trabalho na relacao relação de de todos todos os os homens homens com com oo trabalho. trabalho. A A sociedade sociedade eé entao então tomada tomada como como capitalista capitalista abstrato. abstrato. Salano Salário eé uma uma conseqiiencia conseqüência imediata imediata do do trabalho trabalho alienado, alienado, e.e. o o trabalho trabalho alienado alienado eé aa causa causa irnediata imediata da da propriedade propriedade privada. privada. Por Por conseconse­ guinte, aspectos tarnbem guinte, com com um um dos dos aspectos também tern tem que que cair cair oo outro. outro. 2. Da relacao do trabalho alienado com com a propriedade privada 2. Da relação do trabalho alienado a propriedade privada segue-se segue-se alern além disso disso que que oo emancipar emancipar 75 75 aa sociedade sociedade da da propriedade propriedade pripri­ vada, , da vada, etc. etc., da servidao, servidão, se se exprime exprime na na forma forma politico p o lítica da da emancipaciio em an cipação dos dos trabalhadores, trabalhadores, nao não como como se se se se tratasse tratasse apenas apenas da da ernancipacao emancipação deles, deles, mas mas porque porque na na ernancipacao emancipação deles deles esta está contida contida aa ,f //eemancipacaoz" m a n c ip a ç ã o /' huhu­ mana contida naquela mana universal universal 711, 7li, ee esta esta esta está contida naquela porque porque aa servidao servidão humana humana inteira producao ee todas inteira esta está envolvida envolvida na na relacao relação do do trabalhador trabalhador com com aa produção todas as modificacoes ee consequencias as relacoes relações de de servidao servidão sao são apenas apenas modificações conseqüências desta desta relacao. relação. !I Assim Assim como como encontramos encontramos por por andlise análise o o conceito conceito de de propriedade propriedade privada privada aa partir partir do do conceito conceito de de trabalho trabalho exteriorizado, exterio riza d o , alienado, alien ado, assim assim todas Economia Política Polftica podem todas as as categorias categorias da da Economia podem ser ser desenvolvidas desenvolvidas com com oo auxilio no auxílio destes destes dois dois fatores, fatores, ee em em cada cada categoria, categoria, como como por por exemplo exemplo no 7i, regateio na concorrencia, regateio77, na concorrência, no no capital, capital, no no dinheiro, dinheiro, reencontraremos reencontraremos apenas primeiros funapenas uma uma expressiio expressão desenvolvida d esen vo lv id a ee determinada determ in a d a destes destes primeiros fun­ damentos damentos 78• 78. Mas tcnternos ainda Mas antes antes de de considerarmos considerarmos esta esta configuracao configuração tentemos ainda solusolu­ cionar · cionar duas duas tarefas. tarefas. 1.1. Deterrninar tal como Determ inar aa essencia essência geral geral rn 70 da da propriedade p ro p ried a d e privada, p riva d a , tal como se resultado do se deu deu como como resultado do trabalho trabalho alienado, alienado, em em sua sua relacao relação com com aa propriedade p ro p ried a d e verdadeiramente verdadeiram en te humana hum ana ee social. social. . 2. 2. Aceitamos Aceitamos aa alienaciio alienação do d o trabalho, trabalho, aa sua sua exteriorizaciio, ex terio riza çã o , como como um um fato fato ee analisamos analisamos este este fato. fato. Como. Como, perguntamos perguntamos agora, agora, oo homem h om em chega chega aa alienar, alienar, aa exteriorizar exteriorizar o o seu seu trabalho'l trabalh o ? Como Como esta esta alienacao alienação esta está fundada fundada na na essencia essência do do desenvolvimento desenvolvimento humane? humano? Ja Já ganhamos ganhamos muito para para aa solucao muito solução do do problema problema ao ao termos termos transformado tran sform ado aa pergunta pergunta pela origem pela origem da da propriedade p ro p ried a d e privada priva d a na na pergunta pergunta pela pèla relacao relação do do trabalho trabalho '" Em 5# Em alernao: alem ão: "die "die Emanzipation" Emanzipation" ::::: — "a “a ernancipacao". em ancipação”. Verbalizarnos Verbalizamos aa passapassa­ gem gem para para maior maior clareza clareza do do portugues. português. •6 70 Em Em alemiio: alem ão: "die “die allgemein allgemein menschliche". menschliche”, literalmente literalm ente "a “a [ernancipacaol lemancipaçãol univeruniver­ salmente humana". salmente hum ana”. 77 77 "Schacher", “Schacher”, cornercio comércio ou ou triifico tráfico em em que que se se pechincha. pechincha. ,8 por ..“bases”. bases". 78 "Grundlagen", “G rundlagen”, tarnbern tam bém traduzivel traduzível por ;o nota 12. 79 Em Em alernao: alem ão: "das “das allgemeine allgemeine Wesen". W esen”. Sobre Sobre "Wesen" “W esen” cf. cf. nota 12. 0 O adjetivo adjetivo "allgemein" “allgem ein” tambern tam bém pode pode ser ser traduzido traduzido por por "universal". “universal”.

163

exteriorizado exteriorizado com com o o curso curso do do desenvolvimento desenvolvimento da da humanidade. humanidade. Pois Pois quando quando se se fala fala de de propriedade propriedade privada, privada, acredita-se acredita-se estar estar lidando lidando com com uma um a coisa coisa fora fora do do homem. homem. Quando Quando se se fala fala do do trabalho, trabalho, esta-se está-se lidando lidando imediatamente mesmo. Esta imediatamente com com oo homem homem mesmo. Esta nova nova colocacao colocação da da questao questão ja já eé inclus~ve inclusive aa sua sua solucao, solução. ad 1. Essência geral geral da da propriedade propriedade privada privada ee a a sua sua relacao relação com com ad 1. Essencia aa propriedade propriedade verdadeiramente verdadeiram ente humana. humana. O n6s em O trabalho trabalho exteriorizado exteriorizado resolveu-se resolveu-se para para nós em duas duas componentes componentes que que se se condicionam condicionam mutuamente mutuamente ou ou que que sao são apenas apenas expressoes expressões diferentes diferentes de de uma uma ee mesma mesma relacao: relação: aa apropriaciio apropriação aparece aparece como como alienaciio, alienação, como como exteriorizaciio, exteriorização, ee aa exteriorizacdo exteriorização como com o apropriaciio, apropriação, aa alienaciio alienação como como aa verdadeira verdadeira citadanizaciio citadanização 80• 80. Consideramos um dos Consideramos um dos aspectos, aspectos, o o trabalho trabalho exteriorizado exteriorizado com com respeito respeito ao ao trabalhador trabalhador mesmo, mesmo, isto isto é, aa relaciio relação do do trabalho trabalho exteriorizado exteriorizado concon­ sigo produto, como como resultado relacao, sigo mesmo. m esm o. Como Como produto, resultado necessario necessário desta desta relação, encontramos encontramos aa relaciio relação de de propriedade propriedade do do nao-trabalhador não-trabálhador com com o o trabatraba­ lhador lhador ee // / / ccom// o m // o o trabalho. trabalho. A A propriedade propriedade privada, privada, como como aa expressao expressão resumida, trabalho exteriorizado, resumida, material material do do trabalho exteriorizado, abrange abrange ambas ambas as as relacoes, relações, aa relação relafiio do do trabalhador trabalhador com com oo trabalho trabalho ee com com o o produto produto do do seu seu trabalho trabalho com o o nao-trabalhador não-trabalhador ee aa relacao relação do do nao-trabalhador não-trabalhador com com o o trabatraba­ ee com lhador lhador ee //com// //c o v a // o o produto produto do do trabalho trabalho deste. deste. Ora, Ora, se se vimos vimos que que com com respeito respeito ao ao trabalhador trabalhador que que se se apropria apropria da da natureza natureza pelo pelo trabalho trabalho aa apropriacao apropriação aparece aparece como como alienacao, alienação, aa auto-atividade auto-atividade como como atividade atividade para para um um outro outro ee como como atividade atividade de de um um outro, outro, aa vitalidade vitalidade como como sacrificio sacrifício da da vida, vida, aa producao produção do do objeto objeto como como perda um poder alheio, consiconsi­ perda do do objeto objeto para para um poder alheio, alheio, para para um um homem homem alheio, deremos deremos agora agora aa relacao relação deste deste homem homem alheio alheio ao ao trabalho trabalho ee ao ao trabalhador trabalhador com com oo trabalhador, trabalhador, com com oo trabalho trabalho ee oo seu seu objeto. objeto. Observe-se Observe-se inicialmente inicialmente que que tudo tudo o o que que aparece aparece no no trabalhador trabalhador como como atividade atividade da da exteriorizaciio, exteriorização, da da alienaciio, alienação, aparece aparece no no nao-trabanão-traba­ lhador lhador como como estado estado de de exteriorizacao, exteriorização, de de alienadio. alienação. Segundo, Segundo, que que o o comportamento com portam ento pratico, prático, ejetivamente efetivam ente real real do do trabatraba­ lhador para com como estado lhador na na producao produção ee para com o o produto produto ((como estado da da mente mente 81) 81)

e,

so 80 "Einbilrgerung" “Einbürgerung” (de (de "Bilrger" “Bürger” = = "cidadso") “cidadão” ) designa designa "naturalizacao" “naturalização” no no sentido sentido de trata-se de de assumir assumir aa cidadania cidadania de de outro outro pals. país. Mais Mais inclusivamente inclusivameíite trata-se de "adquirir “adquirir direitos reflexive "sich direitos civis", civis”, "adquirir “adquirir foros foros de de cidadao". cidadão”. 0 O verbo verbo reflexivo “sich einbtirgern" einbürgern” significa por significa coloquialmente coloquialmente "aclimatar-se", “aclimatar-se”, "ser “ser aceito aceito como como habitual". habitual”. Traduzir Traduzir por "naturalizacao" “naturalização” seria seria equivoco equívoco dado dado o o uso uso preciso preciso que que Marx Marx faz faz de de "natureza". “natureza”. 81 Em Em alernao: alemão: "Gemtltszustand". “Gemütszustand”. "Gemiit" “Gemüt” designa designa aa integra íntegra das das capacidades capacidades animicas na receptividade. anímicas ee espirituais espirituais com com acento acento particular particular no no sentir sentir ee na receptividade. De D e acordo acordo com por "estado com isso isso poder-se-ia poder-se-ia traduzir traduzir tambem também por “estado de de espirito'' espírito” (sem (sem confund.ir confundir "espirito" “espírito” aqui aqui com com "Geist", “Geist”, cf. cf. nota nota 32) 32) ou ou por por "estado “estado de de animo". ânimo”.

164 164

aparece frente aparece como como comportamento comportamento teorico teórico no no nao-trabalhador não-trabalhador que que esta está frente

xxvn XXVII

aquele. àquele. Terceiro. Terceiro. 0 O nao-trabalhador não-trabalhador faz faz contra contra o o trabalhador trabalhador tudo tudo o o que que

oo trabalhador mesmo, mas trabalhador faz faz contra contra si si mesmo, mas nao não faz faz contra contra si si mesmo mesmo o o que que faz faz contra contra o o trabalhador. trabalhador. 82• Consideremos tres relacoes xxvu Consideremos mais mais de de perto perto estas estas três relações82. XXVII

•• •• •• 88 (Propriedade (Propriedade privada privada ee comunismo] comunismo]8 3

** ad pag. a oposicao entre entre //a qua1idade de// dser ad XXXIX. pag. X X XMas IX . Mas a oposição / ' a qualidade e / ' ser sem propriedade 84 sem propriedade 84 ee propriedade propriedade eé uma uma oposicao oposição ainda ainda indiferente, indiferente, nao não tomada erencia 85 tom ada em em sua sua ref referência 85 ativa, ativa, em em sua sua relacao relação interna, interna, ainda ainda nao não //tomada// / 't o m a d a / ' como como contradiciio, contradição, enquanto enquanto nao não for for concebida concebida comq comq aa oposicao oposição entre entre o o trabalho trabalho e e o o capital. capital. Tambem Também sem sem o o movimento movimento avanavan­ cado esta çado da da propriedade propriedade privada, privada, na na Roma Rom a antiga, antiga, na na Turquia, Turquia, etc., etc., esta oposicao oposição pode pode se se exprimir exprimir na na primeira prim eira figura. figura. Assim Assim eta ela ainda ainda nao não q,paçparece propriedade privada rece como como posta posta pela pela propriedade privada mesma. mesma. Mas Mas o o trabalho, trabalho, aa essencia essência subjetiva subjetiva da da propriedade propriedade privada privada como como exclusao exclusão da da propriedade, propriedade, ee oo capital, capital, o o trabalho trabalho objetivo objetivo como como exclusao exclusão do do trabalho, trabalho, eé aa proprieproprie­ dade dade privada privada como como aa sua sua relacao relação desenvolvida desenvolvida de de contradicao, contradição, por por isso isso uma uma relacao relação dinamica dinâmica 86 89 que que impele impele aà solucao. solução. ** A superação superacao 87 ** ad ad ibidem. ibidem . A 87 da da auto-alienacao auto-alienação faz faz o o mesmo mesmo camicami­ nho nho que que aa auto-alienacao. auto-alienação. Primeiro Primeiro aa propriedade propriedade privada privada eé considerada considerada

Aqui Aqui se se interrompe interrompe o o texto texto deste deste manuscrito, manuscrito, o o qua! qual ficou ficou inacabado, inacabado, (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) ss presente texto Marx (cf. 83 O O presente texto se se encontra encontra na na edi~ao edição supracitada supracitada das das obras obras de de Marx (cf. nota nota da da p. p. 146), 146), p. p. 533-46, 533-46, fazendo fazendo parte parte do do terceiro terceiro manuscrito. manuscrito. As As duas duas entradas entradas marcadas com marcadas com asteriscos asteriscos indicam indicam que que este este texto texto foi foi concebido concebido como como complemento complemento das manuscrito, oo qua! das respectivas respectivas paginas páginas do do segundo segundo manuscrito, qual foi foi perdido perdido quase quase na na integra. por asteriscos Marx. As íntegra. As As notas notas marcadas marcadas por asteriscos sao são de de Marx. As passagens passagens entre entre chaves no manuscrito manuscrito de chaves {{ }} encontram-se encontram-se riscadas riscadas verticalmente verticalmente no de Marx. Marx. 84 84 "Eigentumslosigkeit", “Eigentumslosigkeit”, ou ou seja, seja, aa qualidade qualidade abstrata abstrata de de nao não ter ter ou ou ser ser sem sem propriedade. Equivale perfeitamente ao propriedade. Eqüivale perfeitamente ao ingl& inglês "propertilessness". “propertilessness”. 8~ 85 Traduziremos Traduziremos "Beziehung" “Beziehung” (literalmente (literalmente "relacao") “relação”) por por "referencia" “referência” para para evitar evitar confusoes confusões com com o o termo termo tecnico técnico marxista marxista "relacao", “relação”, em em alemac alemão "Verhaltnis", “Verhãltnis”. Quando nao for possivel, agregaremos Quando isto isto não for possível, agregaremos o o termo termo alemao alemão entre entre // / / / //. /■ 86 literalmente "energica", 88 Em Em alemao: alemão: "energisches", “energisches”, literalmente “enérgica”, mas mas com com sentido sentido de de "dina“dinâ­ mica", mica”, "que “que leva leva aà efetivacao". efetivação”. Tambem Também seria seria possivel possível traduzir traduzir por por "atuante" “atuante” (ou (ou seja, seja, "que “que leva leva aa ato"). ato”). 87 87 Traduzimos Traduzimos "Aufhebung" “Aufhebung” ee o o verbo verbo "aufheben" “aufheben” respectivamente respectivamente por por "supera“supera­ ~ao" tr& significados ção” ee "superar". “superar”. Impossivel Impossível conjugar conjugar num num termo termo portugues português os os três significados dados dados no no alemao: alemão: erguer erguer (por (por exemplo, exemplo, erguer erguer algo algo que que caiu caiu no no chao), chão), guardar guardar (por (por exemplo, exemplo, guardar guardar um um objeto objeto para pára que que se se conserve) conserve) ee suspender suspender (por (por e'xemexem­ plo, suspender legal). plo, suspender aa vigencia vigência de de uma uma determinacao determinação legal). 82 82

165 165 s6 trabalho como só em em seu seu aspecto aspecto objetivo objetivo -— mas mas ainda ainda assim assim o o trabalho como aa sua sua essencia. A sua essência. A sua forma forma de de existencia existência eé portanto portanto o o capital, capital, o o qual qual eé de de superar superar "como “como tal" tal” (Proudhon). (P roudhon). Ou Ou oo modo m odo particular particular do do trabalho trabalho --— como por isto como trabalho trabalho nivelado, nivelado, parcelado parcelado ee por isto nao-livre não-livre -— eé tornado tomado como nocividade da como aa fonte fonte da da nocividade da propriedade propriedade privada privada ee da da sua sua existencia existência alienada - Fourier, alienada do do homem homem — Fourier, que que correspondentemente correspondentemente aos aos fisiocratas fisiocratas toma menos como tom a de de novo novo oo trabalho trabalho de de agricultura agricultura pelo pelo menos como o o ,ftrabalho,f / 't r a b a l h o / ' por por excelencia, exbelência, ao ao passo passo que que em em oposicao oposição Saint-Simon Saint-Simon declara declara como como essencia essênçia O o trabalho trabalho industrial industrial como como tal tal ee entao então tambem também aspira aspira à domidomi­ nacao nação unica única ee exclusiva exclusiva dos dos industriais industriais ee aà melhoria melhoria da da situacao situação dos dos trabalhadores. trabalhadores. Finalmente, Finalmente, oo comunismo com unism o eé aa expressao expressão positiva positiva da da propro­ priedade privada gepriedade privada privada superada, superada, inicialmente inicialmente como como propriedade propriedade privada ge­ ral ral 88. 88. Ao Ao tomar tom ar esta esta relacao relação em em sua sua generalidade, generalidade, ele ele eé l. em sua figurafigura s6 uma e acabamento da da 1. em primeira sua primeira só generalizaciio uma generalização e acabam ento mesma; figura dupla: um lado lado oo dominio mesma; como como tal tal mostra-se mostra-se em em figura dupla: de de um domínio da da propriedade tao grande propriedade coisal c o is a l 811 89 eé tão grande frente frente aa ele ele que que ele ele quer quer aniquilar aniquilar tudo por todos tudo que que nao não seja seja capaz capaz de de ser ser possuido possuído por todos como como propriedade propriedade privada; violento do p rivada ; quer quer abstrair abstrair de de modo modo violento do talento, talento, etc. etc. A A posse posse imeime­ diata, diata, fisica, física, lhe lhe vale vale como como aa (mica única finalidade finalidade da da vida vida ee da da existencia; existência; aa determinacao mas estendida determinação de de trabalhador trabalhador nao não eé superada, superada, mas estendida aa todos todos os os hornens; homens; aa relacao relação de de propriedade propriedade privada privada permanece permanece aa relacao relação da da comunidade comunidade com com oo mundo m undo das das coisas coisas ,fSachenwelt,f; /'S a c h e n w e lt/'; finalmente finalmente este este movimento movimento de de colocar colocar aa propriedade propriedade privada privada geral geral frente frente à propriedade propriedade privada se privada se exprime exprime na na forma forma animal animal de de que que frente frente ao ao casamento casamento (que (que certamente ormaa de privada exclusivay certamente eé um umaa fform de propriedade propriedade privada exclusiva ) eé colocada colocada aa comunidade com unidade das das mu/heres, mulheres, onde onde portanto portanto aa mulher mulher se se toma tom a uma uma propro­ priedade priedade comum comum ee comuniuiria. comunitária. E É llcito lícito dizer dizer que que este este pensamento pensamento da da comunidade o segredo com unidade das das mu/heres mulheres eé o segredo exprimido exprim ido deste deste comunismo comunismo ainda ainda 90• Assim como ,f saindo,f bastante bastante rudimentar rudim entar ee irrefletido irrefletido90. Assim como / 's a i n d o / ' do do casacasa­ mento a mulher ,fentra,f na prostituicso mento a mulher / 'e n t r a / ' na prostituição generalizada, generalizada, assim assim o o mundo mundo inteiro isto e, essencia 91 relainteiro da da riqueza, riqueza, isto é, da da essência 91 objetiva objetiva do do homem, homem, sai sai da da rela-

a

a

88 88 0 O

adjetivo tambern adrnite adjetivo "allgernein" “allgemein” também admite traducao tradução por por "universal". “universal”. 0 O contexto contexto imediatamente seguinte nossa op1,iio, imediatamente seguinte parece parece dar dar preferencia preferência à nossa opção, pois pois "Verallge“Verallgemeinerung" meinerung” significa significa Jiteralmente literalmente "generalizacao", “generalização”, embora embora niio não fique fique descartado descartado o o sentido sentido (menos (menos usual) usual) de de "universalizacao". “universalização”. 89 Eigentums". 0O adjetivo 89 Em Em alemlio: alemão: "des “des sachlichen sachlichen Eigentums”. adjetivo "sachlich" “sachlich” niio não 6é perfeiperfei­ tamente pretendendo ser mais que tamente traduzfvel traduzível em em portugues, português, nossa nossa tradu1,lio tradução niio não pretendendo ser mais que aproximativa. forma-se aa partir aproximativa. Este Este adjetivo adjetivo forma-se partir do do substantivo substantivo "Sache", “Sache”, sobre sobre o o qual cf. notas 13 ee 37. qual cf. notas 13 37. 1>0 termo "gedan90 Traduzimos Traduzimos por por "rudimentar" “rudimentar” o o adjetivo adjetivo "roh" “roh” = "cru". “cru”. 0 O termo “gedankenlos", kenlos”, por por n6s nós traduzido traduzido por por "irrefletido", “irrefletido”, significa significa literalmente literalmente "sem “sem pensapensa­ mento" mento” ee equivale eqüivale ao ao uso uso comum comum da da expressiio expressão portuguesa portuguesa "sern “sem pensar" pensar” (por (por exemplo, na expresslio exemplo, na expressão "fazer “fazer algo algo sem sem pensar"). pensar”). 91 91 Tome-se Tome-se "essencia" “essência” = — "Wesen" “Wesen” aqui aqui no no sentido sentido forte forte de de expressao expressão gerundiva gerundiva aa partir do partir do verbo verbo latino latino "esse" “esse” = "ser". “ser”. Traducao Tradução alternativa alternativa seria seria "ser". “ser”. Cf. Cf. notas notas 12 12 ee 30. 30.

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. . . . .. .. i •. ·;,·,

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166 166

c;lio ção de de casamento casamento exclusivo exclusivo com com o o proprietario proprietário privado privado entrando entrando na na relacao relação de de prostituicao prostituição universal universal com com aa comunidade. comunidade. Pois Pois este este cornucomu­ nismo parte aa personalidade nismo -— ao ao negar negar em em toda toda parte personalidade do do homem homem -— eé s6 só aa expressao expressão consequente conseqüente da da propriedade propriedade privada, privada, aa qual qual eé esta esta negacao. negação. A na qual A inveja inveja geral geral que que se se constitui constitui como como poder poder é aa forma forma oculta oculta na qual aa gandncia ganância se se instaura, instaura, satisfazendo-se satisfazendo-se apenas apenas de de um um outro outro modo. modo. 0 O pensamento pensamento de de cada cada propriedade propriedade privada privada como como uma uma tal tal esta está voltado võltado pelo pelo menos m enos contra contra aa propriedade propriedade privada privada mais mais rica rica como como inveja inveja ee ansia ânsia de nivelamento, de de nivelamento, de maneira maneira que que estas estas constituem constituem ate até aa essencia essência da da concon­ correncia. corrência. 0 O comunista comunista rudimentar rudim entar eé s6 só o o acabamento acabamento desta desta inveja inveja ee deste nivelamento aa partir deste nivelamento partir do do minimo mínimo //que / / que e// t / / representado representado 92• 82. Ele Ele tern tem uma uma medida medida limitada lim itada determinada. determ inada. Qulio Quão pouco pouco esta esta superacao superação da da propriedade privada eé uma real prova-o propriedade privada uma apropriacao apropriação efetivamente efetivamente real prova-o precipreci­ samente samente aa negacao negação abstrata abstrata do do mundo mundo inteiro inteiro da da cultura cultura 93 93 ee da da civilizacivilizac;lio, ção, oo retomo retorno aà simpJicidade simplicidade inatural inatural do do homem homem pobre pobre ee sem sem necesneces­ sidades mas ainda sidades 9• 94 que que nlio não s6 só ,nlio ,não ultrapassou ultrapassou aa propriedade propriedade privada, privada, mas ainda nem I nem chegou chegou ate até aa mesma. mesma. S A comunidade A comunidade eé apenas apenas uma uma comunidade comunidade do do trabalho trabalho ee aa igualdade igualdade do pela comunidade do saldrio salário pago pago pelo pelo capital capital comunitario, comunitário, pela com unidade como como oo capicapi­ 95. Ambos os !ados da relacao sao elevados a uma talista talista universal universal9S. Ambos os lados da relação são elevados a uma universalidade universalidade representada, representada, o o trabalho trabalho como como aa determinacao determinação na na qua! qual cada universalidade reconhecida cada um um esta está posto, posto, oo capital capital como como aa universalidade reconhecida ee //como// / / c o m o / / poder poder da da comunidade. comunidade. Na Na relacao relação com com aa mulher mulher como como aa presa presa ee aa criada criada da da luxuria luxúria comucomu­ nitaria nitária esta está exprimida exprimida aa degradacao degradação infinita infinita em em que que oo ser ser humano h u m an o 96 98 existe existe para para si si mesmo, mesmo, pois pois oo segredo segredo desta desta relacao relação tern tem aa sua sua expressao expressão inequlvoca, inequívoca, decidida, decidida, manifesta manifesta 97, 97, desvelada, desvelada, na na relacao relação do do homem homem com com

e

JV IV

112 !l2 Em Em alernao: alem ão: "von “von dem dem vorgestellten vorgestellten Minimum M inimum aus", aus”, nossos nossos acrescirnos acréscimos apenas apenas

pretendendo verbo alemao pretendendo deixar deixar claro claro que que "minimo" “m ínim o” eé substantivo substantivo aqui. aqui. 0 O verbo alemão "vorstellen" “vorstellen” significa significa "representar" “representar" no no sentido sentido de de "ter “ter uma um a representacao representação menm en­ tal tal de". de”. na "Bildung", no sentido “Bildung”, literalmente literalm ente "forrnacao", “form ação”, aqui aqui no sentido de de cultura cultura adquirida adquirida (por (por exemplo, exemplo, um um individuo indivíduo de de cultura). cultu ra). 1\4 04 Em Em alemlio: alem ão: "des “des .... . . bediirfnislosen bedürfnislosen Menschen", M enschen”, "do “do homem homem sem sem necessidades" necessidades” no no sentido sentido de de "sern “sem carencias". carências”. Cf. Cf. nota nota 35. 35. 1\5 traduzimos 95 Aqui Aqui traduzim os o o adjetivo adjetivo "allgemein" “allgemein” por por "universal". “universal”. Sobre Sobre aa traducao tradução de de "allgernein" por "universal" “allgemein” ee de de "Allgemeinheit" “Allgemeinheit” por “universal” ee "universalidade" “universalidade” neste neste pparaará­ grafo grafo cf. cf. tambem tam bém nota nota 88 88 ee respectiva respectiva passagem passagem no no texto. texto. »6 texto vertemos por "homem", 96 Durante D urante todo todo o o texto vertemos "Mensch" “M ensch” por “hom em ”, no no sentido sentido neutro neutro de de "ser tambern “ser pertencente pertencente ao ao genero gênero hurnano". hum ano”. Porern Porém neste neste paragrafo parágrafo tam bém ocorre ocorre "Mano", “M ann”, "hornern" “hom em ” no no seotido sentido de de "ser “ser humano hum ano do do sexo sexo masculine", masculino”, ee dai daí tradutrad u ­ zirmos zirmos "Mensch" “M ensch” por por "ser “ser humane". hum ano”. Ressalvado Ressalvado este este paragrafo, parágrafo, em em todo todo o o texto texto restante restante continuaremos continuarem os usando usando "homern" “hom em ” no no sentido sentido de de "ser “ser bumano". hum ano”. n; !l7 Aqui Aqui traduzimos traduzim os "oiienbar" “ offen bar ” por por "manifesto", “m anifesto”, nao não obstante obstante algumas algum as distincoes distinções que se deve fazer em que se deve fazer em contextos contextos mais mais abaixo. abaixo. Cf. Cf. notas notas 113 113 e, e, para para diferenciar diferenciar de de "Ausserung", “Ausserung”, nota nota 119. 119.

167 167

aa mu/her mulher ee no no modo modo como como eé tomada tom ada aa relacao relação natural, natural, imediata imediata do do genero A relacao g ê n e ro 98• 98. A relação imediata, imediata, natural, natural, necessaria necessária ,f /'nootweodige,f o tw e n d ig e /' do do ser humano eé aa relaciio ser humano humano com com oo ser ser humano relação do do homem homem com com aa mulher. mulher. Nesta N esta relacao relação natural natural do do genero gênero aa relacao relação do do ser ser humano humano com com aa natureza natureza eé imediatamente imediatamente aa sua sua relacao relação com com oo ser ser humaoo, humano, assim assim como como aa relacao relação com relacao dele com oo ser ser humano humano eé imediatamente imediatamente aa relação dele com com aa natureza, natureza, aa 99 natural propria determinacao relacao aparece determ inação99 natural própria dele. dele. Nesta Nesta relação aparece portanto portanto sensoria/mente, intufvel, ate humasensorialm ente, reduzido reduzido aa um um fato fato intuível, até que que ponto ponto ao ao ser ser hum a­ no no aa essencia essência humana hum ana se se tomou tom ou natureza natureza ou ou aa natureza natureza ,fse / 's e tomou,f to rn o u /' 100• A partir desta relacao se pode aa essencia essência humana hum ana do do ser ser humano humano 10°. A partir desta relação se pode portanto portanto julgar julgar o o nivel nível inteiro inteiro de de cultura cultura ,f / / die die ganze ganze Bildungsstufe,f B ildungsstufe/' do do ser ser humano. humano. A A partir partir do do carater caráter desta desta relacao relação se se segue segue ate até que que ponto ponto o o ser ser humano humano se se veio veio aa ser ser ee se se apreendeu apreendeu como como ser ser generico, genérico, como como ser ser humano humano 101; 101; aa relacao relação do do homem homem com com aa mulher mulher eé aa relacao relação mais mais natural natural do 'se mostra do ser ser humano humano com com oo ser ser humano. humano. Nela N e la 'se mpstra portanto portanto ate até [que] [que] ponto humano se ponto oo comportamento comportamento natural natural do do ser ser humano se tornou tornou humano humano ou ou ate até que que ponto ponto aa essencia essência humana humana se se lhe lhe tomou tom ou essencia essência natural, natural, ate até que que ponto Nesta relação relacao ponto aa sua sua natureza natureza humana humana se se lhe lhe tomou tom ou natureza. natureza. Nesta tambem se também se mostra mostra ate até [que] [que] ponto ponto aa necessidade necessidade ,fBedurfnis,f /^ B ed ü rfn isfl do do ser ser humano hum ano se se lhe lhe tornou tornou necessidade necessidade humana, humana, portanto portanto ate até que que ponto ponto oo "Gattungsverhaltnis" faz confluir “Gattungsverhãltnis” faz confluir aqui aqui os os significados significados tanto tanto de de "relaeao “relação generica" genérica” ou ou de de "relaeao “relação do do genero" gênero” quanto quanto de de "relacao “relação de de acasalamento" acasalamento” ou ou de de "rela\;aO “relação de procriacao". Sohre de procriação”. Sobre o o genitive genitivo "Gattungs-" “Gattungs-” cf. cf. nota nota 38. 38. 99 Aqui "Bestimrnung" 99 Aqui “Bestimmung” co-significa co-significa "destinacao". “destinação”. ioo passus "inwieweit 100 O O passus “inwieweit dem dem Menschen Menschen das das menschliche menschliche Wesen Wesen zur zur Natur Natur oder oder die zurn menschlichen transdie Natur Natur zum menschlichen Wesen Wesen des des Menschen Menschen geworden geworden ist" ist” admite admite trans­ posi;ao teriarnos que posição do do genitivo genitivo "des “des Menschen", Menschen”, ee entiio então teríamos que traduzir: traduzir: "ate “até que que ponto humana se ponto ao ao (ou (ou para para o) o ) ser ser humano humano aa essencia essência humana se tornou tornou natureza natureza //do /'d o ser II/ essencia ser humano h u m a n II o / ou. ou aa natureza natureza II / s se e tornou to r n o u essência humana humana do do ser ser humane". humano”. Sohre por "essencia", notas 12 Sobre "Wesen", “Wesen”, neste néste passus passus traduzido traduzido por “essência”, cf. cf. notas 12 ee 30. 30. 101 101 0 O passus passus "inwieweit “inwieweit der der Mensch M ensch als ais Gattungswesen", G attun gsw esen”, als ais Mensch M ensch sich sich geworden geworden ist ist und und erfasst erfasst hat" hat” admite admite igualmente igualmente ser ser traduzido traduzido assim: assim: "ate “até que que ponto ponto o o ser ser humano hum ano como como ser ser generico, genérico , como como ser ser humano, hum ano, se se veio veio aa ser ser (ou: (ou: veio veio aa ser ser aa si, usado como si, ou; ou: para para si) si) ee se se apreendeu". apreendeu”. 0 O verbo verbo "werden", “werden”, quando quando niio não usado como auxiliar, uma traducao. auxiliar, coloca coloca varias várias dificuldades dificuldades aa uma tradução. 0 O seu seu significado significado eé "tornar-se", “tornar-se”, "vir indicando sempre “vir aa ser", ser”, indicando sempre o o processo processo de de passagem passagem de de uma uma coisa coisa aa outra outra ou ou de um outro de um um estado estado de de uma uma coisa coisa aa um outro estado estado da da mesma mesma coisa. coisa. Ate Até agora agora sempre sempre oo haviamos havíamos traduzido traduzido por por "tornar-se", “tornar-se”. Mesmo Mesmo onde onde aparece aparece junto junto com com oo pronome pronome no um portugues no dativo dativo preferimos preferimos manter manter um português menos menos elegante elegante traduzindo traduzindo por por "se “se lhe tornar" (ver, ( ver, por um pouco pouco abaixo nesta mesma lhe tornar” por exemplo, exemplo, um abaixo nesta mesma frase frase do do texto) texto) ao inves do para ele", ao invés do mais mais explicito explícito "se “se tornar tornar para ele”, pois pois as as expressoes expressões "para “para ele", ele”, "para “para si", si”, etc., etc., aparecem aparecem em em alemiio alemão com com aa preposicao preposição "fur" “für” ee tern têm sabidarnente sabidamente um significado preciso na um significado tecnico técnico preciso na tradicao tradição hegeliano-marxista. hegeliano-marxista. Tambem Também distindistinguirnos "werden" cuidadosamente (por guimos “werden” cuidadosamente do do analogo análogo "rnachen “machen zu" zu” = = "fazer “fazer de" de” (por exemplo, Natur zum machen" = exemplo, "die “die Natur zum rnenschlichen menschlichen Wesen Wesen machen” = "fazer “fazer da da natureza natureza aa essencia essência humana"). humana”). Doravante Doravante traduziremos traduziremos "werden" “werden” tambern também por por "vir “vir aa ser" ser” sempre sempre que que aa construcao construção da da frase frase em em portugues português o o requerer. requerer. Quando Quando ocorrer ocorrer suhstantivado substantivado traduziremos traduziremos por por "devir", “devir”. 98 98

168 168 outro outro ser ser humano humano como como ser ser humano hum ano se se lhe lhe tornou tornou um umaa necessidade necessidade 102, 102,

ate até que que ponto ponto ele ele em em sua sua existencia existência mais mais individual individual eé ao ao mesmo mesmo tempo tempo 1oa. ser ser cornunitario comunitário 103. A primeira primeira superacao superação positiva positiva da da propriedade propriedade privada, comunismo A privada, oo comunismo rudimentar, uma forma rudimentar, eé portanto portanto apenas apenas uma forma na na qua/ qual aparece aparece 104 104 aa infamia infâmia da propriedade privada que que se se quer quer pôr como oo ser ser comunitdrio comunitário da propriedade privada por como //Gemeinwesen/1 / / G em ein w esen // positivo. positivo. 2. 2. 0 O comunismo comunismo a) a ) democratico democrático ou ou desp6tico despótico segundo segundo //a// / / a / / natunatu­ reza reza politica; política; ~) 0) com com superacao superação do do Estado, Estado, mas mas simultaneamente simultaneamente ainda ainda //com //c o m o o seu// s e u / ' ser ser //Wesen// / 'W e s e n / ' inacabado inacabado ee sempre sempre ainda ainda afetado afetado pela: pela propriedade homem. Em Em ambas propriedade privada, privada, isto isto e, é, pela pela alienacao alienação do do homem. ambas as as formas o o comunismo comunismo ja já se se sabe sabe como como reintegração ou retorno retorno do do homem homem formas reintegracao ou 10~, como superacao da auto-alienacao para para dentro dentro de de si s i 105, como superação da auto-alienação humana, humana, mas mas ao ao niio não ter ter apreendido apreendido .ainda .ainda aa essencia essência positiva positiva da da propriedade propriedade privada privada ee tampouco //Bedtirfnis// tampouco entendido entendido aa natureza natureza humana humana da da necessidade necessidade //B e d ü rfn is /' ele mesma ee infectado Bern ele tambem também ainda ainda esta está enredado enredado na na mesma infectado por por ela. ela. Bem que que apreendeu apreendeu oo conceito conceito dela, dela, mas mas ainda ainda niio não aa sua sua essencia. essência. 1 3. 3. 0 O comunismo comunism o como como superacao superação positiva positiva da da propriedade propriedade privada privada enquanto enquanto auto-alienaciio auto-alienação humana humana ee por por isto isto como como apropriaciio apropriação efetivaefetiva­ mente mente real real da da essencia essência humana humana pelo pelo ee para para oo homem; homem; por por isto isto como como 106 e dentro de toda a retorno retorno completo, completo, que que veio veio aa ser ser conscientemente conscientemente 106 e dentro de toda a riqueza homem para riqueza do do desenvolvimento desenvolvimento ate até aqui, aqui, do do homem para si si como como um um homem homem 102 Para ihm also 102 Para "inwieweit “inwieweit ihm also der der andre andre Mensch Mensch als ais Mensch M ensch zum zum Bedtirfnis Bedürfnis geworden geworden ist" ist” tambem também eé gramaticalmente gram aticalm ente admisslvel admissível "portanto “portanto ate até que que ponto ponto o o ooutro u tro ser ser humano hum ano se se the lhe tornou tornou uma um a necessidade necessidade como como ser ser humano". hum ano” . 1o33 "Gemeinwesen" 10 “Gemeinwesen” eé o o termo term o alemao alem ão forjado forjado para para traduzir traduzir o o significado significado tradicional tradicional do publica"),), donde do latim latim "res “res publica" publica” (literalmente (literalm ente "coisa “coisa pública” donde saiu saiu o o nosso nosso "repu“repú­ blica". Cornpoe-se traducoes alternativas blica”. Compõe-se do do substantivo substantivo "Wesen", “W esen”, que que admite adm ite traduções alternativas por por "ser" “ser” e/ou e /o u "essencia" “essência” (cf. (cf. notas notas 12 12 ee 30), 3 0), ee do do adjetivo adjetivo "gernein" “gemein” = "comum". “com um ”. O O sentido sentido geral geral eé oo de de "coletividade" “coletividade” ou ou "cornunidade", “com unidade”, mas mas aa presenca presença do do capcioso capcioso "Wesco" interpretacao baseada na “W esen” impoe impõe cuidados cuidados aà traducao tradução ee aa qualquer qualquer interpretação baseada na mesma. Uma mesma. Uma explicitacao explicitação razoavelmeote razoavelmente completa completa do do sentido sentido de de "Gemeinweseo" “Gemeinwesen” cooteria conteria as as seguintes seguintes expressoes, expressões, cujo cujo sigoificado significado esta está em em maior m aior ou ou menor m enor grau grau sempre sempre presente presente em em cada cada uso: uso: "coletividade", “coletividade”, "ser “ser (ou (ou ente, ente, ou ou ainda ainda entidade) entidade) comum comum (ou (ou comunitaria)", com un itária)”, "essencia “essência comum comum (ou (ou cornunitaria)". co m u n itária)”. Cf. Cf. nota nota 118. 118. Para Para evitar evitar confusoes, confusões, agregaremos agregaremos doravante doravante o o termo term o alernao alem ão entre entre II / / /II/ sempre sempre que ocorrer no que ocorrer no texto. texto. l04 Em 104 Em alemao: alem ão: "Erscheinungsform", "Erscheinungsform ”. "Erscheinung" “Erscheinung” significa significa tradicionalmente tradicionalm ente "fendmeno", por "[orma “fenôm eno”, ee entao então se se poderia poderia traduzir traduzir correspoodentemente correspondentem ente por “form a [enofenomenica", verbo "erscheinen" mênica". Mas M as como com o traduzimos traduzim os o o verbo “erscheinen” por por "aparecer" “aparecer” preferimos preferimos manter paralelismoo tarnbem m anter o o paralelism tam bém aqui. aqui. iioG u5 "In “In sich", sich”, literalmente literalm ente "em “em si", si”, mas mas no no seotido sentido de de "para “para dentro dentro de de si" si” ee nao não no nao desenvolvido" = "an no de de "contetido “conteúdo não desenvolvido” ((=: “an sich"). sich” ). 1oe A traducao "veio i°® A expressao expressão "bewusst “bewusst .... . . geworden" geworden” tambem tam bém admite admite aa tradução “veio aa ser ser (ou: (ou: se se tornou) tornou) consciente". consciente”. Aqui Aqui o o verbo verbo "werden", “w erden”, traduzido traduzido por por "vir “vir aa ser", ser”, se ficando entao se aproxima aproxim a do do significado significado de de "constituir-se", “constituir-se”, aa passagem passagem ficando então "que “que se se constituiu IOI, 138, constituiu conscientemente. conscientemente, etc.". etc.” . Cf. Cf. notas notas 101, 138, 145 145 ee 147. 147.

=

169 169

V

social, isto isto é, humano. Este Este comunismo comunismo ée como como naturalismo naturalismo acabado acabado = social, e, humano. = humanismo, como = naturalismo, verdadeira humanismo, como humanismo humanismo acabado acabado = naturalismo, eé aa verdadeira 107 do resolução do antagonismo antagonismo do do homem com aa natureza natureza ee com homem, resolucao 107 homem com com oo homem, aa resolucao resolução verdadeira da Juta luta entre entre existência entre objetiobjetiverdadeira da existencia ee essência, essencia, entre vacao vação ee auto-afirmacao, auto-afirmação, entre entre liberdade liberdade ee necessidade necessidade 108, 108, entre entre indi­ individuo Ele eé oo enigma da hist6ria resolvido ee se como víduo ee genero. gênero. Ele enigma da história resolvido se sabe sabe como esta solução. esta solucao. o movimento movimento inteiro inteiro da da história hist6ria ée por por conseguinte conseguinte tanto tanto oo seu seu ato ato Ò ejetivo fwirklicher nascimento da exisefetivo //w irk lic h e r/f / de de geracao geração -— o o ato ato de de nascimento da sua sua exis­ tencia para aa sua sua consciencia pensante, tência empirica empírica -— quanto quanto tambem, também, para consciência pensante, oo movimento concebido do ao passo movimento sabido sabido ee concebido do seu seu devir d e v ir 109, 109, ao passo que que aa partir partir de figuras figuras singulares singulares da da hist6ria história que que estao estão frente propriedade privada privada de frente àa propriedade aquele inacabado procura aquele comunismo comunismo ainda ainda inacabado procura para para si si uma uma prova prova hisuirica, histórica, uma um a prova prova no no existente, existente, ao ao arrancar arrancar do do movimento movimento momentos momentos singulares singulares (um rocim rocim cavalgado cavalgado em especial por por Cabet, Cabet, Villegardelle, etc.) ee fixa-los fixá-los (um em especial Villegardelle, etc.) como precisamente evicomo provas provas do do seu seu pedigree pedigree 110 110 hist6rico, histórico, com com oo que que precisamente evi­ dencia parte desproporcionalmente movimento contra­ contradencia que que aa parte desproporcionalmente maior maior deste deste movimento diz as as suas suas afirmacoes afirmações ee que, que, se se ele ele foi uma vez vez f/'eexistentef, x is te n te /', precisa­ diz foi uma precisamente mente oo seu seu Ser Ser passado passado 111 111 refuta refuta aa pretensao pretensão de de essencia. essência. Que no Que no movimento movimento da da propriedade propriedade privada, privada, precisamente precisamente na n a 112 112 Economia, oo movimento movimento revolucionario revolucionário inteiro inteiro encontra sua base base tanto tanto Economia, encontra aa sua empírica quanto quanto teorica, teórica, disto disto eé fácil dar-se conta conta da necessidade empirica facil dar-se da necessidade /'N o tw e n d ig k e it/'. fNotwendigkeitf. A propriedade A propriedade privada privada material, material, imediatamente imediatamente sensorial, sensorial, eé aa exex­ pressao sensorial material da moviaiento pressão sensorial material da vida vida humana humana alienada. alienada. O O seu seu movunento 10T tanto "resolucao" exernplo 107 "Auflosung" “Auflõsung” significa significa tanto “resolução” (no (no sentido sentido de de "solucao", “solução”, por por exemplo de de um um problema) problema) quanto quanto "dissolucao''. “dissolução”. “Notwendigkeit”, ou ou seja, seja, "necessidade" “necessidade” no no sentido sentido 16gico lógico e/ou e /o u ontol6gico. ontológico. 108 "Notwendigkeit", Para Para diferenciar diferenciar de de "Bedurfnis" “Bedürfnis” cf. cf. nota nota 35. 35. 1ou verbo "werden" "tornar-se", "vir 109 Aqui Aqui se se trata trata da da substantivacao substantivação do do verbo “werden” :=: = “tornar-se”, “vir aa ser" ser” (cf. nota nota 101). 101). Sempre Sempre que for possível traduziremos "Werden" “Werden” substantivo por (cf. possivel traduziremos substantivo por “devir”, consignando consignando em nota nota toda toda vez que que por por alguma alguma razao razão nos nos afastarmos "devir", afastarmos desta desta versao. versão. no Em alernao 110 Em alemão charna-se chama-se um um animal animal (em (em especial especial um um cavalo) cavalo) de de "ein “ein Vollblut" Vollblut” (substantivo) ou ou de de "vollbliitig" “vollblütig” (adietivo) (adjetivo) do do mesmo mesmo modo modo que que em em portugues português (substantivo) se que ocorre se fala fala de de um um "puro “puro sangue", sangue”. 0 O termo termo "Vollbllitigkeit", “Vollblütigkeit”, que ocorre no no texto, texto, designa qualidade abstrata que é puro puro sangue" eventualmente designa "a “a qualidade abstrata daquele daquele que sangue” ee seria seria eventualmente traduzivel pelo traduzível pelo neologismo neologismo "puro-sangiiinidade". “puro-sangüinidade”. 111 Até Ate oo presente presente momento momento sempre sempre traduzimos termo equivoco traduzimos por por "ser" “ser” o o termo equívoco “Wesen”. Aqui Aqui contudo contudo se se trata trata de de "Sein", “Sein”, substantivacao substantivação do do verbo verbo “ser”. Dora­ "Wesen''. "ser", Doravante diferenciaremos vante diferenciaremos "ser" “ser” :=: = "Wesen" “Wesen” (cf. (cf. notas notas 12 12 ee 30) 30) ee "Ser" “Ser” :=: = "Sein" “Sein” grafando grafando oo último ultimo com com iniciais iniciais maiúsculas. maiiisculas. Na Na expressao expressão "sein “sein vergangenes vergangenes Sein", Sein”, "vergangen" adietivo, Menos “vergangen” = = "passado" “passado” aparece aparece como como adjetivo. Menos dubio dúbio seria seria traduzir traduzir “o seu seu Ser Ser //que / q u e el/ é / passado". passado". "o 112 Igualmente Igualmente possível “precisamente /lo / / o movimento// m o v im en to /' da EcoEco­ 112 possivel a alternativa: alternativa: "precisamente nomia". nomia”.

e

170 170

-— aa producao produção ee /lo/I / / o / / consumo consumo -— eé aa revelacao revelação 113 113 sensorial sensorial do do movimovi­ mento mento de de toda toda aa producao produção ate até aqui, aqui, isto isto e, é, realizacao realização efetiva efetiva ou ou realireali­ dade dade efetiva efetiva do do homem. homem. Religiao, Religião, Iarnilia, família, Estado, Estado, direito, direito, moral, moral, cienciên­ cia, cia, arte, arte, etc., etc., sao são apenas apenas modos modos particulares particulares da da producao produção ee caem caem sob sob aa sua sua lei lei geral. geral. A A superacao superação positiva positiva da da propriedade propriedade privada, privada, enquanto enquanto apropriacao da apropriação da vida vida humana, humana, eé por por conseguinte conseguinte aa superacao superação positiva positiva de toda aa alienacao, de toda alienação, portanto portanto oo retorno retorno do do homem homem desde desde religiao, religião, Iamifamí­ lia, Estado, lia, Estado, etc., etc., aà sua sua existencia existência humana, humana, isto isto e, é, social. social. A A alienacao alienação religiosa religiosa como como ta! tal s6 só se se desenrola desenrola no no terreno terreno da da conscienciay/ consciência/ / ,,/1 / / do do inteinte­ rior etivamente rior do do homem, homem, mas mas aa alienacao alienação economica econômica eé aa da da vida vida ef efetivam ente real real -— aa sua sua superacao superação abrange abrange por por conseguinte conseguinte ambos ambos os os !ados. lados. CompreCompre­ ende-se primeiro ende-se que que nos nos diversos diversos povos povos o o movimento movimento tern tem o o seu seu prim eiro comeco começo conforme conforme aa vida vida reconhecida reconhecida verdadeira verdadeira do do povo povo se se desenrole desenrole mais mais na na 114• consciencia consciência ou ou no no mundo mundo exterior, exterior, seja seja mais mais aa vida vida ideal ideal ou ou aa real re a l114. O O comunismo comunismo comeca começa de de said saídaa (Owen) ( O w en) com com oo ateismo, ateísmo, oo ateismo ateísmo ainda ainda esta está inicialmente inicialmente muito muito longe longe de de ser ser comunismo, comunismo, aquele aquele ateismo ateísmo ainda ainda sendo por sendo muito muito mais mais uma uma abstracao, abstração. -— A A filantropia filantropia do do atefsrno ateísmo eé !jpor conseguinte conseguinte apenas apenas uma uma filantropia filantropia abstrata abstrata filos6fica, filosófica, aa do do comunismo comunismo de de saida saída ,f / / ée/1 / / real real ee imediatamente imediatamente atrelada atrelada à atuariio. atuação. -— Vimos Vimos como, como, sob sob o o pressuposto pressuposto da da propriedade propriedade privada privada positivapositiva­ mente mente superada, superada, o o homem homem produz produz oo homem, homem, aa si si mesmo mesmo ee ao ao outro outro homem; homem; como como o o objeto, objeto, que que eé oo exercicio exercício imediato imediato da da sua sua individualidade, individualidade, eé simultaneamente simultaneamente aa pr6pria própria existencia existência dele dele para para oo outro outro homem, homem, j'paraj' / 'p a r a / / aa existencia existência deste, deste, ee aa existencia existência deste deste para para ele. ele. Mas Mas igualmente igualmente tanto tanto oo material homem como material de de trabalho trabalho quanto quanto o o homem como sujeito sujeito sao são tanto tanto resultado resultado quanta quantó ponto ponto de de partida partida do do movimento movimento ((ee precisamente precisaménte no no terem terem que que ser ser este este ponto ponto de de partida partida jaz jaz aa necessidade necessidade hist6rica histórica da da propriedade propriedade privada). privada). Portanto Portanto oo carater caráter social social eé o o carater caráter geral geral do do movimento movimento inin­ teiro; assim como a sociedade mesma produz o homem teiro; assim com o a sociedade mesma produz o hom em como como homem, homem, assim assim ela ela tambern também eé produzida produzida por por ele. ele. A A atividade atividade ee aa fruicao, fruição, tanto tanto segundo segundo oo sea seu conteudo conteúdo quanta quanto tambern também ,,fsegundoj' /'s e g u n d o / ' oo seu seu modo m odo de de existencia, atividade social existência, sao são sociais, sociais, atividade social 115 115 ee Iruicao fruição social. social. A A essencia essência humana humana da da natureza natureza existe existe primeiro primeiro para para o o homem homem social; social; pois pois eé pripri­ meiro meiro aqui aqui que que ela ela existe existe para para ele ele como como vinculo vínculo com com oo homem, homem, 'como como existencia existência sua sua para para o o outro outro ee do do outro outro para para ele, ele, tambem também como como elemento elemento vital vital da da realidade realidade etetiva efetiva humana, humana, eé primeiro primeiro aqui aqui que que ela ela existe existe como como fundamento fundamento j'Grundlage,f / / G rundlage/ / da da sua sua existencia existência humana humana pr6pria. própria. S É pripri-

a

wi 113 "Offenbarung" “O ffenbarung” tarnbern tam bém admitiria adm itiria traducao tradução por por "rnanifestacao", “m anifestação”, "tornar “tornar manim ani­

festo". festo”. Nao N ão obstante obstante cf. cf. nota nota 119, 119, mas mas tambern tam bém nota nota 97. 97. 114 Aqui os adjetivos "ideell .. e "reell" devem ser tornados no sentido etirnotogico 114 Aqui os adjetivos “ideell" e “ reell” devem ser tom ados no sentido etimológico rigoroso, rigoroso, ou ou seja, seja, respectivamente respectivamente "ideal" “ideal” no no sentido sentido de de "da “da natureza natureza das das ideias" idéias” ee "real" “real” no no sentido sentido de de "da “da natureza natureza das das coisas". coisas”. 11:. 115 No No manuscrito manuscrito esta está riscado: riscado: "social". “social ”, (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

171 171

VI

meiro lhe tornou meiro aqui aqui que que aa sua sua existencia existência natural natural se se lhe tornou aa sua sua existencia existência humana ele oo homem. homem. Portanto, humana ee aa natureza natureza //se / / se tornou// to rn o u // para para ele Portanto, aa 116 acabada do homem com a natureza, sociedade sociedade eé aa unidade unidade essencial essencial116 acabada do homem com a natureza, aa ressurreicao natureza, oo naturalisrno ressurreição verdadeira verdadeira da da natureza, naturalismo do do homem homem ee o o humanismo ambos aa cabo humanismo da da natureza natureza levados levados ambos cabo 117• 11T. A atividade social de de m maneira alguma existem existem A atividade social social ee oo consumo consumo social aneira alguma unicamente na forma atividade im imediatamente de unicamente na forma de de uma uma atividade ediatam ente comunitaria comunitária ee de um embora aa atividade um consumo consumo imediatamente imediatamente comunitdrio, comunitário, embora atividade comunitdria comunitária · ee oo consumo e, aa atividade consumo comunitdrio, comunitário, isto isto é, atividade ee o o consumo consumo que que se se external/ml/ extern a ^ m / ” ee se se confirma//m,f co n firm a// m / / imediatamente imediatamente em em sociedade sociedade ejetivaefetiva­ mente homens, terão terao lugar lugar em m ente real real com com outros outros homens, em toda toda parte parte onde onde aquela aquela expressao socialidade esta fundada na expressão imediata imediata da da socialidade está fundada na essencia essência do do conteudo conteúdo dela natureza dele. dela ee eé adequada· adequada aà natureza dele. S6 tambem quando etc., uma Só que que também quando sou sou ativo ativo cientijicamente, cientificamente, etc., uma atividade atividade que realizar em com outros, outros, sou que raramente raram ente posso posso realizar em comunidade comunidade imediata imediata com sou ativo so oo material ativo socialmente socialm ente porque porque //lo / o ssouj' o u // como como homem. hom em. Nao Não só material da minha da minha atividade atividade -— tal tal como como mesmo mesmo aa linguagern, linguagem, na na qual qual oo pensador pensador eé ativo -:- me produto social, minha própria propria ativo — me ée dado dado como como produto social, ///mas// / m a s / / aa minha existencia taco de' mirn, existência é atividade atividade social; social; por por isso isso o o que que faço de'm im , faco faço de de mim mim para de mim de um para aa sociedade sociedade ee com com aa consciencia consciência de mim como como de um ser ser social. social. A teorica daquilo daquilo do do A minha minha consciencia consciência geral geral eé apenas apenas aa figura figura teórica 11s, e a figura viva, ao passo qual qual aa coletividade coletividade real, real, /lo// / / o / / ser ser social so cial118, é a figura viva, ao passo que geral ée uma que hoje hoje em em dia dia aa consciencia consciência geral uma abstracao abstração da da vida vida efetivamente efetivamente real como tal inimiga aa esta. Por conseguinte, atividade real ee como tal se se defronta defronta inimiga esta. Por conseguinte, aa atividade da //atividade// da minha minha consciencia consciência geral geral -— como como uma uma tal tal //a tiv id a d e /' -— tambem também ..ée aa minha teorica como como ser minha existencia existência teórica ser social. social. Antes fixar aa "sociedade" de novo Antes de de tudo tudo eé preciso preciso evitar evitar fixar “sociedade” de novo como como abstracao A sua abstração frente frente ao ao individuo. indivíduo. 0 O individuo indivíduo eé oo ser ser social. social. A sua manimani-

e

116 "Wesenseinheit" designa aqui unidade tanto de "ser" de "essencia" 116 “W esenseinheit” designa aqui a a unidade tanto de “ser” quanto quanto de “essência” entre natureza. entre o o homem hom em ee aa natureza. 111 A partir deste ponto, separada sem maiores 117 A partir deste ponto, separada por por um um traco traço segue segue sem maiores indicacoes indicações aa seguinte expressiio particular seguinte observacao: observação: "A “A prostituicao prostituição //le// / & / / so só uma um a expressão particular da da prostituicao geral geral do do trabalhador, umaa relação relacao na prostituição trabalhador, ee ja já que que aa prostituicao prostituição eé um na qual qual cai prostituido, mas mas tambem infamia cai niio não s6 só o o prostituído, tam bém o o prostituinte prostituinte -— cuja cuja infâm ia eé ainda ainda maior ed. al.) al.) m aior -, — , entiio então tambem tam bém o o capitalista, capitalista, etc., etc., cai cai nesta nesta categoria", categoria”. (N. (N. do do ed. l118 i s No N o passus passus "das “das reel/e reelle Gemeinwesen, Gemeinwesen, gesellschaftliche gesellschaftliche Wesen" W esen” aa dupla dupla ocorocor­ rencia no sentido "ser" ee "essencia" rência de de "Wesen" “W esen” se se da dá no sentido forte forte de de “ser” “essência” (cf. (cf. notas notas 12 12 ee 30), 30), tat eé ernpregado neste paragrafo no seguinte, adjetivo "reel!" (cf. ee como com o tal em pregado neste parágrafo ee no seguinte. 0 O adjetivo “reell” (cf. nota de "res publica" conferido nota 114) 114) aponta aponta oo sentido sentido original original de “res publica” conferido aa "Gemeinwesen" “Gemeinwesen” ((cf. cf. nota nota 103). 103). Trata-se Trata-se de de uma um a coletividade coletividade ou ou ente ente comunitario com unitário que que assume assume aa natüreza natureza de produtos materiais de uma um a coisa coisa ao ao se se cristalizar cristalizar nos nos produtos m ateriais resultantes resultantes da da a~iio coletiva, coletiva, destarte A totalidade ação destarte objetivando-se, objetivando-se. A totalidade destes destes produtos produtos constitui constitui "das “das gesellschaftliche Wesen", /essencia social" enquanto objetivado gesellschaftliche W esen”, o o "ser “ser/essência social” do do homem, homem , enquanto objetivado materialmente notas 14 m aterialm ente ("vergegenstandlicht"). ( “vergegenstándlicht” ). Cf. Cf. tambem tam bém notas 14 ee 54. 54.

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festacao festação de de vida vida 119 119 -— mesmo mesmo que que tambern também nao não apareca apareça na na forma forma imeime­ diata diata de de uma uma manifestacao manifestação comunitaria comunitária de de vida, vida, levada levada aa cabo cabo simulsimul­ taneamente taneamente com com outros outros -— eé por por conseguinte conseguinte uma uma manifestacao manifestação ee confirconfir­ mação da da vida vida social. social. A A vida vida individual individual do do homem homem ee aa sua sua ,fvida,f / 'v i d a / ' macao do isto necessariado genero gênero nao não sao são diversas, diversas, por por mais mais que que tambern também -— ee isto necessaria­ mente mente -— o o modo modo de de existencia existência da da vida vida individual individual eé um um modo modo .mais mais particular particular ou ou mais mais geral geral da da vida vida do do genero, gênero, ou ou quanto quanto mais mais aa vida vida do do genero gênero eé uma uma vida vida individual individual mais mais particular particular ou ou ,f / 'mmais,f a i s / ' geral. geral. Como Como consciencia consciência do do genero gênero 120 120 oo homem homem confirma confirma aa sua sua vida vida social social 121 real repete aa sua r e a l121 ee apenas apenas repete sua existencia existência efetivamente efetivamente real real no no pensar, pensar, tal como como inversamente Ser do do genero gênero 122 122 se se confirma confirma na na consciencia consciência tal inversamente oo Ser do genero gênero ee eé para para si si em em sua sua universalidade universalidade 128 123 como como ser ser pensante. pensante. do O O homem homem -— por por mais mais que que seja seja por por isto isto um um individuo indivíduo particular, particular, ee exatamente exatamente aa sua sua particularidade particularidade faz faz dele dele um um individuo indivíduo ee um um ser ser comucomu­ nitario nitário ,f /'GGemeinwesen,f e m e in w e s e n /' individual individual efetivamente efetivamente real real -— eé igualmente igualmente aa totalidade, totalidade, aa totalidade totalidade ideal, ideal, aa existencia existência subjetiva subjetiva da da sociedade sociedadá sensen­ tida ee pensada tida pensada para para si, si, assim assim como como ele ele tambern também existe existe na na realidade realidade efetiva efetiva tanto tanto como como intuicao intuição ee truicao fruição efetivamente efetivamente real real da da existencia existência social social quanto vida. quanto como como uma uma totalidade totalidade de de rnanifestacao manifestação humana hum ana de de vida. Portanto Portanto pensar pensar ee ser ser j'Sein,f / 'S e i n / ' sao são assim assim distintos, distintos, mas mas ao ao mesmo mesmo tempo tempo em em unidade unidade um um com com o o outro. outro. A A morte m orte parece parece uma uma dura dura vit6ria vitória do do genero gênero sobre sobre oo individuo indivíduo determinado determinado ee ,f / 'pparece,f a r e c e / ' contradizer contradizer aa sua sua unidade; unidade; mas mas o o individuo indivíduo determinado determinado eé apenas apenas um um ser ser generico genérico determinado, determ inado, como como tal tal mortal. mortal. {{44 124• 124. Assim Assim como como aa propriedade propriedade privada privada é so só aa expressao expressão sensorial sensorial do do taro fato de de o o homem homem se se tornar tornar simultaneamente simultaneamente objetivo objetivo para para si si ee simulsimul-

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119 = "ex119 Em Em alemlio: alem ão: "Lebensausserung", “Lebensausserung” . "Ausserung" “Ã usserung” vem vem do do verbo verbo "aussern" “áussern” = “ex­ ternar" (tarnbern partir de ternar” (tam bém no no sentido sentido de de "manifestar “m anifestar uma um a opiniao"), opinião” ), formado form ado aa partir de "ausen'" “ausen” = = "fora". “fo ra”. Quando Quando ocorrer ocorrer neste neste sentido sentido traduziremos traduzirem os sempre sempre por por "ma“m a­ nifesta~lio". nifestação”. 120 "Gattungsbewusstsein" 120 “G attungsbewusstsein” congrega congrega tanto tanto oo sentido sentido subietivo subjetivo de de "consciencia “consciência genegené­ rica" genero", onde rica” quanto quanto o o de de "consciencia “consciência do do gênero”, onde este este ultimo últim o é o o objeto objeto da da consciencia. consciência, ^'121 114 ee tambern 121 Sobre Sobre "reell" “reell” cf. cf. nota nota 114 tam bém 118. 118. A A expressao expressão "Gesellschaftsleben" “G esellschaftsleben" tarnbern tam bém pode pode ser ser traduzida traduzida por por "vida “vida de de (eventualmente (eventualm ente tambern: tam bém : em) em ) sociedade". sociedade”. 122 122 Na N a expressao expressão "Gattungssein" “G attungssein” trata-se trata-se da da substantivacao substantivação do do verbo verbo "ser" “ser” ·(cf. (cf. nota nota 111). 111). Eventualrnente Eventualm ente se se poderia poderia desrespeitar desrespeitar o o genitivo genitivo ee traduzir traduzir por por "Ser-genero", “Ser-gênero”. 128 123 "Allgemeinheit", “A llgem eínheit”, tanto tanto "generalidade" “generalidade” quanto quanto "universalidade". “universalidade”. Escolher Escolher "gene“gene­ ralidade" ralidade” irnplicaria im plicaria uma uma relacao relação etimo16gica etimológica com com "genero'', “gênero”, aa qual qual inexiste inexiste entre entre os os termos termos alemaes. alemães. 12• 124 No No manuscrito: m anuscrito: 55 (N. (N . do do ed. ed. al.). al.).

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173 173

VII VII

taneamente um objeto objeto desumano taneam ente ;fse / 's e ttomar;f o m a r / ' aa si s i 125 125 antes antes um desumano ee alheio, alheio, j' da sua sua vida / 'ddo o ffato a t o;f/ ' de de aa manifestacao manifestação da vida ser ser aa exteriorizacao exteriorização 126 126 da da sua realizacao efetiva efetiva ;f ser sua vida, vida, de de aa sua sua realização / ' sser;f e r / ' aa sua sua desefetivacao, desefetivação, ser umaa realidade etetiva alheia, assim aa superacao propriedade um realidade efetiva alheia, assim superação positiva positiva da da propriedade privada, apropriacao sensorial, para oo homem, privada, ou ou seja, seja, aa apropriação sensorial, por por ee para homem, da da essenessên­ cia obras humanas, cia ee da da vida vida humanas, humanas, do do homem homem objetivo, objetivo, das das obras humanas, deve deve ser tomada nao s6 da fruição frui~ao unilateral, ser tom ada não só no no sentido sentido da unilateral, imediata, imediata, nao não s6 só no no sentido sentido do sentido do do possuir, possuir, no no sentido do ter. ter. 0 O homem homem se se apropria apropria da da sua sua essencia como um um homem essência onilateral onilateral de de uma uma maneira m aneira onilateral, onilateral, logo logo como homem total. ver, ouvir, ouvir, total. Cada Cada uma uma das das suas suas relacoes relações humanas humanas com com o o mundo, mundo, ver, cheirar, pensar, intuir, intuir, perceber, perceber, querer, cheirar, degustar, degustar, sentir, sentir, pensar, querer, ser ser ativo, ativo, amar, amar, em individualidade assim orgaos em suma suma todos todos os os orgaos órgãos da da sua sua individualidade assim como como os os órgãos que forma sao como orgaos comunitarios, sao que imediatamente imediatamente em em sua sua forma são como órgãos comunitários, são 127 aa apropriacao objetivo ou neste neste apropriação do do objeto objeto neste neste seu seu comportamento comportamento 127 objetivo ou seu comportamento apropriacao da realidade efetiva seu com portam ento perante perante oo objeto. objeto. A A apropriação da realidade efetiva humana, da realihumana, o o seu seu comportamento comportamento perante perante o o objeto objeto eé o o exercicio exercício da reali­ dade etiva humana •; eficácia ejicacia humana tornadade ef efetiva humana *; hum ana ee sofrimento sofrim ento humano, humano, pois pois toma­ do um autoconsumo do humanamente humanamente o o sofrimento sofrimento eé um autoconsumo 128 128 do do homem. homem. A unilaterais que A propriedade propriedade privada privada nos nos fez fez tao tão tolos tolos ee unilaterais que um um objeto objeto s6 quando oo temos, temos, logo quando existe existe para como capital só eé o o nosso nosso quando logo quando para n6s nós como capital ou bebido, vestido por nosso ou eé por por n6s nós imediatamente imediatamente possuido, possuído, comido, comido, bebido, vestido por nosso corpo, habitado por por n6s, em suma corpo, habitado nós, etc., etc., em suma usado. usado. Embora Em bora aa propriedade propriedade privada estas realizações realizacoes efetivas privada mesma mesma tome tome todas todas estas efetivas imediatas imediatas da da posse posse de novo s6 meio;f vida 129, servem de de meio meio de novo só como como m e i o / /s;f s / / de de vida 129, aa vida vida aà qual qual servem sendo vida da capitalizacao. sendo aa vida da propriedade propriedade privada privada trabalho trabalho ee capitalização. Por conseguinte, lugar de Por conseguinte, no no lugar de todos todos os os sentidos sentidos espirituais espirituais ee fisicos físicos colocou-se do ter. colocou-se aa alienacao alienação simples simples de de todos todos estes estes sentidos, sentidos, o o sentido sentido do ter. •* Por Por conseguinte conseguinte ele ele eé tao tão multiple m últiplo quanto quanto sao são multiplas m últiplas as as determinaciies d eterm in a çõ es essenciais essenciais ee atividades a tivid a d es do do homem. hom em . 125 125 Na N a primeira prim eira vez vez temos tem os "ftir “für sich" sich” = = "para “p ara si" si” no no sentido sentido tecnico técnico hegelianohegeliano-marxista, aqui temos = "para na fun1riio reflexiva. Como -marxista, aqui temos apenas apenas "sich" “sich” = “p ara si", si”, "a “a si", si”, na função reflexiva. Como ja traduzim traduzimos reflexive “tornar-se”, "tornar-se", fica fica difícil dificil ee deselegante man· já os o o "werden" “w erden” pelo pelo reflexivo deselegante m an­ ter alternativa seria traduzir por ter a a distinciio distinção em em portugues. português. Uma U m a alternativa seria traduzir por "se “se veio veio aa ser". ser”. 120 Jogo de palavras entre de 128 Jogo de palavras entre os os cognatos cognatos "Lebensausserung" “Lebensáusserung” = "manifestacao “manifestação de vida" (cf. 1 nota (cf. vida” ( c f .'n o ta 119) 119) ee "Lebensentausserung" “Lebensentãusserung” = "exteriorizacao “exteriorização de de vida" vida” (cf. nota 17). · nota 17). 121 "comportamento", guarda algurnas etimolo12 7 "Verhalten'', “V erhalten”, literalmente literalm ente “com portam ento”, guarda algum as relacoes relações etimológicas tecnicos de cf. nota gicas com com termos term os técnicos de Marx M arx ((cf. nota 20). 20). 12s A tradução traducao literal literal seria nossa tarnbem podendo ser substituida 128 A seria "autofruicao", “autofruição”, a a nossa tam bém podendo ser substituída por mesmo", p or "consumir “consum ir aa si si m esm o”, "autoconsumir-se", “autoconsum ir-se”, oo que que deixaria deixaria claro claro "Leiden" “Leiden” = = "sofrimento" de "paixao", donde tam tambem “sofrim ento” no no sentido sentido tradicional tradicional forte forte de “paixão”, donde bém "passivi“passivi­ dade". dade”. 129 plural quanto singular sao 129 Tanto T anto o o plural quanto o o singular são gramaticalmente gram aticalm ente posslveis. possíveis.

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174

O O ser ser do do homem homem 180 180 teve teve que que ser ser reduzido reduzido aa esta esta pobreza pobreza absoluta absoluta aa fim fim de de que que fizesse fizesse nascer nascer de de si si aa sua sua riqueza riqueza interior. interior. (Sohre (Sobre aa categoria categoria do do ter cf. ter cf. Hess H ess nos nos "21 “21 Bogen" Bogen” rn m1.).) A A superacao superação da da propriedade propriedade privada privada eé por por conseguinte conseguinte aa emanciemanci­ pa~iio propriedades 132 pação completa completa de de todas todas as as propriedades 132 ee sentidos sentidos humanos; humanos; mas mas ela é esta esta emancipacao emancipação exatamente exatamente pelo pelo fato fato de de estes estes sentidos sentidos ee proprieproprie­ ela dades dades terem terem se se tornado tornado humanos, hum anos, tanto tanto subjetiva subjetiva quanto quanto objetivamente. objetivamente. O olho olho se se tornou tornou olho olho humano, humano, assim assim como como o o seu seu obieto objeto se se tornou tornou um um objeto objeto social, social, humano, humano, proveniente proveniente do do homem homem para para oo homem. homem. Por Por concon­ seguinte, imediatamente em seguinte, imediatamente em sua sua praxis práxis os os sentidos sentidos se se tornaram tornaram teorizateorizadores. dores. Relacionam-se Relacionam-se com com aa coisa coisa //Sache// // S a c h e / / por por amor amor aà coisa, coisa, mas mas aa coisa coisa mesma mesma eé um um comportamento comportamento humano humano objetivo objetivo perante perante si si mesma mesma ee perante perante oo homem homem ** ee inversamente. inversamente. A A necessidade necessidade //Bedtirfnis// ^ B e d ü r f n is ^ ou ou aa fruição frui~ao perderarn perderam por por isso isso aa sua sua natureza natureza egoista egoísta ee aa natureza natureza aa sua sua m era utilidade utilidade //Niitzlichkeit/1 flN ü tz lic h k e it/f ao ter //N u tz e n // se tortor­ mera ter a utilidade //Nutzen// nado nado utilidade utilidade humana. humana. Da mesma mar:ieira Da mesma m aneira os os sentidos sentidos ee aa frui~ao fruição dos dos outros outros homens homens .se 1se tornaram aa minha imediaros tornaram minha 'propria própria apropriacao. apropriação. Afora Afora estes estes orgaos órgãos imediatos formam-se por na fforma orma da formam-se por conseguinte conseguinte orgaos órgãos sociais sociais na da sociedade, sociedade, logo, logo, por exemplo, exemplo, aa atividade atividade imediatamente imediatamente em em sociedade sociedade com com outros outros etc. etc. por se um 6rgao estaciio de modo de se tornou tornou um órgão da da minha minha manii manifestação de vida vida ee um um modo de aproapro­ priação da vida vida humana. humana. priacao da Cornpreende-se Compreende-se que que oo olho olho humano humano frui frui diversamente diversamente que que oo //olho// / / o lh o ^ rudimentar, não humano, humano, oo ouvido ouvido humano humano diversarnente diversamente que que oo ouvido ouvido rudimentar, nao rudimentar, rudimentar, etc. etc.

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•* Praticamente Praticam ente so só posse posso me me relacionar relacionar humanamente hum anam ente com c o m rna 133 aa coisa coisa ^ S a c f r e ^ se se aa coisa coisa se se relaciona relaciona humanamente hum anam ente com com o o homem. hom em . //Sa~he// 1110 Aqui Aqui "das 130 “das menschliche menschliche Wesen" W esen” significa significa tanto tanto "ser “ser humano" hum ano” quanto quanto "essencia ‘^essência humana". hum ana”. 1:11 texto "Filosofia Bogen 131 No N o seu seu texto “Filosofia da da a~iio", ação”, em em Einundzwanzig E inundzw anzig B ogen aus.der,Schweiz, aus .der^ S ch w eiz, primeira prim eira parte. parte. Zurich Zürich ee Winterthur, W interthur, 1843, 1843, p. p. 329, 329, Moses Moses Hess Hess escreve: escreve: "fl. “É prepre­ cisamente aa dnsia ânsia de de ser, ser, aa saber, saber, aa ansia ânsia de de continuar continuar existindo existindo como com o individualiindividuali­ .cisarnente dade finito -— que dade deterrninada, determ inada, como como eu eu limitado. limitado, como como ente ente finito que leva leva à gandncia ganância iaia 131a. Por sua sua vez vez é aa negação de toda toda determinidade, determinidade, o o eu eu abstrato abstrato ee o o comunismo comunismo Por nega~ao de abstrato, aa conseqiiencia conseqüência da ‘coisa em em si' si’ vazia, vazia, do do criticismo criticismo ee da da revolucao. revolução, do do abstrato, da 'coisa dever-ser insatisfeito, insatisfeito, que que levou levou ao ao Ser Ser I/Sein / / S e i nI/ / / ee ao ao Ter. Ter. Assim Assim verbos verbos auxiliares auxiliares dever-ser se se tornaram tornaram substantivos", substantivos”. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.) í s i a Paralelismo Paralelism o entre entre "Seinsucht" “ Seinsucht " = "tinsia “ânsia de de ser" ser " ee "Habsucht" “ H absucht " = — "ganância”, .ia1a "ganiincia", literalmente literalm ente "ansia “ ânsia de de ter", ter”. 1n2 132 "Eigenschaften", “Eigenschaften”, ou ou seja, seja, "propriedades" “propriedades” no no sentido sentido de de "atributos", “atributos”, "qualidades". “qualidades” . Nossa N ossa traducao tradução se se atern atém ao ao paralelismo paralelism o etimo16gico etimológico com com "eigen" “eigen” = = "prcprio" “próprio” nota 22). 22). (cf. nota ras 333 Aqui Aqui rela~o relação entre entre "Verhalten" “V erhalten” = = "cornportarnento" “com portam ento” no no texto texto ee o o verbo verbo "sich “sich verhalten por "relacionar-se verhalten zu" zu” na na nota, nota, que que pode pode ser ser traduzido traduzido tanto tanto por “relacionar-se com" com ” quanto nota 20. quanto per por "comportar-se “com portar-se perante". perante” . Cf. Cf. nota 20.

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175 175 O nao se perde em seu objeto O que que vimos. vimos. 0 O homem homem s6 só não se perde em seu objeto quando quando este lhe torna ou homem este se se lhe torna objeto objeto humano humano ou homem objetivo. objetivo. Isto Isto so só eé possivel possível quando se !he tornaa ser gesellschaftliches W Wesen,.f, quando oo objeto objeto se lhe tom ser social social ,.f ^gesellschaftliches esen ,/, ta! se torna,.f neste tal como como aa sociedade sociedade ,.f //%& to rn a // essencia essência ,.fWesen,.f ,/W esen / / para para ele ele neste ~~. objeto.

vm V III

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Por conseguinte, para oo homem realidade Por conseguinte, quando quando para homem em em sociedade sociedade aa realidade efetiva toda parte um lado efetiva objetiva objetiva se se torna torna em em toda parte de de um lado realidade realidade efetiva efetiva das das potencias essenciais efetiva humana potências essenciais 184 134 do do homem, homem, realidade realidade efetiva hum ana ee por por isso isso realidade efetiva essenciais, todos todos os os objetos realidade efetiva das das suas suas proprias próprias potencias potências essenciais, objetos se tomamj' se lhe lhe tomam tom am aa objetivaciio objetivaçâo de de si si mesmo, mesmo, ,.f / / sset lhe lhe to rn a m ,/ os os objetos objetos que realizarn individualidade, objetos que realizam efetivamente efetivamente ee confirmam confirmam aa sua sua individualidade, objetos seus, Como se lhe lhe tornam tornam seus seus, ou ou seja, seja, ele ele mesmo m esm o se se torna torna objeto. objeto. C om o se seus depende da potência potencia essencial depende da da natureza natureza do do objeto objeto ee da da natureza natureza da essencial que que corresponde desta relação relacao corresponde aquela; àquela-, pois pois precisamente precisamente aa determinidade determ inidade desta forma ef etivamente real, particular forma oo modo modo efetivam ente real, particular da da afirmacao. afirmação. Ao Ao olho olho um um objeto objeto se se torna torna diferente diferente do do que que ao ao ouvido, ouvido, ee o o objeto objeto do do olho olho eé um um outro peculiaridade de cada potencia essencial outro do do que que oo do do ouvido. ouvido. A A peculiaridade de cada potência essencial eé exatamente modo peculiar exatamente aa sua sua essencia essência peculiar, peculiar, portanto portanto tambern também o o modo peculiar da Ser ,.fSeinj' ejetivo 180• da sua sua objetivacao, objetivaçâo, do do seu seu Ser //S e m / / vivo, vivo, objetivamente objetivam ente efetivo 135. Nao no pensar, par conseguinte, com todos Não so só no pensar, por conseguinte, mas mas com todos os os sentidos sentidos o o homem homem eé afirmado objetivo. afirmado no no mundo mundo objetivo. Por outro lado, tornado primeiro aa Por outro lado, tom ado subjetivamente: subjetivamente: assim assim como como primeiro musica musical do ouvido música desperta desperta o o sentido sentido musical do homem, homem, assim assim como como para para o o ouvido nao musica nao tern nenhum não musical musical aa mais mais bela bela música não tem nenhum sentido, sentido, [nao] [não] ée objeto, objeto, porque objeto s6 minhas porque oo meu meu objeto só pode pode ser ser aa confirmacao confirmação de de uma uma das das minhas potencies portanto s6 pode ser para mim da m maneira potências essenciais, essenciais, portanto só pode ser para mim da aneira como como aa minha como capacidade minha potencia potência essencial essencial eé para para si si como capacidade subjetiva subjetiva porque porque oo sentido um objeto para um um sentido sentido de de um objeto para para mim mim (so (só tern tem sentido sentido para sentido que que lhe ponto em em que que vai vai oo meu sentido, lhe corresponda) corresponda) vai vai exatamente exatamente ate até o o ponto meu sentido, eé por isto que do que que os os por isto que os os sentidos sentidos do do homem homem social social siio são sentidos sentidos outros outros do nao-social; primeiro pela pela riqueza riqueza objetivamente objetivamente desdobrada desdobrada da não-social; eé primeiro da essenessên­ cia parte cultivada em parte engendrada aa riqueza cia humana hum ana que que eé em em parte cultivada ee em parte engendrada riqueza da um olho olho para da sensibilidade sensibilidade humana humana subjetiva, subjetiva, um um ouvido ouvido musical, musical, um para aa beleza beleza da ,.f sao parte cultivados cultivados ee em da forma, forma, em em suma, suma, ,/s ã o em em parte em parte parte engendradosj' de fruicoes senen g endrados,/ primeiramente primeiramente sentidos sentidos capazes capazes de fruições humanas, humanas, sen­ tidos essenciais humanas. so tidos que que se se confirmam confirmam como como potencias potências essenciais humanas. Pois Pois nao não só os 5 sentidos, mas tarnbem os assim chamados sentidos espirituais, os 5 sentidos, mas também os assim chamados sentidos espirituais, os os sentidos numaa palavra palavra oo sentido sentidos praticos práticos (vontade, (vontade, amor, amor, etc.), etc.), num sentido humano, humano, Em alernao: "Wesenskrafte". de "ser /essencia". Em alemão: “Wesenskrâfte”. "Wesen" “Wesen” aqui aqui no no sentido sentido forte forte de “ser/essência”. "Kraft" "forca", mas “Kraft” significa significa literalmente literalmente “força”, mas alguns alguns contextos contextos aproxirnam aproximam o o sentido sentido de de "capade "Iaculdade" “faculdade” (por (por exemplo, exemplo, "de “de conhecer", conhecer”, "de “de sentir") sentir” ) ao ao inves invés do do de “capa­ cidade", Nossa traducao os significados, cidade”. Nossa tradução pretende pretende conciliar conciliar arnbos ambos os significados. 1:1~ tambem e. possfvel "obietivo-eietivo" 135 Para Para "gegenstiindlich-wirklichen" “gegenstàndlich-wirklichen" também é, possível “objetivo-efetivo” ou ou "obie“objetivo-ej etivamente real". tivo-efetivamente real”. 134 534

176 176

aa humanidade pela exishumanidade dos dos sentidos sentidos vem vem primeiro primeiro aa ser ser /,,fwird / wird erst,,f e r s t// pela exis­ tencia pela natureza ormaciio tência do do seu seu objeto, objeto, pela natureza humanizada. humanizada. A A fform ação dos dos 55 sensen­ tidos toda aa hist6ria universal até ate agora. agora. 0 tidos eé um um trabalho trabalho de de toda história universal O sentido sentido preso rudimentar tem um um sentido sentido · limipreso à necessidade necessidade pratica prática rudim entar tambem também s6 só tem limi­ tado. } Para homem esfomeado nao existe existe aa forma do alimento, tado. } Para o o homem esfomeado não forma humana hum ana do alimento, mas apenas muitobem mas apenas aa sua sua existencia existência abstrata abstrata como como alimento; alimento; poderia poderia muito bem estar na form formaa mais crua, ee nao em que estar af aí na mais crua, não ha há como como dizer dizer em que esta esta atividade atividade de animal de alimentar-se, O 0 ho­ hode alimentar-se alimentar-se se se distinguiria distinguiria da da atividade atividade animal de alimentar-se. mem carente bedtirftige Mensch,,f, cheio de mem carente ,,f / / dder e r bedürftige M en sch ,/, cheio de preocupacoes, preocupações, nao não tern sentido espetaculo; oo varejista de minerais tem sentido algum algum 136 138 para para oo mais mais belo belo espetáculo; varejista de minerais s6 ve oo valor do mineral, mineral, mas mas nao só vê valor mercantil mercantil do não aa sua sua beleza beleza ee natureza natureza peculiar; algum; portanto portanto aa objetivacao peculiar; ele ele nao não tern tem sentido sentido mineralogico mineralógico algum; objetivaçâo da essencia da essência humana, humana, sob sob oo aspecto aspecto tanto tanto te6rico teórico quanto quanto pratico, prático, eé requerida tanto para requerida m 137 tanto para Iazer fazer humanos humanos os os sentidos sentidos do do homem homem quanto quanto para sentido humano humano correspondente riqueza inteira inteira do do ser para criar criar oo sentido correspondente aà riqueza ser ,,fWesen,,f natural ee humano. humano. ,/W e s e n // natural {{Assim Assim como propriedade privada privada ee da como pelo pelo movimento movimento da da propriedade da sua sua riqueRique­ za to quanto quanto ,,f miseria — - da riqueza ee miseria za tan tanto / / dda a sua,,f s u a // miséria da riqueza miséria materiais materiais ee 138 espirituais -— aa sociedade esta se se constituindo encontra ai todo espirituais sociedade que que está constituindo 138 encontra aí todo oo material sociedade constituida material para para esta esta [ormaciio, form ação, assim assim aa sociedade constituída produz produz como efetiva constante nesta riqueza como aa sua sua realidade realidade efetiva constante oo homem homem nesta riqueza inteira inteira da de todos da sua sua essencia, essência, o o homem homem rico rico provido provido de todos os os sentidos sentidos em em propro­ fundidade.-} primeiro num num estado fundidade .— } Ve-se Vê-se como como eé primeiro estado social social que que subjetisubjetivismo ee objetivismo,. vismo objetivismo,. espiritualismo espiritualismo ee materialismo, materialismo, atividade atividade ee sofrisofri­ mento mento 139 139 perdem perdem aa sua sua oposicao oposição ee com com isso isso aa sua sua existencia existência como como tais tais oposicoes; ve-se como como aa solucao oposicoes teóricas teoricas eé ela mesma oposições; {{vê-se solução das das oposições ela mesma possivel só de pela energia pratica do possível de uma uma maneira maneira pratica, prática, s6 só pela energia prática do hornem homem ee ,,f maneira uma / / ccomo,,f o m o / / por por conseguinte conseguinte aa sua sua solucao solução de de m aneira alguma alguma eé s6 só uma tare fa do conhecimento, mas mas uma tarefa ef etivamente de vida que tarefa do conhecimento, uma tarefa efetivam ente real real de vida que aa filosofia porque aa tomou tomou como filosofia nao não pode pôde resolver resolver precisamente precisamente porque como tarefa tarefa apenas apenas teorica. teórica. -— Ve-se historia da industria ee aa existencia constiVê-se como como aa história da indústria existência objetiva objetiva consti­ tuida aberto das das potências potencias essenciais do homem, homem, tuída 140 140 da da indtistria indústria eé oo livro livro aberto essenciais do

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1~6 Traduzimos literalmente aa expressao haben filr", 136 Traduzimos literalmente expressão coloquial coloquial "keinen “keinen Sinn Sínn haben für”, cujo cujo sentido capaz de de perceber", ter sensibilidade sensibilidade para”. para". sentido se se aproxima aproxima de de "nao “não ser ser capaz perceber”, "nao “não ter 1:17 A dazu" significa sentido 137 A expressao expressão "gehort “gehõrt dazu” significa literalmente literalmente "pertence “pertence para" para” no no sentido de parte de", de". de "faz “faz parte de”, "e “é constitutivo constitutivo de”. 138 verbo alemão alernao "werden", 138 Em Em alemao: alemão: "werdende “werdende Gesellschaft". Gesellschaft”. 0 O verbo “werden”, que que significa significa "tornar-se" 101), aparece aparece aqui como um “tornar-se” ou ou "vir “vir aa ser" ser” (cf. (cf. nota nota 101), aqui como um gertindio gerúndio adjetivo adjetivo ee logo logo aa seguir adjetivo. Nossa Nossa versao tenta apenas seguir como como um um participio particípio adjetivo. versão tenta apenas captar captar aproximadamente aqui. aproximadamente o o scu seu sentido sentido aqui. 139 forma “Leidenschaft” "Leidenschaft" = 139 "Leiden", “Leiden”, do do qua! qual se se forma = "paixiio", “paixão”, o o que que estabelece estabelece proximidade Cf. nota 128. proximidade com com '"passividade". “passividade”. Cf. nota 128. 140 Em Em alemão: alemiio: "gewordenes literalmente "existencia que veio 140 “gewordenes Dasein", Dasein”, literalmente “existência que veio aa ser", ser”, "existencia devir". Cf. nota 138. 138 . “existência que que terrninou terminou o o seu seu devir”. Cf. nota

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psicologia humana hum ana presente presente sensorialmente, sensorialmente, a qual qual ate até agora agora nao não foi a psicologia tom ada em em sua sua interconexao interconexão com com aa essencia essência do do hornern, homem, mas mas sempre sempre tomada apenas numa numa referencia referência ,..fBeziehung,..f ^ B ezieh u n g ^7 exterior exterior de de utilidade, utilidade, pois pois so só se se apenas sabia -— movendo-se movendo-se no âmbito da da alienacao alienação -— tomar tom ar a existencia existência geral geral sabia no ambito 141 abstratado hornem, homem, ,..f / / { (,..fa / / & religiao, religião, ou a historia história em em sua sua essencia essência 141 do abstrata-geral como como politica, política, aarte, literatura, etc.,..f) z \ c . / / ),..f / / como como realidade realidade efetiva efetiva -geral rte, literatura, das potências essenciais do do homem homem ee como como atos atos genericos genéricos do do homem hom em 142. 142. das potencias essenciais Na Na industria indústria material material costumeira costumeira ((— que que se se pode pode igualrnente igualmente tomar tom ar tanto tanto como uma uma parte parte daquele daquele movimento movimento geral geral quanto quanto tomar tom ar ela ela rnesma mesma como como como uma parte parte particular particular da da industria, indústria, ja já que que toda toda aa atividade atividade humana humana foi foi uma até agora agora trabalho, trabalho, portanto portanto industria, indústria, atividade atividade alienada alienada de si mesma-) mesma— ) ate temos diante diante de de nos nós as potencias potências essenciais essenciais objetivadas objetivadas do do homem homem sob sob temos forma de de objetos objetos uteis, úteis, alheios, alheios, sensoriais, sensoriais, sob sob aa forma forma da da alienacao. alienação. aa forma Uma Psicologia Psicologia para para a qual qual esta está fechado fechado este este livro, livro, portanto portanto exatarnente exatamente Uma parte da da hist6ria história mais mais presente presente e mais mais acessfvel acessível aos aos sentidos, sentidos, nao não pode pode a parte se tornar uma ciencia ciência real real 14:1 u:l ee efetivarnente efetivamente plena plena de de conteudo.} conteúdo.} Pois Pois se tornar uma oo que que eé que que se se deve deve em em geral geral pensar pensar de de uma uma ciencia ciência que que abstrai abstrai eleganelegan­ tem ente desta desta grande grande parte parte do do trabalho trabalho hurnano humano e que que nao não sente sente em em temente mesma aa sua sua incompletude, incompletude, enquanto enquanto uma assim espraiada espraiada riqueza riqueza sisi mesma uma assirn da atuacao atuação humana humana nada nada lhe lhe diz diz senao, senão, quern quem sabe, sabe, oo que que se se pode pode dizer dizer da numa palavra: palavra: "necessidade “ necessidade ,..f / / Bedurfnis,..f", Bediirfnis/ / " , "necessidade “necessidade comum!"? com um !”? -— nurna As ciencias ciências naturais naturais desenvolveram desenvolveram uma uma atividade atividade enorrne enorme ee se se apropriaapropria­ As ram um um material material sempre sempre crescente. crescente. Entrementes Entrementes aa filosofia filosofia lhes lhes ficou ficou tao tão ram alheia quanto quanto elas elas ficararn ficaram alheias alheias aà filosofia. filosofia. A uniao união mornentanea momentânea era era alheia só uma ilusão fantasiosa. fantasiosa. Havia Havia aa vontade, vontade, mas mas faltava faltava aa capacidade. capacidade. so uma ilusao Mesmo aa historiografia historiografia so só de de passagem passagem leva leva em em consideracao consideração aa ciencia ciência Mesrno natural COfl!O como momento momento de de esclarecirnento esclarecimento tH, 144, utilidade, utilidade, de de grandes grandes descodesco­ natural bertas individuais. individuais. Mas Mas de de maneira maneira tao tão mais mais pratica prática aa ciencia ciência natural natural bertas interveio na na ee lransformou transformou aa vida vida humana humana mediante mediante aa industria, indústria, prepaprepa­ interveio rando a ernancipacao emancipação humana humana por por rnais mais que que imediatamente imediatamente tivesse tivesse que que rando completar a desurnanizacao. desumanização. A industria indústria eé a relacao relação hist6rica histórica ejetivaefetiva­ completar m ente real real da da natureza natureza ee por por conseguinte conseguinte da da ciencia ciência natural natural com com oo hoho­ mente mem; se se for for portanto tomada corno como desvelamento desvelamento exoterico exotérico das das potencias potências mem; portanto tornada essenciais do do hornem, homem, entao então tarnbern também sera será entendida entendida aa essencia essência humana humana essenciais da natureza natureza ou ou aa essencia essência natural natural do do hornern, homem, aa ciencia ciência natural natural perdendo perdendo da por conseguintc conseguinte a sua sua oricntacao orientação abstratamente abstratamente material material ou ou antes ideaidea­ por lista ee se se tornando tornando aa base base da da ciencia ciência humana humana tal tal como como ja já agora agora -— se se lista bem bem que que em em Iigura figura alienada alienada -— se se tornou tornou aa base base da da vida vida efetivarnente efetivamente HI 141

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Tumbern Também possivel possível "ser", “ser”. Sobre Sobre "Wesen" “Wesen” cf. cf. notas notas 12 12 ee 30. 30.

H~ te" tarnbern traduzida por 14- A A cxpressao expressão "menschliclie “menschliche Gattungsak Gattungsakte" também pode pode ser ser traduzida por "atos “atos do relacao com do genero gênero h11nw110'', humano", guardando guardando relação com "gerar". “gerar". Cf. Cf. nota nota 98. 98. 143 Urna Uma "reelle “reelle Wissenschaft" Wissenschaft” eé uma uma ciencia ciência que que tern tem como como objeto objeto um um conteudo conteúdo 143 distinto do do puro puro pensar, pensar, portanto portanto algo algo que que aparece aparece como como coisa. coisa. distinto 144 "Aufklarung" “Aufklárung” designa designa tanto tanto "esclarecimemo" “esclarecimento" no no sentido sentido usual usual quanto quanto o o rnovimovi­ 1-H rnento mento surgido surgido no no seculo século XVIII XVIII ee conhecido conhecido entre entre n6s nós por por "Iluminismo". “Iluminismo”.

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humana, ee uma uma outra outra base base para para aa vida, vida, uma um a outra outra f'basef' / ' b a s e / ' para humana, para aa ciencia A natureza ciência eé de de antemao antem ão uma uma mentira. mentira. {{A natureza que que vem vem aa ser ser iu 145 na na história humana -— oo ato ato de de surgimento surgimento da da sociedade sociedade humana hum ana -— é aa historia humana natureza etivamente por isso isso aa natureza natureza ef efetivam ente real real do do homem, homem, por natureza tat tal qual qual vem vem aa ser pela industria, ser pela indústria, se se bem bem que que em em figura figura alienada, alienada, é aa natureza natureza antroantro­ pologica verdadeira. -}} A er pológica verdadeira. — A sensorialidade sensorialidade (ver (ver Feuerbach) Feuerbach) tern tem que que 'sser aa base base de de toda toda aa ciencia. ciência. S6 Só quando quando esta esta parte parte daquela daquela na na dupla dupla figura figura tanto tanto da da consciencia consciência sensorial sensorial quanto quanto da da necessidade necessidade f'Bedurfnisf' /^ B ed ü rfn is// sensensorial -— portanto portanto so só quando quando aa ciencia ciência parte parte da da natureza natureza -— ela ela é ciencia ciência sorial efetivamente efetivam ente real. real. Para Para que que oo "homem" “homem" se se tome torne objeto objeto da da consciencia consciência sensorial tome;' sensorial ee aa necessidade necessidade do do "homem “homem enquanto enquanto hornem" homem” f'se / / s e tom e/ / necessidade necessidade f'Bediirfnisf', //B e d ü rfn is//, para para tanto tanto aa historia história inteira inteira é aa hist6ria história prepre­ parativa parativa f'a / / a hist6riaf' h istó ria // do do desenvolvimento desenvolvimento 146• 148. A A hist6ria história mesma mesma eé uma uma parte parte efetivamente efetivam ente real real da da historia história natural, natural, da da natureza natureza se se tornando tornando 147• homem I47. Mais tarde tarde tanto tanto aa ciencia ciência natural natural subsumira subsumirá sob sob si si aa ciencia ciência homem Mais do do homem homem quanto quanto aa ciencia ciência do do homem homem f'subsumira ^ su b su m irá sob sob sif' s i / ' aa ciencia ciência natural: natural: havera haverá uma uma ciencia. ciência. t O imediato da pois aa natureza O homem hom em eé o o objeto objeto imediato da ciencia ciência natural; natural; pois natureza sensorial sensorial imediata imediata para para o o homem homem eé imediatamente imediatamente aa sensorialidade sensorialidade huhu­ mana umaa expressao mana ((um expressão identica) idêntica),, imediatamente imediatamente como como oo outro outro homem homem presente presente sensorialmente sensorialmente para para ele; ele; pois pois eé primeiro primeiro pelo pelo outro outro homem homem que que aa sua sua propria própria sensorialidade sensorialidade é como como sensorialidade sensorialidade humana hum ana para para ele ele mesmo. mesmo. Mas Mas aa natureza natureza eé o o objeto objeto imediato imediato da da ciencia ciência do do homem. homem. 0 O primeiro primeiro objeto objeto do do homem homem -— o o homem homem -— é natureza, natureza, sensorialidade, sensorialidade, ee as potencias essenciais homem, tal as potências essenciais sensoriais sensoriais particulares particulares do do homem, tal como como f' f' aa sua /'ppod o d eem m encontrar en c o n trar// sua realizacao realização efetiva efetiva objetiva objetiva so só em em objetos objetos naturais, naturais, podem podem encontrar encontrar oo seu seu autoconhecimento autoconhecimento apenas apenas na na ciencia ciência do do ser ser natural natural //d .,f des e s Naturwesensf' N aturw esens// em em geral. geral. 0 O elemento elemento do do pensar pensar rnesrno, vida do mesmo, oo elemento elemento da da manifestacao manifestação de de vida do pensamento, pensamento, aa linguagem linguagem eé de A realidade de natureza natureza sensorial. sensorial. A realidade efetiva efetiva social social da da natureza natureza ee aa cienciên­ cia natureza ou cia humana humana da da natureza ou aa ciencia ciência natural natural do do homem homem sao são expressoes expressões identicas. Ve-se como idênticas. -— {{Vê-se como no no lugar lugar da da riqueza riqueza ee miseria miséria economicoeconômico-politicas -políticas entra entra oo homem hom em rico rico ee aa necessidade necessidade f'Bediirfnisf' /'B e d ü rfn is ,/' humana humana rica. rica. 0 O homem homem rico rico eé simultaneamente simultaneamente oo homem homem necessitado necessitado de de uma uma 1otalidade totalidade da da manifestacao manifestação humana humana de de vida. vida. 0 O homem homem no no qual qual aa sua sua pr6pria própria realizacao realização efetiva efetiva existe existe como como necessidade necessidade ,.fNotwendigkeitf' ,/N o tw en d ig k eit,/ 148• interior, como como carencia carência 14S. Não so só aa riqueza, riqueza, tambem também aa pobreza pobreza do hointerior, Nao do ho-

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145 145 A A expresslio expressão "werdende “werdende Natur" Natur” tarnbem também pode pode ser ser traduzida traduzida por por "natureza “natureza que que esta 101. está se se tornando", tornando”, "natureza “natureza que que esta está em em devir". devir”. Sobre Sobre "werden" “werden” cf. cf. nota nota 101. J46 "do desenvolvimento" 148 No N o manuscrito, manuscrito, “do desenvolvimento” esta está escrito escrito logo logo acima acima de de "hist6ria “história prepre­ parativa". parativa”. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.) 147 Em Natur zum zum Menschen", Em alemlio: alemão: "des “des Werdens Werdens der der Natur Menschen”, literalmente literalmente "do “do devir devir (ou (ou vir vir aa ser) ser) da da natureza natureza //se / / s e tomar t o r n a//r / o o homem". homem”. 148 148 "Not" “N ot” significa significa literalmente literalmente "miseria", “miséria”, "estado “estado de de estar estar absolutarnente absolutamente necessinecessi­ tado". tado”. Interpretarno-lo Interpretamo-lo como como "Bedurfnis''. "Bedürfnis”. Cf. Cf. notas notas 35 35 ee 49. 49.

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mem medida -— sob mem recebe recebe em em igual igual medida sob oo pressuposto pressuposto do do socialismo socialismo -— um significado pobreza eé oo elo um significado humano humano ee por por conseguinte conseguinte social. social. A A pobreza elo passivo passivo que que faz faz com com que que o o homem homem sinta sinta como como necessidade necessidade aa maior maior riqueza, oo outro A dominacao riqueza, outro homem. homem. A dominação da da essencia essência objetiva objetiva em em mim, mim, aa irrupcao paixiio, que irrupção sensorial sensorial da da minha minha atividade atividade essencial essencial eé aa paixão, que com com 149• - } isto isto se se torna torna aa atividade atividade da da minha minha essencia essência149. —} 150 5. se considera coma autonomo tao logo ande ande 5. Um ser Um primeiro ser primeiro se considera 150 como autônomo tão logo sobre sobre os os pr6prios próprios pes, pés, ee so só anda anda sobre sobre os os seus seus pr6prios próprios pes pés tao tão logo logo deva deva aa sua sua existencia existência aa si si mesmo. mesmo. Um Um homem homem que que vive vive das das gracas graças de de um um outro outro se se considera considera como como um um ser ser dependente. dependente. Mas Mas eu eu vivo vivo completacompleta­ mente mente das das gracas graças de de um um outro outro quando quando !he lhe devo devo nao não s6 só aa manutencao m anutenção da mas quando da minha minha vida, vida, mas quando ele ele alem além disso disso ainda ainda criou criou aa minha minha vida, vida, quando tern necessariamente quando eé aa [onte fonte da da minha minha vida, vida, ee aa minha minha vida vida tem necessariamente uma fora dela uma tal tal razao razão fora dela quando quando nao não eé aa minha minha propria própria criacao, criação. Por Por conseguinte, conseguinte, aa criaciio criação eé uma uma representacao representação f'Vorstellungf' ^ V o rs te llu n g // muito muito dificil difícil de 0 Ser-por-si-mesmo de desalojar desalojar da da consciencia consciência do do povo. povo. O Ser-por-si-mesmo 161 151 da da natunatu­ reza ee do por contradizer todas as reza do homem homem lhe lhe eé inconcebivel inconcebível por contradizer todas as palpabilipalpabilidades dades da da vida vida pratica. prática. A A criacao criação da da Terra Terra recebeu recebeu um um golpe golpe violento violento da da Geognosia, Geognosia, isto isto e,é, da da ciencia ciência que que expoe expõe aa tormacao formação da da Terra, Terra, o o devir devir da da Terra, Terra, como como um A generatio um processo, processo, como como auto-engendramento. auto-engendramento. A generatio aequivoca aequivoca f' / / geracao geração espontaneaj? pratica da esp o n tân e a/' eé aa (mica única refutacao refutação prática da teoria teoria da da criacao. criação. Ora, Ora, eé facil fácil dizer dizer ao ao indivfduo indivíduo singular singular oo que que ja já diz diz Arist6teles: Aristóteles: foste ti oo acasalamento 12 foste gerado gerado por por teu teu pai pai ee tua tua mae, mãe, portanto portanto em em ti acasalamento u152 163, logo um ato generico iM de de dois dois seres seres humanos h u m anos153, logo um ato genérico 154 do do ser ser humano, humano, produziu fisicamente oo ser produziu o o ser ser humano. humano. Ves Vês portanto portanto que que tambem também fisicamente ser humano deve humano deve aa sua sua existencia existência ao ao ser ser humane. humano. Nao N ão tens tens portanto portanto que que manter dos lados, progressao iniinita m anter em em mira mira s6 só um um dos lados, aa progressão infinita segundo segundo aa qual qual continuas continuas perguntando: perguntando: quern quem gerou gerou oo meu meu pai, pai, quern quem oo seu seu avo, avô, etc.? etc.? Tambem Também tens tens que que te te fixar fixar no no movimento m ovim ento circular circular sensorialmente sensorialmente intufvel intuível naquela mesmo naquela progressao, progressão, segundo segundo o o qual qual oo ser ser humane hum ano repete repete aa si si mesmo na portanto sempre na geracao, geração, oo ser ser humano humano permanecendo permanecendo portanto sempre sujeito. sujeito. S6 Só que que responderas: responderás: concedendo-te concedendo-te este este movimento, movimento - circular, circular, concede-me concede-me tu tu aa progressao progressão que que sempre sempre me me leva leva aa continuar continuar ate até que que eu eu pergunte pergunte 149 149 Nesta Nesta frase frase todas todas as as ocorrencias ocorrências de de "Wesen" “Wesen” tarnbern também admitem admitem traducao tradução por por "ser", “ser”. 160 180 Em Em alemao: alemão: "gilt “gilt sich", sich”, literalmente literalmente "se “se vale", vale”, "vale “vale para para si". si”. 1~1 verbo "ser" 151 Em Em "Durchsichselbstsein" “Durchsichselbstsein” ocorre ocorre aa substantivacdo substantivação do do verbo “ser” (cf. (cf. nota nota 111). 111). Hi2 rnantern uma 152 "Begattung" “Begattung” = = "acasalarnento", “acasalamento”, "uniao “união sexual", sexual”, mantém uma serie série de de ligacoes ligações com com termos termos importantes importantes usados usados por por Marx Marx nestes nestes textos. textos. Cf. Cf. notas notas 38, 38, 98 98 ee 142 142 ee respectivas passagens no texto. respectivas passagens no texto. 111s Cf. Cf. nota nota 96. 96. t:14 154 Daplo Duplo sentido sentido de de "Gattungsakt", “Gattungsakt”, o o de de "ato “ato generico" genérico” ou ou "ato “ato do do g!nero" gênero” ee o o de de "a(o “afo de de gerar" gerar” ou ou "ato “ato de de acasalar-se". acasalar-se”. .,

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XI XI

quern quem gerou gerou oo primeiro primeiro ser ser humano humano ee aa natureza natureza em em geral? geral? S6 Só posso posso te tua pergunta um produto te responder: responder: aa tua pergunta eé ela ela mesma mesma um produto da da abstracao. abstração. Pergunta-te pergunta; pergunta-te pergunta-te se tua pergunta Pergunta-te como como chegas chegas aquela àquela pergunta; se aa tua pergunta nao não acontece acontece aa partir partir de de um um ponto ponto de de vista vista ao ao qual qual eu eu nao não posso posso resres­ ponder porque ele ponder porque ele eé um um // A pponto o n to de de vista vista ao a o/// ' avesso avesso 155 1BB?? Pergunta-te Pergunta-te se se aquela aquela progressao progressão como como ta! tal existe existe para para um um pensar pensar racional? racional? Se Se perper­ guntas por guntas pela pela criacao criação da da natureza natureza ee do do ser ser humano, humano, entao então abstrais abstrais por conseguinte natureza. Tu poes como conseguinte do do ser ser humano humano ee da da natureza. Tu os os pões como nao-sendo não-sendo ee ainda ainda assim assim queres queres que que eu eu te te os os prove prove corno como sendo sendo 156• 156. Agora Agora eu eu te te digo: digo: se se abrires abrires mao mão da da tua tua abstracao abstração tambem também abriras abrirás mao mão da da tua tua perper­ gunta abstracao, seja gunta ou, ou, se se quiseres quiseres manter m anter aa tua tua abstração, seja entao então consequente, conseqüente, ee se se pensas pensas oo ser ser humane humano ee aa natureza natureza como como niio-sendo não-sendo 157, 15T, entao então pensa pensa aa titi mesmo mesmo como como nao-sendo, não-sendo, tu tu que que tambem também es és natureza natureza ee ser ser bumano. humano. Nao nao me tua Não penses, penses, não me perguntes, perguntes, pois pois tao tão logo logo pensas pensas ee perguntas perguntas aa tua abstraciio abstração do do Ser Ser //Sein// / 'S e i n / ' da da natureza natureza ee do do homem homem nao não tern tem sentido. sentido. Ou 1 ser? Ou es és um um ta! tal egoista egoísta que que poes pões tudo tudo como como nada nada ee queres queres tu tu mesmo mesmo, ser? Podes por oo nada Podes me me retrucar: retrucar: nao não quero quero pôr nada da da natureza, natureza, etc'.; etc.; te te pergunto pergunto pelo pelo ato ato de de surgimento surgimento dela, dela, assim assim como como pergunto pergunto oo anatomista anatomista pelas · pelas formacoes formações dos dos ossos, ossos, etc. etc. Mas na para oo homem homem socialista Mas na medida medida em em que que para socialista aa inteira inteira assim assim chamada chamada historia história universal universal nada nada mais mais eé senao senão oo engendramento engendramento do do hoho­ mem natureza para mem pelo pelo trabalho trabalho humano, humano, o o devir devir da da natureza para o o homem, homem, entao então ele prova intuitiva, irresistivel do seu nascimento ele tern tem aa prova intuitiva, irresistível do seu nascimento por por si si mesmo, mesmo, do do seu seu processo processo de de surgimento. surgimento. Na Na medida medida em em que que oo Jato fato do do homem homem ee da da natureza natureza serem serem essencialmente essencialm ente 1118, 158, na na medida medida em em que que oo homem homem se intuivel para se tornou tornou pratica prática ee sensorialmente sensorialmente intuível para o o homem homem como como existencia existência da intuivel// da natureza natureza ee aa natureza natureza //se / 's e tornou tornou pratica prática ee sensorialmente sensorialmente in tu ív e l/1 para para o o homem homem como como existencia existência do do homem, homem, tornou-se tornou-se praticamente praticamente imposimpos­ sivel sível aa pergunta pergunta por por um um ser ser alheio, alheio, por por um um ser ser acima acima da da natureza natureza ee do do homem -— uma homem uma pergunta pergunta que que inclui inclui aa confissao confissão da da inessencialidade inessencialidade da negacao 159 da natureza natureza ee do do hornem. homem. Como Como negação 159 desta desta inessencialidade inessencialidade oo ateismo sentido, pois ateísm o nao não tern tem mais mais sentido, pois oo ateism6 ateísmó eé uma uma negaciio negação do do Deus Deus ee atraves negacao põe poe aa existencia mas oo socialismo através desta desta negação existência do do homem; homem', mas socialismo como tal mediacao; como socialismo socialismo nao não precisa precisa mais mais de de uma uma tal mediação; eie ele comeca começa //a //%. 155 155 0O

adjetivo proadjetivo "verkehrt" “verkehrt” significa significa coloquialmente coloquialmente "errado", “errado”, "erroneo", “errôneo”, mas mas pro­ priamente priamente "invertido", “invertido”, "avesso". “avesso”. 1&6 156 Forrnas Formas gerundivas gerundivas do do verbo verbo "ser", “ser”, "seiend" “seiend” ee "nichtseiend". “nichtseiend”. 157 1 57 0 O obscuro obscuro passus passus "und “und wenn wenn du du den den Menschen Menschen und und die die Natur Natur als ais nichtseiend nichtseiend denkend, tu pensas denkend, .. .. .. denkst" denkst” seria seria literalmente literalmente "e “e se se tu pensas o o homem homem ee aa natureza natureza como como pensando pensando (?) (?) niio-sendo". não-sendo”. rss fato de 158 Traduzimos Traduzimos "Wesenhaftigkeit" “Wesenhaftigkeit” por por "o “o fato de ser ser essencialmente", essencialmente”. 150 Noo res159 "Leugnung", “Leugnung”, ou ou seja, seja, "negacao" “negação” no no sentido sentido de de "recusa “recusa em em adrnitir". admitir”. N res­ tante tante do. do . texto texto ocorre ocorre "Negation" “Negation” = = "negacao “negação logica". lógica”.

181 181 partirf' p a r ti r / ' da da consciencia consciência teonca teórica ee praticamente praticam ente sensorial sensorial do do homem homem ee da da natureza natureza como como f'df'a //& //& essencia essência 160• 18°. Ele Ele eé autoconsciencia autoconsciência positiva positiva do do homem homem nao não mais mais mediada m ediada pela pela superacao superação da da religiao, religião, tal tal como como aa vida vida ejetivamenie efetivam ente real real eé realidade realidade efetiva efetiva positiva positiva do do homem homem nao não mais mais mediada m ediada pela pela superacao superação da da propriedade propriedade privada, privada, pelo pelo comunismo. comunismo. 0 O comunismo comunismo eé aa posicao posição como como negacao negação da da negacao, negação, por por isto isto oo momento momento efetivainente efetivam ente real, real, necessario necessário para para o o desenvolvimento desenvolvimento hist6rico histórico seguinte, seguinte, da da emancipacao emancipação ee recuperacao recuperação humanas. humanas. 0 O comunismo com unism o eé aa figura figura necesneces­ saria sária ee o o principio princípio dinamico dinâmico do do futuro futuro proximo, próximo, mas mas oo comunismo comunismo nao não eé como como tal tal aa meta meta do do desenvolvimento desenvolvimento humano humano -— aa figura figura da da sociedade sociedade humana. humana. —

100 160 Tarnbern Também possivel possível "ser", “ser”. Cf. Cf. notas notas 12 12 ee 30. 30.

XI XI

2. E F.E ENGELS: 2. K. MARX K. MÁRX F. ENGELS: A NS ** 11 A IDSTORIA HISTÓRIA DOS DOS HOME HOMENS it

JI

Feuerbach Feuerbach Oposi~ao Oposição entre entre concepcao concepção materialista materialista ee idealista idealista [I ntrodu~iio J [Introdução]

Como Como informam informam os os ideologos ideólogos alemaes, alemães, aa Alemanha Alem anha atravesatraves­ sou sou nos nos ultimos últimos anos anos uma uma revolucao revolução sem sem precedentes. precedentes. lniciado Iniciado com com

** 0O presente presente texto texto iotegra integra oo primeiro primeiro capitulo capítulo de de A A ideologia ideologia alemii, alemã, oo qual qual eé intitulado intitulado "Feuerbach". “Feuerbach”. Baseamos Baseamos aa revisao revisão da da traducao tradução na n a edi9ao edição MARX, M a r x , K. K. ee ENGELS, Werke. Berlim, v. III, III, p. p. 17-36. tecnica E n g e l s , F. F. Werke. Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1969. 1969. v. 17-36. Revisao Revisão técnica da Ehrenreich. da traducao tradução ee traducao tradução das das notas notas de de Marx Marx por por Viktor Viktor von von Ehrenreich. 1 As notas indicadas por asteriscos sao do pr6prio Marx ou de Engels, consti1 As notas indicadas por asteriscos são do próprio Marx ou de Engels, consti­ tuindo maauscrito original. tuindo as às vezes vezes por9oes porções riscadas riscadas no no manuscrito original. As As notas notas numeradas numeradas siio haja indicação indicacao de são do do presente presente reviser, revisor, aa nao não ser ser que que haja de serem serem do do editor editor alernao. alemão. Afastarno-nos Afastamo-nos do do uso uso em em portugues português nao não grifando grifando expressoes expressões que que porventura porventura apaapa­ recam lingua estrangeira, para acentuar reçam em em língua estrangeira, pois pois os os grifos grifos sao são usados usados por por Marx Marx para acentuar oo significado terrnos. Observe-se significado dos dos respectivos respectivos termos. Observe-se ainda ainda que que os os cabeealhos cabeçalhos das das diversas pelos editores diversas partes partes do do capitulo capítulo sobre sobre "Feuerbach" “Feuerbach” foram foram introduzidos introduzidos pelos editores alemiies nas margens alemães com com base base em em anotacoes anotações que que Marx Marx ee Engels Engels fizeram fizeram nas margens do do

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Strauss Strauss 2,2, o o processo processo de de decomposicao decomposição do do sistema sistema hegeliano hegeliano desenvolveudesenvolveu-se -se ate até uma uma fermentacao fermentação mundial mundial aa que que foram foram arrastadas arrastadas todas todas as as "poten“potên­ cias meio ao cias do do passado". passado” . Em Em meio ao caos caos generalizado, generalizado, Iormararn-se formaram-se poderosos poderosos imperios impérios para para de de imediato imediato sucurnbirem, sucumbirem, emergiram emergiram momentaneamente momentaneamente her6is seguida serem volta aà obscuriheróis para para logo logo em em seguida serem novamente novamente atirados atirados de de volta obscuri­ dade dade por por rivais rivais mais mais intrepidos intrépidos ee mais mais · poderosos. poderosos. Era E ra uma uma revolucao, revolução, frente aà qual frente qual aa francesa francesa eé uma um a briocadeira brincadeira de de crianca, criança, uma um a luta luta mundial mundial ante lutas dos ante aa qua! qual as as lutas dos diadocos diádocos 33 parecem parecem ninharia. ninharia. Os Os principios princípios se se suplantavam suplantavam uns uns aos aos outros outros ee os os her6is heróis do do pensamento pensamento investiam investiam uns uns contra contra os os outros outros com com uma uma precipitacao precipitação inaudita, inaudita, ee nesses nesses tres três anos anos de de 1842-[18]45 Alemanha 1842-[18]45 se se puserarn puseram mais mais coisas coisas em em ordem ordem na na Alem anha do do que que em em tres três seculos. séculos. E teria se E tudo tudo isso isso teria se passado passado no no pensamento pensamento puro. puro. Trata-se.contudoj de um Trata-se, contudo/de um evento evento interessante: interessante: do do processo processo de de apodreapodre­ cimento Apos oo apagar cimento do do espirito espírito absoluto. absoluto. Após apagar da da ultima última fagulha fagulha de de vida, vida, as as diversas diversas partes partes componentes componentes deste deste caput capuí mortuum m o rtu u m 44 entraram entraram em em decomposicao, decomposição, entrararn entraram em em novas novas combinacoes, combinações, ee formaram formaram novas novas subssubs­ . tancias. filosofia, que haviam vivido tâncias. Os Os industriais industriais da da filosofia, que ate até entao então haviam vivido da da exploexplo­ racao do ração do espirito espírito absoluto, absoluto, lancaram-se lançaram-se agora agora sobre sobre as as novas novas combinacombina­ coes. ções. Cada Cada um um deles, deles, com com oo maior maior afa afã possivel, possível, cuidou cuidou de de vender vender ao ao desbarato parte que lhe coubera. desbarato aa parte que lhe coubera. Mas Mas isso isso nao não poderia poderia se se passar passar sem sem concorrencia. De inicio concorrência. De início ela ela foi foi conduzida conduzida de de modo modo relativamente relativamente burgues burguês ee serio. sério. Mais Mais tarde, tarde, quando quando o o mercado mercado alemao alemão havia havia sido sido saturado saturado ee aa mercadoria, mercadoria, apesar apesar de de todo todo estorco, esforço, nao não encontrava encontrava ressonancia ressonância alguma alguma rnanuscrito. manuscrito. Tarnbem Também os os adotamos, adotamos, ee indicamos indicamos per por tres três pontos pontos entre entre colchetes colchetes [[ ... . . . ]J onde onde pulamos pulamos trecbos, trechos, tudo tudo segundo segundo aa ordem ordem da da edicao edição supracitada. supracitada. ConsConspectus pectus siglorum: siglorum: colchetes colchetes [] [ ] indicam indicam adicoes adições e/ou e /o u complementos complementos do do editor editor alemao, alemão, barras presente revisor, barras duplas duplas II / / /II/ acrescimos acréscimos e/ou e /o u complernentos complementos do do presente revisor, traducao tradução de termos que de termos que no no original original constam constam em em outra outra lingua língua que que nao não o o alemfio alemão ou ou aposicao aposição do traducao não nao perrnite do respectivo respectivo termo termo alemao alemão quando quando aa simples simples tradução permite entrever entrever de de que Ass regras que termo termo se se trata trata no no respectivo respectivo contexto. contexto. A regras aqui aqui adotadas adotadas para para revlsao revisão tambem foram trechos deste também foram seguidas seguidas na na traducao tradução que que nos nos coube coube de de alguns alguns trechos deste

mesrno mesmo texto. texto. Friedrich por Hegel, Friedrich Strauss Strauss (1808-1874), (1808-1874), influenciado influenciado por Hegel, negou negou aa historihistoricidade neles uma cidade dos dos eventos eventos narrados narrados no no evangelbo, evangelho, vendo vendo neles uma tradicao tradição mitica. mítica. Defendeu Defendeu uma uma fe fé nova, nova, livre livre da da tradi~ao tradição crista. cristã. ll3 Os Os diadocos diádocos (do (do grego grego diadochoi, diadochoi, "sucessores") “sucessores”) eram eram os os antigos antigos amigos amigos ee genegene­ rais morte deste Imperio Macedonio rais de de Alexandre Alexandre Magno, Magno, que que apos após aa morte deste dividiram dividiram o o Império Macedônio ee lutaram mutuamente em lutaram entre entre si, si, apoiando-se apoiando-se mutuamente em aliancas alianças efemeras efêmeras ee rnutaveis, mutáveis, pelo No lutas (fim pelo poder poder sobre sobre todo todo o o territ6rio território do do irnperio. império. N o decurso decurso destas destas lutas (fim do do seculo século IV IV a.C, a.C. ate até inicio início do do seculo século III III a.C.) a.C.) foram foram eliminados eliminados todos todos os os herdeiros herdeiros legitimos legítimos da da casa casa de de Alexandre. Alexandre. 0 O irnperio império deste deste ultimo, último, que que nunca nunca ultrapassara ultrapassara uma uma reuniao reunião frouxa frouxa de de unidades unidades territoriais territoriais administrativo-militares, administrativo-militares, esfacelou-se esfacelou-se com com estas estas guerras guerras ee deu deu azo azo ao ao surgimento surgimento do do sistema sistema de de varies vários Estados Estados caractecaracte­ ristico da rístico da epoca época helenistica. helenística. 44 Literalmente Literalmente "cabeca uma expressao residuos “cabeça rnorta", morta”, na na qulrnica química uma expressão usual usual para para os os resíduos de de destilacao. destilação. Aqui Aqui no no sentido sentido de de "residues", “resíduos”, "restos". “restos”. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

2 2 David David

k.

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no mundial, de procedimento alernao no mercado mercado mundial, de acordo acordo com com oo habitual habitual procedimento alemão oo neg6cio negócio passou passou aa ser ser adulterado adulterado pela pela producao produção em em serie série ee producao produção simulada, materia-prima, falsificacao simulada, piora piora da da qualidade, qualidade, adulteracao adulteração da da matéria-prima, falsificação das manobras cambiais das etiquetas, etiquetas, compras compras simuladas, simuladas, manobras cambiais ee um um sistema sistema de de credito crédito destituido destituído de de qualquer qualquer base base real. real. A A concorrencia concorrência desembocou desembocou numa numa luta luta encarnicada, encarniçada, aa qual qual nos nos eé agora agora construida construída ee apregoada apregoada coma como uma uma reviravolta reviravolta de de proporcoes proporções hist6rico-universais, histórico-universais, como como engendradora engendradora dos prodigiosos resultados resultados ee conquistas. dos mais mais prodigiosos conquistas. Para Para apreciar apreciar corretamente corretamente esse esse pregao pregão do do mercado mercado filos6fico, filosófico, que que 5 alemao desperta um agradavel desperta mesmo mesmo no no peito peito do do honesto honesto burgues b u rguês5 alemão um agradável sentimento sentimento nacionalista, nacionalista, para para deixar deixar patente patente aa mesquinharia, mesquinharia, aa mediocrimediocri­ dade movimento neo-hegeliano dade provinciana provinciana de de todo todo esse esse movimento neo-hegeliano ee especialmente especialmente oo contraste contraste tragicomico tragicômico entre entre as as realizacoes realizações efetivas efetivas destes destes her6is heróis ee as as ilusoes ilusões sobre sobre essas essas realizacoes, realizações, é preciso preciso assistir assistir ao ao espetaculo espetáculo inteiro inteiro aa partir ha "'. partir de de um um ponto ponto de de vista vista situado situado fora fora da da Aleman Alemanha *.

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A. A.

A A ideologia ideologia em em geral, geral , nomeadamente nom eadam ente a a alemii alemã

j

Ate Até os os seus seus mais mais recentes recentes esforcos esforços aa critica crítica alema alemã nao não abandonou abandonou oo terreno Longe de terreno da da filosofia. filosofia. Longe de examinar examinar os os seus seus pressupostos pressupostos filos6ficos filosóficos gerais, no chao um determinado gerais, todas todas as as suas suas questoes questões ate até cresceram cresceram no chão de de um determinado sistema sistema filos6fico, filosófico, oo hegeliano. hegeliano. Jazia Jazia uma uma mistificacao mistificação nao não s6 só em em suas suas ** [Riscado [R iscado no no manuscrito m anuscrito oo seguinte:) segu in te:] Por Por conseguinte, conseguinte, aà critica crítica especial especial dos dos representantes representantes singulares singulares deste deste movimento m ovim ento fazernos fazem os preceder preceder algumas algum as observacoes para assinalar observações gerais gerais {. { . Estas Estas observacoes observações bastarao bastarão para assinalar o o ponto ponto de de vista vista da da nossa nossa critica crítica na na medida m edida em em que que tal tal for for necessario necessário àa compreensao com preensão ee aà fundarnentacao fundam entação das das criticas críticas particulares particulares subseqiientes. subseqüentes. Antepomos A n tep om os estas estas observacoes observações exatamente exatam ente aa F F euerbach euerbach porque porque ele ele eé o o unico único que que pelo pelo menos m enos fez entrar de de boa fez um um progresso progresso ee em em cujas cujas questoes questões se se pode pode entrar de bonne bonne foi fo i // //à.
torcida torcida desta desta hist6ria história ou ou aa uma um a abstracao abstração total total dela. dela. A A ideologia id eologia mesma m esm a s6 só um um dos dos aspectos aspectos desta desta hist6ria. história.



significa "burgues" quanto significa tanto tanto “burguês” quanto "cidadao". “cidadão”. 11a 5a O O texto texto entre entre chaves chaves {{ }} esta está riscado riscado horizontalmente horizontalmente no no rnanuscrito. manuscrito. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.) 55 "Burger" “Biirger”

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respostas, mas mas ja já nas nas perguntas perguntas mesmas. Esta dependencia dependência para para com com respostas, mesmas. Esta Hegel Hegel eé aa razao razão pela pela qual qual nenhum nenhum
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tudo ao tudo ao introduzirem introduzirem sub-repticiamente sub-repticiamente representacoes representações religiosas religiosas em em tudo tudo ou teologico. Ouanto ou ao ao declararem declararem tudo tudo como como teológico. Quanto aà fe fé 110 Tio dominio domínio da da religiao, religião, dos dos conceitos conceitos ee do do universal universal no no mundo mundo existente, existente, os os jovens jovens hegelianos com os hegelianos concordavam concordavam com os velhos velhos hegelianos. hegelianos. So Só que que uns uns combatiam combatiam corno legitimo. como usurpacao úsurpação oo dominio domínio que que os os outros outros celebravam celebravam como como legítimo. Ja Já que que nestes nestes jovens jovens hegelianos hegelianos as as representacoes, representações, pensarnentos, pensamentos, conceitos, por eles conceitos, enfim enfim os os produtos produtos da da consciencia consciência autonornizada autonomizada por eles sao são tidos tidos como como os os verdadeiros verdadeiros grilhoes grilhões da da humanidade, humanidade, exatarnente exatamente como como sao humana são declarados declarados como como vinculos vínculos verdadeiros verdadeiros da dà sociedade sociedade hum ana pelos pelos velhos velhos hegelianos, hegelianos, compreende-se compreende-se que que os os jovens jovens hegelianos hegelianos tarnbem também so só tenham tenham que que lutar lutar contra contra estas estas ilusoes ilusões da da consciencia. consciência. Ja Já que que de de acordo acordo com homens, oo seu com aa imaginacao imaginação deles deles as as relacoes relações dos dos homens, seu inteiro inteiro agir agir ee fazer, produtos da fazer, as as suas suas cadeias cadeias ee barreiras barreiras sao são produtos da sua sua consciencia, consciência, esses esses jovens propoern de postu--1J jovens hegelianos hegelianos propõem de modo modo conseqiiente conseqüente aos aos homens homens oo postu !ado lado moral moral de de trocarem trocarem aa sua sua consciencia consciência presente presente pela pela consfiencia consciência humana, humana, critica crítica ou ou egoista, egoísta, ee de de atraves através disso disso eliminarem eliminarem as as suas suas barbar­ reiras. na exigencia reiras. Esta Esta exigencia exigência de de mudar m udar aa consciencia consciência desemboca desemboca na exigência de de interpretar interpretar diferenternente diferentemente oo que que existe, existe, isto isto e, é, reconhece-lo reconhecê-lo mediante mediante uma uma outra outra interpretacao. interpretação. Os Os ideologos ideólogos neo-hegelianos, neo-hegelianos, apesar apesar de de suas suas frases frases pretensarnente pretensamente "abaladoras “abaladoras do do rnundo", m undo”, sao são os os maiores maiores conservaconserva­ dores. dores. Os Os mais mais jovens jovens entre entre eles eles encontraram encontraram aa expressao expressão correta correta para para aa sua lutar tao-somente sua atividade atividade quando quando afirrnarn afirmam lutar tão-somente contra contra "! “ f rases". r a s e s So Só que frases senao que eles eles esquecem esquecem que que eles eles mesmos mesmos nada nada contrapoern contrapõem aa estas estas frases senão frases frases ee que que de de rnodo modo algurn algum combatem combatem oo mundo mundo existente existente efetivo efetivo quando quando combatem combatem apenas apenas as as frases frases deste deste mundo. mundo. Os Os (micas únicos resultados resultados que que esta esta critica termos crítica filosofica filosófica pode pôde alcancar alcançar foram foram alguns alguns esclarecimentos esclarecimentos em em termos de de hist6ria história da da religiao, religião, ee ainda ainda assim assim unilaterais, unilaterais, sobre sobre o o cristianismo; cristianismo; as as suas suas outras outras afirmacoes afirmações sao são todas todas so só ornamentos ornamentos ulteriorcs ulteriores da da sua sua reivindicacao insignificantes, reivindicação de de ter ter fornecido, fornecido, com com estes estes esclarecimentos esclarecimentos insignificantes, descobertas para aa historia descobertas para história universal. universal. Nenhum pela interconexao Nenhum desses desses filosofos filósofos teve teve aa ideia idéia de de perguntar perguntar pela interconexão da da filosofia filosofia alerna alemã com com aa realidade realidade efetiva efetiva alema, alemã, pela pela interconexao interconexão da da critica crítica deles deles com com aa propria própria circunstancia circunstância material material deles, deles.

** )

Os Os pressupostos pressupostos com com os os quais quais comecarnos começamos nao não sao são arbitrarios, arbitrários, nem nem dogmas, pressupostos efetivos dogmas, sao são pressupostos efetivos dos dos quais quais so só eé possivel possível abstrair abstrair na na imaginacao. Eles sao imaginação. Eles são os os individuos indivíduos efetivos, efetivos, aa sua sua acao ação ee as as suas suas concon­ dicoes dições materials materiais de de vida, vida, tanto tanto as as encontradas encontradas ai aí quanta quanto as as engendradas engendradas pela propria acao portanto constataveis pela própria ação deles. deles. Estes Estes pressupostos pressupostos sao são portanto constatáveis por via puramente por via puramente empfrica. empírica.

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~ )^ 0 primeiro pressuposto O primeiro pressuposto de de toda toda aa hist6ria história hurnana hum ana é naturalmente naturalmente aa existencia vivos *. primeiro estado estado de existência de de individuos indivíduos humanos humanos vivos *. 0 O primeiro de coisas coisas aa se individuos ee aa se constatar constatar é portanto portanto aa organizacao organização corporal corporal desses desses indivíduos relacao relação com com aa natureza natureza restante restante que que aquela aquela Jhes lhes da. dá. Obviamente Obviamente nao não podemos homens podemos entrar entrar aqui aqui em em detalhes detalhes sobre sobre aa constituicao constituição fisica física dos dos homens mesmos, condicoes naturais mesmos, nem nem sobre sobre as as condições naturais que que os os homens homens encontram encontram ai, aí, as as condicoes condições geologicas, geológicas, oro-hidrograficas, oro-hidrográficas, climaticas climáticas ee outras outras **. **. Toda Toda historiografia tem tern que historiografia que partir partir dessas dessas bases bases naturais naturais ee de de sua sua transfertransfor­ macao pela a~ao hist6ria. mação pela ação do do homem homem no no curso curso da da história. Pode-se distinguir homens dos Pode-se distinguir os os homens dos animais animais pela pela consciencia, consciência, pela pela mesmos cornecam j religiao, religião, pelo pelo que que se se queira. queira. Eles Eles mesmos começam aa se se distinguir distinguir dos dos )j animais animais tao tão logo logo comecam começam aa produzir produzir os os seus seus meios meios de de vida, vida, um um passo passo j condicionado condicionado pela pela sua sua organizacao organização corporal. corporal. Ao Ao produzirem produzirem os os seus seus meios de vida, os produzem indiretamente vida material / meios de vida, os homens homens produzem indiretamente aa sua sua vida material rnesma. mesma. O \ O modo modo pelo pelo qua! qual os os homens homens produzem produzem os os seus seus meios meios de de vida vida dede­ "pende pende inicialmente inicialmente da da constituicao constituição mesma mesma dos dos rneios meios de de vida vida encontrados encontrados ai produzidos. Este Este modo modo da aí ee aa ser ser produzidos. da producao produção nao não deve deve ser ser considerado considerado s6 só segundo segundo oo aspecto aspecto de de ser ser aa reproducao reprodução da da existencia existência fisica física dos dos indiindi­ viduos. maneira determinada víduos. Ele Ele ja já eé antes antes uma uma maneira determ inada de de atividade atividade
e

e

I

•* (Riscado [Riscado no no manuscrito manuscrito oo seguinte:J seguinte:] O O primeiro primeiro ato ato historico histórico destes destes individuos, dos animais, indivíduos, pelo pelo qua! qual se se distinguern distinguem dos animais, nao não eé oo de de que que eles eles pensam, pensam, mas mas sim sim oo de de que que cornecam começam aa produzir produzir os os seus seus meios meios de de vida vida.. .. [Riscado ** [Riscado no no manuscrito manuscrito oo seguinte:J seguinte:] Mas Mas estas estas relacoes relações condicionam condicionam nao não so homens, aa que só aa organizacao organização originaria originária dos dos homens, que emana emana da da natureza, natureza, nomeanomea­ damente damente as as diferencas diferenças raciais, raciais, mas mas tambem também todo todo o o seu seu desenvolvimento desenvolvimento ou ou nao-desenvolvimento ulterior hoje. não-desenvolvimento ulterior ate até os os dias dias de de hoje. ro 10 Aqui Aqui o o termo termo "intercarnbio" “intercâmbio” //= / / — "Verkehr" “Verkehr” (nao (não confundir confundir com com "Austausch" “Austausch” = = "troca" “troca” no no sentido sentido econornico econômico estrito) estrito) // / / inclui inclui o o intercambio intercâmbio material material ee espiespi­ ritual entre isolados, grupos ritual entre individuos indivíduos isolados, grupos sociais sociais ee pafses países inteiros. inteiros. Marx Marx pretende pretende mostrar que dos homens mostrar que o o inrercarnbio intercâmbio material, material, sobretudo sobretudo o o intercarnbio intercâmbio dos homens no no pro· pro­ cesso producao, constitui cesso de de produção, constitui aa base base de de qualquer qualquer outro outro intercambio. intercâmbio. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.) Em A Em A ideologia ideologia alemii alemã os os terrnos termos "Verkehrsform" “Verkehrsform” = = "forrna “forma de de intercsmbio", intercâmbio”, "Verkehrsweise" "rnodo de = "relacoes “Verkehrsweise” = “modo de intercarnbio" intercâmbio” ee "Verkehrsverhaltnisse" “Verkehrsverháltnisse” = “relações de de intercdrnbio" intercâmbio” procuram procuram expressar expressar tentativamente tentativamente o o conceito conceito de de "Produktions“Produktionsverhaltnisse" entao em verhãltnisse” — "relacoes “relações de de producao". produção”, conceito conceito então em formacao. formação.

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=

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As As relacoes'! relações11 das das diferentes diferentes nacoes nações entre entre si si dependem dependem de de ate até que que ponto ponto cada cada uma uma delas delas desenvolveu desenvolveu as as suas suas forcas forças produtivas, produtivas, aa divisao divisão 12 interno. Esta proposicao do universalmente do trabalho trabalho ee oo comercio comércio 12 interno. Esta proposição eé universalmente reconhecida. Mas não nao apenas reconhecida. Mas apenas aa relacao relação f'Beziehungf' /'B e z ie h u n g /' de de uma uma nacao nação com com outra, outra, mas mas tambem também toda toda aa estrutura estrutura interna interna desta desta nacao nação mesma mesma depende producao ee do depende do do estagio estágio de de desenvolvimento desenvolvimento da da sua sua produção do seu seu coco­ mercio 0 mércio f'Verkehrf' / 'V e r k e h r / ' interno interno ee externo. externo. O grau grau de de desenvolvimento desenvolvimento alcancado pela divisao mostra da alcançado pela divisão do do trabalho trabalho mostra da maneira m aneira mais mais visivel visível ate até que que ponto ponto estao estão desenvolvidas desenvolvidas as as forcas forças produtivas produtivas de de uma uma nacao. nação. Cada Cada torca força produtiva produtiva nova, nova, na na medida medida em em que que nao não seja seja uma uma extensao extensão meramera­ mente como, mente quantitativa quantitativa das das torcas forças produtivas produtivas ja já conhecidas conhecidas ate até entao então ((como, por tetras), tem tern como por exemplo, exemplo, o o arroteamento arroteam ento de de terras), como consequencia conseqüência uma uma nova nova especializacao especialização f' /'AAusbildungf' u s b ild u n g /' da da divisao divisão do do trabalho. trabalho. A dentro de A divisao divisão do do trabalho trabalho dentro de uma uma nacao nação acarreta acarreta inicialmente inicialmente aa separacao separação entre entre oo trabalho trabalho comercial comercial ee industrial industrial ee o o trabalho trabalho agricolr agrícolí \ ee com com isso isso aa separacao separação entre entre cidade cidade ee campo cam po ee aa oposicao oposição dos dos interesses interesse i ambos. 0 O seu seu desenvolvimento ulterior levaleva a separacao entte o o I entre entre ambos. desenvolvimento ulterior à separação entle traballro mesmo tempo, / trabalho comercial comercial ee oo industrial. industrial. Ao Ao mesmo tempo, pela pela divisao' divisão do do trabalho desenvolvem-se /./ trabalho desenvolvem-se por por sua sua vez, vez, no no interior interior destes destes diferentes diferentes ramos, ramos, diversas diversas subdivisoes subdivisões entre entre os os individuos indivíduos que que cooperam cooperam em em determinados determinados trabalhos. A A colocacao ] trabalhos. colocação dessas dessas subdivisoes subdivisões singulares singulares umas umas frente frente as às outras outras esta condicionada modo de trabalho agricola, j está condicionada pelo pelo modo de exploracao exploração do do trabalho agrícola, indusindus­ trial ee comercial patriarcalismo, escravidao, comercial ((patriarcalismo, escravidão, estamentos, estamentos, classes). classes). ! trial Quando }! Quando oo intercambio intercâmbio f'Verkehrf' //V e r k e h r /Z eé mais mais desenvolvido, desenvolvido, as as mesmas mesmas relacoes f'Verhaltnissef' relações /'V e rh ã ltn is s e /' se se mostram mostram nas nas ligacoes ligações f'Beziehungenf' /'B e z ie h u n g e n /' entre entre as as diversas diversas nacoes. nações. Os Os diversos diversos estagios estágios no no desenvolvimento desenvolvimento da da divisao divisão do do trabalho trabalho sao são outras outras tantas tantas diversas diversas formas formas de de propriedade; propriedade; quer quer dizer, dizer, cada cada novo novo trabalho determina > ... estagio estágio da da divisao divisão do do trabalho determina tambem também as as relacoes relações dos dos indiindimaterial, instrumento " (\0 viduos víduos entre entre si si com com referenda referência ao ao material, instrumento ee produto produto do do '; 'r trabalho. trabalho. 13• A primeira Corresf A primeira form formaa de de propriedade propriedade eé aa propriedade propriedade tribal trib a l13. Corresponde a um estagio nao desenvolvido da producao no qual um ponde a um estágio não desenvolvido da produção no qual um povo povo se se

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Aqui Aqui "Beziehungen", “Beziehungen”, literalmente literalmente "relacoes", “relações”, embora embora nao não se se trate trate do do termo termo ''( tecnico marxista "Verhaltnis", técnico marxista “Verháltnis”, costumeiramente costumeiramente traduzido traduzido por por "relacao" “relação” (por (por exemexemplo, producao"), Sempre /' pio, "Produktionsverhaltnisse" “Produktionsverháltnisse” = = "relacoes “relações de de produção”). Sempre que que possivel possível traduziremos traduziremos "Beziehung" “Beziehung” por por "referencia"; “referência”; quando quando for for imperiosa imperiosa sua sua traducao tradução por barras duplas por "relacao" “relação” agregaremos agregaremos o o termo termo alemiio alemão entre entre barras duplas // / / ///. /. 12 Aqui 12 Aqui tarnbem também ocorre ocorre o o termo termo "Verkehr", “Verkehr”, mas mas obviamente obviamente nao não em em seu seu sentido sentido amplo amplo como como mais mais acima acima ee sirn sim no no seu seu sentido sentido mais mais estrito estrito de de "comercio", “comércio”, "trafico". “tráfico”. H Nos 13 Nos anos anos quarenta quarenta do do seculo século XIX XIX o o termo termo "tribo" “tribo” desempenhou desempenhou um um papel papel mais mais importante nas ciencias uma comuoidade importante nas ciências hist6ricas históricas do do que que hoje. hoje. Designava Designava uma comunidade de de seres portanto os seres humanos humanos descendentes descendentes do do mesmo mesmo ancestral, ancestral, abrangendo abrangendo portanto os conceitos conceitos modernos modernos "gens" “gens” (pequenas (pequenas populacoes populações com com um um nome nome tribal tribal comum) comum) ee "tribo". “tribo”. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) ',.r 11 11

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alimenta pesca, da alimenta da da caca caça ee da da pesca, da pecuaria pecuária ee no no maximo máximo da da agricultura. agricultura. Neste ultimo Neste último caso, caso, pressupoe pressupõe uma uma grande grande extensao extensão de de terras terras nao não culticulti­ vadas. vadas. Nesse Nesse estagio estágio aa divisao divisão do do trabalho trabalho ainda ainda esta está muito muito pouco pouco desendesen­ volvida ee,se .se limita mais aa divisao volvida limita aa ampliar ampliar ainda ainda mais divisão natural natural de de trabalho trabalho dada dada na ha familia. família. Por Por conseguinte, conseguinte, aa estruturacao estruturação social social se se limita limita aa estenesten­ der es tribais der aa familia: família: chef chefes tribais patriarcais, patriarcais, abaixo abaixo deles deles os os membros membros cty da/ tribo tribo ee finalmente finalmente os os escravos. escravos. A A escravidao escravidão latente latente na na familia família deseridesen­ volve-se so populacao ee das volve-se só aos aos poucos poucos com com oo crescimento crescimento da da população das necesneces­ sidades sidades 14 14 ee tarnbem também com com aa expansao expansão do do intercambio intercâmbio ,.fVerkehr,.f / V e r k e h r / exteexte­ rior, troca. rior, tanto tanto da da guerra guerra como como oo da da troca. A A segunda segunda forma forma eé aa antiga antiga propriedade propriedade estatal estatal ee comunal, comunal, aa qual qual emerge emerge nomeadamente nomeadamente da da uniao união de de varias várias tribos tribos numa numa cidade cidade mediante mediante contrato contrato ou ou conquista conquista ee na na qual qual subsiste subsiste aa escravidao. escravidão. Ao Ao lado lado da da propro­ priedade mobiliaria ee priedade comunal comunal ja já se se desenvolve desenvolve aa propriedade propriedade privada privada mobiliária mais tambem aa imobiliaria, uma forma mais tarde tarde também imobiliária, mas mas como como uma forma anormal anormal suborsubor­ dinada dinada aà propriedade propriedade comunal. comunal. Apenas Apenas em em sua sua comunidade comunidade eé que que os os cidadaos cidadãos tern têm poder poder sobre sobre os os seus seus trabalhadores trabalhadores escravos, escravos, estando estando ja já por propriedade privada por isso isso ligados ligados aà forma forma da da propriedade propriedade comunal. comunal. E É aa propriedade privada comunal comunal dos dos cidadaos cidadãos ativos, ativos, os os quais, quais, frente frente aos aos escravos, escravos, sao são obrigados obrigados aa permanecer permanecer nesse nesse modo modo natural natural de de associacao. associação. Dai Daí que que toda toda aa estnnura estrutura da da sociedade sociedade baseada baseada nesse nesse modo, modo, ee com com ela ela oo poder poder do do povo, povo, decai decai no no mesmo privada mesmo grau grau em em que que se se desenvolve desenvolve nomeadamente nomeadamente aa propriedade propriedade privada imobiliaria. trabalho ja imobiliária. A A divisao divisão do do trabalho já esta está mais mais desenvolvida. desenvolvida. Ja Já enconencon­ tramos tramos aa oposicao oposição entre entre cidade cidade ee campo, campo, mais mais tarde tarde aa oposicao oposição entre entre Estados Estados que que representam representam os os interesses interesses do do campo campo ee da da cidade cidade e, e, mesmo mesmo dentro dentro das das cidades, cidades, aa oposicao oposição entre entre industria indústria ee cornercio comércio maritime, marítimo. A A relacao relação de de classes classes entre entre cidadaos cidadãos ee escravos escravos ja já esta está inteiramente inteiramente Iormada. formada. O da conquista pareceparece contradizer toda toda essa essa concepcao da da O fato fato da conquista contradizer concepção hist6ria. história. Ate Até agora, agora, Iez-se fez-se da da violencia, violência, da da guerra, guerra, da da pirataria, pirataria, do do assalto, assalto, etc., podemos nos limitar aos etc., aa Iorca força motriz motriz da da historia. história. Aqui Aqui so só podemos nos limitar aos pontos pontos principais mais flagrante, principais ee tomar tom ar por por conseguinte conseguinte s6 só oo exemplo exemplo mais flagrante, aa desdes­ truicao barbaro e, truição de de uma uma civilizacao civilização antiga antiga por por um um povo povo bárbaro e, aa partir partir disso, disso, aa formação formacao de de uma uma nova nova estrutura estrutura da da sociedade sociedade que que comeca começa desde desde oo inicio. início. (Roma (Rom a ee os os barbaros, bárbaros, oo feudalismo feudalismo ee aa Galia, Gália, oo Imperio Império Romano Rom ano Oriental Oriental ee os os turcos.) turcos.) Entre Entre os os pr6prios próprios povos povos barbaros bárbaros conquistadores, conquistadores, aa guerra mencionamos acima, forma reguguerra mesma mesma ainda ainda e, é, como como ja já mencionamos acima, uma uma forma regu­ lar intercambio, explorada maior quanto lar de de intercâmbio, explorada com com um um afa afã tao tão maior quanto mais mais o o aumento tradicional ee rudiaumento da da populacao, população, dado dado oo modo modo de de producao produção tradicional rudi­ mentar possivel para para eles, m entar unicamente unicamente possível eles, cria cria aa necessidade necessidade /,.fBedtirfnis,.f B e d ü rfn is / de novos meios producao. Na Na Itália, Italia, ao de novos meios de de produção. ao contrario, contrário, atraves através da da concenconcen­ tracao propriedade da causada, alern tração da da propriedade da terra terra ((causada, além de de pela pela cornpra compra ee endiviendivi­ damento, tambem ainda, damento, também ainda, pela pela heranca, herança, aà medida medida que, que, dada dada aa dissolucao dissolução 14 "Bedurfnisse", ou seja, "necessidades" no sentido de carencias fundadas na natu14 “Bedürfnisse”, ou seja, “necessidades" no sentido de carências fundadas na natu­ reza humano, bem reza biologica biológica do do ser ser humano, bem como como de de desejos desejos ligados ligados aa etas. elas.

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dos dos costumes costumes ee casamentos casamentos raros, raros, as as velhas velhas linhagens linhagens se se extinguiam extinguiam paulapaula­ tinarnente ee as tinamente as suas suas posses posses passavarn passavam as às maos mãos de de poucos) poucos) ee da da transfertransfor­ macao que era mação das das rnesrnas mesmas em em pastos pastos ((que era causada, causada, alem além de de pelas pelas causas causas economicas econômicas de de costume costume vigentes vigentes ainda ainda hoje, hoje, pela pela importacao importação de de cereals cereais conseguida conseguida atraves através do do saque saque ou ou como como tributo tributo ee dai daí aa consequente conseqüente Ialta falta de de consumidores consumidores para para oo cereal cereal italiano) italiano) aa populacao população livre livre quase quase desadesa­ pareceu, pareceu, os os escravos escravos- sempre sempre voltavarn voltavam aa rnorrer m orrer ee tinham tinham constanconstan­ ternente temente que que ser ser substituidos substituídos por por novos. novos. A A escravidao escravidão perrnanecia permanecia aa base base do producao. Os do conjunto conjunto da da produção. Os plebeus, plebeus, situados situados entre entre hornens homens livres livres ee escravos, escravos, nunca nunca conseguirarn conseguiram ser ser mais mais do do que que proletariado proletariado lumpen lumpen 15• 15. De De maneira maneira geral geral Roma Rom a nunca nunca foi foi alern além de de cidade, cidade, rnantendo mantendo corn com as as provincias províncias uma uma ligacao ligação quase quase que que s6 só politica, política, aa qua! qual naturalrnente naturalmente podia podia ser ser de de novo novo rornpida rompida por por acontecimentos acontecimentos politicos. políticos. Com privada surgem Com oo desenvolvirnento desenvolvimento da da propriedade propriedade privada surgem aqui aqui pripri­ meiro meiro as as rnesrnas mesmas relacoes relações que que reencontraremos reencontraremos na na propriedade propriedade privada privada moderna, moderna, s6 só que que entao então em em escala escala muito muito maior. maior. De De urn um lado, lado, aa confenconcen­ tracao tração da da propriedade propriedade privada, privada, que que comecou começou rnuito muito cedo cedo em em Roma Roma (prova-o (prova-o aa lei lei agraria agrária de de Licinio Licínio 16) 16) ee que que se se processou processou bastante bastante rapidarapida­ mente mente desde desde as as guerras guerras civis civis ee principalrnente principalmente sob sob os os imperadores; imperadores; por por outro tudo isso, outro lado lado ee em em conexao conexão corn com tudo isso, aa transtormacao transform ação dos dos pequenos pequenos camponeses camponeses plebeus plebeus num num proletariado proletariado que, que, dada dada aa sua sua posicao posição intermeinterme­ diaria diária entre entre cidadaos cidadãos proprietaries proprietários ee escravos, escravos, nunca nunca chegou chegou aa um um desendesen­ volvirnento volvimento autonorno. autônomo. A A terceira terceira forma forma eé aa propriedade propriedade feudal feudal ou ou estamental. estamental. Se Se aa AntiAnti­ guidade guidade partia partia da da cidade cidade ee do do seu seu pequeno pequeno territorio, território, aa Idade Idade Media Média partia do partia do campo. cam po. A A populacao população existente, existente, escassa escassa ee dispersamente dispersamente distridistri­ buida buída sobre sobre uma um a vasta vasta area área ee que que nao não sofria sofria nenhurn nenhum grande grande crescimento crescimento devido devido aa conquistadores, conquistadores,, condicionava condicionava esse esse ponto ponto de de partida partida transfortransfor­ mado. mado. Em Em oposicao oposição aà Grecia Grécia ee aà Roma, Roma, oo desenvolvimento desenvolvimento feudal feudal comeca começa portanto portanto sobre sobre um um terreno terreno muito muito rnais mais extenso, extenso, preparado preparado pelas pelas conquisconquis­ tas pela expansao tas romanas romanas ee pela expansão da da agricultura agricultura inicialrnente inicialmente ligada ligada aquelas. àquelas. Os Os ultimos últimos seculos séculos do do Imperio Império Romano Rom ano em em decadencia decadência ee aa conquista conquista pelos pelos barbaros bárbaros destruiram destruíram uma uma massa massa de de torcas forças produtivas; produtivas; aa agricultura agricultura foi foi aa pique, pique, aa industria indústria decaiu decaiu pela pela falta falta de de mercado, mercado, oo comercio comércio estava estava adormecido, adormecido, ou ou violentamente violentamente interrompido, interrompido, aa populacao população urbana urbana ee rural rural Em Em alernao: alemão: "Lumpenproletariat". “Lumpenproletariat”. "Lumpen" “Lumpen” significa significa literalmente literalmente "trapo", “trapo”, "farrapo pano"; nos “farrapo de de pano”; nós oo adotamos adotamos em em portugues português na na expressao expressão acirna acima por por ja já ter ter se se incorporado incorporado ao ao uso uso na na tradicao tradição rnarxista. marxista. 16 16 Segundo Segundo aa lei lei agraria agrária dos dos tribunos tribunos do do povo povo romano romano Licinius Licinius ee Sextius, Sextius, aceita aceita no urn no ano ano de de 367 367 a.C. a.C. como como resultado resultado da da luta luta dos dos plebeus plebeus contra contra os os patricios, patrícios, um cidadao cidadão romano romano nao não podia podia estar estar de de posse posse de de rnais mais de de 500 500 jugera jugera (cerca (cerca de de 125 125 ha) ha) da da propriedade propriedade estatal estatal da da terra terra (ager (ager publicus). publicus). Depois Depois dessa dessa data, data, as as reivindireivindi­ cacoes lhes serern cações de de terras terras por por parte parte dos dos plebeus plebeus foram foram satisfeitas satisfeitas ao ao lhes serem passadas passadas partes feitas em partes das das conquistas conquistas feitas em carnpanhas campanhas militares. militares. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) J5 15

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havia diminuído. Essas Essas relacoes relações existentes existentes .ee o o modo m odo de de organizacao organização da da havia diminuido. conquista feudal conquista por por elas elas condicionado condicionado desenvolveram desenvolveram aa propriedade propriedade feudal sob aa influência da constituicao constituição do do exercito exército germanico. germânico. Tai Tal como como na na sob influencia da propriedade tribal tribal ee comunal, comunal, ela ela se se baseava baseava por sua vez vez numa num a coleticoleti­ propriedade por sua vidade produtora niio vidade frente frente aà qual qual estao estão como como classe classe imediatamente imediatamente produtora não mais os os escravos, escravos, tal tal como como na na antiga, antiga, mas mas os os pequenos pequenos camponeses camponeses mais servos. Simultaneamente Simultaneamente com com aa formacao formação completa completa do do feudalismo, feudalismo, acresacresservos. centa-se posse centa-se ainda ainda aa oposicao oposição as às cidades. cidades. A A estrutura estrutura hierarquica hierárquica da da posse da terra terra ee os os seus seus sequazes sequazes armados, armados, oo que que se se ligava ligava aquela, àquela, davam davam aà da nobreza nobreza oo poder poder sobre sobre os os servos. servos. Tai Tal como como aa antiga antiga propriedade propriedade comunal, comunal, essa estrutura estrutura feudal feudal era era uma uma associacao associação frente frente à classe classe produtora produtora domidomi­ essa nada; so só que que aa forma de associacao associação ee aa relacao relação com com os os produtores produtores nada; forma de imediatos eram imediatos eram diversas, diversas, pois pois havia havia condicoes condições diversas diversas de de producao. produção. Nas cidades, aa propriedade propriedade corporativa, corporativa, aa organizacao organização feudal feudal do do Nas cidades, artesanato posse da artesanato correspondia correspondia à estrutura estrutura feudal feudal da da posse da tetra. terra. Aqui Aqui aa propriedade consistia consistia principalmente principalmente no trabalho de de cada cada indivfduo. indivíduo. A A propriedade no trabalho necessidade da necessidade da associacao associação contra contra aa nobreza nobreza predatoria predatória associada, associada, aa necesneces­ sidade de de mercados mercados publicos públicos 17 17 numa num a epoca época em em que que o o industrial industrial era era ao ao sidade mesmo tempo comerciante, aa crescente crescente concorrencia concorrência dos dos servos servos evadidos evadidos mesmo tempo comerciante, que afluiam afluíam as às cidades cidades pr6speras, prósperas, aa estrutura estrutura feudal feudal de de todo todo oo territorio território que instauraram instauraram as as corporacoes; corporações', o o capital capital pequeno pequeno de de artesaos artesãos isolados, isolados, poupado aos aos poucos, poucos, ee o o número estável deles deles durante durante oo crescimento crescimento poupado mimero estavel demográfico desenvolveram desenvolveram aa relacao relação de de oficiais oficiais ee aprendizes, aprendizes, dando dando demografico origem origem nas nas cidades cidades aa uma uma hierarquia hierarquia semelhante semelhante aà do do campo. campo. Durante principal consistia D urante aa epoca época feudal, feudal, aa propriedade propriedade principal consistia portanto portanto de um um lado lado na na propriedade propriedade da da terra terra com com trabalho trabalho de de servos servos acorrentado acorrentado de aa ela, pequeno dominando ela, de de outro outro oo trabalho trabalho pr6prio próprio com com capital capital pequeno dominando oo trabalho de de oficiais. oficiais. A estrutura de de ambos ambos era era condicionada condicionada pelas pelas relarela­ trabalho A estrutura ) ções de de produção limitadas -— aa cultura cultura diminuta diminuta ee rudimentar rudim entar do do solo solo ~oes producao limitadas indústria artesanal. artesanal. No No florescimento florescimento do do feudalismo feudalismo se se deu deu pouca pouca '\ ee aa indiistria divisão do do trabalho. trabalho. Cada Cada feudo feudo encerrava encerrava aa oposicao oposição entre entre cidade cidade ee I divisiio campo; é claro claro que que aa estruturacao estruturação por por estamentos estamentos era era muito muito acentuada, acentuada, , campo; mas alem além da da separacao separação em em pnncipes, príncipes, nobreza, nobreza, clero clero ee camponeses camponeses no no mas campo ee em em mestres, oficiais, aprendizes aprendizes ee logo também plebe plebe de de diarisdiaris­ campo mestres, oficiais, logo tambern tas nas nas cidades, cidades, nao não se se deu deu nenhuma nenhuma divisao divisão significativa. significativa. Na N a agricultura agricultura tas ela era era dificultada dificultada pela pela cultura cultura parcelada, parcelada, ao ao lado lado da da qual qual emergia emergia aa ela . industria mesmos, na indústria domestica doméstica dos dos camponeses camponeses mesmos, na indiistria indústria o o trabalho trabalho nao não

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11 17 Traduzimos Traduzimos dois dois termos termos diferentes diferentes por por "necessidade": “necessidade” : "Notwendigkeit" “Notwendigkeit” ee "Be“Bediirfnis nota 14). por "rnercado publico", no dürfnis (sobre (sobre este este cf. cf. nota 14). Traduzimos Traduzimos por “mercado público”, no sentido sentido de um um espaco espaço ffsico físico onde onde varios vários produtores produtores e/ou e/ou comerciantes comerciantes poem põem os os seus seus de produtos aà venda, venda, aa expressao expressão "gemeinsarne “gemeinsame Markthallen". Markthallen”. "Markt" “Markt” eé "mercado" “mercado” produtos no sentido sentido amplo, amplo, "Halle" “Halle” designa designa um espaço amplo amplo coberto, coberto, o o adjetivo adjetivo "ge“geno um espaco meinsam” significa "em “em cornum", comum”, tambem também no no sentido sentido de de "comunal" “comunal” ou ou "comu“comu­ meinsam" significa nitário”. nitario".

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era era dividido dividido de de maneira m aneira alguma alguma entre entre os os offcios ofícios isolados isolados ee muito muito pouco pouco abaixo abaixo deles. deles. A A divisao divisão entre entre industria indústria ee comercio comércio era era encontrada encontrada em em cidades cidades mais mais antigas, antigas, se se desenvolveu desenvolveu nas nas novas novas s6 só mais mais tarde, tarde, quando quando as as cidades cidades entraram entraram em em relacao relação urnas umas com com as as outras. outras. Tanto Tanto para para as as cidades cidades quanto quanto para para aa nobreza nobreza fundiaria fundiária oo enfeixaenfeixamento mento de de territ6rios territórios maiores maiores em em reinos reinos feudais feudais era era uma uma necessidade necessidade . ,fBedi.irfnis,f. /'B e d ü r f n is /'. A A organizacao organização da da classe classe dominante, dominante, da da nobreza, nobreza, tinha tinha por por isso isso em em toda toda parte parte um um monarca m onarca aà frente. frente. O O fato fato eé portanto portanto este: este: determinados determinados individuos indivíduos que que sao são ativos ativos produtivamente produtivamente de de modo modo determinado determinado entram entram nessas nessas relacoes relações polfticas políticas ee sociais sociais determinadas. determinadas. Em Em cada cada caso caso singular singular aa observacao observação empi'.rica empírica tern tem que que evidenciar, evidenciar, empiricamente empiricamente ee sem sem qualquer qualquer rnistificacao mistificação ee espeespe­ culacao, culação, aa interconexao interconexão da da estrutura estrutura social social ee politica política com com aa producao. produção. A A estrutura estrutura social social ee o o Estado Estado emergem emergem constantemente constantemente do do processo processo da da vida vida de de indivi'.duos indivíduos determinados; determinados; mas mas desses desses individuos indivíduos nao não como como pospos­ sam ung,f sam aparecer aparecer na na representacao representação ,f /'VVorstell o r s te llu n g /' pr6pria própria ou ou alheia, alheia, ee ~im feim como como sao são efetivamente, efetivam ente, quer quer dizer, dizer, como como atuam, atuam, produzem produzem materialmaterial­ mente, mente, portanto portanto como como sao são ativos ativos sob sob determinados determinados limites, limites, pressupostos pressupostos ee condicoes condições materiais materiais que que independem independem do do seu seu arbftrio arbítrio *. *. '\ A producao das A produção das ideias, idéias, representacoes, representações, da da consciencia consciência esta está de de inicio início | imediatamente imediatamente entrelacada entrelaçada na na atividade atividade material material ee no no intercambio intercâmbio matemate)I rial rial dos dos homens, homens, linguagem linguagem da da vida vida efetiva. efetiva. 0O representar, representar, pensar, pensar, oo I/ intercambio intercâmbio intelectual intelectual dos dos homens homens aparecem aparecem aqui aqui ainda ainda como como afluencia afluência direta do direta do seu seu comportamento com portamento material. material. 0 O mesmo mesmo vale vale para para aa producao produção ,ntelectual intelectual tal tal corno como se se apresenta apresenta na na linguagem linguagem da da politica, política, das das leis, leis, da da ~oral, moral, da da religiao, religião, da da metafisica, metafísica, etc., etc., de de um um povo. povo. Os Os homens homens sao são os os ~rodutores produtores das das suas suas representacoes, representações, ideias, idéias, etc., etc., mas mas os os homens homens efetivos, efetivos, atuantes, âtuantes, ta! tal como como sao são condicionados condicionados por por um um desenvolvimento desenvolvimento determidetermi­ ,nado ado das das suas suas Iorcas forças produtivas produtivas ee do do intercambio intercâmbio correspondente correspondente as às / mesmas, mesmas, ate até as as suas suas tormacoes formações mais mais amplas. amplas. A A consciencia consciência nunca nunca pode pode er outra j ser outra coisa coisa do do que que oo ser ser ,fSein,f //% e \n // consciente, consciente, ee oo ser ser dos dos hornens homens ~

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-"'* [Riscado [R iscado no no manuscrito m anuscrito oo seguinte:] seguinte:]

As A s representacoes representações que que estes estes individuos indivíduos se se fazem fazem sao são representacoes representações ou ou sobre sobre a a relacao relação deles deles com com aa natureza natureza ou ou sobre relacao deles pr6pria constituicao sobre aa relação deles entre entre si, si, ou ou sobre sobre aa própria constituição deles. deles. f'. É iluminador ilum inador que que em em todos todos estes estes casos casos estas estas representacoes representações sao são aa expressao expressão consciente consciente -— efetiva efetiva ou ou ilus6ria ilusória -— das das suas suas relacoes relações ee atuacao atuação efetivas, efetivas, da da sua sua producao, produção, do do seu seu intercambio, intercâm bio, da da sua sua organizacao organização social social ee politica, política. A A suposicao pressupoe ainda suposição oposta oposta s6 só eé possivel possível quando quando se se pressupõe ainda um um espirito espírito aà parte parte fora fora o o espirito espírito dos dos individuos indivíduos efetivos, efetivos, materialmente m aterialm ente condicionados. condicionados. Se Se aa expressao expressão consciente consciente das das relacoes relações efetivas efetivas destes destes individuos indivíduos eé ilus6ria, ilusória, se se em em suas suas representacoes representações colocam colocam aa sua sua realidade realidade efetiva efetiva de de cabeca cabeça para para baixo, baixo, entao então isto isto eé por por sua sua vez vez uma um a conseqiiencia conseqüência do do seu seu modo m odo limitado lim itado de de atuarem atuarem materialmente m aterialm ente ee das das suas suas relacoes relações sociais sociais limitadas lim itadas que que surgern surgem disso. disso.

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oo seu processo efetivo os homens homens ee seu processo efetivo de de vida. vida. Se Se em em toda toda ideologia ideologia os 18, virados de as relacoes aparecem as suas suas relações aparecem como como numa num a camera câmera obscura o b scu ra18, virados de cabeca para baixo, processo histó­ histocabeça para baixo, este este Ienomeno fenômeno decorre decorre tanto tanto do do seu seu processo rico na retina do seu rico de de vida vida quanto quanto aa inversao inversão dos dos objetos objetos na retina decorre decorre do seu ,f / p processoz/ r o c e s s o / imediatamente imediatamente fisico. físico. ~ Inteiramente Inteiramente em oposicao à filosofia desce do em oposição filosofia alema alemã que que desce do ceu céu para para aa terra, terra, aqui para oo ceu, aqui se se sobe sobe da da terra terra para céu. Em Em outras outras palavras, palavras, nao não se se parte tambem niio parte do do que que os os homens homens dizem, dizem, imaginam, imaginam, se se representam, representam, também não de homens ditos, de homens ditos, pensados, pensados, imaginados, imaginados, representados, representados, para para dai daí se se chegar chegar aos parte-se de homens efetivamente ativos ee aos homens homens de de came carne ee osso; osso; parte-se de homens efetivamente ativos aa partir partir do apresentado oo do processo processo efetivo efetivo de de vida vida deles deles é tambem também apresentado desenvolvimento desenvolvimento dos dos reflexos reflexos ideologicos ideológicos ee dos dos ecos ecos desse desse processo processo de de vida. Tambem imagens nebulosas vida. Também as as imagens nebulosas no no cerebro cérebro dos dos homens homens sao são sublisublimacoes necessarias de vida, mações necessárias do do seu seu processo processo material material de vida, empiricamente empiricamente constatavel ee ligado isso aa moral, constatável ligado aa pressupostos pressupostos materiais. materiais. Com Com isso moral, religiao, religião, metaffsica de consciencia metafísica ee qualquer qualquer outra outra ideologia ideologia ee as as formas formas de consciência correscorres­ pondentes pondentes aa elas, elas, nao não mantem mantêm mais mais aa aparencia aparência de de autonomia. autonomia. Nao Não tern têm hist6ria, producao história, nao não tern têm desenvolvimento, desenvolvimento, mas mas desenvolvendo desenvolvendo aa sua sua produção material ee oo seu os homens homens mudam, com esta material seu intercambio intercâmbio material material os mudam, com esta sua sua realidade efetiva, pensamento ee os os produtos produtos do pensarealidade efetiva, tambem também oo seu seu pensamento do seu seu pensa­ mento. Nao determina aa vida, mas aa vida mento. Não aa consciencia consciência determina vida, mas vida determina determina aa consciencia. primeiro modo modo de da consciencia consciência. No No primeiro de consideracao consideração parte-se parte-se da consciência como individuo vivo, no segundo, como oo indivíduo vivo, no segundo, que que corresponde corresponde aà vida vida efetiva, efetiva, parte-se parte-se dos dos individuos indivíduos vivos vivos efetivos efetivos ee considera-se considera-se aa consciencia consciência apenas apenas como deles. como aa consciencia consciência deles. Esse modo pressupostos. Parte dos pres­ presEsse modo de de consideracao consideração nao não eé sem sem pressupostos. Parte dos supostos nao os supostos efetivos, efetivos, não os abandona abandona um um instaote instante sequer. sequer. Os Os seus seus pressupressu­ postos postos sao são os os homens homens em em seu seu processo processo de de desenvolvimento desenvolvimento efetivo, efetivo, empiempi­ ricamente nao os ricamente intuivel intuível ee sob sob condicoes condições determinadas, determinadas, ee não os homens homens fechafecha­ dos fixados em este processo processo ativo dos em em si si ee fixados em alguma alguma fantasia. fantasia. Tao Tão logo logo este ativo da da vida de ser umaa coleção colecao de vida seja seja apresentado, apresentado, aa hist6ria história deixa deixa de ser um de fatos fatos rnortos, mesmo entre uma mortos, tal tal como como ainda ainda o o eé mesmo entre os os empiristas empiristas abstratos, abstratos, ou ou uma ac;iio os idealistas. ação imaginaria imaginária de de sujeitos sujeitos imaginaries, imaginários, como como entre entre os idealistas. La na vida Lá onde onde termina term ina aa especulacao, especulação, na vida efetiva, efetiva, ai aí comeca começa portanto portanto aa ciencia exercicio pratico, ciência positiva, positiva, efetiva. efetiva, aa exposicao exposição do do exercício prático, do do processo processo pratico de Cessam as as frases prático de desenvolvimento desenvolvimento dos dos homens. homens. Cessam frases da da consciencia, consciência, lugar tern por saber efetivo. A filosofia autônoma autonoma oo seu seu lugar tem que que ser ser ocupado ocupado por saber efetivo. A filosofia perde oo seu medium de efetiva. perde seu medium de existencia existência com com aa exposicao exposição da da realidade realidade efetiva. Na pode dar resumo dos Na melhor melhor das das hipoteses hipóteses ela ela pode dar lugar lugar aa um um resumo dos resultados resultados

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18 Designacao Designação de de uma uma caixa caixa aà prova prova de de luz luz dotada dotada de de um um pequeno pequeno orificio orifício atraves através do entram raios projetam, na do qua! qual entram raios luminosos luminosos que que projetam, na parede parede oposta oposta ao ao mesmo, mesmo, aa figura invertida de objetos colocados Ao figura invertida de objetos colocados diante diante do do dito dito orificio. orifício. A o que que tudo tudo indica indica foi construida por Leonardo Leonardo da foi construída pela pela primeira primeira vez vez por da Vinci. Vinci.

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mais mais gerais gerais que que se se deixam deixam abstrair abstrair da da consideracao consideração do do desenvolvimento desenvolvimento historico nao tern histórico dos dos homens. homens. Estas Estas abstracoes abstrações não têm de de maneira maneira alguma alguma valor valor por por si, si, separadas separadas da da hist6ria história efetiva. efetiva. Elas Elas apenas apenas podem podem servir servir para para facilitar historico, para facilitar aa ordenacao ordenação do do material material histórico, para indicar indicar aa seqilencia seqüência dos Mas de maneira alguma dos seus seus estratos estratos isolados. isolados. Mas de maneira alguma dao, dão, assim assim como como aa filosofia, uma uma receita filosofia, receita ou ou esquema esquema segundo segundo o o qua! qual as as epocas épocas historicas históricas possam possam ser ser ajustadas. ajustadas. Ao Ao contrario, contrário, aa dificuldade dificuldade primeiro primeiro corneca começa onde onde ;J / / alguem;J a lg u é m / inicia inieia aa consideracao consideração ee ordenacao ordenação do do material, material, seja seja de de uma uma epoca época passada passada ou ou do do presente, presente, aa exposicao exposição efetiva. efetiva. A A eliminacao eliminação destas destas dificuldades dificuldades esta está condicionada condicionada por por pressupostos pressupostos que que de de modo modo algum algum podem ser podem ser dados dados aqui, aqui, mas mas que que resultam resultam primeiro primeiro do do estudo estudo do do processo processo efetivo efetivo de de vida vida ee da da acao açãó dos dos individuos indivíduos de de cada cada epoca. época. Recortamos Recortamos aqui aqui algumas frente aà ideologia, ideologia, ee as algumas destas destas abstracoes abstrações que que usarnos usamos frente as elucidaelucida­ remos em historicos. remos em exemplos exemplos históricos. [1. [1.]J

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Hist6ria História

Entre pressupostos temos Entre os os alemaes alemães desprovidos desprovidos de de pressupostos temos que que comecar começar constatando pressuposto de constatando o o primeiro primeiro pressuposto de toda toda existencia existência humana hum ana ee portanto portanto tarnbem também de de toda toda historia, história, aa saber, saber, oo pressuposto pressuposto de de que que os os homens homens prepre­ cisam para poderem historia" *. cisam estar estar em em condicoes condições de de viver viver para poderem "Iazer “fazer história” *. Mas Mas para rnais nada morar, para viver viver eé preciso preciso antes antes de de mais nada comer comer ee beber, beber, m orar, vestir, vestir, ee ainda hist6rico eé portanto ainda algumas algumas coisas coisas mais. mais. 0 O primeiro primeiro ato ato histórico portanto engenengen­ drar drar os os meios meios para para aa satisfacao satisfação dessas dessas necessidades, necessidades, produzir produzir aa vida vida material mesma, ee isto isto eé um material mesma, um ato ato historico, histórico, uma uma condicao condição basica básica de de toda toda aa hist6ria que ainda preenchida aa história que ainda hoje, hoje, como como ha há rnilenios, milênios, precisa precisa ser ser preenchida cada tao-somente para cada dia dia ee aa cada cada hora hora tão-somente para manter manter os os homens homens vivos. vivos. Mesmo Mesmo 9, esta quando quando aa sensorialidade, sensorialidade, como como em em Sao São Bruno Bruno 11!), está reduzida reduzida aa um um bastao, ao bastão, ao minima, mínimo, ela ela pressupoe pressupõe aa atividade atividade de de producao produção deste deste bastao. bastão. Em toda toda concepcao Em concepção hist6rica, histórica, portanto, portanto, aa primeira primeira coisa coisa eé observar observar esse esse fato fato fundamental fundamental em em todo todo oo seu seu significado significado ee em em toda toda aa sua sua extensao extensão I ee coloca-lo colocá-lo onde onde de de direito. direito. Os Os alemaes, alemães, como como se se sabe, sabe, nunca nunca fizerarn fizeram { isso, tiverarn urna base terrena isso, por por conseguinte conseguinte nunca nunca tiveram uma base terrena para para aa hist6ria história ee , conseqiientemente nunca tiveram conseqüentemente nunca tiveram um um historiador. historiador. Embora Em bora tambem também tomastomas­ ; sem ente unilateral sem de de maneira maneira altam altamente unilateral aa interconexao interconexão deste deste fato fato com com aa assim assim chamada chamada hist6ria, história, principalmente principalmente enquanto enquanto estavarn estavam presos presos aà ideoloideolo­ gia politica, os fizeram as gia política, os franceses franceses ee os os ingleses ingleses ainda ainda assim assim fizeram as primeiras primeiras

** [Nota (N o ta marginal marginal de de Marx:) M arx:] Hegel. H egel. Relacoes R elações geologicas, geológicas, hidrograficas, hidrográficas, etc. etc. Os Os corpos corpos humanos. hum anos. Necessidade N ecessidade ;JBedi.irfnis;J, / B e d ü r f n i s / , trabalho. trabalho. 19 19 Referencia Referência

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ironica 1809-1882), teologo irônica aa Bruno Bruno Bauer Bauer ((1809-1882), teólogo que que foi foi aluno aluno ee que, mestre, exerceu que, com com base base nos nos ensinarnentos ensinamentos do do seu seu mestre, exerceu aguda aguda critica crítica pretacoes vigenres da hisroricamente pretações vigentes da Biblia. Bíblia, tentando tentando ver ver historicam ente o o fenomeno fenôm eno tianisrno. tianismo.

de de Hegel Hegel às interinter­ do do eriscris­

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tentativas tentativas para para dar dar uma uma base base materialista m aterialista aà historiografia historiografia ao ao serem serem os os primeiros primeiros aa escrever escrever hist6rias histórias da da sociedade sociedade burguesa burguesa 20, 20, do do comercio comércio ee da da industria. indústria. , Em Em segundo segundo lugar, lugar, aa primeira primeira necessidade necessidade satisteita, satisfeita, aa ac;ao ação da da satisfasatisfa­ ção e o instrumento instrumento da satistacao satisfação ja já adquirido adquirido levam levam a novas necessidades 1 ') c;ao necessidades -— ee esse esse engendramento engendramento de de novas novas necessidades necessidades eé o o primeiro primeiro ato ato hist6histó­ rico. Mas ja se mente eé filha rico. Mas aqui aqui já se patenteia patenteia de de imediato imediato de de que que mente filha aa grande grande sabedoria lhes falta sabedoria hist6rica histórica dos dos alemaes alemães que, que, onde onde lhes falta oo material material positivo positivo ee onde nao se onde não se debatem debatem absurdos absurdos teol6gicos teológicos nem nem politicos políticos nem nem literarios, literários, '\ nao não deixam deixam acontecer acontecer hist6ria história alguma, alguma, mas mas oo "tempo “tempo pre-historico", pré-histórico”, sem sem no no entanto entanto nos nos esclarecerem esclarecerem como como se se passa passa desse desse absurdo absurdo da da "pre“pré-hist6ria" -história” aà hist6ria história propriamente propriamente -— embora, embora, por por outro outro lado, lado, aa sua sua especulacao especulação hist6rica histórica se se atire atire de de maneira m aneira bastante bastante particular particular sobre sobre esta esta "pre-historia" “pré-história” porque porque acreditam acreditam estar estar ai aí seguros seguros ante ante aa ingerencia ingerência do do "Iato podem soltar “fato bruto" bruto” e, e, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, porque porque ai aí podem soltar as as redeas rédeas dos dos seus seus impulsos impulsos especulativos, especulativos, engendrando engendrando ee derrubando derrubando hip6teses hipóteses aos aos mil hares. milhares. A terceira terceira circunstância circunstancia ,..fVerhaltnis,..f, que ja antemao entra \ A //V e rh ã ltn is //, o o que já de de antemão entra no no desenvolvimento desenvolvimento historico, histórico, eé aa de de que que os os seres seres humanos humanos 21 21 que que renoreno­ 1 ) vam vam aa sua sua pr6pria própria vida vida diariamente diariamente comecam começam aa fazer fazer outros outros seres seres humahum a­ nos, nos, isto isto e, é, aa se se reproduzirem reproduzirem -— aa relacao relação entre entre homem homem ee mulher, mulher, pais pais I e Essa famflia, no comeco e filhos, filhos, aa [amilia. família. Essa família, que que no começo eé aa unica única relacao relação social, social, \ torna-se mais tarde, torna-se mais tarde, onde onde o o crescimento crescimento das das necessidades necessidades ,..fBedilrfnisse,..f /'B e d ü rfn is s e /' engendra engendra novas novas relacoes relações sociais sociais ee oo crescimento crescimento populacional populacional novas novas necessidades, exceto na ha) ee tem tern en tao necessidades, uma uma relacao relação subordinada subordinada ((exceto na Aleman Alem anha) então , que que ser ser tratada tratada ee desenvolvida desenvolvida segundo segundo os os dados dados empiricos empíricos existentes existentes ee ! nao Alemanão segundo segundo oo "conceito “conceito de de Iamilia", família” , como como se se costuma costuma fazer fazer na na Alerria'1. nha nha *. *. De De resto, resto, esses esses tres três aspectos aspectos da da atividade atividade social social nao não devem devem ser ser

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•* Construcao C onstrução de de casas. casas. Entre Entre os os selvagens selvagens compreende-se com preende-se por por si si mesmo m esm o que que cada cada famflia fam ília tenha tenha aa sua sua pr6pria própria caverna caverna ou ou choupana, choupana, assim assim como co m o entre entre os tern um umaa tenda os nomades nôm ades cada cada familia fam ília tem tenda separada. separada. Esta Esta economia econ om ia domestica dom éstica separada tornada ainda separada s6 só eé tornada ainda mais mais necessaria necessária pelo pelo desenvolvimento desenvolvim ento ulterior ulterior da da propriedade propriedade privada. privada. Entre Entre os os povos p ovos agricolas agrícolas aa economia econ om ia domestica dom éstica em em comum A edificacao com um eé tao tão irnpossivel im possível quanto quanto o o cultivo cultivo em em comum com um do do solo. solo. A edificação de um graode de cidades cidades foi foi um grande progresso. progresso. Em Em todos todos os os periodos períodos ate até agora, agora, concon ­ tudo, aa superacao superação ,..f / / Aufhebung,..f A u fh c b u n g ,/ da da economia econ om ia separada, separada, que que nao não deve deve ser ser tudo, separada separada da da superacao superação da da propriedade propriedade privada, privada, era era imposslvel im possível ja já porque porque as as condicoes A instituicao condições materiais materiais para para tanto tanto nao não estavam estavam presentes. presentes. A instituição de de uma uma economia econ om ia dornestica dom éstica em em comum com um pressupoe pressupõe o o desenvolvimento desenvolvim ento da da maquimaqui20 "Burgerliche “Bürgerliche Gesellschaft" Gesellschaft” tarnbem também significa significa "sociedade “sociedade civil''. civil”. Ate traduzimos "Mensch" Até agora agora sempre sempre traduzimos “Mensch” por por "hornem" “homem” no no sentido sentido de de "indivlduo “indivíduo pertencente pertencente à especie espécie humana". humana”. Mas Mas no no curso curso deste deste paragrafo, parágrafo, ee s6 só deste, deste, o o traduziremos humane" para traduziremos por por "ser “ser humano” para diferenciar diferenciar de de "Mann", “Mann”, "homem", “homem”, no no sentido sentido de de "individuo “indivíduo da da especie espécie humana humana pertencente pertencente ao ao sexo sexo masculine". masculino”. 21 21

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tomados tao-somente como tres aspectomados como como tres três estagios estágios diferentes, diferentes, mas mas tão-somente como três aspec­ tos tos ou, ou, escrevendo escrevendo claro claro para para os os alemaes, alemães, como como tres três "mementos" “momentos” que que existiram existiram simultaneamente simultaneamente desde desde oo inicio início da da hist6ria história ee desde desde os os primeiros primeiros homens, Iazendo-se valer homens, fazendo-se valer ainda ainda hoje hoje na na hist6ria. história. ,;..A producao pelo trabalho produção da da vida, vida, tanto tanto da da pr6pria própria pelo trabalho quanto quanto da da , alheia alheia pela pela procriacao, procriação, aparece aparece agora agora ja já de de imediato imediato como como uma uma relacao relação ij dupla de um relacao dupla -— de um !ado lado como como relacao relação natural, natural, de de outro outro como como relação /, social social -, — , social social no no sentido sentido de de que que com com isto isto se se entende entende aa cooperacao cooperação de de importando sob / varies vários individuos, indivíduos, nao não importando sob que que condicoes, condições, de de que que modo modo ee / // ., para finalidade. Depreende-se para que que finalidade. Depreende-se disto disto que que um um determinado determinado modo modo de de \í producao industrial esta determinado produção ou ou estagio estágio industrial está sempre sempre unido unido aa um um determinado modo modo de de cooperacao cooperação ou ou estagio estágio social, social, este este modo modo de de cooperacao cooperação sendo sendo ele mesmo uma produtiva", j'/d depreende-se ele mesmo uma "forca “força produtiva”, e p r e e n d e - s j'e / que que aa quantidade quantidade das forcas produtivas produtivas acessiveis das forças acessíveis aos aos homens homens condiciona condiciona oo estado estado social social precisa ser / ee que que portanto portanto aa "historia “história da da humanidade" hum anidade” precisa ser trabalhada trabalhadá ee I estudada historia da troca. Mas Mas estudada sempre sempre em em conexao conexão com com aa história da industria indústria ee da da troca, historia na / tambem também esta está claro claro como como ée impossivel impossível escrever escrever tal tal história na Alemanaa, Alemanha, pois faltam aos nao apenas pois para para tanto tanto faltam aos alemaes alemães não apenas aa capacidade capacidade de de concepcao concepção fj ee oo material, nao se material, mas mas tambem também aa "certeza “certeza sensorial", sensorial”, ee alern além do do Reno Reno não se ij pode pode fazer fazer experiencia experiência alguma alguma sobre sobre estas estas coisas coisas porque porque la lá nao não transtrans\\ corre corre mais mais hist6ria história alguma. alguma. Ja Já de de antemao antemão mostra-se mostra-se portanto portanto uma uma \ interconexao interconexão materialista materialista dos dos homens homens entre entre si, si, condicionada condicionada pelas pelas nenei?('r cessidades cessidades j'Bedtirfnissej' / B e d ü r f n i s s e / ee pelo pelo modo modo de de producao produção ee sendo sendo tao tão velha velha 0 quanto homens mesmos " ,1 quanto os os homens mesmos -— uma uma interconexao interconexão que que assume assume sempre sempre formas t formas novas novas ee que que portanto portanto oferece oferece uma uma "historia", “história”, tambem também sem sem que que .; exista ou religiosa religiosa que exista qualquer qualquer besteira besteira politica política ou que ainda ainda mantenha m antenha suplesuple,- '' mentarmente mentarmente unidos unidos os os homens. homens. Somente Somente agora, agora, depois depois de de ja já termos termos observado observado quatro quatro momentos, momentos, quatro atro aspectos aspectos das das relacoes relações sociais sociais originarias, originárias, achamos achamos que que oo homem homem t:' ), tambem Mas tambem nbém tern tem "consciencia" “consciência” •. *. Mas também isso isso nao não de de antemao, antemão, como como consciencia nsciência "pura". “pura” . 0 O "espirito" “espírito” tern tem em em si si de de antemao antemão aa maldicao maldição de de serr "atetado" “afetado” pela pela rnateria, matéria, que que aqui aqui se se faz faz presente presente na na forma forma de de camadas camadas

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' naria, forcas naturais naturais ee de naria, da da utilizacao utilização das das forças de muitas m uitas outras outras forcas forças produtivas produtivas -— por por exemplo, vapor, exem plo, de de aquedutos, aquedutos, da da iluminacao ilum inação aa gas, gás, da da calefacao calefação aa vapor, etc., etc., superacao superação [da [da oposicao] oposição] de de cidade cidade ee campo, cam po. Sem Sem estas estas condicoes, con d ições, aa economia nlio seria econom ia em em comum com um não seria ela ela mesma m esm a uma um a nova n ova forca força de de producao, produção, ou ou seja, seja, seria seria um um mero m ero capricho capricho ee s6 só levaria levaria aa uma um a economia econ om ia de de convento. convento. -— 0O que que era era possivel possível patenteia-se patenteia-se na na congregacao congregação em em cidades cidades ee na na edified ifi­ cacao para fins cação de de casas casas comunais com unais para fins determinados determ inados singulares singulares (prisoes, (prisões, casernas, casernas, etc.). e tc .). Cornpreende-se C om preende-se por por si si que que aa superacao superação da da economia econ om ia separada separada nao não deve deve ser ser separada separada da da superacao superação da da familia. fam ília. *" Os Os homens hom ens tern têm hist6ria história porque porque tern têm que que produzir p ro d u zir aa sua sua vida, vida, ee aa tern tem que que .f / p produzirj' r o d u z i r / de de modo m odo determinado: determ inado', isto isto esta está dado dado por por sua sua organizacao organização fisica; da mesma física; da m esm a maneira m aneira que que aa sua sua consciencia. consciência.

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de movimento, de de ar ar em em movimento, de sons, sons, em em suma suma de de linguagem. linguagem. A A linguagem linguagem eé tao tão velha velha quanto quanto aa consciencia consciência -— aa linguagem linguagem eé aa consciencia consciência efetiva, efetiva, pratica para outros portanto tambem prática tambem também existente existente para outros homens, homens, portanto também existente existente primeiro primeiro para para mim mim mesmo, mesmo, ee assim assim como como aa consciencia consciência aa linguagem linguagem surge nccessidade ,,fBediirfnis,,f, surge somente somente da da necessidade /'B e d ü r f n is /', da da emergencia emergência de de interinter­ cambio relacao la câmbio com com outros outros homens homens *. *. Onde Onde existe existe uma uma relação lá ela ela existe existe para para mim; mim; o o animal animal "se “se comporta" com porta” 22 22 perante perante nada nada ee de de maneira m aneira alguma. alguma. Para relacao com Para oo animal animal aa sua sua relação com outros outros nao não existe existe como como relacao. relação. Ja Já de portanto, aa consciencia um produto produto social de antemao, antemão, portanto, consciência eé um social ee assim assim continua continua enquanto enquanto em em geral geral existirem existirem homens. homens. Naturalmente Naturalm ente aa consciencia consciência eé pripri­ meiro meiro mera mera consciencia consciência sobre sobre oo meio meio circundante circundante sensorial sensorial mais mais proximo próxim o ee consciencia consciência da da interconexao interconexão limitada limitada com com outras outras pessoas pessoas ee coisas coisas fora fora do torna consciente; do individuo indivíduo que que se se torna consciente; eé ao ao mesmo mesmo tempo tempo consciencia consciência da da natureza, que um poder natureza, que de de inicio início se se coloca coloca frente frente aos aos homens homens como como um poder inteiramente inteiramente alheio, alheio, onipotente onipotente ee inatingivel, inatingível, perante perante oo qual qual os os homens homens se puramente animal, se comportam comportam de de maneira m aneira puramente animal, pelo pelo qual qual se se deixam deixam imim­ pressionar portanto uma pressionar tal tal como como os os animais; animais; eé portanto uma consciencia consciência puramente puramente animal religiao da animal da da natureza natureza ((religião da natureza). natureza). De De imediato imediato se se ve vê entao então que que esta esta religiao religião da da natureza natureza ou ou este este comcom­ portamento natureza esta portam ento determinado determinado perante perante aa natureza está condicionado condicionado pela pela forma forma da da sociedade sociedade ee vice-versa. vice-versa. Aqui, Aqui, como como em em toda toda parte, parte, aa identidade identidade entre entre natureza natureza ee homem homem tambem também surge surge de de maneira m aneira tal tal que que oo comportamento comportamento limitado homens perante perante aa natureza limitado dos dos homens natureza condiciona condiciona oo seu seu comportamento comportamento limitado limitado limitado uns uns para para . com com os os outros, outros, ee que que oo seu seu comportamento com portamento limitado uns uns para para com com os os outros outros condiciona condiciona o o seu seu comportamento comportamento limitado limitado peranperan­ te te aa natureza natureza precisamente precisamente porque porque aa natureza natureza ainda ainda esta está muito muito pouco pouco modificada historicamente, ee de modificada historicamente, de outro outro lado lado aa consciencia consciência da da necessidade necessidade ,,fNotwendigkeit,,f //N o tw en d ig k eit// de de entrar entrar em em contato contato com com os os individuos indivíduos circundantes circundantes ,,f / / ée,,f // o o inicio início da da consciencia consciência de de que que ele ele vive vive de de maneira m aneira geral geral numa numa sociedade. mesma nesse sociedade. Esse Esse inicio início eé tao tão animal animal quanto quanto aa vida vida social social mesma nesse estagio, mera estágio, sendo sendo m era consciencia consciência gregaria, gregária, ee aqui aqui oo homem homem se se distingue distingue do nele oo lugar do carneiro carneiro s6 só pelo pelo fato fato de de aa consciencia consciência tomar tom ar nele lugar do do instinto instinto ou pelo de um ,,finstinto,,f ou pelo de o o seu seu instinto instinto ser ser um ^ i n s t in t o ,/ consciente. consciente. Esta Esta consciencia consciência tribal tribal ou ou carneiral carneiral recebe recebe o o seu seu desenvolvimento desenvolvimento ee formacao formação posterior posterior atraves necessidades ee do através da da crescente crescente produtividade, produtividade, do do aumento aumento das das necessidades do crescimento crescimento populacional populacional subjacente subjacente aa ambos. ambos. Com Com isso isso desenvolve-se desenvolve-se aa divisao sua origem mais era divisão do do trabalho, trabalho, que que em em sua origem nada nada mais era do do que que aa *• [Riscado [R iscado no no manuscrito m anuscrito o o seguinte:] seguinte:] Minha M inha relacao relação com com o o meu m eu meio m eio circir­ cundante cundante eé minha m inha consciencia. consciência. 22 22 0 O verbo verbo "sich “sich verhalten verhalten zu" zu” pode pode ser ser traduzido traduzido por por "ter “ter aa atitude atitude diante diante de" de”

no no duplo duplo sentido sentido de de "relacionar-se “relacionar-se com" com” ee de de "cornportar-se “comportar-se perante". perante”, f'. é cognate cognato dos dos substantives substantivos "Verhalten" “Verhalten” ::::: = "comportamento" “comportamento” ee "Verhaltnis" “Verháltnis” :::: = "relacao" “relação” (no tecnico marxista). marxista). (no sentido sentido técnico

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divisao divisão do do trabalho trabalho no no coito, coito, depois depois divisao divisão do do trabalho trabalho que que se se faz faz espontanea espontânea ou ou "naturalmente" “naturalm ente” em em virtude virtude da da disposicao disposição natural natural (por (por exemplo, Iorca força física), das necessidades, necessidades, dos dos acasos, acasos, etc., etc., etc. etc. A A divisao divisão exemplo, fisica), das do trabalho trabalho so só se torna efetivamente efetivamente divisao divisão aa partir partir do do instante instante em em que que do se torna se instaura instaura uma divisão do do trabalho trabalho material do intelectual intelectual *. *. A A partir partir "'' se uma divisao material ee do .I desse instante instante aa consciencia consciência pode efetivamente efetivamente imaginar imaginar que que é algo algo outro outro <. desse do que a consciencia da pratica existente, j'pode iJDaginarj' ejetivado que a consciência da prática existente, / p o d e im a g in a r/ efetiva­ 0 ,( mente partir desse m ente representar representar algo algo sern sem representar representar algo algo efetivo efetivo -— aa partir desse 0 ~ instante instante aa consciencia consciência esta está em em condicoes condições de de se se emancipar emancipar do do mundo mundo ee I , passar passar aà tormacao formação da da "pura" “pura” teoria, teoria, teologia, teologia, filosofia, filosofia, moral, moral, etc. etc. Mas Mas .: t. mesmo mesmo quando quando essa essa teoria, teoria, teologia, teologia, filosofia, filosofia, moral, moral, etc., etc., entram entram em em contradição com com as as relações existentes, isso só pode pode acontecer acontecer pelo pelo fato fato contradicao relacoes existentes, isso s6 de de que que as as relacoes relações sociais sociais existentes existentes entraram entraram em em contradicao contradição com com aa Iorca força de tambem acontecer nurn de producao produção existente existente -— oo que que de de resto resto pode pode também acontecer num (, determinado circulo círculo nacional nacional de de relações pelo fato fato de de aa contradicao contradição determinado relacoes pelo se instalar não nao neste se instalar neste ambito âmbito nacional, nacional, mas mas entre entre esta esta consciencia consciência nacional nacional das outras outras nações isto e, é, entre entre aa consciencia consciência nacional nacional ee ee aa práxis praxis das nacoes ***, *, isto consciência universal universal de de uma uma nacao. nação. aa consciencia No mais, mais, eé inteiramente indiferente oo que No inteiramente indiferente que aa consciencia consciência enceta enceta sozinha; de de toda essa porcaria porcaria nos nós s6 só recebemos recebemos oo resultado resultado de de que que esses esses sozinha; toda essa Ires momentos, três momentos, aa forca força de de producao, produção, oo estado estado social social ee aa consciencia, consciência, podem podem ee tern têm que que entrar entrar em em contradicao contradição uns uns com com os os outros outros porque porque com com aa divisiio divisão do do trabalho trabalho esta está dada dada aa possibilidade, possibilidade, ate até mesmo mesmo aa realidade realidade efetiva, efetiva, de de que que aa atividade atividade intelectual intelectual ee material material -— de de que que aa fruicao fruição ee oo '' trabalho, trabalho, producao produção ee o o consumo, consumo, tocam tocam aa individuos indivíduos diferentes, diferentes, aa possibilidade de de que que nao não entrem entrem em em contradicao contradição jazendo jazendo s6 só no fato de de possibilidade no fato ser por ser de de novo novo superada superada aa divisao divisão do do trabalho. trabalho. De De resto, resto, cornpreende-se compreende-se por que os os "fantasrnas", “fantasmas”, "vinculos", “vínculos”, "essencia “essência superior", superior”, "conceito", “conceito”, "es“es­ sisi que crúpulo”, nada mais sao são do do que que aa expressao expressão intelectual intelectual idealista, idealista, aa reprerepre­ . crupulo", nada mais sentação aparentemente aparentemente do do indivfduo indivíduo isolado, isolado, aa representacao representação de de barreiras barreiras sentacao cadeias bastante bastante empfricas empíricas dentro dentro das das quais quais se se rnovimenta movimenta oo modo de ee cadeias modo de producao da produção da vida vida ee aa forma forma de de intercambio intercâmbio ligada ligada aa ele. ele. Com Com aa divisao divisão do do trabalho, trabalho, na na qual qual estao estão dadas dadas todas todas essas essas contracontra­ dições ee que que por por sua sua vez vez repousa repousa na divisão natural natural do do trabalho trabalho na na dicoes na divisao famflia família ee na na separacao separação da da sociedade sociedade em em familias famílias isoladas isoladas contrapostas contrapostas umas as às outras, outras, tambern também esta está dada dada ao ao mesmo mesmo tempo tempo aa reparticao, repartição, ee prepre­ umas cisamente cisamente aa reparticao repartição desigual, desigual, tanto tanto quantitativa quantitativa quanto quanto qualitativa, qualitativa, do do trabalho dos seus seus produtos, produtos, aa propriedade propriedade ja já tendo tendo portanto portanto o o seu seu trabalho ee dos gérmen, aa sua sua prirneira primeira forma forma na na famflia, família, onde onde aa mulher mulher ee as as criancas crianças germen, são escravos escravos do do homem. homem. A escravidão latente latente na na família, claro que que ainda ainda sao A escravidao familia, claro muito resto ja muito rudimentar, rudimentar, eé aa primeira primeira propriedade, propriedade, de de resto já correspondendo correspondendo \

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[N ota marginal de Marx:] M arx:] Primeira Primeira forma form a dos dos ideologos, ideólogos, padres, padres, coincide. coincide. ** [Nota marginal de "* ** [Nora [N ota marginal marginal de de M Marx:] arx.] Religiao. R eligião. Os Os alemaes alem ães com com aa ideologia ideologia como com o tal. tal.

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aqui qual aqui inteiramente inteiramente àa definicao definição dos dos economistas economistas modernos, modernos, segundo segundo aa qual

Ja

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propriedadeJ de trabalho //& p ro p rie d ad e^ é aa disposicao disposição sobre sobre torca força de trabalho alheia. alheia. No No

mais, propriedade privada expressoes identicas mais, divisao divisão do do trabalho trabalho ee propriedade privada sao são expressões idênticas - num numaa se que na outra se enuncia — se enuncia enuncia com com referencia referência àa atividade atividade o o que na outra se enuncia com referencia ao produto da com referência ao produto da atividade. atividade. Alern disso, divisao do esta dada Além disso, com com aa divisão do trabalho trabalho está dada ao ao mesmo mesmo tempo tempo aa contradicao ou da da familia contradição entre entre oo interesse interesse do do individuo indivíduo singular singular ou família singusingu­ lar os individuos lar ee o o interesse interesse comunitario comunitário de de todos todos os indivíduos que que mantem mantêm interinter­ cambio si; e, e, claro, interesse comunitario câmbio entre entre si; claro, esse esse interesse comunitário existe existe nao não apenas apenas na representacao, como realidade efetiva na representação, como "universal", “universal”, mas mas primeiro primeiro na na realidade efetiva como como dependencia dependência mutua mútua dos dos indivfduos indivíduos entre entre os os quais quais o o trabalho trabalho esta está dividido. E finalmente oferece logo dividido. E finalmente aa divisao divisão do do trabalho trabalho nos nos oferece logo o o primeiro primeiro exemplo homens se encontram na sociedade natural, exemplo de de que, que, enquanto enquanto os os homens se encontram na sociedade natural, enquanto pois existe entre oo interesse comum ee oo privado, porenquanto pois existe aa cisao cisão entre interesse comum privado, por­ tanto enquanto esta dividida mas sim tanto enquanto aa atividade atividade nao não está dividida voluntariamente voluntariamente mas sim naturalmente, torna um poder alheio naturalmente, oo proprio próprio ato ato do do homem homem se se lhe lhe torna um poder alheio que inves de domina-lo, Pois Pois que esta está frente frente aa ele, ele, que que o o subjuga subjuga ao ao invés de ele ele dominá-lo. assim dividido, cada assim que que o o trabalho trabalho corneca começa aa ser ser dividido, cada um um tern tem uma uma esfera esfera de de atividade atividade exclusiva exclusiva ee determinada determinada que que lhe lhe ée impingida impingida ee da da qual qual nao não pode fugir; ou pastor pode fugir; ele ele eé cacador, caçador, pescador pescador ou pastor ou ou critico crítico critico crítico Jkritischer /'k ritisc h e r KritikerJ nao quiser quiser perder perder os meios K ritik e r^ ee tern tem que que continuar continuar aa se-lo sê-lo se se não os meios para viver viver — - ao onde ninguem tern para ao passo passo que que na na sociedade sociedade comunista, comunista, onde ninguém tem uma atividade exclusiva, pode se em qualquer quaJquer uma esfera esfera de de atividade exclusiva, mas mas pode se treinar treinar em ramo de regula aa producao ramo de seu seu agrado, agrado, aa sociedade sociedade regula produção geral geral ee me me torna torna com fazer hoje hoje isso, de m manha com isso isso possivel possível fazer isso, arnanha am anhã aquilo, aquilo, de anhã cacar, caçar, de de tarde pescar, aà noite do rebanho, depois da critica tarde pescar, noite cuidar cuidar do rebanho, depois da refeicao refeição fazer fazer crítica como jamais me pastor como me me aprouver, aprouver, sem sem jamais me tornar tornar cacador, caçador, pescador, pescador, pastor ou atividade social, do nosso ou critico. crítico. Essa Essa fixacao fixação da da atividade social, essa essa consolidacao consolidação do nosso proprio produto num poder poder coisal n6s que do nosso conpróprio produto num coisal sobre sobre nós que escapa escapa do nosso con­ trole, que que aniquila os nossos nossos cál­ caltrole, que contraria contraria as as nossas nossas expectativas, expectativas, que aniquila os culos, principais no no desenvolvimento histoculos, eé ate até hoje hoje um um dos dos momentos momentos principais desenvolvimento histó­ rico; rico; eé exatamente exatamente aa partir partir desta desta contradicao contradição entre entre o o interesse interesse particular particular ee oo comunitario uma comunitário que que o o interesse interesse comunitario comunitário assume assume como como Estado E stado uma configuracao dos interesses configuração autonoma, autônoma, separada separada dos interesses efetivos efetivos globais globais ee indiindi­ viduais, mesmo tempo viduais, ee JassumeJ / / assu m e// ao ao mesmo tempo como como comunitariedade comunitariedade ilus6ria, ilusória, mas sempre real dos mas sempre sobre sobre aa base base real dos laces laços existentes existentes em em cada cada aglomeracao aglomeração familiar ee tribal, sangue, língua, lingua, divisao familiar tribal, tais tais como como os os laces laços de de sangue, divisão do do trabalho trabalho em - ee particularmente, desenem maior maior escala escala ee outros outros interesses interesses — particularmente, como como oo desen­ volveremos mais adiante, dos interessesJ volveremos mais adiante, Jsobre ^ s o b r e aa base base real real dos in teresses^ de de classes classes ja trabalho, ^JclassesJ em já condicionadas condicionadas pela pela divisao divisão do do trabalho, c la s s e s /'' que que se se destacam destacam em cada agrupamento humano humano desse tipo ee das as cada agrupamento desse tipo das quais quais uma uma domina domina todas todas as outras. lutas dentro Estado, aa luta entre deoutras. Segue-se Segue-se disto disto que que todas todas as as lutas dentro do do Estado, luta entre de­ mocracia, ao voto, mocracia, aristocracia aristocracia ee monarquia, m onarquia, aa luta luta pelo pelo direito direito ao voto, etc., etc., etc., etc., nada mais sao forrnas ilusórias ilusorias nas nas quais sao conduzidas nada mais são do do que que as as formas quais são conduzidas as as lutas nao pescaram lutas efetivas efetivas entre entre as as diversas diversas classes classes (os (os te6ricos teóricos alemaes alemães não pescaram

r 200 200 uma uma sflaba sílaba disso, disso, apesar apesar de de que que se se deu deu aa eles eles uma uma orientacao orientação suficiente suficiente nos na Sagrada nos Anais A nais [ranco-alemiies franco-alem ães ee na Sagrada famflia) fam ília) ee alem além disso disso ,.f /sesegue-se g u e -s e que,.f q u e / toda toda classe classe que que aspira aspira aà dominacao, dominação, tarnbem também quando quando aa sua sua domidomi­ nacao, toda nação, como como eé o o caso caso do do proletariado, proletariado, condiciona condiciona aa superacao superação de de toda aa antiga antiga forma tern que forma da da sociedade sociedade ee da da dominacao dominação em em geral, geral, tem que primeiro primeiro conquistar conquistar para para si si o o poder poder politico político aa fim fim de de apresentar apresentar novamente novamente o o seu seu interesse como forcada num instante. interesse como o o universal, universal, aa que que ela ela esta está forçada num primeiro primeiro instante. Exatamente porque os Exatamente porque os individuos indivíduos apenas apenas buscam buscam o o seu seu interesse interesse partiparti­ cular, para eles cular, que que para eles nao não coincide coincide com com o o interesse interesse comunitario, comunitário, oo univeruniver­ sal sal ,.f / s sendo,.f e n d o / aa forma forma ilus6ria ilusória da da comunitariedade, comunitariedade, este este se se faz faz valer valer como como um um interesse interesse "alheio" “alheio” aa eles eles ee "independente" “independente” deles, deles, como como um um interesse interesse "universal" “universal” ele ele mesmo mesmo novamente novamente particular particular ee peculiar, peculiar, ou ou eles eles mesmos que se mesmos tern têm que se moverem moverem nesse nesse dilema, dilema, ta! tal como como na na democracia. democracia. Por outro Por outro lado, lado, entao, então, aa luta luta pratica prática
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201 201 somente somente com com esse esse desenvolvimento desenvolvimento universal universal das das forcas forças produtivas produtivas esta está posto intercambio universal posto um um intercâmbio universal dos dos homens, homens, por por conseguinte conseguinte de de um um !ado lado gerou da massa massa dos gerou oo Ienomeno fenômeno da dos "sem “sem propriedade" propriedade” ao ao mesmo mesmo tempo tempo em em todos todos os os povos povos (concorrencia (concorrência universal), universal), cada cada um um dos dos mesmos mesmos se se tornou tornou dependente dependente das das revolucoes revoluções dos dos outros outros ee finalmente finalmente pas pôs os os indiindi­ viduos víduos empiricamente empiricamente universais, universais, que que chegaram chegaram aà historia história universal, universal, no no lugar lugar dos dos individuos indivíduos locais. locais. Sem Sem isso isso 1) 1) oo comunismo comunismo s6 só poderia poderia existir existir como como uma uma localidade, localidade, 2) 2) os os poderes poderes do do intercambio intercâmbio nao não teriam teriam eles eles mesmos mesmos podido podido se se desenvolver desenvolver como como poderes poderes universais universais ee portanto portanto insuinsu­ portaveis, portáveis, mas mas teriam teriam permanecido permanecido "circunstancias" “circunstâncias” supersticiosas supersticiosas de de ordem ordem local, local, ee 3) 3) toda toda arnpliacao ampliação do do intercambio intercâmbio suprimiria suprimiria 24 24 o o comucomu­ nismo nismo local. local. O O comunismo comunismo s6 só eé empiricamente empiricamente possivel possível "repentina" “ repentina” ee simultaneamente simultaneamente como como ato ato dos dos povos povos dominantes, dominantes, o o que que pressupoe pressupõe oo desenvolvimento desenvolvimento universal universal da da Iorca força produtiva produtiva ee oo cornercio comércio mundial mundial j'Weltverkehrj' De outra ^ W e ltv e rk e h r^ ligado ligado aa ele. ele. De outra maneira, maneira, como como aa propriedade, propriedade, por por exemplo, exemplo, teria teria em em geral geral podido podido ter ter uma uma historia, história, assumir assumir figuras figuras diversas diversas ee impelir impelir aa propriedade propriedade da da terra, terra, segundo segundo as as diversas diversas condicoes condições existentes, parcelarnento existentes, do do parcelam ento aà concentracao concentração em em poucas poucas maos mãos na na Franca, França, da da concentracao concentração em em poucas poucas maos mãos ao ao parcelamento parcelamento na na Inglaterra, Inglaterra, como como eé efetivamente etetivarnente oo caso caso de de hoje? hoje? Ou Ou como como eé que que o o cornercio, comércio, que que nada nada mais nacoes, mais eé do do que que aa troca troca de de produtos produtos entre entre diversos diversos individuos indivíduos ee nações, domina domina o o mundo m undo inteiro inteiro pela pela relacao relação entre entre oferta oferta ee procura procura -— uma uma relacao relação que, que, corno como ja já disse disse um um economista economista ingles, inglês, paira paira sobre sobre aa Terra Terra como como oo destino destino antigo antigo ee com com maos mãos invisiveis invisíveis distribui distribui felicidade felicidade ee infeliinfeli­ cidade cidade aos aos homens, homens, funda funda reinos reinos ee destroi destrói reinos, reinos, faz faz surgir surgir ee desaparecer desaparecer povos povos -— enquanto enquanto com com aa superacao superação da da base, base, da da propriedade propriedade privada, privada, com com aa regulacao regulação comunista comunista da da producao produção ee com com oo ai aí situado situado aniquilaaniquila­ mento m ento da da alienidade alienidade com com aa qua! qual os os homens homens se se comportam comportam perante perante o o seu seu pr6prio próprio produto, produto, oo poder poder da da relacao relação entre entre oferta oferta ee procura procura se se dissoldissol­ ve ve em em nada nada ee os os homens homens retomarn retomam sob sob o o seu seu controle controle aa troca, troca, aa producao, produção, oo modo modo do do seu seu comportamento com portamento reciproco? recíproco? Para Para nos nós oo comunismo comunismo nao não eé um um estado estado que que deva deva ser ser instaurado, instaurado, um um ideal ideal pelo pelo qua! qual aa realidade realidade efetiva efetiva tenha tenha que que se se guiar. guiar. Chamamos Chamamos comunismo comunismo o o rnovimento movimento ejetivo efetivo que que supera supera oo estado estado de de coisas coisas de de hoje. hoje. As condicoes resultam dos pressupostos existentes As condições deste deste movimento movimento resultam dos pressupostos existentes agora. agora. De De resto, resto, aa massa massa de de simples sim ples trabalhadores trabalhadores -— forca força massiva massiva de de trabalhatrabalha­ dores isolada do por dores isolada do capital capital ou ou de de qualquer qualquer satisfacao satisfação limitada limitada -— ee por isso tarnbem perda nao isso também aa perda não mais mais temporaria temporária desse desse trabalho trabalho mesmo mesmo como como uma uma fonte fonte segura segura de de vida vida pela pela concorrencia concorrência pressupoe pressupõe oo mercado m ercado munmun­ dia/. dial. Portanto Portanto' oo proletariado proletariado s6 só pode pode existir existir em em termos term os de de historic história uniuni­ versal, versal, assim assim como como oo comunismo, comunismo, aa sua sua acao, ação, s6 só pode pode estar estar presente presente enquanto enquanto existencia existência "historico-universal" “histórico-universal” em em geral; geral; existencia existência hist6ricohistóricoAqui Aqui o o contexto contexto justifica justifica traduzir traduzir por por "suprimir" “suprimir” o o verbo verbo "aufheben", “aufheben”, o o qua) qual via via de de regra regra traduzimos traduzimos por por "superar". “superar”. 24 24

202 202 -universal -universal dos dos individuos, indivíduos, quer quer dizer, dizer, existencia existência dos dos individuos indivíduos que que esta está imediatamente imediatamente ligada ligada aà hist6ria história universal. universal. A A forma forma de de intercambio intercâmbio condicionada condicionada pelas pelas forcas forças existentes existentes de de producao os estagios produção em em todos todos os estágios hist6ricos históricos ate até hoje, hoje, ee que que por por sua sua vez vez as as condiciona, condiciona, eé aa sociedade sociedade civil civil ,.fbtirgerliche /b ü rg e rlic h e Geselschaft,.f G e se lsc h a ft/ que, que, como como ja fica já fica patente patente do do que que precede, precede, tern tem aa familia família simples simples ee aa farnflia família comcom­ posta, posta, aa assim assim chamada chamada tribalidade, tribalidade, como como o o seu seu pressuposto pressuposto ee base, base, ee cujas cujas determinacoes determinações mais mais precisas precisas estao estão contidas contidas no no que que precede. precede. Ja Já aqui aqui se se mostra mostra que que esta esta sociedade sociedade civil civil eé oo verdadeiro verdadeiro palco palco ee foco foco de de toda toda aa hist6ria história ee que que contra-senso contra-senso eé aa concepcao concepção de de hist6ria história ate até hoje hoje existente, existente, aa qua! qual se se limita limita as às altissonantes altissonantes acoes ações principais principais ee as às do do Estado, Estado, desdescurando curando das das relacoes relações efetivas efetivas •. *. A sociedade A sociedade civil civil abrange abrange oo conjunto conjunto do do intercambio intercâmbio material material dos dos individuos indivíduos dentro dentro de de um um determinado determinado estagio estágio de de desenvolvimento desenvolvimento das das forcas forças produtivas. produtivas. Abrange Abrange o o conjunto conjunto da da vida vida comercial comercial ee industrial industrial de de um um estagio estágio ee nesta nesta medida medida ultrapassa ultrapassa oo Estado Estado ee aa nacao, nação, embora embora J:'f.r ppr outro outro !ado lado ela ela novamente novamente se se taca faça valer valer para para fora fora como como nacionalidade nacionalidade ee tenha tenha que que se se estruturar estruturar como como Estado Estado para para dentro. dentro. A A expressao expressão sociedade sociedade civil civil veio veio do do seculo século XVIII, X V III, quando quando as as relacoes relações de de propriedade propriedade ja já haviam haviam se coletividade antiga se destacado destacado da da coletividade antiga ee medieval. medieval. A A sociedade sociedade civil civil 25 25 como como ta] tal s6 só se se desenvolve desenvolve com com aa burguesia; burguesia; aa organizacao organização social social que que se se desendesen­ volve todos os volve imediatamente imediatamente da da producao produção ee do do intercambio, intercâmbio, que que em em todos os tempos tempos forma forma aa base base do do Estado Estado ee da da superestrutura superestrutura idealista idealista restante, restante, foi foi entretanto entretanto constantemente constantemente designada designada com com oo mesmo mesmo nome. nome. [2.J [2.]

Sobre Sobre a a produ~io produção da da consclencla consciência •• ** 2tl 2,1

I:: É claro claro que que na na historia história ate até oo presente presente momenta momento eé igualmer:fte igualmeifte um um fato extensao da fato empirico empírico que, que, com com aa extensão da atividade atividade aa uma uma escala escala de de historia história universal, os individuos universal, os indivíduos foram foram sendo sendo cada cada vez vez mais mais subjugados subjugados aa um um •* [Riscado [R iscado no no manuscrito m anuscrito oo seguinte:J seguinte:] Ate A té hoje.,consideramos hoje consideram os principalmente principalm ente so um dos só um dos aspectos aspectos da da atividade atividade humana, hum ana, o o trabalhar trabalhar aa natureza natureza ,.f / / realizado realizado/,.f/ pelos homens. pelos hom ens. 0 O outro outro aspecto, aspecto, o o trabalhar trabalhar os os homens h om en s ,.frealizado,.f / r e a l i z a d o / ' pelos pelos homens h o m en s.... , .

Origem Origem do d o Estado E stado ee aa relacao relação do do Estado Estado com com aa sociedade sociedade civil. civil.

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2l\ Mantemos 25 M antemos essa essa traducao tradução tambern tam bém aqui, aqui, embora embora "sociedade “sociedade burguesa" burguesa” se se adeade­ quasse quasse melhor melhor ao ao contexto, contexto. **** 0O texto A ideologia por base texto alernao alem ão de de A ideologia alemii alem ã tornado tom ado por base de de nossa nossa traducao tradução esta está publicado em ENGELS, publicado em M>.Rx, M à r x , K. K. e e E n g e l s , F. F . Werke. W erke. Berlim, Berlim, Dietz D ietz Verlag, Verlag, 1969. 1 969. v. v. Ill, III, p. p. 37-40. 3 7 -4 0 , 46-50 4 6 -5 0 ee 73-7. 7 3 -7 . Traduzido Traduzido por por Viktor V iktor von von Ehrenreich. Ehrenreich. 2« 2l*Sobre Sobre as as convencoes convenções adotadas adotadas nesta nesta traducao tradução cf. cf. nota nota 1, 1, p. p. 182. 182.

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203 203 poder !hes era cuja opressao poder que que lhes era alheio alheio 27 27 ((cuja opressão eles eles se se representavam representavam entao então como como chicana chicana do do assim assim chamado chamado espirito espírito universal, universal, etc.), etc.), um um poder poder que tornou cada vez mais mais rnassivo que se se tornou cada vez massivo ee que que em em ultima última instancia instância se se evidencia mundial. Mas maneira evidencia como como mercado m ercado mundial. Mas esta está fundado fundado de de m aneira igualigual­ mente para os mente ernpirica empírica que que este este poder, poder, tao tão misterioso misterioso para os te6ricos teóricos alemaes, alemães, · sera será dissolvido dissolvido pela pela derrubada derrubada do do estado estado social social existente existente mediante mediante aa revolucao sob re isso revolução comunista comunista ((sobre isso ver ver mais mais abaixo) abaixo) ee pela pela superacao superação da da propriedade revolucao, ee entao propriedade privada, privada, identica idêntica aquela àquela revolução, então sera será conseguida conseguida aa libertacao libertação de de cada cada individuo indivíduo singular singular na na mesma mesma medida medida em em que que aa hist6ria história se se transformar transform ar completamente completamente em em hist6ria história universal. universal. Segundo Segundo o o 28 do individuo dito dito acima acima esta está claro claro que que aa riqueza riqueza espiritual espiritual efetiva efetiva28 do indivíduo depende riqueza das etivas. É s6 depende totalmente totalmente da da riqueza das suas suas relacoes relações ef efetivas. só atraves através disso disso que que cada cada individuo indivíduo sera será libertado libertado das das diversas diversas barreiras barreiras nacionais nacionais ee locais, producao (tambem locais, posto posto em em relacao relação pratica prática com com aa produção (tam bém com com aa espiritual) condicoes de espiritual) do do mundo m undo inteiro inteiro ee posto posto em em condições de adquirir adquirir aa capacapa­ cidade desta producao multifacetica da criacidade de de desfrutar desfrutar desta produção multifacética da Terra Terra inteira inteira ((cria­ 9oes ções do do homem). hom em ). A A dependencia dependência de de todos todos os os lados, lados, esta esta forma forma natural natural de de cooperacao cooperação dos dos individuos indivíduos em em escala escala de de historia história universal, universal, sera será transtrans­ formada revolucao cornunista formada por por esta esta revolução comunista no no controle controle ee dominacao dominação conscons­ ciente ciente destes destes poderes poderes que, que, engendrados engendrados aa partir partir da da a9ao ação reciproca recíproca entre entre os homens, ate os homens, até agora agora os os impressionaram impressionaram ee dominaram dominaram como como poderes poderes inteiramente alheios. Por inteiramente alheios. Por seu seu turno turno esta esta concepcao concepção pode pode ser ser formulada formulada especulativo-idealistamente, especulativo-idealistamente, isto isto e, é, fantasiosamente, fantasiosamente, como como "auto-engen“auto-engendramento dramento do do genero" gênero” (a (a "sociedade “sociedade como como sujeito"), sujeito” ), podendo podendo atraves através disso individuos ligados representada disso aa serie série sucessiva sucessiva de de indivíduos ligados entre entre si si ser ser representada como um único unico individuo como um indivíduo que que realiza realiza oo misterio mistério de de engendrar engendrar aa si si mesmo. mesmo. Claro Claro que que aqui aqui se se mostra mostra que que os os individuos indivíduos se se fazem fazem uns uns aos aos outros outros ffsica mas nao física ee espiritualmente, espiritualmente, mas não se se fazem fazem nem nem na na insensatez insensatez de de Sao São Bruno Bruno nem nem no no sentido sentido do do "unico", “único”, do do homem homem "Ieito". “feito” . Esta hist6ria repousa Esta concepcao concepção da da história repousa portanto portanto sobre sobre oo seguinte: seguinte: desendesen­ volver partindo da volver oo processo processo efetivo efetivo de de producao produção partindo da producao produção material material da toda história hist6ria aa forma interda vida vida imediata imediata ee tomar tom ar como como base base de de toda forma de de inter­ cambio câmbio ligada ligada com com este este modo modo de de producao produção ee engendrada engendrada por por ele, ele, logo logo aa sociedade sociedade civil civil ,fbtirgerliche //bürgerliche Geselschaft,f G eselschaft^ em em seus seus diversos diversos estagios, estágios, ee tanto partir dela tanto apresenta-la apresentá-la em em sua sua a9ao ação como como Estado Estado quanto quanto explicar explicar aa partir dela oo conjunto producoes te6ricas formas da conjunto das das diversas diversas produções teóricas ee formas da consciencia, consciência, relireli­ giao, gião, filosofia, filosofia, moral, moral, etc., etc., etc., etc., ee seguir seguir oo seu seu processo processo de de surgimento surgimento aa

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27 Literalmente "lhes era estranho". Traduziremos o adjetivo "fremd" por "alheio" 27 Literalm ente “lhes era estranho”. Traduzirem os o adjetivo “frem d” por “alheio” dcvido devido aa ser ser cognate cognato do do substantive substantivo "Entfremdung" “Entfrem dung” ::::: = "alienacao". “alienação”. 28 Para maior 28 Para m aior simplicidade simplicidade traduziremos traduzirem os o o adjetivo adjetivo "wirklich" “w irklich” por por "efetivo", “efetivo”, ern-, em-, bora bora talvez talvez fosse fosse mais mais correto correto ee completo completo "efetivamente “efetivam ente real" real” ou ou "realmente “realm ente efetivo". para os efetivo”. Reservaremos Reservaremos "real" “real” para os adjetivos adjetivos alemaes alemães "real" “real” ee "reell". “reell”.

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204 204 partir dessas producoes, produções, onde onde naturalmente naturalmente tambem também se se podera poderá apresentar apresentar aa partir dessas 2u em coisa 29 em sua sua totalidade isso também ação destes destes diversos diversos aspecaspec­ coisa totalidade (e (e por por isso tambem aa a9ao tos uns sobre os os outros). outros). Ela tem que procurar por por uma uma categoria tos uns sobre Ela não nao tern que procurar categoria em em cada perfodo, período, tal como aa concepcao concepção idealista idealista da da historia, história, mas mas perroanece permanece cada tal como constantemente no no terreno terreno efetivo efetivo da da história, explica aa praxis práxis aa partir partir constantemente hist6ria, não nao explica da ideia, idéia, explica explica as as Iorrnacoes formações de da praxis práxis material material ee de de da de idéias ideias aa partir partir da acordo de que que todas acordo com com isso isso tarnbern também -chega chega ao ao resultado resultado de todas as as fonnas formas ee propro­ dutos ser resolvidos intelectual 80, dutos da da consciencia consciência nao não podero podem ser resolvidos pela pela critica crítica intelectual30, mediante resolucao resolução em "autoconsciencia" “autoconsciência” ou transform ação em "apari“apari­ mediante transformacao ções”, "Iantasmas", “fantasmas” , etc., etc., mas mas s6 só mediante mediante aa derrubada derrubada pratica prática das das relações coes", relacoes sociais reais reais das quais emergiram emergiram estas estas baboseiras que nao não aa sociais das quais baboseiras idealistas idealistas -— que crítica mas que aa revolucao revolução é aa Iorca força motriz história tambem também da da critica mas que motriz da da hist6ria religião, filosofia demais teorias teorias 81• 81. Ela que aa historia história não religiao, filosofia ee demais Ela mostra mostra que nao termi­ terrnina com com resolver-se resolver-se em “autoconsciência” como “espírito do espírito”, na em "autoconsciencia'" como "espirito do espirito", nela a cada cada estagio estágio se encontra encontra um resultado material, mas que nela um resultado material, uma uma soma de de forças de produção, uma relacao relação historicamente com aa soma forcas de producao, uma historicamente criada criada chm natureza ee dos indivíduos entre entre si si que itida aa cada cada geração natureza dos individuos que eé transm transmitida geracao por sua sua predecessora, uma massa de forças produtivas, capitais capitais ee circunscircuns­ por predecessora, uma massa de forcas produtivas, tâncias que que de de -um um lado lado bem bem que que é modificada pela geracao geração nova, nova, mas mas tancias modificada pela que de de outro outro lado também lhe lhe prescreve prescreve as as suas suas próprias que lado tambern pr6prias condições condicoes de vida ee lhe desenvolvimento determinado, especifico de vida lhe da dá um um desenvolvimento determinado, um um carater caráter específico -— portanto portanto que que as as circunstancias circunstâncias fazem fazem os os homens bomens tanto tanto quanto quanta os os homens fazem fazem as as circunstancias. circunstâncias. Esta Esta soma soma de de torcas forças produtivas, produtivas, capitais homens capitais ee formas formas sociais sociais de cada geração geracao enconde intercambio intercâmbio que que cada cada individuo indivíduo ee cada encon­ tra ai aí coma como algo algo dado, dado, eé oo fundamento que os os filósofos tra fundamento real real daquilo daquilo que fil6sofos se representaram representaram como como "substancia" “substância” ee "essencia “essência do do homem”, se homem", daquilo daquilo que apoteotizaram apoteotizaram ee combateram, combateram, um um fundamento fundamento real real que que nao não ée nem que nem um pouco pouco perturbado seus efeitos efeitos ee influxos um perturbado em em seus influxos sabre sobre oo desenvolvimento desenvolvimento dos pelo fato fato de de se se rebelarem rebelarem contra isso os os filósofos na qualiquali­ dos homens hornens pelo contra isso fil6sofos na dade "autoconsciencia" ee "(mica". dade de de “autoconsciência” “único”. Estas Estas condicoes condições de de vida vida enconencon­ tradas aí pelas pelas diversas gerações tarnbem também decidern decidem se se o o abalo abalo revolurevolu­ tradas ai diversas geracoes cionario cionário que que retorna retorna periodicarnente periodicamente na na hist6ria história sera será suficientemente suficientemente forte forte ou para pôr per abaixo tudo oo que elementos ou nao não para abaixo aa base base de de tudo que existe, existe, ee se se estes estes elementos materiais uma revolucao total, aa saber, um lado produmateriais de de uma revolução total, saber, de de um lado as as forces forças produ­

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“Sache” nao não é tao tão neutro neutro quanto quanto "coisa", “coisa”, mas mas tarnbem também niio não chega ser "objeto" “objeto” 29 "Sache" chega aa ser

no no sentido sentido de de "coisa “coisa posta posta aà consideracao consideração de de um um sujeito". sujeito”. Traduziremos Traduziremos "Sache" “Sache” de maneira insuficiente por “coisa” "coisa" ee o "sachlich" por de maneira insuficiente por o respectivo respectivo adjetivo adjetivo “sachlich” por "coisal", “coisal”. 110 Kritik", literalmente 30 ''geistige “geistige Kritik”, literalmente "critica “crítica espiritual". espiritual”. at treibende Kraft Geschichte auch der 31 Traducao Tradução literal literal do do passus passus "die “díe treibende Kraft der der Geschichte auch der Religion, Religion, etc.", etc.”, interpretavel interpretável tanto tanto como como (o (o mais mais provavel) provável) "a “a forca força motriz motriz da da história //le// e / também //fo r ç a motriz// m otriz/" da da religião, etc.”, quanto quanto como hist6ria tambem //forya religiao, etc.", como “a "a força motriz motriz da da hist6ria história //em / e m geral / d a hist6ria// h is t ó r ia / da da religião, etc.”. forca geral eel// / também tarnbem /Ida religiao, etc.".

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205 205 tivas Iormacao de tivas disponiveis disponíveis ee de de outro outro lado lado aa formação de uma uma massa massa revolucionaria revolucionária que que revoluciona revoluciona nao não so só contra contra condicoes condições singulares singulares da da sociedade sociedade existente existente ate até entao, então, mas mas contra contra aa "producao “produção da da vida" vida” mesma mesma existente existente ate até entao, então, contra contra aa "atividade “atividade global" global” sobre sobre aa qual qual aa sociedade sociedade se se baseava baseava -— se se estes nao estao estes elementos elementos não estão aà mao, mão, entao então eé completamente completamente indiferente indiferente para para O o desenvolvimento desenvolvimento pratico prático oO fato fato de de aa ideia idéia desta desta revolucao revolução ja já ter ter sido sido enunciada prova aa hist6ria enunciada cem cem vezes vezes -— ta! tal como como oo prova história do do comunismo. comunismo. Ate total ee completamente Até aqui aqui toda toda concepcao concepção de de hist6ria história ou ou deixou deixou total completamente de de Ievar levar em em conta conta esta esta base base efetiva efetiva da da hist6ria história ou ou s6 só aa considerou considerou como como algo que esta algo colateral colateral que está fora fora de de qualquer qualquer interconexao interconexão com com o o decurso decurso hist6rico. Por conseguinte, histórico. Por conseguinte, aa hist6ria história tern tem sempre sempre que que ser ser escrita escrita segundo segundo um fora dela; um criterio critério que que se se situa situa fora dela; aa producao produção efetiva efetiva da da vida vida aparece aparece como passo que como proto-historica, proto-histórica, ao ao passo que oo hist6rico histórico aparece aparece como como oo separado separado da vida comum, da vida comum, como como oo extra-supramundano. extra-supramundano. A A relacao relação do do homem homem com com aa natureza natureza esta está com com isso isso excluida excluída da da historia, história, com com oo que que eé engendrada engendrada aa oposicao oposição entre entre natureza natureza ee historia. história. Por Por conseguinte, conseguinte, ela ela s6 só pode pôde ver ver na hist6ria lutas na história ai;oes ações polfticas políticas centrais centrais ee acoes ações do do Estado, Estado, bem bem como como lutas religiosas ee de religiosas de maneira m aneira geral geral te6ricas, teóricas, tendo tendo em em especial especial que que partilhar partilhar com Por exemplo, com cada cada epoca época historica histórica as as ilusoes ilusões desta desta epoca. época. Por exemplo, se se uma uma epoca época imaginar imaginar que que eé determinada determinada por por motivos motivos puramente puramente "politicos" “políticos” ou ou "religiosos", “religiosos”, embora embora "religiao" “religião” ee "polltica" “política” sejam sejam apenas apenas formas formas dos dos seus seus motivos motivos efetivos, efetivos, entao então oo seu seu histori6grafo historiógrafo aceitara aceitará esta esta opiniao. opinião. A A "imaginacao", “imaginação”, aa "representacao" “representação” destes destes homens homens determinados determinados sobre sobre aa sua transformada sua praxis práxis efetiva efetiva eé transform ada no no unico.poder único poder ativo ativo ee determinante determinante que forma rudimentar que domina domina ee deterrnina determ ina aa praxis práxis destes destes homens. homens. Se Se aa forma rudim entar em em que que aa divisao divisão do do trabalho trabalho ocorre ocorre entre entre os os indianos indianos ee egipcios egípcios faz faz emergir oo sistema religiao destes emergir sistema de de castas castas no no Estado Estado ee na na religião destes povos, povos, oo historiador historiador acredita acredita que que oo sistema sistema de de castas castas eé oo poder poder que que engendrou engendrou esta forma social franceses ee os esta forma social rudimentar. rudimentar. Enquanto Enquanto os os franceses os ingleses ingleses pelo pelo menos menos se se atem atêm aà ilusao ilusão politica, política, que que ainda ainda esta está rnais mais pr6xima próxima da da realireali­ 32, os dade dade efetiva efetiv a32, os alemaes alemães se se movem movem na na regiao região do do "espirito “espírito puro" puro” ee fazem forca motriz motriz da hist6ria fazem da da ilusao ilusão religiosa religiosa aa força da hist6ria. história. A A filosofia filosofia da da história de de Hegel Hegel eé aa ultima última conseqiiencia, conseqüência, levada levada aà sua sua "expressao “expressão mais mais pura", pura” , do do conjunto conjunto desta desta historiografia historiografia alema, alemã, na na qua! qual se se trata trata nao não de de inteinte­ resses nem mesmo politicos, mas pensamentos puros resses efetivos, efetivos, nem mesmo políticos, mas de de pensamentos puros que que entao tambem têm tern que uma serie então também que aparecer aparecer aa Sao São Bruno Bruno como como uma série de de "pensa“pensa­ mentos" na "autom entos” dos dos quais quais um um devora devora o o outro outro para para enfim enfim submergir submergir na “autoconsciencia", consciência”, ee ainda ainda mais mais conseqi.ientemente conseqüentemente este este decurso decurso hist6rico histórico tinha tinha que nao sabe nada acerca que aparecer aparecer aa Sao São Max M ax Stimer, Stirner, que que não sabe nada acerca de de toda toda aa hist6ria história efetiva, efetiva, como como uma uma mera mera hist6ria história de de "cavaleiros", “cavaleiros” , de de ladroes ladrões ee a322 Por Por "realidade “realidade efetiva" efetiva” traduzimos traduzimos aqui aqui "Wirklichkeit", “Wirklichkeit”, tambem também traduzivel traduzível por por "efetividade". “efetividade”. Sobre Sobre o o respective respectivo adjetivo adjetivo "wirklich" “wirklich” cf. cf. nota nota 28. 28.

206 206 de cujas visoes de fantasmas, fantasmas, de de cujas visões ele ele naturalmente naturalm ente s6 só sabe sabe se se salvar salvar na na "impiedade" Esta concepcao efetivamente religiosa, supoe oo homem homem “impiedade” *. *. Esta concepção eé efetivamente religiosa, supõe religioso homem primevo primevo do qual parte toda aa história, historia, ee em religioso como como oo homem do qual parte toda em sua de fantasias lugar da da sua imaginacao imaginação coloca coloca aa producao produção de fantasias religiosas religiosas no no lugar producao mesrna. produção efetiva efetiva de de meios meios de de vida vida ee /,fd da a produ9ao,f p r o d u ç ã o / da da vida vida mesma. 33 e Toda junto com com aa sua solucao 33 e as as hesiToda esta esta concepcao concepção da da historia, história, junto sua solução hesi­ tacoes ee escnipulos tações escrúpulos que que surgem surgem dai, daí, ée um um assunto assunto merarnente meramente nacional nacional dos alemaes ee tern interesse local local para dos alemães tem so só um um interesse para aa Alemanha, Alemanha, como como por por exemplo importante questao tratada de de multiplas exemplo aa importante questão ultimamente ultimamente tratada múltiplas mama­ neiras: propriamente “a "a partir do reino neiras: como como propriamente partir do reino de de Deus Deus se se chega chega ao ao reino reino dos hornens", como Deus" tivesse dos homens”, como se se este este "reino “reino de de Deus” tivesse existido existido em em outra outra parte parte senao senão na na imaginacao imaginação ee estes estes eruditos eruditos senhores, senhores, sem sem o o saber, saber, nao não vivessem no "reino dos homens” homens" aà procura procura de vivessem constantemente constantemente no “reino dos de cujo cujo camicami­ nho agora, ee como cientifica, pois nao eé mais mais do do nho estao estão agora, como se se aa diversao diversão científica, pois não que miragem teórica teorica nao residisse, de que isto, isto, de de explicar explicar, o o curioso curioso desta desta miragem não residisse, de maneira em que m aneira precisamente precisamente inversa, inversa, em que se se evidencie evidencie o o seu seu surgiment, surgiment^ aa partir relacoes terrenas maneira geral, alernaes partir das das relações terrenas efetivas. efetivas. De De maneira geral, entre entre estes estes alemães se em qualquer outro capricho capricho oo absurdo enconse trata trata sempre sempre de de resolver resolver em qualquer outro absurdo encon­ trado ai, chega aa ter trado aí, ou ou seja, seja, pressupor pressupor que que todo todo este este absurdo absurdo chega ter um um sentido 4 especial descoberto, ao ao passo sentido a34 especial aa ser ser descoberto, passo que que so só se se trata trata de de explicar explicar estas frases te6ricas partir das relacoes efetivas efetivas existentes. estas frases teóricas aa partir das relações existentes. A A solucao solução ,f Auflosung,f frases, eliminar eliminar estas / A u flõ s u n g / pratica, prática, efetiva efetiva destas destas frases, estas representacoes representações da da consciencia consciência dos dos homens, homens, eé efetuada, efetuada, como como ja já se se disse, disse, por por circunstancircunstân­ cias por deducoes te6ricas. Para homens, cias modificadas, modificadas, nao não por deduções teóricas. Para aa massa massa dos dos homens, ou representacoes teóricas te6ricas não nao existem, existem, ou seja, seja, para para o o proletariado, proletariado, estas estas representações portanto para ela, massa portanto tambern também nao não precisam precisam ser ser resolvidas resolvidas para ela, ee se se esta esta massa um algumas representacoes entao um dia dia teve teve algumas representações te6ricas, teóricas, por por exemplo exemplo religiao, religião, então foram dissolvidas há muito muito que que estas estas ja já foram dissolvidas a(I 35 pelas pelas circunstancias. circunstâncias.

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[[ ... . . . ]]

Os pensamentos os pensamentos Os pensamentos da da classe classe dominante dominante sao são os pensamentos dominandominan­ tes classe que dominante tes em em cada cada epoca, época, ou ou seja, seja, aa classe que ée o o poder poder material material dominante da poder espiritual espiritual dominante. da sociedade sociedade eé simultaneamente simultaneamente oo seu seu poder dominante. A A ** [Nota [N o ta marginal m a rg in a l de de Marx:] M a rx :] A A assim assim charnada c h a m a d a historiografia h isto rio g ra fia obietiva o b je tiv a conco n ­ sistia sistia precisamente p recisam en te em em tomar to m a r as as relacoes relaçõ es hist6ricas h istó ricas separadamente se p a ra d a m e n te da d a atia ti­ vvidade. idade. Carater C a rá te r reacionario, reac io n á rio .

as Tentativa num termo portugues os "Auflosung" 38 Tentativa de de condensar condensar num termo português os dois dois sentidos sentidos de de “Auflõsung” em iogo aqui, em jogo aqui, o o de de "dissolucao" “dissolução” ee o o de de "resolucao", “resolução”, "reducao", “redução”. 34 34 Jogo Jogo de de palavras palavras entre entre "Unsinn": “Unsinn” . = = "absurdo", “absurdo”, "asneira", “asneira”, "bobagem", “bobagem”, ee "Sinn" “Sinn” = "sentido", “sentido”. as frase, jogo dois sentidos "auflosen'', oo de 35 Nesta Nesta frase, jogo entre entre os os dois sentidos de de “auflõsen”, de "dissolver" “dissolver” ee o o de de "resolver". “resolver”.

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207 207 classe meios para classe que que tern tem aà sua sua disposicao disposição os os meios para aa producao produção material material disdis­ poe põe com com isso isso simultaneamente simultaneamente sobre sobre os os meios meios para para aa producao produção espiritual, espiritual, de maneira de m aneira que que com com isso isso lhe lhe estao estão ao ao mesmo mesmo tempo tempo submetidos submetidos em em media média os os pensamentos pensamentos daqueles daqueles aos aos quais quais faltam faltam os os meios meios para para aa propro­ ducao dução espiritual. espiritual. Os Os pensamentos pensamentos domioantes dominantes nada nada mais mais slio são senao senão aa 86 das expressão em em ideias id éias38 das relacoes relações materiais materiais dominantes, dominantes, as as relacoes relações expressao materiais materiais dominantes dominantes formuladas formuladas como como pensamentos; pensamentos; portanto, portanto, as as relarela­ ções que que tornam tornam dominante dominante precisamente precisamente esta esta tal tal classe, classe, portanto portanto os os c;oes pensamentos pensamentos da da sua sua dominacao, dominação. Os Os individuos indivíduos que que constituem constituem aa classe classe domina.nte dominante tern, têm, entre entre outras outras coisas, coisas, tambem também consciencia consciência ee por por conseconse­ guinte guinte pensam; pensam; logo, logo, na na medida medida em em que que dominam dominam como como classe classe ee deterdeter­ minam minam oo ambito âmbito inteiro inteiro de de uma uma epoca época hist6rica, histórica, cornpreende-se compreende-se por por si si mesmo que portanto que mesmo que fazem fazem isso isso em em toda toda aa sua sua extensao, extensão, portanto que entre entre outras outras / / se re s// pensantes, pensantes, como como produtores produtores coisas tambem também dominam dominam como como //seres// coisas de de pensamentos, pensamentos, regulam regulam aa producao produção ee distribuicao distribuição dos dos pensamentos pensamentos do do seu pensamentos domiseu tempo; tem po; que que portanto portanto os os seus seus pensamentos pensamentos sao são os os pensamentos domi­ nantes nantes da da epoca. época. Por Por exemplo, exemplo, num num tempo tempo ee num num pals país em em que que oo poder poder do do rei, rei, aa aristocracia aristocracia ee aa burguesia burguesia lutam lutam entre entre si si pela pela dominacao, dominação, em em que que portanto portanto aa dorninacao dominação esta está dividida, dividida, mostra-se mostra-se como como pensamento pensamento dominante dominante aa doutrina doutrina da da divisao divisão dos dos poderes, poderes, aa qua! qual eé entao então enunciada enunciada como como um um aa "lei “lei eterna". eterna” . A trabalho, que A divisao divisão do do trabalho, que acima acima ja já encontraramos encontráramos como como um um dos dos poderes principais poderes principais da da historia história ate até hoje, hoje, externa-se externa-se agora agora tambern também na na classe classe 37, dominante dominante como como divisao divisão entre entre o o trabalho trabalho material material ee oo intelectual intelectual37, de de maneira m aneira que que dentro dentro dessa dessa classe classe uma uma parte parte entra entra em em cena cena como como os os pensadores os ideologos em pensadores dessa dessa classe classe ((os ideólogos que que aa projetam projetam ativamente ativamente em pensamento, que pensamento, que fazem fazem da da elaboracao elaboração da da ilusao ilusão dessa dessa classe classe sobre sobre si si mesma passo que mesma o o ramo ramo principal principal da da sua sua subsistencia) subsistência),, ao ao passo que os os outros outros se receptivamente diante se comportam comportam mais mais passiva passiva ee receptivamente diante destes destes pensamentos pensamentos ee ilusoes ilusões por por serem, serem, na na realidade realidade efetiva, efetiva, os os membros membros ativos ativos dessa dessa classe classe ee por de menos menos tempo tempo para ilusoes ee pensamentos por disporem disporem de para ter ter ilusões pensamentos sobre sobre si si mesmos. mesmos. Dentro Dentro dessa dessa classe classe essa essa sua sua cisao cisão pode pode se se desenvolver desenvolver ate até aa uma mas que uma certa certa contraposicao contraposição ee inimizade inimizade entre entre ambas ambas as as partes, partes, mas que cai terra quando cai espontaneamente espontaneamente por por terra quando de de cada cada conflito conflito pratico prático em em que que aa classe classe esteja esteja ela ela mesma mesma ameacada, ameaçada, ai aí tambem também desaparecendo desaparecendo aa aparenaparên­ cia cia de de que que os os pensamentos pensamentos dominantes dominantes nao não sao são os os pensamentos pensamentos da da classe classe dominante poder dessa dominante ee de de que que tern têm um um poder poder distinto distinto do do poder dessa classe. classe. A A existencia existência de de pensamentos pensamentos revolucionarios revolucionários numa numa epoca época determinada determinada ja já pressupoe uma classe pressupressupõe aa existencia existência de de uma classe revolucionaria, revolucionária, sobre sobre cujos cujos pressu­ postos postos ja já foi foi dito dito o o necessario necessário mais mais acima. acima. Em ideal", onde Em alemlio: alemão: "der “der ideelle ideelJe Ausdruck", Ausdruck”, literalmente literalmente "a “a expressao expressão ideal”, onde o o adjetivo no sentido adjetivo "ideal" “ideal” deve deve ·ser ser tornado tomado no sentido forte forte de de "da “da natureza natureza das das ideias", idéias”. 37 37 Literalmente Literalmente "espiritual". “espiritual”. 36 38

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208 208 Se Se na na concepcao concepção do do decurso decurso hist6rico histórico os os pensamentos pensamentos da da classe classe dominante dominante sao são separados separados da da classe classe dominante, dominante, se se sao são autonomizados, autonomizados, se se se se insistir insistir que que numa numa epoca época dominaram dominaram estes estes ee aqueles aqueles pensamentos pensamentos sem sem que que haja haja preocupacao preocupação pelas pelas condicoes condições da da producao produção ee pelos pelos produprodu­ tores tores destes destes pensamentos, pensamentos, portanto portanto se se se se deixar deixar de de !ado lado os os individuos indivíduos ee os os estados estados do do mundo mundo que que subjazem subjazem aos aos pensamentos, pensamentos, entao então se se pode pode por por exemplo exemplo dizer dizer que que durante durante oo tempo tempo em em que que dominava dominava aa aristocracia aristocracia dominavam dominavam os os conceitos conçeitos de de honra, honra, de de fidelidade, fidelidade, etc., etc., durante durante aa domidomi­ nacao nação da da burguesia burguesia, os os conceitos conceitos de de liberdade, liberdade, de de igualdade, igualdade, etc. etc. *. *. A A classe classe dominante dominante mesma mesma imagina imagina isso isso em em media. média. Esta Esta concepcao concepção de de hist6ria, história, comum comum aa todos todos os os historiografos historiógrafos principalmente principalmente desde desde o o seculo século XVIII, X V III, se se deparara deparará necessariamente necessariamente com com oo tenomeno fenômeno de de que que dominam dominam pensamentos pensamentos cada cada vez vez mais mais abstratos, abstratos, isto isto e, é, pensarnentos pensamentos que que cada cada vez vez mais forma da mais assumem assumem aa forma da universalidade. universalidade. Pois Pois cada cada classe classe nova nova que que se se p6e põe no no lugar lugar daquela daquela que que dominava dominava antes antes dela dela eé forcada, forçada, ja já para para realizar realizar oo seu interesse como seu objetivo, objetivo, aa apresentar apresentar oo seu seu interesse como oo interesse interesse cornum comum aa todos todos os os membros membros da da sociedade, sociedade, ou ou seja, seja, expresso expresso em em ideias idéias 38: 88: ct!r dar aos aos seus seus pensamentos pensamentos aa forma forma da da universalidade, universalidade, apresenta-los apresentá-los como como os os unicos únicos racionais racionais ee universalmente universalmente validos. válidos. Ja Já por por estar estar frente frente aa uma uma classe, classe, aa classe classe revolucionante revolucionante se se faz faz de de antemao antemão presente presente nao não coma como classe, classe, mas mas como como representante representante da da sociedade sociedade inteira, inteira, aparece aparece como como aa massa *. Ela massa inteira inteira da da sociedade sociedade frente frente aà (mica única classe classe dominante dominante ***. Ela oo pode pode porque no porque no inicio início o o seu seu interesse interesse se se liga liga efetivamente efetivamente ainda ainda com com os os interesses interesses comuns comuns aa todas todas as as classes classes restantes restantes nao não dominantes, dominantes, porque porque sob sob aa pressao pressão das das relacoes relações ate até entao então existentes existentes oo seu seu interesse interesse ainda ainda nao não pode pôde se se desenvolver desenvolver coma como interesse interesse particular particular de de uma uma classe classe particular. particular. Por vit6ria tambern Por isso isso aa sua sua vitória também eé util útil aa muitos muitos individuos indivíduos das das classes classes restantes restantes que que nao não chegaram chegaram aa dorninar, dominar, mas mas s6 só na na medida medida em em que que p6e põe estes estes individuos indivíduos agora agora na na situacao situação de de se se elevarem elevarem aà classe classe dominante. dominante. Quando Quando aa burguesia burguesia francesa francesa derrubou derrubou aa dorninacao dominação da da aristocracia, aristocracia, "* [Riscado [Riscado .no no manuscrito m anuscrito oo seguinte:) seguinte:] Estes E stes "conceitos “conceitos dorninantes" dom inantes” terao terão urna um a forma form a tao tão mais mais universal universal ee abrangente abrangente quanto quanto mais mais aa classe classe dominante dom inante esta está compelida com pelida aa apresentar apresentar o o seu seu interesse interesse como com o oo de de todos todos os os membros m em bros da da sociedade. sociedade. A A classe classe dominante dom inante mesma m esm a tern tem em em media m édia aa representacao representação de de que que estes estes seus seus conceitos conceitos dominavam dom inavam ee os os distingue distingue de de representacoes representações domid om i­ nantes nantes em em epocas épocas anteriores anteriores só por por apresenta-los apresentá-los como com o vcrdades verdades eternas. eternas. **** [Nota universalidade correspende [N ota marginal marginal de de Marx:) M arx:] A A universalidade correspende 1. 1. à classe classe contra nota 39 contra o o estarnento estam ento // / c cf. f . nota 3 9//, / , 2. 2. à concorrencia, concorrência, intercambio intercâm bio mundial, mundial, etc., grande nurnerosidade etc., 3. 3. à grande num erosidade da da classe classe dominante, dom inante, 4. 4. à ilusao ilusão dos dos interesses interesses comuns com u ns (essa (essa ilusao ilusão /le// / e / verdadeira verdadeira no no inicio in íc io )),, 5. 5. ao ao engano engano dos dos ide61ogos ideólogos ee aà divisao trabalho. divisão do do trabaiho.

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Em 36. Em alemao: alem ão: "ideell “ideell ausgedrUckt". ausgedrückt”. Sohre Sobre "ideell" “ideell” cf. cf. nota n ota 36.

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tornou tornou com com isso isso possivel possível aa que que muitos muitos proletarios proletários se se erguessem erguessem acima acima do na medida do proletariado, proletariado, mas mas s6 só na medida em em que que se se tomaram tornaram burgueses. burgueses. Por Por conseguinte, conseguinte, cada cada classe classe nova nova apenas apenas estabelece estabelece aa sua sua dominacao dominação sabre sobre uma base mais uma base mais ampla ampla do do que que aa da da que que dominava dominava ate até entao, então, sendo sendo que que em em contrapartida contrapartida mais mais tarde tarde aa oposicao oposição das das classes classes nao não dominantes dominantes concon­ tra tra aa agora agora dorninante dominante se se desenvolve desenvolve entao então tao tão mais mais aguda aguda ee profundaprofunda­ mente. mente. Ambas Ambas as as coisas coisas condicionam condicionam que que aa luta luta aa ser ser travada travada contra contra esta turno no uma esta nova nova classe classe dominante dominante opera opera por por seu seu turno no sentido sentido de de uma negacao mais radical, mais negação mais radical, mais decidida decidida dos dos estados estados sociais sociais ate até entao' então exisexis­ tentes, puderam fazer tentes, do do que que oo puderam fazer todas todas as as classes classes que que ate até entao então almejaram almejaram aa dominacao. dominação. E uma É natural natural que que toda toda esta esta aparencia aparência de de que que aa dominacao dominação de de uma classe classe determinada determinada eé s6 só aa dorninacao dominação de de certos certos pensarnentos pensamentos cessa cessa esponespon­ taneamente tão tao logo taneamente logo aa dominacao dominação de de classes classes cesse cesse em em geral geral de de ser ser aa forma rnais preciso apreforma da da ordern ordem social, social, portanto portanto tao tão logo logo nao não seja seja mais preciso apre­ sentar sentar um um interesse interesse particular particular coma como universal universal ou ou "o “o universal" universal” como como dominante. dominante. Depois Depois que que os os pensamentos pensamentos dominantes dominantes estao estão separados separados dos dos indiindi­ viduos dominantes víduos dominantes ee sobretudo sobretudo das das relacoes relações que que decorrem decorrem de de urn um dado dado estagio estágio do do modo modo de de producao, produção, ee que que atraves através disso disso se se estabeleceu estabeleceu oo resulresul­ tado tado de de que que na na hist6ria história sempre sempre dominarn dominam pensamentos, pensamentos, eé bastante bastante facil fácil abstrair pensamentos "o “o pensarnento", pensamento”, aa ideia, idéia, etc., etc., coma como abstrair destes destes diversos diversos pensamentos oo dominante na hist6ria isso tom tomar dominante na história ee com com isso ar todos todos estes estes pensamentos pensamentos ee conceitos conceitos singulares singulares como como "autodeterrninacoes" “autodeterminações” do do conceito conceito se se desenvoldesenvol­ vendo vendo na na hist6ria. história. E E entao então tambem também eé natural natural que que todas todas as as relacoes relações dos dos homens homens possam possam ser ser derivadas derivadas do do conceito conceito de de homern, homem, do do homem homem reprerepre­ sentado, homem, do sentado, da da essencia essência do do homem, do homern. homem. A A filosofia filosofia especulativa especulativa fez fez isso. Mesmo Hegel Hegel confessa ia da isso. Mesmo confessa no no final final da da Filosof Filosofia da historia história que que "consi“consi­ dera dera unicamente unicamente o o percurso percurso do do conceito" conceito ” ee que que apresentou apresentou na na hist6ria história aa "verdadeira “verdadeira teodiceia" teodicéia ” (p. (p. 446). 4 4 6 ). Pode-se Pode-se retornar retornar de de novo novo aos aos produprodu­ tores ide6logos ee fil6sofos, tores "do “do conceito", conceito”, aos aos te6ricos, teóricos, ideólogos filósofos, ee se se chega chega entao então ao ao resultado resultado de de que que os os filosofos, filósofos, os os pensantes pensantes coma como tais, tais, desde desde sempre sempre dominaram dom inaram na na historia história -— um um resultado resultado que, que, coma como vemos, vemos, tambern também ja já foi foi enunciado enunciado por por Hegel. Hegel. Portanto, Portanto, todo todo oo artiffcio artifício para para evidenciar evidenciar na na hist6ria história aa surna suma rnagnificencia magnificência do do espirito espírito (hierarquia (hierarquia em em Stimer) Stim er) se se restringe restringe aos aos tres três estorcos esforços seguintes: seguintes: N. 0 1. I. Os N.° Os pensamentos pensamentos daqueles daqueles que que dominam dominam por por razoes razões empiricas, empíricas, sob individuos materiais sob condicoes condições ernpiricas empíricas ee como como indivíduos materiais tern têm que que ser ser sepasepa­ rados reconhecendo-se com isso aa dominacao rados destes destes dominadores, dominadores, reconhecendo-se com isso dominação de de pensamentos pensamentos ou ou ilusoes ilusões na na hist6ria. história. N. 0 2. pensamentos tern N.° 2. Nesta Nesta dominacao dominação de de pensamentos tem que que se se introduzir introduzir uma uma ordem, interconexao mística mistica entre ordem, evidenciar evidenciar uma uma interconexão entre os os pensamentos pensamentos domidomi• """""'··f<•.· ••••

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nantes nantes que que se se sucedem, sucedem, oo que que se se leva leva aa cabo cabo tomando-os tomando-os como como "auto“auto­ determinacoes determinações do do conceito" conceito” (isto (isto eé posslvel possível porque, porque, mediante mediante aa sua sua base base empirica, empírica, estes estes pensamentos pensamentos estao estão efetivamente efetivamente conectados conectados entre entre si si ee porque, porque, tomados tomados como como meros meros pensamentos, pensamentos, se se tornam tornam autodiferenciacoes, autodiferenciações, distincoes distinções feitas feitas pelo pelo pensar). pensar). N. 0 3. mistico deste N.° 3. Para Para eliminar eliminar oo aspecto aspecto místico deste "conceito “conceito determiriandeterminan­ do transformado numa pessoa do aa si si mesmo", mesmo” , ele ele eé transform ado numa pessoa -— "a “a autoconsciencia" autoconsciência” -— ou, parecer bern materialista, numa numa serie ou, aa fim fim de de parecer bem materialista, série de de pessoas pessoas que que representam na historia, representam "o “o conceito" conceito” na história, em em "os “os pensantes", pensantes”, os os "fil6sofos", “filósofos”, os os ideologos, ideólogos, que que sao são agora agora por por sua sua vez vez tomados tomados como como os os fabricantes fabricantes · da da historia, história, como como "o “o conselho conselho dos dos guardiaes", guardiães” , como como os os dominantes dominantes *. *. Com Com isso isso se se eliminou eliminou da da hist6ria história oo conjunto conjunto dos dos elementos elementos rnaterialistas materialistas ee se se pode pode entao então dar dar calmamente calmamente as as redeas rédeas ao ao seu seu rocim rocim especulativo. especulativo. Enquanto Enquanto na na vida vida comum comum qualquer qualquer shopkeeper shopkeeper ,.flojista,.f / l o j i s t a / sabe sabe muito muito bem bem distinguir distinguir entre entre oo que que alguem alguém diz diz ser ser ee o o que que ele ele efetivamente efetivamente e, nossa historiografia historiografia ainda é, aa nossa ainda nao não alcancou alcançou este este conhecimento conhecimento trivial. trivial. Ela uma epoca Ela acredita acredita em em cada cada palavra palavra daquilo daquilo que que uma época imagina imagina ee diz diz aa respeito respeito de de si si mesma. mesma. Este historia que na Alemanha, Este metodo método da da história que dominou dominou na Alemanha, ee porque porque prefepreferentemente tern que rentemente ai, aí, tem que ser ser desenvolvido desenvolvido aa partir partir da da interconexao interconexão com com aa ilusao ilusão dos dos ide6logos ideólogos em em geral, geral, por por exemplo, exemplo, com com as as ilusoes ilusões dos dos juristas, juristas, politicos políticos (dentre (dentre os os quais quais tarnbem também os os estadistas estadistas praticos) práticos),, aa partir partir dos dos devaneios devaneios dogrnaticos dogmáticos ee deturpacoes deturpações desses desses caras, caras, ilusao ilusão que que se se explica explica de partir da pratica deles de maneira maneira bastante bastante simples simples aa partir da posicao posição prática deles na na vida, vida, dos dos seus seus afazeres afazeres ee da da divisao divisão do do trabalho. trabalho.

[[ •... • • ]J [C.J [C.] Comunismo. Comunismo. -— Produciio Produção da da forma forma de de interctimbio intercâm bio mesma mesma [[ •... • • ]] /

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/Segundo todos os /S e g u n d o aa nossa nossa concepcao, concepção, portanto, portanto, todos os conflitos conflitos da da hist6ria história te~ produtivas ee aa forma têm aa sua sua origem origem na na contradicao contradição entre entre as as forcas forças produtivas forma de intercambio/Ademais, intercâmbiovÂdemais, não preciso que que esta esta contradicao, contradição, para para levar levar de nao eé preciso aa conflitos mesmo país. pais. A conflitos num num pals, país, seja seja agudizada agudizada ao ao maximo máximo neste neste mesmo A concorrencia provocada concorrência com com paises países industrialmente industrialmente mais mais desenvolvidos, desenvolvidos, provocada por por um um intercambio intercâmbio internacional internacional ampliado, ampliado, eé suficiente suficiente para para engendrar engendrar uma uma indústria industria menos uma contradicao contradição semelhante semelhante nos nos paises países com com uma menos desendesen­ volvida Alemanha se manivolvida (por (por exemplo, exemplo, oo proletariado proletariado latente latente na na Alemanha se fez fez mani­ festo pela festo pela concorrencia concorrência da da indiistria indústria inglesa) inglesa).. · Esta Esta contradicao contradição entre entre as as Iorcas forças produtivas produtivas ee aa forma forma de de interinter­ cambio vezes ate câmbio que, que, como como vimos, vimos, ja já ocorreu ocorreu diversas diversas vezes até hoje hoje na na historia história •* [Nota Marx:] 0 pensante do [Nota marginal marginal de de Marx:] O homem homem = = ao ao "espfrito “espírito pensante do homern". homem”,

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sem vez que sem contudo contudo colocar colocar em em perigo perigo aa base base da da mesma, mesma, teve teve aa cada cada vez que irromper irrom per numa numa revolucao revolução na na qual qual assumiu assumiu ao ao mesmo mesmo tempo tempo diversas diversas figuras colaterais, totalidade de figuras colaterais, como como totalidade de conflitos, conflitos, como como conflitos conflitos de de difedife­ rentes rentes classes, classes, como como contradicao contradição da da consciencia, consciência, luta luta de de pensamentos, pensamentos, etc., politica, etc. um ponto vista limitado pode-se etc., luta luta política, etc. A A partir partir de de um ponto de de vista limitado pode-se ressaltar figuras colaterais ressaltar uma uma destas destas figuras colaterais ee considera-la considerá-la como como aa base base destas destas revolucoes, revoluções, o o que que eé tao tão mais mais facil fácil quanto quanto os os individuos indivíduos dos dos quais quais partiam partiam as revolucoes se faziam ilusoes as revoluções se faziam ilusões acerca acerca da da sua sua propria própria atividade atividade segundo segundo oo seu seu grau grau de de instrucao instrução ee segundo segundo oo estagio estágio do do desenvolvimento desenvolvimento historico. histórico. A poderes ((relações) relacoes) pessoais A transtormacao transform ação dos dos poderes pessoais em em coisais coisais ,f'sachliche,f' pela divisao por sua // s a c h l i c h e / pela divisão do do trabalho trabalho nao não pode pode ser ser por sua vez vez supesupe­ rada mas s6 rada extirpando extirpando da da cabeca cabeça aa representacao representação geral geral da da mesma, mesma, mas só atraatra­ ves vés de de os os individuos indivíduos subsumirem subsumirem de de novo novo estes estes poderes poderes coisais coisais sob sob si si mesmos ee de mesmos de superarem superarem aa divisao divisão do do trabalho trabalho -. *. Isto Isto nao não eé possivel possível sem sem aa comunidade. comunidade. £ É primeiro primeiro na na comunidade comunidade [com [com outros outros que que cada] cada] indiindi­ viduo tern os víduo tem os meios meios para para educar educar as as suas suas disposicoes disposições em em todos todos os os seus seus aspectos; aspectos; logo, logo, eé primeiro primeiro na na comunidade comunidade que que se se torna torna possivel possível aa liberliber­ dade pessoal. Nos dade pessoal. Nos sucedaneos sucedâneos da da comunidade comunidade ate até hoje hoje existentes, existentes, no no Estado, liberdade pessoal Estado, etc., etc., aa liberdade pessoal existia existia s6 só para para os os individuos indivíduos desenvoldesenvol­ vidos relacoes da vidos nas nas relações da classe classe dominante dominante ee s6 só na na medida medida em em que que eram eram individuos dessa indivíduos dessa classe. classe. A A comuoidade comunidade aparente aparente na na qual qual os os individuos indivíduos se reuniam ate se reuniam até hoje hoje sempre sempre se se autonomizou autonomizou frente frente aa eles eles e, e, ja já que que era era uma uma classe uma reuniao reunião de de uma classe frente frente aa uma uma outra, outra, era era simultaneamente simultaneamente nao não s6 só uma uma comunidade comunidade inteiramente inteiramente ilus6ria ilusória para para aa classe classe dominada, dominada, mas mas tambern também uma uma amarraj a m a rra | Na Na comunidade comunidade efetiva efetiva os os individuos indivíduos atingem atingem aa sua por sua sua liberdade liberdade simultaneamente simultaneamente em em ee por sua associa~ao') associação/’ De De todo todo oo desenvolvimento desenvolvimento ate até aqui aqui patenteia-se patenteia-se que que aa relacao relação coco­ munitaria munitária na na qual qual os os individuos indivíduos de de uma uma classe classe entraram, entraram , ee que que estava estava condicionada condicionada por por seus seus interesses interesses comuns comuns frente frente aa terceiros, terceiros, era era sempre sempre uma comunidade uma comunidade aà qual qual estes estes individuos indivíduos pertenciam pertenciam s6 só como como individuos indivíduos em nas condições condicoes de em media, média, s6 só ate até oo ponto ponto em em que. que viviam viviam nas de existencia existência da da sua na qual mas sua classe, classe, urna uma relacao relação na qual tinham tinham parte parte nao não corno como individuos, indivíduos, mas como proletarios revocomo membros membros de de uma um a classe.(Mas classe.^Mas na na comunidade comunidade dos dos proletários revo­ lucionariosj' que tomam lucionários,/que tomam sob sob seu seu controle controle as as suas suas condicoes condições de de existencia existência ee as se da inverso; as de de todos todos os os membros membros da da sociedade,/ sociedade,/se dá exatamente exatamente o o inverso; nela os nela os individuos indivíduos tomarn tomam parte parte como como individuos. indivíduos. ~ É precisamente precisamente aa reureu­ niao nião dos dos individuos indivíduos (naturalmente (naturalm ente que que dentro dentro do do pressuposto pressuposto das das forcas forças produtivas produtivas agora agora desenvolvidas) desenvolvidas) que que coloca coloca sob sob oo seu seu controle controle as as concon­ dicoes condicoes dições do do livre livre desenvolvirnento desenvolvimento ee movimento movimento dos dos individuos, indivíduos, condições que que ate até agora agora haviarn haviam sido sido deixadas deixadas ao ao acaso acaso ee que que se se haviarn haviam autonoautonomizado contra mizado contra os os indivfduos indivíduos singulares singulares precisamente precisamente pela pela sua sua separacao separação

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** [Nota [N ota marginal m arginal de de Engels:] E ngels:] (Feuerbach: (F euerbach: ser ser ee essencia), essên cia ).

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coma indivfduos, como indivíduos, pela pela sua sua reuniao reunião necessaria necessária que que era era dada dada com com aa divisao divisão do do trabalho trabalho ee que que pela pela separacao separação deles deles se se tomara tornara um um elo elo alheio alheio aos aos mesmos. de modo mesmos. A A reuniao reunião ate até hoje hoje existente existente era era s6 só uma uma reuniao reunião ((de modo algum algum arbitraria, arbitrária, tal tal coma como eé par por exemplo exemplo exposta exposta no no Contrat Contraí social, social, mas mas necesneces­ saria) sária) sabre sobre estas estas condicoes, condições, dentro dentro das das quais quais os os individuos indivíduos desfrutavam desfrutavam entao então da da contingencia contingência (cf., (cf., par por exemplo, exemplo, aa Iormacao formação do do Estado Estado norte-amenorte-am e­ ricano ee as as repiiblicas repúblicas sul-arnericanas sul-am ericanas). Até hoje hoje chamou-se chamou-se de de liberdade liberdade ricano ) . Ate pessoal esse esse direito direito de de 2oder poder g(!~r gozar tranqiiilamente tranqüilam ente da da contingenciaoentro contingência dentro pessoal de de certas certas condi~oes~-=--Estas. condições. — Estas condicoes condições de de existencia existência sao são naturalmente naturalmente 'S& SÓ as-respectivas as respectivas forcas forças produtivas produtivas ee formas formas de de intercambio. intercâmbio. Caso Caso se se considere considere [ilasoiicamente filosoficam ente este este desenvolvimento desenvolvimento dos dos indiindi­ viduos víduos nas nas condicoes condições comuns comuns de de existencia existência dos dos estamentos estamentos 89 S9 ee classes classes que que se se sucedem sucedem historicamente historicamente ee nas nas representacoes representações gerais gerais que que lhes lhes sao são impostas impostas com com isso, isso, claro claro que que entao então eé facil fácil imaginar imaginar que que nestes nestes individuos indivíduos se se desenvolveu desenvolveu o o genera gênero 'ou 'ou o o homem, homem, ou ou que que eles eles desenvolveram desenvolveram oo homem; homem; imaginar imaginar isso isso eé dar dar algumas algumas boas boas bofetadas bofetadas na na hist6ria história *. *. PfdeRode-se -se entao então tomar tom ar estes estes diversos diversos estamentos estamentos ee classes classes coma como especificacoes especificações da da expressao expressão geral, geral, coma como subespecies subespécies do do genera, gênero, coma como fases fases de de desendesen­ volvimento volvimento do do homem. homem. Esta Esta subsuncao subsunção dos dos individuos indivíduos sob sob classes classes determinadas determinadas nao não pode pode ser ser superada superada antes antes de de se se ter ter formado formado uma uma classe classe que que nao não tern tem mais mais um um interesse interesse particular particular de de classe classe aa fazer fazer prevalecer prevalecer contra contra aa classe classe dominante. dominante. (j^Os Os individuos indivíduos sempre sempre partiram partiram de de si, si, mas mas naturalmente naturalmente de de si si dentro dentro das das suas suas relacoes relações ee condicoes condições historicas históricas dadas, dadas, nao não do do individuo indivíduo "puro" “puro” no sentido no sentido dos dos ide6logo(j7Mas ideólogos.jTVIas no no curso curso do do desenvolvimento desenvolvimento hist6rico histórico ee precisamente precisamente pela pela autonomizacao autonomização das das relacoes relações sociais, sociais, inevitavel inevitável no no amâm­ bito bito da da divisao divisão do do trabalho, trabalho, emerge emerge uma uma diferenca diferença entre entre aa vida vida de de cada cada indivlduo indivíduo na na medida medida em em que que eé pessoal pessoal ee na na medida medida em em que que esta está subsubsumida sumida sob sob qualquer qualquer ramo ramo do do trabalho trabalho ee sob sob as as condicoes condições que que pertencem pertencem aa isso. isso. (lsto (Isto nao não deve deve ser ser entendido entendido no no sentido sentido de de que, que, par por exemplo, exemplo, oo rentista, rentista, o o capitalista, capitalista, etc., etc., deixam deixam de. de. ser ser pessoas; pessoas; mas mas aa personalidade personalidade •* A A proposicao, proposição, que que ocorre ocorre freqiientemente freqüentem ente em em Sao S ão Max, M ax, de de que que tudo tudo oo que que cada cada um um eé ele ele o o eé pelo p elo Estado, Estado, no no fundo fundo eé aa mesma m esm a que que aa de de que que oo burgues burguês é apenas apenas um um exemplar exem plar do do genero gênero burgues; burguês; uma um a proposicao proposição que que pressupoe pressupõe que que aa classe classe dos dos burgueses burgueses ja já existia existia antes antes dos dos individuos indivíduos que que aa constituem. constituem . [Junto aa esta [Junto esta frase frase aa nota nota marginal marginal de de Marx:] M arx:] Preexistencia P reexistên cia da da classe classe entre entre os os fil6sofos. filósofos.

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se se pode pode traduzir traduzir "Stand" “Stand” por por "estado", “estado”, sempre· sem pre no no sentido sentido de de cada cada um trSs estratos um dos dos três estratos sociais sociais (clero, (clero, nobreza nobreza ee povo) povo) que que compunham com punham aa sociedade sociedade sob sob os os regimes regimes feudal feudal ee monarquico. monárquico.

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213 213 deles deles esta está condicionada condicionada ee determinada determinada por por relacoes relações de de classe classe hem bem deterdeter­ minadas, minadas, ee aa diferenca diferença s6 só emerge emèrge na na oposicao oposição aa uma uma ,.9utra outra classe classe ee ppara ara eles eles mesmos mesmos s6 só quando quando entram entram em em bancarrota.)/ bancarrota.)/ No No estarnento estamento (mais isto ainda (mais ainda ainda na na tribo) tribo) isto ainda esta está encoberto, encoberto, por por exeiiiplo exemplo um um nobre nobre continuara continuará sempre sempre um um nobre, nobre, um um roturier roturier //plebeu// / p l e b e u / sempre sempre um um roturier; roturier; parte as inseparavel à parte as suas suas demais demais relacoes, relações, //isto / i s t o é / uma uma qualidade qualidade inseparável da individualidade. diferenca da sua sua individualidade.)A diferença entre entre oo indivfduo indivíduo pessoal pessoal oposto oposto ao ao indivi duo de vida para para oo indivíduo de uma uma classe classe ee aa contingencia contingência das das condicoes condições de de vida in[divfduo] mesma um in[divíduo] s6 só se se instauram instauram com com o o surgimento surgimento da da classe, classe, ela ela mesma um produto luta [dos] produto da da burguesia. burguesia. A A concorrencia concorrência ee aa luta [dos] individuos indivíduos entre entre si si eé que que pnrneiro primeiro eng[endra eng[endra ee de]senvolve dejsenvolve esta esta contingencia contingência como como tal. tal. Na Na representacao, representação, por por conseguinte, conseguinte, os os individuos indivíduos sao são mais mais livres livres sob sob aa domidomi­ nacao nação burguesa burguesa do do que que antes antes porque porque as as suas suas condicoes condições de de vida vida lhes lhes sao são contingentes; realidade sao menos livres, pois mais contingentes; na na realidade são naturalmente naturalm ente menos livres, pois mais subsubsumidos sob A diferenca sumidos sob um um poder poder coisal coisal //sachliche /s a c h lic h e Gewalt//. G e w a lt/. A diferença com com respeito respeito ao ao estamento estamento emerge emerge nomeadamente nomeadamente na na oposicao oposição entre entre aa burbur­ 40 guesia urbanos, guesia ee o o proletariado. proletariado. Quando Quando o o estamento estamento dos dos cidadaos cidadãos40 urbanos, as rural, aa sua as corporacoes, corporações, etc., etc., se se ergueram ergueram frente frente aà aristocracia aristocracia rural, sua condicondi­ ~iio ção de de existencia, existência, aa propriedade propriedade m6vel móvel ee oo trabalho trabalho artesanal artesanal que que ja já haviam haviam existido existido latentes latentes antes antes de de se se separarem separarem da da liga liga feudal, feudal, apareceu apareceu como como algo algo positivo positivo que que se se fez fez valer valer contra contra aa propriedade propriedade feudal feudal da da terra, terra, aa seu seu modo modo tambem também assumindo assumindo por por isso isso inicialmente inicialmente aa forma forma feudal. feudal. Claro Claro que que os os servos servos que que se se evadiam evadiam tratavam tratavam aa sua sua servidao servidão precedente precedente como como algo algo contingente contingente aà sua sua personalidade. personalidade. Mas Mas com com isso isso apenas apenas faziam faziam oo mesmo mesmo que que faz faz cada cada classe classe que que se se liberta liberta das das suas suas cadeias, cadeias, ee alem além disso disso se se libertavam libertavam nao não como como classe, classe, mas mas isoladamente. isoladamente. Alem Além disso disso nao não saiam esfera do saíam da da esfera do sistema sistema de de estamentos, estamentos, mas mas s6 só formavam formavam um um estaesta­ mento trabalho anterior mento novo novo ee mantinham mantinham o o seu seu modo modo de de trabalho anterior tarnbem também em em sua sua nova nova posicao, posição, elaborando-o elaborando-o ao ao liberta-lo libertá-lo das das arnarras amarras de de ate até entao então que que nao não correspondiam correspondiam [rnais] [mais] ao ao desenvolvimento desenvolvimento que que ja já haviam haviam alcanalcan­ çado *. *. cado

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•* N. N . B. B. Nao N ã o esquecer esquecer que que ja já aa necessidade necessidade dos dos servos servos existirem existirem ee aa imposim pos­ sibilidade sibilidade da da econornia econ om ia //em// / e m / grande grande ///escala//, e s c a l a / , que que trazia trazia consigo consigo a a distribulcio distribuição dos dos allotments allotm ents //parcelas// / p a r c e l a s / aos aos servos, servos, cedo cedo reduziram reduziram as as obrigacoes umaa media obrigações dos dos servos servos diante diante dos dos senhores senhores feudais feudais a a um m édia de d e forneforne­ cimentos cim entos em em especie espécie ee de de services serviços de de corveia, corvéia, o o que que tornava tornava possivel possível ao ao servo isso facilitava servo acumular acumular propriedade propriedade m6vel m óvel ee com com isso facilitava aa sua sua fuga fuga das das terras terras do do seu seu senhor, senhor, dando-lhe dando-lhe perspectivas perspectivas de de melhoria m elhoria como com o cidadii.o cidadão urbano ee tarnbern urbano tam bém gerando gerando escalonamentos escalonam entos entre entre os os servos, servos, de de maneira m aneira que que os os servos servos evasores evasores ja já sao são meio m eio burgueses burgueses //cf. / c f . nota nota 40//. 4 0 / . Donde D o n d e fica fica igualmente patente que igualm ente patente que os os camponeses cam poneses //que / q u e eram// e r a m / servos servos versados versados num num oficio o fício tinbam tinham as as maiores m aiores chances chances de de adquirir adquirir propriedade propriedade m6vel. m óvel. 40 40 Aqui Aqui

traduzimos traduzimos por por "burguesia" “burguesia” o o termo termo "Bourgeoisie" “Bourgeoisie” ee por por "cidadaos" “cidadãos” o o termo ultimo também tambem possa termo "Burger", “Burger”, embora embora este este último possa significar significar "burgueses", “burgueses”.

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214 214

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Entre proletarios, ao contrario, aa sua pr6pria condição condicao de Entre os os proletários, ao contrário, sua própria de vida, vida, oo trabalho, trabalho, ee com condicoes globais com isso isso as as condições globais de de existencia existência da da sociedade sociedade hodierna, para eles, eles, sobre os proletários proletarios hodierna, se se tornou tornou algo algo contingente contingente para sobre oo que que os singulares controle algum singulares nao não tern têm controle algum ee sobre sobre o o que que nenhuma nenhuma organizacao organização social social pode pode lhes lhes dar dar um um controle, controle, ee aa contradicao contradição entre entre aa personalidade personalidade do vida que foi imposta, imposta, oo trabalho, do proletario proletário singular singular ee aa condicao condição de de vida que lhe lhe foi trabalho, emerge em vista sacrificado emerge para para ele ele mesmo mesmo principalmente principalmente em vista de de ele ele ja já ser ser sacrificado desde juventude ee de chance de sua classe, desde aa juventude de lhe lhe faltar faltar aa chance de chegar, chegar, dentro dentro da da sua classe, ate até as as condicoes condições que que oo colocariam colocariam na na outra outra classe. classe. Por os servos Por conseguinte, conseguinte, enquanto enquanto os servos evasores evasores s6 só queriam queriam desenvolver desenvolver livremente valer as suas condicoes existencia ja livremente ee fazer fazer valer as suas condições de de existência já disponiveis disponíveis ee por isso s6 em ultima trabalho livre, livre, para por isso só chegavam chegavam em última instancia instância ate até o o trabalho para se tern que se afirmarem afirmarem pessoalmente pessoalmente os os proletarios proletários têm que superar superar aa sua sua pr6pria própria condicao toda condição de de existencia existência ate até aqui, aqui, aa qua! qual ée ao ao mesmo mesmo tempo tempo aa de de toda aa sociedade hoje, oo trabalho. isso tambem encontram em sociedade ate até hoje, trabalho. Por Por isso também se se encontram em oposioposi­ c;ao direta àa forma na qual qua! os os individuos sociedade se deram até ate ção direta forma na indivíduos da da sociedade se deram hoje global, ao tern que hoje uma uma expressao expressão global, ao Estado, Estado, ee têm que derrubar derrubar o o Estado Estado para para fazer prevalecer aa sua fazer prevalecer sua personalidade. personalidade.

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3. 3.

K. K. MARX: MARX: A A LIBERTAtAO LIBERTAÇÃO DA DA CLASSE OPRIMIDA OPRIMIDA 11 CLASSE

[[ ... . . . ]] J.'

Os Os economistas economistas ee os os socialistas socialistas 22 estao estão de de acordo acordo sobre sobre um um unico único pponto: o n to : ode o de condenar condenar as as coligacoes. coligações. S6 Só que que motivam motivam de de maneira m aneira diferente diferente oo seu seu ato ato de de condenacao, condenação. Os Os economistas economistas dizem dizem aos aos trabalhadores trabalhadores 8:3: nao não vos vos coligais. coligais. Ao Ao vos vos coligardes da indtistria, coligardes entravais entravais aa marcha marcha regular regular da indústria, impedis impedis os os fabricantes fabricantes de de satisfazerem satisfazerem as as encomendas, encomendas, perturbais perturbais oo comercio comércio ee precipitais precipitais aa invainva­ sao são das das maquinas máquinas que, que, tornando tornando em em parte parte inutil inútil oo vosso vosso trabali.o, trabalho, vos vos forcarao aa aceitar Ademais aa vossa forçarão aceitar um um salario salário ainda ainda mais mais baixo. baixo. Ademais vossa atitude atitude é em em vao, vão, 0o VOSSO vosso salario salário Sera será sempre sempre determinado determinado pe]a pela relacao relação entre entre

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presente presente texto texto constitui constitui as as paginas páginas finais finais da da Miserta Miséria du da Filosofia. Filosofia. Baseamos Baseamos nossa publicado em nossa traducao tradução no no texto texto original original em em frances francês publicado em MARX, M a r x , K. K . Oeuvres. Oeuvres. f::conomie Économie I. I. Bibliotheque Bibliothèque de de la la Pleiade. Pléiade. Paris, Paris, Gallimard, Gallimard, 1965, 1965, p. p. 133·6. 133-6. Traduzido por por Viktor Viktor von von Ehrenreich. Ehrenreich. Segundo Segundo aa nota nota introdut6ria introdutória de de Maxi· M a x iTraduzido milien milien Rubel Rubel (cf. (cf. Op. Op. cit., cit., p. p. 4) 4 ) Marx Marx pensou pensou esta esta obra obra em e m alemao, alemão, oo que que deixou deixou seus seus traces traços no no estilo estilo do do texto, texto. Por Por isso isso confrontamos confrontamos nossa nossa traducao tradução passo passo aa passo passo com com aa versao versão alerna alemã publicada publicada na n a standard standard edition edition MARX, M a r x , K. K. e e ENGELS, F. Werke. 1980, v. v. IV, IV, p. p. 179·82. na forrnuE n g e l s , F. Werke. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1980, 179-82. Tanto Tanto na formu­ lay1io lação ee vocabulario vocabulário quanto quanto na na pontuacao pontuação ee divisao divisão em em paragrafos parágrafos nos nos ativemos ativemos mais mais aà edi;ao edição francesa, francesa, assinalando assinalando em em notas notas varias várias discrepancias discrepâncias entre entre as as duas duas vers6es. versões. Salvo Salvo indicacao indicação em em contrario contrário todas todas as as notas notas sao são do do tradutor. tradutor. AbreviaAbrevia­ turas: turas: N. N. de de E. E. (nota (nota que que Engels Engels agregou agregou ao ao texto texto alemao), alem ão), N. N. do do ed. ed. al. al. (nota (nota do do editor editor alemao), alem ão), N. N. do do ed. ed. fr. fr. (nota (nota do do editor editor frances), francês), ed. ed. al. al. (ediy1io (edição alema), fr. (edicao alem ã), ed. ed. fr. (edição francesa). francesa). 22 Isto Isto e, é, os os de de entao, então, os os seguidores seguidores de de Fourier Fourier na na Franca França ee os os de de Owen Owen na na logia· Inglaterra. terra. (N. (N . de de E.) E.) s3 Na Na ed. ed. fr. fr. "ouvriers", “ouvriers”, na na ed. ed. al. al. "Arbeiter". “Arbeiter”. Traducao Tradução alternativa: alternativa: "operarios". “operários”.

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os braces braços demandados demandados ee os os braços um estorco esforço tao tão ridiculo ridículo os braces ofertados, ofertados, ee eé um quão perigoso perigoso encetar encetar uma uma revolta revolta contra as leis leis eternas eternas da da Economia Economia quao contra as Politic;1. Polític^. Os socialistas socialistas dizem dizem aos trabalhadores: não vos coligais, coligais, pois pois no Os aos trabalhadores: nao vos no final com isso? aumento de de salaries? final das das contas contas o o que que ganhareis ganhareis com isso? Um Um aumento salários? Os que os centavos que que Os economistas economistas vos vos provarao provarão ate até aa evidencia evidência que os poucos poucos centavos em caso caso de de exito êxito podeis com isso isso por alguns momentos momentos serão em podeis ganhar ganhar com por alguns serao seguidos de de uma uma baixa baixa para sempre. Calculadores Calculadores habeis hábeis vos vos provarao provarão seguidos para sempre. que precisareis precisareis de de anos anos para para tao-sornente tão-somente compensar, compensar, mediante mediante oo aumento aumento que dos salaries, salários, os que tivestes tivestes que que despender despender para para organizar organizar ee manter dos os gastos gastos que manter as E nos, em nossa socialistas, nós n6s vos as coligacoes. coligações. E nós, em nossa qualidade qualidade de de socialistas, vos dizemos dizemos que, esta questao dinheiro, nem nem por isso sereis os que, aà parte parte esta questão de de dinheiro, por isso sereis menos menos os trabalhadores, ee os os patr6es trabalhadores, os patroes patrões serao serão sempre sempre os patrões 4,4, assim assim como como antes. antes. Por isso nada de coligações, nada nada de política, pois pois fazer fazer coligacoes coligações nao não Por isso nada de coligacoes, de politica, fazer poHtica? política? eé fazer Os economistas economistas querem querem que os trabalhadores na sociedade sociedade Os que os trabalhadores fiquem fiquem na tal como formou ee tal tal como esta esta se se formou tal como como aa consignaram consignaram ee selaram selaram em em seus seus manuais ~.8. Os Os socialistas que deixern lado aa sociedade manuais socialistas querem querem que deixem de de lado sociedade antiga antiga para na sociedade sociedade nova nova que prepararam para para para poderem poderem melhor melhor entrar entrar na que prepararam eles eles com com tanta tanta previdencia. previdência. Apesar de de utopias, Apesar de uns uns ee de de outros, outros, apesar apesar de de manuais manuais ee de utopias, as as coligacoes coligações de de trabalhadores trabalhadores 86 nao não cessaram cessaram um um instante instante de de progredir progredir ee de da industria de crescer crescer com com o o desenvolvimento desenvolvimento ee o o crescimento crescimento da indústria moderna. moderna. E isto aa tal hoje que que oo grau grau que as coligacoes coligações atingiram num pais país E isto tal ponto ponto hoje que as atingiram num marca claramente o o posto posto que que o o mesmo mesmo ocupa ocupa na na hierarquia hierarquia do do mercado mercado marca claramente 7• mundial A Inglaterra, industria alcancou m u n d ial7. A Inglaterra, onde onde aa indústria alcançou oo grau grau rnais mais alto alto de de desenvolvimento, tern as coligacoes mais vastas e melhor organizadas. desenvolvimento, tem as coligações mais vastas e melhor organizadas. Na Inglaterra Inglaterra nao restringiram aa coligacoes parciais que Na não se se restringiram coligações parciais que nao não tivessem outro objetivo senao passageira, ee que desaparecessem tivessem outro objetivo senão uma uma greve greve passageira, que desaparecessem 8, com mesma. Formaram-se Formaram-se coligacoes com aa mesma. coligações permanentes, permanentes, as as trade trade unions unions 8, ' que servem de de anteparo aos trabalhadores trabalhadores nas nas suas lutas contra contra os em­ que servem anteparo aos suas lutas os empresários. E no no presente presente momento estas trade trade unions unions locais enconpresarios. E momenta todas todas esta~ locais encon44 Na Na

ed. Literalmente “mestres”, "mestres", também tambem ed. fr. fr. "mattres", “maitres”, na na ed. ed. al. al. "Meister", “Meister”. Literalmente "senhores". “senhores”. G novo paragrafo pr6ximo perlodo. 5A A ed. ed. al. al. abre abre novo parágrafo com com o o próximo período. o8 Na Na ed. "as coligacoes", na ed. al. "die ed. fr. fr. "les “les coalitions" coalitions” = “as coligações”, na ed. al. “die ArbeiterkoalitioArbeiterkoalitionen” “as coligacoes coligações de de trabalhadores", trabalhadores”. nen" — = "as 77 Na Na ed. na ed. ed. fr. fr. "du “du marche marché de de l'univers" 1’univers” = =r "do “do mercado mercado do do universe", universo”, na ed. al. al. “des Weltmarktes” “do mercado mercado mundial mundial (ou (ou do do mundo)". m undo)”. "des Weltmarktes" = = "do R8 Em Em ingles no original, na ed. "trades unions" inglês no original, grafado grafado "trade-unions" “trade-unions” na ed. fr. fr. ee "trades unions" (plural malformado) na os sindicatos (plural malformado) na ed. ed. al. al. Sao São os sindicatos em em forrnacao. formação.

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tram tram um um ponto ponto de de uniao união na na National N ational Association Association of of United United Trades T ra d e s 9, 9, cujo cujo comite comitê central central se se situa situa em em Londres Londres ee que que ja já conta conta 80 80 000 000 membros. membros. A unions se A Iormacao formação destas destas greves, greves, coligacoes coligações ee trade trade unions se desenrolou desenrolou simulsimul­ taneamente lutas politicas taneam ente com com as as lutas políticas dos dos trabalhadores, trabalhadores, que que hoje hoje em em dia dia 10• constituem constituem um um grande grande partido partido politico político sob sob oo nome nome de de chartistas ch artistas10. B É sob sob aa forma forma de de coligacoes coligações que que sempre sempre ocorrem ocorrem as as prirneiras primeiras tentatenta­ tivas tivas dos dos trabalhadores trabalhadores para para se se associarem associarem entre entre si. si. A mimero de A grande grande indtistria indústria aglomera aglomera num num lugar lugar um um grande grande número de pessoas por pessoas que que nao não se se conhecem conhecem entre entre si. si. A A concorrencia concorrência as as divide divide por interesses. interesse comum interesses. Mas Mas aa manutencao m anutenção do do salario, salário, este este interesse comum que que elas elas tern retine num mesmo pensamento têm contra contra oo seu seu patrao, patrão, as as reúne num mesmo pensamento de de resistencia resistência -— coligaciio. coligação. Assim Assim aa coligacao coligação sempre sempre tern tem uma uma finalidade finalidade dupla, dupla, aa de de fazer fazer cessar cessar aa concorrencia concorrência entre entre elas elas para para poderem poderem fazer fazer uma uma concon­ correncia finalidade da corrência geral geral ao ao capitalista. capitalista. Se Se aa primeira primeira finalidade da resistencia resistência era era s6 medida que só aa manutencao manutenção dos dos salaries, salários, à medida que os os capitalistas capitalistas por por seu seu tumo turno se se reunem reúnem com com o o fito fito da da repressao, repressão, as as coligacoes, coligações, inicialmente inicialmente isoladas, isoladas, se se formam formam em em grupos, grupos, ee em em face face do do capital capital sempre sempre unido unido aa manutencao m anutenção da importante da associacao associação se se toma tom a mais mais im portante 11 11 para para elas elas do do que que aa do do salario. salário. Tanto Tanto isto isto eé verdade verdade que que os os economistas economistas ingleses ingleses estao estão completamente completamente admirados parte do admirados de de ver ver os os trabalhadores trabalhadores sacrificarem sacrificarem uma uma boa boa parte do seu seu salario salário em em favor favor de de associacoes associações que, que, aos aos olhos olhos destes destes economistas, economistas, s6 só foram urna verdadeira foram estabelecidas estabelecidas em em favor favor do do salario. salário. Nesta Nesta luta luta -— uma verdadeira guerra reunem ee se guerra civil civil -— se se reúnem se desenvolvem desenvolvem todos todos os os elementos elementos necesneces­ sarios por vir. sários 12 12 aa uma uma batalha batalha por vir. Uma Uma vez vez atingido atingido este este ponto, ponto, aa assoasso­ ciação 13 18 assume assume um um carater caráter politico. político. ciacao Primeiro Primeiro as as relacoes relações economicas econômicas transformaram transform aram aa massa massa do do pais país 14 14 em uma em trabalhadores. trabalhadores. A A dominacao dominação do do capital capital criou criou para para esta esta massa massa uma

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Associaciio Associação Nacional Nacional dos dos Sindicatos Sindicatos Unidos Unidos era era uma uma organiza~iio organização sindical sindical fundada em 1845 1845 na na Inglaterra cuja atividade atividade se se limitava limitava aa apoiar apoiar aa luta luta econeeconô­ fundada em Inglaterra cuja mica mica por por melhores melhores condicoes condições para para aa venda venda da da forca força de de trabalho trabalho ee por por uma uma melhor legislação legisla~iio trabalhista. melhor trabalhista. Existiu Existiu ate até os os anos anos sessenta sessenta do do seculo século passado, passado, mas mas ja no rnovijá aa partir partir de de 1851 1851 niio não desempenhava desempenhava mais mais nenhum nenhum papel papel de de relevo relevo no movi­ mento mento sindical. sindical. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) 10 10 Representantes Representantes do do movimento movimento revolucionario, revolucionário, mas mas niio não socialists, socialista, ,dos .dos trabalhatrabalha­ dores 836 aa 1848. dores ingleses ingleses de de I1836 1848. Lutavam Lutavam pela pela efetiva~iio efetivação da da "People's “People’s Charter", Charter”, documento documento redigido redigido por por Lovett Lovett em em 1838 1838 cujas cujas exigencias exigências visavam visavam à democratizademocratiza­ ~iio ção da da ordem ordem estatal estatal da da Inglaterra. Inglaterra. Lenin Lenin os os considerou considerou o o primeiro primeiro movimento movimento de de massa massa amplo, amplo, efetivo, efetivo, de de carater caráter claramente claramente politico político ee proletario-revolucionaproletário-revolucionário. rio. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) Ja Já desde desde o o verao verão de de 1846 1846 Marx Marx ee Engels Engels haviam haviam entrado entrado em ed. fr.) em contato contato com com os os llderes líderes chartistas chartistas Harney Harney ee O'Connor. 0 ’Connor. (N. (N . do do ed. fr.) Na ed. ed. al. al. consta consta "notwendiger" “notwendiger” = = "mais “mais necessaries". necessários”. 11 Na 12 12 "Necessaries" “Necessários” omitido omitido na na ed. ed. al. al. 13 Na Na ed. ed. fr. fr. "associations" “assoçiations” = = "associacoes", “associações”, na ed. al. al. "Koalitionen" “Koalitionen” = "coli“coli­ rs na ed. ga~es". gações”. 14 Na ed. 1 4 Na ed. al. al. "der “der Bevolkerung" Bevõlkerung” = "da “da populacao". população”.

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situacao comuns. Assim massa já ja eé uma situação comum, comum, interesses interesses comuns. Assim esta esta massa uma classe classe frente mas nao ainda para nao frente ao ao capital, capital, mas não ainda para si si mesma. mesma. Na Na luta, luta, da da qual qual não assinalamos fases, esta esta massa reune, se se constitui constitui como como assinalamos senao senão algumas algumas fases, massa se se reúne, classe para si se tornam classe para si mesma. mesma. Os Os interesses interesses que que ela ela defende defende se tornam interesses interesses de classe. Mas contra classe classe eé uma de classe. Mas aa luta luta de de classe classe contra uma luta luta politica. política. Com reterencia a burguesia temos que distinguir duas fases: Com referência à burguesia temos que distinguir duas fases: aquela aquela durante classe sob feudalismo durante aa qual qual se se constituiu constituiu como como classe sob oo regime regime do do feudalismo ee da que, ja como classe, da monarquia monarquia absoluta absoluta ee aquela aquela em em que, já constituida constituída como classe, ela feudalidade ee aa monarquia fim de da sociedade sociedade ela derrubou derrubou aa feudalidade monarquia aa fim de Iazer fazer da uma sociedade destas fases uma sociedade burguesa. burguesa. A A prirneira primeira destas fases foi foi aa mais mais longa longa ee necessitou dos colinecessitou dos maiores maiores estorcos. esforços. Tambern Também aa burguesia burguesia comecou começou com com coli­ gacoes feudais. gações parciais parciais contra contra os os senhores senhores feudais. Fizeram-se muitas Fizeram-se muitas investigacoes investigações para para rastrear rastrear as as diferentes diferentes fases fases hist6ricas constihistóricas que que aa burguesia burguesia percorreu percorreu desde desde aa comuna comuna ate até aa sua sua consti­ tuicao como classe tuição como classe 15. 15. Mas Mas quando quando se se trata trata de de prestar prestar contas contas exatas exatas sobre sobre as greves, as outras efeas greves, as as coligacoes coligações ee as outras formas formas nas nas quais quais os os proletario5t proletários, efe­ tuarn entao' uns tuam diante diante dos dos nossos nossos olhos olhos aa sua sua organizacao organização como como classe, classe, então uns sao acometidos são acometidos de de um um medo medo real, real, enquanto enquanto outros outros dao dão mostras mostras de de um um desdern transcendental. desdém transcendental. Uma classe de toda Uma classe oprimida oprimida eé aa condicao condição vital vital de toda aa sociedade sociedade fundada fundada sobre oo antagonismo classe oprimida implica sobre antàgonismo de de classes. classes. A A libertacao libertação da da classe oprimida implica portanto uma sociedade nova. Para Para que que aa portanto necessariamente necessariamente aa criacao criação de de uma sociedade nova. classe possa se libertar, eé preciso preciso que que as produtivas ja classe oprimida oprimida possa se libertar, as torcas forças produtivas já adquiridas umas adquiridas ee as as relacoes relações sociais sociais existentes existentes nao não possam possam mais mais existir existir umas ao outras. De todos os ao lado lado das das outras. De todos os instrumentos instrumentos de de producao produção aa classe classe revolucionaria maior Iorca A organizacao revolucionária ée ela ela mesma mesma aa maior força produtiva. produtiva. A organização dos dos elementos revolucionarios todas as elementos revolucionários como como classe classe supoe supõe aa existencia existência de de todas as Iorcas produtivas que que puderam puderam se antiga. forças produtivas se engendrar engendrar no no seio seio da da sociedade sociedade antiga. Quer isto dizer da sociedade uma Quer isto dizer que que ap6s após aa queda queda da sociedade antiga antiga havera haverá uma nova dorninacao nova dominação de de classe, classe, culminando culminando num num novo novo poder poder politico? político? Nao. Não. A abolicao de A condicao condição de de libertacao libertação da da classe classe trabalhadora trabalhadora eé aa abolição de 16, toda libertacao do toda classe, classe, assim assim como como aa condicao condição de de libertação do "terceiro “terceiro estado" estado” 16, 17 e de todas as da ordem burguesa, foi a abolicao de todos os "estados" da ordem burguesa, foi a abolição de todos os “estados” 17 e de todas as ordens ordens.. .u ed. al. pr6xima frase. 15 A A ed. al. abre abre novo novo paragrafo parágrafo com com aa próxima frase. to "Le tiers etat", designacao dada burguesia por ap6s oo clero 16 “Le tiers état”, designação dada a à burguesia por vir vir após clero ee aa nobreza nobreza na hierarquia social na hierarquia social desde desde o o medievo. medievo. A A ed. ed. al. al. tern tem "Stand", “Stand”, "Stande" “Stánde” onde onde nos nós temos no original, original, para para temos "estado", “estado”, "estados", “estados”. Acrescentamos Acrescentamos aspas, aspas, inexistentes inexistentes no evitar com outros 17. evitar confusoes confusões com outros sentidos sentidos do do termo. termo. Cf., Cf., aa proposito, propósito, nota nota 17. 11 Estado 17 "Estados" “Estados” [aspas [aspas do do tr.) tr.] aqui aqui no no sentido sentido hist6rico histórico dos dos "estados" “estados” do do Estado feudal, "estados" A revolucao feudal, “estados" com com prerrogativas prerrogativas determinadas determinadas ee limitadas. limitadas. A revolução da da burguesia aboliu junto com prerrogativas. A ~ sociedade burburguesia aboliu os os "estados" “estados” junto com as as suas suas prerrogativas. sociedade bur­ guesa s6 estava em contradicao com com guesa só conhece conhece ainda ainda classes. classes. Por Por isso isso se se estava em completa completa contradição aa hist6ria história quando quando se se designou designou o o proletariado proletariado de de "quarto “quarto estado", estado”. (N. (N . de de E.) E.)

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A A classe classe trabalhadora trabalhadora substituira, substituirá, no no curso curso de de seu seu desenvolvimento, desenvolvimento, aa antiga antiga sociedade sociedade civil civil por por uma uma associacao associação que que excluira excluirá as as classes classes ee o o seu mais poder poder politico seu antagonismo, antagonismo, ee nao não havera haverá mais político propriamente propriamente dito, dito, ja precisamente oo resumo resumo oficial já que que oo poder poder politico político é precisamente oficial do do antagonismo antagonismo 18 18 dentro dentro da da sociedade sociedade civil. civil. Entrementes, Entrementes, o o antagonismo antagonismo entre entre oo proletariado proletariado ee aa burguesia burguesia é uma uma luta luta de de classe classe contra. contra classe, classe, luta luta que, que, levada levada aà sua sua expressao expressão mais mais alta, alta, eé uma uma revolucao revolução total. total. De De resto, resto, eé preciso preciso se se admirar adm irar de de que que uma uma sociedade fundada sobre sociedade fundada sobre aa oposiciio oposição de de classes classes desemboque desemboque na na contradiciio contradição brutal, num brutal, num choque choque corpo-a-corpo corpo-a-corpo como como desfecho desfecho ultimo? último? Nao Não se se diga diga que que o o movimento movimento social social exclui exclui oo movimento movimento politico. político. Nao ha tempo. Não há jamais jamais movimento movimento politico político que que nao não seja seja social social ao ao mesmo mesmo tempo. Nao Não eé senao senão numa num a ordem ordem de de coisas coisas onde onde nao não havera haverá mais mais classes classes nem nem antagonismo antagonismo de de classes classes que que as as evoluciies evoluções sociais sociais deixarao deixarão de de ser ser revoluciies limiar de revoluções politicas. políticas. Ate Até la, lá, no no limiar de cada cada rearranjo rearranjo geral geral da da sociesocie­ dade dade aa ultima última palavra palavra da da ciencia ciência social social sera será sempre: sempre: O combate ou a morte: a luta sanguinaria O com bate ou a m orte: a luta sanguinária ou ou o o nada. nada. £ É assim assim que posta. que aa questao questão esta está invencivelmente invencivelm ente posta. Georges G eorges Sand Sand 19 19

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18 Na 18 N a ed. ed. al. al. consta consta "der “der offizielle offizielle Ausdruck Ausdruck des des Klassengegensatzes" Klassengegensatzes” = = "a “a expresexpres­ siio oficial são oficial da da oposicao oposição de de classe". classe”. romance 19 Citacao C itação extrafda extraída da da introducao introdução do do rom ance hist6rico histórico de de Georges Georges Sand. Sand. Jean Jean Ziska. Episode Z iska. Ê pisode de de la la guerre guerre des des Hussites, H ussites, publicado publicado inicialmente inicialmente na na Revue R evu e lndeIndépendante, 1843, 1843, t.t. VII, 484. (N. pendante, V II, p. p. 484. (N . do do ed. ed. fr.) fr.)

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4. 4.

K. CA SUBVERSIVA K. MARX MARX E E F. F. ENGELS: ENGELS: PRATI PRÁTICA SUBVERSIVA E UCIONARIA ** E CONSCl£NCIA CONSCIÊNCIA REVOL REVOLUCIONÁRIA

I Mensagem Liga de Mensagem do do Comite Comitê Central Central a à Liga de marco março de de 1850 1850 11 O O Comite C om itê Central Central aà Liga Liga Irmiios! Irmãos! Nos Nos dois dois anos anos da da revolucao revolução de de 1848/49, 1848/49, aa Liga Liga venceu venceu uma uma dupla dupla prova: prova: primeiro, primeiro, porque porque em em todos todos os os lugares lugares os os seus seus membros membros interinter­ ** Reproduzido Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F. Ansprache Ansprache der der Zentralbehorde Zentralbehõrde an an den den Bund Bund vom vom Marz Màrz 1850. 1850. Jo: In: -. — . Ausgewdhlte Ausgewãhlte Werke. Werke. 9. 9. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1981. II, p. tecnica da 1981. v. v. II, p. 126-38. 126-38. Traduzido Traduzido por por Regis Régis Barbosa. Barbosa. Revislio Revisão técnica da traducao tradução ee notas Netto. notas explicativas explicativas por por Jose José Paulo Paulo Netto. 11 Na Na "Mcnsagem “Mensagem do do Comite Comitê Central Central à Liga Liga de de marco março de de 1850", 1850”, Marx Marx ee Engels Engels extraem extraem ensinamentos ensinamentos basicos básicos para para aa torrnacao formação de de um um partido partido dos dos trabalhadores trabalhadores autonomos 1848/49. autônomos na na Alemanha, Alemanha, aa partir partir da da experiencia experiência da da Revolucao Revolução de de 1848/49. Concluem tentativas de Concluem que que oo partido partido dos dos trabalhadores trabalhadores deve deve rejeitar rejeitar todas todas as as tentativas de fusjio fusão politica política da da democracia democracia pequeno-burguesa pequeno-burguesa ce deve deve defender defender sua sua independencia independência organizat6ria, mesmo tempo, tempo, elaboraram organizatória, politica política ee ideol6gica. ideológica. Ao Ao mesmo elaboraram os os principios princípios taticos partido dos trabalhadores para táticos basicos básicos sobre sobre oo relacionamento relacionamento do do partido dos trabalhadores para com com aa democracia pequeno-burguesa. Eles democracia pequeno-burguesa. Eles acentuam acentuam que que oo partido partido dos dos trabalhadores trabalhadores deve pela completa deve impulsionar impulsionar oo movimento movimento sempre sempre adiante adiante ee lutar lutar pela completa transforrnatransforma­ ~lio ção dernocratico-burguesa. democrático-burguesa. A "Mensagem A “Mensagem do do Cornite Comitê Central Central à Liga Liga de de marco março de de 1850" 1850” foi foi escrita escrita no no comeco membros da começo de de marco março de de 1850 1850 ee difundida difundida entre entre os os membros da Liga Liga dos dos Comunistas. Comunistas. Em 1851, Em 1851, este este documento, documento, que que havia havia sido sido apreendido apreendido pela pela policia polícia prussiana, prussiana, quando quando da foi publicado da prisiio prisão de de alguns alguns membros membros da da Liga, Liga, foi publicado nos nos jornais jornais Koelnische Koelnische ZeitungZeitung ee no nzeiger, como tambem no no Dresdner Dresdner Journal Journal und und A Anzeiger, como também no livro livro organizado organizado pelos pelos

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221 221 vieram vieram energicamente energicamente no no movimento movimento ee porque, porque, na na imprensa, imprensa, nas nas barribarri­ cadas nos campos cadas ee nos campos de de batalhas, batalhas, eles eles estiveram estiveram na na vanguarda vanguarda da da (mica única classe classe decididamente decididamente revolucionaria, revolucionária, o o proletariado. proletariado. Ademais, Ademais, porque porque aa concepcao tal como concepção que que aa Liga Liga tinha tinha do do movimento, movimento, tal como foi foi formulada formulada nas nas circulares circulares dos dos congressos congressos ee do do Comite Comitê Central Central em em 1847 1847 ee no no Manifesto M anifesto comunista, comunista, provou-se provou-se como como aa (mica única correta: correta: as as esperancas esperanças manifestadas manifestadas nestes nestes documentos documentos confirmaram-se confirmaram-se plenamente plenamente ee aa concepcao concepção sobre sobre as as condicoes momento, que havia divulgado condições sociais sociais do do momento, que aa Liga Liga ate até entao então s6 só havia divulgado secretamente, na boca secretamente, acha-se acha-se agora agora na boca do do povo povo ee eé defendida defendida abertamente abertamente nas mesmo tempo, nas pracas praças publicas. públicas. Ao Ao mesmo tempo, aa s6lida sólida organizacao organização anterior anterior da da Liga Liga debilitou-se debilitou-se significativamente. significativamente. Uma Uma grande grande parte parte dos dos seus seus memmem­ bros - participantes bros — participantes diretos diretos no no movimento movimento revolucionario revolucionário -— acreditou acreditou que havia passado que oo tempo tempo das das sociedades sociedades secretas secretas ja já havia passado ee que que bastava bastava apenas apenas aa atividade atividade publica, pública. Alguns Alguns circulos círculos ee comunidades comunidades foram foram se se enfraquecendo enfraquecendo ee relaxando relaxando pouco pouco aa pouco pouco as as suas suas ligacoes ligações com com oo ComiComi­ te pois, enquanto tê Central. Central. Assim, Assim, pois, enquanto oo partido partido democratico, democrático, oo partido partido da da pequena-burguesia, pequena-burguesia, continuava continuava aa organizar-se organizar-se na na Alemanha, Alemanha, oo partido partido dos dos trabalhadores trabalhadores perdia perdia sua sua unica única base base firme, firme, permanecendo permanecendo organiorgani­ zado, zado, no no maximo, máximo, em em algumas algumas areas áreas para para fins fins locais, locais, caindo caindo por por completo completo sob sob aa influencia influência ee aa direcao direção dos dos democratas democratas pequeno-burgueses. pequeno-burgueses. Esta Esta situacao restasituação deve deve terminar; term inar; aa autonomia autonomia dos dos trabalhadores trabalhadores precisa precisa ser ser resta­ belecida. necessidade ee enviou, belecida. 0 O Comite Comitê Central Central compreendeu compreendeu esta esta necessidade enviou, por por isso, ja no invemo isso, já no inverno de de 1848-1949, 1848-1949, um um emissario, emissário, Joseph Joseph Moll, Moll, com com aa missao de na Alemanha. missão de reorganizar reorganizar aa Liga Liga na Alemanha. A A missao missão de de Moll Moll permaperm a­ neceu, porem, posterior, em neceu, porém, sem sem efeito efeito posterior, em parte parte porque porque os os trabalhadores trabalhadores alemaes não nao tinham parte porque porque alemães tinham ainda ainda aa experiencia experiência suficiente suficiente ee em em parte tal maio do tal experiencia experiência interrornpeu-se interrompeu-se com com aa insurreicao insurreição de de maio do ano ano paspas­ sado 2•2. 0 de sado O proprio próprio Moll Moll empunhou em punhou armas, armas, incorporou-se incorporou-se ao ao exercito exército de Baden-Pfalz Baden-Pfalz ee tombou tombou em em 29 29 de de junho, junho, num num encontro encontro nas nas imediacoes imediações de de Murg. Murg. A A Liga Liga perdeu perdeu nele nele um um dos dos membros membros mais mais antigos, antigos, mais mais ativos ativos ee mais mais seguros, havia participado todos os seguros, que que havia participado de de todos os congressos congressos ee comites comitês centrais centrais ee que que ja já realizara realizara antes, antes, com com grande grande exito, êxito, uma uma serie série de de missoes missões dois policia. WERMUTH Kommunisten-Verschwoedois funcionarios funcionários da da polícia, W e rm u th e e STtEBER. S t i e b e r . Die Die Kommunisten-Verschwoerungen Berlim, 1853-1854. 1853-1854. 22 v. v. rungen des des neunzehnten neunzehnten Iahrhunderts. Jahrhunderts. Berlim, Engels. em Engels, em 1885, 1885, publicou publicou o o texto texto corno como apendice apêndice aà nova nova edi~o edição do do escrito escrito de de Marx, Enthuellungen ueber Kommunisten-Prozess zu M arx, Enthuellungen ueber den den Kommunisten-Prozess zu Koeln Koeln [Revel~oes [Revelações sobre sobre oo processo processo dos dos comunistas comunistas em em Colonia]. Colônia]. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) 2 para oo Imperio, realizada em maio2 Referencia Referência aà campanha cam panha pela pela constituicao constituição para Im pério, realizada em maio-iunho reino aprovada marco -junho de de 1849, 1849, em em defesa defesa da da Constituicao Constituição do do reino aprovada em em 28 28 de de m arço de foi aa iiltirna de 1849. 1849. Esta Esta campanha cam panha foi últim a etapa etapa da da revolucao revolução dernocratico-burguesa dem ocrático-burguesa de Engels participou, de 1848/49. 1848/49. Sobre Sobre o o carater caráter ee o o decurso decurso destas destas lutas, lutas, das das quais quais Engels participou, veja veja seus seus trabalhos trabalhos "Die “Die deutsche deutsche Reichverfassungskarnpagne" Reichverfassungskampagne” (MARX/ENGELS. (M a rx /E n g e ls . Werke. v. 7, Werke. v. 7, p. p. 109-97) 109-97) ee "Revolution “Revolution und und Konterrevolution K onterrevolution in in Deutschland" D eutschland” (Op. cit., p. (Op. cit., p. 281-97). 281-97). (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

222 no exterior. exterior. Depois Depois da da derrota derrota dos dos partidos revolucionários da da Alemanha no partidos revolucionarios Alemanha França, em em julho de 1849, 1849, quase quase todos todos os os membros membros do do Comite Comitê Central Central ee Franca, julho de reuniram-se de novo em em Landres, Londres, completaram-no completaram-no com com novas novas forças reuniram-se de novo torcas revolucionárias com renovado renovado fervor fervor empreenderam reorganização revolucionarias ee com empreenderam aa reorganizacao da Liga. A reorganização s6 só pode pode ser ser alcançada por meio de um um emissário, A reorganizacao alcancada por meio de emissario, Comitê Central considera que que ée da da mais mais alta alta irnportancia importância que que esse esse ee oo Comite Central considera emissário parta parta precisamente precisamente agora, quando ée iminente uma nova emissario agora, quando iminente uma nova revo­ revolucao, quando deve agir agir do lução, quando oo partido partido dos dos trabalhadores, trabalhadores, portanto, portanto, deve do modo modo mais organizado, mais mais unanime unânime ee mais mais autônomo, se não quer de de novo mais organizado, autonomo, se nao quer novo ser explorado pela burguesia, burguesia, como Ja vos ser explorado ee levado levado aa reboque reboque pela como em em 1848. 1848. Já vos dissemos em em 1848, irmãos, que os burgueses liberais alemaes alemães chegariam dissemos 1848, irmaos, que os burgueses liberais chegariam logo ao ao poder empregariam imediatamente imediatamente contra contra os os trabalhadores logo poder ee empregariam trabalhadores este poder recem-conquistado, este poder recém-conquistado. Ja Já vistes vistes como como isto isto foi foi realizado. realizado. De De fato, fato, foram os os burgueses burgueses que, que, depois depois do do movimento movimento de de marco março de de 1848, foram 1848, assu­ fSSUmiram utilizaram para forçar miram imediatamente imediatamente oo aparelho aparelho do do Estado Estado ee oo utilizaram para for9ar os trabalhadores, seus luta, aa retomarem antiga posicao os trabalhadores, seus aliados aliados na na luta, retornarem aà sua sua antiga posição de explorados. explorados. Em bora aa burguesia burguesia nao não pudesse obter tudo sem se se de Embora pudesse obter tudo isto isto sem aliar ao ao partido partido feudal, derrotado em sem de de nova novo ceder ceder ao ao aliar feudal, derrotado em março, marco, sem dominio condicoes domínio deste deste partido partido absolutista absolutista feudal, feudal, ela ela assegurou assegurou as as condições que, vista das do governo, governo, haveriam que, em em vista das dificuldades dificuldades financeiras financeiras do haveriam de de colocar colocar finalmente suas maos mãos o o poder os seus seus interesses, interesses, finalmente nas nas suas poder ee salvaguardariam salvaguardariam os no caso de de oo movimento movimento revolucionário entrar, aa partir de agora, no no caso revolucionario entrar, partir de agora, no chamado desenvolvimento desenvolvimento pacifico. pacífico. A A burguesia, burguesia, para seu dodo­ chamado para assegurar assegurar seu mínio, não sequer necessidade necessidade de recorrer às de violência, minio, nao teria teria sequer de recorrer as medidas medidas de violencia, que odiada perante povo, pois todos estes estes passos que aa tornariam tornariam odiada perante oo povo, pois todos passos violentos violentos já haviam sido sido dados dados pela contra-revolução feudal. feudal. Mas Mas o o desenvolvi­ ja haviam pela contra-revolucao desenvolvimento nao não ha há de seguir essa essa via via pacífica. Pelo contrario, contrário, aa revolução mento de seguir pacifica. Pelo revolucao que acelerara acelerará este este desenvolvimento desenvolvimento está próxima, quer quer seja provocada que esta pr6xima, seja provocada por um um levantamento levantamento autonomo autônomo do do proletariado proletariado trances francês ou ou atraves através de de par uma invasao invasão da da Babel Babel revolucionaria revolucionária 83 pela pela Santa Santa Alianca, Aliança. uma E oo papel que os burgueses liberais liberais alemaes E papel que os burgueses alemães em em 1848 1848 desempedesempe­ nharam contra contra o o povo, povo, este este papel papel tão traiçoeiro sera será desempenhado, nharam tao traicoeiro desempenhado, na na iminente dernocratas que hoje ocupam ocupam iminente revolucao, revolução, pelos pelos pequeno-burgueses pequeno-burgueses democratas que hoje na oposicao oposição oo mesmo mesmo lugar que os os burgueses burgueses liberais liberais ocuparam ocuparam antes antes na lugar que de 1848. Este partido, partido, oo dernocratico, democrático, que mais perigoso perigoso para para os os de 1848. Este que eé mais trabalhadores do do que que antes antes oo era liberal, constitui-se constitui-se em elementos: trabalhadores era oo liberal, em três tres elementos: I. Pela Pela progressista da grande burguesia, que persegue I. parte parte mais mais progressista da grande burguesia, que persegue como objetivo objetivo aa imediata imediata ee total total derrocada do feudalismo do absoluabsolucomo derrocada do feudalismo ee do

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a3 Referencia Referência aa Paris. Paris. (N.R.T.) (N.R.T.) '

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tismo. fra9ao esta unioes berlinenses, tismo. Esta E sta fração está representada representada pelas pelas antigas antigas uniões berlinenses, pelos recusaram aa pagar pelos que que se se recusaram pagar impostos impostos 4•4. II. II. Pela Pela pequena-burguesia pequena-burguesia democrata-constitucional, dem ocrata-constitucional, cujo cujo principal principal objetivo mais ou objetivo no no movimento movimento anterior anterior era era criar criar um um Estado Estado Federal Federal mais ou menos tal como haviam propugnado menos democratico democrático tal como o o haviam propugnado os os seus seus representantes, representantes, aa esquerda rnais tarde, esquerda da da Assembleia Assembléia de de Frankfurt Frankfurt e, e, mais tarde, do do parlamento parlamento de G e de Stuttgart S tu ttg art5 e ela ela mesma mesma na na campanha campanha pro-Constituicao pró-Constituição do do Imperio. Império. III. Pelos Pelos republicanos pequeno-burgueses, cujo ideal eé uma III. republicanos pequeno-burgueses, cujo ideal uma repurepú­ blica blica federativa federativa alema alemã no no estilo estilo da da Su19a Suíça ee que que agora agora chamam chamam aa si si mesmos mesmos de de "vermelhos" ‘'verm elhos'’ ee "social-democratas", “social-democratas”, porque porque tern têm o o pio pio desejo desejo de pressao do sobre oo pequeno, pequeno, do de erradicar erradicar aa pressão do grande grande capital capital sobre do grande grande burgues fra9ao eram burguês sobre sobre o o pequeno. pequeno. Os Os representantes representantes desta desta fraçãò eram os os memmem­ bros bros dos dos congressos congressos ee comites comitês democraticos, democráticos, os os dirigentes dirigentes das das unioes uniões democraticas democráticas ee os os redatores redatores dos dos jomais jornais democraticos. democráticos. Depois de Depois de sua sua derrota, derrota, todas todas essas essas fracoes frações denorninam-se denominam-se republirepubli­ canas vermelhas, exatamente canas ou ou vermelhas, exatamente como como os os republicanos republicanos pequeno-burgueses pequeno-burgueses da Franca da França chamam-se chamam-se agora agora aa si si mesmos mesmos de de socialistas. socialistas. Ali Ali onde onde ainda ainda tern têm aa possibilidade possibilidade de de perseguir perseguir seus seus fins fins por por metodos métodos constitucionais, constitucionais, como como em em Wurttemberg, W ürttemberg, Baviera, Baviera, etc., etc., aproveitam aproveitam aa oportunidade oportunidade para para conservar conservar as as suas suas velhas velhas frases frases ee para para demonstrar dem onstrar com com os os fatos fatos que que nao não mudaram m udaram em em absoluto. absoluto. Compreende-se, Compreende-se, de de resto, resto, que que aa mudanca mudança de de nome nome deste deste partido partido nao não modifica modifica de de modo modo nenhum nenhum sua sua atitude atitude para para com os os trabalhadores; simplesmente apenas apenas comprova comprova que que ele ele agora agora se se com trabalhadores; simplesmente ve vê obrigado obrigado aa Iazer fazer uma uma frente frente contra contra aa burguesia, burguesia, aliada aliada ao ao absolutismo, absolutismo, ee para para isso isso precisa precisa apoiar-se apoiar-se no no proletariado. proletariado. O O partido partido democrata democrata pequeno-burgues pequeno-burguês na na Alemanha Alem anha eé muito muito podepode­ roso. roso. Nao Não somente somente abrange abrange aa enorme enorme maioria maioria da da populacao população burguesa burguesa das das cidades, cidades, os os pequenos pequenos comerciantes, comerciantes, os os industriais industriais ee os os mestres-artemestres-artesaos, sãos, mas mas tarnbem também eé acompanhado acompanhado pelos pelos carnponeses camponeses ee proletariado proletariado agriagrí­ colas, colas, porquanto porquanto estes estes nao não encontraram encontraram ainda ainda um um apoio apoio no no proletariado proletariado urbano independente urbano independente organizado. organizado. A A atitude atitude do do partido partido dos dos trabalhadores trabalhadores revolucionarios, revolucionários, em em face face da da democracia democracia pequeno-burguesa, pequeno-burguesa, eé esta: esta: marchar m archar com com ela ela contra contra aa 44 Marx Marx

ee Engels Engels denominaram denominaram colaboradores colaboradores os os deputados deputados da da Assembleia Assembléia Nacional Nacional prussiana prussiana que, que, em em maio maio de de 1848, 1848, em em Berlirn, Berlim, foi foi convocada convocada para para aa elaboracao elaboração da da Constituicao Constituição "em “em colaboracao colaboração com com aa Coroa". Coroa”. Recusadores Recusadores de de impostos impostos foram foram denominados Assembleia Nacional denominados os os deputados deputados da da Assembléia Nacional prussiana prussiana que que queriam queriam comcom­ bater oo ataque bater ataque da da contra-revolucao contra-revolução prussiana, prussiana, em em novembro novembro de de 1848, 1848, com com aa resistencia passiva, recusa de pagamento dos resistência passiva, sobretudo sobretudo com com aa recusa de pagamento dos impostos. impostos. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.) GA Frankfurt foi maio de na 5 A Assembleia Assembléia Nacional Nacional de de Frankfurt foi aberta aberta em em 18 18 de de maio de 1848, 1848, na igreja igreja de de S. S. Paulo. Paulo. No N o inicio início de de junho junho de de 1849, 1849, foi foi transferida transferida para para Stuttgart, Stuttgart, logo depois logo depois que que os os conservadores conservadores ee um um mirnero número consideravel considerável de de deputados deputados liberais liberais tinham tinham abandonado abandonado aa Assembleia. Assembléia. Em Em 18 18 de de junho junho de de 1849, 1849, este este "parlamento “parlamento amputado" foi dissolvido amputado” foi dissolvido pelas pelas tropas tropas de de Wilrttemberg. Württemberg. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

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224 224 fra9ao fração cuja cuja derrota derrota eé desejada desejada pelo pelo partido; partido; marchar m archar contra contra ela ela em em todos todos os os casos casos em em que que aa democracia democracia pequeno-burguesa pequeno-burguesa queira queira fixar fixar sua sua posicao posição em proveito pr6prio. em proveito próprio. Longe Longe de de desejar desejar aa transformacao transform ação revolucionaria revolucionária de de toda toda aa sociesocie­ dade dade em em beneficio benefício dos dos proletarios proletários revolucionarios, revolucionários, aa pequena-burguesia pequena-burguesia democrata dem ocrata tende tende aa uma uma mudanca mudança da da ordem ordem social social que que possa possa tornar tom ar aa sua sua vida, vida, na na sociedade sociedade atual, atual, mais mais comoda cômoda ee confortavel. confortável. Por Por isso, isso, exige exige em por meio em prirneiro primeiro lugar lugar uma uma reducao redução dos dos gastos gastos do do Estado Estado por meio de de uma uma limitacao limitação da da burocracia burocracia ee do do deslocamento deslocamento dos dos principais principais impostos impostos para para os os grandes grandes proprietaries proprietários de de terras terras ee burgueses. burgueses. Exige, Exige, ademais, ademais, oo termino término da da pressao pressão exercida exercida pelos pelos grandes grandes capitais capitais sobre sobre os os pequenos, pequenos, por por meio meio de de institutos institutos estatais estatais de de creditos créditos ee leis leis contra contra usura, usura, com com o o que que ela ela ee os os camponeses camponeses teriam teriam aa possibilidade possibilidade de de obter, obter, em em condicoes condições favoraveis, favoráveis, creditos do Estado créditos do Estado em em lugar lugar de de serem serem obrigados obrigados aa pedi-los pedi-los aos aos capitacapita­ listas; listas; alem além disto, disto, exige exige igualmente igualmente o o estabelecimento estabelecimento de de relacoes relações burgueburgue­ sas sas de de propriedade propriedade no no campo, campo, mediante mediante aa total total abolicao abolição do do feudalisrpo. feudalismo. Para Para levar levar aa cabo cabo tudo tudo isso, isso, precisa precisa de de um um regime regime democratico, democrático, ou ou cobscons­ titucional, titucional, ou ou republicano, republicano, que que de dê maioria maioria aa ela ela ee aa seus seus aliados, aliados, os os camponeses, camponeses, ee autonomia autonomia democratica democrática local, local, que que ponha ponha nas nas suas suas maos mãos oo controle controle direto direto da da propriedade propriedade comunal comunal ee uma uma serie série de de funcoes funções desemdesem­ penhadas penhadas hoje hoje em em dia dia por por burocratas. burocratas. Propoe rapida expansao Propõe opor-se opor-se ao ao dominio domínio ee aà rápida expansão do do capital, capital, em em parte parte limitando limitando oo direito direito de de heranca, herança, em em parte parte transferindo transferindo ao ao Estado Estado oo maior maior numero número possfvel possível de de encargos. encargos. No No que que toca toca aos aos trabalhadores, trabalhadores, esta está fora fora de de duvidas dúvidas que que devam devam continuar continuar sendo sendo assalariados, assalariados, como como ate até agora; agora; os os pequeno-burgueses pequeno-burgueses democratas democratas apenas apenas desejam desejam que que eles eles tenham tenham salaries salários mais mais altos, altos, uma uma existencia existência mais mais garantida garantida ee esperam esperam alcancar alcançar isto isto facilitando, facilitando, por por um um lado, lado, trabalho trabalho aos aos operarios, operários, atraves através do do Estado Estado e, e, por por outro, outro, com com medidas medidas de de beneficencia. beneficência. Em Em resumo, resumo, eles eles confiam confiam em em corromper corromper os os trabalhadores trabalhadores com com esmolas esmolas mais mais ou ou menos menos veladas veladas ee debilitar debilitar sua sua Iorca força revolucionaria revolucionária por por meio meio de de melhorias melhorias momentaneas momentâneas de de sua sua situacao, situação. Nern Nem todas todas as as fracoes frações da da democracia democracia pequeno-burguesa pequeno-burguesa defendem defendem as as reivindicacoes reivindicações aqui aqui resumidas, resumidas, ee tao-somente tão-somente alguns alguns poucos poucos democratas democratas pequeno-burgueses pequeno-burgueses considerarn consideram como como seu seu objetivo objetivo oo conjunto conjunto destas destas reivindicacoes. reivindicações. Quanto Quanto mais mais avancam avançam alguns alguns individuos indivíduos ou ou fracoes frações deles, deles, tanto tanto maior maior eé oo mirnero número dessas dessas reivindicacoes reivindicações que que apresentam apresentam como como suas, suas, ee os os poucos poucos que que veern vêem no no acima acima exposto exposto oo seu seu proprio próprio prograrna programa supoem, supõem, certamente, certamente, que que ele ele eé o o maxima máximo que que se se pode pode exigir exigir da da revorevo­ lucao. Essas lução. Essas reivindicacoes reivindicações nao não podem, podem, de de nenhum nenhum modo, modo, satisfazer satisfazer ao ao partido proletariado. Enquanto partido do do proletariado. Enquanto os os pequeno-burgueses pequeno-burgueses dernocratas democratas queque­ rem rem concluir concluir aa revolucao revolução o o mais mais rapidamente rapidamente possivel, possível, depois depois de de terem terem obtido, obtido, no no maximo, máximo, as as exigencias exigências acima acima mencionadas, mencionadas, oo nosso nosso interesse interesse ee aa nossa nossa tarefa tarefa consistem consistem em em tornar tornar aa revolucao revolução permanente, permanente, ate até que que seja seja eliminado eliminado oo domfnio domínio das das classes classes mais mais ou ou menos menos possuidoras, possuidoras, ate até que que o o proletariado proletariado conquiste conquiste o o poder poder do do Estado, Estado, ate até que que aa associacao associação

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do em um do proletariado proletariado se se desenvolva, desenvolva, nao não so só em um pafs, país, mas mas em em todos todos os os paises predominantes países predominantes do do mundo, mundo, em em proporcoes proporções tais tais que que tenha tenha cessado cessado aa concorrencia paises ee ate concorrência entre entre os os proletarios proletários
Gazeta Breslau entre Gazeta do do Oder, Oder, diario diário publicado publicado em em Breslau entre 1849 1849 e e 1855. 1855. (N.R.T.) (N .R.T.)

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trabalhadores trabalhadores independentemente independentemente organizados, organizados, que que eles eles tacham tacham de de sociasocia­ fistas. listas. Para Para oo caso caso de de uma uma luta luta contra contra um um inimigo inimigo comum comum nao não se se precisa precisa de de nenhuma nenhuma uniao união especial. especial. Uma Uma vez vez que que eé necessario necessário lutar lutar diretadireta­ mente inimigo, os interesses de mente contra contra ta! tal inimigo, os interesses de ambos ambos os os partidos partidos coincidem coincidem no momento, no momento, ee essa essa uniao união projetada projetada apenas apenas para para oo memento, momento, como como tern tem sido sido ate até agora, agora, surgira surgirá no no futuro futuro por por si si mesma. mesma. £ nos iminentes É claro claro que que nos iminentes conflitos conflitos sangrentos, sangrentos, assim assim como como em em todos todos os os anteriores, anteriores, serao serão sobretudo sobretudo os os trabalhadores trabalhadores que, que, principalmente principalmente com com sua sua coragem, coragem, sua sua decisao decisão ee seu seu sacriffcio, sacrifício, terao terão que que lutar lutar pela pela vitoria. vitória. Nessa Nessa luta, luta, como como nas nas anteriores, anteriores, os os pequenos-burgueses, pequenos-burgueses, em em massa, massa, manm an­ terão uma uma atitude atitude de de expectativa, expectativa, de de irresolucao irresolução ee inatividade inatividade por por tanto tanto terao tempo tempo quanto quanto seja seja possivel, possível, com com oo proposito propósito de, de, ao ao ficar ficar assegurada assegurada aa vit6ria, vitória, utiliza-la utilizá-la em em beneffcio benefício pr6prio, próprio, convidar convidar os os trabalhadores trabalhadores aa que permanecam permaneçam tranqiiilos tranqüilos ee retornem ao trabalho, trabalho, evitar evitar os os chamados chamados que retornem ao excessos excessos ee despojar despojar oo proletariado proletariado dos dos frutos frutos da da vit6ria. vitória. Nao Não depende depende da pequena-burguesia democrata da forca força dos dos trabalhadores trabalhadores impedir impedir que que aa pequena-burguesia democrata proceda proceda desse desse modo, modo, mas mas esta está ao ao seu seu alcance alcance dificultar dificultar aos aos demceratas demobratas burgueses aa possibilidade possibilidade de burgueses de se se imporem imporem ao ao proletariado proletariado armado armado ee ditar-Ihes ditar-lhes condicoes condições sob sob as as quais quais o o domlnio domínio burgues burguês leve, leve, desde desde oo prinprin­ cípio, oo germe germe da da sua sua queda, queda, facilitando facilitando consideravelmente, consideravelmente, desse desse modo, modo, cipio, sua sua posterior posterior substituicao substituição pelo pelo poder poder do do proletariado. proletariado. Os Os trabalhadores trabalhadores precisam, tudo, durante precisam, antes antes de de tudo, durante o o conflito conflito ee imediatamente imediatamente depois depois de de terminada aa luta, primeiro ee enquanto for possfvel, resistir as terminada luta, buscar, buscar, primeiro enquanto for possível, resistir às tentativas tentativas contemporizadoras contemporizadoras da da burguesia burguesia ee obrigar obrigar os os democratas democratas aa levarem levarem aà pratica prática as as suas suas atuais atuais frases frases terroristas. terroristas. Devem Devem agir agir de de tal tal maneira, nao seja reprimida de maneira, que que aa agitacao agitação revolucionaria revolucionária não seja reprimida de novo, novo, imediatamente depois depois da da vitória. Pelo contrario, contrário, deverao deverão procurar procurar manman­ imediatamente vit6ria. Pelo te-la pelo m maior tempo possivel. tê-la pelo aior tempo possível. Longe Longe de de opor-se opor-se aos aos chamados chamados exex­ cessos, aos aos exemplos exemplos de de vinganca vingança do do povo sobre individuos indivíduos odiados odiados ou ou cessos, povo sobre contra 6dio, contra ediffcios edifícios publicos, públicos, de de que que oo povo povo s6 só possa possa relembrar relem brar com com ódio, deve-se deve-se nao não somente somente admiti-los, admiti-los, mas mas assumir assumir aa sua sua direcao. direção. Durante Durante aa luta luta ee depois depois dela, dela, devem devem os os trabalhadores trabalhadores aproveitar aproveitar todas todas as as oportunioportuni­ dades proprias exigencies, dades para para apresentar apresentar as as suas suas próprias exigências, ao ao lado lado das das exigencies exigências dos dos democratas democratas burgueses. burgueses. Devem Devem exigir exigir garantias garantias para para os os trabalhadores trabalhadores tao logo burgueses se tomar para tão logo os os democratas democratas burgueses se disponham disponham aa tomar para si si oo governo. governo. Se for preciso, Se for preciso, essas essas garantias garantias deverao deverão ser ser forcadas forçadas e, e, sobretudo, sobretudo, os os novos novos governantes governantes obrigados obrigados as às maiores maiores concessoes concessões ee promessas promessas possiveis; possíveis; eé oo meio meio mais mais seguro seguro de de compromete-los. comprometê-los. Os Os trabalhadores trabalhadores devern devem conter, conter, em medida do possivel, aa embriaguez em geral geral ee na na medida do possível, embriaguez do do triunfo triunfo ee o o entusiasmo entusiasmo provocados pela provocados pela nova nova situacao situação depois depois de de cada cada luta luta de de rua rua vitoriosa, vitoriosa, opondo maniopondo aa tudo tudo isto isto uma uma apreciacao apreciação fria fria ee serena serena da da situacao situação ee mani­ festando abertametne abertam etne sua sua desconfianca desconfiança para para com com o o novo novo governo. governo. Eles Eles festando devem, novo govemo devem, ao ao lado lado do do novo governo oficial, oficial, constituir constituir imediatamente imediatamente govergover­ nos nos próprios pr6prios de de trabalhadores trabalhadores revolucionarios, revolucionários, seja seja na na forma forma de de comites comitês ou ou conselhos conselhos comunais. comunais, seja seja na na forma forma de de comites comitês ou ou clubes clubes de de trabatraba­

lhadores, tal modo lhadores, de de tal modo que que os os govemos governos democratico-burgueses democrático-burgueses nao não s6 só percam percam imediatamente imediatamente o o apoio apoio dos dos trabalhadores, trabalhadores, mas mas tarnbem também vejarn-sc vejam-se desde oo primeiro fiscalizados ee arneacados ameaçados por por autoridades autoridades desde primeiro momento momenta fiscalizados arras atrás das das quais quais se se encontre encontre aa massa massa inteira inteira dos dos trabalhadores. trabalhadores. Numa Numa palavra: desde prirneiro momenta palavra: desde oo primeiro momento da da vit6ria, vitória, deve-se deve-se despertar despertar aa desdes­ confianca partido reacionario confiança nao não mais mais contra contra oo partido reacionário derrotado, derrotado, mas mas contra contra os vit6ria comum os antigos antigos aliados, aliados, contra contra oo partido partido que que queira queira explorar explorar aa vitória comum em em seu seu exclusivo exclusivo beneffcio. benefício. 2. 2. Mas Mas para para opor-se opor-se energica enérgica ee ameacadoramente ameaçadoram ente aa esse esse partido, partido, cuja traicao traição aos aos trabalhadores trabalhadores cornecara começará desde desde os os primeiros primeiros momentos momentos cuja da trabalhadores estar da vitoria, vitória, precisarao precisarão os os trabalhadores estar armadas armados ee organizados. organizados. Dever-se-a todo oo proletariado, Dever-se-á armar arm ar imediatamente imediatamente todo proletariado, com com fuzis, fuzis, caracarabinas, canh6es canhões ee municoes; munições; eé preciso opor-se ao ao ressurgimento do velho velho binas, preciso opor-se ressurgimento do exercito nao se exército burgues, burguês, dirigido dirigido contra contra os os trabalhadores. trabalhadores. Onde Onde não se possa possa conseguir isto, os organizar-se indepen­ indepenconseguir isto, os trabalhadores trabalhadores devem devem procurar procurar organizar-se dentemente, coma como guarda guarda proletaria, proletária, com com chefes chefes ee um um estado-rnaior estado-maior dentemente, eleitos eleitos par por eles eles pr6prios próprios ee por-se pôr-se as às ordens ordens nao não do do governo, governo, mas mas sim sim dos mesmos. Onde dos conselhos conselhos comunais comunais revolucionarios revolucionários criados criados par por eles eles mesmos. Onde existirem trabalhadores trabalhadores empregados empregados em em empresas empresas do do Estado, Estado, deverao deverão existirem promover um corpo promover seu seu armamento armamento ee organizacao organização em em um corpo especial, especial, com com chefes por eles chefes eleitos eleitos por eles proprios, próprios, ou ou coma como unidades unidades que que participem participem da da guarda proletária. As armas armas ee municoes munições nao não podem, podem, sob sob nenhum nenhum prepre­ guarda proletaria. As texto, texto, ser ser entregues; entregues; toda toda tentativa tentativa de de desarmamento desarmamento sera será rejeitada, rejeitada, caso caso necessario burnecessário com com violencia. violência. Destruicao Destruição da da influencia influência dos dos democratas democratas bur­ gueses sabre sobre os os trabalhadores; trabalhadores; Iormacao formação imediata imediata de de uma uma organizacao organização gueses independente independente ee armada arm ada dos dos trabalhadores; trabalhadores; criacao criação de de condicoes condições que, que, na na medida do do possivel, possível, sejam sejam as as mais mais duras duras ee comprometedoras comprometedoras para para o o medida momentâneo ee inevitavel inevitável dominio domínio da da democracia democracia burguesa burguesa -— tais tais sao são momentaneo os os pontos pontos principais principais que que oo proletariado proletariado e, e, portanto, portanto, aa Liga Liga devem devem ter ter em vista vista durante durante ee depois depois da da revolucao revolução iminente. iminente. em 3. Logo Logo que que os os novos novos govemos governos tenham tenham se se consolidado consolidado um um pouco, pouco, 3. iniciarao iniciarão sua sua luta luta contra contra os os trabalhadores. trabalhadores. A A fim fim de de estar estar em em condicoes condições de de opor-se opor-se energicamente energicamente aos aos pequeno-burgueses pequeno-burgueses democratas, democratas, eé preciso, preciso, sobretudo, que que os os trabalhadores trabalhadores estejam estejam organizados organizados de de modo modo indepenindepen­ sobretudo, dente ee centralizados centralizados atraves através de de seus seus clubes. clubes. 0 O Comite Comitê Central Central transfedente transterir-se-a tao logo rir-se-á para para aa Alemanha, Alemanha, tão logo isto isto seja seja possivel, possível, depois depois da da derroderro­ cada um congresso, cada dos dos governos governos existentes, existentes, convocara convocará imediatamente imediatamente um congresso, ao medidas necessárias necessarias para ao qua! qual propora proporá as as medidas para aa centralizacao centralização dos dos clubes clubes dos trabalhadores trabalhadores sob sob uma direção estabelecida estabelecida no no ceotro centro principal principal do do dos urna direcao movimento. movimento. A A rapida rápida organizacao organização de de agrupamentos agrupamentos -— pelo pelo rnenos menos propro­ vinciais -— dos vinciais dos clubes clubes operarios operários é uma um a das das medidas medidas mais mais importantes importantes para revigorar partido dos para revigorar ee desenvolver desenvolver o o partido dos trabalhadores. trabalhadores. A A consequencia conseqüência imediata da derrocada derrocada dos dos governos governos existentes existentes sera será aa eleicao eleição de dé 'uuma imediata da ma assembleia assembléia nacional nacional representativa. representativa. 0 O proletariado proletariado devera deverá cuidar: cuidar:

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228 228 I. I. que, que, sob sob qualquer qualquer pretexto, pretexto, ou ou por por meio meio de de qualquer qualquer chicanice chicanice das das autoridades autoridades locais locais ou ou dos dos comissarios comissários do do governo, governo, nenhum nenhum grupo grupo de voto; de trabalhadores trabalhadores seja seja privado privado do do direito direito de de voto; II. toda parte, II. que, que, por por toda parte, ao ao lado lado dos dos candidatos candidatos burgueses burgueses demodemo­ cratas, figurem os trabalhadores, escolhidos na medida cratas, figurem os candidatos candidatos trabalhadores, escolhidos na medida do do possivel possível dentre dentre os os membros membros da da Liga, Liga, ee que que para para aa sua sua eleicao eleição ponham-se ponham-se em todos os em jogo jogo todos os meios meios disponiveis. disponíveis. Mesmo Mesmo onde onde niio não exista exista esperanca esperança alguma proalguma de de triunfo, triunfo, os os trabalhadores trabalhadores devem devem apresentar apresentar candidatos candidatos pró­ prios prios para para conservar conservar aa independencia, independência, fazer fazer uma uma avaliacao avaliação de de Iorcas forças ee demonstrar mundo sua demonstrar abertarnente abertamente aa todo todo mundo sua posicao posição revolucionaria revolucionária ee os os pontos pontos de de vista vista do do partido. partido. Nao Não devem devem deixar-se deixar-se corromper corromper pelos pelos disdis­ cursos por exemplo, partido cursos dos dos democratas democratas de de que, que, por exemplo, esta esta atitude atitude cinde cinde oo partido dernocratico reacao. Todas tern oo democrático ee facilita facilita o o triunfo triunfo da da reação. Todas essas essas frases frases têm fim de fim de iludir iludir oo proletariado. proletariado. 0 O progresso progresso que que o o partido partido proletario proletário alcanalcan­ car çar com com semelhante semelhante atitude atitude independente independente pesa pesa muito muito mais mais do do que que os os danos danos que que possa possa ocasionar ocasionar aa presenca presença de de uns uns quantos quantos reacionariys reacionários na na assernbleia representativa. Se resolutamente, e• assembléia representativa. Se aa democracia democracia agir agir resolutamente, e 1com com medidas influencia desta medidas terroristas, terroristas, desde desde oo principio princípio contra contra aa reacao, reação, aa influência desta nas nas eleicoes eleições ficara ficará de de antemiio antemão eliminada. eliminada. O primeiro ponto O primeiro ponto em em que que os os democratas democratas burgueses burgueses entrarao entrarão em em conflito Do mesmo conflito com com os os trabalhadores trabalhadores sera será aa abolicao abolição do do feudalismo. feudalismo. Do mesmo modo primeira revolucao modo que que na na primeira revolução francesa, francesa, os os pequeno-burgueses pequeno-burgueses entreentre­ garao garão as as terras terras feudais feudais aos aos camponeses camponeses na na qualidade qualidade de de propriedade propriedade livre, livre, isto isto e, é, procurariio procurarão conservar conservar o o proletariado proletariado agricola agrícola ee criar criar uma uma classe classe pcqueno-burguesa, passara pelo pequeno-burguesa, que que passará pelo mesmo mesmo ciclo ciclo de de empohrecimento empobrecimento ee endividarnento endividamento progressivo progressivo em em que que se se encontra encontra atualmcnte atualmente o o camcam­ pones ponês trances. francês. Os Os trabalhadores trabalhadores deverao, deverão, tanto tanto no no interesse interesse do do proletariado proletariado agrfagrí­ cola piano. Eles cola como como no no scu seu proprio, próprio, opor-se opor-se aa este este plano. Eles devem devem exigir exigir que que as perrnanecarn propriedades as propriedades propriedades feudais feudais confiscadas confiscadas permaneçam propriedades do do Estado Estado ee se prolese transformem transformem em em colonias colônias de de trabalhadores trabalhadores exploradas exploradas pelo pelo prole­ tariado tariado agricola agrícola associado, associado, oo qual qual aproveitara aproveitará todas todas as as vantagens vantagens da da grande principio da grande exploracao exploração agrfcola agrícola e, e, deste deste modo, modo, o o princípio da propriedade propriedade coletiva coletiva obtera obterá imediatamente imediatamente uma uma base base firme, firme, em em meio meio das das golpeadas golpeadas relacoes burguesas de propriedade. Assim relações burguesas de propriedade. Assim como como os os democratas democratas se se unem unem com com os os carnponeses, camponeses, devem devem os os trabalhadores trabalhadores unir-se unir-se com com oo proletariado proletariado rural. por uma urna rural. Os Os democratas, democratas, adernais, ademais, trabalhariio trabalharão ou ou diretarnente diretamente por republics forrnacao de república federativa federativa ou, ou, no no caso caso de de nao não poderem poderem evitar evitar aa formação de uma indivisivel, procurariio menos paralisar uma republica república indivisível, procurarão pelo pelo menos paralisar o o governo governo central, as central, concedendo concedendo aa maior maior autonomia autonomia ee independencia independência possivel possível às cornunas comunas •: ee as às provincias. províncias. Em Em oposicao oposição aa este este piano, plano, os os trabalhadores trabalhadores Gemeinde+, to as 70 O termo term o comuna com una ((G e m ein d e ) , aqui, aqui, designa designa tan tanto as comunidades comunidades rurais rurais quanto quanto as municipalidades municipalidades urbanas. urbanas. <(N .R .T .) as N.R.T.) 7

229 229 nao Alema indivisivel, mas tamnão apenas apenas deverao deverão defender defender aa Republica República Alemã indivisível, mas tam­ bern maos doEstado. bém lutar lutar pela pela mais mais resoluta resoluta centralizacao centralização de de poder poder nas nas mãos do-Estado. Os Os trabalhadores trabalhadores nao não devem devem deixar-se deixar-se iludir iludir pelas pelas tagarelices tagarelices dernocrademocrá­ ticas sobre ticas sobre liberdade liberdade para para as as comunidades, comunidades, autogovemo, autogovemo, etc. etc. Num Num pais país como como aa Alemanha, Alemanha, onde onde ainda ainda ha há tantos tantos restos restos da da ldade Idade Media M édia aa serem serem pestos rornpido, postos de de lado, lado, tanto tanto particularismo particularismo local local ee provincial provincial aa ser ser rompido, nao não se se pode pode tolerar tolerar de de modo modo algum, algum, nem nem sob sob circunstancia circunstância alguma, alguma, que que cada cada aldeia, aldeia, cada cada cidade, cidade, cada cada provincia, província, venha venha colocar colocar novos novos irnpediimpedi­ mentos mentos àa atividade atividade revolucionaria, revolucionária, que que somente somente pode pode desenvolver desenvolver aa totalidade forca aa partir totalidade da da sua sua força partir de de uma uma centralizacao. centralização. Nao Não se se pode pode tolerar tolerar aa repeticao repetição da da situacao situação atual, atual, em em que que os os alemaes alemães tern têm de de Iutar lutar de de cidade cidade em em cidade cidade ee de de provincia província em em provincia província sempre sempre pelas pelas mesmas mesmas concon­ quistas. menos ainda quistas. E E muito muito menos ainda se se pode pode tolerar tolerar que que se se perpetue, perpetue, atraves através da da chamada chamada livre livre autonomia autonomia local local aa propriedade propriedade comunal, comunal, .que que chega chega aa estar modema estar arras atrás da da m oderna propriedade propriedade privada privada ee que que por por toda toda parte parte esta está se tiltima, ee que se dissolvendo dissolvendo ee se se transformando transform ando nesta nesta última, que se se perpetuem perpetuem tambem pobres, bem também as as rixas rixas advindas advindas dai daí entre entre comunidades comunidades ricas ricas ee pobres, bem como, como, ao ao lado lado do do direito direito civil civil do do Estado, Estado, os os direitos direitos civis civis da da comunidade, comunidade, com com as as suas suas chicanices chicanices contra contra os os trabalhadores. trabalhadores. Como Como na na Franca França em em 1793, 1793, hoje, hoje, na na Alemanha, Alemanha, eé aa centralizacao centralização mais mais rigorosa rigorosa aa tarefa tarefa do do partido partido verdadeiramente verdadeiramente revolucionario revolucionário 8•8. Vimos como os Vimos como os democratas, democratas, atraves através do do proximo próximo movimento, movimento, cheche­ garao garão ao ao poder poder ee corno como eles eles se se verao verão obrigados obrigados aa propor propor medidas medidas mais mais ou ou menos menos socialistas. socialistas. Pergunta-se, Pergunta-se, pois, pois, quais quais medidas medidas os os trabalhadores trabalhadores deverao deverão propor propor em em oposicao oposição as às dos dos democratas. democratas. Os Os trabalhadores trabalhadores nao não poderao, naturalmente, movimento, proper medidas direpoderão, naturalmente, no no comeco começo do do movimento, propor medidas dire­ tamente rem: tam ente comunistas. comunistas. Bies Eles podem, podem, po porém: 8 8 Hoje Hoje

deve-se deve-se mencionar mencionar que que este este passo passo se se baseia baseia num num mal-entendido. mal-entendido. Devido Devido aos tempo, aos falsificadores falsificadores bonapartistas bonapartistas ee liberais liberais da da hist6ria, história, considerava-se, considerava-se, naquele naquele tempo, como como um um fato fato certo certo que que o o aparelho aparelho administrativo administrativo centralizado, centralizado, na na Franca, França, havia introduzido pela havia sido sido introduzido pela grande grande revolucao revolução ee que, que, nomeadamente, nomeadamente, aa Convencao Convenção aa utilizara utilizara como como arma arma indispensavel indispensável ee decisiva decisiva para para veneer vencer aa rea<;ao reação monarquica monárquica ee federalista um fato federalista ee o o inimigo inimigo exterior. exterior. Mas Mas agora agora eé um fato bem bem conhecido conhecido que que durante durante toda toda aa revolucao, revolução, ate até o o 18 18 Brumario, Brumário, aa adrninistracao administração inteira inteira dos dos depardepar­ tarnentos, tamentos, distritos distritos ee municipios municípios consistia consistia em em autoridades autoridades eleitas eleitas pelos pelos pr6prios próprios governados total. governados que, que, no no quadro quadro das das leis leis do do Estado, Estado, gozavam gozavam de de liberdade liberdade total. Sabe-se local, analogo Sabe-se tambem também que que este este governo governo autonomo autônomo provincial provincial ee local, análogo ao ao nortenorte-americano, -americano, tornou-se tornou-se justamente justamente a a alavanca alavanca mais mais poderosa poderosa da da Revolucao, Revolução, de de modo Napoleao, imediatamente modo que que Napoleão, imediatamente depois depois de de seu seu golpe golpe de de Estado Estado do do 18 18 Brurnario, Brumário, apressou-se pela adrninistracao prefeitos ainda apressou-se aa substitui-lo substituí-lo pela administração dos dos prefeitos ainda existentes, existentes, que que foi um mero reacao. foi portanto, portanto, desde desde o o corneco, começo, um mero instrumento instrumento da da reação. Mas um governo Mas assim assim como como um governo autonorno autônomo local local ee provincial provincial nao não contradiz contradiz aa centracentra­ lizac;ao lização nacional nacional politica, política, tampouco tampouco necessita necessita ser ser associado associado com com aquele aquele estreito estreito egoismo egoísmo cantonal cantonal ou ou comunal comunal que, que, de de modo modo repugnante, repugnante, nos nos oferece oferece a a Suic;a Suíça ee que que todos todos os os republicanos republicanos federalistas federalistas do do sul sul da da Alernanha Alemanha quiseram quiseram introduzir introduzir no no pais. país. (Nota (N ota de de Engels Engels aà edicao edição de de 1885.) 1885.)

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230 230 1. possiveis 1. Obrigar Obrigar os os democratas democratas aa interferir interferir em em todas todas as as esferas esferas possíveis da da ordem ordem social social existente, existente, aa perturbar perturbar o o seu seu curso curso normal, normal, forca-los forçá-los aa comprometer-se maos do comprometer-se ee aa concentrar concentrar nas nas mãos do Estado Estado 6ó maier m aior numero número posslvel possível de de forcas forças produtivas, produtivas, meios meios de de transportes, transportes, fabricas, fábricas, ferrovias, ferrovias, etc. etc. 2. 2. Levar Levar ao ao extremo extremo as as propostas propostas dos dos democratas, democratas, que que em em todo todo oo caso reforcaso nao não atuarao atuarão como como revolucionarios, revolucionários, mas mas simplesmente simplesmente como como refor­ mistas, transforma-las em privada. Por mistas, ee transformá-las em ataques ataques diretos diretos à propriedade propriedade privada. Por exemplo: exemplo: se se os os pequeno-burgueses pequeno-burgueses propuserem propuserem aa compra compra das das ferrovias ferrovias ee Iabricas, fábricas, os os trabalhadores trabalhadores deverao deverão exigir exigir que que essas essas ferrovias ferrovias ee essas essas tabncas, fábricas, enquanto enquanto propriedades propriedades de de reacionarios, reacionários, sejam sejam simplesmente simplesmente confiscadas confiscadas pelo pelo Estado Estado sem sem indenizacoes. indenizações. Se Se os os democratas democratas propuserem propuserem impostos impostos progresimpostos proporcionais, proporcionais, os os trabalhadores trabalhadores devem devem exigir exigir impostos progres­ sivos; mesmos um sivos; se se os os democratas democratas propuserem propuserem eles eles mesmos um imposto imposto progressivo progressivo moderado, moderado, os os trabalhadores trabalhadores devem devem insistir insistir num num imposto imposto cujas cujas taxas taxas susu­ bam proporcao tão tao rapida, ruina por bam numa numa proporção rápida, que que oo grande grande capital capital va vá aà ruína por isso; se regularizacao da isso; se os os democratas democratas exigirem exigirem aa regularização da dfvida dívida publics, publicà, os os trabalhadores deverao Estado. As trabalhadores deverão exigir exigir aa bancarrota bancarrota do do Estado. As reivindicacoes reivindicações dos reger-se segundo medidas dos trabalhadores trabalhadores deverao, deverão, por por toda toda parte, parte, reger-se segundo as as medidas ee concessoes concessões dos dos democratas. democratas. Embora Em bora os os trabalhadores trabalhadores alemaes alemães nao não possam possam alcancar alcançar o o poder poder nem ver realizados terem integralmente integralmente nem ver realizados seus seus interesses interesses de de classe classe sem sem terem passado prolongado, têm tern passado por por um um desenvolvimento desenvolvimento revolucionario revolucionário mais mais prolongado, pelo menos vez aa certeza pelo menos desta desta vez certeza de de que que o o primeiro primeiro ato ato do do drama dram a revolurevolu­ cionario triunfo direto cionário que que se se aproxima aproxima coincidira coincidirá com com oo triunfo direto da da sua sua pr6pria própria classe meio deste. classe na na Franca França ee que que sera será acelerado acelerado por por meio deste. Porem, Porém, os os trabalhadores trabalhadores alemaes alemães precisam precisam fazer fazer oo maximo máximo para para aa sua interesses sua vit6ria vitória final, final, de de modo modo que que tomem tomem consciencia consciência dos dos seus seus interesses de partido autonorno de classe, classe, assumindo assumindo oo quanto quanto antes antes sua sua posicao posição de de partido autônomo e, frases hip6critas e, apesar apesar das das frases hipócritas dos dos democratas democratas pequeno-burgueses, pequeno-burgueses, nao não perdendo, independente perdendo, por por nenhum nenhum instante, instante, aa confianca confiança na na organizacao organização independente do proletariado. Seu do partido partido do do proletariado. Seu grito grito de de guerra guerra deve deve ser: ser: A A revolucao revolução permanente! permanente! Londres, de 1850. 1850. Londres, março marco de

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K. K. MARX: MARX: TEORIA TEORIA E E PROCESSO PROCESSO IDSTORICO HISTÓRICO DA DA REVOLU(:AO REVOLUÇÃO SOC~L SOCÍAL **

Examino Examino oo sistema sistema da da economia economia burguesa burguesa na na seguinte seguinte ordem: ordem: CapiCapi­ tal, tal, Propriedade, Propriedade, Trabalho Trabalho assalariado; assalariado; Estado, Estado, Comercio Com ércio exterior, exterior, MerM er­ cado cado mundial. mundial. Sob Sob os os tres três primeiros primeiros titulos, títulos, estudo estudo as as condicoes condições econoeconô­ micas micas de de existencia existência das das tres três grandes grandes classes classes nas nas quais quais se se divide divide aa sociesocie­ dade burguesa moderna; a relacao dos tres outros titulos dade burguesa m oderna; a relação dos três outros títulos eé evidente. evidente. A livro, que A primeira primeira s~ao seção do do primeiro primeiro livro, que trata trata do do capital, capital, se se cornpoe compõe dos dos seguintes seguintes capitulos: capítulos: 1. 1. aa mercadoria; mercadoria; 2. 2. aa moeda moeda ou ou aa circulacao circulação simples; formam oo simples; 3. 3. o o capital capital em em geral. geral. Os Os dois dois primeiros primeiros capitulos capítulos formam conteiido conteúdo do do presente presente volume. volume. Tenho Tenho sob sob os os olhos olhos oo conjunto conjunto dos dos matemate­ riais monografias escritas riais sob sob forma forma de de monografias escritas com com largos largos intervalos, intervalos, para para meu meu proprio esclarecimento, impressas, ee cuja próprio esclarecimento, nao não para para serem serem impressas, cuja elaboracao elaboração subseqiiente, subseqüente, segundo segundo oo piano plano indicado, indicado, dependera dependerá das das circunstancias circunstâncias 1•1. •* Reproduzido Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K . Prefacio. Prefácio. In: In: -. — . Contribuicdo Contribuição ilà critica crítica da da Economia Economia Politico. 1946. Política. Trad. Trad. ee intr. intr. de de Florestan Florestan Fernandes. Fernandes. Sao São Paulo, Paulo, Editora Editora Flama, Flama, 1946. p. p. 29-33. 29-33. A A traducao tradução foi foi cuidadosamente cuidadosamente revista revista para para aa presente presente edi~o edição ee o o lapso lapso de terminologia, cometido de terminologia, cometido na na p. p. 31, 31, foi foi sanado. sanado. Notas Notas explicativas explicativas por por Jose José Paulo Paulo Netto. Netto. 11 0 O conlunto conjunto de de materials materiais aqui aqui referido referido por por Marx Marx era era o o seguinte: seguinte: os os manuscritos manuscritos econdmico-filosoficos econômico-filosóficos de de Paris Paris (1844); (1844); os os cadernos cadernos com com as as notas notas de de estudo estudo que que desenvolveu desenvolveu em em Paris Paris (1844), (1 844), Bruxelas Bruxelas ee Manchester Manchester (1845-1847) (1845-1847) ee Londres Londres (1850-1853 ), ee os (1850-1853), os manuscritos manuscritos que, que, nessa nessa ultima última cidade, cidade, elaborara elaborará aa partir partir de de 1857 1857 ee que que serao serão publicados, publicados, em em 1939-194,I, 1939-1941, sob sob o o titulo título Grundrisse Grundrisse der der Kritik Kritik der Economla Política). Politica), (N.R.T.) der polltlschen politischen Okonomie Õkonomie tFundamentos (Fundamentos da da critica crítica da da Economia (N .R.T.)

232 Suprimo uma uma introducao introdução geral geral 22 que que esbocei esbocei porque, porque, depois depois de refle­ Suprimo de refletir me pareceu que antecipar resultados que estao para tir bem bem aa respeito, respeito, me pareceu que antecipar resultados que estão para ser demonstrados poderia dispuser ser demonstrados poderia ser ser desconcertante, desconcertante, ee o o leitor leitor que que se se dispuser seguir-me tera terá que que se se decidir decidir aa se elevar do do particular particular em geral. Por Por aa seguir-me se elevar em geral. outro lado, algumas indicacoes sobre sobre oo curso meus próprios pr6prios estudos outro lado, algumas indicações curso de de meus estudos politico-economicos fora de político-econômicos nao não estariam estariam fora de prop6sito propósito aqui, aqui. Minha área area de Minha de estudos estudos era era aa jurisprudencia, jurisprudência, aà qual, qual, todavia, todavia, nao não me dediquei de um um modo modo acessório, acess6rio, como me dediquei senao senão de como uma uma disciplina disciplina suborsubor­ dinada, relativamente relativamente aà filosofia história. Em Em 1842-43, 1842-43, na na qualidade dinada, filosofia ee aà hist6ria. qualidade de redator da pela de redator da Rheinische Rheinische Zeitung Zeitung [Gazeta [Gazeta Renana], Renana], encontrei-me, encontrei-me, pela primeira de opinar primeira vez, vez, na na embaracosa embaraçosa obrigacao obrigação de opinar sabre sobre os os chamados chamados inteinte­ resses materiais. materiais. Os debates da renana sobre sobre os florestais resses Os debates da Dieta Dieta renana os delitos delitos florestais ee oo parcelamento parcelamento da da propriedade propriedade fundiaria, fundiária, aa polemica polêmica oficial oficial que que oo sr. sr. Von provincia renana, Von Schaper, Schaper, entao então governador governador da da província renana, travou travou com com aa G azeta Renana sobre as condições de existência dos dos camponeses Gazeta Renana sobre as condicoes de existencia camponeses do do Mosela, por ultimo, último, as as dis~us~oes discussões sobr~ sobre o o livre-câmbio protecioni.yno, Mosel a,. por Iivre-cambio ee oo protecioniiyno, proporcionaram-me os os primeiros para que que eu começasse a' a' me proporcionaram-me pnmerros motivos monvos para eu comecasse me ocupar das das questoes questões economicas. econômicas. Por outro lado, lado, nessa nessa epoca, época, em que ocupar Por outro em que oo afa verdadeira sabedoria, sabedoria, fez-se afã de de "avancar" “avançar” sobrepujava sobrepujava amiude amiúde aa verdadeira fez-se ouvir na na G azeta Renana Renana um entibiado, por por assim assim dizer dizer filos6fico, filosófico, ouvir Gazeta um eco eco entibiado, do mido socialismo socialismo ee do do comunismo comunismo trances. francês. Pronunciei-me Pronunciei-me contra contra essa essa mi­ x6rdia, mas, mas, ao tempo, confessei confessei claramente, claramente, em controxórdia, ao mesmo mesmo tempo, em uma uma contro­ versia Augsvérsia com com aa Allgemeine A llgem eine Augsburger Augsburger Zeitung Zeitung [Gazeta [G azeta Geral Geral de de Augsburgo ] 3, 3, que que os os estudos estudos que que eu eu tinha tinha feito feito ate até entao então nao não me me permitiam permitiam burgo] arriscar um juizo arriscar um juízo aa respeito respeito das das tendencies tendências francesas. francesas. A A ilusao ilusão dos dos diredire­ tores da da Gazeta G azeta Renana, Renana, que que acreditavam acreditavam conseguir conseguir sustar sustar aa sentenca sentença de de tores morte pronunciada contra contra seu seu periódico, imprimindo-lhe uma morte pronunciada peri6dico, imprimindo-lhe uma tendência tendencia mais moderada, moderada, ofereceu-me que me mais ofereçeu-me ocasiao, ocasião, que me apressei apressei em em aproveitar, aproveitar, de ao meu meu gabinete de deixar deixar aa cena cena publica pública ee me me recolher recolher ao gabinete de de estudos. estudos. O primeiro primeiro trabalho trabalho que empreendi, para resolver as as duvidas dúvidas que que O que empreendi, para resolver me do Direito, Direito, de Hegel, me assaltavam, assaltavam, foi foi uma uma revisao revisão critica crítica da da Filosofia Filosofia do de Hegel, trabalho introducao apareceu Deutsch-Franzosische Iahrbiicher trabalho cuja cuja introdução apareceu nos nos Deutsch-Franzõsische Jahrbücher [Anais publicados em inves[Anais Franco-Alemiies], Franco-Alem ães], publicados em Paris Paris em em 1844 1844 4•4. Minhas Minhas inves­ tigações me conduziram conduziram ao seguinte resultado: resultado: as as relações jurídicas bem bem tigacoes me ao seguinte relacoes juridicas como por si si mesmas, como as as formas formas de de Estado Estado nao não podem podem ser ser explicadas explicadas por mesmas, nem pela pela chamada espirito humano; nem chamada evolucao evolução geral geral do do espírito humano; estas estas relacoes relações têm, ao contrario, contrário, suas suas raizes raízes nas nas condições materiais de de existencia, existência, em em tern, ao condicoes materiais 2 2 Trata-se Trata-se

da Introduciio Introdução de de 1857, 1857, publicada primeira vez vez em em 1903, 1903, por da publicada pela pela primeira por Karl Karl Kauísky, no no 6rgao órgão te6rico teórico da da social-democracia social-democracia alernji, alemã, Neue Neue Zeit Zeit (N ovos Tem pos). Kautsky, (Novos Tempos). (N.R.T.), (N .R.T.)

a3 Marx faz referência referencia ao 16 de outubro de 1842, publicou na Marx faz ao artigo artigo que, que, em em 16 de outubro de 1842, publicou na Rheinische Rheinische Zeitung, Zeitung, sob sob oo titulo título "O “O comunismo comunismo trances francês ee aa Augsburger Augsburger Zeitung". Zeitung". 44 Ha Há varias várias edi~oes edições deste deste texto texto em em portugues, português. Dentre Dentre as as rnais mais recentes, recentes, registre-se registre-se aa publicada publicada no no n. n. 2 2 de de Temas Temas de de Ciencias Ciências Humanas, Humanas, Sao São Paulo, Paulo, 1977. 1977. (N.R.T.) (N .R .T .)

233 233 sua sua totalidade, totalidade, relacoes relações estas estas que que Hegel, Hegel, aa exemplo exemplo dos dos ingleses ingleses ee franfran­ ceses ceses do do seculo século XVIII, X V III, compreendia compreendia sob sob o o name nome de de "sociedade “sociedade civil" civil” [btirgerliche [bürgerliche Gesellschaft]. Gesellschaft], Cheguei Cheguei tambem também aà conclusao conclusão de de que que aa anatoanato­ mia da da sociedade mia sociedade burguesa burguesa deve deve ser ser procurada procurada na na Economia Economia Politica. Política. Eu E u havia havia comecado começado oo estudo estudo desta desta ultima última em em Paris, Paris, ee o o continuara continuara em em Bruxelas, Bruxelas, onde onde havia havia me me estabelecido estabelecido em em consequencia conseqüência de de uma um a sentence sentença de de expulsao expulsão ditada ditada pelo pelo sr. sr. Guizot Guizot contra contra mim, mim. 0 O resultado resultado geral geral aa que que cheguei cheguei ee que, que, uma um a vez vez obtido, obtido, serviu-me serviu-me de de guia guia para para meus meus estudos, estudos, pode pode formular-se, formular-se, resumidamente, resumidamente, assim: assim: na na producao produção social social da da pr6pria própria existencia, existência, os os homens homens entram entram em em relacoes relações determinadas, determinadas, necessarias, necessárias, inin­ dependentes dependentes de de sua sua vontade; vontade; estas estas relacoes relações de de producao produção correspondem correspondem aa um grau um grau determinado determinado de de desenvolvimento desenvolvimento de de suas suas forcas forças produtivas produtivas matemate­ riais. riais. A A totalidade totalidade dessas dessas relacoes relações de de producao produção constitui constitui aa estrutura estrutura economica econômica da da sociedade, sociedade, aa base base real real sabre sobre aa qual qual se se eleva eleva uma uma superessuperestrutura trutura juridica jurídica ee politica política ee aà qual qual correspondem correspondem formas formas sociais sociais deterdeter­ minadas minadas de de consciencia. consciência. 0 O modo modo de de producao produção da da vida vida material material condiciona condiciona oo processo processo de de vida vida social, social, politica política ee intelectual. intelectual. Nao Não é aa consciencia consciência dos dos homens homens que que determina determina oo seu seu ser; ser; ao ao contrario, contrário, eé o o seu seu ser ser social social que que determina determina aa sua sua consciencia, consciência. Em Em certa certa etapa etapa de de seu seu desenvolvimento, desenvolvimento, as as forcas forças produtivas produtivas materiais materiais da da sociedade sociedade entram entram em em contradicao contradição com com as as relacoes relações de de producao produção existentes, existentes, ou, ou, oo que que nao não eé mais mais que que sua sua exex­ pressao pressão juridica, jurídica, com com as as relacoes relações de de propriedade propriedade no no seio seio das das quais quais elas elas se se haviam haviam desenvolvido desenvolvido ate até entao. então. De De formas formas evolutivas evolutivas das das torcas forças propro­ dutivas dutivas que que eram, eram, essas essas relacoes relações convertem-se convertem-se em em entraves. entraves. Abre-se, Abre-se, entao, então, uma uma epoca época de de revolucao revolução social. social. A A transtormacao transform ação que que se se produziu produziu na na base base economica econômica transtorna transtorna mais mais ou ou menos menos lenta lenta ou ou rapidamente rapidamente toda toda aa colossal colossal superestrutura. superestrutura. Quando Quando se se consideram consideram tais tais transformacoes, transformações, convem convém distinguir distinguir sempre sempre aa transformacao transform ação material material das das condicoes condições econoeconô­ micas micas de de producao produção -— que que podem podem ser ser verificadas verificadas fielmente fielmente com com aa ajuda ajuda das das ciencias ciências fisicas físicas ee naturais naturais -— ee as as formas formas juridicas, jurídicas, politicas, políticas, relireli­ giosas, giosas, artisticas artísticas ou ou filos6ficas, filosóficas, em em resumo, resumo, as as formas formas ideol6gicas ideológicas sob sob as as quais quais os os homens homens adquirem adquirem consciencia consciência desse desse conflito conflito ee oo levam levam ate até ao ao fim. fim. Do Do mesmo mesmo modo modo que que nao não se se julga julga oo individuo indivíduo pela pela ideia idéia que que faz faz de de si si mesmo, mesmo, tampouco tampouco se se pode pode julgar julgar uma uma ta! tal epoca época de de transformacao transformação pela pela consciencia consciência que que ela ela tern tem de de si si mesma. mesma. E É preciso, preciso, ao ao contrario, contrário, explicar explicar esta esta consciencia consciência pelas pelas contradicoes contradições da da vida vida material, material, pelo pelo concon­ flito flito que que existe existe entre entre as as forcas forças produtivas produtivas sociais sociais ee as as relacoes relações de de propro­ ducao. dução. Uma Uma sociedade sociedade jamais jamais desaparece desaparece antes antes que que estejam estejam desenvolvidas desenvolvidas todas relacoes de todas as as Iorcas forças produtivas produtivas que que possa possa conter, conter, ee as as relações de producao produção novas e superiores nao tomam jamais seu lugar antes que as novas e superiores não tomam jamais seu lugar antes que as condicoes condições materiais materiais de de existencia existência dessas dessas relacoes relações tenham tenham sido sido incubadas incubadas no no proprio próprio seio seio da da velha velha sociedade. sociedade. Eis Eis por por que que aa humanidade humanidade nao não se se propoe propõe nunca nunca senao senão os os problemas problemas que que ela ela pode pode resolver, resolver, pois, pois, aprofundando aprofundando aa analise, análise, ver-se-a sempre apresenta quando ver-se-á sempre que que oo pr6prio próprio problema problema s6 só se se apresenta quando as as condicoes condições materiais materiais oara oara resolve-lo resolvê-lo existem existem ou ou estao estão em em vias vias de de existir. existir.

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234 234 Em Em grandes grandes traces, traços, podem podem ser ser designados, designados, como como outras outras tantas tantas epocas épocas progressivas economica da producao progressivas da da tormacao formação econômica da sociedade, sociedade, os os modos modos de de produção asiatico, asiático, antigo, antigo, feudal feudal ee burgues burguês modemo. moderno. As As relacoes relações de de producao produção burguesas 6ltima forma processo de burguesas siio são aa última forma antagonica antagônica do do processo de producao produção social, social, antagonica nao no antagônica não no sentido sentido de de um um antagonismo antagonismo individual, individual, mas mas de de um um antagonismo individuos; antagonismo que que nasce nasce das das condicoes condições de de existencia existência sociais sociais dos dos indivíduós; as as forcas forças produtivas produtivas que que se se desenvolvem desenvolvem no no seio seio da da sociedade sociedade burguesa burguesa criam, criam, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, as as condicoes condições materiais materiais para para resolver resolver este este antaanta­ gonismo. termina, pois, gonismo. Com Com esta esta tormacao formação social social termina, pois, aa pre-historia pré-história da da sociedade sociedade humana. humana. Friedrich Friedrich Engels, Engels, com com quern quem (desde (desde aa publicacao publicação nos nos Anais A nais FrancoFranco-A lemiies -A lem ães de de seu seu genial genial esboco esboço de de um umaa critica crítica das das categorias categorias economieconômi­ 6) ccas as 5) eu meio da eu mantinha mantinha constante constante correspondencia, correspondência, por por meio da qual qual trocatrocá­ varnos vamos ideias, idéias, chegou chegou por por outro outro caminho caminho -— consulte-se consulte-se A A situaciio situação da da classe nglaterra 68 -— ao classe trabalhadora trabalhadora na na IInglaterra ao mesmo mesmo resultado resultado que que eu. eu. E E quando, na primavera quando, na primavera de de 1845, 1845, ele ele tarnbem também veio veio domiciliar-se domiciliar-se em em BruxeBruxe­ las, las, resolvemos resolvemos trabalhar trabalhar em em comum comum para para salientar salientar o o contraste contraste de de nqssa ndssa maneira visando, de maneira de de ver ver com com aa ideologia ideologia da da filosofia filosofia alema, alemã, visando, de fato, fato, acertar nossa antiga prop6sito acertar as as contas contas com com aa nossa antiga consciencia consciência filos6fica. filosófica. 0 O propósito realizou-se pos-hegeliana. 0 realizou-se sob sob aa forma forma de de uma um a critica crítica da da filosofia filosofia pós-hegeliana. O manuscrito, volumes em manuscrito, dois dois grossos grossos volumes em oitava, oitava, ja já se se encontrava encontrava ha há muito muito tempo tempo em em maos mãos do do editor editor na na Vestfalia, Vestfália, quando quando nos nos advertiram advertiram que que uma uma mudanca mudança de de circunstancias circunstâncias criava criava obstaculos obstáculos aà impressao. impressão. Abandonamos Abandonamos oo manuscrito mais aa gosto manuscrito aà critica crítica roedora roedora dos dos ratos, ratos, tanto tanto mais gosto quanto quanto ja já haviamos n6s havíamos alcancado alcançado nosso nosso fim fim principal, principal, que que era era ver ver claro claro em em nós mesmos mesmos 7•7. Dos Dos trabalhos trabalhos esparsos, esparsos, que que submetemos submetemos ao ao publico público nessa nessa epoca época ee nos pontos de nos quais quais expusemos expusemos' nossos nossos pontos de vista vista sobre sobre diversas diversas quest6es, questões, mencionarei mencionarei apenas apenas o o Manifesto M anifesto do do Partido Partido Comunista, Comunista, redigido redigido por por Engels publicado por por Engels ee por por mim, mim, ee oo Discurso Discurso sobre sobre o o livre-cdmbio, livre-câm bio, publicado mim. maneira de foram, pela mim. Os Os pontos pontos decisivos decisivos de de nossa nossa maneira de ver ver foram, pela primeira primeira vez, vez, expostos expostos cientificamente, cientificamente, ainda ainda que que sob sob forma forma de de polemica, polêmica, no no meu trabalho aparecido meu trabalho aparecido em em 1847, 1847, ee dirigido dirigido contra contra Proudhon: Proudhon: Miseria Miséria da da Filosofia. Filosofia, A A impressao impressão de de uma uma dissertacao dissertação sobre sobre oo Trabalho Trabalho assalaassala­ riado, riado, escrita escrita em em alemao alemão ee composta composta de de conferencias conferências que que eu eu havia havia proferido na União Uniao dos interproferido na dos Trabalhadores Trabalhadores Alemaes Alemães de de Bruxelas, Bruxelas, foi foi inter­ rompida expulsao rom pida pela pela Revolucao Revolução de de Fevereiro Fevereiro ee pela pela minha minha subseqtiente subseqüente expulsão da da Belgica. Bélgica.

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A rediA referencia referência eé ao ao ensaio ensaio "Esboco “Esboço de de uma uma critica crítica da da Economia Economia Polltica", Política”, redi­ gido por Engels gido por Engels entre entre finais finais de de 1843 1843 ee janeiro janeiro de de 1844. 1844. (N.R.T.) (N .R.T.) 6 1976. (N.R.T.) 6 Ha Há edicao edição portuguesa portuguesa desta desta obra, obra, Lisboa, Lisboa, 1976. (N .R.T.) 7 A ideologia 7 Trata-se Trata-se do do manuscrito manuscrito que, que, sob sob o o titulo título A ideologia alemii, alemã, foi foi publicado publicado inteinte­ gralmente, pela primeira portuguesa, Lisboa, gralmente, pela primeira vez, vez, em em 1927; 1927; aa obra obra tern tem versao versão portuguesa, Lisboa, s.d. s.d. (N.R.T.) (N .R.T.) 5 5

235 235 A A publicacao publicação da da Neue N eue Rheinische Rheinische Zeitung Zeitung [Nova [N ova Gazeta Gazeta Renana], Renana ], em em 1848-1849, 1848-1849, ee os os acontecimentos acontecimentos posteriores posteriores interromperam interromperam meus meus estudos estudos economicos, econômicos, os os quais quais s6 só pude pude recomecar recomeçar em em Londres, Londres, em em 1850. 1850. A A prodigiosa prodigiosa quantidade quantidade de de materiais materiais para para aa hist6ria história da da Economia Economia PoHPolí­ tica tica acumulada acumulada no no British British Museum, Museum, aa situacao situação tao tão Iavoravel favorável que que Londres Londres oferece oferece para para aa observacao observação da da sociedade sociedade burguesa, burguesa, e, e, por por fim, fim, oo novo novo estaestá­ gio gio de de desenvolvimento desenvolvimento em em que que esta esta parecia parecia entrar entrar com com aa descoberta descoberta do do ouro ouro na na California Califórnia ee na na Australia, Austrália, decidiram-me decidiram-me aa comecar começar tudo tudo de de novo os novos novo ee aa submeter submeter aa um um exame exame critico crítico os novos materiais. materiais. Esses Esses estudos, estudos, em em grande grande parte parte por por seu seu pr6prio próprio carater, caráter, levaram-rne levaram-me aa investigacoes investigações que que pareciam pareciam afastar-me afastar-me do do plano plano original original ee nas nas quais quais tive, tive, contudo, contudo, de de deter-me deter-me durante durante um um tempo tempo mais mais ou ou menos menos prolongado. prolongado. Mas Mas oo que, que, sobretudo, sobretudo, abreviou abreviou oo tempo tempo de de que que dispunha, dispunha, foi foi aa necessidade necessidade impeimpe­ riosa riosa de de me me dedicar dedicar aa um um trabalho trabalho remunerador. remunerador. Minha M inha colaboracao, colaboração, iniciada iniciada havia havia oito oito anos, anos, no no New N ew York Y ork Tribune, Tribune, o o primeiro primeiro jomal jornal angloanglo-americano, am erican o , trouxe trouxe consigo, consigo, ja já que que nao não me me ocupo ocupo senao senão excepcionalexcepcional­ mente mente de de jornalismo jornalismo propriamente propriamente dito, dito, uma uma extraordinaria extraordinária dispersao dispersão de de meus meus estudos. estudos. Todavia, Todavia, os os artigos artigos sobre sobre os os acontecimentos acontecimentos econoeconô­ micos micos marcantes, marcantes, que que ocorriam ocorriam na na Inglaterra Inglaterra ee no no Continente, Continente, consticonsti­ tuiam uma tuíam uma parte parte tao tão consideravel considerável de de minhas minhas contribuicoes, contribuições, que que tive tive de de Iamiliarizar-me familiarizar-me com com pormenores pormenores praticos práticos que que nao não sao são propriamente propriamente do do dominio domínio da da ciencia ciência da da Economia Economia Politica. Política. Com Com este este esboco esboço do do curso curso dos dos meus meus estudos estudos no no terreno terreno da da Economia Economia Politica, Política, eu eu quis quis mostrar m ostrar unicamente unicamente que que minhas minhas opinioes, opiniões, de de qualquer qualquer maneira m aneira que que sejam sejam julgadas julgadas ee por por pouco pouco que que concordem concordem com com os os preconprecon­ ceitos ceitos ligados ligados aos aos interesses interesses da da classe classe dominante, dominante, sao são oo fruto fruto de de longos longos ee conscienciosos conscienciosos estudos. estudos. Mas Mas no no umbra) umbral da da ciencia, ciência, como como à entrada entrada do do Inferno, Inferno, uma uma obrigacao obrigação se se impoe: impõe:

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"Qui “Qui si si convien convien lasciare lasciare ogni ogni sospetto; sospetto; Ogni Ogni vilta vilta convien convien chi chi sia sia morta". morta”. ["Convem [“Convém abandonar abandonar aqui aqui toda toda suspeita suspeita Convem Convém matar matar aqui aqui toda toda covardia."l covardia.”]

Londres, Londres, janeiro janeiro de de 1859 1859 Karl Karl Marx Marx



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II.A HISTORJA HISTORIA EM PROCESSO PROCESSO 1. 1.

F. F. ENGELS: ENGELS: OS OS GRANDES GRANDES AGRUPAMENTOS AGRUPAMENTOS DE DE OPOSI(;AO IAS -— OPOSIÇÃO E E SUAS SUAS IDEOWG IDEOLOGIAS LUTERO E E MONZ~R MÜNZER** LUTERO -

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O O agrupamerito, agrupameíito, em em totalidades totalidades maiores, maiores, dos dos estarnentos estamentos [Stande] [Stãnde] outrora impassive! ja outrora tao tão diversificados diversificados tornou-se tom ou-se quase quase impossível já pela pela descentradescentra­ lizacao lização eautonomia e autonomia locale local e provincial, provincial, pelo pelo distanciamento distanciamento [Entfremdung] [Entfremdung] industrial industrial ee 'comercial comercial das das provincias províncias entre entre si, si, pelas pelas mas más comunicacoes. comunicações. Esse agrupamento s6 Esse agrupamento só ocorre ocorre com com aa difusao difusão geral geral de de ideias idéias revolucionarias revolucionárias politico-religiosas político-religiosas atraves através da da Reforma. Reforma. Os Os varies vários estamentos estamentos que que adotam adotam essas essas ideias idéias ou ou se se opoem opõem aa elas elas concentram, concentram, ainda ainda que que s6 só com com muito muito esforco esforço ee de de modo modo aproximado, aproximado, aa nacao nação em em tres três grandes grandes acampamentos: acampamentos: oo cat6lico católico ou ou reacionario, reacionário, o o luterano luterano burgues-reformista burguês-reformista ee oo revolucionario. revolucionário. Ainda Ainda que que descubramos descubramos ser ser essa essa grande grande divisao divisão nacional nacional pouco pouco conseconse­ quente, qüente, ainda ainda que, que, em em parte, parte, encontremos encontremos nos nos dois dois primeiros primeiros setores setores os os mesmos de dissolucao mesmos elernentos, elementos, isto isto se se explica explica pelo pelo estado estado de dissolução em em que que se se encontravam encontravam aa maioria maioria dos dos estamentos estamentos oficiais oficiais oriundos oriundos da da ldade Idade Media Média ee pela pela descentralizacao descentralização que, que, em em diversos diversos lugares, lugares, levou levou os os mesmos mesmos estaesta­ mentos mentos momentaneamente momentaneamente a· a *direcoes direções contrapostas. contrapostas. Tivemos Tivemos aa oportuoportu­ nidade, na Alemanha nidade, nos nos ultimas últimos anos, anos, de de observar observar freqiientemente freqüentemente na Alem anha fatos fatos muito muito semelhantes, semelhantes, de de modo modo que que nao não nos nos deve deve surpreender surpreender tal tal confusao confusão de de estamentos estamentos ee classes classes nas nas relacoes relações ainda ainda mais mais embrulhadas embrulhadas do do seculo século XVI. XVI. Apesar Apesar das das experiencias experiências mais mais recentes, recentes, aa ideologia ideologia alema alemã ainda ainda nao não ve, vê, nas nas lutas lutas que que liquidaram liquidaram aa ldade Idade Media, Média, nada nada mais mais que que violentas violentas •* Reproduzido Reproduzido de de ENGELS, E n g e l s , F. F. Die Die grossen grossen oppositionellen oppositionellen Gruppierungen Gruppierungen und und ihre ihre Ideologien Luther und und Münzer. Der deustsche deustsche Bauernkrieg Bauernkrieg (As (A s guerras guerras camcam ­ Ideologien -— Luther Milnzer. Der ponesas F. Ausgewiihlte ponesas na na A/emanha). A lem an h a ). In: In: MARX, M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F, Ausgewühlte Werke. Werke. 9. 9. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1981. 1981. v, v. II, II, p. p. 155-74. 155-74. Traduzido Traduzido par por Flavio Flávio R. R. Kothe. Kothe.

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237 237 disputas disputas teol6gicas. teológicas. Tivessem Tivessem as as pessoas pessoas daquela daquela epoca época ao ao menos menos podido podido se havido, de se entender entender sobre sobre as as coisas coisas celestiais, celestiais, entao então nao não teria teria havido, de acordo acordo com com aa perspectiva perspectiva de de nossos nossos compatriotas compatriotas entendidos entendidos em em historia história ee sabios sábios do do Estado, Estado, nenhuma nenhuma razao razão para para brigar brigar sobre sobre as as coisas coisas deste deste mundo. mundo. Esses Esses ideologos ideólogos sao são suficientemente suficientemente credulos crédulos para para tomar tom ar por por prata ilusoes que prata legftima legítima !~Qas todas as as ilusões que uma uma epoca época se se faz faz sobre sobre si si mesma mesma ou uma epoca fazem sobre ou que que os os ide6logos ideólogos de de uma época se se fazem sobre essa essa epoca. época. Essa Essa mesma ve, por mesma classe classe de de gente gente vê, por exemplo, exemplo, na na Revolucao Revolução de de 1789, 1789, apenas apenas um um debate debate um um tanto tanto acalorado acalorado quanto quanto as às vantagens vantagens da da monarquia m onarquia conscons­ titucional titucional em em relacao relação aà monarquia m onarquia absoluta; absoluta; na na Revolucao Revolução de de Julho Julho 1, 1, umaa controversia insustentabilidade do um controvérsia pratica prática sobre sobre aa insustentabilidade do direito direito "da “da graca graça divina"; Revolucao de divina” ; na na Revolução de Fevereiro Fevereiro 2,2, uma uma tentativa tentativa de de resolver resolver aa perper­ gunta gunta "repiiblica “república ou ou rnonarquia?", m onarquia?”, etc. etc. Das Das lutas lutas de de classe classe que que sao são travatrava­ das movimentos ee das bandeira das nesses nesses movimentos das quais quais aa frase frase politica política escrita escrita na na bandeira é mera m era expressao, expressão, dessas dessas lutas lutas de de classe classe nossos nossos ideologos, ideólogos, mesmo mesmo ainda ainda hoje, tern uma noticia disso ressoa vinda hoje, mal mal têm um a nocao, noção, apesar apesar de de que que aa notícia disso ressoa vinda nao resmungos ee trovoes não s6 só do do estrangeiro, estrangeiro, mas mas tambem também dos dos resmungos trovões de de muitos muitos milhares milhares de de proletarios proletários nacionais. nacionais. Tambem nas assim religiosas do Também nas assim chamadas chamadas guerras guerras religiosas do seculo século XVI, XVI, tratava-se sobretudo tratava-se sobretudo de de interesses interesses ma!_e~ materiais^ de de cl~ classe, muito muito concretos, concretos, ee essas ·as posteriores essas guerras guerras eram eram lutas lutas de de classe, classe, tanto tanto quanto qüãnfõ“ãs posteriores colisoes colisões intemas na Inglaterra na Franca. lutas de internas na Inglaterra ee na França. Se Se essas essas lutas de classe classe vestiam, vestiam, outrora, outrora, paramentos paramentos religiosos, religiosos, se se os os interesses, interesses, as as necessidades necessidades ee reivinreivin­ dicacoes dicações das das classes· classes ·inOIViouais individuais se se escondiam escondiam debaixo debaixo de de um um manto manto religioso, muda religioso, isso isso nada nada m uda nos nos fatos fatos ee se se explica explica facilmente facilmente pelas pelas circunscircuns­ tancias da tâncias da epoca. época. A Idade Media A Idade M édia tinha tinha se se desenvolvido desenvolvido totalmente totalmente aa partir partir da da barbar­ barie, Fizera tabula rasa bárie. Fizera tábula rasa da da velha velha civilizacao, civilização, da da antiga antiga filosofia, filosofia, politica política ee jurisprudência, jurisprudencia, para para comecar começar tudo tudo de de novo. novo. A A unica única coisa coisa que que ela ela tinha recebido do do antigo antigo mundo mundo naufragado naufragado era_~s:!i~tianismo era o cristianismo .e., e um um tinha recebido certo numero de certo número de cidades cidades semidestruidas, semidestruídas, despidas despidas de de toda toda aa sua sua civilicivili­ zacao. zação. A A consequencia conseqüência disso disso foi foi que, que, como como em em todas todas as as fases fases primitivas primitivas de de evolucao, evolução, os os padrecas padrecas tiveram tiveram oo monop6lio monopólio da da formacao formação intelectual intelectual e, com isso, isso, aa pr6pria teve um e, com própria educacao educação teve um carater caráter essencialmente essencialmente teologico. teológico. Nas Nas maos mãos dos dos padrecas, padrecas, politica política ee jurisprudencia, jurisprudência, como como todas todas as as outras outras ciencias, ramos da teologia ee foram foram tratadas ciências, nao não passaram passaram de de meros meros ramos da teologia tratadas segundo mesmos princfpios vigentes nesta. Igreja segundo os os mesmos princípios vigentes nesta. Os Os dogmas dogmas da da Igreja eram, politicos, ee passagens tinham eram, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, axiomas axiomas políticos, passagens da da Bfblia Bíblia tinham forca lei em Mesmo quando fo rç a ,. de de lei em qualquer qualquer tribunal. tribunal. Mesmo quando se se constituiu constituiu um um

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1 1830, na 1 Trata-se Trata-se da da Revolu~ao Revolução de de Julho Julho de de 1830, na Franca, França, que que comecou começou aa 27 27 de de julho julho ee terminou julho; seguiram-na terminou aa 29 29 de de julho; seguiram-na levantes levantes revolucionarios revolucionários em em varies vários palses países europeus. europeus. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) 2 fevereiro de 2 Na N a Franca, França, aa 24 24 de de fevereiro de 1848 1848 foi foi derrubada derrubada aa monarquia monarquia ee proclamada proclamada aa Reptiblica. República, (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

238 238 estamento ainda longamente estamento pr6prio próprio de de juristas, juristas, aa jurisprudencia jurisprudência ficou ficou ainda longamente sob tutela da supremacia da campo sob aa tutela da teologia. teologia. E E essa essa supremacia da teologia teologia em em todo todo o o campo da atividade intelectual era, ao mesmo necessaria da atividade intelectual era, ao mesmo tempo, tempo, aa consequencia conseqüência necessária da da dominação dominacao da posicao posição da da Igreja Igreja como como sintese síntese mais mais geral geral ee sancao sanção da feudal feudal . vigente. vigente. :E genericamente É claro claro que, que, com com isso, isso, todos todos os os ataques ataques expressos expressos genericamente contra sobretudo ataques Igreja, todas todas as as dou­ doucontra oo feudalismo, feudalismo, sobretudo ataques contra contra aa Igreja, trinas revolucionarias, sociais ao mesmo mesmo tempo trinas revolucionárias, sociais ee politicas, políticas, tinham tinham de de ser, ser, ao tempo ee preponderantemente, Para que que as as relações relacoes sociais preponderantemente, "heresias" “heresias” religiosas. religiosas. Para sociais vigentes pudessem ser era preciso preciso despoja-las vigentes pudessem ser mexidas, mexidas, era despojá-las da da aureola auréola apaapa­ rente · rente de de santidade. santidade. A toda aa A oposicao oposição revolucionaria revolucionária contra contra aa feudalidade feudalidade atravessa atravessa toda ldade circunstancias da Idade Media. Média. Ela Ela aparece, aparece, de de acordo acordo com com as as circunstâncias da epoca, época, como insurreicao armada. armada. No No como mistica, mística, como como "heresia" “heresia” declarada, declarada, como como insurreição que que conceme concerne àa mistica, mística, sabe-se sabe-se quao quão dependentes dependentes dela dela eram eram os os reforrefor­ madores do seculo ela. madores do século XVI; XVI; tambern também Munzer Münzer aprendeu aprendeu muito muito com com ela. As da reacao !PaAs "heresias" “heresias” eram, eram, em em parte, parte, aa expressao expressão da reação dos dos pastores pastores |patriarcais era imposta imposta ((os os valvaltriarcais dos dos Alpes Alpes contra contra aa feudalidade feudalidade que que !hes lhes era 8); em parte, a oposicao das cidades emancipadas do feudalismo denses d en ses3); em parte, a oposição das cidades emancipadas do feudalismo ((os os albigenses \ Arnoldo em parte, insurreicoes direalbigenses4, Arnoldo de de Brescia, Brescia, etc.) etc.);; em parte, insurreições dire­ tas Ball, oo Mestre da Hungria, tas dos dos camponeses camponeses (John (John Bali, Mestre da Hungria, na na Picardia, Picardia, etc.). etc.). Podemos deixar aqui de heresia patriarcal patriarcal dos dos valdenses, Podemos deixar aqui de !ado lado aa heresia valdenses, bern bem como como uma uma tentativa como aa insurreicao insurreição dos dos suicos, suíços, como tentativa reacionaria, reacionária, na na forma forma ee no movimento histórico hist6rico ee como tendo signino conteudo, conteúdo, de de bloqueio bloqueio do do movimento como tendo signi­ ficacao apenas local. de heresia heresia medieval ficação apenas local. Em Em ambas ambas as as formas formas restantes restantes de medieval encontramos, ja no antitese entre encontramos, já no seculo século XII, X II, os os precursores precursores da da grande grande antítese entre oposicao camponesa-plebeia, na na qual guerra camoposição burguesa burguesa ee oposicao oposição camponesa-plebéia, qual aa guerra cam­ ponesa Essa antítese antitese atravessa ldade Media ponesa fracassou. fracassou. Essa atravessa toda toda aa Idade Média posterior. posterior. A da A heresia heresia das das cidades cidades -— ee ela ela eé aa heresia heresia propriamente propriamente oficial oficial da Idade os padrecas, Idade Media Média -— voltou-se voltou-se principalmente principalmente contra contra os padrecas, cujas cujas riquezas politica ela Assim como burguesia exige riquezas ee posicao posição política ela atacava. atacava. Assim como aa burguesia exige agora um gouvernement barato], os agora um gouvernement aà bon bon marche marché [um [um governo governo barato], os burbur­ gueses pediam primeiro bon marche Igreja gueses medievais medievais pediam primeiro uma uma eglise église àa. bon marché [uma [uma Igreja

surgiu, XII, nas surgiu, cidades nas do cidades sul da Franca, umaFrança, seita religiosa 3a No final doNoseculo final XII, do século do sul da uma seita religiosa aa que tradicao, seu fundador foi que · pertenciam pertenciam os os plebeus plebeus mais mais pobres, pobres. Segundo Segundo aa tradição, seu fundador foi o Pierre Wald Waldus). valdenses pregavam pregavam o comerciante comerciante de de Lyon, Lyon, Pierre Wald (Petrus (Petrus W aldus). Os Os valdenses oo ideal propriedade. Suas Suas concepcoes ideal da da pobreza pobreza ee aa renuncia renúncia à propriedade. concepções difundiram-se difundiram-se tarnbem entre rural, especialmente nos distritos também entre aa populacao população rural, especialmente nos distritos montanhosos montanhosos do do sudoeste do ed. ed. al.) · sudoeste da da Suica Suíça ee vda da Sav6ia. Savóia. (N. (N . do al.) albigenses eram eram membros membros de uma seita religiosa muito difundida nos nos séculos seculos 4 Os Os albigenses de uma seita religiosa muito difundida XII ee XIII sul da Franca ee norte norte da Italia ee cujo cujo centro de XII XIII pelo pelo sul da França da Itália centro era era aa cidade cidade de Albi no no sul Expressaram sob protesto da populacao Albi sul da da Franca, França. Expressaram sob forma forma religiosa religiosa oo protesto da população urbana ligado ligado ao ao comercio urbana comércio ee à inanufatura manufatura contra contra oo feudalismo. feudalismo, 0 O movimento movimento foi derrotado guerra de de 20 20 anos, anos, através atraves de de terríveis terrlveis represálias. represalias, (N. (N. foi derrotado numa numa guerra do do ed. ed. al.) al.)

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239 239 barata]. barata]. Segundo Segundo aa forrna, forma, reacionaria reacionária como como qualquer qualquer heresia, heresia, que, que, no no desenvolvimento desenvolvimento da da lgreja Igreja ee dos dos dogmas, dogmas, s6 só consegue consegue ver ver uma uma degedegeneracao, neração, aa heresia heresia burguesa burguesa exigia exigia aa restauracao restauração da da constituicao constituição simples simples da da lgreja Igreja do do cristianismo cristianismo primevo primevo ee aa supressao supressão do do sacerd6cio sacerdócio exclusivo. exclusivo. Essa barata eliminava Essa organizacao organização barata eliminava os os monges, monges, os os prelados, prelados, aa curia cúria romarom a­ na, na, em em suma, suma, tudo tudo oo que que era era dispendioso dispendioso na na lgreja. Igreja. As As cidades, cidades, ate até mesmo repúblicas, ainda ainda que que sob sob aa protecao proteção de de monarcas, monarcas, expressavam, expressavam, mesmo republicas, atraves através de de seus seus ataques, ataques, pela pela primeira primeira vez vez de de modo modo generico, genérico, que que aa forma form a normal normal de de dominacao dominação da da burguesia burguesia eé aa republica. república. Sua Sua hostilidade hostilidade contra uma uma serie série de de dogmas dogmas ee leis leis da da Igreja Igreja se se explica explica em em parte parte pelo pelo contra ja já dito, dito, em em parte parte por por suas suas demais demais condicoes condições de de vida. vida. Por Por que, que, por por exemplo, exemplo, se se colocavam colocavam tao tão enfaticamente enfaticamente contra contra oo celibato, celibato, sobre sobre isso isso ninguém da dá melhor melhor esclarecimento esclarecimento do do que que Boccaccio. Boccaccio. Arnoldo A m oldo de de BresBresninguem cia cia na na Italia Itália ee na na Alemanha, Alemanha, os os albigenses albigenses no no sul sul da da Franca, França, John John Wycliff Wycliff na na Inglaterra, Inglaterra, Huss Huss ee os os calistinos calistinos ~5 na na Boemia, Boêmia, eram eram os os prinprin­ cipais representantes representantes dessa dessa tendencia. tendência. Que Que aa oposicao oposição contra contra oo Ieudafeuda­ cipais lismo lismo s6 só aparece aparece aqui aqui como como oposicao oposição aà feudalidade feudalidade espiritual, espiritual, explica-se explica-se mui mui simplesmente simplesmente pelo pelo fato fato de de que que as as cidades cidades ja já eram, eram, por por toda toda parte, parte, algo reconhecido reconhecido ee podiam podiam combater combater bem bem aa feudalidade feudalidade laica laica com com seus seus algo privilegios, privilégios, com com as as arrnas armas ou ou nas nas assembleias assembléias estamentais. estamentais. Tambem Também aqui aqui ja já vemos, vemos, tanto tanto no no sul sul da da Franca França quanto quanto na na InglaIngla­ terra terra ee na na Boemia, Boêmia, que que aa maior maior parte parte da da pequena pequena nobreza nobreza se se solidariza solidariza com as as cidades cidades na na luta luta contra contra os os padrecas padrecas ee na na "heresia" “heresia” -— um um fenofenô­ com meno meno que que se se explica explica pela pela dependencia dependência da da pequena pequena nobreza nobreza com com as as cidades ee aa comunhao comunhão de de interesses interesses de de ambos ambos em em relacao relação aos aos principes príncipes cidades ee prelados prelados ee que que reencontraremos reencontraremos na na guerra guerra camponesa. camponesa. A heresia tinha tinha um um carater caráter totalmente totalmente diverso diverso ee era era aa expressao expressão A heresia direta direta das das necessidades necessidades camponesas camponesas ee plebeias plebéias ee se se ligava ligava quase quase sempre sempre aa uma uma sublevacao. sublevação. Ela Ela compartilhava, compartilhava, efetivamente, efetivamente, todas todas as as exigencies exigências da heresia heresia burguesa burguesa quanto quanto aos aos padrecas, padrecas, ao ao papado papado ee aà restauracao restauração da da da constituicao constituição da da Igreja Igreja primitiva, primitiva, mas, mas, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, ela ela ia ia infiniinfini­ tam ente mais mais adiante. adiante. Pedia Pedia aa restauracao restauração das das relacoes relações de de igualdade igualdade tamente crista cristã primitiva primitiva entre entre os os membros membros da da comunidade comunidade ee oo seu seu reconhecimento reconhecimento como norma norm a tambem também para para oo mundo mundo civil. civil. A A partir partir da da "igualdade “igualdade dos dos como filhos filhos de de Deus", Deus”, ela ela deduzia deduzia aa igualdade igualdade de de patrimonio. patrimônio. Igualacao Igualação do do nobre nobre com com os os camponeses, camponeses, dos dos patricios patrícios ee burgueses burgueses privilegiados privilegiados com com os os plebeus, plebeus, supressao supressão da da servidao, servidão, dos dos juros juros da da terra, terra, impostos, impostos, priviprivi­ legios légios e, e, ao ao menos, menos, das das diferencas diferenças patrimoniais patrimoniais mais mais gritantes gritantes foram foram reivindicacoes reivindicações formuladas formuladas com com maior maior ou ou menor menor determinacao determinação ee postupostu­ ladas ladas como como conseqiiencias conseqüências necessarias necessárias da da doutrina doutrina crista cristã primitiva. primitiva. Essa Essa ~5 Os Os calistinos calistinos eram eram membros membros de de uma uma tendencia tendência moderada moderada dentro dentro do do movimento movimento hussita, hussita, o o movimento movimento de de libertacao libertação reformista reformista ee nacionalista nacionalista do do povo povo tcheco tcheco na na primeira primeira metade metade do do seculo século XV. XV. Os Os calistinos calistinos exigiarn exigiam aa funda~ao fundação de de uma uma Igreja Igreja nacional nacional tcheca tcheca ee aa secularizacao secularização das das propriedades propriedades rurais rurais da da Igreja. Igreja. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

240 240 heresia feudalismo, por por exemheresia camponesa-plebeia, camponesa-plebéia, na na epoca época do do apogeu apogeu do do feudalismo, exem­ plo, plo, aa dos dos albigenses, albigenses, ainda ainda pouco pouco separavel separável da da burguesa, burguesa, evolui, evolui, nos nos seculos para um um programa séculos XIV XIV ee XV, XV, para programa partidario partidário bem bem marcado, marcado, onde onde ela ela aparece burguesa. Assim aparece comumente comumente bem bem autonoma autônoma ao ao lado lado da da heresia heresia burguesa. Assim John John Ball, Bali, oo pregador pregador da da sublevacao sublevação Wat-Tyleriana Wat-Tyleriana na na Inglaterra Inglaterra 6, 8, ao ao lado taboritas 77 ao lado dos lado do do movimento movimento de de Wycliff, Wycliff, coma como os os taboritas ao lado dos caliscalis­ tinos manifesta ate tinos na na Boernia. Boêmia. Entre Entre OS os taboritas taboritas ja já se se manifesta até aa tendencia tendência republicana republicana sob sob enfeites enfeites teocrati~.os> teocráticos- ee que, que, no no final final do do seculo século XV XV ee comeco foi levada na começo do do XVI, XVI, foi levada avante avante pelos pelos representantes representantes dos dos plebeus plebeus na Alemanha. Alemanha. A heresia se A essa essa forma forma de de heresia se acresce acresce aa exaltacao exaltação de de seitas seitas mistificamistifica11, doras, etc., doras, os os flagelantes flagelantes 8,8, os os lolardos lolardos!l, etc., que, que, em em tempos tempos de de repressao, repressão, mantinham viva aa tradicao mantinham viva tradição revolucionaria. revolucionária. Os plebeus plebeus erarn, unica classe Os eram, outrora, outrora, aa única classe que que estava estava completamente completamente fora fora da da sociedade sociedade oficial oficial existente. existente. Ela Ela se se encontrava encontrava fora fora da da comunicomuni­ dade feudal ee fora fora da dade feudal da coligacao coligação [Verband) [Verband] burguesa. burguesa. Ela Ela nao não tinha tinha nem nem privilegios propriedade, nao privilégios nem nem propriedade, não tinha tinha sequer, sequer, coma como os os t;amponeses Camponeses ee pequeno-burgueses, pequeno-burgueses, uma uma propriedade propriedade sobrecarregada sobrecarregada de de encargos encargos sufosufo­ cantes. posses nem cantes. Sob Sob qualquer qualquer angulo, ângulo, ela ela era era sem sem posses nem direitos; direitos; suas suas condicoes vida nao condições de de vida não entravam entravam em em cantata contato sequer sequer com com as as instituicoes instituições existentes, ignorada. Ela Ela era existentes, pelas pelas quais quais era era completamente completamente ignorada. era o o sintorna sintoma vivo vivo da da dissolucao dissolução da da sociedade sociedade feudal feudal ee corporativa corporativa burguesa burguesa e, e, ao ao mesmo tempo, mesmo tempo, oo primeiro primeiro precursor precursor da da sociedade sociedade moderna-burguesa. moderna-burguesa. Dessa Dessa posicao posição se se explica explica por por que que aa fracao fração plebeia plebéia ja já nao não podia podia entao no combate feudalismo ee aà burguesia então ficar ficar apenas apenas no combate ao ao feudalismo burguesia privilegiada, privilegiada, por menos na por que que ela ela mesma, mesma, ao ao menos na fantasia, fantasia, tinha tinha de de ir ir alem além da da sociedade sociedade moderna-burguesa moderna-burguesa nascente, nascente, por por que que ela, ela, aa fracao fração completamente completamente sem sem propriedade, propriedade, ja já tinha tinha de de questionar questionar instituicoes, instituições, visoes visões ee concepcoes concepções que que sao são comuns comuns aa todas todas as as formas formas de de sociedade sociedade baseadas baseadas em em antagonismos antagonismos
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241 241 de de classe. classe. Os Os devaneios devaneios quiliasticos quiliásticos 10 10 quanta quanto ao ao cristianismo cristianismo primitivo primitivo ofereciam ofereciam um um comodo cômodo ponto ponto de de referenda referência para para isso. isso. Mas Mas esse esse ir ir alem além nao não s6 só do do presente, presente, coma como ate até mesmo mesmo alem além do do futuro, futuro, s6 só podia podia ser ser forfor­ cado, çado, fantasioso, fantasioso, ee tinha tinha de de recair, recair, à primeira primeira tentativa tentativa de de aplicacao aplicação pratica, prática, nos nos limites limites estreitos estreitos que que as as relacoes relações daquela daquela epoca época permitiam. permitiam. O O ataque ataque à propriedade propriedade privada, privada, aa reivindicacao reivindicação quanto quanto à comunidade comunidade de de bens, bens, tinham tinham de de se se dissolver dissolver numa num a organizacao organização nua nua ee crua crua da da caricari­ dade; dade; aa vaga vaga igualdade igualdade crista cristã podia, podia, no no maxima, máximo, levar levar aà burguesa burguesa "igual“igual­ dade lei"; ; aa supressao dade perante perante aa lei” supressão de de toda toda autoridade autoridade transformou-se transformou-se finalmente finalmente no no estabelecimento estabelecimento de de governos governos republicanos republicanos escolhidos escolhidos pelo pelo povo. na povo. A A antecipacao antecipação do do comunismo comunismo atraves através da da fantasia fantasia tomou-se, tom ou-se, na realidade, realidade, uma uma antecipacao antecipação das das relacoes relações modemas modernas burguesas. burguesas. Encontramos, Encontram os, pela pela primeira prim eira vez, vez, essa essa antecipacao antecipação forcada, forçada, mas mas altaalta­ mente mente compreensivel compreensível aa partir partir das das condicoes condições de de vida vida da da fra9ao fração plebeia, plebéia, da hist6ria da história posterior posterior em em Alemanha Alem anha de de Thomas Thomas Munzer M ünzer ee seu seu partido, partido. Entre umaa comunidade Entre os os taboritas, taboritas, tinha tinha existido existido efetivamente efetivamente um comunidade quiliasquiliástica tica de de bens, bens, mas mas apenas apenas como como uma uma medida medida puramente puramente militar. militar. S6 Só com com Munzer M ünzer esses esses tons tons comunistas comunistas siio são expressao expressão das das aspiracoes aspirações de de uma um a fracao fração real real da da sociedade, sociedade, s6 só com com ele ele eé que que eles eles sao são formulados formulados com com uma uma certa certa determinacao determ inação e, e, desde desde ele, ele, n6s nós os os reencontramos reencontramos em em cada cada grande grande movimento movimento popular popular ate até que, que, aos aos poucos, poucos, confluem confluem com com oo grande grande movimento movimento proletario proletário modemo; m oderno; tal tal coma como na na ldade Idade Media, M édia, as as ·Ilutas utas dos dos camponeses camponeses livres livres contra contra aa dominacao dominação feudal feudal cada cada vez vez mais mais sufocante sufocante coincidem coincidem com com as as lutas lutas dos dos servos servos ee vassalos vassalos pela pela destruicao destruição total total da da dominacao dominação feudal. feudal. Enquanto Enquanto no no primeiro primeiro dos dos tres três grandes grandes acampamentos, acampamentos, no no conserconservador-catolico, vador-católico, se se encontravam encontravam todos todos os os elementos elementos que que estavam estavam inteinte­ ressados ressados na na manutencao m anutenção do do existente, existente, ou ou seja, seja, oo poder poder imperial, imperial, os os principes príncipes eclesiasticos eclesiásticos ee uma uma parte parte dos dos pnncipes príncipes seculares, seculares, aa nobreza nobreza mais mais rica, rica, os os prelados prelados ee oo patriciado patriciado urbano, urbano, sob sob aa bandeira bandeira da da Reforrna Reforma luterana luterana burguesa burguesa moderada m oderada reunem-se reúnem-se os os elementos elementos da da oposicao oposição com com propriedades, propriedades, aa burguesia burguesia ee ate até mesmo mesmo uma um a parte parte dos dos principes príncipes laicos laicos que que esperava esperava enriquecer enriquecer atraves através do do confisco confisco dos dos bens bens do do clero clero ee queria queria aproveitar aproveitar aa oportunidade oportunidade para para conseguir conseguir maior maior independencia independência em em relarela­ i;iio ção ao ao poder poder imperial. imperial. Finalmente, Finalmente, os os camponeses camponeses ee plebeus plebeus juntaram-se juntaram-se num partido foram exnum partido revolucionario, revolucionário, cujas cujas reivindicacoes reivindicações ee doutrinas doutrinas foram ex­ pressas pressas do do modo modo mais mais acerbo acerbo por por Munzer. Münzer. Lutero Lutero ee Munzer M ünzer representam, representam, cada cada um, um, seja seja por por sua sua doutrina, doutrina, seja seja por sua por sua personalidade personalidade ee sua sua conduta, conduta, plenamente plenamente oo seu seu partido. partido.

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aà doutrina doutrina mistica mística religiosa religiosa da da fundacao fundação de de um um "reino “reino milenar" milenar” da da justica, justiça, da da igualdade igualdade de de todos todos ee do do bem-estar. bem-estar. A doutrina doutrina quiliastica quiliástica surgiu surgiu na na epoca época da da ruina ruína da da sociedade sociedade escravocrata, escravocrata, teve teve larga larga difusao difusão na na epoca época do do cristiacristia­ nismo nismo primitivo primitivo ee ressurgiu ressurgiu sempre sempre nas nas doutrinas doutrinas das das diversas diversas seitas seitas da da Idade Idade Media. Média. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.) JO 10 Refere-se Refere-se

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Lutero, 5 l T'«a íi 52\ Luíero, de de l1517 525, percorreu percorreu exatamente exatamente as as mesmas mesmas mudancas mudanças que 1846 aa 1849 que os os modernos modernos constitucionalistas constitucionalistas alemaes alemães percorreram percorreram de de 1846 1849 ee que que cada cada partido partido burgues burguês percorre percorre quando, quando, colocado colocado por por um um momento momento frente do à frente do movimento, movimento, eé ultrapassado, ultrapassado, nesse nesse mesmo mesmo movimento, movimento, pelo pelo partido partido plebeu plebeu ,ou ,ou proletario proletário subjacente. subjacente. Quando, vez os Quando, em em 1517, 1517, Lutero Lutero atacou atacou pela pela primeira primeira vez os dogmas dogmas ee aa constituicao tinha um constituição da da Igreja Igreja Catolica, Católica, aa sua sua oposicao oposição ainda ainda nao não tinha um carater caráter definido. definido. Sem Sem ir ir alem além das das reivindicacoes reivindicações das das heresias heresias burguesas burguesas anteriores, anteriores, ela ela nao não excluia excluía nem nem uma um a unica única orientacao orientação mais mais radical radical ee tambem nao também não podia podia faze-lo. fazê-lo. No No primeiro primeiro momento, momento, todos todos os os elementos elementos de unir, aa energia de oposicao oposição tinham tinham de de se se unir, energia revolucionaria revolucionária mais mais decidida decidida tinha tinha de de ser ser aplicada, aplicada, aa massa massa global global de de toda toda heresia heresia anterior anterior tinha tinha de de ser ser apresentada apresentada perante perante aa credulidade credulidade cat6lica. católica. Do Do mesmo mesmo modo, modo, nossos nossos :r, burgueses liberais, em 7, ainda revolucionarios, diziam-se burgueses liberais, em 184 1847, ainda eram eram revolucionários, diziam-se sociasocia­ listas listas ee comunistas comunistas ee se se entusiasmavam entusiasmavam com com aa emancipacao emancipação da da classe classe trabalhadora. Nesse trabalhadora. Nesse primeiro primeiro perlodo período de de sua sua aparicao aparição publica, pública, oo vigoroso vigoroso temperamento campones I temperamento camponês de de Lutero Lutero aflorou aflorou plenamente. plenamente. ( "Se “Se aa sua" sua” (dos (dos padrecas padrecas romanos) romanos) "furia “fúria rancorosa rancorosa continuasse, continuasse, parepare­ ce-rne ce-me que que simplesmente simplesmente nao não haveria haveria melbor melhor conselho conselho ee remedio remédio do do que que esmaga-la, esmagá-la, que que reis reis ee prfncipes príncipes se se armassem armassem ee atacassem atacassem aa essa essa gente vez gente daninha daninha que que envenena envenena o o mundo mundo todo todo ee acabassem acabassem de de uma uma vez com niio com com aa brincadeira, brincadeira, com com armas, armas, não com palavras. palavras. Assim Assim como como punimos punimos ladrfies ladrões com com aa espada, espada, assassinos assassinos com com aa corda, corda, hereges hereges com com o o fogo, fogo, por por que que nao não atacamos atacamos muito muito mais mais aa esses esses daninhos daninhos mestres mestres da da perdicao, perdição, papas, bispos ee todo papas, cardeais, cardeais, bispos todo esse esse bando bando da da Sodoma Sodoma romana, romana, com com tudo tudo quanto quanto eé arma arma ee lavamos lavamos nossas nossas miios mãos em em seu seu sangue?" sangue?” Mas Mas essa essa fogosidade fogosidade revolucionaria revolucionária inicial inicial nao não durou durou muito. muito. 0 O raio raio que Lutero tinha que Lutero tinha lancado lançado caiu caiu no no alvo. alvo. Todo Todo oo povo povo alemao alemão pos-se pôs-se em em movimento. movimento. Por Por um um lado, lado, camponeses camponeses ee plebeus plebeus viram viram em em seus seus apelos apelos contra liberdade crista, contra os os padrecas, padrecas, em em sua sua predica prédica sobre sobre aa liberdade cristã, o o sinal sinal para para oo levante; por outro mais moderados levante; por outro lado, lado, os os burgueses burgueses mais moderados ee uma um a grande grande parte nobreza se parte da da pequena pequena nobreza se uniram uniram aa ele, ele, ate até mesmo mesmo prlncipes príncipes foram foram arrastados ter chegado arrastados pela pela correnteza. correnteza. Uns Uns acreditavam acreditavam ter chegado oo dia dia do do ajuste ajuste de de contas contas com com todos todos os os opressores; opressores; outros outros s6 só queriam queriam · quebrar quebrar oo poderio poderio dos Roma, aa hierarquia hierarquia catolica, dos padrecas, padrecas, aa dependencia dependência para para com com Roma, católica, ee se se enriquecer enriquecer com com o o confisco confisco dos dos bens bens q~ da Jgreja. Igreja. Os Os partidos partidos se se separasepara­ ram entre ram ee escolheram escolheram os os seus seus representantes. representantes. Lutero Lutero teve teve de de escolher escolher entre eles. eles. Ele, Ele, oo protegido protegido do do prlncipe-eleitor príncipe-eleitor
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etc.). etc.). Ao Ao convite convite de de Hutten H utten para para vir, vir, com com Sickingen, Sickingen, aa Ebernburg, Ebernburg, o o centro centro da da conspiracao conspiração da da nobreza nobreza contra contra os os padrecas padrecas ee principes, príncipes, Lutero Lutero respondeu: respondeu: "Eu “Eu nao não gostaria gostaria que que se se defendesse defendesse oo Evangelho Evangelho com com violencia violência ee derraderra­ mamento mamento de de sangue. sangue. Pela Pela palavra palavra oo mundo mundo foi foi vencido, vencido, pela pela palavra palavra aa Igreja lgreja tern ha de tem sido sido mantida, mantida, pela pela palavra palavra ela ela tambern também há de se se recompor, recompor, ee oo Anticristo receber oo seu Anticristo ha há de de receber seu sem sem violencia, violência, sem sem violencia violência ha há de de cair". cair”.

A A partir partir dessa dessa virada, virada, ou ou melhor, melhor, aa partir partir dessa dessa definicao definição mais mais exata exata da da orientacao orientação de de Lutero, Lutero, comecou começou aquele aquele regatear regatear ee mascatear mascatear sobre sobre as as instituicoes instituições ee dogmas dogmas aa serem serem mantidos mantidos ou ou reformados, reformados, aquele aquele nojento nojento diplomatizar, diplomatizar, conceder, conceder, intrigar intrigar ee conchavar, conchavar, cujo cujo resultado resultado foi foi aa "Con“Con­ fissao fissão de de Augsburgo" Augsburgo” 11, u , aa Constituicao Constituição da da Igreja Igreja Burguesa Burguesa Refonnada, Reformada, finalmente finalmente negociada. negociada. £. É exatamente exatamente oo mesmo mesmo jogo jogo que, que, sob sob fonna forma polipolí­ tica, repetiu-se tica, repetiu-se recentemente recentemente ad ad nauseam nauseam nas nas assembleias assembléias nacionais nacionais 12• alemas, 0O carater alemãs, nas nas camaras câmaras de de revisao revisão ee parlamentos parlamentos de de Erfurt E rf u rt12, caráter pequeno-burgues pequeno-burguês da da Reforma Reforma oficial oficial apareceu apareceu descaradamente descaradamente nessas nessas negociacoes. negociações.

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2) Que Lutero, agora a _ Reforma Que Lutero, agora como como representante representante declarado declarado .dda Reform a burbur­ guesa, guesa, pregasse pregasse oo progresso progresso legal, legal, tinha tinha as as suas suas boas boas razoes. razões. A A massa massa das das cidades cidades simpatizara simpatizara com com aa Reforma Reform a moderada; m oderada; aa pequena pequena nobreza nobreza aderiu umaa parte parte dos aderiu cada cada vez vez mais mais aa ela; ela; um dos principes príncipes aderiu, aderiu, uma um a outra outra vacilava. vacilava. Seu Seu exito êxito estava estava quase quase assegurado, assegurado, ao ao menos menos numa num a grande grande parte parte da da Alemanha. Alemanha. Prosseguindo Prosseguindo oo desenvolvimento desenvolvimento pacifico, pacífico, as as regioes regiões restantes restantes nao não poderiam, poderiam, aa longo longo prazo, prazo, resistir resistir ao ao embate embate da da oposicao oposição moderada. moderada. Toda Toda agitacao agitação violenta violenta teria teria de de levar, levar, porem, porém, oo partido partido momo­ derado derado aa conflitar conflitar com com os os extremos, extremos, oo partido partido plebeu plebeu ee oo campones, camponês, teria varias cidades, teria de de afastar afastar os os principes, príncipes, aa nobreza nobreza ee várias cidades, s6 só restando restando aa chance chance de de superacao superação do do partido partido burgues burguês pelos pelos camponeses camponeses ee plebeus plebeus ou ou aa repressao repressão de de todos todos os os partidos partidos do do movimento movimento atraves através da da restauracao restauração cat6lica. católica. E E como como os os partidos partidos burgueses, burgueses, assim assim que que conseguem conseguem as as menores menores vit6rias, vitórias, procuram procuram manobrar m anobrar por por meio meio do do progresso progresso legal legal entre entre aa Cila Cila da da revolucao revolução ee o o Caribde Caribde da da restauracao, restauração, disso disso ja já tivemos tivemos ultimamente ultimamente provas provas sobejas. sobejas. 11 Como Como Confissiio Confissão de de Augsburgo Augsburgo sao são designados designados os os fundamentos fundamentos do do luteranismo, luteranismo, conforme conforme foram foram apresentados apresentados em em 1530 1530 pelo pelo imperador imperador Carlos Carlos V V no no Congresso Congresso de de Augsburgo, Augsburgo, mas mas rejeitados rejeitados por por este. este. A A guerra guerra que que os os prlncipes príncipes luteranos luteranos conducondu­ ziram ziram contra contra o o imperador imperador terminou, terminou, em em 1555, 1555, com com aa Paz Paz Religiosa Religiosa de de Augsburgo, Augsburgo, que que reconheceu reconheceu aa confissao confissão evangelica evangélica como como tendo tendo os os mesmos mesmos direitos direitos que que aa cat6lica católica ee dava dava aa cada cada principe príncipe o o direito direito de de determinar determinar aa religiao religião de de seus seus stiditos súditos de al.) de acordo acordo com com o o seu seu pr6prio próprio criterio. critério. (N. (N. do do ed. ed. al.) 12 12 Trata-se Trata-se do do parlamento parlamento da da Uniao, União, reunido reunido em em Erfurt, Erfurt, de de 20 20 de de marco março aa 24 24 de de abril republicano alemao abril de de 1850 1850 ee que que devia devia servir servir para para organizar organizar um um Estado Estado republicano alemão sob sob aa hegemonia hegemonia da da Prussia. Prússia. No N o entanto, entanto, sob sob aa pressao pressão da da Austria Áustria ee da da Russia, Rússia, aa Prússia Prussia teve teve de de desistir desistir de de seus seus pianos planos de de uniiio. união. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

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Assim como, como, nas sociais ee polfticas políticas gerais gerais daquela daquela epoca, época, Assim nas relações relacoes sociais os resultados resultados de de qualquer qualquer modificacao modificação tinham tinham de de redundar redundar necessarianecessaria­ os mente em em proveito proveito dos dos principes príncipes ee aumentar aum entar oo poder deles, assirn assim tam mente poder deles, tam-­ bém aa Reforma Reform a burguesa, burguesa, quanto quanto mais mais eta ela se se separava separava dos dos elementos elementos bem plebeus ee camponeses, camponeses, tanto tanto mais tinha de de cair cair sob sob oo controle dos prín­ plebeus mais tinha controle dos principes reformados. reformados. 0 O pr6prio próprio Lutero Lutero tornou-se cada cada vez mais oo servo servo cipes y~z..J.llajs deles, ee o o povo sabia muito b em o qpeJazia que fazia ao ao dizer dizer que que ele ele finha tinha se se deles, povo sabi_l!..ID.llllQ_b_em_o.. transformado transformado num num lacaio lacaio dos dos prlncipes príncipes ee ao ao persegui-lo persegui-lo aa pedradas pedradas em em 1 Orlamünde. Orlamiinde. Ao estourar aa guerra regioes onde Ao estourar guerra camponesa, camponesa, ee isso isso em em regiões onde prfncipes príncipes nobres eram eram na na maioria maioria catolicos, católicos, Lutero Lutero procurou procurou assumir assumir uma um a atitude atitude ee nobres conciliadora. decididarnente aos conciliadora. Atacou Atacou decididamente aos governos. governos. Eles Eles eé que que seriam seriam culpaculpa­ dos nao os levandos do do levante levante por por suas suas opressoes; opressões; não os camponeses camponeses estariam estariam se se levan­ tando contra contra eles, eles, mas mas Deus Deus mesmo. mesmo. 0 O levante levante tambem também seria seria impio ímpio ee concon­ tando trário ao ao Evangelho, Evangelho, era era dito dito do do outro outro !ado. lado. Finalmente, Finalmente, ele ele aconselhou aconselhou aa trario arnbos fizessern concessoes ambos os os partidos partidos que que fizessem concessões ee se se reconciliassem reconciliassem amigaamiga­ velmente. ~~~~

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"O onus et virga asino asino [Para [Para oo asno, “O homem homem sabio sábio diz: diz: Cibus, Cibus, onus et virga asno, comida, comida, carga - para aveia, eles nao carga ee cacete] cacete] — para um um carnponio campônio da-se dá-se palha palha de de aveia, eles não ouvem insensatos; entao ouvem aa Palavra Palavra ee sao são insensatos; então eles eles precisam precisam escutar escutar aa virgam, virgam, aa vara, vara, ee eles merecem isso. isso. Devemos eles, para para que eles merecem Devemos rezar rezai- por por eles, que obedeobede­ cam: de muita muita comiseração corniseracao por aqui. Deixai Deixai çam; caso caso nao não oo facam, façam, nada nada de por aqui. que varas sibilem sera mil pior." que as as varas sibilem entre entre eles, eles, senao senão será mil vezes vezes pior.” Do burgueses, antes antes temporariamente Do mesmo mesmo modo m odo falavam falavam nossos nossos burgueses, temporariamente socialistas dias de socialistas ee filantr6picos, filantrópicos, quando quando o o proletariado, proletariado, depois depois dos dos dias de marco, veio reclamar nos frutos março, veio reclam ar aa sua sua parte parte nos frutos da da vit6ria. vitória. Com aa traducao tradução da da Biblia, Bíblia, Lutero posto um Com Lutero tinha tinha posto um poderoso poderoso instru­ instrumento do movimento Com aa Bfblia, mento na na mao mão do movimento plebeu. plebeu. Com Bíblia, tinha tinha contraposto contraposto ao '.Gristianis100\çristianismo- .feudalizado/ feudalizadaÁia época o o cristianismo cristianismo simples simples dos dos pri­ ao da epoca primeiros feudal decadente meiros seculos, séculos, à sociedade sociedade feudal decadente aa imagem imagem de de uma uma sociedade sociedade que hierarquia feudal artificiosa. Os que nada nada sabia sabia da da hierarquia feudal complexa complexa ee artificiosa. Os campocampo­ neses neses tinham tinham usado usado desse desse instrumento, instrumento, para para todos todos os os lados, lados, contra contra principes, nobres, padrecas. Agora Lutero Lutero voltou-o príncipes, nobres, padrecas. Agora voltou-o contra contra eles eles ee compos compôs da da autoridade da Bfblia Bíblia oo maior m aior ditirambo ditirambo em em louvor louvor da autoridade constituida constituída por por Deus, nenhum lambe-botas da monarquia fizera. Deus, como como nenhum lambe-botas da m onarquia absoluta absoluta jamais jamais fizera. O Deus, aa subserviência subserviencia passiva, O principado principado pela pela gra9a graça de de Deus, passiva, mesmo mesmo aa servidão foi sancionada com com aa Bfblia. Bíblia. Não foi renegada insurreição servidao foi sancionada Nao só s6 foi renegada aa insurreicao camponesa, camponesa, como como tambem também toda toda aa rebeliao rebelião do do pr6prio próprio Lutero Lutero contra contra aa autoridade oao s6 como tam­ tamautoridade clerical clerical ee laica; laica; não só o o movimento movimento popular, popular, como bem burgues, era, traido em bém o o burguês, era, com com isso, isso, traído em favor favor dos dos principes. príncipes. Precisamos denominar denominar os têm dado dado há pouco Precisamos os burgueses burgueses que que nos nos tern ha pouco exemplos · exemplos dessa dessa renegacao renegação de de seu seu pr6prio próprio passado? passado? Confrontemos reformador revolucionario Confrontemos o o reform ador burgues burguês Lutero Lutero com com o o revolucionário plebeu plebeu Munzer. M ünzer. Thom as Munzer M ünzer nasceu Stolberg no no Harz, Harz, por por volta de 1498. Thomas nasceu em em Stolberg volta de 1498. Parece seu pai vftima da Parece que que oo seu pai morreu m orreu na na forca, forca, vítima da arbitrariedade arbitrariedade dos dos condes Ja aos escola de condes stolberguianos. stolberguianos. Já aos 15 15 anos, anos, Miinzer M ünzer criou, criou, na na escola de Halle, Halle, uma uma liga liga secreta secreta contra contra o o arcebispo arcebispo de de Magdeburgo M agdeburgo ee especialespecial­ mente contra contra aa Igreja Igreja Romana. Romana. Sua Sua erudição na teologia teologia da da época mente erudicao na epoca conferiu-lhe de doutor lugar de conferiu-lhe cedo cedo oo tftulo título de doutor ee o o lugar de capelao capelão num num convento convento de monjas em Aqui, já ja tratava ritos da da Igreja de monjas em Halle. Halle. Aqui, tratava dogmas dogmas ee ritos Igreja com com oo maior missa deixava maior desprezo, desprezo, na na missa deixava as as palavras palavras da da transubstanciacao transubstanciação completamente conforme diz Deuses sem completamente fora fora e, e, conforme diz Lutero, Lutero, comia comia os os Deuses sem concon­ sagrar. Seu Seu estudo estudo principal principal eram eram os os misticos místicos medievais, sagrar. medievais, especialmente especialmente os reino de mil anos, os escritos escritos quiliasticos quiliásticos de de Joaquim Joaquim da da Calabria. Calábria. 0 O reino de mil anos, oo jufzo Igreja degenerada degenerada ee do do m mundo corrompido, anunciados juízo final final da da Igreja undo corrompido, anunciados ee pintados pintados por por ele, ele, pareciam pareciam aa Miinzer M ünzer terem terem se se achegado achegado com com aa ReforRefor­ ma geral da da época. Pregava com com grande êxito na na região. ma ee aa agitação agitacao geral epoca. Pregava grande exito regiao. Em Ali Em 1520 1520 foi foi para para Zwickau Zwickau como como primeiro primeiro pregador pregador evangelista. evangelista. Ali encontrou uma daquelas encontrou uma daquelas seitas seitas quiliasticas quiliásticas fanaticas fanáticas que que continuavam continuavam

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246 246 aa existir existir em em silencio silêncio em em muitas muitas regioes, regiões, arras atrás de de cuja cuja humildade humildade ee retrairetraimento mento mornentaneos momentâneos tinha tinha se se escondido escondido aa crescente crescente oposicao oposição das das camacama­ das das mais mais baixas baixas da da sociedade sociedade contra contra as as condicoes condições vigentes vigentes ee que, que, agora, agora, com com aa agitacao agitação crescente, crescente, manitestavam-se manifestavam-se aà luz luz do do dia dia com com maior maior evidencia evidência ee firmeza. firmeza. Era Era aa seita seita dos dos anabatistas anabatistas rn, tii, aa cuja cuja frente frente estava estava Nicolau Final ee oo reino Nicolau Storch. Storch. Pregavam Pregavam aa proximidade proximidade do do Jufzo Juízo Final reino 'dos dos mil anos, mil anos, tinham tinham "vis6es, “visões, extases êxtases ee oo dom dom da da profecia". profecia” . Logo Logo entraram entraram em em conflito conflito com com o o Conselho Conselho de de Zwickau; Zwickau; Munzer M ünzer defendeu-os, defendeu-os, apesar apesar de de nunca nunca ter ter aderido aderido incondicionalmente incondicionalmente aa eles, eles, mas, mas, muito muito rnais, mais, concon­ seguiu seguiu te-los tê-los sob sob aa sua sua influencia. influência. 0 O Conselho Conselho marchou m archou violentamente violentamente contra contra eles; eles; tiveram tiveram de de abandonar abandonar aa cidade, cidade, ee Munzer M ünzer com com eles. eles. Era Era oo final final de de 1521. 1521. Ele Ele foi foi para para Praga Praga ee procurou procurou ganhar ganhar terreno terreno contatando contatando com com os os restos do restos do movimento movimento hussita; hussita; mas mas suas suas proclarnacoes proclamações s6 só conseguiram conseguiram ter oo exito ter êxito de de Iorca-lo forçá-lo aa fugir fugir novamente novamente tambern também da da Boemia. Boêmia. Em Em 1522 1522 tornou-se tom ou-se pregador pregador em em Allstedt Allstedt na na Turingia. Turíngia. Aqui Aqui comecou começou, por por reformar reform ar oo culto. culto. Antes Antes mesmo mesmo de de Lutero Lutero ousar ousar ir ir tao tão longe, longe, eiim\nou eliminou totalmente totalmente aa lingua língua latina latina ee lia lia aa Biblia Bíblia toda, toda, nao não apenas apenas os os evangelhos evangelhos ee as as epfstolas epístolas recomendados recomendados para para os os domingos. domingos. Na Na mesma mesma epoca época orgaorga­ nizou aa pregacao nizou pregação nas nas redondezas. redondezas. De De todos todos os os lados, lados, o o povo povo acorria acorria aa ele, ele, ee logo logo Allstedt Allstedt tornou-se tornou-se oo centro centro do do movimento movimento popular popular antianticlerical de clerical de toda toda aa Turingia. Turíngia. Munzer Münzer ainda ainda era era sobretudo sobretudo te6logo; teólogo; ainda ainda dirigia dirigia os os seus seus ataques ataques quase quase exclusivamente exclusivamente contra contra os os padrecas. padrecas. Mas Mas nao não pregava, pregava, como como ja já entao então oo fazia fazia Lutero, Lutero, oo debate debate calrno calmo ee oo progresso progresso pacifico; pacífico; retomou retomou as as antianti­ gas pregações violentas de~'?-~ de Lutero e.. conclamou conclamou os os principes príncipes saxoes saxões ee oo gas pregacoes violentas povo povo para para aa intervencao intervenção armada armada contra contra os os padrecas padrecas romanos. romanos. "Pois “Pois Cristo Cristo diz, diz, eu eu niio não vim vim trazer trazer aa paz, paz, mas mas aa espada. espada. Mas Mas que que deveis" deveis” (os (os principes príncipes saxoes) saxões) "fazer “fazer com com ela? ela? Nada Nada senao, senão, caso caso queiquei­ rais ser rais ser servidores servidores de de Deus, Deus, afastar afastar ee separar separar os os maus maus que que impedem impedem oo Evangelho. recomendou, com Evangelho. Cristo Cristo recomendou, com grande grande severidade, severidade, Luc. Luc. 19, 27, 27, aprisionai aprisionai meus meus inimigos inimigos ee estrangulai-os estrangulai-os diante diante dos dos meus meus olhos. olhos. .. .. Nao Não venhais venhais com com desculpas desculpas esfarrapadas, esfarrapadas, de de que que aa forca força de de Deus Deus deva deva faze-lo poderia enferrujar fazê-lo sem sem aa ajuda ajuda de de vossa vossa espada, espada, que que bem bem poderia enferrujar na na bainha. bainha. £ É preciso preciso eliminar, eliminar, sem sem qualquer qualquer misericordia, misericórdia, aqueles aqueles que que sao são contra contra aa revelacao revelação de· de'DDeus, eus, assim assim como como Ezequiel, Ezequiel, Ciro, Ciro, Josias, Josias, Daniel Daniel ee Elias Elias destruirarn destruíram os os sacerdotes sacerdotes de de Baal, Baal, pois pois de de outro outro modo modo aa Igreja Igreja cristii cristã nao não pode pode voltar voltar aà sua sua origem, origem. Na Na epoca época da da colheita colheita eé preciso preciso arrancar arrancar a erva erva daninha daninha das das vinhas vinhas do do Senhor. Senhor. Deus Deus disse, disse, Moises Moisés 5, 5, 7, 7, niio não deveis deveis ter ter miseric6rdia misericórdia para para com com os os id6latras, idólatras, quebrai quebrai .ta 13 A A

seita seita religiosa religiosa dos dos anabatistas anabatistas pretendia, pretendia, indo indo muito muito alern além das das metas metas da da Reforma, Reforma, uma uma sociedade sociedade comunista comunista no no sentido sentido do do cristianismo cristianismo primitivo. primitivo. A A designacao designação "anabatista" “anabatista” [Wiedertaufer] [Wiedertâufer] foi foi dada dada ao ao movimento movimento devido devido aà sua sua exiexi­ gencia gência de de repetir repetir o o batismo batismo numa numa idade idade da da raziio. razão. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

247 247 seus seus altares, altares, destrui destruí ee queimai queimai suas suas imagens, imagens, para para que que Eu Eu nao não me me ire ire convosco." convosco.” Mas Mas essas essas conclamacoes concíamações aos aos principes príncipes nao não tiveram tiveram exito; êxito; enquanto enquanto isso, mesmo tempo, tempo, aa cada isso, crescia, crescia, ao ao mesmo cada dia, dia, entre entre oo povo, povo, aa agitacao agitação revolucionaria. revolucionária. Munzer, M ünzer, cujas cujas ideias idéias se se tomavam tom avam cada cada vez vez rnais mais elaboelabo­ radas, radas, agucadas, aguçadas, cada cada vez vez mais mais argutas, argutas, separou-se separou-se agora agora decididamente decididamente da da Reforma Reforma burguesa burguesa ee apareceu, apareceu, dai daí por por diante, diante, simultaneamente simultaneamente como como agitador agitador politico. político. Sua Sua doutrina doutrina teologico-filosofica teológico-filosófica atacava atacava todos todos os os pontos pontos principais principais nao so mas do não só do do catolicismo, catolicismo, mas do cristianismo cristianismo em em geral. geral. Sob Sob formas formas cristas, cristãs, doutrinava panteismo que doutrinava um um panteísmo que tern tem uma uma extraordinaria extraordinária semelhanca semelhança com com as as concepcoes concepções especulativas especulativas modernas modernas e, e, em em algumas algumas passagens, passagens, ate até se se aproxima aproxima do do ateismo. ateísmo. Rejeitava Rejeitava aa Biblia Bíblia corno como revelacao revelação unica única ee infalfvel. infalível. A A revelacao revelação autentica, autêntica, viva, viva, seria seria aa razao, razão, uma uma revelacao revelação que que teria povos. teria existido existido ee ainda ainda existiria existiria em em todos todos os os tempos tempos ee em em todos todos os os povos. Contrapor razao significaria letra. C ontrapor aa Bfblia Bíblia aà razão significaria matar m atar o o espirito espírito atraves através da da letra. Pois ual aa Bfblia Pois o o Espirito Espírito Santo, S,anto, do do qqual Bíblia falaria, falaria, nao não seria seria nada nada existente existente fora fora de de nos; nós; oo Espirito Espírito Santo Santo seria seria mesmo mesmo aa razao. razão. A A crenca crença nao não seria seria nada no seu nada mais mais que que oo despertar despertar da da razao razão no seu humano hum ano e, e, por por isso, isso, os os pagaos Atraves dessa pagãos tarnbem também poderiam poderiam ter ter aa crenca. crença. Através dessa crenca, crença, atraves através da homem seria da razao razão vivificada, vivificada, oo homem seria divinizado divinizado ee santificado. santificado. 0 O ceu céu nao não seria, procurado nesta seria, portanto, portanto, nada nada do do alern; além; ele ele deveria deveria ser ser procurado nesta vida vida ee aa missão missao do do crente crente seria seria estabelecer estabelecer este este ceu, céu, o o reino reino de de Deus, Deus, aqui aqui na Assim como transcendental, também tambem na terra. terra. Assim como nao não existiria existiria nenhum nenhum ceu céu transcendental, nao no alem. nao haveria não haveria haveria inferno inferno ou ou condenacao condenação no além. Igualmente Igualmente não haveria nenhum diabo homens. Cristo nenhum diabo senao senão os os maus maus desejos desejos ee cobicas cobiças dos dos homens. Cristo teria homem como mestre, ee sua teria sido sido um um homem como nos, nós, um um profeta profeta ee um um mestre, sua Oltima Última Ceia Ceia seria seria uma uma simples simples reteicao refeição rememorativa, rememorativa, na na qual qual pao pão ee vinho vinho sese­ riam riam degustados degustados sem sem qualquer qualquer condimento condimento mistico. místico. Munzer M ünzer pregava pregava essas essas doutrinas doutrinas em em geral geral escondidamente, escondidamente, sob sob aa mesma fraseologia mesma fraseologia crista cristã em em que que aa filosofia filosofia mais mais recente recente teve teve de de se se esconder por algum esconder por algum tempo. tempo. Mas Mas oo pensamento pensamento basicamente basicamente cetico cético transtrans­ parece manto bfblico parece por por toda toda parte parte em em seus seus escritos escritos ee se se ve vê que que oo manto bíblico lhe lhe era era algo algo bem bem menos menos serio sério do do que que aa varies vários discipulos discípulos de de Hegel Hegel em recentes. E, trezentos anos em tempos tempos recentes. E, nao não obstante, obstante, trezentos anos jazem jazem entre entre Munzer Münzer ee aa filosofia filosofia modema. m odem a. Sua politica derivava Sua doutrina doutrina política derivava exatamente exatamente dessa dessa perspectiva perspectiva relireli­ giosa giosa revolucionaria revolucionária ee adiantava-se adiantava-se tanto tanto aà situacao situação social social ee politica política imediatamente vigente quanto teologia as imediatamente vigente quanto aa sua sua teologia às concepcoes concepções vigentes vigentes em em sua filosofia da rocava oo sua epoca. época. Assim Assim como como aa filosofia da religiao religião de de Miinzer M ünzer roçava ateismo, ateísmo, seu seu programa program a politico político rocava roçava o o comunismo, comunismo, ee mais mais de de uma uma seita seita comunista comunista moderna m oderna nao não tinha, tinha, as às vesperas vésperas da da Revolucao Revolução de de FeveFeve­ reiro, reiro, nenhum nenhum arsenal arsenal teorico teórico mais mais rico rico aà disposicao disposição do do que que oo "munze“münzeriano" riano” do do seculo século XVI. X V I. Esse Esse programa, program a, menos menos oo resumo resumo das das reivindireivindi­

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248 248 cacoes cações dos dos plebeus plebeus de de entao então do do que que aa antecipacao antecipação genial genial das das condicoes condições de de emancipacao emancipação dos dos elementos elementos proletarios proletários que que apenas apenas comecavam começavam aa se se desenvolver desenvolver entre entre esses esses plebeus plebeus -— esse esse programa program a exigia exigia o o estabeleestabele­ cimento cimento imediato imediato do do reino reino de de Deus, Deus, do do profetizado profetizado reino reino milenar m ilenar sobre sobre aa terra, reconducao da todas terra, aa recondução da Igreja Igreja aà sua sua origem origem ee aa eliminacao eliminação de de todas as as instituicoes instituições que que estivessem estivessem em em contradicao contradição com com essa essa Igreja Igreja pretensapretehsamente mente protocrista, protocristã, mas, mas, na na realidade, realidade, muito muito nova. nova. Por Por reino reino de de Deus, Deus, Munzer que uma M ünzer entendia, entendia, porem, porém, nada nada mais mais que uma situacao situação da da sociedade sociedade em em que que nao não mais mais existissem existissem diferencas diferenças de de classe, classe, propriedade propriedade privada privada ee poder relacao aos poder estatal estatal independente, independente, estranho estranho em em relação aos membros membros da da sociesocie­ dade. dade. Todos Todos os os poderes poderes estabelecidos, estabelecidos, aà medida medida que que nao não quisessem quisessem submeter-se submeter-se ee aceitar aceitar aa revolucao, revolução, deveriarn deveriam ser ser derrubados; derrubados; todas todas as as tarefas tarefas ee todos todos os os hens bens deveriam deveriam ser ser comunitarios comunitários ee aa mais mais completa completa igualdade igualdade deveria deveria ser ser estabelecida. estabelecida. Deveria Deveria ser ser criada criada uma um a liga liga para para realiza-lo realizá-lo nao não so só em em toda toda aa Alemanha, Alemanha, mas mas em em toda toda aa cristandade; cristandade; principes príncipes ee Senhores Senhores deveriam deveriam ser ser convidados convidados aa aderir; aderir; caso caso nao não o o fizessem, fizessem, aa liga liga deveria, deveria, de de armas armas na na mao, mão, derruba-los derrubá-los ou ou mata-fs matá-^os aà primeira primeira oportunidade. oportunidade. Munzer pos aa organizar Münzer logo logo se se pôs organizar essa essa liga. liga. Suas Suas predicas prédicas assumiram assumiram um radical, revolucionario; um carater caráter ainda ainda mais mais radical, revolucionário; alem além dos dos ataques ataques contra contra os trovejava com mesma paixao os padrecas, padrecas, ele ele trovejava com aa mesma paixão contra contra os os principes, príncipes, aa nobreza, nobreza, o o patriciado, patriciado, descrevia descrevia em em cores cores vibrantes vibrantes aa opressao opressão vigente vigente e, reino milenar e, contra contra isso, isso, sustentava sustentava oo seu seu fantasioso fantasioso quadro quadro do do reino milenar da da igualdade mesmo tempo, tempo, publicava igualdade social social republicana. republicana. Ao Ao mesmo publicava um um panfleto panfleto revolucionario revolucionário depcis depois do do outro outro ee enviava enviava emissaries emissários para para todas todas as as diredire­ ~oes, ções, enquanto enquanto ele ele mesmo mesmo organizava organizava aa liga liga em em Allstedt Allstedt ee redondezas. redondezas. O fruto dessa foi aa destruicao O primeiro primeiro fruto dessa propaganda propaganda foi destruição da da Capela Capela de de Maria mandamento: M aria em em Mellerbach, M ellerbach, perto perto de de Allstedt, Allstedt, segundo segundo oo m andam ento: "deveis “deveis destruir destruir seus seus altares, altares, quebrar quebrar suas suas colunas colunas ee queimar queim ar os os seus seus Idolos ídolos com com 14). fogo, pois pois sois Os fogo, sois um um povo povo santo" santo” (Deut. (Deut. 7, 7, 66 14). Os principes príncipes saxoes saxões vieram pessoalmente para acalmar vieram pessoalmente aa Allstedt Allstedt para acalm ar oo levante levante ee convidaram convidaram Munzer nao estavam M ünzer ao ao castelo. castelo. La Lá ele ele pregou pregou um um sermao sermão como como eles eles não estavam acostumados acostumados aa ouvir ouvir de de Lutero, Lutero, "essa", “essa”, como como Munzer Münzer oo chamava, chamava, "car“car­ ne viver m mansamente ne aa viver ansamente em em Wittenberg". W ittenberg” . Insistiu Insistiu que que os os regentes regentes sem sem Deus, monges que tratavam oo Evangelho Evangelho como Deus, especialmente especialmente padres padres ee monges que tratavam como uma baseava-se no um a heresia, heresia, deveriam deveriam ser ser mortos, mortos, ee para para isso isso baseava-se no Novo Novo TestaTesta­ mento. nao teriam viver, senao mento. Os Os Impios ímpios não teriam direito direito de de viver, senão pela pela miseric6rdia misericórdia dos dos eleitos. eleitos. Se Se os os principes príncipes nao não exterminassem exterminassem os os Impios, ímpios, entao então Deus Deus lhes lhes tiraria tiraria aa espada, espada, pois pois o o poder poder sobre sobre aa espada espada pertenceria pertenceria a a toda toda a a comunidade. banditismo seriam com unidade. A A quintessencia quintessência da da usura, usura, do do roubo roubo ee do do banditismo seriam os os principes príncipes e. e. senhores; senhores; eles eles se se apossariam apossariam -de de todas todas as as criaturas criaturas como como

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14 Deuteronomio Moises, no no Velho Velho Testamento. Deuteronômio é oo nome nome dado dado ao ao Livro Livro 55 de de Moisés, Testamento.

(N. (N . do. do ed. ed. al.) al.)

249 249 suas na agua, suas propriedades, propriedades, os os peixes peixes na água, os os passaros pássaros no no ar, ar, as as plantas plantas sobre pregar aos sobre aa terra. terra. E E depois depois ainda ainda vinham vinham pregar aos pobres pobres o o mandamento mandamento "nao “não roubaras", roubarás”, mas mas eles eles mesmos mesmos roubavam roubavam tudo tudo o o que que podiam, podiam, esfoesfolavam os lavam os camponeses camponeses ee artesaos artesãos ee faziam faziam picadinho picadinho deles; deles; mas mas onde onde um um
ZIMMERMANN. Z im m e r m a n n . A A guerra gu erra camponesa. cam ponesa. II. II. p. p. 775.) 5 .)

Munzer M ünzer mandou m andou imprimir imprimir o o sermao; sermão; seu seu editor editor em em Allstedt, Allstedt, como como pena, pena, foi foi obrigado, obrigado, pelo pelo Duque Duque Johann Johann von von Sachsen, Sachsen, aa abandonar abandonar o o pais e, todos os país e, aa ele ele mesmo, mesmo, foi foi imposta, imposta, sabre sobre todos os seus seus escritos, escritos, aa censura censura do Weimar. Mas nao obedeceu do governo governo ducal ducal de de Weimar. Mas ele ele não obedeceu aa essa essa ordem. ordem. Mandou na cidade-livre Mtihlhausen, um M andou imprimir, imprimir, na cidade-livre de de Mühlhausen, um texto texto extremaextrema­ mente mente provocativo, provocativo, em em que que conclamava conclamava o o povo: povo: "abrir possa ver “abrir a a perspectiva perspectiva para para que que o o mundo m undo inteiro inteiro possa ver ee entender entender o o que que sao são os os nossos nossos grandes grandes Joaos Joãos que, que, sacrilegamente, sacrilegam ente, fizeram fizeram de de Deus, D eus, por tudo isso, um homunculo por tudo isso, um h om únculo pintado", pintado”, ee que que ele ele concluia concluía com com as as palavras: palavras: "O “O mundo m undo precisa precisa levar levar um um grande grande empurrao; empurrão; vai-se vai-se desendesen­ cadear impios cadear um um tal tal processo processo que que os os ím pios hao hão de de ser ser derrubados derrubados de de seus seus tronos, humildes tronos, mas m as os os hum ildes seriio serão exaltados". exaltados” .

Na capa, Na capa, como como mote, mote, "Thomas “Thomas Munzer Münzer com com o o martelo", m artelo” , escreveu: escreveu: "Ve palavras em “V ê que que pus pus minhas m inhas palavras em tua tua boca, boca, hoje hoje te te elevei elevei acima acim a das das

pessoas para que pessoas ee dos dos reinos, reinos, para que arranques, arranques, espalhes espalhes ee derrubes, derrubes, ee construas construas ee plantes. Uma plantes. U m a muralha muralha de de ferro ferro ergueu-se ergueu-se contra contra os os reis, reis, principes, príncipes, padrecas padrecas ee contra contra o o povo. povo. Que Que lutem; lutem; a a vit6ria vitória eé maravilhosa m aravilhosa para para o o naufragio naufrágio dos dos tiranos tiranos fortes fortes mas m as impios". ím pios”.

A ruptura de partido ja A ruptura de Munzer M ünzer com com Lutero Lutero ee seu seu partido já se se efetivara efetivara ha há tempos. reformas eclesiasticas tempos. Lutero Lutero teve teve mesmo mesmo de de aceitar aceitar algumas algumas reformas eclesiásticas que havia introduzido que Munzer M ünzer havia introduzido sem sem consulta-lo. consultá-lo. Observava Observava aa atividade atividade de Munzer raivosa do de M ünzer com com aa desconfianca desconfiança raivosa do reformista reformista moderado moderado para para com com o o partido partido mais mais energico enérgico ee radical. radical. Ja Já na na prirnavera primavera de de 1524 1524 Munzer Münzer tinha escrito tinha escrito aa Melanchton, Melanchton, esse esse prot6tipo protótipo do do burocrata burocrata filisteu filisteu teimoso, teimoso, que que ele ele ee Lutero Lutero nem nem sequer sequer entenderiam entenderiam o o movimento. movimento. Que Que eles eles propro­ curavam curavam sutoca-lo sufocá-lo em em pedantismo pedantismo biblico bíblico ee que que toda toda aa doutrina doutrina deles deles estaria recheada de estaria recheada de vermes: vermes: "Cares irrnaos, hora, oo “C aros irm ãos, abandonai abandonai vossa vossa espera espera e e vossa vossa diivida; dúvida; ja já eé hora, verao verão bate bate aà porta. porta. Nao N ã o queirais queirais manter m anter amizade am izade com com os os impios: ím pios; eles eles impedem palavra atue im pedem que que aa palavra atue com com toda toda aa sua sua forca. força. Nao N ã o aduleis aduleis vossos vossos

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260 250 pnncipes, príncipes, senlio senão heis heis de de arruinar-vos arruinar-vos com com eles. eles. o Ó mansos m ansos doutos, doutos, nli.o não ten ha is m ma-vontade, tenhais á-vontade, nlio não posso posso agir agir de de outro outro modo". m od o” .

Mais Lutero desafiou Mais de de uma um a vez vez Lutero desafiou Mi.inzer M ünzer para para uma um a discussao discussão publica; perante oo povo, pública; mas mas este, este, disposto disposto aa lutar lutar aa qualquer qualquer momento momento perante povo, nao tinha oo menor de se não tinha m enor desejo desejo de se deixar deixar envolver envolver numa numa briga briga teologica teológica perante perante o o publico público parciallssimo parcialíssimo da da Universidade Universidade de de Wittenberg. Wittenberg. Ele Ele "nao testemunho do “não queria queria levar levar exclusivamente exclusivamente aà escola escola superior superior oo testemunho do esplrito". tao deveria espírito”. Se Se Lutero Lutero quisesse quisesse ser ser correto, correto, en então deveria usar usar de de sua sua influencia influência para para que que cessassem cessassem as as sacanagens sacanagens contra contra o o editor editor de de Milnzer Münzer ee as luta pudesse as proibicoes proibições da da censura, censura, para para que que aa luta pudesse ser ser travada travada abertaaberta­ mente mente pela pela imprensa. imprensa. Agora, Agora, depois depois da da citada citada brochura brochura revolucionaria revolucionária de de Munzer, Münzer, Lutero Lutero colocou-se colocou-se abertamente abertam ente coma como denunciante denunciante contra contra ele. ele. Em Em sua sua "Carta “Carta aberta aberta aos aos Principes Príncipes da da Saxonia Saxônia contra contra oo espirlto espírito subversivo", subversivo”, declarou declarou ser ser Munzer Münzer um um instrumento instrumento de de Sata Satã ee conclamou conclamou os os principes príncipes aa interinter­ virem virem ee expulsarem expulsarem do do pafs país os os instigadores instigadores da da rebeliao, rebelião, ja já que que fies (eles nao mas prenão se se contentavam contentavam em em propagar propagar as as suas suas maleficas maléficas doutrinas, doutrinas, mas pre­ gavam gavam aa insurreicao insurreição ee aa resistencia resistência armada armada contra contra as as autoridades. autoridades. A responder, perante principes, A 11 de de agosto, agosto, Munzer Münzer teve teve de de responder, perante os os príncipes, no Weimar, aà acusacao no castelo castelo de de Weimar, acusação de de fomentar fomentar maquinacoes maquinações subversivas. subversivas. Havia Havia fatos fatos altamente altamente comprometedores comprometedores contra contra ele; ele; havia havia sido sido descodesco­ berta nas associacoes berta aa sua sua liga liga secreta, secreta, tinha-se tinha-se descoberto descoberto o o seu seu dedo dedo nas associações de de mineiros mineiros ee camponeses. camponeses. Foi Foi ameacado ameaçado com com oo desterro. desterro. Assim Assim que que regressou regressou aa Allstedt, Allstedt, soube soube que que o o Duque Duque Jorge Jorge da da Saxonia Saxônia solicitava solicitava aa sua letra haviam sua extradicao; extradição; cartas cartas com com aa sua sua letra haviam sido sido interceptadas, interceptadas, nas nas quais resistencia armada quais conclamava conclamava as os suditos súditos de de Jorge Jorge aà resistência arm ada contra contra os os inimigos inimigos do do Evangelho. Evangelho. Ele Ele teria teria sido sido extraditado extraditado pelo pelo Conselho Conselho se se nao não tivesse tivesse abandonado abandonado aa cidade. cidade. Entrementes, pieEntrementes, aa agitacao agitação cada cada vez vez maior maior entre entre camponeses camponeses ee ple­ . beus beus tinha tinha facilitado facilitado enormemente enormemente aa propaganda propaganda munzeriana. münzeriana. Para Para essa essa propaganda, propaganda, tinha tinha encontrado encontrado agentes agentes valiosos valiosos entre entre os os anabatistas. anabatistas. Esta Esta seita, seita, sem sem dogmas dogmas concretamente concretamente definidos, definidos, aglutinada aglutinada apenas apenas por por sua sua oposicao oposição conjunta conjunta contra contra todas todas as as classes classes dominantes dominantes ee pelo pelo sfrnbolosímbolo-comum batismo, severamente -comum do do segundo segundo batismo, severamente ascetics ascética no no modus modus vivendi, vivendi, fanatica intimorata fanática ee intim orata na na agitacao, agitação, tinha tinha se se agrupado agrupado cada cada vez vez mais mais em em torno residencia fixa tom o de de Munzer. Münzer. Excluida Excluída de de qualquer qualquer residência fixa devido devido as às perseperse­ guicoes, toda parte guições, andava andava por por toda toda aa Alemanha Alemanha ee anunciava anunciava por por toda parte aa nova lhes havia nova doutrina, doutrina, na na qua! qual Munzer M ünzer lhes havia exposto exposto as as suas suas pr6prias próprias necessidades Inumeros foram necessidades ee desejos. desejos. Inúmeros foram torturados, torturados, queimados queimados ou ou exeexe­ cutados cutados de de algum algum outro outro rnodo, modo, mas mas oo animo ânimo ee aa resistencia resistência
251 Perto i:1, apenas mes Perto de de Nurenberg, Nürenberg, para para onde onde foi foi primeiro p rim eiro15, apenas um um mês antes Munzer antes tinha tinha sido sido sufocado sufocado no no berco berço um um levante levante de de camponeses. camponeses. M ünzer agitou logo apareceram agitou aqui aqui na na calada; calada; logo apareceram pessoas pessoas que que defendiam defendiam as as suas suas frases teol6gicas mais mais ousadas frases teológicas ousadas quanto quanto à obrigatoriedade obrigatoriedade da da Bfblia Bíblia ee à nulidade nulidade dos dos sacramentos, sacramentos, entendiam entendiam que que Cristo Cristo nao não era era mais mais que que um um homem autoridade secular homem ee que que oo poderio poderio da da autoridade secular era era contra contra Deus. Deus. "Ai: “Aí se se ve vê Sata Satã perambulando, peram bulando, o o espirito espírito de de Allstedt!" Allstedt!” gritou gritou Lutero. Lutero. Aqui Aqui em mandou resposta aa Lutero. em Nurenberg, Nürenberg, Munzer Münzer m andou imprimir imprimir aa sua sua resposta Lutero. Acusou-o reacioAcusou-o frontalmente frontalm ente de de adular adular os os principes príncipes ee apoiar apoiar oo partido partido reacio­ nario Mas que, nário com com aa sua sua ambiguidade. ambigüidade. Mas que, apesar apesar disso, disso, oo povo povo haveria haveria de Doutor Lutero iria de libertar-se libertar-se ee ao ao D outor Lutero iria entao então acontecer acontecer oo mesmo mesmo que que aa uma foi apreendido uma raposa raposa capturada. capturada. -— 0 O texto texto foi apreendido pelo pelo Conselho Conselho ee Munzer teve de M ünzer teve de abandonar abandonar Nurenberg. Nürenberg. Atravessou Atravessou entao então aa Suabia Suábia na na direcao direção da da Alsacia Alsácia ee da da Suica, Suíça, rere­ gressando para oo norte Negra, onde gressando depois depois para norte da da Floresta Floresta Negra, onde ha há alguns alguns meses meses aa insurreição insurreicao ja já tinha tinha estalado, estalado, em em grande grande parte parte acelerada acelerada por por seus seus emissaries emissários anabatistas. anabatistas. Essa Essa viagem viagem de de propaganda propaganda de de Munzer M ünzer contricontri­ buiu buiu evidentemente evidentemente de de modo modo essencial essencial para para aa organizacao organização do do partido partido popular, para aa definicao popular, para definição clara clara de de suas suas reivindicacoes reivindicações ee para, para, afinal, afinal, aa eclosao eclosão geral geral do do levante levante em em abril abril de de 1525. 1525. Aqui Aqui aparece, aparece, de de modo modo especialmente especialmente claro, claro, aa dupla dupla eficacia eficácia de de Munzer, Münzer, por por um um lado lado para para oo povo, (mica linguagem naquele memenpovo, aa quern quem ele ele entao então falava falava na na única linguagem que, que, naquele momen­ to, lhe !ado, to, lhe era era compreensfvel, compreensível, aa do do profetismo profetismo religioso; religioso; e, e, por por outro outro lado, para para os os iniciados, iniciados, aos aos quais quais podia podia falar falar abertamente abertamente sobre sobre aa sua sua tenten­ dencia ntes, na reunido aa seu dência final. final. Se Se ja já .aantes, na Turingia, Turíngia, tinha tinha reunido seu redor redor um um circulo pessoas extremamente mas também tambem círculo de de pessoas extremamente decididas, decididas, nao não s6 só do do povo, povo, mas das das camadas camadas mais mais baixas baixas do do clero, clero, colocando-as colocando-as aà frente frente da da liga liga sese­ creta, creta, aqui aqui ele ele se se torna torna oo centro centro de de todo todo oo movimento movimento revolucionario revolucionário do do sudoeste sudoeste da da Alemanha, Alemanha, organiza organiza aa liga liga da da Saxonia Saxônia ee Turingia, Turíngia, atraatra­ vessando aa Franca vessando França ee aa Suabia Suábia ate até aa Alsacia Alsácia ee aa fronteira fronteira suica, suíça, e, e, entre entre os os seus seus discipulos discípulos ee chefes chefes da da liga, liga, conta conta com com os os agitadores agitadores do do sul sul da da Alemanha, Alemanha, como como Hubmaier Hubm aier em em Waldshut, Waldshut, Konrad Konrad Grebel Grebel de de Zurique, Zurique, Franz Rabmann Franz Rabm ann em em Griessen, Griessen, Schappeler Schappeler em em Memmingen, Memmingen, Jakob Jakob Wehe Wehe em em Leipheim, Leipheim, Doutor D outor Mantel Mantel em em Stuttgart, Stuttgart, na na maioria maioria sacerdotes sacerdotes revorevo­ lucionarios. ficava aa maior lucionários. Ele Ele mesmo mesmo ficava maior parte parte do do tempo tempo em em Griessen, Griessen, na fronteira de na fronteira de Schaffhausen Schaffhausen ee percorria, percorria, dali, dali, Hegau, Hegau, Klettgau, Klettgau, etc. etc. As As sangrentas sangrentas perseguicoes perseguições que que os os assustados assustados principes príncipes ee senhores senhores empreempre­ enderam enderam por por toda toda parte parte contra contra essa essa nova nova heresia heresia plebeia plebéia contribuiram contribuíram nao pouco para aticar o espirito rebelde e fortalecer não pouco para atiçar o espírito rebelde e fortalecer ainda ainda mais mais aa liga. liga. Assim, Munzer fez agitacao por uns uns cinco Assim, Münzer fez agitação por cinco meses meses na na Alemanha Alem anha do do Norte Norte

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15 15 Segundo Segundo dados dados posteriores, posteriores, mais mais precisos. precisos, Thomas Thomas Munzer Münzer foi foi primeiro primeiro para para aa cidade-Iivre cidade-livre de de Muhlhausen, Mühlhausen, de de onde onde foi foi expulso expulso em em setembro setembro de de 1524 1524 devido devido aà participacao nas urbanas mais mais baixas. participação nas agitat;oes agitações das das camadas camadas urbanas baixas. De D e Miiblbausen Mühlhausen ele ele se se dirigiu dirigiu para para Niirenberg. Nürenberg. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

252 252 e, retomou e, quando quando o o surgimento surgimento da da insurreicao insurreição era era iminente, iminente, retom ou novamente novamente aà Turfngia, onde oo reenTuríngia, onde onde queria queria dirigir dirigir pessoalmente pessoalmente aa rebeliao rebelião ee onde reen­ contraremos. contraremos. Veremos Veremos como como oo carater caráter ee aa atuacao atuação de de ambos ambos os os chefes chefes de de partiparti­ dos proprios partidos; partidos; como dos retlete reflete fielmente fielmente aa atitude atitude de de seus seus próprios como aa indeinde­ cisao, pr6prio movimento, cisão, o o temor tem or ante ante o o crescimento crescimento da da seriedade seriedade do do próprio movimento, oo servilismo servilismo covarde covarde de de Lutero Lutero aos aos principes príncipes correspondia correspondia plenamente plenamente aà politica política vacilante, vacilante, ambigua ambígua da da burguesia, burguesia, ee como como aa energia energia revolurevolu­ cionaria Munzer se cionária ee resolucao resolução de de Münzer se reproduzem reproduzem na na frac;ao fração mais mais avancada avançada dos (mica diferenca dos plebeus plebeus ee camponeses. camponeses. A A única diferença eé que, que, enquanto enquanto Lutero Lutero se contentava se contentava em em expressar expressar o o pensamento pensamento ee os os desejos desejos da da maioria maioria de de sua sua classe classe e, e, com com isso, isso, conseguir conseguir junto junto aa ela ela uma uma popularidade popularidade muito muito barata, pelo contrario, barata, Munzer, Münzer, pelo contrário, ia ia muito muito alem além das das concepcoes concepções ee pretenpreten­ soes sões imediatas imediatas dos dos plebeus plebeus ee camponeses camponeses e, e, s6 só com com aa elite elite dos dos elementos elementos revolucionarios disponiveis, revolucionários disponíveis, constituiu constituiu um um partido partido que, que, alias, aliás, aà medida medida que ideias ee compartilhava que estava estava aà altura altura de de suas suas idéias compartilhava de de sua sua energia, energia, 'emsem­ pre insurrecta . pre foi foi apenas apenas uma uma ~quena pequena minoria minoria da da massa massa insurrecta.

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2.

K. MARX: 0 O 13 DE JUNHO DE 1849 **

D junho de de 1848 1848 ate até 13 13 de de junho 1849 Dee junho iunho de de 1849 O 25 fevereiro de 1848 1848 impingiu França a Republica, República, o 25 0 25 de fevereiro impingiu aà Franca de junho junho lhe lhe impos impôs aa Revoluciio. Revolução. E E Revolucao Revolução significa significa após junho: de ap6s junho: subversão da da sociedade sociedade burguesa, burguesa, enquanto, fevereiro, havia subversiio enquanto, antes de fevereiro, significado: subversão da forma de de Estado. significado: subversiio da forma Estado. A luta luta de de junho junho havia havia sido sido dirigida dirigida pela pela Iaccao facção republicana republicana da da A burguesia; poder estatal caiu-lhe necessariamente necessariamente nas burguesia; com com aa vitoria, vitória, o o poder estatal caiu-lhe nas mãos. O estado estado de de sitio sítio pôs-lhe manietada Paris Paris sem sem resistência maos. 0 pos-Ihe aa manietada resistencia aa seus pes, ee nas sitio moral, seus pés, nas provincias províncias dominava dominava um um estado estado de de sítio moral, aa arroarro­ gância am eaçadora e brutal burguês decorrente decorrente da vit6ria, vitória, ee o fanafana­ gancia ameacadora brutal do burgues tismo de de propriedade propriedade desenfreado desenfreado dos camponeses. De baixo, portanto, portanto, tismo dos camponeses. De baixo, nenhum nenhum perigo! perigo! Com Com aa força forca revolucionaria revolucionária dos dos trabalhadores, trabalhadores, quebrou-se, quebrou-se, ao ao mesmes­ mo tempo, tempo, aa influência política dos dos republicanos republicanos dem ocráticos, isto mo influencia politica democrdticos, isto é, dos republicanos republicanos no no sentido sentido da da pequena-burguesia, pequena-burguesia, representados representados na dos na Comissão Executiva por Ledru-Rollin, Assembléia Nacional Consti­ Comissao Executiva por Ledru-Rollin, na Assembleia Nacional Constituinte Partido da na imprensa Rejorme. tuinte pelo pelo Partido da Montanha, M ontanha, na imprensa pelo pelo R éjorm e. Junta Junto com os republicanos burgueses haviam conspirado, contra com os republicanos burgueses haviam conspirado, aa 16 16 de de abril, abril, contra proletariado, junta junto com com eles eles haviam-no haviam-no combatido combatido nos nos dias dias de de junho. junho. oo proletariado, Assim, eles mesmos mesmos destruiram destruíram a retaguarda sobre a qual o seu partido Assim, retaguarda sabre partido

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Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K. Der Der 13. 13. Juni Juni 1849. 1849. Die D ie Klassenkdmpje K lassen kãm pfe in irt Frankreich Frankreich •* Rcproduzido 1848 bis bis 1850 1850 (As (A s lutas lutas de de classes classes na na Franca França de de 1848 1 8 5 0 ). In: In : MARX, M a r x , K. K. ee 1848 1848 aa 1850). ENGELS, E n g e l s , F. F. Ausgewdhlte A u sgew ah lte Werke. W erke. 9. 9. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1981. 1981. v. v . II, II, pp.. 37-72. 37-72. Traduzido por Flávio R. Traduzido por Fhivio R. Kothe. Kothe.

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se uma potência, potencia, pois pequena-burguesia so se destacava destacava como como uma pois aa pequena-burguesia só pode pode firmar uma posicao revolucionaria contra medida que que firmar uma posição revolucionária contra aa burguesia burguesia aà medida tern A alianca tem atras atrás de de si si oo proletariado. proletariado. Agradeceu-se-lhes. Agradeceu-se-lhes. A aliança aparente, aparente, estabelecida com eles eles de segundas intencoes, estabelecida com de ma-vontade má-vontade ee com com segundas intenções, durante durante aa epoca Comissao Executiva, época do do Govemo Governo Provisorio Provisório ee da da Comissão Executiva, foi foi quebrada quebrada abertamente pelos republicanos abertamente pelos republicanos burgueses. burgueses. Desprezados Desprezados ee rejeitados rejeitados como como companheiros companheiros de de federacao, federação, cairam caíram para para aa posicao posição de de subordinadossubordinados-satelites dos tricolores, extrair nenhuma -satélites dos tricolores, dos dos quais quais nao não conseguiam conseguiam extrair nenhuma concessao, dominacao tinham de apoiar apoiar sempre que esta, concessão, mas mas cuja cuja dominação tinham de sempre que esta, ee com faccoes bur­ burcom ela ela aa Repiiblica, República, parecia parecia colocada colocada em em questao questão pelas pelas facções guesas finalguesas anti-republicanas. anti-republicanas. Essas Essas Iaccoes, facções, orleanistas orleanistas ee legitimistas, legitimistas, final­ mente de antemao Nacional Constimente estavam estavam de antemão em em minoria minoria na na Assembleia Assembléia Nacional Consti­ tuinte. Antes dos ousavam reagir tuinte. Antes dos dias dias de de junho, junho, eles eles mesmos mesmos so só ousavam reagir sob sob aa mascara com que, que, máscara do do republicanismo republicanismo burgues; burguês; aa vit6ria vitória de de junho junho fez fez com por Cavaignac aa por um um momenta, momento, toda toda aa Franca França burguesa burguesa saudasse saudasse em em Cavaignac sua quando, pouco junho, oo partido sua salvacao, salvação, ee quando, pouco depois depois dos dos dias dias de de junho, partido anti-republicano voltou aa se ditadura militar anti-republicano voltou se autonornizar, autonomizar, aa ditadura militar ee o o ~stado èstado de so lhe lhe permitiram muita de sitio sítio de de Paris Paris só permitiram estender estender as as anteninhas anteninhas com com muita timidez timidez ee cautela. cautela. Desde havia-se agrupado, Desde 1830, 1830, aa taccao facção republicano-burguesa republicano-burguesa havia-se agrupado, com com seus seus escritores, escritores, seus seus tribunos, tribunos, suas suas capacidades, capacidades, seus seus deputados, deputados, genegene­ rais, banqueiros de um um jornal parisiense, oo rais, banqueiros ee advogados, advogados, em em torno torno de jornal parisiense, National. Nas National. Nas provincias províncias ele ele tinha tinha os os seus seus jornais jornais filiados. filiados. A A clique clique do do National, National, essa essa era era aa dinastia dinastia da da republica república tricolor. tricolor. Logo Logo ela ela se se assenhoreou de de todos todos os os postos da chefatura assenhoreou postos estatais, estatais, dos dos ministerios, ministérios, da chefatura de prefeituras, dos dos postos de policia, polícia, da da direcao direção dos dos correios, correios, das das prefeituras, postos graduados graduados de do Poder de oficial oficial vacantes vacantes no no Exercito. Exército. No No alto alto do Poder Executivo Executivo estava estava o o seu Cavaignac; seu chef [redator-chete], Marrast, seu general, general, Cavaignac', seu redacteur redacteur en en chef [redator-chefe], M arrast, tornou-se Assernbleia Nacional Nacional Constituinte. tornou-se oo presidente presidente permanente permanente da da Assembléia Constituinte. Em seus mestre-de-cerimonias, fazia, ao mesmo Em seus saloes, salões, ele, ele, coma como mestre-de-cerimônias, fazia, ao mesmo tempo, tempo, as as honras honras da da honesta honesta Repiiblica. República. > Mesmo escritores revolucionarios, por por uma Mesmo escritores franceses franceses revolucionários, uma especie espécie de de pudor tradicao republicana, corroboraram oo erro, pudor em em relacao relação àa tradição republicana, corroboraram erro, coma como se tivessem dominado Nacional Constituinte. se os os realistas realistas tivessem dominado na na Assernbleia Assembléia Nacional Constituinte. Antes, pelo dias de Assembleia Nacional Antes, pelo contrario, contrário, desde desde os os dias de junho, junho, aa Assembléia Nacional Constituinte manteve-se burrepresentante exclusiva exclusiva do do republicanismo republicanismo burConstituinte manteve-se aa representante gues, mais decididamente este lado guês, ee tanto tanto mais decididamente destacava destacava este lado quanta quanto mais mais aa influencia dos influência dos republicanos republicanos tricolores tricolores desmoronava desmoronava fora fora da da Assernbleia. Assembléia. Tratando-se afirmar aa fform ormaa da Tratando-se de de afirmar da repiiblica república burguesa, burguesa, ela ela dispunha dispunha entao do conteudo, então dos dos votos votos dos dos republicanos republicanos democraticos; democráticos; tratando-se tratando-se do conteúdo, entao ainda aa separava das faccoes então nem nem mesmo mesmo oo modo modo de de falar falar ainda separava das facções burguesas monarquistas, pois os os interesses interesses da burguesia, as burguesas monarquistas, pois da burguesia, as condicoes condições materiais de classe materiais de de sua sua dorninacao dominação de de classe classe ee de de sua sua exploracao exploração de classe constituem da republica burguesa. constituem precisarnente precisamente o o conteudo conteúdo da república burguesa.

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Nao, Não, portanto, portanto, o o monarquismo, monarquismo, mas mas aa republicanismo republicanismo burgues burguês é que atos dessa que se se realizou realizou na na vida vida ee nos nos atos dessa Assembleia Assembléia Constituinte, Constituinte, que, que, no nem foi no fim, fim, nao não morreu m orreu nem foi morta, morta, mas mas apodreceu. apodreceu. Durante no proscenio D urante todo todo oo periodo período de de sua sua dominacao, dominação, enquanto enquanto no proscênio se se representava representava aa a9ao ação principal principal ee estatal, estatal, nos nos bastidores bastidores transcorria transcorria um um festival - as festival ininterrupto ininterrupto de de vitimas vítimas — as continuas contínuas condenacoes, condenações, pelas pelas cortes cortes marciais, marciais, dos dos insurretos insurretos de de junho junho aprisionados, aprisionados, ou ou aa sua sua deportacao deportação sem sem julgamento. julgamento. A A Assembleia Assembléia Constituinte Constituinte teve teve oo tato tato de de reconhecer reconhecer que, que, nos nos insurretos insurretos de de junho, junho, nao não julgava julgava crirninosos, criminosos, mas mas esmagava esmagava inimigos. inimigos. O O primeiro primeiro ato ato da da Assembleia Assembléia Nacional Nacional Constituinte Constituinte foi foi aa nomeacao nomeação de nquerito sobre de uma uma Comissiio Com issão de de IInquérito sobre os os acontecimentos acontecimentos de de junho junho ee de de 15 15 de de maio, maio, bem bem como como sabre sobre aa participacao participação dos dos chefes chefes dos dos partidos partidos socialistas socialistas ee democraticos democráticos nesses nesses dias. dias. 0 O inquerito inquérito visava visava diretamente diretamente Luis Luís Blanc, Blanc, Ledru-Rollin Ledru-Rollin ee Caussidiere, Caussidière. Os Os republicanos republicanos burgueses burgueses arar­ diam diam de de impaciencia impaciência para para poderem poderem livrar-se livrar-se desses desses rivais. rivais. Nao Não podiam podiam confiar confiar aa execucao execução de de seu seu rancor rancor aa nenhum nenhum sujeito sujeito mais mais adequado adequado do do que que o o Sr. Sr. Odilon Odilon Barrot, Barrot, o o ex-chefe ex-chefe da da oposicao oposição dinastica, dinástica, corporificorporificacao cação do do liberalismo, liberalismo, oo nullite nullité grave grave [o [o zero zero solene], solene], o o superficialidade superficialidade profunda, profunda, que que nao não s6 só tinha tinha de de vingar vingar urna uma dinastia, dinastia, mas mas ate até exigir exigir contas contas dos dos revolucionarios revolucionários por por terem terem lhe lhe frustrado frustrado aa presidencia presidência do do ministerio. ministério. Garantia G arantia certa certa de de sua sua inexorabilidade. inexorabilidade. Esse Esse Barrot B arrot foi, foi, porpor­ tanto, tanto, nomeado nomeado presidente presidente da da Comissao Comissão de de Inquerito, Inquérito, ee ele ele montou montou um um processo processo completo completo contra contra aa Revolucao Revolução de de Fevereiro, Fevereiro, que que se se resume resume no no seguinte: seguinte: 17 17 de de marco, março, maniiestaciio; manifestação', 16 16 de de abril, abril, complti; com plô\ 15 15 de de maio, maio, atentado; atentado-, 23 23 de de junho, junho, guerra guerra civil! civiü Por Por que que nao não estendeu estendeu ele ele suas suas eruditas eruditas ee criminalisticas criminalísticas investigacoes investigações ate até 24 24 de de fevereiro? fevereiro? 0 O Journal Journal des des Debats D ébats [Joma) [Jornal de de Debates] Debates] respondeu: respondeu: oo 24 24 de de fevereiro fevereiro eé aa Fundadio Fundação de de Roma. R om a. A A origem origem dos dos Estados Estados se se escoa escoa num num mito, mito, em em que que se se deve deve crer, crer, mas mas que que nao não se se pode pode discutir. discutir. Luis Luís Blanc Blanc ee Caussidiere Caussidière foram acional completou foram entregues entregues aos aos tribunais. tribunais. A A Assembleia Assembléia N Nacional completou aa obra obra de de sua sua autodepuracao, autodepuração, que que ela ela havia havia iniciado iniciado aa 15 15 de de maio. maio. O O piano plano de de criar criar um um impasto imposto sabre sobre oo capital capital -— na na forma forma de de um um impasto imposto sabre sobre hipotecas hipotecas -, — , concebido concebido pelo pelo Govemo Governo Provis6rio Provisório ee retomado retom ado por por Goudchaux, Goudchaux, foi foi rejeitado rejeitado pela pela Assernbleia Assembléia Constituinte; Constituinte; aa lei lei que que limitava limitava aa jornada jornada de de trabalho trabalho para para 10 10 horas horas foi foi revogada; revogada; aa prisao prisão por por dividas, dívidas, restabelecida; restabelecida; da da habilitacao habilitação para para oo juri, júri, excluida excluída aa maior maior parte parte da da populacao, população, que que nao não sabe sabe ler ler nem nem escrever. escrever. Por P or que que nao não tambem também do do direito direito ao ao voto? voto? A A caucao caução para para os os jornais jornais foi foi reimreim­ plantada; oo direito plantada; direito de de associacao, associação, limitado. limitado. -— Mas Mas em em sua sua ansia ânsia de de restituir restituir as às velhas velhas relacoes relações burguesas burguesas as as suas suas velhas velhas garantias garantias ee apagar apagar todo todo trace traço que que as as ondas ondas revolucionarias revolucionárias haha­ viam viam deixado deixado atras atrás de de si, si, os os republicanos republicanos burgueses burgueses chocaram-se chocaram-se com com uma uma oposicao oposição que que ameacava ameaçava com com inesperada inesperada periculosidade. periculosidade.

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1,

256 256 Ninguern havia havia lutado lutado com maior fanatismo Ninguém com maior fanatismo para para aa salvacao salvação da da propriedade do credito que os os pequeno-burpropriedade ee o o restabelecimento restabelecimento do crédito do do que pequeno-burgueses cates, restaurantes, restaurantes, marchands de vin gueses parisienses: parisienses: donos donos de de cafés, marchands de vin [taberneiros], [taberneiros], pequenos pequenos cornerciantes, comerciantes, lojistas, lojistas, artesaos, artesãos, etc. etc. 0 O pequeno pequeno cornercio barricadas para para comércio I1 havia-se havia-se posto posto de de pe pé ee marchado marchado contra contra as as barricadas restabelecer circulacao que que vai restabelecer aa circulação vai da da rua rua ao ao ponto ponto comercial. comercial. Mas, Mas, atras atrás das frente, os das barricadas, barricadas, estavam estavam os os fregueses fregueses ee os os devedores; devedores; em em frente, os credores. credores. E E quando, quando, depois depois de de derrubadas derrubadas as as barricadas barricadas ee esmagados esmagados os lojas, ebrios vitoria, retornaram retornaram aa elas, os operarios, operários, os os donas donos das das lojas, ébrios da da vitória, elas, encontraram uma barricada, um salvador propriedade, encontraram aà porta, porta, coma como uma barricada, um salvador da da propriedade, um que lhes lhes estendia ameacadores: um agente agente oficial oficial do do credito, crédito, que estendia papeis papéis ameaçadores: letras vencidas! alugueis vencidos! emprestirno vencido! loja letras vencidas! aluguéis vencidos! empréstimo vencido! loja vencida! vencida! vencido vencido vendedor! vendedor! Salvaciio habitavam niio Salvação da da propriedadet propriedadel Mas Mas aa casa casa que que habitavam não era era deles; deles; aa loja era propriedade deles; as loja de de que que cuidavam, cuidavam, niio não era propriedade deles; as mercadorias mercadorias com propriedade deles. neg6cio, niio com que que negociavam, negociavam, nao não eram eram propriedade deles. Nao Não o o negócio» não oo prato nao aa cama em que prato de de que que comiam, comiam, não cama em que dormiam. dormiam. Nada Nada Ainda ainda lhes salvar esta esta prolhes pertencia. pertencia. Contra Contra eles, eles, tratava-se tratava-se exatamente exatamente de de salvar pro­ priedade im6veis que que havia priedade para para oo dono dono de de imóveis havia alugado alugado aa casa, casa, para para oo banqueiro que descontado as para oo capitalista que havia havia banqueiro que havia havia descontado as letras, letras, para capitalista que adiantado para oo fabricante havia confiado adiantado dinheiro, dinheiro, para fabricante que que havia confiado mercadorias mercadorias aa esses que havia esses lojistas lojistas para para revenda, revenda, para para o o atacadista atacadista que havia creditado creditado rnaterias-primas aa esses matérias-primas esses artesaos. artesãos. Restabelecimento Restabelecim ento do do creditoi crédito ! Mas Mas o o credito, um deus deus crédito, uma uma vez vez consolidado, consolidado, comportava-se comportava-se exatamente exatamente coma como um vivo vivo ee voraz, voraz, aà medida medida que que expulsava expulsava o o devedor devedor insolvente, insolvente, com com mulher mulher ee filhos, ao capital capital filhos, de de suas suas quatro quatro paredes, paredes, entregava entregava seus seus hens bens ilusorios ilusórios ao ee atirava-o atirava-o aquele àquele carcere cárcere de de devedores devedores que que se se reerguera, reerguera, ameacador, ameaçador, sabre os dos insurretos de junho. sobre os cadaveres cadáveres dos insurretos de junho. Os Os pequeno-burgueses pequeno-burgueses reconheceram, reconheceram, com com espanto, espanto, que, que, ao ao esmaesma­ gar nas rnaos gar os os trabalhadores, trabalhadores, haviam-se haviam-se colocado, colocado, sem sem resistencia, resistência, nas mãos de credores. Sua bancarrota, que de seus seus credores. Sua bancarrota, que se se arrastava arrastava de de modo modo cronico crônico desde desde fevereiro fevereiro ee que que aparentemente aparentemente se se ignorava, ignorava, declarou-se declarou-se abertaaberta­ mente depois de mente depois de junho. junho. A propriedade A propriedade nominal nominal deles deles havia havia sido sido deixada deixada intocada intocada enquanto enquanto se batalha, em em nom nomee da da prose procurava procurava ernpurra-los empurrá-los para para o o campo campo de de batalha, pro­ priedade. Agora, quando regularizada aa grande questao com priedade. Agora, quando ja já estava estava regularizada grande questão com oo proletariado, regularizado oo pequeno pequeno negócio neg6cio com proletariado, tambern também podia podia ser ser regularizado com oo epicier Em Paris, titulos protestados protestados passava passava épicier [merceeiro]. [merceeiro]. Em Paris, aa massa massa dos dos títulos de de 77 000 000 casas casas parisienses, de 11 11 milhoes. milhões. Negociantes, Negociantes, em em mais mais de parisienses, niio não haviam pago oo seu haviam pago seu aluguel aluguel desde desde fevereiro. fevereiro. 11 Marx Marx usa usa ai aí freqi.ientemente freqüentemente oo termo termo Boutique, Boutique, cujo cujo sentido sentido eé claro claro no no texto, texto, mas termo no Brasil. (N.T.) mas que que difere difere do do uso uso corrente corrente do do termo no Brasil. (N .T .)

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257 257 Se aa Assembleia Assembléia Nacional Nacional havia havia aberto aberto um um inquerito inquérito sobre sobre aa divida dívida Se

política aa partir partir de de fevereiro, fevereiro, os os pequeno-burgueses, pequeno-burgueses, por por seu seu ]ado, lado, pediam pediam politica

agora fevereiro. Reuniramagora uma uma divida dívida sobre sobre as as dividas dívidas civis civis ate até 24 24 de de fevereiro. Reuniram-se em em massa massa no no salao salão da da bolsa bolsa ee exigiram exigiram ameacadoramente, ameaçadoramente, para para -se todo comerciante comerciante que que pudesse pudesse provar provar que que so só entrara entrara em em falência devido todo falencia devido aà paralisacao neg6cios causada paralisação dos dos negócios causada pela pela Revolucao Revolução ee que que oo seu seu negocio negócio ia bem 24 de de fevereiro, fevereiro, prorrogacao prorrogação do do prazo prazo de de pagamento pagamento por por ia bem aa 24 decisao decisão do do tribunal tribunal comercial, comercial, obrigando obrigando o o credor credor aa aceitar aceitar aa liquidacao liquidação do seu seu credito crédito aa juros moderados. Apresentada Apresentada como como projeto projeto de de lei, lei, do juros moderados. essa foi tratada tratada na essa questao questão foi na Assembleia Assembléia Nacional Nacional sob sob aa forma forma de de "con“ con­ cordats vacilava; cordais aà l'amiable" 1’am iable ” ["concordatas [“concordatas amigaveis"]. amigáveis”]. A A Assernbleia Assembléia vacilava; daí ela ela soube subitamente que, que, na na Porta Porta de de Saint-Denis, Saint-Denis, milhares milhares de de dai soube subitamente mulheres mulheres ee filhos filhos de de insurretos insurretos preparavam preparavam uma uma peticao petição de de anistia. anistia. Ante oo espectro espectro redivivo redivivo de de junho, junho, tremeram tremeram os os pequeno-burgueses pequeno-burgueses Ante ee aa Assembleia A concordat Assembléia recuperou recuperou aa sua sua inexorabi!idade. inexorabilidade. A concordai à l'amiable 1’amiable [concordata arnigavel], amigável], oo acordo acordo amigavel amigável entre entre credor credor ee devedor, devedor, foi foi [concordata rejeitada em em seus seus pontos pontos essenciais. essenciais. rejeitada Portanto, muito Portanto, depois depois que, que, dentro dentro da da Assembleia Assembléia Nacional, Nacional, ha há muito os representantes representantes democratas democratas dos dos pequeno-burgueses pequeno-burgueses tinham tinham sido sido recharecha­ os cados çados pelos pelos representantes representantes republicanos republicanos da da burguesia, burguesia, essa essa ruptura ruptura parpar­ lamentar burgues ao lam entar adquiriu adquiriu oo seu seu real real sentido sentido economico econômico burguês ao serem serem entregues os os pequeno-burgueses, pequeno-burgueses, como como devedores, devedores, aà merce mercê dos dos bur­ entregues burgueses gueses como como credores. credores. Uma Uma grande grande parte parte dos dos primeiros primeiros foi foi completacompleta­ mente arruinada arruinada e, e, ao ao resto, só foi foi permitido permitido continuar continuar seu seu negocio negócio mente resto, s6 sob sob condicoes condições que que faziam faziam dele dele um um servo servo incondicional incondicional do do capital. capital. A A 22 22 de de agosto agosto de de 1848, 1848, aa Assembleia Assembléia Nacional Nacional rejeitou rejeitou as as concordats concordats aà l'amiable 1’amiable [concordatas [concordatas amigaveis]; amigáveis]; aa 19 19 de de setembro setembro de de 1848, 1848, em em pleno estado estado de de sitio, sítio, foram foram eleitos eleitos representantes de Paris Paris oo príncipe pleno representantes de principe Luis Luís Bonaparte Bonaparte ee o o prisioneiro prisioneiro de de Vincennes, Vincennes, oo comunista comunista Raspail. Raspail. Mas aa burguesia burguesia elegia elegia oo cambista cambista judeu judeu ee orleanista orleanista Fould. Fould. Portanto, Portanto, Mas de uma so de todos todos os os lados, lados, de de uma só vez, vez, aberta aberta declaracao declaração de de guerra guerra contra contra aa Assembleia Assembléia Nacional Nacional Constituinte, Constituinte, contra contra o o republicanismo republicanismo burgues, burguês, contra contra Cavaignac. Cavaignac. Nao bancarrota Não sao são necessarias necessárias maiores maiores explicacoes explicações sobre sobre como como aa bancarrota em parisienses tinha em massa massa dos dos pequeno-burgueses pequeno-burgueses parisienses tinha de de repercutir repercutir muito muito além dos dos circulos círculos imediatamente imediatamente afetados afetados ee abalar abalar varias várias vezes vezes oo comercomér­ alem cio cio burgues, burguês, enquanto enquanto oo deficit déficit estatal estatal inchava inchava de de novo novo com com as as despesas despesas da as rendas da insurreicao insurreição de de junho junho ee diminuiam, diminuíam, sem sem cessar, cessar, as rendas publicas públicas com com aa paralisacao paralisação da da producao, produção, aa restricao restrição do do consumo consumo ee aa reducao redução de nao podiam de importacao. importação. Cavaignac Cavaignac ee aa Assembleia Assembléia Nacional Nacional não podiam apelar apelar para outro recurso recurso senao senão urn um novo empréstimo, que que os os subsub­ para nenhum nenhum outro novo emprestimo, meteria m eteria ainda ainda mais mais ao ao jugo jugo da da aristocracia aristocracia financeira. financeira. Se, Se, como como fruto fruto da da vit6ria vitória de de junho, junho, os os pequeno-burgueses pequeno-burgueses tinharrr tinham colhido colhido aa bancarrota bancarrota ee aa liquidacao liquidação judicial, judicial, os os janizaros janízaros de de Cavaignac, Cavaignac,

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258 •'

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os recompensa nos os guardas guardas moveis m ó v e is 2, 2, encontraram, encontraram, pelo pelo contrario, contrário, sua sua recompensa nos daces doces braces braços das das meretrizes meretrizes ee receberam, receberam, eles, eles, "os “os jovens jovens salvadores salvadores da sociedade”, de toda toda especie espécie nos salões de de M arrast, oo da sociedade", aclamações aclamacoes de nos sal6es Marrast, gentilhomme tricolores que que desempenhava gentilhomme [cavalheiro] [cavalheiro] dos dos tricolores desempenhava simultaneasimultanea­ mente trovador da da honesta Entretanto, mente oo papel papel de de anfitriao anfitrião ee trovador honesta Republics. República. Entretanto, esta elevado dos dos esta preferencia preferência social social ee o o soldo soldo incomparavelmente incomparavelmente mais mais elevado guardas amargurararn oo E Exercito, enquanto, ao mesmo tempo, tempo, guardas m6veis móveis amarguraram xército, enquanto, ao mesmo desapareciam burdesapareciam todas todas as as ilusoes ilusões nacionais nacionais com com que que o o republicanismo republicanismo bur­ gues, guês, atraves através de de seu seu jornal, jornal, oo National, National, havia havia conseguido conseguido atrair, atrair, sob sob Luis classe camponesa. Luís Filipe, Filipe, uma uma parte parte do do Exercito Exército ee da da classe camponesa. 0 O papel papel de Cavaignac ee aa Assembleia de mediadores mediadores que que Cavaignac Assembléia Nacional Nacional desempenharam desempenharam na Norte trai-la em favor da na Italia Itália do do N orte para, para, junta junto com com aa Inglaterra, Inglaterra, traí-la em favor da Austria Áustria -— este este unico único dia dia de de poder poder anulou anulou dezoito dezoito anos anos de de oposicao oposição do do National. National. Nenhum Nenhum governo governo rnenos menos nacional nacional do do que que o o do do National, National, nenhum mais dependente Filipe ele vivia aa nenhum mais dependente da da Inglaterra, Inglaterra, ee sob sob Luis Luís Filipe ele vivia parafrasear parafrasear diariamente diariamente Catao: Catão: Carthaginem Carthaginem esse esse delendam delendam [Cartfgo [Cartago deve nenhum mais Alianca, ee de deve ser ser destruida]; destruída]; nenhum mais servil servil à Santa Santa Aliança, de Guizot Guizot 3. havia pedido os tratados tratados de A ironia da História Hist6ria havia pedido que que denunciasse denunciasse os de Viena Viena 3. A ironia da fez de assuntos assuntos internacionais internacionais do National, fez de de Bastide, Bastide, oo ex-redator ex-redator de do National, ministro Relacoes Exteriores pudesse des­ desministro das das Relações Exteriores da da Franca, França, para para que que ele ele pudesse mentir um dos seus artigos cada um despachos. m entir cada cada um dos seus artigos atraves através de de cada um dos dos seus seus despachos. Por um um momenta, momento, exército classe camponesa tinham acreditado Por exercito ee classe camponesa tinham acreditado que, no exterior ["gl6ria"] que, com com aa ditadura ditadura militar, militar, aa guerra guerra no exterior ee aa "gloire" “gloire” [“glória”] seriam Cavaignac, esse niio seriam pastas postas na na ordem-do-dia ordem-do-dia da da Franca. França. Mas Mas Cavaignac, esse não era do sabre era aa ditadura ditadura do sabre sabre sobre aa sociedade sociedade burguesa, burguesa, esse esse era era aa ditadura ditadura da E eles, dos soldados, da burguesia burguesia atraves através do do sabre. sabre. E eles, dos soldados, agora agora s6 só precisavam precisavam ainda ainda do do gendarme. gendarme. Cavaignac Cavaignac escondia, escondia, por por baixo baixo das das feicoes feições severas severas de resignacao clássica, classica, aa submissao seu de resignação submissão vulgar vulgar as às condicoes condições humanas humanas do do seu cargo de maitre! dinheiro nao cargo burgues, burguês. L'argent L ’argent n'a n’a pas pas de maítre! 0 O dinheiro não tern tem senhor! senhor! Este velho eleitoral do [Terceiro Estado], Estado], ele Este velho lema lema eleitoral do tiers-etat tiers-état [Terceiro ele oo idealizou, idealizou, assim Assembleia Constituinte Constituinte de de modo geral, traduzindo-o assim coma como aa Assembléia modo geral, traduzindo-o para para aa linguagem forma de de linguagem politica: política: aa burguesia burguesia nao não tern tem rei, rei, aa verdadeira verdadeira forma seu seu dominio domínio eé aa Repiiblica. República. E Constituiciio republicana, E elaborar elaborar essa essa forma, forma, aprontar aprontar uma uma Constituição republicana, nisso consistia aa "grande da Assembleia nisso consistia “grande obra obra organica" orgânica” da Assembléia Nacional Nacional ConsCons­ tituinte. 0 rebatizar calendario cristão cristao para para um um republicano, tituinte. O rebatizar do do calendário republicano, de de Sao São Bartolomeu para Sao tempo ee oo vento vento Bartolomeu para São Robespierre, Robespierre, nao não muda muda mais mais oo tempo

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22 A A

Guarda M6vel foi em marco 1848, sendo composta na na Guarda Móvel foi criada, criada, em em Paris, Paris, em março de de 1848, sendo composta maioria revolucao deixou deixou sem rrabalho. Formada Formada de de 21 maioria de de jovens jovens que que aa revolução sem trabalho. 21 batalhoes batalhões com homens cada, usava uniforme pr6prio ee recebia bem elevado. com 11 000 000 homens cada, usava uniforme próprio recebia urn um soldo soldo bem elevado. Em lutou contra urn ano ap6s sua sua Em junho junho de de 1848. 1848, lutou contra aa insurreicao; insurreição; foi foi dissolvida dissolvida um ano após cria~lio. .T.).) criação. (N (N .T s3 Tratado restaurar na Tratado que que procurava procurava restaurar na Europa Europa aa situacao situação anterior anterior àa Revolucao Revolução Francesa. Francesa. (N.T.) (N .T .)

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I, 1 ..._

259 do do que que essa essa Constituicao Constituição mudou mudou ou ou deveria deveria mudar m udar aa sociedade sociedade burbur­ guesa. ia um um pouco guesa. Onde Onde ia pouco alern além da da mudanca mudança de de roupas, roupas, limitava-se limitava-se aa protocolar protocolar taros fatos existentes. existentes. Assim, Assim, eta ela registrou registrou festivamente festivamente o o fato fato da da Republica, República, oo fato fato do do sufragio sufrágio universal, universal, oo fato fato de de uma uma Assernbleia Assembléia NaN a­ cional cional (mica única ee soberana soberana em em lugar lugar das das duas duas limitadas limitadas carnaras câmaras consticonsti­ tucionais. tato da tucionais. Assirn, Assim, eta ela registrou registrou ee regulou regulou o o fato da ditadura ditadura de de Cavaignac, Cavaignac, ao ao substituir substituir aa monarquia monarquia hereditaria, hereditária, permanente permanente ee irresponsavel, irresponsável, por por uma uma monarquia monarquia eletiva, eletiva, transitoria transitória ee responsavel, responsável, por por uma uma presidencia presidência de de quatro quatro anos. anos. Assim, Assim, elevou elevou nao não menos menos aa preceito preceito constitucional constitucional o o fato fato dos dos poderes poderes extraordinaries extraordinários que que aa Assembleia Assembléia Nacional, Nacional, depois depois dos dos horrores 15 de rnaio ee de 25 de horrores de de 15 de maio de 25 de junho, junho, havia havia conferido conferido aa seu seu prepre­ sidente resto da sidente no no interesse interesse da da seguranca segurança dela dela mesma. mesma. 0 O resto da Constituicao Constituição foi Foram arrancadas monarfoi uma uma questao questão de de terminologia. terminologia. Foram arrancadas as as etiquetas etiquetas m onár­ quicas quicas do do mecanismo mecanismo da da velha velha monarquia m onarquia ee coladas coladas outras, outras, republicanas. republicanas. Marrast, M arrast, antigo antigo redator redator en en chef chef [redator-chefe] [redator-chefe] do do National, National, agora agora redator en talento, esta redator en chef chef [chefe) [chefe] da da Constituicao, Constituição, cumpriu, cumpriu, nao não sem sem talento, esta missao missão acadernica. acadêmica. A lembrava aquele A Assernbleia Assembléia Constituinte Constituinte lembrava aquele funcionario funcionário chileno chileno que regular, de que queria queria regular, de modo modo mais mais seguro, seguro, os os lirnites limites de de propriedade propriedade territorial medida cadastral, no mesmo mesmo instante territorial atraves através de de uma uma medida cadastral, no instante em em que que oo trovejar trovejar subterraneo subterrâneo ja já tinha tinha anunciado anunciado aa erupcao erupção vulcanica vulcânica que que havehave­ ria pes oo próprio proprio chao ria de de tirar tirar de de sob sob seus seus pés chão ee solo. solo. Enquanto Enquanto ela ela tracava na teoria, traçava aa compasso, compasso, na teoria, as as formas formas em em que que aa dorninacao dominação da da burbur­ guesia era realidade ela guesia era expressa expressa republicanamente, republicanamente, na na realidade ela so só se se impunha impunha atraves através da da negacao negação de de todas todas as as formulas, fórmulas, pela pela violencia violência sans sans phrases phrases [sem iniciar seu [sem rodeios], rodeios], atraves através do do estado estado de de sitio. sítio. Dois Dois dias dias antes antes de de iniciar seu trabalho prorrogacao do trabalho na na Constituicao, Constituição, ela ela promulgou promulgou aa prorrogação do estado estado de de sitio. sítio. Constituicoes Constituições eram eram antes antes elaboradas elaboradas ee proclamadas proclamadas logo logo que que oo processo de processo de revolucao revolução social social chegava chegava aa um um ponto ponto de de repouso, repouso, logo logo que que as tinham se as relacoes relações recern-formadas recém-formadas de de classes classes tinham se consolidado consolidado ee as as Iacfac­ coes ções em em luta luta da da classe classe dominante dominante chegavam chegavam aa um um comprornisso compromisso que que lhes lhes permitia permitia prosseguir prosseguir na na luta luta entre entre si si e, e, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, excluir excluir dela nao dela aa esgotada esgotada massa massa popular. popular. Pelo Pelo contrario, contrário, esta esta Constituicao Constituição não sancionava sancionava nenhuma nenhuma revolucao revolução social, social, ela ela sancionava sancionava aa vitoria vitória rnomenmomen­ tanea da tânea da antiga antiga sociedade sociedade sobre sobre aa revolucao, revolução. No primeiro projeto projeto de de Constituicao, Constituição, redigido redigido antes antes dos dos dias dias de de No primeiro junho, junho, figurava figurava ainda ainda oo "droit “droit au au travail" travail ” ["direito [“direito ao ao trabalho"], trabalho”], oo direito direito ao primeira formula resumem as ao trabalho, trabalho, primeira fórmula acanhada acanhada em em que que se se resumem as reivinreivin­ dicacoes dicações revolucionarias revolucionárias do do proletariado proletariado 4•4. Foi Foi metamorfoseado metamorfoseado no no droit droit aà l'assistance, 1’assistance, no no direito direito aà assistencia assistência publica, pública, ee qua! qual Estado Estado moderno moderno 44 0 O projeto projeto de de constituicao constituição foi foi encaminhado encaminhado aà Assernbleia Assembléia Nacional Nacional aa 19 19 de de junho junho de de 1848 1848 por por Armand Armand Marrast Marrast ee publicado publicado pelo pelo Moniteur Moniteur Universe/ Universe! [Monitor [Monitor UniUni­ versal) A Ne11e versal] de de 20 20 de de junho junho de de 1848. 1848. A Neue Rheinische Rheinische Zeitung Zeitung [Nova [Nova Gazeta Gazeta RenanaJ Renana] de publicou uma traducao desse de 24 24 de de junho junho de de 1848 1848 publicou uma tradução desse projeto. projeto. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

260 260 não alimenta, alimenta, de de um modo ou ou de de outro, outro, os os seus seus pobres? pobres? 0 O direito direito ao ao nao um modo trabalho e, um contra-senso, um desejo trabalho é, no no sentido sentido burgues, burguês, um contra-senso, um desejo misero, mísero, piedoso, mas mas por tras do trabalho esta poder sobre piedoso, por trás do direito direito ao ao trabalho está oo poder sobre o o capital capital e, por por tras trás do do poder poder sobre sobre oo capital, capital, aa apropriacao apropriação dos dos meios de e, meios de producao, produção, sua sua subordinacao subordinação aà classe classe operaria operária associada, associada, portanto portanto aa supesupe­ ração dialetica dialética do do trabalhe trabalho assalariado, assalariado, do do capital capital ee de de suas suas correlacoes. correlações. racao Por trás do "direito “ direito ao ao trabalho" trabalho” estava estava aa insurreicao insurreição de de junho. junho. A A Por tras do Assembleia fato, colocado Assembléia Constituinte, Constituinte, que que havia, havia, de de fato, colocado oo proletariado proletariado hors hors la la Joi loi [fora [fora da da lei], lei], precisava, precisava, por por principio, princípio, excluir excluir da da ConstiConsti­ tuicao, lei das tuição, aa lei das leis, leis, aa Iormulacao formulação dele, dele, impor impor o o anatema anátema sobre sobre oo "direito “direito ao ao trabalho". trabalho”. Mas Mas nao não parou parou nisso. nisso. Como Como Platao Platão fez fez com com os os poetas Republica, ela poetas em em sua sua República, ela baniu, baniu, na na sua, sua, por por toda toda aa eternidade, eternidade, o o impasto im posto progressivo. progressivo. E E oo imposto imposto progressivo progressivo nao não eé s6 só uma uma medida medida burguesa burguesa aplicavel aplicável em em maior maior ou ou menor menor escala escala dentro dentro das das relacoes relações de de producao meio de produção existentes; existentes; era era o o unico único meio de atrair atrair para para aa "honnete" “honnête” [“honesta”] Republica República as as carnadas camadas medias médias da da sociedade sociedade burguesa, burguesa, de de ["honesta") reduzir reduzir aa dfvida dívida publica, pública, de de colocar colocar em em xeque xeque aa maioria maioria republicana republicana da da burguesia. burguesia. Por Por ocasiao ocasião das das concordats concordats aà I'amiable 1’amiable [concordatas [concordatas amigaveis], amigáveis], os os republicanos republicanos tricolores tricolores sacrificaram sacrificaram efetivamente efetivamente aa pequena-burguesia pequena-burguesia aà grande um principio, grande burguesia. burguesia. Elevaram Elevaram este este fato fato isolado isolado aa um princípio, atraves através da da interdicao interdição legal legal do do imposto imposto progressive. progressivo. Colocaram Colocaram aa reforma reforma burbur­ guesa em em pe pé de de igualdade igualdade com com aa revolucao revolução proletaria. proletária. Mas Mas que que classe classe guesa ficou, A grande ficou, entao, então, como como sustentaculo sustentáculo de de sua sua Republica? República? A grande burguesia. burguesia. E E aa massa massa dela dela era era anti-republicana. anti-republicana. Se Se ela ela explorava explorava os os republicanos republicanos do National National para para voltar voltar aa consolidar consolidar as as velhas relações da da vida econô­ do velhas relacoes vida economica, pretendia por outro relacoes sociais mica, pretendia assim, assim, por outro lado, lado, explorar explorar as as relações sociais reconreconsolidadas para restaurar as as suas suas correspondentes correspondentes formas formas politicas. políticas. Ja Já solidadas para restaurar no Iazer de no inicio início de de outubro, outubro, Cavaignac Cavaignac viu-se viu-se obrigado obrigado aa fazer de Dufaure Dufaure ee Vivien, ex-ministros ex-ministros de de Luis Luís Filipe, Filipe, ministros ministros da da Republica, República, por por mais mais Vivien, que os os puritanos puritanos desmiolados desmiolados do do seu seu pr6prio próprio partido partido berrassern berrassem ee xinxin­ que gassem. gassem. Enquanto Enquanto aa Constituicao Constituição tricolor tricolor rejeitava rejeitava qualquer qualquer compromisso compromisso com com aa pequena-burguesia pequena-burguesia ee nao não sabia sabia conquistar conquistar para para aa nova nova forma forma de pelo conde Estado Estado nenhurn nenhum elernento elemento novo novo da da sociedade, sociedade, apressava-se, apressava-se, pelo con­ trário, aa devolver devolver aa tradicional tradicional inviolabilidade inviolabilidade aa um um corpo corpo em em que que o o trario, velho fanaticos. velho Estado Estado encontrou encontrou seus seus defensores defensores mais mais raivosos raivosos ee fanáticos. Transformou em em lei lei constitucional constitucional aa inamovibilidade inam ovibilidade dos dos juizes colocada Transformou iuizes colocada em questao questão pelo pelo Governo Governo Provis6rio. Provisório. Aquele Aquele um um rei, rei, que que ela ela destrodestro­ em nara, ressuscitava aos inarnoviveis inquisidores inquisidores da nara, ressuscitava aos montes montes nesses nesses inamovíveis da legalega­ lidade. lidade. A A irnprensa imprensa francesa francesa analisou analisou de de varies vários angulos ângulos as as contradicoes contradições da da Constituicao Constituição do do Sr. Sr. Marrast; M arrast; por por exemplo, exemplo, aa coexistencia coexistência de de dois dois soberanos, soberanos, aa Assembleia Assembléia Nacional Nacional ee o o Presidente, Presidente, etc., etc., etc. etc.

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Mas aa maior maior contradicao contradição dessa dessa Constituicao Constituição consiste no seguinte: seguinte: Mas consiste no mediante mediante oo sufragio sufrágio universal, universal, concede concede aa posse posse do do poder poder politico político as às classes proletariado, camponeses, classes cuja cuja escravidao escravidão ela ela deve deve perenizar: perenizar: proletariado, camponeses, pequeno-burgueses. pequeno-burgueses. E E priva priva aa classe, classe, cujo cujo velho velho poder poder social social ela ela sansan­ ciona, poder. Ela ciona, aa burguesia, burguesia, das das garantias garantias politicas políticas desse desse poder. Ela comprime comprime oo seu seu dominio domínio politico político em em condicoes condições democraticas democráticas que, que, aa todo todo momenta, momento, ajudam vit6ria ee põem poem em ajudam as as classes classes inimigas inimigas para para aa vitória em questiio questão os os proprios próprios fundamentos fundamentos da da sociedade sociedade burguesa. burguesa. De De uns uns exige exige -que -que niio não avancem avancem da da emancipacao emancipação politica política para para aa social; social; dos dos outros, outros, que que nao não retrocedam retrocedam da politica. da restauracao restauração social social aà política. Essas republicanos burgueses. Essas contradicoes contradições pouco pouco preocupavam preocupavam os os republicanos burgueses. À medida que deixavam deixavam de de ser ser indispensdveis, indispensáveis, ee &6 só foram foram indispensaveis indispensáveis A medida que como como defensores defensores da da velha velha sociedade sociedade contra contra oo proletariado proletariado revolucionario, revolucionário, cairam, posicao de caíram, poucas poucas semanas semanas depois depois da da sua sua vit6ria, vitória, da da posição de um um partido partido de uma uma panelinha. panelinha. E E aa Constituicao, Constituição, eles eles aa tratavam tratavam como como uma uma grande grande aà de intriga. intriga. 0 O que que nela nela deveria deveria constituir-se constituir-se era, era, antes antes de de tudo, tudo, oo dominio domínio da da panelinha. panelinha. 0 O Presidente Presidente deveria deveria ser ser oo prorrogado prorrogado Cavaignac; Cavaignac; aa Assembleia Assembléia Nacional, Nacional, aa prorrogada prorrogada Constituinte. Constituinte. Esperavam Esperavam poder poder reduredu­ zir zir oo poder poder politico político das das massas massas populares populares aa um um poder poder aparente aparente e, e, mesmo mesmo com com esse esse pr6prio próprio poder poder aparente, aparente, conseguir conseguir jogar jogar aa ponto ponto de de impor im por concon­ tinuamente tinuam ente aà maioria maioria da da burguesia burguesia oo dilema dilema dos dos dias dias de de junho: junho: reino reino do do National anarquia. National ou ou reino reino da da anarquia. A iniciada aa 44 de A obra obra constitucional, constitucional, iniciada de setembro, setembro, foi foi conclufda concluída aa 23 23 de de outubro. outubro. A A 22 de de setembro, setembro, aa Constituinte Constituinte decidiu decidiu niio não se se dissolver dissolver ate sido promulgadas até que que tivessem tivessem sido promulgadas as as leis leis organicas orgânicas complementares complementares aà Constituicao, Constituição. Niio Não obstante, obstante, ja já aa 10 10 de de novembro novembro decidiu decidiu entiio então dar dar aà luz luz aa sua sua criacao criação mais mais propria, própria, oo presidente, presidente, muito muito antes antes de de estar estar encerrado encerrado oo ciclo ciclo de de sua sua propria própria atuacao. atuação. Tao Tão segura segura estava estava de de saudar, saudar, no no homunculo homúnculo da da Constituicao, Constituição, oo filho filho da da sua sua miie. mãe. Por Por precaucao precaução resolveu-se resolveu-se que, que, se se nenhum nenhum dos dos candidatos candidatos reunisse reunisse dois dois milhoes milhões de de votos, votos, aa eleicao eleição passaria passaria da da nacao nação aà Constituinte. Constituinte. Imiteis Inúteis precaucoesl precauções! 0 O primeiro primeiro dia dia em em que que se se pas pôs em em vigor vigor aa Constituicao Constituição foi foi oo ultimo último dia dia de de dominio domínio da da Constituinte. Constituinte. No No fundo fundo da da uma urna eleitoral eleitoral estava estava a.sua a-su a sentence sentença de de morte. morte. Ela Ela procurou procurou oo "filho “filho da da sua sua mae" m ãe” ee encontrou encontrou oo "sobrinho “sobrinho do do seu seu tio". tio” . Saulus Saulus Cavaignac Cavaignac conseguiu conseguiu um um milhao milhão de de votos, votos, mas mas Davi Davi Napoleao Napoleão conseguiu conseguiu seis seis milhoes. milhões. Seis Seis vezes vezes Saulus Saulus Cavaignac Cavaignac foi foi derrotado. derrotado. 0 O 10 10 de de dezembro dezembro de de 1848 1848 foi foi o o dia dia da da insurreiciio insurreição dos dos campocam po­ neses. neses. So Só neste neste dia dia comecou começou o o fevereiro fevereiro para para os os camponeses camponeses franceses. franceses. O O slmbolo, símbolo, que que expressava expressava aa entrada entrada deles deles no no movimento movimento operario, operário, inabil-astuto, inábil-astuto, malandro-ingenuo, malandro-ingênuo, grosseiro-sublime, grosseiro-sublime, uma uma supersticao superstição calcal­ culada, culada, um um burlesco burlesco patetico, patético, um um anacronismo anacronismo genial-idiota, genial-idiota, uma uma malamalasartice indecifravel para sartice universal, universal, hier6glifo hieróglifo indecifrável para oo entendimento entendimento dos dos civilicivili­ zados zados -— este este simbolo símbolo · trazia trazia inequivoca inequívoca aa fisionomia fisionomia da da classe classe que, que, dentro dentro da da civilizacao, civilização, representava representava aa barbaric, barbárie. A A Republica República havia-se havia-se

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anunciado anunciado aa ela ela com com oo cobrador cobrador de de impastos; im postos; ela ela se se anunciou anunciou à RepuR epú­ blica blica com com oo Jmperador. Im perador. Napoleao Napoleão era era oo unico único homem homem que que representara representara completamente completamente os os interesses interesses ee aa fantasia fantasia da da classe classe dos dos camponeses camponeses recem-criada frontispicio da recém-criada em em 1789. 1789. Ao Ao inscrever inscrever oo seu seu nome nome no no frontispício da Republica, interior, fazia República, ela ela declarava declarava guerra guerra para para oo exterior exterior e, e, para para o o interior, fazia valer nao valer os os seus seus interesses interesses de de classe. classe. Para Para os os camponeses, camponeses, Napoleao Napoleão não era era uma uma pessoa, pessoa, mas mas um um programa. programa. Coro Com bandeiras, bandeiras, com com rmisica música returnretum­ bante, bante, marcharam marcharam para para os os locais locais de de votacao votação ao ao grito grito de: de: plus plus d'impots, d ’impôts, à bas bas les les riches, riches, à bas bas la la Republique, Republique, vive vive l'Empereur. 1’Empereur. Basta Basta de de impastos, impostos, abaixo viva oo Imperador! abaixo os os ricos, ricos, abaixo abaixo aa Repiiblica, República, viva Imperador! Arras Atrás do do IrnpeIm pe­ rador rador escondia-se escondia-se aa guerra guerra camponesa. camponesa. A A Republica República que que derrubavam derrubavam com com os os seus seus votos votos era era aa Republica República dos dos ricos. ricos. 0 O 10 10 de de dezembro dezembro foi foi oo coup coup d'etat d’état [golpe [golpe de de Estado] Estado] dos dos campocampo­ neses neses que que derrubou derrubou o o governo governo existente. existente. E, E, desde desde esse esse dia, dia, em em que que haviam haviam tirado tirado da da Franca França um um governo governo ee lhe lhe dado dado outro, outro, os os seus seus olhos olhos estavam um instante estavam cravados cravados em em Paris. Paris. Por Por um instante herois heróis ativos ativos do do 4rama drama revolucionario, podiam mais revolucionário, nao não podiam mais ser ser reduzidos reduzidos ao ao papel papel passivo passivo ee subsub­ misso misso de de coro. coro. As As demais demais classes classes contribuiram contribuíram para para completar completar aa vit6ria vitória eleitoral eleitoral dos dos camponeses. camponeses. A A eleicao eleição de de Napoleao Napoleão era, era, para para oo proletariado, proletariado, aa destidesti­ tui9iio reputuição de de Cavaignac, Cavaignac, aa derrubada derrubada da da Constituinte, Constituinte, aa abdicacao abdicação do do repu­ blicanismo vit6ria de blicanismo burgues, burguês, aa cassacao cassação da da vitória de junho. junho. Para Para aa pequenapequena-burguesia, -burguesia, Napoleao Napoleão era era oo dorninio domínio do do devedor devedor sabre sobre oo credor. credor. Para Para aa maioria maioria da da grande grande burguesia, burguesia, aa eleicao eleição de de Napoleao Napoleão era era aa ruptura ruptura publica instante pública com com aa faccao facção da da qua! qual ela ela tivera tivera de de se se servir servir por por um um instante contra contra aa revolucao, revolução, mas mas que que tinha tinha se se tornado tornado insuportavel insuportável para para ela ela assim tratou de assim que que tratou de consolidar consolidar suas suas posicoes posições do do momenta momento como como posicao posição constitucional. lugar de constitucional. Napoleao Napoleão no no lugar de Cavaignac Cavaignac era, era, para para ela, ela, aa MonarM onar­ quia quia no no lugar lugar da da Republica, República, oo comeco começo da da restauracao restauração monarquica, monárquica, oo Orleans timidamente insinuado, Orléans timidamente insinuado, aa flor-de-lis flor-de-lis escondida escondida entre entre violetas violetas ~. 5. O por firn, O Exercito, Exército, por fim, votou votou em em Napoleiio Napoleão contra contra aa Guarda Guarda M6vel, Móvel, contra contra oo idflio idílio da da paz, paz, aa favor favor da da guerra. guerra. Assim aconteceu Neue Assim aconteceu que, que, como como disse disse aa N eue Rheinische Rheinische Zeitung, Zeitung, o o homem homem mais mais simples simples da da Franca França recebeu recebeu aa signiticacao significação mais mais complexa complexa 6• 8. Justamente Justamente porque porque niio não era era nada, nada, podia podia significar significar tudo, tudo, s6 só nao não aa si si mesmo. mesmo. Entretanto, Entretanto, por por mais mais diverso diverso que que pudesse pudesse ser ser oo sentido sentido do do nome Napoleao na nome Napoleão na boca boca das das diferentes diferentes classes, classes, cada cada uma uma escrevia escrevia com com este este nome, nome, em em sua sua cedula cédula eleitoral: eleitoral: abaixo abaixo o o partido partido do do National, National, abaixo abaixo Cavaignac, Cavaignac, abaixo abaixo aa Constituinte, Constituinte, abaixo abaixo aa Republica República burguesa! burguesa! 0 O mimi­

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flor-de-Iis era violeta, oo flor-de-lis era o o signo signo das das armas armas da da dinastia dinastia dos dos Bourbons; Bourbons; aa violeta, emblema emblema dos dos bonapartistas. bonapartistas. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) n8 Esta Esta afirmacao afirmação se se encontra encontra num num informe informe de de 18 18 de de dezembro, dezembro, oriundo oriundo de de Paris, Paris, ee que 848, que foi foi publicado publicado na na Neue Neue Rheinische Rheinische Zeitung Zeitung de de 21 21 de de dezembro dezembro de d e I1848, entre entre as as notas notas de de correspondencia. correspondência. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.)

283 263 nistro nistro Dufaure Dufaure declarou declarou publicamente publicamente na na Assembleia Assembléia Constituinte: Constituinte: oo 10 10 de de dezembro dezembro eé um um segundo segundo 24 24 de de fevereiro. fevereiro. Pequena-burguesia votado en em bloco) Pequena-burguesia ee proletariado proletariado haviarn haviam votado en bloc bloc [[em bloco] a Napoleao para a favor favor de de Napoleão para votar votar contra contra Cavaignac Cavaignac ee tirar tirar da da Constituinte, Constituinte, com parte mais mais avancom aa uniao união dos dos votos, votos, aa decisao decisão final. final. No No entanto, entanto, aa parte avan­ cada çada de de ambas ambas as as classes classes apresentou apresentou seus seus candidates candidatos pr6prios. próprios. Napoleao Napoleão era partidos coligados era o o nome nom e coletivo coletivo de de todos todos os os partidos coligados contra contra aa Republica República burguesa; Ledru-Rollin burguesa; L edru-R ollin ee Raspail Raspail eram eram os os nomes nom es proprios: próprios: aquele, aquele, oo da da pequena-burguesia pequena-burguesia dernocratica; democrática; este, este, oo do do proletariado proletariado revolucionario. revolucionário. Os Os votos votos para para Raspail Raspail -— os os proletarios proletários ee os os seus seus porta-vozes porta-vozes socialistas socialistas declararam-no declararam-no abertamente abertam ente -— eram eram para para ser ser apenas apenas uma uma demonstracao: demonstração: eram qualquer presidencia, eram outros outros tantos tantos protestos protestos contra contra qualquer presidência, isto isto e, é, contra contra aa pr6pria própria Constituicao, Constituição, ee outros outros tantos tantos votos votos contra contra Ledru-Rollin, Ledru-Rollin, o o primeiro ato primeiro ato atraves através do do qua! qual o o proletariado proletariado se se desvinculou, desvinculou, como como partido partido politico partido democratico. parpolítico independente, independente, do do partido democrático. Pelo Pelo contrario, contrário, este este par­ tido a pequena-burguesia democratica e a sua representacao parlatido — a pequena-burguesia democrática e a sua representação parla­ mentar, aa Montanha mentar, M ontanha -— tratava tratava aa candidatura candidatura Ledru-Rollin Ledru-Rollin com com toda toda aa seriedade mesmo. Esta seriedade com com que que costumava costumava enganar-se enganar-se aa si si mesmo. Esta foi, foi, alias, aliás, aa sua ultima tentativa tentativa de sua última de colocar-se colocar-se diante diante do do proletariado proletariado como como partido partido autonomo. tarnbem aa pequenaautônomo. Nao Não s6 só o o partido partido burgues burguês republicano, republicano, também pequena-burguesia ha foram -burguesia democratica democrática ee sua sua Montan M ontanha foram derrotados derrotados aa 10 10 de de dezembro. dezembro. Agora, aa Franca tinha, ao Agora, França tinha, ao !ado lado de de uma uma Montanha, M ontanha, um um Napoleiio, N apoleão, prova nao passavam vida das prova de de que que ambos ambos não passavam de de caricaturas caricaturas sem sem vida das grandes grandes realidades ostentavam. Luis realidades cujos cujos nomes nomes ostentavam. Luís Napoleao, Napoleão, com com seu seu chapeu chapéu imperial ee sua parodiava de imperial sua aguia, águia, nao não parodiava de modo modo mais mais miseravel miserável ao ao velho velho Napoleao frases emprestadas N apoleão do do que que aa Montanha, M ontanha, com com suas suas frases emprestadas de de 1793 1793 ee suas suas poses poses demag6gicas, demagógicas, aà velha velha Montanha. M ontanha. A A tradicional tradicional crenca crença superssupers­ ticiosa ticiosa em em 1793 1793 foi, foi, assim, assim, eliminada eliminada com com aa tradicional tradicional crenca crença superssupers­ ticiosa em ticiosa em Napoleao. Napoleão. A A revolucao revolução s6 só chegou chegou aa si si mesma mesma assim assim que que ganbou ganhou o o seu seu nome nome proprio, próprio, original, original, ee isto isto eta ela s6 só pode pôde assim assim que que aa modema proletariado industrial, industrial, colocou-se m oderna classe classe revolucionaria, revolucionária, oo proletariado colocou-se sobranceiro sobranceiro no no primeiro primeiro piano. plano. Pode-se Pode-se dizer dizer que que o o 10 10 de de dezembro, dezembro, ja pr6pria já por por isso, isso, desconcertou desconcertou aa Montanha M ontanha ee aa fez fez duvidar duvidar de de sua sua própria sanidade sanidade mental mental porque porque ele ele interrompeu, interrompeu, rindo, rindo, aa analogia analogia classica clássica com com aa velha velha revolução revolucao atraves através de de uma uma irreverente irreverente piada piada de de camponio. campônio. A Assernbleia A 20 20 de de dezembro, dezembro, Cavaignac Cavaignac deixou deixou seu seu cargo, cargo, ee aa Assembléia Constituinte A 19 Constituinte proclamou proclamou Luis Luís Napoleao Napoleão Presidente Presidente da da Republica. República. A 19 de de dezembro, dezembro, ultimo último dia dia do do seu seu dominio domínio soberano, soberano, ela ela rejeitou rejeitou o o projeto projeto de Revogar oo decreto 27 de de anistia anistia aos aos insurretos insurretos de de junho. junho. Revogar decreto de de 27 de junho, junho, pelo qual, pelo qual, passando passando por por cima cima do do julgamento julgamento judicial, judicial, ela ela tinha tinha condeconde­ nado 15 000 insurretos, não nao significava nado aà deportacao deportação 15 000 insurretos, significava revogar revogar aa pr6pria própria batalha batalha de de junho? junho?

264 264 Odilon Odilon Barrot, Barrot, o o ultimo último rmmstro ministro de de Luis Luís Filipe, Filipe, tornou-se tornou-se oo PriPri­ rneiro-ministro Assim como nao datava meiro-ministro de de Luis Luís Napoleao. Napoleão. Assim como Luis Luís Napoleao Napoleão não datava oo seu um senatus-consulto seu mandato mandato aa IO 10 de de dezembro, dezembro, mas mas na na data data de de um senatus-consulto de 804, encontrou de l1804, encontrou tambern também um um presidente presidente dos dos ministros ministros que que nao não datava datava oo seu mas aa partir seu ministerio ministério aa 20 20 de de dezembro, dezembro, mas partir de de um um decreto-real decreto-real de de 24 24 de de fevereiro. fevereiro. Como Como herdeiro herdeiro legitimo legítimo de de Luis Luís Filipe, Filipe, Luis Luís NapoN apo­ leao leão suavizou suavizou aa rnudanca mudança de de governo governo mantendo mantendo oo velho velho ministério, ministerio, que, que, alern tempo além disso, disso, nao não tivera tivera tempo tempo de de se se desgastar desgastar porque porque nao não tivera tivera tempo de de comecar começar aa viver. viver. Os monarquistas Os chefes chefes das das Iaccoes facções burguesas burguesas m onarquistas aconselharam-no aconselharam-no aa essa essa opcao. opção. 0 O cabeca cabeça da da velha velha oposicao oposição dinastica, dinástica, que que havia havia constituido constituído inconscientemente aa transicao transição para para os os republicanos republicanos do do National, National, era era inconscientemente ainda para constituir ainda mais mais apropriado apropriado para constituir aa transicao transição da da Republica República burbur­ guesa guesa para para aa Monarquia. M onarquia. Odilon unico antigo Odilon Barrot B arrot era era oo chefe chefe do do único antigo partido partido de de oposicao oposição que, que, lutando lutando sempre sempre em em vao vão por por uma uma pasta pasta ministerial, ministerial, ainda ainda nao não liavia Havia se Revolucao lancou se desacreditado. desacreditado. Em Em rapida rápida sequencia, seqüência, aa Revolução lançou todos todos os os antigos poder para antigos partidos partidos de de oposicao oposição as às culrninancias culminâncias do do poder para que que eles eles rnesmos mesmos tivessern tivessem de de renegar, renegar, revogar, revogar, nao não so só de de fato, fato, mas mas tambem também com com palavras, palavras, as as suas suas velhas velhas palavras-de-ordem palavras-de-ordem e, e, por por fim, fim, reunidos reunidos numa numa nojenta nojenta simbiose, simbiose, fossem fossem lancados lançados todos todos juntos, juntos, pelo pelo povo, povo, na na Iata lata de de lixo hist6ria. E lixo da da história. E nenhuma nenhuma apostasia apostasia foi foi poupada poupada aa esse esse Barrot, Barrot, essa essa corporificacao corporificação do do liberalismo liberalismo burgues burguês que, que, durante durante dezoito dezoito anos, anos, havia havia deixado um compordeixado escondida escondida aa infame infame vacuidade vacuidade do do seu seu espirito espírito sob sob um compor­ tamento tamento hipocritamente hipocritamente serio sério de de seu seu corpo. corpo. Se, Se, por por alguns alguns mementos, momentos, contraste demasiado demasiado chocante chocante entre entre os os espinhos espinhos do do presente presente ee os os louros louros oo contraste do do passado passado assustava assustava aa ele ele mesmo, mesmo, um um olhar olhar no no espelho espelho restituia-lhe restituía-lhe aa compostura compostura ministerial ministerial ee aa humana hum ana auto-admiracao. auto-admiração. 0 O que, que, do do espelho, espelho, resplandecia-lhe de resplandecia-lhe de volta volta era era Guizot, Guizot, aa quern quem ele ele sempre sempre invejara, invejara, quern quem sempre mas Guizot olimpica sempre o o havia havia dominado, dominado, oo pr6prio próprio Guizot, Guizot, mas Guizot com com aa olímpica 7• fronte Midas fronte de de Odilon. Odilon. 0 O que que ele ele nao não viu viu foram foram as as orelhas orelhas de de M id a s7. O fevereiro so revelou no O Barrot Barrot de de 24 24 de de fevereiro só se se revelou no Barrot Barrot de de 20 20 de de dezembro. A ele, Ministro dezembro. A ele, o o orleanista orleanista ee voltaireano, voltaireano, foi foi juntar-se, juntar-se, coma como Ministro da Educacao -— oo legitimista da Educação legitimista ee jesufta jesuíta Falloux. Falloux. Poucos dias foi dado Poucos dias depois, depois, o o Ministerio Ministério do do Interior Interior foi dado aa Leon Léon Faucher, malthusiano. 0 Direito, aa Religião, Religiao, aa Economia Faucher, oo malthusiano. O Direito, Econom ia Politica! Política! O Ministério B arrot continha continha tudo tudo isso era, ademais, ademais, uma uma uniao união dos dos O Ministerio Barrot isso ee era, Iegitimistas legitimistas ee orleanistas. orleanistas. S6 Só faltava faltava oo bonapartista. bonapartista. Bonaparte Bonaparte ainda ainda Num concurso musical, Midas Num concurso musical, Midas premiou premiou Pii Pã em em detrimento detrimento de de Apolo. Apoio. Este Este fez fez com lhe crescessem Midas, tendo tendo descoberto com que que lhe crescessem orelhas orelhas de de burro. burro. 0 O barbeiro barbeiro de de Midas, descoberto oo segredo, flores que segredo, contou-o contou-o aà terra. terra. No N o local local nasceram nasceram flores que repetiam repetiam aa todos todos ao ao sopro sopro do do vento: vento: "Midas “Midas tern tem orelhas orelhas de de burro." burro.” (N.T.) (N .T .) 77

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escondia pois Soulouque jscondia oo seu seu desejo desejo de de significar significar Napoleao, Napoleão, pois Soulouque ainda ainda nao não representava representava oo papel papel de de Toussaint-Louverture Toussaint-Louverture 8•8. Logo todos os postos elevados Logo oo Partido Partido do do National N ational foi foi apeado apeado de de todos os postos elevados em em que que tinha tinha se se aninbado. aninhado. Chefatura Chefatura de de policia, polícia, direcao direção dos dos correios, correios, procuradoria-geral, procuradoria-geral, prefeitura prefeitura de de Paris, Paris, tudo tudo foi foi ocupado ocupado por por velhas velhas criaturas criaturas da d a Monarquia. M onarquia. Changamier, Changarnier, o o legitimista, legitimista, recebeu recebeu o o comando comando superior superior unificado unificado da da Guarda Guarda Nacional Nacional do do Departamento Departam ento do do Sena, Sena, da da Guarda G uarda M6vel Móvel ee das das tropas tropas de de linha linha da da primeira prim eira divisao divisão militar; militar; Bugeaud, Bugeaud, oo orleanista, orleanista, foi foi nomeado nom eado general-comandante general-comandante do do Exercito Exército dos dos Alpes. Alpes. Essa Essa troca troca de de funcionarios funcionários publicos públicos continuou continuou ininterruptamente ininterruptam ente durante durante oo governo governo Barrot. Barrot. 0 O primeiro primeiro ato ato de de seu seu Ministerio Ministério foi foi aa restauracao restauração da da antiga antiga administracao adm inistração monarquista. m onarquista. Num Num instante, instante, transmutou-se transmutou-se aa cena linguajar, aatores, tores, figurantes, cena oficial: oficial: cenario, cenário, trajes, trajes, linguajar, figurantes, comparsas, comparsas, pontos, posicao partidos, motivos pontos, posição dos dos partidos, motivos do do drama, drama, conteiido conteúdo do do conflito conflito dramatico, Assembleia Constidramático, aa situacao situação em em geral. geral. S6 Só aa pre-diluviana pré-diluviana Assembléia Consti­ tuinte ainda Mas aa partir tuinte ainda se se encontrava encontrava em em seu seu posto. posto. Mas partir da da hora hora em em que que aa Assembleia Nacional tinha Assembléia Nacional tinha instalado instalado aa Bonaparte, Bonaparte, Bonaparte Bonaparte aa Barrot B arrot ee Barrot B arrot aa Changamier, Changarnier, aa Franca França saiu saiu do do perlodo período da da Constituicao Constituição republirepubli­ cana cana para para oo periodo período da da Republica República constitufda. constituída. E, E, na na Reptiblica República constituida, constituída, para que Depois que para que unia uma Assembleia Assembléia Constituinte? Constituinte? Depois que aa Terra Terra havia havia sido sido criada, nada restou Assemcriada, aa seu seu Criador C riador nada restou senao senão refugiar-se refugiar-se no no Ceu. Céu. A A Assem­ bleia nao seguir bléia Constituinte Constituinte estava estava decidida decidida aa não seguir oo Seu Seu exemplo; exemplo; aa AssemAssem­ bleia Nacional bléia Nacional era era oo ultimo último asilo asilo do do partido partido dos dos republicanos republicanos burgueses. burgueses. Se do Poder Executivo lhe haviam sido tirados, nao Se todos todos os os postos postos do Poder Executivo lhe haviam sido tirados, não lhe lhe restava restava aa onipotencia onipotência constituinte? constituinte? 0 O posto posto soberano soberano que que tivera, tivera, afirma-lo todas as afirmá-lo sob sob todas as condicoes condições e, e, aa partir partir disso, disso, reconquistar reconquistar oo terreno terreno perdido, foi perdido, foi o o seu seu primeiro primeiro pensamento. pensamento. 0 O Ministerio Ministério Barrot B arrot suprimido suprimido por teriam p o r um um rninisterio ministério do do National; N ational, ee os os funcionarios funcionários monarquistas monarquistas teriam de de evacuar, evacuar, em em seguida, seguida, os os palacios palácios da da administracao, administração, ee os os funcionarios funcionários tricolores retomariam tricolores retornariam triunfantes. triunfantes. A A Assembleia Assembléia Nacional Nacional decidiu-se decidiu-se pela pela derrubada derrubada do do Ministerio, Ministério, ee o o pr6prio próprio Ministerio Ministério ofereceu-lhe ofereceu-lhe uma um a oporopor­ tunidade tunidade de de atacar atacar que que nem nem aa Constituinte Constituinte poderia poderia conceber conceber uma um a que que fosse mais fosse mais oportuna. oportuna. Recorde-se Recorde-se que que Luis Luís Bonaparte Bonaparte significava significava para para os os camponeses: camponeses: nao não mais mais impastos! impostos! Seis Seis dias dias estava estava ele ele assentado assentado em em seu seu trono trono presipresi­ dencial Ministerio propôs propos aa dencial e, e, no no setimo sétimo dia, dia, aa 27 27 de de dezembro, dezembro, seu seu Ministério conservaciio conservação do d o imposto im posto sobre sobre o o sal, sal, cuja cuja extincao extinção fora fora decretada decretada pelo pelo G.ovemo Governo Provisorio. Provisório. 0 O impasto imposto sabre sobre o o sal sal partilha, partilha, com com oo impasto imposto 8 8A A imprensa imprensa antibonapartista antibonaparíista chamava chamava Luis Luís Bonaparte Bonaparte tambem também de de Soulouque, Soulouque, com com o o que que aludia aludia ao ao Presidente Presidente da da Reptiblica República do do Haiti, Haiti, Faustin Faustin Soulouque, Soulouque, que que · havia havia proclamado conhecido por por sua proclamado aa si si mesmo mesmo imperador imperador ee era era conhecido sua ignorancia ignorância, vaidade ' vaidade ee crueldade. crueldade. Toussaint-Louverture Ilder do movimento revolucionário revolucionario negro Toussaint-Louverture era era o o líder do movimento negro do do Haiti Haiti que, que, durante no final durante aa Grande Grande Revolucao Revolução Francesa Francesa no final do do seculo século XVIII, XVIII, lutou lutou contra contra aa dominacao dominação espanhola espanhola ee inglesa. inglesa. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

266 266 sobre bode expiat6rio sobre o o vinho, vinho, do do privilegio privilégio de de ser ser oo bode expiatório do do velho velho sistema sistema financeiro olhos da Ao deputado financeiro trances, francês, sobretudo sobretudo aos aos olhos da populacao população rural. rural. Ao deputado dos dos camponeses camponeses oo Ministerio Ministério Barrot B arrot nao não podia podia por pôr nos nos labios lábios nenhum nenhum epigrama epigrama mais mais mordaz mordaz para para com com os os seus seus eleitores eleitores do do que que as as palavras: palavras: restabelecimento imposto sobre restabelecim ento do do imposto im posto sobre sobre o o sal! sal] Com Com o o imposto sobre o o sal, sal, Bonaparte Napoleao da Bonaparte perdeu perdeu seu seu sal sal revolucionario revolucionário -— oo Napoleão da insurreicao insurreição dos dos camponeses camponeses se se evolou evolou como como uma uma fantasmagoria, fantasmagoria, ee nada nada restou restou senao intriga burguesa senão oo grande grande desconhecido desconhecido da da intriga burguesa monarquista. m onarquista. E E nao não sem Barrot fez, sem intencionalidade, intencionalidade, oo Ministerio Ministério Barrot fez, desse desse ato ato sem sem tato, tato, de de brutal brutal decepcao, decepção, o o primeiro primeiro ato ato de de governo governo do do Presidente. Presidente. A A Constituinte, Constituinte, por por sua sua vez, vez, agarrou-se agarrou-se ansiosamente ansiosamente aà dupla dupla oporopor­ tunidade tunidade de de derrubar derrubar o o Ministerio Ministério ee de de arvorar-se arvorar-se em em representante representante dos dos interesses interesses dos dos camponeses camponeses em em contraposicao contraposição ao ao eleito eleito dos dos camponeses. camponeses. Ela rejeitou oo projeto imposto sobre Ela rejeitou projeto do do Ministro Ministro das das Financas, Finanças, reduziu reduziu o o imposto sobre oo sal sal aa um um terco terço de de sua sua quantia quantia anterior; anterior; aumentou, aumentou, assim, assim, em em 60 60 rnilhoes um deficit milhões um déficit estatal estatal de de 560 560 milhoes milhões e, e, depois depois desse desse voto voto de de desdes­ coniianca, [Tao confiança, pos-se pôs-se aa esperar esperar tranquilamente tranqüilam ente aa queda queda do do Ministerio. Ministério. (Tão pouco entendia rodeava ee aa sua pouco entendia ela ela oo novo novo mundo mundo que que aa rodeava sua pr6pria própria posicao posição alterada. Presidente e, alterada. Atras Atrás do do Ministerio Ministério estava estava oo Presidente e, atras atrás do do Presidente, Presidente, estavam urnas eleitorais estavam 6 6 milhoes milhões que que haviam haviam depositado depositado nas nas urnas eleitorais outros outros tantos contra aa Constituinte. tantos votos votos de de desconfianca desconfiança contra Constituinte. A A Constituinte Constituinte devoldevol­ veu veu aà nacao nação o o seu seu voto voto de de desconfianca. desconfiança. Ridicula Ridícula troca! troca! Esqueceu Esqueceu que que os tinham perdido os seus seus votos votos tinham perdido aa credibilidade. credibilidade. A A rejeicao rejeição do do imposto imposto sobre resolucao, de sobre oo sal sal apenas apenas amadureceu amadureceu aa resolução, de Bonaparte Bonaparte ee seu seu MinisMinis­ terio, Assembleia Constituinte. tério, de de "acabar" líacabar" com com aa Assembléia Constituinte. Comecou Começou aquele aquele longo toda aa ultima vida da longo duelo duelo que que preenche preenche toda última metade metade da da vida da Constituinte. Constituinte. 0 O 29 2 9 de de janeiro, janeiro, o o 21 21 de de marco, março, o o 88 de de maio maio sao são as as jornadas, jornadas, os os grandes grandes dias dias dessa dessa crise, crise, outros outros tantos tantos precursores precursores do do 13 13 de de junho. junho. Os Os franceses, franceses, por por exemplo exemplo Luis Luís Blanc, Blanc, interpretaram interpretaram oo 29 29 de de janeiro janeiro como como aa manitestacao manifestação de de uma uma contradicao contradição constitucional, constitucional, da da contradicao contradição entre Assembleia Nacional entre uma uma Assembléia Nacional soberana, soberana, indissoluvel, indissolúvel, oriunda oriunda do do sufragio sufrágio universal, universal, ee um um Presidente Presidente que, que, de de acordo acordo com com aa letra letra da da lei, lei, era era responsaresponsá­ vel no entanto, vel perante perante ela, ela, tendo tendo sido, sido, no entanto, na na realidade, realidade, nao não s6 só sancionado sancionado atraves reunindo em através do do sufragio sufrágio universal, universal, mas, mas, alem além disso, disso, reunindo em sua suâ pessoa pessoa toto­ dos indos os os votos votos que que se se repartiam repartiam ee dividiam dividiam as às centenas centenas entre entre os os membros membros in­ dividuais plena de todo oo dividuais da da Assembleia Assembléia Nacional, Nacional, estava estava tarnbern também na na posse posse plena de todo Poder Nacional pairava Poder Executivo, Executivo, sobre sobre oo qua! qual aa Assembleia Assembléia Nacional pairava apenas apenas como como Iorca força moral. moral. Essa Essa interpretacao interpretação do do 29 29 de de janeiro janeiro confunde confunde aa linguagem linguagem da na imprensa imprensa ee nos da luta luta na na tribuna, tribuna, na nos clubes, clubes, com com seu seu verdadeiro verdadeiro conteiido. conteúdo. Luis Luís Bonaparte, Bonaparte, frente frente aà Assernbleia Assembléia Nacional Nacional Constituinte, Constituinte, nao não era era um um poder poder constitucional constitucional frente frente aa outro, outro, nao não era era oo Poder Poder ExeExe­ cutivo frente ao cutivo frente ao Poder Poder Legislativo: Legislativo: era era aa pr6pria própria Republica República burguesa burguesa constituida instrumentos de constituída frente frente aos aos instrumentos de sua sua Constituicao, Constituição, frente frente as às intrigas intrigas ambiciosas ambiciosas ee as às reivindicacoes reivindicações ideologicas ideológicas da da taccao facção burguesa burguesa revolurevolu­

267 267 cionaria que aa havia havia fundado agora, admirava-se que sua cionária que fundado e, e, agora, admirava-se que sua Republica República parecia Monarquia restaurada, ee agora parecia uma uma M onarquia restaurada, agora queria queria fazer fazer perdurar perdurar aà forca ilusoes, sua força oo periodo período constituinte, constituinte, com com suas suas condicoes, condições, suas suas ilusões, sua linguagem, se desvelar desvelar em linguagem, ee impedir impedir aa Republica República burguesa burguesa madura m adura de de se em sua forma acabada Assim como Assernbleia Nacional sua forma acabada ee peculiar. peculiar. Assim como aa Assembléia Nacional Constituinte Cavaignac, Bonaparte Constituinte representava representava o o seu seu recern-retornado recém-retornado Cavaignac, Bonaparte representava Assernbleia Nacional, Nacional, isto isto e, da representava aa Assembléia é, aa Assernbleia Assembléia Nacional Nacional da Republica República burguesa. burguesa. A coloA eleicao eleição de de Bonaparte Bonaparte so só podia podia ser ser interpretada interpretada quando quando ela ela colo­ casse, lugar desse casse, no no lugar desse um unico único name, nome, os os seus seus multiples múltiplos significados, significados, quando repetisse na quando ela ela se se repetisse na eleicao eleição da da nova nova Assernbleia Assembléia Nacional. Nacional. 0 O IO de dezernbro tinha tinha cassado antiga. Portanto, 10 de dezembro cassado oo mandate mandato da da antiga. Portanto, oo que que se se confrontava confrontava aa 29 29 de de janeiro janeiro nao não era era o o Presidente Presidente com com aa Assernbleia Assembléia Nacional da Republica; era Assernbleia Nacional Nacional da mesma mesma República; era aa Assembléia Nacional da da Republica República em constituida, dois em constituicao constituição ee oo Presidente Presidente da da Republica República constituída, dois poderes poderes que diversos do processo de que corporificavam corporificavam perfodos períodos completamente completamente diversos do processo de vida burguesia, aa vida da da Republica; República; era era aa pequena pequena Iaccao facção republicana republicana da da burguesia, (mica podia proclam proclamar com oo proletariado única que que podia ar aa Republica, República, disputa-la disputá-la com proletariado revolucionario de rua rua ee através atraves do regime de terror, revolucionário atraves através de de lutas lutas de do regime de terror, ee esbocar traces ideais outro esboçar os os seus seus traços ideais basicos básicos na na Constituicao, Constituição, e, e, por por outro lado, rnassa monarquista monarquista da dominar lado, toda toda aa massa da burguesia, burguesia, aa unica única capaz capaz de de dominar nessa constituida, despir nessa Repiiblica República burguesa burguesa constituída, despir aa Constituicao Constituição de de seus seus aderecos adereços ideologicos ideológicos ee tornar tornar efetivas, efetivas, atraves através de de sua sua legislacao legislação ee de de sua as condicoes sua adrninistracao, administração, as condições indispensaveis indispensáveis para para aa subjugacao subjugação do do proletariado. proletariado. A ternpestade que janeiro coletou coletou seus A tempestade que se se desencadeou desencadeou aa 29 29 de de janeiro seus elementos todo oo mes janeiro. A Constituinte queria, queria, com elementos durante durante todo mês de de janeiro. A Constituinte com seu demitir-se. Contra seu voto voto de de desconfianca, desconfiança, levar levar oo Ministerio Ministério Barrot Barrot aa demitir-se. Contra isso, propos aà Constituinte isso, oo Ministerio Ministério Barrot Barrot propôs Constituinte que que ela ela desse desse aa si si mesma mesma um desconfianca, que um definitivo definitivo voto voto de de desconfiança, que ela ela decidisse decidisse suicidar-se, suicidar-se, que que ela propria dissoluciio, um dos ela decretasse decretasse aa sua sua própria dissolução. Rateau, Rateau, um dos deputados deputados mais mais obscuros, fez aa 66 de recornendacao do obscuros, fez de janeiro, janeiro, por por recomendação do Ministerio, Ministério, essa essa proposta aà mesma ja em tinha decidido decidido nao proposta mesma Constituinte Constituinte que, que, já em agosto, agosto, tinha não se dissolver toda uma uma serie leis orgase dissolver ate até que que tivesse tivesse promulgado promulgado toda série de de leis orgâ­ nicas complementares Constituicao. O 0 ministerial ministerial Fould nicas complementares aà Constituição. Fould declarou declarou sem sem rodeios que necessaria “para "para restabelecer credito rodeios que aa dissolucao dissolução seria seria necessária restabelecer oo crédito abalado". prorrogava oo abalado". E E nao não perturbava perturbava ela ela o o credito, crédito, aà medida medida que que prorrogava provis6rio provisório ee colocava colocava Napoleao Napoleão de de novo novo em em questao questão atraves através de de Barrot Barrot e, constituida? Barrot, e, atraves através de de Napoleao, Napoleão, aa Republics República constituída? Barrot, oo olimpico, olímpico, transforrnado ver, apos transformado em em Orlando Orlando Furioso Furioso pela pela perspectiva perspectiva de de ver, após desfrudesfru­ tar apenas por duas novamente arrebatada tar apenas por duas semanas, semanas, que que lhe lhe era era novamente arrebatada aa finalmente alcancada Ministros que os repu­ repufinalmente alcançada presidencia presidência do do Conselho Conselho de de Ministros que os blicanos ja lhe haviam uma vez vez por por um blicanos já lhe haviam prorrogado prorrogado uma um decenario, decenário, isto isto e, é,

268 268 por hipertiranizava essa para com por dez dez meses. meses. Barrot B arrot hipertiranizava essa Assembleia Assembléia misera mísera para com os A mais os tiranos. tiranos. A mais suave suave de de suas suas frases frases era era que que "com “com ela ela nao não seria seria possivel nenhum future". . E, possível nenhum futuro” E, em em verdade, verdade, ela ela s6 só representava representava ainda ainda o o passado. passado. "Ela “E la seria seria incapaz", incapaz”, acrescentava acrescentava ele ele ironicamente, ironicamente, "de “de cercar cercar aa Republica República com com as as instituicoes instituições que que sejam sejam necessarias necessárias aà sua sua consoliconsoli­ dacao". fato! Com para com dação” . E E de de fato! Com aa antitese antítese s6 só para com oo proletariado, proletariado, estava, estava, ao mesmo tempo, ao mesmo tempo, alquebrada alquebrada aa sua sua energia energia burguesa, burguesa, e, e, com com aa antitese antítese para com para com os os monarquistas, monarquistas, ressuscita ressuscita aa sua sua exaltacao exaltação republicana. republicana. Assim, Assim, ela ela estava estava duplamente duplamente incapaz incapaz de de consolidar consolidar aa Republica República burguesa, burguesa, que que ela ela nao não mais mais entendia, entendia, com com as as instituicoes instituições adequadas. adequadas. Com Com aa proposta proposta de de Rateau, Rateau, o o Ministerio Ministério desencadeou desencadeou simultaneasimultanea­ mente todo oo pals, mente uma uma tempestade tem pestade de de peticoes petições por por todo país, ee aa cada cada dia dia voavam, voavam, de de todos todos os os recantos recantos da da Franca, França, balas balas de de billet billet doux doux [cartinhas [cartinhas de de amor] amor] na cabeca modo mais na cabeça da da Constituinte, Constituinte, em em que que lhe lhe era era solicitado, solicitado, de de modo mais ou menos categ6rico, ou menos categórico, que que ela ela se se dissolvesse dissolvesse ee fizesse fizesse o o seq seu testamento. testamento. A Constituinte, rogava A Constituinte, por por sua sua vez, vez, provocava provocava contrapeticoes, contrapetições, em em que que se se rogava que Bonaparte ee Cavaignac que continuasse continuasse aa viver, viver. A A luta luta eleitoral eleitoral entre entre Bonaparte Cavaignac renovava-se como peticoes pro renovava-se como uma uma luta luta de de petições pró ee contra contra aa dissolucao dissolução da da Assembleia Assembléia Nacional. Nacional. As As peticoes petições acabavam acabavam sendo sendo os os cornentarios comentários adiadi­ cionais mes de cionais ao ao IO 10 de de dezembro. dezembro. Durante Durante todo todo oo mês de janeiro janeiro perdurou perdurou essa essa agitacao. agitação. No No conflito conflito entre entre aa Constituinte Constituinte ee oo Presidente, Presidente, ela ela nao não podia podia recorrecor­ rer rer as às eleicoes eleições gerais gerais como como em em sua sua origem, origem, pois pois se se apelava apelava contra contra ela ela pelo podia apoiar-se pelo sufragio sufrágio universal. universal. Ela Ela nao não podia apoiar-se em em nenhuma nenhuma autoriautori­ dade tratava da Poder legal. dade constituida, constituída, pois pois se se tratava da luta luta contra contra o o Poder legal. Ela Ela nao não podia derrubar Ministerio atraves podia derrubar Qq Ministério através de de votos votos de de desconfianca desconfiança como como tentou, ainda uma vez, tentou, ainda uma vez, aa 6 6 ee aa 26 26 de de janeiro, janeiro, pois pois oo Ministerio Ministério nao não lhe lhe pedia pedia aa sua sua confianca. confiança. S6 Só lhe lhe restou restou uma uma alternativa, alternativa, 11a insurreiciio, insurreição. As forcas de As forças de combate combate da da insurreicao insurreição eram eram aa parte parte republicana republicana da da Guarda Guarda Nacional, proletariado revolucionario, Nacional, aa Guarda Guarda Movel M óvel ee os os centros centros do do proletariado revolucionário, os os clubes. clubes. Os Os guardas guardas m6veis, móveis, esses esses herois heróis dos dos dias dias de de junho, junho, constituiarn constituíam em dezernbro forca de faccao burguesa em dezembro aa força de combate combate organizada organizada da da facção burguesa repurepu­ blicana, blicana, assim assim como como antes antes de de junho junho os os Atelies Ateliês Nacionais Nacionais tinham tinham consticonsti­ tuido tuído aa Iorca força de de combate combate organizada organizada do do proletariado proletariado revolucionario. revolucionário. Assim Assim como como aa Comissao Comissão Executiva Executiva da da Constituinte Constituinte dirigiu dirigiu seu seu ataque ataque brutal Atelies Nacionais, prebrutal contra contra os os Ateliês Nacionais, quando quando precisou precisou acabar acabar com com as as pre­ tensdes tensões ja já insuportaveis insuportáveis do do proletariado, proletariado, o o Ministerio Ministério Bonaparte Bonaparte dirigiu-o dirigiu-o contra precisou acabar contra aa Guarda G uarda M6vel Móvel quando quando precisou acabar com com as as pretensoes pretensões ja já insuportaveis faccao burguesa insuportáveis da da facção burguesa republicana. republicana. Ordenou Ordenou aa dissoluciio dissolução da da Guarda Guarda Movel. M óvel. Uma Uma metade metade dela dela foi foi dispensada dispensada ee jogada jogada na na rua; rua; aa outra lugar da uma monarquica, outra recebeu, recebeu, em em lugar da organizacao organização dernocratica, democrática, uma monárquica, ee oo seu tropas de seu soldo soldo foi foi reduzido reduzido ao ao soldo soldo comum comum das das tropas de linha. linha. A A Guarda insurgentes de Guarda M6vel Móvel encontrou-se encontrou-se na na situacao situação dos dos insurgentes de junho, junho, ee diariamente diariamente aa imprensa imprensa editava editava coniissoes confissões publicas, públicas, em em que que aquela aquela recoreco­ nhecia de junho implorava perdao nhecia aa sua sua culpa culpa de junho ee implorava perdão ao ao proletariado. proletariado.

269 E E os os clubes? clubes ? Desde Desde o o instante instante em em que que aa Assembleia Assembléia Constituinte Constituinte questionou no Presidente, questionou em em Barrot Barrot oo Presidente Presidente e, e, no Presidente, aa Republica República burbur­ guesa republics guesa constituida constituída e, e, na na Republica República burguesa burguesa constituida, constituída, aa república burguesa burguesa em em geral, geral, agruparam-se agruparam-se necessariamente necessariamente em em torno torno dela dela todos todos os os elementos elementos constituintes constituintes da da Republica República de de Fevereiro, Fevereiro, todos todos os os partidos partidos que que queriam queriam derrubar derrubar aa Republica República existente existente ee transforma-la, transformá-la, atraves através de de urn um violento violento processo processo reacionario, reacionário, na na republica república dos dos seus seus interesses interesses de classe de classe ee dos dos seus seus principios. princípios. 0 O acontecido acontecido estava estava de de nova novo desacondesacontecido, tecido, as as cristalizacoes cristalizações do do movimento movimento revolucionario revolucionário haviam haviam se se tornado tornado novamente fluidas, novamente fluidas, aa Republica, República, pela pela qual qual se se havia havia lutado, lutado, era era de de nova novo aa indefinida indefinida Repiiblica República dos dos dias dias de de fevereiro, fevereiro, reservando-se reservando-se cada cada parpar­ tido tido oo direito direito de de defini-la. defini-la. Por Por um um instante, instante, os os partidos partidos reassureassu­ miram miram as as suas suas velhas velhas posicoes posições de de fevereiro, fevereiro, sem sem partilhar partilhar das das ilusoes ilusões de de fevereiro. fevereiro. Os Os republicanos republicanos tricolores tricolores do do National N ational voltavam voltavam aa apoiar-se apoiar-se nos nos republicanos republicanos democraticos democráticos da da Reforme R éjorm e ee os os aticavam atiçavam coma como palapala­ dinos dinos para para o o primeiro primeiro plano plano da da luta luta parlamentar. parlam entar. Os Os republicanos republicanos demodemo­ cratas cratas voltavam voltavam aa apoiar-se apoiar-se nos nos republicanos republicanos socialistas socialistas -— aa 27 27 de de janeiro janeiro um um manifesto manifesto ptiblico público anunciava anunciava aa sua sua reconciliacao reconciliação ee uniao união -— ee preparavarn preparavam nos nos clubes clubes aa sua sua retaguarda retaguarda insurrecional. insurrecional. A A imprensa imprensa ministerial tratava, ministerial tratava, com com razao, razão, os os republicanos republicanos tricolores tricolores do do National National coma como os os insurretos insurretos ressurrectos ressurrectos de de junho. junho. Para Para se se afirmarem afirmarem aà frente frente da da Republica República burguesa, burguesa, punham punham em em questao questão aa pr6pria própria Republica República burbur­ guesa. guesa. A A 26 26 de de janeiro, janeiro, o o ministro ministro Faucher Faucher propos propôs uma uma lei lei sabre sobre oo direito direito de de associacao, associação, cujo cujo primeiro primeiro paragrafo parágrafo rezava: rezava: "Os “Os clubes clubes estiio estão proibidos", proibidos”. Solicitou Solicitou que que esse esse projeto projeto de de lei lei fosse fosse logo logo discutido discutido em em carater caráter de de urgencia, urgência. A A Constituinte Constituinte rejeitou rejeitou o o pedido pedido de de urgencia urgência e, e, aa 27 27 de de janeiro, janeiro, Ledru-Rollin Ledru-Rollin encaminhou encaminhou uma uma proposta, proposta, subscrita subscrita por por 230 230 assinaturas, assinaturas, de de impeachment impeachment do do Ministerio Ministério por por infringir infringir aa ConstiConsti­ tuicao. no momenta tuição. Decretar Decretar o o impeachment impeachment do do Ministerio Ministério no momento em em que que ta) tal ato impotencia do ato era era oo desmascaramento desmascaramento sem sem tato tato da da impotência do juiz, juiz, ou ou seja, seja, · aa maioria maioria da da Camara, Câmara, esse esse era era o o grande grande trunfo trunfo revolucionario revolucionário que, que, doravante, doravante, aa Montanha M ontanha epigonal epigonal jogaria jogaria em em cada cada apogeu apogeu de de crise. crise. Pobre Pobre Montanha, M ontanha, esmagada esmagada pelo pelo peso peso do do seu seu pr6prio próprio name! nome! Blanqui, Blanqui, Barbes, Barbès, Raspail Raspail ee outros, outros, tinham, tinham, aa 15 15 de de maio, maio, terrtado tentado dissolver dissolver aa Assembleia Assembléia Constituinte, Constituinte, invadindo invadindo aa sala sala de de sessoes sessões aà frente frente do do proletariado proletariado parisiense. parisiense. Barrot B arrot preparou preparou para para essa essa mesma mesma Assembleia Assembléia um um 15 15 de de maio maio moral, moral, querendo querendo ditar-lhe ditar-lhe aa sua sua autodissolucao autodissolução ee fechar fechar aa sua sua sala sala de de sessoes. sessões. A A mesma mesma Assembleia Assembléia havia havia encarregado encarregado Barrot B arrot do do inquerito inquérito contra contra os os acusados acusados de de rnaio maio ee agora, agora, neste neste momenta momento em em que que ele ele aparecia aparecia diante diante dela dela coma como um um Blanqui Blanqui monarquista, monarquista, em em que que ela ela procurava procurava contra contra ele ele aliados aliados nos nos clubes, clubes, entre entre os os proletarios proletários revolucionarios, revolucionários, no no partido partido de de Blanqui, Blanqui, neste neste instante instante oo inexoravel inexorável Barrot Barrot torturava-a torturava-a com com aa proposta proposta de de subtrair subtrair os os prisioneiros prisioneiros de de maio maio ao ao tributribu­ nal nal do do jtiri júri ee transferi-los transferi-los para para oo Supremo Supremo Tribunal, Tribunal, aa haute haute cour cour [Suprema [Suprema Corte] Corte] inventada inventada pelo pelo partido partido do do National. National. E É notavel notável coma como

'

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oo medo uma pasta ministerial conseguia fazer medo exacerbado exacerbado em em torno torno de de uma pasta ministerial conseguia fazer brotar da Barrot brotar da cabeca cabeça de de um um B arrot ironias ironias dignas dignas de de um um Beaumarchais! Beaumarchais! Depois longos titubeios, Depois de de longos titubeios, aa Assembleia Assembléia Nacional Nacional aceitou aceitou aa sua sua propospropos­ ta. Em relação relacao aos ta. Em aos autores autores dos dos atentados atentados de de maio, maio, ela ela voltava voltava aa seu seu carater caráter normal. normal. Se Se aa Constituinte Constituinte se se via via empurrada, em purrada, frente frente ao ao Presidente Presidente ee aos aos mimi­ nistros, nistros, para para aa insurreicao, insurreição, o o Presidente Presidente ee oo Ministerio Ministério viam-se, viam-se, frente frente aà Constituinte, Constituinte, empurrados empurrados para para o o golpe golpe de de Estado, Estado, pois pois nao não dispunham dispunham de meio legal de nenhum nenhum meio legal para para dissolve-la. dissolvê-la. Mas Mas aa Constituinte Constituinte era era aa mae mãe da Presidente. Com da Constituicao, Constituição, ee aa Constituicao Constituição era era aa mae mãe do do Presidente. Com o o golpe golpe de de Estado, Estado, o o Presidente Presidente rasgaria rasgaria aa Constituicao Constituição ee cancelaria cancelaria o o seu seu diploma republicano. Ele diploma juridico jurídico republicano, Ele estava, estava, entao, então, obrigado obrigado aa optar optar pelo pelo diploma jurfdico imperial. diploma jurídico imperial. Mas Mas oo titulo título juridico jurídico imperial imperial evocava evocava o o orleanista, orleanista, ee ambos ambos empalideciam empalideciam ante ante o o titulo título jundico jurídico legitimista. legitimista. A A queda lancar as queda da da Republica República legal legal so só podia podia lançar às culminancias culminâncias oo seu seu polo pólo mais num momento mais oposto, oposto, aa Monarquia M onarquia legitimista, legitimista, num momento em em que que oo partido partido orleanista fevereiro ee Bonaparte Bonaparte yra orleanista era era apenas apenas ainda ainda oo vencido vencido de de fevereiro pra apenas O de podiam apenas ainda ainda oo vencedor vencedor de de l10 de dezembro, dezembro, em em que que ambos ambos so só podiam contrapor monarquicos contrapor aà usurpacao usurpação republicana republicana os os seus seus titulos títulos m onárquicos igualigual­ mente natureza favomente usurpados. usurpados. Os Os legitimistas legitimistas estavam estavam conscientes conscientes da da natureza favo­ ravel rável do do momento; momento; conspiravam conspiravam aà luz luz do do dia. dia. Podiam Podiam esperar esperar encontrar encontrar no no general general Changarnier Changarnier oo seu seu Monk M onk 9•9. 0 O advento advento da da monarquia monarquia branca branca Ioi anunciado tantas vezes em foi anunciado tantas vezes em seus seus clubes clubes quanto quanto oo da da Republica R epública verver­ melha m elha nos nos dos dos proletarios. proletários. Atraves motim sufocado exitosamente, oo Ministerio Através de de um um motim sufocado exitosamente, Ministério se se livralivra­ ria ria de de todas todas as as dificuldades. dificuldades. "A “A legalidade legalidade nos nos mata", m ata” , exclamou exclamou Odilon Odilon Barrot. Um motim motim permitiria, Barrot. Um permitiria, sob sob pretexto pretexto de de salut salut publique publique [salvacao [salvação publica], pública], dissolver dissolver aa Constituinte, Constituinte, violar violar aa Constituicao Constituição no no interesse interesse da da propria própria Constituicao. Constituição. A A intervencao intervenção brutal brutal de de Odilon Odilon Barrot Barrot na na AssemAssem­ bleia ruidosa destituicao bléia Nacional, Nacional, aa proposta proposta de de dissolucao dissolução dos dos clubes, clubes, aa ruidosa destituição de 50 prefeitos monarquistas, aa de 50 prefeitos tricolores tricolores ee aa sua sua substituicao substituição por por monarquistas, dissolucao Movel, os por Changamier, dissolução da da Guarda G uarda Móvel, os ultrajes ultrajes aa seu seu chefe chefe por Changarnier, aa renomeação renomeacao de Lerminier, esse ja impossível impossivel sob de Lerminier, esse catedratico catedrático já sob Guizot, Guizot, aa tolerância tolerancia para legitimistas -— eram para com com as as fanfarronadas fanfarronadas legitimistas eram outras outras tantan­ tas incitacoes Ele esperava tas incitações ao ao motim. motim. Mas Mas oo rnotim motim nao não se se dava. dava. Ele esperava oo seu seu sinal Ministerio. sinal da da Constituinte Constituinte ee nao não do do Ministério. Finalmente Finalmente chegou chegou oo 29 29 de de janeiro, janeiro, oo dia dia em em que que devia devia ser ser decidido decidido quanto proposta de Mathieu ((de de la rejeicao incondicional quanto aà proposta de Mathieu la Drome) Drôm e) de de rejeição incondicional da Rateau. Legitimistas, Legitimistas, orleanistas, da proposta proposta de de Rateau. orleanistas, bonapartistas, bonapartistas, Guarda Guarda Move), Montanhas, Móvel, M ontanhas, Clubes, Clubes, tudo tudo conspirava conspirava nesse nesse dia, dia, cada cada um um tanto tanto contra inimigo como contra oo suposto suposto inimigo como contra contra os os supostos supostos aliados. aliados. Bonaparte, Bonaparte, general ihgles 911 0 O general inglês George George Monk, Monk, com com aa ajuda ajuda das das tropas tropas governamentais governamentais que que Jhe lhe eram eram subordinadas, subordinadas, restaurou restaurou em em 1660 1660 aa Dinastia Dinastia dos dos Stuarts Stuarts ao ao poder. poder. (N. (N . do do ed. ed, al.) al.)

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no alto alto da da montaria, m ontaria, passou passou em em revista revista uma uma parte das tropas tropas na Praça no parte das na Praca da Concordia; Concórdia; Changarnier Changarnier demonstrava demonstrava com com um um aparato aparato de de manobras manobras da estrategicas; predio de estratégicas; aa Constituinte Constituinte encontrou encontrou oo prédio de suas suas sessoes sessões ocupado ocupado militarmente. Ela, Ela, centro centro de de todas todas as as esperancas esperanças entrelacadas, entrelaçadas, de de todos todos militarmente. os temores, de todas todas as as expectativas, expectativas, efervescencias, efervescências, tensoes tensões ee conjuconju­ os temores, de racoes, um leao, rações, aa Assembleia, Assembléia, valente valente como como um leão, nao não oscilou oscilou neohum nenhum momo­ mento quaodo quando se se aproximou, aproximou, mais do que que ounca, nunca, do do espirito espírito do do mundo. mundo. rnento mais do Semelhava-se aquele àquele guerreiro guerreiro que que temia temia o o uso uso de de sua sua pr6pria própria arma, arma, Semelhava-se mas mas que que se se sentia sentia tambem também obrigado obrigado aa deixar deixar intacta intacta aa arma arma do do adveradver­ sário. Com Com desprezo desprezo pela pela morte, morte, eta ela assinou assinou aa sua sua propria própria sentenca sentença de de sario. 10• morte ee rejeitou morte rejeitou aa rejeicao rejeição incondicional incondicional da da proposta proposta rateauniana rateau n ian a10. Estando Estando ela ela mesma mesma em em estado estado de de sltio, sítio, colocou colocou limites limites aà atividade atividade conscons­ titucional, dos dos quais quais aa necessaria necessária moldura m oldura teria teria sido sido o o estado estado de de sitio sítio titucional, de no dia de Paris. Paris. Ela Ela se se vingou vingou dignamente dignamente de de si si mesma mesma ao ao abrir, abrir, no dia seguinte, um inquérito sobre sobre o o medo que oo Ministerio Ministério lhe lhe havia havia infuninfun­ seguinte, um inquerito medo que dido aa 29 29 de de janeiro. janeiro. · A A Montanha M ontanha demonstrou demonstrou aa sua sua falta falta de de energia energia dido revolucionaria ee de revolucionária de tirocinio tirocínio politico político deixando-se deixando-se usar usar pelo pelo partido partido do do N ational como como porta-voz porta-voz de de luta nessa grande grande comedia comédia de de intrigas. intrigas. 0 O National luta nessa partido do do N ational tinha tinha feito feito aa ultima última tentativa tentativa de de continuar continuar mantendo mantendo partido National na na Republica República constituida constituída o o monop6lio monopólio do do poder poder que que ela ela possuira possuíra durante durante de formacao formação da da Repiiblica República burguesa. burguesa. Fracassara. Fracassara. oo período periodo de Se, na na crise crise de de janeiro, janeiro, tratava-se tratava-se da da existencia existência da da Constituinte, Constituinte, Se, na crise crise de de 21 21 de de marco março tratava-se tratava-se da da existencia existência da da Constituicao; Constituição; lá, na la, do do pessoal pessoal do do partido partido do do National; N ational ; aqui, aqui, do do seu seu ideal. ideal. :8 É desnecessario desnecessário destacar que os os honestos honestos republicanos republicanos davam davam bem bem menos menos valor valor aà exalexal­ destacar que tacao de tação de sua sua ideologia ideologia do do que que ao ao mundano m undano gozo gozo do do poder poder govemamental. governamental. A A 21 21 de de marco, março, estava estava na na ordem-do-dia ordem-do-dia da da Assembleia Assembléia Nacional Nacional projeto de de lei lei de de Faucher Faucher contra contra oo direito direito de de associacao: associação: a a repressiio repressão oo projeto dos 0 da todos os dos clubes. clubes. 0 O artigo artigo 8. 8.° da Constituicao Constituição garante garante aa todos os franceses franceses direito de de se se associarem. associarem. A A proibição dos clubes clubes era, era, portanto, portanto, uma uma oo direito proibicao dos clara violacao violação da da Constituicao, Constituição, ee aa pr6pria própria Constituinte Constituinte teria de canocano­ clara teria de nizar nizar aa profanacao profanação de de seus seus santos. santos. Mas Mas os os clubes clubes eram eram os os locais locais de de reuniao, as reunião, as sedes sedes de de conspiracao conspiração do do proletariado proletariado revolucionario. revolucionário. A A própria Nacional tinha proibido aa coalizao coalizão dos dos trabalhadores trabalhadores propria Assembléia Assembleia Nacional tinha proibido contra contra os os seus seus burgueses. burgueses. E E os os clubes, clubes, oo que que eram eram eles eles senao senão uma uma coalizao coalizão de de toda toda aa classe classe operaria operária contra contra toda toda aa classe classe burguesa, burguesa, aa formacao formação de de urn um Estado Estado dos dos trabalhadores trabalhadores contra contra o o Estado Estado burgues? burguês? Nao proletariado Não eram eram eles eles outras outras tantas tantas assembleias assembléias constituintes constituintes do do proletariado ee outros Outros tantos tantos destacamentos destacamentos do do exercito exército da da revolta revolta prontos prontos para para comcom­ 10 10 Intimidada Intimidada pela pela ameaca ameaça de de dissolucao dissolução ee pela pela manifestacao manifestação militar militar organizada organizada por por Luis Luís Bonaparte Bonaparte aa 29 29 de de janeiro, janeiro, aa Assembleia Assembléia nao não ousou ousou recusar recusar categoricacategorica­ mente mente a a proposta proposta de de Rateau Rateau e e adotou adotou aa emenda emenda de de que que a a Assembleia Assembléia Constituinte Constituinte deveria deveria dissolver-se dissolver-se logo logo apos após aa publicacao publicação das das leis leis relativas relativas ao ao Conselho Conselho de de Estado, responsabilidade dos Estado, aa responsabilidade dos ministros ministros ee do do Presidente Presidente ee sobre sobre o o direito direito eleitoral. eleitoral. (N. (N . do do ed. ed. fr.) fr.)

272 272 bate? 0 Constituicao tinha tinha de antes de tudo, era bate? O que que aa Constituição de constituir, constituir, antes de tudo, era oo dominio Constituicao evidentemente podia, portanto, domínio da da burguesia. burguesia. A A Constituição evidentemente s6 só podia, portanto, entender as associações associacoes em com entender como como direito direito de de associacao associação as em harmonia harm onia com aa dominacao isto e, burguesa. Se, por decoro dominação da da burguesia, burguesia, isto é, com com aa ordem ordem burguesa. Se, por decoro te6rico, ela expressava de modo generico, Govemo teórico, ela se se expressava de modo genérico, nao não estavam estavam ai aí o o Governo ee aa Assembléia Assembleia Nacional no caso caso especí­ especiNacional para para interpreta-la interpretá-la ee aplica-la aplicá-la no fico? E E se, estavam de fico? se, nas nas epocas épocas primevas primevas da da Republica, República, os os clubes clubes estavam de fato na R Repufato proibidos proibidos atraves através do do estado estado de de sitio, sítio, nao não deveriam deveriam eles, eles, na epú­ blica regulamentada, constituida, ser blica regulamentada, constituída, ser proibidos proibidos atraves através da da lei? lei? Os Os repurepu­ blicanos tricolores nao interpretacao problicanos tricolores não tinham tinham nada nada aa objetar objetar aa essa essa interpretação pro­ saica altissonante da da Constituicao. saica da da Constituicao, Constituição, exceto exceto aa fraseologia fraseologia altissonante Constituição. Uma votou aa favor Uma parte parte deles, deles, Pagnerre, Pagnerre, Duclerc, Duclerc, etc., etc., votou favor do do Ministerio Ministério ee lhe outra parte, arcanjo Cavaignac lhe deu deu assim assim aa maioria. maioria. A A outra parte, com com o o arcanjo Cavaignac ee oo patriarca patriarca Marrast que oo artigo sobre aa proibicao M arrast aà frente, frente, assim assim que artigo sobre proibição dos dos clubes aprovado, retirou-se, retirou-se, junto junto com clubes havia havia sido sido aprovado, com Ledru-Rollin Ledru-Rollin ee aa Montanha, - "e - A M ontanha, para para um um gabinete gabinete especial especial — “e deliberaram". deliberaram ” . — A AssemAssem­ bleia Nacional estava estava paralisada, paralisada, nao mais com bléia Nacional não contava contava mais com o o numer.~ núm e. de de votos deliberar. Mui votos necessario necessário para para deliberar. Mui oportunamente, oportunam ente, o o Sr. Sr. Cremfeux Crémieux recordou no gabinete caminho levava para recordou no gabinete que que o o caminho levava dai daí deliberadamente deliberadamente para aa rua rua ee ja fevereiro de já nao não se se estava estava mais mais em em fevereiro de 1848, 1848, mas mas em em marco março de de 1849. do National, voltou aà sala 1849. O O partido partido do N ational , subitamente subitamente iluminado, iluminado, voltou sala de da Assernbleia N acional; atras vez enganada, enganada, aa de sessoes sessões da Assembléia Nacional; atrás dele, dele, outra outra vez Montanha, que, continuamente M ontanha, que, continuamente torturada torturada por por veleidades veleidades revolucionarias, revolucionárias, de constitucionais de modo modo tao tão continue contínuo procurava procurava tarnbem também possibilidades possibilidades constitucionais ee sentia-se mais em lugar atras sentia-se cada cada vez vez mais em seu seu lugar atrás dos dos republicanos republicanos burgueses burgueses do frente do proletariado revolucionário. revolucionario. Assim do que que aà frente do proletariado Assim estava estava encenada encenada aa comedia. da comédia. E E aa pr6pria própria Constituinte Constituinte tinha tinha decretado decretado que que aa violacao violação da letra realizacao consequente sentido letra da da Constituicao Constituição seria seria aa unica única realização conseqüente do do seu seu sentido literal. literal. S6 restava acertar da República Republics constiSó restava acertar ainda ainda um um ponto: ponto: aa relacao relação da consti­ tufda com politica exterior. maio tuída com aa Revolucao Revolução europeia, européia, aa sua sua política exterior. A A 88 de de maio de Assembleia Constituinte, de 1849, 1849, reinava reinava uma uma exaltacao exaltação incomum incomum na na Assembléia Constituinte, cujo prazo de esgotar-se em ataque do Exercito cujo prazo de vida vida iria iria.esgotar-se em poucos poucos dias. dias. 0, O ,ataque do Exército trances pelos romanos, romanos, aa sua francês contra contra Roma, Roma, o o seu seu rechaco rechaço pelos sua infamia infâmia pollpolí­ tica sua desonra romana tica ee aa sua desonra militar, militar, o o assassinate assassinato da da Republica República rom ana pela pela Republica francesa, aa primeira primeira campanha República francesa, campanha italiana italiana do do segundo segundo BonaBona­ parte: parte: estavam estavam na na ordem-do-dia. ordem-do-dia. A A Montanha M ontanha tinha tinha jogado jogado novamente novamente oo seu trunfo, Ledru-Rollin depositado sobre seu grande grande trunfo, Ledru-Rollin tinha tinha depositado sobre aa mesa mesa do do Presidente contra oo Ministério Ministerio e, e, desta desta vez, tambem Presidente aa inevitavel inevitável mocao moção contra vez, também contra violacao da contra Bonaparte, Bonaparte, poi: por violação da Constituicao, Constituição. O tarde como O motivo motivo do do 88 de de maio maio retornou retornou mais mais tarde como motive motivo do do 13 13 de Entendamo-nos quanto quanto aà expedicao de junho. junho. Entendamo-nos expedição romana. romana. Cavaignac ja em novembro de Cavaignac expedira, expedira, já em meados meados de de novembro de 1848, 1848, uma uma esquadra proteger oo Papa, recolhe-lo aa esquadra de de guerra guerra aa Civitavecchia Civitavecchia para para proteger Papa, recolhê-lo bordo ee transporta-lo Papa deveria bordo transportá-lo para para aa Franca, França. 0 O Papa deveria abencoar abençoar aa honesta honesta

273 273 Repiiblica para Presidente. República ee assegurar assegurar aa eleicao eleição de de Cavaignac Cavaignac para Presidente. Com Com oo Papa, Papa, Cavaignac Cavaignac queria queria pescar pescar os os padrecos; padrecos; com com os os padrecos, padrecos, os os camcam­ poneses poneses e, e, com com os os camponeses, camponeses, aa presidencia, presidência. Segundo Segundo sua sua finalidade finalidade imediata, uma imediata, uma propaganda propaganda eleitoral, eleitoral, aa expedicao expedição de de Cavaignac Cavaignac era, era, ao ao mesmo tempo, tempo, um mesmo um protesto protesto ee uma uma ameaca ameaça contra contra aa revolucao revolução romana. romana. Ela intervencao da favor do Papa. E la continha continha em em germe germe aa intervenção da Franca França em em favor do Papa. Essa Essa intervencao intervenção em em prol prol do do Papa, Papa, com com aa Austria Áustria ee Napoles, Nápoles, contra contra aa Republica República romana, rom ana, foi foi decidida decidida na na primeira primeira reuniao reunião do do Conselho Conselho de de Ministros Ministros de de Bonaparte, Bonaparte, aa 23 23 de de dezembro. dezembro. Falloux Falloux no no rninisterio, ministério, isso isso era Papa. Bonaparte Bonaparte ja era o o Papa Papa em em Roma R om a ee na na Roma Rom a -— do do Papa. já nao não precisava precisava rnais do tornar-se oo presidente presidente dos mas precisava mais do Papa Papa para para tornar-se dos camponeses, camponeses, mas precisava da para conservar camponeses do da conservacao conservação do do Papa Papa para conservar os os camponeses do presidente. presidente. A credulidade A credulidade deles deles havia havia feito feito dele dele o o presidente. presidente. Com Com aa crenca crença perdeperde­ ram E os ram aa credulidade credulidade e, e, com com oo Papa, Papa, aa crenca. crença. E os coligados coligados orleanistas orleanistas ee legitimistas legitimistas que que dominavam dominavam em em nome nome de de Bonaparte! Bonaparte! Antes Antes de de resres­ taurar restaurar oo poder taurar o o rei, rei, era era preciso preciso restaurar poder que que santifica santifica os os reis. reis. Fazendo Fazendo abstracao Roma, submetida abstração do do seu seu monarquismo: m onarquismo: sem sem aa velha velha Roma, submetida ao ao seu seu poder temporal, poder temporal, nenhum nenhum Papa; Papa; sem sem Papa, Papa, nenhum nenhum catolicismo; catolicismo; sem sem catolicismo, catolicismo, nenhuma nenhum a religiao religião francesa; francesa; e, e, sem sem religiao, religião, que que seria seria da da velha tern sobre velha sociedade sociedade francesa? francesa? A A hipoteca hipoteca que que oo campones camponês tem sobre os os bens bens celestiais burguesia tem tern sobre celestiais garante garante aa hipoteca hipoteca que que aa burguesia sobre os os bens bens dos dos camponeses. A revolucao camponeses. A revolução romana rom ana era, era, portanto, portanto, um um atentado atentado contra contra aa propriedade, tao temfvel propriedade, contra contra aa ordem ordem burguesa, burguesa, tão temível quanto quanto aa revolucao revolução de' burguesa da de junho. junho. A A restaurada restaurada dominacao dominação burguesa da Franca França exigia exigia aa restaurestau­ racao papal em ração da da dominacao dominação papal em Roma. Roma. Finalmente, Finalmente, nos nos revolucionarios revolucionários romanos romanos combatiam-se combatiam-se os os aliados aliados dos dos revolucionarios revolucionários franceses; franceses; aa alianalian­ ca ça das das classes classes contra-revolucionarias contra-revolucionárias na na Republica República Francesa Francesa constituida constituída completava-se completava-se necessariamente necessariamente na na alianca aliança da da Republica República Francesa Francesa com com aa Santa A resolucao Santa Alianca, Aliança, com com Napoles Nápoles ee aa Austria. Áustria. A resolução do do Conselho Conselho de de Ministros, Ministros, de de 23 23 de de dezembro, dezembro, nao não era era nenhum nenhum segredo segredo para para aa ConstiConsti­ tuinte. Ledru-Rollin tinha Ministerio tuinte. Ja Já aa 88 de de janeiro, janeiro, Ledru-Rollin tinha interpelado interpelado oo Ministério quanto quanto aa isso; isso; oo Ministerio Ministério tinha tinha negado negado ee aa Assembleia Assembléia havia havia passado passado aà ordem-do-dia. ordem-do-dia. Acreditava Acreditava ela ela nas nas palavras palavras do do Ministerio? Ministério? Sabemos Sabemos que de janeiro votos de que ela ela despendeu despendeu todo todo oo mes mês de janeiro aprovando aprovando votos de descondescon­ fianca fiança contra contra ele. ele. Mas, Mas, se se no no papel papel dele dele constava constava mentir, mentir, no no papel papel dela dela constava mentira dele constava fingir fingir crer crer na na mentira dele e, e, assim, assim, salvar salvar os os dehors dehors [as [as aparencias aparências externas} externas] republicanos. republicanos. Enquanto isso, fora derrotado, tinha Enquanto isso, o o Piemonte Piemonte fora derrotado, Carlos Carlos Alberto Alberto tinha abdicado, nos portoes abdicado, o o exercito exército austriaco austríaco batia batia nos portões da da Franca. França. Ledru-Rollin Ledru-Rollin interpelava Norte interpelava com com veemencia. veemência. 0 O Ministerio Ministério demonstrou dem onstrou que, que, no no N orte da da Italia, Itália, s6 só tinha tinha dado dado _prosseguimento prosseguimento aà politica política de de Cavaignac Cavaignac ee que que CaCa­ vaignac s6 prosseguimento aà política politica do isto vaignac só dera dera prosseguimento do Govemo Governo Provisorio, Provisório, isto e, colheu da é, à de de Ledru-Rollin. Ledru-Rollin. Desta Desta vez, vez, ate· até colheu da Assembleia Assembléia Nacional Nacional um voto de um voto de confianca confiança ee foi foi autorizado autorizado aa ocupar ocupar temporariamente temporariam ente um um ponto Italia, para ponto estrategico: estratégico- do do Norte Norte da da Itália, para dar, dar, assim, assim, um um apoio apoio as às

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274 274 pacificas Austria sobre integridade do pacíficas negociacoes negociações com com aa Áustria sobre aa integridade do territ6rio território sardenho Italia eé decisardenho ee aa questao questão romana. romana. Como Como se se sabe, sabe, oo destino destino da da Itália deci­ dido nos campos Italia. Portanto, dido nos campos de de batalha batalha do do Norte Norte da da Itália. Portanto, com com aa LomLombardia Romaa caira; bardia ee oo Piemonte, Piemonte, Rom caíra; ou ou aa Franca França teria teria de de declarar declarar guerra guerra aà Austria Áustria e, e, com com isso, isso, aà contra-revolucao contra-revolução europeia. européia. A A Assembleia Assembléia NaN a­ cional Barrot cional passou passou aa considerar, considerar, subitamente, subitamente, oo Ministerio Ministério B arrot como como oo velho Cornite mesma como velho Comitê de de Salvacao Salvação Publica? Pública? Ou Ou aa si si mesma como aa Convencao? Convenção? Para militar Para que, que, pois, pois, aa ocupacao ocupação m ilitar de de um um ponto ponto do do Norte Norte da da Italia? Itália? Sob veu transparente Sob esse esse véu transparente escamoteava-se escamoteava-se aa expedicao expedição contra contra Roma. Roma. A 14 14 000 A 14 de de abril, abril, 14 000 homens, homens, sob sob o o comando comando de de Oudinot, Oudinot, embarembar­ cavarn cavam para para Civitavecchia; Civitavecchia; aa 16 16 de de abril, abril, aa Assembleia Assembléia Nacional Nacional concedia concedia ao ao Ministerio Ministério um um credito crédito de de 11 200 200 000 000 francos francos para para manter m anter por por tres três meses meses uma uma esquadra esquadra de de intervencao intervenção no no Mediterraneo. M editerrâneo. Desse Desse modo, modo, ela ela dava intervir contra Roma, enquanto dava ao ao Ministerio Ministério todos todos os os meios meios de de intervir contra Roma, enquanto fazia fazia de de conta conta que que deixava deixava intervir intervir contra contra aa Austria. Áustria. Ela Ela nao não via via oo que que oo Ministerio Ministério fazia; fazia; ela ela apenas apenas ouvia ouvia oo que que ele ele dizia. dizia. Tamanha Tam anha fe fé nao chegara ao não houvera houvera no no povo povo de de Israel; Israel; aa Constituinte Constituinte chegara ao povto ponto de de nao poder não poder saber saber o o que que aa Republica República constitufda constituída tinha tinha de de fazer. fazer. ·• Finalmente, a 8 de maio, foi representada a ultima cena Finalmente, a 8 de maio, foi representada a última cena da da comedia: comédia: aa Constituinte urgentes para Constituinte requereu requereu do do Ministerio Ministério medidas medidas urgentes para que que aa expeexpe­ di~o dição italiana italiana fosse fosse reconduzida reconduzida à sua sua meta meta prefixada. prefixada. Na Na mesma mesma noite, noite, Bonaparte na qual qual manifestava Bonaparte inseriu inseriu uma uma carta carta no no Moniteur, M oniteur, na manifestava aa Oudinot Oudinot aa maior rejeitou aa maior gratidao. gratidão. A A 11 11 de de maio, maio, aa Assembleia Assembléia Nacional Nacional rejeitou acusacao Montanha acusação contra contra esse esse mesmo mesmo Bonaparte Bonaparte ee seu seu Ministerio. Ministério. E E aa M ontanha que, inves de que, ao ao invés de rasgar rasgar essa essa rede rede de de engodos, engodos, assume assume de de modo modo tragico trágico aa comedia papel do comédia parlamentar, parlam entar, para para desempenhar desempenhar nela nela oo papel do FouquierFouquier-Tinville, leao da -Tinville, nao não traia traía eta, ela, sob sob aa emprestada emprestada pele pele de de leão da Convencao, Convenção, oo seu seu congenito congênito pelego pelego pequeno-burgues pequeno-burguês de de cordeiro? cordeiro? A A segunda segunda metade metade da da vida vida da da Constituinte Constituinte resume-se resume-se ao ao seguinte: seguinte: aa 29 29 de de janeiro, janeiro, confessa confessa que que as as taccoes facções burguesas burguesas monarquicas monárquicas sao são os os chefes chefes naturais naturais da da Republica República por por ela ela constituida; constituída; aa 21 21 de de marco, março, que que aa violacao violação da da Constituicao Constituição eé aa sua sua realizacao; realização; ee aa 21 21 de de rnaio, maio, que que aa bombasticamente passiva da Francesa com bombasticamente apregoada apregoada alianca aliança passiva da Republica República Francesa com os os povos povos em em luta luta significa significa aa sua sua alianca aliança ativa ativa com com aa contra-revolucao contra-revolução europeia. européia. Essa Essa mfsera mísera Assembleia Assembléia retirou-se retirou-se do do palco palco depois depois de de ter ter tido tido aa satisfacao, satisfação, apenas apenas dois dois dias dias antes antes do do aniversario aniversário de de seu seu nascimento, nascimento, 44 de rejeitar aa proposta de maio, maio, de de rejeitar proposta de de anistia anistia dos dos insurretos insurretos de de junho. junho. Com Com seu poder alquebrado; odiada pelo povo; repudiada, maltratada; seu poder alquebrado; odiada pelo povo; repudiada, m altratada; posta posta de de lado lado com com desprezo desprezo pela pela burguesia burguesia da da qual qual era era instrumento; instrumento; obrigada, obrigada, ~a na segunda segunda metade metade da da sua sua vida, vida, aa repudiar repudiar aa primeira; primeira; despojada despojada de de suas republicanas; sem suas ilusoes ilusões republicanas; sem grandes grandes obras obras no no passado, passado, sem sem esperanca esperança no vivo morrendo no futuro; futuro; corpo corpo vivo m orrendo aos aos pedacos, pedaços, s6 só sabia sabia galvanizar galvanizar oo seu pr6prio corpo seu próprio corpo reevocando reevocando para para si si aa vitoria vitória de de junho junho ee revivendo-a revivendo-a

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aa posteriori, posteriori, reafinnando-se repetido amaldicoar reafirmando-se atraves através do do sempre sempre repetido amaldiçoar dos dos amaldicoados. insurretos de junho! amaldiçoados. Vampiro Vampiro que que vivia vivia do do sangue sangue dos dos insurretos de junho! E la deixou deixou atras atrás de de si si o o déficit do Estado, pelos custos custos Ela deficit do Estado, aumentado aumentado pelos da insurreicao insurreição de de junho, junho, pela pela abolicao abolição do do imposto imposto do sal, pelas pelas indeinde­ da do sal, nizacoes destinou aos aos proprietaries das plantacoes nizações que que ela ela destinou proprietários das plantações para para aa aboliaboli­ ção da da escravidao escravidão dos dos negros, negros, pelos pelos custos custos da da expedicao expedição romana, rom ana, pelo pelo 9ao desaparecimento cuja eliminacao ela, ja desaparecimento do do imposto imposto do do vinho, vinho, cuja eliminação ela, já em em seus seus ultimos suspiros, um sádico sadico anciao, últimos suspiros, aprovou aprovou como como um ancião, feliz feliz por por poder poder desdes­ cartar para os herdeiros uma uma comprometedora cartar para os seus seus sorridentes sorridentes herdeiros com prom etedora divida dívida de de honra. honra. Desde de marco, Desde oo comeco começo de março, aa campanha campanha eleitoral eleitoral tinha tinha comecado começado para Assembleia Legislativa. Dois principais se depara aa A ssem bléia Nacional Nacional Legislativa. Dois grupos grupos principais se de­ frontavam: Partido da o Partido frontavam : oo Partido da Ordem O rdem ee o Partido Democratico-Socialista Dem ocrático-Socialista ou ou Partido V ermelho; entre os amigos Partido Vermelho-, entre ambos ambos estavam estavam os amigos da da Constituidio, Constituição, sob do National represob cujo cujo nome nome os os republicanos republicanos tricolores tricolores do N ational procuravam procuravam repre­ sentar partido. 0 sentar um um partido. O Partido Partido da da Ordem O rdem formou-se formou-se imediatamente imediatamente ap6s após os que oo 10 dezembro lhe os dias dias de de junho; junho; s6 só depois depois que 10 de de dezembro lhe tinha tinha permitido permitido afastar de si igrejinha do National, burgueses, desafastar de si aa igrejinha do N ational, dos dos republicanos republicanos burgueses, des­ vendou-se coalizao dos orleanistas ee vendou-se oo misterio mistério de de sua sua existencia, existência, aa coalizão dos orleanistas legitimistas legitim istas em em um um so só partido. partido. A A classe classe burguesa burguesa dividiu-se dividiu-se em em duas duas grandes Iaccoes, grandes facções, o o grande grande latiiundio latifúndio sob sob aa Monarquia M onarquia restaurada, restaurada, aa aristocracia burguesia industrial aristocracia jinanceira financeira ee aa burguesia industrial sob sob aa Monarquia M onarquia de de julho, julho, que, monop61io do poder. Bourbon que, alternadamente, alternadamente, tinham tinham tido tido o o monopólio do poder. Bourbon era era oo nome monarquico para designar dos intenome m onárquico para designar aa influencia influência preponderante preponderante dos inte­ resses de de uma uma faccao; facção; Orleans, Orléans, oo nome nome monarquico m onárquico para para aa influência resses influencia preponderante interesses da da outra Iaccao -— oo reino anonimo da da preponderante dos dos interesses outra facção reino anônimo Republica R epública era era oo unico único sob sob o o qual qual ambas ambas as as faccoes facções podiam podiam afirmar, afirmar, em igualdade de classes em em comum, em igualdade de dominacao, dominação, os os interesses interesses de de classes comum, sem sem abandonarern aa sua rivalidade rmitua, nao podia abandonarem sua rivalidade mútua. Se Se aa Reptiblica República não podia ser ser senao senão aa dominacao dominação completa completa ee claramente claramente manifesta manifesta de de toda toda aa classe classe burguesa, podia podia ser ser ela ela outra outra coisa senão aa dominacao dominação dos dos orleanistas burguesa, coisa senao orleanistas complementados pelos legitimistas complementados pelos legitimistas ee dos dos legitimistas legitimistas complementados complementados pelos orleanistas, da Monarquia pelos orleanistas, aa sintese síntese da da Restauraciio Restauração ee da M onarquia de de ju/ho? julho ? Os republicanos burgueses nenbumaa Os republicanos burgueses do do National. N ational nao não representavam representavam nenhum grande Iaccao de sua bases economicas. grande facção de sua classe classe repousando repousando sobre sobre bases econômicas. S6 Só tinham oo significado hist6rico de valer, sob tinham significado ee oo titulo título histórico de terem terem feito feito valer, sob aa Monarquia - em Iaccoes burguesas burguesas que M onarquia — em confronto confronto com com ambas ambas as as facções que so só concebiam particular -, geral da da classe classe burguesa, concebiam o o seu seu regime regime particular —, o o regime regime geral burguesa, oo reino reino ansnimo anônimo da da Republica, República, que que eles eles se se idealizavam idealizavam ee adornavam adornavam com mas no com arabescos arabescos antigos, antigos, mas no qual qual saudavam, saudavam, sobre.udo, sobreiudo, aa dominacao dominação de partido do National de sua sua camarilba. camarilha. Se Se oo partido do N ational nao não conseguiu conseguiu mais mais acreditar acreditar nos pr6prios no topo topo da da República Repiiblica por nos próprios olhos olhos ao ao ver, ver, no por ele ele fundada, fundada, os os monarquistas m onarquistas coligados, coligados, estes estes nao não se se enganavam enganavam nienos menos quanto quanto ao ao fato fato de conjunta. Nao de sua sua dominacao dominação conjunta. Não cornpreendiam compreendiam que, que, se se cada cada uma uma de de suas faccoes, tomada monarquista, sua suas facções, tom ada isoladamente, isoladamente, era era m onarquista, oo produto produto de de sua

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combinacao combinação quimica química .tinha .tinha de de ser ser necessariamente necessariamente republicano; republicano-, que que aa monarquia branca ee aa azul monarquia branca azul tinham tinham de de se se neutralizar neutralizar na na Republica República tritri­ color. color. Obrigadas Obrigadas -— par por sua sua antitese antítese ao ao proletariado proletariado revolucionario revolucionário ee as às classes classes de de transicao transição que que iam iam se se agrupando agrupando cada cada vez vez mais mais em em tomo tom o deste deste coma como um um centro centro -— aa apelar apelar para para aa sua sua forca força unificada unificada ee aa concon­ servar dessa Iorca servar aa organizacao organização dessa força unificada, unificada, cada cada uma uma das das Iaccoes facções do do Partido da Partido da Ordem Ordem tinha tinha de de exaltar, exaltar, ante ante os os apetites apetites de de restauracao restauração ee de de supremacia supremacia da da outra, outra, aa dominacao dominação conjunta, conjunta, isto isto e, é, aa [orma form a repurepu­ blicana burguesa. Assim, blicana da da dominacao dominação burguesa. Assim, vemos vemos esses esses monarquistas, monarquistas, que, que, no no inicio, início, acreditavam acreditavam numa numa restauracao restauração imediata imediata ee que, que, mais mais tarde, tarde, conservaram conservaram aa forma forma republicana, republicana, finalmente finalmente confessarem, confessarem, espumando espumando de de raiva raiva ee com com invectivas invectivas mortiferas mortíferas contra contra ela ela nos nos labios, lábios, que que s6 só podiam podiam suportar-se Republica, adiando suportar-se na na República, adiando aa restauracao restauração par por tempo tempo indefinido. indefinido. O O pr6prio próprio usufruto usufruto da da dominacao dominação conjunta conjunta fortalecia fortalecia cada cada uma uma das das facfac­ coes ções ee as as tornava tom ava ainda ainda mais mais incapazes incapazes ee mais mais contraries contrárias aa se se submesubme­ terem uma uma aà outra, outra, isto isto é, aa restaurarem restaurarem aa Monarquia. Monarquia. terem O O Partido Partido da da Ordem O rdem proclamava proclamava diretamente diretamente em em seu seu prqgrama programa eleitoral eleitoral oo dominio domínio da da classe classe burguesa, burguesa, isto isto é, aa manutencao manutenção das das condicondi­ 96es ções de de vida vida de de sua sua dominacao, dominação, da da propriedade, propriedade, da da [amilia, família, da da reiigiiio, religião, da dominacao de da ordemi ordeml Apresentava, Apresentava, naturalmente, naturalmente, aa sua sua dominação de classe classe ee as as condicoes condições de de sua sua dominacao dominação de de classe classe coma como o o predominio predomínio da da civilizacao civilização ee coma como as as condicoes condições necessarias necessárias da da producao produção material, material, bem bem coma como das das relacoes relações sociais sociais de de intercambio intercâmbio dai daí resultantes. resultantes. 0 O Partido Partido da da Ordem Ordem dispunha dispunha de de colossais colossais recursos recursos financeiros, financeiros, organizava organizava suas suas sucursais sucursais em em toda toda aa Franca, França, tinha tinha aa seu seu soldo soldo todos todos os os ide6logos ideólogos da da velha velha sociedade, sociedade, dispunha dispunha da da influencia influência do do aparato aparato governamental governamental existente, existente, possuia possuía um um exercito exército de de vassalos vassalos nao-pagos não-pagos em em toda toda aa massa massa dos dos pequeno-burgueses pequeno-burgueses ee camponeses camponeses que, que, ainda ainda distantes distantes do do movimento movimento revolucionario, revolucionário, enconencon­ travam nos grandes dignitaries dignitários da da propriedade propriedade os os representantes representantes naturais naturais travam nos grandes de de sua sua pequena pequena propriedade propriedade ee de de seus seus pequenos pequenos preconceitos; preconceitos; reprerepre­ sentado sentado em em todo todo o o pals país par por um um sem-numero sem-número de de reizinhos, reizinhos, ele ele podia podia castigar castigar coma como insurreicao insurreição aa rejeicao rejeição de de seus seus candidatos, candidatos, podia podia despedir despedir os os operarios operários rebeldes, rebeldes, os os peoes peões que que resistissem, resistissem, servicais, serviçais, lojistas, lojistas, funfun­ cionarios cionários das das ferrovias, ferrovias, escrivaes, escrivães, todos todos os os funcionarios funcionários que que !he lhe eram eram subordinados subordinados na na vida vida civil. civil. Finalmente, Finalmente, podia podia manter m anter aqui aqui ee ali ali oo engodo engodo de de que que aa Constituinte Constituinte republicana republicana teria teria impedido impedido que que oo Bonaparte Bonaparte de de 10 10 de de dezembro dezembro revelasse revelasse as as suas suas Iorcas forças miraculosas. miraculosas. Nao Não pensemos pensemos nos nos bonapartistas bonapartistas ao ao tratar tratar do do Partido Partido da da Ordem. Ordem. Eles Eles nao não eram eram uma uma fac9iio facção seria séria da da classe classe burguesa, burguesa, mas mas uma uma coletanea coletânea de de velhos velhos invalidos inválidos supersticiosos supersticiosos ee de de jovens jovens aventureiros aventureiros incredulos. incrédulos. -— ·o O Partido Partido da da Ordem obteve aa grande Ordem venceu venceu as as eleicoes, eleições, obteve grande maioria maioria na na Assembleia Assembléia Legislativa. Legislativa. Em Em confronto confronto com com aa classe classe burguesa burguesa contra-revolucionaria contra-revolucionária coligada, coligada, as as ja já revolucionarias revolucionárias partes partes da da pequena-burguesia pequena-burguesia ee da da classe classe camponesa camponesa tinham tinham de de ligar-se, ligar-se, naturalmente, naturalmente, com com o o grande grande dignitario dignitário dos dos interesses interesses

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277 277 revolucionarios, revolucionários, oo proletariado proletariado revolucionario. revolucionário. Vimos Vimos como como os os portaporta-vozes -vozes da da pequena-burguesia pequena-burguesia no no Parlamento, Parlam ento, isto isto e, é, aa Montanha, M ontanha, foram, foram, atraves através de de derrotas derrotas parlamentares, parlamentares, empurrados empurrados aa serem serem os os porta-vozes porta-vozes socialistas socialistas do do proletariado proletariado ee como, como, fora fora do do Parlamento, Parlamento, aa verdadeira verdadeira pequena-burguesia foi, pequena-burguesia foi, atraves através das das concordats concordats aà l'amiable 1’amiable [concordatas [concordatas amigaveis], amigáveis], atraves através da da brutal brutal imposicao imposição dos dos interesses interesses burgueses, burgueses, atraves através da bancarrota, empurrada da bancarrota, em purrada para para os os verdadeiros verdadeiros proletarios. proletários. A A 27 27 de de janeiro, janeiro, Montanha M ontanha ee socialistas socialistas tinham tinham festejado festejado aa sua sua reconciliacao; reconciliação; no no grande grande banquete banquete de de fevereiro fevereiro de de 1849 1849 reafirrnaram reafirmaram oo seu seu ato ato de de uniao. união. O O partido partido social social ee oo democratico, democrático, o o partido partido dos dos trabalhadores trabalhadores ee oo dos dos pequeno-burgueses, uniram-se pequeno-burgueses, uniram-se no no Partido Partido Social-Democrdtico, Social-Dem ocrático, isto isto é, no no Partido Partido Vermelho. Vermelho. Paralisada, Paralisada, por por um um momento, momento, pela pela agonia agonia subseqiiente subseqüente aos aos dias dias de de junho, junho, aa Republica República Francesa Francesa tinha tinha vivenciado, vivenciado, desde desde oo Ievantar levantar do do estado estado de de sltio, sítio, desde desde 19 19 de de outubro, outubro, uma uma serie série ininterrupta ininterrupta de de excitacoes excitações febris. febris. Primeiro, Primeiro, aa luta luta pela pela presidencia; presidência; em em seguida, seguida, aa luta luta do do PresiPresi­ dente dente com com aa Constituinte; Constituinte; aa luta luta em em tomo tom o dos dos clubes; clubes; oo processo processo em em Bourges Bourges 11, n , no no qual, qual, frente frente as às figurinhas figurinhas do do Presidente, Presidente, dos dos monarquismonarquistas tas coligados, coligados, dos dos honestos honestos republicanos, republicanos, da da democratica democrática Montanha, M ontanha, dos dos doutrinarios doutrinários socialistas socialistas do do proletariado, proletariado, apareciam apareciam os os seus seus verdadeiros verdadeiros revolucionarios revolucionários como como monstros monstros pre-historicos, pré-históricos, que que s6 só um um diluvio dilúvio deixaria deixaria na na superficie superfície da da sociedade sociedade ou ou que que s6 só poderiam poderiam preceder preceder aa um um dihivio dilúvio social; social; aa agitacao agitação eleitoral; eleitoral; aa execucao execução dos dos assassinos assassinos de de Brea B ré a 12; 12; os os contlnuos contínuos processos processos de de imprensa; imprensa; as as violentas violentas intromissoes intromissões policiais policiais do do Governo Governo nos nos banquetes; banquetes; as as insolentes insolentes provocacoes provocações monarquistas; monarquistas; aa expoexpo­ sic;iio sição dos dos retratos retratos de de Luis Luís Blanc Blanc ee Caussidieres Caussidières no no pelourinho; pelourinho; aa luta luta ininterrupta constituida ee aa Constituinte, ininterrupta entre entre aa Republica República constituída Constituinte, luta luta que, que, aa cada cada momento, momento, fazia fazia retroceder retroceder aa revolucao revolução aa seu seu ponto ponto de de partida, partida, que, que, aa cada cada momento, momento, fazia fazia do do vencedor vencedor um um vencido, v.encido, do do vencido vencido um um vencedor, ee alterava, vencedor, alterava, num num atimo, átimo, aa posicao posição dos. dos partidos partidos ee das das classes, classes, seus seus div6rcios divórcios ee suas suas aliancas; alianças; aa rapida rápida marcha m archa da da contra-revolucao contra-revolução europeia, européia, aa gloriosa gloriosa luta luta h(mgara, húngara, os os levantes levantes armados armados alemaes, alemães, aa expeexpe­ dic;ao dição romana, romana, aa vergonhosa vergonhosa derrota derrota do do Exercito Exército trances francês diante diante de de Roma Roma -— nesse nesse redemoinho redemoinho do do movimento, movimento, nessa nessa dor dor da da inquietacao inquietação hist6rica, histórica, nesse nesse dramatico dramático fluxo fluxo ee refluxo refluxo de de paixoes, paixões, esperancas esperanças ee decepcoes decepções revorevo­ lucionarias, lucionárias, as as diferentes diferentes classes classes da da sociedade sociedade francesa francesa tinham tinham de de contar contar em em semanas semanas as as suas suas epocas épocas de de desenvolvimento, desenvolvimento, assim assim como como antigaantiga­ mente mente as as teriam teriam contado contado em em semi-seculos. semi-séculos. Uma Um a parte parte significativa significativa dos dos camponeses camponeses ee das das provlncias províncias estava estava revolucionada. revolucionada. Nao Não estavam estavam decepdecep-

e,

11 Bourges, de 11 Em Em Bourges, de 7 7 de de marco março aa 33 de de abrilabril- de de 1849, 1849, ocorreu ocorreu um um processo processo contra contra os os participantes participantes na na a~ao ação revolucionaria revolucionária de de 15 15 de de maio maio de de 1848. 1848. Eles Eles foram foram condenados condenados aà prisao prisão perpetua perpétua ou ou aà deportacao. deportação. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) 12 is Trata-se Trata-se da da""execucao execução dos dos insurretos insurretos que que mataram mataram o o general general Brea. Bréa, que que havia havia participado na participado na repressao repressão do do levante levante pari.siense parisiense de de junho junho de de 1848. 1848. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)'

278 278 cionados cionados apenas apenas quanto quanto aa Napoleao; Napoleão; oo Partido Partido Vermelho Vermelho proporcionaproporcionava-lhes, va-lhes, em em lugar lugar do do nome, nome, o o conteudo; conteúdo; em em lugar lugar da da ilus6ria ilusória liberdade liberdade de de impostos, impostos, aa devolucao devolução dos dos rnilhoes milhões pagos pagos aos aos legitimistas, legitimistas, aa regularegula­ mentacao mentação da da hipoteca hipoteca ee aa supressao supressão da da usura. usura. O O pr6prio próprio Exercito Exército estava estava contagiado contagiado pela pela febre febre da da revolucao. revolução. pm Em Bonaparte, Bonaparte, tinha tinha votado votado aa favor favor da da vit6ria, vitória, ee este este lhe lhe dava dava aa derrota. derrota. Nele, Nele, votara votara aa favor favor do do pequeno pequeno cabo cabo atras atrás do do qual qual se se escondia escondia oo grande grande general general revolucionario, revolucionário, ee ele ele lhes lhes dava dava de de volta volta os os grandes grandes gene-. gene-, rais rais atras atrás dos dos quais quais se se oculta oculta oo cabo cabo de de polainas. polainas. Nao Não ha há duvida dúvida de de que que oo Partido Partido Vermelho, Vermelho, isto isto e, é, o o partido partido dernocratico democrático coligado, coligado, tinha tinha de de festejar, festejar, senao senão aa vit6ria, vitória, ao ao menos menos grandes grandes triunfos: triunfos: de de que que Paris, Paris, de de que que oo Exercito, Exército, de de que que uma um a grande grande parte parte das das provincias províncias votariam votariam nele. nele. Ledru-Rollin, Ledru-Rollin, o o chefe chefe da da Montanha, M ontanha, elegeu-se elegeu-se em em cinco cinco departadeparta­ mentos; mentos; nenhum nenhum chefe chefe do do Partido Partido da da Ordem Ordem alcancou alcançou tamanha tam anha vitoria, vitória, nenhum nos nenhum nome nome do do partido partido autenticamente autenticamente proletario. proletário. Essa Essa eleicao eleição nos desvenda desvenda o o segredo segredo do do Partido Partido Democratico-Socialista. Democrático-Socialista. Se, Se, por por um um lado, lado, aa Montanha, M ontanha, aa defensora defensora parlamentar parlam entar da da pequena-burguesia pequena-burguesia democratica, democrática, via-se via-se obrigada obrigada aa coligar-se coligar-se com com os os doutrinarios doutrinários socialistas socialistas do do proletaproleta­ riado -— ee oo proletariado, riado proletariado, coagido coagido pela pela terrivel terrível derrota derrota material material de de junho junho aa reerguer-se reerguer-se atraves através de de vit6rias vitórias intelectuais, intelectuais, ainda ainda nao não capacicapaci­ tado, tado, devido devido ao ao estagio estágio das das demais demais classes, classes, aa empunhar em punhar aa ditadura ditadura revolucionaria, tinha revolucionária, tinha de de se se lancar lançar nos nos braces braços dos dos doutrinarios doutrinários de de sua sua emancipacao, emancipação, os os socialistas socialistas fundadores fundadores de de seitas seitas -, — , por por outro outro lado, lado, os os camponeses camponeses revolucionarios, revolucionários, oo Exercito, Exército, as as provincias, províncias, colocavam-se colocavam-se atras atrás da da Montanha, M ontanha, que, que, assim, assim, se se tornou tornou soberana soberana no no acampamento acampamento revolurevolu­ cionario cionário e, e, atraves através do do acordo acordo com com os os socialistas, socialistas, tinha tinha afastado afastado toda toda oposicao oposição no no partido partido revolucionario. revolucionário. Na Na ultima última metade metade da da vida vida da da ConstiConsti­ tuinte, tuinte, ela ela representou representou oo pathos pathos republicano republicano da da mesma mesma ee tinha tinha levado levado ao pecados durante ao olvido olvido os os seus seus pecados durante o o Govemo Governo Prpvisorio, Prpvisório, durante durante aa Comissao Comissão Executiva, Executiva, durante durante os os dias dias de de junho. junho. Na N a mesma mesma medida medida em em que que oo partido partido do do National, National, de de acordo acordo com com aa sua sua natureza natureza indecisa, indecisa, deixava-se esmagar deixava-se esmagar pelo pelo ministerio ministério monarquico, monárquico, subia subia oo partido partido da da MonM on­ tanha tanha posto posto de de lado lado durante durante aa supremacia supremacia do do National, National, ee se se impunha impunha como como representante representante da da revolucao. revolução. De De fato, fato, oo partido partido do do National N ational nada nada tinha tinha aa opor opor as às outras outras Iaccoes, facções, monarquistas, monarquistas, exceto exceto personalidades personalidades ambiciosas ambiciosas ee falat6rios falatórios idealistas. idealistas. 0 O partido partido da da Montanha M ontanha representava, representava, por uma massa lutuante entre por outro outro lado, lado, uma massa 'fflutuante entre aa burguesia burguesia ee oo proletariado, proletariado, massas cujos massas cujos interesses interesses materiais materiais reclamavam reclamavam instituicoes instituições democraticas. democráticas. Diante Diante de de Cavaignac Cavaignac ee Marrast, M arrast, Ledru-Rollin Ledru-Rollin ee aa Montanha M ontanha encontraencontra­ vam-se, vam-se, portanto, portanto, na na verdade verdade da da revolucao, revolução, ee da da consciencia consciência dessa dessa imim­ portante portante situacao situação extralam extraíam tanto tanto mais mais coragem coragem quanto-rnais quanto mais aa expressao expressão da da energia energia revolucionaria revolucionária se se limitava limitava aa manifestacoes manifestações parlamentares, parlamentares, Iormulacoes formulações de de libelos, libelos, ameacas, ameaças, vozes vozes altissonantes, altissonantes, discursos discursos retumretum ­ bantes bantes ee extremismos extremismos que que jamais jamais passavam passavam de de palavras. palavras. Os Os camponeses camponeses encontravam-se encontravam-se mais mais ou ou menos menos na na mesma mesma situacao situação que que os os pequenopequeno-

279 -burgueses, -burgueses, tioham tinham mais mais ou ou menos menos as as mesmas mesmas reivindicacoes reivindicações sociais. sociais. Por Por isso, isso, todas todas as as camadas camadas medias médias da da sociedade, sociedade, aà medida medida que que eram eram arrastadas arrastadas para para o o movimento movimento revolucionario, revolucionário, tinham tinham de de ver ver em em LedruLedru-Rollin -Rollin o o seu seu her6i. herói. Ledru-Rollin Ledru-Rollin era era o o personagem personagem da da pequena-burpequena-bur­ guesia. tinham de guesia. Frente Frente ao ao Partido Partido da da Ordem, Ordem, tinham de ser ser primeiro primeiro levados levados ao ut6ao topo topo os os semiconservadores, semiconservadores, semi-revolucionarios semi-revolucionários ee os os totalmente totalmente utó­ picos picos reformadores reformadores dessa dessa ordem. ordem. O O partido partido do do National, National, os os "amigos “amigos da da Constituicao Constituição quand quand meme" même” [apesar [apesar de de tudo], tudo], republicanos republicanos purs purs et et simples simples [puros [puros ee simples], simples], foraro foram completamente foi completamente derrotados derrotados nas nas eleicoes. eleições. Uma Uma Infima ínfima rninoria minoria deles deles foi eleita eleita para para aa Camara Câmara Legislativa; Legislativa; seus seus chefes chefes mais mais notorios notórios desaparecedesaparece­ ram ram do do palco, palco, inclusive inclusive Marrast, M arrast, oo redator redator en en chef chef [chefe] [chefe] ee Orfeu Orfeu da da honesta Repubtica. honesta República. A 28 Legislativa, aa 11 A 28 de de maio maio reuniu-se reuniu-se aa Assembleia Assembléia Legislativa, 11 de de junbo junho renovou-se aa coalizao Monrenovou-se coalizão de de 88 de de maio; m aio ' Ledru-Rollin, Ledru-Rollin, em em name nome da da M on­ tanha, tanha, apresentou apresentou uma um a mocao moção acusat6ria acusatória contra contra oo Presidente Presidente ee oo MinisMinis­ terio tério por por violacao violação da da Constituicao Constituição devido devido ao ao bombardeamento bom bardeam ento de de Roma. Roma. A 12 Assembleia Legislativa A 12 de de juoho, junho, aa Assembléia Legislativa rejeitou rejeitou aa mocao moção acusat6ria, acusatória, assim havia rejeitado assim coma como aa Assembleia Assembléia Constituinte Constituinte aa havia rejeitado aa 11 11 de de maio, maio, mas mas desta desta vez vez oo proletariado proletariado levou levou aa Montanha M ontanha para para as as ruas, ruas, embora embora nao aà luta para aa passeata não luta de de rua: rua: so só para passeata pelas pelas ruas. ruas. Basta Basta dizer dizer que que aa Montanha movimento para M ontanha estava estava aà frente frente desse desse movimento para se se saber saber que que oo movimovi­ mento junho de 1849 era mento foi foi vencido vencido ee que que oo junho de 1849 era uma um a caricatura caricatura tao tão ridiridí­ cula junho de cula quanto quanto indigna indigna do do junho de 1848. 1848. A A grande grande retirada retirada de de 13 13 de de junho junho s6 só foi foi eclipsada eclipsada pelo pelo ainda ainda maior maior comunicado comunicado de de Changarnier, Changarnier, oo grande improvisava. Cada grande homem homem que que oo Partido Partido da da Ordem Ordem improvisava. Cada epoca época social social precisa precisa de de seus seus grandes grandes homens homens e, e, se se nao não os os encontra, encontra, inventa-os, inventa-os, coma como diz diz Helvetius. Helvétius. A existia ainda A 20 20 de de dezembro dezembro so só existia ainda uma uma metade metade da da Republica República burguesa maio foi burguesa constituida, constituída, oo Presidente; Presidente ; aa 28 28 de de maio foi ela ela complementada complementada pela pela Assembleia pela outra outra metade, metade, pela A ssem bléia Legislativa. Legislativa. Em Em junho junho de de 1848, 1848, aa República burguesa burguesa em em constituicao constituição tinha-se tinha-se inscrito inscrito no no registro registro de de nasnas­ Republica cimentos Historia, atraves cimentos da da História, através de de uma uma batalha batalha indescritivel indescritível contra contra oo propro­ letariado; letariado; em em junho junho de de 1849, 1849, aa Repiiblica República burguesa burguesa constituida, constituída, tinha-se tinha-se inscrito inominavel com pequena-burguesia. inscrito atraves através de de uma uma cornedia comédia inominável com aa pequena-burguesia. 13 para junho de 1848. Junho de 1849 Junho de 1849 foi foi aa Nemesis Nêmesis 13 para junho de 1848. Em Em junho junho de de 1849 não nao foram 1849 foram vencidos vencidos os os trabalhadores, trabalhadores, mas mas abatidos abatidos os os pequenopequeno-burgueses que -burgueses que se se interpunham interpunham entre entre eles eles ee aa revolucao. revolução. Junho Junho de de 1849 1849 nao não foi foi aa tragedia tragédia sangrenta sangrenta entre entre oo trabalho trabalho assalariado assalariado ee oo capital, capital, mas lamentavel comedia mas aa lamentável comédia cheia cheia de de encarceramentos encarceramentos entre entre devedor devedor ee credor. credor. 0 O Partido Partido da da Ordem Ordem tinha tinha vencido, vencido, era era todo-poderoso; todo-poderoso; precipreci­ sava sava agora agora demonstrar dem onstrar o o que que era. era. 13 Deusa Deusa

da da vinganca. vingança. (N.T.) (N .T .)

3. 3.

K. MARX: 0 DE MAIN" K. MARX: O "COUP “COUP DE MAIN” DE DE LUIS LUÍS BONAPARTE BONAPARTE* * §

A Republica no A R epública social social apareceu apareceu como como palavreado, palavreado, como como profecia, profecia, no limiar Revolucao de Fevereiro. Nos limiar da da Revolução de Fevereiro. Nos dias dias de de junho junho de de 1848, 1848, ela ela foi foi afogada afogada no no sangue sangue do do proletariado proletariado parisiense, parisiense, mas mas ronda, ronda, como como fanfan­ tasma, tasma, os os atos atos subseqiientes subseqüentes do do drama. drama. A A Republica República democrdtica dem ocrática se se anuncia. 13 de com aa sua anuncia. Ela Ela da dá em em nada, nada, aa 13 de junho junho de de 1849, 1849, com sua pequenapequena-burguesia -burguesia correndo, correndo, mas mas que, que, na na fuga, fuga, solta solta palavras palavras de de ordem ordem dupladupla­ mente mente renomadas. renomadas. A A Republica R epública parlamentar, parlamentar, com com aa burguesia, burguesia, apodeapodera-se ra-se de de todo todo o o palco, palco, goza goza aa vida vida em em toda toda aa sua sua plenitude, plenitude, mas mas oo 22 de de dezembro dezembro de de 1851 1851 enterra-a enterra-a debaixo debaixo do do grito grito de de terror terror dos dos monarmonarquistas Republical" quistas coligados: coligados: "Viva “Viva aa República!” A burguesia francesa francesa levantou-se A burguesia levantou-se contra contra oo domfnio domínio do do proletariado proletariado trabalhador, levou oo lumpen-proletariado trabalhador, levou lumpen-proletariado ao ao governo governo tendo tendo à frente frente o o chefe chefe da da Sociedade Sociedade de de IO 10 de de Dezembro. Dezembro. A A burguesia burguesia mantinha mantinha aa Franca França sem horrores da sem .respirar, .respirar, em em panico pânico ante ante os os futuros futuros horrores da anarquia anarquia vermelha; vermelha; Bonaparte Bonaparte descontou-lhe descontou-lhe esse esse futuro futuro quando, quando, aa 4 4 de de dezembro, dezembro, deixou deixou que burgueses do Boulevard que os os eminentes eminentes burgueses do Boulevard Boulevard Montmartre M ontm artre ee do do Boulevard des fossem fuzilados des Italiens Italiens fossem fuzilados em em suas suas janelas janelas pelo pelo exercito exército da da ordem ordem inspirado burguesia, fazia inspirado pela pela pinga. pinga. Ela, Ela, aa burguesia, fazia aa apoteose apoteose do do sabre; sabre; oo sabre revolucionaria; aa sua sabre aa domina. domina. Ela Ela aniquilou aniquilou aa imprensa imprensa revolucionária; sua pr6pria própria imprensa Ela colocou imprensa eé aniquilada. aniquilada. Ela colocou as as reunioes reuniões populares populares sob sob vigilancia vigilância policial; vigilancia da policial; os os seus seus saloes salões estao estão sob sob vigilância da policia. polícia. Ela Ela dissolveu dissolveu as as

a

** Reproduzido Reproduzido de de

MARX, M a r x , K. K. Der D er achtzehnte achtzehnte Brumaire Rrum aire des des Louis L ouis Bonaparte Bonaparte (0 (O 18 Brumdrio MARX, 18 Brum ário de d e Luis L uís Bonaparte). B on aparte). In: In: M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F. Ausgewiihlte A usgew ãh lte Werke. W erke. 9. Verlag, 1981. VII, p. 9. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, 1981. v. v. II, II, cap. cap. VII, p. 402-17. 402-17. Traduzido Traduzido por por Flavio R. R. Kothe. Kothe. Flávio

281 281 Guardas Guardas Nacionais Nacionais democraticas; democráticas; aa sua sua pr6pria própria Guarda G uarda Nacional Nacional eé disdis­ solvida. solvida. Ela Ela impos impôs oo estado estado de de sitio; sítio; oo estado estado de de sitio sítio e-lhe é-lhe imposto. imposto. Ela E la substituiu substituiu os os juris júris por por comissoes comissões militares; militares; seus seus juris júris sao são substituidos substituídos por por comissoes comissões militares. militares. Ela Ela submeteu submeteu aa educacao educação publica pública aos aos padrecos; padrecos; os os padrecos padrecos submetem-na submetem-na aà educacao educação deles deles mesmos. mesmos. Ela Ela deportava deportava sem sem julgamento; julgamento; sem sem julgarnento julgamento ela ela eé deportada. deportada. Ela Ela reprimiu reprimiu qualquer qualquer manifestacao da sociedade manifestação da sociedade atraves através do do poder poder do do Estado; Estado; qualquer qualquer manimani­ Iestacao festação de de sua sua sociedade sociedade eé reprimida reprimida pelo pelo poder poder do do Estado. Estado. Por P or amor amor aà sua sua pr6pria própria bolsa bolsa de de dinheiro, dinheiro, ela ela rebelou-se rebelou-se contra contra os os seus seus politicos políticos ee literatos; literatos; seus seus politicos políticos ee literatos literatos sao são postos postos de de lado, lado, mas mas aa sua sua bolsa bolsa de de dinheiro dinheiro eé assaltada assaltada depois depois de de sua sua boca boca ter ter sido sido amordacada am ordaçada ee sua sua pena pena ter ter sido sido quebrada. quebrada. A A burguesia burguesia gritava gritava incansavelmente incansavelmente para para aa revolucao revolução como como Santo Santo Arsenic Arsênio para para os os cristaos: cristãos: "Fuge, “Fuge, tace, tace, quiesce! quiesce! Foge, Foge, cala, cala, sossega!" sossega!” Bonaparte Bonaparte grita grita para para aa burguesia: burguesia: "Fuge, “Fuge, tace, tace, quiesce! Foge, cala, quiesce! Foge, cala, sossega!" sossega!” A tinha, ha A burguesia burguesia fraocesa francesa ja já tinha, há muito, muito, resolvido resolvido oo dilema dilema de de Napoleao: Napoleão: "Dans “Dans cinquante cinquante ans ans l'Europe 1’Europe sera sera republicaine républicaine ou ou cosaque." cosaque.” ["Em [“Em 50 50 anos anos aa Europa Europa sera será republicana republicana ou ou cossaca."] cossaca.”] Tinha-o Tinha-o resolresol­ vido vido com com aa "republique “république cosaque" cosaque” [republica [república cossaca]. cossaca]. Nenhuma Nenhuma Circe, Cir.ce, atraves através de de maldosa maldosa magia, magia, metamorfoseou metamorfoseou aa obra obra de de arte arte da da Republica República burguesa em burguesa em um um monstro. monstro. Essa Essa Republica República nada nada perdeu perdeu senao senão aa apaapa­ rencia rência de de respeitabilidade, respeitabilidade. A A Franca F rança atual atual ja já estava estava contida contida inteirinha inteirinha na na Republica República parlamentar, parlam entar. S6 Só faltava faltava um um golpe golpe de de baioneta baioneta para para que que aa bolha bolha rebentasse rebentasse ee oo monstro monstro saltasse saltasse aos aos olhos. olhos. Por P or que que oo proletariado proletariado de de Paris Paris nao não se se sublevou sublevou depois depois de de 22 de de dezembro? dezembro? A A queda queda da da burguesia burguesia apenas apenas havia havia sido sido decretada; decretada; oo decreto decreto ainda ainda nao não tinha tinha sido sido executado. executado. Oualquer Qualquer insurreicao insurreição seria séria do do proletariado proletariado aa teria teria revitalizado, revitalizado, reconciliado reconciliado com com o o exercito exército ee assegurado assegurado aos aos trabatraba­ lhadores lhadores uma uma segunda segunda derrota derrota de de junho. junho. A A 44 de de dezembro, dezembro, o o proletariado proletariado foi foi incitado incitado à luta luta por por Bourgeois Bourgeois [burgueses] vendeiros]. Naquela [burgueses] ee Epicier Épicier f[vendeiros]. Naquela noite, noite, varias várias legioes legiões da da GuarG uar­ da da Nacional Nacional prometeram prometeram aparecer, aparecer, armadas armadas ee uniformizadas, uniformizadas, no no local local da da luta. luta. Burgueses Burgueses ee vendeiros vendeiros tinham tinham aferido aferido que, que, num num de de seus seus decredecre­ tos tos de de 22 de de dezembro, dezembro, Bonaparte Bonaparte abolia abolia o o voto voto secreto secreto ee ordenava ordenava que, que, ao ao lado lado de de seus seus nomes, nomes, marcassem marcassem Sim Sim ou ou Nao Não nos nos registros registros oficiais. oficiais. A A resistencia resistência de de 44 de de dezembro dezembro intimidou intimidou Bonaparte. Bonaparte. Durante Durante aa noite, noite, mandou m andou colocar colocar cartazes cartazes em em todas todas as as esquinas esquinas de de Paris, Paris, anunanun­ ciando ciando aa restauracao restauração do do voto voto secreto. secreto. Burgues Burguês ee vendeiro vendeiro acreditava acreditava ter ter alcancado alcançado seu seu objetivo. objetivo. Quern Quem nao não apareceu apareceu na na manhii m anhã seguinte seguinte foi foi oo vendeiro vendeiro ee o o burgues. burguês. Atraves um golpe Através de de um golpe desfechado desfechado durante durante aa noite noite de de 11 para para 22 de de dezembro, dezembro, oo proletariado proletariado parisiense parisiense foi foi despojado despojado de de seus seus dirigentes, dirigentes, os os chefes chefes das das barricadas. barricadas. Exercito Exército sem sem oficiais, oficiais, avesso avesso aa lutar lutar sob sob aa

a

282 282 bandeira bandeira dos dos montanhenses montanhenses devido devido as às recordacoes recordações de de junho junho de de 1848 1848 ee 1849 1849 ee maio 1850, deixou maio de de 1850, deixou para para aa sua sua vanguarda, vanguarda, as as organizacoes organizações secretas, Paris, aa Paris secretas, aa salvacao salvação da da honra honra insurrecional insurrecional de de Paris, Paris que que aa burguesia burguesia abandonava abandonava sem sem qualquer qualquer resistencia resistência aà soldadesca, soldadesca, de de modo modo que que Bonaparte Bonaparte mais mais tarde tarde pode pôde desarrnar desarm ar aa Guarda Guarda Nacional Nacional com com oo zombeteiro pretexto zombeteiro pretexto de de que: que: ele ele temia temia que que as as armas armas dela dela fossem fossem voltadas voltadas contra contra ela ela pelos pelos anarquistas! anarquistas! "C'est “C ’est le le triomphe triom phe comp/et com plet et et deiiniti] définitif du du socialisme!" socialisme!” ["£ ["Ê o o triunfo triunfo completo com pleto ee definitivo definitivo do do socialismo!"] socialism o !”] Assim Assim Guizot Guizot caracterizou caracterizou oo 2 2 de Mas se de dezembro. dezembro. Mas se aa queda queda da da Republica República parlamentar parlam entar contem contém em em si revolucao proletaria, si oo germe germe do do triunfo triunfo da da revolução proletária, oo seu seu resultado resultado imediato imediato ee palpável palpavel era sobre oo Parlamento, era a a vitoria vitória de de Bonaparte Bonaparte sobre Parlamento, do do Poder Poder Executivo Legislative, do poder sem E xecutivo sobre sobre o o Pode, Poder Legislativo, do poder sem [raseio fraseio sobre sobre o o poder poder do nacao transformou do [raseado. fraseado. No No Parlarnento, Parlamento, aa nação transform ou em em lei lei aa sua sua vontade vontade geral, geral, isto isto e, é, aa lei lei da da classe classe dominante dominante em em sua sua vontade vontade geral. geral. Ante Ante oo Poder Poder Executivo, Executivo, renuncia renuncia aa toda toda vontade vontade pr6pria própria ee se se submet; submete aos aos ditames ditames do do estranho, estranho, da da autoridade, autoridade. 0 O Poder Poder Executivo Executivo em em antitese antítese ao ao Legislativo heteronornia da Legislativo expressa expressa aa heteronomia da nacao nação em em antitese antítese aà sua sua autonoautono­ mia. mia. A A Franca França parece, parece, portanto, portanto, apenas apenas ter ter escapado escapado ao ao despotismo despotismo de de uma individuo e, uma classe classe para para recair recair no no despotismo despotismo de de um um indivíduo e, ate até mesmo, mesmo, sob individuo sem sob aa autoridade autoridade de de um um indivíduo sem autoridade. autoridade. A A luta luta parece parece escoarescoar-se todas as -se de de ta! tal modo modo que que todas as classes classes se se ajoelham ajoelham diante diante do do fuzil, fuzil, igualigual­ mente mudas. mente impotentes impotentes ee igualmente igualmente mudas. Mas pelo PurgaMas aa Revolucao Revolução eé radical. radical. Ela Ela ainda ainda . esta está em em viagem viagem pelo Purga­ t6rio. tório. Ela Ela faz faz oo seu seu neg6cio negócio com com metodo. método. Ate Até 2 2 de de dezembro dezembro de de 1851, 1851, ela ela tinha tinha conclufdo concluído uma uma metade metade de de sua sua propedeutica; propedêutica; agora agora ela ela cumpre cumpre aa outra, Poder Parlamentar, poder derruoutra. Primeiro Primeiro aperfeicoou aperfeiçoou oo Poder Parlamentar, para para poder derruba-lo. bá-lo. Agora Agora que que o o conseguiu, conseguiu, aperfeicoa aperfeiçoa o o Pode, Poder Executivo, E xecutivo , o o reduz reduz aà sua sua expressao expressão mais mais simples, simples, isola-o, isola-o, coloca-se coloca-se como como (mica única objecao, objeção, para forcas de E para poder poder concentrar concentrar todas todas as as suas suas forças de destruicao destruição contra contra si. si. E quando tiver concluido quando ela ela tiver concluído esta esta segunda segunda metade metade de de sua sua propedeutica, propedêutica, aa Europa Europa ha há de de saltar saltar de de seu seu assento assento ee exclamar: exclamar: belo belo buraco, buraco, 6 ó brava brava toupeira! toupeira! Esse monstruosa burocratica Esse Poder Poder Executivo, Executivo, com com sua sua m onstruosa organizacao organização burocrática ee militar, militar, com com sua sua maquinaria m aquinaria estatal estatal engenhosa engenhosa ee rnultifacetaria, multifacetária, um um exercito funcionarios de rnilhao ao exército de de funcionários de meio meio milhão ao lado lado de de um um exercito exército de de outro se enrola, outro meio meio milhao, milhão, esse esse tremendo tremendo corpo corpo de de parasitas parasitas que que se enrola, como [Netzhaut], em como uma uma rede-pele rede-pele [Netzhaut], em torno torno do do corpo corpo da da sociedade sociedade franfran­ cesa cesa ee obstrui obstrui todos todos os os seus seus poros, poros, surgiu surgiu na na epoca época da da monarquia m onarquia absoabso­ luta, feudal. Os luta, com com oo declinio declínio (que (que ele ele ajudou ajudou aa .apressar) apressar) do do ente ente feudal. Os privilegios terras ee cidades transformaprivilégios senhoriais senhoriais dos dos proprietaries proprietários de de terras cidades transform a­ ram-se poder estatal, ram-se em em outros outros tantos tantos atributos atributos do do poder estatal, os os dignitaries dignitários feudais feudais em funcionarios pagos em funcionários pagos ee oo colorido colorido cardapio cardápio dos dos antagonicos antagônicos poderes poderes medievais no piano poder estatal, medievais absolutos absolutos no plano regulamentado regulamentado de de um um poder estatal, cujo cujo

283 283 trabalho numaa fabrica. trabalho eé dividido dividido ee centralizado centralizado como como num fábrica. A A primeira primeira revorevo­ lução francesa, com com sua sua tarefa tarefa de de quebrar quebrar todos todos os os especiais especiais poderes poderes luc;ao francesa, locais, locais, territoriais, territoriais, urbanos urbanos ee provinciais provinciais para para estabelecer estabelecer aa unidade unidade burbur­ guesa monarquia guesa da da nacao, nação, tinha tinha de de desenvolver desenvolver oo que que aa m onarquia absoluta absoluta havia havia cornecado: começado: aa centralizacao, centralização, mas, mas, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, oo ambito, âmbito, os os atribuatribu­ tos tos ee os os agentes agentes do do poder poder govemamental. governamental. Napoleao Napoleão aperteicoou aperfeiçoou essa essa maquinaria maquinaria estatal. estatal. A A Monarquia M onarquia Legitima Legítima ee aa Monarquia M onarquia de de Julho Julho nada acrescentaram, acrescentaram, senao nada senão uma uma maior maior divisao divisão do do trabalho, trabalho, que que crescia crescia na mesma trabalho dentro na mesma proporcao proporção que que aa divisao divisão de de trabalho dentro da da sociedade sociedade civil interesses, portanto civil criava criava novos novos grupos grupos de de interesses, portanto novo novo material material para para aa administracao Estado. Todo administração do do Estado. Todo interesse interesse comunitario comunitário foi foi logo logo cortado cortado da sociedade, sociedade, foi-lhe contraposto um um interesse interesse mais mais elevado, elevado, mais mais uniuni­ da foi-lhe contraposto versal, versal, arrancado arrancado da da atividade atividade autonoma autônom a dos dos membros membros da da sociedade sociedade ee transformado ponte, oo transform ado em em objeto objeto da da atividade atividade do do govemo, governo, desde desde aa ponte, predio prédio da da escola escola ee aa propriedade propriedade comunal comunal de de uma um a associacao associação de de aldeia, aldeia, ate ferrovias, oo tesouro até as as ferrovias, tesouro nacional nacional ee aa universidade universidade da da Franca. França. FinalFinal­ mente, mente, aa Republica República parlamentar parlam entar viu-se, viu-se, em em sua sua luta luta contra contra aa revolucao, revolução, obrigada obrigada aa reforcar, reforçar, com com as as medidas medidas repressivas, repressivas, os os recursos recursos ee aa centracentra­ lizacao do lização do poder poder govemamental. governamental. Todas Todas as as revolucoes revoluções aperfeicoaram aperfeiçoaram essa maquina, ao essa máquina, ao inves invés de de destroca-la. destroçá-la. Os Os partidos, partidos, que que se se riohavam rinhavam alternadamente alternadamente em em torno torno da da hegemonia, hegemonia, encaravam encaravam aa tomada tom ada de de posse posse desse como oo principal desse monstruoso monstruoso ediffcio edifício estatal estatal como principal esp61io espólio do do vencedor. vencedor. Mas monarquia Mas sob sob aa m onarquia absoluta, absoluta, durante durante aa primeira primeira revolucao, revolução, sob sob Napoleao, aa burocracia burocracia era Napoleão, era apenas apenas oo meio meio de de preparar preparar oo domfnio domínio de de classe da da burguesia. burguesia. Sob Sob aa Restauracao, Restauração, sob sob Luis Luís Filipe, Filipe, sob sob aa Repiiblica República classe parlamentar, parlam entar, ela ela era era o o instrumento instrumento da da classe classe dominante, dominante, por por mais mais que que almejasse almejasse poder poder autonomo. autônomo. Somente parece ter-se Somente sob sob oo segundo segundo Bonaparte, Bonaparte, o o Estado Estado parece ter-se autonoautonomizado completamente. A máquina maquina do mizado completamente. A do Estado Estado consolidou-se consolidou-se de de ta! tal modo modo diante basta ter diante da da sociedade sociedade civil civil que que basta ter aà sua sua frente frente oo chefe chefe da da Sociedade Sociedade de bro, um uma de 10 10 de de Dezern Dezembro, um aventureiro aventureiro vindo vindo de de fora, fora, glorificado glorificado por por uma soldadesca soldadesca embriagada embriagada .que .que ele ele comprou comprou com com pinga pinga ee salsichas, salsichas, para para aa qua! qual ele ele precisa precisa atirar atirar sempre sempre de de novo novo cla salsicha. salsicha. Dai Daí oo mesquinho mesquinho desalento, monstruosa que desalento, oo sentimento sentimento da da humilhacao humilhação mais mais monstruosa que oprime oprime o o peito da peito da Franca F rança ee lhe lhe corta corta aa respiracao. respiração. Ela E la se se sente sente como como que que desonrada. desonrada. E, poder estatal E, no no entanto, entanto, oo poder estatal nao não paira paira no no ar. ar. Bonaparte Bonaparte reprerepre­ senta senta uma uma classe, classe, ee justamente justamente aa classe classe mais mais numerosa numerosa da da sociedade sociedade francesa, francesa, os os pequenos pequenos camponeses cam poneses [Parzellenbauern]. [Parzellenbauern ]. Assim Assim como como os os Bourbons Bourbons sao são aa dinastia dinastia da da grande grande propriedade propriedade territorial territorial ee os os Orleans Orléans aa dinastia dinastia do do dinheiro, dinheiro, os os Bonapartes Bonapartes sao são aa dinastia povo trances. dinastia dos dos camponeses, camponeses, isto isto e, é, aa rnassa massa do do povo francês. Nao Não oo BonaBona­ parte Parlamento mas oo Bonaparte parte que que se se curvou curvou ao ao Parlam ento burgues, burguês, mas Bonaparte que que disdis­

284 284 solveu solveu oo Parlarnento Parlam ento burgues, burguês, este este eé o o escolhido escolhido dos dos camponeses. camponeses. Por Por tres três anos anos as as cidades cidades conseguiram conseguiram falsificar falsificar oo sentido sentido das das eleicoes eleições de de IO os camponeses 10 de de dezernbro dezembro ee enganar enganar os camponeses quanto quanto à restauracao restauração do do Imperio. A eleicao J 848 s6 Império. A eleição de de 10 10 de de dezembro dezembro de de 1848 só se se completou completou com com oo coup Estado] de coup d'etat d’état [golpe [golpe de de Estado] de 22 de de dezembro dezembro de de 1851. 1851. Os Os pequenos pequenos camponeses camponeses constituem constituem uma uma massa massa monstruosa, monstruosa, cujos cujos membros vivem na mesma situacao, membros vivem na mesma situação, mas mas sem sem entrarern entrarem em em rmiltipla múltipla relacao producao isola-os relação entre entre si. si. Seu Seu rnodo modo de de produção isola-os uns uns dos dos outros, outros, ao ao inves invés de de leva-los levá-los aa um um intercambio intercâmbio mutuo. mútuo. 0 O isolamento isolamento eé aumentado aumentado pelos franceses ee pela pelos pessimos péssimos meios meios de de comunicacao comunicação franceses pela pobreza pobreza dos dos camponeses. camponeses. Seu Seu campo campo de de producao, produção, aa pequena pequena propriedade propriedade [Parzelle], [Parzelle], nao não perrnite permite qualquer qualquer divisao divisão detrabalho, de trabalho, nenhuma nenhuma aplicacao aplicação de de metodos métodos cientfficos, científicos, portanto portanto nenhuma nenhuma diversidade diversidade de de desenvolvirnento, desenvolvimento, nenhuma nenhuma variedade talento, nenhuma relacoes sociais. variedade de de talento, nenhuma riqueza riqueza de de relações sociais. Cada Cada farnflia família camponesa camponesa individual individual quase quase basta basta aa si si mesma, mesma, produz produz imediatamente imediatamente ela mesma aa maior ela mesma maior parte parte do do seu seu consumo consumo ee consegue, consegue, assim, assim, os os seus seus meios mais em natureza do meios de de subsistencia subsistência mais em trocas trocas com com aa natureza do que que em em if1terirftercambio propriedade, oo campones câmbio com com aa sociedade. sociedade. A A pequena pequena propriedade, camponês ee aa familia; família; ao ao lado, lado, outra outra pequena pequena propriedade, propriedade, outro outro campones camponês ee outra outra familia. família. Urna Uma ninhada ninhada disso disso constitui constitui uma uma aldeia, aldeia, ee uma uma ninhada ninhada de de aldeias aldeias constitui constitui urn um departamento. departam ento. Assim, Assim, aa grande grande massa massa da da nacao nação francesa eé formada francesa formada atraves através da da simples simples adicao adição de de grandezas grandezas hornologas; homólogas; assim assim como como batatas batatas em em um um sacoformam saco-formam um um saco saco de de batatas. batatas. A À medida medida que que milhoes milhões de de families famílias vivern vivem sob sob condicoes condições existenciais-economicas existenciais-econômicas que que separam separam o o seu seu modo modo de de vida, vida, seus seus interesses interesses ee sua sua tormacao formação cultucultu­ ral hostilmente, elas ral dos dos das das outras outras classes classes ee os os antepoem antepõem hostilmente, elas constituem constituem uma uma classe. classe. A À medida medida que que entre entre os os pequenos pequenos camponeses camponeses existe existe apenas apenas uma uma conexao conexão local local ee aa mesrnidade mesmidade de de seus seus interesses interesses nao não cria cria entre entre eles nenhuma orgaeles nenhuma nenhuma comunidade, comunidade, nenhuma nenhuma ligacao ligação nacional nacional ee nenhuma orga­ nizacao politica, nização política, eles eles nao não constituem constituem uma uma classe. classe. Sao, São, por por isso, isso, incapazes incapazes de pr6prio nome, de impor impor o o seu seu interesse interesse de de classe classe em em seu seu próprio nome, seja seja atraves através de um Parlam Parlamento, de um ento, seja seja atraves através de de uma uma convencao. convenção. Eles Eles nao não conseguem conseguem representar-se, precisarn tempo, seu representar-se, precisam ser ser representados. representados. Ao Ao mesmo mesmo tempo, seu reprerepre­ sentante sentante precisa precisa aparecer aparecer como como oo seu seu senhor, senhor, como como uma uma autoridade autoridade acima ilimitado que acima deles, deles, como como um um poder poder governamental governamental ilimitado que os os proteja proteja das mande sol influencia das outras outras classes classes e, e, do do alto, alto, lhes lhes mande sol ee chuva. chuva. A A influência politica encontra, portanto, política dos dos pequenos pequenos camponeses camponeses encontra, portanto, aa sua sua expressao expressão ultima no fato poder executivo última no fato de de que que oo poder executivo submeta submeta aa si si aa sociedade. sociedade. Atraves miraculosa dos Através da da tradicao tradição hist6rica histórica originou-se originou-se aa crenca crença miraculosa dos camponeses camponeses de de que que um um homem homem chamado chamado Napoleao Napoleão lhes lhes traria traria de de volta volta toda toda aa gl6ria. glória. E E encontrou-se encontrou-se um um homem homem que que se se fez fez passar passar por por esse esse homem porque ostenta homem porque ostenta oo nome nome Napoleao Napoleão em em decorrencia decorrência do do Code Code Napoleon recherche de Napoléon [C6digo [Código Napoleonico]: Napoleônico]: "La “La recherche de la la paternite paternité est est interinter­ dite" "] Depois dite” ("};: [“É interdita interdita aa pesquisa pesquisa da da patemidade. paternidade.”] Depois de de vinte vinte anos anos de de vagab~ndagem vagabundagem ee uma uma serie série de de aventuras aventuras grotescas, grotescas, cornpletou-se completou-se aa

a

285 saga saga ee o o homem homem se se toma tom a imperador im perador dos dos franceses. franceses. A A ideia idéia fixa fixa do do sobrinho realidade porque sobrinho se se torna torna realidade porque coincidia coincidia com com aa ideia idéia fixa fixa da da classe classe mais mais numerosa numerosa dos dos franceses. franceses. Mas, Mas, ha há de de se se me me objetar, objetar, ee os os levantes levantes camponeses camponeses na na metade metade da da Franca, França, as as cacadas caçadas planejadas planejadas do do exercito exército contra contra os os camponeses, camponeses, aa prisao prisão ee deportacao deportação em em massa massa de de camponeses? camponeses? Desde Desde Luis Luís XIV, XIV, aa Franca França nao não vivenciou vivenciou nenhuma nenhuma perseguicao perseguição semelhante semelhante de de camponeses camponeses "por “por intrigas intrigas demag6gicas". demagógicas” . Mas Mas que que se se entenda entenda bem. bem. A A dinastia dinastia Bonaparte Bonaparte representa representa nao não oo campones camponês revolucionario, revolucionário, mas mas oo conservador; conservador; nao não oo campones camponês que que luta luta por propriedade, por ultrapassar ultrapassar aa sua sua condicao condição de de existencia, existência, aa pequena pequena propriedade, mas mas aquele aquele que, que, muito muito mais, mais, quer quer consolida-la; consolidá-la; nao não aa populacao população rural rural que, que, ligada ligada as às cidades, cidades, quer quer derrubar derrubar aa velha velha ordem ordem atraves através de de seus seus pr6prios próprios esforcos, esforços, mas, mas, pelo pelo contrario, contrário, aquela aquela que, que, pesadamente pesadamente amaramar­ rada rada aa essa essa velha velha ordem, ordem, quer, quer, junto junto com com aa sua sua pequena pequena propriedade, propriedade, ver-se ver-se salva salva ee privilegiada privilegiada pelo pelo fantasma fantasma do do Imperio. Império. Ela Ela nao não representa representa oo iluminismo, iluminismo, mas mas aa supersticao superstição do do camponio; campônio; nao não oo seu seu conceito, conceito, mas preconceito; nao mas oo seu seu preconceito; não oo seu seu future, futuro, mas mas oo seu seu passado; passado; nao não aa sua dee 2•2. sua modem m odernaa Cevennes Cévennes 1,\ mas mas aa sua sua modern m odernaa Ven Vendée Os Os tres três anos anos de de duro duro domlnio domínio da da Republica República parlamentar parlam entar tinham tinham libertado libertado uma uma parte parte dos dos camponeses camponeses franceses franceses da da ilusao ilusão napoleonica napoleônica ee os burguesia os revolucionado, revolucionado, ainda ainda que que apenas apenas superficialmente; superficialmente; mas mas aa burguesia reprimiu-os reprimiu-os violentamente violentamente sempre sempre que que se se punham punham em em movimento. movimento. Sob Sob aa Republica República parlamentar, parlam entar, rinhavam-se rinhavam-se aa consciencia consciência moderna m oderna ee aa traditradi­ cional cional dos dos camponeses camponeses franceses. franceses. 0 O processo processo desenrolou-se desenrolou-se sob sob aa forma forma de de uma uma luta luta continua contínua entre entre os os mestres-escolas mestres-escolas ee os os padrecos. padrecos. A A burguesia burguesia derrotou derrotou os os mestres-escolas. mestres-escolas. Pela Pela primeira primeira vez, vez, os os carnponeses camponeses fizeram fizeram esforcos esforços para para se se comportarem comportarem autonomarnente autonomamente em em relacao relação aà atividade atividade do do governo. governo. Isso Isso apareceu apareceu no no conflito conflito entre entre os os Maires Maires s8 [alcaides [alcaides eleitos] eleitos] ee os os prefeitos prefeitos nomeados. nomeados. A A burguesia burguesia depos depôs os os "rnaires". “maires” . Finalrnente, Finalmente, durante durante oo periodo período da da Republica República parlamentar, parlam entar, os os camponeses camponeses de de diversas diversas localidades localidades levantaram-se levantaram-se contra contra aa sua sua pr6pria própria cria cria ruim, ruim, oo Exercito. Exército. A A burguesia burguesia puniu-os puniu-os com com estados estados de de sitio sítio ee execucoes. execuções. E E essa essa mesma mesma burguesia burguesia grita grita agora agora quanto quanto aà estupidez estupidez das das massas, massas, aa vile vile multitude multitude [vii [vil multidao] multidão] que que aa teria teria traido traído em em favor favor de de Bonaparte. Bonaparte. Ela Ela mesma mesma consolidou consolidou aà forca força oo imperialismo imperialismo da da classe classe camponesa, camponesa, manteve manteve as as t1 Nos Nos Montes Montes Cevennes, Cévennes, ao ao Sul Sul da da Franca, França, ocorreu, ocorreu, de de 1702 1702 aa 1705, 1705, um um tevante levante de de camponeses, camponeses, que que comecou começou por por causa causa da da perseguicao perseguição aa protestantes protestantes ee assumiu assumiu mais mais tarde tarde um um carater caráter fortemente fortemente antifeudal. antifeudal. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.) 22 Durante Durante aa Grande Grande Revolucao Revolução Francesa, Francesa, monarquistas monarquistas organizaram organizaram na na provlncia província Vendee, Vendée, em em 1793, 1793, um um levante levante contra-revolucionario contra-revolucionário que que foi foi sufocado sufocado pelas pelas tropas tropas republicanas (os republicanas (os "azuis"). “azuis” ). (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) a3 Na Na Franca, França, chefe chefe do do corpo corpo municipal, municipal, administrador administrador do do Conselho Conselho ee subordinado subordinado ao ao "prefeito", “prefeito”, Iuncionario funcionário nomeado nomeado ee chefe chefe do do "Departamento". “Departamento”. (N.T.) (N .T .)

286 286 condicoes constituem aa matemidade religiao camponesa. condições que que constituem maternidade dessa dessa religião camponesa. A A burguesia burguesia precisa, precisa, no no entanto, entanto, temer temer aa burrice burrice das das massas massas enquanto enquanto etas elas permanecem permanecem conservadoras, conservadoras, ee aa consciencia consciência das das massas massas assim assim que que elas elas se tomam revolucionarias. Nos se tom am revolucionárias. Nos levantes levantes depois depois do do coup coup d'etat, d’état, uma uma parte parte dos dos camponeses camponeses franceses franceses protestava, protestava, de de armas armas na na mao, mão, contra contra oo seu seu proprio próprio voto voto de de 10 10 de de dezembro dezembro de de 1848. 1848. A A escola escola de de 1848 1848 tinha-os deixado tinha-os deixado espertos. espertos. Por Por conta conta pr6pria própria tinham tinham se se vendido vendido ao ao submundo; palavra ee aa maioria ta! submundo; aa Hist6ria História pegou-os pegou-os pela pela palavra maioria estava estava de de tal modo modo atrapalhada atrapalhada que, que, exatamente exatamente nos nos departamentos departamentos mais mais vermelhos, vermelhos, aa população populacao camponesa votou abertamente camponesa votou abertamente aa favor favor de de Bonaparte. Bonaparte. Em Em sua Assembleia Nacional sua visao, visão, aa Assembléia Nacional tinha-o tinha-o impedido impedido de de caminhar. caminhar. Agora Agora ele haviam imposto ele teria teria apenas apenas quebrado quebrado as as cadeias cadeias que que as as cidades cidades haviam imposto aà vontade vontade do do campo. campo. Aqui Aqui ee acola acolá eles eles se se enganavam enganavam ate até com com aa grogro­ tesca tesca concepcao: concepção: ao ao lado lado de de um um Napoleao, Napoleão, uma uma convencao. convenção. Depois Depois que que aa primeira primeira revolucao revolução tinha tinha transformado transform ado os os semi-servos semi-servos camponeses livres proprietaries camponeses em em livres proprietários de de terras, terras, Napoleao Napoleão consolidou consolidou ee regulamentou regulamentou as as condicoes condições sob sob as as quais quais eles eles podiam, podiam, sem sem serem serem ~rturpSerturbados, pouco lhes bados, explorar explorar o o solo solo da da Franca França que que ha há pouco lhes coubera coubera ee saciar saciar aa sua propriedade. Mas sua ansia ânsia juvenil juvenil de de propriedade. Mas aquilo aquilo em em que que oo campones camponês frances francês agora agora afunda afunda eé aa sua sua pr6pria própria parcela parcela de de terra, terra, aa divisiio divisão do do chao N apoleao consolidou chão ee solo, solo, aa forma forma de de propriedade propriedade que que Napoleão consolidou na na Franca. França. Sao São exatamente exatamente as as condicoes condições materiais materiais que que fizeram fizeram do do servo servo feudal frances feudal francês oo pequeno pequeno campones camponês e, e, de de Napoleao, Napoleão, imperador. imperador. Duas Duas geracoes bastaram para acarretar o inevitavel resultado: gerações bastaram para acarretar o inevitável resultado: piora piora progresprogres­ siva A forma fonna siva da d a ·' agricultura, agricultura, endividamento endividamento progressivo progressivo do do agricultor. agricultor. A "napoleonica" “napoleônica” de de propriedade, propriedade, que, que, no no corneco começo do do seculo século XIX, XIX , era era aa condicao rural Irancondição para para aa libertacao libertação ee o o enriquecimento enriquecimento da da populacao população rural fran­ cesa, cesa, evoluiu, evoluiu, no no decorrer decorrer do do seculo, século, para para aa lei lei de de sua sua escravidao escravidão ee de de seu primeira das seu pauperismo. pauperismo. E E exatamente exatamente esta esta lei lei eé aa primeira das "idees “idées naponapoIeoniennes" Napoleao tern léoniennes” 44 ["ideias [“idéias napoleonicas"] napoleônicas”] que que oo segundo segundo Napoleão tem de de afirmar. Se ele ainda compartilha com os camponeses a ilusao de afirmar. Se ele ainda compartilha com os camponeses a ilusão de propro­ curar propriedade rural, curar aa causa causa de de sua sua ruina ruína nao não na na pr6pria própria pequena pequena propriedade rural, mas influencia de mas fora, fora, na na influência de circunstancias circunstâncias secundarias, secundárias, suas suas experiencias experiências viio vão rebentar rebentar como como bolhas bolhas de de sabao sabão nas nas relacoes relações de de producao. produção. O O desenvolvimento desenvolvimento economico econômico do do minifundio minifúndio modificou modificou radicalradical­ rnente mente aa relacao relação dos dos camponeses camponeses com com as as demais demais classes classes sociais. sociais. Sob Sob Napoleao, Napoleão, aa parcelizacao parcelização do do chao chão ee solo solo na na zona zona rural rural suplementava suplementava aa livre-concorrencia livre-concorrência ee oo comeco começo da da grande grande industria indústria nas nas cidades. cidades. A A classe classe camponesa protesto onipresente camponesa era era oo protesto onipresente contra contra aa aristocracia aristocracia recem-derrecém-derrubada. rubada. As As raizes raízes que que aa pequena pequena propriedade propriedade lancou lançou em em chao chão ee solo solo frances privaram francês privaram oo feudalismo feudalismo de de qualquer qualquer material material de de subsistencia. subsistência. Seus Seus livro de 4 Referencia Referência ao ao livro de em Paris em em Paris em 1839. 1839. (N. (N. 4

Luis Luís Bonaparte, Bonaparte, Des Des idees idées napoleoniennes, napoléoniennes, que que apareceu apareceu do do ed. ed. al.) al.)

287 287 marcos marcos delimitadores delimitadores formavarn formavam as as Iortificacoes fortificações naturais naturais da da burguesia burguesia contra de surpresa contra qualquer qualquer ataque ataque de surpresa de de seus seus antigos antigos senhores. senhores. Mas, Mas, no no decorrer usurario decorrer do do seculo século XIX, X IX , entrou, entrou, no no lugar lugar do do senhor senhor feudal, feudal, o o usurário urbano; urbano; no no lugar lugar da da obrigacao obrigação feudal feudal do do solo, solo, aa hipoteca; hipoteca; no no lugar lugar da da propriedade propriedade territorial territorial aristocratica, aristocrática, oo capital capital burgues. burguês. A A pequena pequena propro­ priedade do priedade do carnpones camponês s6 só eé ainda ainda oo pretexto pretexto que que permite permite ao ao capitalista capitalista retirar da lucros, juros renda, ee deixar retirar da agricultura agricultura lucros, juros ee renda, deixar oo pr6prio próprio agricultor agricultor ver A ver como como ainda ainda consegue consegue arrancar arrancar aa remuneracao remuneração do do seu seu trabalho. trabalho. A divida imp6e ao dívida hipotecaria hipotecária que que pesa pesa sobre sobre o o solo solo frances francês impõe ao carnpesinato campesinato trances tao elevado francês um um juro juro tão elevado quanto quanto o o juro juro anual anual de de toda toda aa divida dívida nacional nacional britanica. britânica. A A pequena pequena propriedade, propriedade, nessa nessa escravidao escravidão ao ao capital capital aa que seu desenvolvimento massa que seu desenvolvimento inevitavelmente inevitavelmente conduz, conduz, transformou transform ou aa massa da da nacao nação francesa francesa em em trogloditas. trogloditas. Dezesseis Dezesseis milh6es milhões de de camponeses camponeses (incluidas (incluídas mulheres mulheres ee criancas) crianças) residem residem em em tocas, tocas, das das quais quais aa maioria maioria tern tem apenas apenas uma uma abertura, abertura, outras outras tern têm apenas apenas duas duas ee aa melhor m elhor apenas apenas tres para uma três aberturas. aberturas. As As janelas janelas siio são para uma casa casa oo que que os os cinco cinco sentidos sentidos siio são para para aa cabeca. cabeça. A A ordem ordem burguesa, burguesa, que que no no inicio início do do seculo século colocou colocou oo Estado Estado como como sentinela sentinela diante diante da da recem-criada recém-criada pequena pequena propriedade propriedade rural ee aa estrumou tornou-se um rural estrumou com com louros, louros, tornou-se um vampiro vampiro que que lhe lhe suga suga oo sangue sangue ee os os miolos miolos ee aa joga joga no no caldeirao caldeirão alquimico alquímico do do capital. capital. 0 O Code Code Napoleon Napoléon [C6digo [Código Napoleonico] Napoleônico] s6 só eé ainda ainda oo c6digo código da da execucao, execução, da da hasta hasta publica pública ee do do leilao leilão obrigat6rio. obrigatório. Aos Aos quatro quatro milhoes milhões (inclusive (inclusive criancas, pobres, vagabundos, vagabundos, criminosos crianças, etc.) etc.) de de pobres, criminosos ee prostitutas prostitutas oficiais oficiais com pairam à com que que conta conta aa Franca, França, acrescentam-se acrescentam-se cinco cinco milhoes milhões que que pairam margem margem da da existencia existência ee que que vivem vivem no no pr6prio próprio campo campo ou ou que que desertam desertam continuamente, continuamente, com com seus seus trapos trapos ee suas suas criancas, crianças, do do campo campo para para as as cidades interesse dos cidades ou ou das das cidades cidades para para oo campo. campo. Portanto, Portanto, oo interesse dos campocampo­ neses nao neses não se se encontra encontra mais, mais, como como sob sob Napoleao, Napoleão, em em consonancia, consonância, mas mas em em antitese antítese com com os os interesses interesses da da burguesia, burguesia, com com oo capital. capital. Eles Eles enconencon­ tram, no proletariado proletariado tram , por por conseguinte, conseguinte, o o seu seu aliado aliado natural natural ee condutor condutor no urbano, urbano, cuja cuja tarefa tarefa eé aa derrubada derrubada da da ordem ordem burguesa. burguesa. Mas Mas o o governo governo forte forte e e absoluto absoluto -— ee esta esta eé aa segunda segunda "idee “idée napoleonienne" napoléonienne” ["ideia [“idéia napoleonica"] que napoleônica”] que oo segundo segundo Napoleao Napoleão tern tem de de cumprir cum prir -— eé chamado chamado aa defender ordem "material". "ordre materiel" defender pela pela forca força essa essa ordem “m aterial” . Essa Essa “ordre matériel” [[ordem ordem material] proclamacoes de material] tambem também serve, serve, em em todas todas as as proclamações de Bonaparte, Bonaparte, de de mote mote contra contra os os camponeses camponeses rebeldes. rebeldes. Alem propriedade Além da da hipoteca hipoteca que que oo capital capital the lhe imp6e, impõe, aa pequena pequena propriedade esta vida da está sobrecarregada sobrecarregada pelo pelo imposto. im posto. 0 O imposto imposto eé aa fonte fonte de de vida da burocracia, do burocracia, do exercito, exército, dos dos padres padres ee da da corte, corte, em em suma, suma, de de todo todo oo aparelho aparelho do do poder poder executivo. executivo. Governo Governo forte forte ee forte forte tributacao tributação siio são idenidên­ ticos. Por sua ticos. Por sua pr6pria própria natureza, natureza, aa pequena pequena propriedade propriedade agricola agrícola eé pr6pria própria para urna burocracia para ser ser aa base base de de uma burocracia todo-poderosa todo-poderosa ee inumeravel. inumerável. Cria Cria um um nivel nível uniforme uniforme de de relacoes relações ee de de pessoas pessoas sobre sobre toda toda aa superficie superfície do do pais. todos os país. Tambern Também permite, permite, portanto, portanto, aa atuacao atuação uniforme, uniforme, em em todos os pontos, pontos, dessa Aniquila as dessa rnassa massa uniforme, uniforme, aa partir partir de de um um centro centro supremo. supremo. Aniquila as

a

288 288 gradacoes interrnediarias entre massa do gradações aristocraticas aristocráticas intermediárias entre aa massa do povo povo ee o o poder poder do os )ados, ingerencia direta do Estado. Estado. Conclama, Conclama, portanto, portanto, de de todos todos os lados, aa ingerência direta desse de seus orgaos imediatos. desse poder poder do do Estado Estado ee aa insercao inserção de seus órgãos imediatos. Cria, Cria, finalmente, um excesso populacao desocupada, finalmente, um excesso de de população desocupada, que que nao não encontra encontra lugar nem no no campo nas cidades por isso, arranjar lugar nem campo nem nem nas cidades e, e, por isso, procura procura arranjar empregos especie de de esmola provoca empregos no no governo governo coma como uma uma espécie esmola respeitavel respeitável ee provoca aa criacao empregos govemamentais. criação de de empregos governamentais. Napoleao Napoleão retribuiu retribuiu com com juros juros oo impasto novas mercados abriu com baioneta imposto cornpulsorio compulsório aos aos novos mercados que que ele ele abriu com aa baioneta ao ao pilhar pilhar oo continente. continente. 0 O imposto imposto foi foi um um aguilhao aguilhão para para aa industriosidade industriosidade dos rouba as recursos aà dos camponeses, camponeses, enquanto enquanto agora agora rouba as ultimas últimas fontes fontes de de recursos sua sua incapacidade resistir ao sua industria; indústria; completa completa aa sua incapacidade de de resistir ao pauperismo. pauperismo. E uma uma enorme E enorme burocracia, burocracia, bem bem engalanada engalanada ee bem bem alimentada, alimentada, ée aa "idee predileta do do segundo Na“idée napoleonienne" napoléonienne” ["ideia [“idéia napoleonica"] napoleônica”] predileta segundo N a­ poleao. das verda­ verdapoleão. Como Como poderia poderia deixar deixar de de ser ser assim, assim, ja já que, que, ao ao lado lado das deiras uma casta deiras classes classes da da sociedade, sociedade, ele ele eé obrigado obrigado aa fabricar fabricar uma casta artificial, artificial, para aa qual manutencao do garfo para qual aa manutenção do seu seu regime regime se se toma torna uma uma questao questão de de garfo de suas operacoes financeiras foi, por ee faca? faca? Uma Uma de suas prirneiras primeiras operações financeiras foi, por isso, is^o, aa elevacao nivel antigo antigo ee aa criacao elevação dos dos salaries salários dos dos funcionarios funcionários ao ao nível criação de de novas sinecuras. novas sinecuras. Outra napoleonica''] ée oo dorninio Outra "idee “idée napoleonienne" napoléonienne” ["ideia [“idéia napoleônica”] domínio dos dos padres Mas se se aa recem-criada propadres como como meio meio de de govemo. governo. Mas recém-criada pequena pequena pro­ priedade com aa sociedade, priedade rural, rural, em em sua sua harmonia harmonia com sociedade, em em sua sua dependencia dependência para autoridade que que aa para com com as as forcas forças da da natureza natureza ee sua sua submissao submissão àa autoridade protegia naturalmente religiosa, tom torna-se protegia do do alto, alto, era era naturalm ente religiosa, a-se naturalmente naturalmente irreliirreli­ giosa rural rebentada dividas, em em divergência divergencia giosa aa pequena pequena propriedade propriedade rural rebentada de de dívidas, com alem de de sua com aa sociedade sociedade ee aa autoridade, autoridade, impelida impelida para para além sua pr6pria própria limitacao, 0 de terra terra limitação. O ceu céu era era um um adendo adendo bem bem agradavel agradável aà estreita estreita faixa faixa de recem-conseguida, especialmente ele se se torna torna recém-conseguida, especialmente porque porque ele ele faz faz o o tempo; tempo; ele um um substituto da pequena um insulto insulto assim assim que que se se tenta tenta fazer fazer dele dele um substituto da pequena propriedade padrezinho aparece entao apenas apenas ainda como oo propriedade rural. rural. 0 O padrezinho aparece então ainda como ungido ungido cao cão rastreador rastreador da da policia polícia terrena terrena -— outra outra "idee “idée napoleonienne", napoléonienne” . Na expedicao contra na pr6pria N a proxima próxima vez, vez, aa expedição contra Roma Roma tera terá lugar lugar na própria Franca, França, mas ao do Montalembert. mas em em sentido sentido oposto oposto ao do Sr. Sr. de de M ontalembert. O ponto napoleoO ponto culminante culminante das das "idees “idées napoleoniennes" napoléoniennes” ["ideias [“idéias napoleônicas"] e, preponderancia do Exercito. O 0 Exército Exercito era era oo nicas”] é, finalmente, finalmente, aa preponderância do Exército. point d'honneur pequenos carnponeses, eles mesmos mesmos point d’honneur [ponto [ponto de de honra] honra] dos dos pequenos camponeses, eles transformados em herois, defendendo exterior, transformados em heróis, defendendo aa nova nova propriedade propriedade no no exterior, divinizando recern-conquistada nacionalidade, revoluciodivinizando aa recém-conquistada nacionalidade, pilhando pilhando ee revolucio­ nando uniforme era estatal; aa guerra, nando oo mundo. mundo. 0 O uniforme era aa sua sua roupagem roupagem estatal; guerra, aa sua poesia; poesia; aa pequena pequena propriedade fantasia, sua propriedade encompridada encompridada ee alargada alargada na na fantasia, aa patria; Mas pátria; ee oo patriotismo, patriotismo, aa forma forma ideal ideal do do senso senso de de propriedade. propriedade. Mas os os quais de defender os inimigos, inimigos, contra contra os quais oo camponio campônio frances francês tern tem de defender agora agora aa sua sua propriedade, propriedade, nao não sao são os os cossacos, cossacos, sao são os os Huissiers Huissiers [oficiais [oficiais de de justica] pequena propriedade propriedade ja esta mais justiça] ee executores executores do do fisco. fisco. A A pequena já nao não está mais na assim patria, mas mas no livro de de hipotecas. hipotecas. O 0 pr6prio na assim chamada chamada pátria, no livro próprio exercito exército

289 289 ja já nao não eé aa flor flor da da juventude juventude camponesa; camponesa; eé aa flor flor do do pantano pântano do do lumpenlumpen5 -proletariado -proletariado campones. camponês. Consiste Consiste em em grande grande parte parte de de Remplacants R em plaçants5 [substitutos], [substitutos], de de substitutos, substitutos, assim assim como como o o pr6prio próprio Napoleao Napoleão Segundo Segundo eé apenas um remplacant apenas um remplaçant [substituto], [substituto], um um suplente suplente de de Napoleao. Napoleão. Seus Seus feitos feitos her6icos heróicos sao são praticados praticados agora agora nas nas cacadas caçadas ee perseguicoes perseguições organiorgani­ zadas zadas contra contra os os camponeses, camponeses, como como se se estes estes fossem fossem cervos, cervos, em em service serviço de de gendarme; gendarme; ee se se as as contradicoes contradições internas internas de de sen seu sistema sistema correrem correrem com com oo chefe chefe da da Sociedade Sociedade de de 10 10 de de Dezembro Dezembro para para alem além da da fronteira fronteira francesa, ele, francesa, ele, ap6s após as as suas suas estrepolias estrepolias de de bandido, bandido, nao não ha há de de colher colher louros, louros, mas mas varadas. varadas. Ve-se: Vê-se: sodas todas as as "idees “idées napoleoniennes" napoléoniennes” ["ideias [“idéias napoleonicas"] napoleônicas”] sao são ideias idéias da da pequena p e q u e m propriedade propriedade rural rural niio não desenvolvida, desenvolvida, incipiente, incipiente, sao são um um contra-senso contra-senso para para aa pequena pequena propriedade propriedade rural rural sobrevivente. sobrevivente. Sao São apenas apenas as as alucinacoes alucinações de de sua sua agonia, agonia, palavras palavras que que se se transformam transformam em em palavreado, metamorfoseiam em palavreado, espiritos espíritos que que se se metamorfoseiam em fantasmas. fantasmas. Mas Mas aa par6paró­ dia dia do do imperialismo imperialismo era era necessaria necessária para para libertar libertar aa massa massa da da nacao nação franfran­ cesa cesa do do peso peso da da tradicao tradição ee depurar depurar aa antitese antítese entre entre oo poder poder do do Estado Estado ee aa sociedade. sociedade. Com Com aa ruina ruína progressiva progressiva da da pequena pequena propriedade propriedade rural, rural, desmorona-se desmorona-se oo ediffcio edifício do do Estado Estado erigido erigido sobre sobre ela. ela. A A centralizacao centralização estatal, estatal, de de que que aa sociedade sociedade moderna m oderna necessita, necessita, s6 só se se ergue ergue sobre sobre as as ruinas ruínas da da maquinaria m aquinaria militar-burocratica m ilitar-burocrática do do governo governo forjada forjada em em antitese antítese ao feudalismo. feudalismo. ao A situacao situação dos dos camponeses camponeses franceses franceses desvenda-nos desvenda-nos oo enigma enigma das das A elei{:oes eleições gerais gerais de de 20 2 0 ee 21 21 de de dezembro, dezem bro, que que levaram levaram oo segundo segundo Napoleao Napoleão ao nao para ao Monte M onte Sinai, Sinai, não para receber receber leis, leis, mas mas para para da-las. dá-las. A A burguesia burguesia nao não tinha tinha agora, agora, evidentemente, evidentemente, nenhuma nenhuma outra outra escolha escolha senão eleger eleger Bonaparte. Bonaparte. Ouando Quando os os puritanos, puritanos, no no Concilio Concilio de de Constanca, Constança, senao queixavam-se queixavam-se da da vida vida dissoluta dissoluta dos dos papas papas ee se se lamentavam lamentavam quanto quanto à necessidade necessidade da da reforma reforma dos dos costumes, costumes, o o cardeal cardeal Pierre Pierre d'Ailly dA illy trovejou trovejou contra "S6 oo diabo contra eles: eles: “Só diabo em em pessoa pessoa ainda ainda pode pode salvar salvar aa Igreja Igreja Catolica, Católica, ee voces burguesia francesa vocês pedem pedem anjos!" anjos!” Assim Assim clamava clamava aa burguesia francesa depois depois do do coup chefe da coup d'etat: d ’état: s6 só oo chefe da Sociedade Sociedade de de IO 10 de de Dezembro Dezembro ainda ainda pode pode salvar salvar aa sociedade sociedade burguesa! burguesa! S6 Só ainda ainda oo roubo, roubo, aa propriedade; propriedade; oo perper­ jurio, bastardia, aa farnflia; júrio, aa religiao; religião; aa bastardia, família; aa desordem, desordem, aa ordem! ordem! Bonaparte, Bonaparte, como como aa torca força independizada independizada do do Poder Poder Executivo, Executivo, concon­ sidera sidera sua sua tarefa tarefa garantir garantir aa "ordem “ordem burguesa". burguesa” . Mas Mas aa forca força dessa dessa ordem ordem burguesa burguesa eé aa classe classe media. média. Ele Ele se se afirma, afirma, portanto, portanto, como como representante representante da da classe classe media média ee baixa baixa decretos decretos nesse nesse sentido. sentido. Ele Ele s6 só e, é, no no entanto, entanto, alguma alguma coisa coisa porque porque quebrou quebrou oo poderio poderio politico político dessa dessa classe classe media média ee a' cada a' cada dia dia oo quebra quebra novamente. novamente. Ele Ele se se afirma, afirma, portanto, portanto, como como adveradver­ sario sário do do poderio poderio politico político ee literario literário da da classe classe media. média. Mas, Mas, ao ao proteger proteger oo poder A causa poder material material dela, dela, gera gera novamente novamente oo seu seu poderio poderio politico. político. A causa

a

5 5 Substitutes, Substitutos,

aqueles aqueles que que substituiam substituíam os os jovens jovens recrutados recrutados para para o o exercito. exército. (N.T.) (N .T .)

290 290 deve, efeito, onde onde se apresente, deve deve, portanto, portanto, ser ser mantida mantida viva, viva, mas mas o o efeito, se apresente, deve ser Mas isso ser eliminado eliminado do do mundo. mundo. Mas isso nao não pode pode ocorrer ocorrer sem sem pequenas pequenas confusoes ja que, interacao, ambos confusões entre entre causa causa ee efeito, efeito, já que, na na interação, ambos perdem perdem os os seus Novas decretos, apagam aa linha seus marcos marcos diferenciais. diferenciais. Novos decretos, que que apagam linha fronteirica. fronteiriça. Bonaparte burguesia corno repreBonaparte se se afirma afirma simultaneamente simultaneamente contra contra aa burguesia como o o repre­ sentante em geral sentante dos dos camponeses camponeses ee do do povo povo em geral que, que, dentro dentro da da sociedade sociedade burguesa, classes populares populares mais mais baixas. baixas. burguesa, quer quer fazer fazer aa felicidade felicidade das das classes Novas Novos decretos decretos que que espoliarn, espoliam, de de anternao, antemão, os os "verdadeiros “verdadeiros socialistas" socialistas” 68 de sapiencia governamental. Mas Bonaparte afirma sobretudo de sua sua sapiência governamental. Mas Bonaparte se se afirma sobretudo coma IO de de Dezembro, Dezern bro, como como chefe chefe da da Sociedadc Sociedade de de 10 como representante representante do do lumpen-proletariado, qua! pertencern mesmo, aa sua lumpen-proletariado, ao ao qual pertencem ele ele mesmo, sua entourage entourage (companhia], seu exercito, para quern trata sobretudo [companhia], seu seu governo governo ee seu exército, ee para quem se se trata sobretudo de bem de mesmo ee tirar de cuidar cuidar muito muito bem de si si mesmo tirar loterias loterias californianas californianas do do tesouro tesouro do Estado. E E ele ele se do Estado. se confirma confirma coma como chefe chefe da da Sociedade Sociedade de de 10 10 de de DezemDezem­ bro decretos. bro com com decretos, decretos, sem sem decretos decretos ee apesar apesar dos dos decretos. Essas hipercontradit6rias do Homem esclarecem as contraEssas tarefas tarefas hipercontraditórias do Homem esclarecem as contra­ dicoes para lá la ee para ca, qule qub ora dições de de seu seu governo, governo, o o tatear tatear pouco pouco claro claro para para cá, ora procura conquistar classe, ora procura conquistar esta esta classe, ora aquela, aquela, ora ora procura procura humilha-la, humilhá-la, ee regularmente irrita irrita todas si, ee cuja regularmente todas contra contra si, cuja inseguranca insegurança pratica prática constitui constitui um contraste comico em um contraste cômico em relacao relação ao ao estilo estilo autoritario autoritário ee categ6rico categórico dos dos atos atos governamentais governamentais copiado copiàdo fielmente fielmente do do tio. tio. Industria ee cornercio, portanto os os neg6cios da classe devem Indústria comércio, portanto negócios da classe media, média, devem florescer florescer coma como numa numa estufa, estufa, sob sob o o governo governo forte. forte. Irnimeras Inúmeras concessoes concessões ferroviarias. Mas oo lumpen-proletariado ferroviárias. Mas lumpen-proletariado bonapartista bonapartista deve deve enriquecer. enriquecer. Tripotage na balsa concessoes ferroviárias Ierroviarias para para os Tripotage [trapaca] [trapaça] na bolsa com com as as concessões os ja iniciados. Mas Mas não nao aparece capital para já iniciados. aparece capital para as as ferrovias. ferrovias. Mas Mas o o banco banco tern de explorado pessoalmente pessoalmente e, portanto, baju­ bajutem de ser, ser, simultaneamente, simultaneamente, explorado e, portanto, lado. banco cm publicar semanalmente semanalmente oo seu lado. Desobrigacao Desobrigação do do banco em publicar seu relatorio. relatório. Contrato banco com para oo povo. Contrato leonino leonino 7' do do banco com o o governo. governo. Trabalho Trabalho para povo. Ordenadas obras encargos Ordenadas obras publicas. públicas. Mas Mas as as obras obras publicas públicas elevam elevam os os encargos do povo com reducao dos impastos atraves atado povo com impastos. impostos. Portanto, Portanto, redução dos impostos através do do ata­ que rendas, atraves que aos aos que que vivem vivem de de rendas, através da da conversao conversão das das rendas rendas de de cinco cinco par meio par media tern por cento cento para para quatro quatro ee meio por cento. cento. Mas Mas aa camada camada média tem de de "11 Refere-se uma corr ente pequeno-burguesa, Refere-se ao ao "Verdadeiro" “Verdadeiro” Socialismo, Socialismo, uma corrente pequeno-burguesa, reacioreacio­ naria politico-objetivamente. que se cristalizou na 1845 aa 1847 nária político-objetivamente, que se cristalizou na Alemanha Alemanha de de 1845 1847 ee cuios mais significativos Grun ee Moses Hess. Os "vercujos representantes representantes mais significativos eram eram Karl Karl Grün Moses Hess. Os “ver­ cadeiros" procuravarn camuflar as coniradicoes irrecondadeiros” socialisras socialistas procuravam camuflar as contradições objetivas objetivas ee irreconciliaveis de classc no lugar ciliáveis de classe ee aa Juta luta revolucionaria revolucionária de de classe, classe, ao ao colocarem. colocarem, no lugar da da visao processos sociais, "hurnanidade visão cientifica científica dos dos processos sociais, oo seu seu palavreado palavreado utopico utópico de de “humanidade universal" "verdadeiros" socialistas, socialistas, que posiciio universal” ee "arnor". “amor”. Os Os “verdadeiros” que assumiam assumiam uma uma posição tipicamente pequeno-burguesa nacionalista, ideologico-partitipicamente pequeno-burguesa nacionalista, temiam temiam aa controversia controvérsia ideológico-partidaria do primeiro trabadária ee inibiam inibiam aa constituicao constituição do primeiro partido partido revolucionario revolucionário da da classe classe traba­ lhadora. (N. lhadora. (N. do do ed. ed. al.) al.) Esopo, um um contrato ditado por qual 7• Refere-se Refere-se a, a, numa numa Iabula fábula de de Esopo, contrato ditado por um um leao, leão, pelo pelo qual um todas as tern todas as desvantagens. um participante participante obtern obtém todas as vantagens vantagens ee oo outro outro tem todas as desvantagens. (N. al.) (N. do do ed. ed. al.)

291 291 receber receber novamente novamente alguma alguma douceur douceur [docura]. [doçura]. Portanto, Portanto, duplicacao duplicação do do imposto imposto sobre sobre oo vinho vinho para para oo povo povo que que o o compra compra en en detail détail [a [a varejo] varejo] ee reducao, redução, pela pela metade, metade, para para aa camada camada media média que que o o hebe bebe en en gros gros [por [por atacado]. atacado]. Dissolucao Dissolução das das verdadeiras verdadeiras associacoes associações de de trabalhadores, trabalhadores, mas mas promessa promessa de de futuros futuros milagres milagres de de associacao. associação. Aos Aos camponeses, camponeses, tern tem de de ser ser ajudado. ajudado. Bancos Bancos de de hipotecas, hipotecas, que que aceleram aceleram oo endividamento endividamento deles deles ee aa concentracao concentração da da propriedade. propriedade. Mas Mas esses esses bancos bancos devem devem ser ser usados usados para para tirar tirar dinheiro dinheiro dos dos hens bens confiscados confiscados aà Casa Casa de de Orleans. Orléans. Nenhum Nenhum capitalista capitalista quer quer concordar concordar com com essa essa condicao condição que que nao não consta consta no no decreto, decreto, ee oo banco banco de de hipotecas hipotecas permanece permanece um um mero mero decreto, decreto, etc., etc., etc. etc. Bonaparte Bonaparte gostaria gostaria de de aparecer aparecer como como oo benfeitor benfeitor patriarcal patriarcal de de todas todas as tirar das as classes. classes. Mas Mas ele ele nao não pode pode dar dar aa nenhuma nenhuma sem sem tirar das outras. outras. Como Como se se dizia, dizia, no no tempo tempo da da Fronde Fronde 8,8, do do Duque Duque de de Guise, Guise, de de que que ele ele seria seria o o homem homem mais mais obligeant obligeant [prestativo] [prestativo] da da Franca F rança porque porque convertera convertera todos todos os os seus seus hens bens em em obrigacoes obrigações de de seus seus partidarios partidários para para com com ele, ele, assim homem mais assim tambem também Bonaparte Bonaparte gostaria gostaria de de ser ser o o homem mais obligeant obligeant da da Franca, França, transfonnando transform ando todo todo trabalho trabalho da da Franca França em em uma uma obrigacao obrigação pespes­ soal soal para para com com ele. ele. Ele Ele gostaria gostaria de de roubar roubar toda toda aa Franca França para para poder poder presentear presentear tudo tudo aà Franca, França, ou ou melhor, melhor, para para poder poder comprar com prar novamente novamente aa Franca França com com dinheiro dinheiro trances, francês, pois, pois, como como chefe chefe da da Sociedade Sociedade de de 10 10 de de Dezernbro, Dezembro, ele ele precisa precisa comprar com prar o o que que lhe lhe deve deve pertencer. pertencer. E instituicoes do E em em instituto instituto de de compra compra tornarn-se tom am -se todas todas as as instituições do Estado, Estado, oo Senado, Senado, o o Conselho Conselho de de Estado, Estado, oo Corpo Corpo Legislativo, Legislativo, aa Legiao Legião de de Honra, Honra, as as medalhas medalhas de de soldados, soldados, as as casas casas de de banhos, banhos, os os predios prédios publicos, públicos, as as ferrovias, ferrovias, oo etat-rnajor état-m ajor [estado-maior] [estado-maior] da da Guarda G uarda Nacional Nacional sem sem guardas, guardas, os os hens bens confiscados confiscados da da Casa Casa de de Orleans. Orléans. Em Em meio meio de de compra com pra se se transforma transform a cada cada vaga vaga no no Exercito Exército ee na na maquina máquina do do govemo. governo. Mas Mas oo mais mais importante, importante, nesse nesse processo processo em em que que aa Franca França eé tomada tom ada para para ser-lhe ser-lhe devolvida, devolvida, sao são as as percentagens percentagens que que recaem, recaem, durante durante aa transacao, transação, para para oo cabeca cabeça ee os os membros membros da da Sociedade Sociedade de de 10 10 de de Dezembro. Dezembro. A A piada piada com com que que aa condessa condessa L., L., aa amante amante do do Senhor Senhor de de Moray, Morny, caracterizou caracterizou oo confisco confisco dos dos hens bens orleanicos: orleânicos: "C'est “C e st le le premier premier vol vol de de l'aigle" 1’aigle” [".£ [“É oo primeiro primeiro voo/roubo vôo/roubo da da aguia"], águia”], serve serve para para cada cada voo vôo dessa dessa dguia águia que que é mais mais um um corvo. corvo. Ele Ele mesmo mesmo ee seus seus adeptos adeptos gritam gritam diariamente diariamente uns uns aos aos outros, outros, como como aquele aquele cartuxo cartuxo italiano italiano ao ao avarento avarento que, que, com com ostentaostenta­ c;ao, ção, contava contava os os hens, bens, nos nos quais quais ele ele ainda ainda poderia poderia mastigar mastigar por por muitos muitos anos: to sopra to sopra anos: "Tu “Tu fai fai con conto sopra ii beni, beni, bisogna bisogna prim primaa far far ii il con conto sopra gli gli anni" anni” ["Tu [“Tu fazes fazes aa conta conta sobre sobre os os bens, bens, seria seria preciso preciso Iazer fazer primeiro primeiro aa conta conta sobre sobre os os anos"]. anos”]. Para Para nao não errar errar aa conta conta nos nos anos, anos, contam contam por por minutos. minutos. Na Na corte, corte, nos nos ministerios, ministérios, no no topo topo da da administracao administração ee do do Exercito, Exército, entra entra um um monte monte de de sujeitinhos, sujeitinhos, dos dos quais quais oo melhor melhor que que se se pode dizer pode dizer eé que que nao não se se sabe sabe de de onde onde eles eles vem, vêm, uma um a boernia boêmia barulhenta, barulhenta,

e

s8 A A Fronde Fronde foi foi um um movimento movimento oposicionista oposicionista aristocratico-burgues aristocrático-burguês que que existiu existiu de 1648 de 1648 aa 1653 1653 contra contra o o absolutismo absolutismo na na Franca, França. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

292 292 suspeita, rapace, rapace, que que se se enfia enfia em em roupagens roupagens engalanadas engalanadas com com aa mesrna mesma suspeita, dignidade grotesca grotesca dos dos altos altos dignitaries dignitários de Soulouque. Pode-se Pode-se visualizar visualizar dignidade de Soulouque. essa essa camada camada alta alta da da Sociedade Sociedade de de 10 10 de de Dezembro Dezembro quando quando se se considera considera que que V V eron-Crevel éro n -C revel 99 eé seu seu moralista moralista ee Granier Granier de de Cassagnac Cassagnac o o seu seu penpen­ sador. Quando Quando Guizot, Guizot, na época de de seu seu ministerio, ministério, usou desse Granier Granier sador. na epoca usou desse num jornaleco jom aleco contra contra aa oposicao oposição dinastica, dinástica, costumava costumava elogia-lo elogiá-lo com com num essa tirada: tirada: "C'est “C’est le le roi roi des des droles", drôles”, "e “é oo rei rei dos dos palhacos". palhaços” . Seria Seria essa injusto lembrar lem brar aa Regencia Regência 10 10 ou ou Luis Luís XIV XIV com com aa corte corte ee aa camarilha camarilha injusto de Luis Luís Bonaparte. Bonaparte. Pois “a Franca França ja já vivenciou vivenciou varias várias vezes vezes um um governo governo de Pois "a de favoritas, favoritas, mas mas ainda ainda nunca nunca um um governo governo de de hommes hommes entretenus" entretenus” 11 11 de [homens teudos teúdos ee manteudos]. manteúdos]. [homens Impelido Impelido pelas pelas exigencias exigências contradit6rias contraditórias de de sua sua situacao, situação, estando estando ao mesmo tempo, como como um um magico, mágico, ante ante aa necessidade necessidade de de manter, manter, ao mesmo tempo, através de surpresas constantes, constantes, os os olhos olhos do do publico público fixados fixados sobre sobre si si atraves de surpresas mesmo como como substituto substituto de de Napoleão, tendo, portanto, portanto, de de executar executar aa mesmo Napoleao, tendo, cada dia dia um golpe de de Estado Estado en en miniature miniature [em [em miniatura], Bonaparte cada um golpe miniaturaJ, Bonaparte leva toda aa economia economia burguesa uma confusao confusão unica, única, toca toca em em tudo tudo leva toda burguesa aa uma que parecia parecia intocavel intocável aà Revolucao Revolução de de 1848, 1848, faz faz com com que que alguns alguns se se oo que tom em pacientes pacientes com com aa Revolucao, Revolução, outros outros sequiosos sequiosos de de revolucao revolução ee tomem cria aa pr6pria própria anarquia anarquia em em nome nome da da ordem, ordem, enquanto, enquanto, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, cria arranca de de toda toda aa maquina máquina do do Estado Estado oo halo de santidade, santidade, profana-a, arranca halo de profana-a, torna-a simultaneamente simultaneamente nojenta nojenta ee ridicula. ridícula. 0 O culto culto do do Manto M anto Sagrado Sagrado torna-a de de Trier Trier 12, 12, ele ele oo retoma retoma em em Paris Paris no no culto culto do do manto manto imperial imperial naponapoleônico. Mas Mas quando quando finalmente manto imperial imperial recair recair sobre sobre os os ombros ombros leonico. finalmente oo manto de Luis Luís Bonaparte, Bonaparte, aa estatua estátua de de bronze bronze de de Napoleão de cair cair do do de Napoleao há ha de 13• topo da da Coluna Coluna Vendôme topo Vendome 1S.

Balzac, Dr. Balzac, na na Cousine Cousine Bette, Bette, representa representa em em Crevel, Crevel, que que ele ele esbocou esboçou segundo segundo o o Dr. Veron, oo proprietario Véron, proprietário do do Constitutionnel, Constitutionnel, o o filisteu filisteu parisiense parisiense mais mais imoral. imoral. (N. Marx.) (N . de de Marx.) 10 Durante Durante a a minoridade minoridade de de Luis Luís XV, XV, Filipe Filipe de de Orleans Orléans foi foi regente regente de de 171 1715S aa 10 1723. (N. (N . do do ed. al.) 1723. ed. al.) 11 Palavras 8 Girardin. Palavras da da Sr. Sr.a Girardin. (N. (N . de de Marx.) Marx.) 12 Esse exibido na na catedral 12 Esse manto manto era era exibido catedral de de Trier Trier pelo pelo clero clero reacionario. reacionário. (N.T.) (N .T .) 13 A Coluna Coluna Vendome, Vendôme, com com uma uma estatua estátua de de Napoleiio, Napoleão, foi foi erigida erigida na na Praca Praça is A Vendôme vitória de de 1805. 1805. Em Em 1863, 1863, Napoleao Napoleão II[ III ordenou ordenou que que Vendome para para recordar recordar aa vit6ria estátua de de Napoleao Napoleão I, I, com com chapeu chapéu napoleonico napoleônico ee capote capote de de campanha, campanha, fosse fosse aa estatua retirada retirada ee substituida substituída por por uma uma estatua estátua com com toda toda aa roupagern roupagem imperial. imperial. Em Em maio maio de 1871, 1871, por por decisao decisão da da Comuna Comuna de de Paris, Coluna Vendorne Vendôme foi foi destruida destruída de Paris, aa Colona como simbolo símbolo do do militarismo militarismo ee do do chauvinismo. chauvinismo. ((N do ed. ed. al.) al.) como N.. do 99

4.

O QUE £ É A COMUNA? ** K. MARX: 0

N a manha m anhã de de 18 18 de de março de 1871, 1871, Paris Paris foi foi acordada acordada pelo pelo Na marco de trovejar: trovejar: "Viva “Viva aa Cornunal" Comuna!” 0 O que que é aa Comuna, Comuna, essa essa esfinge esfinge que que coloca coloca entendimento burgues burguês ante ante uma uma prova tão dura? dura? oo entendimento prova tao

e

"Os manifesto de “Os proletarios proletários de de Paris", Paris”, dizia dizia o o Comite Comitê Central Central em em seu seu manifesto de 18 18 de de rnarco, março, "em “em meio meio as às derrotas derrotas ee aà trai9ao traição das das classes classes dominantes, dominantes, compreenderam compreenderam que que soou soou aa hora hora em em que que eles eles precisam precisam salvar salvar aa situacao, situação, tomando tomando em em suas suas pr6prias próprias maos mãos aa direcao direção das das coisas coisas publicas públicas.. .. .. ComCom­ preenderam que que eé seu seu dever dever maior maior ee seu seu direito direito absoluto absoluto fazerem-se fazerem-se preenderam senhores de de sua sua pr6pria própria história tomarem oo poder poder governamental." governamental.” 11 senhores hist6ria ee tomarem Mas classe trabalhadora pode simplesmente simplesmente tomar tom ar posse posse Mas aa classe trabalhadora não nao pode da maquina máquina do do Estado Estado pronta pronta ee faze-la fazê-la rodar rodar para para os os seus próprios da seus pr6prios prop6sitos. propósitos. O poder estatal onipresentes — - exerO poder estatal centralizado, centralizado, com com seus seus orgaos órgãos onipresentes exér­ cito burocracia, clero, cito permanente, permanente, policia, polícia, burocracia, clero, magistratura, magistratura, 6rgaos órgãos mantimanti­ dos segundo segundo oo piano plano de de uma uma divisao divisão sistematica sistemática ee hierárquica de tra­ dos hierarquica de trabalho -— origina-se origina-se dos dos tempos tempos da da monarquia monarquia absoluta, absoluta, quando quando serviu serviu balho aà sociedade sociedade burguesa burguesa emergente emergente como como uma uma arma arma poderosa poderosa em em suas suas lutas contra o o feudalismo. feudalismo. Entretanto, Entretanto, seu seu desenvolvimento desenvolvimento permaneceu permaneceu lutas contra

** Reproduzido Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K . Der D er Biirgerkrieg Bürgerkrieg in in Frankreich. Frankreich. Adresse Adresse des des GeneralGeneralrats der der lnternationalen Internationalen Arbeiterassoziation Arbeiterassoziation (A (A guerra guerra civil civil na na Franca. França. Manifesto M anifesto rats do Conselho Conselho Geral Geral da da Associaciio Associação Internacional internacional dos dos Trabalhadores+. Trabalhadores). In: In: M1 Makx, do ...oc, K. ENGELS, F. Ausgewiihlte K. e e E n g e l s , F. Ausgewàhlte Werke. Werke. 8. 8. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1979. 1979. v. v. IV, IV, cap. por Flavio cap. Ill, III, p. p. 70·88. 7 0 -8 8 . Traduzido Traduzido por Flávio R. R. Kothe. Kothe. 1I Journal Journal 0/jiclel Officiel de de la la Republique Republique [rancaise française [Joma/ [Jornal Oficial Oficial da da Reptsblica República FranFran­ cesa], Paris, 21 cesa], Paris, 21 de de marco março de de 1871. 1 871. (N. ( N . do do ed. ed. al.) al.)

294 294 inibido por toda inibido por toda sorte sorte de de lixo lixo medieval, medieval, privilegios privilégios senhoriais senhoriais ee aristoaristo­ craticos, monop6lios municipais corporativos ee cocráticos, privilegios privilégios locais, locais, monopólios municipais ee corporativos có­ digos provinciais. A Revolucao Francesa do seculo digos provinciais. A enorme enorme vassoura vassoura da da Revolução Francesa do século XVIII varreu embora essas ruinas tempos passados X V III varreu embora todas todas essas ruínas de de tempos passados ee Jimpou limpou assim, chao social que estaassim, simultaneamente, simultaneamente, o o chão social dos dos ultimos últimos empecilhos empecilhos que estavam ediffcio do vam no no caminho caminho da da supra-estrutura supra-estrutura [uberbau] [überbau] do do moderno moderno edifício do Estado. no Primeiro Estado. Este Este moderno moderno ediffcio edifício do do Estado Estado ergueu-se ergueu-se no Primeiro Imperio, Império, que, vez, tinha criado pelas velha que, por por sua sua vez, tinha sido sido criado pelas guerras guerras de de coalizao coalizão da da velha Europa Durante as Europa semifeudal semifeudal contra contra aa Franca França moderna. moderna. Durante as formas formas subsesubse­ quentes qüentes de de dominacao, dominação, o o govemo governo foi foi colocado colocado sob sob controle controle parlamentar, parlam entar, isto direto das um lado, isto e, é, sob sob oo controle controle direto das classes classes possuidoras. possuidoras. Por Por um lado, evoevo­ luiu agora para um viveiro do Estado impostos luiu agora para um viveiro de de colossais colossais dividas dívidas do Estado ee impostos opressivos virtude da da irresistivel forca de de atracao de opressivos ee tomou-se, tornou-se, em em virtude irresistível força atração de seu burocratico, de de sua distribuicao de seu poder poder burocrático, de seus seus salaries salários ee de sua distribuição de empregos, empregos, oo porno concorrentes ee dos aventureiros das pomo da da disc6rdia discórdia das das Iaccoes facções concorrentes dos aventureiros das classes outro lado, classes dominantes dominantes -— por por outro lado, modificou-se modificou-se o o seu seu carater caráter polipolí­ tico as modificações modificacoes econômicas econornicas da da sociedade. A ~dida tico junto junto com com as sociedade. À medida que desenvolvia, ampliava, que oo progresso progresso da da industria indústria moderna m oderna desenvolvia, ampliava, aprotunaprofun­ dava antitese entre na mesma mesma medida dava aa antítese entre capital capital ee trabalho, trabalho, na medida o o poder poder do do Estado carater de um poder poder publico para aa Estado adquiria adquiria mais mais ee mais mais o o caráter de um público para repressao uma máquina maquina para repressão da da classe classe trabalhadora, trabalhadora, de de uma para aa dominacao dominação de assinale um de classe. classe. Depois Depois de de cada cada revolucao revolução que que assinale um avanco avanço da da luta luta de do poder poder do Estado aparece de classes, classes, o o carater caráter puramente puramente repressivo repressivo do do Estado aparece mais mais abertamente. 1830 transferiu governo mais ee mais abertamente. A A Revolucao Revolução de de 1830 transferiu oo governo dos proprietaries de com isso, dos proprietários de terra terra para para os os capitalistas capitalistas e, e, com isso, dos dos adveradver­ sarios adversaries mais dos trabalha­ trabalhasários mais mais distantes distantes para para os os adversários mais pr6ximos próximos dos dores. em dores. Os Os republicanos republicanos burgueses, burgueses, que que tomaram tomaram oo leme leme do do Estado Estado em norne usararn-no para para provocar provocar as nome da da Revolucao Revolução de de Fevereiro, Fevereiro, usaram-no as matancas matanças de de junho, junho, para para demonstrar demonstrar aà classe classe operaria operária que que aa reptiblica república "social" “social” nada significava alern atraves da Republica; nada significava além da da repressao repressão social social deles deles através da República; ee para dos burgueses burgueses ee proprietaries para demonstrar dem onstrar aà massa massa dos proprietários rurais rurais rnonarmonarquistas podiam deixar quistas que que eles eles bem bem que que podiam deixar os os cuidados cuidados ee as as vantagens vantagens financeiras para os Depois deste deste financeiras do do governo governo para os republicanos republicanos burgueses. burgueses. Depois seu feito her6ico junho, s6 seu unico único feito heróico de de junho, só restou, restou, no no entanto, entanto, aos aos republirepubli­ canos rnembro do canos burgueses burgueses recuar recuar de de primeiro primeiro rnembro membro para para ultimo último membro do "Partido Ordern"” -— uma uma coalizao as fracoes “Partido da da Ordem coalizão formada formada por por todas todas as frações ee Iaccoes abertamente facções das das classes classes apropriadoras apropriadoras em em sua sua antitese, antítese, agora agora abertamente declarada, seu governo governo declarada, as às classes classes produtoras. produtoras. A A forma forma adequada adequada de de seu conjunto Bonaparte coma conjunto era era aa Republica República Parlamentar Parlam entar com com Luis Luís Bonaparte como PresiPresi­ dente, dente, um um governo governo de de descarado descarado terrorismo terrorismo de de classe classe ee da da ofensa ofensa propro­ posital multitude" [vii rnultidao]. como dizia posital aà "vile “vile m ultitude” [vil multidão]. Se, Se, como dizia Thiers, Thiers, aa RepiiRepú­ blica Parlamentar blica Parlam entar era era aa forma forma de de Estado Estado que que menos menos dividia dividia as as fracoes frações da ela abria, abria, no no entanto, classe da classe classe dominante, dominante, ela entanto, um um abismo abismo entre entre essa essa classe ee oo todo fora de todo do do corpo corpo social, social, que que vivia vivia fora de suas suas parcamente parcamente semeadas semeadas fileiras. limitacoes que, internas fileiras. As As limitações que, sob sob governos governos anteriores, anteriores, as as rupturas rupturas internas

295 295 daquela tinham sido daquela classe classe ainda ainda tinham tinham imposto imposto ao ao poder poder estatal, estatal, tinham sido agora agora superadas vista da scensao do superadas atraves através de de sua sua uniao. união. Em Em vista da ameacadora ameaçadora -aascensão do proletariado, aa classe unificada usava agora safadamente, proletariado, classe dominante dominante unificada usava agora safadamente, sem poder do como instrumento sem ct(> dó nem nem piedade, piedade, oo poder do Estado Estado como instrumento nacional nacional da guerra do Mas aa cruzada da guerra do capital capital contra contra oo trabalho. trabalho. Mas cruzada incessante incessante contra contra as massas produtoras obrigava com as massas produtoras obrigava nao não s6 só aa equipar equipar oo Poder Poder Executivo Executivo com uma forca de obrigava-a tarnbem despojar pouco pouco uma crescente crescente força de repressao; repressão; obrigava-a também aa despojar parlamentar - aa Assembleia aa pouco pouco aa sua sua pr6pria própria superfortaleza superfortaleza parlam entar — Assembléia NaN a­ cional todos os contra oo Poder cional -— de de todos os seus seus meios meios de de defesa defesa contra Poder Executivo. Executivo. O na pessoa Bonaparte, colocou-a colocou-a no O Poder Poder Executivo, Executivo, na pessoa de de Luis Luís Bonaparte, no olho olho da 0 fruto feito came da republica da rua. rua. O fruto feito carne da república do do "Partido “Partido da da Ordem" Ordem ” foi foi o o Segundo Segundo Imperio. Império. O de Estado como atestado atestado de O Imperio, Império, com com o o golpe golpe de Estado como de nascimento, nascimento, com universal como como com o o sufragio sufrágio universal como reconhecimento reconhecimento publico público ee aa espada espada como cetro, naquela grande massa dos dos cetro, declarava declarava apoiar-se apoiar-se nos nos camponeses, camponeses, naquela grande massa produtores estavam envolvidos imediato na luta entre produtores que que nao não estavam envolvidos de de modo modo imediato na luta entre capital capital ee trabalho. trabalho. Declarava Declarava salvar salvar aa classe classe operaria operária ao ao quebrar quebrar o o parlamentarismo e, governo as parlamentarismo e, com com ele, ele, aa indisfarcada indisfarçada submissao submissão do do governo às classes classes possuidoras. possuidoras. Declarava Declarava salvar salvar as as classes classes possuidoras possuidoras atraves através da da manutencao trabalhadora; manutenção de de sua sua superioridade superioridade economica econômica sobre sobre aa classe classe trabalhadora; e, todas as classes atraves da ressurreicao da e, finalmente, finalmente, declarava declarava unir unir todas as classes através da ressurreição da miragem gloria nacional. Em realidade era aa unica posslvel miragem da da glória nacional. Em realidade era única forma forma possível de governo numa perdido aa capaci­ capacide governo numa epoca época · em em que que aa burguesia burguesia ja já tinha tinha perdido dade classe operaria conquisdade de de dominar dominar aa nacao nação ee aa classe operária ainda ainda nao não tinha tinha conquis­ tado essa como oo salvador tado essa capacidade. capacidade. 0 O mundo mundo inteiro inteiro oo aclamou aclamou como salvador da da sociedade. superadas todas todas sociedade. Sob Sob oo seu seu dominio, domínio, aa sociedade sociedade burguesa, burguesa, superadas as politicas, alcancou as preocupacoes preocupações políticas, alcançou um um desenvolvimento desenvolvimento jamais jamais sonhado sonhado sequer industria ee oo seu comercio se expandiram sequer por por ela ela mesma. mesma. A A sua sua indústria seu comércio se expandiram para dimensoes incomensuraveis; aa especulacao festejava para dimensões incomensuráveis; especulação financeira financeira festejava orgias rniseria das massas ressaltava nitidamente em orgias cosmopolitas; cosmopolitas; aa miséria das massas ressaltava nitidamente em contraste um luxo brilhante, ostensivo ostensivo contraste com com aa pompa pom pa desavergonhada desavergonhada de de um luxo brilhante, ee que poder estatal, alto que cheirava cheirava aa vilania. vilania. 0 O poder estatal, aparentemente aparentemente pairando pairando alto sobre no entanto, mais escansobre aa sociedade, sociedade, era, era, no entanto, ele ele mesmo mesmo o o escandalo escândalo mais escan­ daloso tempo, aa incubadeira daloso dessa dessa sociedade sociedade e, e, ao ao mesmo mesmo tempo, incubadeira de de toda toda aa sua apodrecimento da sua podridao. podridão. 0 O seu seu apodrecimento, apodrecimento, ee o o apodrecimento da sociedade sociedade por ele foi exposto pela baioneta baioneta da sua vez, vez, por ele salva, salva, foi exposto pela da Prussia, Prússia, que, que, por por sua ardia transladar aa dorninancia regime de ardia de de desejos desejos em em transladar dominância desse desse regime de Paris Paris para Bedim. para Berlim. 0 O imperialismo imperialismo ée aa forma forma mais mais prostituida prostituída ee simultaneasimultanea­ mente final poder estatal que foi luz pela mente final daquele daquele poder estatal que foi dado dado aà luz pela sociedade sociedade burguesa como oo instrumento instrumento de pr6pria libertacao burguesa emergente emergente como de sua sua própria libertação do do feudalismo ee que burguesa plenamente tinha feudalismo que aa sociedade sociedade burguesa plenamente desenvolvida desenvolvida tinha transformado instrumento de trabalbo pelo pelo capital. capital. transformado em em instrumento de opressao opressão do do trabalho A era aa Comuna. favor da A antitese antítese direta direta do do Imperio Império era Comuna. 0 O brado brado aa favor da "republica com que introduziu aa Revo“república social", social”, com que oo proletariado proletariado parisiense parisiense introduziu Revo­

296 296 IU<;ao de uma lução de Fevereiro, Fevereiro, apenas apenas expressava expressava aa aspiracao aspiração indefinida indefinida por por uma reptiblica nao deveria com aa forma de república que que não deveria apenas apenas acabar acabar com forma monarquista m onarquista de dominacao pr6pria dominacao de classe. dominação de de classe, classe, mas mas com com aa própria dominação de classe. A A Comuna Comuna era era aa forma forma definida definida dessa dessa republica. repúhjica. Paris, e, ao mesmo Paris, cJ O centro centro ee aa sede sede de de velho velho poder poder govemamental governamental e, ao mesmo tempo, oo centre da classe classe operaria tempo, centro de de gravidade gravidade social social da operária francesa, francesa, Paris Paris tinha contra aa tentativa seus fidaltinha se se levantado levantado em em armas armas contra tentativa de de Thiers Thiers ee seus fidalgotes rurais rurais [Krautjunkers] velho poder govergotes [Krautjunkers] de de restaurar restaurar ee etemizar eternizar o o velho poder gover­ namental que lhes adviera Paris só s6 pode opor porque, namental que lhes adviera do do Irnperio. Império. Paris pôde se se opor porque, como tinha ficado como decorrencia decorrência do do cerco, cerco, tinha ficado livre livre do do exercito, exército, em em cujo cujo lugar via colocado acional constituida lugar ha havia colocado uma uma Guard G uardaa N Nacional constituída principalmente principalmente por agora de transformar em uma por trabalhadores. trabalhadores. Tratava-se Tratava-se agora de transform ar este este fato fato em uma instituicao da Comuna foi, por instituição permanente. permanente. 0 O primeiro primeiro decreto decreto da Comuna foi, por isso, isso, aa repressao pelo povo repressão do do Exercito Exército existente existente ee aa sua sua substituicao substituição pelo povo armada. armado. A .!ra constituida pelos conselheiros conselheiros municipais municipais eleitos eleitos A Comuna Comuna ira constituída pelos atraves diversos distritos Paris. Eramlresatravés do do sufragio sufrágio universal universal nos nos diversos distritos de de Paris. E rairJresponsabilizaveis ee substituiveis maioria deles deles ponsabilizáveis substituíveis aa qualquer qualquer momenta. momento. A A maioria era por trabalhadores era composta composta naturalmente naturalmente por trabalhadores ou ou por por reconhecidos reconhecidos reprerepre­ sentantes A Comuna era para para ser corposentantes da da classe classe operaria. operária. A Comuna nao não era ser uma uma corpo­ racao mas trabalhadora, mesmo ração parlamentar, parlam entar, mas trabalhadora, executiva executiva ee legislativa legislativa ao ao mesmo tempo. Estado, foi tempo. A A policia, polícia, ate até entao então instrumento instrumento do do governo governo do do Estado, foi logo destituida as suas politicas ee transformada logo destituída de de todas todas as suas atribuicoes atribuições políticas transform ada no no instrumento .responsabilizavel da destituivel aa qualquer instrumento -responsabilizável da Comuna Comuna ee destituível qualquer momo­ menta. da mento. 0 O mesmo mesmo com com os os funcionarios funcionários de de todos todos os os outros outros ramos ramos da adrninistracao. A cornecar pelos membros administração. A começar pelos membros da da Comuna, Comuna, o o service serviço publico público devia devia receber receber saldrio salário de de trabalhador. trabalhador. Os Os direitos direitos adquiridos adquiridos ee as as verbas verbas de representacao dos do Estado de representação dos altos altos dignitaries dignitários do Estado desapareceram desapareceram com com esses Os cargos cargos publicos ser aa proprieesses mesmos mesmos dignitaries. dignitários. Os públicos deixaram deixaram de de ser proprie­ dade testas-de-ferro do central. Nao dade privada privada dos dos testas-de-ferro do governo governo central. Não s6 só aa adminisadminis­ tracao ate então entao exercida tração municipal, municipal, mas mas tambem também toda toda aa iniciativa iniciativa até exercida pelo pelo Estado, foi da Cornuna. Estado, foi colocada colocada nas nas maos mãos da Comuna. Uma Uma vez vez eliminados eliminados o o Exercito Exército permanente permanente ee aa polfcia, polícia, os os instruinstru­ mentos do mentos do poderio poderio material material do do velho velho governo, governo, aa Comuna Comuna tratou tratou logo logo de quebrar repressao espiritual, padres de quebrar oo instrumental instrumental de de repressão espiritual, o o poder poder dos dos padres ee religiosos; entre Igreja Igreja ee Estado Estado [Aufl6sung] religiosos; decretou decretou aa separacao separação entre [Auflõsung] ee aa expropexprop iac;ao iação [Enteignung] [Enteignung] de de todas todas as as igrejas igrejas na na medida medida em em que que eram propriedades. Os foram mandados de eram corporacoes corporações com com propriedades. Os padrecos padrecos foram mandados de volta vida privada volta ao ao retiro retiro da da vida privada para, para, aa exemplo exemplo de de seus seus antecessores, antecessores, os ap6stolos, viverem viverem das esmolas dos crentes. Todas instituicoes de os apóstolos, das esmolas dos crentes. Todas as as instituições de ensino povo e, e, ao mesmo tempo, tempo, purifi­ purifiensino foram foram abertas abertas gratuitamente gratuitamente ao ao povo ao mesmo cadas ou da Igreja. Com nao cadas de de qualquer qualquer intromissao intromissão do do Estado Estado ou da Igreja. Com isso, isso, não s6 pr6pria só aa formacao formação escolar escolar se se tornava tornava acessfvel acessível aa todos, todos, mas mas aa própria

297 297 ciencia ciência era era libertada libertada das das cadeias cadeias impostas impostas pelo pelo preconceito preconceito de de classe classe ee pelo pelo poder poder do do governo. governo. Os perderam aquela Os funcionarios funcionários judiciais judiciais perderam aquela independencia independência aparente, aparente, que que s6 só servira servira para para escamotear escamotear aa sua sua submissao submissão aa todos todos os os sucessivos sucessivos govemos, aos quais um aa um, governos, aos quais haviam, haviam, um um, prestado prestado ee quebrado quebrado oo juramento juram ento de de fidelidade. fidelidade. Como Como todos todos os os demais demais funcionarios funcionários publicos, públicos, dai daí por por diante diante eles eles deveriam deveriam ser ser eleitos, eleitos, responsabilizaveis respònsabilizáveis ee demissiveis. demissíveis. A A Comuna Comuna de de Paris Paris deveria deveria servir, servir, naturalmente, naturalmente, de de modelo modelo para para todos todos os os centros centros industriais industriais da da Franca. França. Assim Assim que que aa ordem ordem comunal comunal das das coisas coisas tivesse tivesse sido sido introduzida introduzida em em Paris Paris ee nos nos centros centros de de segunda segunda grangran­ deza, deza, tambem também nas nas provincias províncias o o antigo antigo govemo governo centralizado centralizado teria teria de de dar lugar aà autogestao dar lugar autogestão dos dos produtores. produtores. Num Num breve breve esboco esboço da da organiorgani­ zacao nao teve zação nacional nacional que que aa Comuna Comuna não teve tempo tempo de de desenvolver, desenvolver, eé dito dito expressamente expressamente que que aa Comuna Comuna deveria deveria ser ser aa forma forma politica política ate até mesmo mesmo da menor da m enor aldeia aldeia ee que que no no campo campo o o exercito exército permanente permanente deveria deveria ser ser substituido umaa milicia substituído por por um milícia popular. popular. As As comunas comunas rurais rurais de de cada cada distrito distrito deveriam deveriam administrar adm inistrar as as suas suas questoes questões coletivas coletivas atraves através de de uma uma assemassem­ bleia na capital bléia de de representantes representantes na capital do do distrito distrito e, e, dai, daí, essas essas assembleias assembléias distritais distritais deveriam deveriam enviar enviar representantes representantes para para aa delegacao delegação nacional nacional em em Paris; os Paris; os representantes representantes deveriam deveriam ser ser substituiveis substituíveis aa qualquer qualquer momento momento ee comprometidos comprometidos com com as as instrucoes instruções dadas dadas por por seus seus eleitores. eleitores. As As poucas, poucas, mas importantes, funcoes mas importantes, funções que, que, entao, então, ainda ainda restavam restavam aa um um governo governo cencen­ tral nao tral não deveriam, deveriam, ao ao contrario contrário do do que que se se disse, disse, falsificando-o falsificando-o propositaproposita­ damente, funcionarios comunais, isto damente, ser ser suprimidas, suprimidas, mas mas transferiveis transferíveis aa funcionários comunais, isto e, rigorosamente responsabilizaveis. A unidade é, rigorosamente respònsabilizáveis. A unidade da da nacao nação nao não deveria deveria ser atraves da ser quebrada, quebrada, mas, mas, pelo pelo contrario, contrário, organizada organizada através da constituicao constituição comunal; ela deveria uma realidade comunal; ela deveria tornar-se tornar-se uma realidade pelo pelo aniquilamento aniquilamento daquele daquele poder do poder do Estado Estado que que fazia fazia de de conta conta que que · era era aa corporificacao corporificação dessa dessa unidade, mas unidade, mas que que pretendia pretendia ser ser independente independente da da nacao nação ee estar estar acima acima dela, dela, em em cujo cujo corpo, corpo, no no entanto, entanto, so só era era uma uma excrescencia excrescência parasitaria. parasitária. Enquanto se Enquanto se tratava tratava de de cortar cortar os os orgaos órgãos apenas apenas repressivos repressivos do do velho velho poder funcoes justas poder governamental, governamental, as as suas suas funções justas deveriam deveriam ser ser arrancadas arrancadas de de um um Poder Poder que que pretendia pretendia estar estar acima acima da da sociedade sociedade ee ser ser devolvidas devolvidas aos aos servidores servidores responsaveis responsáveis da da sociedade. sociedade. Ao Ao inves invés de de decidir decidir aa cada cada tres ou três ou seis seis anos anos sobre sobre qua! qual oo membro membro da da classe classe dominante dominante que que devia devia representar [vertreten] pisotear [zertreten] representar [vertreten] ee pisotear [zertreten] oo povo povo no no Parlamento, Parlamento, o o sufragio universal devia sufrágio universal devia servir servir ao ao povo povo constituido constituído em em Comunas Comunas assim assim como como oo direito direito individual individual ao ao voto voto serve serve aa qualquer qualquer patrao patrão para para escolher, escolher, em em seu seu negocio, negócio, operarios, operários, supervisores supervisores ee contadores. contadores. E E eé suficientesuficiente­ mente mente sabido sabido que, que, quando quando se se trata trata de de neg6cios, negócios, sociedades sociedades comumente comumente sabem, sabem, tao tão bem bem quanta quanto individuos, indivíduos, escolber escolher oo bomem homem certo certo e, e, caso caso uma uma vez retificar isso. lado, nada vez se se enganem, enganem, logo logo sabem sabem retificar isso. Mas, Mas, por por outro outro lado, nada poderia poderia ser ser mais mais estranho estranho ao ao espirito espírito da da comuna comuna do do que que substituir substituir o o sufragio universal por sufrágio universal por uma uma investidura investidura hierarquica. hierárquica.

298 298

:e

usual das das novas novas criações criacoes historicas confundidas É o o destino destino usual históricas o o serem serem confundidas com uma peca marginal de formas antigas mesmo anacronicas com uma peça marginal de formas antigas ee ate até mesmo anacrônicas da vida social sejam mais mais ou menos parecidas. da vida social com com as as quais quais sejam ou menos parecidas. Assim, Assim, essa do Estado foi vista vista essa nova nova Comuna, Comuna, que que quebra quebra oo poder poder do Estado moderno, moderno, foi como que primeiro como uma uma revitalizacao revitalização das das comunas comunas medievais, medievais, que primeiro precedeprecede­ ram aquele aquele poder ram poder do do Estado Estado e, e, em em seguida, seguida, constituiram constituíram o o seu seu fundafunda­ mento. foi confundida mento. -— A A constituicao constituição comunal comunal foi confundida com com uma uma federacao federação 2 de de pequenos pequenos Estados, Estados, como como Montesquieu M ontesquieu ee os os Girondins Girondins [girondinos] [girondinos]2 aa sonharam, que sonharam, no no lugar lugar daquela daquela uniao união de de grandes grandes povos povos que, que, ainda ainda que instaurada forca, agora instaurada originalrnente originalmente pela pela força, agora havia havia se se tornado, tornado, no no entanto, entanto, um producao social. - A A antitese um fator fator poderoso poderoso da da produção social. — antítese entre entre Comuna Comuna ee Poder com uma uma forma forma exagerada da velha Poder do do Estado Estado foi foi confundida confundida com exagerada da velha luta Circunstancias hist6ricas peculiares poluta contra contra aa hipercentralizacao. hipercentralização. Circunstâncias históricas peculiares po­ dem, atrapalhado aa evolução evolucao clássica classics da dem, em em outros outros paises, países, ter ter atrapalhado da forma forma burguesa de ocorrida na na Franca podem ter que, burguesa de governo governo ocorrida França ee podem ter permitido permitido que, como na centrais do como na Inglaterra, Inglaterra, os os grandes grandes orgaos órgãos centrais do Estado Estado se se completem, completem, nas cidades, connas cidades, atraves através de de corruptas corruptas assembleias assembléias paroquiais paroquiais (vestries), (vestries), con­ selheiros municipais embolsadores de dinheiro selheiros municipais embolsadores de dinheiro ee raivosos raivosos administradores administradores de beneficiencias e, no no campo, herede beneficiências e, campo, atraves através de de juizes-de-paz juízes-de-paz de de fato fato here­ ditarios. A A constituição constituicao por comunas teria, pelo contrário, contrario, devolvido ditários. por comunas teria, pelo devolvido ao entao, aa excrescência excrescencia parasi­ parasiao corpo corpo social social todas todas as as Iorcas forças que, que, ate até então, taria "Estado", que vive vive da da sociedade liberdade de tária “E stado”, que sociedade ee inibe inibe aa sua sua liberdade de movimovi­ mentos, tinha devorado. teria encaminhado mentos, tinha devorado. S6 Só por por esse esse fato fato ela ela ja já teria encaminhado o o renascimento da Franca. - A A classe renascimento da França. — classe media média das das cidades cidades de de provincia província via na restauracao do do domínio dominio que, sob Luis via na Comuna Comuna uma uma tentativa tentativa de de restauração que, sob Luís Filipe, Filipe, ela ela tinha tinha exercido exercido sobre sobre oo campo campo ee que, que, sob sob Luis Luís Bonaparte, Bonaparte, foi dominacao do as cidades. foi reprimida reprimida atraves através da da suposta suposta dominação do campo campo sabre sobre as cidades. Mas, na na realidade, realidade, aa constituicao teria atraido produtores Mas, constituição comunal comunal teria atraído os os produtores rurais das capitais rurais sob sob aa direcao direção espiritual espiritual das capitais de de distritos distritos ee lhes lhes assegurado assegurado la, nos seus intelá, nos trabalhadores trabalhadores citadinos, citadinos, os os representantes representantes naturais naturais de de seus inte­ resses — - A mera existencia coma algo resses A mera existência da da Comuna Comuna implicava, implicava, como algo natural, natural, aa auto-adrninistracao mas já ja nao poder aulo-administração local, local, mas não mais mais como como contrapeso contrapeso ao ao poder do Estado, agora agora tornado do Estado, tornado superfluo. supérfluo. S6 Só aa um um Bismarck Bismarck que, que, quando quando nao com as de ferro ferro ee fogo, não esta está ocupado ocupado com as intrigas intrigas de fogo, esta está de de volta volta aà sua sua antiga que tão tao bem mental, de de antiga ocupacao, ocupação, que bem corresponde corresponde aa seu seu calibre calibre mental, colaborar Kladderadatsch atribuir colaborar no no K ladderadatsch :i -— s6 só uma uma cabeca cabeça dessas dessas poderia poderia atribuir uma saudade caricatura da àa Comuna Comuna de de Paris Paris uma saudade daquela daquela caricatura da velha velha consticonsti­ tuicao municipal 1791, da da ordenacao municipal prussiana prussiana tuição municipal francesa francesa de de 1791, ordenação municipal que rebaixa as as adrninistracoes roldanas subsidiarias que rebaixa administrações municipais municipais aa meras meras roldanas subsidiárias na na maquinaria maquinaria estatal estatal prussiana. prussiana. -— A A Comuna Comuna tornou tornou realidade realidade aa palavra-de-ordern todas as palavra-de-ordem de de todas as revolucoes revoluções burguesas burguesas ___: —; governo governo barato barato 2 Francesa, os girondinos representavam representavam os os interesses interesses da da 2 Na Na Grande Grande Revolucao Revolução Francesa, os girondinos burguesia (N. do burguesia alta alta ee media. média. (N. do ed. ed. al.) al.) 3 fund ada em .T.).) 3 Revista Revista satirica satírica berlinense berlinense fundada em 1848. 1848. (N (N .T

299 -— ao suspender as maiores fontes despesas, oo exército exercito ee aa ao suspender as duas duas maiores fontes de de despesas, burocracia. existencia pressupunha pressupunha aa nao-existencia burocracia. Sua Sua mera mera existência não-existência da da monarm onar­ quia, quia, que, que, ao ao menos menos na na Europa, Europa, eé o o lastro lastro normal norm al ee o o encobrirnento encobrimento indispensavel indispensável da da dominacao dominação de de classe. classe. Ela Ela arranjou arranjou para para aa Republica República aa base verdadeiramente dernocraticas. base de de organizacoes organizações verdadeiramente democráticas. Mas Mas nem nem "governo “governo barato" nem aa "repiiblica verdadeira" eram final; ambos barato” nem “república verdadeira” eram aa sua sua meta meta final; ambos fofo­ ram ram seus seus subprodutos subprodutos naturais. naturais. A multiplicidade interpretacoes aa que Comuna foi A multiplicidade de de interpretações que aa Comuna foi submetida submetida ee aa multiplicidade multiplicidade de se encontraram mosde interesses interesses que que se encontraram expressos expressos nela nela mos­ tram uma forma de expansao, tram que que ela ela era era uma forma politica política plenamente plenamente capaz capaz de expansão, enquanto formas anteriores governo foram essencialmente enquanto todas todas as as formas anteriores de de governo foram essencialmente repressivas. era este: essencialmente repressivas. 0 O seu seu verdadeiro verdadeiro segredo segredo era este: ela ela era era essencialmente um o resultado resultado da da luta da classe um governo governo da da classe classe trabalhadora, trabalhadora, o luta da classe propro­ dutora finalmente descoberta, dutora contra contra aa apropriadora, apropriadora, aa forma forma politica, política, finalmente descoberta, na qual podia Ieita aa libertacao do trabalho. trabalho. na qual podia ser ser feita libertação economica econômica do Sem era uma uma impos­ imposSem esta esta ultima última condicao, condição, aa constituicao constituição comunal comunal era sibilidade um engodo. A dominacao produtores niio pode sibilidade ee um engodo. A dominação politica política dos dos produtores não pode existir devia existir ao ao lado lado da da eternizacao etemização de de sua sua servitude servitude social. social. A A Comuna Comuna devia servir, para revolucionar fundamentos econoservir, por por isso, isso, de de alavanca alavanca para revolucionar os os fundamentos econô­ micos sobre (Bestand) das micos sobre os os quais quais repousa repousa aa situacao situação existencial existencial (Bestand) das classes vez emancipado classes e, e, com com isso, isso, aa dorninacao dominação de de classe. classe. Uma Um a vez emancipado oo trabalho, toma um trabalho produtivo produtivo trabalho, todo todo homem homem se se torna um trabalhador, trabalhador, ee trabalho deixa caracteristica de de classe. deixa de de ser ser uma uma característica classe. ~ um fato peculiar: peculiar: apesar toda aa enorme É um fato apesar de de toda enorme conversalhada conversalhada ee da da imensuravel literatura dos dos ultimos emancipacao dos imensurável literatura últimos 60 60 anos anos sobre sobre aa emancipação dos trabalhadores que os os trabalhadores, trabalhadores, em qualquer lugar, trabalhadores -— assim assim que em qualquer lugar, tomam tomam aa coisa maos, logo tambem volta volta aa ressoar coisa em em suas suas pr6prias próprias mãos, logo também ressoar o o fraseado fraseado apologetico polos: apologético dos dos porta-vozes porta-vozes da da atual atual sociedade sociedade com com seus seus dois dois pólos: capital latifundiario eé agora agora apenas capital ee escravidao escravidão assalariada assalariada ((oo latifundiário apenas o o s6cio sócio comanditario como se com anditário do do capitalista), capitalista), como se aa sociedade sociedade capitalista capitalista ainda ainda vivi­ vesse da mais' pura inocencia virginal, com vesse no no estado estado da mais" pura inocência virginal, com todos todos os os seus seus fundamentos as suas fundamentos ainda ainda nao não desenvolvidos, desenvolvidos, todas todas as suas auto-ilusoes auto-ilusões ainda ainda nao não desveladas, desveladas, toda toda aa sua sua prostituida prostituída realidade realidade ainda ainda nao não exposta! exposta! A A Comuna, com aa propriedade, toda Comuna, exclamam, exclamam, quer quer acabar acabar com propriedade, fundamento fundamento de de toda aa civilizacaol meus Senhores, com aquela civilização! Sim, Sim, meus Senhores, aa Comuna Comuna queria queria acabar acabar com aquela propriedade propriedade classista classista que que transforma transform a o o trabalho trabalho de de muitos muitos na na riqueza riqueza de de poucos. poucos. Ela Ela pretendia pretendia aa expropriacao expropriação dos dos expropriadores. expropriadores. Ela Ela queria queria fazer fazer da da propriedade propriedade individual individual [individuelle [individuelle Eigentum] Eigentum] uma uma realidade, realidade, ao producao, aa terra agora ao transformar transform ar os os meios meios de de produção, terra ee oo capital, capital, que que agora siio são sobretudo sobretudo meios meios de de servilizacao servilização ee exploracao exploração do do trabalho, trabalho, em em meros meros instrumentos associado. -— Mas isso ée oo comunismo, instrumentos do do trabalho trabalho livre livre ee associado. Mas isso comunismo, oo "impossivel" pessoas oriundas classe “impossível” comunismo! comunismo! Ora, Ora, aquelas aquelas pessoas oriundas da da classe dominante coropreender aa imposdominante que que sao são suficientemente suficientemente razoaveis razoáveis para para compreender impos­ sibilidade sistema atual muitos -— sibilidade da da manutencao m anutenção do do sistema atual -— ee desses desses ha há muitos

300 300 engirarn-se prolixos da producao contempoerigiram-se em em apostolos apóstolos importunos im portunos ee prolixos da produção contempo­ ranea. apenas fútil futil aparencia rânea. Mas Mas sea se a producao produção contemporanea contem porânea niio não for for apenas aparência ee vertigem, vertigem, 'se capitalista, se se suprimirem suprimirem o o sistema sistema capitalista, se aa totalidade totalidade dos dos contemporaneos regularizar producao nacional piano concontemporâneos regularizar aa produção nacional segundo segundo um um plano con­ junto, junto, tomando-a, tomando-a, com com isso, isso, sob sob oo seu seu pr6prio próprio controle controle ee dando dando um um fim aà anarquia anarquia constante constante ee as às convulsoes convulsões repetidas repetidas periodicamente periodicamente que fim que sao são oo destino destino inevitavel inevitável da da producao produção capitalista capitalista -— que que seria seria isso isso seniio, senão, meus comunismo? meus Senhores, Senhores, oo comunismo, comunismo, oo "impossivel" “impossível” comunismo? A trabalhadora niio A classe classe trabalhadora não pedia pedia milagres milagres à Comuna. Comuna. Ela Ela nao não tern tem nenhuma pronta ee definitiva introduzir atraves de uma uma reso­ resonenhuma utopia utopia pronta definitiva aa introduzir através de lucao povo. Sabe libertacao e, lução do do povo. Sabe que, que, para para levar levar avante avante aa sua sua pr6pria própria libertação e, com com ela, ela, aquela aquela forma forma superior superior de de vida vida aa que que aspira aspira irresistivelmente irresistivelmente aa sociedade sociedade atual atual atraves através de de sua sua pr6pria própria evolucao evolução economica, econômica, sabe sabe que tern de passar por por longas longas lutas, por que ela, ela, a, a classe classe trabalhadora, trabalhadora, tem de passar lutas, por toda uma uma serie processos históricos, historicos, através atraves dos quais tanto tanto os toda série de de processos dos quais os hoho­ mens as circunstancias serao totalmente totalmente modificados. modificados. Ela niio mens quanto quanto as circunstâncias serão Ela não tern ideais da tem ideais aa realizar; realizar; ela ela s6 só tern tem de de per pôr em em liberdade liberdade os os elementes elementos da nova burguesa nova sociedade sociedade que que ja já se se desenvolveram desenvolveram no no seio seio da da sociedade sociedade burguesa em falencia. Em com aa em falência. Em plena plena consciencia consciência de de seu seu mandato m andato hist6rico histórico ee com resolucao dos her6is, de dele, aa classe trabalhadora pode pode resolução dos heróis, de agir agir aà altura altura dele, classe trabalhadora contentar-se contentar-se com com sorrir sorrir tanto tanto para para as as xingacoes xingações simp16rias simplórias dos dos lacaios lacaios da imprensa quanto burda imprensa quanto para para aa protecao proteção magisterial magisterial dos dos doutrinarios doutrinários bur­ gueses que apregoam gueses bem-intencionados bem-intencionados que apregoam os os seus seus ignaros ignaros lugares-comuns lugares-comuns ee suas suas bobagens bobagens sectarias sectárias em em tom tom oracular oracular de de infalibilidade infalibilidade científica. cientifica. Quando a Comuna de Paris tomou a direcao da revolucao em suas Quando a Comuna de Paris tomou a direção da revolução em suas proprias pela primeira trabalhadores ousapróprias maos; mãos; quando, quando, pela primeira vez, vez, simples simples trabalhadores ousa­ ram tocar privilegio de "superiores naturais" sob ram tocar oo privilégio de governar governar de de seus seus “superiores naturais” e, e, sob circunstancias precedente, executaram trabalho circunstâncias de de dificuldade dificuldade sem sem precedente, executaram o o seu seu trabalho com eles oo executavarn com discricao, discrição, consciencia consciência ee eficacia eficácia -— eles executavam par por salaries salários dos segundo uma dos quais quais oo mais mais elevado elevado era era um um quinto quinto do do que, que, segundo uma alta alta autoridade minima para autoridade cientlfica científica ((oo catedratico catedrático Huxley), H uxley), seria seria oo mínimo para urn um secretario velho mundo secretário do do conselho conselho escolar escolar londrino londrino -, — , entao então o o velho mundo se se revolveu raiva ao que, simrevolveu em em convulsoes convulsões de de raiva ao ver ver aa bandeira bandeira vermelha vermçlha que, sím­ bolo tremulava sabre predio da bolo da da Republica República do do Trabalho, Trabalho, tremulava sobre oo prédio da Prefeitura. Prefeitura. E, no entanto, foi essa classe ope­ opeE, no entanto, foi essa aa primeira primeira revolucao revolução em em que que aa classe raria abertamente reconhecida reconhecida como coma aa unica classe ainda rária veio veio aa ser ser abertamente única classe ainda capaz de de uma iniciativa social; social; reconhecida mesmo pela pela grande massa capaz uma iniciativa reconhecida mesmo grande massa da media parisiense excluidos da classe classe média parisiense -— lojistas, lojistas, artesaos, artesãos, comerciantes comerciantes -, — , excluídos apenas os capitalistas ricos. A Comuna salvou-os apenas os capitalistas ricos. A Comuna salvou-os mediante mediante uma uma sagaz sagaz solucao de disc6rdia pr6pria classe classe solução da da causa causa permanente permanente de discórdia dentro dentro da da própria media, •. Essa média, aa questao questão entre entre devedores devedores ee credores credores4. Essa mesma mesma parte parte da da

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A A Comuna Comuna de de Paris, Paris, atraves através de de decreto decreto de de 16 16 de de abril abril de dé 1871, 1871, estabeleceu estabeleceu que que todas as as dividas pagas em em parcelas no prazo prazo de tres anos sem todas dívidas deveriam deveriam ser ser pagas parcelas no de três anos ce sem acrescimo de al.) acréscimo de juros. juros. (N. (N . do do ed. ed. al.) 44

301 301 classe levante ope­ opeclasse media média tinha, tinha, em em 1848, 1848, participado participado na nà repressao repressão do do levante rario junho; e, em seguida, Assernrário de de junho; e, logo logo em seguida, tinha tinha sido sido sacrificada sacrificada pela pela Assem­ bleia Constituinte, sem qualquer cerimônia, cerimonia, aa seus bléia Constituinte, sem qualquer seus credores credores ~. 5. Mas Mas essa essa nao agora se alinhava com trabalhanão era era aa (mica única razao razão pela pela qua! qual ela ela agora se alinhava com os os trabalha­ dores. Sentia ainda uma uma (mica ou oo dores. Sentia que que so só havia havia ainda única escolha: escolha: aa Comuna Comuna ou Imperio, nao qual nome. econoImpério, não importa im porta sob sob qual nome. 0 O Imperio Império tinha tinha arruinado arruinado econo­ micamente essa media através atraves de micamente essa classe classe média de sua sua dissipacao dissipação da da riqueza riqueza publipúbli­ ca, atraves financeira incentivada incentivada por ca, através da da especulacao especulação financeira por ela, ela, atraves através de de sua acelerada do exprosua ajuda ajuda aà concentracao concentração artificialmente artificialmente acelerada do capital capital ee da da expropriacao, dai de uma parte dessa dessa classe priação, daí decorrente, decorrente, de uma grande grande parte classe media. média. Ele Ele aa tinha reprimido politicamente, tinha reprimido politicamente, escandalizado escandalizado moralmente moralmente atraves através de de suas orgias, da educasuas orgias, ofendido ofendido o o seu seu voltaireanismo voltaireanismo atraves através da da entrega entrega da educa­ 6, tinha revoltado o c;ao suas criancas ção de de suas crianças aos aos "ignorant6es “ignorantões do do clero" clero” 6, tinha revoltado o seu seu sentimento sentimento patri6tico patriótico de de franceses franceses ao ao joga-los jogá-los de de ponta-cabeca ponta-cabeça numa numa guerra que, deixou um umaa indeni­ indeniguerra que, para para toda toda aa devastacao devastação acarretada, acarretada, so só deixou zacao -— oo aniquilamento Imperio. De da emigracao, zação aniquilamento do do Império. De fato, fato, depois depois da emigração, para Paris, da da boernia para fora fora de de Paris, boêmia bonapartista bonapartista ee capitalista, capitalista, apareceu apareceu verdaverda­ deiro Partido Ordem da 7, deiro Partido da da Ordem da classe classe media, média, aa "Union “Union republicaine" républicaine” 7, colocou-se defendeu-a das colocou-se sob sob aa bandeira bandeira da da Comuna Com una ee defendeu-a das distorcoes distorções propro­ positais de gratidao dessas grandes massas da classe positais de Thiers. Thiers. Se Se aa gratidão dessas grandes massas da classe media média ha s6 oo tempo há de de superar superar as as duras duras provacoes provações atuais, atuais, só tempo oo dira. dirá. A Comuna tinha toda razão razao ao gritar para para os "A nossa A Comuna tinha toda ao gritar os camponeses: camponeses: “A nossa vit6ria eé aa vossa incubadas em Versailles vitória vossa esperanca!" esperança!” De De todas todas as as mentiras mentiras incubadas em Versailles 8, avante pelos famosos zuavos zuavos europeus da im irnprensa ee trombeteadas trombeteadas avante pelos famosos europeus da prensa8, uma das era aa de os fidalgotes rurais da uma das mais mais monstruosas monstruosas era de que que os fidalgotes rurais da AssemAssem­ bleia franceses. Basta bléia Nacional Nacional seriam seriam os os representantes representantes dos dos camponeses camponeses franceses. Basta imaginar oo amor pelas pessoas pessoas as ele, ap6s imaginar am or do do campones camponês frances francês pelas às quais quais ele, após amigaveis] eram projeto de de lei 5~ As As "concordats “concordats aà l'amiable" 1’amiable” [concordatas [concordatas amigáveis] eram um um projeto lei que prorrogacao de de prazo pagarnento para os devedores que previa previa uma uma prorrogação prazo de de pagamento para os devedores que que pudespudes­ sem provar que que tinham pagar devido dos sem provar tinham ficado ficado irnpossibilitados impossibilitados de de pagar devido aà paralisacao paralisação dos neg6cios provocada Nacional rejeitou, negócios provocada pela pela revolucao. revolução. A A Assernbleia Assembléia Nacional rejeitou, aa 22 22 de de agosto de essenciais, este agosto de 1848, 1848, cm em seus seus pontos pontos essenciais, este projeto projeto de de lei. lei. A A conseqiiencia conseqüência foi aa bancarrota parisienses. (N. al.) foi bancarrota em em massa massa dos dos pequeno-burgueses pequeno-burgueses parisienses. (N . do do ed. ed. al.) 66 "Ignorantoes ignorantins, ou ou seia, “Ignorantões do do clero" clero” (unwissende (unwissende Briiderlein, Brüderlein, freres frères ignorantins, seja, irmaos irmãos ignorantoes) era uma irmandade religiosa surgida Reims em ignorantões) era o o apelido apelido de de uma irmandade religiosa surgida em em Reims em 1680 para as dando prioridade prioridade aà 1680 que que lecionava lecionava para as criancas crianças da da populacao população pobre, pobre, dando educacao religiosa desleixando outros al.) educação religiosa ee desleixando outros‘isetores setores do do conhecimento. conhecimento. (N. (N . do do ed. ed. al.) CA foi sugerida [A expressao expressão "ignorantoes “ignorantões do do clero" clero” foi sugerida por por Antonio Antônio Candido. Cândido. (N.T.)] (N .T .)] 7 A Union republicaine (Alliance republicaine des Departements) [Uniao republi7 A Union républicaine (Alliance républicaine des Départements) [União republi­ cana Departamentos)] era cana (Alianca (Aliança republicana republicana dos dos Departamentos)] era uma uma organizacao organização politica política aa que diverque pertenciam pertenciam representantes representantes das das camadas camadas pequeno-burguesas, pequeno-burguesas, oriundos oriundos de de diver­ sos Paris. Essa apoiou aa Comuna sos departamentos departamentos ee que que viviam viviam em em Paris. Essa organizacao organização apoiou Comuna ee defendeu todos os al.) defendeu aa cria<;ao criação da da Comuna Comuna em em todos os departamentos. departamentos. (N. (N. do do ed. ed. al.) s8 Como Como "zuavos burguesa, “zuavos da da imprensa" imprensa” erarn eram conhecidos conhecidos os os escribas escribas da da imprensa imprensa burguesa, famosos por (N.. do ed. al.) al.) famosos por sua sua obediencia obediência sem sem autonomia. autonomia. (N do ed.

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1815, 1815, teve teve de de pagar pagar um um milhao milhão de de indenizacaol indenização! 99 Aos Aos olhos olhos dos dos camcam­ poneses franceses, franceses, aa mera mera existencia existência de de um um latifundiario latifundiário ja já eé uma uma agresagres­ poneses sao 789. Em são as às suas suas conquistas conquistas de de 11789. Em 1848, 1848, oo burgues burguês tinha tinha sobrecarresobrecarre­ gado um imposto gado aa parcela parcela de de chao chão do do campones camponês com com um imposto adicional adicional de de 45 45 cêntimos por por franco, franco, mas mas ele ele o o fez fez em em nome nome da da Revolucao; Revolução; agora agora ele ele centimos tinha ateado ateado uma uma guerra guerra civil civil contra contra aa Revolucao Revolução para para largar largar nas nas costas costas tinha dos camponeses camponeses aa carga carga principal principal dos dos cinco cinco rnilhoes milhões de de indenizacao indenização de de dos guerra concedidos concedidos aos aos prussianos. prussianos. A A Comuna, Comuna, pelo pelo contrario, contrário, logo logo dede­ guerra clarou, clarou, em em uma uma de de suas suas primeiras primeiras proclamacoes, proclamações, que que os os verdadeiros verdadeiros responsáveis pela pela guerra guerra é que que deveriam deveriam tambem também agi.ientar agüentar os os seus seus custos. custos. responsaveis A Comuna Comuna teria teria tirado tirado do do campones camponês esse esse imposto imposto de de sangue, sangue, !he lhe dado dado A um um governo governo barato barato ee transformado transformado os os seus seus sanguessugas, sanguessugas, oo notario, notário, oo advogado, oo oficial-de-justica oficial-de-justiça ee outros outros vampiros vampiros oficiais, oficiais, em em funcionarios funcionários advogado, comunais pagos, pagos, escolhidos escolhidos por por ele ele mesmo mesmo ee perante perante ele ele responsabiliresponsabilicornunais zaveis, záveis. Te-lo-ia Tê-lo-ia libertado libertado da da arbitrariedade arbitrariedade do do guarda guarda florestal, florestal, do do gengendarme ee do do prefeito; prefeito; teria teria colocado, colocado, no no lugar lugar da da cretinizacao cretinização atraves através darme através do mestre-escola. mestre-escola. E o campoves camponês do religioso, o iluminismo atraves francês é, antes antes de de tudo, tudo, um um homem homem que que faz faz contas. contas. Ele Ele teria teria corisiconsi­ trances derado extremamente extremamente razoavel razoável que que oo pagamento pagamento dos dos padres, padres, ao ao inves invés derado de de ser ser arrecadado arrecadado pelo pelo cobrador cobrador de de impostos, impostos, s6 só deveria deveria depender depender da da participação voluntária do do instinto instinto de de credulidade credulidade de de sua sua comunidade. comunidade. participacao voluntaria Esses ~ram eram os os grandes grandes beneficios benefícios imediatos imediatos que que oo governo governo da da Comuna Comuna Esses -— ee s6 só ela ela -— prometia prometia aos aos camponeses camponeses franceses. franceses. £, É, por por isso, isso, totaltotal­ mente superfluo supérfluo adentrar-se adentrar-se mais mais aqui aqui nas nas verdadeiras verdadeiras questoes questões vitais vitais mente mais complicadas mais complicadas que que s6 só aa Comuna Comuna podia podia e, e, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, tinha tinha de resolver resolver aa favor favor dos dos camponeses camponeses -— aa divida dívida hipotecaria, hipotecária, que que pesava pesava de como um um pesadelo pesadelo sobre sobre aa sua sua pequena pequena propriedade propriedade rural; rural; o o proletariado proletariado como campesino campesino que que crescia crescia aa cada cada dia dia sobre sobre ela; ela; ee aa expropriacao, expropriação, dele dele mesmo, dessa dessa propriedade, propriedade, oo que que se se impunha impunha com com velocidade velocidade sempre sempre mesmo, crescente atraves através do do desenvolvimento desenvolvimento da da agricultura agricultura moderna m oderna ee aa concon­ crescente corrência da da producao produção agricola agrícola capitalista. capitalista. correncia O camponio campônio trances francês tinha tinha eleito eleito Luis Luís Bonaparte Bonaparte para para presidente presidente O da Republica, República, mas mas oo Partido Partido da da Ordem Ordem 10 10 fez” Segundo Imperio. Império. Do Do da fez- oo Segundo que que oo campones camponês trances francês realmente realmente precisava, precisava, ele ele comecou começou aa mostra-lo mostrá-lo em 1849 1849 ee 1850, 1850, ao ao contrapor contrapor por por toda toda parte parte oo seu seu lider líder da da camara câmara em municipal ao ao prefeito prefeito do do governo, governo, oo seu seu mestre-escola mestre-escola ao ao padreco padreco do do municipal governo, ee aa sua sua pr6pria própria pessoa pessoa ao ao gendarme gendarme do do governo. governo. Todas Todas as as governo,

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e,

o9 Trata-se Trata-se da da quantia, quantia, subscrita subscrita cm em 1825, 1825, pelo pelo govcrno governo frances, francês, para para aa indeniza1,ao indenização dos aristocratas aristocratas cujas cujas propriedades propriedades tinham tinham sido sido estatizadas estatizadas durante durante aa Grande Grande ReRe­ dos volução Francesa. Francesa. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) volu1,ao 10 0 O Partido Partido da da Ordern Ordem era era uma uma coalizao, coalizão, formada formada em em 1848, 1848, dos dos dois dois partidos partidos 10 monarquistas da da Franca França (Legitimistas (Legitimistas ee Orleanistas), Orleanistas), que, que, ate até o o golpe golpe de de Estado Estado monarquistas de Bonaparte Bonaparte aa 22 de de dezembro dezembro de de 1851, 1851, desernpenhava desempenhava oo papel papel principal principal na na de Assembléia Constituinte Constituinte do do Segundo Segundo Imperio. Império. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.) Assembleia

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leis promulgadas, leis promulgadas, em em janeiro janeiro ee fevereiro fevereiro de de 1850, 1850, pelo pelo Partido Partido da da Ordem, Ordem, eram medidas medidas reconhecidamente reconhecidamente repressivas repressivas contra contra os os camponeses. camponeses. 0 O eram camponês era era bonapartista bonapartista porque, porque, aa seus seus olhos, olhos, aa grande grande revolução, campones revolucao, com todas todas as as suas suas vantagens vantagens para para ele, ele, estava estava corporificada corporificada em em Napoleao. Napoleão. com Esse engano engano que, que, no no Segundo Segundo Imperio, Império, estava estava se se esfumando esfumando rapidarapida­ Esse mente ((ee ele ele era, era, por por toda sua natureza, natureza, contrario contrário aos aos fidalgotes fidalgotes mente toda aa sua rurais), passado, como rurais), este este preconceito preconceito do do passado, como teria teria ele ele podido podido resistir resistir ao ao apelo da da Comuna Comuna aos aos interesses interesses vitais vitais ee as às necessidades necessidades urgentes urgentes dos dos apelo camponeses! camponeses! Os fidalgotes fidalgotes rurais rurais — este era era de de fato fato oo seu seu temor tem or principal principal -— Os - este sabiam que que três meses de de contato contato livre livre entre entre aa Paris Paris da da Comuna Comuna ee sabiam tres meses as provlncias províncias iriam iriam desencadear desencadear um um levante levante geral geral dos dos camponeses. camponeses. Dai Daí as aa pressa pressa deles, deles, ansiosa ansiosa por por circunscrever circunscrever Paris Paris com com um um bloqueio bloqueio policial policial ee impedir impedir aa propagação propagacao da da peste peste bovina. bovina. Se, pois, a Com una era a verdadeira representante de de todos os Se, pois, a Comuna era a verdadeira representante todos os elementos saos sãos da da sociedade sociedade francesa e, portanto, portanto, oo verdadeiro verdadeiro govemo governo elementos francesa e, nacional, nacional, ela ela era, era, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, como como o o governo governo operario, operário, como como intrépido defensor defensor da da libertacao libertação do do trabalho, trabalho, internacional internacional no no sentido sentido oo intrepido pleno da da palavra. palavra. Debaixo dos olhos olhos do do Exercito Exército prussiano que tinha tinha pleno Debaixo dos prussiano que anexado duas duas provincias províncias francesas francesas aà Alemanha, Alemanha, aa Comuna Comuna anexou anexou aà anexado F rança os os trabalhadores trabalhadores do do mundo mundo inteiro. inteiro. Franca O Segundo Segundo Imperio Im pério foi foi aa Iestanca festança da da trapaca trapaça cosmopolita, cosmopolita, os os avenaven­ O tureiros tureiros de de todos todos os os pafses países atenderam atenderam pressurosos pressurosos aa seu seu chamado chamado para para participar em em suas suas orgias orgias ee na na pilhagem pilhagem do do povo povo frances. francês. Mesmo neste participar Mesmo neste instante, Ganesco, Ganesco, o o trapo trapo valaquio, valáquio, ainda ainda é aa mao mão direita direita de de Thiers, Thiers, instante, ee Markovski, A Comuna Markovski, o o espiao espião russo, russo, aa sua sua mao mão esquerda. esquerda. A Comuna concedeu concedeu aa todos honra de todos os os estrangeiros estrangeiros aa honra de morrer m orrer por por uma uma causa causa imortal. imortal. -— Entre aa guerra guerra exterior, exterior, perdida perdida por por sua sua traicao, traição, ee aa guerra guerra civil, civil, ativada ativada Entre por sua sua conspiracao conspiração com com oo invasor invasor estrangeiro, estrangeiro, aa burguesia burguesia tinha achado por tinha achado tempo para para provar provar seu seu patriotismo patriotismo pela pela organizacao organização de de batidas batidas policiais policiais tempo contra contra os os alernaes alemães na na Franca. França. A A Comuna Comuna fez fez de de um um alemao alemão oo seu seu M inistro do do Trabalho Trabalho 11. n . Thiers, Thiers, aa burguesia, burguesia, o o Segundo Segundo Imperio Império tinham tinham Ministro negado continuamente continuamente aa Polonia Polônia em em meio meio aa grandiloqlientes grandiloqüentes promessas promessas negado de simpatia, simpatia, enquanto, enquanto, na na realidade, realidade, atraiceavam-na atraiçoavam-na aà Russia, Rússia, ee faziam faziam de oo service serviço sujo sujo da da Russia. Rússia. A A Comuna Comuna honrou honrou os os her6icos heróicos filhos filhos da da PoloPolô­ nia, colocando-os colocando-os aà frente frente da da defesa defesa de de Paris Paris 12• 12. E, E, para para marcar m arcar bem bem nia, nitidamente aa nova nova era era hist6rica histórica que que estava estava consciente consciente de de inaugurar, inaugurar, . nitidamente Comuna, debaixo debaixo dos dos olhos, olhos, aqui aqui dos dos prussianos prussianos vitoriosos, vitoriosos, la lá do do aa Comuna,

e

11 Trata-se 11 Trata-se do do Ilder líder do do movimento movimento operario operário htingaro húngaro e e membro membro do do Conselho Conselho Geral Geral da Associacao Associação Internacional Internacional dos dos Trabalhadores, Trabalhadores, Leo Leo Frankel. Frankel. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) da 12 Trata-se Trata-se dos dos generais generais da da Comuna Comuna de de Paris, Paris, Jaroslaw Jaroslaw Dombrowski Dombrowski ee Watery Walery 12 Wr6blevski. Wróblevski. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

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exercito bonapartista comandado exército bonapartista comandado por por generais generais bonapartistas, bonapartistas, pos pôs abaixo abaixo símbolo colossal colossal da da gloria glória bélica, Vendôme 13. 13. oo simbolo belica, aa Coluna Coluna Vendome A grande grande medida medida social social da da Comuna Comuna foi foi aa sua sua pr6pria própria existencia existência A operante. As As suas suas medidas medidas especiais especiais s6 só podiam podiam indiciar em operante. indiciar aa direção direcao em que se se move governo do do povo povo ee pelo pelo povo. povo. A A isso isso pertencem que move um um governo pertencem aa abolição do do trabalho nas padarias; padarias; aa proibicao, proibição, sob abolicao trabalho noturno noturno nas sob penas, penas, 'dda a prática pratica corrente baixar oo salario atraves da corrente entre entre os os patroes patrões de de baixar salário através da irnposicao de aos trabalhadores trabalhadores com com tudo imposição de multas multas pecuniarias pecuniárias aos tudo quanto quanto ée pretexto um procedimento procedimento pelo qual oo patrão em uma uma só pessoa, pretexto -— um pelo qua) patrao é, e, em s6 pessoa, legislador, juiz juiz ee executor, executor, ee ainda ainda por por cima cima embolsa embolsa o o dinheiro. dinheiro. Outra Outra legislador, medida dessa especie espécie foi foi aa entrega entrega de de todas todas as as oficinas oficinas ee fábricas medida dessa Iabricas fechadas fechadas organizações de de trabalhadores, trabalhadores, sob sob reserva reserva de de dorninio, domínio, tanto tanto se se oo aa organizacoes capitalista atingido tinha tinha fugido ou se se tinha tinha preferido preferido suspender suspender capitalista atingido fugido ou oo trabalho. trabalho. As da Comuna, Comuna, notáveis sua visao visão ee sua sua As medidas medidas financeiras financeiras da notaveis por por sua moderacao, que eram eram compativeis moderação, tiveram tiveram de de limitar-se limitar-se as às que compatíveis com com aa situasitua­ ção de de uma uma cidade cidade sitiada. sitiada. Considerando Considerando os os roubos monstruosos fOmepm e9ao roubos monstruosos tidos contra contra aa cidade cidade de de Paris, Paris, sob sob o o comando comando de de Haussmann, tidos Haussmann, -pelas · pelas grandes companhias companhias de de finances finanças ee pelos pelos empreiteiros empreiteiros de de obras, obras, aa Comuna Comuna grandes teria tido de confiscar deles do do teria tido um um direito direito muito muito maior maior de confiscar aa propriedade propriedade deles que Luis Luís Bonaparte da Familia Família Orleans. Orléans. Os Hohenzollern ee os os oliolique Bonaparte aa da Os Hohenzollern garcas ingleses, ingleses, cujos cujos bens advinham grandemente grandemente do do saque saque àa Igreja, Igreja, garcas bens advinham estavarn indignados ao estavam naturalmente naturalm ente indignados ao maximo máximo com com aa Comuna, Comuna, que que s6 só lucrou 88 000 000 francos lucrou francos com com aa secularizacao secularização [Sakularisation]. [Sákularisation], Enquanto governo de readquiriu um um pouco Enquanto o o governo de Versailles, Versailles, assim assim que que readquiriu pouco de animo ânimo ee forcas, forças, empregava empregava contra contra aa Comuna Comuna os os meios meios mais violentos; de mais violentos; enquanto ele ele reprimia reprimia aa liberdade liberdade de de expressao expressão por por toda França ee enquanto toda aa Franca proibia ate até reuniões delegados das das grandes grandes cidades; cidades; enquanto enquanto ele ele proibia reunioes de de delegados submetia Versailles ee oo resto resto da Franca aa uma submetia Versailles da França uma espionagem espionagem muito muito pior pior do que aa do do Segundo Segundo Imperio; Império; enquanto, enquanto, atraves através de de seus seus gendarmesdo que gendarmes-inquisidores, ele todos os jornais impressos violava -inquisidores, ele queimava queimava todos os jornais impressos em em Paris Paris ee violava todas as para Paris; Paris; enquanto, todas as cartas cartas de de ee para enquanto, na na Assernbleia Assembléia Nacional, Nacional, mesmo as mais mais timidas tímidas tentativas tentativas de de articular articular uma em favor mesmo as uma palavra palavra em favor de Paris eram aos berros, berros, de de um um modo de Paris eram sufocadas sufocadas aos modo inaudito inaudito ate até para para aa Câmara dos dos Junkers Junkers de de 1816; guerra sanguinesangüinoCamara 1816; enquanto enquanto durava durava aa guerra lenta dos dos versalhenses versalhenses fora fora de suas tentativas de suborno lenta de Paris Paris ee as as suas tentativas de suborno ee conspiracao trafdo vergonhosaconspiração dentro dentro de de Paris Paris -— nao não teria teria aa Comuna Comuna traído vergonhosa­ mente aa sua sua posição tivesse observado observado todas todas as as formalidades mente posicao caso caso tivesse formalidades do do rs 13 A A Coluna Coluna Vendorne, Vendôme, com com uma uma estatua estátua de de Napoleli.o Napoleão I, I, foi foi erigida erigida na na Praca Praça Vendome de vit6rias de 1805. Por Vendôme de Paris Paris em em mem6ria memória das das vitórias de 1805. Por resolucao resolução da da Comuna Comuna de Paris 12 de de abril abril de de 1871, destruído a a 16 de maio maio de de Paris aa 12 1871. oo monumento monumento foi foi destruido 16 de de 1871 do chauvinismo. 0 decreto 1871 como como simbolo símbolo do do militarismo militarismo ee do chauvinismo. O decreto citado citado por por Marx Marx foi no Journal Ojjiciel da foi publicado publicado no Journal O fficiel de de la Ia Republique R epubliqu e Francaise Française [Joma/ [Jornal Oficia/ O ficial da Reptiblica Paris. aa 13 13 de abril de do ed. R epública Francesa]. Francesa ], em em Paris, de abril de 1871. 1871. (N. (N . do ed. al.) al.)

305 305 liberalismo profunda paz? liberalismo como como na na mais mais profunda paz? Se Se oo governo governo da da Comuna Comuna fosse fosse aparentado aparentado com com oo do do Sr. Sr. Thiers, Thiers, teria teria havido havido nao não menos menos motivos motivos para pará reprimir jornais reprimir jornais do do Partido Partido da da Ordem Ordem em em Paris Paris do do que que jornais jornais da da Comuna Comuna em em Versailles. Versailles. Era, irritante para na Era, de de fato, fato, irritante para os os "Krautjunkers" “K rautjunkers” que, que, exatamente exatamente na epoca postulavam aa volta volta aà Igreja época em em que que eles eles postulavam Igreja como como oo unico único meio meio de de salvacao salvação da da Franca, França, aa incredula incrédula Comuna Comuna desvendasse desvendasse os os segredos segredos caracteristicos igreja Saint-Laurent característicos do do convento convento de de freiras freiras Picpus Picpus ee da da igreja Saint-Laurent u. 14. Era chover graEra uma uma satira sátira contra contra Thiers Thiers que, que, enquanto enquanto ele ele deixava deixava chover grã-cruzes por sua -cruzes sobre sobre os os generais generais bonapartistas bonapartistas por sua maestria maestria em em perderem perderem batalhas, assinarern batalhas, assinarem capitulacoes capitulações ee enrolarem enrolarem cigarros cigarros em em Wilhelmshohe'", W ilhelmshõhe15, aa Comuna prendia assim fossem Comuna demitia demitia os os generais generais dele dele ee os os prendia assim que que fossem suspeitos no cumprimento suspeitos de de negligencia negligência no cumprimento do do dever. dever. A A expulsao expulsão ee prisao prisão de se infiltrado de um um membro m e m b r 111o q que u e tinha tinha se infiltrado sob sob nome nome falso falso ee sofrido sofrido anteriorrnente anteriormente seis seis dias dias de de prisao prisão por por causa causa de de uma uma simples simples Ialencia falência -— nao premeditada jogada rosto do falsario não era era isso isso uma uma ofensa ofensa premeditada jogada no no rosto do falsário Jules Jules Favre, Favre, entao então sempre sempre ainda ainda Ministro Ministro do do Exterior Exterior da da Franca, França, sempre sempre ainda ainda vendendo vendendo aa Franca França aa Bismarck, Bismarck, sempre sempre ainda ainda ditando ditando ordens ordens aquele belga? Mas, faro, aa Comuna Comuna nao àquele incornparavel incomparável governo governo belga? Mas, de de fato, não tinha tinha aa pretensao faziam todos todos os pretensão de de ser ser infalivel infalível corno como oo faziam os governos governos anteriores. anteriores. Ela publicava Ela publicava todos todos os os discursos discursos ee atos, atos, ela ela iniciava iniciava oo piiblico público em em todas todas as as suas suas irnperfeicoes. imperfeições. Em revolucao, aparecem, de seus Em toda toda revolução, aparecem, ao ao !ado lado de seus verdadeiros verdadeiros reprerepre­ sentantes, sentantes, pessoas pessoas de de outra outra ossatura. ossatura. Alguns Alguns sao são sobreviventes sobreviventes de de revorevo­ lucoes luções anteriores, anteriores, com com as as quais quais sao são unha unha ee came; carne; sem sem visao visão do do movimovi­ rnento mas ainda mento atual, atual, mas ainda na na posse posse de de grande grande influencia influência sobre sobre oo povo povo por reconhecido animo por seu seu reconhecido ânimo ee carater caráter ou ou tambern também apenas apenas por por mera mera tradicao. meros gritalhoes repetindo anos tradição. Outros Outros sao são meros gritalhões que, que, repetindo anos aa fio fio as as mesmes­ mas reclamacoes permanentes logrararn mas reclamações permanentes contra contra o o governo governo do do memento, momento, lograram aa fama 18 fama de de revolucionarios revolucionários de de mais mais pura pura agua. água. Tarnbern Também depois depois do do 18 de de marco março apareceram apareceram tais tais tipos tipos e, e, em em alguns alguns casos, casos, ate até mesmo mesmo deserndesem­ penharam penharam um um papel papel de de destaque. destaque. Na Na medida medida de de seu seu poder, poder, inibirarn inibiram aa verdadeira verdadeira acao ação da da classe classe operaria, operária, assim assim como como tinharn tinham inibido inibido oo pleno pleno desenvolvimento inevitavel; desenvolvimento de de cada cada revolucao revolução anterior. anterior. Sao São um um papel papel inevitável; H No 14 No jornal jornal Le Le Mot M o t d'Ordre d'O rdre (A [A Palavra P alavra de de Ordem] O rdem ] de de 55 de de maio maio de de 1871, 1871, como como tarnbern na brochura ateista Les religieuses também na brochura ateístà da da Comuna Comuna L es crimes crim es des des congregations congrégations religieuses 10s Religiosass, foram foram revelados revelados crimes [Oj- Crimes C rim es dos das Congregacoes C ongregações Religiosas], crimes cometidos cometidos em em conventos. Picpus, no instrumentos de conventos. No No convento convento Picpus, no qual qual foram foram encontrados encontrados instrumentos de tortor­ tura, freiras freiras tinham tura, tinham sido sido aprisionadas aprisionadas durante durante anos anos em em celas celas conventuais. conventuais. Na Na igreja de igreja de Saint-Laurent Saint-Laurent foi foi descoberto descoberto um um poriio porão com com esqueletos esqueletos humanos, humanos, prova prova de N. do de assassinates assassinatos cometidos. cometidos. ((N. do ed. ed. al.) al.) ir. No Kassel. oo Irnperador No castelo castelo Wilhelmshohe, Wilhelmshõhe, perto perto de de Kassel, Imperador Napoleao Napoleão III III ee seu seu sequito séquito foi foi "hospedado" “hospedado” depois depois de de aprisionado. aprisionado. Enrolar Enrolar cigarros cigarros era era uma uma das das principais ocupacoes al.) principais ocupações dos dos prisioneiros. prisioneiros. (N. (N . do do ed. ed. al.) tu trances Blanchet. N. do 18 Trata-se Trata-se do do agente agente policial policial francês Blancheí. c(N. do ed. ed. al.) al.)

306 306

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s6 só com com oo tempo tempo é que que aa gente gente se se livra livra deles; deles; mas mas exatamente exatamente este este tempo tempo nao não foi foi dado dado àa Comuna. Comuna. Maravilhosa metamorfose que M aravilhosa era, era, de de fato, fato, aa metamorfose que aa Comuna Com una tinha tinha operado rastro mais operado em em Paris. Paris. Nenhum Nenhum rastro mais da da Paris Paris cortesa cortesã do do Segundo Segundo Imperio. nao era mais oo local latifundiarios ingleImpério. Paris Paris não era mais local de de encontro encontro de de latifundiários ingle­ ses, absenteistas ses, absenteístas irlandeses irlandeses 17, 17, ex-escravagistas ex-escravagistas americanos americanos ee novos-ricos, novos-ricos, ex-proprietaries servos ee boiardos ex-proprietários russos russos de de servos boiardos valaquios. valáquios. Nao Não mais mais cadacadá­ veres notumos ee quase mais roubos; veres no no necroterio, necrotério, nao não mais mais assaltos assaltos noturnos quase nao não mais roubos; apos ruas de após os os dias dias de de fevereiro fevereiro de de 1848, 1848, as as ruas de Paris Paris estavam estavam pela pela primeira primeira vez novamente seguras, vez de de fato fato novamente seguras, ee isso. isso. sem sem qualquer qualquer policia. polícia. "N6s", “Nós”, disse disse um um membro membro da da Comuna, Comuna, "n6s “nós agora agora ja já nao não ouvimos ouvimos mais mais nada nada de de assassinatos, assassinatos, roubos roubos ee atos atos contra contra pessoas: pessoas: de de fato fato parece parece ate até que que aa policia polícia arrastou arrastou consigo consigo para para Versailles Versailles todos todos os os seus seus amigos amigos que que

aa· mantem." mantêm.”

As cortesiis rastro de As cortesãs tinham tinham encontrado encontrado o o rastro de seus seus protetores protetores -— dos dos fugitivos familiar, da fugitivos homens homens 'da da tradicao tradição familiar, da 'religiao religião e, e, sobretudo, sobretudo, da da propriedade. verdadeiras mulheres propriedade. Em Em seu seu lugar lugar voltavam voltavam aà tona tona as as verdadeiras mulheres de her6icas, magnanimas de Paris Paris -— heróicas, magnânimas ee abnegadas abnegadas como como as as rnulheres mulheres da da Antiguidade. Paris, lutando, -sangrando, Antiguidade. Paris, trabalhando, trabalhando, pensando, pensando, lutândo, sangrando, ao ao fazer fazer sua sua preparacao preparação de de uma uma sociedade sociedade quase quase se se esquecendo esquecendo dos dos canibais canibais aà sua sua porta, porta, radiante radiante de de entusiasmo entusiasmo por por sua sua iniciativa iniciativa historical histórica! E agora, ai E agora, em em confronto confronto com com esse esse novo novo mundo mundo em em Paris, Paris, vede vede aí oo m mundo undo velbo velho em em Versailles Versailles -— essa essa assembleia assembléia de de hienas hienas de de todos' todos' os legitimistas ee orleanistas, os regimes regimes defuntos, defuntos, legitimistas orleanistas, avidas ávidas por por comer comer do do cadaver cadáver da da nacao nação -— com com um um rabo rabo de de republicanos republicanos antediluvianos antediluvianos que, que, com com sua sua presenca presença na na.,.. reuniao, reunião, sancionavam sancionavam aa rebeliao rebelião 'dos dos donos donos de de escravos escravos que que confia""m confiavam aa manutencao manutenção de de sua sua Republica República Parlamentar Parlam entar à vaidade vaidade do do anacronico anacrônico Pickelharing Pickelhãring 18 18 à frente frente do do govemo governo ee caricacarica­ turavam turavam 1789 1789 fazendo fazendo as as suas suas assembleias assembléias fantasmag6ricas fantasmagóricas no no Jeu Jeu de de Paume Paume (salao (salão de de baile baile onde onde aa Assembleia Assembléia Nacional Nacional de de 1789 1789 tomou tomou as Ai estava as suas suas celebres célebres decisoes). decisões). Aí estava ela, ela, essa essa assembleia, assembléia, aa represenrepresen­ tante morto tante de de tudo tudo oo que que estava estava m orto na na Franca, França, soerguida soerguida para para uma uma postura de postura de vida vida aparente aparente por por nada nada que que nao não os os sabres sabres dos dos generais generais de de Luis Luís Bonaparte. Bonaparte. Paris, Paris, toda toda verdade; verdade; Versailles, Versailles, toda toda mentira, mentira, ee essa essa mentira exalada boca de mentira exalada pela pela boca de Thiers. Thiers. Thiers uma delegacao prefeitos do de Seine Thiers diz diz aa uma delegação de de prefeitos do departamento departam ento de Seine ee Oise: Oise:

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11 17 Trata-se Trata-se

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de pals, oo dinheiro de latifundiarios latifundiários irlandeses irlandeses que que torravam, torravam, fora fora do do país, dinheiro que que obtinharn seus bens obtinham sem sem esforco, esforço. Eles Eles deixavam deixavam aa adrninistracao administração de de seus bens para para advogaadvoga­ dos dos ou ou intermediarios intermediários que que repassavam repassavam aa terra terra aa pequenos pequenos agricultores agricultores por por juros juros de de usurario. usurário. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) 18 18 Pickelharing Pickelhãring era era o o nome nome de de um um personagem personagem em em velbas velhas comedias comédias alemlis. alemãs. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

307 307 "Podem “Podem confiar confiar em minha minha palavra, palavra palavra que eu nunca nunca quebrei!" quebrei!”

A À pr6pria própria Assembleia Assembléia ele ele disse disse que que ela ela era era "a “a Assembleia Assembléia mais mais livremente livremente eleita eleita ee aa mais mais liberal liberal que que aa Franca França ja já teve"; teve” ; aà sua sua soldasoldadesca desca colorida, colorida, que que ela ela era era "a “a maravilha m aravilha do do mundo mundo ee oo mais mais belo belo exercito provincias, que bombardeamento exército que que aa Franca França ja já teve"; teve” ; as às províncias, que oo bom bardeam ento de to de de Paris Paris era era um um con conto de fadas: fadas: "Se “Se foram foram dados dados alguns alguns tiros tiros de de canhio, canhão, isso isso nio não ocorreu ocorreu atraves através do do exercito exército de de Versailles, Versailles, mas mas atraves através de de alguns alguns insurretos insurretos que que querem querem fazer fazer acreditar acreditar que estio estão combatendo, combatendo, quando quando de fato fato nio não ousam mostrar-se mostrar-se em em lugar lugar algum" algum” 19, 19.

En tao novamente E ntão novamente ele ele diz diz as às provincias: províncias:

"A “A artilharia artilharia de Versailles nao não bombardeia bombardeia Paris, ela s6 só a canhoneia", canhoneia”.

Ao as execucoes !) Ao arcebispo arcebispo de de Paris Paris ele ele diz diz que que as execuções ee represalias represálias ((!) atribuídas as às tropas de Versailles Versailles seriam seriam meras meras mentiras. mentiras. Ele Ele anunciou anunciou atribuidas tropas de aa Paris Paris que que s6 só pretendia pretendia "liberta-la “libertá-la dos dos miseros míseros tiranos tiranos que que aa opriopri­ miam" miam” 20 20 ee que que aa Paris Paris da da Comuna Comuna seria, seria, de de fato, fato, "apenas “apenas um um punhado punhado de de criminosos", criminosos”. A A Paris Paris de de Thiers Thiers nao não era era aa verdadeira verdadeira Paris Paris da da "vil “vil multidao", multidão” , 21, a mas uma uma Paris Paris de de fantasia, fantasia, aa Paris Paris dos dos franc-Iileurs franc-fileurs21, a Paris Paris dos dos mas bulevares, tanto bulevares, tanto masculina masculina quanta quanto feminina, feminina, aa Paris Paris rica, rica, aa capitalista, capitalista, aa dourada, aa ociosa, ociosa, que que agora, agora, com com seus seus lacaios, lacaios, seus seus aventureiros, aventureiros, sua sua boeboê­ dourada, mia mia literaria literária ee suas suas cortesas cortesãs se se amontoava amontoava em em Versailles, Versailles, Saint-Denis, Saint-Denis, Rueil Rueil ee Saint-Germain; Saint-Germain; para para aa qual qual aa guerra guerra civil civil era era apenas apenas um um agradavel agradável entreato; aa que que observava observava aa luta através do do bin6culo, binóculo, contava contava os os tiros tiros entreato; luta atraves de de canhao canhão ee jurava jurava por por sua sua honra honra ee pela pela de de suas suas prostitutas prostitutas que que oo espetaculo um espetáculo estava estava infinitamente infinitamente melhor melhor montado montado do do que que qualquer qualquer um no teatro teatro da da Porte Porte Saint-Martin. Saint-Martin. Os Os caidos caídos estavam estavam realmente realmente mortos; mortos; no aa gritaria gritaria dos dos feridos feridos nao não era era mera mera aparencia; aparência; e, e, ainda, ainda, quao quão historicohistórico-universal -universal era era toda toda essa essa coisa! coisa! Essa Paris do Essa eé aa Paris do Sr. Sr. Thiers, Thiers, assim assim como como aa emigracao emigração de de Koblenz Koblenz 22 22 era era aa Franca França do do Sr. Sr. Calonne. Calonne.

19 Le Le

Temps Temps [0 [O Tempo] Tempo] de de 19 19 de de abril abril de de 1871. 1871. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) Oficial maio de Oficial da da Republica República Francesa, Francesa, Versailles, Versailles, S5 de de maio de 1871. 1871. (N. (N . do do

20 20 Jornal Jornal

ed. ed. al.) al.) 21 Era Era o o apelido apelido dado dado aos aos burgueses burgueses que, que, covardes, covardes, tinbam tinham fugido fugido de de Paris Paris durante durante oo cerco. cerco. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) 22 Durante Durante aa Grande Grande Revolucao Revolução Francesa, Francesa, Koblenz Koblenz era era o o centro centro da da emigra~io emigração 22 anti-revolucionaria, anti-revolucionária. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

S. 5.

F. F. ENGELS: ENGELS: MANCHESTER MANCHESTER* * I

Manchester pes da de M anchester localiza-se localiza-se aos aos pés da encosta encosta sul sul de de uma um a cadeia cadeia de colinas que se lrwelJ ee colinas que se estreita estreita aa partir partir do do Oldham, Oldham, entre entre os os vales vales do do Irwell do Medlock, ee cuja extremidade, Kersall Kersall Moor, do Medlock, cuja iiltima última extremidade, M oor, forma forma aa pista pista de corridas corridas ee oo Mons Mons Sacer Sacer 11 [monte [monte sagrado] sagrado] de de Manchester. Manchester. A cidade de A cidade propriamente Irwell, entre este rio propriamente dita dita situa-se situa-se à margem margem esquerda esquerda de de Irwell, entre este rio outros dois dois menores, menores, oo Irk Irk ee o o Medlock, Medlock, que que desaguarn deságuam aqui aqui no no ee outros Irwell. A margem limitada por curva Irwell. À margem direita direita do do lrwell, Irwell, limitada por uma uma acentuada acentuada curva do rio, esta mais aa oeste, ao norte do rio, está Salford Salford e, e, mais oeste, Pendleton; Pendleton', ao norte do do lrwell Irwell situam-se e, ao Irk, Cheetham Cheetham situam-se Higher Higher ee Lower Lower Broughton Broughton e, ao norte norte do do Irk, Hill; H ill ; ao ao sul sul do do Medlock Medlock localiza-se localiza-se Hulme H ulm e e, e, mais mais distante, distante, aa leste, leste, Chorlton-on-Medlock; distante, totalmente totalmente aa ocidente Chorlton-on-M edlock; e, e, ainda ainda mais mais distante, ocidente de Manchester, este conjunto de M anchester, Ardwick. A rdw ick. Todo Todo este conjunto de de casas casas é vulgarmente vulgarmente denominado compreende pelo denominado Manchester M anchester ee compreende pelo menos menos 400 400 000 000 pessoas pessoas 2•2. A cidade forma tao A cidade ée construida construída de de forma tão peculiar peculiar que que se se pode pode morar m orar nela nela durante anos, entrar ee sair contato com com durante anos, entrar sair diariamente, diariamente, sem sem entrar entrar em em contato

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•* Reproduzido Reproduzido de de ENGELS, E n g e l s , F. F. Die Die grossen grossen Stadte, Stãdte. In: In: Die D ie Lage L age der der arbeitenden arbeitenden Klasse (A situacao da classe lng/aterra). K lasse in in England E ngland (A situação da classe operdria operária na na In glaterra). S. 5. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Verlag, 1972. p. p. 111-20, 111-20, 139-41. Traduzido por Régis Barbosa. Barbosa. Revisao Revisão Dietz Verlag, 1972. 139-41. Traduzido por Regis tecnica da traducao ee notas notas explicativas por Jose Paulo Netto. técnica da tradução explicativas por José Paulo Netto. I1 Engels referencia aà tradic;ao que em em Roma, Roma, por Engels faz faz referência tradição hist6rica histórica romana: romana: afirma-se afirma-se que por volta de a.C., os revolta contra contra os reuniram-se no no Monte volta de 494 494 a.C., os plebeus plebeus em em revolta os patrlcios patrícios reuniram-se Monte Sagrado; Sagrado; em em Kersall-Moor Kersall-Moor reuniam-se reuniam-se os os operarios operários de de Manchester. Manchester. (N.R.T.) (N .R.T.) 22 As As vilas como oo vilas de de Hulme, Hulme, Charlton-on-Medlock, Charlton-on-Medlock, Ardwick Ardwick ee Cheetam, Cheetam, assim assim como bairro de administrativamente aa Manchester bairro de Beswick, Beswick, foram foram subordinados subordinados administrativamente Manchester 'em em 1838. refere-se 1838. Esta Esta cidade, cidade, em em 1844, 1844, contava contava 235 235 000 000 habitantes; habitantes; portanto, portanto, Engels Engels refere-se aqui toda aa area niio apenas apenas aà de de Manchester. Manchester. (N.R.T.) aqui aà populac;iio população de de toda área ee não (N .R .T .)

309 309 um trabalhadores, ou um trabalhador, um bairro bairro de de trabalhadores, ou mesmo mesmo com com um trabalhador, isto isto e, é, desde desde que que se se Iimite limite aa neg6cios negócios ou ou aa passeios. passeios. Isto Isto provern provém principalprincipal­ mente fato de mente do do fato de que, que, ou ou por por um um tacito tácito acordo acordo inconsciente, inconsciente, ou ou por por uma consciente, os trabalhadores estao rigorouma intencao intenção ja já consciente, os bairros bairros dos dos trabalhadores estão rigoro­ samente partes da samente separados separados das das partes da cidade cidade reservadas reservadas aà classe classe media, média, ou, ou, quando nso acontece, quando isto isto não acontece, estao estão dissimulados dissimulados sob sob oo manto manto da da caridade. caridade. Manchester possui, em em seu M anchester possui, seu centro, centro, um um bairro bairro comercial comercial bastante bastante amplo, amplo, com com aproximadamente aproximadamente meia meia milha milha de de comprimento comprimento ee quase quase oo mesmo mesmo de de largura, largura, que que se se compoe compõe quase quase exclusivamente exclusivamente de de escrit6rios escritórios ee depodepó­ sitos sitos de de mercadorias mercadorias (warehouses). (warehouses). Quase Quase todo todo oo bairro bairro eé desabitado desabitado e, noite, solitario e, durante durante aa noite, solitário ee desolado desolado -— apenas apenas os os policiais policiais que que mantern vielas mantêm guarda guarda vagueiam vagueiam com com suas suas Ianternas lanternas brilhantes brilhantes pelas pelas vielas estreitas estreitas ee escuras. escuras. Esta Esta regiao região eé entrecortada entrecortada por por algumas algumas ruas ruas principrinci­ pais muito trafego pais com com muito tráfego ee cujos cujos andares andares terreos térreos sao são ocupados ocupados por por Jojas lojas luxuosas; luxuosas; nestas nestas ruas ruas encontram-se encontram-se aqui aqui ee ali ali andares andares superiores superiores que que servem servem de de rnoradias, moradias, nos nos quais quais tarnbem também existe, existe, ate até bem bem tarde tarde da da noite, noite, muita bairro comercial, muita animacao. animação. Com Com excecao exceção deste deste bairro comercial, toda toda aa Manchester M anchester propriamente uma significativa propriamente dita, dita, toda toda Salford Salford ee Hulme, Hulme, uma significativa parte parte de de Pendleton Ardwick ee uma Pendleton ee Chorlton, Chorlton, dois dois tercos terços de de Ardwick uma (mica única regiao região de de Cheetham passam de bairros tipicos Cheetham Hill Hill ee Broughton, Broughton, nao não passam de bairros típicos de de trabatraba­ lhadores, formam um lhadores, que que formam um cinturao, cinturão, de de aproximadamente aproximadamente uma uma milha milha ee meia meia de de largura, largura, em em volta volta do do bairro bairro comercial. comercial. Mais Mais alern, além, do do outro outro lado lado deste deste cinturao, cinturão, moram moram aa aha alta ee aa media média burguesias burguesias -— aa media, média, em em ruas trabalhadores, partiruas regulares, regulares, nas nas proximidades proximidades dos dos bairros bairros dos dos trabalhadores, parti­ cularmente profundidades cularmente em em Chorlton Chorltòn ee nas nas regi6es regiões situadas situadas mais mais nas nas profundidades de Hill; aa aha burguesia, nas jarde Cheetham Cheetham Hill; alta burguesia, nas mais mais afastadas afastadas casas casas com com jar­ dins, Ardwick, ou dins, aà moda moda de de vilas, vilas, em em Chorlton Chorlton ee Ardwick, ou sobre sobre as as alturas alturas mais mais ventiladas ventiladas de de Cheetham Cheetham Hill, Hill, Broughton Broughton ee Pendleton Pendleton -— numas numas terras terras livres, livres, saudaveis, saudáveis, em em magnificas magníficas ee confortaveis confortáveis vivendas, vivendas, pelas pelas quais, quais, aa cada cada meia meia hora hora ou ou quarto quarto de de hora, hora, passam passam coletivos coletivos que que vao vão em :i. E em direcao direção aà cidade cid ad e:i. E o o mais mais curioso curioso da da coisa coisa eé que que estes estes ricos ricos aristocratas aristocratas do do dinheiro dinheiro podem podem atravessar atravessar os os bairros bairros operarios operários pelo pelo caminho direcao aos caminho mais mais curto curto em em direção aos seus seus locais locais comerciais comerciais no no centro centro da da cidade cidade sem sem ao ao menos menos perceber perceber que que se se encontram encontram ladeados, ladeados, aà direita direita ee aà esquerda, mais imunda. esquerda, pela pela miseria miséria mais imunda. As ruas As ruas principais, principais, particularmente particularmente aquelas aquelas que que levam levam aa partir partir da da bolsa fora da bolsa em em todas todas as as direcoes direções para para fora da cidade, cidade, estao estão ocupadas ocupadas em em ambos lados por lojas e, ambos os os lados por uma uma serie série quase quase ininterrupta ininterrupta de de lojas e, portanto, portanto, nas maos nas mãos da da pequena pequena ee media média burguesias, burguesias, que, que, em em seu seu pr6prio próprio interesse, interesse, mantem mantêm ee podem podem manter manter uma uma aparencia aparência decente decente ee limpa. limpa. Seguramente, Seguramente, a3 Este Este exodo êxodo das das carnadas camadas sociais sociais privilegiadas privilegiadas para para aa periferia periferia da da cidade cidade deu-se deu-se por por volta volta de de 1840, 1840, corno como informa informa HAYES, H a y e s , L. L. M. M. Reminiscences R em iniscences of o f Manchester M anchester and and some som e of of its iís local local surroundings surroundings from from the lhe year yea r 1840. 1840. 1905, 1905, p. p. 51. 51. (N.R.T.) (N .R.T.)

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essas lojas lojas tern, têm, mesmo mesmo assirn, assim, algurn algum parentesco parentesco com com os que se se essas os bairros bairros que atrás delas. Elas são, portanto, próximas situam atras Elas sao, portanto, no no bairro comercial comercial ee pr6ximas aos bairros bairros da da burguesia, burguesia, rnais mais elegantes elegantes do do que que aquelas aquelas que que ocultam ocultam aos as casas sujas dos trabalhadores. trabalhadores. Mesmo assim, assirn, são sao suficientes para com estomagos estômagos encobrir, perante as vistas dos dos senhores senhores ricos e damas damas corn fortes ee nervos fracos, aa miseria miséria ee aa sujeira sujeira que que formam formam os os complecomple­ fortes nervos fracos, mentos do do seu seu luxo luxo ee riqueza. riqueza. Assim, exemplo, Deansgate, Deansgate, que, que, aa mentos Assim, por por exemplo, direção ao partir da Velha Velha Igreja, Igreja, segue em linha reta em direcao ao sul, sul, ao início eé construida construída com com depósitos fábricas, em em seguida seguida infcio depositos de de mercadorias mercadorias ee Iabricas, segunda categoria categoria ee algumas algumas casas de cerveja; mais ao com lojas lojas de segunda sul, onde onde ela ela deixa deixa o o quarteirão comercial, com lojas de de ma má aparencia; aparência; sul, quarteirao comercial, com Jojas quanto mais se anda, anda, mais suja se se toma, tom a, intercalada por tabernas tabernas quanto mais se mais ee mais mais suja intercalada por até que, no final não e casas de aguardente, aguardente, ate final sul, aa aparência aparencia das lojas nao deixa nenhuma nenhum a duvida dúvida de de que somenta trabalhadores, trabalhadores, ee apenas apenas traba­ deixa que soments trabalhadores, são seus seus clientes. clientes. 0 O rnesmo mesmo ocorre ocorre com com Market M arket Street, Street, que que lhadores, sao corre para para sudoeste partir da da bolsa; bolsa; no no inicio, início, lojas brilhantes, de corre sudoeste aa partir lojas brilhantes, de primeira linha, e, nos andares escritórios e dep6sitps depósitps de primeira andares superiores, escrit6rios continuação (Piccadilly), hotéis mercadorias; em seguida, na continuacao (Piccadilly), colossais colossais hotels depósitos de de mercadorias; mais aà frente R o ad ), nas nas cercacerca­ ee dep6sitos mercadorias; mais frente ((London London Road), nias nias do do Medlock, Medlock, fábricas, Iabricas, bares, bares, lojas lojas para para aa pequena-burguesia pequena-burguesia ee trabalhadores; depois, no Ardwick Ardwick Green, casas para aa alta e media média trabalhadores; burguesias e, e, aa partir partir dai, daí, grandes grandes jardins jardins ee casas casas de de campo para os burguesias campo para os fabricantes ee comerciantes. Qualquer Qualquer pessoa conheça mais ricos fabricantes pessoa que conheca M anchester pode, deste modo, imaginar, a partir das ruas Manchester ruas principais, principais, são os bairros raram ente consegue-se consegue-se dai daí visuali­ como sao bairros adjacentes, adjacentes, mas raramente visualizar os os verdadeiros verdadeiros bairros bairros dos dos trabalhadores. Sei muito muito bem esta zar trabalhadores, Sei bern que que esta hipócrita disposicao disposição de de construcoes construções eé mais mais ou ou menos menos comum as hip6crita comum aa todas todas as grandes cidades; cidades; sei também que que os os comerciantes comerciantes varejistas, varejistas, devido devido aà grandes sei tarnbem natureza mesma mesma de de seus seus neg6cios, negócios, precisam precisam tomar tom ar para para si as grandes grandes natureza si as ruas mais movimentadas; movimentadas; ee sei sei que que nestas nestas ruas ruas tem-se, tem-se, por por toda toda parte, parte, ruas mais proximidades os mais casas boas do que ruins, ruins, ee que que em suas proximidades os valores dos terrenos são mais mais altos altos do que nas nas regioes regiões mais dos terrenos sao do que mais afastadas. afastadas. Jamais Jamais encontrei, porem, porém, em em qualquer qualquer outra outra parte, como em em Manchester, M anchester, ao encontrei, parte, como ao sistemático isolamento isolamento da classe mesmo tempo, tempo, um um tão tao sistematico classe trabalhadora em relacao relação as às ruas ruas principais, principais, ee um um tao tão delicado delicado encobrimento encobrimento de de tudo tudo aquilo que que possa possa ferir vistas ee os os nervos nervos da justamente aquilo ferir as as vistas da burguesia. burguesia. E E justamente M anchester eé construlda construída menos segundo planejamentos planejamentos ou regulamentos Manchester ou regulamentos policiais; qualquer outra cidade; policiais; ao ao contrario, contrário, e-o é-o mais mais pelo pelo acaso acaso que que qualquer outra cidade; de passagem, passagem, eu considero o o zeloso protesto da da classe classe media, média, ce quando, quando, de eu considero zeloso protesto de que tudo ao ao trabalhador iria excelentemente, excelentemente, pressinto pressinto que que os de que tudo trabalhador iria os fabri­ fabri4 de cantes assim tão tao inocantes liberais, liberais, os os big big whigs w h ig s4 de Manchester Manchester nao não seriarn seriam assim ino­ centes nesta vergonhosa construcao, centes nesta vergonhosa forma forma de de construção. 44

Grandes antes. ((N N .R .R.T.) Grandes liberais, liberais, pcrsonalidades personalidades import importantes. .T .)

311 311 Já mencionei mencionei que quase todas todas as instalacoes instalações das fábricas adap­ Ja Iabricas se adapcurso dos tres três rios vários canais canais que se ramificam ramificam tam ao curso rios ou dos varies através da da cidade; cidade; passo passo agora agora aà descricao descrição dos dos pr6prios próprios bairros bairros dos dos atraves trabalhadores. lugar, ha há a cidade cidade velha velha de Manchester, M anchester, trabalhadores. Em primeiro lugar, situada entre entre a fronteira fronteira norte norte do bairro bairro comercial comercial e o Irk. Aqui Aqui as situada ruas, mesmo as as melhores, melhores, sao são estreitas estreitas ee sinuosas sinuosas -— tais tais como como Todd Todd ruas, mesmo Street, Long Long Millgate, Millgate, Withy Withy Grove Grove ee Shude Shude Hill Hill -, — , as as casas casas sujas, sujas, Street, velhas ruinosas, e o modo modo de construcao construção das ruas total­ velhas e ruinosas, ruas laterais eé totalmente horrivel. horrível. Quando Quando se se entra entra nana- Long Long Millgate, Millgate, aa partir partir da da Velha Velha mente Igreja, Igreja, tern-se, tem-se, logo logo aà direita, direita, uma uma serie série de de casas casas antiquadas, antiquadas, das das quais quais não restou restou nenhuma nenhuma fachada fachada na na vertical; vertical; sao são os os restos restos da da velha velha ManM an­ nao chester pre-industrial, pré-industrial, cujos cujos moradores moradores antigos antigos se se mudararn mudaram com com seus seus chester descendentes para para bairros bairros melhor melhor construidos, construídos, deixando deixando para para uma uma 'raca raça descendentes de trabalhadores trabalhadores forternente fortemente mesclada mesclada com com sangue sangue irlandes irlandês as as casas casas de que, para para eles, eles, estavam estavam muito muito ruins. ruins. Aqui Aqui encontra-se encontra-se realmente realmente um um que, quase indisfarçável bairro de de trabalhadores, trabalhadores, pois pois mesmo mesmo as as lojas lojas ee tabertaber­ quase indisfarcavel bairro nas não se dao dão ao trabalho trabalho de parecerem limpas. Isto ainda nas da rua nao parecerem limpas. não eé nada nada em em cornparacao comparação com com os os becos becos ee patios pátios que que se se situam situam por por nao tras, trás, aonde aonde somente somente se se chega chega atraves através de de passagens passagens cobertas, cobertas, estreitas, estreitas, pelas quais quais nao não podem passar passar duas pessoas ao mesmo mesmo tempo. tempo. Nao Não pelas se pode pode fazer fazer nenhuma nenhuma ideia idéia da da desordern, desordem, da da cinica cínica incompatibilidade incompatibilidade se com toda toda arte arte de de construcao, construção, do do aperto aperto com com que que as as casas, casas, formalmente, formalmente, com sao são coladas coladas umas umas nas nas outras. outras. lsto Isto nao não vale vale apenas apenas para para as as construcoes construções que datam datam da da antiga antiga Manchester. Manchester. A A confusao, confusão, em em epocas épocas recentes, recentes, atinatin­ que giu giu o o ponto ponto maximo máximo porque, porque, em em toda toda parte, parte, onde onde oo modo modo de de construcao construção época anterior anterior havia havia deixado deixado o menor menor espaco espaço livre, construiu-se construiu-se e da epoca remendou-se ate até que, que, finalmente, não restou restou entre entre as as casas casas nenhuma nenhuma rernendou-se finalmente, nao polegada de de espaco espaço que que pudesse pudesse ser ser aproveitada. aproveitada. polegada A margem margem do do Irk Irk eé aqui, aqui, do do lado lado sul, sul, muito muito Ingreme íngreme ee tern tem [[.. . . . ]] A entre quinze quinze ee trinta trinta pes pés de de altura. altura. Nesta Nesta encosta encosta escarpada escarpada estao estão planplan­ entre tadas ainda, ainda, na na rnaioria maioria dos dos casos, casos, tres três filas filas de de casas, casas, das das quais quais as as mais mais tadas baixas se se levantam levantam diretamente diretamente do do rio, rio, enquanto enquanto as as paredes paredes dianteiras dianteiras baixas das mais mais elevadas elevadas se se situam situam ao ao nivel nível do do ponto ponto mais mais alto alto da da colina, colina, em em das Long Long Millgate. Millgate. De De entrerneio, entremeio, aà beira beira do do rio, rio, estao estão ainda ainda as as Iabricas. fábricas. Em resumo: resumo: oo tipo tipo de de construcao construção aqui aqui eé tao tão desordenado desordenado ee estreito estreito Em como na na parte parte baixa baixa de de Long Long Millgate. Millgate. A A direita direita ee aà esquerda, esquerda, uma uma como grande quantidade quantidade de de acessos acessos cobertos cobertos conduzem conduzem da da rua rua principal principal aos aos grande diversos diversos patios, pátios, e, e, quando quando al aí se se penetra, penetra, entra-se entra-se numa numa sujeira sujeira ee numa numa asquerosa asquerosa falta falta de de higiene higiene incornparaveis incomparáveis -— sobretudo sobretudo nos nos patios pátios que que partem para para oo Irk Irk ee que, que, na na realidade, realidade, abrigam abrigam as as rnoradias moradias mais mais horrlhorrí­ partem veis veis que que encontrei encontrei ate até agora. agora. Em Em um um destes destes patios, pátios, logo logo no no comeco, começo, onde onde termina este este acesso, acesso, fica fica uma uma latrina latrina que que nao não tern tem nenhuma nenhuma porta porta ee termina tão suja suja que que os os moradores moradores apenas apenas podem podem entrar entrar ou ou sair sair do do patio pátio eé tao atravessando um um charco charco de de urina urina podre podre ee excrementos excrementos que que aa rodeiam; rodeiam; atravessando se alguern alguém quiser quiser ve-lo, vê-lo, eé oo primeiro primeiro patio pátio junto junto ao ao Irk, Irk, acima acima de de Ducie Ducie se

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Bridge Bridge ";5; abaixo, abaixo, ao ao nfvel nível do do rio, rio, situam-se situam-se varies vários curtumes, curtumes, que que empesempestam tam toda toda aa regiao região com com oo mau mau cheiro cheiro da da decomposicao decomposição de de materias matérias organicas. maioria das orgânicas. Para Para os os patios pátios abaixo abaixo de de Ducie Ducie Bridge, Bridge, na na maioria das vezes, vezes, descem-se somente transdescem-se escadas escadas sujas sujas ee estreitas estreitas ee alcancam-se alcançam-se as as casas casas somente trans­ pondo patio abaixo pondo montes montes de de entulho entulho ee lixo. lixo. 0 O primeiro primeiro pátio abaixo de de Ducie Ducie Bridge Allen's Court Bridge chama-se chama-se Allen’s Court ee estava, estava, no no tempo tempo da da colera cólera 6, 6, em em tais tais condicoes policia sanitaria condições que que aa polícia sanitária oo mandou m andou evacuar, evacuar, limpar limpar ee desinfetar desinfetar com com cloro. cloro. Numa Numa brochura brochura 7, 7, o o Dr. Dr. Kay Kay oferece oferece uma uma descricao descrição chocante chocante da patio nessa tao, parece ue foi foi parcialda situacao situação deste deste pátio nessa epoca. época. Desde Desde en então, parece qque parcial­ mente mente destruido destruído ee novamente novamente reconstruido reconstruído -— aa partir partir de de Ducie Ducie Bridge Bridge para baixo, ainda para baixo, ainda se se veern vêem varias várias rufnas ruínas de de muros muros ee altos altos montes montes de de entulho, entulho, ao ao !ado lado de de algumas algumas casas casas de de construcao construção mais mais recente. recente. A A visao visão aa partir partir dessa dessa ponte ponte -— delicadarnente delicadamente encoberta encoberta aos aos menores menores mortais mortais por meio por meio de de um um parapeito parapeito amurado amurado da da altura altura de de um um homem homem -— eé caracteristica Embaixo corre, característica para para todo todo oo bairro. bairro. Embaixo corre, ou ou melhor melhor estagna, estagna, oo Irk, Irk, um um rio rio escuro, escuro, ma! mal cheiroso, cheiroso, cheio cheio de de entulhos entulhos ee lixo, lixo, que que se se amontoam na margem margem direita, amontoam na direita, mais mais plana; plana; com com tempo tempo seco, seco, fica fica ai aí uma longa fila de de pocas lama verde-escura, uma longa fila poças de de lama verde-escura, asquerosissima, asquerosíssima, de de cuja cuja profundidade sobem permanentemente bolhas profundidade sobem permanentemente bolhas de de gases gases miasmaticos, miasmáticos, das das quais para os quais se se desprendem desprendem um um cheiro cheiro que, que, mesmo mesmo para os que que estao estão em em cima da cima da ponte, ponte, quarenta quarenta ou ou cinqiienta cinqüenta pes pés acima acima do do nivel nível da da agua, água, torna-se insuportavel. rio é retido torna-se insuportável. 0 O pr6prio próprio rio retido ainda ainda por por ahas altas barragens, barragens, detras lama ee detritos detrás das das quais quais se se acumulam acumulam lama detritos em em grande grande volume, volume, que que ai aí apodrecem. apodrecem. Acima Acima da da ponte ponte ficam ficam curtumes, curtumes, mais mais adiante adiante tinturarias, tinturarias, moinhos moinhos de de ossos ossos ee Iabricas fábricas de de gas, gás, cujos cujos escoamentos escoamentos ee restos, restos, sem sem excecao, Irk, oo qua! exceção, sao são jogados jogados no no Irk, qual ainda ainda recebe recebe oo conteudo conteúdo das das latrilatri­ nas ee das ligadas aa ele. nas das cloacas cloacas ligadas ele. Pode-se Pode-se entao então imaginar imaginar qua! qual aa qualidade qualidade dos para tras. ponte, veem-se, na dos residuos resíduos que que oo rio rio deixa deixa para trás. Abaixo Abaixo da da ponte, vêem-se, na ingreme margem esquerda, íngreme margem esquerda, montes montes de de entulhos, entulhos, de de Iixo, lixo, sujeiras sujeiras ee restos restos nos nos patios; pátios; uma uma casa casa fica fica sempre sempre colada colada atras atrás da da outra outra e, e, por por causa causa da da margem margem ingreme, íngreme, pode-se pode-se ver ver um um pedaco pedaço de de cada cada casa casa -— todas todas pretas pretas de fumaca, desmoronadicas, velhas, com vidros ee as de fumaça, desmoronadiças, velhas, com vidros as armacoes armações das das janejane­ Ias formam oo fundo. las quebrados. quebrados. Velhas Velhas Iabricas, fábricas, sernelhantes semelhantes aa quarteis, quartéis, formam fundo. Sohre uma longa Sobre aa margem margem plana, plana, aà direita, direita, situa-se situa-se uma longa fila fila de de casas casas ee fabricas teto, cheia fábricas -— logo logo aa segunda segunda casa casa eé uma uma ruina, ruína, sem sem teto, cheia de de entuentu­ lhos, ee aa terceira lhos, terceira eé tao tão baixa baixa que que o o andar andar inferior inferior eé inabitavel inabitável e, e, por por

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.R.T.) 5 Tratava-se Tratava-se de de uma uma ponte ponte sobre sobre o o Irk. Irk. (N (N .R.T.) Por volta N.R.T.) "Por volta de de 1832. 1832. ((N .R.T.) 77 The moral and The moral and physical physical condition condition of of the the working working classes, classes, employed em ployed in in the the cotton cotton manufacture manufacture in in Manchester Manchester (A [A condiciio condição moral moral ee [isica física da da classe classe trabalhadora trabalhadora empregada empregada na na manujatura manufatura de de tecidos tecidos de de algodiio algodão de de Manchester], Manchester], por por James James Ph. Pfa. Kay, Kay, dr. dr. med., med., 2. 2. ed., ed., 1832. 1832. Confunde Confunde aa classe classe trabalhadora trabalhadora em em geral geral corn com aa classe classe dos dos trabalhadores trabalhadores fabris, fabris, mas, mas, no no geral, geral, é excelente. excelente. (N. (N . de de E.) E.) [Outra [Outra descricao descrição de H. The de Allen's Allen’s Court Court encontra-se encontra-se em em GAULTER, G a u l t e r , H. The origin origin and and progress progress of of the the malignant malignant cholera cholera in in Manchester. Manchester. 1833, 1833, p. p. 50-1. 50-1. (N.R.T.)] (N .R .T .)] :1 II

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313 313 consequencia, conseqüência, sem sem janelas janelas ou ou portas. portas. Aqui, Aqui, oo que que forma forma oo fundo fundo eé o o cerniterio Liverpool ee de cemitério dos dos pobres, pobres, as as estacoes estações das das ferrovias ferrovias de de Liverpool de Leeds Leeds e, e, mais mais arras, atrás, aa Casa Casa do do Trabalho, Trabalho, aa "Bastilha “Bastilha da da Lei Lei dos dos Pobres" Pobres” de de 8, que Manchester M anchester8, que do do alto alto do do monte, monte, como como uma uma cidadela cidadela cercada cercada de de altos altos muros, muros, observa observa arneacadoramente am eaçadoramente oo bairro bairro dos dos trabalhadores trabalhadores que que se sua frente. se estende estende aà sua frente. Acima Acima de de Ducie Ducie Bridge, Bridge, aa margem margem esquerda esquerda torna-se torna-se mais mais plana plana ee aa direita, direita, ao ao contrario, contrário, mais mais Ingreme; íngreme; no no entanto, entanto, em em ambas ambas as as marm ar­ gens gens do do rio, rio, as as condicoes condições das das moradias moradias pioram. pioram. Quando Quando se se parte parte da da rua - ee se rua principal principal -— sempre sempre ainda ainda Long Long Millgate Millgate — se vai vai para para aa esquerda, esquerda, ai perdido: passa-se aí entao então eé que que se se esta está perdido: passa-se de de um um patio pátio ao ao outro, outro, segue-se segue-se de de uma uma esquina esquina aà outra, outra, atraves através de de varios vários becos becos ee passagens passagens sujas sujas ee estreitas, minutos, todo estreitas, perdendo-se, perdendo-se, ap6s após alguns alguns minutos, todo o o sentido sentido de de direcao direção sem sem se se saber saber mais mais para para onde onde dirigir-se. dirigir-se. Por Por toda toda parte, parte, construcoes construções total total ou ou parcialmente parcialmente destruidas destruídas -— algumas algumas sao são realmente realmente inabitaveis, inabitáveis, oo que ha um que eé rnuito muito significativo significativo aqui. aqui. -— Nas Nas casas, casas, raramente raram ente há um piso piso de de tabuas tábuas ou ou de de pedras, pedras, quase quase sempre sempre portas portas ee janelas janelas quebradas quebradas ee empenadas empenadas ee sujeira sujeira -— montes montes de de entulho, entulho, lixo lixo ee imundicie; imundície; pocas poças de de lama em um cheiro lama em vez vez de de esgotos, esgotos, ee um cheiro que, que, por por si si mesrno, mesmo, impediria impediria qualquer pessoa razoavelmente tal distrito. qualquer pessoa razoavelmente civilizada civilizada de de morar m orar em em tal distrito. A A nova nova construcao construção do do prolongamento prolongamento da da ferrovia ferrovia de de Leeds, Leeds, que que atravessa atravessa oo Irk patios ee vielas, Irk por por aqui, aqui, destruiu destruiu uma uma parte parte destes destes pátios vielas, deixando, deixando, porem, porém, outras outras aà vista. vista. Assim Assim eé com com um um patio pátio diretamente diretamente abaixo abaixo do do viaduto viaduto da da estrada estrada de de ferro, ferro, que que ultrapassa ultrapassa todos todos os os demais demais em em sujeira sujeira ee monstruosidade, monstruosidade, ee que que ate até agora agora estava estava tao tão fechado fechado ee retirado retirado que que apenas jamais apenas com com esforco esforço se se poderia poderia alcanca-lo. alcançá-lo. Eu Eu mesmo mesmo nao não oo teria teria jamais encontrado, pelo viaduto ferrovia, encontrado, nao não fora fora atraves através da da abertura abertura feita feita pelo viaduto da da ferrovia, apesar apesar de de acreditar acreditar conhecer conhecer muito muito bem bem toda toda essa essa regiao região por por aqui. aqui. Sohre uma Sobre um a escabrosa escabrosa margem, margem, chega-se, chega-se, entre entre postes postes ee varais varais de de roupas, roupas, aa um um caos caos de de pequenos pequenos casebres, casebres, de de um um so só andar andar ee um um comodo, cômodo, dos dos quais tern pisos quais aa maioria maioria nao não tem pisos artificiais artificiais -— cozinha, cozinha, sala sala ee quarto, quarto, tudo buracos, que teria apenas pes de tudo junto. junto. Num Num desses desses buracos, que teria apenas seis seis pés de compricompri­ mento mento por por cinco cinco de de largura, largura, vi vi duas duas camas camas -— ee que que camas! camas! -— que, que, junto junto aa urna uma escada escada ee um um fogao, fogão, enchiam enchiam todo todo oo quarto. quarto. Em Em muitos muitos outros, aberta ee outros, nao não vi vi absolutamente absolutam ente nada, nada, apesar apesar de de aa porta porta estar estar aberta os os moradores m oradores encostados encostados juntos juntos aa eta. ela. Frente Frente as às portas, portas, por por toda toda parte, parte, 8A A

instituicao instituição das das workhouses w orkhouses data data dos dos inicios inícios do do seculo século XVII XVII (Poor ( P oor relief relief Act, A c t, 160 I); em juntamente com 1601); em 1834, 1834, etas elas sofrem sofrem modificaeoes, modificações, juntamente com aa Jegislacao legislação sobre sobre aa pobreza pobreza (Poor ( P oor Laws). L a w s). Os Os desempregados desempregados eram eram recolhidos recolhidos as às casas casas de d e trabalho trabalho para trabalhar compulsoriamente para trabalhar compulsoriamente por por um um salario salário simb6lico, simbólico, inferior inferior ao ao minimo mínimo estabelecido A caracterizacao estabelecido nas nas indtistrias. indústrias. A caracterização das das workhouses w orkhouses como como "Bastilhas “Bastilhas da da Lei dos Pobres", proletariado", era Lei dos Pobres”, "Bastilhas “Bastilhas do do proletariado”, era generalizada generalizada entre entre o o movimento movimento operario ingles da no Discurso operário inglês da epoca, época, ee comparece comparece igualmente igualmente no D iscurso sobre sobre o o problema problem a do Marx pronunciou d o livre-ctimbio, livre-câm bio, que que Marx pronunciou em em 99 de de janeiro janeiro de de 1848 1848 na na Associaciio A ssociação Democrdtica D em ocrática de de Bruxelas. Bruxelas. (N.R.T.) (N.R.T.)

314 314 entuJho entulho ee lixo; lixo; se se havia havia por por baixo baixõ algum algum tipo tipo de de calcamento, calçamento, nao não se se podia ver, podia ver, mas mas apenas, apenas, aqui aqui ee ali, ali, simplesmente simplesmente senti-lo senti-lo com com os os pes, pés. Todo habitados por Todo oo montao m ontão de de estabulos, estábulos, habitados por pessoas, pessoas, era era limitado limitado em em dois !ados por por casas no terceiro dois lados casas ee uma uma Iabrica fábrica e, e, no terceiro !ado, lado, pelo pelo rio, rio, com com excecao do estreito onexceção do estreito caminho caminho marginal, marginal, apenas apenas uma um a apertada apertada porta porta .,ccon­ duzia duzia aà saida saída -— aa um um outro outro labirinto labirinto de de moradias, moradias, quase quase igualmente igualmente mat construido mal construído ee mantido. mantido. Estes bastam. Deste Deste modo Estes exemplos exemplos bastam. modo eé construfda construída toda toda aa margem margem do estao do Irk, Irk, um um caos caos de de casas casas jogadas jogadas ao ao acaso, acaso, que que mais mais ou ou menos menos estão proximas próximas de de serem serem inabitaveis inabitáveis ee cujos cujos interiores interiores sujos sujos correspondem correspondem totalmente imundo ambiente. totalmente ao ao imundo ambiente. E E como como podem podem as as pessoas pessoas ser ser limpas? limpas? Nern mesmo para· naturais ee corriqueiras Nem mesmo para aa satisfacao satisfação das das mais mais naturais corriqueiras necessinecessi­ dades As latrinas raras que ficam dades existem existem condicoes. condições. As latrinas sao são aqui aqui tao tão raras que ou ou ficam cheias ficam muito cheias todos todos os os dias, dias, ou ou ficam muito afastadas afastadas para para aa maioria maioria dos dos moradores, Como ha por moradores. Como podem podem as as pessoas pessoas se se lavar, lavar, se se s6 só há por perto perto as as aguas bairros decentes águas imundas imundas do do Irk Irk ee somente somente nos nos bairros decentes da da cidade cidade e,istem existem sistemas nao se sistemas de de canalizacao canalização ee bombas bombas de de agua? água? Na Na verdade, verdade, não se · pode pode censurar censurar aa estes estes hilotas hilotas da da sociedade sociedade modema m oderna que que as as suas suas moradias moradias nao sejam mais limpas frequentenão sejam mais limpas que que os os chiqueiros chiqueiros que que se se encontram encontram freqüente­ mente nao se mente no no meio meio delas. delas. Quanto Quanto aos aos proprietaries proprietários de de casas, casas, eles eles não se pejarn em pejam em a!ugar alugar moradias moradias como como os os seis seis ou ou sete sete poroes porões junto junto ao ao cais, cais, 9, logo abaixo cujos pelo menos logo abaixo da da Scotland Scotland Bridge B rid g e9, cujos pisos pisos estao estão pelo menos dois dois pes abaixo nivel das baixas -— do pés abaixo do do nível das aguas águas -— com com aguas águas baixas do Irk, Irk, correndo correndo numaa distancia num distância de de seis seis pes pés dai; daí; ou ou como como oo andar andar superior superior da da casa casa de de esquina, esquina, sobre sobre aa margem margem oposta, oposta, logo logo acima acima da da ponte, ponte, cujo cujo andar andar terreo eé inabitável inabitavel sem todos os térreo sem que que se se preencham preencham todos os buracos buracos das das portas portas ee janelas um caso janelas -— ee este este eé sempre sempre um caso que que nao não raramente raram ente se se apresenta apresenta em todos os usado em todos os arredores, arredores, onde, onde, costumeirarnente, costumeiramente, este este andar andar inferior inferior eé usado como como latrina, latrina, dada dada aa inexistencia inexistência de de locais locais apropriados apropriados em em toda toda aa vizinhanca. vizinhança. Deixemos oo Irk, Deixemos Irk, para para de de novo novo nos nos metermos metermos no no meio meio das das moradias moradias dos dos trabalhadores, trabalhadores, do do !ado lado oposto oposto de de Millgate. Millgate. Chegamos Chegamos assim assim aa um um bairro bairro um um pouco pouco mais mais novo, novo, que que se se prolonga prolonga dcsde desde aa igreja igreja de de St. St. Michaelis Withy Grove Aqui existe, pelo menos, Michaelis ate até Withy Grove ee Shudehill. Shudehill. Aqui existe, pelo menos, um um pouco pouco mais mais de de ordem; ordem; em em vez vez do do tipo tipo de de construcao construção ca6tico, caótico, enconencon­ tramos ruas ee vielas na maioria tramos aqui aqui ruas vielas longas longas ee retas, retas, na maioria dos dos casos, casos, ee patios pátios quadrangulares, quadrangulares, intencionalmente intencionalmente construidos; construídos; mas mas como como anteriormente anteriormente era patio, arbitraera cada cada casa, casa, assim assim eé aqui, aqui, pelo pelo menos, menos, cada cada viela, viela, cada cada pátio, arbitra­ riamente riamente construido, construído, ee sem sem qualquer qualquer consideracao consideração sobre sobre aa situacao situação dos dos demais. demais. Ora O ra corre corre uma uma viela viela nesta nesta direcao, direção, ora ora corre corre naquela, naquela, aa todo todo instante instante penetra-se penetra-se numa num a ruazinha ruazinha sem sem safda saída ou ou numa numa esquina esquina Iechada, fechada, que ponto de nao m morou que conduz conduz de de volta volta ao ao ponto de onde onde se se saiu, saiu. Quern Quem não orou um um o9 Outra Outra pontc ponte sobrc sobre o o Irk. Irk. (N.R.T.) (N .R.T.)

315 315 born tempo labirinto, não nao consegue atraves dele. A ventilabom tempo neste neste labirinto, consegue passar passar através dele. A ventila­ 9ao ruas -— caso eu deva palavra para bairro -— ção das das ruas caso eu deva usar usar esta esta palavra para este este bairro ee dos incompleta como como nos contudo, dos patios pátios é tao tão incompleta nos arredores arredores do do Irk. Irk. E E se, se, contudo, este bairro possui em relação relacao ao do Irk este bairro possui alguma alguma coisa coisa melhor melhor em ao vale vale do Irk — as seguramente mais as ruas ao menos menos por por enas casas casas sao são seguramente mais novas, novas, as ruas tern, têm, ao en­ quanto, canos esgoto -, casa, uma quanto, canos de de esgoto — , ele ele tern, tem, em em cada cada casa, uma moradia moradia no no porao, oo que, porão, que, no no vale vale do do Irk, Irk, devido devido ao ao tipo tipo desleixado desleixado das das construcoes construções ee à idade em ambos idade das das casas, casas, era era raro raro acontecer. acontecer. Quanta Quanto ao ao resto, resto, em ambos os bairros bairros ha sujeira, mantes de entulhos, os há sujeira, montes de de cinzas cinzas ee de entulhos, pocas poças de de lama lama nas no bairro agora estamos falando, encontramos nas ruas ruas e, e, no bairro sobre sobre oo qual qual agora estamos falando, encontramos ainda ainda uma uma outra outra circunstancia circunstância que que para para aa higiene higiene dos dos moradores moradores ée muito desfavoravel: que aaqui qui perambulam muito desfavorável: aa quantidade quantidade de de porcos porcos que peram bulam par por toda parte, parte, nas que fucarn os lixos lixos ou presos nos toda nas vielas, vielas, que fuçam os ou estao estão presos nos patios pátios em pequenos chiqueiros. Os criadores aqui os em pequenos chiqueiros. Os criadores de de porcos porcos alugam alugam aqui os patios, pátios, assim na maioria colocam neles neles assim como como na maioria dos dos bairros bairros dos dos trabalhadores, trabalhadores, ee colocam chiqueiros; ou ate chiqueiros; em em quase quase todo todo patio pátio existe existe um um tal tal canto canto cercado cercado ou até varies, os moradores jogam todos detritos ee imundicies, vários, nos nos quais quais os moradores jogam todos os os detritos imundícies, com atmosfera destes com que que engordam engordam os os porcos, porcos, oo que que empesta empesta aa atmosfera destes patios pátios fechados nos nos quatro devido as fechados quatro )ados, lados, devido às materias matérias animais animais ee vegetais vegetais em em decomposicao. decomposição. Ha aberta uma uma rua rua larga, H á pouco pouco foi foi aberta larga, bastante bastante agradavel agradável -— Millers Millers Street bairro ee com aparente sucesso encoberto oo Street -— atraves através deste deste bairro com aparente sucesso foi foi encoberto fundo. Mas atraves fundo. Mas se se alguem alguém deixar-se deixar-se Jevar levar pela pela curiosidade curiosidade ee passar passar através dos que conduzem pode literalmente literalmente aa dos imimeros inúmeros acessos acessos que conduzem aos aos patios, pátios, pode cada rever esta cada vinte vinte passos passos rever esta porcaria. porcaria. Tal - ee quando Tal eé aa antiga antiga cidade cidade de de Manchester M anchester — quando releio releio mais mais uma uma vez vez de vez minha minha descricao, descrição, preciso preciso reconhecer reconhecer que que em em vez de exagerada exagerada nfio não eé nem nem de de Jonge longe suficientemente suficientemente penetrante penetrante para para tornar tornar visive! visível 'lia sujeira, sujeira, aa decadencia, tipo de incompatfvel com decadência, aa inabitabilidade inabitabilidade ee oo tipo de construcao construção incompatível com toda lirnpeza, ventilacao bairro, que toda consideracao consideração sobre sobre limpeza, ventilação ee saiide saúde deste deste bairro, que abriga mil moradores. abriga pelo pelo menos menos vinte vinte aa trinta trinta mil moradores. E E um um tal tal bairro bairro existe existe no centro da lnglaterra, no centro da da segunda segunda cidade cidade da Inglaterra, aa primeira primeira cidade cidade industrial industrial do do mundo! mundo! Se Se alguem alguém desejar desejar ver ver de de quao quão pouco pouco espaco espaço precisam precisam as as as movimentar-se, de ar -— ee que que ar! ar! — as pessoas pessoas para para movimentar-se, de quao quão pouco pouco ar necessitam como podem necessitam para para respirar respirar ee como podem sobreviver sobreviver com com tao tão pouca pouca civilizacao, basta-lhe apenas ca. Ê, todavia, civilização, entao então basta-lhe apenas vir vir para para cá. todavia, aa antiga antiga cidade aqui, quando cidade -— ee aa isto isto recorre recorre aa gente gente aqui, quando se se lhes lhes fala fala sobre sobre aa horrivel deste inferno inferno sobre -;; mas horrível situacao situação deste sobre aa terra terra — mas oo que que significa significa isto? Tudo mais intensamente nosso desprezo isto? Tudo oo que que mais intensamente provoca provoca o o nosso desprezo ee nossa nossa indignacao é de indignação de origem origem nova, nova, pertence pertence à epoca época industrial. industrial. Estas Estas centenas centenas de ja foram de casas casas que que pertencem pertencem à antiga antiga Manchester, Manchester, já foram ha há muito muito abanaban­ donadas antigos moradores; abarrotou donadas pelos pelos seus seus antigos moradores; somente somente aa industria indústria as as abarrotou com os trabalhadores que agora sao com os bandos bandos de de trabalhadores que agora são alojados alojados ali; ali; somente somente aa indústria indiistria construiu construiu em em cada cada pequeno pequeno espaco espaço entre entre as as antigas antigas moradias moradias

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316 316 um um teto teto para para as as massas massas que que ela ela removeu removeu dos dos campos campos ee da da Irlanda; Irlanda; somente permitiu, aos proprietaries desses somente aa indiistria indústria permitiu, aos proprietários desses chiqueiros, chiqueiros, alualuga-los moradia, explorar gá-los aa pessoas pessoas por por altos altos precos preços ee faze-Ios fazê-los de de moradia, explorar aa pobreza pobreza dos dos trabalhadores, trabalhadores, estragar estragar aa satide saúde de de milhares, milhares, para para que que eles eles se se enriquecam; enriqueçam; somente somente aa industria indústria conseguiu conseguiu tomar tornar possivel possível que que o o trabalhador apenas recem-libertado da trabalhador apenas recém-libertado da servidao servidão pudesse pudesse outra outra vez vez ser ser usado usado como como simples simples material, material, como como obieto, objeto, que que ele ele tenha tenha que que se se deixar deixar trancar numa trancar numa moradia moradia que que para para qualquer qualquer outro outro seria seria pessima, péssima, ee que que ele ele agora, agora, com com seu seu dinheiro dinheiro sacrificado, sacrificado, tenha tenha o o direito direito de de deixar-se deixar-se arruinar isto, ela arruinar totalmente. totalmente. Somente Somente aa industria indústria fez fez isto, ela que, que, sem sem estes estes trabalhadores, trabalhadores, sem sem aa sua sua pobreza pobreza ee aa sua sua escravidao, escravidão, nao não poderia poderia existir. existir. £ nao se É verdade verdade que que aa construcao construção originaria originária deste deste bairro bairro era era ruirn, ruim, não se poderia feito pelos pelos propriepoderia fazer fazer muita muita coisa coisa boa boa dele dele · -— mas mas algo algo foi foi feito proprie­ tarios pela administracao tários ee pela administração para para melhorar melhorar as as construcoes construções anteriores? anteriores? Ao uma Ao contrario, contrário, onde onde ainda ainda existia existia um um cantinho cantinho livre, livre, colocou-se colocou-se uma casa, os valores casa, onde onde existia existia uma uma saida saída excedente, excedente, fechou-se; fechou-se; os valores dos dos terreterre­ nos subiram nos subiram com com oo florescimento florescimento da da industria, indústria, ee quanto quanto mais mais este este .J.alor \!alor crescia, tanto mais crescia, tanto mais freneticamente freneticamente se se construia, construía, sem sem consideracao consideração sobre sobre aa saude moradores -— nenhum saúde ee oo conforto conforto dos dos moradores nenhum barraco barraco é tiio tão ruim ruim que que niio ndo pode não se se encontre encontre sempre sem pre um um pobre pobre que que não pode pagar pagar outro outro melhor melhor -; — ; aa (mica única consideracao consideração eé sobre sobre o o maior maior lucro lucro possivel. possível. Trata-se, Trata-se, porern, porém, da da antiga antiga cidade. cidade, ee com com isto isto tranquiliza-se tranqüiliza-se aa burguesia. burguesia.

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10 fGuardfian], 10 de Bolton [Guard[ian], 10 de agosto. agosto. B olton -— Um Um dos dos mesmos mesmos frnerceeiro] [merceeiro ] 10 condenado condenado aa pagar pagar rnulta multa de de 55 xelins. xelins. E as rnesmas causas da fraude E as mesmas causas da fraude na na qualidade qualidade das das mercadorias, mercadorias, que que recaern trabalhadores, fazem tambern as recaem principalmente principalmente sobre sobre os os trabalhadores, fazem deles deles também as vitirnas da vítimas da fraude fraude quantitativa. quantitativa. A alimentacao trabalhador individual individual varia, A alimentação costumeira costumeira do do trabalhador varia, naturalnatural­ mente, segundo o seu salario. Os trabalhadores melhor pagos, mente, segundo o seu salário. Os trabalhadores melhor pagos, especialespecial­ mente mente aqueles aqueles que que sao são trabalhadores trabalhadores fabris fabris ee dos dos quais quais cada cada rnembro membro da capaz de de ganhar ganhar algo, algo, tern têm condicoes, condições, enquanto enquanto dura dura esta esta da farnflia família eé capaz situacao, boa alimentacao, situação, urna uma boa alimentação, came carne diariamente diariamente e, e, aà noite, noite, toucinho toucinho ee queijo. so aos queijo. Onde Onde se se ganha ganha rnenos, menos, encontra-se encontra-se came carne só aos domingos, domingos, ou para substitui-la, ou duas duas aa tres três vezes vezes por por semana semana e, e, para substituí-la, mais mais batatas batatas ee pao; redupão; ao ao descermos descermos gradualmente, gradualmente, encontramos encontramos os os alimentos alimentos animais animais redu­

1o 10 No N o trecho trecho imediatamente imediatamente anterior, anterior, Engels Engels arrola arrola noticias notícias do do Manchester Manchester GuarGuar­ dian dian que que dao dão conta conta dos dos delitos delitos e e fraudes fraudes praticados praticados nos nos bairros bairros operarios operários pelos pelos comerciantes. comerciantes. (N.R.T.) (N .R.T.)

317 317 zidos zidos aa um um pouco pouco de de toucinho toucinho cortado cortado em em cima cima das das batatas batatas -— mais mais para para baixo, baixo, desaparece desaparece isto isto tambem, também, ee restam restam apenas apenas queijo, queijo, pao, pão, minmingau gau de de aveia aveia (porridge) (porridge) ee batatas, batatas, ate, até, no no grau grau mais mais baixo, baixo, com com os os irlandeses, irlandeses, consistindo consistindo aa alimentacao alimentação unicamente unicamente em em batatas. batatas. AcompaAcompa­ nhando isso, nhando isso, toma-se toma-se geralmente geralmente um um cha chá fraco, fraco, as às vezes vezes misturado misturado com com um um pouco pouco de de acucar, açúcar, leite leite ou ou aguardente; aguardente; oo cha chá eé considerado, considerado, na na lnglaterra, Inglaterra, ee ate até na na Irlanda, Irlanda, uma uma bebida bebida igualmente igualmente necessaria necessária ee indisindis­ pensavel, pensável, como como oo cafe café para para nos, nós, ee onde onde se se deixa deixa de de tomar tom ar cha, chá, ai aí domina domina sempre sempre aa mais mais extrema extrema pobreza. pobreza. Tudo Tudo isto, isto, porem, porém, pressupoe pressupõe que que o o trabalhador trabalhador tenha tenha um um emprego; emprego; quando quando nao não oo tern, tem, fica fica totaltotal­ rnente mente por por conta conta do do acaso acaso ee come come o o que que lhe lhe dao, dão, oo que que mendiga mendiga ou ou oo que que rouba; rouba; ee quando quando nao não obtern obtém nada, nada, sirnplesmente simplesmente morre morre de de forne, fome, como como ja já vimos. vimos. Entende-se Entende-se obviarnente obviamente que que aa quantidade quantidade dos dos alimentos; alimentos, assim assim como como aa sua sua qualidade, qualidade, dependem dependem do do salario, salário, ee que que os os trabalhadotrabalhado­ res pior res pior pagos pagos sofrem sofrem fome fome se se tern têm uma uma familia família grande, grande, apesar apesar de de que que estejam estejam trabalhando trabalhando regularmente. regularmente. 0 O numero número destes destes trabalhadores trabalhadores rnal mal pagos pagos eé muito muito grande. grande. Particularmente Particularmente em em Landres, Londres, onde onde aa concorrencia concorrência entre entre os os trabalhadores trabalhadores cresce cresce na na rnesrna mesma medida medida que que aa populacao, população, esta esta classe classe eé rnuito muito numerosa; numerosa; mas mas aa encontrarnos encontramos tambern também em em todas todas as as outras outras cidades. cidades. Nestes Nestes casos, casos, procuram-se procuram-se varies vários meios meios de de subsistencia: subsistência: comemcomem11, -se -se cascas cascas de de batatas, batatas, restos restos de de verduras verduras ou ou vegetais vegetais apodrecidos apodrecidosn , na na falta falta de de outros outros alimentos, alimentos, ee busca-se busca-se avidamente avidamente tudo tudo oo que que possa possa canter, talvez, um conter, talvez, um atomo átomo de de materia m atéria nutritiva. nutritiva. E E quando quando oo salario salário sernanal semanal eé consumido consumido antes antes do do final final da da sernana, semana, ocorre ocorre freqiientemente freqüentemente que que aa farnflia, família, nos nos ultimas últimos dias, dias, nao não recebe recebe nenhum nenhum alimento, alimento, ou ou apenas apenas oo indispensavel indispensável para para nao não morrer m orrer de de fome. fome. Este Este modo modo de de vida vida provoca, provoca, inevitavelmente, inevitavelmente, doencas doenças em em grandes grandes quantidades, quantidades, ee quando quando estas estas apareapare­ cem, cem, particularmente particularmente no no homem, homem, entao então aa miseria miséria eé muito muito grande, grande, porque porque aa familia família vive vive principalmente principalmente do do trabalho trabalho dele, dele, ee este, este, devido devido aa sua sua atividade atividade pesada, pesada, precisa precisa da da maior maior parte parte dos dos alimentos alimentos ee e, é, portanto, portanto, oo primeiro primeiro aa sucumbir. sucumbir. Neste Neste momenta, momento, apresenta-se apresenta-se aa brutalidade brutalidade ainda ainda mais mais crua crua com com que que aa sociedade sociedade abandona abandona seus seus membros membros quando quando eles eles mais mais precisam precisam do do apoio apoio dela. dela. Resumarnos, Resumamos, por por fim, fim, os os fatos fatos citados. citados. As As grandes grandes cidades cidades sao são prinprin­ cipalmente cipalmente habitadas habitadas por por trabalhadores, trabalhadores, vista visto que, que, no no melhor melhor dos dos casos, casos, ha há um um burgues burguês para para cada cada dois, dois, freqiientemente freqüentemente tambern também para para tres, três, aqui aqui ee ali tern absolutamente ali quatro quatro trabalhadores. trabalhadores. Estes Estes trabalhadores trabalhadores nao não têm absolutamente nenhuma nenhum a propriedade propriedade ee vivem vivem do do salario, salário, que que quase quase sempre sempre passa passa da da mao para a boca; a sociedade, dissolvida em simples atomos, mão para a boca; a sociedade, dissolvida em simples átomos, nao não se se preocupa preocupa com com eles, eles, deixa-os deixa-os manter-se manter-se aa si si mesmos mesmos ee suas suas familias, famílias, e, e, alem além disso, disso, nao não lhes lhes fornece fornece os os meios meios necessaries necessários para para faze-lo fazê-lo de de um um modo modo permanente permanente ee eficiente. eficiente. Cada Cada trabalhador, trabalhador, ate até oo melhor, melhor, é

e

11 Weekly Weekly Dispatch, Dispatch, abril abril ou ou maio maio de de 1844, 1844, segundo segundo uma uma rcportagem reportagem do do Dr. Dr. Southwood Southwood Smith Smith sobre sobre aa situacao situação dos dos pobres pobres em em Londres. Londres. (N. (N. de de E.) E.)

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por por isso isso constantemente constantemente exposto exposto aà possibilidade possibilidade de de perder perder o o emprego emprego pão, isto isto e, é, aa morrer m orrer de de fome, fome, ee muitos muitos sucumbem. sucumbem. As As moradias moradias ee oo pao, dos dos trabalbadores trabalhadores sao, são, sem sem excecao, exceção, mal mal arranjadas, arranjadas, mal mal construidas, construídas, mantidas ventiladas, umidas mantidas em em mas más condicoes, condições, mal mal ventiladas, úmidas ee insalubres; insalubres; os os habitantes habitantes sao são confinados confinados no no menor m enor espaco espaço possivel possível e, e, na na maioria maioria dos dos casos, casos, dorme, dorme, yelo pelo menos, menos, uma uma Iamilia família inteira inteira em em um um quarto. quarto. 'O Oss mobiliários dessas moradias moradias são diferenciam-se em em escalas escalas mobiliarios dessas sao miseráveis miseraveis ee diferenciam-se ate até aa completa completa ausencia ausência dos dos m6veis, móveis, rnesmo mesmo os os mais mais necessaries. necessários. 0 O vestuário dos dos trabalhadores trabalhadores eé tambem também geralmente geralmente pobre pobre e, e, na maioria vestuario na maioria dos casos, casos, esfarrapado. esfarrapado. Os Os alimentos são, em em geral, geral, ruins, ruins, frequentemente freqüentemente dos alimentos sao, intragaveis, pelo menos intragáveis, ee em em muitos muitos casos, casos, pelo menos temporariamente, temporariamente, em em quantiquanti­ dades insuficientes, insuficientes, de de tal tal forrna forma que, que, no no caso caso extremo, extremo, se se morre morre de de dades fome. A A classe classe dos dos trabalhadores trabalhadores nas nas grandes grandes cidades cidades oferece-nos, assim, fome. oterece-nos, assim, uma uma escala escala das das diferentes diferentes condicoes condições de de vida vida -— no no melhor melhor dos dos casos, casos, uma existencia existência provisoriamente provisoriamente suportavel: suportável: para para trabalho trabalho duro duro um um born bom urna salário, um um bom alojamento ee uma uma alimentacao alimentação que que nao não eé inteirarnente inteiramente salario, born alojamento ruim. ruim. Tudo Tudo isto, isto, naturalmente, naturalmente, do do ponto ponto de de vista vista do do trabalhados, trabalhadoij, eé bom ee suportavel. suportável. No No pior pior dos dos casos, casos, rniseria miséria dura, dura, que que pode pode chegar chegar born ao desabrigo desabrigo ee rnorte morte pela pela fome. fome. A A media, média, porem, porém, encontra-se encontra-se mais mais ao pr6xima próxima ao aò caso caso pior pior do do que que ao ao melhor. melhor. E E esta esta escala escala nao não se se subdivide subdivide em categorias categorias fixas, fixas, de de modo modo que que se se possa possa dizer: dizer: esta esta fra~ao fração dos dos trabatraba­ em lhadores lhadores esta está bem, bem, aquela aquela mal, mal, ee assim assim permanecera, permanecerá, pois pois assim assim ja já o o era era desde desde o o sempre. sempre. Pelo Pelo contrario, contrário, aqui aqui ou ou ali ali ocorre ocorre que que um um rarno ramo especial de de trabalho, trabalho, em em relacao relação ao ao todo, todo, tenha tenha uma uma vantagem vantagem sobre sobre especial os os der der .ais; .ais; sabe-se, sabe-se, em em troca, troca, que que as as condicoes condições dos dos trabalhadores trabalhadores em em cada ramo ramo oscilam oscilam tanto tanto que que aa cada cada trabalhador trabalhador em em particular pode cada particular pode acontecer de de viver viver aa escala escala inteira inteira entre entre um conforto relativo relativo ee aa miseria miséria acontecer um conforto mais extrema, extrema, ate até aa morte morte pela pela fome, fome, como como quase quase todo todo proletário mais proletario inglês sabe sabe contar contar sobre sobre as as marcantes m arcantes mudancas mudanças da da sorte. sorte. As As causas causas ingles disto, vamos vamos considers-las considerá-las agora agora rnais mais de de perto. perto. disto,

111.0CURSO CURSO HISTORICO HISTORIO) 111.0 ["S CIVILIZACOES IAS CIVIUZACOES 1.

ENGELS: BARB.ARIE BARBÁRIE E CIVILIZA(;AO CIVILIZAÇÃO ** F. ENGELS:

Acompanhamos, ate até agora, agora, aa dissolucao dissolução da da constituicao constituição gentilica gentílica Acompanhamos, nos três grandes exemplos exemplos individualizados individualizados dos dos gregos, romanos ee gerger­ nos tres grandes gregos, romanos manos. manos. Para Para finalizar, finalizar, examinemos examinemos as as condicoes condições economicas econômicas gerais gerais que que já minavam minavam aa organizacao organização gentilica gentílica da da sociedade sociedade na na fase superior da da ja fase superior barbárie ee aa eliminavam eliminavam cornpletamente completamente com com oo surgimento surgimento da da civilizacao. civilização. barbaric Aqui, 0 O capital capital de de Marx M arx nos nos sera será tao tão necessario necessário quanto quanto o o livro livro de de Aqui, M organ 1•*. Morgan Originada Originada na na fase fase media média da da selvageria, selvageria, desenvolvida desenvolvida em em sua sua fase fase superior, aa gens gens alcanca, alcança, à medida medida que que nossas nossas fontes permitem julga-lo, julgá-lo, superior, fontes permitem seu resplendor resplendor na na fase fase inferior inferior da da barbarie, barbárie. Comecemos, Comecemos, portanto, portanto, com com seu esta fase fase da da evolucao. evolução. esta Aqui encontramos encontramos -— os os peles-vermelhas vão servir-nos servir-nos de de exemexem­ Aqui peles-vermelhas vao plo -— aa constituicao constituição gentilica gentílica completamente completamente formada. formada. Uma Uma tribo tribo se se plo dividiu em em diversas diversas gentes, gentes, geralmente geralmente duas; duas; com com oo aumento aumento da da populapopula­ dividiu ção, cada cada uma uma dessas dessas gentes originais se se divide divide em em varias várias gentes-filhas, gentes-filhas, . 9lio, gentes originais para as as quais quais aa gens-mae gens-mãe aparece aparece como como fratria; fratria; aa pr6pria própria tribo tribo se se subdivisubdivi­ para de em em varias várias tribos, tribos, em em cada cada uma uma das das quais quais vamos vamos encontrar, encontrar, na na maioria maioria de

a

Reproduzido de de ENGELS, E n g e l s , F. F. Barbarei Barbarei und und Zivilisation. Zivilisation. Der D er Ursprung Ursprung der der •* Reproduzido Familie, des des Privateigentums Privateigentums und und des des Staats Staats (A origem origem da da [amllia, família, da da propriedade propriedade Familie, privada ee do do Estado) E stado).. In: In: MARX, M a r x , K. K. e e ENGELS, E n g e l s , F. F. Ausgewiihlte Ausgewãhlte Werke. Werke. 1. 7. ed. ed. privada Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1979. cap. IX, IX, p. p. 175-97. Traduzido por por Flavio Flávio Berlim, 1979. v. v, VI, VI. cap. 175-97. Traduzido R. Kothe. R. Kothe. iI MORGAN, M o r g a n , Lewis Lewis Henry. Henry. Ancient Ancient society society or or researches researches in in the the lines lines of of human human progress progress from from savagery, savagery, through through barbarism barbarism to to civilization. civilization. Londres, Londres, 1877. 1877. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

320 320 dos dos casos, casos, as as antigas antigas gentes; gentes; uma uma liga liga compreerrde, compreende, ao ao menos menos em em certos certos casos, casos, as as tribos tribos aparentadas. aparentadas. Essa Essa organizacao organização simples simples satisfaz satisfaz completacompleta­ mente originou. Ela nada mais mente as às condicoes condições sociais sociais das das quais quais ela ela se se originou. Ela nada mais eé que que o o seu seu agrupamento agrupamento pr6prio, próprio, natural; natural; ela ela esta está em em condicoes condições de de dirimir dirimir todos todos os os conflitos conflitos que que possam possam surgir surgir dentro dentro da da sociedade sociedade assim assim organizada. fora, basta basta aa guerra; organizada. Para Para fora, guerra; pode pode redundar redundar no no aniquilamento aniquilamento da mas tamda tribo, tribo, nunca, nunca, porem, porém, em em sua sua escravizacao. escravização. J;:. É o o grandioso, grandioso, mas tam ­ bem bém oo limitado limitado da da constituicao constituição gentilica, gentílica, que que ela ela nao não tenha tenha espaco espaço para ainda não nao ha para dominacao dominação ee servidao. servidão. Internamente, Internam ente, ainda há diterenca diferença entre entre direitos saber se participacao nos direitos ee deveres; deveres; aa questao questão de de saber se aa participação nos problemas problemas publicos, vinganca indenizacao seja um direito públicos, vingança de de sangue sangue ou ou indenização seja um direito ou ou um um dever dever nao não existe existe para para o o Indio; índio; ela ela lhe lhe pare.ce parece tao tão absurda absurda quanto quanto saber saber se se comer, comer, dormir, dormir, cacar caçar seriam seriam um um direito direito ou ou uma uma obrigacao. obrigação. Tampouco Tampouco podia ocorrer uma divisao podia ocorrer uma divisão da da tribo tribo ou ou da da gens gens em em diferentes diferentes classes. classes. E isso nos nos leva E isso leva ao ao exame exame da da base base economica econômica da da situacao. situação. A populacao eé muito muito dispersa: A população dispersa: mais mais densa densa apenas apenas no no local local da da moradia da redor da primeiro se moradia da tribo, tribo, ao ao redor da qua! qual primeiro se estende estende aa regiao! região! de de caca protetora neutra caça e, e, depois, depois, aa mata mata protetora neutra que que aa separa separa de de outras outras tribos. tribos. A divisao do trabalho natural: so A divisão do trabalho eé puramente puramente natural: só existe existe entre entre ambos ambos os os sexos. faz aa guerra, vai cacar sexos. 0 O homern homem faz guerra, vai caçar ee pescar, pescar, consegue consegue aa materiamatéria-prirna necessaries para para isso. A mulher mulher -prima da da alimentacao alimentação ee os os instrumentos instrumentos necessários isso. A cuida vestimenta, tece, tece, cozinha, cuida da da casa casa ee da da preparacao preparação da da comida comida ee vestimenta, cozinha, costura. um manda costura. Cada Cada um m anda em em seu seu setor: setor: o o homem, homem, no no mato; m ato; aa mulher, mulher, em prepara ee usa: usa: em casa. casa. Cada Cada um um eé proprietario proprietário dos dos instrumentos instrumentos que que prepara oo homern, homem, das das armas, armas, dos dos apetrechos apetrechos de de caca caça ee pesca; pesca; aa mulher, mulher, dos dos utensilios utensílios caseiros. caseiros. A A economia economia dornestica doméstica eé cornunitaria, comunitária, para para varias, várias, seguidamente feito ee utilizado seguidamente para para muitas muitas Iamilias famílias 2• 2. 0 O que que eé feito utilizado em em coco­ mum mum eé propriedade propriedade comunitaria: comunitária: aa casa, casa, aa horta, horta, aa canoa canoa longa. longa. PorPor­ tanto, tanto, aqui aqui ee s6 só aqui, aqui, se se encontra encontra 'a ‘a propriedade propriedade autoproduzida" autoproduzida” decandecan­ tada ultimo subtertada por por juristas juristas ee economistas economistas da da sociedade sociedade civilizada, civilizada, o o último subter­ fugio fúgio juridico jurídico em em que que aa propriedade propriedade capitalista capitalista ainda ainda se se ap6ia. apóia. Mas homens nao todos os Mas os os homens não ficararn, ficaram, em em todos os lugares, lugares, estacionados estacionados neste neste estagio. amansar estágio. Na Na Asia, Ásia, encontraram encontraram animais animais que que se se deixaram deixaram am ansar e, e, arnansados, amansados, se se reproduziram. reproduziram. A A femea fêmea do do butalo búfalo selvagem selvagem tinha tinha de de ser ser cacada; caçada; aa mansa mansa produzia produzia uma uma cria cria aa cada cada ano ano e, e, alem além disso, disso, leite. leite. Um certo Um certo numero número de de tribos tribos mais mais avancadas avançadas -— arias, árias, semitas, semitas, talvez talvez ja já os os turanianos turanianos -— fez fez da da dornesticacao, domesticação, depois depois s6 só ainda ainda aa criacao criação >I M ee aa vigilancia, vigilância, do do gado gado aa sua sua principal principal ocupacao. ocupação. Tribos Tribos de de pastores pastores se restante dos se destacavam destacavam da da massa massa restante dos barbaros: bárbaros: a a primeira primeira grande grande divisiio divisão social As tribos tribos pastoris mais, mas social do do trabalho. trabalho. As pastoris nao não s6 só produziam produziam mais, mas tambem também outros outros meios meios de de subsistencia subsistência que que oo resto resto dos dos barbaros. bárbaros. Tinham Tinham 2 2 Especialmente Especialmente

nas Entre nas costas costas do do noroeste noroeste da da America América (ver (ver Bancroft). Bancroft) Entre os os haidahis pessoas haidahis da da ilba ilha Rainha Rainha Carlota, Carlota, ocorrem ocorrem economias economias dornesticas domésticas de de ate até 700 700 pessoas sob um teto. teto. Entre teto. (N. sob um Entre os os nootkas. nootkas, tribos tribos inteiras inteiras viviam viviam sob sob um um teto. (N . de de E.) E.)

321 321 nao somente não somente leite, leite, laticfnios laticínios ee came carne em em quantidades quantidades muito muito maiores maiores do do que tambem couros, que estes, estes, como como também couros, las, lãs, peles peles de de cabras cabras e, e, com com o o aumento aumento da produtos da fia~ao ee tecelagem. da massa massa de de materia-prima, matéria-prima, os os produtos da fiação tecelagem. Com Com isso, um intercambio isso, foi foi possivel, possível, pela pela primeira primeira vez, vez, um intercâmbio regular. regular. Em Em estaestá­ gios gios anteriores, anteriores, s6 só podem podem ocorrer ocorrer trocas trocas ocasionais; ocasionais; especial especial habilidade habilidade no no fabrico fabrico de de armas armas ee instrumentos instrumentos pode pode levar levar aa uma uma divisao divisão transit6ria. transitória. Assim, foram foram encontrados lugares restos Assim, encontrados em em muitos muitos lugares restos indubitaveis indubitáveis de de oficinas ultimaa fase oficinas para para instrumentos instrumentos de de pedra pedra originarias originárias da da últim fase da da ldade Idade da da Pedra; Pedra; artifices, artífices, que que aqui aqui desenvolviam desenvolviam aa sua sua habilidade, habilidade, trabalhavam trabalhavam provavelmente por provavelmente por conta conta da da coletividade, coletividade, como como ainda ainda os os artesaos artesãos perper­ manentes modo algum manentes das das comunidades comunidades gentflicas gentílicas hindus. hindus. De De modo algum podia, podia, nessa troca do nessa fase, fase, surgir surgir qualquer qualquer outra outra troca do que que aa dentro dentro da da tribo, tribo, ee ainda pelo contrario, ainda assim assim em em carater caráter excepcional. excepcional. Aqui, Aqui, pelo contrário, depois depois que que as tribos as tribos pastoris pastoris se se destacam, destacam, encontramos encontramos prontas prontas todas todas as as condicoes condições para membros de para aa troca troca entre entre os os membros de diferentes diferentes tribos, tribos, para para aa torrnacao formação ee consolidacao tribo trocava consolidação disso disso como como instituicao instituição regular. regular. No No comeco, começo, tribo trocava com com tribo tribo atraves através dos dos respectivos respectivos chefes chefes gentilicos; gentílicos; mas mas quando quando os os rebanhos propriedade aà parte rebanhos cornecaram começaram aa se se tornar tornar propriedade parte [Sondereigentum], [Sondereigentum], aa troca troca individual preponderou cada individual preponderou cada vez vez mais mais ee tomou-se, tornou-se, finalmente, finalmente, aa sua pastoris oferesua forma forma unica. única. Mas Mas oo principal principal artigo artigo que que as as tribos tribos pastoris ofere­ ciam, troca, aa seus ciam, em em troca, seus vizinhos, vizinhos, era era gado; gado; gado gado tomou-se tom ou-se aa mercadoria m ercadoria pela toda pela qual qual todas todas as as outras outras mercadorias mercadorias erarn eram avaliadas avaliadas ee que, que, em em toda parte, parte, se se gostava gostava de de receber receber em em troca troca de de qualquer qualquer outra outra -— em em suma, suma, gado funcoes do gado passou passou aa ter ter funcao função de de dinheiro dinheiro ee desempenhou desempenhou funções do dinheiro dinheiro ja necessidade ee rapidez já nessa nessa epoca. época. Tal Tal foi foi aa necessidade rapidez com com que que se se desenvolveu, desenvolveu, ja já no no comeco começo da da troca troca de de mercadorias, mercadorias, aa exigencia exigência de de uma uma mercadoriamercadoria-dinheiro. - dinheiro. A A horticultura, horticultura, provavelmente provavelmente estranha estranha aos aos barbaros bárbaros asiaticos asiáticos da da fase fase média, media, como fase inferior, inferior, apareceu apareceu entre entre eles, eles, oo mais mais tardar, tardar, na na fase como precursora planaltos turanianos turanianos nao precursora da da agricultura. agricultura. 0 O clima clima dos dos planaltos não permite permite aa vida invervida pastoril pastoril sem sem provisoes provisões de de forragem forragem para para o o longo longo ee rigoroso rigoroso inver­ no; no; cultivo cultivo dos dos campos campos ee cultura cultura de de cereais cereais eram, eram, portanto, portanto, aqui, aqui, concon­ dicao. mesmo vale Mar dição. 0 O mesmo vale para para as as estepes estepes ao ao norte norte do do M ar Negro. Negro. Mas Mas se se oo cereal tornou também tambem cereal foi foi prirneiro primeiro colhido colhido para para oo gado, gado, logo logo ele ele se se tornou alimento alimento humano. humano. A A terra terra cultivada cultivada cootinuou continuou aa ser ser propriedade propriedade da da tribo, sendo transferida, uso da tribo, sendo transferida, primeiro, primeiro, para para uso da gens; gens; depois, depois, das das comucomu­ nidades familias; finalmente, direinidades de de famílias; finalmente, dos dos individuos; indivíduos; podiam podiam ter ter certos certos direi­ tos posse, mas mais tambem tos de de posse, mas mais também nao. não. Entre Entre os os progressos progressos industriais industriais dessa dessa fase, fase, dois dois sao são especialmente especialmente importantes. fundicao de importantes. 0 O primeiro primeiro eé o o tear; tear; oo segundo, segundo, aa fundição de minerios minérios ee aa elaboracao elaboração dos dos metais. metais. Cobre Cobre ee estanho, estanho, ee oo bronze bronze feito feito de de ambos, ambos, eram, longe, os eram, de de longe, os mais mais importantes; importantes; oo bronze bronze fornecia fornecia instrumentos instrumentos uteis úteis ee armas, armas, mas mas nao não podia podia suprimir suprimir os os instrumentos instrumentos de de pedra; pedra; isto isto s6 foi possivel ao ferro, e ainda nao se sabia produzir ferro. só foi possível ao ferro, e ainda não se sabia produzir ferro. Ouro Ouro ee

322 322 prata prata cornecaram começaram aa ser ser empregados empregados para para joias jóias ee enfeites, enfeites, ee ja já devem devem ter ter entao então alcancado alcançado aha alta cotacao cotação em em relacao relação ao ao cobre cobre ee ao ao bronze. bronze. O O aumento aumento da da producao produção em em todos todos os os ramos ramos -— criacao criação de de gado, gado, agricultura, agricultura, manufatura m anufatura caseira caseira -— deu deu aà torca força de de trabalho trabalho bumana humana aa capacidade para capacidade de de criar criar um um produto produto maior maior do do que que era era necessario necessário para aa sua sua manutencao. manutenção. Aumentou, Aumentou, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, aa carga carga de de trabalho trabalho diario diário que que recaia recaía sobre sobre cada cada membro membro da da gens, gens, da da comunidade comunidade domesdomés­ tica tica ou ou da da familia família individual. individual. Conseguir Conseguir novas novas Iorcas forças de de trabalho trabalho tortor­ nou-se am nou-se desejavel. desejável. A A guerra guerra as as forneceu: forneceu: os os prisioneiros prisioneiros de de guerra guerra for foram transformados transformados em em escravos. escravos. A A primeira primeira grande grande divisao divisão de de trabalho, trabalho, com com seu seu aumento aumento da da produtividade produtividade do do trabalho, trabalho, portanto, portanto, da da riqueza, riqueza, ee com com aa sua sua ampliacao ampliação do do campo campo de de producao, produção, arrastou arrastou consigo, consigo, sob sob as as condicondi­ coes ções hist6ricas históricas gerais gerais dadas, dadás, necessariamente necessariamente aa escravidao. escravidão. Da D a primeira primeira grande grande divisao divisão social social do do trabalho, trabalho, surgiu surgiu aa primeira prim eira grande grande divisao divisão da da sociedade sociedade em em duas duas classes: classes: senhores senhores ee escravos, escravos, exploradores exploradores ee exploexplo­ rados. rados. | I Como e quando os rebanhos passaram da posse comunitaria Como e quando os rebanhos passaram da posse comunitárià da da tribo familias individuais, tribo ou ou da da gens gens para para aa propriedade propriedade dos dos cabecas cabeças de de famílias individuais, sobre sobre isso isso nao não sabemos sabemos nada nada ate até agora. agora. Deve Deve ter, ter, no no entanto, entanto, ocorrido ocorrido essencialmente essencialmente nesta nesta fase. fase. Agora, Agora, com com os os rebanhos rebanhos ee as as demais demais riquezas riquezas novas, novas, ocorreu ocorreu uma uma revolucao revolução na na familia, família. Obter O bter aa subsistencia subsistência tinha tinha sido sido sempre sempre coisa coisa do do homem; homem; os os meios meios de de obtencao obtenção tinham tinham sido sido produprodu­ zidos novas zidos por por ele ele ee erarn eram propriedade propriedade dele. dele. Os Os rebanhos rebanhos eram eram os os novos meios de obtencao; meios de obtenção; sua sua dornesticacao domesticação inicial inicial ee sua sua guarda guarda ulterior, ulterior, tratra­ balho balho dele. dele. A A ele ele pertencia, pertencia, portanto, portanto, oo gado; gado; aa ele, ele, mercadoria mercadoria ee escravos escravos trocados trocados por por gado. gado. Todo Todo o o excedente excedente que que aa producao produção agora agora deixava deixava recaia recaía para para oo homem; homem; aa mulher mulher usufruia usufruía junta, junto, mas mas nao não tinha tinha participacao participação na na propriedade. propriedade. 0 O guerreiro guerreiro ee cacador caçador "selvagem" “selvagem” estava estava satisfeito posicao de satisfeito em em casa casa com com aa posição de segundo, segundo, depois depois da da mulher; mulher; oo "bem “bem mais mais suave" suave” pastor, pastor, ostentando ostentando aa sua sua riqueza, riqueza, impos-se impôs-se no no primeiro primeiro lugar ee repos lugar repôs aa mulher mulher no no segundo. segundo. E E ela ela nao não podia podia se se queixar. queixar. A A divisao divisão de de trabalho trabalho na na familia família tinha tinha regulamentado regulamentado aa divisao divisão de de proprieproprie­ dade dade entre entre bomem homem ee mulher; mulher; tinha tinha permanecido permanecido aa mesma; mesma; e, e, mesmo mesmo assim, assim, aa relacao relação caseira caseira tradicional tradicional pos-se pôs-se agora agora de de cabeca cabeça para para baixo, baixo, simplesmente simplesmente porque porque aa divisao divisão de de trabalho trabalho fora fora da da familia família tinha tinha se se tornado tornado outra, outra. A A mesma mesma causa causa que que havia havia assegurado assegurado aà mulher mulher aa sua sua antiga antiga supremacia supremacia na na casa: casa: aa sua sua limitacao limitação ao ao trabalho trabalho caseiro, caseiro, aa mesma mesma causa causa assegurava assegurava agora agora aa supremacia supremacia do do homem homem na na casa: casa: o o trabalho trabalho dornestico doméstico da da mulher mulher desaparecia desaparecia agora agora frente frente ao ao trabalho trabalho produtivo produtivo do Este era do hornem. homem. Este era tudo; tudo; aquela, aquela, um um adendo adendo sem sem maior maior significacao. significação. Aqui Aqui ja já se se mostra mostra que que aa libertacao libertação da da mulher, mulher, aa sua sua equiparacao equiparação com com oo homem, homem, eé ee permanece permanece uma uma impossibilidade impossibilidade enquanto enquanto aa mulher mulher ficar ficar . excluida trabalho caseiro excluída do do trabalho trabalho social social produtivo produtivo ee restrita restrita ao ao trabalho caseiro privado. A torna possivel privado. A emancipacao emancipação da da mulher mulher s6 só se se torna possível quando quando ela ela pode pode participar, participar, em em larga larga escala, escala, em em escala escala social, social, na na producao produção ee oo

323 323 trabalho trabalho caseiro caseiro s6 só aa ocupa ocupa ainda ainda numa num a proporcao proporção insignificante. insignificante. E E isto isto so só se se tomou tom ou possivel possível com com aa grande grande industria indústria modema, moderna, que que nao não s6 só permite permite trabalho trabalho feminino feminino em em larga larga escala, escala, mas mas formalmente formalmente o o solicita solicita ee tende tende aa transformar transform ar cada cada vez vez mais mais oo trabalho trabalho domestico doméstico em em uma uma industria indústria publica. pública. Com Com aa supremacia supremacia efetiva efetiva do do homem homem na na casa, casa, tinha tinha caido caído aa tiltirna última barreira barreira para para oo seu seu dominio domínio absoluto. absoluto. Esse Esse dominio domínio absoluto absoluto foi foi confirconfir­ mado mado ee perenizado perenizado com com aa queda queda do do direito direito matriarcal, matriarcal, aa introducao introdução do do direito direito · patriarcal, patriarcal, pela pela paulatina paulatina transicao transição do do acasalamento acasalamento para para aa momonogamia. nogamia. Mas, Mas, com com isso, isso, abriu-se abriu-se uma um a fenda fenda na na velha velha ordem ordem gentilica: gentílica: aa famflia família individual individual tomou-se tom ou-se uma um a potencia potência ee levantou-se levantou-se ameacadoraam eaçadora­ mente mente frente frente aà gens. gens. O O passo passo seguinte seguinte leva-nos leva-nos aà fase fase superior superior da da barbarie, barbárie, oo periodo período em em que que todos todos os os povos povos civilizados civilizados passaram passaram aa sua sua epoca época heroica: héróica: epoca época da da espada espada de de ferro, ferro, mas mas tambem também do do arado arado ee do do machado m achado de de ferro. ferro. 0 O machado ultimaa ee mais m achado havia havia se se tornado tom ado util útil ao ao homem, homem, aa últim mais importante importante de de todas todas as as materias-primas matérias-primas que que desempenharam desempenharam um um papel papel historicahistorica­ mente mente revolucionario, revolucionário, aa ultima última -— ate até aa batata. batata. 0 O ferro ferro possibilitou possibilitou aa agricultura agricultura em em grandes grandes superficies, superfícies, aa preparacao, preparação, para para o o cultivo, cultivo, de de largas largas faixas faixas de de floresta; floresta; deu deu ao ao artesao artesão instrumentos instrumentos de de uma um a dureza dureza ee um um fio fio aa que que nenhuma nenhum a pedra, pedra, nenhum nenhum outro outro metal metal conhecido conhecido se se equiparaequiparavam. Tudo vam. Tudo isso isso aos aos poucos; poucos; oo primeiro primeiro ferro ferro era era freqiientemente freqüentemente ainda ainda mais mais macio macio do do que que oo bronze. bronze. Assim, Assim, aa arma arma de de pedra pedra so só desapareceu desapareceu aos aos poucos; poucos; nao não so só na na "Cancao “Canção de de Hildebrando" Hildebrando” 3,3, tambem também ainda ainda em em 4, Hastings Hastings 4, no no ano ano de de 1066, 1066, aparecem aparecem ainda ainda machados machados de de pedra pedra na na luta. luta. Mas M as oo progresso progresso era, era, agora, agora, irresistivel, irresistível, pouco pouco interrompido interrompido ee cada cada vez vez mais A cidade, mais rapido, rápido. A cidade, cercada cercada com com muralhas muralhas de de pedra, pedra, torres torres ee ameias ameias ou ou casas casas de de tijolo, tijolo, transformou-se transformou-se em em sede sede central central da da tribo tribo ou ou da da confeconfe­ deracao deração de de tribos; tribos; um um progresso progresso notavel notável na na arte arte da da construcao, construção, mas mas tambem também um um sinal sinal do do perigo perigo crescente crescente ee da da necessidade necessidade de de defesa. defesa. A A riqueza riqueza crescia crescia rapidamente, rapidamente, mas mas como como riqueza riqueza de de individuos; indivíduos; aa tecetece­ lagem, lagem, aa metalurgia metalurgia ee outros outros oficios ofícios cada cada vez vez mais mais especializados especializados desendesen­ volveram umaa habilidade volveram uma uma multiplicidade multiplicidade ee um habilidade crescentes crescentes da da producao; produção; aa agricultura agricultura fomecia, fornecia, agora, agora, alem além de de cereais, cereais, leguminosas leguminosas ee frutas, frutas, tambem também oleo óleo ee vinho, vinho, cuja cuja preparacao preparação se se aprendera. aprendera. Atividade Atividade tao tão variada variada ja já nao não podia podia mais mais ser ser realizada realizada por por um um s6 só individuo; indivíduo; aa segunda segunda grande grande divisiio divisão do d o trabalho trabalho ocorreu: ocorreu: aa manutatura m anufatura [Handwerk] [Handwerk] se se sepasepa­ a3 A Hildebrando", um poema heroico VIII, preservado A "Cancao “Canção de de Hildebrando”, um poema heróico do do seculo século VIII, preservado em em fragmentos fragmentos de de alto alto alemao alemão antigo, antigo, eé o o mais mais velho velho texto texto alemao alemão de de sagas sagas transmitransmi­ tido. tido. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) 44 Na Hastings, em N a Batalha Batalha de de Hastings, em 1066, 1066, os os anglo-saxoes anglo-saxões foram foram devastadorarnente devastadoramente aniquilados aniquilados pelas pelas tropas tropas do do Duque Duque da da Normandia, Normandia, Guilherrne, Guilherme, que que invadira invadira aa Inglaterra Inglaterra ee que que mais mais tarde tarde se se tornou tornou rei rei da da Inglaterra, Inglaterra. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

324 324 rou isso, da rou da da agricultura. agricultura. 0 O aumento aumento continue contínuo da da producao produção e, e, com com isso, da produtividade forca de trabalho humana; produtividade do do trabalho trabalho elevou elevou o o valor valor da da força de trabalho humana; aa escravidao, escravidão, ainda ainda em em estado estado nascente nascente ee esporadica esporádica na na fase fase ariterior, anterior, torna-se torn^-se agora agora componente componente essencial essencial do do sistema sistema da da sociedade; sociedade; os os escraescra­ vos trabavos deixam deixam de de ser ser meros meros auxiliares, auxiliares, sao são levados levados as às duzias dúzias para para o o traba­ lho lho no no campo campo ou ou na na oficina oficina (Werkstatt]. [Werkstatt]. Com Com aa divisao divisão da da producao produção em manufatura, em dois dois grandes grandes ramos ramos principais, principais, agricultura agricultura ee m anufatura, surge surge aa producao para cl3 troca, produção direta direta para troca, aa producao produção de de mercadorias; mercadorias; com com ela, ela, o o comercio no interior por comércio nao não s6 só no interior ee nos nos limites limites da da tribo, tribo, mas mas ja já tambern também por mar. porem, ainda mar. Tudo Tudo isso, isso, porém, ainda muito muito subdesenvolvido; subdesenvolvido; os os metais metais nobres nobres cornecarn começam aa se se tornar tornar mercadoria-dinheiro mercadoria-dinheiro precipua precípua ee universalmente, universalmente, mas ainda ainda sem trocados de mas sem serem serem cunhados, cunhados, s6 só sendo sendo trocados de acordo acordo com com o o peso peso desnudo. desnudo. A A diferenca diferença entre entre ricos ricos ee pobres pobres surgiu surgiu ao ao lado lado da da diferenca diferença entre entre homens uma homens livres livres ee escravos escravos -— com com aa nova nova divisiio divisão de de trabalho, trabalho, uma nova Por toda parte, as nova divisao divisão da da sociedade sociedade em em classes. classes. Por toda parte, as diferencas diferenças de rebentam aa vblha de posses posses entre entre os os cabecas cabeças das das famflias famílias individuais individuais rebentam vfelha casa casa comunitaria comunitária comunista, comunista, onde onde quer quer que que ela ela ainda ainda subsistisse; subsistisse; com com ela, labuta em ela, aa labuta em comum comum do do solo solo por por conta conta dessa dessa comunidade. comunidade. A A terra terra cultivada temporariacultivada é dada, dada, para para uso, uso, as às familias famílias particulares, particulares, primeiro primeiro tem poraria­ mente, privada total mente, depois depois definitivamente; definitivamente; aa transicao transição aà propriedade propriedade privada total foi-se foi-se realizando realizando aos aos poucos poucos e, e, paralelarnente, paralelamente, aa passagem passagem do do mero mero acasaacasa­ lamento A família famflia individual lamento para para aa monogamia. monogamia. A individual corneca começa aa ser ser unidade unidade economica econômica da da sociedade. sociedade. A A maior maior densidade densidade populacional populacional exige exige rnaior maior conexao conexão tanto tanto para para dentro fora. A dentro quanto quanto para para fora. A uniao união de de tribos tribos aparentadas aparentadas torna-se, torna-se, por por toda parte, parte, uma isso, aa toda uma necessidade; necessidade; logo logo tambern também aa sua sua fusiio fusão e, e, com com isso, fusao dos isolados em territ6rio comum fusão dos territories territórios tribais tribais isolados em um um território comum do do povo. povo. O povo -— rex, O chefe chefe militar militar do do povo rex, basileus, basileus, thiudans thiudans -— torna-se torna-se funciofuncio­ nario povo surge nário permanente, permanente, indispensavel. indispensável. A A assernbleia assembléia do do povo surge onde onde quer quer que que ela ela ainda ainda nao não existisse. existisse. Chefe Chefe militar, militar, conselho, conselho, assernbleia assembléia do do povo povo constituem constituem os os orgaos órgãos da da sociedade sociedade gentilica gentílica evoluida evoluída para para uma uma demodemo­ cracia Militar para aa guerra cracia militar. militar. M ilitar -— pois pois aa guerra guerra ee aa organizacao organização para guerra tornararn-se tornaram-se agora agora funcoes funções regulares regulares da da vida vida do do povo. povo. As As riquezas riquezas dos dos vizinhos vizinhos excitam excitam aa arnbicao ambição de de povos, povos, entre entre os os quais quais aa rapina rapina de de riquezas riquezas ja já aparece aparece como como uma uma das das primeiras primeiras finalidades finalidades da da vida. vida. Sao São barbaros: bárbaros: roubar roubar lhes lhes eé mais mais facil fácil ee ate até mais mais honroso honroso do do que que trabalhar. trabalhar. A A guerra, guerra, empreendida vinganca contra empreendida antcriormente anteriormente s6 só como como vingança contra agressoes agressões ou ou para para ampliar tornado insuficiente, ampliar o o territorio território tornado insuficiente, eé agora agora empreendida empreendida s6 só por por causa causa do do saque, saque, torna-se torna-se ramo ramo permanente permanente de de lucros. lucros. Nao Não por por acaso acaso se se erigem erigem as as muralhas muralhas arneacadoras ameaçadoras em em torno torno das das novas novas cidades cidades fortif'ifortifi­ cadas: cadas: em em seus seus fossos fossos se se abre abre o o turnulo túmulo da da constituicao constituição gentflica gentílica ee suas suas torres mesmo ocorre torres ja já se se alcarn alçam prontas prontas para para dentro dentro da da civilizacao. civilização. E E o o mesmo ocorre no interior. no interior. As As guerras guerras de de rapina rapina aumentam aumentam o o poder poder do do chefe chefe rnilitar militar

e

325 325 supremo habitual dos supremo bem bem como como dos dos subchefes; subchefes; aa eleicao eleição habitual dos sucessores sucessores nas direito patriarcal, nas mesmas mesmas famflias, famílias, sobretudo sobretudo desde desde aa introducao introdução do do direito patriarcal, passou passou gradualmente gradualmente aa ser ser sucessao sucessão hereditaria, hereditária, primeiro primeiro tolerada, tolerada, dede­ pois pois reivindicada reivindicada e, e, finalmente, finalmente, usurpada; usurpada; os os alicerces alicerces da da monarquia m onarquia ee da hereditaria estao da nobreza nobreza hereditária estão lancados, lançados. Assim, Assim, os os orgaos órgãos da da constituicao constituição gentflica poucos de gentílica se se desprendem desprendem aos aos poucos de suas suas raizes raízes no no povo, povo, na na gens, gens, na fratria, tribo, ee toda toda aa constituicao na fratria, na na tribo, constituição gentilica gentílica se se transforrna transform a em em seu seu contrario. para aa livre contrário. De De uma um a organizacao organização de de tribos tribos para livre ordenacao ordenação de de seus seus pr6prios interesses, próprios interesses, ela ela se se torna torna uma uma organizacao organização para para o o saque saque ee aa opressao vizinhos e, opressão dos dos vizinhos e, de de modo m odo correspondente, correspondente, os os seus seus orgaos, órgãos, de de instrumentos instrumentos da da vontade vontade popular, popular, passam passam aa ser ser orgaos órgãos autonomos autônomos de de dominacao dominação ee opressao opressão de de seu seu pr6prio próprio povo. povo. Mas Mas isso isso jamais jamais teria teria sido sido possivel por riquezas nao tivesse possível se se aa cobica cobiça por riquezas não tivesse dividido dividido os os membros membros da da gens gens em em ricos ricos ee pobres, pobres, se se "a “a diferenca diferença de de propriedade propriedade dentro dentro da da mesma tivesse transformado mesma gens gens nao não tivesse transform ado aa unidade unidade de de interesses interesses em em antaanta­ gonismo gonismo dos dos membros membros da da gens" gens” (Marx) (M arx) ee se se aa ampliacao ampliação da da escravatura escravatura ja já nao não tivesse tivesse comecado começado aa fazer fazer com com que que se se considerasse considerasse oo trabalho trabalho para para ganhar ganhar aa vida vida como como atividade atividade adequada adequada apenas· apenas aa escravos, escravos, como como algo roubo . algo mais mais censuravel censurável do do que que oo roubo.

•* Com Ela se Com isso, isso, chegarnos chegamos ao ao limiar limiar da da civilizacao. civilização. Ela se abre abre atraves através de progresso na Naa fase inferior, de um um novo novo progresso na divisao divisão do do trabalho. trabalho. N fase mais mais inferior, os produziam diretamente para as os homens homens s6 só produziam diretamente para as pr6prias próprias necessidades; necessidades; os os atos troca que relativos apeatos de de troca que as às vezes vezes ocorriam ocorriam eram eram casos casos isolados, isolados, relativos ape­ nas barbanas ao ao excedente excedente que que ocasionalmente ocasionalmente se se desse. desse. Na N a fase fase media média da da barbá­ rie, pastoris, no rie, ja já encontramos, encontramos, entre entre povos povos pastoris, no gado gado uma uma posse posse que, que, num num certo rebanhos, fornece certo tamanho tamanho dos dos rebanhos, fornece de de modo modo regular regular um um excedente excedente para pr6pria necessidade; tempo, encontramos para alern além da da própria necessidade; ao ao mesmo mesmo tempo, encontramos uma uma divisao pastoris ee tribos tribos retr6gradas divisão do do trabalho trabalho entre entre povos povos pastoris retrógradas sem sem rebareba­ nhos; com lado aa nhos; com isso, isso, dais dois estagios estágios diferentes diferentes de de producao produção existindo existindo lado lado troca regular. lado e, e, com com isso, isso, as as condicoes condições de de uma um a troca regular. A A fase fase superior superior da da barbarie barbárie nos nos traz traz uma uma divisao divisão ainda ainda maior maior do do trabalho; trabalho; com com isso, isso, producao trabalho diretaprodução de de uma uma parcela parcela crescente crescente dos dos produtos produtos do do trabalho direta­ mente para para aa troca; mente troca; com com isso, isso, elevacao elevação da da troca troca entre entre produtores produtores indiindi­ viduais vital da viduais aa uma uma necessidade necessidade vital da sociedade. sociedade. A A civilizacao civilização consolida consolida ee amplia amplia todas todas essas essas divisoes divisões previas prévias do do trabalho, trabalho, acentuando acentuando sobretudo sobretudo aa antitese com oo que antítese entre entre cidade cidade ee campo campo ((com que aa cidade cidade pode pode dominar dominar economicamente oo campo, economicamente campo, como como na na Antiguidade, Antiguidade, ou ou tambem também oo carnpo campo aà cidade, na Idade isso uma cidade, como como na Idade Media), M édia), ee acrescenta acrescenta aa isso um a terceira terceira dividivi­ sao são do do trabalho, trabalho, peculiar peculiar aa ela, ela, decisivamente decisivamente importante: im portante: ela ela cria cria uma uma classe se ocupa mas apenas classe que que niio não se ocupa mais mais com com aa producao, produção, mas apenas com com aa troca troca dos dos produtos produtos -— os os comerciantes. comerciantes. Todos Todos os os prolegomenos prolegômenos aà conscons­ tituicao tituição s6 só tinharn, tinham, ate até entao, então, aa ver ver exclusivamente exclusivamente com com aa producao; produção; ;- ..,. ....,.,.,.~

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326 326

eles dividiam participantes da eles dividiam as as pessoas pessoas participantes da producao produção em em diretores diretores ee exeexe­ cutores cutores ou, ou, entao, então, em em produtores produtores em em escala escala rnaior maior ou ou menor. menor. Aqui Aqui aparece, urnaa classe participar, de aparece, pela pela primeira primeira vez, vez, um classe que, que, sem sem participar, de alguma alguma maneira, maneira, da da producao, produção, conquista conquista aa direcao direção geral geral da da producao produção ee suborsubor­ dina dina economicamente economicamente os os produtores produtores aa ela; ela; que que se se transforma transform a em em interinter­ mediario mediário indispensavel indispensável entre entre dois dois produtores produtores aa cada cada vez, vez, explorando explorando aa amam­ bos. pretexto de bos. Sob Sob oo pretexto de poupar poupar aos aos produtores produtores aa fadiga fadiga ee os os riscos riscos da da troca, troca, de para os de encontrar encontrar saida saída para os seus seus produtos produtos em em mercados mercados distantes, distantes, tornantornan­ do-se, populacao, constitui-se do-se, assim, assim, aa classe classe mais mais util útil da da população, constitui-se uma uma classe classe de remuneracao de parasitas, parasitas, autenticos autênticos sanguessugas sanguessugas sociais sociais que, que, como como remuneração por services retira oo suco por serviços efetivarnente efetivamente muito muito insignificantes, insignificantes, retira suco tanto tanto da da producao interna intema quanto produção quanto da da estrangeira, estrangeira, consegue consegue depressa depressa enormes enormes riri­ quezas quezas ee influencia influência social social equivalente equivalente e, e, ja já por por isso, isso, eé chamada, chamada, durante durante oo periodo período da da civilizacao, civilização, para para sempre sempre novas novas honras honras ee controle controle crescres­ cente tambem oo seu cente da da producao, produção, ate até gerar gerar finalmente finalmente também seu pr6prio próprio produto produto -— as as crises crises periodicas periódicas do do comercio. comércio. No estagio de desenvolvimento jovem codi.uNo estágio de desenvolvimento que que examinamos, examinamos, aa jovem coràunidade de nidade de comerciantes comerciantes nao não tern tem ainda ainda nenhuma nenhuma nocao noção das das grandes grandes coisas coisas que reservadas. Mas forma ee se que lhe lhe estao estão reservadas. Mas ela ela se se forma se torna torna indispensavel, indispensável, ee isso Mas isso basta. basta. M as com com ela ela se se forma form a tambem também o o dinheiro dinheiro meuilico, m etálico, aa moeda moeda cunhada, cunhada, ee com com o o dinheiro dinheiro metalico metálico um um novo novo rneio meio para para aa dominacao dominação dos mercadoria dos nao-produtores não-produtores sobre sobre os os produtores produtores ee aa sua sua producao. produção. A A m ercadoria das mercadorias, aa que das mercadorias, que guarda guarda em em si, si, no no abscondito, abscôndito, todas todas as as outras outras rnercadorias, mercadorias, estava estava descoberta; descoberta; estava estava descoberto descoberto oo instrurnento instrumento magico mágico capaz capaz de de se se transformar transform ar em em qualquer qualquer coisa coisa desejavel desejável ee desejada. desejada. Quern Quem aa tinha da produção. producao. E tinha mais mais que tinha dominava dominava o o mundo mundo da E quern quem aa tinha que todos? todos? O O comerciante. comerciante. Em Em sua sua mao, mão, o o culto culto do do dinheiro dinheiro estava estava garantido, garantido. Providenciava revelasse oo quanto Providenciava que que se se revelasse quanto todas todas as as mercadorias, mercadorias, com com isso isso todos todos os os produtores produtores de de mercadorias, mercadorias, tinham tinham de de se se prostemar prosternar ante ante oo dinheiro, todas dinheiro, jogando-se jogando-se no no p6. pó. Dernonstrou Demonstrou praticamente praticamente oo quanto quanto todas as mesmas rnera as outras outras formas formas de de riqueza riqueza tornam-se tornam -se elas elas mesmas mera aparencia aparência ante ante essa tal. Nunca essa corporificacao corporificação da da riqueza riqueza enquanto enquanto tal. Nunca mais mais o o poder poder do do dinheiro mostrou em tal brutalidade dinheiro se se mostrou em tal brutalidade ee violencia violência quanto quanto neste neste seu seu periodo mercadorias com período de de juventude. juventude. Depois Depois da da cornpra compra de de mercadorias com dinheiro, dinheiro, veio juro ee aa usura. veio oo emprestimo empréstimo de de dinheiro, dinheiro, com com este este oo juro usura. E E nenhuma nenhuma legislacao posterior lanca tao irnpiedoso legislação posterior lança oo devedor devedor de de rnodo modo tão impiedoso ee irrernisirremissivel pes do sível aos aos pés do credor credor usurario usurário quanto quanto aa da da antiga antiga Atenas Atenas ee da da antiga antiga Roma Rom a -— ee ambas ambas nasceram nasceram espontaneamente, espontaneamente, como como direitos direitos consuetuconsuetudinarios, dinários, nao não sujeitos sujeitos aa outra outra compulsao compulsão que que nao não aa economica. econômica Ao da riqueza Ao lado lado da riqueza em em rnercadorias mercadorias ee escravos, escravos, ao ao )ado lado da da riqueza riqueza em terras. 0 em dinheiro, dinheiro, apareceu apareceu agora agora tambem também aa riqueza riqueza em em posse posse de de terras. O direito solo concedidas direito de de posse posse de de parcelas parcelas do do solo concedidas originalmente originalmente pela pela gens gens ou individuos tinha, fortalecido aa tal ou pela pela tribo tribo aa indivíduos tinha, agora, agora, se se fortalecido tal ponto ponto que que essas direito de essas parcelas parcelas lhe lhe pertenciam pertenciam por por direito de heranca. herança. 0 O que, que, nos nos ultimos últimos tempos, eles tempos, eles exigiam exigiam antes antes de de tudo tudo era era ficar ficar livres livres do do direito direito da da comucomu­

327 327 nidade gentilica sobre nidade gentílica sobre as as parcelas, parcelas, direito direito que que se se tornou tornou uma uma pnsao prisão para para eles. eles. Livraram-se Livraram-se da da prisao prisão -— mas mas logo logo depois depois tambem também da da nova nova propriedade territorial. Propriedade propriedade territorial. Propriedade total, total, livre, livre, do do solo, solo, isso isso significava significava nao restricao nem não s6 só aa possibilidade possibilidade de de possuir possuir oo solo solo sem sem restrição nem limitacao, limitação, isso isso significava significava tambem também aa possibilidade possibilidade de de aliena-lo. aliená-lo. Enquanto Enquanto oo solo solo era possibilidade nao porem, era propriedade propriedade da da gens, gens, essa essa possibilidade não existia. existia. Ouando, Quando, porém, oo novo novo proprietário proprietario eliminou propriedade eliminou definitivamente definitivamente aa prisao prisão da da propriedade suprema tribo, ele tambem oo vinculo tinha suprema da da gens gens ee da da tribo, ele rompeu rompeu também vínculo que que oo tinha unido, 'foiunido, ate até entao, então, indissoluvelmente indissoluvelmente ao ao solo. solo. 0 Q que que isto isto significava significava'foi-lhe -lhe esclarecido esclarecido atraves através do do dinheiro, dinheiro, inventado inventado simultaneamente simultaneamente com com aa propriedade privada. A A terra podia, agora, propriedade privada. terra podia, agora, tornar-se tornar-se mercadoria mercadoria que que se se vende Mal tinba vende ee se se hipoteca. hipoteca. Mal tinha sido sido introduzida introduzida aa propriedade propriedade da da terra, terra, ja heterismo ee já se se inventou inventou tambem também aa hipoteca hipoteca (ver (ver Atenas). Atenas). Assim Assim como como oo heterismo aa prostituição prostituicao se se prendem prendem aos aos calcanhares calcanhares da da monogamia, monogamia, assim assim tambem, também, de da propriedade de agora agora em em diante, diante, aa hipoteca hipoteca aos aos calcanbares calcanhares da propriedade do do solo. solo. Vos ter aa propriedade total, livre, Vós quisestes quisestes ter propriedade do do solo, solo, total, livre, alienavel, alienável, pois pois bem, bem, agora l'as voulu, agora v6s vós aa tendes tendes -— Tu Tu l’as voulu, George George Dandinl Dandin! [Tu [Tu oo quiseste, quiseste, George ~. George Dandin!] D an d in !]5. Assim, propriedade Assim, com com aa expansao expansão do do comercio, comércio, dinheiro dinheiro ee usura, usura, propriedade do do solo solo ee hipoteca, hipoteca, progrediram progrediram rapidamente rapidamente aa concentracao concentração ee centracentra­ lizacao lização da da riqueza riqueza nas nas maos mãos de de uma uma classe classe pouco pouco numerosa, numerosa, ao ao lado lado disso disso o o empobrecimento empobrecimento crescente crescente das das massas massas ee aa massa massa crescente crescente dos dos pobres. A A nova pobres. nova aristocracia aristocracia da da riqueza, riqueza, aà medida medida que que nao não coincidia coincidia de de antemao antem ão com com aa velha velha nobreza nobreza tribal, tribal, empurrou-a em purrou-a esta esta definitivamente definitivamente para para os lado dessa os bastidores bastidores em em Atenas, Atenas, em em Roma Rom a ee entre entre os os germanos. germanos. E E ao ao lado dessa divisao divisão dos dos homens homens livres livres em em classes classes de de acordo acordo com com aa riqueza, riqueza, ocorreu, ocorreu, especialmente especialmente na na Grecia, Grécia, um um aumento aumento monstruoso m onstruoso do do mimero número de de escraescra­ vos vos 6,8, cujo cujo trabalho trabalho forcado forçado constitufa constituía aa base base [Grundlage] [Grundlage] sobre sobre aa qual qual se todo oo edificio se elevava elevava todo edifício [Oberbau] [Überbau] de de toda toda aa sociedade. sociedade. Vejamos Vejamos agora agora o o que que ocorreu ocorreu com com aa constituieao constituição gentilica gentílica nessa nessa revolucao particirevolução social. social. Ante Ante os os novos novos elementos elementos crescidos crescidos sem sem aa sua sua partici­ pacao pação ativa, ativa, ela ela estava estava irnpotente. impotente. Seu Seu pressuposto pressuposto era era que que os os membros membros de reunidos no de uma uma gens, gens, ou ou ate até mesmo mesmo de de uma uma tribo, tribo, estivessem estivessem reunidos no mesmo habitassem com mesmo territorio território ee oo habitassem com exclusividade. exclusividade. Isso Isso ja já tinha tinha acabado acabado ha muito. Por toda há muito. Por toda toda parte, parte, gentes gentes ee tribos tribos estavam estavam misturadas; misturadas; por por toda parte, parte, viviam viviam escravos, escravos, protegidos, protegidos, estrangeiros, estrangeiros, entre entre os os cidadaos. cidadãos. A A vida vida sedentaria, sedentária, alcancada alcançada somente somente ao ao final final da da fase fase media média da da barbaric, barbárie, foi pela mobilidade mobilidade ee modificabilidade do local foi sempre sempre de de novo novo quebrada quebrada pela modificabilidade do local de de moradia moradia determinadas determinadas pelo pelo comercio, comércio, pela pela mudanca mudança da da compra, compra, pela pela alteracao corpos gentilicos alteração da da propriedade propriedade de de terras. terras. Os Os membros membros dos dos corpos gentílicos nao podiam podiam mais mais se pr6prios não se reunir reunir para para tomarem tomarem conhecimento conhecimento de de seus seus próprios 55 Frase Frase

da da peca peça de de Moliere, Molière, George George Dandin, Dandin, ou ou le le mari mari conjondu, confondu, ato ato 1, l, cena cena 9. 9. e Em na epoca Egina, Em Corinto, Corinto, na época do do apogeu apogeu da da cidade, cidade, compreendia compreendia 460 460 000; 000; em em Egina, 470 000; ambos os 470 000; em em ambos os casos, casos, dez dez vezes vezes o o numero número de de cidadaos cidadãos livres. livres. (N. (N . de de E.) E.)

328 328 assuntos pouco importantes, reliassuntos em em comum; comum; s6 só coisas coisas pouco importantes, como como as as festas festas reli­ giosas, giosas, ainda ainda eram eram resolvidas resolvidas em em caso caso de de necessidade. necessidade. Ao Ao !ado lado das das nene­ cessidades cessidades ee dos dos interesses, interesses, para para cuja cuja garantia garantia se se tinharn tinham constituido constituído ee habilitado surgido novas novas necessidades necessidades ee habilitado os os corpos corpos gentflicos, gentílicos, tinham tinham surgido interesses interesses da da revolucao revolução das das relacoes relações de de compra compra ee venda venda ee da da modificacao modificação decorrente velha ordedecorrente da da subdivisao subdivisão social, social, que que eram eram estranhos estranhos nao não s6 só aà velha orde­ nacao gentilica, mas a· nação gentílica, mas a contrariavam contrariavam em em todos todos os os sentidos. sentidos. Os Os interesses interesses dos dos grupos grupos de de artesaos artesãos surgidos surgidos atraves através da da divisao divisão do do trabalho, trabalho, as as necessidades necessidades especificas específicas da da cidade cidade em em antitese antítese ao ao campo, campo, exigiam exigiam novos novos órgãos; cada cada um um desses desses grupos grupos era, era, porern, porém, composto composto de de pessoas das orgaos; pessoas das mais mais diversas diversas gentes, gentes, fratrias fratrias ee tribos, tribos, incluia incluía ate até mesmo mesmo estrangeiros; estrangeiros; esses portanto, fora esses orgaos órgãos tinham tinham de de se se formar, formar, portanto, fora da da constituicao constituição gentigentí­ lica, ao ao !ado lado dela dela e, e, com com isso, isso, contra contra ela. ela. E, E, por por sua sua vez, vez, em em cada cada lica, corporacao corporação gentilica gentílica tazia-se fazia-se sentir sentir esse esse conflito conflito de de interesses interesses que que alcanalcan­ cou usurarios ee devedores, çou sua sua culminancia culminância na na reuniao reunião de de ricos ricos ee pobres, pobres, usurários devedores, na mesma gens ee na mesma tribo. tribo. -— A A isso isso se se acrescentava acrescentava aa massa massa na mesma gens na mesma da da nova nova populacao, população, estranha estranha as às sociedades sociedades gentflicas, gentílicas, que, que, como como tm èm Roma, um poder pals e, Roma, podia podia tornar-se tornar-se um poder no no país e, alem além disso, disso, era era numerosa numerosa demais para para ser ser absorvida absorvida aos aos poucos nas estirpes estirpes ee tribos consangüídemais poucos nas tribos consangtiineas. neas. Ante Ante essa essa massa, massa, as as ligas ligas gentflicas gentílicas apareciam apareciam como como corporacoes corporações fechadas, transfechadas, privilegiadas, privilegiadas, aa democracia democracia originaria originária natural natural tinha tinha se se trans­ formado numa numa detestavel detestável aristocracia. aristocracia. -— Afinal, constituição gentigentí­ formado Afinal, aa constituicao lica tinha brotado de lica tinha brotado de uma uma sociedade sociedade que que nao não conhecia conhecia contradicoes contradições internas ee so só era era tambem também adequada adequada aa algo algo dessa dessa ordem. ordem. Ela Ela nao não tinha tinha internas meios de de coercao coerção alem além da da opiniao opinião publica. pública. Aqui, Aqui, porem, porém, havia havia surgido surgido meios uma forca das uma sociedade sociedade que, que, por por força das condicoes condições gerais gerais da da vida vida economica, econômica, tinha tido tido de de se se dividir dividir em em homens homens livres livres ee escravos, escravos, em em ricos ricos exploexplo­ tinha radores ee pobres pobres explorados, umaa sociedade radores explorados, um sociedade que que nao não s6 só nao não podia podia reconrecon­ ciliar ciliar novamente novamente essas essas contradicoes, contradições, coma como precisava precisava leva-las levá-las cada cada vez vez mais aa seus seus extremos. extremos. Uma Uma tal tal sociedade sociedade s6 só podia podia existir existir na na luta luta aberta aberta mais permanente dessas dessas classes classes entre entre si si ou, ou, entao, então, sob sob oo dominio domínio de de uma uma ee permanente terceira terceira torca força que, que, aparentemente aparentemente pairando pairando acima acima das das classes classes antagonicas, antagônicas, reprimia no maxima, reprimia oo conflito conflito aberto aberto delas delas ee deixava-o deixava-o desenrolar-se, desenrolar-se, no máximo, no campo economico, econômico, numa forma considerada considerada legal. legal. A A constituicao constituição no campo numa forma gentílica tinha tinha caducado. caducado. Estava Estava implodida implodida pela pela divisao divisão do do trabalho trabalho ee gentflica por sua por sua resultante, resultante, aa divisao divisão da da sociedade sociedade em em classes. classes. Ela Ela foi foi substituida substituída pelo pelo Estado, Estado.

•* Ja uma, as Já estudamos, estudamos, uma uma aa uma, as tres três formas formas principais principais em em que que oo Estado Estado se se erige erige sabre sobre as as ruinas ruínas da da constituicao constituição gentilica. gentílica. Arenas Atenas apreapre­ senta senta aa forma forma mais mais pura, pura, mais mais classica: clássica: aqui aqui oo Estado Estado surge, surge, direta direta ee preponderantemente, preponderantemente, dos dos antagonismos antagonismos de de classe classe que que se se desenvolvem desenvolvem dentro dentro da da pr6pria própria sociedade sociedade gentilica. gentílica. Em Em Roma, Roma, aa sociedade sociedade gentilica gentílica

329 329 se se converte converte numa num a aristocracia aristocracia fechada, fechada, em em meio meio aa uma uma plebe plebe inumeravel, inumerável, mantida plebe rebenta m antida fora, fora, sem sem direitos, direitos, mas mas com com deveres; deveres; aa vitoria vitória da da plebe rebenta aa antiga antiga constituicao constituição gentilica gentílica ee erige erige sabre sobre suas suas ruinas ruínas oo Estado, Estado, em em que que aristocracia aristocracia gentflica gentílica ee plebe plebe logo logo se se confundem confundem totalmente. totalmente. Entre Entre os os germanos, germanos, vencedores vencedores do do Irnperio Império Romano, Romano, surge, surge, afinal, afinal, oo Estado Estado diretamente diretamente da da conquista conquista de de grandes grandes territories territórios estrangeiros, estrangeiros, que que oo regime regime gentflico gentílico nao não tinha tinha meios meios de de dominar. dominar. No No entanto, entanto, porque porque aa essa essa concon­ quista quista nao não corresponde corresponde uma uma luta luta mais mais seria séria com com aa antiga antiga populacao população nem nem uma uma divisao divisão do do trabalho trabalho mais mais avancada, avançada, porque porque oo grau grau de de desendesen­ volvimento volvimento economico econômico dos dos conquistados conquistados ee dos dos conquistadores conquistadores eé quase quase ,'i, mesmo, mesmo, aa base base economica econômica da da sociedade sociedade permanece, permanece, por por conseguinte, conseguinte, .i i mesma, mesma, aa constituicao constituição gentilica gentílica pode pode subsistir subsistir por por seculos séculos sob sob uma uma configuracao configuração modificada, modificada, territorial, territorial, como como constituicao constituição de de marcas marcas [Markverfassung] [Markverfassung] e, e, ate até mesmo mesmo nas nas familias famílias nobres nobres ee patricias patrícias posterioposterio­ res, inclusive em res, inclusive em farnilias famílias campesinas, campesinas, como como em em Dithmarschen, Dithmarschen, rejuverejuve­ nescer gum tempo nescer por por al algum tempo em em forma forma atenuada atenuada 7•7. O O Estado Estado nao não e, é, pois, pois, de de modo modo algum, algum, um um poder poder imposto imposto desde desde fora fora à sociedade; sociedade; tampouco tampouco ele ele é "a “a realidade realidade da da ideia idéia moral", m oral”, "a “a imagem imagem ee aa realidade da razao", realidade da razão”, como como Hegel Hegel supunha supunha 8.8. Ele Ele e, é, muito muito mais, mais, um um produto da sociedade em determinados produto da sociedade em determinados graus graus de de desenvolvimento; desenvolvimento; ele ele eé oo reconhecimento reconhecimento de de que que uma uma sociedade sociedade se se enredou enredou numa numa contradicao contradição insoluvel consigo rnesrna, irreconciliaveis insolúvel consigo mesma, dividiu-se dividiu-se em em antagonismos antagonismos irreconciliáveis que que ela ela nao não consegue consegue conjurar. conjurar. Mas Mas para para que que esses esses antagonismos, antagonismos, classes classes com com interesses interesses economicos econômicos contraditorios, contraditórios, nao não se se entredevorem entredevorem ee nii.o não devorem devorem aa sociedade, sociedade, tornou-se tornou-se necessario necessário um um poder poder pairando pairando aparenteaparente­ mente mente acima acima da da sociedade sociedade ee que que tern tem de de abafar abafar oo conflito, conflito, mante-lo mantê-lo denden­ tro tro dos dos Iimites limites da da "ordern"; “ordem ” ; ee este este poder, poder, nascido nascido da da sociedade, sociedade, mas mas se se colocando colocando acima acima dela, dela, cada cada vez vez mais mais alienado alienado dela, dela, eé o o Estado. Estado. Em Em confronto confronto com com aa antiga antiga organizacao organização gentilica, gentílica, o o Estado Estado se se caracteriza caracteriza primeiro primeiro pelo pelo agrupamento agrupamento dos dos cidadaos cidadãos de de acordo acordo com com o o territorio. território. As As antigas antigas associacoes associações gentilicas, gentílicas, constituidas constituídas ee sustentadas sustentadas por por vinculos vínculos de de sangue, sangue, tinharn, tinham, como como vimos, vimos, se se tornado tornado insuficientes, insuficientes, em em grande grande parte parte porque porque pressupunham pressupunham aa conexao conexão dos dos membros membros aa um um determinado determinado territorio, território, ee isto isto ja já deixara deixara de de existir existir ha há muito. muito. 0 O territorio território permanecera, permanecera, mas mas os os homens homens tinham tinham se se tornado tornado m6veis. móveis. Tomou-se, Tomou-se, porpor­ tanto, tanto, aa divisao divisão territorial territorial como como ponto ponto de de partida partida ee deixou-se deixou-se os os cidadaos cidadãos exercerem exercerem os os seus seus direitos direitos ee deveres deveres publicos públicos onde onde se se assentassem, assentassem, sem sem considerar considerar gens gens ou ou tribo. tribo. Essa Essa organizacao organização dos dos membros membros do do Estado Estado

a

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77 0 O

primeiro historiador primeiro historiador que, que, ao ao menos, menos, teve teve uma uma concepcao concepção aproximada aproximada da da essencia tarnbern com essência da da gens gens foi foi Niebuhr Niebuhr --— mas mas também com erros erros anteriores anteriores nao não filtrafiltra­ dos deve ao dos -, — , ele ele aa deve ao seu seu conhecimento conhecimento das das gentes gentes ditmarsicas, ditmársicas. (N. (N. de de E.) E.)

Fundam: Fundam : ··os •'os de de Filosofia Filosofia do d o Direito D ireito ou ou Direito D ireito natural natural ee ciencia ciência do do Estado E stado 'em em seus seus /1,,, ju td..!amentos. a m e n to s. In: In: Werke. W erke. v. v. 8. 8. Berlim, Berlim, 1833. 1833. 88 HEGEL. H e g e l.

330 330 de de acordo acordo com com aa localizacao localização territorial territorial eé comum comum aa todos todos os os Estados. Estados. Par Por isso, isso, ela ela nos nos parece parece natural; natural; vimos, vimos, no no entanto, entanto, coma como foram foram necesneces­ sarias sárias lutas lutas longas longas ee renhidas renhidas ate até que que ela, ela, em em Atenas Atenas ee Roma, Roma, pudesse pudesse colocar-se colocar-se no no lugar lugar da da antiga antiga organizacao organização gentflica. gentílica. O O segundo segundo trace traço caracteristico característico do do Estado Estado eé aa instituicao instituição de de uma uma [area força publica, pública, que que ja já nao não mais mais coincide coincide de de modo modo imediato imediato com com aa popupopu­ lacao lação organizada organizada coma como torca força armada. armada. Essa Essa especial especial forca força ptiblica pública eé necessaria necessária porque porque uma uma organizacao organização armada armada autonoma autônom a da da populacao população tornou-se tornou-se impassive) impossível desde desde aa divisao divisão em em classes. classes. Os Os escravos escravos tambem também pertencem pertencem aà populacao; população; os os 90 90 000 000 cidadaos cidadãos atenienses atenienses constituem, constituem, em em confronto confronto com com os os 365 365 000 000 escravos, escravos, uma uma classe classe privilegiada. privilegiada. 0 O exercito exército do do povo povo da da democracia democracia ateniense ateniense era era um um poder poder aristocratico aristocrático publico público em em cofrontacao cofrontação com com os os escravos escravos ee os os mantinha m antinha na na cerca; cerca; mas mas para para manter m anter tambem também os os cidadaos cidadãos submissos submissos era era necessaria necessária uma uma policia polícia [Gen[Gendarmerie ], conforme darmerie], conforme foi foi referido referido acima. acima. Esta Esta torca força piiblica pública existe existe em em cada cada Estado; Estado; ela ela se se constitui constitui nao não so só de de homens homens armadas, armados, mas mas tambem também de de acessorios acessórios materiais, materiais, prisoes prisões ee instituicoes instituições coercitivas coercitivas [Zwangsansthl[Zwangsanstklten] ten] de de toda toda especie, espécie, de de que que aa sociedade sociedade gentflica gentílica nada nada sabia. sabia. Ela Ela pode pode ser va, estar ser pouco pouco significati significati/a, estar quase quase desaparecendo desaparecendo em em sociedades sociedades com com antagonismos antagonismos de de classe classe ainda ainda subdesenvolvidos subdesenvolvidos ee em em lugares lugares distantes, distantes, coma como em em certas certas epocas épocas ee lugares lugares dos dos Estados Estados Unidos Unidos da da America. América. Ela Ela se se reforca, reforça, no no entanto, entanto, aà medida medida que que os os antagonismos antagonismos de de classe classe [Klassengegensatze] [Klassengegensãtze] se se exacerbam exacerbam dentro dentro do do Estado Estado ee os os Estados Estados limilimí­ trofes basta ver trofes se se tornam tom am maiores maiores ee mais mais populosos populosos --— basta ver aa .nossa .nossa Europa Europa de de hoje, hoje, onde onde aa luta luta de de classes classes ee aa rivalidade rivalidade nas nas conquistas conquistas empurram empurram oo poder poder publico público aa uma uma altitude altitude tal tal que que arneaca ameaça engolir engolir aa sociedade sociedade toda toda ee ate até mesmo mesmo o o Estado, Estado. Para Para sustentar sustentar esse esse poder poder publico, público, sao são necessarias necessárias contribuicoes contribuições dos dos cidadaos cidadãos -— os os impostos. im postos. Estes Estes eram eram completamente completamente desconhecidos desconhecidos para para aa sociedade sociedade gentilica. gentílica. Mas Mas nos, nós, hoje, hoje, podemos podemos contar contar muitas muitas coisas coisas sabre bastam sobre eles. eles. Com Com aa civilizacao civilização progressiva, progressiva, eles eles tambem também nao não bastam mais; mais; oo Estado Estado emite emite letras letras sabre sobre o o futuro, futuro, contrai contrai emprestimos, empréstimos, dividas dívidas do do Estado. Estado. Tambem Também sabre sobre isso isso aa velha velha Europa Europa sabe sabe declamar declam ar alguns alguns versinhos. versinhos. Na Na posse posse do do poder poder publico público ee do do direito direito de de recolher recolher impastos, impostos, os os funcionarios funcionários estao estão · agora agora ai aí como como orgaos órgãos da da sociedade sociedade sobre sobre aa sociedade. sociedade. O O respeito respeito livre livre ee voluntario voluntário tributado tributado aos aos orgaos órgãos da da constituicao constituição gentigentí­ lica veiculos de lica ja já nao não lhes lhes basta, basta, mesmo mesmo que que pudessem pudessem te-Ios; tê-los; veículos de um um poder poder cada cada vez vez rnais mais estranho estranho aà sociedade, sociedade, precisam precisam impor impor respeito respeito atraves através de de leis leis de de excecao, exceção, por por Iorca força das das quais quais gozam gozam de de uma uma santidade santidade ee uma uma inviolabilidade inviolabilidade especiais. especiais. 0 O mais mais reles reles funcionario funcionário policial policial do do Estado Estado civilizado civilizado tern tem mais mais "autoridade" “autoridade” do do que que todos todos os os orgaos órgãos da da sociedade sociedade gentilica gentílica juntas; juntos; mas mas oo principe príncipe rnais mais poderoso poderoso ee 'oo maior m aior estaesta­

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dista dista ou ou general general da da civilizacao civilização pode pode invejar invejar o o menor menor dos dos chefes chefes de de gens indiscutivel que gens pelo pelo respeito respeito espontaneo espontâneo ee indiscutível que lhe lhe eé prestado. prestado. Um Um esta está plenamente plenamente dentro dentro da da sociedade; sociedade; oo outro outro eé obrigado obrigado aa querer querer reprerepre­ sentar sentar algo algo fora fora ee acima acima dela. dela. Como Como oo Estado Estado nasceu nasceu da da necessidade necessidade de de conter conter os os antagonismos antagonismos de de classe, classe, mas, mas, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, nasceu nasceu em em meio meio ao ao conflito conflito dessas dessas classes, classes, ele ele e, é, por por conseguinte, conseguinte, em em regra, regra, Estado Estado da da classe classe mais mais poderosa, poderosa, economicamente economicamente dominante, dominante, que, que, atraves através dele, dele, tambem também se se toma torna aa classe classe politicamente dominante politicamente dominante e, e, assim, assim, adquire adquire novas novos meios meios para para aa repressao repressão ee exploracao exploração da da classe classe oprimida. oprimida. Assim, Assim, o o Estado Estado antigo antigo era, era, antes antes de de tudo, tudo, Estado Estado dos dos donas donos de de escravos escravos para para manter m anter aa sujei9ao sujeição dos dos escravos, escravos, assim assim como como o o Estado Estado feudal feudal era era 6rgao órgão da da nobreza nobreza para para manter m anter aa sujeicao sujeição dos dos servos servos ee camponeses camponeses dependentes, dependentes, ee o o moderno moderno Estado Estado representativo representativo eé instrumento instrum ento da da exploracao exploração do do trabalho trabalho assalariado assalariado atraatra­ ves vés do do capital. capital. Excepcionalmente, Excepcionalmente, no no entanto, entanto, ocorrem ocorrem periodos períodos em em que que as as classes classes em em luta luta se se equilibram equilibram de de tal tal modo modo que que o o poder poder do do Estado, Estado, como como mediador m ediador aparente, aparente, alcanca alcança uma um a certa certa autonomia autonom ia em em relacao relação aa ambas. ambas. Assim, Assim, aa monarquia m onarquia absoluta absoluta dos dos seculos séculos XVII X V II ee XVIII, X V III, que que contrabalancava contrabalançava nobreza nobreza ee burguesia; burguesia; assim, assim, oo bonapartismo bonapartism o do do primeiro primeiro e, e, especialmente, especialmente, do do segundo segundo imperio império frances, francês, que que jogava jogava o o proletariado proletariado contra contra aa burguesia burguesia ee aa burguesia burguesia contra contra o o proletariado. proletariado. Dessa Dessa especie, espécie, oo feito feito mais mais recente, recente, no no qual qual dominadores dominadores ee dominados dominados aparecem aparecem igualigual­ mente novo reino mente comicos, cômicos, eé oo do do novo reino alemao alemão da da nacao nação bismarckiana: bismarckiana: aqui, aqui, capitalistas capitalistas ee trabalhadores trabalhadores sao são contrabalancados contrabalançados mutuamente m utuamente ee igualmente igualmente ludibriados ludibriados para para proveito proveito dos dos degenerados degenerados fidalgotes fidalgotes rurais rurais [KrautjunkerJ [Krautjunker] prussianos. prussianos. Alem Além disso, disso, na na maioria maioria dos dos Estados Estados historicos, históricos, os os direitos direitos conceconce­ didos didos aos aos cidadaos cidadãos sao são nivelados nivelados de de acordo acordo com com as as suas suas posses posses e, e, com com isso, isso, eé expresso expresso diretamente diretamente que que oo Estado Estado eé uma uma organizacao organização das das classes classes possuidoras possuidoras para para protecao proteção contra contra as as nao-possuidoras. não-possuidoras. Ja Já era era assim assim nas nas classes classes de de posses posses atenienses atenienses ee romanas. romanas. Assim, Assim, no no Estado Estado feudal feudal da da Idade Idade Media, Média, onde onde aa posicao posição de de poder poder politico político era era dada dada de de acordo acordo com com aa propriedade propriedade territorial. territorial. Assim, Assim, no no censo censo eleitoral eleitoral dos dos roodernos modernos Estados Estados representativos. representativos. Esse Esse reconhecimento reconhecimento politico político da da diferenca diferença de de posses posses nao não e, é, contudo, contudo, de} dc modo modo algum, algum, essencial. essencial. Pelo Pelo contrario, contrário, caraccarac­ teriza formaa mais teriza um um estagio estágio inferior inferior de de desenvolvimento desenvolvimento estatal. estatal. A A form mais elevada elevada de de Estado, Estado, aa republica república dernocratica, democrática, que que mais mais ee mais mais se se toma, tom a, em em nossas nossas modernas modernas relacoes relações sociais, sociais, uma uma necessidade necessidade inevitavel, inevitável, eé aa unica única forma forma de de Estado Estado em em que que pode pode ser ser travada travada aa iiltima últim a luta luta decisiva decisiva entre entre proletariado proletariado ee burguesia burguesia -— aa repiiblica república democratica dem ocrática nada nada mais mais sabe, sabe, oficialmente, oficialmente, de de diterencas diferenças de de propriedade. propriedade. Nela, Nela, aa riqueza riqueza exerce exerce oo seu seu poder poder indiretamente, indiretamente, mas mas com com tanto tanto maior maior seguranca. segurança. Por P or um um lado, lado, sob sob aa forma forma de de corrupcao corrupção direta direta de de Iuncionarios, funcionários, para para o o que que os os Estados Estados Unidos Unidos sao são o o exemplo exemplo classico; clássico; por por outro outro lado, lado, sob sob aa forma form a de de

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alianca se realiza aliança de de govern9 governo ee bolsa, bolsa, que que se realiza com com tanto tanto maior maior facilidade facilidade quanto quanto mais quanto mais mais se se elevam elevam as as dividas dívidas do do Estado Estado ee quanto mais sociedades sociedades por acoes em suas maos nao mas também tambem por ações concentram concentram em suas mãos não s6 só oo transporte, transporte, mas aa própria pr6pria producao novamente, encontram produção e, e, novamente, encontram na na bolsa bolsa oo seu seu centro. centro. Para isso, Para isso, alem além dos dos Estados Estados Unidos, Unidos, aa mais mais recente recente Republica República Francesa Francesa eé oo exemplo exemplo mais flagrante, ee tambern proba Sulca contrimais flagrante, também aa proba Suíça deu deu aa sua sua contri­ buic;ao nesse irmandade de de governo govemo ee balsa buição nesse campo. campo. Mas Mas que que essa essa irmandade bolsa nao não exige republica democratica, Inglaterra, oo exige uma uma república democrática, dernonstra-o, demonstra-o, alem além da da Inglaterra, novo império imperio alemão, alemao, onde nao se pode dizer novo onde não se pode dizer quern quem elevou elevou mais mais alto alto oo direito se Bismarck classe direito ao ao voto, voto, se Bismarck ou ou Bleichroder, Bleichrõder. E, E, finalmente, finalmente, aa classe possuidora possuidora domina domina diretamente diretamente atraves através do do sufragio sufrágio universal. universal. Enquanto Enquanto aa classe portanto, em em nosso classe oprimida, oprimida, portanto, nosso caso, caso, oo proletariado, proletariado, ainda ainda nao não estiver para aa sua ela ha em sua estiver madura m adura para sua autoliberacao, autoliberação, ela há de de reconhecer, reconhecer, em sua maioria, aa ordenacao unica possfvel politicamaioria, ordenação existente existente como como aa única possível ee ser, ser, politica­ mente, classe dos mente, aa cauda cauda da da classe dos capitalistas, capitalistas, aa sua sua ala ala de de extrema-esquerda. extrema-esquerda. Mas à medida que ela Mas medida que ela contra-amadurece contra-am adurece aa sua sua auto-emancipacao, auto-emancipação, nessa nessa medida ela proprips medida ela se se constitui constitui como como partido partido pr6prio, próprio, elege elege os os seus seus própribs representantes, os dos assim, representantes, nao não os dos capitalistas. capitalistas. 0 O sufragio sufrágio universal universal e, é, assim, aa escala No Estado atual, escala da da maturidade m aturidade da da classe classe dos dos trabalhadores. trabalhadores. No Estado atual, nao pode nunca ser que isso; mas isso não pode nem nem podera poderá nunca ser mais mais do do que isso; mas isso tambem também basta. No dia em que que oo termometro basta. No dia em termômetro do do sufragio sufrágio universal universal registrar registrar oo ponto de trabalhadores, eles eles saberao, tanto quanta ponto de ebulicao ebulição entre entre os os trabalhadores, saberão, tanto quanto os estao, os capitalistas, capitalistas, onde onde estão. O nao existe, desde aa etemidade. socieO Estado Estado não existe, portanto, portanto, desde eternidade. Houve Houve socie­ dades dades que que funcionaram funcionaram sem sem ele, ele, que que nao não 'tinham tinham nenhuma nenhuma noc;ao noção de de Estado Estado ee poder poder estatal. estatal. Numa Numa certa certa fase fase da da evolucao evolução economica, econômica, quc que era ligada àa divisao em classes, era necessariamente necessariamente ligada divisão da da sociedade sociedade em classes, atraves através dcssa tomou Nos nos aproximadessa divisao divisão oo Estado Estado se se tom ou uma uma necessidade. necessidade. Nós nos aproxima­ mos, agora, passos rapidos, de uma uma etapa mos, agora, aa passos rápidos, de etapa do do desenvolvimento desenvolvimento da da producao nao s6 deixou de uma produção em em que que aa existencia existência dessas dessas classes classes não só deixou de ser ser uma necessidade, empecilho efetivo efetivo aà produção. producao. Hao de necessidade, mas mas se se toma tom a um um empecilho H ão de cair cair tao tão inevitavelmente inevitavelmente quanta quanto antes antes surgiram. surgiram. Com Com elas elas cai cai inevitavelinevitavel­ mente A sociedade mente o o Estado. Estado. A sociedade que que reorganiza reorganiza aa producao produção à base base da da associacao livre ee igualitaria produzem transfere associação livre igualitária dos dos que que produzem transfere toda toda aa maquina máquina doEstado para onde antiguido Estado la lá para onde sera, será, entao, então, oo seu seu lugar: lugar: oo museu museu das das antigui­ dades, lado da machado de dades, ao ao lado da roca roca de de fiar fiar ee do do machado de bronze bronze..

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•* A civilizacao foi exposto, exposto, oo estagio de A civilização e, é, portanto, portanto, segundo segundo oo que que foi estágio de evolucao em que divisao do evolução da da sociedade sociedade .,em que aa divisão do trabalho, trabalho, aa troca troca entre entre indivf duos dela producao de compreendendo indivíduos dela resultante resultante ee aa produção de mercadorias, mercadorias, compreendendo aa ambos, pleno desenvolvimento toda aa ambos, atingem atingem oo seu seu pleno desenvolvimento ee revolucionam revolucionam toda sociedade sociedade anterior. anterior.

333 333 A A producao, produção, em em todos todos os os estagios estágios anteriores anteriores da da sociedade, sociedade, era era essencialmente essencialmente comunitaria, comunitária, assim assim como como oo consumo consumo ocorria ocorria atraves através de de distribuicao distribuição direta direta dentro dentro de de comunidades comunidades comunistas comunistas maiores maiores ou ou meme­ nores. nores. Essa Essa comunidade comunidade de de producao produção se se dava dava dentro dentro dos dos limites limites mais mais rigidos; rígidos; mas mas ela ela levava levava consigo consigo oo dominio domínio dos dos produtores produtores sobre sobre oo seu seu processo processo de de producao produção ee oo seu seu produto. produto. Sabem Sabem o o que que sera será do do produto: produto: eles eles o o consomem, consomem, ele ele nio não escapa escapa de de suas suas maos mãos e, e, enquanto enquanto aa producao produção eé feita nio pode feita nesta nesta base, base, ela ela não pode sobrepor-se sobrepor-se aos aos produtores produtores nem nem fazer fazer surgir surgir ante ante eles eles poderes poderes fantasmag6ricos fantasmagóricos estranhos, estranhos, como como ocorre ocorre de de modo inevitavel na modo regular regular ee inevitável na civilizacao. civilização. Mas M as nesse nesse processo processo de de producao produção foi-se foi-se introduzindo introduzindo lentamente lentamente aa divisao divisão do do trabalho. trabalho. Ela Ela subverte subverte aa natureza natureza comunitaria comunitáriâ da da producao produção ee apropriacao, regra dominante apropriação, erige erige aa apropriacao apropriação individual individual em em regra dominante ee cria, cria, assim, assim, aa troca troca entre entre indivlduos indivíduos -— como, como, isso isso ja já examinamos examinamos anteante­ riormente. toma forma riormente. Aos Aos poucos poucos aa producao produção de de mercadorias mercadorias se se torna forma dodo­ minante. minante. Com nao mais para conCom aa producao produção de de mercadorias, mercadorias, aa producao produção não mais para con­ sumo sumo pr6prio, próprio, mas mas para para aa troca, troca, os os produtos produtos trocam trocam necessariamente necessariamente de troca, ele de rnaos. mãos. 0 O produtor produtor da dá adiante adiante o o seu seu produto produto na na troca, ele nao não sabe sabe mais mais o o que que sera será dele. dele. Assim Assim como como o o dinheiro dinheiro aparece, aparece, ee com com o o dinheiro dinheiro oo comerciante comerciante como como mediador m ediador entre entre os os produtores, produtores, o o processo processo de de troca troca se toma se to m a ainda ainda mais mais complicado complicado ee o o destino destino final final dos dos produtos produtos ainda ainda mais nenhum deles mais incerto. incerto. Os Os comerciantes comerciantes sao são muitos muitos ee nenhum deles sabe sabe o o que que oo outro outro faz. faz. As As mercadorias mercadorias ja já nao não andam andam mais mais apenas apenas de de mio mão em em mao, mão, elas elas andam andam tambem também de de mercado mercado em em rnercado; mercado; os os produtores produtores perderam perderam oo controle controle sobre sobre aa producao produção global global de de seu seu circulo círculo de de vida, vida, ee os os comercomer­ ciantes nio oo assumiram. Produtos ee producao ciantes não assumiram. Produtos produção estio estão entregues entregues ao ao acaso. acaso. Mas Mas o o acaso, acaso, este este eé apenas apenas um um polo pólo de de uma uma correlacao, correlação, cujo cujo outro outro polo tambem parece pólo se se chama chama necessidade. necessidade. Na Na natureza, natureza, onde onde o o acaso acaso também parece dominar, dominar, ja já provamos provamos ha há muito, muito, em em cada cada setor setor especifico, específico, aa necessidade necessidade imanente imanente ee aa regularidade regularidade que que se se afirmam afirmam nesse nesse acaso. acaso. 0 O que, que, porem, porém, vale vale para para aa natureza, natureza, vale vale tambem também para para aa sociedade. sociedade. Quanto Quanto mais mais uma uma serie processos sociais, poderosa uma atividade atividade social, social, uma série de de processos sociais, se se torna tom a poderosa demais por cima demais para para o o controle controle consciente consciente dos dos homens, homens, lhes lhes cresce cresce por cima da da · cabeca, parece abandonada cabeça, quanto quanto mais mais ela ela parece abandonada ao ao puro puro acaso, acaso, tanto tanto mais mais se umaa nese impoem impõem nesse nesse acaso acaso as as suas suas leis leis pr6prias, próprias, imanentes, imanentes, como como um ne­ cessidade cessidade natural. natural. Tais Tais leis leis dominam dominam tambem também os os acasos acasos da da producao produção de de mercadorias mercadorias ee da da troca troca de de mercadorias; m ercadorias; frente frente ao ao produtor produtor ee ao ao comerciante comerciante isolados, isolados, aparecem aparecem comb com» forcas forças estranhas, estranhas, no no comeco começo ate até desconhecidas, desconhecidas, cuja cuja natureza natureza precisa precisa ser ser primeiro primeiro laboriosamente laboriosamente pespes­ quisada quisada ee fundamentada. fundamentada. Essas Essas leis leis economicas econômicas da da producao produção de de meresmercàdorias dorias se se modificam modificam com com os os diversos diversos graus graus de de desenvolvimento desenvolvimento dessa dessa forma forma de de producao; produção; grosso grosso modo, modo, no no entanto, entanto, todo todo o o penodo período da da civilicivili­

334 334 za,;ao produto domina domina oo produ­ produzação esta está sob sob o o seu seu domfnio. domínio. E E ainda ainda hoje hoje o o produto tor; nlio por por tor; ainda ainda hoje hoje aa producao produção global global da da sociedade sociedade eé regulada regulada não um piano deliberado de leis que se um plano deliberado conjuntamente, conjuntamente, mas mas atraves através de leis cegas, cegas, que se impoem torca elementar, elementar, em ultima instância instancia nas impõem com com força em última nas tempestades tempestades das das crises crises comerciais comerciais peri6dicas. periódicas. Vimos acima do desenvoiviVimos acima como, como, numa num a fase fase bastante bastante primitiva primitiva do desenvolvi­ mento do trabalho humano eé capacitada mento da da producao, produção, aa forca força do trabalho humano capacitada aa propro­ duzir produto consideravelmente maior que oo necessário necessario para para . duzir um um produto consideravelmente m aior do do que aa manutenção rnanutencao dos dos produtores, produtores, ee como como essa essa fase fase de de desenvolvimento desenvolvimento e, é, no do trabalho trabalho ee aa troca troca no ceme, cerne, aa mesma mesma em em que que nascem nascem aa divisao divisão do entre mais muito muito ate que fósse Iosse desco­ descoentre individuos. indivíduos. Agora, Agora, nao não demorou demorou mais até que . berta homem pode merberta aa grande grande "verdade" “verdade” de de que que tambem também oo homem pode ser ser urna uma mer­ cadoria; cadoria; que que aa forca força humana humana pode pode ser ser trocada trocada ee usada usada ao ao se se transfortransfor­ mar homem em m ar o o homem em um um escravo. escravo. Mal Mal tinham tinham os os homens homens comecado começado aa trocar, ja começavam comecavarn eles mesmos aa serem trocar, já eles mesmos serem trocados. trocados. 0 O ativo ativo tornou-se tornou-se um passivo, quer homens quisessem, quer não. nao, um passivo, quer os os homens quisessem, quer Com aa escravidao, grau de Com escravidão, que que atingiu atingiu o o seu seu mais mais alto alto grau de desentotdesenvol­ vimento sociedade vimento com com aa civilizacao, civilização, surgiu surgiu aa primeira primeira grande grande cisao cisão da da sociedade em classe explorada. explorada. Essa em uma uma classe classe exploradora exploradora ee uma uma classe Essa cisao cisão perdurou perdurou durante forma durante todo todo o o periodo período civilizado. civilizado. A A escravidao escravidão eé aa primeira primeira forma de antigo; sucede-a na ldade de exploracao, exploração, pr6pria própria do do mundo mundo antigo; sucede-a aa servidao servidão na Idade Media, modernos. Sao Média, oo trabalho trabalho assalariado assalariado nos nos tempos tempos modernos. São essas essas as as tres três grandes formas de grandes epocas da grandes formas de servitude, servitude, caracteristicas características das das tres três grandes épocas da civilizacao; recentemente, de modo disfarcado, civilização; aberta aberta e, e, recentemente, de modo disfarçado, aa escravidao escravidão aa acompanha acompanha sempre. sempre. A fase da A fase da producao produção de de mercadorias, mercadorias, com com que que aa civilizacao civilização comeca, começa, caracteriza-se introducao: 11.. do metalico caracteriza-se economicamente economicamente pela pela introdução: do dinheiro dinheiro metálico e, do juro juro ee da 2.. dos e, com com isso, isso, do do capital capital financeiro, financeiro, do da usura; usura; 2 dos comercomer­ ciantes da propriedade ciantes como como classe classe mediadora mediadora entre entre os os produtores; produtores; 3. 3. da propriedade privada 4. do forma dominante dominante privada ee da da hipoteca, hipoteca, ee 4. do trabalho trabalho escravo escravo como como forma de A forma forma de vende producao. produção. A de familia, família, correspondente correspondente aà civilizacao civilização ee ven­ cendo cendo definitivamente definitivamente com com ela, ela, eé aa monogamia, monogamia, o o dominio domínio do do homem homem sobre mulher, ee aa familia individual como como unidade da sobre aa mulher, família individual unidade economics econômica da sociedade. da sociedade civilizada ée oo Estado, Estado, que, todos sociedade. A A coesao coesão da sociedade civilizada que, em em todos os periodos caracteristicos, classe domios períodos característicos, e, é, sem sem excecao, exceção, o o Estado Estado da da classe domi­ nante maquina nante e, e, em em todos todos os os casos, casos, mantem-se mantém-se essencialmente essencialmente uma uma máquina para para aa repressao repressão da da classe classe oprimida, oprimida, explorada. explorada. Caracteristico Característico para para aa civilizacao por um um Ilado, ado, aa fixacao civilização eé ainda: ainda: por fixação da da antitese antítese entre entre cidade cidade ee · campo do trabalho; trabalho; por por campo como como fundamento fundamento de de toda toda aa divisao divisão social social do outro introducao dos outro lado, lado, aa introdução dos testamentos, testamentos, pelos pelos quais quais O o proprietario proprietário pode propriedade até ate mesmo depois de pode dispor dispor de de sua sua propriedade mesmo depois de morto. morto. Essa Essa instituicao, constituicao gentilica, instituição, soco soco direto direto no no rosto rosto da da velha velha constituição gentílica, era era desconhecida Atenas ate ela foi desconhecida em em Atenas até Solon; Sólon; em em Roma, Rom a, ela foi introduzida introduzida basbas-

335 335 9; tante cedo: entre tante cedo; quando, quando, nao não oo sabemos sabem os9; entre os os germanos, germanos, os os padrecas padrecas aa introduziram probo alemao introduziram para para que que o o probo alemão pudesse pudesse doar doar aà Igreja Igreja o o seu seu legado. legado. Com Com essa essa constituicao constituição basica, básica, aa civilizacao civilização realizou realizou coisas coisas aa cuja cuja altura altura aa sociedade sociedade gentilica gentílica jamais jamais estaria. estaria. Mas Mas realizou-as realizou-as ao ao por pôr em em movimento os movimento os instintos instintos ee as as paixoes paixões mais mais sujos sujos do do hornem homem ee em em detridetri­ mento restantes. A m ento de de todas todas as as suas suas faculdades faculdades restantes. A ambicao ambição vulgar vulgar foi foi aa alma alma condutora condutora da da civilizacao civilização desde desde s~ seu primeiro primeiro dia dia ate até hoje, hoje, riqueza riqueza ee novamente novamente riqueza riqueza ee pela pela terceira terceira vez vez riqueza, riqueza, riqueza riqueza nao não da da sociesocie­ dade, individuo isolado, unica meta. dade, mas mas desse desse misero mísero indivíduo isolado, sua sua única meta objetiva. objetiva. Se, Se, com isso, lhe !he caiu com isso, caiu no no colo colo oo desenvolvimento desenvolvimento crescente crescente da da ciencia ciência e, e, por periodos arte, eé somente por períodos retomados, retomados, oo florescimento florescimento maximo máximo da da arte, somente porque isso nao riquezas. porque sem sem isso não teria teria sido sido possivel possível aa acumulacao acumulação plena plena de de riquezas. Como Como oo fundamento fundamento da da civilizacao civilização é aa exploracao exploração de de uma uma classe classe por por outra outra classe, classe, todo todo o o seu seu progresso progresso se se opera opera numa num a contradicao contradição perper­ manente. progresso da producao e, mesmo tempo, tempo, uma regressao manente. Cada Cada progresso da produção é, ao ao mesmo uma regressão na na situacao situação da da classe classe oprimida, oprimida, isto isto e, é, da da grande grande maioria. maioria. Cada Cada beneffcio benefício para uns eé necessariamente uma desgraca para uns necessariamente uma desgraça para para outros; outros; cada cada nova nova liberliber­ ta9ao uma classe, uma nova tação de de uma classe, uma nova opressao opressão para para uma uma outra outra classe. classe. A A prova mais eloqiiente pela introducao prova mais eloqüente disso disso eé dada dada pela introdução da da maquinaria, maquinaria, cujos cujos efeitos mundialmente conhecidos. efeitos hoje hoje sao são mundialmente conhecidos. E E se, se, entre entre os os barbaros, bárbaros, aa diferenca diferença entre entre direitos direitos ee deveres, deveres, como como vimos, vimos, quase quase ja já nao não pode pode mais mais ser feita, aa civilizacao ser feita, civilização torna tom a aa diferenca diferença ee aa antitese antítese entre entre ambos ambos clara clara ate até para para o o maior maior imbecil, imbecil, ao ao atribuir atribuir aa uma uma classe classe quase quase todos todos os os direitos direitos ee à outra, outra, pelo pelo contrario, contrário, quase quase todos todos os os deveres. deveres. Mas Mas nao não deve deve ser ser assim. assim. 0 O que que eé born bom para para aa classe classe dominante dominante e, és para ser born para para ser bom para toda toda aa sociedade, sociedade, com com aa qual qual aa classe classe dominante dominante se mais aa civilizacao se identifica. identifica. Portanto, Portanto, quanto quanto mais civilização progride, progride, tanto tanto mais mais ela ela se se ve vê obrigada obrigada aa encobrir encobrir com com oo manto manto do do amor am or os os males males necessanecessa­ riamente riamente decorrentes decorrentes dela, dela, ou ou enfeita-los enfeitá-los ou ou renega-los, renegá-los, em em suma, suma, introintro­ duzir duzir uma um a hipocrisia hipocrisia convencional convencional que que nao não era era conhecida conhecida nem nem pelas pelas primitivas formas primeiras fases primitivas formas sociais, sociais, nem nem mesmo mesmo pelas pelas primeiras fases da da civilicivili­ za~ao, zação, ee que que culmina culmina com com aa declaracao declaração de de que que aa exploracao exploração da da classe classe

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9 90 O Sistema Sistem a dos dos direitos direitos adquiridos adquiridos de de Lassalle Lassalle gira, gira, na na segunda segunda parte, parte, principalprincipal­ mente em mente em torno torno da da tese tese de de que que o o testamento testamento romano romano seria seria tao tão antigo antigo quanto quanto aa pr6pria nao teria própria Roma, Roma, que que não teria havido havido para para aa hist6ria história rornana romana jamais jamais "urna “uma epoca época sern testamento teria pre-romana, sem testamento"; testamento”; que que o o testamento teria surgido surgido muito muito antes, antes, na na epoca época pré-romana, do Lassalle, como do culto culto aos aos monos. mortos. Lassalle, como born bom hegeliano hegeliano da da velha velha escola, escola, nlio não deriva deriva as legais romanas as definicoes definições legais romanas das das relacoes relações sociais sociais dos dos romanos, romanos, mas mas do do "conceito “conceito especulativo" totalmente anti-hisespeculativo” da da vontade vontade e, e, com com isso, isso, chega chega aa uma uma assertiva assertiva totalmente anti-his­ t6rica. num livro tórica. Nao Não se se pode pode ficar ficar admirado admirado quanto quanto aa isso isso num livro que, que, aà base base do do mesmo mesmo conceito conceito especulativo, especulativo, chega chega aà conclusao conclusão de de que que na na heranca herança romana romana aa transmissao puramente secundaria. nao so transmissão dos dos bens bens fosse fosse questlio questão puramente secundária. Lassalle Lassalle não só ere crê nas nas ilusoes dos ilusões dos juristas juristas romanos, romanos, especialmente especialmente os os dos dos tempos tempos antigos; antigos; ele ele vai vai alem. além. (N. (N. de de E.) E.)

336 oprimida seria seria ffeita apenas ee unicamente no interesse interesse da da pr6pria própria classe classe oprimida eita apenas unicamente no explorada, ee se se esta esta niio não reconhecesse reconhecesse isto, isto, mas mas ate até se se rebelaria, rebelaria, isto isto explorada, seria aa pior pior ingratidiio ingratidão contra contra os os benfeitores, os exploradores exploradores 10• 10. seria benfeitores, os E agora, agora, para para concluir, concluir, o o julgamento julgamento de de Morgan M organ sobre sobre aa civilizacao: civilização: E “Desde o advento advento da da civilizacao, civilização, o crescimento crescimento da da riqueza riqueza tornou-se tornou-se "Desde tão monstruoso, monstruoso, suas suas formas formas tao tão variadas, variadas, sua sua aplicacao aplicação tao tão ampla ampla e tao sua adrninistracao administração tao tão habil hábil no interesse interesse dos dos proprietaries proprietários que que essa sua riqueza, em relacao relação ao ao povo, tornou um poder incontroldvel. incontrolável. 0 O espiespí­ riqueza, povo, se tornou humano estd, está, ai, aí, desnorteado desnorteado e proscrito proscrito ante ante a sua propria própria criaciio. criação. rito humano mesmo assim, assim, há de de vir vir o tempo em em que que a razão humana sera será Mas, mesmo razao humana suficientemente forte forte para para dominar dominar a riqueza, riqueza, quando quando ela ela há de fixar fixar suficientemente tanto a relacao relação do do Estado Estado aà propriedade propriedade que que ele ele protege protege quanto quanto os tanto limites dos dos direitos direitos dos dos proprietaries. proprietários. Os interesses interesses da da sociedade sociedade tern têm limites primazia absoluta absoluta sobre sobre os interesses interesses individuais individuais e ambos precisam ser ser primazia ambos precisam levados levados a uma uma relacao relação justa justa e harmonica. harmônica. A mera mera caca caça aà riqueza riqueza nao não eé a finalidade finalidade ultirna última da humanidade, humanidade, a menos menos que que o progressc progresso deixe de de ser a lei lei do do futuro futuro como como tern tem sido sido a do do passado. passado. 0O tempo transcorrido ser tempo transcorrido desde o inicio início da da civilizacao civilização eé apenas apenas uma pequena pequena fracao fração do tempo templo de desde vida da da humanidade. humanidade. A dissolucao dissolução da da sociedade sociedade esta, está, ameacadora, ameaçadora,'· ante ante vida n6s nós como como conclusao conclusão de de um um transcurso transcurso hist6rico histórico cuja cuja finalidade finalidade iinica única riqueza; pois um tal tal transcurso transcurso contem contém os elementos elementos de de sua sua pr6pria própria eé a riqueza; pois um aniquilação. Democracia Democracia na na adrninistracao, administração, fraternidade fraternidade na na sociedade, sociedade, aniquilacao, igualdade nos nos direitos, direitos, instrucao instrução universal, universal, irao irão consagrar consagrar a pr6xima próxima igualdade etapa superior superior da da sociedade, sociedade, para para a qua! qual colaboram colaboram constantemente constantemente a etapa experiência, a razao razão e a ciencia. ciência. Ela Ela serd será um um renascimento renascimento -— mas mas em em experiencia, igualdade e irmandade irmandade das velhas fforma orma mais elevada -— da liberdade, igualdade gentes." (MORGAN. ( M o r g a n . Ancient Ancient society. society. p. p. 552.) 552.) genres."

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10 10 Eu Eu intencionava, intencionava, inicialmente, inicialmente, colocar colocar aa brilhante brilhante critica crítica aà civilizacao civilização que que se se encontra esparsa esparsa pelas pelas obras obras de de Charles Charles Fourier, Fourier, ao ao lado lado da da de de Morgan Morgan ee da da encontra minha própria. Lamentavelmente Lamentavelmente falta-me falta-me o o tempo tempo para isso. Observo Observo apenas apenas minha pr6pria. para isso. que, em Fourier, monogamia e propriedade propriedade territorial siio são consideradas marcos marcos que, básicos da civilizacao civilização e que · ele a chama de uma guerra dos ricos contra contra os basicos pobres. Do Do mesmo mesmo modo, modo, ja já se. se. encontra encontra . nele uma visão profunda de de que, que, em em pobres. nele uma visiio profunda defeituosas,- divididas em contradicoes, contradições, as familias famílias individuais todas as sociedades defeituosas, são as as unidades unidades economicas. econômicas. ((N. de E.) sao N. de E.)

2. 2.

K. A EVOLU(;A.0 E ** 11 K. MARX: MARX: A EVOLUÇÃO DA DA PROPRIEDAD PROPRIEDADE

[[ ... . . . ]]

O O que que oo Senhor Senhor Proudhon Proudhon charna chama de de surgimento surgimento extra-economico extra-econômico da da propriedade, propriedade, sob sob aa qual qual compreende compreende precisamente precisamente aa propriedade propriedade da da terra, terra, eé aa relacao relação pre-burguesa pré-burguesa do do individuo indivíduo com com as as condicoes condições objetivas objetivas do trabalho, ee inicialmente do trabalho, inicialmente com com as as -— condicoes condições objetivas objetivas do do trabalho trabalho -— naturais, naturais, pois pois assim assim como como oo sujeito sujeito que que trabalha trabalha /le// / / í / / individuo indivíduo natural, tranatural, existencia existência natural natural -— aa primeira prim eira condicao condição objetiva objetiva do do seu seu tra­ •* Reproduzido Reproduzido de de MARX, M ákx, K. K. Grundrisse Grundrisse der der Kritik K ritik der der politischen politischen Okonomie Okonomie (Rohentwurf). (Rohentwurf). 1857-1858 1857-1858 (Fundamentos ( Fundamentos da da critica crítica da da Economia Economia Polftica). Política). 2. 2, ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1974. 1974. p. p. 388-413. 388-413. Traduzido Traduzido por por Viktor Viktor von von Ehrenreich. Ehrenreich. 1 10 0 carater caráter de de manuscrito manuscrito niio não burilado burilado para para publicacao publicação explica explica as as elisoes elisões ee mesmo niio procurou mesmo rudezas rudezas do do estilo, estilo, as as quais quais aa traducao tradução não procurou ocultar ocultar nem nem remereme­ diar paragrafacao, os possivel diar em em demasia. demasia. Seguimos Seguimos aa paragrafação, os grifos, grifos, · na na medida medida do do possível aa pontuação, pontuacao, os os principais principais sinais sinais convencionais convencionais usados usados por por Marx Marx ee os os adotados adotados pelos parenteses de pelos editores editores alemiies. alemães. Entre Entre parenteses parênteses (( )) o o uso uso de de parênteses de Marx, Marx, entre entre colchetes colchetes duplos duplos ([ [[ ]) ]] oo uso uso de de colchetes colchetes de de Marx, Marx, entre entre colchetes colchetes simples simples [[ ]] os os acrescimos acréscimos dos dos editores editores alemiies, alemães, entre entre barras barras duplas duplas // / / // / / os os acrescimos acréscimos do dó tradutor. Algumas Algumas passagens passagens que tradutor. que no no manuscrito manuscrito de de Marx Marx aparecem aparecem entre entre colcol­ chetes, chetes, referindo-se referindo-se contudo contudo aa outro outro contexto contexto ou ou constituindo constituindo observayiio observação marginal, marginal, foram foram editadas editadas no no original original como como notas notas marcadas marcadas pol' poi> asteriscos asteriscos ee assim assim tambem também aparecem aparecem nesta nesta traducao. tradução. Termos Termos ee expressoes expressões que que Marx Marx apresenta apresenta em em outra outra lingua primeira ocorrencia língua que que niio não oo alemao alemão foram foram mantidos, mantidos, quando quando da da sua sua primeira ocorrência aa sua figurando diretamente sua traducao tradução figurando diretamente no no texto texto entre entre barras barras duplas duplas /~/ / j/; / ' , agreagre­ gamos mesma em Afastando-nos gamos algumas algumas explicacoes explicações aà mesma em nota nota quando quando necessario. necessário. Afastando-nos do do uso uso em em portugues, português, niio não grifamos grifamos estas estas expressoes expressões estrangeiras estrangeiras (que (que de de resto resto niio grifo usado não estiio estão grifadas grifadas no no original) original) para para evitar evitar confusiio confusão com com o o grifo usado por por Marx, oo qual Marx, qual sempre sempre procura procura ressaltar ressaltar o o significado significado da da expressiio expressão em em questiio. questão. Ja terminada terminada aa nossa tivemos ainda Já nossa traduyao, tradução, tivemos ainda oportunidade oportunidade de de ccnfronta-la confrontá-la aà

338 338 2; balho balho aparece aparece coma como natureza, natureza, terra, terra, como como o o seu seu corpo corpo inorganico inorgânico2; ele ele mesmo mesmo ée nao não s6 só oo corpo corpo inorganico, inorgânico, mas mas esta esta natureza natureza inorganica inorgânica como produto seu, como sujeito. sujeito. Esta Esta condicao condição nao não eé produto seu, mas mas encontrada encontrada ai; aí; pressuposta pressuposta aa ele ele como como existencia existência natural natural fora fora dele. dele. Antes Antes de de conticonti­ nuarmos nuarmos aa analisar analisar isto, isto, ainda ainda oo seguinte: seguinte: oo born bom Proudhon Proudhon nao não so só poderia, poderia, mas mas tambem também teria teria que que acusar acusar igualmente igualmente oo capital capital ee o o trabalho trabülho assalariado - como formas de assalariado — como formas de propriedade propriedade -— de de surgimento surgimento extraextra-economico. -econôm ico. Pois Pois por por parte parte do do trabalhador trabalhador encontrar encontrar ai aí as as condicoes condições · objetivas parte objetivas do do trabalho trabalho como como separadas separadas dele, dele, como como capital, capital, ee por por parte do do capitalista capitalista encontrar encontrar ai aí oo trabalhador trabalhador como como tf / / alguemtf alguém /'' destituido destituído de de prepriedade, propriedade, como como trabalhador trabalhador abstrato abstrato -— aa troca, troca, tal tal como como ocorre ocorre entre entre valor valor ee trabalho trabalho vivo, vivo, supoe supõe um um processo processo historico histórico -— por por mais mais que que capital capital ee trabalho trabalho assalariado assalariado reproduzam reproduzam eles eles mesmos mesmos esta esta relacao relação ee aa elaborem elaborem tanto tanto em em sua sua extensao extensão objetiva objetiva quanto quanto tambem também em em sua sua profundidade profundidade -— tfsupoetf / / s u p õ e / / um um processo processo historico, histórico, como como vimos, vimos, que que forma forma aa hist6ria história do do surgimento surgimento do do capital capital ee do do trabalho trabalho assalariado. assalariado. Em Em outras outras palavras: palavras: o o surgimento surgimento extra-economico extra-econôm ico da da propriedade propriedade hada nada mais mais significa significa senao senão oo surgimeruo surgimento historico histórico da da economia economia burguesa, burguesa, das das formas de pelas formas de producao produção que que sao são te6rica teórica ou ou idealmente idealmente expressas expressas pelas categorias categorias da da Economia Economia Politica. Política. Mas Mas que que aa historia história pre-burguesa, pré-burguesa, ee cada cada fase fase da da mesma, mesma, tambern também tenha tenha aa sua sua economia economia ee um um fundamento fundamento economico econôm ico de de movimento, movimento, eé au au fond fond tfno /^ n o fundotf fundo/?' aa mera mera tautologia tautologia de homens desde de que que aa vida vida dos dos homens desde sempre sempre repousou repousou sobre sobre producao, produção, producao produção social social d'une d’une maniere manière ou ou d'une d’une autre autre tf / / ddee uma uma maneira m aneira ou ou de de outratf, relacoes economicas, outra/^, cujas cujas relacoes relações precisamente precisamente chamamos chamamos de de relações econômicas. As A s condicoes condições originarias originárias da da produciio produção (ou, (ou, oo que que é oo mesmo, mesmo, aa reproducao de um ruimero reprodução de um número crescente crescente de de seres seres humanos humanos pelo pelo processo processo natural de natural de ambos ambos os os sexos; sexos; pois pois esta esta reproducao, reprodução, se se de de um um lado lado aparece aparece como como o o apropriar apropriar de de objetos objetos pelos pelos sujeitos, sujeitos, de de outro outro lado lado aparece aparece igualigual­ mente como mente como conferir conferir forma forma aos aos objetos, objetos, como como aa sujeicao sujeição destes destes aa um um fim fim subjetivo; subjetivo; transformacao transformação dos dos mesmos mesmos em em resultados resultados ee receptaculos receptáculos da da atividade atividade subjetiva) subjetiva) niio não podem podem elas elas mesmas mesmas estar estar originariamente originariamente

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exceleote excelente versao versão espanhola espanhola aa cargo cargo de de Pedro Pedro Scaron, Scarón, publicada publicada sob sob o o titulo título MARX, para la M a r x , K. K . Elementos E lem en tos [undamentales fun dam entales para Ia crltica crítica de de la la Economia E conom ia Politico. P olítica. Borrador XXI Editores, 1978. v. Borrador 1857-1858. 1857-1858. IO. 10. ed. ed. Mexico, México, Siglo Siglo XXI Editores, 1978. v. I, I, p. p. 448-77. 448-77. Citarernos Citaremos aa mesma mesma sempre sempre que que dela dela tirarmos tirarmos inforrnacoes informações esclarecedoras esclarecedoras ee as as incorporarmos notas explicativas, incorporarmos em em nossas nossas notas explicativas. Notas Notas do do editor editor alernao alemão sao são indiindi­ cadas tradutor. cadas por por N. N. do do ed. ed. al.: al.; as as notas notas sem sem indicacao indicação alguma alguma sao são do do presente presente tradutor. ~A A frase frase "pois “pois assim assim como como .. .. .. inorganico" inorgânico” era era originalmente originalmente assim: assim: "pois “pois assim natural, assim como como o o individuo indivíduo que que trabalha trabalha era era individuo indivíduo natural, natural, existencia existência natural, assim ffsic! no assim aa primeira primeira condicao condição objetiva objetiva do do seu seu trabalho trabalho aparecem aparecem //sic! no pl.# p l./7 como natureza, ,.fcom// a terra, como aa ffligada,.f ^ lig a d a / / com com aa natureza, / / com / / a terra, //com// / / com / / o o seu seu corpo corpo inorganico", inorgânico”. Marx Marx extirpou extirpou entao então algumas algumas palavras palavras sem sem corrigir corrigir as as restantes, restantes. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.)

339 339 produzidas produzidas -— ser ser resultados resultados da da producao. produção. Nao Não aa unidade unidade dos dos homens homens vivos vivos ee ativos ativos com com as as condicoes condições naturais, naturais, inorganicas inorgânicas do do seu seu metabometabo­ lismo lismo com com aa natureza, natureza, ee por por conseguinte conseguinte aa sua sua apropriacao apropriação da da natureza natureza -— precisa precisa de de explicacao explicação ou ou eé resultado resultado de de um um processo processo hist6rico, histórico, mas mas aa separaciio separação entre entre estas estas condicoes condições inorganicas inorgânicas da da existencia existência humana hum ana ee esta esta existencia existência ativa, ativa, uma um a separacao separação tal tal como como eé primeiro primeiro posta posta complecomple­ tamente tam ente na na relacao relação entre entre trabalho trabalho assalariado assalariado ee capital. capital. Esta Esta separacao separação nao não tern tem lugar lugar nas nas relacoes relações de de escravatura escravatura ee de de servidao; servidão; mas mas uma uma parte parte da da sociedade sociedade eé tratada tratada pela pela outra outra ate até como como condicao condição meramente meramente inorgdnica pr6pria reproducao. inorgânica ee natural natural da da sua sua própria reprodução. 0 O escravo escravo nao não esta está em em relacao relação alguma alguma com com as as condicoes condições objetivas objetivas do do seu seu trabalho; trabalho; mas mas oo trabalho trabalho mesmo, mesmo, tanto tanto na na forma forma do do escravo escravo quanto quanto na na do do servo, servo, eé colocado colocado como com o condiciio condição inorgtinica inorgânica da da producao produção na na serie série dos dos outros outros seres seres naturais, naturais, ao ao lado lado do do gado gado ou ou como como apendice apêndice da da terra. terra. Em Em outras outras palavras: palavras: as as condicoes condições originarias originárias da da producao produção aparecem aparecem como como pressupressu­ postos postos naturais, naturais, // / / ccomo o m o/// / condicoes condições naturais naturais de de existencia existência do do produtor, produtor , exatamente exatamente tal tal como como oo seu seu corpo corpo vivo, vivo, originariamente originariamente nao não posto posto por por ele ele mesmo mesmo por por mais mais que que oo reproduza reproduza ee desenvolva, desenvolva, aparece aparece como como oo pressuposto pressuposto de de si si mesmo; mesmo; aa sua sua pr6pria própria existencia existência (corporal) (corporal) eé um um pressuposto nao pos. pressuposto natural natural que que ele ele não pôs. Estas Estas condicoes condições naturals naturais de de exisexis­ tencia, tência, perante perante as as quais quais se se comporta comporta como como com com // / / oo/// / corpo corpo inorganico inorgânico pertencente pertencente aa ele ele mesmo, mesmo, sao são elas elas mesmas mesmas duplas: duplas: 1) 1 ) de de natureza natureza subjetiva subjetiva ee 2) 2) objetiva. objetiva. Ele Ele se se encontra encontra ai aí como como membro membro de de uma uma famflia, família, tribo, tribo, tribus tribus 3,3, etc. etc. -— que que entao então assumem assumem figura figura historicamente historicamente diversa diversa por por mescla mescla ee- oposicao oposição com com outras; outras; ee como como tal tal membro membro ele ele se se reporta reporta aa uma diga-se aqui uma natureza natureza determinada determ inada ((diga-se aqui ainda ainda terra, terra, solo) solo) como como existencia existência inorganica inorgânica dele dele mesmo, mesmo, como como condicao condição da da sua sua producao produção ee reproducao. membro natural reprodução. Como Como membro natural da da coletividade coletividade •4 ele ele tern tem parte parte na na propriedade cornunitaria propriedade comunitária ee parte parte particular particular da da mesma mesma por por posse; posse; da da mesma at least mesma maneira maneira como, como, enquanto enquanto cidadao cidadão romano romano nato, nato, tern tem ((at least //pelo z /p e lo menoszz') menos//7) um um direito direito ideal ideal ao ao ager ager publicus publicus68 ee //um / u m direidirei­ 8 3 Na Na

Roma Roma antiga, antiga, tribus tribus era era o o nome nome para para as as tres três tribos tribos (Tities, (Tities, Ramnes, Ramnes, Luceres) Luceres) das quais se comunidade mais das quais se compunha compunha aa comunidade mais antiga, antiga, cada cada uma um a das das quais quais subdividida subdividida em em dez dez curias, cúrias. Durante Durante aa Republica República o o rnunicipio município foi foi dividido dividido em em 4 4 tribus tribus urbanas urbanas ee 17 17 do do campo. campo. Com Com o o tempo tempo o o mimero número de de tribus tribus chegou chegou aa 35; 35; formavam formavam aa base para levantamento base para levantamento de de impostos impostos ee convocacoes convocações militares. militares. 44 Traducao termo alemao Tradução insatisfat6ria insatisfatória de de "Gemeinwesen". “Gemeinwesen”. Este Este termo alemão partilha partilha com com oo ingles inglês "commonwealth" “commonwealth” o o ter ter sido sido originalmente originalmente cunhado cunhado para para traduzir traduzir oo sentido sentido primitivo primitivo do do latim latim "res “res publica" publica” (donde (donde oo nosso nosso "republica"), “república” ), literalmente literalmente "coisa “coisa publica", pública”. Aqui Aqui "Gemeinwesen" “Gemeinwesen” tarnbern também deve deve ser ser entendido entendido neste neste sentido sentido primeiro. primeiro. "Wesen" “Wesen” significa significa "ser" “ser” (por (por exemplo exemplo em em "Lebewesen" “Lebewesen” ::: = "ser “ser vivo"), vivo” ), mais mais concretamente Alterconcretamente "ente", “ente”, ee na na tradicao tradição hegeliano-marxista hegeliano-marxista tambem também "essencia". “essência”. Alter­ nativamente nativamente se se poderia poderia traduzir traduzir "Gerneinwesen" “Gemeinwesen” por por "ser “ser comunitario", comunitário”, "ente “ente comunitario'' comunitário” ou ou "entidade “entidade comunitaria''. comunitária”. II Na Roma designacao da 5 Na Roma antiga antiga designação da parcela parcela de de campo campo pertencente pertencente ao ao Estado, Estado, oposta oposta ao ao ager ager privatus, privatus, a a propriedade propriedade privada privada da da terra terra dos dos cidadaos. cidadãos.

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340 340 t o / / real real aa tantos tantos ee tantos tantos juggera juggera 66 de de terra, terra, etc. etc. A A sua sua propriedade, propriedade, to// 7 ou ou seja, seja, aa referenda referência 7 aos aos pressupostos pressupostos naturais naturais de de sua sua producao produção como como pertencentes pertencentes aa ele, ele, como como os os seus, seus, eé mediado mediado por por ele ele mesmo mesmo /Iser// / / se r/'' membro membro natural natural de de uma uma coletividade. coletividade. (A (A abstracao abstração de de uma uma coletividade, coletividade, na na qua! qual o~ os membros membros nada nada tern têm em em comum comum senao senão talvez talvez lingua, língua, etc., etc., ee mal mal esta, esta, é obviamente obviamente oo produto produto de de estados estados hist6ricos históricos bem bem posteposte­ riores.) riores.) Com Com respeito respeito ao ao individuo indivíduo eé por por exemplo exemplo claro claro que que ele ele mesmo mesmo s6 só se se comporta comporta perante perante aa lingua língua como como sua sua propria própria enquanto enquanto membro membro natural de natural de uma uma coletividade coletividade humana. humana. Lingua Língua como como oo produto produto de de um um individuo igualmente oo eé [a) indivíduo eé um um absurdo. absurdo. Mas Mas igualmente [a] propriedade. propriedade. A A lingua língua 88 mesma mesma eé tanto tanto oo produto produto de de uma uma coletividade coletividade quanto quanto sob sob outro outro aspecto aspecto ela ela mesma mesma eé aa existencia existência da da coletividade, coletividade, ee aa exisexis­ tencia tência que que fala fala por por si si 99 da da mesma. mesma. [[A [[A producao produção comunitaria comunitária ee aa propro­ priedade priedade em em comum, comum, tal tal como como ocorre ocorre por por exemplo exemplo no no Peru, Peru, sao são manimani­ festamente festamente uma um a forma forma secunddria; secundária ; introduzida introduzida ee transmitida transmitida por por tribos tribos conquistadoras conquistadoras que que conheciam conheciam elas elas mesmas mesmas aa propriedade propriedade em em comum comum ee aa producao produção comunitaria comunitária na na forma forma antiga antiga mais mais simples, simples, tal tal como como ororre ocorre na na India índia ee entre entre os os eslavos. eslavos. Da Da mesma mesma maneira maneira aa forma forma que que encontramos, encontramos, por por exemplo, exemplo, entre entre os os celtas celtas em em Gales Gales parece parece uma uma //formal/ //ío x va & // secundaria secundária transmitida transmitida aos aos mesmos, mesmos, introduzida introduzida por por conquistadores conquistadores nas nas tribos tribos concon­ quistadas mais baixo. quistadas que que estavam estavam //num //n u m nfvel// n ív e l/' mais baixo. 0 O acabamento acabamento ee elaboracao elaboração sistematica sistemática destes destes sistemas sistemas aa partir partir de de um um centro centro supremo supremo mostra mostra oo seu seu surgimento surgimento tardio. tardio. Exatamentc Exatamente como como oo feudalismo feudalismo introintro­ duzido duzido na na Inglaterra Inglaterra era era mais mais acabado acabado na na forma forma do do que que oo surgido surgido naturalmente naturalmente na na Franca.j] França.]] [[Em [[Em povos povos pastores pastores nomades nômades -— ee todos todos os os povos pastores povos pastores sao são originariamente originariamente nomades nômades -— aa terra terra aparece, aparece, igual igual as às outras outras condicoes condições naturais, naturais, com com //um / u m carater caráter de// d e / / ilimitacao ilimitação elemenelemental, tal, por por exemplo exemplo nas nas estepes estepes asiaticas asiáticas ee no no planalto planalto asiatico. asiático. 0 O seu seu pasto pasto eé gasto, gasto, etc., etc., consumido consumido pelos pelos rebanhos, rebanhos, dos dos quais quais por por sua sua vez vez vivem 10 vivem 10 os os povos povos pastores. pastores. Comportam-se Comportam-se perante perante aa terra terra como como // / /ccom// o m .// aa sua sua propriedade, propriedade, embora. em bora. jamais jamais fixem fixem esta esta propriedade. propriedade. Assim Assim os os campos campos de de caca caça entre entre as as tribos tribos de de Indios índios selvagens selvagens na na America; América; aa tribo tribo considera considera uma um a certa certa regiao região como como oo seu seu territ6rio território de de caca caça ee aa mantem mantém violentamente violentamente frente frente aa outras outras tribos tribos ou ou tenta tenta expulsar expulsar outras outras tribos tribos da da

e

um quarto 6 Medida Medida romana romana de de superficie superfície equivalente equivalente aa um quarto de de hectare. hectare. literalmente literalmente "relacao", “relação”. Sempre Sempre que que pudermos, pudermos, traduziremos traduziremos por por "referencia", “referência”, reservando reservando "relacao" “relação” para para o o termo termo tecnico técnico "Verhaltnis" “Verháltnis” (por (por exernexem­ plo, plo, "Produktionsverhaltnisse" “Produktionsverhãltnisse” = "relacoes “relações de de producao"). produção”). Quando Quando tiverrnos tivermos que que traduzir traduzir por por "relacao" “relação” agregaremos agregaremos 0o termo termo alemlio alemão entre entre // / / //. //. 8A A lingua língua alerna alemã s6 só possui possui o o substantive substantivo "Sprache" “Sprache” para para designar designar tanto tanto "lingua" “língua” (as linguas, por (as línguas, por exernplo, exemplo, "frances", “francês”, "ingles", “inglês”, etc.) etc.) quanto quanto "linguagem". “linguagem”. TraduTradu­ ziremos ziremos por por um um ou ou por por outro outro conforme conforme o o contexto. contexto. 9 9 Jogo Jogo entre entre oo sentido sentido literal literal de de "selbstredend" “selbstredend” ee o o seu seu significado significado comum comum na na lingua, oo de língua, de "natural", “natural”, "obvio", “óbvio”, "manifesto". “manifesto”. quais por existem . . . ”. 10 Literalmente Literalmente " ... , nos nos quais por sua sua vez vez existem 6

77 "Beziehung", “Beziehung”,

=

341 341 ,.fregiao,.f / r e g i ã o / ' que que ela ela mantem mantém ,.f / s ser e r sua,.f. s u a / . Entre Entre as as tribes tribos pastoras pastoras nomanôma­ des fato sempre unida, grupo des aa comunidade comunidade esta está de de fato sempre unida, grupo de de ~iagem, Viagem, caravana, caravana, horda, ee as formas de horda, as formas de super,.f su p e r/oordina<;iio,.f rd in a ç ã o / ee subordinacao subordinação se se desenvoldesenvol­ vem vem aa partir partir das das condicoes condições deste deste modo m odo de de vida. vida. Apropriado A propriado ee reprorepro­ duzido terra; aa qual duzido eé aqui aqui de de fato fato s6 só o o rebanho, rebanho, nao não aa terra; qual eé contudo contudo sempre sempre utilizada utilizada temporariamente temporariam ente de de maneira maneira comunitdria comunitária em em cada cada lugar lugar de (mica barreira pode encontrar de estadia.j] estadia.]] A A única barreira que que aa coletividade coletividade pode encontrar em em seu as condicoes naturais de seu comportamento comportamento perante perante as condições naturais de producao produção -— aa terra terra -— (se (se passarmos passarmos logo logo aos aos povos povos sedentarios) sedentários) como como as as suas, suas, eé uma inorganico. um a outra outra coletividade coletividade que que ja já as as reclame reclame como como oo seu seu corpo corpo inorgânico. Por trabalhos mais mais originarios P or isso isso aa guerra guerra é um um dos dos trabalhos originários de de cada cada uma uma destas propriedade destas coletividades coletividades naturais, naturais, tanto tanto para para aa manutencao m anutenção da da propriedade quanto podemos de quanto para para aa nova nova aquisicao aquisição da da mesma. mesma. (Aqui (Aqui podemos de fato fato nos nos contentar falar da contentar em em falar da propriedade propriedade originaria originária sobre sobre oo solo, solo, pois pois entre entre os os povos povos pastores pastores aa propriedade propriedade sobre sobre produtos produtos da da terra terra encontrados encontrados ai mesmo tempo aí naturalmente naturalm ente -— as as ovelhas ovelhas f. f. i, i . 11 11 -— é ao ao mesmo tempo aa ,.fproprie/p ro p rie ­ dade,.f elas atravessam. propriedade d a d e / sobre sobre as as pastagens pastagens que que elas atravessam. Em Em geral, geral, na na propriedade sobre tarnbern compreendida sobre oo solo solo esta está também compreendida aa /,.fp propriedade,.f r o p r i e d a d e / sobre sobre os os seus seus produtos produtos organicos.) orgânicos.) [[Se [[Se o o hornem homem mesmo mesmo eé conquistado conquistado junto junto com com O o solo solo como como anexo anexo aa este, este, ele ele eé entao então conquistado conquistado como como uma uma das producao, ee assim surge escravatura das condicoes condições de de produção, assim surge escravatura ee servidao, servidão, que que logo modifica,.fm,.f logo ffalseia,.fm,.f a l s e i a / m / ee m o d i f i c a / m / mesmo mesmo aa sua sua base. base. Mediante M ediante tal tal aa construcao construção simples simples eé determinada determ inada negativamente.]] negativamente.]] Propriedade Propriedade nao não quer quer portanto portanto dizer dizer originariamente originariamente nada nada mais mais senao perante as senão comportamento comportamento do do homem homem perante as suas suas condicoes condições naturais naturais de de producao produção como como pertencentes pertencentes aa ele, ele, como como as as suas, suas, como como pressupostas pressupostas com perante as com aa sua sua propria própria existencia; existência ; comportamento comportamento perante as mesmas mesmas como como pressupostos si mesmo, pressupostos naturais naturais de de si mesmo, que que por por assim assim dizer dizer formam formam apenas apenas oo seu seu corpo corpo prolongado. prolongado. Propriamente Propriam ente ele ele nao não se se comporta com porta perante perante as as suas suas condicoes condições de de producao; produção; mas mas existe existe duplamente, duplamente, tanto tanto subjetivamente subjetivamente como nestas condicoes inorganicas como ele ele mesmo mesmo quanto quanto objetivamente objetivamente nestas condições inorgânicas naturais naturais da da sua sua existencia. existência. As As formas formas destas destas condicoes condições naturais naturais de de propro­ duciio membro de dução sao são duplas: duplas: 11)) sua sua existencia existência como como membro de uma uma coletividade; coletividade; portanto portanto aa existencia existência desta desta coletividade coletividade que que em em sua sua forma forma originaria originária é tribalidade, modificada; 2) tribalidade, tribalidade trib a lid a d e 12 12 mais mais ou ou menos menos modificada; 2 ) mediante mediante aa coletividade perante oo solo coletividade oo comportamento comportamento perante solo como como o o seu, seu , propriedade propriedade territorial territorial comunitaria, comunitária, ,.f / qque u e,.f/ ao ao mesmo mesmo tempo tempo ,.f / ée,.f/ posse posse individual individual para maneira para o o individuo, indivíduo, ou ou de de m aneira aa que que s6 só 'os 'os frutos frutos sejam sejam repartidos, repartidos, oo solo solo mesmo mesmo ee o o trabalho trabalho nele nele permanecendo permanecendo contudo contudo comuns. comuns. (Nao (Não

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de de "for “for instance" instance” = = "por “por 12·"Stammwesen", 12 “Stammwesen”, formado formado paralelamente paralelamente um um misto misto de de "sistema “sistema de de organizacao organização por por Manteremos tradu~ao mesmo Manteremos nossa nossa tradução mesmo em em "organiza~ao “organização tribal". tribal”. 11 Abreviatura Abreviatura

exemplo". exemplo”. aa "Gemeinwesen" “Gemeinwesen” ~f. (,cf. nota nota 6), 6 ), significa significa tribos" tribos” ee de de "essencia “essência tribal" tribal” do do homem. homem. · contextos contextos em em que que talvez talvez fosse fosse melhor melhor

342 342

obstante os carros citas, aparecem obstante moradias, moradias, etc., etc., mesmo mesmo sendo sendo os carros dos dos citas, aparecem então sempre sempre na indivíduo.) Uma Uma condição natural de de propro­ entao na posse posse do do individuo.) condicao natural ducao para oo individuo dução para indivíduo vivo vivo ée oo seu seu pertencimento pertencimento aa uma uma sociedade sociedade natural, e, por condicao para para aa sua natural, tribo, tribo, etc. etc. Isto Isto ja já é, por exemplo, exemplo, condição sua lingua, língua, etc. A A sua sua própria existência produtiva produtiva s6 só eé sob sob esta A sua sua etc. pr6pria existencia esta condição. condicao, A existencia esta como tanto quanta existência subjetiva subjetiva está como tal tal condicionada condicionada por por isto isto tanto quanto está condicionada condicionada pelo pelo comportamento comportamento perante terra como como oo seu seu labolabo­ esta perante aa terra ratório. ((Claro que propriedade propriedade eé originariamente originariamente movel, m óvel, pois homem ratorio. Claro que pois oo homem se apodera d'abord d’abord //p rim e iro // dos dos frutos frutos prontos prontos da da terra, aos quais quais se apodera .,fprimeiro.,f terra, aos também pertencem entre entre outros outros os os animais animais ee para ele especialmente especialmente tambern pertencem para ele os domesticáveis. Todavia Todavia mesmo mesmo este este estado estado — caça, pesca, pesca, pastoreio, os domesticaveis. - caca, pastoreio, viver dos frutos frutos das etc. supoe supõe sempre sempre apropriacao apropriação da da terra, terra, viver dos das árvores, arvores, etc. seja para lugar fixo fixo de de moradia, moradia, seja seja para //eerrancia.,f, rrâ n c ia //, seja seja seja para lugar para oo roaming roaming .,f para apascentar os os animais, animais, etc. etc.)) para apascentar A propriedade propriedade significa significa portanto portanto pertencer pertencer aa uma uma tribo tribo ((coletivi­ A coletividade) mediante oo comportadade) (ter (ter existencia existência subjetiva-objetiva subjetiva-objetiva nela) nela) ee mediante comporta­ mento desta desta coletividade coletividade perante perante o o solo, solo, perante como q~ seu seu mento perante aa terra terra como corpo inorganico, inorgânico, cornportamento comportamento do do indivíduo solo, perante perante corpo individuo perante perante oo solo, condição primordial primordial externa da produção já que que aa terra terra eé de uma aa condicao externa da producao -— ja de uma s6 - coma perante pressupostos só vez vez materia-prima, matéria-prima, instrumento, instrumento, fruto fruto — como perante pressupostos pertencentes aà sua sua individualidade, individualidade, modos modos de de existencia existência da da mesma. mesma. N6s Nós pertencentes reduzimos reduzim os esta esta propriedade propriedade ao ao comportamento com portam ento perante perante as as condicoes condições da consumo, já ja que da produciio, produção. Por Por que que nao não do do consumo, que originariamente originariamente o o propro­ duzir do do individuo indivíduo se se limita limita ao ao reproduzir reproduzir do seu próprio corpo mediante mediante duzir do seu pr6prio corpo apropriar apropriar objetos objetos prontos, prontos, preparados preparados para para oo consumo consumo pela pela natureza natureza mesma? Mesmo Mesmo onde onde s6 só ha há que que achar achar ee descobrir, descobrir, isto exige esforesfor­ mesma? isto logo logo exige ço, trabalho trabalho — tal como em caça, pesca, pastoreio pastoreio -— ee producao produção (isto (isto c;o, - ta! coma em caca, pesca, desenvolvimento) de de certas capacidades por por parte sujeito. Mas e,é, desenvolvimento) certas capacidades parte do do sujeito. Mas então estados estados em em que que se pode lancar lançar mão que esta está presente presente sem sem entao se pode mao do do que quaisquer instrumentos instrumentos (portanto (portanto mesmo / / ssem.,f e m / / produtos produtos do do trabalho trabalho quaisquer mesmo .,f já destinados destinados aà producao) produção),, sem sem alteracao alteração da da forma forma ((que já tern tem lugar ja que ja lugar mesmo no pastoreio), devem ser ser considerados mesmo no pastoreio), etc., etc., devem considerados coma como estados estados que que logo passam passam ee .,f / / qque.,f u e / em parte al-guma / / s ã o / / normais; logo em parte alguma .,fsao.,f normais; tampouco tampouco como estados estados primevos normais. De De resto resto as as condicoes condições originarias originárias de coma primevos normais. de producao materiais consumíveis consumiveis diretamente, diretamente, produção incluem incluem por por si si mesmas mesmas materiais sem trabalho, trabalho, tais tais como como frutos, frutos, animais, animais, etc.; fundo 'de de sem etc.; portanto portanto oo fundo consumo aparece aparece ele ele mesmo mesmo coma como uma uma componente componente do do [undo fundo origindrio originário consumo de produciio. produção. de

A condição fundamental fundamental da da propriedade propriedade que que repousa repousa na tribalidade A condicao na tribalidade (na qua! qual se se resolve resolve originariamente originariamente aa coletividade) coletividade) — ser membro membro da (na - ser da tribo torna aa tribo tribo estranha estranha conquistada conquistada pela pela tribo, subjugada, tribo — - torna tribo, aa subjugada, sem uma ddas.,f sem propriedade propriedade ee submete submete aa mesma mesma aa /.,f/ sser e r uma a s // condicoes condições inorgânicas da da sua sua reprodução, perante as as quais se com­ inorgiinicas reproducao, perante quais aa coletividade coletividade se comporta como como .,f / / ssendo.,f e n d o / as as suas. suas. Escravatura servidão são por conse­ porta Escravatura ee servidao sao por conse-

343 343 guinte guinte so só desenvolvimentos desenvolvimentos ulteriores ulteriores da da propriedade propriedade que que repousa repousa na na tribalidade. tribalidade. Modificam Modificam necessariamente necessariamente todas todas as as formas formas da da mesma. mesma. Na Na forma forma asiatica asiática eé onde onde o o conseguem conseguem menos. menos. Na Na unidade unidade self-sustaining self-sustaining ,.f /a uauto-suficiente,.f to - s u f ic ie n te / de de manufatura manufatura ee agricultura, agricultura, sobre sobre aa qual qual esta esta form formaa repousa, repousa, aa conquista conquista nao não ,.f / ée,.f / condicao condição tao tão necessaria necessária quanto quanto onde onde aa propriedade propriedade da da terra, terra, agricultura agricultura ,.f / ée,.f / exclusivamente exclusivamente predominante. predominante. Por P or outro outro lado, lado, ja já que que nesta nesta forma forma oo indivlduo indivíduo nunca nunca se se torna torna proprieproprie­ tario tário mas mas so só possuidor, possuidor, au au fond fond ele ele mesmo mesmo eé aa propriedade, propriedade, oo escravo escravo daquele daquele [em] [em] que que existe existe aa unidade unidade da da comunidade, comunidade, ee aqui aqui escravatura escravatura nem as condicoes nem suprime sup rim e 13 13 as condições de de trabalho trabalho nem nem modifica modifica aa relacao relação essencial. essencial. Alem Além disso disso agora agora esta está claro: claro: A propriedade, A propriedade, na na medida medida em em que que eé apenas apenas oo comportamento comportamento consciente consciente -— ee com com respeito respeito ao ao indivfduo indivíduo posto posto pela pela coletividade coletividade ee garantido - perante garantido ee proclamado proclam ado como como lei lei — perante as as condicoes condições de de producao produção como como as as suas, suas, aa existencia existência do do produtor produtor aparecendo aparecendo portanto portanto como como uma uma existencia existência nas nas condicoes condições objetivas objetivas que que lhe lhe pertencem pertencem -, — , eé primeiro primeiro efetivada efetivada pela pela producao produção mesrna. mesma. A A apropriacao apropriação efetiva efetiva acontece acontece pripri­ meiro referenda ,.fBeziehung,.f meiro nao não na na referência / B e z i e h u n g / pensada pensada aa estas estas condicoes, condições, mas mas na ,.f na / r ereferencia,.f f e r ê n c i a / real, real, ativa ativa ,fas / à s mesrnas,.f m e s m a s / -— o o por pôr efetivo efetivo das das mesmes­ mas corno como as as condicoes condições da da sua sua atividade atividade subjetiva. subjetiva. mas Mas Mas com com isto isto esta está simultaneamente simultaneamente claro claro que que estas estas condiciies condições mumu­ dam. torna dam. ~ É devido devido as às tribos tribos cacarem caçarem que que uma uma regiao região de de terra terra se se torna primeiro territorio primeiro território de de caca; caça; pela pela agricultura agricultura oo solo, solo, aa terra terra eé primeiro primeiro posta como posta como o o corpo corpo prolongado prolongado do do individuo. indivíduo. Depois Depois que que aa cidade cidade de de Roma R om a estava estava erigida erigida ee os os campos campos circundantes circundantes cultivados cultivados pelos pelos seus seus cidadaos cidadãos -— as as condicoes condições da da coletividade coletividade haviam haviam se se tornado tornado outras outras que que as as anteriores. anteriores. A A finalidade finalidade de de todas todas estas estas coletividades coletividades eé conservacao; conservação; isto isto e, é, reproduciio reprodução como com o proprietdrios proprietários dos dos individuos indivíduos que que a a [ormam, formam, isto e, é, ,.f / sua sua ren,odu9aotf refflo d u çã o // no no mesmo m esm o modo m odo obietivo objetivo de de existencia existência que que isto ao ormaa oo comportamento ao mesmo m esm o tempo tem po fform com portam ento dos dos membros m em bros entre entre si si ee porpor­ tanto tanto aa comunidade com unidade mesma. mesma. Mas Mas esta esta reproduciio reprodução é ao ao mesmo m esm o tempo tem po necessariamente orma antiga. necessariamente nova nova produciio produção ee destruiciio destruição da da fforma antiga. Por P or exemexem­ plo, plo, la lá onde onde cada cada um um dos dos individuos indivíduos deve deve possuir possuir tantos tantos acres acres de de terra, terra, ja aumento da já o o aumento da populacao população ,.f / ée,.f / um um empecilho. empecilho. Caso Caso se se queira queira prevepreve­ nir nir isto, isto, entao então colonizacao, colonização, ee esta esta torna torna necessaria necessária aa guerra guerra de de conquista. conquista. Com Com isso isso escravos, escravos, etc. etc. Tambem Também aumento aumento do do ager ager publicus, publicus, por por exemexem­ plo, plo, ee com com isso isso patrfcios patrícios que que representam representam aa coletividade, coletividade, etc. etc. Assim Assim aa conservacao conservação da da antiga antiga coletividade coletividade inclui inclui aa destruicao destruição das das condicoes condições sobre sobre as as quais quais repousa, repousa, se se converte converte no no oposto. oposto. Caso Caso se se pensasse, pensasse, por por exemplo, exemplo, que que aa produtividade produtividade pudesse pudesse ser ser aumentada aum entada no no mesmo mesmo territerri­ torio mediante desenvolvimento tório mediante desenvolvimento das das torcas forças produtivas, produtivas, etc. etc. (este (este ,.f / d desenesen­

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ia 13 Sabidamente Sabidamente "aufheben" “aufheben” eé multivoco. multívoco. Sempre Sempre que que possivel possível oo traduziremos traduziremos por por "superar", “superar”, onde onde oo contexto contexto oo permitir permitir por por "suprimir". “suprimir”.

344 344 vol vim ento eé/// precisamente volvimento precisamente oo mais mais vagaroso vagaroso na na agricultura agricultura tradicional), tradicional), isso isso incluiria incluiria novas novos modos, modos, cornbinacoes combinações de de trabalho, trabalho, grande grande parte parte do do dia dia aplicada aplicada aà agricultura, agricultura, etc., etc., ee com com isso isso suprimiria suprimiria de de novo novo as as antigas antigas condicoes condições economicas econômicas da da coletividade. coletividade. No No ato ato mesmo mesmo de de reproducao reprodução nao não mudam mudam s6 só as as condicoes condições objetivas, objetivas, por por exemplo exemplo aa aldeia aldeia se se torna tom a cidade, cidade, aa terra terra selvagem selvagem //se / s e toma// t o r n a / campo campo desbastado, desbastado, etc., etc., mas mas os os produtores produtores mudam mudam ao ao porem porem para para fora fora de de si s i 14 14 novas novas qualidades, qualidades, ao ao desenvolverem desenvolverem ee transformarem transformarem aa si si mesmos mesmos pela pela producao, produção, ao ao formarem formarem novas novas torcas forças ee novas novas representacoes, representações, novos novos modos modos de de intercambio intercâmbio iG, 15, novas novas necessidades necessidades ee nova nova linguagem. linguagem. Ouao Quão mais mais tradicional tradicional oo modo modo de de producao produção mesmo mesmo -— ee este este dura dura Jongamente longamente na na agricultura; agricultura; mais mais longamente longamente ainda ainda na na complernentacao complementação oriental oriental de de agricultura agricultura ee manumanu­ fatura etivo de fatura -, — , ou ou seja, seja, quanta quanto mais mais o o processo processo ef efetivo de apropriacao apropriação perper­ manece manece igual igual aa si si mesmo, mesmo, tao tão mais mais constantes constantes as as antigas antigas formas formas de de propriedade propriedade ee com com isto isto aa coletividade coletividade em em geral. geral. Onde Onde os os membros membros da da comunidade comunidade como como proprietaries proprietários privados privados ja já //estao// / e s t ã o / separados separados de de si si como como comunidade comunidade urbana urbana ee donos donos 16 18 do do territ6rio território urbano, urbano, ai aí tarsbem tanjibém ja já se se estabelecem estabelecem condicoes condições pelas pelas quais quais oo individuo indivíduo pode pode perder perder aâ sua sua propriedade, propriedade, isto isto e, é, aa dupla dupla relacao relação que que o o faz faz cidadao cidadão igualitariamente, igualitariamente, membro da membro da coletividade, coletividade, ee o o faz faz proprietario. proprietário. Na Na forma forma oriental oriental esta esta perda por influxos perda quase quase nao não eé possivel, possível, aa nao não ser ser por influxos totalmente totalmente externos, externos, ja já que que oo individuo indivíduo membro membro da da comunidade comunidade jamais jamais entra entra na na relacao relação //Beziehung// / B e z i e h u n g / livre livre com com ela ela pela pela qual qual pudesse pudesse perder perder oo seu seu vinculo vínculo ((objetivo, objetivo, economico econômico com com ela). ela). Este Este esta está firmemente firmemente enraizado. enraizado. Isto Isto tambem também jaz jaz na na uniao união de de manufatura m anufatura ee agricultura, agricultura, de de cidade cidade (a (a aldeia) aldeia) ee campo. manufatura campo. Ja Já entre entre os os antigos antigos aa m anufatura aparece aparece como como perdicao perdição (neg6cio (negócio de de libertini libertini //libertos//, / l i b e r t o s / , clientes, clientes, estrangeiros), estrangeiros), etc. etc. Este Este desendesen­ volvimento desligado da volvimento do do trabalho trabalho produtivo produtivo ((desligado da pura pura subordinacao subordinação aà agricultura agricultura como como trabalho trabalho dornestico, doméstico, de de gente gente livre, livre, aa manufatura m anufatura desdes­ tinada s6 tinada só aà agricultura agricultura ee aà guerra guerra ou ou dirigida dirigida ao ao culto culto divino divino ee aà coleticoleti­ vidade -— tal vidade tal como como construcao construção de de casas, casas, de de ruas, ruas, de de templos) templos) que que se se desenvolve desenvolve necessariamente necessariamente por por intercambio intercâmbio com com estrangeiros, estrangeiros, escravos, escravos, ansia ânsia de de trocar trocar oo produto produto excedente, excedente, etc., etc., dissolve dissolve oo modo modo de de producao produção sabre sobre oo qua! qual repousa repousa aa coletividade coletividade ee por por conseguinte conseguinte o o objetivamente objetivam ente 14 14 Versiio Versão

literal heraus setzen", literal de de "aus “aus sich sich heraus setzen”, com com oo sentido sentido de de "expresser “expressar num num ato ato criativo", criativo”. 11, termo "Verkehr" 15 Em Em alemiio: alemão: "Verkehrsweisen". “Verkehrsweisen”. 0 O termo “Verkehr” designa designa um um conjunto conjunto de de significados significados explicitaveis explicitáveis por por "transito", “trânsito”, "trafico" “tráfico” no no sentido sentido de de "comercio", “comércio”, "inter“inter-relacao". -relação”. Nao Não confundir confundir com com o o conceito conceito economico econômico estrito estrito de de "troca" “troca” = = "Aus“Austausch". tausch”. 16 Em Em alemao: alemão: "Stadtterritoriumeignern", “Stadtterritoriumeignern”. Embora Embora cognato cognato de de "Eigentum" “Eigentum” = = = = = "propriedade" “propriedade” ee de de "Eigenttimer" “Eigentümer” = = "proprietario" “proprietário” (provenieate (proveniente de de "eigen" “eigen” = "proprio"), “próprio”), "Eigner" “Eigner” se se aproxima aproxima deste deste ultimo último apesar apesar de de nao não ser ser tao tão rigoroso. rigoroso. Dai Daí termos termos escolhido escolhido um um termo termo portugues português que que reproduz reproduz muito muito bem bem oo seu seu sentido, sentido, mesmo mesmo niio não resgatando resgatando as as relacoes relações etimol6gicas etimológicas dadas dadas no no alemao, alemão.

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individuo, isto e, etc. A indivíduo, isto é, o o individuo indivíduo determinado determinado como como romano, romano, grego, grego, etc. A troca atua troca atua da da mesma mesma maneira; maneira; o o endividamento, endividamento, etc. etc. A A unidade unidade originaria originária entre entre uma uma forma forma particular particular de de coletiv-Itricoletiv-(tribal-j idade natureza interligada bal-) idade ee de de propriedade propriedade sabre sobre aa natureza interligada com com aa mesma mesma ou ou de de comportamento comportamento perante perante as as condicoes condições objetivas objetivas de de producao produção como como f eperante natural, como /p r a n t e umaf u m a / existencia existência natural, como fperantef / p e r a n t e / aa existencia existência objeobje­ tiva unidade que tiva do do individuo indivíduo mediada m ediada pela pelâ comunidade comunidade -— esta esta unidade que de de um um lado aparece particular de propriedade -— tern lado aparece como como aa forma forma particular de propriedade tem aa sua sua efetividade efetividade viva viva num num modo m odo determinado determinado da da produciio produção mesma, mesma, um um modo modo que tanto como que aparece aparece tanto como comportamento comportamento dos dos individuos indivíduos entre entre si si quanto quanto f/ c como amento ativo o m of / o o seu seu comport comportamento ativo determinado determinado perante perante aa .natureza .natureza inorganica, trabalho inorgânica, modo modo determinado determinado de de trabalho trabalho (o (o qual qual fef / é / sempre sempre trabalho familial, familial, frequentemente freqüentemente trabalho trabalho comuaitario). com unitário). A A coletividade coletividade mesma mesma aparece aparece como como aa primeira primeira grande grande forca força produtiva; produtiva; para para o o tipo tipo particular particular de de condicoes condições de de producao produção (por (por exemplo, exemplo, pecuaria, pecuária, lavoura) lavoura) desenvoldesenvol­ v~m-se vem-se modos modos particulares particulares de de producao produção ee forcas forças produtivas produtivas particulares, particulares, tanto tanto subjetivas, subjetivas, aparecendo aparecendo como como propriedades propriedades 11 17 dos dos individuos, indivíduos, quanto quanto objetivas. objetivas. Um Um estagio estágio determinado determinado de de desenvolvimento desenvolvimento das das forcas forças produtivas produtivas dos relacoes determidos sujeitos sujeitos que que trabalham trabalham -— ao ao qua! qual correspondem correspondem relações determi­ nadas dos resolve em nadas dos mesmos mesmos entre entre si si ee com com aa natureza natureza -, — , nisto nisto se se resolve em ultima instancia tanto propriedade fundada fundada últim a instância tanto aa sua sua coletividade coletividade quanto quanto aa propriedade na na mesma. mesma. Ate Até um um certo certo ponto ponto reproducao. reprodução. Converte-se Converte-se entao então em em dissodisso­ Iu~ao lução 18• 18. Propriedade Propriedade quer quer portanto portanto dizer dizer originariamente originariamente -— ee assim assim na na sua sua

forrna forma asiatica, asiática, eslava, eslava, antiga, antiga, germanica germânica -— comportamento comportamento do do sujeito sujeito (produtor) (produtor) que que trabalha trabalha (ou (ou que que se se reproduz) reproduz) perante perante as as condicoes condições de de sua sua producao produção ou ou reproducao reprodução como como as as suas. suas. Tambem Também tera terá por por conseconse­ guinte guinte formas formas diversas diversas segundo segundo as as condicoes condições desta desta producao, produção. A A producao produção mesma produtor em mesma tern tem por por finalidade finalidade aa reproducao reprodução do do produtor em ee com com estas estas suas suas condicoes condições objetivas objetivas de de existencia. existência. Este Este comportamento comportamento como como propro­ prietário -— nao não como como resultado, resultado, mas mas f/ c comof o m o / pressuposto pressuposto do do trabatraba­ prietario lho, lho, isto isto e, é, da da producao produção -— pressupoe pressupõe uma uma existencia existência determinada determinada do do individuo da qual indivíduo como como membro membro de de uma uma tribalidade tribalidade ou ou coletividade coletividade ((da qual ele ele mesmo mesmo /#'ée#' / propriedade propriedade ate até um um certo certo ponto). ponto). Escravatura, Escravatura, serviservi­ dao, mesmo aparece entre as dão, etc., etc., onde onde o o trabalhador trabalhador mesmo aparece entre as condicoes condições naturais naturais de terceiro individuo de producao produção para para um um terceiro indivíduo ou ou coletividade coletividade (isto, (isto, por por exemexem17 17 "Eigenschaften", “Eigenschaften”, ou ou seja, seja, "propriedades" “propriedades” no no sentido sentido de de "atributos", “atributos”, "qualidades". “qualidades”. Mantemos nossa nossa versao Mantemos versão devido devido ao ao cognatismo cognatismo implicado implicado em em "eigen" “eigen” = "pr6prio". “próprio”. Cf. 16. Cf. nota nota 16. is 18 O O verbo verbo "auflosen", “áuflõsen”, que que neste neste paragrafo parágrafo traduzimos traduzimos por por "resolver", “resolver”, tambem também significa significa "dissolver". “dissolver”. 0 O mesmo mesmo ocorre ocorre com com o o substantive substantivo "Auflosung", “Auflõsung”, que que eé tanto "solucao", "dissolucao". tanto “solução”, "resolucao", “resolução”, quanto quanto “dissolução”.

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e

plo, pio, niio não é o o caso caso na na escravatura escravatura geral geral do do Oriente, Oriente, s6 só do do point point of of view view

,.f / p ponto o n t o de de vista,.f v i s t a / europeu) europeu) -— logo logo propriedade propriedade nao não ,.f / ée,.f / mais mais oo

comportamento comportamento do do individuo indivíduo ele ele mesmo mesmo trabalhador trabalhador 19 18 perante perante as as concon­ dicoes dições objetivas objetivas de de trabalho trabalho -— é sempre sempre secundaria, secundária, jamais jamais originaria, originária, embora embora resultado resultado conseqiiente conseqüente ee necessario necessário da da propriedade propriedade fundada fundada sobre sobre aa coletividade coletividade ee ,.f / s sobre,.f o b r e / oo trabalho trabalho na na coletividade. coletividade. Mas Mas eé bastante bastante simples simples representar-se representar-se um um ,.findivfduo,.f / i n d i v í d u o / poderoso, poderoso, fisicamente fisicamente superior, superior, que que depois depois de de capturar capturar animais animais capture capture entao então homens homens para para atraves através deles deles capturar capturar animais; animais; numa numa palavra, palavra, que que se se sirva sirva do do hornem homem como como uma uma condicao com oo condição naturalmente naturalmente encontrada encontrada ai aí para para aa sua sua reproducao reprodução ((com que que o o seu seu pr6prio próprio trabalho trabalho se se resolve resolve em em mandar, mandar, etc.) etc.) da da mesma mesma maneira maneira que que de de qualquer qualquer outro outro ser ser natural. natural. Mas Mas tal tal visao visão eé de de mau mau gosto gosto -— por por mais mais correta correta do do ponto ponto de de vista vista das das tribalidades tribalidades ou ou coletivicoletivi­ dades dadas -, dades dadas — , ja já que que parte parte do do desenvolvimento desenvolvimento de de homens homens isolados. isolados. O O homem homem s6 só se se isola isola pelo pelo processo processo hist6rico. histórico. Ele Ele aparece aparece originariamente originariamente como como um um ser ser generico, genérico, ser ser tribal, tribal, animal animal gregdrio gregário -— se se bem bem que que de de rnaneira maneira alguma alguma como como um um soJov Çwov 1toA~·mwv TioÀtxtxov ,.fanimal /a n im a l social, social, poHtico} p o lític o / no no sentido sentido politico. político. A A troca troca mesma mesma eé um um meio meio principal principal deste deste isolarnento. isolamento. Toma Torna superflua supérflua aa gregariedade gregariedade 20 20 ee aa dissolve. dissolve. Tao Tão logo logo aa coisa coisa tenha tenha vivi­ rado maneira que rado de de tal tal maneira que como como um um ,.findividuo,.f / i n d i v í d u o / isolado isolado ele ele s6 só se se refere refere ainda ainda aa si, si, os os meios meios para para por-se pôr-se como como um um ,.findividuo,.f / i n d i v í d u o / isolado isolado tendo tendo se se tornado tornado contudo contudo o o seu seu fazer-se fazer-se geral geral ee comunitario. comunitário. Nesta Nesta coletividade coletividade esta está pressuposta pressuposta aa existencia existência objetiva objetiva do do individuo indivíduo como como proprietario, proprietário, diga-se por exemplo diga-se por exemplo proprietario proprietário da da terra, terra, ee isto isto sob sob certas certas condicoes condições que que o o encadeiam encadeiam aà coletividade coletividade ou ou antes antes oo tornam tornam um um elo elo em em sua sua cadeia. cadeia. Na Na sociedade sociedade burguesa burguesa oo trabalhador, trabalhador, por por exemplo, exemplo, esta está presente presente de de rnaneira maneira puramente puramente subjetiva, subjetiva, sem sem ,.f / oo elemento,.f e le m e n to / objetivo; objetivo; mas mas aa coisa a ffrente rente aa ele coisa que que est está ele tornou-se tornou-se agora agora aa coletividade coletividade 21 21 verdadeira verdadeira que que ele ele procura procura devorar devorar ee pela pela qua! qual eé devorado. devorado. Todas as formas (mais ou menos Todas as formas (mais ou menos naturais, naturais, mas mas todas todas tarnbem também ao ao mesmo mesmo tempo tempo resultados resultados de de processo processo hist6rico) histórico) em em que que aa coletividade coletividade sup6e os supõe os sujeitos sujeitos em em unidade unidade objetiva objetiva determinada determinada com com as as suas suas condicondi­ coes ções de de producao produção ou ou ,.fem / e m qne,.f q u e / uma uma existencia existência subjetiva subjetiva deterrninada determinada ,.f / s supoe,.f u p õ e / as as coletividades coletividades mesmas mesmas como como condicoes condições de de producao, produção, corcor­ respondem respondem necessariamente necessariamente so só ao ao desenvolvimento desenvolvimento limitado, limitado, ee limitado limitado em em principio, princípio, das das torcas forças produtivas. produtivas. 0 O desenvolvimento desenvolvimento das das torcas forças propro­

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Em alemiio: 19 Em alemão: "des “des selbstarbeitenden selbstarbeitenden Individuurns", Individuums”, literalmente literalmente "do “do individuo indivíduo que que trabalha trabalha ele ele rnesmo", mesmo”, no no sentido sentido de de "o “o qua! qual trabalha", trabalha”, expressao expressão adjetivada adjetivada aa "individuo". “indivíduo”. 20 "Hiirdenwesen", 20 “Hürdenwesen”, oo alemiio alemão "Wesco" “Wesen” designando designando tanto tanto "ser" “ser” quanto quanto "essencia". “essência”. Portanto Portanto "ser “ser e/ou e/ou essencia essência gregaria". gregária”. 21 Aqui 21 Aqui fica fica patente patente "Gemeinwesen" “Gemeinwesen” no no sentido sentido de de "ente “ente comum", comum”, "entidade “entidade comurn" comum" ("res (“res publica"): publica” ). Cf. Cf. nota nota 6. 6.

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dutivas dutivas as as dissolve dissolve ee aa sua sua dissolucao dissolução mesma mesma eé um um desenvolvimento desenvolvimento das das Iorcas forças produtivas produtivas humanas. humanas. Primeiro Primeiro se se trabalha trabalha aa partir partir de de certo certo fundamento -— primeiro primeiro naturalmente naturalm ente -— entao então pressuposto pressuposto hist6rico. histórico. fundamento Mas M as entao então este este fundamento fundamento ou ou pressuposto pressuposto mesmo mesmo eé superado superado ou ou posto posto como como um um pressuposto pressuposto evanescente evanescente que que se se tomou tornou demasiado demasiado estreito estreito para para oo desdobramento desdobramento da da turba turba humana hum ana em em progresso. progresso. Na Na medida medida em em que que aa propriedade propriedade da da terra terra da da antiguidade antiguidade reaparece reaparece na na propriedade propriedade parcelaria parcelária modema, moderna, ela ela cabe cabe na na Economia Economia Politica Política ee aa ela terra. ela voltaremos voltaremos na na secao seção sabre sobre aa propriedade propriedade da da terra. (Retornar isto mais (R etornar aa tudo tudo isto mais profunda profunda ee detalhadamente.) detalhadam ente.) Aquila Aquilo do do qua! qual se se trata trata inicialmente inicialmente para para n6s nós aqui, aqui, oo comportacomporta­ mento mento do do trabalho trabalho perante perante oo capital capital ou ou perante perante as as condicoes condições objetivas objetivas do do trabalho trabalho como como capital, capital, pressupoe pressupõe processo processo hist6rico histórico que que dissolve dissolve as as diversas diversas formas formas nas nas quais quais oo trabalhador trabalhador eé proprietario proprietário ou ou oo proprieproprie­ tario tário trabalha. trabalha. Portanto, Portanto, antes antes de de tudo tudo 1) 1) Dissoluciio D issolução do do comportamento comportamento perante perante aa terra terra -— solo solo -— como como condicao condição natural natural de de producao produção -— perante perante aa qua! qual ele ele se se comporta comporta como como j'perantej' / p e r a n t e / aa sua sua pr6pria própria existencia existência inorganica; forcas ee os inorgânica; j'como / c o m o perantej' p e ra n te / o o laborat6rio laboratório das das suas suas forças os domidomí­ nios da nios da sua sua vontade. vontade. Todas Todas as as formas formas nas nas quais quais ocorre ocorre esta esta propriedade propriedade supoem supõem uma uma coletividade coletividade cujos cujos membros, membros, embora embora possa possa haver haver diferencas diferenças formais formais entre entre eles, eles, sao são proprietdrios proprietários como como membros membros da da mesma. mesma. A A forma forma originaria originária desta desta propriedade propriedade eé por por conseguinte conseguinte ela ela mesma mesma propriedade propriedade em em comum comum imediata im ediata (forma ( forma oriental, oriental, modificada modificada na na ,fpropriedadej' /p ro p rie d a d e / eslava; eslava; desenvolvida desenvolvida ate até aa oposicao, oposição, mas mas ainda ainda assim assim como como oo fundafunda­ mento mento secreto, secreto, embora embora oposto, oposto, na na propriedade propriedade antiga antiga ee germanica) germânica).. 2) 2) Dissoluciio Dissolução das das relacoes relações nas nas quais quais ele ele aparece aparece como como proprietdrio proprietário do do insins­ trumento. trum ento. Assim Assim como como aa forma forma acima acima de de propriedade propriedade da da terra terra supoe supõe coletividade coletividade real, real, assim assim esta esta propriedade propriedade do do trabalhador trabalhador sabre sobre oo instruinstru­ mento m ento j'supoej' / s u p õ e / uma uma forma forma particular particular de de desenvolvimento desenvolvimento do do trabalho trabalho manufatureiro manufatureiro como como trabalho trabalho artesanal; artesanal; ligado ligado aa isto isto aa organizacao organização por por corporacoes corporações segundo segundo os os oficios, ofícios, etc. etc. (Ja (Já sob sob 11 pode pode ser ser considerada considerada aa organizacao organização manufatureira manufatureira do do oriente oriente antigo.) antigo.) Aqui Aqui oo trabalho trabalho mesmo mesmo ainda ainda meio meio artfstico-artesanal, artístico-artesanal, meio meio fim fim em em si, si, etc. etc. Maestria. Maestria. Capitalista Capitalista mesmo mesmo ainda ainda mestre. mestre. Com Com aa habilidade habilidade particular particular no no trabalho trabalho tambem também assegurada assegurada aa posse posse sobre sobre o o instrumento, instrumento, etc., etc., etc. etc. Em Em certa certa medida medida entao então hereditariedade hereditariedade do do modo modo de de trabalho trabalho j'junto,f / j u n t o / com com aa organizacao organização do do trabalho trabalho ee oo instrumento instrumento de de trabalho. trabalho. Organizacao Organização urbana urbana medieval. medieval. O O trabalho trabalho ainda ainda corno como oo seu seu pr6prio; próprio; desenvolvimento desenvolvimento determinado determinado auto-suficiente auto-suficiente de de capacidades capacidades unilaterais, unilaterais, etc. etc. 3) 3) Compreendido Compreendido em em ambos, dos meios ambos, que que ele ele esta está de de posse posse dos meios de de consumo consumo antes antes da da producao, produção, j'/ oo que que ej' é / preciso preciso para para viver viver como como produtor produtor -— portanto portanto durante durante aa sua sua producao, produção, antes antes do do acabamento acabamento da da mesrna. mesma. Como Como proprietario proprietário da da terra terra ele ele aparece aparece provido provido diretamente diretamente do do fundo fundo necessario necessário de de consumo. consumo. Como mestre-artesao herdou, Como mestre-artesão herdou, ganhou, ganhou, poupou poupou oo mesmo mesmo ee como como jovem jovem

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artesiio artesão ele ele eé primeiro primeiro aprendiz; aprendiz , onde onde de de maneira m aneira alguma alguma ele ele aparece aparece como trabalhador trabalhador propriarnente, propriamente, /j'trabalhadorj' t r a b a l h a d o r / autonomo, autônomo, mas mas divide divide como patriarcalrnente mestre. Como efetivo) patriarcalm ente oo j' / s seuj' e u / alimento alimento com com oo mestre. Como oficial oficial ((efetivo) há uma uma certa certa comunidade comunidade do do fundo fundo de de consumo consumo possuido possuído pelo pelo mestre. mestre. ha Mesmo nao não sen sendo propriedade do, do oficial, oficial, pelas pelas leis leis da da corporacao, corporação, Mesmo do aa propriedade por tradicao, etc., por sua sua tradição, etc., é pelo pelo menos menos aa \sua sua co-posse, co-posse, etc. etc. (Deter-se (Deter-se mais mais nisto.) 4) 4) Por Por outro outro lado lado igualmente igualmente dissolucao dissolução das das relações nas quais quais nisto.) relacoes nas os trabalhadores trabalhadores mesmos, m esm os, as as capacidades capacidades vivas vivas de de trabalho, trabalho, ainda ainda pertenperten­ os cem cem etas elas mesmas mesmas imediatamente im ediatam ente as às condicoes condições obietivas objetivas de de producao produção ee como tais tais sao são apropriados apropriados -— portanto portanto siio são escravos ou servos. servos. Para Para oo como escravos ou capital o o trabalhador trabalhador nao não eé cond~iio condição algurna alguma de de produção, mas s6 só o o capital producao, mas trabalho por trabalho j'o / o ej'. é / . Se Se pode pode deixar' deixar' faze-lo fazê-lo por por maquinas, máquinas, ou ou ate até por água, ar, ar, tant tant mieux mieux j'tanto / tanto m e lh o r /. E E nao não se se apropria apropria do do trabalhador, trabalhador, agua, meJhorj'. mas do seu trabalho trabalho — não imediatamente, imediatamente, mas mediado mediado por troca. troca. mas - niio De um lado estes estes siio são entao então pressupostos históricos para para que que o o De um lado pressupostos hist6ricos trabalhador trabalhador seja seja encontrado encontrado como como trabalhador trabalhador livre, livre, como como capaci,dade capacidade de trabalho trabalho puramente subjetiva, sem sem j'o / o elementoj' e le m e n to / objetivo, objetivo, ft-ente frente de puramente subjetiva, às condicoes condições objetivas objetivas da da produção como aa sua sua ndo-propriedade, não-propriedade, como como as producao como propriedade propriedade alheia, alheia, como como valor valor que que eé para para si, si, como como capital. capital. Mas Mas por por outro lado lado se se pergunta pergunta que que condicoes condições siio são necessaries necessárias para para que que ele ele enen­ outro contre contre um um capital capital frente frente aa si? si? [[Na [[Na f6rmula fórmula do do capital, capital, onde onde o o trabalho trabalho vivo vivo se se comporta comporta como como / c o m o / não-propriedade perante tanto tanto a materia-prima matéria-prima quanquan­ negativo, j'comoj' nao-propriedade perante to oo instrumento instrumento ee quanto quanto os os meios meios de de vida vida requeridos requeridos durante durante o o to trabalho, ndo-propriedade da trabalho, esta está d'abord d ’abord incluida incluída não-propriedade da terra terra ou ou negado negado o o estado no no qual qual o o individuo indivíduo que que trabalha trabalha se se comporta comporta perante perante oo solo, solo, estado terra, como como o o seu seu pr6prio, próprio, ou ou seja, seja, j'no / n o qualj' q u a l / produz, produz, trabalha trabalha aa terra, como proprietario proprietário do do solo. solo. Na melhor das das hip6teses hipóteses ele ele se se comporta comporta como Na melhor perante perante o o solo solo nao não s6 só como como trabalhador, trabalhador, mas mas como como proprietario proprietário do do / e ele l e se comportaj' c o m p o rta / perante perante si mesmo como sujeito sujeito que trabalha. trabalha. solo j' A tanto aa propriedade A propriedade propriedade do do solo solo inclui inclui em em potencia potência tanto propriedade sobre sobre aa matéria-prima rnateria-prima quanto quanto sobre sobre oo instrumento instrumento primevo, primevo, aa terra terra mesma, mesma, quanto sobre sobre os os frutos espontâneos da da mesma. mesma. Posto Posto na na forma forma mais mais quanta frutos espontaneos originária, isto significa .comportar-se -comportar-se perante perante aa terra terra como como dono dono originaria, isto significa ,fEignerj', / E i g n e r / , encontrar encontrar nela nela materia-prima, matéria-prima, instrumento, instrumento, ee meios meios de de vida vida criados criados nao não pelo pelo trabalho, trabalho, mas mas pela pela terra terra mesma. mesma. Ja Já reproduzida reproduzida esta esta relação, instrumentos instrumentos secundarios secundários ee frutos frutos da da terra terra criados criados pelo pelo trabalho trabalho relacao, mesmo formesmo aparecem aparecem como como incluidos incluídos na na propriedade propriedade da da terra terra em em suas suas for­ mas primitivas. primitivas. Na Na relação do trabalhador trabalhador com com as as condicoes condições de de trabalho trabalho mas relacao do como capital, capital, este este estado estado hist6rico histórico j'ej' / é / portanto portanto d'abord d ’abord negado negado como como como oo comportamento comportamento mais mais pleno pleno de de propriedade. propriedade. Este Este eé oo estado estado hist6rico histórico n.° I, I, que que nesta nesta relacao relação esta está negado negado ou ou pressuposto como historicahistorica­ n.? pressuposto como mente dissolvido. dissolvido. Porem Porém em em segundo segundo lugar, lá onde onde j' / e esta s t á postaj' p o s t a / aa mente lugar, la propriedade sobre sobre o o instrumento instrum ento ou ou oo comportamento comportamento do do trabalhador trabalhador propriedade

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perante proprietario perante o o instrumento instrum ento como como pr6prio, próprio, onde onde ele ele trabalha trabalha como como proprietário do do instrumento instrumento ((oo que que simultaneamente simultaneamente pressupoe pressupõe aa subsuncao subsunção do do insins­ trumento trum ento sob sob o o seu seu trabalho trabalho individual, individual, isto isto e, é, pressupoe pressupõe um um estagio estágio limitado limitado particular particular de de desenvolvimento desenvolvimento da da forca força produtiva produtiva do do trabalho), trabalho), onde onde esta esta forma forma do do trabalhador trabalhador como com o proprietdrio proprietário ou ou do do proprietdrio proprietário que que trabalha trabalha ja já esta está posta posta como como forma forma autonoma, autônoma, ao ao lado lado ee fora fora da da propriedade urbano do propriedade da da terra terra -— o o desenvolvimento desenvolvimento artesanal artesanal ee urbano do tratra­ balho balho -— nao, não, tal tal como como no no primeiro primeiro caso, caso, como como acidente acidente da da propriedade propriedade da tambem aa da terra terra ee subsumida subsumida sob sob aa mesma mesma -— portanto portanto ,,f / o ondej' n d e / também m atéria-prima ee os os meios meios de de vida vida sao são primeiro primeiro m ediados como como propro­ materia-prima mediados priedade do do arteslio, artesão, mediados mediados por por seu seu oficio ofício 22, 22, por por sua sua propriedade propriedade priedade sobre pressuposto um sobre o o instrumento instrumento -— j'Iaj' / l á / ja já eé pressuposto um segundo segundo estagio estágio historico fora do histórico ao ao lado lado ee fora do primeiro, primeiro, este este mesmo mesmo ja já tendo tendo que que aparecer aparecer significativamente significativamente modificado modificado pela pela autonomizaciio autonom izaçâo deste deste segundo segundo tipo tipo de Visto que de propriedade propriedade ou ou de de proprieuirio proprietário que que trabalha. trabalha. Visto que o o instruinstru­ mento m ento mesmo mesmo ja já j'ej' / é / produto produto do do trabalho, trabalho, portanto portanto llquej' /q u e / o o eleele­ mento posto pelo pelo trabalho, mento que que constitui constitui aa propriedade propriedade ja já eé como como posto trabalho, aqui aqui coletividade não pode mais mais aparecer aparecer na na forma forma natural natural tal tal como como no no aa coletividade nlio pode primeiro caso caso -— aa coletividade coletividade sobre sobre aa qual qual II / e es s tall t á / fundada fundada esta esta primeiro especie propriedade -, espécie de de propriedade — , mas mas como como coletividade coletividade ja já ela ela mesma mesma produprodu­ zida, zida, gerada, gerada, secundaria, secundária, ja já produzida produzida pelo pelo trabalhador trabalhador mesmo. mesmo. Esta Está claro que, que, Ia lá onde onde aa propriedade propriedade sobre com porta­ claro sobre oo instrumento instrumento eé oo comportamento perante mento perante as as condicoes condições de de producao produção do do trabalho trabalho como como ,,fperante,,f /p e ra n te / propriedade, no trabalho trabalho efetivo efetivo o o instrumento instrumento aparece aparece so só como com o meio meio propriedade, no do do trabalho trabalho individual; individual; aa arte arte de de se se apropriar apropriar efetivamente efetivamente oo instruinstru­ mento, de mento, de manusea-lo manuseá-lo como como meio meio de de trabalho, trabalho, aparece aparece como como uma um a habihabi­ lidade particular do trabalhador, qual o o poe põe como como proprietario proprietário do do lidade particular do trabalhador, · aa qua! instrumento. Em Em suma, suma, o o carater caráter essencial essencial da da organizacao organização de de corpocorpo­ instrumento. racoes por por offcios, rações ofícios, do do trabalho trabalho artesanal artesanal como como constituindo constituindo o o sujeito sujeito dele como como proprietario proprietário 28 23 -— deve deve resolver-se resolver-se no comportamento perante perante dele no comportamento oo instrumento instrumento de propriede producao produção -— instrumento instrumento de de trabalho trabalho como como proprie­ dade - aà diferenca dade — diferença do· do comportamento comportamento perante perante aa terra, terra, perante perante oo solo solo m atéria-prima como como tal) tal) como como pr6prio. próprio. Que Que o o comportacomporta­ ((perante perante aa materia-prima mento mento perante perante este este um um memento momento das das condicoes condições de de producao produção constitui constitui como proprietario proprietário o o sujeito sujeito que que trabalha, trabalha, oo faz faz proprietario proprietário que que trabalha, trabalha, como este este estado estado hist6rico histórico n.? n.° II II que que segundo segundo aa sua sua natureza natureza s6 só pode pode existir existir como como oposicao oposição ,,fao / a o primeiroll p rim e iro / ou, ou, se se se se quiser, quiser, simultaneamente simultaneamente como como complemento do do primeiro primeiro llestadoll / e s t a d o / modificado modificado -— fell / é / igualmente igualmente complemento 22 22 Em Em

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portugues português se se perde perde aa rela~iio relação entre entre "Handwerker" “Handwerker” = "artesao" “artesão” (literalmente (literalmente "aquele "o ato “aquele que que obra obra com com as as miios") mãos” ) ee "Handwerk" “Handwerk” = "oficio" “ofício” (literalmente (literalmente “o ato de de obrar obrar com com as as rnaos"). mãos”). 23 Traduzimos o o passus obscure obscuro "als “ais ihr ihr Subjekt, Subjekt, als ais EiaentUmer Eigentümer konstituierend” 2s Traduzimos konstituierend" sem teriamos tambem sem levar levar em em conta conta aa virgula, vírgula. Se aa levassemos levássemos em em conta, conta, teríamos também aa alternativa alternativa "do “do trabalho trabalho artesanal artesanal como como sujeito sujeito dela dela j'da / d a oraaniza~iio organização corporacorpora­ tivaj', t i v a / , como como _#ela, / e l a , aa organiza~_# o rg a n iz a ç ã o / constituindo constituindo proprietarios". proprietários”.

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350 350 negado na primeira A terceira possivel de negado na prim eira formula fórmula do do capital. capital. A terceira forma forma possível de se perante os de vida, vida, de enconse comportar com portar como como proprietario proprietário s6 só perante os meios meios de de encontra-los condicao natural se comtrá-los ai aí como como condição natural do do sujeito sujeito que que trabalha trabalha sem sem se com­ portar instrumento ee portanto portar nem nem perante perante o o solo, solo, nem nem perante perante o o instrumento portanto tamtam­ bem perante oo trabalho como pr6prios, f6rmula bém niio não perante trabalho mesmo mesmo como próprios, ée au au fond fond aa fórmula da igualmente negada como estado da escravatura escravatura ee da da servidao, servidão, igualmente negada ee posta posta como estado historicamente dissolvido na relação relacao do trabalhador com historicamente dissolvido na do trabalhador com as as condicoes condições de formas primevas de producao produção como como capital. capital. As As formas primevas da da propriedade propriedade se se resolvem necessariamente resolvem necessariamente na na relacao relação com com os os diversos diversos momentos momentos objeobje­ tivos que pr6prios; elas igualtivos que condicionam condicionam aa producao, produção, como como próprios; elas formam formam igual­ mente oo fundamento de formas formas diversas diversas de de coletividade, mente fundamento economico econômico de coletividade, assim seu turno tumo tern assim como como por por seu têm como como pressuposto pressuposto formas formas determinadas determinadas de Estas formas modificadas pela pela de coletividade. coletividade. Estas formas //sao// / s ã o / essencialmente essencialmente modificadas colocacao trabalho mesmo condicoes objetivas colocação do do trabalho mesmo entre entre as as condições objetivas de d e produciio produção ((servidão servidiio ee escravatura), modificado ee se rater escravatura), com com oo que que eé modificado se perde perde oo ca caráter afirmativo de todas propriedade elencadas elencadas sob afirmativo simples simples de todas as as formas formas de de propriedade sob o o n.? em si possibilidade ee portanto n.° I. I. Todas Todas contern contêm em si aa escravatura escravatura corno' com o' possibilidade portanto como n.? II, II, onde como aa sua sua pr6pria própria superacao. superação. No No que que tange tange ao ao n.° onde //ha// /h á / oo tipo tipo particular particular de de trabalho trabalho -— aa maestria maestria no no mesmo mesmo ee correspondencorresponden­ temente propriedade sobre sobre oo instrumento instrumento de trabalho = temente aa propriedade de trabalho = propriedade propriedade sobre condicoes de certamente exclui sobre as as condições de producao produção -— certamente exclui escravatura escravatura ee servidao; mas pode negativo análogo analogo na na servidão; mas pode receber receber um um desenvolvimento desenvolvimento negativo forma forma de forma do do sistema sistema de de castas.]] castas.]] [[A [[A terceira terceira forma de propriedade propriedade sobre sobre os meios de vida -— caso caso nao escravatura ee servidao os meios de vida não se se resolva resolva em em escravatura servidão -— nao pode relacao do trabalha com com as as condições condicoes não pode conter conter relação do individuo indivíduo que que trabalha de conseguinte so ser aa de producao produção ee portanto portanto de de existencia; existência; por por conseguinte só pode pode ser relacao mernbro da coletividade originária, originaria, fundada relação do do membro da coletividade fundada sobre sobre aa propro­ priedade da propriedade da terra ee ainda priedade da terra, terra, oo qua! qual perdeu perdeu aa sua sua propriedade da terra ainda nao n.? Ilde tal como como aa plebs não avancou avançou ate até o o tipo tipo n.° IT d e propriedade, propriedade, tal plebs //plebe// /p le b e / romana romana no no tempo tempo do do panes panes et et circenses circenses //piio / p ã o ee ccirco//]] ir c o /] ] [[A [[A relacao relação dos terra, ou ou //a// dos retainer retain er 24 24 com com o o seu seu senhor senhor da da terra, / a / da da prestacao prestação de de services au fond fond forma forma s6 serviços pessoais, pessoais, eé essencialmente essencialmente diversa. diversa. Pois Pois au só modo modo de terra que trabalha mais, de existencia existência do do proprietario proprietário mesmo mesmo da da terra que nao não trabalha mais, mas cuja inclui entre condicoes de mas cuja propriedade propriedade inclui entre as as condições de producao produção os os trabatraba­ lhadores como servos, etc. Aqui lhadores mesmos mesmos como servos, etc. Aqui relaciio relação de de dominaciio dom inação 2~ 25 como como relacao Diante do do animal, animal, solo, fond relação essencial essencial da da apropriacao, apropriação. Diante solo, etc., etc., au au fond nao relacao alguma de dominação dorninacao pela não pode pode ter ter Iugar lugar relação alguma de pela apropriacao, apropriação, embora animal sirva, apropriacao de embora o o animal sirva. A A apropriação de vontade vontade alheia alheia eé pressuposto pressuposto Dependente, do senhor. Dependente, um um servidor servidor ligado ligado aà casa casa do senhor. "Herrschaft" “Herrschaft” significa significa literalmente literalmente "dorninacao", “dominação”, ainda ainda mais mais no no sentido sentido de de Marx, contexto Marx, o o substantive substantivo sendo sendo formado formado aa partir partir de de "Herr" “Herr” == = "senhor". “senhor”. 0 O contexto deste traduzir "Herrschaftsverhaltnis" por "relacao deste paragrafo parágrafo tarnbem também adrnitiria admitiria traduzir “Herrschaftsverhãltnis” por “relação senhorial" senhorial” ou ou "relacao “relação de de senhorio", senhorio”, embora embora entao então se se perdesse perdesse muito muito do do signifisignifi­ cado forte de cado forte de dominacao dominação em em geral, geral, perrnanecendo permanecendo apenas apenas o o de de um um tipo tipo da da mesma. mesma, aa saber. saber, aa senhorial. senhorial. 24 24 ~5 -s

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da relacao relação de de dominacao. dominação. Portanto, Portanto, o o j"que / q u e ej" é / sem sem vontade, tal como como da vontade, tal por animal, certamente dono por exemplo exemplo oo animal, certamente pode pode servir, servir, mas mas nao não faz faz do do dono j"Eignerj" / E i g n e r / um um senhor. senhor. Mas Mas vemos vemos suficientemente suficientemente aqui aqui como como relacao relação fie 4e dominaciio dom inação ee de de servidiio servidão cabem cabem igualmente igualmente nesta nesta formula fórmula da da aproapro­ priacao instrumentos de de producao; fermento necessario priação dos dos instrumentos produção; ee formam formam fermento necessário do todas as as relacoes do desenvolvimento desenvolvimento ee do do declinio declínio de de todas relações originarias originárias de de propriedade tarnbem expressam propriedade ee de de producao, produção, assim assim como como também expressam aa limitacao limitação destas. destas. J;. É claro claro que que sao são reproduzidas reproduzidas no no capital capital -— em em forma forma mediada mediada -, , ee assim formam igualmente sua dissolucao em— assim formam igualmente Iermento fermento da da sua dissolução ee sao são em­ blema blema da da sua sua Iimitacao.l] limitação.]] Il" A faculdade er aa si si ee aos aos seus [[“A faculdade de de por por necessidade necessidade vend vender seus era era um um direito penoso; teve no norte quanto entre gregos direito geral geral penoso; teve vigencia vigência tanto tanto no norte quanto entre os os gregos ee na na Ásia: Asia: quase igualmente difundido quase igualmente difundido era era oo direito direito do do credor credor tomar tom ar como que atrasasse pagamento ee de como seu seu servo servo oo devedor devedor que atrasasse o o pagamento de fazer fazer com com que que pagasse, pagasse, ate até onde onde pudesse, pudesse, por por seu seu trabalho trabalho ou ou pela pela venda venda da da sua sua 26]] [[Numa pessoa." I, p. p. 600.) [[Numa passagem pessoa.” (Niebuhr. ( N iebuhr. I, 600.) 28]] passagem Niebuhr Niebuhr diz diz que, que, para para os os escritores escritores gregos gregos que que escreviam escreviam na na epoca época de de Augusto, Augusto, aa difidifi­ culdade plebeus ee culdade ee aa compreensao compreensão falsa falsa da da relacao relação entre entre patricios patrícios ee plebeus portanto oo confundirem-na confundirem-na com com aa relacao relação entre entre patronos patronos ee clientes clientes adviadvi­ portanto nha numa epoca na qual as nha de de que que "escreviam “escreviam numa época na qual ricos ricos ee pobres pobres eram eram as unicas qual oo necessitado, únicas classes classes verdadeiras verdadeiras de de cidadiios; cidadãos ; na na qual necessitado, por por mais mais nobre origem, precisava nobre que que fosse fosse aa sua sua origem, precisava de de um um protetor protetor ee o o milionario, milionário, mesmo protetor. Mal mesmo sendo sendo um um liberto, liberto, era era procurado procurado como como protetor. Mal ainda ainda conheciam hereditarias de lealdade" ... (I, conheciam um um trace traço das das relacoes relações hereditárias de lealdade” (I, 620.)]] 620.)]] [["Os artesaos encontravam-se ambas as as classes" - metecos [[“Os artesãos encontravam-se em em ambas classes” — m etecos ee liberliber­ tos ee os que abandonava tos os seus seus descendentes descendentes -— "e “e o o plebeu plebeu que abandonava aa agricultura agricultura passava ao direito aqueles estavam passava ao direito de de cidadania cidadania ao ao qual qual aqueles estavam limitados. limitados. Tambem honra de j"pertencer Também eles eles nao não dispensavam dispensavam aa honra de /p e r te n c e r aj" a / gremios grêmios legais, eram tao legais, ee as as suas suas corporacoes corporações eram tão altamente altamente prezadas prezadas que que Numa Numa era fundador delas; eram 9: 9: tocadores ourives, era chamado chamado de de fundador delas; eram tocadores de de pifaros, pífaros, ourives, carpinteiros, oleiros, ee aa carpinteiros, tintureiros, tintureiros, correeiros, correeiros, curtidores, curtidores, caldeireiros, caldeireiros, oleiros, nona os demais cidadaos nona corporacao corporação reunia reunia os demais oficios ofícios.. .. .. Alguns Alguns deles deles eram eram cidadãos autonomos autônomos que que nao não moravam moravam nas nas cidades, cidades, isopolitas isopolitas que que nao não se se colo­ colocavam cavam aa service serviço de de nenhum nenhum patrao patrão -— quando quando havia havia tal tal direito; direito; ee descendentes pela extincao linhagem descendentes de de servos servos cujo cujo vinculo vínculo se se dissolvia dissolvia pela extinção da da linhagem dos alheios as brigas dos dos seus seus patroes; patrões; sem sem duvida dúvida eles eles eram eram tao tão alheios às brigas dos velhos velhos cidadaos rixas cidadãos ee da da comunidade comunidade quanto quanto as as corporacoes corporações florentinas florentinas as às rixas entre gibelinos: talvez entre as as estirpes estirpes f'talj" / t a l / como como j"a / a dosj" d o s / guelfos guelfos ee gibelinos: talvez os todos aà disposicao patricios". . (I, 623) .]] os servos servos ainda ainda estivessem estivessem todos disposição dos dos patrícios” (I, 623).]] 26 Marx nao trecho, mas 28 Marx não cita cita diretamente diretamente aa obra obra da da qua! qual extrai extrai um um trecho, mas sim sim oo nome nome do do

autor mais oo mirnero referindo-se aa um de autor mais número romano, romano, referindo-se um dos dos seus seus cadernos cadernos numerados numerados de anotacoes, pagina anotações, seguido seguido de de um um mimero número em em algarismo algarismo arabico, arábico, indicando indicando aa página deste anotado oo trecho deste caderno caderno na na qua! qual se se encontra encontra anotado trecho citado. citado.

352 352 De lado sao De um um lado são pressupostos pressupostos processos processos hist6ricos históricos que que colocaram colocaram uma uma nacao, uma massa massa de de individuos indivíduos de de uma nação, etc., etc., na na situa~ao situação se se nao não de de trabalhadores inicialmente, pelo menos na trabalhadores livres livres efetivos efetivos inicialmente, pelo menos na de de j'traba/tra b a ­ lhadoresj' unica propriedade lh a d o re s / que que oo sao são ouvtiµet Suvá^st j'em / e m potencia,f, p o tê n c ia /, cuja cuja única propriedade j'ej' / é / aa sua sua capacidade capacidade de de trabalho trabalho ee aa possibilidade possibilidade de de troca-la trocá-la por por valores indivfduos frente condicoes objevalores disponiveis; disponíveis; indivíduos frente aos aos quais quais todas todas as as condições obje­ tivas tivas de de producao produção estao estão como como propriedade propriedade alheia, alheia, como como aa sua sua niionão-propriedade, valores, -propriedade, mas mas simultaneamente simultaneamente j'comoj'trocaveis /c o m o /tr o c á v e is enquanto enquanto valores, portanto um certain portanto aa um certain degree degree j' / c certo e r t o grauj' g r a u / apropriaveis apropriáveis por por trabalho trabalho vivo. vivo. Tais Tais processos processos hist6ricos históricos de de dissolucao dissolução sao são tambem também dissolucao dissolução das das relacoes relações de de servidao servidão que que amarram am arram oo trabalhador trabalhador ao ao solo solo ee ao ao senhor senhor de facticamente aa sua meios de solo; solo; mas mas pressupoem pressupõem facticamente sua propriedade propriedade sobre sobre meios de da terra; de vida vida -— este este eé em em verdade verdade oo seu seu processo processo de de desligamento desligamento da terra; dissolucao relacoes de propriedade da dissolução das das relações de propriedade da terra terra que que oo constituiam constituíam como como yeoman 27, yeoman 27, j'comoj' / c o m o / pequeno pequeno proprietario proprietário de de terra terra que que trabalha trabalha livre livre ou ou arrendatario arrendatário (colonus), (colonus), campones camponês livre liv re*•;; dissolucao dissolução das das relacoes relações corporativas corporativas que que pressupoem pressupõem aa sua sua propriedade propriedade sobre sobre o o instrumentq instrum ento de de trabalho trabalho mesmo, trabalho ee o o trabalho mesmo, como como habilidade habilidade artesanal artesanal determinada, determináda, como nao s6 fontes da mesma) como propriedade propriedade ((não só j' / c como o m oj'/ fontes da m esm a);; igualmente igualmente dissolucao relacoes de dissolução das das relações de clientela clientela nas nas diversas diversas formas formas em em que que naonão-proprieuirios aparecem -proprietários aparecem no no sequito séquito do do seu seu senhor senhor como como consumidores consumidores conjuntos conjuntos do do surplusproduce surplusproduce j'produto /p r o d u t o excedentej' e x c e d e n te / ee que que como como equiequi­ valente portam aa libre tomam parte valente portam libré do do seu seu senhor, senhor, tomam parte em em suas suas querelas, querelas, prestam pessoais, imaginaries prestam services serviços pessoais, imaginários ou ou reais, reais, etc. etc. Um Um exame exame mais mais preciso preciso mostrara m ostrará que que em em todos todos estes estes processos processos de de dissolucao dissolução sao são dissoldissol­ vidas producao em vidas relacoes relações da da produção em que que predomina: predomina: valor valor de de uso, uso, producao produção para uso 28 imediato; oo valor valor de producao do tern para oo uso 28 imediato; de troca troca ee aa produção do mesmo mesmo tem como predominio da como pressuposto pressuposto oo predomínio da outra outra forma; forma; dai daí que que em em todas todas estas estas relacoes os relações os fornecimentos fornecimentos em em especie espécie ee os os services serviços em em especie espécie tambem também predominem sobre predominem sobre os os pagamentos pagamentos em em dinheiro dinheiro ee as as prestacoes prestações em em didi­ nheiro. Numaa consideracao nheiro. Mas Mas isto isto s6 só de de passagem. passagem. Num consideração mais mais atenta atenta igualigual­ mente mente se se achara achará que que todas todas as as relacoes relações dissolvidas dissolvidas s6 só eram eram possiveis possíveis com com um um grau grau determinado determinado de de desenvolvimento desenvolvimento das das forcas forças produtivas produtivas materiais portanto tambem materiais ((ee portanto também das das espirituais). espirituais). O que O que nos nos interessa interessa inicialmente inicialmente aqui aqui eé isto: isto: oo processo processo de de dissodisso­ lu~ao uma massa massa de lução que que transforma transform a uma de individuos indivíduos de de uma um a nacao, nação, etc., etc., em em trabalhadores livres ouvdµet tratrabalhadores assalariados assalariados livres 5uvánei -— individuos indivíduos torcados forçados ao ao tra­ balho ee aà venda balho venda do do seu seu trabalho trabalho por por serem serem sem sem propriedade propriedade -— de de *• A A dissolucao dissolução das das formas form as ainda ainda mais m ais antigas antigas de de propriedade p ropriedade comunitaria com unitária ee de de coletividade coletividade real real se se compreende com preende por p o r si. si. 27 27 Na Na

Inglaterra pequeno proprietario que Inglaterra pequeno proprietário que trabalhava trabalhava aa sua sua terra. terra.

28 uso". (N. 28 No N o manuscrito manuscrito consta consta "valor “valor de de uso”. (N. do do ed. ed. al.) al.)

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outro que desapareceram outro lado lado supoe supõe nao não que desapareceram as as fontes fontes de de renda renda ee em em parte parte condicoes propriedade que condições de de propriedade que estes estes individuos indivíduos tinham tinham ate até agora, agora, mas mas inversamente inversamente que que so só a a sua sua utilizacao utilização se se tomou tom ou uma um a outra, outra, //que// / q u e / aa maneira maneira da da sua sua existencia existência se se transtormou, transformou, como como jundo fundo livre livre passando passando aa outras pennanecendo em outras mlios mãos ou ou tambem também permanecendo em parte parte nas nas mesmas. mesmas. Mas Mas isto um grande isto esta está claro: claro: o o mesmo mesmo processo processo que que separou separou um grande mimero número de de individuos indivíduos das das suas suas relacoes relações //Beziehungen// / B e z ie h u n g e n / afirmativas afirmativas -— d'une d ’une mamaniere nière ou ou d'une d’une autre autre -— //que / q u e eles// e l e s / ate até agora agora //tinham// / t i n h a m / com com as as condiciies condições objetivas obietivas de de trabalho, trabalho, // / q que// u e / negou negou estas estas relacoes relações //Be/B e ­ ziehungen// z ie h u n g e n / ee com com isso isso transformou transform ou estes estes individuos indivíduos em em trabalhadores trabalhadores livres, livres, o o mesmo mesmo processo processo liberou liberou SuvrxµEt 5uva(iet estas estas condicoes condições obietivas objetivas de de trabalho vida, instrumentos trabalho -— solo, solo, materia-prima, matéria-prima, meios meios de de vida, instrumentos de de trabatraba­ Iho, lho, dinheiro dinheiro ou ou tudo tudo isto isto -— do do estarem estarem ate até hoie hoje vinculadas vinculadas aos aos indi­ indivlduos Ainda víduos agora agora desligados desligados delas. delas. A inda estiio estão ai, aí, mas mas estao estão ai aí de de outra outra forma; relations forma; como como [undo fundo livre livre no no qual qual se se apagaram apagaram todas todas as as antigas antigas relations //rela~es// individuos sepa/ r e l a ç õ e s / politicas, políticas, etc., etc., ee que que estao estão frente frente aqueles àqueles indivíduos sepa­ rados ee destituidos rados destituídos de de propriedade propriedade s6 só ainda ainda na na forma forma de de valores, valores, valores valores que que se se sustentam sustentam por por si. si. 0 O mesmo mesmo processo processo que que colocou colocou aa massa massa como como trabalhadores tambem trabalhadores livres livres frente frente as às condicoes condições objetivas objetivas de de trabalho trabalho também colocou colocou estas estas condicoes condições como como capital capital frente frente aos aos trabalhadores trabalhadores livres. livres. 0 O processo processo hist6rico histórico era era aa separacao separação de de elementos elementos ate até entao então ligados ligados -— por por conseguinte conseguinte o o seu seu resultado resultado nao não eé que que um um dos dos elementos elementos desaparece, desaparece, mas que que cada cada um um dos dos mesmos aparece em em referenda referência //Beziehung// /B e z ie h u n g / mas mesmos aparece negativa segundo aa possibilidade) negativa ao ao outro outro -— o o trabalhador trabalhador livre livre ((segundo possibilidade) de de um um lado, lado, o o capital capital (segundo (segundo aa possibilidade) possibilidade) de de outro. outro. Separar-se Separar-se das das condicoes lado das condições objetivas objetivas pelo pelo lado das classes classes que que Ioram foram transformadas transform adas em em trabaJhadores trabalhadores livres livres tern tem que que aparecer aparecer no no p6lo pólo contraposto contraposto como como uma uma autonomizacao autonomização destas destas mesmas mesmas condicoes. condições. Se relacao de Se aa relação de capital capital ee trabalho trabalho assalariado assalariado nao não eé considerada considerada ela ela mesma mesma como como ja já dando dando o o criterio critério ee abarcando abarcando o o todo todo da da producao produção •, *, mas mas como como surgindo surgindo historicamente historicamente -— isto isto e, é, se se se se considera considera aa transfertransfor­ macao m ação originaria originária de de dinheiro dinheiro em em capital, capital, o o processo processo cfe cfe troca troca entre entre o o capital capital existente existente s6 só SuvaµEt 5uvá{ist de de um um lado lado com com os os trabaJhadores trabalhadores livres livres existentes naturalmente se existentes SuvaµEt Suvájist de de outro outro -, — , entio então naturalmente se impoe impõe aa simples simples observacao, grande caso, observação, da da qual qual os os economistas economistas fazem fazem tao tão grande caso, que que o o lado lado que que se se apresenta apresenta como como capital capital tern tem que que estar estar de de posse posse de de materias-primas, matérias-primas, instrumentos trabalho ee meios fim de instrumentos de de trabalho meios de de vida, vida, aa fim de que que o o trabalhador trabalhador possa possa viver viver durante durante aa producao, produção, antes antes que que aa producao produção esteja esteja acabada. acabada. Alem isto assume Além disso, disso, isto assume aa aparencia aparência de de que que tern tem que que ter ter se se processada processada •* Pois P ois neste n este caso caso oo capital c a p ita l pressuposto p ressu p o sto como co m o condi~ao co n d iç ã o do d o trabalho tra b a lh o assaassa­ lariado la ria d o é o o ppr6prio ró p rio produto p ro d u to deste d este ultimo ú ltim o e e pressuposto p ressu p o sto aa si si mesmo m esm o como com o condicao trabalho co n d içã o deste deste trabalho, tra b a lh o , criado c ria d o pelo pelo tra b a lh o mesmo m esm o como co m o pressuposto p ressu p o sto para p a ra oo trabalho tra b a lh o mesmo. m esm o.

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354 354 uma trabalho ee nao uma acumulacao acumulação -— uma uma acumulacao acumulação que que precedeu precedeu oo trabalho não brotou por parte brotou dele dele -— por parte do do capitalista, capitalista, aa qual qual o o capacita capacita aa par pôr aà obra obra oo trabalhador trabalhador ee aa mante-lo mantê-lo eficazmente, eficazmente, aa mante-lo mantê-lo como como capacicapaci­ dade independente dade viva viva de de trabalho trabalho *. *. Este Este ato ato do do capital capital /f, , atof a t o / independente do trabalho, nao trasladado desta do trabalho, não pesto posto por por ele, ele, eé entao então trasladado desta hist6ria história do do seu para Oo presente, presente, transformado seu surgimento surgimento para transformado num num momento momento da da sua sua realidade efetiva realidade efetiva ee do do seu seu ser-eficaz, ser-eficaz, da da sua sua autotormacao, autoformação. Disto Disto se se deriva trabalho deriva entao então finalmente finalmente oo direito direito eterno eterno do do capital capital aos aos frutos frutos do do trabalho alheio, aquisicao eé desenvolvido alheio, ou ou antes antes o o seu seu modo modo de de aquisição desenvolvido aa partir partir das das leis troca de leis simples simples ee "justas" “justas” da da troca de equivalentes. equivalentes. A pode entrar A riqueza riqueza existente existente na na forma forma de de dinheiro dinheiro s6 só pode entrar na na concon­ versao pelas do trabalho porque ee se versão pelas condicoes condições objetivas objetivas do trabalho porque se estas estas estao estão desligadas pode em desligadas do do trabalho trabalho mesmo. mesmo. Que Que se se pode em parte parte acumular acumular dinheiro dinheiro atraves vimos; nao através do do puro puro caminho caminho da da troca troca de de equivalentes, equivalentes, isto isto n6s nós vimos; não obstante, obstante, isto isto constitui constitui uma uma fonte fonte tao tão insignificante insignificante que que nao não f/ / ef é / histohisto­ ricamente digna ricamente digna de de mencao menção -— se se se se pressupoe pressupõe que que oo dinheiro dinheiro f/ f fqif q i/ obtido troca de trabalho pr6prio. obtido por por troca de trabalho próprio. E É antes antes fortuna fortuna m6vel móvel acurnulada acumulada por usura por usura -— particularmente particularmente exercida exercida tambem também contra contra aa propriedade propriedade da da terra terra -— ee pelos pelos ganhos ganhos no no comercio comércio -— fortuna fortuna em em dinheiro dinheiro que que eé transformada transform ada em em capital capital no no sentido sentido pr6prio, próprio, em em capital capital industrial. industrial. Mais Mais abaixo falar de abaixo teremos teremos oportunidade oportunidade de de continuar continuar aa falar de ambas ambas as as formas formas -— na medida em formas do na medida em que que elas elas mesmas mesmas nao não aparecam apareçam como como formas do capital, capital, mas mas como como formas formas precedentes precedentes de de fortuna, fortuna, como como pressupostos pressupostos para oo capital. para capital. Como vimos, reside Como vimos, reside no no conceito conceito de de capital capital -— em em seu seu surgimento, surgimento, que ele que ele parte parte do do dinheiro dinheiro ee por por conseguinte conseguinte da da fortuna fortuna que que existe existe na na forma forma do do dinheiro. dinheiro. Nisto Nisto reside reside igualmente igualmente que que ele ele aparece aparece como como proveprove­ "* Tao T ão logo logo oo capital capita! ee oo trabalho trabalho assalariado assalariado estao estão uma um a vez vez postos postos como com o os pressupostos, com os seus seus pr6prios próprios pressupostos, com base base pressuposta pressuposta aà producao produção mesma, m esm a, aa coisa coisa aparece aparece inicialrnente inicialm ente de de maneira m aneira tal tal que que o o capitalista capitalista cria cria os os meios m eios de de vida necessaries alem do de vida necessários além d d f/ ee criar c r i a fr / oo fun fundo de materia-prima matéria-prima ee de de meios m eios de de trabalho necessaries para trabalhador reproduza trabalho necessários para que que o o trabalhador reproduza aa si si mesmo, m esm o, isto isto e, é, realiza um fundo realiza oo trabalho trabalho necessdrio, necessário, possui possui um fundo de de rnateria-prirna m atéria-prima ee de de meios m eios de de trabalho trabalho no no qual qual o o trabalhador trabalhador efetiva efetiva o o seu seu trabalho trabalho aa mais, m ais, ou ou seja, seja, oo lucro lucro do do capitalista. capitalista. Numa N um a analise análise mais mais aa fundo fundo isto isto se se configura configura de de maneira um fundo m aneira tal tal que que oo trabalhador trabalhador cria cria constantemeate constantem ente um fundo duplo duplo para para o o capitalista, capitalista, ou ou que que cria cria na na forma form a do do capital, capital, ffundof / f u n d o / do do qua! qual uma um a parte parte satisfaz da sua satisfaz continuamente continuam ente as as condicoes condições da sua pr6pria própria existencia existência ee aa outra outra as as condicoes vimos, condições da da existencia existência do do capital. capital. Como C om o vim os, no no capital capital aa mais m ais -— ee capital mais em capital aa mais em relacao relação com com aa sua sua relacao relação antediluviana antediluviana com com o o trabalho trabalho -— esta mesmo está todo todo o o capital capital real, real, presente, presen te, cada cada elemento elem ento do do m esm o f/ s esendof n d o/ uniformemente comoo trabalho uniform em ente com trabalho alheio alheio objetivado objetivado ee apropriado apropriado pelo p elo capital, capital, apropriado apropriado sem sem troca, troca, sem sem equivalente equivalente cedido cedido aa ele. ele.

355 355 niente da da circulacao, circulação, como como produto produ to da da circulacao, circulação. Por Por conseguinte, conseguinte, aa niente formacao da terra terra (aqui formação db db capital capital niio não parte parte da da propriedade propriedade da (aqui no no maximo máximo / p a r t e / do do arrendauirio arrendatário na na medida medida em que este este eé comerciante comerciante de de j'partej' em que produtos tampouco da corporacao (em (embora neste último ultimo ponprodutos agricolas); agrícolas); tampouco da corporação bora neste pon­ to uma possibilidade); possibilidade); mas da fortuna mercantil ee usuraria. to j'hajaj' / h a j a / uma mas da fortuna mercantil usurária. M as esta esta s6 só encontra encontra al aí as as condicoes condições para com prar trabalho trabalho livre livre tao tão Mas para comprar logo este, este, por por processo histórico, /j'sejaj' s e j a / desligado das suas suas condicoes condições logo processo hist6rico, desligado das objetivas entao tambem de objetivas de de existencia. existência. S6 Só então também encontra encontra aa possibilidade possibilidade de comprar as condições condicoes de de corporacao, por com prar estas estas condicoes condições mesmas. mesmas. Sob Sob as corporação, por exemplo, mero dinheiro que que não seja ele ele mesmo corporativo, que que seja exemplo, mero dinheiro nao seja mesmo corporativo, seja dos niio pode pode comprar com que que trabalhem dos mestres, mestres, não com prar teares teares para para fazer fazer com trabalhem neles; um j'mestrej' pode trabalhar, neles; j'estaj' / e s t á / prescrito prescrito quantos quantos um / m e s t r e / pode trabalhar, etc. etc. Em suma, oo instrumento instrumento mesmo mesmo ainda ainda está concrescido com tra­ Em suma, esta tão tao concrescido com oo trabalho vivo balho vivo mesmo, mesmo, como como cujo cujo dominio domínio aparece, aparece, que que ele ele nao não circula circula verdadeiramente. O que que capacita capacita aa fortuna em dinheiro tom ar-se capi­ verdadeiramente. 0 fortuna em dinheiro aa tornar-se capital é de lado encontrar lugar tal de um um lado encontrar ai aí trabalhadores trabalhadores livres; livres; em em segundo segundo lugar encontrar livres ee vendáveis vendaveis os os meios vida ee os os encontrar ai aí como como igualmente igualmente livres meios de de vida materiais, etc., eram d'une ou d'une materiais, etc., que que outrora outrora eram d ’une maniere manière ou d ’une autre autre proprieproprie­ dade que agora dade das das massas massas que agora ficaram ficaram sem sem j'o / o eelernentoz/ le m e n to / objetivo. objetivo. Mas Mas aa outra - certa na arte, outra condicao condição do do trabalho trabalho — certa pericia perícia na arte, instrumento instrumento como como meio do trabalho, trabalho, etc. etc. -— e, é, neste neste periodo período previo prévio ou meio do ou primeiro primeiro período periodo do encontrada ai ele em parte como como resultado do capital, capital, encontrada aí por por ele em parte resultado da da organiorgani­ zacao corporativa corporativa urbana, dozação urbana, em em parte parte j'como / c o m o resultadoj' re s u lta d o / da da indiistria indústria do­ rnestica ou Jigada como um acess6rio méstica ou da da /j'industriaj' i n d ú s t r i a / ligada como um acessório à agricultura. agricultura. O processo processo historico histórico nao não é o o resultado resultado do pressuposto O do capital, capital, mas mas pressuposto para oo mesmo. mesmo. £ atraves dele dele entao capitalista tarnbem para É através então que que oo capitalista também se se inserta inserta como intermediario terra ou como intermediário (historicamente) (historicam ente) entre entre propriedade propriedade da da terra ou entre entre propriedade em geral geral ee trabalho. história sabe sabe algo acerca das propriedade em trabalho. Nem Nern aa hist6ria algo acerca das comodas ilus6es cômodas ilusões segundo segundo as as quais quais oo capitalista capitalista ee oo trabalhador trabalhador estabeestabe­ Jecem associacao, trace algum disso no lecem associação, etc., etc., nem nem se se encontra encontra traço algum disso no desenvoldesenvol­ vimento do do conceito conceito de de capital. capital. Esporadicamente Esporadicamente aa manufatura se vimento manujatura pode pode se desenvolver localmente localmente em meio aa um um quadro quadro que ainda pertence desenvolver em meio que ainda pertence aa um periodo totalmente outro, tal como italianas um período totalmente outro, tal como por por exemplo exemplo nas nas cidades cidades italianas ao lado lado das das corporacoes. corporações. Mas Mas como como fonna forma universalmente predominante ao universalmente predominante de uma época as as condicoes condições para capital têm que estar desenvolvidas de uma epoca para oo capital tern que estar desenvolvidas nao só s6 localmente, mas em (A isto isto nao quando não localmente, mas em grande grande escala. escala. (A não obsta obsta que, que, quando da das mesmas transforda dissolucao dissolução das das corporacoes, corporações, alguns alguns mestres mestres das mesmas se se transfor­ mem em em capitalistas capitalistas industriais; industriais; não obstante, oo caso caso ée raro segundo mem nao obstante, raro ee oo eé segundo da coisa. coisa. No todo oo sistema sistema de de corporacoes corporações vai vai aa pique, pique, o o aa natureza natureza da No todo mestre ee oo oficial, trabalhador.) meístre oficial, la lá onde onde emergej'rnj' e m e r g e / m / oo capitalista capitalista ee o o trabalhador.) É evidente -— ee se se patenteia com exame exame mais mais pormenorizado £ evidente patenteia com pormenorizado da da epoca hist6rica da aqui -— que época histórica da qua] qual se se fala fala aqui que certamente certamente a a epoca época de de dissoluciio producao ee dos dos modes dissolução dos dos modos modos anteriores anteriores de de produção modos anteriores anteriores

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de comportamento comportamento do do trabalhador perante as condições objetivas objetivas de de de trabalhador perante as condicoes trabalho -— ée ao mesm o tempo tem po uma época em em que de um lado aa trabalho ao mesmo uma epoca que de um lado [ortuna dinheiro ja certa amplitude, amplitude, de de outro outro fortuna em em dinheiro já se se desenvolveu desenvolveu numa numa certa lado cresce rapidam ente ee se estende estende devido as às mesmas circunstâncias Jada rapidamente mesmas circunstancias que aceleram aceleram aquela aquela dissolução. mesma eé simultaneamente simultaneamente um dos que dissolucao. Ela Ela mesma um dos agentes daquela daquela dissolucao, dissolução, tal como aquela aquela dissolução condição agentes ta! coma dissolucao é aa condicao da existencia da da sua sua transformacao transform ação em em capital. capital. Mas Mas aa mera mera existência da [ortuna fortuna em em dinheiro ee mesmo mesmo aa obtencao obtenção de espécie de supremacy /s u p re m a ­ dinheiro de uma uma especie de supremacy ,.fsupremacia,.f parte dela de maneira para que aconteca aquela c i a / por por parte dela de m aneira alguma alguma basta basta para que aconteça aquela solução 29 29 em em capital. capital. Senao Senão aa Roma Rom a antiga, antiga, Bizancio, Bizâncio, etc., etc., teriam ter­ soluciio teriam terminado aa sua sua história com trabalho livre ee capital capital ou ou antes começado minado hist6ria com trabalho livre antes comecado uma hist6ria nova. das antigas uma história nova. Tambem Também la lá aa dissolucao dissolução das antigas relacoes relações de de propriedade estava estava ligada ligada com com desenvolvimento desenvolvimento da da fortuna fortuna em em dinheiro dinheiro propriedade do comercio, comércio, etc. etc. Mas Mas ao ao invés / l e v a r / à lndustria, indústria, esta disso­ -— do inves de de ,.flevar#' esta dissolu9ao campo sabre lução levou levou in in fact fact /,.f d de e fato,.f f a t o / ao ao predominio predomínio do do campo sobre aa cidade. cidade. A fform ação prim eva do do capital não se se processa, processa, como como isso isso é repre­ -— A ormaciio primeva capital nao representado ,.fpor / p o r muitos,.f, m u ito s /, coma como oo capital capital acumulando acumulando meios meios de vida elinse (ins­ sentado de vida trumentos de trabalho matérias-primas, em suma, as condicoes condições objetivas trumentos trabalho e materias-primas, objetivas de ja mescladas elas mesmas de trabalho trabalho desligadas desligadas do do solo solo ee já mescladas elas mesmas com com trabalho trabalho humano •. *. Não de maneira maneira tal que o o capital crie as condições objeobje­ bumano Nao de tal que capital crie as condicoes tivas tivas de de trabalho. trabalho. Mas Mas aa sua sua [ormaciio form ação primeva prim eva acontece acontece simplesmente simplesmente existente coma como fortuna fortuna em dinheiro é capacitado capacitado pelo fato de que o valor existente em dinheiro pelo processo processo hist6rico histórico de dissolução do antigo modo de producao, produção, de de pelo de dissolucao do antigo modo de um lado, com prar as as condicoes condições objetivas objetivas de de trabalho, trabalho, de de outro outro lado um lado, a comprar lado trocar par por dinheiro dinheiro oo trabalho trabalho vivo mesmo com com os os trabalhadores trabalhadores que que aa trocar vivo mesmo se tornaram livres. sepase tornaram livres. Todos Todos estes estes momentos momentos estao estão presentes; presentes; aa sua sua sepa­ ração mesma um processo processo histórico, um processo processo de de dissolucao, dissolução, ee é ra9ao mesma é um hist6rico, um este que que capacita capacita oo dinheiro dinheiro aa se se transformar transform ar em em capital. capital. 0 O dinheiro dinheiro este

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*• A À primeira p rim e ira vista vista eé · claro c laro que q u e circulo c írcu lo de de mau m a u gosto g o sto seria seria se se de d e um u m lado lad o os trabalhadores que tern os trabalhadores que o o capital cap ital te m que q u e por pôr a à obra o b ra para p a ra se se por p ô r como c o m o capital cap ital tivessem qu e ser se r prirneiro p rim e iro criados, criados, tivessem tivessem qque u e ser se r chamados ch a m a d o s aà vida v id a pela tivessem que pela sua sua acurnulacao, acu m u lação , esperassem esp erassem ppelo elo seu seu Fa(;a-se!, F aça-sel, enquanto e n q u a n to dde e outro o u tro lado la d o ele ele m esm o seria seria incapaz in c a p a z ddee acumular acu m u lar sem tra b a lh o alheio, alh eio , ppoderia o d e ria no no m áx im o mesmo sem trabalbo maximo a c u m u la r o o seu pró p rio trabalho, isto e, é, pportanto, o rta n to , eexistir x istir ele ele m esm o na na acumular seu pr6prio trabalho, isto mesmo fo rm a de d e niio-capital não-capital ee ndo-dinheiro, n ão-dinheiro, já q u e aantes n te s dda a existencia ex istên cia do d o capital cap ital forma ja que formas oo trabalho tra b a lh o s6 só pode p o d e valorizar v a lo riz a r aa si si mesmo m esm o em em fo rm a s tais tais como c o m o aa do do tra b a lh o artesanal, arte sa n a l, da d á agricultura a g ric u ltu ra ,.fem,.f / e m / pequena p e q u e n a ,.fescala,.f, / e s c a l a / , etc. etc.,, em trabalho em sum a, tu d o formas fo rm a s que q u e não u só en te podem p o d e m aacumular; cu m u lar; em suma, tudo niio oou s6 escassam escassamente em formas consomem fo rm a s que q u e s6 só permitem p e rm ite m um u m surplusproduce su rp lu sp ro d u c e pequeno p e q u e n o ee o o co n so m em em em ggrande ra n d e pparte. arte. De D e maneira m a n e ira geral g e ra l ainda a in d a te re m o s qque u e investigar in v estig ar mais m ais dde e pperto e rto teremos · eesta sta representacao re p re se n ta ç ã o da d a acumulaciio. acum ulação.

Aqui Marx Marx joga que significa significa tanto tanto joga com com oo duple duplo sentido sentido de de "Auflosung", “Auflõsung”, que “dissolução” quanto quanto "solucao", “solução”, "resolu~ao". “resolução”. "dissclucjio" 29 29 Aqui

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mesipo, ate· até oo ponto em que que é ativo ativo junto junto com com aa hist6ria, história, oo é s6 só na na rnesmo, ponto em m edida em que que ele mesmo mesmo intervem intervém neste neste processo medida processo como um meio supremamente energico enérgico de de separacao, separação, ee na na medida medida em em que que colabora colabora supremamente para a instauracao instauração do trabalhador trabalhador livre livre depenado, depenado, sem ;f / oo elemento;f e le m e n to / para objetivo; porem, porém, seguramente seguramente nao não por criar criar para eles as condicoes condições objeobje­ objetivo; sua existencia, existência, mas ao ajudar ajudar a acelerar acelerar a sua separacao separação das tivas da sua mesmas -— o serem sem propriedade. propriedade. Por Por exemplo, exemplo, quando os grandes grandes mesmas proprietários de terras terras ingleses despediram despediram os seus retainers retainers que consuconsu­ proprietaries miam junto junto com com eles eles oo surplusproduce surplusproduce da da terra, / e / alem além disso disso os os miam terra, ;fe;f seus arrendatarios arrendatários expulsaram expulsaram os os pequenos caseiros, etc., etc., entao então com com seus pequenos caseiros, isso foi em primeiro primeiro lugar jogada jogada uma um a massa massa de forca força viva viva de trabalho trabalho isso m ercado de de trabalho, trabalho, uma uma massa massa que que era era livre em sentido sentido duplo, duplo, no mercado no livre em livre das das antigas antigas relacoes relações de de clientela clientela ou ou de de servidao servidão ee das das relacoes relações de de livre /p re s ta ç ã o de;f d e / services serviços e em segundo segundo lugar lugar livre de todos todos os haveres haveres ;fpresta9ao de qualquer qualquer forma forma objetiva, objetiva, coisal coisal de de existencia, existência, livre livre de de toda toda propro­ ee de priedade-, dependente dependente da venda venda da sua capacidade capacidade de trabalho trabalho ou da priedade; mendicância, vagabundagem vagabundagem ee roubo roubo como como as as (micas únicas fontes fontes de recursos. rnendicancia, de recursos. Que primeiro primeiro tentaram tentaram este este último, mas aa forca, pelourinho, chibata chibata Que ultimo, mas forca, pelourinho, impelindo deste deste caminho caminho para para a senda senda estreita estreita conducente conducente ao mer­ os impelindo ao mercado de trabalho trabalho -— onde portanto portanto os governos, f. f. i. i. Henry VII, V II, VIII, V III, cado etc., aparecem aparecem como como condicces condições do do processo processo hist6rico histórico de de dissolucao dissolução ee etc., como instauradores instauradores das das condicoes condições para para aa existencia existência do do capital capital -— esta está como historicamente historicamente constatado. constatado. Por Por outro outro lado lado os os meios meios de de vida, vida, etc., etc., que que os proprietaries proprietários da da terra terra antes antes consumiam consumiam junto junto com com os os retainers, retainers, estaestaos vam agora agora aà disposicao disposição do do dinheiro dinheiro que que queria queria compra-los comprá-los para para comprar com prar vam trabalho through their their instrumentality / a tatraves r a v é s da da instrumentalidade instrumentalidade trabalho through instrumentality ;f d e le s /. 0 O dinheiro dinheiro nao não havia havia nem nem criado criado nem nem acumulado acumulado estes estes meios meios deles;f. vida; estavam estavam ai, aí, eram consumidos consumidos e reproduzidos antes de serem de vida; reproduzidos antes consumidos ee reproduzidos reproduzidos por por mediacao mediação do do dinheiro. dinheiro. 0 O que que havia havia mumu­ consumidos dado nao não era era senao senão que que estes estes meios meios de de vida vida estavam estavam agora agora jogados no dado jogados no m ercado de de trocas trocas -— estavam estavam separados separados da sua conexao conexão imediata mercado imediata com as bocas bocas dos dos retainers, etc., ee de de valores de uso uso estavam estavam transformados transformados as retainers, etc., valores de em valores de troca, troca, caindo caindo assim assim sob sob os os dominios domínios ee aa suma suma magnifi­ em valores de magnificência da da fortuna fortuna em em dinheiro. dinheiro. 0 O mesmo mesmo com com os os instrumentos instrumentos de de tratra­ cencia balho. balho. A A fortuna fortuna em em dinheiro dinheiro nem nem inventou inventou nem nem fabricou fabricou aa roda roda de de fiar ee oo tear. tear. Mas Mas desligados desligados do do seu seu solo solo oo fiandeiro fiandeiro ee oo tecelão com fiar tecelao com as suas suas rodas rodas ee tornos tom os cairam caíram sob sob aa tutela tutela da da fortuna fortuna em em dinheiro, dinheiro, etc. etc. as Próprio ao ao capital capital niio não é seniio senão a a reuniiio reunião das das massas massas de de bracos braços ee instruinstru­ Proprio m mentos entos que que ele ele encontra encontra ai. aí. Aglomera-os A glom era-os sob sob a a sua sua tutela. tutela. Isto Isto eé oo seu seu acumular eietivo; efetivo-, o o acumular acumular trabalhadores trabalhadores em em ;f / c certos;f e r t o s / pontos pontos junta junto acumular com os os seus seus instrumentos. instrumentos. Haveremos Haveremos de de tratar tratar isto isto mais mais de de perto perto com quando da da assim assim chamada cham ada acumulacao acumulação de de capital. capital. A A fortuna fortuna em em dinheiro dinheiro quando fortuna de mercadores mercadores -— certamente certamente ajudara a acelerar acelerar e -— como fortuna

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358 358 dissolver dissolver as as antigas antigas relacoes relações de de producao produção ee tornara tom ara possivel possível ao ao proprieproprie­ tario tário de de terras, terras, por por exemplo, exemplo, como como A. A. Smith Smith ja já oo desenvolve desenvolve bem, bem, aa trocar trocar os os seus seus cereais, cereais, gado, gado, etc., etc., por por valores valores de de uso uso trazidos trazidos do do estranestran­ geiro geiro ao ao inves invés de de esbanjar esbanjar com com os os seus seus retainers retainers os os ,fvalores /v a lo r e s de de uso,f uso/ produzidos produzidos por por ele ele mesmo mesmo ee de de encontrar encontrar aa sua sua riqueza riqueza em em grande grande parte parte na na massa massa dos dos seus seus retainers retainers que que consumiam consumiam junto junto com com ele. ele. Ravia Havia dado valor de dado para para ele ele um um significado significado maior m aior ao ao valor de troca troca do do seu seu redito. rédito. Isto Isto tambem também se se deu deu com com respeito respeito aos aos seus seus arrendatarios, arrendatários, que que ja já eram eram meio meio capitalistas, capitalistas, embora embora ainda ainda muito muito enfeitados. enfeitados. 0 O desenvolvimento desenvolvimento do troca -— favorecido favorecido pelo do valor valor de de troca pelo dinheiro dinheiro existente existente na na forma forma do do estrato estrato social social dos dos mercadores mercadores -— dissolve dissolve aa producao produção dirigida dirigida mais mais ao ao valor uso imediato valor de de uso imediato ee as as forrnas formas de de propriedade propriedade que que lhe lhe correspondem correspondem -— relações relacces do do trabalho trabalho com com as as suas suas condicoes condições objetivas objetivas -— ee insta insta assim assim aà instauracao instauração do do mercado m ercado de de trabalho trabalho ((aa distinguir distinguir bem bem do do mermer­ cado Contudo, tambern cado de de escravos). escravos). Contudo, também este este efeito efeito do do dinheiro dinheiro s6 só ,fe,f / é / possivel possível sob sob o o pressuposto pressuposto da da diligencia diligência artesanal artesanal urbana, urbana, aa qual qual repousa repousa niio não sobre sobre capital capital ee trabalho trabalho assalariado, assalariado, mas mas sobre sobre organizacad organizaçãd do do trabalho trabalho em em corporacoes, corporações, etc. etc. 0 O trabalho trabalho urbano urbano mesrno mesmo havia havia criado criado meios meios de de producao produção para para os os quais quais as as corporacoes corporações se se tornaram tornaram tao tão genant g ên a n t30 30 quanto quanto as as antigas antigas relacoes relações de de propriedade propriedade da da terra terra para para uma uma agricultura agricultura melhorada, melhorada, por por sua sua vez vez ela ela mesma mesma em em parte parte consequencia conseqüência da da rnaior maior vendagem vendagem de de produtos produtos agricolas agrícolas nas nas cidades, cidades, etc. etc. As As outras outras circunstancias circunstâncias que, que, por por exemplo, exemplo, no no seculo século XVI XVI aurnentavarn aumentavam tanto tanto aa massa massa das das mermer­ cadorias cadorias circulantes circulantes quanto quanto aa do do dinheiro, dinheiro, criavam criavam novas novas necessidades necessidades ee por por conseguinte conseguinte elevavam elevavam oo valor valor de de troca troca dos dos produtos produtos locais, locais, etc., etc., subisubi­ ram ram os os precos, preços, etc., etc., tudo tudo isto isto promoveu promoveu de de um um lado lado aa dissolucao dissolução das das antianti­ gas gas relacoes relações de de producao, produção, acelerou acelerou aa que que oo trabalhador trabalhador ou ou nao-trabanão-trabalhador, Ihador, mas mas apto apto aa trabalhar, trabalhar, se se desligasse desligasse das das condicoes condições objetivas objetivas da da sua sua reproducao, reprodução, ee assim assim promoveu promoveu aa transforrnacao transform ação do do dinheiro dinheiro em em capital. capital. Logo, primeLogo, nada nada pode pode ser ser mais mais estupido estúpido do do que que conceber conceber esta esta jormaciio form ação prim e­ va va do do capital capital como como se se ele ele houvesse houvesse acumulado acumulado ee criado criado as as condicoes condições obietivas vida, materia-prima, objetivas de de produciio produção -— meios meios de de vida, matéria-prima, instrumentos instrumentos - ee as — as tenha tenha entao então oferecido oferecido ao ao trabalhador trabalhador destituido destituído delas. delas. A A fortuna fortuna em em dinheiro dinheiro antes antes ajudou ajudou em em parte parte aa destituir destituir destas destas condicoes condições as as forcas forças de de trabalho trabalho dos dos individuos indivíduos aptos aptos aa trabalhar; trabalhar; em em parte parte este este processo processo de um de separacao separação avancou avançou sem sem ela, ela. Ouando Quando aa formacao formação primeva primeva atingiu atingiu um certo tarnbem pode certo nivel, nível, aa fortuna fortuna em em dinheiro dinheiro também pôde se se colocar colocar corno comò meme­ diadora diadora entre entre as as condicoes condições objetivas objetivas de de vida vida assim assim liberadas liberadas ee as as forcas forças vivas vivas de de trabalho trabalho liberadas, liberadas, mas mas que que tambem também se se tornaram tom aram soltas soltas ee moveis rrtjóveis31, 31, ee com com umas umas comprar com prar as as outras. outras. Mas Mas no no que que toca toca agora agora aà so 30 Sic! Sic! no no texto. texto. Concordancia Concordância correta correta daria daria "genantes" “gênantes” = = "molestas". “molestas”. 31 und ledig 31 A A expressao expressão coloquial coloquial "los “los und ledig werden" werden” significa significa "livrar-se “livrar-se de de uma uma vez vez por traducao pretendeu por todas", todas”, "livrar-se “livrar-se completamente", completamente”. Nossa Nossa tradução pretendeu manter manter algum algum vinculo vínculo com com o o contexto. contexto.

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fform ormaciio ortuna em ma antes ação da da ffortuna em dinheiro dinheiro mes mesma antes da da sua sua transformacao transform ação

em Usura, em capital, capital, ela ela pertence pertence aà pre-historia pré-história da da economia economia burguesa. burguesa. Usura, comercio, comércio, urbanismo urbanismo ee oo fisco fisco que que emerge emerge com com estes estes desempenham desempenham um um papel papel principal principal nisso. nisso. Tambem Também oo entesouramento entesouram ento dos dos arrendatarios, arrendatários, camponeses, camponeses, etc.; etc.; embora embora em em grau grau menor. menor. -— Ao Ao mesmo mesmo tempo tempo mostramostra-se -se aqui aqui como como oo desenvolvimento desenvolvimento da da troca troca ee do do valor valor de de troca, troca, que que em em toda toda parte parte eé mediado mediado pelo pelo comercio comércio ou ou cuja cuja mediacao mediação pode pode ser ser chamada chamada de de comercio comércio -— oo dinheiro dinheiro recebe recebe existencia existência autonoma autônoma no no estrato mesma maneira estrato dos dos mercadores, mercadores, da da mesma m aneira que que aa circulacao circulação //a / a recebe// re ceb e / no no comercio comércio -, — , traz traz consigo consigo tanto tanto aa dissolucao dissolução das das relaciies relações de de propro­ priedade priedade do do trabalho trabalho sobre sobre as as suas suas condicoes condições de de existencia existência por por um um lado, lado, quanta quanto // / aa dissolucao dissolução di/ d / oo trabalho trabalho ele ele mesmo mesmo elencado elencado entre entre as as condicondi­ coes um predomições objetivas objetivas da da produciio; produ ção ; tudo tudo relacoes relações que que expressam expressam um predomí­ nio tanto nio tanto do do valor valor de de uso uso ee da da producao produção dirigida dirigida ao ao uso uso imediato imediato quanto quanto de de uma um a coletividade coletividade real real existente existente imediatamente imediatamente ainda ainda como como pressupressu­ posto posto da da producao. produção. A A producao produção baseada baseada no no valor valor de de troca troca ee aa coleticoleti­ vidade vidade baseada baseada na na troca troca destes destes valores valores de de troca troca -— por por mais mais que que estes, estes, como como vimos vimos no no capitulo capítulo precedente precedente sobre sobre o o dinheiro, dinheiro, parecam pareçam por pôr aa propriedade propriedade como como emanando emanando meramente meramente do do trabalho, trabalho, //parec;am// / p a r e ç a m / por pôr como como condicao condição aa propriedade propriedade privada privada sobre sobre oo produto produto do do trabalho trabalho pr6pró­ prio prio -— tanto tanto sup6e//m// s u p õ e / m / oo trabalho trabalho como como condicao condição geral geral da da riqueza riqueza quanto ante das quanto produz// p r o d u z /em// e m / aa separacao separação do do trabalho trabalho di diante das suas suas condicoes condições objetivas. objetivas. Esta Esta troca troca de de equivalentes equivalentes ocorre, ocorre, eé s6 só aa camada camada superficial superficial de de uma uma producao produção que que repousa repousa sobre sobre aa apropriacao apropriação de de trabalho trabalho alheio alheio sem sem troca, troca, mas mas sob sob aa aparencia aparência de de troca. troca. Este Este sistema sistema de de troca troca repousa repousa sobre sobre oo capital capital como como oo seu seu fundamento, fundamento, ee se se eé considerado considerado separado separado dele, dele, tal tal como como se se mostra mostra na na superficie superfície mesma, mesma, como como sistema sistema autonomo, autônom o, entao então isto isto eé mera mera aparencia, aparência, mas mas uma um a aparencia aparência necessaria. necessária. Por Por conseconse­ guinte, guinte, agora agora nao não eé mais mais de de admirar adm irar que que oo sistema sistema dos dos valores valores de de troca troca -— troca troca de de equivalentes equivalentes medidos medidos pelo pelo trabalho trabalho -— se se converta converta ou ou antes antes mostre mostre como como oo seu seu pano pano de de fundo fundo oculto oculto apropriaciio apropriação de de trabalho trabalho alheio alheio sem sem troca, troca, separacao separação plena plena de de trabalho trabalho ee propriedade. propriedade. Pois Pois o o dominio domínio do do valor valor de de troca troca mesmo mesmo ee da da producao produção que que produz produz valores valores de de troca troca supoe supõe capacidade capacidade alheia alheia de de trabalho trabalho ela ela mesma mesma como como valor valor de de troca troca -— isto isto e, é, separacao separação da da capacidade capacidade viva viva de de trabalho trabalho diante diante das das suas suas condicondi­ <;oes ções objetivas; objetivas; comportamento comportamento perante perante as as mesmas mesmas -— ou ou perante perante aa sua sua propria própria objetividade objetividade -— como como propriedade propriedade alheia; alheia; comportamento comportamento perante perante as as mesmas, mesmas, numa numa palavra, palavra, como como capital. capital. S6 Só nos nos tempos tempos do do declinio do feudalismo, mas onde ainda ha lutas intestinas declínio do feudalismo, mas onde ainda há lutas intestinas — assim assim na na lnglaterra Inglaterra do do seculo século XIV X IV ee primeira primeira metade metade do do seculo século XV XV -, — , esta está aa epoca época de de ouro ouro para para oo trabalho trabalho que que esta está se se emancipando. emancipando. Para Para que que o o trabalho trabalho novamente novamente se se comporte comporte perante perante as as suas suas condicoes condições objetivas objetivas como como aa sua sua propriedade, propriedade, um um outro outro sistema sistema tern tem que que tomar tom ar oo lugar lugar do do

360 360 sistema troca privada poe troca de trabalho sistema da da troca privada que, que, como como vimos, vimos, põe troca de trabalho objetiobjeti­ vado por de trabalho trabalho ee por isso apropriacao vado por capacidade capacidade de por isso apropriação de de trabalho trabalho vivo A maneira transformaa em vivo sem sem troca. troca. -— A maneira como como oo dinheiro dinheiro se se transform em capital capital com bastante simples com freqiiencia freqüência se se mostra mostra historicamente historicamente de de modo modo bastante simples ee pal pave) assim: faz trabalhar varies palpável assim: 0o mercador, mercador, por por exemplo, exemplo, faz trabalhar para para si si vários teceloes ee Iiandeiros haviam tecido tecelões fiandeiros que que ate até entao então haviam tecido ee fiado fiado como como ocupacao ocupação colateral colateral aa ocupacao colateral aà agricultura agricultura 82, 82, tomando tom ando esta esta ocupacao ocupação colateral ocupação central para mas entao deles ee os central para eles; eles; mas então esta está seguro seguro deles os colocou colocou sob sob aa sua sua tutela como Jar ee tutela como trabalhadores trabalhadores assalariados. assalariados. Arrasta-los Arrastá-los entao então do do seu seu lar reuni-los numa passo posterior. reuni-los numa casa casa de de trabalho trabalho eé um um passo posterior. Neste Neste processo processo simples claro que nao preparou nem materia-prima, simples esta está claro que ele ele não preparou nem matéria-prima, nem nem instruinstru­ mentos, nem meios meios de para oo tecelão tecelao ee oo fiandeiro. mentos, nem de vida vida para fiandeiro. Tudo Tudo oo que que ele fez eé limita-los qual ele fez limitá-los pouco pouco aa pouco pouco aa uma uma especie espécie de de trabalho trabalho na na qual se do com comprador, do comerciante se tomam tornam dependentes dependentes da da venda, venda, do prador, do com ercian te 88, 33, finalmente s6 produzindo ainda por ele. Originariamente ele s6 finalmente só produzindo ainda para para ee por ele. Originariamente ele só comprava comprava o o trabalho trabalho deles deles pela pela compra compra do do produto produto deles; deles; tao tão logo. logo. eles eles tern limitar aà producao valor de produzir têm que que se se limitar produção deste deste valor de troca troca ee portanto portanto produzir imediatamente tern que seu trabalho imediatamente valores valores de de troca, troca, ,f / q que,f u e / têm que trocar trocar o o seu trabalho inteiramente existir, caem caem sob inteiramente por por dinheiro dinheiro para para poderem poderem continuar continuar aa existir, sob aa sua fim tambem de que vendiam sua tutela tutela ee por por fim também desaparece desaparece aa aparencia aparência de que lhe lhe vendiam produtos. compra lhes toma toma aa propriedade produtos. Ele Ele com pra o o trabalho trabalho deles deles ee lhes propriedade pripri­ meiro no produto, em seguida tambern no instrumento, ou meiro no produto, em seguida também no instrumento, ou entao então aa deixa deixa para propriedade aparente dirninuir os os seus para eles eles como como propriedade aparente aa fim fim de de diminuir seus pr6prios próprios custos As forrnas custos de de producao, produção. -— As forinas hist6ricas históricas originarias originárias nas nas quais quais o o capital localmente, capital aparece aparece primeiro primeiro esporadica esporádica ou ou localm ente, ao ao Lado lado dos dos antigos antigos modos de toda parte, modos de producao produção embora embora os os rompendo rompendo pouco pouco aa pouco pouco em em toda parte, siio propriamente dita ( ainda nao fabrica}; são de de um um lado lado aa manufatura manufatura propriamente dita (ainda não fábrica); esta onde se esta surge surge onde se produz produz em em massa massa para para aa exportacao, exportação, para para o o mercado mercado extemo - portanto portanto sobre sobre aa base extem o — base do do grande grande comercio com ércio maritimo m arítim o ee terresterres­ tre, tais como as cidades tre , em em seus seus emp6rios, empórios, tais como as cidades italianas, italianas, Constantinopla, Constantinopla, as Flandres, as holandesas, algumas algumas espanholas Barceas cidades cidades de de Flandres, as holandesas, espanholas como como Barce­ lona, os assim oiilona, etc. etc. lnicialmente Inicialmente aa manufatura m anufatura nao não atinge atinge os assim chamados chamados ofí­ cios industriais urbanos mas os do cios industriais u rb a n o s 34 34 -— mas os ojicios ofícios industriais industriais colaterais colaterais do s2 alemiio: "landliches "oficio (ou ocupacao) 32 Em Em alemão: “lãndliches Nebengewerb", Nebengewerb”, literalmente literalmente “ofício (ou ocupação) (co)lateral (co)lateral do do campo campo (ou (ou campesina)". campesina)”. Cf. Cf. nota nota 34. 34. ss "Verkauf" = "venda", “Kãufer” "Kaufer" = = "com38 Jogo Jogo de de palavras palavras com com os os cognatos cognatos “Verkauf” = “venda”, “com­ prador" ee "Kaufmann" prador” “Kaufmann” = "cornerciante". “comerciante”. 84 34 Aqui Aqui oo termo termo "Gewerbe" “Gewerbe” (em (em sentido sentido amplo amplo "ocupacao", “ocupação”, "oficio") “ofício”) eé usado usado no de atividade de materia-prima, de no sentido sentido estrito estrito de atividade transformadora transformadora de matéria-prima, abrangendo abrangendo de um lado atividades de de um lado aa industria indústria ee de de outro outro o o artesanato, artesanato, com com exclusao exclusão das das atividades obtencao agricultura, mineracao) obtenção de de materia-prima matéria-prima ((agricultura, mineração)., Este Este conjunto conjunto tarnbem também pode pode ser designado pelo qual não niio adotamos conser designado pelo portugues português "indtistria", “indústria”, o o qual adotamos para para evitar evitar con­ fusoes com por “Industrie”, "Industrie", ou no sentido fusões com o o que que Marx Marx designa designa por ou seja, seja, indiistria indústria no sentido estrito. estrito.

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361 361 campo, menos exige habilidade corcam po, fiac;ao fiação ee tecelagem, tecelagem, oo trabalho trabalho que que menos exige habilidade cor­

perativa, numa arte. aqueles grandes onde porativa, formacao formação numa arte. Afora Afora aqueles grandes emp6rios, empórios, onde aa producao um mercado externo, estando portanto produção encontra encontra aa base base de de um mercado externo, estando portanto orientada por por assim naturalmente ao valor de de troca orientada assim dizer dizer naturalmente ao valor troca -— portanto portanto manufaturas com aa navegacao, namanufaturas diretamente diretamente conectadas conectadas com navegação, aa construcao construção na­ val instala as primeiras sedes sedes nao cidades, val mesma, mesma, etc. etc. -, — , ela ela instala as suas suas primeiras não nas nas cidades, mas no campo, campo, em Os oficios mas no em aldeias aldeias nao não corporativas, corporativas, etc. etc. Os ofícios industriais industriais colaterais manufatura, colaterais do do campo campo contem contêm aa base base ampla ampla da da m anufatura, enquanto enquanto os os oficios um elevado ofícios industriais industriais urbanos urbanos requerem requerem um elevado progresso progresso da da producao produção aa fim poder se fim de de poder se desenrolar desenrolar conforme conforme /f oo modelo modelo daf d a / fabrica. fábrica. Da Da mesma ramos tais como fabricas mesma maneira maneira ramos tais de de producao produção -— como fábricas de de vidro, vidro, de de metal, de antemao requerem mais mais concentracao metal, serrarias, serrarias, etc., etc., que que de antemão requerem concentração de de Iorcas empregam mais mais forcas forças de de trabalho; trabalho; f/ qquef u e / de de antemao antemão empregam forças naturais, naturais, requerendo producao em meios requerendo produção em massa massa e e igualmente igualmente concentracao concentração dos dos meios de etc. De de trabalho, trabalho, etc. etc. Igualmente Igualmente Iabricas fábricas de de papel, papel, etc. De outro outro lado lado oo surgimento surgimento do do arrendatario arrendatário ee aa transformacao transform ação da da populacao população agricola agrícola em em diaristas esta transtormacao imponha diaristas livres. livres. Embora Em bora esta transform ação s6 só por por ultimo último se se imponha no consequencias ee em pura, no campo campo em em suas suas ultimas últimas conseqüências em sua sua forma forma mais mais pura, comeca cedo. Os começa junto junto nele nele mais mais cedo. Os antigos, antigos, que que jamais jamais ultrapassaram ultrapassaram aa diligencia urbana num numaa arte, arte, nunca nunca podiam podiam chegar diligência propriamente propriamente urbana chegar por por isso ate aa grande 0 primeiro primeiro pressuposto pressuposto desta isso até grande indiistria. indústria. O desta ée fazer fazer o o campo campo entrar amplitude na producao nao entrar em em toda toda aa sua sua amplitude na produção não de de valores valores de de uso, uso, mas de troca, Fabricas de vidro, de mas de de valores valores de troca. Fábricas de vidro, de papel, papel, siderurgias, siderurgias, etc., etc., nao em massa, não podem podem funcionar funcionar corporativamente. corporativamente. Requerem Requerem producao produção em massa, vendagem por parte parte do do emvendagem num num mercado mercado geral; geral; fortuna fortuna em em dlnheiro dinheiro por em­ presario se ele criasse as nem., as presário -— nao não como, com o.se ele criasse as condicoes, condições, nem as subjetivas subjetivas nem mas estas estas condicoes sob as as nem as as objetivas, objetivas, mas condições nao não · podem podem ser ser juntadas juntadas sob antigas propriedade ee de producao. -— A antigas relacoes relações de de propriedade de produção. A dissolucao dissolução das das relacoes surgimento da relações ddee ·' servidao, servidão, assim assim corno como o o surgimento da manufatura, m anufatura, transtrans­ formam trabalho em em framosf formam entao então pouco pouco a a pouco pouco todos todos os os ramos ramos de de trabalho /ra m o s / acionados f: claro acionados pelo pelo capital. capital. -— É claro que, que, /fna n a forma forma ddosf o s / diaristas diaristas ee serventes nao corporativos, as cidades mesmas contêm contem um serventes não corporativos, etc., etc., as cidades mesmas um eleele­ mento para aa Iormacao dito. — mento para formação do do trabalho trabalho assalariado assalariado propriamento propriamento dito. Se vimos que transtormacao Se destarte destarte vimos que a a transform ação do do dinheiro dinheiro em em capital capital pressupoe m processo pressupõe ·u um processo historico histórico que que separou, separou, qae qse autonomizou autonomizou as as concon­ dicoes outro dições objetivas objetivas de de trabalho trabalho contra contra o o trabalhador trabalhador -— entao então de de outro lado vez surgido lado o o efeito efeito do do capital capital uma uma vez surgido ee do do seu seu processo processo ée submeter submeter aa si toda aa producao levar aa cabo si toda produção ee em em toda toda parte parte levar cabo e e desenvolver desenvolver aa separacao trabalho - ee propriedade, separação entre entre trabalho propriedade, entre entre o o trabalho trabalho ee as as condicoes condições objetivas desenvolvimento ulterior objetivas de de .trabalho, .trabalho. Quando Quando do do desenvolvimento ulterior mostrar-se-a mostrar-se-á como artesanal, pequena da como oo capital capital aniquila aniquila trabalho trabalho artesanal, pequena propriedade propriedade da terra etc., ea terra f/ e emf m / que que f/ oo proprietario proprietário ftrabalha, /tr a b a lh a , etc., e a si si mesmo mesmo naquelas naquelas formas ndo aparece - no no pequeno pequeno formas em em que que não aparece em em oposicao oposição ao ao trabalho trabalho —

362 362 capital intermediaries, generos capital ee nos nos generos gêneros intermediários, gêneros hibridos híbridos entre entre os os antigos antigos modos ou tal re oo fund amen to do modos de de producao produção ((ou tal como como se se renovaram renovaram sob sobre fundamento do capital) modo de mesmo. capital) ee o o modo de producao produção classico, clássico, adequado, adequado, do do capital capital mesmo. A acumulacao pressuposta A unica única acumulação pressuposta no no surgimento surgimento do do capital capital é aa da da [ortuna por si inteiramente improfortuna em em dinheiro, dinheiro, que que considerada considerada em em si si ee por si eé inteiramente impro­ dutiva, dutiva, tat tal como como surge surge so só da da circulacao circulação ee pertence pertence so só aa ela. ela. 0 O capital capital forma rapidamente mercado interno forma rapidamente um um mercado interno aniquilando aniquilando todos todos os os offcios ofícios industriais industriais colaterais colaterais do do carnpo, campo, portanto portanto fiando fiando ee tecendo tecendo para para todos, todos, vestindo vestindo todos, todos, etc., etc., em em surna, suma, trazendo trazendo na na forma forma de de valores valores de de troca troca as mercadorias anteriormente imediatos, as mercadorias anteriormente criadas criadas como como valores valores de de uso uso imediatos, um processo que resulta espontaneamente um processo que resulta espontaneamente de de os os trabalhadores trabalhadores serem serem desligados mesmo que desligados do do solo solo ee da da propriedade propriedade ((mesmo que seja seja na na forma forma servil) servil) sobre sobre as as condicoes condições de de producao. produção. -— Ouanto Quanto ao ao artesanato artesanato urbano, urbano, embora embora repouse repouse essencialmente essencialmente sobre sobre troca valores de irnediata troca ee criacao criação de de valores de troca, troca, aa finalidade finalidade principal principal ee imediata desta producao eé subsistencia desta produção subsistência como com o artesiio, artesão, como com o mestre-artesao, m estre-artesão, !porfportanto uso; nao valor de tanto valor valor de de uso; não enriquecimento, enriquecimento, nao não valor de troca troca como com o valor valor de toda parte parte aa producao de troca. troca. Por Por conseguinte, conseguinte, em em toda produção esta está subordinada subordinada aa um um consumo pressuposto, aa oferta consumo pressuposto, oferta j'subordinadaj' / s u b o r d i n a d a / aà demanda demanda ee so só se se amplia amplia vagarosamente. vagarosamente. -— A produciio de A produção de capitalistas capitalistas ee trabalhadores trabalhadores assalariados assalariados eé portanto portanto um principal do um produto produto principal do processo processo de de valorizacao valorização do do capital. capital. A A economia economia usual, isso completausual, que que so só tern tem em em mira mira as as coisas coisas produzidas, produzidas, esquece esquece isso completa­ mente. trabalho objetivado mente. Na Na medida medida em em que que neste neste processo processo oo trabalho objetivado eé simulsimul­ taneamente posto como taneamente posto como nao-obietividade não-objetividade do do trabalhador, trabalhador, como como objetiviobjetivi­ dade dade de de uma uma subjetividade subjetividade contraposta contraposta ao ao trabalhador, trabalhador, corno como proprieproprie­ dade tempo necesdade de de uma uma vontade vontade alheia alheia aa ele, ele, o o capital capital eé ao ao mesmo mesmo tempo neces­ sariamente pensamento de sariamente j'oj' / o / capitalista capitalista ee eé inteirarnente inteiramente fatso falso o o pensamento de alguns precisariamos do alguns socialistas socialistas j'segundo /s e g u n d o oo qualj' q u a l / precisaríamos do capital, capital, nao não dos dos capitalistas. capitalistas. No No conceito conceito de de capital capital esta está posto posto que que as as condicoes condições objeobje­ tivas trabalho -— ee estas tivas de de trabalho estas siio são oo seu seu proprio próprio produto produto -— assumem assumem personaiidade postas corno personalidade frente frente aa este esle ou, ou, oo que que cé oo rnesmo, mesmo, que que estao estão postas como propriedade trabalhador. No No conceito propriedade de de uma uma personalidade personalidade alheia alheia ao ao trabalhador. conceito de erro de de capital capital esta está contido contido oo capitalista. capitalista. Todavia, Todavia, este este erro de maneira maneira algurna falam alguma eé rnaior m aior do do que, que, por por exemplo, exemplo, oo de de todos todos os os fil6sofos filósofos que que falam de romanos. Isto lsto eé de capital capital na na antiguidade, antiguidade, j' / ddej' e / capitalistas capitalistas gregos, gregos, romanos. apenas trabalho era apenas uma uma outra outra expressao expressão para para dizer dizer que que o o trabalho era livre livre na na Grecia Roma, oo que Grécia ee em em Roma, que dificilmente dificilmente j'e / / é oo quej' q u e / estes estes senhores senhores gosgos­ tariam tariam de de afirmar. afirmar. Que Que agora agora nao não s6 só charnarnos chamamos de de capitalistas capitalistas os os pospos­ suidores suidores de de plantacoes plantações na na America, América, mas mas que que o o sao, são, repousa repousa no no fato fato de de que que eles eles existem existem corno como anomalias anomalias dentro dentro de de urn um mercado mercado mundial mundial que que repousa repousa sobre sobre oo trabalho trabalho livre. livre. Caso Caso se se trate trate da da palavra palavra capital, capital, aa qual qual

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363 363

não ocorre entre entre os os antigos antigos *, *, entao então as as hordas hordas ainda ainda nomades nômades com com nao ocorre os os seus seus rebanhos rebanhos nas nas estepes estepes da da Asia Ásia setentrional setentrional sao são os os maiores maiores capicapi­ talistas, ja já que que capital capital quer quer originariamente originariamente dizer dizer gado, gado, em em virtude virtude do do talistas, que oo contrato contrato de de meacao meação que que por por falta falta de de capital capital 6é ainda ainda frequentefreqüente­ que celebrado na Franca França meridional meridional tfse / s e chamatf c h a m a / precisa precisa e excepcioexcepcio­ mente celebrado nalmente bail bail de de bestes bestes à cheptel c h e p te l8~. 35. Se Se quisermos quisermos nos nos aventurar aventurar num num nalmente mau latim, os nossos nossos capitalistas capitalistas ou ou capita/es capitales homines homines seriam seriam os os "qui “qui mau latim, os debent censum de de capite" capite” 86• 36. de bent censum Na determinacao determinação do do conceito conceito de de capital capital encontram-se encontram-se dificuldades dificuldades Na que que nao não ocorrem ocorrem quanto quanto ao ao dinheiro; dinheiro; o o capital capital 6é essencialmente essencialmente tf / ootf/ capitalista; mas mas ao ao mesmo mesmo tempo tempo tarnbem também ;f / / ée;f / / por por sua sua vez vez capital capital capitalista; como elemento elemento do do subsistir subsistir do do capitalista capitalista /tfe emboratf m b o r a / diferente diferente dele dele ou ou como 87• Assim, tfcomotf / c o m o / aa producao produção em em geral g e ra l37. Assim, mais mais adiante adiante acharemos acharemos que que sob sob capital capital se se subsume subsume muita muita coisa coisa que que parece parece nao não caber caber nele nele segundo segundo seu conceito. conceito. Capital Capital é emprestado, emprestado, por por exemplo. exemplo. É acumulado, etc. etc. oo seu £ acumulado, Em todas estas Em todas estas designacoes designações parece parece ser ser mera mera coisa coisa ee coincidir coincidir inteirainteira­ mente com com aa materia matéria na na qua! qual consiste. Mas isto isto ee outras outras coisas coisas se se esclaescla­ mente consiste. Mas recerão no no decurso decurso do do desenvolvimento. desenvolvimento. (De (D e passagem passagem ainda ainda se se observe observe recerao jocosamente: jocosamente: oo honesto honesto Adam Adam Mtiller, Müller, que que toma tom a mui mui misticamente misticamente todas todas as locuções figuradas, na vida comum comum tambem também ouviu ouviu ;{falartf / f a l a r / de de capital capital as locucoes figuradas, na vida vivo em em oposicao oposição ao ao morto, m orto, ee agora agora isto isto eé ajeitado ajeitado por por ele ele teosoficateosoficavivo mente. mente. Rei Rei Aethelstan Aethelstan poderia poderia ter-lhe ter-lhe ensinado ensinado algo algo aa respeito: respeito: Reddam Reddam de meo meo proprio proprio decimas décimas Deo Deo tam tam in in Vivente Vivente Capitale C apitale (gado (gado vivo), vivo), quam quam de in mortis m ortis [ructuis fructuis terrae terrae (frutos (frutos mortos mortos da da terra) te rra )38.) Dinheiro permanece in 38.) Dinheiro permanece sempre a mesma mesma forma forma no mesmo substrato; e assim assim pode ser mais sempre mesmo substrato; pode ser mais facilmente uma mesma mercafacilmente concebido concebido como como mera mera coisa. coisa. Mas Mas uma mesma coisa, coisa, merca­ doria, dinheiro, dinheiro, etc., etc., pode pode representar representar capital capital ou ou redito, rédito, etc. etc. Destarte, Destarte, doria,

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** Embora entre OS os gregos apxsra apXEia corresponda aà principalis summa rei creditae creditae so. 34a. 34a O O montante daquilo que que se se emprestou, emprestou, ou ou seia, seja, o o capital, capital, sern sem incluir os juros juros iwa montante daquilo incluir os pagos pelo pelo ernprestimo. empréstimo. Segundo Segundo Pedro Pedro Seaton Scarón (cf. (cf. Op. Op. cit. cit. aà nota nota 1, 337) aa pagos I, p. p. 337) edição alemii alemã grafa grafa incorretarnente incorretamente o o termo termo grego grego que que designa designa "fundo “fundo de de capital", capital”, ediyao correto sendo sendo apxafov. ocp^oüovoo correto 36 Arrendamento de provem da 35 Arrendamento de gado. gado. A A palavra palavra "cheptel" “cheptel” (e (e tambem também "capital") “capital”) provém da mesma mesma raiz. raiz latina latina "caput" “caput” = = "cabeca". “cabeça”. 38 36 Homens Homens que que pagam pagam uma uma capitacao, capitação, ou ou seja, seja, uma uma contribuicao contribuição por por cabeca, cabeça, "que “que devem uma uma contribuicao contribuição por por cabeca". cabeça”. devem 37 0 O artigo artigo manuscrito manuscrito abreviadamente abreviadamente por por Marx Marx foi foi interpretado interpretado pelos pelos editores editores sr alemães como como nominativo, nominativo, ee assim assim traduzimos. traduzimos. Se Se o o interpretarmos interpretarmos como como genitive genitivo alemiies temos ff/ da temos que que !er: ler: "ou “ou ffcomo / c o m o elemento e le m e n to da produ9iio produção em em geral". geral”. as inves de 38 Sic! Sic! na na ediyao edição alemii. alemã. Para Para corrigir corrigir o o latim latim escreva-se escreva-se "Capital" “Capital” ao ao invés de “Capitale” ee "mortuis “mortuis fructibus fructibus terrae" terrae” ao ao inves invés de de "morris “mortis fructuis fructuis terrae". terrae”. TraTra­ "Capitale" dução: "Do “D o que que ffeff / é / meu meu pr6prio próprio restituirei restituirei um um decimo décimo aa Deus, tanto em em duyao: Deus, tanto gado vivo vivo quanto quanto em em frutos frutos mortos mortos da da tetra", terra”. gado

364 364 mesmo mesmo aos aos economistas economistas esta está claro claro que que dinheire dinheiro nao não eé nada nada palpavel, palpável, mas mas que que aa mesma mesma coisa coisa pode pode estar estar subsumida subsumida ora ora sob sob aa determinacao determinação capital, capital, ora ora sob sob uma um a determinacao determinação outra outra ee contraposta, contraposta, ee segundo segundo tal tal eê ou ou nao não eé capital. capital. :S É entao então manifestamente manifestamente uma um a relaciio relação ee so só pode pode ser ser uma uma relaciio relação de d e produciio. produção.

Vimos Vimos coma como aa natureza natureza verdadeira verdadeira do· do capital capital s6 só se se faz faz presente presente no no final final do d o segundo segundo ciclo. ciclo. 0 O que que temos temos que que considerar considerar agora agora eé oo ciclo ciclo mesmo mesmo ou ou aa circulaciio circu lação 39 39 do do capital. capital. Originariamente Originariamente aa producao produção parepare­ cia cia se se situar situar alem além da da circulacao circulação ee aa circulacao circulação alem além da da producao. produção. 0 O ciclo - aa circulacao ciclo do do capital capital — circulação posta posta coma como circulacao circulação do do capital capital -— abarca abarca ambos ambos os os mementos. momentos. Nela Nela aa producao produção aparece aparece coma como ponto ponto final final ee inicial inicial da da circulacao circulação ee vice-versa. vice-versa. A A autonomia autonom ia da da circulacao circulação esta está agora ma maneira agora rebaixada rebaixada aa uma uma mer meraa aparencia, aparência, da da mes mesma maneira que que oo tf / / caracará­ ter ter detf d e / estar-alem estar-além da da producao. produção.

39 39 Aqui A qui Marx M arx usa usa 9 o termo term o gerrnanico germ ânico "Umlauf" “U m lauf” = = "circulacao"; “circulação” , "rota~lio.,, “rotação”, para para

jogar jogar com com o o cognate cognato "Kreislauf" “K reislauf” = = "ciclo". “ciclo”. No N o restante restante do do paragrafo parágrafo utiliza utiliza o o termo term o Iatirro latino "Zirkulation" “Zirkulation” = = "circulacao", “circulação”.

3. K. MARX K. MARX F. ENGELS: 3. E F. E ENGELS: BURGUESES E PROLETAR PROLETÁRIOS BURGUESES IOS * 11

*

A hist6ria história de de todas todas as as sociedades sociedades que existiram ate até nossos dias 22 A que existiram nossos dias tem tem sido sido aa hist6ria história das das lutas lutas de de classes. classes. Homem livre livre ee escravo, escravo, patricio patrício ee plebeu, plebeu, barao barão ee servo, servo, mestre mestre Homem de corporacao corporação ee companheiro, companheiro, numa num a palavra, palavra, opressores opressores ee oprimidos, oprimidos, de em em constante constante oposicao, oposição, tem têm vivido vivido numa num a guerra guerra ininterrupta, ininterrupta, ora ora franca, franca, ora disfarcada; disfarçada; uma um a guerra guerra que que terminou term inou sempre, sempre, ou ou por por uma um a transfertransforora Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K. e e ** Reproduzido

E n g e l s , F. F. M anifesto do do Partido Partido Comunista. Comunista. Sao São ENGELS, Manifesto Paulo, Paulo, Escriba, Escriba, s.d. s.d. p. p. 22-37. 22-37. Por burguesia burguesia compreende-se compreende-se aa classe classe dos dos capitalistas capitalistas modernos, m odernos, prcprietanos proprietários 11 Por dos meios de produ9ao produção social, social, que que empregam em pregam o o trabalho trabalho assalariado. assalariado. Por P or proleprole­ dos meios de tários cornpreende-se compreende-se aa classe classe dos dos trabalhadores trabalhadores assalariados assalariados modernos, modernos, que, que, pripri­ tarios vados vados de de meios meios de de produ9ao produção pr6prios, próprios, se se veem vêem obrigados obrigados aa vender vender sua sua for~a força de de trabalho trabalho para para poderem poderem existir. existir. (Nota (N o ta de de Engels Engels aà edi9ao edição inglesa inglesa de de 1888.) 1888.) Isto e, é, aa hist6ria história escrita. escrita. A A pré-história, história da da oraaniza~o organização social social que que 22 Isto pre-historia, aa hist6ria precedeu precedeu toda toda aa hist6ria história escrita, escrita, era era ainda, ainda, em em 1847, 1847, quase quase desconhecida. desconhecida. Depois, Depois, Harthausen H arthausen descobriu descobriu na n a Russia Rússia aa propriedade propriedade comum com um da da terra. terra. Maurer M aurer de· de­ m onstrou que que esta esta constitufa constituía aa base base social social de de onde onde derivavam derivavam historicamente historicam ente monstrou todas as as tribos tribos teutonicas teutônicas ee verificou-se, verificou-se, pouco pouco aa pouco, pouco, que que aa comunidade com unidade rural rural todas com posse posse coletiva coletiva da da terra terra era era aa forma form a primitiva prim itiva da da sociedade sociedade desde desde as as Indias índias com até aa Irlanda. Irlanda. Finalmente, Finalm ente, aa organizacao organização interna interna desta desta sociedade sociedade comunista comunista ate prim itiva foi foi desvendada desvendada em em sua sua forma form a tipica típica pela pela descoberta descoberta decisiva decisiva de de Morgan, M organ, primitiva que que revelou revelou aa natureza natureza verdadeira verdadeira da da gens gens ee seu seu lugar lugar na na tribo, tribo. Com Com aa dissolu~l!.o dissolução dessas dessas comunidades comunidades primitivas, primitivas, comeca com eça aa divisjo divisão da d a sociedade sociedade em em classes classes difedife­ rentes ee finalmente finalm ente antagonicas, antagônicas. (Neta (N o ta de de Engels Engels aà edi9ao edição inaleaa inglesa de de 1888 1888 ee rentes edição alemd alem ã de de 1890.) 1890.) Procurei Procurei analisar analisar esse processo na na obra obra Der D e r Ursprung Ursprung aà edi9ao esse processo de, der Pamilie, Familie, des des Privateigentums Privateigentums und und des des Staats Staats [A [A origem origem da da [amilia, família, da da propro­ prledade priedade privada privada ee do do E,tado], Estado], 2. 2. ed. ed. Stuttgart, Stuttgart, 1886. 1886. (Nota (N o ta de de Engels Engels a à edi~ao edição inglesa de de 1888.) 1888.) inglesa

366 366 macao inteira, ou pela destruição destruicao das das duas duas mação revolucionaria revolucionária da da sociedade sociedade inteira, ou pela classes classes em em luta. luta. Nas primeiras epocas verificamos, quase toda parte, parte, Nas primeiras épocas hist6ricas, históricas, verificamos, quase por por toda uma sociedade em uma escala uma completa completa divisao divisão da da sociedade em classes classes distintas, distintas, uma escala graduada encontramos patricios, graduada de de condicoes condições sociais. sociais. Na Na Roma Rom a antiga antiga encontramos patrícios, cavaleiros, escravos; na Idade Media, mescavaleiros, plebeus, plebeus, escravos; na Idade Média, senhores, senhores, vassalos, vassalos, mes­ tres, em cada classes, gradacoes tres, companheiros, companheiros, servos; servos; e, e, em cada uma uma destas destas classes, gradações especiais. especiais. A burguesa moderna, que brotou brotou das A sociedade sociedade burguesa moderna, que das ruinas ruínas da da sociedade sociedade \ feudal, substituir feudal, nao não aboliu aboliu os os antagonismos antagonismos de de classe. classe. Nao Não fez fez senao senão substituir novas novas condicoes novas classes, classes, novas condições de de opressao, opressão, novas novas formas formas de de luta luta as às que existiram no passado. que existiram no passado. Entretanto, aa nossa nossa epoca, Entretanto, época, aa epoca época da da burguesia, burguesia, caracteriza-se caracteriza-se por por ter classe. A sociedade divide-se ter simplificado simplificado os os antagonismos antagonismos de de classe. A sociedade divide-se cada cada vez mais em em duas duas grandes vez mais em dois dois vastos vastos campos campos opostos, opostos, em grandes classes classes diadia­ metralmente burguesia ee oo proletariado. metralmente opostas: opostas: aa burguesia proletariado. Dos os burgueses das lpriDos servos servos da da ldade Idade Media Média nasceram nasceram os burgueses livres livres das !primeiras desta populacao sairarn os primeiros elernenmeiras cidades; cidades; desta população municipal, municipal, saíram os primeiros elemen­ tos _____ _ _ __ ____ — -------··-------- ----. -— tos da da burgucsia. burguesia. A America, aa circunavegacao A descoberta descoberta da da América, circunavegação da da Africa Africa ofereceram ofereceram aà burguesia um novo Os mercados burguesia em em ascenso ascenso um novo campo campo de de acao. ação. Os mercados da da India índia ee da da China, China, aa colonizacao colonização da da America, América, o o cornercio comércio colonial, colonial, oo incremento incremento dos dos meios meios de de troca troca e, e, em em geral, geral, das das mercadorias mercadorias imprimiram imprimiram um um impulso, im pulso,,. desconhecido ate entao, desconhecido até então, ao ao comercio, comércio, aà industria, indústria, aà navegacao, navegação, e, e, por por j' conseguinte, da, conseguinte, desenvolveram desenvolveram rapidamentc rapidam ente oo elemento elemento revolucionario revolucionário da sociedade decomposicao. · __.,, sociedade feudal feudal em em decomposição. A organizacao feudal em que era circunsA antiga antiga organização feudal da da industria, indústria, em que esta esta era circuns­ crita ja não nao podia crita aa corporacoes corporações fechadas, fechadas, já podia satistazer satisfazer as às necessidades necessidades que abertura de de novos mercados. A que cresciam cresciam com com aa abertura novos mercados. A manufatura m anufatura aa subssubs­ tituiu. industrial suplantou tituiu. A A pequena-burguesia pequena-burguesia industrial suplantou os os mestres mestres das das corpocorpo­ racoes; do trabalho trabalho entre diferentes corporações corporacoes desapareceu desapareceu rações; aa divisao divisão do entre as as diferentes diante do trabalho dentro da diante da da divisao divisão do trabalho dentro da pr6pria própria oficina, oficina. Todavia, mcrcados ampliavam-se vez mais: mais: aa procura Todavia, os os mercados ampliavam-se cada cada vez procura de de mercadorias aumentava sempre. insumercadorias aumentava sempre. A A pr6pria própria manufatura m anufatura tornou-se tornou-se insu­ ficientc; vapor ee aa maquinaria revolucionaram aa producao ficiente; entao, então, oo vapor m aquinaria revolucionaram produção industrial. manufatura; industrial. A A grande grande indiistria indústria rnoderna moderna suplantou suplantou aa m anufatura; aa media média burguesia aos milionarios burguesia manufatureira m anufatureira cedeu cedeu lugar lugar aos milionários da da industria, indústria, aos aos chefes verdadeiros exercitos modernos. chefes de de verdadeiros exércitos industriais, industriais, aos aos burgueses burgueses modernos. A grande A grande industria indústria criou criou o o mercado mercado rnundial mundial preparado preparado pela pela desdes­ coberta prodigiosamente oo coberta da da America. América. 0 O mercado mercado mundial mundial acelerou acelerou prodigiosamente desenvolvimento desenvolvimento do do comercio, comércio, da da navegacao navegação ee dos dos meios meios de de comunicacao comunicação por terra. terra. Este Este desenvolvirnento por desenvolvimento reagiu reagiu por por sua sua vez vez sobre sobre aa extensao extensão da e, à medida que aa industria, comercio, aa navegacao, da industria; indústria; e, medida que indústria, 0o comércio, navegação, as as

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vias ferreas férreas se se desenvolviam, desenvolviam, crescia crescia aa burguesia, burguesia, multiplicando seus vias multiplicando seus capitais Media. capitais ee relegando relegando aa segundo segundo plano plano as as classes classes legadas legadas pela pela Idade Idade Média. Vemos, Vemos, pois, pois, que que aa pr6pria própria burguesia burguesia moderna m oderna eé o o produto produto de de um um longo processo de desenvolvimento, desenvolvimento, de de uma uma serie série de de revolucoes revoluções no modo longo p.rocesso de no modo de producao ee de de produção de troca. troca. Cada Cada etapa etapa da da evolucao evolução percorrida percorrida pela pela burguesia burguesia era era acompanhada acompanhada de um progresso poli político correspondente. Classe Classe oprimida oprimida pelo pelo despodespo­ de um progresso tico correspondente. tismo tismo feudal, feudal, associacao associação armada armada administrando-se administrando-se aa si si propria própria na na comucomu­ na tributario na 3; 3; aqui, aqui, republica república urbana urbana independente, independente, ali, ali, terceiro terceiro estado, estado, tributário da periodo manufatureiro, da monarquia; monarquia; depois, depois, durante durante oo período manufatureiro, contrapeso contrapeso da da nobreza na rnonarquia monarquia feudal feudal ou ou absoluta, absoluta, pedra pedra angular angular das das grandes grandes nobreza na monarquias, aa burguesia, monarquias, burguesia, desde desde o o estabelecimento estabelecimento da da grande grande industria indústria ee do politica do mercado mercado mundial, mundial, conquistou, conquistou, finalmente, finalmente, aa soberania soberania política exclusiva exclusiva no no Estado Estado representativo representativo moderno. moderno. 0 O governo governo moderno moderno nao não eé senao senão um um cornite comitê para para gerir gerir os os negocios negócios comuns comuns de de toda toda aa classe classe burguesa. burguesa. A burguesia A burguesia desempenhou desempenhou na na Hist6ria História um um papel papel eminentemente eminentemente revolucionário. revolucionario. Onde poder, aa burguesia Onde quer quer que que tenha tenha conquistado conquistado oo poder, burguesia calcou calcou aos aos pes feudais, patriarcais patriarcais ee idilicas. pés as as relacoes relações feudais, idílicas. Todos Todos os os complexos complexos ee variados laces laços que que prendiam homem feudal superiores naturais naturais variados prendiam oo homem feudal aa seus seus superiores ela ela os os despedacou despedaçou sem sem piedade, piedade, para para so só deixar deixar subsistir, subsistir, de de homem homem para para homem, oo laco laço do do frio as duras duras exigencias exigências do do "pagamento “pagamento aa homem, frio interesse, interesse, as vista". . Afogou vista” Afogou os os fervores fervores sagrados sagrados do do extase êxtase religioso, religioso, do do entusiasmo entusiasmo cavalheiresco, nas aguas cavalheiresco, do do sentimentalismo sentimentalismo pequeno-burgues pequeno-burguês nas águas geladas geladas do calculo cálculo egoista. egoísta. Fez Fez da da dignidade dignidade pessoal um simples simples valor valor de de troca; troca; do pessoal um substituiu numerosas liberdades, substituiu as as numerosas liberdades, conquistadas conquistadas corn com tanto tanto esforco, esforço, pela pela única ee implacavel implacável liberdade liberdade de de cornercio. comércio. Em Em uma uma palavra, palavra, em em lugar unica lugar da lusoes religiosas burguesia coloda exploracao exploração velada velada por por .iilusões religiosas ee politicas, políticas, aa burguesia colo­ cou uma exploracao brutal. cou uma exploração aberta, aberta, cinica, cínica, direta direta ee brutal. A burguesia burguesia despojou despojou de de sua sua aureola auréola todas todas as as atividades atividades ate até entao então A reputadas reputadas veneraveis veneráveis ee encaradas encaradas com com piedoso piedoso respeito. respeito. Do Do medico, médico, do jurista, jurista, do do sacerdote, sacerdote, do do poeta, do sabio sábio fez fez seus seus servidores servidores assalaassala­ do poeta, do riados. riados. s3 "Cornunas" na Franca “Comunas” chamava-se chamava-se na França as às cidades cidades nascentes, nascentes, mesmo mesmo antes antes de de concon­ quistarem quistarem aa autonomia autonomia local local ee os os direitos direitos politicos políticos como como "terceiro “terceiro estado", estado”, liberliber­ tando-se de tando-se de seus seus amos amos ee senhores senhores feudais. feudais. De De modo modo geral, geral, considerou-se considerou-se aqui aqui aa lnglaterra tipico do Inglaterra pais país típico do desenvolvimento desenvolvimento econornico econômico da da burguesia, burguesia, ee aa Franca, França, pais tipico país típico de de seu seu desenvolvimento desenvolvimento politico. político. (Nota (N ota de de Engels Engels aà edicao edição inglesa inglesa de de 1888.) 1888.) Assirn, os Assim, os habitantes habitantes das das cidades, cidades, na na Italia Itália ee na na Franca, França, chamavam chamavam suas suas cornucomu­ nidades vez comprados nidades urbanas, urbanas, uma uma vez comprados ou ou arrancados arrancados aos aos senhores senhores feudais feudais os os seus seus primeiros uma administracao primeiros direitos direitos aa uma administração autonorna. autônoma. (Nota (Nota de de Engels Engels aà edi~ao edição alerna alemã de de 1890.) 1890.)

368 368 A A burguesia burguesia rasgou rasgou oo veu véu de de sentimentalismo sentimentalismo que que envolvia envolvia as as relarela­ c;oes ções de de famflia família ee reduziu-as reduziu-as aa simples simples relacoes relações monetarias. monetárias. A A burguesia burguesia revelou revelou como como aa brutal brutal manifestacao manifestação de de forca força na na Idade Idade Media, tao admirada reacao, encontra na Média, tão adm irada pela pela reação, encontra seu seu complemento complemento natural natural na ociosidade ociosidade mais mais completa. completa. Foi Foi aa primeira primeira aa provar provar oo que que pode pode realizar realizar aa atividade atividade humana: hum ana: criou criou maravilhas maravilhas maiores maiores que que as as piramides pirâmides do do Egito; Egito, os os aquedutos aquedutos romanos, romanos, as as catedrais catedrais g6ticas; góticas; conduziu conduziu expedicoes expedições que que empanaram empanaram mesmo mesmo as as antigas antigas invasoes invasões ee as as Cruzadas. Cruzadas. A incesA burguesia burguesia s6 só pode pode existir existir com com aa condicao condição de de revolucionar revolucionar inces­ santemente santemente os os instrumentos instrumentos de de producao, produção, por por conseguinte, conseguinte, as as relacoes relações de de producao produção e, e, com com isso, isso, todas todas as as relacoes relações sociais. sociais. A A conservacao conservação inalteinalte­ rada rada do do antigo antigo rnodo m odo de de producao produção constituia, constituía, pelo pelo contrario, contrário, aa primeira primeira condicao condição de de existencia existência de de todas todas as as classes classes industriais industriais anteriores. anteriores. Essa Essa revolucao todo o revolução continua contínua da da producao, produção, esse esse abalo abalo constante constante de de todo o sistema sistema social, social, essa essa agitacao agitação permanente permanente ee essa essa falta falta de de seguranca segurança distinguem distinguem relacoes aa epoca época burguesa burguesa de de todas todas as as precedentes. precedentes. Dissolvem-se Dissolvem-se todas todas as as relações sociais sociais antigas antigas ee cristalizadas, cristalizadas, com com seu seu cortejo cortejo de de concepcoes concepções ee de de id~ias idéias secularmente secularmente veneradas; veneradas; as as relacoes relações que que as as substituem substituem tornam-se tornam-se antianti­ quadas quadas antes antes de de se se ossificarem. ossificarem. Tudo Tudo oo que que era era solido sólido ee estavel estável se se esfuma, esfuma, tudo tudo oo que que era era sagrado sagrado é profanado, profanado, ee os os homens homens sao são obrigados obrigados finalmente finalmente aa encaiar encarar com com serenidade serenidade suas suas condicoes condições de de existencia existência ee suas suas relacoes relações reciprocas. recíprocas. Impelida novos, aa burguesia burguesia Impelida pela pela necessidade necessidade de de mercados mercados sempre sempre novos, invade todo Necessita estabelecer-se invade todo o o globo. globo. Necessita estabelecer-se em em toda toda parte, parte, explorar explorar em toda parte. · em toda toda parte, parte, criar criar vfnculos vínculos em em toda parte. Pela burguesia imprime imprime um Pela exploracao exploração do do mercado mercado mundial mundial aa burguesia um caracará­ ter cosmopolita todos os pafses. Para ter cosmopolita aà producao produção ee ao ao consumo consumo em em todos os países. Para desespero base nacional. desespero dos dos reacionarios, reacionários, ela ela retirou retirou aà industria indústria sua sua base nacional. As nacionais foram As velhas velhas industrias indústrias nacionais foram destruidas destruídas ee continuam continuam aa se-lo sê-lo diariamente. diariamente. Sao São suplantadas suplantadas por por novas novas indiistrias, indústrias, cuja cuja introducao introdução se se torna torna uma uma questao questão vital vital para para todas todas as as nacoes nações civilizadas, civilizadas, indtistrias indústrias que que nao mas sim não empregam empregam mais mais materias-primas matérias-primas aut6ctones, autóctones, mas sim materias-prim atérias-pri­ mas vindas produtos se mas vindas de de regioes regiões mais mais distantes, distantes, ee cujos cujos produtos se consomem consomem nao somente não somente no no proprio próprio pals país mas mas em em todas todas as as partes partes do do globo. globo. Em Em lugar das necessidades, satisfeitas nacionais, naslugar das antigas antigas necessidades, satisfeitas pelos pelos produtos produtos nacionais, nas­ cem que reclamam cem novas novas necessidades, necessidades, que reclamam para para sua sua satisfacao satisfação os os produtos produtos das das regioes regiões mais mais longinquas longínquas ee dos dos climas climas mais mais diversos. diversos. Em Em lugar lugar do do antigo si próprias, proprias, antigo isolamento isolamento de de regioes regiões ee nacoes nações que que se se bastavam bastavam aa si desenvolvem-se interdependendesenvolvem-se um um intercambio intercâmbio universal, universal, uma um a universal universal interdependên­ cia E isto cia das das nacoes. nações. E isto se se refere refere tanto tanto aà producao produção material material como como aà propro­ duc;ao intelectuais de dução intelectual. intelectual. As As criacoes criações intelectuais de uma um a nacao nação tornam-se tom am -se propro­ priedade A estreiteza priedade comum comum de de todas. todas. A estreiteza ee o o exclusivismo exclusivismo nacionais nacionais tortor­ nam-se cada vez nam-se cada vez mais mais impossiveis; impossíveis; das das inumeras inúmeras literaturas literaturas nacionais nacionais ee locais, uma literatura locais, nasce nasce uma literatura universal. universal.

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369 369 Devido Devido ao ao rapido rápido aperfeicoamento aperfeiçoamento dos dos instrumentos instrumentos de de producao produção ee ao ao constante constante progresso progresso dos dos meios meios de de comunicacao, comunicação, aa burguesia burguesia arrasta arrasta para mesmo as mais barbaras. para aa torrente torrente da da civilizacao civilização mesmo as nacoes nações mais bárbaras. Os Os baixos baixos precos pesada que todas as preços de de seus seus produtos produtos sao são aâ artilharia artilharia pesada que destr6i destrói todas as muralhas barbaros mais muralhas da da China China ee obriga obriga aa capitularem capitularem os os bárbaros mais tenazmente tenazmente hos tis aos rte, ela hostis aos estrangeiros. estrangeiros. Sob Sob pena pena de de mo morte, ela obriga obriga · todas todas as as nacoes nações aa adotarem burgues de adotarem o o modo m odo burguês de producao, produção, constrange-as constrange-as aa abracar abraçar oo que que ela ela chama chama civilizacao, civilização, isto isto é, aa se se tornarem tornarem burguesas. burguesas. Em Em uma uma palavra, cria palavra, cria um um mundo m undo aà sua sua imagem imagem ee semelhanca. semelhança. A Criou grandes A burguesia burguesia submeteu submeteu o o campo campo aà cidade. cidade. Criou grandes centros centros urbanos; populacao das urbanos; aumentou aumentou prodigiosamente prodigiosamente aa população das cidades cidades em em relacao relação aà dos isso, arrancou dos campos campos e, e, com com isso, arrancou uma uma grande grande parte parte da da populacao população do vida rural. do embrutecimento embrutecimento da da vida rural. Do Do mesmo mesmo modo m odo que que subordinou subordinou oo campo paises civilicampo aà cidade, cidade, os os paises países barbaros bárbaros ou ou semibarbaros semibárbaros aos aos países civili­ zados, subordinou os povos camponeses zados, subordinou os povos camponeses aos aos povos povos burgueses, burgueses, oo Oriente Oriente ao Ocidente. ao Ocidente. A burguesia suprime A burguesia suprime cada cada vez vez mais mais aa dispersao dispersão dos dos meios meios de de producao, produção, da da propriedade propriedade ee da da populacao. população. Aglomerou Aglomerou as as populacoes, populações, centralizou meios de propriedade em poucas centralizou os os meios de producao produção ee concentrou concentrou aa propriedade em poucas maos, necessaria dessas mãos. A A consequencia conseqüência necessária dessas transformacoes transformações foi foi aa centralicentrali­ za~ao zação politica. política. Provincias Províncias independentes, independentes, apenas apenas Iigadas ligadas por por debeis débeis laces laços federativos, possuindo federativos, possuindo interesses, interesses, leis, leis, govemos governos ee tarifas tarifas aduaneiras aduaneiras difedife­ rentes, rentes, foram foram reunidas reunidas em em uma uma s6 só na~o, nação, com com um um s6 só govemo, govemo, uma uma s6 barreira alfandegaria. só lei, lei, um um s6 só interesse interesse nacional nacional de· de* classe, classe, uma uma s6 só barreira alfandegária. A A btirguesia, burguesia, durante durante seu seu dominio domínio de de classe, classe, apenas apenas secular, secular, criou criou forcas produtivas todas as forças produtivas mais mais numerosas numerosas ee mais mais colossais colossais que que todas as geracoes gerações passadas passadas em em conjunto. conjunto. A A subjugacao subjugação das das forcas forças da da natureza, natureza, as as maquinas, máquinas, aa aplicacao aplicação da da quimica química aà indtistria indústria ee aà agricultura, agricultura, aa navegacao navegação aa vapor, vapor, as as estradas estradas de de ferro, ferro, o o telegrafo telégrafo eletrico, elétrico, aa exploracao exploração de de continentes continentes inteiros, inteiros, aa canalizacao canalização dos dos rios, rios, populacoes populações inteiras inteiras brotando brotando na na terra terra como como por por encanto encanto -— que que seculo século anterior anterior teria teria suspeitado suspeitado que que semelhansemelhan­ tes forcas produtivas produtivas estivessem tes forças estivessem adormecidas adormecidas no no seio seio do do trabalho trabalho social? social? Vemos troca, sobre Vemos pois: pois: os os meios meios de de producao produção ee de de troca, sobre cuja cuja base base se ergue Em se ergue aa burguesia, burguesia, foram foram gerados gerados no no seio seio da da sociedade sociedade feudal. feudal. Em um certo meios de um certo grau grau dQ: d e desenvolvimento desenvolvimento desses desses meios de producao produção ee de de troca, troca, as as condicoes condições em em que que aa sociedade sociedade feudal feudal produzia produzia ee trocav.a, trocava, aa organizacao organização feudal da feudal da agricultura agricultura ee · da da manufatura, manufatura, em em suma, suma, oo regime regime feudal feudal de de propriedade, deixaram forcas produtivas propriedade, deixaram de de corresponder corresponder as às forças produtivas em em pleno pleno desenvolvirnento. em lugar desenvolvimento. Entravavarn Entravavam aa producao produção em lugar de de impulsiona-la. impulsioná-la. Transformaram-se Transform aram -se em em outras outras tantas tantas cadeias cadeias que que era era preciso preciso despedacar; despedaçar; foram · foram despeda~adas. despedaçadas. Em Em seu seu lugar, lugar, estabeleceu-se estabeleceu-se aa livre livre concorrencia, concorrência, com com uma um a orgaorga­ nizacao economica nização social social ee politica política correspondente, correspondente, com com aa supremacia supremacia econômica ee politica política da da classe classe burguesa. burguesa.

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Assistimos Assistimos hoje hoje aa um um processo processo semelhante. semelhante. As As relacoes relações burguesas burguesas de de producao produção ee de de troca, troca, oo regime regime burgues burguês de de propriedade, propriedade, aa sociedade sociedade burguesa burguesa moderna, moderna, que que conjurou conjurou gigantescos gigantescos meios meios de de producao produção ee de de troca, ao feiticeiro troca, assernelha-se assemelha-se ao feiticeiro que que ja já nao não pode pode controlar controlar as as potencies potências infemais infernais que que pos pôs em em movimento movimento com com suas suas palavras palavras magicas. mágicas. Ha H á dezenas dezenas de de anos, anos, aa hist6ria história da da industria indústria ee do do cornercio comércio nao não eé senao senão aa hist6ria história da revolta das da revolta das torcas forças produtivas produtivas modernas modernas contra contra as as modernas modernas relacoes relações de de producao produção ee de de propriedade propriedade que que condicionam condicionam aa existencia existência da da burgueburgue­ sia sia ee seu seu dorninio. domínio. Basta Basta mencionar m encionar as as crises crises comerciais comerciais que, que, repetindo-se repetindo-se periodicamente, periodicamente, ameacam ameaçam cada cada vez vez mais mais aa existencia existência da da sociedade sociedade burbur­ guesa. guesa. Cada Cada crise crise destroi destrói regularmente regularmente nao não s6 só uma uma grande grande massa massa de de pr.odutos produtos ja já fabricados, fabricados, mas mas tambern também uma uma grande grande parte parte das das pr6prias próprias forcas Uma epidemia, forças produtivas produtivas ja já desenvolvidas. desenvolvidas. Uma epidemia, que que em em qualquer qualquer outra outra epoca época teria teria parecido parecido um um paradoxo, paradoxo, desaba desaba sobre sobre aa sociedade sociedade -— aa epidemia epidemia da da superproducao. superprodução. Subitamente, Subitamente, aa s6ciedade sociedade ve-se vê-se recondurecondu­ zida um estado zida aa um estado de de barbarie barbárie mornentanea; m omentânea; dir-se-ia dir-se-ia que que aa fome fome ou ou uma uma guerra guerra de de exterminio extermínio cortaram-lhe cortaram-lhe todos todos os os meios meios de de subsistencia; subsistência; aa industria indústria ee oo comercio comércio parecem parecem aniquilados. aniquilados. E E por por que? quê? Porque Poríjue aa sociedade sociedade possui possui demasiada demasiada civilizacao, civilização, demasiados demasiados meios meios de de subsistensubsistên­ cia, cia, demasiada demasiada industria, indústria, demasiado demasiado comercio, comércio. As As Iorcas forças produtivas produtivas de de que proque disp6e dispõe nao não mais mais favorecem favorecem oo desenvolvimento desenvolvimento das das relacoes relações de de pro­ priedade priedade burguesa; burguesa; pelo pelo contrario, contrário, tornaram-se tornaram -se por por demais demais poderosas poderosas para para essas essas condicoes, condições, que que passam passam aa entrava-las; entravá-las; ee todas todas as as vezes vezes que que as as torcas forças produtivas produtivas sociais sociais se se libertam libertam desses desses entraves, entraves, precipitam precipitam na na desordem desordem aa sociedade sociedade inteira inteira ee ameacam ameaçam aa existencia existência da da propriedade propriedade burguesa. burguesa. 0 O sistema sistema burgues burguês tornou-se tornou-se demasiado demasiado estreito estreito para para conter conter as as riquezas riquezas criadas criadas em em seu seu seio. seio. De De que que maneira maneira consegue consegue aa burguesia burguesia veneer essas vencer essas crises? crises? De De um um !ado, lado, pela pela destruicao destruição violenta violenta de de grande grande quantidade quantidade de de Iorcas forças produtivas; produtivas; de de outro outro lado, lado, pela pela conquista conquista de de novos novos mercados pela exploracao mercados ee pela exploração mais mais intensa intensa dos dos antigos. antigos. A A que que leva leva isso? isso? Ao Ao preparo preparo de de crises crises mais mais extensas extensas ee mais mais destruidoras destruidoras ee aà diminuicao diminuição dos dos meios meios de de evita-las. evitá-las. As armas As armas que que aa burguesia burguesia utilizou utilizou para para abater abater o o feudalismo, feudalismo, voltamvoltam-se hoje contra a pr6pria burguesia. -se hoje contra a própria burguesia. A A burguesia, burguesia, porem, porém, nao não forjou forjou somente somente as as armas armas que que lhe lhe darao darão morte; morte; produziu produziu tambern também os os homens homens que que manejarao m anejarão essas essas armas armas -— os os operarios operários modernos, modernos, os os proletdrios. proletários. Com Com oo desenvolvimento desenvolvimento da da burguesia, burguesia, isto isto e, é, do do capital, capital, desenvoldesenvol­ ve-se ve-se tambern também oo proletariado, proletariado, aa classe classe dos dos operarios operários modernos, modernos, que que s6 viver se só podem podem viver se encontrarem encontrarem trabalho, trabalho, ee que que s6 só encontram encontram trabalho trabalho na Esses operarios, na medida medida em em que que este este aumenta aum enta o o capital. capital. Esses operários, constranconstran­ gidos gidos aa vender-se vender-se diariamente, diariamente, sao são rnercadoria, mercadoria, artigo artigo de de cornercio comércio como como qualquer qualquer outro; outro; em em consequencia, conseqüência, estao estão sujeitos sujeitos aa todas todas as as vicissitudes vicissitudes da da concorrencia, concorrência, aa todas todas as as flutuacoes flutuações do do mercado. mercado.

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O trabalho, despoO crescente crescente emprego emprego de de maquinas máquinas ee aa divisao divisão do do trabalho, despo­ jando trabalho do todo jando oo trabalho do operario operário de de seu seu carater caráter autonorno, autônomo, tiram-lhe tiram-lhe todo atrativo. produtor passa atrativo. 0 O produtor passa aa um um simples simples apendice apêndice da da maquina máquina ee s6 só se se requer dele requer dele aa operacao operação mais mais simples, simples, mais mais mon6tona, monótona, mais mais Iacil fácil de, de aprender. aprender. Desse Desse modo, modo, o o custo custo do do operario operário se se reduz, réduz, quase quase exclusivaexclusiva­ mente, manutencao que lhe sao necessaries para para viver mente, aos aos meios meios de de manutenção que lhe são necessários viver ee perpetuar perpetuar sua sua existencia. existência. Ora, Ora, o o preco preço do do trabalho trabalho t.\ como como de de toda toda mercadoria, medida que mercadoria, eé igual igual ao ao custo custo de de sua sua producao. produção. Portanto, Portanto, aà medida que aumenta trabalho, decrescem aum enta oo carater caráter enfadonho enfadonho do do trabalho, decrescem os os salaries. salários. Mais Mais ainda, cresce com ainda, aa quantidade quantidade de de trabalho trabalho cresce com o o desenvolvimento desenvolvimento do do mamaquinismo quinismo ee da da divisao divisão do do trabalho, trabalho, quer quer pelo pelo prolongamento prolongamento das das horas horas de do trabalho de labor, labor, quer quer pelo pelo aumento aumento do trabalho exigido exigido em em um um tempo tempo deterdeter­ minado, minado, pela pela aceleracao aceleração do do rnovimento movimento das das maquinas, máquinas, etc. etc. A indiistria A indústria modema m oderna transformou transform ou aa pequena pequena oficina oficina do do antigo antigo mestre mestre da patriarcal na industrial capitalista. da corporacao corporação patriarcal na grande grande fabrica fábrica do do industrial capitalista. Massas M assas de de operarios, operários, amontoados amontoados na na Iabrica, fábrica, sao são organizadas organizadas militarmilitarmente. Como indiistria estao hierarmente. Como soldados soldados da da indústria estão sob sob aa vigilancia vigilância de de uma uma hierar­ quia quia completa completa de de oficiais oficiais ee suboficiais. suboficiais. Nao Não sao são somente somente escravos escravos da da classe classe burguesa, burguesa, do do Estado Estado burgues, burguês, mas mas tambem também diariamente, diariamente, aa cada cada hora, escravos do dono hora, escravos da da maquina, máquina, do do contramestre contramestre e, e, sobretudo, sobretudo, do dono da da fabrica. fábrica. E E esse esse despotismo despotismo eé tanto tanto mais mais mesquinho, mesquinho, odioso odioso ee exaspeexasperador, rador, quanto quanto maior m aior eé aa franqueza franqueza com com que que proclama proclam a ter ter no 110 lucro lucro seu seu objetivo objetivo exclusivo. exclusivo. Quanto Quanto menos menos o o trabalho trabalho exige exige habilidade habilidade ee forca, força, isto isto e, é, quanto quanto mais mais aa indtistria indústria modema m oderna progride, progride, tanto tanto mais mais o o trabalho trabalho dos dos homens homens eé suplantado diferencas de idade ee suplantado pelo pelo das das mulheres mulheres ee criancas. crianças. As As diferenças de idade de para aa classe de sexo sexo nao não tern têm mais mais importancia importância social social para classe operaria. operária. Nao Não ha senão senao instrumentos trabalho, cujo preco varia há instrumentos de de trabalho, cujo preço varia segundo segundo aa idade idade ee oo sexo. sexo. Depois Depois de de sofrer sofrer aa exploracao exploração do do fabricante fabricante ee de de receber receber seu seu salario salário em burguesia, em dinheiro, dinheiro, o o operario operário torna-se torna-se presa presa de de outros outros membros membros da da burguesia, do usurario, etc. do proprietario, proprietário, do do varejista, varejista, do do usurário, etc. As As camadas camadas inferiores inferiores da da classe classe media ipédia de de outrora, outrora, os os pequenos pequenos industriais, industriais, pequenos pequenos comerciantes comerciantes ee pessoas pessoas que que possuem possuem rendas, rendas, artearte­ saos nas fileiras proletariado; uns sãos ee camponeses, camponeses, caem caem nas fileiras do do proletariado; uns porque porque seus seus pequenos pequenos capitais, capitais, nao não lhes lhes permitindo permitindo empregar empregar os os processos processos da da grande grande industria, indústria, sucumbiram sucumbiram na na concorrencia concorrência com com os os grandes grandes capitalistas; capitalistas; outros novos meoutros porque porque sua sua habilidade habilidade profissional profissional eé depreciada depreciada pelos pelos novos mé­ todos proletariado eé recrutado recrutado em todos de de producao. produção. Assim, Assim, o o proletariado em todas todas as as classes classes da da populacao, população. 44 Mais Mais

tarde Marx nao vende tarde Marx demonstroudemonstrou • que que o o operario operário não vende seu seu trabalho, trabalho, porem porém sua forca de respeito aa introducao F. Engels sua força de trabalho. trabalho. Ver Ver aa respeito introdução de de F. Engels aà obra obra de de Marx Marx Trabalho Trabalho assalariado assalariado ee capital. capital. (Nota (N ota do do lnstituto Instituto do do Marxismo-Leninismo.) Marxismo-Leninismo.}

372 372 O O proletariado proletariado passa passa por por diferentes diferentes fases fases de de desenvolvimento. desenvolvimento. Logo Logo que que nasce nasce comeca começa sua sua luta luta contra contra aa burguesia. burguesia. A A princlpio, princípio, empenham-se empenham-se na na luta luta operarios operários isolados, isolados, mais mais tarde, tarde, operarios umaa mesma ramo operários de de um mesma Iabrica, fábrica, finalmente finalmente operarios operários do do mesmo mesmo ramo de industria indústria de de uma mesma localidade, localidade, contra contra oo burgues burguês que que os os exJ?lora explora de uma mesma diretarnente. diretamente. Nao N ão se se limitam limitam aa atacar atacar as as relacoes relações burguesas burguesas de de producao, produção, atacam destroem as atacam os os instrumentos instrumentos de de producao: produção: destroem as mercadorias mercadorias estranestran­ geiras lhes fazem maquinas, queimam as geiras que que lhes fazem concorrencia, concorrência, quebram quebram as as máquinas, queimam as fabricas para reconquistar posicao perdida fábricas ee esforcam-se esforçam-se para reconquistar aa posição perdida do do artesao artesão da ldade Idade Media. Média. da Nessa Nessa fase, fase, constitui constitui oo proletariado proletariado massa massa disseminada disseminada por por todo todo o o pais país ee dispersa dispersa pela pela concorrencia. concorrência. Se, Se, por por vezes, vezes, os os operarios operários se se unem unem para resultado de para agir agir em em massa massa compacta, compacta, isto isto nao não eé ainda ainda oo resultado de sua sua propria própria união, mas mas da da uniao união da da burguesia burguesia que, que, para para atingir atingir seus seus proprios próprios fins fins uniao, politicos, políticos, eé levada levada aa por pôr em em movimento movimento todo todo oo proletariado, proletariado, o o que que ainda ainda pode pode fazer fazer provisoriamente. provisoriamente. Durante D urante essa essa fase, fase, os os proletarios proletários nao não comcom­ batem ainda ainda seus seus pr6prios próprios inimigos, inimigos, mas os inimigos de seus seus inirhigos, inirfiigos, batem mas os inimigos de isto proprietaries territoriais; territoriais, os isto e, é, os os restos restos da da monarquia m onarquia absoluta, absoluta, os os proprietários os burgueses burgueses nao não industriais.. industriais,, os os pequeno-burgueses. pequeno-burgueses. Todo Todo oo movimento movimento histórico esta está desse desse modo modo concentrado concentrado nas nas mãos da burguesia, burguesia, ee qualqual­ hist6rico maos da quer quer vit6ria vitória alcancada alcançada nessas nessas condicoes condições eé uma uma vit6ria vitória burguesa. burguesa. Ora, mimero Ora, aa industria, indústria, desenvolvendo-se, desenvolvendo-se, nao não somente somente aumenta aumenta o o número dos proletários, mas concentra-os concentra-os em em massas massas cada cada vez vez mais mais considersconsiderá­ dos proletarios, mas veis; veis; sua sua torca força cresce cresce ee eles eles adquirem adquirem maior m aior consciencia consciência dela. dela. Os Os inteinte­ resses, resses, as as condicoes condições de de existencia existência dos dos proletarios proletários se se igualam igualam cada cada vez vez mais, aà medida que aa maquina máquina extingue extingue toda toda diferenca diferença do do trabalho trabalho ee rnais, medida que quase igualmente baixo. baixo. Em quase por por toda toda parte parte reduz reduz oo salario salário aa um um nivel nível igualmente Em virtude virtude da da concorrencia concorrência crescente crescente dos dos burgueses burgueses entre entre si si ee devido devido as às crises cornerciais comerciais que que disso disso resultam, resultam, os os salaries salários se se tornam tornam cada cada vez vez crises mais rapido das mais instaveis; instáveis; o o aperteicoamento aperfeiçoamento constante constante ee cada cada vez vez mais mais rápido das maquinas máquinas torna torna aa condicao condição de de vida vida do do operario operário cada cada vez vez mais mais precaria; precária; os choques choques individuais entre o o operario operário ee o o burgues burguês tomam tom am cada cada vez vez os individuais entre mais oo carater caráter de de choques choques entre entre duas duas classes. classes. Os Os operarios operários comecam começam mais aa formar unioes contra formar uniões contra os os burgueses burgueses ee atuam atuam em em comum comum na na defesa defesa de de seus salaries; salários; chegam chegam aa fundar associações permanentes permanentes aa fim fim de de se se pre­ seus fundar associacoes prepararem, previsao daqueles pararem, na na previsão daqueles choques choques eventuais. eventuais. Aqui Aqui ee ali ali aa luta luta se se transforma transform a em em motim. motim. Os operarios operários triunfam triunfam as às vezes; vezes; mas mas eé um um triunfo triunfo efemero. efêmero. 0 O Os verdadeiro resultado resultado de de suas suas lutas não eé oo exito êxito imediato, imediato, mas mas aa uniao união verdadeiro lutas nao cada cada vez vez mais mais ampla ampla dos dos trabalhadores. trabalhadores. Esta Esta uniao união eé facilitada facilitada pelo pelo crescimento dos dos meios meios de de cornunicacao comunicação criados criados pela pela grande grande indtistria indústria crescimento que permitem permitem oo contato contato entre entre operarios operários de de localidades localidades diferentes. diferentes. Ora, Ora, ee que basta locais, que basta esse esse contato contato para para concentrar concentrar as as numerosas numerosas lutas lutas locais, que tern têm oo mesmo mesmo carater caráter em em toda toda parte, parte, em em uma uma luta luta nacional, nacional, em em uma uma luta luta

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de de classes. classes. Mas Mas toda toda luta luta de de classes classes eé uma uma luta luta politica. política. E E aa uniao união que que os realizar, os habitantes habitantes das das cidades cidades da da Idade Idade Media M édia levavam levavam seculos séculos aa realizar, com vicinais, os com seus seus caminhos caminhos vicinais, os proletarios proletários modernos m odernos realizam realizam em em alguns alguns anos anos por por meio meio das das vias vias ferreas. férreas. A portanto, em A organizacao organização do do proletariado proletariado em em classe classe e, e, portanto, em partido partido politico, político, eé incessantemente incessantemente destruida destruída pela pela concorrencia concorrência que que fazem fazem entre entre si pr6prios operarios, si os os próprios operários. Mas Mas renasce renasce sempre, sempre, ee cada cada vez vez mais mais forte, forte, mais firme, mais poderosa. Aproveita-se mais firme, mais poderosa. Aproveita-se das das divisoes divisões intestinas intestinas da da burguesia legal de burguesia para para obriga-la obrigá-la ao ao reconhecimento reconhecimento legal de certos certos interesses interesses da da classe classe operaria, operária, como, como, por por exemplo, exemplo, aa lei lei da da jomada jornada de de dez dez horas horas de de trabalho trabalho na na lnglaterra. Inglaterra. Em Em geral, geral, os os choques choques que que se se produzem produzem na na velha velha sociedade sociedade Iavofavo­ recem recem de de diversos diversos modos modos oo desenvolvimento desenvolvimento do do proletariado. proletariado. A A burguesia burguesia vive vive em em guerra guerra perpetua; perpétua; primeiro, primeiro, contra contra aa aristocracia; aristocracia; depois, depois, contra contra as as fracoes frações da da pr6pria própria burguesia burguesia cujos cujos interesses interesses se se encontram encontram em em conflito conflito com industria; ee sempre burguesia dos com os os progressos progressos da da indústria; sempre contra contra aa burguesia dos paises países estrangeiros. estrangeiros. Em Em todas todas essas essas lutas, lutas, ve-se vê-se forcada forçada aa apelar apelar para para o o proleprole­ tariado, reclamar tariado, reclam ar seu seu concurso concurso ee arrasta-lo arrastá-lo assim assim para para oo movimento movimento politico, político, de de modo modo que que aa burguesia burguesia fomece fornece aos aos proletarios proletários os os elementos elementos de pr6pria educacao de sua sua própria educação politica, política, isto isto e, é, armas armas contra contra ela ela pr6pria. própria. Demais, Demais, como como ja já vimos, vimos, fracoes frações inteiras inteiras da da classe classe dominante, dominante, em em conseqiiencia industria, sao conseqüência do do desenvolvimento desenvolvimento da da indústria, são precipitadas precipitadas no no propro­ letariado, letariado, ou ou ameacadas, ameaçadas, pelo pelo menos, menos, em em suas suas condicoes condições de de existencia. existência. Tambem numerosos elementos Também elas elâs trazem trazem ao ao proletariado proletariado numerosos elementos de de educacao, educação. Finalmente, nos periodos Finalmente, nos períodos em em que que aa Iuta luta de de classes classes se se aproxima aproxima da da hora hora decisiva, decisiva, o o processo processo de de dissolucao dissolução da da classe classe dominante, dominante, de de toda tao violento toda aa velha velha sociedade, sociedade, adquire adquire um um carater caráter tão violento ee agudo, agudo, que que uma fracao da ligando-se um a pequena pequena fração da classe classe dominante dominante se se desliga desliga desta, desta, ligando-se aà classe classe revolucionaria, revolucionária, aa classe classe que que traz traz em em si si oo futuro. futuro. Do Do mesmo mesmo rnodo modo que que outrora outrora uma uma parte parte da da nobreza nobreza passou-se passou-se para para aa burguesia, burguesia, em passa-se para em nossos nossos dias, dias, uma uma parte parte da da burguesia burguesia passa-se para oo proletariado, proletariado, especialmente ide6Iogos burgueses especialmente aa parte parte dos dos ideólogos burgueses que que chegaram chegaram à comprecompre­ ensao te6rica do ensão teórica do movimento movimento hist6rico histórico em em seu seu conjunto. conjunto. De todas as De todas as classes classes que que ora ora enfrentam enfrentam aa burguesia, burguesia, s6 só o o proletaproleta­ riado eé um umaa classe riado classe verdadeiramente verdadeiramente revolucionaria. revolucionária. As As outras outras classes classes degeneram degeneram ee perecem perecem com com oo desenvolvimento desenvolvimento da da grande grande indtistria; indústria; o o proletariado, autentico. proletariado, pelo pelo contrario, contrário, eé seu seu produto produto mais mais autêntico. As As classes classes medias médias -— pequenos pequenos comerciantes, comerciantes, pequenos pequenos fabricantes, fabricantes, artesaos, artesãos, camponeses camponeses -— combatem combatem aa burguesia burguesia porque porque esta esta compromete compromete sua Nao sua existencia existência como como classes classes medias. médias. N ão sao, são, pois, pois, revolucionarias, revolucionárias, mas mas conservadoras; conservadoras; mais mais ainda, ainda, reacionarias, reacionárias, pois pois pretendem pretendem fazer fazer girar girar para para tras trás aa roda roda da da Historia, História. Quando Quando sao são revolucionarias revolucionárias eé em em consequencia conseqüência de de sua sua iminente iminente passagem passagem para para oo proletariado; proletariado; nao não defendem defendem entao então seus seus

a

374 374 interesses atuais, pr6prio interesses atuais, mas mas seus seus interesses interesses futuros; futuros; abandonam abandonam seu seu próprio ponto de vista vista para para se colocarem no do proletariado. proletariado. -— ponto de colocarem no O lumpen-proletariado, putrelacao das lumpen-proletariado, esse esse produto produto passivo passivo da putrefação camadas mais mais baixas baixas da velha sociedade, pode, ser arrastado ao camadas velha sociedade, pode, às as vezes, vezes, ser arrastado ao movimento uma revolucao movimento por uma revolução proletaria; proletária; todavia, todavia, suas suas condicoes condições de vida predispõem mais mais a vender-se vender-se aà reacao. reação. vida o predispoern Nas as Nas condicoes condições de de existencia existência do do proletariado proletariado ja já estao estão destruidas destruídas as da velha sociedade. propriedade; suas relacoes da velha sociedade. 0O proletario proletário nao não tern tem propriedade; suas relações com mulher e os Iarnicom a mulher os filhos filhos nada nada tern têm de comum comum com com as relacoes relações fami­ liares burguesas. trabalho industrial industrial moderno, moderno, a sujeição do operario operário liares burguesas. O 0 trabalho sujeicao do pelo na França, Franca, na na América America como pelo capital, capital, tanto tanto na na Inglaterra Inglaterra como como na como na Alemanha, despoja o proletario Alemanha, despoja proletário de todo carater caráter nacional. nacional. As As leis, leis, moral, a religiao religião sao são para para ele ele meros preconceitos burgueses, burgueses, atrás dos a moral, meros preconceitos arras dos quais burgueses. quais se ocultam ocultam outros outros tantos tantos interesses interesses burgueses. Todas as classes classes que que no passado passado conquistaram conquistaram o poder poder trataram trataram Todas de situacao adquirida adquirida submetendo de consolidar consolidar a situação submetendo a sociedade sociedade as às suas suas concon­ dicoes podem apoderar-se das tbrcas dições de de apropriacao. apropriação. Os proletarios proletários nao não podem apoderar-se das fbrças produtivas sociais sociais senao senão abolindo abolindo o modo modo de apropriação que era era pr6prio próprio produtivas apropriacao que a estas modo de apropriacao ate hoje. hoje. estas e, e, por por conseguinte, conseguinte, todo todo modo apropriação em vigor vigor até Os proletarios proletários nada nada tern têm de de seu seu a salvaguardar; missão eé destruir destruir salvaguardar; sua missao todas privada ate aqui existodas as garantias garantias e segurancas seguranças da da propriedade propriedade privada até aqui exis­ tentes. tentes. Todos movimentos hist6ricos ate hoje, Todos os os movimentos históricos tern têm sido, sido, até hoje, movimentos movimentos de proveito de movimento proletário proletario eé o de minorias minorias ou em em proveito de minorias. minorias. 0 O movimento movimento independentc independente da da imensa maioria em em proveito proveito da imensa imensa movimento imensa maioria maioria. 0 O proletariado, proletariado, a carnada camada inferior inferior da sociedade sociedade atual, atual, nao não pode maioria. pode erguer-se, extratos superpostos erguer-se, por-se pôr-se de de pe, pé, sem sem fazer fazer saltar saltar todos todos os os extratos superpostos que que constituern constituem a sociedade sociedade oficial. oficial. embora não nao seja A luta luta do proletariado proletariado contra contra a burguesia, burguesia, embora seja na essencia dessa forma nos primeiros essência uma uma luta luta nacional, nacional, reveste-se reveste-se contudo contudo dessa forma nos primeiros tempos. É natural natural que que o proletariado país deva, deva, antes tudo, tempos. 1:: proletariado de cada pais antes de tudo, liquidar própria burguesia. burguesia. liquidar sua propria Esboçando em linhas linhas gerais fases do do desenvolvimento desenvolvimento proletário, Esbocando em gerais as fases proletario, descrevemos historia da guerra que lavra lavra descrevemos a história guerra civil, civil, mais mais ou ou menos menos oculta, oculta, que na sociedade na sociedade atual, atual, ate até a hora hora em em que que essa essa guerra guerra explode explode numa numa revorevo­ lução aberta e o proletariado proletariado estabelece estabelece sua dominação pela derrubada derrubada lucao aberta dorninacao pela violenta violenta da burguesia. burguesia. Todas as sociedades sociedades anteriores, anteriores, como como vimos, vimos, se basearam basearam no no antaanta­ Todas gonismo entre entre classes classes opressoras opressoras e classes classes oprimidas. oprimidas. Mas gonismo Mas para oprimir oprimir uma classe precise poder perrnitarn uma classe eé preciso poder garantir-lhe garantir-lhe condicoes condições tais tais que que lhe lhe permitam pelo menos 0 servo, pelo menos uma uma existencia existência de de escravo. escravo. O servo, em plena plena servidao, servidão, conseguia mesma forma conseguia tornar-se tornar-se membro membro da cornuna, comuna, da da mesma forma que que o pequepeque­ no-burguês, feudal, elevava-se elevava-se aà categoria categoria no-burgues, sob o jugo jugo do absolutismo absolutismo feudal, de burgues. 0 rnoderno, pelo pelo contrário, contrario, longe elevar com de burguês. O operario operário moderno, longe de de se se elevar com

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da industria, indústria, desce desce cada cada vez vez mais mais abaixo abaixo das das condicoes condições oo progresso progresso da de sua sua própria classe. 0 O trabalhador trabalhador cai cai no no pauperismo, este cresce cresce de propria classe. pauperismo, ee este ainda riqueza . .E, ainda mais mais rapidamente rapidamente que que aa populacao população ee aa riqueza. É, pois, pois, evidente evidente que aa burguesia burguesia eé incapaz incapaz de de continuar continuar desernpenhando desempenhando oo papel papel de de classe classe que dominante ee de de impor impor aà sociedade, sociedade, como como lei lei suprema, suprema, as as condicoes condições dominante de existencia existência de de sua sua classe. classe. Nao Não pode exercer oo seu seu dominio domínio porque de pode exercer porque não pode pode mais assegurar aa existencia existência de de seu seu escravo, escravo, mesmo no quadro quadro nao mais assegurar mesmo no de de sua sua escravidao, escravidão, porque porque eé obrigada obrigada aa deixa-lo deixá-lo cair cair numa numa tal tal situacao, situação, que deve deve nutri-lo nutri-lo em em lugar lugar de de se se fazer fazer nutrir nutrir por por ele. ele. A A sociedade sociedade que não pode mais mais existir existir sob sob sua sua dominacao, dominação, oo que que quer quer dizer dizer que que aa nao pode existencia existência da da burguesia burguesia e, é, doravante, doravante, incompatfvel incompatível com com aa da da sociedade. sociedade. A condição essencial essencial da da existencia existência ee da da supremacia supremacia da da classe classe burbur­ A condicao guesa eé aa acumulacao acumulação da da riqueza riqueza nas nas mãos dos particulares, particulares, aa Iormacao formação iuesa maos dos e oo crescimento crescimento do do capital; capital; aa condicao condição de de existencia existência do do capital capital ée oo trabalho trabalho assalariado. assalariado. Este Este baseia-se baseia-se exclusivamente exclusivamente na na concorrencia concorrência dos dos operários entre entre si. si. 0 O progresso progresso da da industria, indústria, de de que que aa burguesia burguesia é agente agente operarios passivo inconsciente, substitui substitui o o isolamento isolamento dos dos operarios, operários, resultante passivo ee inconsciente, resultante de por sua mediante aa associacao. de sua sua competicao, competição, por sua uniao união revolucionaria revolucionária mediante associação. Assim, o o desenvolvimento desenvolvimento da da grande grande industria indústria socava socava o o terreno em que que Assim, terreno em burguesia assentou assentou oo seu seu regime regime de de produção de apropriacao apropriação dos dos aa burguesia producao ee de produtos. produtos. A A burguesia burguesia produz, produz, sobretudo, sobretudo, seus seus proprios próprios coveiros. coveiros. Sua Sua queda ee aa vitoria vitória do do proletariado proletariado sao são igualmente igualmente inevitaveis. inevitáveis. queda

f..

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4.

MARX: REPRODU(;AO REPRODUÇÃO SIMPLES E LEI GERAL K. MARX: DA ACUMULAÇÃO ACUMULA(;AO CAPITALISTA ** t

Reprodução simples Reprodu~io simples Qualquer que que seja seja sempre sempre aa forma forma social social do do processo processo de de producao, produção, Oualquer ele periodicamente percorrer, ele tern tem de de ser ser contfnuo contínuo ou ou periodicamente percorrer, novamente, novamente, as as mesmas fases. fases. Assim Assim como como uma um a sociedade sociedade não pode parar de consumir, consumir, mesmas nao pode parar de também ela ela nao não pode pode parar parar de de produzir. produzir. Todo Todo processo social de de pro­ tambem processo social produção, considerado considerado na na sua sua continuidade continuidade ee no no constante constante fluxo fluxo de de sua sua ducao, renovação, e, é, portanto, portanto, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, processo processo de de reproducao. reprodução. renovacao, As As condicoes condições de de producao produção sao, são, simultaneamente, simultaneamente, as as condicoes condições de de reprodução. Nenhuma Nenhuma sociedade sociedade pode pode continuamente continuamente produzir, produzir, isto isto e, é, · reproducao. reproduzir, sem sem retransformar retransform ar constantemente constantemente uma uma parte parte de de seus seus propro­ reproduzir, dutos em em meios de producao. produção. Permanecendo Permanecendo invariaveis invariáveis as as demais demais concon­ dutos meios de dicdes, ela s6 no mesmo mesmo nivel dições, ela só pode pode reproduzir reproduzir ou ou manter manter sua sua riqueza riqueza no nível substituindo, durante durante o ano, por por exemplo, exemplo, os meios meios de. de _produ9~~ p rodução concon­ substituindo, sumidos, isto isto e, é, instrumentos instrumentos de de trabalho, trabalho, materias-primas matérias-primas ee maferias matérias sumidos, acessórias, in in natura, natura, por por meio meio de de um um quantum quantum igual igual de de artigos artigos da da acess6rias, mesma mesma especie, espécie, separados separados da da massa massa anual anual de de produtos produtos ee incorporados, incorporados, de novo, novo, ao ao processo processo de de producao. produção. Um Um determinado determinado quantum quantum do do propro­ de duto anual anual pertence, pertence, portanto, portanto, aà produção. Destinado desde desde oo principio princípio duto producao. Destinado eproduzido de de MARX, M arx , K. K . Das D as K apital. 21. 21. ed. ed. Berlim.. Berlim, Dietz Dietz Verlag, V erlag, 1975: 1975: •♦RReproduzido Kapital. parte parte VII, V II, cap. cap. 21 21 -— "Einfache “Einfache Reproduktion", R eproduktion”, p. p. 591-6; 591-6; cap. cap. 23 23 -— "Das “Das allgemeine allgemeine Gesetz Gesetz der der kapitalistischen kapitalistischen Akkumulation", A kkum ulation”, item item 1, 1, p. p. 645-9; 645-9; item item 2, 2, p. tecnica da p. 650-7; 650-7; item item 4, 4, p. p. 673-5. 673-5. Traduzido. T raduzido por por Regis Régis Barbosa. Barbosa. Revisao Revisão técnica da tradução José Paulo Paulo Netto. Netto. traducao por Jose

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ao ao consumo consumo produtivo, produtivo, este este quantum quantum apresenta-se apresenta-se sob sob fonnas formas naturais naturais que, por por si si mesmas, mesmas, excluem excluem o o consumo consumo individual. que, individual. Se aa producao produção tern tem aa forma forma capitalista, capitalista, tambem também aa tera terá aa reproducao. reprodução. Se Assim como como no no modo m odo capitalista capitalista de de producao produção oo processo de trabalho trabalho Assim processo de só aparece aparece como como um um meio meio para para oo processo processo de de valorizacao, valorização, aa reproducao reprodução s6 eé apenas apenas um um meio meio para para reproduzir reproduzir oo valor valor adiantado adiantado como como capital, capital, isto e, é, como como valor valor que que se se valoriza. valoriza. A A caracterizacao caracterização economica econômica do do capicapi­ isto talista talista apenas apenas cabe cabe aa uma uma pessoa pessoa quando quando oo seu seu dinheiro dinheiro funciona funciona conticonti­ nuam ente como capital. capital. Se, Se, por por exemplo, exemplo, a quantia quantia adiantada adiantada de 100 nuamente libras esterlinas esterlinas se se transforma, neste ano, ano, em em capital capital ee produz uma libras transforma, neste produz uma mais-valia repetir aa mesma mesma operacao pr6ximo mais-valia de de 20 20 libras, libras, tera terá de de repetir operação no no próximo ano, etc. etc. Como Como incremento incremento peri6dico periódico do do valor valor do do capital, capital, ou ou fruto fruto ano, periodico uma periódico do do capital capital em em a~ao, ação, aa mais-valia mais-valia recebe recebe aa fonna forma de· de' uma 1• revenue [renda] [renda] que que provem provém do do capital c a p ita l 1. revenue Se esta esta revenue revenue [renda] [renda] apenas apenas serve serve ao ao capitalista ôapitalista como como fundo fundo de de Se consumo, gastando-o gastando-o no mesmo mesmo periodo período em que o ganha, ganha, entao então ha, há, consumo, permanecendo iguais as as demais demais circunstancias, circunstâncias, reproducao reprodução simples. simples. permanecendo iguais Embora no mesmo Em bora esta esta seja seja mera mera repeticao repetição do do processo processo de de producao produção no mesmo nível, essa essa mera repetição ou ou continuidade continuidade imprime imprime ao ao processo certas nivel, mera repeticao processo certas caracteristicas novas ou, características novas ou, antes, antes, dissolve dissolve as as caracteristicas características aparentes aparentes que que possui como ato ato isolado. possui como isolado. O processo de produção se inicia inicia com com aa compra compra da da forca força de de trabalho trabalho O processo de producao se por um tempo determinado, determinado, ee este este inicio início se se renova renova constantemente constantemente logo logo por um tempo que venca vença o prazo estipulado, estipulado, tendo tendo decorrido decorrido assim um determinado determinado que periodo producao, semana, período de de produção, semana, mes, mês, etc. etc. Mas Mas oo trabalhador trabalhador s6 só é pago pago depois de de aa sua sua Iorca força de de trabalho trabalho ter atuado ee realizado realizado tanto tanto oo seu seu depois ter atuado pr6prio valor como mais-valia sob próprio valor como aa mais-valia sob aa forma forma de de mercadorias. mercadorias. Desta Desta forma, ele ele produziu produziu tanto tanto aa mais-valia, mais-valia, que que consideramos, consideramos, por por enquanto, enquanto, forma, apenas oo fundo fundo de de consumo consumo do do capitalista, capitalista, como como o o fundo fundo de de seu seu pr6prio próprio apenas pagamento, pagamento, oo capital capital variavel, variável, antes antes que que este este retome retom e aa ele ele sob sob aa forma forma de salario, salário, ee s6 só estara estará empregado empregado enquanto enquanto continuar continuár aa reproduzi-lo. reproduzi-lo. de Daí provem provém aa f6rmula fórmula dos dos economistas, economistas, mencionada m encionada em em II II no no capitulo capítulo Dai XIV, XIV , Ill, III, que que apresenta apresenta o o salario salário como como parte parte do do pr6prio próprio produto p ro d u to 2•2.

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· 1 1 "Os “Os

ricos produtos do ricos que que consomem consomem os os produtos do trabalho trabalho dos dos outros outros adquirem-nos adquirem -nos apenas por por atos atos de de tro ca (compras (com pras de de mercadorias). m ercadorias). Parecem, Parecem , por por isso, isso, expostos expostos apenas troca um esgotamento esgotam ento iminente im inente de de seus seus fundos fundos de de rreserva. e s e rv a ... .. Mas, Mas, na na ordem ordem social, social, aa um riqueza ganhou ganhou aa forca força de de reproduzir-se reproduzir-se atraves através do do trabalho trabalho alheio... alh eio . . . A A aa riqueza riqueza, como como oo trabalho trabalho ee atraves através do do trabalho, trabalho, fornece anual que que riqueza, fornece um um fruto fruto anual pode ser todo ano rico se pode ser destruido destruído todo ano sem sem que que o o rico se torne torne mais mais pobre. pobre. Este Este fruto fruto eé aa revenue Nouv. revenue [a [a renda] renda] que que provem provém do do capital." capital.” (SJSMONDI. (S is m o n d i. N ouv. princ. prínc. d'Bcon. d ’Êcon. P ol. t. t. I, I, p. p. 81, 8 1 , 82.) 8 2 .) Pol. 2 "Salaries, “Salários, como com o tambem tam bém lucres, lucros, devem devem ser ser considerados considerados partes partes do do produto produto 2 a c a b a d o .” (RAMSAY. ( R a m s a y . An An essay essay on on the the distribution o f wealth. wealth. p. 1 4 2 .) "A “A parte acabado." distribution of p. 142.) parte do do produto produto que que compete compete ao ao trabalhador trabalhador sob sob aa forma form a de de salario." salário.” (MILL, ( M ill , J. J. Elements E lem ents of o f Political P olitical Economy. E conom y. Trad. Trad. de de Parisot. Parisot. Paris, Paris, 1823. 1823. p. p. 33, 3 3 , 34.) 3 4 .)

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Ê uma uma parte do produto produto continuamente continuamente reproduzido reproduzido pelo pelo pr6prio próprio traba­ .£ parte do traba-

lhador que que volta volta constantemente constantemente para ele sob sob aa forma forma de de salario. salário. O lhador para ele O capitalista capitalista lhe lhe paga, paga, contudo, contudo, o o valor valor das das mercadorias mercadorias em em dinheiro. dinheiro. Mas Mas este dinheiro dinheiro nao não eé mais mais do do que que aa forma forma transform ada do do produto produto do do este transformada trabalho ou, mais exatamente, uma uma parte parte dele. dele. Enquanto Enquanto oo trabalhador trabalhador trabalbo ou, mais exatamente, transform uma parte parte dos dos meios meios de de producao produção em em produto, produto, retransforma retransforma transformaa uma produto anterior anterior em dinheiro. dinheiro. .£ É com seu trabalho trabalho uma parte de seu produto da semana semana passada ou do do ultimo último meio ano que que seu seu trabalho de hoje, hoje, da passada ou meio ano trabalho de ou do do pr6ximo próximo meio meio ano, ano, sera será pago. pago. A A ilusao ilusão gerada gerada pela pela forma dinheiro ou forma dinheiro desaparece desaparece imediatamente, imediatamente, logo logo que que se se considera considera aa classe classe capitalista capitalista ee classe trabalhadora trabalhadora em vez do capitalista capitalista e do trabalhador trabalhador individual. a classe individual. A classe classe capitalista capitalista da dá constantemente constantemente aà classe classe trabalhadora, trabalhadora, sob sob aa forma forma A de dinbeiro, dinheiro, letras letras que que lhe lhe facultam facultam receber receber uma um a parte parte do do produto produto feito feito de por ela ela ee apropriado apropriado pela primeira. Mas Mas oo trabalhador trabalhador devolve devolve conticonti­ por pela primeira, nuamente estas estas letras letras aà classe classe capitalista, capitalista, ee retira-lhe, retira-lhe, com com isso, isso, aquela aquela nuamente parte de seu seu pr6prio próprio produto produto que que lhe atribuída. A m ercadoria parte de lhe é atribuida. A forma forma merca9oria do produto produto ee aa forma forma dinheiro dinheiro da da mercadoria m ercadoria disfarcam disfarçam aa transacao. transação. do O O capital capital variavel, variável, portanto, portanto, é apenas apenas uma uma forma forma hist6rica histórica partiparti­ cular fundo cular em em que que se se manifesta manifesta o o fundo fundo de de meios meios de de subsistencia subsistência ou ou oo fundo de trabalho, trabalho, do do qual qual oo trabalhador trabalhador precisa precisa para para sustentar-se sustentar-se ee reprorepro­ de duzir-se ee que que ele ele mesmo mesmo sempre sempre tern tem de de produzir produzir ee reproduzir, reproduzir, em em duzir-se todos os os sistemas sistemas de de producao produção social. social. 0 O fundo fundo de de trabalho trabalho apenas apenas flui todos flui para ele continuamente continuamente sob sob aa forma forma de de meios meios de de pagamento pagamento de de seu seu para ele trabalho, produto afasta-se trabalho, porque porque seu seu pr6prio próprio produto afasta-se dele dele constantemente constantemente sob sob forma de de capital. capital. Mas Mas esta esta forma forma de de manifestacao manifestação do do fundo de trabalho trabalho aa forma fundo de não altera altera em em nada nada o o fato fato de de que capitalista adianta adianta ao ao trabalhador trabalhador nao que oo capitalista próprio trabalho trabalho ja já materializado materializado deste deste 3.3. Tomemos, Tomemos, por por exemplo, exemplo, um um oo pr6prio camponês, dependente dependente de de um um senhor senhor feudal. feudal. Trabalha Trabalha com com seus seus pr6prios próprios campones, meios de de producao, produção, no no seu seu pr6prio próprio campo, campo, por por exemplo, exemplo, 33 dias dias por por meios semana. Nos outros 33 dias dias uteis, úteis, é servo servo nas nas terras terras do do senhor. senhor. Reproduz semana. Nos outros Reproduz constantemente constantemente seu seu pr6prio próprio fundo fundo de de trabalho, trabalho, ee este, este, em em relacao relação aa ele, ele, nunca forma · de meios de nunca assume assume aa forma de meios de pagamentos pagamentos adiantados adiantados por por um um terceiro, em em troca de seu seu trabalho. trabalho. Em Em compensacao, compensação, seu seu trabalho trabalho forfor­ terceiro, troca de çado ee gratuito gratuito nunca nunca assume assume aa forma forma de de trabalho trabalho voluntario voluntário ee pago. pago. cado Se Se amanha amanhã o o proprio próprio senhor senhor se se apropriasse apropriasse do do campo, campo, dos dos animais animais de de tração, das das sementes, sementes, numa numa palavra, palavra, dos dos meios meios de de producao produção do do campones camponês tracao, dependente, entao, então, daf daí em em diante, diante, este este teria teria de de vender vender sua sua forca força de de dependente, trabalho ao senhor. senhor. Não se alterando alterando as as demais demais circunstancias, circunstâncias, trabatraba­ trabalho ao Nao se lharia como antes, antes, 6 dias por por semana, semana, 3 dias para para si mesmo lharia mesmo e 33 para ex-senhor feudal feudal transformado transform ado agora agora em em senhor do salario. salário. Continuaria oo ex-senhor senhor do Continuaria

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3 3 "Quando “Quando

se emprega emprega capital capital para para adiantar adiantar ao ao trabalhador seu salario, salário, nlio não se se se trabalhador seu adiciona nada nada ao ao fundo fundo para para aa manutencao manutenção do do trabalho." trabalho.” (Cazenove, (Cazenove, em em nota nota aà adiciona sua ed. ed. de de MALTHUS. M a l t h u s . Definitions Definitions in in Polit. Polit. Econ. Econ. Londres, Londres, 1853. p. 22.) 22.) sua 1853. p.

379 379 utilizando utilizando os os meios meios de de producao produção como como meios meios de de producao produção ee transfetransfe­ rindo rindo seu seu valor valor ao ao produto. produto. Uma Um a parte parte determinada determinada do do produto produto prospros­ seguiria seguiria sendo sendo absorvida absorvida pela pela reproducao. reprodução. Mas Mas como como oo trabalho trabalho do do servo servo assumira assumirá aa forma forma de de trabalho trabalho assalariado, assalariado, o o fundo fundo de de trabalho, trabalho, produzido produzido depois depois como como antes antes pelo pelo mesmo mesmo campones, camponês, tomara tom ará aa forma forma de de um um capital capital adiantado adiantado aa este este pelo pelo senhor senhor feudal. feudal. 0 O economista economista burbur­ gues, guês, cujo cujo cerebra cérebro limitado limitado nao não sabe sabe distinguir distinguir entre entre aa forma forma de de manimani­ Iestacao festação ee oo seu seu conteudo, conteúdo, fecha fecha os os olhos olhos ao ao fato fato de de que que ate até hoje hoje oo fundo fundo de de trabalho trabalho aparece aparece apenas apenas excepcionalmente excepcionalmente sob sob aa forma forma de de capital do que capital no no mun m undo que conhecemos conhecemos 4•*. Na Na verdade, verdade, o o capital capital variavel variável so só perde perde oo significado significado de de um um valor valor adiantado adiantado aa partir partir do do proprio próprio fundo fundo capitalista capitalistaO5 se se consideramos consideramos oo processo processo de de producao produção capitalista capitalista no no fluxo fluxo continuo contínuo de de sua sua renovacao. renovação. Mas momenta. Mas ele ele tern tem de de comecar começar em em qualquer qualquer ponto ponto ee em em qualquer qualquer momento. A A partir partir do do ponto ponto de de vista vista que que adotamos adotamos ate até agora, agora, eé provavel, provável, portanto, portanto, que que oo capitalista, capitalista, alguma alguma vez, vez, se se tomou tom ou possuidor possuidor de de dinheiro dinheiro em em virtude virtude de de uma um a acumulacao acumulação primitiva, primitiva, independente independente de de trabalho trabalho alheio alheio nao-pago, não-pago, ee por por isso isso teve teve acesso acesso ao ao mercado mercado como como comprador com prador de de torca força de de trabalho, trabalho. A A mera mera continuacao continuação do do processo processo de de producao produção capitalista, capitalista, ou ou aa reproducao reprodução simples, simples, efetua, efetua, contudo, contudo, outras outras estranhas estranhas mudancas mudanças que que nao não s6 só atingem atingem aa parte parte variavel variável do do capital, capital, mas mas tambem também oo capital capital total. total. Se Se aa mais-valia mais-valia produzida produzida periodicamente, periodicamente, por por exemplo, exemplo, anualmente, anualmente, por por um um capital capital de de I1 000 000 libras libras esterlinas esterlinas for for de de 200 200 libras libras esterlinas, esterlinas, ee se se esta esta mais-valia mais-valia for for consumida consumida todos todos os os anos, anos, entao então eé claro claro que, que, depois depois de de repetir-se repetir-se oo mesmo mesmo processo processo durante durante cinco cinco anos, anos, aa soma soma da da mais-valia mais-valia consumida consumida sera será = = 55 X X 200, 200, ou ou igual igual ao ao valor valor do do capital capital originariamente originariamente adiantado, adiantado, de de I1 000 000 libras libras esterlinas. esterlinas. Se Se aa mesma mesma maismais-valia -valia anual anual apenas apenas fosse fosse consumida consumida parcialmente, parcialmente, por por exemplo, exemplo, s6 só pela pela metade, metade, teriamos teríamos oo mesmo mesmo resultado resultado ap6s após dez dez anos anos de de repetir-se repetir-se oo processo producao, pois 00 = processo de de produção, pois IO 10 X X I100 = I1 000. 000. Regra Regra geral: geral: oo valor valor do do capital capital adiantado adiantado dividido dividido pela pela mais-valia mais-valia consumida consumida anualmente anualmente da dá oo mimero número de de anos anos ou ou periodos períodos de de reproducao reprodução ao ao cabo cabo dos dos quais quais oo capicapi­ tal tal adiantado adiantado originariamente originariamente foi foi consumido consumido pelo pelo capitalista capitalista e, e, portanto, portanto, desapareceu. do capitalista, desapareceu. A A ideia idéia do capitalista, de de que que consome consome oo produto produto do do 44 "Nern “Nem

sequer sequer num num quarto quarto da da Terra, Terra, os os meios meios de de subsistencia subsistência dos dos trabalhadores trabalhadores sao são adiantados adiantados aa eles eles pelos pelos capitalistas." capitalistas.” (JONES, ( J o n e s , Richard. Richard. Textbook Textbook of of lectures lectures on on the the Polit. Polit. Economy Economy of of Nations. Nations. Hertford, Hertford, 1852. 1852. p. p. 36.) 36.) 5 "Bmbora “Embora o o manufacturer" manufacturer” (trabalhador (trabalhador da da manufatura) manufatura) "tenha “tenha seu seu salario salário adianadian­ tado realidade, nenhuma tado pelo pelo patriio, patrão, ele ele niio não causa causa aa este, este, na na realidade, nenhuma despesa, despesa, porque porque oo valor valor do do salário salario junto junto com com um um lucro lucro reconstitui-se reconstitui-senono valor valor aumentado aumentado dodo objeto objeto aa que que foi foi aplicado aplicado seu seu trabalho." trabalho.” (SMITH, (S m i t h , A. A. Wealth Wealth of of nations. nations. livr. livr. II, II, cap. cap. III, III, p. p. 355.) 355.)

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trabalho trabalho alheio alheio nao-pago, não-pago, aa mais-valia, mais-valia, ee mantem mantém o o valor valor do do capital capital originario, originário, nao não altera altera absolutamente absolutamente nada nada no no fato. fato. Ao Ao cabo cabo de de um um certo certo mimero valor do número de de anos, anos, 0o valor do capital capital que que ele ele possui possui eé igual igual aà soma soma da da mais-valia mais-valia apropriada apropriada por por ele ele durante durante oo mesmo mesmo tempo, tempo, sem sem dar dar oo equivaequiva­ lente em lente em troca, troca, ee aa soma soma do do valor valor consumido consumido por por ele ele eé igual igual ao ao valor valor do do capital capita! originario. originário. Certamente Certamente fica fica com com capital capital nas nas maos, mãos, cuja cuja grangran­ deza parte, edificios, deza nao não se se alterou alterou ee do do qual qual uma um a parte, edifícios, maquinas, máquinas, etc., etc., ja já existia do existia quando quando pos pôs aa andar andar seu seu neg6cio. negócio. Mas Mas aqui aqui trata-se trata-se do do valor valor do capital capital ee nao não de de seus seus componentes componentes materiais. materiais. Quando Quando alguem alguém consome consome sua sua propriedade propriedade inteira, inteira, assumindo assumindo dividas dívidas que que se se igualam igualam ao ao valor valor desta, desta, entao total de então esta esta propriedade propriedade representa representa apenas apenas aa soma soma total de suas suas dividas, dívidas. Do mesmo Do mesmo modo, modo, quando quando o o capitalista capitalista consumiu consumiu o o equivalente equivalente de de seu seu capital capital adiantado, adiantado, o o valor valor deste deste capital capital representa representa apenas apenas aa soma soma total total da Nao subsistc nenhum da mais-valia mais-valia de de que que se se apropriou apropriou gratuitamente. gratuitamente. Não subsiste nenhum atomo valor de átómo de de valor de seu seu antigo antigo capital. capital. Prescindindo toda· acumulacao, processo Prescindindo de de toda acumulação, aa mera m era continuidade continuidade do do procelso . de de producao, produção, ou ou aa reproducao reprodução simples, simples, transforma transform a necessariamente necessariamente todo todo capital, capital, ap6s após um um periodo período mais mais ou ou menos menos longo, longo, em em capital capital acumulado acumulado ou ou mais-valia mais-valia capitalizada. capitalizada. Ainda A inda que que o o capital, capital, ao ao entrar entrar no no processo processo de pr6prio de producao, produção, fosse fosse propriedade propriedade adquirida adquirida atraves através do do trabalho trabalho do do próprio aplicador, aplicador, torna-se, torna-se, mais mais dia dia menos menos dia, dia, valor valor apropriado apropriado sem sem dar dar equiequi­ valente valente em em troca, troca, ou ou materializacao, materialização, sob sob aa forma forma de de dinheiro dinheiro ou ou outra, outra, de de trabalho trabalho alheio alheio nao-pago. não-pago. Vimos Vimos no no capftulo capítulo IV: IV: para para transformar transform ar dinheiro dinheiro em em capital, capital, nao não bastava Antes, bastava aa existencia existência de de producao produção ee circulacao circulação de de mercadorias. mercadorias. Antes, tinham tinham de de defrontar-se, defrontar-se, de de um um lado, lado, possuidor possuidor de de valor valor ou ou dinheiro, dinheiro, do possuidor da do outro, outro, possuidor da substancia substância criadora criadora de de valor; valor; de de um um lado, lado, pospos­ suidor suidor de de meios meios de de producao produção ee meios meios de de subsistencia, subsistência, do do outro, outro, possuipossui­ dor dor apenas apenas de de forca força de de trabalho, trabalho, nos nos papeis papéis de de comprador com prador ee vendedor vendedor,.. A separacao A separação entre entre o o produto produto do do trabalho trabalho ee o o pr6prio próprio trabalho, trabalho, entre entre as trabalho ee aa Iorca as condicoes condições objetivas objetivas do do trabalho força subjetiva subjetiva do do trabalho, trabalho, era era aa base ponto de processo de base realmente realmente dada, dada, o o ponto de partida partida do do processo de producao produção capitalista. · capitalista. Mas principio,' apeoas produzido Mas o o que que era, era, aa princípio, apenas pooto ponto de de partida, partida, eé produzido ee etemizado eternizado sempre sempre de de novo, novo, por por meio meio da da mera mera continuidade continuidade do do propro­ cesso, cesso, da da reproducao reprodução . simples, simples, como como pr6prio próprio resultado resultado da da producao produção capitalista. capitalista. De De um um !ado, lado, o o processo processo de de producao produção transforma transform a continuacontinua­ mente meios de mente aa riqueza riqueza material material em em capital, capital, em em meios de valorizacao valorização ee de de consumo capitalista. Por trabalhador sai consumo para para o o capitalista. Por outro outro !ado, lado, o o trabalhador sai do do propro­ cesso pessoal de cesso sempre sempre como como entrou entrou nele nele -— fonte fonte pessoal de riqueza, riqueza, mas mas desdes­ pojado de proveito. Seu pojado de todos todos os os meios meios para para realiza-la realizá-la em em seu seu proveito. Seu trabalho trabalho materializa-se materializa-se durante durante o o processo, processo, constantemente, constantemente, em em produto produto alheio, alheio,

381 381

e,

porque ja porque já é, antes, antes, alienado alienado dele, dele, apropriado apropriado pelo pelo capitalista capitalista ee incorIncor­ porado tempo, porado ao ao capital. capital. Como Como oo processo processo de de producao produção e, é, ao ao mesmo mesmo tempo, oo processo processo de de consumo consumo da da forca força de de trabalho trabalho pelo pelo capitalista, capitalista, oo produto produto do do trabalhador trabalhador transforma-se transform a-se continuamente coritinuamente nao não s6 só em em mercadoria, mercadoria, mas mas em valor que em capital, capital, em em valor que suga suga aa Iorca força criadora criadora de de valor, valor, em em meios meios de de subsistencia subsistência que que compram compram pessoas, pessoas, em em meios meios de de producao produção que que utilizam utilizam 6• 0 oo produtor p ro d u to r6. O proprio próprio trabalhador trabalhador produz, produz, por por isso, isso, constantemente constantemente aa riqueza riqueza objetiva, objetiva, mas mas como como capital, capital, como como poder poder estranho estranho aa ele, ele, que que oo domina domina ee explora, explora, ee oo capitalista capitalista produz produz tambem também continuamente continuamente aa Iorca riqueza, separada força de de trabalho, trabalho, mas mas como como fonte fonte subjetiva subjetiva de de riqueza, separada de de seus pr6prios seus próprios meios meios de de materializacao materialização ee realizacao, realização, abstrata, abstrata, existente existente na mera palavra: oo trabalhador na m era corporalidade corporalidade do do trabalhador, trabalhador, numa num a so só palavra: trabalhador como como trabalhador trabalhador assalariado assalariado 7•7. Esta Esta constante constante reproducao reprodução ou ou eternizaetemizac;ao trabalhador é aa condicao ção do do trabalhador condição sine sine qua qua non non da da producao produção capitalista. capitalista. [[ ... . . . ]]

e

•• •• •• A A lei lei geral geral da da acumula~o acumulação capitalists capitalista 1. 1.

A demanda por fo~a A demanda por força de de trabalho trabalho aumenta aum enta com com a a acumula~io, acumulação, mantendo·se mantendo-se constante constante a a composi~io composição do do capital capital

[[ ... . . . ]]

Nas Nas condicoes condições de de acumulacao acumulação ate até agora agora admitidas admitidas ee mais mais favoraveis favoráveis aos trabalhadores, sua para com aos trabalhadores, sua relacao relação de de dependencia dependência para com oo capital capital revesreves­ te-se de. te-se de formas formas suportaveis, suportáveis, ou ou como como diz diz Eden E d e n 8, 8, "comodas “cômodas ee liberais", liberais” . Em vez tornar-se mais intensiva, intensiva, com Em vez de de tom ar-se mais com o o crescimento crescimento do do capital, capital, tortor­ na-se na-se apenas apenas mais mais extensiva, extensiva, isto isto e, é, amplia-se, amplia-se, com com aa sua sua pr6pria própria dimendimen­ sao numero são ee com com oo núm ero de de seus seus suditos, súditos, aa esfera esfera de de exploracao exploração ee dominacao dominação do capital. Do seu pr6prio produto excedente que do capital. Do seu próprio produto excedente que se se amplia amplia e, e, aumenaumen­

eé uma propriedade particularmente uma propriedade particularmente notavel notável do do consumo consumo produtivo: produtivo: o o que que consumido consumido produtivamente produtivamente eé capital, capital, ee torna-se torna-se capital capital atraves através do do consumo." consumo.” (MILL, investiga ( M ill, J. J. Elements Elements of of Political Political Economy. Economy. p. p. 242.) 242.) J. J. Mill, Mill, contudo, contudo, nao não investiga esta esta "propriedade “propriedade particularmente particularmente notavel". notável”. 77 "~ “É realmente realmente um um fato fato que que aa primeira primeira instala~lio instalação de de uma uma manufatura manufatura da dá emprego emprego aa muitos muitos pobres, pobres, mas mas eles eles mantem-se mantêm-se pobres pobres ee aa continuacao continuação da da manufatura manufatura propro­ duz duz ainda ainda muitos muitos outros outros mais." mais.” (Reasons (Reasons for for a a limited limited exportation exportation of of wool. wool. Londres, 1677. afirma agora, Londres, 1677. p. p. 19.) 19.) "O “O arrendatario arrendatário afirma agora, contra contra toda toda razao, razão, que que mantem Em verdade, mantém os os pobres, pobres. Em verdade, eles eles siio são mantidos mantidos na na miseria." miséria.” (Reasons (Reasons .for for the the late late increase increase of of poor poor rates: rates: or or a a comparative comparative view view of of the the prices prices of of labour labour and and provisions. provisions. Londres, Londres, 1777. 1777. p. p. 31.) 31.) s8EDEN, F. M. M. The E d e n , Sir Sir F. The state State of of the the poor. poor. Londres, Londres, 1797. 1797. 6 8 "Isto “Isto



382 tado, transforma-se transforma-se em em capital capital adicional, adicional, retorna retorna aos aos trabalhadores trabalhadores uma uma tado, grande parte sob aa forma forma de de meios de pagamento, pagamento, de de tal tal modo modo que que grande parte sob meios de podem alargar o o circuito circuito de de seus seus usufrutos, usufrutos, equipar equipar melhor melhor seu seu fundo fundo podem alargar de consumo, de de roupas, roupas, moveis, móveis, etc., etc., ee form ar pequenos pequenos fundos de de consumo, fonnar fundos de reserva reserva de de dinheiro. dinheiro. Mas Mas nem nem melhores melhores roupas, roupas, alimentos, alimentos, tratamento tratamento pecúlio maior suprimem aa relação de dependencia dependência ee aa exploracao exploração ee um um peculio maior suprimem relacao de quer dos dos escravos, escravos, quer quer dos dos trabalhadores trabalhadores assalariados. assalariados. Elevacao Elevação do do quer preço do do trabalho trabalho em em consequencia conseqüência da da acumulacao acumulação do do capital capital significa, significa, preco de fato, fato, apenas que aa extensao extensão ee oo peso peso da da corrente corrente de de ouro ouro que que o o de apenas que trabalhador trabalhador forjou forjou para para si si mesmo mesmo permitem permitem um um afrouxamento afrouxamento de de sua sua tensao. Nas controversias ver, na tensão. Nas controvérsias sabre sobre este este assunto, assunto, deixou-se deixou-se de de ver, na maioria das das vezes, vezes, oo principal, saber,* aa differentia differentia specifica specifica [diferenca [diferença maioria principal, aa saber,· especifica] específica] da da producao produção capitalista. capitalista. A A Iorca força de de trabalho trabalho é comprada comprada aqui não para que, que, par por meio meio dela dela ou ou de de seu seu produto, produto, sejam sejam satisfeitas satisfeitas aqui nao para as necessidades necessidades pessoais pessoais do do comprador. comprador. Seu Seu objetivo objetivo eé aa valorizacao valorização do do as seu producao de seu capital, capital, aa produção de mercadorias mercadorias que que contern contêm mais mais trabalho trabalho do do que ele ele paga, paga, ou ou seja, seja, que que contem contêm uma uma parte parte do do valor não lhe lhe custa pusta 4.ue valor que que niio nada ee que que é todavia todavia realizada realizada atraves através da da venda. Produção de de maisnada venda. Producao mais-valia é aa lei lei absoluta absoluta deste deste modo modo de de producao, produção. A A torca força de de trabalho trabalho -valia s6 só eé vendavel vendável99 enquanto enquanto conserva conserva os os meios meios de de producao produção como como capital, capital, reproduz seu seu pr6prio próprio valor valor coma como capital capital ee proporciona, proporciona, com com trabalho trabalho reproduz não-pago, uma uma fonte de capital capital adicional. adicional. As As condicoes condições de de sua sua venda, venda, nao-pago, fonte de se mais mais tavoraveis favoráveis ou ou se se menos menos Iavoraveis favoráveis ao trabalhador, incluem, incluem, porpor­ se ao trabalhador, tanto. tanto, aa necessidade necessidade de de sua sua revenda revenda continua contínua ee aa reproducao reprodução constanteconstante­ mente ampliada ampliada da da riqueza riqueza como como capital. capital. 0 O salario salário do do trabalhador, trabalhador, mente como se se viu, condiciona sempre, sempre, por sua natureza, natureza, o o fornecimento fornecimento pelo pelo como viu, condiciona por sua trabalhador trabalhador de de um um certo certo quantum quantum de de trabalho trabalho nao-pago. não-pago. Deixando Deixando de de lado aa elevacao elevação dos dos salaries salários associada baixa do do preco preço do do trabalho, trabalho, lado associada aà baixa etc., um um aumento aumento significa, significa, no no melhor melhor dos dos casos, casos, apenas apenas uma uma diminuicao diminuição etc., quantitativa do do trabalho trabalho não-pago que oo trabalhador trabalhador tem de realizar. realizar. quantitativa nao-pago que tern de Essa diminuicao pode chegar Essa diminuição nunca nunca pode chegar ao ao ponto ponto em em que que ameacaria ameaçaria oo propró­ prio sisterna. sistema. Abstraindo-se Abstraindo-se os os conflitos conflitos violentos violentos em em torno torno da da taxa taxa de de prio salário, ee Adam Adam Smith Smith ja já demonstrou demonstrou que, que, de de um um modo modo geral, geral, em em tais tais salario, conflitos, do preço preco conflitos, oo patrao patrão permanece permanece sempre sempre o o patrao, patrão, uma uma elevacao elevação do do do trabalho trabalho oriunda oriunda de de uma uma acumulacao acumulação de de capital capital pressupoe pressupõe aa seguinte seguinte alternativa: ou ou oo preco preço do do trabalho trabalho continua continua aa elevar-se, elevar-se, porque porque essa essa alternativa: elevação nao não perturba perturba oo progresso progresso da da acumulacao acumulação -— ee nao não ha há nisto elevacao nisto nada de de surpreendente, surpreendente, pois, pois, coma como diz diz A. A. Smith, Smith, nada

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aà 2.a limite, porem, de trabalhadores 2.a edicao: edição: "O “O limite, porém, da da ocupacao ocupação de trabalhadores industriais industriais como agrfcolas, agrícolas, eé o o mesmo: mesmo: aa possibilidade possibilidade para para o o empresario empresário de de extrair extrair um um como lucro do do produto do trabalho trabalho deles. deles. Se Se aa taxa taxa do do salario salário eé tao tão alta alta que que o o lucro lucro produto do lucro do patriio patrão cai cai abaixo abaixo da da média, ele cessa cessa de de ernprega-los, empregá-los, ou ou s6 só os os emprega emprega se se do media, ele concordarem com com uma uma redui;ao redução do do salario." salário.” (WADE, (W a d e , John. John. Op. Op. cit., cit., [History [History of of concordarem the middle middle and and working classes], p. 240.) 240.) the working classes], II HNota Nota

383 383 "rnesmo “mesmo com com lucro lucro reduzido reduzido os os capitais capitais aumentam, aumentam, podendo podendo crescer crescer com maior velocidade antes ..... . Um com maior velocidade que que antes Um grande grande capital capital cresce cresce mesmo mesmo com pequeno capicom pequenos pequenos lucros, lucros, em em geral, geral, mais mais rapidamente rapidamente que que um um pequeno capi­ tal com 189.) tal com grandes grandes lucros". lucros”. (Op. (Op. cit. cit. [Wealth [Wealth of of nations, nations, liv. liv. II], II], p. p, 189.)

Neste uma diminuicao Neste caso, caso, eé evidente evidente que que uma diminuição do do trabalho trabalho nao-pago não-pago de de nenhum nenhum modo modo prejudica prejudica aa expansao expansão do do dorninio domínio do do capital. capital. -— Ou, Ou, ee este lado da este eé o o outro outro lado da alternativa, alternativa, aa acurnulacao acumulação retarda-se retarda-se em em virtude virtude de preco do de elevar-se elevar-se oo preço do trabalho, trabalho, ficando ficando embotado embotado oo aguilhao aguilhão do do lucro. lucro. A A acumulacao acumulação diminui. diminui. Mas Mas com com sua sua diminuicao diminuição desaparece desaparece aa causa causa que que aa gera, gera, aa saber, saber, aa desproporcao desproporção entre entre capital capital ee Iorca força de de trabalho trabalho exploravel, explorável. 0 O mecanisrno mecanismo do do processo processo de de producao produção capitalista capitalista remove, remove, portanto, mesrno provisoriamente portanto, os os obstaculos obstáculos que que ele ele mesmo provisoriamente cria. cria. 0 O preco preço do do trabalho novo aa um vel que trabalho volt voltaa de de novo um ni nível que corresponda corresponda as às necessidades necessidades de de valorizacao inferior ao valorização do do capital, capital, seja seja ele ele superior, superior, igual igual ou ou inferior ao que que era era considerado considerado normal normal antes antes do do comeco começo da da elevacao elevação dos dos salaries. salários. Ve-se: Vê-se: no no primeiro primeiro caso, caso, nao não eé aa diminuicao diminuição no no crescimento crescimento absoluto absoluto ou ou propro­ porcional trabalho ou porcional da da forca força de de trabalho ou da da populacao população trabalhadora trabalhadora que que toma tom a oo capital mas sim, do capital capital excedente, excedente, mas sim, ao ao contrario, contrário, oo crescimento crescimento do capital que que torna forca de trabalho exploravel insuficiente. No nao torna aa força de trabalho explorável insuficiente. No segundo segundo caso, caso, não eé oo aumento aumento no no crescimento crescimento absoluto absoluto ou ou proporcional proporcional da da forca força de de tratra­ balho, balho, ou ou da da populacao população trabalhadora, trabalhadora, que que torna torna o o capital capital insuficiente, insuficiente, mas mas sim, sim, ao ao contrario, contrário, aa diminuicao diminuição do do capital capital que que torna torna excedente excedente aa forca trabalho exploravel força de de trabalho explorável ou, ou, mais mais ainda, ainda, oo preco preço dela. dela. Sao São estes estes movimentos movimentos absolutos absolutos da da acumulacao acumulação do do capital capital que que se se refletem, refletem, como como rnovimentos movimentos relativos, relativos, na na massa massa da da forca força de de trabalho trabalho exploravel, explorável, ee parepare­ cem uma expressao matecem originar-se originar-se propriamente propriamente deles. deles. Para Para utilizar utilizar uma expressão m ate­ matica: grandeza da mática: aa grandeza da acumulacao acumulação eé aa variavel variável independente, independente, aa grandeza grandeza do Assim expressa-se do salario salário eé aa dependente, dependente, ee nao não ao ao contrario. contrário. Assim expressa-se aa queda queda geral mercadorias, na na fase geral dos dos precos preços das das mercadorias, fase de de crise crise do do cfrculo círculo industrial, industrial, como relativo do como elevacao elevação do do valor valor relativo do dinheiro, dinheiro, ee aa elevacao elevação geral geral dos dos precos fase de coma queda preços das das mercadorias, mercadorias, na na fase de prosperidade, prosperidade, como queda do do valor valor relativo relativo do do dinheiro. dinheiro. A A chamada chamada Escola Escola de de Currency Currency 10 10 conclui conclui dai daí que que circula circula dinheiro dinheiro demais, demais, quando quando os os precos preços sao são altos, altos, ee de de menos, menos, quando quando os precos sao os preços são baixos. baixos. A A ignorancia ignorância ee oo total total desconhecimento desconhecimento dos dos fatos, fatos, por teoria por parte parte dos dos defensores defensores desta desta te o ria 11, u , encontram encontram paralelos paralelos dignos dignos nos interpretam esses nos economistas economistas que que interpretam esses fenomenos fenômenos da da acumulacao acumulação afirafir­ mando mando que que ora ora existem existem trabalhadores trabalhadores demais, demais, ora ora de de menos. menos. 10 10 Currency Currency

principles: na priprincipies: escola escola economica econômica muito muito difundida difundida na na lnglaterra Inglaterra na pri­ meira do seculo XIX. Ela partia do meira metade metade do século XIX. Ela partia do principio princípio da da quantidade quantidade do do dinheiro; dinheiro; afirmava era determinado afirmava que que o o preco preço das das mercadorias mercadorias era determinado pela pela quantidade quantidade de de dinheiro dinheiro que que se se encontrava encontrava em em circulacao. circulação. [[ ... . . . ]] (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) 11 11 Ver Ver MARX, M ar x , Karl. Karl. Zur Zur Kritik K ritik der der politischen politischen Oekonomie Oekonomie [Contribui~iio [Contribuição à crftica crítica da p. 165 da Economia Economia Politica]. Política], p. 165 et et seqs. seqs.

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384 384

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A A lei lei da da producao produção capitalista capitalista que que serve serve de de base base à pretensa pretensa "lei “lei natural populacao" reduz-se natural da da população” reduz-se simplesmente simplesmente ao ao seguinte: seguinte: aa relacao relação entre taxa de mais que entre capital, capital, acumulacao acumulação ee taxa de salaries salários nao não eé nada nada mais que aa relacao trabalho relação entre entre oo trabalho trabalho nao-pago, não-pago, transformado transform ado em em capital, capital, ee oo trabalho suplementar para colocar suplementar necessario necessário para colocar em em movimento movimento oo capital capital adicional. adicional. Nao e, de nenhum modo, uma relacao entre duas grandezas Não é, de nenhum modo, um a relação entre duas grandezas indepenindepen­ dentes uma da dentes uma da outra, outra, de de um um lado lado aa grandeza grandeza do do capital, capital, de de outro outro oo mimero da populacao trabalhadora . .£ antes, em ultima instancia, número da população trabalhadora. É antes, em última instância, apenas apenas mesma aa relacao relação entre entre oo trabalho trabalho nao-pago não-pago ee oo trabalho trabalho pago pâgo desta desta mesma população trabalhadora. trabalhadora. Se cr~~c~--~cresce a CW.!i_!!~ida~~ quantidade d9_ dp tr~~aJ. trabalho não-pago populacao ~o-~!<>:-£.~ fornecido .. ~~l~pela ~l~ss~.J~~J?alh_ classe trabalhadora acumulado pela ~!a~s~-classe £llP.it~~i~!~., capitalista, f?!".!!~~Mo ~~o~a -~e- ~~~_r,m,ila~<:) de modo ..s~!i~i-~n_t~me~suficientemente rápido para que _po~s~. possa transform ar-se em capide_!_!lP9~ ~e-rap~_d_~. P~!~ q~e transformar-se tal apenas com ..~E:1. um acrescimo acréscimo extraordinario extraordinário _ de de . trabalho trabalho pago, pago, .. ~-ayer~. haverá ~~l apeJ!~.5rem, p^rém, esse ponto em esse decrescimo decréscimo atinge atinge o o ponto em que que esse esse trabalho trabalho excedente, excedente, alimenalímentador do tador do capital, capital, nao não eé mais mais oferecido oferecido em em quantidades quantidades normais, normais, da-se dá-se uma uma reacao: reação: uma uma parte parte minima mínima desta desta revenue revenue [renda] [renda] eé capitalizada, capitalizada, aa acumulacao acumulação enfraquece, enfraquece, ee o o movimento movimento ascensional ascensional dos dos salaries salários sofre sofre um trabalho fica, um contragolpe. contragolpe. A A elevacao elevação do do preco preço do do trabalho fica, portanto, portanto, conficonfi­ nada nada nos nos limites limites que que rnantem mantêm intactos intactos os os fundamentos fundamentos do do sistema sistema capicapi­ talista A lei talista ee asseguram asseguram sua sua reproducao reprodução em em escala escala crescente. crescente. A lei da da acumulacao natural, expressa, de fato, acumulação capitalista, capitalista, mistificada mistificada em em lei lei natural, expressa, de fato, apeape­ nas que todo decrescimo nas que aa sua sua natureza natureza exclui exclui todo decréscimo do do grau grau de de exploracao exploração do trabalho ou que possam do trabalho ou toda toda elevacao elevação do do preco preço do do trabalho trabalho que possam comcom­ prometer prom eter seriamente seriamente aa reproducao reprodução constante constante da da relacao relação capitalista capitalista ee sua sua reproducao reprodução em em escala escala sempre sempre ampliada. ampliada. Nao Não pode pode ser ser de de outra outra maneira, de producao trabalhador existe maneira, num num sistema sistema de produção em em que que oo trabalhador existe para para as as necessidades necessidades de de valorizacao valorização de de valores valores existentes, existentes, ao ao inves invés de de aa riqueza riqueza material material existir existir para para as as necessidades necessidades de de desenvolvimento desenvolvimento do do trabalhador. trabalhador. Como, Como, na na religiao, religião, oo homem homem eé dominado dominado pela pela criacao criação de de sua sua propria própria cabeca, mesma forma pelo cabeça, da da mesma forma na na producao produção capitalista capitalista eé ele ele dominado dominado pelo produto de produto de sua sua pr6pria própria mao mão 12• 12. 12 ... 12 "Se “Se voltamos, voltamos, porem, porém, aà nossa nossa primeira primeira investigacjo, investigação, onde onde esta está demonstrado demonstrado.. que parece inteiraque o o capital capital eé apenas apenas o o produto produto do do trabalho trabalho humano. hum ano. .. .. entlio então parece inteira­ mente cair sob mente incompreensivel incompreensível que que o o homem homem pudesse pudesse cair sob o o dominio domínio de de seu seu pr6prio próprio produto, isto eé na produto, o o capital, capital, ee se se tornasse tomasse subordinado subordinado aa ele; ele; ee como como isto na realidade realidade um um caso caso incontestavel, incontestável, impoe-se impõe-se involuntariamente involuntariamente aa pergunta: pergunta: como como pode pôde o o trabalhador trabalhador transformar-se, transformar-se, de de senhor senhor do do capital, capital, de de criador criador dele, dele, em em escravo escravo do do capital?" capital?” (VON ( V o n TuUENEN. T h u e n e n , Der D er isolirte isolirte Staal. Staat. Parte Parte segunda, segunda, seylio seção segunda, segunda. Restock, p. 55 ee 6.) merito de ter formulado Rostock, 1863. 1863. p. 6.) O O mérito de Thuenen Thuenen ée ter formulado aa pergunta. pergunta. Sua Sua resposta resposta eé simplesmente simplesmente infantil. infantil.

385 385 2. 2.

Decriscimo Decréscimo relativo relativo da da parte parte variavel variável do do capital capital na na continua~io continuação da da acumulação ee da da concentra~io concentração que acompanha acumula~io que aa acompanha

Segundo Segundo os os pr6prios próprios economistas, economistas, nao não eé nem nem o o volume volume existente existente da da riqueza riqueza social social nem nem aa grandeza grandeza do do capital capital ja já adquirido adquirido que que levam levam aa uma um a elevacao elevação dos dos salaries, salários, mas mas pura pura ee simplesmente simplesmente oo crescimento crescimento propro­ gressivo da da acumulacao acumulação ee o o grau grau de de velocidade velocidade do do seu seu crescimento crescimento gressivo (SMITH, (S m it h , A. A. livro livro I, I, cap. cap. 8). 8 ). Ate Até agora agora temos temos observado observado apenas apenas uma um a fase fase especial especial deste deste processo, processo, aquela aquela em em que que se se realiza realiza oo acrescimo acréscimo do do capital, permanecendo permanecendo constante constante aa composicao composição tecnica técnica do do capital. capital. Mas Mas capital, processo ultrapassa ultrapassa esta esta fase. fase. oo processo Uma vez vez dados dados os os fundamentos fundamentos gerais gerais do do sistema sistema capitalista, capitalista, cheche­ Uma ga-se sempre, sempre, no no curso curso da da acumulacao, acumulação, aa um um ponto ponto em em que que oo desendesen­ ga-se volvimento volvimento da da produtividade produtividade do do trabalho trabalho social social se se torna tom a aa mais mais poderosa poderosa alavanca alavanca da da acumulacao. acumulação. “A mesma mesma causa", causa”, diz diz A. A. Smith, Smith, "que “que eleva eleva os os salaries, salários, aa saber, saber, o o "A aumento aumento do do capital, capital, impulsiona impulsiona ao ao aumento aumento das das forcas forças produtivas produtivas de de trabalho trabalho ee capacita capacita uma uma quantidade quantidade menor menor de de trabalho trabalho aa produzir produzir uma uma quantidade maior maior de de produtos." produtos.” quantidade

Excetuando-se Excetuando-se as as condicoes condições naturais, naturais, como como fertilidade fertilidade dos dos solos, solos, etc., habilidade de de produtores, produtores, trabalhando trabalhando independentes independentes ee isolados, isolados, etc., ee aa habilidade aa qual produtos do qual se se comprova, comprova, porem, porém, mais mais qualitativamente qualitativamente nos nos produtos do que que quantitativamente na na massa massa produzida, produzida, oo grau grau de de produtividade produtividade social social quantitativamente do trabalho trabalho expressa-se expressa-se nos nos volumes volumes relativos relativos dos dos meios meios de de producao produção do que que um um trabalhador, trabalhador, durante durante um um dado dado tempo, tempo, com com aa mesma mesma intensidade intensidade da forca força de de trabalho, trabalho, transforma transform a em em produto. produto. A A massa massa dos dos meios meios de de da produção, com com aa qual qual ele ele opera, opera, cresce cresce com com aa produtividade produtividade de de seu seu producao, trabalho. trabalho. Esses Esses meios meios de de producao produção desempenham desempenham um um duplo duplo papel. papel. 0 O crescimento de de uns uns eé conseqiiencia; conseqüência; o o de de outros, outros, condicao condição da da crescente crescente crescimento produtividade do do trabalho. trabalho. Por Por exemplo: exemplo: com com aa divisao divisão manufatureira m apufatureira produtividade do trabalho trabalho ee aa utilizacao utilização das das maquinas, máquinas, transforma-se, transforma-se, no no mesmo mesmo tempo, tempo, do mais materia-prima m atéria-prima e, e, por por isso, isso, quantidade quantidade maior m aior de de materia-prima matéria-prim a ee de de mais materiais materiais acess6rios acessórios entra entra no no processo processo de de trabalho. trabalho. Esta Esta eé aa conseconse­ qüência da da crescente crescente produtividade produtividade do do trabalho. trabalho. Por P or outro outro lado, lado, aa massa massa quencia da da maquinaria m aquinaria utilizada, utilizada, dos dos animais animais de de trabalho, trabalho, dos dos adubos adubos minerais, minerais, das das tubulacoes tubulações de de drenagens, drenagens, etc., etc., é condicao condição da da crescente crescente produtividade produtividade do trabalho. trabalho. E, E, igualmente, igualmente, aa massa massa dos dos meios meios de de producao produção concentrados concentrados do nas construcoes, construções, altos-Iornos, altos-fomos, meios meios de de transportes, transportes, etc. etc. Porem, Porém, quer quer concon­ nas dição, quer quer consequencia, conseqüência, o o crescente crescente volume volume dos dos meios meios de de producao produção • di~ao, · em em comparacao comparação à tores força de de trabalho trabalho neles neles incorporada incorporada expressa expressa aa produprodu­ tividade esta ultima tividade crescente crescente do do trabalho. trabalho. 0 O acrescimo acréscimo 'd desta última aparece, aparece, porpor­ tanto, no no decrescimo decréscimo da da quantidade quantidade de de trabalbo trabalho em em relacao relação aà massa massa tanto, dos meios meios de de producao produção que que poe põe em em movimento, movimento, ou ou na na diminuicao diminuição do do dos.

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386 386 fator fator subjetivo subjetivo do do processo processo de de trabalho trabalho cornparado com parado corn com os os seus seus fatores fatores objetivos. objetivos. Esta rnudanca Esta m udança na na composicao composição tecnica técnica do do capital, capital, oo crescimento crescimento da meios de massa da forca de da massa massa dos dos meios de producao, produção, comparado comparado com com aa massa da força de trabalho trabalho nela nela vivificada, vivificada, reflete-se reflete-se na na composicao composição de de seu seu valor, valor, no no acresacrés­ cimo pane constante cimo da da parte constante do do valor valor do do capital capital as às custas custas de de sua sua parte parte variavel. variável. Se, Se, por por exemplo, exemplo, de de um um capital, capital, calculado calculado percentualmente, percentualmente, 50% 50% sao são originalmente originalmente aplicados aplicados em em meios meios de de producao, produção, ee outros outros 50% 50% em torca de em força de trabalho, trabalho, mais mais tarde, tarde, com com o o desenvolvimento desenvolvimento do do grau grau de de produtividade produtividade do do trabalho, trabalho, serao serão aplicados aplicados 80% 80% em em meios meios de de producao produção ee 20% 20% em em forca força de de trabalho, trabalho, etc. etc. Esta Esta lei lei do do aumento aumento crescente crescente da da parte variavel eé confirmada parte constante constante do do capital capital em em relacao relação aà variável confirmada aa cada cada passo ((conforme conforme ja precos passo já vimos vimos antes) antes) pela pela analise análise comparativa comparativa dos dos preços das das mercadorias, mercadorias, nao não importando im portando se se compararnos comparamos diferentes diferentes epocas épocas ecoeco­ nomicas unica nacao nômicas para para uma uma única nação ou ou diferentes diferentes nacoes nações na na mesma mesma epoca. época. A relativa do representa apenas A grandeza grandeza relativa do elemento elemento do do preco preço que que representa apenas oo valor dos meios de valor dos meios de producao produção consumidos, consumidos, ou ou aa parte parte constante constante do do bapifcapital, tal, esta está na na razao razão direta, direta, ee aa grandeza grandeza relativa relativa do do outro outro componente, componente, que parte variavel que paga paga o o trabalho trabalho ou ou representa representa aa parte variável do do capital, capital, esta está na na razao razão inversa inversa ao ao progresso progresso da da acumulacao. acumulação. O parte variavel O decrescimo decréscimo da da parte variável do do capital capital em em contraposicao contraposição aà conscons­ tante, rnostra, entretanto, tante, ou ou aa composicao composição mudada m udada do do valor valor do do capital, capital, mostra, entretanto, apenas, na sua apenas, de de maneira m aneira aproximada, aproximada, aa alteracao alteração ocorrida ocorrida na sua composicao composição tecnica. técnica. Se, Se, por por exemplo, exemplo, o o valor valor do do capital capital hoje hoje aplicado aplicado numa num a fia9ao fiação se 1/8 de se comp6e compõe de de 77 /8 /8 de de capital capital constante constante ee de de 1/8 de variavel, variável, enquanto enquanto no /2 no comeco começo do do seculo século XVIII X V III aa proporcao proporção era era de de 11/2 /2 constante constante ee 11/2 variavel, massa de variável, aa massa de rnaterias-primas, matérias-primas, de de meios meios de de trabalho, trabalho, etc., etc., hoje hoje produtivamente produtivamente consumida consumida por por um um determinado determinado quantum quantum de de trabalho trabalho de de fia9ao fiação eé centenas centenas de de vezes vezes maior maior que que no no comeco começo do do seculo século XVIII. X V III. A A razao produtividade crescente razão eé simplesmente simplesmente que, que, com com aa produtividade crescente do do trabalho, trabalho, nao volume dos por não apenas apenas aumenta aum enta oo volume dos meios meios de de producao produção consumidos consumidos por ele, mas cai ele, mas cai oo valor valor desses desses meios meios de de producao produção comparado com parado com com seu seu volume. volume. Seu Seu valor valor cresce, cresce, portanto, portanto, em em termos termos absolutos, absolutos, mas mas nao: não em em proporcao proporção com com seu seu volume. volume. 0 O crescimento crescimento da da diferenca diferença entre entre oo capital capital constante constante ee oo variavel variável e, é, portanto, portanto, muito muito menor menor que que o o crescicresci­ mento mento da da diferenca diferença entre entre aa massa massa dos dos meios meios de de producao produção em em que que se se converte massa da torca de converte oo capital capital constante constante ee aa massa da força de trabalho trabalho em em que que se transforma se transforma oo capital capital variavel. variável. A A primeira primeira diterenca diferença cresce cresce com com aa segunda, porem ~ segunda, porém em em menor menor grau. grau. ')l·rl:: i o i í ~' i» fP1•,',:, * '6~:v~ ‘a*1** ~c 1,.,,~ De De resto, resto, quando quando oo progresso progresso da da acumulacao acumulação reduz reduz aa grandeza grandeza relativa parte variável variavel do modo algum, relativa da da parte do capital, capital, nao não exclui exclui de de modo algum, com com isto, um capital isto, o o aumento aumento de de sua sua grandeza grandeza absoluta. absoluta. Admitarnos Admitamos que que um capital se se divida, divida, no no corneco, começo, em em 50% 50% de de capital capital constante constante ee 50% 50% de de capital capital variavel, variável, mais mais tarde tarde 80% 80% constante constante ee 20% 20% variavel. variável. Se, Se, nesse nesse interva]o, intervalo,

387 387 oo capital capital original original elevar-se elevar-se de de 6 6 000 000 libras libras esterlinas esterlinas para para 18 18 000, 000 , sua sua parte tera crescido parte variavel variável terá crescido tambem também de de 1/5. 1/5. Era E ra 33 000 000 libras libras esterlinas esterlinas ee aumentou aumentou agora agora para para 33 600. 600. Mas Mas onde onde anteriormente anteriormente bastava bastava um um acrescimo acréscimo de de capital capital de de 20% 20 % para para aumentar aum entar de de 20% 20 % aa procura procura de de trabalho, trabalho, eé necessario necessário agora agora triplicar triplicar oo capital capital originario. originário. Na Na quarta quarta parte parte mostramos mostramos como como oo desenvolvimento desenvolvimento da da Iorca força propro­ dutiva trabalho pressupoe dutiva social social do do trabalho pressupõe aa cooperacao cooperação em em grande grande escala; escala; que que apenas apenas sob sob esse esse pressuposto pressuposto se se pode pode organizar organizar aa divisao divisão ee aa combicombi­ nacao nação do do trabalho, trabalho, economizar economizar os os meios meios de de producao produção atraves através de de sua sua concentracao forjar meios concentração em em massa, massa, forjar meios de de trabalho, trabalho, como como oo sistemasistema- de de maquinaria, materialmente para maquinaria, que que s6 só se se presta presta materialmente para aa utilizacao utilização em em cornum., comum,, colocar producao imensas transformar colocar aa service serviço da da produção imensas torcas forças naturais naturais ee transform ar o o processo tecnologica da processo de de producao produção numa num a aplicacao aplicação tecnológica da ciencia. ciência. A À base base da de mercadorias mercadorias em da producao produção de em que que os os meios meios de de producao produção sao são propro­ priedades produz mer­ merpriedades de de pessoas pessoas privadas, privadas, onde onde o o trabalhador trabalhador manual manual produz cadorias vende sua cadorias de de maneira m aneira isolada isolada ee independente independente ou ou vende sua forca força de de tratra­ balho ter meios balho como como mercadoria m ercadoria por por nao não ter meios para para explora-la, explorá-la, realiza-se realiza-se aquele aquele pressuposto pressuposto da da cooperacao cooperação em em grande grande escala escala apenas apenas atraves através do do crescimento individual, ou medida em crescimento do do capital capital individual, ou na na medida em que que os os meios meios sociais sociais de parde producao produção ee de de subsistencia subsistência sao são transformados transform ados em em propriedade propriedade par­ ticular ticular de de capitalistas. capitalistas. Somente Somente assumindo assumindo aa forroa forma capitalista capitalista pode pode aa producao produção de de mercadorias mercadorias tornar-se tornar-se producao produção em em grande grande escala. escala. Uma Uma certa individuais de certa acumulacao acumulação de de capital capital nas nas maos mãos de de produtores produtores individuais de mercadorias mercadorias constitui, constitui, portanto, portanto, aa condicao condição do do modo modo de de producao produção especiespeci­ ficamente ficamente capitalista. capitalista. Por Por isso, isso, tlnhamos tínhamos de de admiti-la admiti-la na na transicao transição do do artesanato Pode ser artesanato para para aa empresa empresa capitalista. capitalista. Pode ser chamada chamada de de acumulacao acumulação primitiva, primitiva, pois, pois, em em vez vez de de resultado resultado hist6rico, histórico, eé fundamento fundamento hist6rico histórico da producao especificamente da produção especificamente capitalista. capitalista. Como Como ela ela mesma mesma surge, surge, nao não necessitamos necessitamos investigar investigar ainda ainda aqui. aqui. Basta Basta saber saber que que ela ela forma forma o o ponto ponto de para oo aumento produtiva de partida. partida. Mas Mas todos todos os os metodos métodos para aumento da da torca força produtiva social social do do trabalho trabalho que que crescem crescem sobre sobre esta esta base base sao, são, simultaneamente, simultaneamente, metodos mais-valia ou produto excedente, métodos para para elevar elevar aa producao produção da da mais-valia ou do do produto excedente, que, que, por por seu seu lado, lado, ée oo elemento elemento formador form ador da da acumulacao. acumulação. Sao, São, portanto, portanto, ao mesmo tempo, ao mesmo tempo, metodos métodos para para aa producao produção de de capital capital por por meio meio de de capital capital ou ou metodos métodos para para acelerar acelerar sua sua acumulacao. acumulação. A A continua contínua retransretransformacao formação de de mais-valia mais-valia em em capital capital apresenta-se apresenta-se como como uma uma crescente crescente grandeza grandeza do do capital capital que que entra entra no no processo processo de de producao. produção. Esta, Esta, por por seu seu lado, torna-se producao em lado, tom a-se aa base base da da produção em escala escala ampliada ampliada ee dos dos metodos métodos que produtiva do que aa acompanham acompanham para para elevar elevar aa forca força produtiva do trabalho trabalho ee acelerar acelerar aa producao produção de de mais-valia. mais-valia. Ouando Quando aparece, aparece, portanto, portanto, um um certo certo grau grau de de acurnulacao acumulação do do capital capital como como condicao condição do do modo modo de de producao produção especiespeci­ ficamente ficamente capitalista, capitalista, este este ultimo, último, reagindo, reagindo, provoca provoca uma uma acumulacao acumulação acelerada acelerada do do capital. capital. Com Com aa acumulacao acumulação do do capital capital desenvolve-se, desenvolve-se, porpor­ tanto, tanto, oo modo modo de de producao produção especificamente especificamente capitalista, capitalista, ee com com este este modo modo

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de producao, produção, desenvolve-se desenvolve-se aa acumulacao acumulação do do capital. capital. Estes dois fatores fatores de Estes dais econômicos produzem, produzem, segundo segundo aa proporcao proporção conjugada conjugada dos impulsos economicos dos impulsos que se se dao dão reciprocamente, reciprocamente, aa mudanca mudança na na composicao composição técnica capi­ que tecnica do do capital, por por meio do qua! qual aa parte variável se se tom enor com­ tal, meio do parte variavel tomaa cada cada vez vez m menor comparada com aa constante. constante. parada com Cada capital individual individual eé uma um a maior maior ou ou menor m enor concentracao concentração de de Cada capital meios com oo correspondente meios de de producao produção com correspondente comando comando sabre sobre um um maior maior ou ou m enor exercito exército de de trabalhadores. trabalhadores. Toda Toda acumulacao acumulação se se torna tom a meio de menor meio de nova acumulacao. acumulação. Ela com aa expansao expansão da da massa massa de de riqueza nova Ela amplia, amplia, com riqueza funcionando coma como capital, capital, sua sua concentracao concentração nas mãos de de capitalistas funcionando nas maos capitalistas individuais, grande escala individuais, portanto, portanto, aa base base da da producao produção em em grande escala ee dos dos metométo­ dos de de producao produção especificamente especificamente capitalista. capitalista. O crescimento do do capital capital dos 0 crescimento social realiza-se realiza-se no no crescimento crescimento de individuais. PressuPressu­ social de muitos muitos capitais capitais individuais. pondo todas as outras outras circunstancias circunstâncias como como constantes, os capitais capitais indi­ pondo todas as constantes, os individuais crescem, crescem, ee com com eles eles aa concentração dos meios produção numa viduais concentracao dos meios de de producao numa relação na qual qual constituem constituem partes alíquotas do do capital capital social social total. total. Ao relacao na partes alfquotas Ao mesmo dos capitais mesmo tempo, tempo, destacam-se destacam-se fracoes frações dos capitais originais originais ee funcipnam funcipnam como novos novos capitais capitais autônomos. outros fatores, fatores, desempenha desempenha · nisto coma autonomos. Entre Entre outros nisto um grande grande papel divisão da da fortuna fortuna em em famílias capitalistas. Com Com aa um papel aa divisao famflias capitalistas. acumulação cresce, cresce, portanto, menos, tambem também o o núm ero dos dos acumulacao portanto, mais mais ou ou menos, mimero capitalistas. Dais Dois pontos caracterizam esta espécie de de concentracao, concentração, que que capitalistas. pontos caracterizam esta especie se baseia baseia diretamente diretamente na na acumulação, idêntica aa ela. ela. PriPri­ se acumulacao, ou ou antes, antes, é identica meiro: crescente concentracao concentração dos meios de de produção meiro: aa crescente dos meios producao sociais sociais nas ~ mãos de capitalistas capitalistas individuais, individuais, nao não se se alterando as demais demais circunstancircunstân­ 11!._iiQLde alterando as cias, limitada pelo da riqueza social. Segundo: Segundo: cias, é limitada pelo grau grau de de cresci~qto crescimento da riqueza social. parte do do capital capital social social localizada localizada em em cada cada esfera particular da da propro­ aa parte esfera particular dução reparte-se reparte-se entre entre muitos muitos capitalistas capitalistas que que se se confrontam confrontam coma como pro­ du9ao produtores de de mercadorias, independentes uns dos outros outros ee concorrendo concorrendo dutores mercadorias, independentes uns dos entre si. si. A A acumula¢1io acumulação ee aa concentracao concentração que que aa acompanha acompanha estão não entre estao nao apenas em em muitos pontos fragmentadas, mas tambem também oo crescimento crescimento dos dos apenas muitos pontos fragmentadas, mas capitais em em funcionamento funcionamento é coartado coartado pela formação de de novas novos ee pela pela capitais pela formacao divisao de de velhos velhos capitais. acumulacao, por por divisão capitais. Apresenta-se, Apresenta-se, por por isso, isso, aa acumulação, um !ado, lado, coma como aa concentracao concentração crescente crescente dos dos meios meios de um de produção producao ee do do comando e, por com ando sobre sobre oo trabalho, trabalho, e, por outro outro lado, lado, coma como repulsao repulsão reclproca recíproca de muitos muitos capitais individuais. de capitais individuais. Essa fragmentacao fragmentação do capital social social total total em muitos capitais indi­ Essa do capital em muitos capitais individuais, ou ou aa repulsão de suas suas fracoes., frações,, eé contrariada contrariada pela viduais, repulsao recíproca reciproca de pela força de atracao atração que atua sabre sobre eles. eles. E isto nao não eé mais simples concen­ forca de que atua E isto mais simples concentração dos dos meios meios de de producao produção ee do do comando comando sabre sobre oo trabalho, trabalho, identica idêntica tracao Isto é aa concentracao à acumulacao. acumulação. Isto concentração de de capitais capitais já formados, formados, aa supressao supressão de sua sua autonomia autonom ia individual, individual, aa expropriacao expropriação do do capitalista capi­ de capitalista pelo pelo capitalista, capitais pequenos pequenos em capitais talista, aa transformacao transform ação de de muitos muitos capitais em poucos poucos capitais grandes. anterior porque pressupoe altegrandes. Este Este processo processo distingue-se distingue-se do do anterior porque pressupõe alte­ ração na na reparticao repartição dos dos capitais capitais que já existem em funcionafunciona­ racao que ja existem ee estão estao em

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mento; mento; seu seu campo campo de de a~ao ação J!jQ_ não esta, está, portanto, portanto, limitado limitado peto pelo acrescimo acréscimo absoluto da da riqueza riqueza social social ou ou pelos pelos limites limites absolutos absolutos da da acumulacao. acumulação. absoluto O capital capital cresce cresce enormemente enormemente aqui, aqui, nas nas maos mãos de de um um s6, só, porque porque escapou escapou O das maos mãos de de muitos, muitos, noutra noutra parte. parte. Esta Esta eé aa centralizacao centralização propriamente propriamente das dita, que que nao não se se confunde confunde com com aa acumulacao acumulação ee aa concentracao. concentração. dita, As As leis leis desta desta centralizacao centralização dos dos capitais, capitais, ou ou aa atracao atração do do capital capital pelo capital, pelo capital, niio não podem podem ser ser desenvolvidas desenvolvidas aqui. aqui. Bastam Bastam algumas algumas expliexpli­ cações efetivas. efetivas. A A batalha batalha da da concorrencia concorrência eé travada travada atraves através do do barabara­ cacoes teamento team ento das das mercadorias. mercadorias. 0 O barateamento barateam ento das das mercadorias mercadorias depende, depende, caeteris paribus paribus [mantendo-se [mantendo-se as as mesmas mesmas condicoes], condições], da da produtividade produtividade caeteris do trabalho, trabalho, ee esta, esta, por por seu seu tumo, turno, da da escala escala da da producao. produção. Os Os capitais capitais do maiores abatem, abatem, portanto, portanto, os os menores. menores. Demais, Demais, lembramos lembramos que, que, com com o o maiores desenvolvimento desenvolvimento do do modo modo de de producao produção capitalista, capitalista, aumenta aum enta aa dimensao dimensão mínima do do capital capital individual individual exigido exigido para para levar levar avante avante um um neg6cio negócio em em minima condições normais. normais. Os Os capitais·pequenos capitais pequenos lancam-se lançam-se assim assim naquelas naquelas esfeesfe­ condicoes ras ras de de producao produção de de que que aa grande grande industria indústria apoderou-se apoderou-se apenas apenas esporaesporá­ dica ou ou parcialmente. parcialmente. A A concorrencia concorrência da-se dá-se aqui aqui na na razao razão direta direta do do dica núm ero ee na na inversa inversa da da grandeza grandeza dos dos capitais capitais que que se se defrontam. defrontam. Ela Ela mimero acaba sempre sempre com com aa derrota derrota de de muitos muitos capitalistas capitalistas pequenos, pequenos, cujos cujos capicapi­ acaba tais tais ou ou se se transferem transferem para para as as maos mãos dos dos vencedores, vencedores, ou ou socobram. soçobram. Alem Além disso, aa producao produção capitalista capitalista faz faz surgir surgir uma um a Iorca força inteiramente inteiramente nova, nova, disso, sistema de de credito, crédito, que, que, em em seu seu inicio, início, insinua-se insinua-se furtivamente, furtivamente, como como oo sistema auxiliar modesto modesto da da acumulacao, acumulação, ee por por meio meio de de fios fios invisfveis invisíveis leva leva para para auxiliar as mãos dos capitalistas capitalistas individuais individuais ou ou associados associados grandes grandes ou ou pequenas pequenas as maos dos massas de. de dinheiro, dinheiro, dispersas dispersas pela pela superficie superfície da sociedade, para para logo logo massas da sociedade, tornar-se uma um a nova nova ee terrlvel terrível arma arma na na luta luta da da concorrencia, concorrência, ee transtortransfor­ tornar-se mar-se, mar-se, por por fim, fim, num num imenso imenso mecanismo mecanismo social social de de centralizacao centralização dos dos capitais. capitais. N medida em em que que se se desenvolvem desenvolvem aa producao produção capitalista capitalista ee aa Naa medida acumulacao, acumulação, na na mesma mesma proporcao proporção desenvolvem-se desenvolvem-se aa concorrencia concorrência ee o o crédito, as as duas duas mais mais poderosas poderosas alavancas alavancas da da centralizacao. centralização. Ademais, Ademais, credito, progresso da da acumulacao acumulação aumenta aum enta aa materia m atéria que que pode pode ser ser centracentra­ oo progresso lizada, isto e, é, os os capitais capitais individuais, individuais, enquanto enquanto aa expansao expansão da da -produi;ao produção lizada, isto capitalista cria cria aa necessidade necessidade social social ee os os meios meios tecnicos técnicos
390 390 atraves através de de alteracoes alterações apenas apenas do do agrupamento agrupamento quantitativo quantitativo dos dos elementos elementos componentes componentes do do capital capital social. social, 0 O capital capital pode pode acumular-se acumular-se aqui aqui em em imensas proporções, proporcoes, em em outro lugar escapado imensas em uma uma s6 só mao, mão, por por ter ter em outro lugar escapado aa muitas muitas outras outras maos, mãos. Num Num dado dado ramo ramo de de neg6cios, negócios, aa centralizacao centralização teria alcancado teria alcançado o o seu seu limite limite extremo extremo quando quando todos todos os os capitais capitais investidos investidos 18• Em nele dido em nele tivessem tivessem fun fundido em um um unico único capital c a p ita l1S. Em determinada determinada sociesocie­ dade, momento em dade, s6 só seria seria alcancado alcançado esse esse limite limite no no momento em que que todo todo oo capital capital social social ficasse ficasse reunido reunido em em uma uma unica única mao, mão, seja seja de de um um capitalista capitalista indiviindivi­ dual, dual, seja seja de de uma uma unica única sociedade sociedade de de capitalistas. capitalistas. A centralizacao A centralização complementa complementa aa obra obra da da acumulacao acumulação ao ao capacitar capacitar os industriais aa a,wp...li,u: os capitalistas capitalistas industriais ampliar aa escaf escalaa, de de suas suas operacoes. operações. Seja Seja este ultimo resultado este último resultado consequencia conseqüência da da acumulacao acumulação ou ou da da centralizacao centralização ((quer quer se se realize realize aa centralizacao centralização pelo pelo caminho caminho violento violento da da anexacao anexação -— onde onde certos certos capitais capitais se se tornam tornam centros centros de de gravitacao gravitação tao tão poderosos poderosos para para outros fragoutros que que rompem rompem aa coesao coesão individual individual deles, deles, absorvendo absorvendo seus seus frag­ mentos mentos -, — , quer quer ocorra ocorra aa Iusao fusão de de capitais capitais ja já formados formados ou ou em em formacao, formação, por meio do por meio do processo processo mais mais suave suave da da formacao formação de de sociedades sociedades por por a~es) ações) oo efeito mesmo. 0 efeito economico econômico permanece permanece oo mesmo. O aumento aumento do do tamanho tam anho dos dos estabelecimentos estabelecimentos industrials industriais constitui, constitui, por por toda toda parte, parte, o o ponto ponto de de partida partida para mais vasta total de para uma uma Q[g11niza~a.o organização mais vasta do do trabalho trabalho total de muitos, muitos, para para um mais um mais amplo amplo desenvolvimento desenvolvimento de de suas suas torcas forças materiais, materiais, isto isto e, é, para para aa transformacao transform ação progressiva progressiva dos dos processos processos de de producao produção isolados isolados ee rotiroti­ neiros em producao socialmente neiros em processos processos de de produção socialmente combinados combinados ee cientificacientifica­ mente mente organizados. organizados. progressivo do É evidente, evidente, porem, porém, que que aa acumulacao, acumulação, oo aumento aumento progressivo do capital, para aa de capital, pela pela reproducao reprodução que que passa passa da da forma forma circular circular para de espiral, espiral, eé urn lento, comparado um processo processo bastante bastante lento, com parado com com aa centralizacao, centralização, que que precisa das partes precisa apenas apenas alterar alterar oo agrupamento agrupamento quantitativo quantitativo das partes integrantes integrantes do mundo estaria do capital capital social. social. 0 O mundo estaria ainda ainda sem sem ferrovias ferrovias se se tivesse tivesse de de esperar esperar que que aa acumulacao acumulação capacitasse capacitasse alguns alguns capitais capitais isolados isolados para para aa construcao A centralizacao, meio da construção de de uma uma ferrovia. ferrovia. A centralização, portanto, portanto, por por meio da organizacao rapidarnente as organização de de sociedades sociedades por por acoes ações criou criou rapidamente as condicoes condições para Aumentando para isso. isso. Aum entando ee acelerando acelerando os os efeitos efeitos da da acumulacao, acumulação, aa centracentra­ lizacao transformacoes na lização amplia amplia ee acelera, acelera, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, as as transformações na compocompo­ sicao tecnica do aumentam aa parte parte constante sição técnica do capital, capital, as as quais quais aumentam constante as às custas custas da da parte parte variavel, variável, reduzindo reduzindo assim assim aa procure' procura* relativa relativa de de trabalho. trabalho. As As massas massas de de capital capital amalgamadas, amalgamadas, da da noite noite para para oo dia, dia, pela pela centracentra­ lizacao, lização, reproduzem-se reproduzem-se ee aumentarn aumentam como como as as outras, outras, mas mas com com maior maior rapidez, rapidez, de de modo modo que que se se tornam tom am novas novas alavancas alavancas poderosas poderosas da da acumuacumu-

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n recentes trustes trustes ingleses l s Nota Nota aà 4.a 4.a edicao: edição: Os Os mais mais recentes ingleses ee americanos americanos ja já tem têm esse esse objetivo, objetivo, ao ao buscarem buscarem reunir, reunir, pelo pelo rnenos, menos, todas todas as as grandes grandes empresas empresas de de um um ramo industrial numa ramo industrial numa grande grande sociedade sociedade por por a~s. ações, com com monopolio monopólio efetivo efetivo (N. (N . de de E.) E.)

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la~ao fala, assim, lação social. social. Se Se se se fala, assim, do do progresso progresso da da acumulacao acumulação social, social, deve-se deve-se hoje hoje considerar considerar implicitos implícitos nela nela os os efeitos efeitos da da centralizacao, centralização. Os Os capitais capitais adicionais adicionais que que se se formaram formaram no no curso curso da da acumulacao acumulação normal norm al (ver (ver cap. cap. X XXII, X II, I) I) servem servem preferentemente preferentemente de de veiculos veículos para para aa exploracao exploração de de novos novos inventos inventos ee descobertas, descobertas, sobretudo sobretudo aperteicoamenaperfeiçoamen­ tos tempo, oo tos industriais. industriais. Mas Mas tarnbem também oo capital capital velho velho alcanca, alcança, com com oo tempo, momento momento de de renovar-se, renovar-se, de de mudar m udar de de pele pele ee de de renascer renascer com com forma forma tecnica na qua! técnica aperfeicoada, aperfeiçoada, na qual uma uma reduzida reduzida massa massa de de trabalho trabalho basta basta para por maquinaria para pôr em em movimento movimento uma uma maior m aior massa massa de de m aquinaria ee materiasmatérias-primas. -primas. A A reducao redução absoluta absoluta da da procura procura de de trabalho trabalho que que necessariamente necessariamente decorre tanto maior decorre dai daí sera será evidentemente evidentemente tanto maior quanto quanto mais mais tenha tenha o o movimovi­ mento de mento de centralizacao centralização combinado combinado os os capitais capitais que que percorrem percorrem esse esse propro­ cesso cesso de de renovacao, renovação. Por Por um um Jado, lado, oo capital capital adicional adicional formado formado no no curso curso da da acumulacao acumulação atrai, atrai, assim, assim, relativamente relativamente aà sua sua grandeza, grandeza, cada cada vez vez menos menos trabalhadores. trabalhadores. Por Por outro outro lado, lado, o o velho velho capital, capital, periodicamente periodicamente reproduzido reproduzido com com nova nova composicao, vez mais, composição, repele, repele, cada cada vez mais, trabalhadores trabalhadores que que antes antes empregava. empregava.

...

[[ . . . ]]

4. 4.

As ula~io relativ a. As diferentes diferentes fonnas formas de de existencia existência da da superpop superpopulação relativa.

A o capitali sts 1-1 A lei lei geral geral da da acumula~i acumulação capitalista 14 [ ... ]

Ouanto maior uncionamento, aa Quanto maior aa riqueza riqueza social, social, oo capital capital em em ffuncionamento, extensao extensão ee energia energia de de seu seu crescimento, crescimento, conseqi.ientemente conseqüentemente aa grandeza grandeza ~P..$.Oluta tanto absoluta do do proletariado proletariado ee aa forca força produtiva. produtiva: de de seu seu trabalho, trabalho, tanto maior forca de m aior eé oo exercito exército industrial industrial de de reserva. reserva. A A força de trabalho trabalho disponivel disponível é ampliada ampliada pelas pelas mesmas mesmas causas causas que que aumentam aumentam aa Iorca força expansiva expansiva do do capital. reserva cresce, capital. A A grandeza grandeza relativa relativa do do exercito exército industrial industrial de de reserva cresce, portanto, portanto, com com as as potencias potências da da riqueza. riqueza. Quanto Quanto maior, maior, porem, porém, este este exercito exército de ao exercito tanto maior de reserva reserva em em relacao relação ao exército ativo ativo de de trabalhadores, trabalhadores, tanto maior é aa massa massa da da superpopulacao superpopulação consolidada, consolidada, cuja cuja miseria miséria esta está na na razao razão inversa inversa do do suplicio suplício de de seu seu trabalho. trabalho. Quanto Quanto maior, maior, finalmente, finalmente, essa essa camada cam ada de de Lazares Lázaros da da classe classe trabalhadora trabalhadora ee oo exercito exército industrial industrial de de reserva, reserva, tanto tanto maior maior eé oo pauperismo, pauperismo, para para usar usar aa terminologia terminologia oficial. oficial. Esta Esta eé a a lei lei geral, geral, absoluta, absoluta, da da acumulaciio acumulação capitalista. capitalista. Como Como todas todas as as outras leis, leis, eé modificada modificada em em sua sua realizacao realização por por multiplas múltiplas circunstancias, circunstâncias, outras cuja cuja analise análise nao não cabe cabe aqui. aqui.

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14 14 0 O item item 33 do do capitulo capítulo 23 23 de de O O capital capital compoe compõe o o t6pico tópico seguinte seguinte desta desta antoanto­ logia. (N. logia. (N . do do Org.) Org.)

392 392 Compreende-se Compreende-se aa insanidade insanidade da da sabedoria sabedoria economica econômica que que predica predica aos aos trabalhadores trabalhadores adaptarem adaptarem seu seu mimero núm ero as às necessidades necessidades de de valorizacao valorização do do capital. capital. 0 O mecanismo mecanismo de de producao produção capitalista capitalista ee da da acumulacao acumulação adapta adapta continuamente continuamente esse esse rnimero número aa essas essas necessidades. necessidades. A A primeira prim eira palavra palavra desta desta adaptacao adaptação é aa criacao criação de de uma uma superpopulacao superpopulação relativa, relativa, ou oü de de um um exercito exército industrial industrial de de reserva; reserva; aa ultima última palavra palavra eé aa miseria miséria sempre sempre crescente crescente de de camadas camadas do do exercito exército ativo ativo de de trabalhadores trabalhadores ee oo peso peso morto morto do do pauperismo. pauperismo. Gracas Graças ao ao progresso progresso da da produtividade produtividade do do trabalho trabalho social, social, uma um a quanquan­ tidade pode ser tidade sempre sempre crescente crescente de de meios meios de de producao produção pode ser mobilizada mobilizada com com um lei, sabre um dispendio dispêndio progressivamente progressivamente menor m enor de de forca força humana. humana. Esta Esta lei, sobre aa base base da da sociedade sociedade capitalista, capitalista, onde onde nao não oo trabalhador trabalhador usa usa os os meios meios de de trabalho, trabalho, mas mas sim sim os os meios meios de de trabalho trabalho usam usam oo trabalhador, trabalhador, signisigni­ fica to maior fica oo seguinte: seguinte: quanta quanto maior m aior aa produtividade produtividade do do trabalho, trabalho, tan tanto maior aa pressao pressão dos dos trabalhadores trabalhadores sabre sobre os os seus seus meios meios de de ocupacao, ocupação, 1jtanto tanto mais existencia: venda mais precaria, precária, portanto, portanto, eé aa sua sua condicao condição de de existência: venda da dá propró­ pria pria forca força para para aumentar aum entar aa riqueza riqueza alheia, alheia, ou ou para para aa autovalorizacao autovalorização do do capital. capital. Um Um crescimento crescimento dos dos meios meios de de producao produção ee da da produtividade produtividade do do trabalho trabalho mais mais rapido rápido que que oo da da populacao população produtiva, produtiva, expressa-se, expressa-se, pois, pois, inversamente inversamente no no capitalismo: capitalismo: aa populacao população trabalhadora trabalhadora sempre sempre cresce rapidamente cresce mais mais rapidam ente que que aa necessidade necessidade de de valorizacao valorização do do capital. capital. Vimos Vimos na na parte parte quarta, quarta, quando quando da da analise análise da da producao produção da da maismais-valia -valia relativa relativa que: que: dentro dentro do do sistema sistema capitalista capitalista aplicam-se aplicam-se todos todos os os metodos métodos para para elevacao elevação da da forca força produtiva produtiva do do trabalho trabalho as às custas custas de de trabalhador trabalhador individual; individual; todos todos os os meios meios para para o o desenvolvimento desenvolvimento da da propro­ ducao dução redundam redundam em em meios meios de de dominio domínio ee exploracao exploração do do produtor, produtor, mutimuti­ lam lam o o trabalhador trabalhador aa um um fragmento fragmento de de ser ser humano, humano, degradam-no degradam-no aà categoria categoria de de peca peça de de maquina, máquina, destroem destroem oo conteiido conteúdo de de seu seu trabalho trabalho transformado transform ado em em tormento, tormento, tornam-se-lhe tom am -se-lhe estranhas estranhas as as potencies potências inteinte­ lectuais lectuais do do processo processo de de trabalho trabalho na na medida medida em em que que este este incorpora incorpora aa ciencia ciência coma como forca força independente, independente, desfiguram desfiguram as as condicoes condições em em que que trabalha, trabalha, submetem-no submetem-no durante durante oo processo processo de de trabalho trabalho aa um um despotismo despotismo mesquinho mesquinho ee odioso, odioso, transformam transform am todas todas as as horas horas de de sua sua vida vida em em horas horas de de trabalho, trabalho, ee lancam lançam sua sua mulher mulher ee seus seus filhos filhos sob sob o o rolo rolo compressor compressor do do capital. capital. Mas M as todos todos os os metodos métodos para para aa producao produção da da mais-valia mais-valia sao, são, ao mesmo tempo, cada expansao ao mesmo tempo, metodos métodos de de acumulacao, acumulação, ee cada expansão da da acumuacumu­ la9ao lação torna-se, tom a-se, reciprocamente, reciprocamente, meio meio de de desenvolver desenvolver aqueles aqueles metodos. métodos. Conclui-se, portanto, que, Conclui-se, portanto, que, na na medida medida em em que que se se acumula acumula o o capital, capital, aa situacao trabalhador, seja situação do do trabalhador, seja qual qual for for seu seu salario, salário, alto alto ou ou baixo, baixo, tern tem de Por de piorar. piorar. P or fim, fim, aa lei lei que que mantem m antém aa superpopulacao superpopulação relativa relativa ou ou oo exercito industrial de exército industrial de reserva reserva em em equilibria equilíbrio com com aa dimensao dimensão ee aa energia energia da da acumulacao, acumulação, acorrenta acorrenta oo trabalhador trabalhador ao ao capital capital mais mais firmemente firmemente

e

393 393

do .que que os os grilhoes grilhões de de Hefaisto Hefaísto acorrentavam acorrentavam Prometeu Prom eteu aos aos rochedos. rochedos. do E sta lei lei condiciona condiciona uma uma acumulacao acumulação de de miseria miséria correspondente correspondente aà acumuacumu­ Esta lação do do capital. capital. A A acumulacao acumulação de de riqueza riqueza num num p6lo pólo e, é, portanto, portanto, ao ao lac;ao mesmo mesmo tempo, tempo, acumulacao acumulação de de miseria, miséria, sofrimento sofrimento de de trabalbo, trabalho, escraescra­ vatura, ignorancia, ignorância, brutalizacao brutalização ee degradacao degradação moral moral no no pólo oposto, isto isto vatura, p6lo oposto, do lado lado da da classe classe que que produz produz seu seu pr6prio próprio produto produto como como capital. capital. e,é, do Este carater caráter antagonico antagônico da da acumulacao acumulação capitalista capitalista 1t1 15 eé expresso expresso de de Este diferentes formas formas pelos pelos economistas economistas politicos, políticos, embora em bora eles eles as as misturem misturem diferentes com manifestacoes manifestações em em parte parte tambem também analogas, análogas, mas mas todavia todavia essencialessencial­ com· mente mente diferentes, diferentes, de de modos modos de de producao produção pre-capitalistas. pré-capitalistas.

is "Dia “D ia aa dia, dia, torna-se torna-se com com isto isto mais mais claro claro que que as as condi¢es condições de de produ~io, produção, nas nas 111

quais mas sim quais aa burguesia burguesia se se move, move, niio não tern têm carater caráter unitario, unitário, simples, simples, mas sim uma uma dupla dupla face; face; que, que, nas nas mesmas mesmas condicces condições em em que que se se produz produz aa riqueza, riqueza, eé produzida produzida também aa miseria: miséria; que, que, nas nas mesmas mesmas condicoes condições em em que que se se processa processa o o desenvoldesenvol­ tambem vimento das forcas forças produtivas, desenvolve-se tambem também uma força repressive: repreSsiva; que que vimento das produtivas, desenvolve-se uma fo~a essas condi~oes condições s6 só geram geram aa riqueza riqueza burguesa, burguesa, aa riqueza riqueza da da classe classe burguesa, burguesa, sob sob essas contínua destrui~ao destruição da da riqueza riqueza de de mernbros membros isolados desta classe classe ee com com aa forfor­ continua isolados desta mação de de um um proletariado proletariado sempre sempre crescente." crescente.” (MARX, ( M a r x , Karl. M isère de de la la ma~o Karl. Misere Philosophie. p. Philosophie. p. 116.) 116.)

5. 5.

K. MARX: PRODUÇÃO PRODU<;AO PROGRESSIV A DE K. MARX: PROGRESSIVA DE UM UM EXCESSO RELATIVO DE POPULA<;AO EXCESSO RELATIVO DE POPULAÇÃO OU OU EXltRCITO EXÉRCITO INDUSTRIAL INDUSTRIAL DE DE RESERV RESERVf **

t

A acumulacao A acumulação do do capital, capital, que que apareceu apareceu originalmente originalmente apenas apenas como como sua sua arnpliacao ampliação quantitativa, quantitativa, realiza-se, realiza-se, como como ja já vimos, vimos, em em continua contínua mumu­ danca dança qualitativa qualitativa de de sua sua composicao, composição, em em constante constante acrescimo acréscimo de de sua sua parte constante parte variavel parte constante a. àss custas custas de de sua sua parte variável 1•‘. O corresO modo modo de de producao produção especificamente especificamente capitalista, capitalista, oo seu seu corres­ pondente torca produtiva pondente desenvolvimento desenvolvimento da da força produtiva do do trabalho trabalho ee aa mudanca mudança causada na composicao nao acompanham causada por por este este na composição organica orgânica do do capital capital não acompanham apenas progresso da apenas o. o. progresso da acumulacao acumulação ou ou oo crescimento crescimento da da riqueza riqueza social. social. Bies Eles caminham caminham rnuito muito mais mais rapidamente, rapidamente, porque porque aa acumulacao acumulação simples simples ou mpliacao do ou aa absoluta absoluta 'aampliação do capital capital total total eé acompanhada acompanhada pela pela centracentra­ lizacao de lização de seus seus elementos elementos individuais, individuais, ee aa transformacao transform ação tecnica técnica do do capital capital adicional adicional eé seguida seguida pela pela transtormacao transform ação tecnica técnica do do capital capital original. original. Com Com oo progresso progresso da da acumulacao, acumulação, varia varia aa relacao relação entre entre aa parte parte constante constante ee aa parte variavel do relacao 1:1, 1 : 1, originalmente, parte variável do capital. capital. Da D a relação originalmente, ela ela passa, passa, digamos, para 2: 1; 3: I, 4: 1, 55:1, : 1, 6: 1, 7: 1. Assirn, digamos, para 2:1, 3:1, 4:1, 6:1, 7:1. Assim, ao ao crescer crescer oo capital, capital, emprega-se 'trabalho /2 de emprega-se em em 'forca fo rça de d e'trab alh o em em vez vez de de 11/2 de seu seu valor valor global, global, ''* Reproduzido Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K . Das Da? allgemeine allgemeine Gesetz Gesetz der der kapitalistischen kapitalistischen AkkuAkkumulation. Parte VII, mulation. -In: In: -. — . Das Das Kapital. Kapital. 21. 21. ed. ed. Berlirn, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1975. 1975. Parte VII, cap. Barbosa. Revisiio cap. 23, 23, item item 3, 3, p. p. 657-70. 657-70. Traduzido Traduzido por por Regis Régis Barbosa. Revisão tecnica técnica da da traducao por tradução por Jose José Paulo Paulo Netto. Netto. t1 Nota 3 edi~iio: Nota aà 3. 3.a edição: No No exemplar exemplar de de uso uso pessoal pessoa) de de Marx Marx encontramos encontramos aqui aqui aa anotacao anotação aà margern: margem: "Para “Para desenvolver: desenvolver: se se a a ampliacao ampliação eé puramente puramente quantitaquantita­ tiva, entiio lucros, no mesrno ramo negocios, em tiva, então cornportam-se comportam-se os os lucros, no mesmo ramo de de negócios, em rela~iio relação aos aos capitals capitais grandes grandes ee pequenos, pequenos, de de conformidade conformidade com com as as grandezas grandezas dos dos capitais capitais adiantados. taxa de adiantados. Se Se aa arnpliacao ampliação resulta resulta em em rnudanca mudança qualitativa, qualitativa, aa taxa de .lucro lucro aurnenta aumenta simultaneamente simultaneamente para para o o capital capital maier." maior,” (N. (N . de de E.) E.)

395 395 progressivamente, progressivamente, apenas apenas 1/3, 1/3, 11/4, /4 , 1/5, 1 /5 , 1/6, 1/6, 11/8, /8 , etc., etc., ee por por outro outro lado, aplica-se aplica-se em em meios meios de de produção 2 /3 , 3/4, 3 /4 , 4/5, 4 /5 , 5/6, 5 /6 , 6/7 6 /7 ee 7/8 7 /8 lado, producao 2/3, deste trabalho eé determinada, deste mesmo mesmo valor. valor. Visto Visto que que aa demanda demanda de de trabalho determinada, nao não atraves através do do volume volume do do capital capital total, total, mas mas sim sim atraves através de de sua sua parte parte variável, ela ela cai cai progressivamente progressivamente com com o o aumento aumento do do capital capital total, total, ao ao variavel, invés de de crescer crescer proporcionalmente proporcionalmente com com ele, ele, conforme conforme supusemos supusemos anteante­ inves riormente. riormente. Ela Ela diminui diminui relativamente relativamente aà grandeza grandeza do do capital capital total total ee em em acelerada acelerada progressao progressão com com oo crescimento crescimento desta desta grandeza. grandeza. :e É verdade verdade que, que, com com o o crescimento crescimento do do capital capital total, total, cresce cresce tambem também sua sua parte parte variavel, variável, ou incorpora, mas ou aa forca força de de trabalho trabalho que que nele nele se se incorpora, mas em em proporcao proporção cada cada vez menor. Reduzem-se intervalos em vez menor. Reduzem-se os os intervalos em que que aa acumulacao acumulação atua atua como como mera mera ampliacao ampliação da da producao produção numa numa dada dada base base tecnica. técnica. :£ É necessário necessario que que aa acumulacao acumulação do do capital capital total total seja seja acelerada, acelerada, em em progressao progressão crescente, crescente, para um mimero para absorver absorver um núm ero adicional adicional determinado determinado de de trabalhadores, trabalhadores, ou ou mesmo, mesmo, em em virtude virtude da da constante constante metamorfose metamorfose do do capital capital velho, velho, para para continuar continuar ocupando ocupando os os trabalhadores trabalhadores que que se se encontram encontram empregados. empregados. Par Por seu lado, lado, essa essa acumulacao acumulação crescente crescente ee aa pr6pria própria centralizacao centralização causam causam seu novas mudancas na composicao novas mudanças na composição do do capital capital ou ou nova nova reducao redução acelerada acelerada de relativa de sua sua parte parte variavel variável comparada com parada com com aa constante. constante. Esta Esta reducao redução relativa da parte variável do do capital, capital, acelerada acelerada com com oo aumento aumento do do capital capital total total da parte variavel ee mais mais rapida rápida que que este, este, assume, assume, por por outro outro lado, lado, aa aparencia aparência de de um um crescimento rapido que crescimento absoluto absoluto da da populacao população trabalhadora trabalhadora muito muito mais mais rápido que oo do A do capital capital variavel variável ou ou dos dos meios meios de de ocupacao ocupação dessa dessa populacao. população. A acumulação capitalista capitalista produz produz sempre, sempre, ee na na proporcao proporção de de sua sua energia energia ee acumulacao de de sua sua dimensao, dimensão, uma um a populacao população superflua supérflua relativamente, relativamente, isto isto e, é, que que ultrapassa as ultrapassa as necessidades necessidades medias médias da da valorizacao valorização do do capital, capital, tornando-se, tomando-se, desse desse rnodo, modo, excedente. excedente. Considerado Considerado o o capital capital social social total, total, constatamos constatamos que que oo movimento movimento de acumulacao provoca de sua sua acumulação provoca ora ora mudancas mudanças peri6dicas, periódicas, que que influem influem em em sua mudancas simultaneas sua totalidade, totalidade, ora ora mudanças simultâneas ee diferentes diferentes nas nas diversas diversas esfeesfe­ ras producao. Em na cornposicao ras de de produção. Em algumas algumas esferas, esferas, ocorre ocorre mudanca mudança na composição do do capital capital sem sem crescimento crescimento de de sua sua grandeza grandeza absoluta, absoluta, em em virtude virtude de de simples simples concentracao; concentração; em em outras, outras, da-se dá-se oo crescimento crescimento absoluto absoluto do do capital capital íigado com aa diminuicao diminuição absoluta absoluta de de sua sua parte parte variável, ou da da forca força Iigado com variavel, ou de trabalho trabalho par por ela ela absorvida; absorvida; em em outras, outras, ora ora oo capital capital prossegue aumen­ de prossegue aumentando tando em em dada dada base base tecnica técnica ee atrai atrai Iorca força de de trabalho trabalho adicional adicional aà proporpropor­ ção que que cresce, cresce, ora ora ocorre ocorre mudanca m udança organica, orgânica, contraindo-se contraindo-se sua sua parte cao parte variável. Em Em todas todas as as esferas, esferas, oo crescimento crescimento da da parte parte variavel variável do do capital capital variavel. e, trabalhadores ocupados, vinculado e, portanto, portanto, do do numero número de de trabalhadores ocupados, esta está sempre sempre vinculado aa flutuacoes flutuações violentas violentas ee aà forrnacao formação transitória transitoria de de uma uma superpopulacao, superpopulação, seja pelo pelo processo processo mais mais evidente evidente de de repulsao repulsão dos dos trabalhadores trabalhadores ja já emem­ seja pregados, nao menos pregados, seja seja pelo pelo menos menos visive), visível, entretanto entretanto não menos efetivo, efetivo, da da absorcao absorção mais mais dificultada dificultada da da populacao população trabalhadora trabalhadora adicional, adicional, atraves através

396 396 dos Com aa grandeza do capital fundos canais canais costumeiros costumeiros 2•2. Com grandeza do capital social social ja já em em fun­ cionamento de seu crescimento, com escala cionamento ee o o grau grau de seu crescimento, com aa ampliacao ampliação da da escala de producao ee da com oo desende produção da massa massa dos dos trabalhadores trabalhadores mobilizados, mobilizados, com desen­ volvimento da forca produtiva trabalho, com fluxo mais volvimento da força produtiva de de seu seu trabalho, com oo fluxo mais vasto vasto ee mais mais completo todas as as fontes fontes de riqueza, amplia-se completo de de todas de riqueza, amplia-se tambem também aa escala dos trabalhadores capital . esta escala em em que que aa atracao atração maier maior dos trabalhadores pelo pelo capital está ligada à maior aumenta aa rapidez ligada maior repulsao repulsão deles. deles. Alem Além disso, disso, aumenta rapidez com com que que se do capital tecnica, se da dá aa mudanca mudança na na composicao composição organica orgânica do capital ee sua sua forma forma técnica, mudancas atingem mimero de esferas de producao, ee tais tais mudanças atingem um um núm ero crescente crescente de esferas de produção, ora isso, aa populacao trabaora simultaneamente, simultaneamente, ora ora alternativamente. alternativamente. Por Por isso, população traba­ lhadora, ao em prolhadora, ao produzir produzir aa acumulacao acumulação do do capital, capital, produz produz tambem, também, em pro­ porcoes crescentes, Iazem dela, dela, relativamcnte, porções crescentes, os os meios meios que que fazem relativamente, uma uma popupopu­ 8• Esta lafyao lação excedente excedente3. Esta é uma um a lei lei de de populacao, população, pr6pria própria ao ao modo m odo de de producao cada modo produção capitalista. capitalista. Na Na realidade, realidade, cada modo hist6rico histórico de de producao produção

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22 Do D o censo censo para para aa Inglaterra Inglaterra ee Pais País de de Gales: Gales: Todas Todas as as pessoas pessoas ernpregadas empregadas na na agricultura proprietarios, arrendatarios, agricultura (inclusive (inclusive proprietários, arrendatários, hortelaos, hortelãos, pastores, pastores, etcJ etc.) -— em 1851: 22 011 447, em em 1851: 011 447, em 1861: 1861: 11 924 924 110, 110, reducao: redução: 87 87 337. 337. Fia1,ao Fiação de de la lã -- em fabrica de 111940, em 1851: 1851: 102714 102 714 pessoas, pessoas, em em 1861: 1861: 79242; 79 242; fábrica de seda seda -— 1851: 1851: 111 940, 1861: de tecidos estampados -— 1851: 12098, 1861: 101678; 101 678; industria indústria de tecidos estampados 1851: 12 098, 1861: 1861: 12556, 12 556, pequeno aumento expansao do indica pequeno aumento de de empregados, empregados, mas mas aa enorrne enorme expansão do neg6cio negócio indica que Pabrlcacao de que houve houve uma uma grande grande queda queda relativa relativa no no seu seu mimero, número. Fabricação de chapeus chapéus -— em em 1851: 1851: 15 15 957, 957, em em 1861: 1861: 13 13 814; 814; fabricacao fabricação de de chapeus chapéus de de palba palha ee adornos cabeca — - em 1851: 20 176; producao de malte malte adornos de de cabeça em 1851: 20 393, 393, em em 1861: 1861: 18 18 176; produção de -— em em 1851: 1851: 10 velas -— em 949, 10 566, 566, em em 1861: 1861: 10 10 677; 677; fabricacao fabricação de de velas em 1851: 1851: 44 949, em em parte, dcvido ao em 1861: 1861: 44 686. 686. Este Este decrescimo decréscimo e, é, em parte, devido ao aumcnto aumento da da iluminacjo iluminação aa gas. - cm gás. Fabricacao Fabricação de de pentes pentes — em 1851: 1851: 2038, 2 038, em em 1861: 1861: 1478; 1 478; scrradorcs serradores de acrescimo cm de madcira madeira -— em em 1851: 1851: 30552, 30 552, em em 1861: 1861: 31647, 31 647, pequeno pequeno acréscimo em virtudc mecanicas; fabricacao virtude da da aplica1,ii.o aplicação crescente crescente de de serras serras mecânicas; fabricação de de pregos pregos -— em em 1851: 940, em concorrencia da 1851: 26 26940, em 1861: 1861: 26 26 130, 130, decrescimo decréscimo em em virtudc virtude da da concorrência da maquina: trabalhadorcs de zinco zinco ec cobre cm 1851: 31 360, máquina; trabalhadores cm em minas minas de cobre -— em 1851: 31 360, cm em 1861: algodao -— cm 1861: 32 32 041. 041. Mas: Mas: fia1,ao fiação ee tecelagern tecelagem de de algodão ent 1851: 1851: 371 371 777, 777, · cm em 1861: rnineracao de 1851: 183 183389, em 1861: 1861: 456646; 456 646; mineração de carvao carvão -— cm em 1851: 389, em 1861: 246613. 246613. "Desde ramos “Desde 1851, 1851, o o aumcnto aumento dos dos trabalhadorcs trabalhadores eé geralrnente geralmente maior maior naqueles naqueles ramos em nao se aplicou maquinaria England em que que ate até agora agora não se aplicou maquinaria com com sucesso." sucesso.” (Census (Census of of England and 1861. Landres, and Wales Wales for for 1861. Londres, 1863. 1863. v. v. III. III. p. p. 35-9.) 35-9.) 3 lei do progressive da grandeza relativa relativa do 3A A lei do decrescimo decréscimo progressivo da grandeza do capital capital variavel variável ee seus seus efeitos efeitos sobrc sobre aa situacao situação da da classe classe trabalhadora trabalhadora foram foram mais mais percebidos percebidos quc que compreendidos compreendidos por por alguns alguns destacados destacados econornistas economistas da da cscola escola classica, clássica. 0 O maior maior rnerito outros, confundissc mérito cabe cabe aa John John Barton, Barton, embora embora elc,_como ele,^ como todos todos os os outros, confundisse o o capital variavel com circulante. Diz ele: "A capital constante constante com com o o fixo, fixo, ee o o variável com o o circulante. D iz ele: “A procura depende do capital circulante procura de de trabalho trabalho depende do aumento aumento do do capital circulante ee nao não do do fixo. fixo. Sc que aa rcla1,ao ambas as em Se fosse fosse verdade verdade que relação cntre entre ambas as especies espécies de de capital capital é igual igual em todos as circunstancias, todos os os tempos tempos ee sob sob todas todas as circunstâncias, entao então resultaria resultaria dai daí que que o o mimero número dos trabalhadores empregados proporcao com Estado. dos trabalhadores empregados guarda guarda proporção com aa riqueza riqueza do do Estado. Mas afirmacao nao medida em cm Mas esta esta afirmação não tern tem probabilidade probabilidade de de ser ser verdadeira. verdadeira. Na N a medida que as ciencias civiliza1,ao, aumenta aumenta oo que se se desenvolvem desenvolvem as ciências naturais naturais ee se se expande expande aa civilização, capital fixo numa numa proporcao maier em rela1,ao ao circulante. 0 capital fixo proporção cada cada vez vez maior em relação ao circulante. O montante de montante de capital capital fixo fixo ernpregado, empregado, quando quando se se produz produz uma uma peca peça de de musselina musselina inglesa, é pelo que aquele inglesa, pelo menos menos cem cem vezes, vezes, provavelmente provavelmente mil mil vczes vezes maier, maior, que aquele empregado empregado para para produzir produzir uma uma peca peça semelhante semelhante de de musselina musselina indiana. indiana. E E aa participacjio cem ou mil vezes vezes menor participação do do capital capital circulante circulante eé cem ou mil menor .. .. .. Se Se a a totalidade totalidade

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397 397

tern suas tem suas leis leis pr6prias próprias de de populacao, população, validas válidas dentro dentro de de seus seus limites limites histohistó­ ricos. Uma lei abstrata ricos. Uma lei abstrata de de populacao população existe existe somente somente para para plantas plantas ee animais, na medida haja interferência interferencia humana. animais, ee apenas apenas na medida em em que que nao não haja humana. Se, porem, uma Se, porém, um a populacao população trabalhadora trabalhadora excedente excedente eé um um produto produto necessario riqueza com necessário da da acumulacao acumulação ou ou do do desenvolvimento desenvolvimento da da riqueza com base base capitalista, por sua capitalista, ela ela torna-se, torna-se, por sua vez, vez, aa alavanca alavanca da da acumulacao acumulação capicapi­ talista talista ee mesmo mesmo condicao condição de de existencia existência do do modo modo de de producao produção capitalista. capitalista. Ela reserva disponivel, pertence E la constitui constitui um um exercito exército industrial industrial de de reserva disponível, que que pertence ao ao capital capital inteiramente, inteiramente, de de forma forma tao tão absoluta absoluta como como se se fosse fosse criado criado as às custas custas dele. dele. Ela Ela proporciona proporciona o o material material humano humano para para as as alternadas alternadas necessidades de necessidades de valorizacao valorização do do capital, capital, sempre sempre pronto pronto para para ser ser explorado, explorado, independentemente verdadeiro aumento independentemente dos dos limites limites do do verdadeiro aumento da da populacao. população. Com Com aa acumulacao acumulação ee com com o o desenvolvimento desenvolvimento da da forca força produtiva produtiva do do trabalho trabalho que que aa acompanha, acompanha, cresce cresce aa forca força de de expansao expansão siibita súbita do do capital, capital, porque porque cresce cresce aa elasticidade elasticidade do do capital capital em em funcionamento funcionamento ee aa riqueza parte elastica; riqueza absoluta, absoluta, da da qual qual o o capital capital constitui constitui apenas apenas uma um a parte elástica; porque porque o o credito, crédito, sob sob qualquer qualquer incentivo incentivo especial, especial, poe põe aà disposicao disposição da da producao, coma produção, como capital capital adicional, adicional, ·num num instante, instante, parte parte consideravel considerável dessa dessa riqueza; processo de maquiriqueza; porque porque as as condicoes condições tecnicas técnicas do do processo de producao, produção, maqui­ naria, meios naria, meios de de transporte, transporte, etc., etc., possibilitam possibilitam a a transformacao transform ação mais mais rapirápi­ da, meios de producao da, na na mais mais larga larga escala, escala, do do produto produto excedente excedente em em meios de produção adicionais. tomaa transbordante adicionais. A A massa massa de de riqueza riqueza social social que que se se tom transbordante com com oo progresso progresso da da acumulacao, acumulação, ee pode pode ser ser transformada transform ada em em capital capital adicioadicio­ nal, nos ramos ramos de mernal, lanca-se lança-se freneticamente freneticamente nos de producao produção antigos, antigos, cujo cujo mer­ cado entao, nos ferrovias, etc.,, cado se se amplia amplia subitamente, subitamente, ou ou então, nos novos, novos, coma como ferrovias, etc.,x cuja cuja necessidade necessidade decorre decorre do do desenvolvimento desenvolvimento dos dos antigos. antigos. Em Em todos todos esses esses casos, casos, graodes grandes massas massas humanas humanas tern têm de de estar estar disponiveis disponíveis para para serem serem lancadas nos nos pontos lançadas pontos decisivos decisivos sem sem prejudicar prejudicar aa escala escala de de producao pròdução em em outras esferas. A outras esferas. A superpopulacao superpopulação as as fornece. fornece. das iovestida em fixo, nao das poupancas poupanças anuais anuais fosse fosse investida em capital capital fixo, não teria teria nenlium nenhum efeito efeito no no sentido sentido de de aumentar aumentar aa procura procura de de trabalho." trabalho.” (BARTON, (B a rto n , John. John. Observations Observations on on the the circumstances circumstances which which influence influence the the condition condition of. of. the the labouring labouring classes classes of of society. society. Londres, Londres, 1817. 1817. p. p. 16 16 ee 17.) 17.) "A “A mesma mesma causa causa que que pode pode aumentar aumentar aa revenue do pais, pode, ao tempo, criar uma superpopurevenue [renda] [renda] liquida líquida do país, pode, ao mesmo mesmo tempo, criar uma superpopu­ la9ao lação ee piorar piorar aa situavao situação do do trabalhador." trabalhador.” (RICARDO. ( R ic a r d o . Op. Op. cit. cit. [Principles, [Principies, etc.], etc.], p. p. 469.) 469.) -— Com Com o o acrescirno acréscimo do do capital capital "a “a procura" procura” (de (de trabalho) trabalho) "processa-se “processa-se cm em proporcao proporção decrescente." decrescente.” (Op. (Op. cit., cit., p. p. 480, 480, nota.) nota.) "O “O montante montante de de capital capital destinado trabalho pode destinado aa manter manter o o trabalho pode variar variar independentemcnte independentemente de de qualquer qualquer mudanca montantc global mudança no no montante global do do capital capital .. .. .. Grandes Grandes oscilacoes oscilações no no volume volume de de ocupaeoes necessidade podem ocupações ee grande grande necessidade podem se se tornar tornar mais mais freqiientes freqüentes quando quando o o capital torna mais capital se se torna mais abundante." abundante.” (JONES, ( J o n e s , Richard. Richard. As A s introductory introductory lecture lecture on on Pol. 1833. p. trabalho) "nao Pol. Econ. Econ. Londres, Londres, 1833. p. 12.) 12.) "A “A procura" procura” (de (de trabalho) “não aumenta aumenta na na Rropor~o proporção da da acumulacao acumulação do do capital capital total total .. .. .. Por Por isso, isso, com côm o o progresso progresso da aumento de reproducao, da sociedade, sociedade, todo todo o o aumento de capital capital nacional, nacional, dcstinado destinado aà reprodução, influi trabalhador." (RAMSAY. influi cada cada vez vez menos menos na na situa~o situação do do trabalhador.” ( R a m s a y . Op. Op cit. cit. [An [An essay essay on on the the distribution distribution of of wealth], wealth], p. p. 90, 90, 91.) 91.)

398 398 O um ciclo O curso curso caracteristico característico da da moderna m oderna industria, indústria, um ciclo decenal, decenal, com com aa ocorrencia ocorrência de de movimentos movimentos oscilatorios oscilatórios menores, menores, constituido constituído de de fases fases de de atividade atividade media, média, de de producao produção aa todo todo vapor, vapor, crise crise ee estagnacao, estagnação, baseiabaseia-se -se na na formacao formação continua, contínua, na na maior maior ou ou menor menor absorcao absorção ee na na reconstireconsti­ tuicao Por tuição do do exercito exército industrial industrial de de reserva reserva ou ou populacao população excedente. excedente. Por seu lado, as industrial recrutam populacao exceseu lado, as vicissitudes vicissitudes do do ciclo ciclo industrial recrutam aa população exce­ dente poderosos agentes dente ee se se tornam tornam os os mais mais poderosos agentes de de sua sua reproducao. reprodução. Este nao encontramos Este curso curso pr6prio próprio da da industria indústria moderna, moderna, que que não encontramos em em nenhuma nenhuma epoca época anterior anterior da da humanidade, humanidade, era era irnpossivel impossível no no periodo período infaninfan­ til producao capitalista. til da da produção capitalista. A A composicao composição do do capital capital s6 só se se alterava alterava muito A sua muito lentamente. lentamente. À sua acumulacao acumulação correspondia, correspondia, portanto, portanto, de de modo modo geral, geral, um um crescimento crescimento proporcional proporcional da da procura procura de de trabalho. trabalho. Lento Lento como como oo progresso modema, progresso de de sua sua acumulacao, acumulação, cornparado com parado com com oo da da epoca época moderna, encontrava encontrava ele ele obstaculos obstáculos naturais naturais na na populacao população trabalhadora trabalhadora exploravel, explorável, os puderam ser meios violentos, os quais quais so só puderam ser removidos removidos por por meios violentos, dos dos quais quais tratatrata­ remos A expansao remos mais mais tarde. tarde. A expansão subita súbita ee intermitente intermitente da da escala escala de de propro­ ducao novamente dução eé condicao condição para para sua sua contracao contração subita; súbita; esta esta provoca provoca novamente aquela, mas aquela material humano aquela, mas aquela eé impossivel impossível sem sem material humano disponivel, disponível, sem sem multiplicacao multiplicação dos dos trabalhadores trabalhadores independentemente independentemente do do crescimento crescimento absoabso­ luto pelo simples luto da da populacao, população. Este Este aumento aumento eé criado criado pelo simples processo processo de de "liberar" “liberar” continuamente continuamente parte parte dos dos trabalhadores, trabalhadores, com com metodos métodos que que dimidimi­ nuem nuem oo nurnero núm ero dos dos empregados empregados em em relacao relação aà producao produção aumentada. aumentada. Toda modema Toda aa forma forma do do movimento movimento da da industria indústria m oderna resulta, resulta, portanto, portanto, da uma parte da transforrnacao transformação constante constante de de uma parte da da populacao população trabalhadora trabalhadora em em desempregados desempregados ou ou parcialmente parcialmente empregados. empregados. A A superficialidade superficialidade da da economia politica mostra-se, economia política mostra-se, entre entre outras outras coisas, coisas, na na circunstancia circunstância de de ela ela considerar causas dos considerar aa expansao expansão ee aa contracao contração do do credito crédito causas dos periodos períodos de de rnudancas meros sintomas. mudanças do do ciclo ciclo industrial, industrial, em em vez vez de de considera-las considerá-las meros sintomas. Tai Tal como como os os corpos corpos celestes celestes que, que, lancados lançados num num determinado determinado movimento, movimento, repetem-no mesmo modo, modo, comporta-se repetem-no sempre sempre ee do do mesmo comporta-se aa producao produção social, social, uma uma vez vez projetada projetada nesse nesse movimento movimento de de expansao expansão ee contracao contração alteralter­ nadas. Efeitos vicissitudes de nadas. Efeitos tornam-se tornam-se causas causas ee as as vicissitudes de todo todo oo processo, processo, que que reproduz reproduz sempre sempre as as suas suas pr6prias próprias condicoes, condições, assumem assumem aa forma forma de de periodicidade politica comperiodicidade 4•4. Uma Uma vez vez estabelecida estabelecida esta, esta, ate até aa economia economia política com­ preende relacao as preende que que aa producao produção de de uma uma populacao população excedente, excedente, em em relação às Na autorizada, encontra-se Na ediyao edição francesa francesa autorizada, encontra-se neste neste lugar lugar aa seguinte seguinte insercao: inserção: "Mas partir do indiistria mecanica “Mas isto isto s6 só ocorre ocorre aa partir do momento momento em em que que aa indústria mecânica se se enraizou passou aa exercer enraizou tao tão profundamente profundamente que que passou exercer uma uma influencia influência preponderante preponderante sobre sobre toda toda aa producao produção naciooal; nacional; em· em' que, que, gracas graças aa essa essa industria, indústria, o o cornercio comércio exterior exterior comecou começou aa avantajar-se avantajar-se ao ao comercio comércio interno; interno; em em que que o o mercado mercado mundial mundial se se apoderou apoderou sucessivamente sucessivamente de de vastas vastas regioes regiões do do Novo Novo Mundo, Mundo, da da Asia Ásia ce da da Australia; Austrália; em em que, que, finalmcnte, finalmente, as as nacoes nações industriais industriais que que surgiram surgiram na na arena arena tornaram-se tornaram-se suficientemente suficientemente numerosas. numerosas. Somente Somente aa partir partir deste deste momento momento comecome­ ~aram çaram aa aparecer aparecer aqueles aqueles ciclos ciclos que que se se reproduzem reproduzem continuamente, continuamente, cujas cujas fases fases sucessivas anos, ee que sucessivas compreendem compreendem anos, que desembocam desembocam sempre sempre numa numa crise crise geral, geral, o o 4 4

399 399 necessidades medias necessidades médias de de valorizacao valorização do do capital, capital, eé condicao condição vital vital para para aa indtistria indústria moderna. moderna. "Admitamos", “A dm itam os”, diz diz H. H . Merivale, M erivale, ex-professor ex-professor de de economia econom ia em em Oxford, O xford, mais mais tarde tarde funcionario funcionário do do Ministerio M inistério das das Colonias C olônias da da lnglaterra, Inglaterra, "que, “que, por libertar-se por ocasiao ocasião de de uma um a crise, crise, aa nacao nação decida decida fazer fazer o o esforco esforço de de libertar-se atraves guns I100 00 000 através da da emigracao em igração de de al alguns 0 0 0 braces braços superfluos. supérfluos. Qua QualI seria seria aa conseqiiencia? conseqüência? A A de de que, que, no no primeiro prim eiro retorno retorno da da dernanda dem anda de de tratra­ balho, balho, existiria existiria uma um a carencia. carência. Por Por mais m ais rapida rápida que que seja seja aa reproducao reprodução de de seres seres humanos, hum anos, eé sempre sem pre necessario necessário o o intervalo intervalo de de uma um a geracao geração para para substituir substituir trabalhadores trabalhadores adultos. adultos. Ora, Ora, os os lucros lucros de de nossos nossos fabricantes fabricantes dependem dependem principalmente principalm ente do do poder poder de de explorer explorar oo momento m om ento favoravel favorável em para se em que que aa procura procura eé intensa intensa para se compensarem com pensarem dos dos pertodos períodos de de estagnacao. estagnação. Este E ste poder poder eé aa eles eles assegurado assegurado apenas apenas atraves através do do comando com ando sobre sobre aa maquinaria m aquinaria ee o o trabalho trabalho manual. manual. ~ É necessario necessário que que eles eles tenham tenham aà mao m ão braces braços disponiveis; disponíveis; eles eles precisam precisam estar estar capacitados capacitados aa intensificar intensificar ou ou abrandar abrandar suas suas atividades, atividades, segundo segundo aa situacao situação do d o mercado; m ercado; do do concon ­ trario, trário, nao não poderao poderão manter m anter na na luta luta da da concorrencia concorrência aa preponderancia preponderância em baseia aa riqueza em que que se se baseia riqueza do do pais." país.” 35 ·

O O pr6prio próprio Malthus M althus reconhece reconhece que que eé necessaria necessária aà industria indústria moderna moderna aa superpopulacao, superpopulação, que que ele, ele, com com sua sua concepcao concepção estreita, estreita, considera considera um um excedente excedente absoluto, absoluto, ee nao não uma uma manobra m anobra de de tornar tornar aa populacao população trabatraba­ lhadora lhadora relativamente relativamente supernumeraria. supernumerária. Ele Ele diz: diz: "Costumes “C ostum es prudentes, prudentes, em em relacao relação ao ao casamento, casam ento, quando quando observados observados alem além de de certo certo limite lim ite pela pela classe classe trabalhadora trabalhadora de de um um pais país que que dependa dependa substancialmente substancialm ente da da manufatura m anufatura ee do do comercio, com ércio, seriam seriam prejudiciais prejudiciais aa ele ele .. .. .. Segundo Segundo aa natureza natureza da da populacao, população, nao não pode p od e um um acrescimo acréscim o de de trabalhadores trabalhadores ser ser levado levado ao ao mercado m ercado antes antes do do decurso decurso de de 16 16 ou ou 18 18 anos, anos, em em conseqiiencia conseqüência de de uma um a procura procura especial, especial, ee aa conversao conversão do do rendimento rendim ento em em capital, capital, por por meio m eio da da poupanca, poupança, pode p od e ocorrer ocorrer muito m uito mais mais rapidamente; rapidam ente; um um pais país esta está sempre sem pre sujeito sujeito aa ver ver seu seu fundo fu n d o de de trabalho trabalho crescer crescer mais m ais rapidamente rapidam ente que que aa sua sua populacao" pop u lação-’ 6. 6. fim fim de de um um ciclo, ciclo, ee o o comeco começo de de outro. outro. Ate Até agora, agora, aa duracao duração desses desses ciclos ciclos eé de de 10 10 ou ou 11 11 anos, anos, mas mas nao não ha há nenhum nenhum fundamento fundam ento para para se se considerar considerar conscons­ tante tante essa essa duracao. duração. Ao Ao contrario, contrário, das das leis leis da da producao produção capitalista, capitalista, como com o n6s nós acabamos acabam os de de expor, expor, tern-se tem-se de de concluir concluir que que ela ela eé variavel variável ee que que o o perfodo período dos dos ciclos ciclos se se encurtara encurtará gradualmente". gradualm ente”. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) 35 MERIVALE, M e r iv a l e , H. H. Lectures L ectu res on on colonization colon ization and and colonies. colonies. Londres, Londres, 1841 1841 ee 1842. 1842. v. v. I, I, p. p. 146. 146. 68 "Prudential “Prudential habits habits with with regard regard to to marriage, marriage, carried carried to to aa considerable considerable extent extent among am ong the the labouring labouring class class of of . aa country country mainly mainly depending depending upon upon manufactures m anufactures and and commerce, commerce, might might injure injure it it .. .. .. From F rom the the nature nature of of aa population, population, an an increase increase of particular of labourers labourers cannot cannot be be brought brought into into market, m arket, in in consequence consequence of of aa particular demand, dem and, till till after after the the lapse lapse of of 16 16 or or 18 18 years, years, and and the the conversion conversion of of revenue revenue into much into capital, capital, by by saving, saving, may may take take place place m uch more m ore rapidly; rapidly; aa country country is is always always liable liable to to an an increase increase in in the the quantity quantity of of the the funds funds for for the the maintenance m aintenance of of labour labour faster faster than than the the increase increase of of population." population.” (MALTIIUS. ( M a l t h u s . Prine. Princ. of of Pol. P ol. Econ. Econ. p. p . 215, 215, · 319, 319, 320.) 320.) Nesta Nesta obra, obra, Malthus M althus descobre descobre finalmente, finalm ente, gracas graças aa Sismondi, Sismondi, aa bela bela Trindade T rindade da da producao produção capitalista: capitalista: superproducao superprodução -— superpopulacao superpopulação -— supersuper-

400 400 Depois Depois de de aa economia economia politica política haver haver declarado declarado aa continua contínua produprodu­ de de uma uma relativa relativa superpepulacao superpopulação de de trabalhadores trabalhadores coma como uma uma necesneces­ sidade sidade da da acumulacao acumulação capitalista, capitalista, essa essa velha velha donzela donzela poe põe na na boca boca do do seu seu principe príncipe ideal, ideal, o o capitalista, capitalista, as as seguintes seguintes palavras, palavras, dirigidas dirigidas aos aos "superfluos" “supérfluos” jogados jogados na na sarjeta sarjeta pelo pelo capital capital adicional adicional que que eles eles mesmos mesmos criaram: caiaram: "N6s, “Nós, os os fabricantes, fabricantes, fazemos fazemos por por v6s vós o o que que podemos, podemos, ao ao aumentar aumentar oo capital capital de de que que precisais precisais para para viver; viver; aa v6s vós cabe cabe fazer fazer o o resto, resto, adaptando adaptando vosso vosso numero número aos aos meios meios de de subsistencia" subsistência” 7•7. Nao Não basta basta aà producao produção capitalista capitalista oo quantum quantum de de forca força de de trabalho trabalho disponível fornecida fornecida pelo pelo incremento incremento natural natural ·da da populacao. população. Ela Ela precisa, precisa, disponivel para para seu seu jogo jogo livre, livre, de de um um exercito exército industrial industrial de de reserva, reserva, independente independente dessas barreiras barreiras naturais. naturais. dessas Ate Até aqui aqui -supusemos -supusemos que que ao ao acrescimo acréscimo ee ao ao decrescimo decréscimo do do capital capital variavel variável correspondem correspondem exatamente exatamente oo acrescirno acréscimo ee decrescimo decréscimo do do numero número de de trabalhadores trabalhadores empregados. empregados. Permanecendo Permanecendo oo mesmo, mesmo, ou ou ate até diminuindo, diminuindo, oo mimero número dos dos trabatraba­ lhadores lhadores comandados comandados pelo pelo capital cápital variavel, variável, este este cresce, cresce, no no entanto, entanto, quanquan­ do do o o trabalhador trabalhador individual individual fornece fornece mais mais trabalho trabalho e, e, portanto, portanto, cresce cresce seu seu salario, salário, embora embora o o preco preço do do trabalho trabalho permaneca permaneça oo mesmo mesmo ou ou ate até caia, trabalho suba. caia, apenas apenas mais mais lento lento do do que que aa massa massa de de trabalho suba. 0 O acrescimo acréscimo do do capital capital variavel variável torna-se, toma-se, entff'.o, entao, Indice índice de de mais mais trabalho, trabalho, mas mas nao não de de mais mais trabalhadores trabalhadores ocupados. ocupados. Todo Todo capitalista capitalista tem tem o o absoluto absoluto inteinte­ resse de de extrair extrair determinado determinado quantum quantum de de trabalho trabalho de de menor m enor rnimero número resse de trabalhadores, trabalhadores, em em vez de de maior, maior, se se oo custo custo salarial salarial eé igualmente igualmente de barato barato ou ou mais mais barato barato ainda. ainda. No No ultimo último caso, caso, aumenta aumenta oo dispendio dispêndio de de capital capital constante constante em em relacao relação aà quantidade quantidade de de trabalho trabalho mobilizado; mobilizado; no no primeiro, primeiro, esse esse dispendio dispêndio crescera crescerá muito muito mais mais lentamente. lentamente. Quanta Q uanto maior maior aa escala mais decisivo escala de de producao, produção, tanto tanto mais decisivo eé este este motive. motivo. Seu Seu peso peso cresce cresce com com aa acumulacao acumulação do do capital. capital. Vimos Vimos que que oo desenvolvimento desenvolvimento do do modo modo de de producao produção capitalista capitalista ee da da forca força produtiva produtiva do do trabalho trabalho -— ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, causa causa ee efeito efeito da da acumulacao acumulação -— capacita capacita o o capitalista capitalista aa movimentar movimentar maior maior quantidade quantidade de trabalho trabalho com com o o mesmo mesmo dispendio dispêndio de de capital capital variavel, variável, explorando explorando de mais mais extensiva extensiva ou ou intensivamente intensivamente as ás forcas forças de de trabalho trabalho individuais. individuais. Vimos Vimos tambem também que que ele ele compra compra mais mais Iorcas forças de de trabalho trabalho com com oo mesmo mesmo valor valor de capital, capital, ao ao substituir substituir progressivamente progressivamente trabalhadores trabalhadores mais mais habeis hábeis por por de trabalhadores trabalhadores menos menos habeis, hábeis, mao-de-obra m ão-de-obra amadurecida amadurecida por por mao-de-obra mão-de-obra incipiente, incipiente, aa forca força de de trabalho trabalho masculina masculina pela pela Ieminina, feminina, aa adulta adulta pela pela dos · dos jovens jovens ou ou criancas, crianças.

<;ao ção

consume, very delicate consumo, three three very delicate monsters, monsters, indeed! indeed! [tres [três monstros monstros muito muito delicados, delicados, de de fato!). fato!]. Cf. Cf. ENGELS, E n g e l s , F. F . Umrisse Umrisse zu zu einer einer Kritik K ritik der der Nationaloekonomie Nationaloekonomie [Esb~o [Esboço de de uma uma critica crítica da da Economia Economia Polftica]. Política]. Op. Op. cit. cit. [Werke, [Werke, v. v. I], í], p. p. 107 107 et et seqs. seqs. 1 7 MAJ.TINEAU, M a r ttn e a u , Harriet. Harriet. The The Manchester Manchester strike. strike. 1832. 1832. p: p. 101. 101.

401 401 Por um capital Por um um lado, lado, com com o o progresso progresso da da acumulacao, acumulação, um capital variavel variável maior movimento maior trabalho sem m aior poe põe em em movimento maior quantidade quantidade de de trabalho sem recrutar recrutar mais trabalhadores; mais trabalhadores; por por outro outro lado, lado, um um capital capital variavel variável da da mesma mesma grangran­ deza utilizando aa mesma deza poe põe em em a~ao ação mais mais trabalho, trabalho, utilizando mesma quantidade quantidade de de forca força de de trabalho trabalho e, e, finalmente, finalmente, mobiliza mobiliza maior maior quantidade quantidade de de forcas forças de de 'trabalho "trabalho inferiores inferiores atraves através da da expulsao expulsão das das superiores. superiores. Por producao de P or isso isso aa produção de uma uma superpopulacao superpopulação relativa, relativa, ou ou aa libelibe­ racao transformacao ração de de trabalhadores, trabalhadores, avanca avança mais mais rapidamente rapidamente do do que que aa transform ação tecnica do processo de técnica do processo de producao, produção, ja já acelerada acelerada com com oo progresso progresso da da acumulacao, proporcional do acumulação, ee do do que que oo correspondente correspondente decrescimo decréscimo proporcional do capital producao, ao capital variavel variável em em relacao relação ao ao constante. constante. Se Se os os meios meios de de produção, ao aumentarem aumentarem sua sua extensao extensão ee sua sua eficacia, eficácia, se se tornam tom am em em menor m enor grau grau meios meios de de emprego emprego dos dos trabalhadores, trabalhadores, essa essa mesma mesma relacao relação é modificada modificada pelo pelo fato trafato de de que que oo capital, capital, aà medida medida que que cresce cresce aa forca força produtiva produtiva do do tra­ balho, rapidamente balho, aumenta aumenta sua sua obtencao obtenção de de trabalho trabalho mais mais rapidam ente que que sua sua demanda dem anda de de trabalbadores. trabalhadores. 0 O trabalho trabalho excessivo excessivo da da parte parte empregada empregada da da classe fileiras de reserva, enquanto, classe trabalhadora trabalhadora engrossa engrossa as as fileiras de sua sua reserva, enquanto, inversainversa­ mente, pressao que mente, aa forte forte pressão que esta esta exerce exerce sobre sobre aquela, aquela, por por meio meio da da concon­ correncia, trabalho excessivo corrência, compete-a. compele-a ao ao trabalho excessivo ee aa submeter-se submeter-se as às exigencias exigências do capital. trabalhadora à ociosido capital. A A condenacao condenação de de uma uma parte parte da da classe classe trabalhadora ociosi­ dade dade Iorcada forçada em em virtude virtude do do trabalho trabalho excessivo excessivo da da outra outra parte, parte, ee inversainversa­ mente, mente, torna-se tom a-se meio meio de de enriquecimento enriquecimento do do capitalista capitalista individual individual88 ee

e

a

s8 Ate mesrno durante Até mesmo durante aa crise crise algodoeira algodoeira de de 1863, 1863, encontramos, encontramos, num num panfleto panfleto dos trabalho dos fiandeiros fiandeiros de de algodao algodão de de Blackburn, Blackburn, violentos violentos protestos protestos contra contra o o trabalho excessivo. lei fabril, excessivo. As As vitimas, vítimas, por por Iorca força da da lei fabril, cram eram naturalmente naturalmente apenas apenas trabatraba­ lhadores lhadores masculinos masculinos adultos. adultos. "Os “Os trabalhadores trabalhadores adultos adultos desta desta fabrica fábrica foram foram intimados intimados aa trabalhar trabalhar de de 12 12 aa 13 13 boras horas por por dia, dia, enquanto enquanto ha há centenas centenas compecompe­ lidos lidos aa ficar ficar ociosos, ociosos, mas mas que qüe se se prontificam prontificam aa trabalhar trabalhar em em tempo tempo parcial, parcial, para para manter trabalho de uma morte manter suas suas familias famílias ee salvar salvar seus seus irmaos irmãos de de trabalho de uma morte prematura prematura em em virtude virtude de de trabalho trabalho excessivo. excessivo. Perguntariamos Perguntaríamos se se esta esta pratica prática de de trabalho trabalho excessivo excessivo gerara gerará relacoes relações suportaveis suportáveis entre entre patroes patrões ee 'servidores', ‘servidores’. Os Os sacrificados sacrificados pelo modo que pelo trabalho trabalho em em excesso excesso sentem sentem aa injustica injustiça do do mesmo mesmo modo que os os que que estao estão condenados condenados aà ociosidade ociosidade forcada forçada (condemned (condemned to to forced forced idleness). idleness). Neste Neste distrito distrito ha trabalho fosse há ocupacao ocupação suficiente suficiente para para ernpregar empregar parcialmente parcialmente todos, todos, se se o o trabalho fosse adequadamente adequadamente distribuido. distribuído. Nos N ós exigimos exigimos apenas apenas um um direito, direito, quando quando pedimos pedimos aos um tempo parcial, pelo aos patroes patrões para para podermos podermos trabalhar trabalhar geralmente geralmente apenas apenas um tempo parcial, pelo menos menos enquanto enquanto perrnaneca permaneça aa situacao situação atual, atual, ao ao inves invés de de obrigar obrigar uns uns ao ao trabalho trabalho excessive, virtude da excessivo, enquanto enquanto outros, outros, em em virtude da falta falta de de ocupacao, ocupação, ficam ficam constrangidos constrangidos aa viver p. 8.) viver da da caridade caridade alheia." alheia.” (Reports (Reports of of insp. insp. of of [act., fact., 31.•t 3!.*' Oct. Oct. 1863. 1863. p. 8.) O relativa superpopulacao O efeito efeito de de uma uma relativa superpopulação sobre sobre os os trabalhadores trabalhadores ocupados ocupados eé compreendido compreendido pelo pelo autor autor do do Essay Essay 011 on trade trade and and commerce commerce -— com com seu seu costumeiro costumeiro ee infalivel instinto burgues: reino infalível instinto burguês: "Outra “Outra causa causa da da ociosidade ociosidade (idleness) (idleness) neste neste reino eé aa falta trabalhando. Sempre uma falta de de um um mimero número suficiente suficiente de de braces braços trabalhando. Sempre que que ha há uma procura procura extraordinaria extraordinária de de produtos produtos ee aa quantidade quantidade de de trabalho trabalho se se torna torna insuinsu­ ficiente, sentem procurarn impo-la ficiente, sentem os os trabalbadores trabalhadores sua sua propria própria importancia importância ee procuram impô-la aos porem, tao aos patroes; patrões; eé surpreendente; surpreendente; sao, são, porém, tão depravadas depravadas as as disposicoes disposições
402 402 acelera, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, aa producao produção do do exercito exército industrial industrial de de reserva reserva acelera, numa numa escala escala correspondente correspondente ao ao progresso progresso da da acumulacao acumulação social. social. Ouao Quão importante importante eé este este momenta momento na na formacao formação da da superpopulacao superpopulação relativa, relativa, demonstra-o, demonstra-o, por por exemplo, exemplo, aa Inglaterra. Inglaterra. Seus Seus meios meios tecnicos técnicos para para "eco“eco­ nomizar" nomizar” trabalho trabalho sao são colossais. colossais. Contudo, Contudo, se se o o trabalho trabalho fosse fosse amanha amanhã reduzido reduzido aa uma uma medida medida racional racional ee de de modo modo escalonado escalonado distribuido distribuído entre entre as as diferentes diferentes camadas camadas da da classe classe trabalhadora trabalhadora em em correspondencia correspondência com com idade idade ee sexo, sexo, aa populacao população trabalhadora trabalhadora existente existente seria seria absolutamente absolutamente insuficiente insuficiente para para prosseguir prosseguir com com aa producao produção nacional nacional na na sua sua escala escala atual. em-­ atual. A A grande grande maioria maioria dos dos atuais atuais trabalhadores trabalhadores "improdutivos" “improdutivos” ((em pregados pregados dornesticos, domésticos, etc.) etc.) teria teria de de ser ser transformada transform ada em em "produtivos". “produtivos” . Em Em seu seu conjunto, conjunto, os os movimentos movimentos gerais gerais dos dos salaries salários regulam-se regulam-se exclusivamente exclusivamente atraves através da da expansao expansão ee contracao contração do do exercito exército industrial industrial de de reserva, reserva, que que correspondem correspondem as às mudancas mudanças peri6dicas periódicas do do ciclo ciclo industrial. industrial. Elas Elas nao não sao, são, portanto, portanto, determinadas determinadas pelas pelas variacoes variações do do numero número absolute absoluto da da populacao população trabalhadora, trabalhadora, mas mas pela pela proporcao proporção variavel variável em em que que aa classe classe trabalhadora trabalhadora se se divide divide em em exercito exército da da ativa ativa ee exercito exército de de reservaj reserva,! pelo pelo acrescirno acréscimo ee decrescirno decréscimo da da grandeza grandeza relativa relativa da da superpopulacao, superpopulação, pela pela extensao extensão em em que que ora ora eé absorvida, absorvida, ora ora eé liberada. liberada. Para Para aa industria indústria momo­ derna derna com com seu seu ciclo ciclo decenal decenal ee suas suas fases fases periodicas periódicas que, que, alem além disso, disso, na na continuacao continuação da da acumulacao, acumulação, sao são entrecruzadas entrecruzadas por por oscilacoes oscilações irregulairregula­ res, res, seguidas seguidas uma uma aa outra, outra, cada cada vez vez mais mais rapidamente, rapidamente, seria seria de de fato fato uma uma linda linda lei lei aa que que fizesse fizesse o o movimento movimento do do capital capital depender depender da da variacao variação absoluta absoluta da da populacao, população, ao ao inves invés de de aa oferta oferta ee aa procura procura de de trabalho trabalho serem serem as as variaveis variáveis dependentes dependentes da da expansao expansão ee contracao contração do do capital, capital, de de suas ficando oo mercado suas necessidades necessidades eventuais eventuais de de valorizacao, valorização, ficando mercado .de de trabatraba­ lho relativamente deficitario, lho ora ora relativamente deficitário, porque porque oo capital capital se se expande, expande, ora ora de de novo novo abarrotado, abarrotado, porque porque ele ele se se contrai. contrai. Este Este e, é, entretanto, entretanto, oo dogma dogma economico, econômico. Segundo Segundo ele, ele, os os salaries salários sobem sobem em em virtude virtude da da acumulacao acumulação do capital. do capital. Os Os salaries salários mais mais elevados elevados incentivam incentivam oo aumento aumento mais mais rapido rápido da da populacao população trabalhadora, trabalhadora, ee esse esse aumento aumento prossegue prossegue ate até que que oo mercado mercado de de trabalho trabalho se se abarrote, abarrote, ficando ficando oo capital capital insuficiente insuficiente em em relacao relação aà oferta oferta de de trabalhadores. trabalhadores. O O salario salário cai cai e, e, entao, então, aparece aparece o o reverso reverso da da medalha. medalha. Por trabalhadora eé dizimada, Por meio meio do do salario salário em em baixa, baixa, aa populacao população trabalhadora dizimada, de de tal tal forma forma que que oo capital, capital, em em relacao relação aa ela, ela, torna-se tom a-se de de novo novo excessivo, excessivo, ou, ou, coma como outros outros explicam, explicam, aa baixa baixa dos dos salaries salários ee oo acrescirno acréscimo de de exploexplo­ racao ração do do trabalhador trabalhador acelerarn aceleram de de novo novo aa acumulacao, acumulação, enquanto, enquanto, ao ao mesrno mesmo tempo, tempo, os os reduzidos reduzidos salaries salários mantem mantêm oo crescimento crescimento da da classe classe trabalhadora Assim reaparece trabalhadora em em xeque. xeque. Assim reaparece de de nova novo aa relacao relação na na qua) qual aa oferta oferta de de trabalho trabalho eé menor m enor que que aa procura, procura, oo salario salário sobe, sobe, etc. etc. Este Este eé um belo um belo rnetodo m étodo de de movimento movimento para para aa producao produção capitalista capitalista desenvolvida. desenvolvida. Antes Antes de de poder poder manifestar-se manifestar-se qualquer qualquer incremento incremento positive positivo da da populacao população realmente capacitada realmente capacitada para para oo trabalho trabalho em em conseqiiencia conseqüência da da elevacao elevação dos dos salaries, salários, estaria estaria muitas muitas vezes vezes decorrido decorrido oo prazo prazo em em que que aa campanha campanha industrial industrial teria teria de de ser ser conduzida, conduzida, aa batalha batalha travada travada ee decidida. decidida.

403 403 Entre Entre 1849 1849 ee 1859 1859 ocorreu, ocorreu, simultaneamente simultaneamente com com uma uma queda queda dos dos precos preços dos dos cereais, cereais, uma uma elevacao elevação nos nos salaries, salários, praticamente praticamente s6 só nominal, nominal, nos nos distritos distritos agricolas agrícolas ingleses; ingleses; por por exemplo, exemplo, em em Wiltshire Wiltshire subiu subiu oo salario salário semanal semanal de de 77 para para 88 xelins, xelins, em em Dorsetshire Dorsetshire de de 77 ou ou 88 para para 9, 9, etc. etc. Foi Foi oo resultado resultado do do exodo êxodo incomum incomum da da superpopulacao superpopulação agricola, agrícola, em em conseconse­ quencia qüência do do recrutamento recrutam ento para para aa guerra, guerra, da da grande grande expansao expansão que que houve houve na na construcao construção de de ferrovias, ferrovias, Iabricas, fábricas, na na exploracao exploração de de minas, minas, etc. etc. Quanto Quanto mais baixos os mais baixos os salaries, salários, tanto tanto maior m aior é aa expressao expressão percentual percentual que que assuassu­ me me um um aumento aumento mesmo mesmo insignificante. insignificante. Se Se oo salario salário semanal, semanal, por por exemexem­ plo, plo, eé de de 20 20 xelins xelins ee sobe sobe para para 22, 22 , entao então sobe sobe em em 10%, 10 % , mas mas um um salario salário que que sobe sobe de de 7 7 para para 99 xelins, xelins, tern tem um um aumento aumento de de 28 28 4/7%, 4 /7 % , oo que que soa soa muito muito consideravel. considerável. Em Em todo todo caso, caso, os os arrendatarios arrendatários lamenlamen­ taram taram ee ate até oo London L ondon Economist E c o n o m ist 99 palrou pairou muito muito seriamente seriamente sobre sobre "a “a general refegeneral and and substancial substancial advance" advance” [uma [uma elevacao elevação geral geral ee substancial], substancial], refe­ rindo-se rindo-se aa esses esses salaries salários de de fome. fome. E E que que fizeram fizeram os os arrendatarios? arrendatários? EspeEspe­ raram, raram , por por acaso, acaso, ate até que que os os trabalhadores trabalhadores rurais, rurais, em em funcao função deste deste brilhante brilhante pagamento, pagamento, se se multiplicassem multiplicassem tanto tanto que que os os salaries salários voltassem voltassem aa cair, cair, como como aa coisa coisa sucede sucede no no cerebro cérebro do do economista economista dogmatico? dogmático? Eles Eles introduziram introduziram mais mais maquinaria, maquinaria, ee num num instante instante os os trabalhadores trabalhadores tornatom a­ ram-se ram-se excedentes excedentes numa numa proporcao proporção conveniente conveniente ate até aos aos arrendatarios. arrendatários. Inverteu-se "mais Inverteu-se “mais capital" capital” na na agricultura agricultura ee de de fonna forma mais mais produtiva. produtiva. Com diminuiu tanto Com isso, isso, aa procura procura de de trabalho trabalho diminuiu tanto relativa relativa quanto quanto absoabso­ lutamente. lutamente. Aquela Aquela fic~ao ficção economica econômica confunde confunde as as leis leis pelas pelas quais quais oo movimento movimento geral geral dos dos salaries salários OU ou aa relacao relação entre entre aa classe classe trabalhadora, trabalhadora, isto isto é, torca força de de trabalho trabalho total, total, ee oo capital capital social social total total se se regulam regulam com com as as leis leis que que distribuem distribuem aa populacao população trabalhadora trabalhadora entre entre as as diferentes diferentes esferas esferas de de propro­ ducao. umaa conjuntura dução. Se, Se, por por exemplo, exemplo, em em consequencia conseqüência de de um conjuntura favoravel, favorável, aa acumulacao se anima especialmente numa determinada acumulação se anima especialmente num a determ inada esfera esfera de de propro­ ducao, dução, se se o o lucro lucro aqui aqui eé maior maior que que oo lucro lucro medic, médio, ee capitals capitais adicionais adicionais sao são atraidos atraídos para para ela, ela, sobem, sobem, naturalmente, naturalmente, aa demanda dem anda de de trabalho trabalho ee oo salario. salário. 0 O salario salário mais mais alto alto atrai atrai parte parte maior m aior da da populacao população trabatraba­ lhadora lhadora para para aa esfera esfera favorecida, favorecida, ate até que que esta esta fique fique saturada saturada ee oo salario salário volte volte aa seu seu nivel nível medic médio anterior anterior ou ou ate até mesmo mesmo caia caia abaixo abaixo dele, dele, caso caso aa afluencia afluência tenha tenha sido sido demasiado demasiado grande, grande. Entao, Então, nao não apenas apenas cessa cessa aa imigracao imigração de de trabalhadores trabalhadores para para o o ramo ramo de de neg6cios negócios em em questao, questão, mas mas torna-se tom a-se ele ele tambem também um um lugar lugar de de emigracao. emigração. 0 O economista economista politico político acredita acredita ter ter captado captado aqui aqui o o "onde" “onde” ee · o o "como", “como” , ao ao perceber perceber que que o o acrescimo acréscimo do do salario salário provoca provoca um um acrescimo acréscimo absoluto absoluto de de trabalhadores, trabalhadores, ee oo acrescimo acréscimo absoluto absoluto de de trabalhadores trabalhadores um um .decrescimo decréscimo de de salario, salário, mas mas oo que que ve vê realmente realmente sao são apenas apenas as as oscilacoes oscilações locais locais do do rnercado mercado de de trabalho trabalho nurna num a esfera esfera particular particular de de producao, produção, sao são apenas apenas Ienomenos fenômenos de de

e

e,

II 9 Economist, E conom ist,

21 21 jan. jan. 1860. 1860.

404 404

distribuicao trabalhadora nas diferentes esferas distribuição da da populacao população trabalhadora nas diferentes esferas de de aplicaaplica­ i;ao suas necessidades ção do do capital, capital, segundo segundo as as suas necessidades variaveis. variáveis. O industrial de exercito ativo, O exercito exército industrial de reserva reserva pressiona pressiona o o exército ativo, durante durante os prosperidade media, suas exigenos periodos períodos de de estagnacao estagnação e e prosperidade média, ee trava trava as as suas exigên­ cias, superproducao ee de A superpo­ superpocias, durante durante o o periodo período de de superprodução de paroxismo. paroxismo. A pulacao pano de lei da pulação relativa relativa e, é, portanto, portanto, oo pano de fundo fundo sobre sobre oo qual qual a a lei da oferta oferta ee da da procura procura de de trabalho trabalho se se movimenta. movimenta. Ela Ela limita limita o o espaco espaço de de manobra manobra dessa dessa lei, lei, colocando colocando impedimentos impedimentos absolutamente absolutamente agradaveis agradáveis para do capital. para aa avidez avidez de de exploracao exploração ee dorninio domínio do capital. .E. É aqui aqui oo lugar lugar para para recordar uma recordar uma grande grande tacanha façanha dos dos economistas economistas apologeticos, apologéticos. Com Com a a introducao de introdução de novas novas ou ou ampliacao ampliação de de velhas velhas maquinas, máquinas, parte parte do do capital capital variavel variável sendo sendo transformada transform ada em em capital capital constante, constante, esta esta operacao, operação, que que "imobiliza" capital e, isso, “libera” "libera" trabalhadores, interpretada “imobiliza” capital e, por por isso, trabalhadores, e é interpretada falsamente se liberasse liberasse capital falsamente pelo pelo economista economista apologetico apologético como como se capital para para trabalhador. Somente Somente agora agora podemos podemos avaliar, avaliar, em em toda toda sua extensão, oo trabalhador. sua extensao, oo cinismo emprego nao os traba­ trabacinismo do do apologetico. apologético. Ficam Ficam sem sem emprego não somente somente os lhadores diretamente expulsos expulsos pela máquina, mas mas sim, sim, do do mesmo mesmo modo, modo, lhadores diretamente pela maquina, seus que regularmente seus sucessores sucessores ee o o contingente contingente adicional adicional que regularmente seria seria absorabsor­ vido ampliacao usual usual dos base antiga. antiga. vido quando quando da da ampliação dos neg6cios negócios sobre sobre sua sua base Eles capital novo, Eles estao estão agora agora todos todos "liberados", “liberados”, ee cada cada capital novo, desejoso desejoso de de funcionar, pode pode dispor Atraia trabalhadores, oo funcionar, dispor deles. deles. A traia estes estes ou ou outros outros trabalhadores, efeito nula, enquanto enquanto este efeito sobre sobre aa demanda demanda geral geral de de trabalho trabalho sera será nula, este capicapi­ tal for apenas do mercado de trabatal for apenas suficiente suficiente para para retirar retirar do mercado um um numero número de traba­ lhadores igual lancado pelas maquinas, Se um número mimero lhadores igual ao ao nele nele lançado pelas máquinas. Se emprega emprega um menor, aumenta menor, aum enta aa quantidade quantidade dos dos superfluos; supérfluos; se se emprega emprega mimero número maior, maior, apenas da entre os aa procura procura geral geral de de trabalho trabalho aumenta aum enta apenas da diferenca diferença entre os que que estao foram “liberados” "liberados", . 0 estão empregados empregados ee os os que que foram O impulso impulso que que os os capitais capitais adicionais que transmitem aà procura procura geral adicionais que procuram procuram aplicacao aplicação transmitem geral de de trabatraba­ lho caso, na na medida em que lho eé neutralizado, neutralizado, em em cada cada caso, medida em que eé contrabalancado contrabalançado pelos trabalhadores trabalhadores lancados maquinas, Isto Isto quer dizer, pelos lançados aà rua rua pelas pelas máquinas. quer dizer, portanto, com que portanto, que que o o mecanismo mecanismo da da producao produção capitalista capitalista faz faz com que o o increincre­ mento mento absoluto absoluto do do capital capital não nao seja seja acompanhado acompanhado por por uma uma elevacao elevação correspondente geral de correspondente da da procura procura geral de trabalho. trabalho. E E aa isto isto chama chama o o apologista apologista uma um a compensacao compensação para para aa miseria, miséria, os os sofrimentos sofrimentos ee possível possivel morte morte dos dos trabalhadores trabalhadores desempregados desempregados durante durante o o periodo período de de transicao, transição, quando quando sao jogados A procura trabalho nao se identisão jogados no no exercito exército de de reserva. reserva. A procura de de trabalho não se identi­ fica com capital, nem fica com o o crescimento crescimento do do capital, nem aa oferta oferta de de trabalho trabalho com com o o crescimento trabalhadora, como potencies independencrescimento da da classe classe trabalhadora, como se se duas duas potências independen­ tes atuassem atuassem uma des sont tes üma sobre sobre aa outra. outra. Les Les dés sont pipes. pipés. [Os [Os dados dados sao são viciados]. lados. Se viciados]. 0 O capital capital age age simultaneamente simultaneamente sobre sobre ambos ambos os os lados. Se sua sua acurnulacao, lado, aumenta procura de de trabalho, trabalho, aumenta, acumulação, por por um um lado, aum enta aa procura aumenta, por por outro de trabalhadores "liberacao", enquan­ enquanoutro lado, lado, aa oferta oferta de trabalhadores atraves através de de sua sua “liberação”, to, tempo, aa pressão pressao dos os empreto, ao ao mesmo mesmo tempo, dos desempregados desempregados compele compele os empre­ gados certo ponto, gados a a fomecerem fornecerem mais mais trabalho, trabalho, tomando tom ando assim, assim, ate até certo ponto, aa oferta trabalho independente independente da de trabalhadores. oferta de de trabalho da oferta oferta de trabalhadores. 0 O movimovi­

405 405

mento da da lei lei da da procura procura ee oferta oferta de de trabalho, trabalho, sobre sobre esta esta base, base, torna torna mento completo oo despotismo despotismo do do capital. capital. Tao Tão logo logo os os trabalhadores trabalhadores descobrem descobrem completo segredo de que, na na mesma mesma medida medida em em que que trabalham produzem mais mais oo segredo de que, trabalham,, produzem riquezas alheias alheias ee aa forca força produtiva produtiva de de seu seu trabalho trabalho cresce, cresce, ate até mesmo mesmo riquezas sua torna-se para sua fun~ao função como como meio meio de de valorizacao valorização do do capital capital torna-se para eles eles sempre mais mais precaria; precária; tao tão logo logo eles descobrem que que o o grau grau de de intensidade intensidade sempre eles descobrem da concorrencia concorrência entre entre eles eles depende depende inteiramente inteiramente da da pressao pressão da da supersuper­ da população relativa; relativa; tão logo, portanto, eles, atraves através de de Trade Trade Unions Unions populacao tao logo, portanto, eles, [sindicatos], etc., etc., buscam organizar uma ação conjunta conjunta planejada planejada entre entre [sindicatos], buscam organizar uma a~ao os ocupados ocupados ee os os desocupados desocupados para para romper rom per ou ou enfraquecer enfraquecer as as conseconse­ os qüências ruinosas ruinosas daquela daquela lei lei natural natural da da producao produção capitalista capitalista sobre sobre sua sua quencias classe classe -— entao então reclamam reclamam o o capital capital ee seu seu sicofanta, sicofanta, o o economista economista polipolí­ tico, contra contra aa viola~ao violação da da "etema" “eterna” e, e, por por assim assim dizer, dizer, "sagrada" “sagrada” lei lei tico, da procura ee oferta. da procura oferta. Todo Todo entendimento entendimento entre entre ocupados ocupados ee desocupados desocupados perturba o o funcionamento funcionamento "puro" “puro” de de tal tal lei. lei. Por P or outro outro lado, lado, tao tão logo, logo, perturba nas colonies colônias por por exemplo, exemplo, circunstancias circunstâncias adversas adversas impedem impedem aa criacao criação nas dos exercitos exércitos industrials indus'triais de de reserva reserva e, e, com com eles, eles, aa absoluta absoluta dependencia dependência dos da classe classe trabalhadora trabalhadora aà classe classe capitalista, capitalista, o o capital, capital, de de maos mãos dadas dadas da com rebela-se contra com seu seu escudeiro escudeiro apregoador apregoador de de lugares-comuns, lugares-comuns, rebela-se contra aa lei "sagrada" “sagrada” da da procura procura ee oferta, oferta, ee busca busca corrigi-la corrigi-la atraves através de de meios meios lei coercitivos. coercitivos.

IV. NATUREZA E E SIGNIFICADO SIGNIFICADO IV NATUREZA DO MATERIAUSMO MATERIALISMO HCTORICO HISTORICO DO 1. 1.

F. LISMOMODERNO F. ENGELS: ENGELS: 0 O MATERIA MATERIAUSMO MODERNO ** j

[[ •...• • ]1 A percepcao total do do idealismo alemao ante­ anteA percepção do do ·erro erro ee da da inversao inversão total idealismo alemão rior necessariamente ao note-se bem, bem, nao rior conduzia conduzia necessariamente ao rnaterialismo, materialismo, mas, mas, note-se não ao mecanico ao materialismo materialismo apenas apenas metafisico, metafísico, exclusiyamente exclusivamente m ecânico. do do seculo século XVIII. Contrastando com com oo simples ingenuamente revolucio­ revolucioX V III. Contrastando simples repudio, repúdio, ingenuamente nario, de toda toda aa hist6ria modemo ve nário, de história anterior, anterior, o o materialismo materialismo moderno vê na na hist6ria história oo processo de movimento movimento processo de de desenvolvimento desenvolvimento da da · humanidade, humanidade, cujas cujas leis leis de eé sua concepcao de domisua tarefa tarefa descobrir. descobrir. Contrastando Contrastando com com aa concepção de natureza natureza domi­ nante entre os do seculo quanto tambem nante tanto tanto entre os franceses franceses do século XVIII X V III quanto também em em Hegel, um todo etemos moviHegel, de de um todo auto-identico auto-idêntico com com corpos corpos celestes celestes eternos movimentando-se ciclos estreitos, mentando-se em em ciclos estreitos, como como Newton Newton ensinara, ensinara, ou ou de dé 'especies espécies imutaveis como ha via ensinado imutáveis de de seres seres organicos, orgânicos, · como havia ensinado Lineu, Lineu, ele ele abarca abarca os progressos mais os quais os progressos mais recentes recentes da da ciencia ciência natural, natural, segundo segundo os quais aa natureza tern aa sua sua hist6ria os corpos assim natureza tambem também tem história no no tempo, tempo, os corpos celestes, celestes, assim como especies orgânicas organicas que habitam, como as as espécies que em em condicoes condições favoraveis favoráveis os os habitam, surgem os ciclos, que ainda admissiveis, surgem ee desaparecem, desaparecem, ee os ciclos, aà medida medida que ainda admissíveis, assumem dimensoes infinitamente inaiores. assumem dimensões infinitamente maiores. Em Em ambos ambos os os casos, casos, ele ele eé essencialmente ja nao precisa mais mais de nenhuma filosofia coloessencialmente dialetico dialético ee já não precisa de nenhum a filosofia colo­ cada outras ciencias. Assim que que aa cada cada acima acima das das outras ciências. Assim cada ciencia ciência particular particular se se apresenta aa exigencia geral apresenta exigência de de esclarecer esclarecer aa sua sua posicao posição na na correlacao correlação geral das conhecimento das das coisas, qualquer ciencia das coisas coisas ee do do conhecimento coisas, ée superflua supérflua qualquer ciência •* Reproduzido Reproduzido de de ENGELS, E n g e ls , F. F. Die D ie Entwicklung Entwicklung des des Sozialismus Sozialismus von von der der Utopie Utopie zur Wlssenschait (Do ao socialismo cientffico). In: zur Wissenschaft (D o socialismo socialismo utopico utópico ao socialismo científico). In: MARx, M a r x , K. K. ee ENGELS, Ausgewiihlte Werke. Werke. 7. Dietz Verlag, V,, E n g e ls , F. F. Ausgewàhlte 1. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Verlag, 1979. 1979. v. v. V p. Traduzido por Kothe. p. 452-5. 452-5. Traduzido por Flavio Flávio R. R. Kothe,

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da correlacao correlação geral. geral. 0 O que, que, de de toda toda aa filosofia filosofia anterior, anterior, entao então ainda ainda da se mantem mantém autonomamente autonomamente de de pe pé é aa doutrina doutrina do do pensar pensar ee de de suas suas leis leis se lógica formal formal ee dialetica. dialética. Todo Todo oo resto resto se se dissolve dissolve ee ressurge ressurge na na -— aa 16gica ciência positiva positiva da da natureza natureza ee da da hist6ria. história. ciencia Enquanto, porem, porém, aa revolucao revolução na na visao visão da da natureza natureza s6 só podia podia realireali­ Enquanto, zar-se pesquisa fornecia zar-se à medida medida que que aa pesquisa fornecia oo correspondente correspondente material material posiposi­ tivo de de conhecimento, conhecimento, muito antes ja já haviam haviam se se manifestado manifestado fatos fatos hist6histó­ tivo muito antes ricos que que imprimiram reviravolta decisiva decisiva na na concepcao concepção hist6rica. histórica. ricos imprimiram um umaa reviravolta Em 1831, 1831, havia havia ocorrido ocorrido em em Lyon Lyon aa primeira primeira insurreicao insurreição operaria; operária; de de Em 1838 1842, o o primeiro primeiro movimento movimento operario operário nacional, nacional, oo dos dos cartistas cartistas 1838 aa 1842, ingleses, atingiu atingiu oo seu seu ponto ponto culminante. culminante. A A luta de classes classes entre entre proleprole­ ingleses, luta de tariado ee burguesia burguesia passou passou aa ocupar ocupar o o primeiro primeiro piano plano na na hist6ria história dos dos tariado países mais mais avancados avançados da da Europa, Europa, na mesma proporcao proporção em em que que Ia lá se se paises na mesma desenvolvia, por por um um Iado, lado, aa grande grande industria indústria e, e, por por outro, outro, aa recemrecémdesenvolvia, -conquistada dominacao dominação política da burguesia. As doutrinas doutrinas da da economia economia -conquistada politica da burguesia. As burguesa quanto aà identidade dos interesses interesses do do capital capital ee trabalho, trabalho, quanto quanto burguesa quanto identidade dos àa harmonia harm onia universal universal ee ao ao bem-estar bem -estar geral geral do do povo, povo, foram foram cada cada vez vez mais mais refutadas pelos coisas nao mais ser refutadas pelos fatos. fatos. Todas Todas essas essas'coisas não podiam podiam mais ser ignoradas, ignoradas, como tampouco tampouco que que o o socialismo socialismo trances francês ee inglês era aa sua sua expressao expressão como ingles era teórica, ainda ainda que que altamente altamente imperfeita. imperfeita. Mas Mas aa velha velha concepcao concepção idealista idealista te6rica, de de historia, história, que que ainda ainda nao não bavia havia sido sido removida, removida, nao não conhecia conhecia lutas lutas de classe classe baseadas baseadas em em interesses materiais, nem nem quaisquer quaisquer interesses interesses de interesses materiais, m ateriais; aa producao, produção, bem bem como como todas todas as as relacoes relações economicas, econômicas, s6 só apaapa­ materiais; recia nela nela bem bem marginalmente, marginalmente, como como elementos elementos subordinados subordinados da da "his“his­ recia t6ria tória da da cultura". cultura”. Os novos novos taros fatos obrigaram obrigaram aa subrneter submeter toda história anterior anterior aa um um Os toda aa hist6ria novo exame, exame, ee a! aí se se mostrou mostrou que que toda toda aa hist6ria história anterior anterior era, era, com com novo 1, que exceção dos dos estagios estágios primitivos, primitivos, aa historia história das das lutas lutas de de classe classe1, que excecao essas classes classes sociais sociais em em luta luta entre entre si si sao, são, toda toda vez, vez, fruto das relacoes relações essas fruto das de produção ee de de troca, troca, em em suma, suma, das das relacoes relações economicas econôm icas de de sua sua epoca; época; de producao que, portanto, portanto, aa estrutura estrutura economica econômica da da sociedade sociedade constitui constitui toda toda vez vez o o que, fundamento real real aa partir fundamento partir do do qual qual deve, deve, em em ultima última instancia, instância, ser ser esclaescla­ recida toda aa supra-estrutura supra-estrutura das das instituicoes instituições juridicas jurídicas ee politicas, políticas, bem bem recida toda como os os modos modos de de concepcao concepção religiosa, filosófica, etc., etc., de de cada cada uma um a das das como religiosa, filos6fica, épocas hist6ricas. históricas. Hegel Hegel havia havia libertado libertado da da metafisica metafísica aa concepcao concepção de de epocas história, ele aa havia havia tornado tornado dialetica dialética -— mas mas aa sua sua concepcao concepção de de história hist6ria, ele historia era essencialmente essencialmente idealista. idealista. Agora Agora oo idealismo idealismo estava estava desalojado desalojado de de era seu ultimo último refugio, refúgio, da da concepcao concepção de de hist6ria, história, estava estava proposta proposta uma con­ seu uma concepcao materialista homens cepção m aterialista de de hist6ria história para para explicar explicar aa consciencia consciência dos dos homens através do do ser ser deles, deles, ao ao inves invés de, de, como como ate até entao, então, oo seu seu ser ser atraves através da da atraves sua consciencia. consciência. sua

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1 Em Em

seu seu trabalho trabalho O O · desenvolvlmento desenvolvim ento do do socialismo socialismo da da utopia utopia d à ciencia, ciência, Engels Engels formula formula esta esta frase frase como como segue: segue: "ai “aí se se mostrou mostrou que que toda toda aa hist6ria história ate até agora, agora, com exce~ao exceção dos dos estagios estágios primitives, primitivos, foi foi aa hist6ria história das das lutas classe”. com lutas de de classe".

408 Com isso, isso, oo socialismo socialismo já aparecia mais como descoberta descoberta Com ja não nao aparecia mais como ocasional dessa dessa ou ou daquela cabeça genial, genial, mas produto neces­ ocasional daquela cabeca mas como como oo produto necessário da da luta luta de de duas duas classes do proletariado proletariado sario classes surgidas surgidas historicamente, historicamente, do da burguesia. burguesia. Sua Sua tarefa era mais mais aprontar aprontar um maximaee da tareta não nao era um sistema sistema maximamente perfeito de de sociedade, sociedade, mas mas investigar histórico-econômente perfeito investigar oo transcurso transcurso historico-economico que que necessariamente necessariamente origina origina essas essas classes classes ee oo seu seu antagonismo, mico antagonismo, ee descobrir na na situacao situação economica econômica dai daí resultante resultante os os meios meios para para aa solucao Solução descobrir do conflito. conflito. Mas M as o o socialismo socialismo anterior anterior era era tão incompatível com com essa do tao incompativel essa concepcao quanto aa concepcao concepção materialista m aterialista quanto concepção de de natureza natureza do do materialismo materialismo francês com aa dialetica dialética ee aa ciencia ciência natural natural mais mais recente. recente. trances com O socialismo socialismo anterior anterior criticava, criticava, sim, sim, o o vigente vigente modo capitalista de de O modo capitalista produção ee as as suas suas consequencias, conseqüências, mas mas nao não conseguia conseguia explicá-los nem, producao explica-los nem, portanto, haver-se haver-se com com eles; ele s6 só conseguia, conseguia, simplesmente, simplesmente, deplorá-los. portanto, eles; ele deplora-los. Quanto mais violentamente clamava clamava contra classe opeope­ Quanto mais violentamente contra aa exploração exploracao da da classe rária, inseparável desse modo modo de de producao, produção, tanto tanto menos menos ele ele estava estava em raria, inseparavel desse em condições de de indicar indicar clararnente claramente em em que consistia ee como como surgia surgia essa essa condicoes que consistia exploração. Mas Mas do do que que se se tratava tratava era, era, por um lado, expor o o (modo exploracao. por um lado, expor 1modo de producao produção capitalista capitalista em em sua sua conexão histórica ee aa sua sua necessidade de conexao hist6rica necessidade para uma uma determinada determ inada epoca época hist6rica, histórica, portanto portanto tambem também aa necessidade para necessidade do seu seu naufragio, naufrágio, mas, outro lado, lado, também pôr aa nu nu oo seu seu caráter do mas, por por outro tambem por carater íntimo, ainda ainda oculto. oculto. Isto ocorreu com com aa descoberta mais-valia. Foi Foi Intimo, Isto ocorreu descoberta da da mais-valia. dem onstrado que que aa apropriacao apropriação de trabalho nao-pago não-pago eé aa forma form a basics básica demonstrado de trabalho do modo modo de de producao produção capitalista capitalista ee da exploração do do trabalhador que do da exploracao trabalhador que aí ocorre; ocorre; que capitalista, mesmo mesmo quando quando compra com pra aa forca força de al que oo capitalista, de trabalho trabalho do seu operário por seu valor valor que que tern tem no no mercado mercado como como merca­ do seu operario por todo todo oo seu mercadoria, mesmo mesmo assim assim extrai extrai dela mais valor valor do do que que pagou por ela, ela, ee que doria, dela mais pagou por que essa mais-valia em ultima última instancia, instância, aa soma de valor valor da da qua! qual essa mais-valia constitui, constitui, em soma de se acumula acumula nas nas maos mãos da da classe classe possuidora sempre crescente crescente massa de se possuidora aa sempre massa de capital. Estava tanto da da produção capital. Estava explicado explicado oo processo processo tanto producao capitalista capitalista quanto quanto da producao produção de de capital. capital. da Devemos aa Marx M arx essas essas duas duas grandes grandes descobertas: descobertas: aa concepcao concepção matemate­ Devemos rialista de de hist6ria história ee aa revelacao revelação 4do segredo da da producao produção capitalista rialista • do segredo capitalista através da da mais-valia. mais-valia. Com Com elas, elas, oo socialismo socialismo tom ou-se uma uma ciencia, ciência, que, que, atraves tomou-se por enquanto, enquanto, se se trata de desenvolver desenvolver em todas as as suas suas partiparti­ por trata apenas apenas de em todas cularidades ee concatenacoes, concatenações. cularidades

2. 2.

K. MARX: O DA ECONOMIA POLÍTICA ** K. MARX: 0 MÉTODO M£TODO DA ECONOMIA POLtTICA

Quando estudamos estudamos um país dado dado do ponto de de vista vista da economia Ouando um pais do ponto da economia política, começamos por sua sua população, divisão desta desta em em classes, classes, seu seu politica, comecamos por populacao, aa divisao estabelecimento nas nas cidades, cidades, nos campos, na orla marítima; diferentes estabelecimento nos campos, na orla maritima; os os diferentes ramos da da producao, produção, aa exportacao exportação ee aa importação, produção ee o o concon­ ramos importacao, aa producao sumo anuais, anuais, os os precos preços das das mercadorias, m ercadorias, etc. etc. Parece Parece mais correto comecome­ sumo mais correto çar com com o o real concreto, com com oo pressuposto pressuposto efetivo; assim, pois, pois, car real ee oo concreto, efetivo; assim, por exemplo, na economia, economia, pela pela populacao, população, que que ée aa base base ee oo sujeito sujeito por exemplo, na de todo todo oo ato ato social social da da producao. produção. Todavia, Todavia, bem bem analisado, analisado, este este metodo método de seria falso. falso. A A população abstração se se deixo deixo de de !ado lado as as classes classes seria populacao eé uma uma abstracao que Estas classes sao, por vazia se que aa compoem. compõem. Estas classes são, por sua sua vez, vez, uma uma palavra palavra vazia se ignoro os os elementos sobre os quais repousam, repousam, por por exemplo: trabalho ignoro elementos sabre os quais exemplo: oo trabalho assalariado, o o capital, capital, etc. etc. Estes Estes supoem supõem á troca, troca, aa divisão do trabalho, assalariado, divisao do trabalho, os precos, preços, etc. etc. 0 O capital, capital, por por exemplo, exemplo, nao não é nada nada sem sem trabalho trabalho assalaassala­ os riado, riado, sem sem valor, valor, dinheiro, dinheiro, precos, preços, etc. etc. Se Se comecasse, começasse, portanto, portanto, pela pela população, elaboraria elaboraria uma uma representacao representação caotica caótica do do todo todo ee por por meio populacao, meio de um determinação mais mais estrita, estrita-, chegaria chegaria analiticamente, analiticamente, cada cada vez vez de umaa determinacao mais, aa conceitos conceitos mais simples; do do concreto representado, chegaria chegaria aa mais, mais simples; concreto representado, abstrações vez mais alcançar as as deterdeter­ abstracoes [universalidades] [universalidades] cada cada vez mais tênues, tenues, até ate alcancar minacoes Chegado aa este fazer minações mais mais simples. simples. Chegado este ponto, ponto, teria teria que que voltar voltar aa fazer aa viagem viagem de de modo modo inverso, até dar de nova novo com inverso, ate dar de com aa população, populacao, mas mas desta desta

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Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K. 0 O metodo método da da Economia Economia Politica. Política. In: In: -. — . ContrlContri­ •* Reproduzido buição àa crltica crítica da da Economia Política. Trad. Trad. ee intr. intr. de de Florestan Florestan Fernandes. Fernandes. buiriio Economia Politica. São Paulo, Paulo, Editora Editora Flama, Flama, 1946. 1946. p. p. 219-28. 219-28. Traducao Tradução revista, revista, em em colaboracao, colaboração, Sao por Jose José Arthur Arthur Giannotti Giannotti ee Florestan Florestan Fernandes. Fernandes. Notas Notas explicativas explicativas por José por por Jose Paulo Netto. Paulo Netto.

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vez nao como vez não como uma uma representacao representação ca6tica caótica de de um um todo, todo, porem porém como como uma totalidade de de determinacoes determinações ee relacoes relações diversas. diversas. O uma rica rica totalidade 0 primeiro primeiro constitui o o caminho que foi foi historicamente seguido pela pela nascente nascente econoecono­ constitui caminho que historicamente seguido mia polltica. política. Os Os economistas economistas do do seculo século X V II, por por exemplo, começam mia XVII, exemplo, comecam sempre todo vivo: populacao, aa nação, nacao, oo Esta do, varies sempre pelo pelo todo vivo: aa população, Estado, vários Estados, Estados, etc.; mas mas terminam sempre por por descobrir descobrir por meio da da analise análise certo certo etc.; terminam sempre por meio número de de relacoes relações gerais gerais abstratas que sao são determinantes, determinantes, tais tais como numero abstratas que como aa divisao dinheiro, oo valor, etc. Estes Estes elementos divisão do do trabalho, trabalho, o o dinheiro, valor, etc. elementos isolados, isolados, uma vez que sao são mais mais ou ou menos menos fixados fixados ee abstraidos, abstraídos, dao dão origem origem aos aos uma vez que sistemas economicos, econômicos, que que se se elevam elevam do do simples, simples, tat tal como Trabalho, sistemas como Trabalho, Divisao Valor de Troca, ate Divisão do do Trabalho, Trabalho, Necessidade, Necessidade, Valor de Troca, até o o Estado, Estado, aa Troca entre entre as as Nacoes Nações ee oo M ercado Universal. O ultimo último metodo método é mani­ Troca Mercado Universal. 0 manifestamente o o rnetodo método cientificamente cientificamente exato. O concreto concreto, porpor­ festamente exato. 0 concreto eé concreto, que que eé aa concentracao concentração de de muitas muitas determinacoes, determinações, isto isto e, é, unidade unidade do do diverso. diverso. Por isso, concreto aparece aparece no no pensamento pensamento como processo da da concenconcen­ Por isso, oo concreto como oo processo tração, como como resultado, resultado, nao não como como ponto ponto de partida, embora embora seja verda­ tracao, de partida, seja oo verdadeiro de partida tambem da da deiro ponto ponto de de partida partida e, e, portanto, portanto, oo ponto ponto de partida também intuição ee da da representacao, representação. No No primeiro primeiro caminho caminho aa representacao representação plena intuicao plena volatiliza-se determinação abstrata; abstrata; no no segundo, segundo, as as determinacoes determinações volatiliza-se na na determinacao abstratas reproducao do por meio meio do abstratas conduzem conduzem à reprodução do concreto concreto por do pensamento. pensamento. Assim eé que que Hegel chegou à ilusao ilusão de de conceber conceber o o real real como como resultado resultado Assim Hegel chegou do pensamento que se se concentra, concentra, que se aprofunda em si si mesmo se do pensamento que que se aprofunda em mesmo ee se apreende aa partir partir de de si si mesmo mesmo como como pensamento móvel; enquanto apreende pensamento m6vel; enquanto oo método que que consiste em elevar-se elevar-se do abstrato ao concreto nao não eé senao senão metodo consiste em do abstrato ao concreto maneira de de proceder proceder do do pensamento pensamento para se apropriar concreto, aa maneira para se apropriar do do concreto, para espiritualmente como para reproduzi-lo reproduzi-lo espiritualmente como coisa coisa concreta. concreta. Porem, Porém, isto isto nao não e, pr6prio concreto. concreto. A é, de de nenhum nenhum modo, modo, oo processo processo da da genese gênese do do próprio A mais mais simples categoria categoria economica, econômica, suponhamos suponhamos por por exemplo valor de de troca, simples exemplo oo valor troca, pressupõe aa populacao, população, uma população que em determinadas pressupoe uma populacao que produz produz em determinadas relações ee tambern também certo certo tipo tipo de de famílias, de comunidades comunidades ou ou Estados. relacoes familias, de Estados. Tal valor nunca poderia poderia existir existir de de outro modo senao senão como como relacao relação Tai valor nunca outro modo unilateral, todo dado, concreto ee vivo. unilateral, abstrata abstrata de de um um todo dado, concreto vivo. Como Como categoria, categoria, ao contrario, contrário, o o valor valor de de troca troca leva leva consigo consigo uma uma existência antediluviana. ao existencia antediluviana. Para aa consciencia consciência -— ee aa consciencia consciência filos6fica filosófica eé determinada de tal Para determinada de tal modo modo que que para para ela ela oo pensamento pensamento que que concebe concebe eé o o homem homem real, real, ee o o mundo concebido concebido é, como tal, mundo real real -— para consciência, mundo e, como ta!, oo único unico mundo para aa consciencia, pois, das categorias categorias aparece aparece como como oo verdadeiro verdadeiro ato pois, oo movimento movimento das ato de de produção que apenas apenas recebe um impulso impulso do do exterior cujo resulresul­ producao -— que recebe um exterior — - cujo tado isto eé exato porque — - aqui uma tado eé oo mundo, mundo, ee isto exato porque aqui temos temos de de novo novo uma tautologia — totalidade concreta, concreta, como como totalidade totalidade de de pensamento, tautologia - aa totalidade pensamento, como uma uma concrecao concreção de de pensamento, pensamento, e, é, na na realidade, um produto produto do do como realidade, um pensar, do do conceber; conceber; nao não eé de de nenhum modo o o produto produto do do conceito conceito pensar, nenhum modo que se se engendra engendra aa si si mesmo mesmo ee que que concebe concebe separadamente separadamente ee acima acima da da que intuição ee da da representação, mas eé elaboracao elaboração da intuição ee da repre­ intuicao representacao, mas da intuicao da representação em em conceitos. conceitos. 0 O todo, todo, tal como aparece aparece na na cabeca, cabeça, como um sentacao ta! como como um

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411 411 todo de pensamento, um produto produto da 4 a cabeca cabeça pensante, pensante, que se apropria todo de pensamento, eé um que se apropria do mundo da em que que oo pode fazer, maneira que difere do mundo da (mica única maneira maneira em pode fazer, m aneira que difere do modo artistico, pratico-espiritual de do modo artístico, religioso religioso ee prático-espiritual de se se apropriar apropriar dele. dele. O objeto real real [reale [reale Subjekt] Subjekt] permanece permanece em em pe pé antes antes ee depois, sua O objeto depois, em em sua independência ee fora fora da da cabeca cabeça ao ao mesmo mesmo tempo, isto e, é, aa cabeca cabeça nao não independencia tempo, isto se comporta com porta senao senão especulativamente, teoricamente. No No método tam ­ se especulativamente, teoricamente. metodo também teórico da economia politica política o objeto sociedade -— paira paira bem te6rico da economia objeto — - aa sociedade como pressuposição diante da da representacao. representação. como pressuposicao diante Porem, simples nao tambem uma existencia Porém, estas estas categorias categorias simples não tern têm também uma existência independente, ou natural, anterior às categorias mais mais concretas? concretas? independente, histórica hist6rica ou natural, anterior as categorias Ça dépend [Depende]. [Depende]. Hegel, por exemplo, exemplo, corneca começa corretamente corretamente sua Ca depend Hegel, por sua Filosofia do Direito D ireito pela pela posse, posse, como como aa mais jurídica do do Filosofia do mais simples simples relação relacao juridica 1• Todavia, não existe posse anterior à família e às relações su jeito 1. sujeito Todavia, nao existe posse anterior a farnt1ia e as relacoes entre relacoes muito muito mais mais concretas entre senhores senhores ee escravos, escravos, que que sao são relações concretas ainda. ainda. Como compensacao, compensação, seria seria justo justo dizer dizer que que existem tribos, que Como existem famílias, familias, tribos, que se limitam limitam aa possuir, mas nao não tern têm propriedade. propriedade. A A categoria categoria mais sim­ se possuir, mas mais simples aparece, pois, como como relacao relação de comunidades de de familias famílias ou ou de de ples aparece, pois, de comunidades tribos com com aa propriedade. tribos propriedade. Na Na sociedade sociedade primitiva primitiva aparece aparece como como aa relarela­ ção mais mais simples simples de de um organismo desenvolvido, c;ao um organismo desenvolvido, mas mas subentende-se subentende-se sempre oo substrato substrato mais mais concreto, concreto, cuja cuja relacao relação eé aa posse. posse. Pode-se Pode-se imagiimagi­ sempre nar selvagem isolado isolado que possua coisas. caso aa posse nar um um selvagem que possua coisas. Mas Mas neste neste caso posse não é uma uma relacao relação jurídica. Não é exato exato que que aa posse evolua historicahistorica­ nao juridica. Nao posse evolua mente até aa família. A posse sempre pressupoe pressupõe esta “categoria juridica jurídica mente ate fanu1ia. A posse sempre esta "categoria mais concreta” 2•2. Entretanto, sempre oo seguinte: seguinte: as categorias mais concreta" Entretanto, restaria restaria sempre as categorias simples sao são aa expressao expressão de de relacoes relações nas quais oo concreto concreto menos menos desen­ simples nas quais desenvolvido tem podido se realizar sem haver relação volvido tern podido se realizar sem haver estabelecido estabelecido ainda ainda aa relacao mais complexa, que se acha expressa espiritualmente espiritualmente na na categoria categoria con­ mais complexa, que se acha expressa concreta, enquanto enquanto oo concreto concreto mais desenvolvido conserva mesma catecate­ creta, mais desenvolvido conserva aa mesma goria como uma r.elação subordinada. subordinada. O dinheiro pode pode existir, existir, ee existiu goria como uma rtlac;ao 0 dinheiro existiu historicamente existisse o o capital, capital, antes antes que que existissem existissem os os historicamente antes antes que que existisse Bancos, antes antes que existisse oo trabalho trabalho assalariado. assalariado. Deste Deste ponto ponto de de vista vista Bancos, que existisse pode-se pode exprimir exprimir relacoes dominantes pode-se dizer dizer que que aa categoria categoria simples simples pode relações dominantes de de um um todo todo pouco pouco desenvolvido desenvolvido ainda, ainda, ou ou relacoes relações subordinadas subordinadas deste deste todo, relações que ja já existiam existiam historicamente historicamente antes todo tivesse tivesse todo, relacoes que antes que que oo todo se desenvolvido desenvolvido na direção que que eé expressa expressa em em uma uma categoria se na direcao categoria mais mais completa. do pensamento pensamento abstrato eleva completa. Neste Neste sentido, sentido, as as leis leis do abstrato que que se se eleva do processo hist6rico do rnais mais simples simples ao ao coinplexo, complexo, correspondem correspondem ao ao processo histórico real. real. Doutro lado, lado, pode-se pode-se dizer dizer que formas de de sociedade sociedade rnuito muito de­ Doutro que há ha forrnas desenvolvidas, embora embora historicamente historicamente nao não tenham atingido ainda sua matum atu­ senvolvidas, tenham atingido ainda sua ridade, nas nas quais se encontrarn encontram as as formas formas mais elevadas da da economia, economia, ridade, quais se mais elevadas

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•1 A A referencia referência eé ao ao § 40 40 da da Filosofia Filosofia do do Direito. Direito. (N.R.T.) (N .R .T .) referencia da Filosofia Direito. (N (N.R.T.) referência eé aos aos §§ 32 32 e e 33 33 da Filosofia do do Direito. .R.T.)

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tais como tais como aa cooperacao, cooperação, uma um a divisao divisão do do trabalho trabalho desenvolvida, desenvolvida, sem sem que que exista nelas dinheiro; oo Peru, por exemplo. exemplo. Tambem Também nas nas comunidades comunidades exista nelas oo dinheiro; Peru, por eslavas papel eslavas o o dinheiro dinheiro ee aa troca troca que que oo condiciona condiciona desempenham desempenham um um papel insignificante insignificante ou ou nulo, nulo, mas mas aparecem aparecem em em suas suas fronteiras, fronteiras, nas nas suas suas relarela­ c;oes um erro troca ções com com as as outras outras comunidades. comunidades. Alem Além disso, disso, eé um erro situar situar aa troca no no interior interior das das comunidades comunidades como como elemento elemento que que as as constitui constitui originariaoriginaria­ mente. A princfpio princípio surge, surge, antes antes nas nas relacoes relações reciprocas recíprocas entre entre as as distintas distintas mente. A comunidades, comunidades, do do que que nas nas relacoes relações entre entre os os membros membros de de uma uma mesma mesma ee unica comunidade. Alem disso, tenha desempenhado única comunidade. Além disso, embora em bora oo dinheiro dinheiro tenha desempenhado oportunamente, parte, desde oportunamente, ee por por toda toda parte, desde os os antigos, antigos, um um papel papel como como elemento dominante, dominante, nao não aparece aparece na na Antiguidade senão em em nacoes nações desendesen­ elemento Antiguidade senao volvidas na Antiguivolvidas unilateralmente unilateralm ente em em deterroinado determinado sentido, sentido, ee ainda ainda na Antigui­ dade dade mais mais culta, culta, entre entre os os gregos gregos ee os os romanos, romanos, nao não atinge atinge seu seu completo completo desenvolvimento, supondo supondo completo completo oo da da moderna m oderna sociedade sociedade burguesa, burguesa, desenvolvimento, senão no no perlodo período de de dissolucao. dissolução. Esta Esta simplfssima simplíssima categoria categoria alcanca alcança histohisto­ senao ricamente, portanto, mais ricamente, portanto, seu seu ponto ponto culminante culminante somente somente nas nas condicoesi condiçõest mais desenvolvidas desenvolvidas da da sociedade. sociedade. E E o o dinheiro dinheiro nao não entrava entrava [?] [?] de de nenhum nenhum modo em em todas todas as as relacoes relações economicas; econômicas; assim, assim, no Romano, na na rnodo no Império Imperio Romano, epoca época de de seu seu maior maior desenvolvimento, desenvolvimento, permaneceram permaneceram como como fundamentais fundamentais oo imposto imposto ee oo emprestimo empréstimo em em frutos frutos naturais. naturais. 0 O sistema sistema do do dinheiro, dinheiro, propriamente propriamente falando, falando, encontrava-se encontrava-se ali ali completamente completamente desenvolvido desenvolvido unicamente no Exercito Exército ee nao não tinha tinha participacao participação na na totalidade totalidade do do trabatraba­ unicarnente no Iho. lho. De De modo modo que, que, embora embora aa categoria categoria mais mais simples simples tenha tenha podido podido existir existir historicamente historicamente antes antes que que aa mais mais concreta, concreta, nao não pode pode precisamente precisamente perper­ tencer em em seu seu pleno pleno desenvolvimento, desenvolvimento, extensivo extensivo ee intensivo intensivo senao senão aa tencer formacoes formações sociais sociais combinadas, combinadas, enquanto enquanto aa categoria categoria mais mais concreta concreta se se achava achava plenamente plenamente desenvolvida desenvolvida em em uma uma forma forma de de sociedade sociedade menos menos avancada. avançada. O uma categoria O trabalho trabalho parece parece uma categoria inteiramente inteiramente simples. simples. E E tambem também representação do do trabalho trabalho nesta nesta sua sua universalidade universalidade -— como como trabalho trabalho aa representacao em geral geral -— eé muito muito antiga. antiga. Entretanto, Entretanto, concebido concebido economicamente economicamente sob sob em esta esta sirnplicidade, simplicidade, o o "trabalho" “trabalho” eé urna uma categoria categoria tao tão moderna m oderna como como oo siio relacoes que são as as relações que engendram engendram esta esta abstracao. abstração. Por Por exemplo, exemplo, oo sisterna sistema monetário coloca coloca ainda ainda aa riqueza inteiramente como como objetiva, objetiva, como como monetario riqueza inteiramente coisa coisa fora fora de de si si no no dinheiro. dinheiro. Contra C ontra esse esse ponto ponto de de vista, vista, houve houve um um grande grande progresso progresso quando quando oo sistema sistema manufatureiro manufatureiro ou ou comercial comercial colocou colocou manancial da da riqueza riqueza nao não no no objeto, objeto, mas na atividade atividade subjetiva subjetiva -— oo manancial mas na oo trabalho trabalho comercial comercial ee manufatureiro. manufatureiro. Contudo, Contudo, concebia-a concebia-a ainda ainda no no sentido sentido restrito restrito de de uma uma atividade atividade produtora produtora de de dinheiro. dinheiro. Contra Contra este este sistema, o o dos dos fisiocratas fisiocratas estabelece estabelece uma forma determinada determinada de de trabalho sisterna, urna forma trabalho agricultura -— como como criadora criadora de de riqueza, riqueza, ee oo pr6prio próprio objeto objeto nao não -— aa agricultura aparece aparece ja já sob sob oo disfarce disfarce do do dinheiro, dinheiro, mas mas corno como produto produto em em geral, geral, como resultado resultado geral geral do do trabalho. trabalho. Mas este produto, de conformidade conformidade como Mas este produto, de

413 413 com as as Iimitacoes limitações da da atividade, atividade, eé sempre sempre um um produto produto natural. natural. Produto com Produto agrícola, produto produto da da terra terra par excellence [por [por excelencia]. excelência]. agricola, par excellence Progrediu-se imensamente quando Progrediu-se imensamente quando Adam Adam Smith Smith repeliu repeliu todo todo carater caráter determinado da determinado da atividade atividade que que cria cria aa riqueza, riqueza, quando quando [estabeleceu] [estabeleceu] oo trabalho trabalho simplesmente; simplesmente; nao não oo trabalho trabalho manufatureiro, manufatureiro, nao não o o comercial, comercial, não o o agricola, agrícola, mas mas tanto tanto uns uns quanto quanto os os outros. outros. Com Com aa universalidade universalidade nao abstrata abstrata da da atividade atividade que que cria cria aa riqueza, riqueza, temos temos agora agora aa universalidade universalidade do do objeto objeto determinado determinado como como riqueza, riqueza, o o produto produto em em geral geral ou, ou, uma uma vez vez mais, trabalho passado mais, oo trabalho trabalho em em geral, geral, mas mas coma como trabalho passado objetivado. objetivado. A A dificuldade pr6prio dificuldade ee importancia importância desta desta transicao transição prova-o prova-o o o fato fato de de que que oo próprio Adam no sistema A dam Smith Smith torna to m a aa cair cair de de quando quando em em quando quando no sistema fisiocratico, fisiocrático. Poderia parecer parecer agora agora que que deste deste modo modo se se teria teria encontrado encontrado unicamente unicamente Poderia aa expressao expressão abstrata abstrata da da relacao relação mais mais simples simples ee mais mais antiga antiga em em que que entram entram os os homens homens -— em em qualquer qualquer forma forma de de sociedade sociedade -— enquanto enquanto sao são produprodu­ tores. Isto Isto eé certo certo em em um um sentido. sentido. Mas Mas nao não em em outro. outro. A A indiferenca indiferença tores. em totaliem relacao relação aa um um modo modo determinado determinado de de trabalho trabalho pressupoe pressupõe uma uma totali­ dade dade muito muito desenvolvida desenvolvida de de modos modos de de trabalhos trabalhos reais, reais, nenhum nenhum dos dos quais domina domina os os demais. demais. Tampouco Tampouco nascem nascem as as abstracoes abstrações mais mais universais universais quais senão onde onde existe existe oo desenvolvimento desenvolvimento concreto concreto mais mais rico, onde um coisa senao rico, onde umaa coisa aparece aparece como como comum comum aa muitos muitos individuos, indivíduos, comum comum aa todos. todos. Entao Então ja já nao não pode pode ser ser pensada pensada somente somente sob sob uma um a forma forma particular. particular. Doutro D outro lado, lado, esta abstracao abstração do do trabalho trabalho em em geral geral nao não eé mais mais que que o o resultado resultado espiritual espiritual esta de uma totalidade A indiferenca de uma totalidade concreta concreta de de trabalhos. trabalhos. A indiferença em em relacao relação ao ao trabalho determinado determinado corresponde corresponde aa uma uma forma forma de de sociedade sociedade na na qual qual trabalho os os individuos indivíduos podem podem passar passar com com facilidade facilidade de de um um trabalho trabalho aa outro outro ee na na qual trabalho eé fortuito indiqual oo modo modo determinado determinado de de trabalho fortuito e, e, portanto, portanto, e-lhes é-lhes indi­ ferente. Neste Neste caso caso oo trabalho se tern tem convertido, convertido, nao não s6 só categoricamente, categoricamente, ferente. trabalho se mas realmente realmente em em um um meio meio de de produzir produzir riqueza riqueza em em geral, geral, deixando deixando de de mas se na qualidade se confundir confundir na qualidade de de determinacao determinação com com os os individuos indivíduos numa numa particularidade. particularidade. Este Este estado estado de de coisas coisas eé oo mais mais desenvolvido desenvolvido na na forma forma de moderna de existencia existência mais mais m oderna da da sociedade sociedade burguesa burguesa -— nos nos Estados Estados Unidos. Assim, pois, pois, neste caso, aa abstracao abstração da da categoria categoria "trabalho", “trabalho”, Unidos. Assim, neste caso, "trabalho “trabalho em em geral", geral” , trabalho trabalho sans sans phrase phrase [sem [sem rodeios], rodeios], ponto ponto de de partiparti­ da pela primeira vez, praticamente da da da economia economia moderna, moderna, torna-se, torna-se, pela primeira vez, praticam ente certa. certa. De De modo modo que que aa abstracao abstração mais mais simples, simples, que que coloca coloca em em primeiro primeiro lugar valida lugar aa economia economia moderna m oderna ee que que expressa expressa uma uma relacao relação antiga antiga ee válida para todas todas as as formas formas de de sociedade, sociedade, nao não aparece, aparece, entretanto, entretanto, como como pratiprati­ para camente certa certa nesta nesta abstracao abstração senao senão coma como categoria categoria da da mais mais moderna m oderna camente sociedade. Poder-se-ia Poder-se-ia dizer que tudo o que surge nos Estados Unidos Unidos sociedade. nos Estados coma como um um produto produto historico histórico ocorre ocorre entre entre os os russos, russos, por por exemplo exemplo -— trata-se desta desta indiferenca indiferença em em relacao relação ao ao trabalho trabalho determinado determinado -— como como trata-se um a disposicao disposição que que cresce cresce naturalmente. naturalmente. Em Em primeiro primeiro lugar, lugar, ha há uma uma uma diferença enorme enorme entre entre os os barbaros bárbaros aptos aptos para para serem serem empregados empregados em em diferenca qualquer qualquer coisa coisa ee os os civilizados civilizados que que se se dedicam dedicam eles eles pr6prios próprios aa tudo. tudo. E, E,

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alem além disso, disso, praticamente, praticamente, aa esta esta inditerenca indiferença em em relacao relação ao ao trabalho trabalho determinado determinado corresponde, corresponde, nos nos russos, russos, o o fato fato de de que que se se encontram encontram subsub­ metidos tradicionalmente tradicionalmente aa um metidos um trabalho trabalho bem bem determinado, determinado, do do qual qual s6 só as as influencias influências exteriores exteriores podem podem arranca-los, arrancá-los. Este Este exemplo exemplo do do trabalho trabalho mostra m ostra de de uma uma maneira m aneira clara clara como como ate até as as categorias categorias mais mais abstratas, abstratas, apesar apesar de de sua sua validade validade -— precisamente precisamente por por causa causa de de sua sua abstracao abstração -— para para todas todas as as epocas, épocas, sao, são, contudo, contudo, no no que que ha há de de determinado determinado nesta nesta abstracao, abstração, do do mesmo mesmo modo modo oo produto produto de de relacoes relações hist6ricas, históricas, ee nao não possuem possuem plena plena validez validez senao senão para para estas estas relacoes relações ee dentro dentro dos dos limites limites destas destas mesmas mesmas relacoes. relações. A A sociedade sociedade burguesa burguesa eé aa organizacao organização hist6rica histórica da da producao produção mais mais desenvolvida, desenvolvida, mais mais diferenciada. diferenciada. As As categorias categorias que que exprimem exprimem suas suas relarela­ coes, ções, aa cornpreensao compreensão de de sua sua pr6pria própria organizacao organização aa tomam tom am apta apta para para abarcar aa organizacao abarcar organização ee as as relacoes relações de de producao produção de de todas todas as as forrnas formas de de sociedade sociedade desaparecidas, desaparecidas, sobre sobre cujas cujas rufnas ruínas ee elementos elementos se se acha acha edifiedificada, cada, ee cujos cujos vestigios, vestígios, nao não ultrapassados ultrapassados ainda, ainda, leva leva arrastando, arrastando, enquanenquan­ to to tudo tudo oo que que fora fora antes antes apenas apenas indicado indicado se se desenvolveu, desenvolveu, tomando tom ando toda toda aa sua sua significacao, significação, etc. etc. A A anatomia anatomia do do homem homem eé aa cbave chave da da anatomia anatomia do nas especies do mono. mono. 0 O que que nas espécies animais animais inferiores inferiores indica indica uma um a forma forma supesupe­ rior, nao rior, não pode, pode, ao ao contrario, contrário, ser ser compreendida compreendida senao senão quando quando se se conhece conhece aa forma forma superior. superior. A A economia economia burguesa burguesa fornece fornece aa chave chave da da economia economia antiga, antiga, etc. etc. Porem, Porém, nfio não conforme conforme aa maneira maneira dos dos economistas, economistas, que que fazem fazem desaparecer desaparecer todas todas as as diferencas diferenças hist6ricas históricas ee veem vêem aa forma forma burguesa burguesa em em todas todas as as formas formas de de sociedade. sociedade. Pode-se Pode-se compreender compreender oo tributo, tributo, oo dizimo, dízimo, quando quando se se compreende compreende aa renda renda fundiaria, fundiária. Mas Mas nao não se se deve deve identifica-los. identificá-los. Como, Como, alem além disso, disso, aa sociedade sociedade burguesa burguesa nao não eé em em si si mais mais do do que que uma uma forma forma antagonica antagônica do do desenvolvimento, desenvolvimento, certas certas relacoes relações pertencentes pertencentes aa formas formas anteriores anteriores nela nela so só poderao poderão ser ser novamente novamente encontradas encontradas completacompleta­ mente mente esrnaecidas, esmaecidas, ou ou mesmo mesmo disfarcadas; disfarçadas; por por exemplo, exemplo, aa propriedade propriedade comunal. comunal. Se Se eé certo, certo, portanto, portanto, que que as as categorias categorias da da economia economia burguesa burguesa possuem possuem uma uma verdade verdade em em todas todas as as demais demais formas formas de de sociedade, sociedade, nao não se se deve deve tomar tom ar isto isto senao senão cum cum grano grano salis. salis. Podem Podem ser ser contidas, contidas, desendesen­ volvidas, volvidas, esmaecidas, esmaecidas, caricaturadas, caricaturadas, mas mas sempre sempre essencialmente essencialmente distindistin­ tas. tas. A A chamada chamada evolucao evolução hist6rica histórica descansa descansa em em geral geral no no fato fato de de que que aa ultirna última forma forma considera considera as as formas formas ultrapassadas ultrapassadas corno como etapas etapas que que conduzem conduzem aa ela, ela, sendo sendo capaz capaz de de criticar-se criticar-se aa si si mesma mesma alguma alguma vez, vez, ee somente somente em em condicoes condições muito muito determinadas determinadas -— aqui aqui nao não se se trata, trata, eé obvio, óbvio,
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cou çou aa criticar-se criticar-se aa si si mesma. mesma. Precisamente Precisamente porque porque aa economia economia burguesa burguesa nao não prestou prestou atencao atenção aà mitologia mitologia ee nao não se se identificou identificou simplesmente simplesmente com com oo passado, passado, sua sua critica crítica da da [sociedade] [sociedade] anterior, anterior, especialmente especialmente da da feudal, feudal, com com aa qual qual ainda ainda tinha tinha que que lutar lutar diretamente, diretamente, se se assemelhou assemelhou aà critica crítica que que o o cristianismo cristianismo fez fez do do paganismo, paganismo, ou ou o o protestantismo protestantismo do do catolicismo. catolicismo. Quando Q uando se. se. estuda estuda aa marcha marcha das das categorias categorias economicas econômicas ee em em geral geral qualquer historica, sempre qualquer ciencia ciência social social histórica, sempre convem convém recordar recordar que que o o sujeito sujeito -— aa sociedade sociedade burguesa burguesa moderna, moderna, neste neste caso caso -— se se encontra encontra determinado determinado na na cabeca cabeça tanto tanto quanto quanto na na realidade, realidade, ee que que as as categorias, categorias, portanto, portanto, exex­ primem formas primem formas de de vida, vida, determinacoes determinações de de existencia, existência, ee amiiide amiúde somente somente aspectos aspectos isolados isolados desta desta sociedade sociedade determinada, determinada, deste deste sujeito, sujeito, ee que, que, por por isso, poli'.tica] nao isso, aa [economia [economia política] não aparece aparece tambem tam bém como com o ciencia ciência senao senão unicamente trata dela unicamente aa partir partir do do momento momento em em que que trata dela como com o tal. tal. Deve-se Deve-se recordar porque da recordar este este fato, fato, porque dá imediatamente imediatamente uma uma direcao direção decisiva decisiva para para aa divisao divisão que que se se precisa precisa fazer. fazer. Parece Parece muito muito natural, natural, por por exemplo, exemplo, que que se porque se se comece comece pela pela renda renda fundiaria, fundiária, aa propriedade propriedade fundiaria, fundiária, porque se encontra encontra ligada ligada aà terra, terra, fonte fonte de de toda toda producao produção ee existencia, existência, ee aà agriagri­ cultura, todas as cultura, primeira primeira forma forma de de producao produção em em todas as sociedades, sociedades, por por pouco pouco solidificadas solidificadas que que se se achem. achem. E, E, contudo, contudo, nada nada mais mais falso falso do do que que isto. isto. Em encontra uma Em todas todas as as formas formas sociais sociais §,e se encontra um a producao produção determinada, determinada, superior situacao aponta superior aa todas todas as as demais, demais, ee cuja cuja situação aponta sua sua posicao posição ee sua sua influencia sobre uma iluminacao universal em influência sobre as as outras. outras. £ Ê uma iluminação universal em que que atuam atuam todas um eter todas as as cores, cores, ee as às quais quais modifica modifica em em sua sua particularidade. particularidade. £ Ê um éter especial, peso especifico especial, que que determina determ ina o o peso específico de de todas todas as as coisas coisas as às quais quais poe relevo. Consideremos, tores ((os os põe em em relevo. Consideremos, por por exemplo, exemplo, os os povos povos pas pastores simples simples povos povos cacadores caçadores ou ou pescadores pescadores nao não chegaram chegaram ao ao ponto ponto em em que que comeca começa o o verdadeiro verdadeiro desenvolvimento). desenvolvimento). Neles Neles existe existe certa certa forma forma esporadica propriedade fundiaria esporádica de de agricultura. agricultura. A A propriedade fundiária encontra-se encontra-se deterdeter­ minada m inada por por ela. ela. Esta Esta propriedade propriedade eé comum, comum, ee conserva conserva mais mais ou ou menos menos esta aqueles povos mais ou esta forma, forma, conforme conforme aqueles povos se se aferrem aferrem mais ou menos menos as às suas suas tradicoes; propriedade fundiaria tradições; por por exemplo, exemplo, aa propriedade fundiária entre entre os os eslavos. eslavos. Onde Onde predomina predomina aa agricultura, agricultura, praticada praticada por por povos povos estabelecidos estabelecidos -— ee este este estabelecimento progresso -— como estabelecimento ja já constitui constitui um um grande grande progresso como na na sociedade sociedade antiga feudal, aa industria proantiga ee feudal, indústria com com sua sua organizacao organização ee as as formas formas da da pro­ priedade tambem maiores priedade que que lhe lhe correspondem correspondem mantern mantém também maiores ou ou menores menores traces bem traços caracterfsticos característicos da da propriedade propriedade fundiaria; fundiária; aa [sociedade] [sociedade] ou ou bem depende depende inteiramente inteiramente da da agricultura, agricultura, como como entre entre os os antigos antigos romanos, romanos, ou Idade Media, nas relacoes ou imita, imita, como como na na Idade Média, aa organizacao organização do do campo campo nas relações da proprio capital nao seja da cidade. cidade. 0 O próprio capital -— enquanto enquanto não séja simples simples capital capital dinheiro na Idade dinheiro -— possui possui na Idade Media, Média, como como um um tradicional tradicional instrumento, instrumento, este Naa sociedade este carater caráter de de propriedade propriedade fundiaria, fundiária. N sociedade burguesa burguesa acontece acontece oo contrario. mais em contrário. A A agricultura agricultura transforma-se transforma-se mais mais ee mais em simples simples ramo ramo da completamente pelo da industria indústria ee eé dominada dom inada completamente pelo capital. capital. A A mesma mesma coisa coisa ocorre todas as ocorre com com aa renda renda fundiaria. fundiária. Em Em todas as formas formas em em que que domina domina aa

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propriedade propriedade fundiaria, fundiária, aa relacao relação com com aa natureza natureza é preponderante. preponderante. Naquelas Naquelas em em que que reina reina oo capital, capital, o o que que prevalece prevalece é oo elemento elemento social social produzido produzido historicamente. historicamente. Nao Não se se compreende compreende aa renda renda fundiaria fundiária sem sem oo capital, capital, entretanto entretanto compreende-se compreende-se oo capital capital sem sem aa renda renda fundiaria. fundiária. O O capital capital eé aa potencia potência economica econômica da da sociedade sociedade burguesa, burguesa, que que domina domina tudo. tudo. Deve Deve constituir constituir oo ponto ponto inicial inicial ee o o ponto ponto final final ee ser ser desenvolvido desenvolvido antes fundiaria. Depois antes da da propriedade propriedade fundiária. Depois de de ter ter considerado considerado separadaseparada­ mente mente um um ee outro, outro, deve-se deve-se estudar estudar sua sua relacao relação reciproca. recíproca. Seria, Seria, pois, pois, impraticavel impraticável ee erroneo errôneo colocar colocar as as categorias categorias economicas econômicas na na ordem ordem segundo segundo aa qual qual tiveram tiveram historicamente historicamente uma uma acao ação determidetermi­ nante. nante. A A ordem ordem em em que que se se sucedem sucedem se se acha acha determinada, determinada, ao ao contrario, contrário, pela pela relacao relação que que tern têm umas umas com com as as outras outras na na sociedade sociedade burguesa burguesa moderna, moderna, ee que que eé precisamente precisamente oo inverso inverso do do que que parece parece ser ser uma um a relacao relação natural natural ou ou do do que que corresponde corresponde aà serie série da da evolucao evolução hist6rica. histórica. Nao Não se se trata trata do do Iugar relacoes economicas lugar que que as as relações econômicas ocupem ocupem historicamente historicamente na na sucessao sucessão das das diferentes diferentes formas formas da da sociedade. sociedade. Menos Menos ainda ainda de de sua sua serie série "na “na ideia" idéia” (Proudhon), (P rou dh on ), que que nao não passa passa de de uma uma representacao representação falaz falaz do do movirnepto movimepto historico. Trata-se histórico. Trata-se de de sua sua conexao conexão organica orgânica no no interior interior da da sociedade sociedade burguesa burguesa modema. moderna. A carater determinado A pureza pureza ((caráter determinado abstrato) abstrato) com com que que os os povos povos comer-. comer-, ciantes ciantes -— fenfcios, fenícios, cartagineses cartagineses -— apareceram apareceram no no mundo m undo antigo, antigo, propro­ vem, vém, precisamente, precisamente, da da pr6pria própria supremacia supremacia dos dos povos povos agricultores. agricultores. 0 O capital, capital, como como capital capital comercial comercial ou ou capital capital dinheiro, dinheiro, aparece aparece nesta nesta abstraabstra­ c;ao ção justamente justamente onde onde o o capital capital nao não eé ainda ainda um um elemento elemento preponderante preponderante das das sociedades. sociedades. Os Os lombardos, lombardos, os os judeus, judeus, ocupam ocupam aa mesma mesma posicao posição em em relacao relação as às sociedades sociedades medievais medievais que que praticam praticam aa agricultura. agricultura. Ainda Ainda pode pode servir servir de de exemplo exemplo do do papel papel distinto distinto que que as as mesmas mesmas categorias categorias desempenham desempenham em em diferentes diferentes etapas etapas da da sociedade, sociedade, oo seguinte: seguinte: joint joint stock stock companies com panies [as [as sociedades sociedades por por acoes], ações], uma uma das das ultimas últimas formas formas da da sociedade sociedade burguesa, burguesa, aparecem aparecem tambem também em em seus seus comecos começos nas nas grandes grandes companhias companhias comerciais comerciais privilegiadas, privilegiadas, desfrutadoras desfruíadoras dos dos monop61ios. monopólios. O O conceito conceito da da pr6pria própria riqueza riqueza nacional nacional insinua-se insinua-se no no espirito espírito dos dos economistas economistas do do seculo século XVII X V II sob sob aa forma forma -— ee esta esta representacao representação perper­ siste nos do siste em em parte parte nos do seculo século XVIII X V III -— de de que que aa riqueza riqueza nao não se se cria cria senao Estado, ee que senão para para oo Estado, que aa potencia potência do do Estado Estado eé proporcional proporcional aa esta esta riqueza. riqueza. Tambem Também esta esta era era uma uma forma forma inconscientemente inconscientemente hip6crita hipócrita sob· sob aa qual qual aa riqueza riqueza ee aa producao produção da da mesma mesma se se expressavam expressavam como como finalifinali­ dade dade dos dos Estados Estados modernos, modernos, ee nao não se se lhes lhes considerava considerava senao senão como como meios meios para para chegar chegar aa este este fim. fim. A A divisao divisão deve, deve, do do comeco, começo, ser ser feita feita de de maneira m aneira que que se se desendesen­ volvam em volvam em primeiro primeiro lugar lugar as as determinacoes determinações gerais gerais abstratas, abstratas, que que perper­ tencem tencem mais mais ou ou menos menos aa todas todas as as formas formas de de sociedade, sociedade, mas mas no no sentido sentido exposto exposto anteriormente. anteriormente. Em Em segundo segundo lugar, lugar, as as categorias categorias que que constituem constituem

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aa organizacao quais repousam organização interior interior da da sociedade sociedade burguesa, burguesa, sobre sobre as as quais repousam as fundamentais. Capital. funas classes classes fundamentais. Capital. Trabalho Trabalho assalariado. assalariado. Propriedade Propriedade fun­ diaria. reciprocas. Cidade As tres diária. Suas Suas relacoes relações recíprocas. Cidade ee campo. campo. As três grandes grandes classes classes sociais. A troca troca entre Circulacao, Credito sociais. A entre estas. estas. Circulação. Crédito (privado). (privado). Em Em terceiro terceiro lugar, sob aa forma 0 lugar, aa sociedade sociedade burguesa burguesa compreendida compreendida sob forma de de Estado. Estado. O Estado "improdutivas". Dividas do Estado em em si. si. As As classes classes “im produtivas” . Impostos. Impostos. Dívidas do Estado. Estado. O Publico. A As colonias. Em quarto O Credito Crédito Público. A populacao. população. As colônias. Emigracao. Emigração. Em quarto Iugar, Divisao internacional do lugar, relacoes relações intemacionais internacionais da da producao. produção. Divisão internacional do trabalho. Exportacao ee importacao. trabalho. Troca Troca internacional. internacional. Exportação importação. Curso Curso do do camcâm­ bio. bio. Em Em quinto quinto lugar, lugar, o o mercado mercado mundial mundial ee as as crises. crises.

3. K. MARX: K. MARX: AUTO-AVALIAÇÃO: 3. AUTO-AV ALIA(;AO: PORTE E SIGNIFICADO PORTE E SIGNIFICADO DE DE "0 “O CAPITAL" CAPITAL” i

Prefácio aà 1, 1^ edi~ao edição ** Pretaclo

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Este é oo primeiro primeiro volume volume da da obra obra que que da dá continuidade continuidade ao ao meu meu Este Iivro livro Contribuiciio Contribuição aà critica crítica da da Economia Econom ia Politica, Política, publicado publicado em em 1859. 1859. Desde entao então me me vi vi constantemente constantemente obrigado obrigado aa interromper interrom per oo meu meu trabatraba­ Desde lho lho por por causa causa de de uma uma demorada dem orada doenca, doença, o o que que explica explica o o longo longo interinter­ valo valo entre entre as as duas duas publicacoes. publicações. Resumi Resumi oo conteiido conteúdo daquela daquela obra, obra, no no primeiro primeiro capitulo capítulo do do presente presente volume, não apenas apenas para para alcancar alcançar mais mais concatenacao concatenação ee unidade unidade 1•1. ApriApri­ volume, nao morei tambem também oo metodo método de de exposicao: exposição: muitos muitos pontos, pontos, anteriormente anteriormente morei apenas apenas esbocados, esboçados, foram foram aqui aqui retomados retomados ee desenvolvidos, desenvolvidos, enquanto, enquanto, inversamente, o o que que la lá expusera expusera minuciosamente, minuciosamente, aqui aqui foi foi apenas apenas menmen­ inversamente, cionado. Os Os capitulos capítulos sobre sobre aa hist6ria história da da teoria teoria do do valor valor ee do do dinheiro dinheiro cionado. foram em troca, foram inteiramente inteiramente excluidos; excluídos; em troca, oo leitor leitor do do trabalho trabalho precedente precedente encontrará nas nas notas deste primeiro primeiro capitulo capítulo novas novas fontes fontes para para aa hist6ria história encontrara notas deste daquela daquela teoria. teoria. Em todas as as ciencias, ciências, oo corneco começo eé sempre sempre arduo, árduo. 0 O entendimento entendimento Em todas do primeiro primeiro capitulo, capítulo, especialmente especialmente aa parte parte que que compreende compreende aa analise análise do da da mercadoria, mercadoria, sera, será, com com certeza, certeza, mais mais diffcil, difícil. No No que que diz diz respeito respeito particularmente à analise análise da da substancia substância ee da da grandeza grandeza do do valor, valor, esforesfor­ particularmente

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** Reproduzido Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K. Vorwort V orw ort zur zur ersten ersten Auflage. Auflage. In: In: -. — . Das D a s Kapital. K apilal. 21. 21. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1975. 1975. p. p. 11·7. 11-7. Traduzido Traduzido por por Mario M ário Curvello. Curvello. Revisão tecnica técnica da da traducao tradução por por Jose José Paulo Paulo Netto. Netto. Revisao N a edi9iio edição seguinte, seguinte, de de 1873, 1873, este este primeiro prim eiro capitulo capítulo foi foi refundido refundido como como parte parte 11 Na prim eira, que que se se subdividiu subdividiu em em tres três capltulos. capítulos. (N.T.) (N .T .) primeira.

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cei-rne leitores 2• A cei-me para para torna-la tom á-la o o mais mais acessivel acessível aa todos todos os os leitores2. A form formaa valor, que encontra na forma dinheiro a s~a figura acabada, ée algo valor, que encontra na forma dinheiro a sila figura acabada, algo de de muito simples. Ainda assim, anos que espirito hum humamuito simples. Ainda assim, ha há mais mais de de 2 2 000 000 anos que o o espírito a­ no tenta enquanto, por no tenta descobrir descobrir oo seu seu segredo segredo ee nao não o o consegue, consegue, enquanto, por outro outro lado, de formas muito mais lado, tern tem ao ao menos menos se se aproximado aproximado de formas muito mais substanciosas substanciosas ee complexas. mais Iacil estudar oo organismo complexas. Por P or que? quê? Porque Porque eé mais fácil estudar organismo como como um todo do as suas na analise formas econoum todo do que que as suas celulas. células. Ademais, Ademais, na análise das das formas econô­ micas utilizar nem es qu.imicos: micas nao não se se pode pode utilizar nem microsc6pios, microscópios, nem nem reagent reagentes químicos: aa capacidade capacidade de de abstracao abstração eé o o seu seu unico único instrumento. instrumento. Para Para aa sociedade sociedade burguesa, aa forma mercadoria do produto burguesa, forma m ercadoria do produto do do trabalho trabalho ou ou aa forma forma valor valor da Ao ignorante, sua analise pode da mercadoria m ercadoria eé aa celula célula economica. econômica. Ao ignorante, sua análise pode parecer parecer mera mera elucubracao elucubração em em torno torno de de sutilezas. sutilezas. Trata-se Trata-se de de fato fato de de sutilezas — - mas mas no que aa sutilezas no sentido sentido de de que que tambem também sao são sutilezas sutilezas o o que anatomia revela. anatomia microsc6pica microscópica revela. Com excecao forma do do valor, podera Com exceção da da parte parte sobre sobre aa forma valor, ninguem ninguém poderá alegar este livro dificuldade de compreensao. Pressuponho, Pressuponho, alegar contra contra este livro dificuldade de compreensão. obviamente, aprender algo e, conseqtlenteobviamente, leitores leitores que que querem querem aprender algo novo novo e, conseqüente­ mente, desejosos pensarem por mente, desejosos de de pensarem por si si mesmos. mesmos. O f.isico observa processos da da natureza natureza onde na O físico observa os os processos onde eles eles ocorrem ocorrem na forma livres de influencias perturbadoras form a mais mais evidente evidente ee mais mais livres de influências perturbadoras ou, ou, quanquan­ do possivel, realiza experiencias sob do eé possível, realiza suas suas experiências sob condicoes condições que que asseguram asseguram aa manifestacao do processo em pureza. 0 investigar nesta manifestação do processo em sua sua pureza. O que que tenho tenho aa investigar nesta obra modo de as relacoes obra eé o o modo de producao produção capitalista capitalista ee as relações de de producao produção ee circulacao eles correspondem. agora, aa lnglaterra circulação que que aa eles correspondem. Ate Até agora, Inglaterra constitui constitui oo espaco para se se observar observar este espaço classico clássico para este modo modo de de producao. produção. Por P or este este motivo, exposicao teó­ te6motivo, tomei-a tomei-a como como principal principal ilustracao ilustração para para aa minha minha exposição rica. farisaicamente, encolher rica. Contudo, Contudo, se se o o leitor leitor alemao, alemão, farisaicamente, encolher os os ombros ombros diante ingleses ou, otimistamente, diante da da situacao situação dos dos operarios operários ee camponeses camponeses ingleses ou, otimistamente, se nao estão estao se consolar consolar com com aa ideia idéia de de que, que, na na Alemanha, Alemanha, as as coisas coisas não ainda tao narratur! ainda tão ruins, ruins, e é minha minha obrigacao obrigação adverti-lo: adverti-lo: De De te te fabula fabula narratur! [A vocel] [A hist6ria história faz faz referenda referência aa você!] Em principio, aqui oo maior maior ou Em princípio, nao não se se discute discute aqui ou menor m enor grau grau de de desendesen­ volvimento pelas leis leis naturais volvimento dos dos antagonismos antagonismos sociais sociais engendrados engendrados pelas naturais da da producao estuda aqui aqui sao estas leis leis mesmas, produção capitalista. capitalista. 0 O que que se se estuda são estas mesmas, como como 2 pareceu ainda ainda mais necessario, já ja que livro de Lassalle contra 2 Isto Isto me me pareceu mais necessário, que no no livro de F. F. Lassalle contra Schulze-Delitzsch, quando ele explicar oo que Schulze-Delitzsch, ha há series sérios equivocos equívocos quando ele se se poe põe aa explicar que seria seria aa "quintessencia “quintessência intelectual" intelectual” das das minhas minhas ideias idéias sobre sobre aqueles aqueles temas. temas. Diga-se Diga-se de de passagem foi com finalidade de propaganda que que F. plagiou os passagem que que foi com a a finalidade de propaganda F. Lassalle Lassalle plagiou os meus as teses meus escritos escritos em em todas todas as teses gerais gerais de de seus seus trabalhos trabalhos economicos, econômicos, como como por por exemplo, do capital, vinculacao entre relacoes exemplo, sobre sobre o o carater caráter hist6rico histórico do capital, sobre sobre a a vinculação entre as as relações de producao ee modo de produção modo de de producao, produção, etc., etc., chegando chegando mesmo mesmo a a se se utilizar utilizar da da terrnitermi­ nologia na verdade, verdade, mencionar Naturalmente, nologia por por mim mim criada, criada, sem, sem, na mencionar aa fonte. fonte. Naturalmente, nada tenho aa ver ver nem os detalhes que ele nada tenho nem com com os detalhes em em que ele entrou entrou nem nem com com as as conseqiiencias praticas aa que ocupar aqui, conseqüências práticas que chegou. chegou, ee das das quais quais niio não posso posso me me ocupar aqui.

420 420 tendencies que impoem com tendências que operam operam ee se se impõem com ferrea férrea necessidade. necessidade. 0 O pals país industrialmente mais menos desenvolvido industrialmente mais desenvolvido desenvolvido apenas apenas mostra mostra ao ao menos desenvolvido aa imagem seu pr6prio imagem do do seu próprio futuro. futuro. Mas nao precisamos ir tao longe. longe. Nas Mas não precisamos ir tão Nas regioes regiões da da Alemanha Alem anha onde onde aa producao por exemplo, fabricas, produção capitalista capitalista se se impos, impôs, por exemplo, nas nas verdadeiras verdadeiras fábricas, aa situacao muito pior existe oo situação eé muito pior do do que que na na Inglaterra, Inglaterra, porque porque nao não existe contrapeso inglesas. Em todas as outras esferas, contrapeso das das leis leis fabris fabris inglesas. Em todas as outras esferas, aa AleAle­ manha, manha, bem bem como como oo resto resto da da Europa Europa ocidental, ocidental, sofre sofre nao não apenas apenas por por causa capitalista, mas pela causa do do desenvolvimento desenvolvimento da da producao produção capitalista, mas tambem também pfcla precariedade calamidades modernas, modernas, precariedade deste deste desenvolvimento. desenvolvimento. Alem Além das das calamidades oprime-nos vegeoprime-nos uma uma serie série de de calamidades calamidades herdadas herdadas da da sobrevivencia sobrevivência vegetativa relacoes tativa de de modos modos de de producao produção arcaicos, arcaicos, com com aa sua sua seqiiela seqüela de de relações politicas por causa políticas ee sociais sociais anacronicas. anacrônicas. Sofremos Sofremos nao não apenas apenas por causa dos dos vivas, mas tambem por dos mortos. Le mort mort saisit saisit le vivos, mas também por causa causa dos mortos. Le le vif! vif! [Os [Os mortos mortos se se apoderam apoderam dos dos vivosl] vivos!] Comparada com aa estatistica social inglesa, inglesa, aa da da Alemanha Com parada com estatística social Alem anha ee idos idos outros pafses outros países europeus europeus eé simplesmente simplesmente miseravel. miserável. Mesrno Mesmo assim, assim, chega chega aa erguer vislumbre uma erguer uma uma ponta ponta do do veu, véu, oo suficiente suficiente para para que que se se vislumbre uma cabeca Medusa. Ficaríamos Ficariamos horrorizados diante de pr6pria cabeça de de Medusa. horrorizados diante de nossa nossa própria situacao, se nossos nossos governos parlamentos nomeassem, coma situação, se governos ee parlam entos nomeassem, como na na InglaIngla­ terra, periódicas peri6dicas comiss6es terra, comissões de de inquerito inquérito sabre sobre as as condicoes condições economicas, econômicas, desde dotadas de para desde que que etas elas fossem, fossem, como como na na lnglaterra, Inglaterra, dotadas de autoridade autoridade para investigar homens investigar aa verdade verdade ee desde desde que que se se dispusesse dispusesse para para esta esta tarefa tarefa de de homens competentes, incorruptiveis como competentes, imparciais imparciais ee incorruptíveis como o o sao, são, na na Inglaterra, Inglaterra, os os inspetores medicos-inspetores da Health" [Saiide inspetores de de Iabricas, fábricas, os os médicos-inspetores da "Public “Public H ealth” [Saúde Publica], os recenseadores que que levaram levaram aa cabo pesquisas sobre sobre aa Pública], os recenseadores cabo as as pesquisas exploracao as condicoes alimenexploração das das mulheres mulheres ee das das criancas, crianças, sobre sobre as condições de de alimen­ 3 precisou tacao ee habitacao, Para perseguir perseguir os Perseu tação habitação, etc. etc. Para os monstros, monstros, P erse u 3 precisou de N6s, ao contrario, cobrimos nosso capade um um capacete capacete magico. mágico. Nós, ao contrário, cobrimos com com nosso capa­ cete os olhos para negarmos cete os olhos ee os os ouvidos ouvidos para negarmos aa existencia existência das das monstruosimonstruosi­ dades. dades. Mas valem as ilusoes, Como Mas de de nada nada valem as ilusões. Como aa Guerra G uerra da da Independencia Independência Americana para aa classe media Americana do do seculo século XVIII X V III foi foi o o brado brado de de alerta alerta para classe média europeia, mesma maneira do seculo XIX européia, da da mesma maneira aa Guerra Guerra Civil Civil Americana Americana do século X IX foi oo brado classe operária operaria europeia. 0 processo processo revolu­ revolufoi brado de de alerta alerta para para aa classe européia. O cionario necessariamente reper­ repercionário eé palpavel palpável na na Inglaterra. Inglaterra. A A certa certa altura, altura, necessariamente cutira processo revolucionario cutirá sobre sobre oo resto resto do do continente. continente. 0 O processo revolucionário assumira assumirá formas mais ou mais formas mais brutais brutais ou mais humanas humanas conforme conforme o o grau grau de de desenvolvidesenvolvi­ mento de lado eticos ou mento da da pr6pria própria classe classe operaria, operária. Deixando Deixando de lado motivos motivos éticos ou morais, interesse mais ordena às as classes morais, oo interesse mais egoista egoísta ordena classes dominantes dominantes que que elimielimi­ filho de Zeus. saiu os monstros, monstros, protegido protegido por por um um capacete capacete *11 Perseu, Perseu, filho de Zeus, saiu aa perseguir perseguir os que tornava invisível. invisivel, (N.T.) que oo tornava ÍN .T .)

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nem desennem todos todos os os empecilhos empecilhos legalmente legalmente removiveis removíveis que que impedem impedem oo desen­ volvimento da entre outras volvimento da classe classe operaria. operária. Por Por esta, esta, entre outras razoes, razões, tratei tratei minuminu­ ciosamente, este volume, volume, da historia, do dos resultados ciosamente, .nneste da história, do conteudo conteúdo ee dos resultados das inglesas. Uma nacao deve deve ee pode aprender com com outra. das leis leis fabris fabris inglesas. Um a nação pode aprender outra. Mesmo quando sociedade descobre descobre as as leis leis naturais seu moviMesmo quando uma uma sociedade naturais de de seu movi­ mento - ee oo objetivo descobrir aa lei lei economics m ento — objetivo final final desta desta obra obra eé descobrir econômica do do movimento sociedade m modema nao pode saltos movimento da da sociedade oderna -— ela ela não pode eliminar, eliminar, por por saltos ou decretos, do seu pode ou decretos, as as etapas etapas naturais naturais do seu desenvolvimento. desenvolvimento. Mas Mas ela ela pode abreviar abreviar ee aliviar aliviar as as dores dores do do parto. parto. Mais possfveis mal-entendidos. Mais uma um a palavra palavra para para evitar evitar possíveis mal-entendidos. Nao Não é nada nada cor-de-rosa que desenhei do capitalista do proprietario cor-de-rosa aa imagem imagem que desenhei do capitalista ee do proprietário de de terras. terras. Entretanto, Entretanto, as as pessoas pessoas so só interessam interessam aqui aqui enquanto enquanto personifipersonifi­ cacao de classe, cação de de categorias categorias economicas, econômicas, enquanto enquanto representantes representantes de classe, com com relacoes conceber oo desenvolvimento relações ee interesses interesses determinados, determinados. Ao Ao conceber desenvolvimento da da formacao historico-natural, formação economics econômica da da sociedade sociedade como como um um processo processo histórico-natural, oo meu meu ponto ponto de de vista, vista, menos menos do do que que qualquer qualquer outro, outro, atribui atribui ao ao individuo indivíduo aa responsabilidade relacoes das responsabilidade por por relações das quais quais ele ele permanece permanece socialmente socialmente criatura, por mais subjetivamente, possa possa julgar-se julgar-se acima delas. criatura, por mais que, que, subjetivamente, acima delas. No politica, aa pesquisa No dominio domínio da da economia economia política, pesquisa livre livre ee cientifica científica nao não enfrenta apenas os os enfrenta apenas os mesmos mesmos inimigos inimigos que que se se encontram encontram em em todos todos os outros domfnios. A peculiar da investigada atrai contra outros domínios. A natureza natureza peculiar da materia m atéria investigada atrai contra si violentas, as mais mesquinhas si as as mais mais violentas, as mais mesquinhas ee as as mais mais odiosas odiosas paixoes paixões que que as interesse privado privado trazem as furias fú ria s 44 do do interesse trazem ao ao campo campo de de batalha. batalha. A A Igreja Igreja Anglicana, dos seus Anglicana, por por exemplo, exemplo, prefere prefere absolver absolver aa investida investida contra contra 38 38 dos seus 39 perdoar um /399 de 39 artigos artigos de de fe fé aa perdoar um ataque ataque contra contra 11/3 de suas suas rendas. rendas. Hoje Hoje em passa de pecadilho, de de um umaa culpa em dia, dia, o o proprio próprio ateismo ateísmo nao não passa de um um pecadilho, culpa Jevis critica das relacoes de tradilevis [pecadilho], [pecadilho], comparado com parado aà crítica das relações de propriedade propriedade tradi­ cionais. cionais. Contudo, Contudo, ja já se se observa observa algum algum progresso. progresso. Refiro-me, Refiro-me, por por exemexem­ plo, poucas semanas, plo, ao ao Livro Livro Azul A z u l 55 publicado publicado ha há poucas semanas, Correspondence C orrespondence with wiíh Her H er Majesty's M ajesty’s missions m issions abroad, abroad, regarding regarding industrial industrial questions questions and and Trade Nele, os Coroa Britanica Trade Unions. Unions. Nele, os representantes representantes estrangeiros estrangeiros da da Coroa Britânica dizem, na Franca, enfim em em todos todos os dizem, sem sem rodeios, rodeios, que que na na Alemanha, Alemanha, na França, enfim os pafses civilizados Europa, uma países civilizados da da Europa, um a transformacao transform ação nas nas atuais atuais relacoes relações entre entre capital capital ee trabalho trabalho eé tao tão sensivel sensível ee inevitavel inevitável quanto quanto na na Inglaterra. Inglaterra. Ao tempo, do do outro do Atlantico, Mr. Wade, A o mesmo mesmo tempo, outro lado lado do Atlântico, Mr. Wade, vice-presivice-presi­ dente dente dos dos Estados Estados Unidos, Unidos, declara declara abertamente abertamente em em comicios comícios que, que, depois depois da da abolicao abolição da da escravatura, escravatura, entra entra na na ordem ordem do do dia dia aa transtormacao transform ação das das

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4 4 Na Na

mitologia as Fúrias Furias eram mitologia rornana, romana, as eram as as divindades divindades do do mundo mundo infernal. infernal. (N.T.) (N .T .)

5 Livro materias do do Parlamento ingl& 5L ivro Awl, Azul, designacao designação geral geral das das publicacoes publicações de de matérias Parlamento inglês

ee de Exterior. Os Os de documentos documentos diplomaticos diplomáticos do do Ministerio Ministério do do Exterior. chamados publicados desde chamados devido devido aa sua sua capa capa azul, azul, foram foram publicados desde oo aa mais para aa história hist6ria econômica economica mais importante importante fonte fonte oficial oficial para Inglaterra, (N.T.) Inglaterra. (N .T .)

Blue Books, assim Blue Books, assim seculo XVII ee siio século XVII são ee diplomatica diplomática da da

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relacoes entre entre oo capital relações capital ee o o trabalho! trabalho! Sinais Sinais do do tempo, tempo, que que nao não se se deixam deixam distarcar disfarçar com com mantos m antos de de purpura púrpura ou ou com com negras negras sotainas. sotainas. Mas Mas isto isto nao não quer mostram apenas quer dizer dizer que que amanha am anhã ocorram ocorram milagres. milagres. Eles Eles mostram apenas como como as um as classes classes dominantes dominantes ja já percebem percebem que que aa sociedade sociedade atual atual nao não eé um cristal um organismo cristal s6lido, sólido, mas mas um organismo suscetivel suscetível de de mudancas mudanças ee em em constante constante processo transtormacao. processo de de transformação. O processo O processo de de circulaciio circulação do do capital capital (livro (livro II) II) ee as as formas form as concretas concretas do processo global temas do processo global da da produciio produção capitalista capitalista (livro (livro III) III) serao serão os os temas do volume desta ultimo volume do segundo segundo volume desta obra. obra. 0 O terceiro terceiro ee último volume (livro (livro IV) IV ) tratara da tratará da hist6ria história da da teoria. teoria. Todo recebido. Frente Todo julgamento julgamento da da critica crítica cientifica científica sera será bem bem recebido. Frente aos aos preconceitos preconceitos da da chamada chamada opiniao opinião publica, pública, aà qual qual jamais jamais fiz fiz qualquer qualquer concessao, Jema do concessão, guardo guardo comigo, comigo, como como sempre, sempre, oo lema do grande grande florentino: florentino: Segui tuo corso, le genti! Segui ii il tuo corso, ee lascia lascia dir dir le genti! [Segue teu caminho [Segue oo teu caminho ee deixa deixa que que falem!] falem!]

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Londres, Londres, 25 25 de de julho julho de de 1867 1867 Karl Karl Marx Marx

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Posfacio Posfácio à 2l!2^ edi~ao edição * Quero da primeira Quero esclarecer, esclarecer, inicialmente, inicialmente, aos aos leitores lejtores da primeira edicao, edição, as modificacoes introduzidas livro tornou-se as modificações introduzidas nesta. nesta. A A organizacao organização do do livro tornou-se visivelrnente visivelmente mais mais clara. clara. Indicarn-se Indicam-se sempre, sempre, como como notas notas da da segunda segunda edicao, edição, as as notas notas agora agora acrescentadas. acrescentadas. Em Em relacao relação ao ao pr6prio próprio texto, texto, oo mais mais importante importante eé oo seguinte: seguinte: No das equacoes No capitulo capítulo I, I, 1, 1, aa deducao dedução do do valor valor pela pela analis~ análise das equações atraves valor de através das das quais quais se se expressa expressa qualquer qualquer valor de troca troca recebeu recebeu um um tratatrata­ mento relacao -— na mento cientlfico científico mais mais rigoroso; rigoroso; do do mesmo mesmo modo, modo, aa relação na pripri­ meira meira edicao edição apenas apenas mencionada mencionada -— entre entre aa substancia substância do do valor valor ee aa determinacao determinação da da sua sua grandeza grandeza pelo pelo tempo tempo de de trabalho trabalho socialmente socialmente necessario forma necessário esta está agora agora bem bem mais mais destacada. destacada. 0 O capltulo capítulo I, I, 33 (A (A forma do para evitar do valor), valor), foi foi inteiramente inteiramente refundido, refundido, para evitar aa dupla dupla exposicao exposição feita passagem que feita na na primeira primeira edicao. edição. (Diga-se (Diga-se de de passagem que foi foi oo meu meu amigo, amigo, Dr. Kugelmann, de Dr. L. L. Kugelmann, de Hannover, Hannover, que que me me levou levou aa fazer fazer aquela aquela dupla dupla exposicao. exposição. Na Na primavera primavera de de 1867, 1867, encontrava-me encontrava-me hospedado hospedado em em sua sua "'Reproduzido * Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K. Nachwort N achw ort zur zur zwciten zweiten Auflage. Auflage. 21. Dietz 21. ed. ed. Berlim, Berlim, D ietz Verlag, Verlag, 1975. 1975. p. p. 18-28. 18-28. Traduzido Traduzido Revisao tecnica Revisão técnica da da traducao tradução ee notas notas explicativas explicativas por por Jose José

In: In: -. — . Das D as Kapital. K apital. por por Mario M ário Curvello. Curvello. Paulo Paulo Netto. N etto.

423 423 casa, Harnburgo as casa, quando quando recebi recebi de de Hamburgo as primeiras primeiras provas provas do do livro, livro, ee ele ele me para aa maioria leitores, uma uma me convenceu convenceu de de que que seria seria necessaria, necessária, para maioria dos dos leitores, explicacao didatica, da do valor.) valor.) A explicação suplementar, suplementar, mais mais didática, da forma forma do A ultima última seção do do primeiro primeiro capitulo, capítulo, “O caráter fetichista fetichista da da mercadoria, mercadoria, etc.", etc.” , secao "O carater foi modificada. O 0 capitulo dos valores), foi foi bastante bastante modificada. capítulo III, III, 11 (Medida (M edida dos valores), foi tratado dava aa materia tratado negligentemente negligentemente na na primeira prim eira edicao, edição, pois pois eu eu dava matéria por no meu 6, por explicada explicada no meu livro livro Contribuicao Contribuição aà critica crítica da da Economia Econom ia Politica Política 6, Berlim, VII, especialBerlim, 1859; 1859; agora, agora, revi-o revi-o com com muito muito cuidado. cuidado. 0 O capitulo capítulo VII, especial­ mente mente aa secao seção 2, 2 , esta está bastante bastante refundido. refundido. Seria inútil nos pormenores pormenores das das alteracoes, alterações, freqüentemente Seria imitil entrar entrar nos frequentemente apenas ao longo texto. Elas se espalham apenas estilfsticas, estilísticas, introduzidas introduzidas ao longo do do texto. Elas se espalham por por todo oo livro. agora, ao rever aa tradução francesa aa publicar-se publicar-se em em todo livro. Mas Mas agora, ao rever traducao francesa Paris, do original original alemao aqui, uns Paris, percebo percebo que que algumas algumas partes partes do alemão exigiriam, exigiriam, aqui, uns reparos em algumas algumas formulacoes, ali, m maior estilisreparos mais mais radicais radicais em formulações, ali, aior apuro apuro estilís­ tico eliminacao de ocasionais. Nao me tico ou ou mais mais cuidado cuidado na na eliminação de descuidos descuidos ocasionais. Não me sobrou tempo para para isso: isso: s6 meio aa outras sobrou tempo só no no outono outono de de 1871, 1871, em em meio outras tarefas urgentes, urgentes, recebi notícia de de que que o o livro livro se se esgotara tarefas recebi aa noticia esgotara ee aa impressão impressao da comecar logo em janeiro [aneiro do da segunda segunda edicao edição deveria deveria começar logo em do ano ano seguinte. seguinte. A rapida rápida penetracao penetração de O capital capital em em amplos amplos cfrculos círculos da da classe classe A de O operaria Homem operária alema alemã ée aa rnelhor melhor recompensa recompensa para para oo meu meu trabalho. trabalho. Homem economicamente senhor Mayer, industrial economicamente situado situado no no mundo mundo burgues, burguês, o o senhor Mayer, industrial vienense, acertadamente, em em brochura brochura publicada publicada durante vienense, afirmou afirmou acertadamente, durante aa guerra das guerra franco-prussiana, franco-prussiana, que, que, depois depois de de desaparecer desaparecer completamente completamente das charnadas cultas germanicas chamadas classes classes cultas germânicas oo grande grande espirito espírito te6rico, teórico, consideconside­ rado patrimônio da Alemanha, Alemanha, ressurge ressurge agora agora na na classe classe operaria operária deste rado patrimonio da deste país. pais. Ate Até hoje, hoje, aa economia economia polftica política continua continua sendo sendo na na Alemanha Alem anha uma uma ciência estrangeira. Gustav von von Gillich, Gülich, na do coco­ ciencia estrangeira. Gustav na Exposição Exposiciio histórica historica do mercio, nos dois primeiros volumes volumes de mércio, da da industria, indústria, etc., etc., especialmente especialmente nos dois primeiros de sua obra, em 1830, 1830, ja já discutia discutia grande grande parte parte das das circunstancias circunstâncias sua obra, publicados publicados em que impediam impediam oo desenvolvimento desenvolvimento do do modo modo de de produção capitalista na que producao capitalista na Alemanha Alem anha e, e, portanto, portanto, aa constituicao constituição da da modema m oderna sociedade sociedade burguesa. burguesa. Faltava aa base base viva viva da da economia economia politica, política, que sendo importada im portada Faltava que acabou acabou sendo da Franca como professores da lnglaterra Inglaterra ee da da França como mercadoria mercadoria acabada; acabada; seus seus professores alemaes permaneceram permaneceram alunos. alemães alunos. A A expressao expressão te6rica teórica de de uma uma realidade realidade estrangeira transformava-se, em suas suas mãos, num amontoado amontoado de de dogmas, dogmas, estrangeira transformava-se, em maos, num que mundo peque eles eles interpretavam, interpretavam, ou ou melhor: m elhor: deformavam, deformavam, segundo segundo o o m undo pequeno-burgues ao menos queno-burguês que que os os circundava. circundava. Para Para esconder, esconder, ao menos em em parte, parte, sensação de de impotencia impotência cientffica científica ee aa consciencia consciência perturbada perturbada por por nao não aa sensacao dominarem de ensinar, professores dominarem de de fato fato aa materia matéria que que tinham tinham de ensinar, os os professores ostentavam erudicao hist6rica ou literaria ee misturavam economia outros ostentavam erudição histórica ou literária misturavam àa economia outros 6 Sob Sob este este titulo, título, aa obra obra em em questao questão teve teve varias várias edi~oes edições em em portugues, português, aa mais mais recente das das quais quais é de de 1975, Lisboa. (N.R.T.) (N .R.T.) recente 1975, Lisboa. 6

e

424 424 assuntos, assuntos, tomados tomados de de ernprestimo empréstimo as às chamadas chamadas ciencias ciências administrativas, administrativas, produzindo produzindo assim assim uma uma mix6rdia mixórdia de de conhecimentos, conhecimentos, purgat6rio purgatório pelo pelo qua) qual tern putem de de passar passar o o esperancoso esperançoso ou ou desesperado desesperado candidato candidato ao ao service serviço pú­ blico blico alemao. alemão. A partir de A partir de 1848, 1848, aa producao produção capitalista capitalista se se desenvolveu desenvolveu rapidarapida­ mente mente na na Alemanha Alem anha ee hoje hoje em em dia dia ja já florescem florescem aa trapaca trapaça ee aa especulacao. especulação. Mas Mas os os ventos ventos nao não siio são favoraveis favoráveis aos aos nossos nossos especialistas. especialistas. Quando Quando podiam podiam ser ser imparciais imparciais no no trato trato da da economia economia politica, política, aa realidade realidade alema alemã carecia carecia das das modemas modernas condicoes condições economicas; econômicas; quando quando estas estas surgiram, surgiram, as as circunstancias nao permitiam mais oo seu circunstâncias não permitiam mais seu estudo estudo imparcial imparcial dentro dentro do do horizonte horizonte burgues, burguês. Sendo Sendo burguesa, burguesa, isto isto e, é, compreendendo compreendendo aa ordem ordem capicapi­ talista talista niio não como como uma uma etapa etapa transit6ria, transitória, mas, mas, ao ao contrario, contrário, como como conficonfi­ guracao producao social, guração definitiva definitiva ee absoluta absoluta da da produção social, aa economia economia politica política s6 só pode pode assumir assumir carater caráter cientffico científico enquanto enquanto aa luta luta de de classes classes permaneca permaneça latente manitestacoes esporadicas. latente ou ou apenas apenas se se revele revele em em manifestações esporádicas. Vejamos Vejamos oo exemplo exemplo da da Inglaterra. Inglaterra. Sua Sua economia economia politica política classica clássica aparece aparece num num periodo período em em que que aa luta luta de de classes classes nao não estava estava desenvolviha. desenvolvifaa. Seu r,epresentante, Ricardo, Ricardo, toma, Seu ultimo último grande grande representante, toma, conscientemente, conscientemente, como como ponto ponto de de partida partida da da sua sua pesquisa pesquisa aa oposicao oposição entre entre os os interesses interesses de de classe, classe, entre entre oo salario salário ee oo lucro, lucro, entre entre oo lucro lucro ee aa renda renda da da terra, terra, mas mas compreendeu ingenuamente esta natural ee perene perene da compreendeu ingenuamente esta oposicao oposição como como lei lei natural da sociedade. burguesa da sociedade. Com Com isso, isso, aa ciencia ciência burguesa da economia economia chega chega aos aos seus seus limites intransponlveis. Ricardo, ee em limites intransponíveis. Ainda Ainda no no tempo tempo de de Ricardo, em oposicao oposição aa 7• ele, na pessoa ele, surge surge aa critica crítica da da economia economia burguesa burguesa na pessoa de de Sismondi Sism ondi7. O O periodo período seguinte, seguinte, de de 1820 1820 aa 1830, 1830, eé de de uma uma intensa intensa ee notavel notável atividade atividade cientffica científica na na Inglaterra, Inglaterra, no no campo campo da da economia economia politica. política. Foi Foi bem como oo perfodo período de de vulgarizacao vulgarização ee difusao difusão da da teoria teoria de de Ricardo, Ricardo, bem como de ve!ha escola. de sua sua luta luta com com aa velha escola. Brilhantes Brilhantes tomeios torneios foram foram celebrados. celebrados. Do Do que que se se realizou realizou entao, então, pouca pouca coisa coisa foi foi conhecida conhecida no no continente continente europeu, europeu, pois pois aa polemica polêmica encontra-se, encontra-se, grande grande parte, parte, espalhada espalhada em em artigos artigos de panfletos. 0 de revista, revista, escritos escritos ocasionais ocasionais ee panfletos. O carater caráter imparcial imparcial desta desta polemics -— ainda polêmica ainda que que aa teoria teoria de de Ricardo Ricardo excepcionalmente excepcionalmente ja já servisse servisse tambem burguesa -— explica-se também para para combater com bater aa economia economia burguesa explica-se pelas pelas circunscircuns­ tancias tâncias da da epoca, época. Por Por um um lado, lado, aa grande grande industria indústria apenas apenas estava estava saindo saindo de de sua sua infancia, infância, e, e, como como se se sabe, sabe, s6 só com com aa crise crise de de 1825 1825 abre-se abre-se oo ciclo moderna. Por ciclo peri6dico periódico da da sua sua vida vida moderna. Por outro, outro, aa luta luta de de classes classes entre entre capital piano, tanto capital ee trabalho trabalho permanecia permanecia relegada relegada aa um um segundo segundo plano, tanto politipoliti­ camente camente pela pela questao questão entre entre os os governos governos ee potentados potentados feudais feudais reunidos reunidos em Alianca ee aa massa massa popular em tomo torno da da Santa Santa Aliança popular dirigida dirigida pela pela burguesia, burguesia, quanto quanto economicamente economicamente pela pela luta luta do do capital capital industrial industrial com com aa aristocracia aristocracia proprietaria, pequeno proprietária, que que na na Franca França se se disfarcava disfarçava sob sob aa oposicao oposição entre entre oo pequeno ee oo grande grande proprietario proprietário ee na na Inglaterra Inglaterra desenrolou-se desenrolou-se abertamente abertam ente com com 7 ja citada, 7 Ver Ver minha minha obra, obra, já citada, Contribuiciio C ontribu ição a à critica, crítica, etc. etc. p. p. 39. 39.

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aa "lei politica na “lei dos dos cereais" cereais” s. 8. A A literatura literatura da da economia economia política na Inglaterra Inglaterra desta morte desta epoca época lembra lembra o o romantismo romantismo economico econômico na na Franca, França, ap6s após aa morte de de Quesnay, Quesnay, mas mas apenas apenas como como o o verao verão de de Sao São Martinho M artinho recorda recorda aa primavera. primavera. Com Com o o ano ano de de 1830 1830 sobreveio sobreveio de de vez vez aa crise crise decisiva. decisiva. A na Franca A burguesia burguesia conquistara conquistara o o poder poder politico político na França ee na na Inglaterra. Inglaterra. Dai luta de pratica ee teoricamente, teoricamente, formas Daí por por diante, diante, aa luta de classes classes adqniriu, adquiriu, prática formas cada para cada vez vez mais mais evidentes evidentes ee arneacadoras. ameaçadoras. Soava Soava o o dobre dobre de de finados finados para aa economia economia cientifica científica burguesa. burguesa. Agora, Agora, tratava-se tratava-se nao não rnais mais de de saber saber se se este para oo este ou ou aquele aquele teorema teorem a seria seria verdadeiro, verdadeiro, mas mas sim sim de de saber saber se se para capital capital ele ele era era util útil ou ou prejudicial, prejudicial, comodo cômodo ou ou incomodo, incômodo, se se contrariava contrariava ou ou nao não as as ordens ordens da da policia. polícia. Os Os pesquisadores pesquisadores desinteressados desinteressados foram foram substituidos substituídos por por espadachins espadachins mercenaries, mercenários, aa investigacao investigação cientifica científica imim­ parcial pelos maus maus propositos parcial foi foi substituida substituída pela pela ma má consciencia consciência ee pelos propósitos da da apologia. Contudo, mesmo aqueles apologia. Contudo, mesmo aqueles impertinentes impertinentes tratadozinhos tratadozinhos que que aa Anti-Corn-Law A nti-Corn-Law League, League, chefiada chefiada pelos pelos fabricantes fabricantes Cobden Cobden ee Bright, Bright, lancava todos os interesse cientifico, lançava por por todos os cantos, cantos, ofereciam, ofereciam, senao senão um um interesse científico, pelo menos polemica contra pelo menos um um interesse interesse historico histórico pela pela polêmica contra aa aristocracia aristocracia fundiaria. Mas, livre-cambista molhou fundiária. Mas, desde desde Sir Sir Robert R obert Peel, Peel, a a legislacao legislação livre-cambista molhou 9• esta esta 6ltima última polvora pólvora da da economia economia vvulgar u lg ar9. A A revolucao revolução continental continental de de 1848 1848 repercutiu repercutiu tambem também sobre sobre aa InglaIngla­ terra. terra. Homens Homens que que ainda ainda pretendiam pretendiam reputacao reputação cientifica científica ee queriam queriam ser ser mais promais do do que que simples simples sofistas sofistas ee sicofantas sicofantas das das classes classes dominantes, dominantes, pro­ curavam curavam conciliar conciliar aa economia economia politica política do do capital capital com com as as reivindicacoes reivindicações do um insipido do proletariado, proletariado, agora agora imposslveis impossíveis de de ignorar. ignorar. Surge Surge assim assim um insípido sincretismo sincretismo que que tern tem em em John John Stuart Stuart Mill Mill seu seu melhor m elhor representante. representante. :E É aa proclam proclamacao ação da da Ialencia falência da da economia economia politica política "burguesa", “burguesa” , como como esclaescla­ receu N. Tschernyschewsreceu magistralmente magistralmente o o grande grande erudito erudito ee critico crítico russo russo N. Tschemyschewski ki em em seu seu trabalho trabalho Esboco E sboço da da Economia Econom ia Politico Política segundo segundo Mill M ill 1°. 10. Na N a Alemanha, Alemanha, portanto, portanto, o o modo modo de de producao produção capitalista capitalista so só amaduamadu­ receu receu depois depois que que o o seu seu carater caráter antagonico antagônico ja já havia havia sido sido estrondosamente estrondosamente revelado na Inglaterra, revelado na na Franca França ee na Inglaterra, atraves através de de lutas lutas hist6ricas, históricas, ee quando quando oo proletariado proletariado alemao alemão ja já possuia possuía uma uma consciencia consciência de de classe classe teoricamente teoricamente muito muito mais mais consistente consistente do do que que aa burguesia burguesia alema. alemã. Por Por isso, isso, na na Alemanha, Alemanha, a8 As A s leis leis relativas relativas aos aos cereals, cereais, procurando procurando limitar limitar ou ou proibir proibir aa importacao importação de de griios, implaotadas na beneficiaodo os grãos, foram foram implantadas na Inglaterra Inglaterra aa partir partir de de 1815, 1815, beneficiando os grandes grandes proprietaries fundiarios (landlords). lutou contra proprietários fundiários (landlords). A A burguesia burguesia industrial industrial lutou contra essas essas leis, liberdade de leis, sob sob aa s.enha senha da da liberdade de comercio comércio -— aa Anti-Corn-Law Anti-Corn-Law League League (Liga (Liga Contra Contra as as Leis Leis dos dos Cereais), Cereais), fuodada fundada em em Manchester, Manchester, em em 1838, 1838, foi foi liderada liderada pelos pelos industriais industriais R. R. Cobden Cobden ee J. J. Bright Bright -, — , ee conseguiu conseguiu aa sua sua aboli~iio abolição em em 1846. 1846. (N.R.T.) (N .R.T.) £ É sob sob o o gabinete gabinete de de Robert Robert Peel Peel que que se se abolem abolem as as leis leis sobre sobre os os cereais. cereais. (N.R.T.) (N .R .T .) 10 10 A A obra obra de de Tschernyschewsk:i Tschernyschewski aa que que Marx Marx se se refere· refere- foi foi publicada publicada em em S. S. PetersPetersburgo, 1865. Marx burgo, em em 1865. Marx travou travou conhecimento conhecimento com com os os textos textos deste deste economista economista aa partir interrnedio de partir de de 1871. 1871, por por intermédio de N. N . Danielson, Danielson, tradutor tradutor russo russo de de O O capital. capital. (N.R.T.) (N .R .T .)

90

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quando parecia parecia possivel possível uma uma ciencia ciência burguesa burguesa da da economia economia politica, política, ela ela quando tornou novamente novamente impossivel. impossível. se tornou Nessas circunstancias, circunstâncias, seus seus porta-vozes porta-vozes dividiram-se dividiram-se em em dois dois grugru­ Nessas pos. Uns, Uns, astutos, astutos, ambiciosos ambiciosos ee praticos, práticos, levantaram de pos. levantaram aa bandeira bandeira de Bastiat, oo mais mais superficial superficial e, e, por mesmo, oo mais mais bem sucedido reprerepre­ Bastiat, por isso isso mesmo, bem sucedido sentante da da economia economia vulgar vulgar ee apologetica; apologética; outros, outros, orgulhosos orgulhosos da da digriidigni­ sentante dade professoral professoral de de sua ciência, agarraram-se agarraram-se as às doutrinas doutrinas de de John John Stuart Stuart dade sua ciencia, Mill na tentativa de Mill na tentativa de conciliar conciliar oo inconciliavel. inconciliável. Os Os alemaes, alemães, na na fase fase decadeca­ dente da da economia economia burguesa, burguesa, continuaram continuaram sendo sendo oo que que foram foram na na sua sua dente fase classica: clássica: simples simples aprendizes, aprendizes, repetidores repetidores ee imitadores, imitadores, modestos mas­ fase rnodestos mascates dos dos grandes grandes atacadistas atacadistas estrangeiros. estrangeiros. cates O desenvolvimento desenvolvimento hist6rico histórico peculiar peculiar da da sociedade sociedade alema alemã ao ao mesmo mesmo O tempo que impedia impedia qualquer qualquer contribuicao contribuição original original para para aa economia economia "bur“bur­ tempo que guesa”, nao não impedia, impedia, porem, porém, aa sua sua critica. crítica. E E se se esta esta critica crítica representa representa guesa", uma classe, classe, ela ela s6 só pode representar aa classe classe cujo cujo destine destino historico histórico eé uma pode representar acabar com com oo m odo de de produção capitalista ee abolir abolir definitivamente definitivamente as as acabar modo producao capitalista classes -— o proletariado. proletariado. classes l1 Os Os porta-vozes porta-vozes da da burguesia burguesia alema, alemã, cultos cultos ou ou ignorantes, ignorantes, tentaram tentaram inicialrnente repercussao, mofando inicialmente deixar deixar O O capital capital sem sem qualquer qualquer repercussão, mofando em em um silêncio profundo, profundo, como como fizeram com minhas publicações anteriores. anteriores. um silencio fizeram com minhas publicacoes Tão logo logo essa essa tática se tornou tornou anacronica, anacrônica, eles eles passaram, passaram, aa pretexto pretexto de de Tao tatica se criticar livro, aa escrever criticar oo meu meu livro, escrever sermoes sermões "para “para o o sossego sossego da da consciencia consciência burguesa”. Encontraram , no no en entanto, na imprensa imprensa operaria operária -— por por exernexem­ burguesa". Encontraram, tan to, na plo, os os artigos artigos de de Joseph Joseph Dietzgen Dietzgen no Volksstaat -— valorosos valorosos combacomba­ plo, no Volksstaat tentes tentes aos aos quais quais ate até hoje hoje devem devem resposta resposta 11• 11. Uma excelente excelente traducao tradução russa russa de de O O capital capital apareceu apareceu na na primavera primavera Uma de de 1872, 1872, em em S. S. Petersburgo. Petersburgo. A A tiragem tiragem de de 33 000 000 exemplares exemplares esta está quase quase esgotada. Ainda Ainda em em 1871, 1871, M. M. Sieber, Sieber, professor de economia economia política na esgotada. professor de politica na Universidade de Kiev, Kiev, em em seu seu livro livro D. D. Ricardo R icardo ee a a teoria teoria do do valor Universidade de valor ee do minha teoria do capital, capital, indicava indicava minha teoria do do valor, valor, do do dinheiro dinheiro ee do do capital, capital, em de Smith em linhas linhas gerais, gerais, como como continuacao continuação necessaria necessária das das doutrinas doutrinas de Smith 11 Os Os

vigaristas vigaristas ee tagarelas tagarelas da da economia economia vulgar vulgar alerna alemã invectivam invectivam contra contra aa minha minha linguagem mais impielinguagem ee o o meu meu estilo. estilo. Ninguern Ninguém melhor melhor do do que que eu eu para para julgar julgar mais impie­ dosamente os os defeitos defeitos literarios literários de de O O capital. capital. Quero, Quero, no no entanto, entanto, para para proveito proveito dosamente alegria desses desses cavalheiros cavalheiros ee seu seu público,-citar aqui um um comentario comentário inglês um ee alegria publico, · citar aqui ingles ee um russo. 0 O sernanario semanário Saturday Saturday Review, Review, inimigo inimigo absoluto absoluto das das minhas minhas ideias, idéias, notinoti­ russo. ciando aa prirneira primeira edi~o edição do do meu meu livro, livro, afirmou afirmou que que o o estilo estilo "ernpresta “empresta as às mais mais ciando áridas questões econômicas um um peculiar peculiar encanto" encanto” (charm). (charm ). Em seu numero número de de aridas questoes economicas Em seu 20-4-1872, o o Joma/ Jornal de de S. S. Petersburgo, Petersburgo, entre entre outras outras coisas, coisas, observa: observa: "A “A exposicao, exposição, 20-4-1872, exceto em em algurnas algumas partes partes muito muito especlficas, específicas, destaca-se destaca-se pela pela sirnplicidade, simplicidade, pelo pelo exceto estilo popular, popular, pela pela clareza clareza e, e, apesar apesar do do alto alto nfvel nível cientifico científico da da matéria, pela estilo materia, pela vivacidade mcomum. incomum. Neste Neste aspecto, aspecto, também se compara compara o o autor com aa vivacidade tarnbern' não nao se autor com maioria dos dos eruditos eruditos alemaes, alemães, que que escrevem escrevem livros livros numa numa linguagem linguagem tao tão hermetica hermética maioria árida que que faz faz estourar estourar aa cabeca cabeça dos dos simples simples mortals". mortais”. Do D o leitor da atual atual ee arida leitor da literatura academics acadêmica teuto-nacional-liberal teuto-nacional-liberal niio não eé bem bem aa cabeca cabeça.. que que estoura; estoura; eé literatura outra coisa coisa muito muito diferente. diferente. · outra

427 427 ee Ricardo. Ricardo. 0 O que que surpreende surpreende ao ao leitor leitor europeu europeu nesse nesse livro livro substancioso substancioso eé aa conseqUente conseqüente firrneza firmeza do do seu seu ponto ponto de de vista vista puramente puramente te6rico. teórico. Como Como o o demonstrarn demonstram os os contrastantes contrastantes julgamentos, julgamentos, oo metodo método empreempre­ gado gado em em O O capital capital foi foi pouco pouco compreendido. compreendido. Assim, Assim, de de Paris, Paris, aa Revue R evue Positiviste Positiviste censura-rne censura-me porque, porque, por por um um lado, lado, eu eu teria teria tratado tratado aa economia economia metafisicamente, metafisicamente, enquanto, enquanto, por por outro, outro, -— adivinhem! adivinhem! -— eu eu teria teria me me limitado limitado aà mera mera dissecacao dissecação crttica crítica dos comtistas?) para para aa cozinha dos dados, dados, ao ao inves invés de de prescrever prescrever receitas receitas ((comtistas?) cozinha do do futuro futuro 12. J2. Contra Contra aa pecha pecha de de metaffsico, metafísico, escreveu escreveu oo professor professor Sieber: Sieber: "Tratando-se “Tratando-se propriamente propriamente de de teoria, teoria, oo metodo método de de Marx Marx eé oo metodo método dedutivo dedutivo de de toda toda aa escola escola inglesa, inglesa, cujas cujas virtudes virtudes ee defeitos defeitos sao são comuns comuns aos aos melhores melhores te6ricos teóricos da da economia". economia”. M. Block "Les theoriciens M. Block — “Les théoriciens du du socialisme socialisme en en Allemagne. Allemagne. Extrait Extrait du Journal des Economistes, juillet et aout 1872" du Journal des Êconom istes, juillet et aoüt 1872” — descobre descobre que que oo meu meu metodo método eé analitico analítico e, e, entre entre outras outras coisas, coisas, diz: diz: "Par ouvrage M. “Par cet cet ouvrage M. Marx Marx se se classe classe parmi parmi Jes les esprits esprits analytiques analytiques Jes les plus plus erninents." éminents.” ["Com [“Com esta esta obra, obra, oo Sr. Sr. Marx Marx se se coloca coloca entre entre os os mais mais erninentes eminentes espiritos espíritos analiticos."] analíticos.”]

Os Os criticos críticos alernaes, alemães, claro, claro, aludem aludem colericamente colericamente aà sofisticacao sofisticação hegehegeliana. liana. 0 O periodico periódico Mensageiro M ensageiro Europeu, E uropeu , de de Petersburgo, Petersburgo, em em um um artigo artigo que que trata trata exclusivamente exclusivamente do do rnetodo método de de O O capital capital (maio (maio de de 1872, 1872, p. p. 427-36), 427-36), considera considera rneu meu rnetodo método de de pesquisa pesquisa rigorosamente rigorosamente realista; realista; mas, mas, por meu rnetodo por desgraca, desgraça, meu método de de exposicao exposição eé teuto-dialetico. teuto-dialético. E E diz: diz: "A primeira vista, a julgar pela forma exterior da exposicao, “À primeira vista, a julgar pela forma exterior da exposição, Marx Marx eé oo maior maior fil6sofo filósofo idealista, idealista, no no sentido sentido alernao, alemão, isto isto e, é, no no mau mau sentido sentido da da palavra. palavra. Mas, Mas, de de fato, fato, ele ele eé incomparavelmentc incomparavelmente mais mais realista realista do do que que todos todos os os seus seus predecessores predecessores no no dorninio domínio da da critica crítica econornica econômica ... ... Em Em nenhum nenhum momento momento se se pode pode charna-lo chamá-lo de de idealista". idealista”. Nao Não encontro encontro melhor melhor resposta resposta ao ao autor autor senao senão em em alguns alguns trechos trechos da da sua sua pr6pria própria critica, crítica, que que podern podem interessar interessar aos aos meus meus leitores leitores que que niio não tern têm acesso acesso ao ao original original russo. russo. Depois Depois de de citar citar um um trecho trecho do do prefacio prefácio aà Contribuiciio Contribuição aà critica crítica da da Economia Econom ia Politica, Política, Berlim, Berlim, 1859, 1859, p. p. IV-VII, IV-VII, em em que que exponho exponho aa base base materialista materialista do do meu meu metodo, método, prossegue prossegue o o autor: autor: "Para "Para Marx, Marx, somente somente uma uma coisa coisa eé importante: importante: descobrir descobrir aa lei lei dos dos fcnofenô­ menos para ele, menos que que pesquisa. pesquisa. E, E, para ele, tao tão logo logo os os fenomenos fenômenos tenham tenham forma forma definida ponham em definida ee se se ponham em uma uma relacao relação obscrvada observada em em dado dado periodo período hist6rico, histórico, nlio não mais mais apenas apenas aa lei lei dos dos fenornenos fenômenos eé importante. importante. Para Para Marx, Marx, oo mais mais importante importante de de tudo tudo cé aa lei lei da da sua sua transforrnacao, transformação, 90 do 12 12 A A nota nota da da revista revista La La Philosophie Philosophie Positive Positive aa que que Marx Marx se se refere refere foi foi redigida redigida por Roberty ee saiu por E. E. de de Roberty saiu no no n. n. 33 da da publicacao, publicação, de de novembro-dezembro novembro-dezembro de de

1868. 1868. (N.R.T.) (N.R.T.)

428 428 seu desenvolvimento, desenvolvimento, isto isto e, é, da transicao transição de uma uma forma forma para para outra, outra, de uma para outra. uma ordem ordem de relacoes relações para outra. Uma Uma vez vez descoberta descoberta esta esta lei, lei, ele passa investigar detalhadamente efeitos na vida social passa aa investigar detalhadamente seus seus efeitos na vida social.. .. .. Em Em conseqüência, todo todo o esforco esforço de Marx Marx é para para demonstrar, demonstrar, atraves através de consequencia, uma uma rigorosa rigorosa pesquisa pesquisa cientifica, científica, a necessidade necessidade de de determinadas determinadas ordens ordens de relacoes constatar de relações sociais sociais e, e, tanto tanto quanto quanto possivel, possível, constatar de modo modo irnpeimpe­ cavel cável os os fatos fatos que que utiliza utiliza como como base base ee ponto ponto de de partida. partida. Alem Além disso, disso, com mesmo com aa necessidade necessidade da da ordem ordem atual, atual, ele ele demonstra demonstra ee prova prova ao ao mesmo tempo inevitavelmente se tempo a necessidade necessidade de uma uma outra outra ordem, ordem, na na qual qual inevitavelmente deve deve transformar transformar a atual, atual, sendo sendo inteiramente inteiramente indiferente indiferente que os homens homens acreditem tenham ou acreditem ou ou nao, não, que que tenham ou nao não consciencia consciência desse desse processo. processo. Marx Marx observa observa oo rnovimento movimento social social como como um um processo processo hist6rico-natural histórico-natural dirigido por leis dirigido por leis que que nao não dependem dependem da da vontade, vontade, da da consciencia consciência ee das das intencoes intenções dos homens homens e que, que, ao contrario, contrário, determinam determinam a vontade, vontade, a consciencia consciência e as intencoes. intenções. .. .. Se o elemento elemento consciente consciente desempenha desempenha um papel tao um papel tão subordinado subordinado na na hist6ria história da da civilizacao, civilização, torna-se torna-se 6bvio óbvio que a critica, crítica, cujo cujo objeto objeto eé a própria civilização, niio não pode por pr6pria civilizacao, pode ter por fundamento fundamento alguma alguma forma forma ou ou algum algum produto produto da da consciencia. consciência. Quer Quer dizer: dizer: somente somente os fenomenos fenômenos exteriores, exteriores, nao não as ideias, idéias, lhe lhe podem podem servir servir como ponto de como ponto de partida. partida. A critica crítica deve deve se limitar limitar a comparar comparar e cdncon­ frontar um fato com a ideia, idéia, mas mas com com um outro outro fato. fato. Para Para ela, ela, frontar fato não nao com importa que que ambos ambos os fatos fatos sejam sejam pesquisados pesquisados da da forma forma mais mais precisa precisa importa possivel, e que, possível, que, realmente, realmente, um um frente frente ao ao outro outro formem formem momentos momentos disdis­ tintos tambem que tintos do desenvolvimento; desenvolvimento; mas é importante importante também que se investigue investigue com o mesmo mesmo rigor série dos fenômenos, na seqtiencia seqüência e na na relacao relação com rigor a serie fenomencs, na em que que aparecern aparecem as etapas etapas do do desenvolvimento. desenvolvimento. No No entanto, entanto, dir-se-a, dir-se-á, em as leis leis gerais gerais da da vida vida econornica econômica sao são sempre sempre as mesmas, mesmas, aplicadas aplicadas ao passado passado ou ou ao presente. presente. Ora, Ora, eé justamente justamente isso isso que que Marx Marx contesta. contesta. Segundo de Segundo ele, ele, nao não existern existem essas essas leis leis abstratas. abstratas. .. .. Pelo Pelo contrario, contrário, de acordo com o seu pensamento, pensamento, cada cada período histórico tern tem as as suas suas acordo periodo hist6rico pr6prias próprias leis. leis. .. .. Outras Outras leis leis passam passam a governar governar a vida, vida, quando quando ela ela passa, passa, vencida vencida uma etapa etapa de desenvolvimento, desenvolvimento, a outro outro estagio, estágio. Enfim, Enfim, aa vida hist6ria vida economica econômica nos nos oferece oferece um um fenomeno fenômeno analogo análogo ao ao da da história da evolucao evolução no cam campo da biologia. biologia. .... Os velhos economistas nao não da po da velhos economistas compreenderam a natureza natureza das leis econômicas porque porque as cornpararam compararam compreenderam leis economicas com com as leis da fisica física e da da quimica. química. .. .. Uma Uma analise análise mais mais profunda profunda dos fenornenos fenômenos prova prova que que os organismos organismos sociais sociais se se distinguem distinguem entre si tao . se distinguem as especies organismos tão radicalmente radicalmente como corno.se distinguem entre entre si si as espécies de de organismos animais e vegetais. vegetais. .. .. Obviamente, Obviamente, um um mesmo fenômeno esta está sujeito sujeito animais mesmo fenomeno a leis leis inteiramente inteiramente diversas diversas em em consequencia conseqüência da estrutura estrutura diferente diferente daqueles daqueles organismos, organismos, da anomalia anomalia de alguns alguns de seus seus orgaos, órgãos, da da diverdiver­ sidade funcionam, etc., sidade de de condicoes condições em em que que funcionam, etc., etc. Marx Marx contesta, contesta, por por 'exemplo, tempos exemplo, que que as leis leis dernograficas demográficas sejam sejam as mesmas mesmas em em todos os tempos em todos os lugares. Ao contrario, contrário, ele ele assegura assegura que que cada cada estagio estágio de e em lugares. Ao desenvolvimento desenvolvimento tern tem a sua sua pr6pria própria lei lei dernografica. demográfica. Com Com o desenvoldesenvol­ vimento vimento diferente diferente das das torcas forças produtivas, produtivas, mudam mudam as relacoes relações e as leis que que as regem. regem. Ao se se propor propor pesquisar pesquisar e esclarecer esclarecer a ordem ordem economica econômica do partir deste vista, Marx Marx apenas do capitalismo capitalismo a partir deste ponto ponto de de vista, apenas estabelece estabelece o objetivo objetivo rigorosamente rigorosamente cientifico científico que que deve deve ter qualquer qualquer investigacao investigação da uma tal na da vida vida economica econômica.. .. .. 0O valor valor cientifico científico de de uma tal pesquisa pesquisa esta está na

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429 429 elucidacao elucidação das das leis leis especificas específicas que que governam governam oo nascimento, nascim ento, aa existencia, existência, oo desenvolvimento morte dado organismo desenvolvim ento e e aa m orte de de um um dado organism o social social ee sua sua subssubs­ titui9ao por E, de Marx tituição por um um outro, outro, mais mais elevado. elevado. E, de fato, fato, o o Jivro livro de de Marx tern tem este este valor" valor” 1a. ls . Isto que Isto que oo autor autor da dá fielmente fielmente como como meu meu verdadeiro verdadeiro metodo, método, ee que, que, no pessoal de aplica-lo, tao no que que se se refere refere ao ao meu meu modo modo pessoal de aplicá-lo, tão simpaticamente simpaticamente descreve, descreve, o0 que que eé senao senão O o metodo método dialetico? dialético? Porem, distinguir formalmente metodo de de exposicao Porém, eé necessario necessário distinguir formalmente o o método exposição do A pesquisa pesquisa deve do metodo método de de pesquisa. pesquisa. A deve dominar dom inar aa materia m atéria ate até oo detalbe; detalhe; analisar analisar suas suas diferentes diferentes formas formas de de desenvolvimento desenvolvimento ee descobrir descobrir aa conecone­ xao elas. S6 trabalho xão Intirna íntima que que existe existe entre entre elas. Só depois depois de de conclufdo concluído esse esse trabalho eé que adequadamente que o o movimento movimento real real pode pode ser ser adequadam ente exposto. exposto. Quando Quando se se consegue isto da materia reflete no ideal, seu consegue isto ee aa vida vida da m atéria se se reflete no piano plano ideal, seu resultado resultado pode priori. pode ate até parecer parecer alguma alguma construcao construção a a priori. Entretanto, oo meu nao apenas Entretanto, meu metodo método dialetico dialético e, é, em em sua sua base, base, não apenas diferente hegeliano, mas inteiro oposto. Hegel, oo diferente do do metodo método hegeliano, mas o o seu seu inteiro oposto. Em Em Hegel, processo do ele transforma, transforma, sob em processo do pensamento, pensamento, que que ele sob o o nome nome de de ideia, idéia, em sujeito de demiurgo do' real, real, real sujeito autonomo, autônomo, converte-se converte-se numa num a especie espécie de demiurgo do' real que exterior. Para que seria seria apenas apenas oo instrumento instrumento para para aa sua sua manifestacao manifestação exterior. Para mim, ao mim, ao contrario, contrário, oo ideal ideal nada nada mais mais eé do do que que oo material material transposto transposto para aa cabeca para cabeça do do ser ser humano. humano. Ha anos, pus-me H á questao questão de de uns uns 30 30 anos, pus-me aa criticar criticar o o lado lado mistificador mistificador da ainda estava na moda. quando da dialetica dialética hegeliana, hegeliana, quando quando ela ela ainda estava na moda. Depois, Depois, quando eu ja preparava primeiro volume volume de o rabugento, eu já preparava oo primeiro de O O capital, capital, o rabugento, presunpresun­ coso Alemanha çoso ee mediocre medíocre epigonato, epigonato, que que hoje hoje pontifica pontifica na na Alem anha culta, culta, comcomprazia-se em tratar Hegel, Hegel, como bravo Moses Mendelssohn aà epoca prazia-se em tratar como o o bravo Moses Mendelssohn época de de Lessing tratou Spinoza, "cachorro morto". Lessing tratou Spinoza, ou ou seja, seja, como como um um “cachorro m orto”. Dei-me, Dei-me, entao, pensador, ee cheguei cheguei então, abertamente abertamente por por discipulo discípulo daquele daquele grande grande pensador, mesmo, aqui ee ali, ali, aa casquilhar, capitulo sobre valor, mesmo, aqui casquilhar, no no capítulo sobre aa teoria teoria do do valor, com A mistificação mistificacao que com algumas algumas de de suas suas expressoes expressões peculiares. peculiares. A que aa dialedialé­ tica nas maos Hegel nao maneira tica sofre sofre nas mãos de de Hegel não impediu impediu de de m aneira alguma alguma que que ele ele apresentasse de movimento movimento de apresentasse pela pela primeira prim eira vez vez suas suas formas formas gerais gerais de de modo para modo amplo amplo ee consciente. consciente. Em Em Hegel, Hegel, aa dialetica dialética esta está de de cabeca cabeça para baixo. Para interior do do invólucro inv6lucro baixo. Para que que se se descubra descubra o o micleo núcleo racional racional no no interior mistico, eé necessário necessario coloca-la místico, colocá-la de de cabeca cabeça para para cima. cima. Em mistificada, aa dialética dialetica virou na Alemanha, Em sua sua forma forma mistificada, virou moda moda na Alemanha, porque Em sua racional, ela porque ela ela parecia parecia glorificar glorificar o o existente. existente. Em sua forma forma racional, ela escandaliza burguesia ee seus porta-vozes, porque, na sua sua escandaliza ee apavora apavora aa burguesia seus porta-vozes, porque, na concepcao encerra também tambem oo reconhecimento concepção do do existente, existente, afirmando-o, afirmando-o, encerra reconhecimento de toda de sua sua negacao negação ee de de sua sua necessaria necessária destruicao; destruição; porque porque considera considera toda 13 13 0 O texto texto citado citado por por Marx, Marx, publicado publicado no no Vestnik Vestnik Europi Europi (Mensageiro (Mensageiro Europeu), Europeu),

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n. I. I. n. 4, 4, 1872, 1872, é da da lavra lavra de de I. I. Kaufman, Kaufman, professor professor da da Universidade Universidade de de S. S. PetersPeters­ burgo, burgo. (N.R.T.) (N .R.T.)

430 430 forma do movimento portanto, pelo forma atual atual sob sob oo fluxo fluxo do movimento e, e, portanto, pelo seu seu lado lado transitransi­ t6rio; nada ee porque em sua sua essentório; porque porque nao não se se deixa deixa submeter submeter por por nada porque e, é, em essên­ cia, cia, critica crítica ee revolucionaria. revolucionária. Ao burguês burgues prático, pratico, oo movimento Ao movimento contradit6rio contraditório da da sociedade sociedade capicapi­ talista convincente ee sensivel dos reveses reveses do ciclo talista torna-se torna-se mais mais convincente sensível atraves através dos do ciclo peri6dico industria m moderna atraves do periódico que que aa indústria oderna percorre percorre e, e, especialmente, especialmente, através do seu encontre em seu ponto ponto culminante culminante -— aa crise crise geral. geral. Embora Em bora ainda ainda se se encontre em sua uma vez vez e, e, pela pela sua Iase fáse preliminar, preliminar, aa crise crise geral geral se se aproxima aproxima mais mais uma universalidade acao ee intensidade intensidade dos universalidade da da sua sua ação dos seus seus efeitos, efeitos, Iara fará entrar entrar aa dialetica dialética mesmo mesmo na na cabeca cabeça dos dos trapaceiros trapaceiros que que cresceram cresceram como como cogucogu­ melos novo Sacro-Imperio melos no no novo Sacro-Império teuto-prussiano. teuto-prussiano. Londres, 24 de 1873 Londres, 24 de de janeiro janeiro de 1873 Kar] Marx Karl Marx

4. 4. K.K.MARX MARXEEF.F.ENGELS: ENGELS:REFLEXOES REFLEXÕESSOBRE SOBRE A A EXPLICAf;AO EXPLICAÇÃO MATERIALISTA MATERIALISTA DA DA HISTORIA HISTÓRIA

K. K. Marx: Marx: Critica Crítica a a Proudhon Proudhon ** Carta Carta aa P. P. V. V. Annenkow Annenkow Bruxelas, Bruxelas, 28 28 de de dezembro dezembro [1846] [1846] Caro Caro Senhor Senhor Annenkow! Annenkow!

Ha H á muito muito oo senhor senhor ja já teria teria recebido recebido aa minha minha resposta resposta aà sua sua carta carta de primeiro de meu livreiro de primeiro de novembro, novembro, se se meu livreiro nao não me me tivesse tivesse enviado enviado apenas apenas na na sernana semana passada passada oo livro livro do do Sr. Sr. Proudhon, Proudhon, Fiiosojia Filosofia da da miseria. miséria. Li-o Li-o voando, voando, em em dois dois dias, dias, para para poder poder transmitir-lhe transmitir-lhe logo logo aa minha minha opiniao. opinião. Como Ii oo livro livro as Como eu eu li às pressas, pressas, nao não posso posso entrar entrar em em detalhes detalhes ee s6 transmitir-lhe aa impressao só posso posso transmitir-lhe impressão geral geral que que ele ele me me causou. causou. Caso Caso o o Senhor poderia entrar Senhor oo queira, queira, eu eu poderia entrar em em detalhes detalhes numa numa outra outra carta. carta. Confesso-lhe de modo Confesso-lhe francamente francamente que, qúe, de modo geral, geral, considero considero Oo livro livro ruim, sim, muito ruim. ruim. Em Em sua ruim, sim, muito sua carta, carta, o o Senhor Senhor mesmo mesmo ironiza ironiza "o “o tantinho tantinho de de filosofia filosofia alema" alemã” que que oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon ostenta ostenta nessa nessa obra obra informe presuncosa, mas nao foi Ioi inform e ee presunçosa, mas supoe supõe que que aa exposicao exposição economica econômica não infectada infectada pelo pelo veneno veneno filos6fico. filosófico. Tambem Também estou estou longe. longe de de imputar im putar aà filofilo­ sofia sofia do do Sr. Sr. Proudhon Proudhon os os erros erros da da exposicao exposição economica. econômica. 0 O Sr. Sr. Proudhon Proudhon nao utiliza não nos nos fornece fornece uma uma critica crítica falsa falsa da da economia economia politica política porque porque se se utiliza de ridicula porque porque de uma uma filosofia filosofia ridicula, ridícula, mas mas nos nos fornece fornece uma uma filosofia filosofia ridícula ** Reproduzido Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K . Marx Marx an a n Pawel Pawel Wassiljewitsch Wassiljewitsch Annenkow Annenkow in in Paris. Paris. In: F. Ausgewiihlte Verlag, In: MARX, M ar x , K. K . ee ENGELS, E n g e l s , F. Ausgewàhlte Werke. Werke. 7. 7. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, 1978. 1978. v, v. I, I, p. p. 607-21. 6 0 7 -2 1 . Traduzido Traduzido por por Flavio Flávio R. R. Kothe. Kothe.

432 432 nao não entendeu entendeu aa atual atual situacao situação social social em em sua sua engrenagem engrenagem [engrenement] [engrènement] -— para para empregar palavra que empregar uma uma palavra que oo Sr. Sr. Proudhon, Proudhon, como como tantas tantas outras outras coisas, Fourier. coisas, emprestou emprestou de de Fourier. Por Por que que o o Sr. Sr. Proudhon Proudhon fala fala de de Deus, Deus, da da razao razão universal, universal, da da razao razão impessoal impessoal da da humanidade, humanidade, que que nao não erra, erra, que que sempre sempre foi foi igual igual aa si si mesma mesma ee da da qual qual so só eé preciso preciso estar estar corretamente corretamente consciente consciente para para encontrar encontrar aa verdade? hegelianisrno debilitado, verdade? Por Por que que perpetra perpetra ele ele um um hegelianismo debilitado, aa fim fim de de exibir-se um pensador vigoroso? exibir-se como como um pensador vigoroso? Ele Ele mesmo mesmo fornece fornece aa chave chave do do enigma. enigma. 0 O Sr. Sr. Proudhon Proudhon vislumbra vislumbra na de desenvolvimentos na historia história uma uma determinada determinada serie série de desenvolvimentos sociais; sociais; ele ele enen­ contra historia; ele contra o o progresso progresso realizado realizado na na história; ele descobre, descobre, afinal, afinal, que que os os homens, faziam, que que eles homens, como como individuos, indivíduos, nao não sabiam sabiam o o que que faziam, eles se se engaenga­ navam movimento, isto navam sobre sobre oo seu seu proprio próprio movimento, isto e, é, que que o o seu seu desenvolvidesenvolvi­ mento indepenmento social social parece-lhes, parece-lhes, aà primeira primeira vista, vista, diverso, diverso, separado, separado, indepen­ dente individual. Ele dente do do seu seu desenvolvimento desenvolvimento individual. Ele nao não pode pode explicar explicar esses esses fatos, fatos, ee aa hipotese hipótese da da razao razão universal universal que que se se revela revela eé pura pura invencionice. invencionice. Nada N ada mais mais Iacil fácil do do que que inventar inventar causas causas misticas, místicas, isto isto e, é, frases, frases, cajentes cadentes de · de qualquer qualquer sentido. sentido. Mas Mas se se oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon admite admite nada nada entender entender do do desenvolvimeoto desenvolvimento historico histórico da da humanidade hum anidade -— ee ele ele oo reconhece, reconhece, ja já que que se se utiliza utiliza de de palapala­ vras tao altissonantes vras tão altissonantes quanto quanto razao razão universal, universal, Deus, Deus, etc. etc. -, — , nao não admite admite ele, necessariamente, que ele, implicita implícita ee necessariamente, que eé incapaz incapaz de de entender entender o o desenvoldesenvol­ vimento • vim ento economical econôm ico1 O O que que eé aa sociedade, sociedade, seja seja qual qual for for aa sua sua forma? forma? -— 0 O produto produto da da acao livremente esta ação recfproca recíproca dos dos homens. homens. Podem Podem os os homens homens escolher escolher livremente esta ou De modo modo algum. ou aquela aquela forma forma de de sociedade? sociedade? De algum. Se Se o o Senhor Senhor pressupoe pressupõe um um determinado determinado estagio estágio de de desenvolvimento desenvolvimento das das forcas forças produtivas produtivas dos dos homens, de consumo. homens, obtem obtém uma uma determinada determinada forma forma de de comercio comércio ee de consumo. Se Se o o Senhor Senhor pressupoe pressupõe determinados determinados estagios estágios de de desenvolvimento desenvolvimento da da producao, produção, do do cornercio comércio ee do do consurno, consumo, obtern obtém uma uma ordenacao ordenação social social correspondente, amilia, dos correspondente, uma uma correspondente correspondente organizacao organização da da ·ffamília, dos estaesta­ mentos ou uma sociedade mentos ou das das classes, classes, em em suma, suma, uma sociedade civil civil correspondente. correspondente. Se um estado Se o o Senhor Senhor pressupoe pressupõe tal tal sociedade, sociedade, oo Senhor Senhor obtem obtém um estado politico político correspondente correspondente ee que que eé apenas apenas aa expressao expressão oficial oficial da da sociedade. sociedade. Isso Isso o o Sr. pois ele Sr. Proudhon Proudhon jamais jamais ha há de de entender, entender, pois ele acredita acredita estar estar fazendo fazendo algo isto é, e, do algo grandioso grandioso quando quando apela apela do· do Estado Estado para para aa sociedade, sociedade, isto do resumo para aa sociedade resumo oficial oficial da da sociedade sociedade para sociedade oficial. oficial. Nao Não eé preciso preciso acrescentar acrescentar que que os os homens homens nao não escolhem escolhem livremente livremente as iorcas produtivas hist6ria -, as suas suas forças produtivas -— aa base base de de toda toda aa sua sua história — , pois pois toda toda torca produto da força produtiva produtiva eé uma uma forca força adquirida, adquirida, oo produto da atividade atividade anterior. anterior. As As forcas forças produtivas produtivas sao, são, portanto, portanto, oo resultado resultado da da energia energia aplicada aplicada dos dos bomens, homens, mas mas essa essa mesma mesma energia energia eé limitada limitada pelas pelas circunstancias circunstâncias em em que que os forcas produtivas pela forrna os homens homens se se encontram, encontram, pelas pelas forças produtivas ja já obtidas, obtidas, pela forma social social preexistente, preexistente, que que eles eles nao não criam criam ee que que eé produto produto da da geracao geração prepre­ cedente. toda nova cedente. Devido Devido ao ao simples simples fato fato de de que que toda nova geracao geração encontra encontra

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as forcas forças de de producao produção ja já obtidas obtidas pela pela geracao geração anterior anterior ce que que lhe servem as !he servem de rnateria-prima matéria-prima para para uma uma nova nova produção, surge um um encadeamento encadeamento de producao, surge na hist6ria história dos dos homens, homens, surge surge aa historia história da da humanidade, humanidade, que que cé tanto tanto na mais história da humanidade humanidade quanto quanto mais mais crescem crescem as as torcas forças produtivas produtivas mais hist6ria da dos homens homens e, e, por por conseguinte, conseguinte, as as suas suas relacoes relações sociais. sociais. A A conseqilencia conseqüência dos necessaria: aa hist6ria nada mais necessária: história social social dos dos homens homens nada mais é que que aa hist6ria história do do seu desenvolvimento desenvolvimento individual, individual, tenham tenham ou ou nao não consciencia consciência disso. disso. Suas Suas seu relações materiais materiais sao são aa base base de de todas todas as as suas suas relacoes. relações. Essas Essas relacoes relações relacoes materiais nao não sao são mais mais do do que que as as formas formas necessárias em que que se se realiza realiza materiais necessarias em sua atividade atividade material material ee individual. individual. aa sua O O Sr. Sr. Proudhon Proudhon confunde confunde as as ideias idéias com com as as coisas. coisas. Os Os homens homens jamais jamais renunciam àquilo que ganharam, ganharam, mas isso nao não significa significa que que eles eles jamais jamais renunciam aquilo que mas isso renunciem renunciem à forma forma social social em em que que obtiveram obtiveram determinadas determinadas forcas forças de de produção. Muito M uito antes antes pelo contrário. Para Para nao não serem serem privados privados do do resulresul­ producao. pelo contrario. tado obtido, obtido, para para nao não perderem perderem os os frutos frutos da da civilizacao, civilização, os os homens homens sao são tado forçados aa modificar modificar todas todas as as suas suas formas formas sociais sociais tradicionais tradicionais assim assim que que torcados forma do do seu seu comercio comércio [commerce] [commerce] nao não corresponde corresponde rnais mais as às Iorcas forças aa forma de de producao produção obtidas. obtidas. -— Uso Uso aqui aqui oo termo termo commerce com m erce [comercio] [comércio] em. em, seu seu sentido sentido mais mais amplo, amplo, que que ele ele tern tem na na lingua língua alema: alemã: Verkehr. Verkehr. Por Por exemplo: o o privilegio, privilégio, aa instituicao instituição das das guildas guildas ee das das corporacoes, corporações, todas exemplo: todas as as regulamentacoes regulamentações da da Idade Idade Media M édia eram eram relacoes relações sociais sociais que que so só correscorres­ pondiam as às torcas forças de de producao produção obtidas obtidas ee ao ao estado estado social social preexistente, preexistente, pondiam qual haviam haviam brotado brotado essas essas instituicoes. instituições. Sob a protecao proteção do regime do qual corporativo ordenacoes, acurnularam-se corporativo ee das das ordenações, acumularam-se capitals, capitais, desenvolveu-se desenvolveu-se o o comércio maritime, marítimo, colonies colônias foram foram fundadas; fundadas; ee os os homens teriam per­ cornercio homens teriam perdido esses esses frutos frutos se se tivessem tivessem tentado tentado manter m anter as as formas formas sob sob cuja cuja propro­ dido teção esses esses frutos frutos amadureceram. amadureceram. Por Por isso isso tambem também ocorreram ocorreram entao então duas duas tecao trovoadas: trovoadas: aa revolucao revolução de de 1640 1640 ea e a de de 1688. 1688. Na Na Inglaterra, Inglaterra, foram foram aboliaboli­ das todas as antigas antigas formas formas economicas, econômicas, as as relacoes relações sociais sociais corresponcorrespon­ das todas as dentes politico que dentes ee o o estado estado político que era era aa expressao expressão oficial oficial da da antiga antiga sociedade. sociedade. As formas formas economicas, econômicas, sob sob as as quais quais os os homens homens produzem, produzem, consomem consomem As são, portanto, portanto, transitorias transitórias ee · historicas. históricas. Conseguindo Conseguindo novas ee trocam, trocam, sao, novas forcas forças produtivas, produtivas, os os homens homens modificam modificam oo seu seu modo modo de de producao produção e, e, com oo modo modo de de producao, produção, modificam modificam todas as relacoes relações economicas, econômicas, que que com todas as eram necessarias necessárias apenas apenas para para esse esse modo modo de de producao produção determinado. determinado. eram É isso isso oo que que oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon nao não entendeu entendeu e, e, muito muito menos, demons­ £ menos, demonstrou. Incapaz Incapaz de de acompanhar acom panhar oo movimento movimento real real da da historia, história, oo Sr. Sr. ProuProu­ trou. dhon umaa fantasmagoria tern aa pretensao dhon apresenta apresenta um fantasmagoria que que tem pretensão de de ser ser dialetica. dialética. Ele nao não sente sente necessidade necessidade de de falar dos seculos séculos XVII, XV II, XVIII X V III ee XIX, XIX, Ele falar dos pois paira, pois aa sua sua hist6ria história se se desenrola desenrola no no reino reino nebuloso nebuloso da da imaginacao imaginação ee paira, sublime, acima acima do do espaco espaço ee do do tempo. tempo. Em suma, isso isso eé hegelianismo hegelianismo sublime, Em suma, banalizado, isso isso nao não eé historia, história, nao não eé hist6ria história profana profana -— história dos banalizado, historia dos homens — mas história sagrada, hist6ria história das das ideias. idéias. Na sua perspectiva, homens -,, mas hist6ria sagrada, Na sua perspectiva, oo homem homem é apenas apenas o o instrumento instrumento do do qual qual aa ideia idéia ou ou aa razao razão eterna eterna se se utiliza para seu próprio desenvolvimento. As evoluções, de de que que fala fala utiliza para oo seu pr6prio desenvolvimento. As evoluciies,

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oo Sr. Sr. Proudhon, Proudhon, devem devem ser ser evolucoes evoluções que que se se realizam realizam no no seio seio mistico místico da ideia absoluta. da idéia absoluta. Rasgue-se Rasgue-se o o veu véu desse desse linguajar linguajar mistico místico ee verifica-se verifica-se que que oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon nos nos fomece fornece aa ordem ordem em em que que as as categorias categorias econoeconô­ micas micas estao estão arranjadas arranjadas la lá dentro dentro da da sua sua cabeca. cabeça. Nao Não me me custara custará muito muito esforco esforço provar-lhe provar-lhe que que esse esse arranjo arranjo eé oo arranjo arranjo de de uma uma cabeca cabeça muito muito desarranjada. desarranjada. O O Sr. Sr. Proudhon Proudhon comeca começa oo seu seu livro livro com com uma uma explanacao explanação sobre sobre o o valor, valor, que que eé oo seu seu cavalo cavalo de de batalha. batalha. Nao Não entrarei, entrarei, desta desta vez, vez, no no exame exame dessa dessa explanacao, explanação. A A serie série de de evolucoes evoluções economicas econômicas da da razao razão eterna eterna comeca começa com com aa divisiio divisão do do trabalho. trabalho. Para Para oo Sr. Sr. Proudhon, Proudhon, aa divisao divisão do do trabalho trabalho é coisa coisa muito muito simples. simples. Mas Mas oo regime regime de de castas castas nao não foi foi uma uma determinada determinada divisao divisão do do trabalho? trabalho? E E o o sistema sistema de de corporacoes corporações nao não foi foi uma uma outra outra divisao divisão do do trabalho? trabalho? E E aa divisao divisão do do trabalho trabalho no no periodo período da da manufatura, m anufatura, que que comeca começa na na Inglaterra Inglaterra em em meados meados do do seculo século XVII X V II ee termina term ina la lá pelo pelo final final do do seculo século XVIII, X V III, nao não eé por por sua sua vez vez totalmente totalmente diversa diversa da da divisao divisão do !I do trabalho trabalho na na grande grande indiistria indústria moderna? moderna? O O Sr. Sr. Proudhon Proudhon esta está tao tão longe longe da da verdade verdade que que omite omite o o que que ate até mesmo mesmo os os economistas economistas profanos profanos ja já fazem. fazem. Falando Falando da da divisao divisão do do trabatraba­ lho, ele falar do lho, ele nao não considera considera necessario necessário falar do mercado m ercado mundial. mundial. Pois Pois bem! bem! Sera Será que, que, com com aa divisao divisão do do trabalho trabalho nos nos seculos séculos XIV X IV ee XV, XV, quando quando ainda ainda nao não havia havia colonias, colônias, quando quando aa America América ainda ainda nao não existia existia para para aa Europa, Europa, quando quando aa Asia Ásia Oriental Oriental so só existia existia por por interrnedio intermédio de de ConstanConstantinopla, tinopla, sera será que que aa divisao divisão do do trabalho trabalho nao não era era fundamentalmente fundamentalmente diversa diversa da da do do seculo século XVII, X V II, que que ja já tinha tinha colonias colônias desenvolvidas? desenvolvidas? Isso Isso ainda ainda nao não eé tudo. tudo. 0 O que que sao são toda toda aa organizacao organização intema interna dos dos povos povos ee todas todas as as suas suas relacoes relações internacionais internacionais senao senão aa expressao expressão de de uma uma determinada determinada divisao divisão do do trabalho? trabalho? E E sera será que que elas elas nao não tern têm de de se se modimodi­ ficar ficar com com aa modificacao modificação da da divisao divisão do do trabalho? trabalho? O O Sr. Sr. Proudhon Proudhon entendeu entendeu tao tão pouco pouco aa questao questão da da divisao divisão do do trabatraba­ lho que lho que nem nem sequer sequer aventa aventa aa separacao separação entre entre cidade cidade ee campo, campo, que que ocorocor­ reu, Alemanha do reu, por por exemplo, exemplo, na na Alemanha do seculo século IX IX ao ao seculo século XII. X II. Assim, Assim, pois, pois, essa essa separacao separação deve deve tornar-se tom ar-se uma uma lei lei eterna eterna para para oo Sr. Sr. Proudhon, Proudhon, ja já que que ele ele nao não conhece conhece aa sua sua origem origem nem nem aa sua sua evolucao. evolução. Por Por isso, isso, ao ao longo longo de de todo todo oo seu seu livro, livro, ele ele fala fala dessa dessa criacao criação de de um um determinado determinado modo de modo de producao produção como como se se ele ele fosse fosse perdurar perdurar ate até oo Dia Dia do do Juizo Juízo Final. Final. Tudo Tudo o o que que oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon expoe expõe quanto quanto aà divisao divisão do do trabalho trabalho nao não passa passa de de um um resumo resumo e, e, ainda ainda por por cima, cima, um um resumo resumo muito muito superficial superficial ee incompleto incompleto do do que que Adam Adam Smith Smith ee milhares milhares de de outros outros ja já disseram disseram antes antes dele. dele. A A segunda segunda evolucao evolução sao são as as mdquinas. máquinas. Para Para o o Sr. Sr. Proudhon, Proudhon, aa conecone­ xao xão entre entre divisao divisão do do trabalho trabalho ee maquinas máquinas eé completamente completamente mistica. mística. Cada Cada modo modo de de divisao divisão do do trabalho trabalho tinha tinha os os seus seus instrumentos instrumentos de de producao produção especificos. específicos. Da Da metade metade do do seculo século XVII X V II aà metade metade do do seculo século XVIII, X V III, por por

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exemplo, exemplo, nem nem tudo tudo era era feito feito à mao. mão. Os Os homens homens tinham tinham instrumentos, instrumentos, ee ate até hem bem compJicados, complicados, como como teares, teares, navios, navios, guindastes, guindastes, etc., etc., etc. etc. Nada mais ridicule, portanto, do que apresentar as maquinas Nada mais ridículo, portanto, do que apresentar as máquinas como como decorrencia trabalho em decorrência da da divisao divisão do do trabalho em geral. geral. De Proudhon nao De passagem passagem quero quero ainda ainda registrar registrar que, que, como como oo Sr. Sr. Proudhon não entendeu entendeu aa origem origem hist6rica histórica das das maquinas, máquinas, muito muito menos menos ainda ainda entendeu entendeu oo seu seu desenvolvimento. desenvolvimento. Pode-se Pode-se dizer dizer que que ate até 1825 1825 -— aa epoca época da da pripri­ meira crise meira crise universal universal -— as as necessidades necessidades de de consumo consumo cresciam cresciam geralmente geralmente de de modo modo mais mais rapido rápido do do que que aa producao, produção, ee o o desenvolvimento desenvolvimento das das mam á­ quinas necessidades do quinas seguiu, seguiu, obrigado, obrigado, as as necessidades do mercado. mercado. Desde Desde 1825, 1825, aa invencao ee aa utilizacao invenção utilização de de maquinas máquinas eé apenas apenas oo resultado resultado da da guerra guerra entre entre patroes isso vale patrões ee operarios. operários. E E tambern também isso vale somente somente para para aa Inglaterra. Inglaterra. As As nacoes europeias pela concorrencia nações européias foram foram forcadas forçadas aa utiJizar utilizar maquinas m áquinas pela concorrência que mercado interno que os os ingleses ingleses lhes lhes faziam, faziam, tanto tanto no no mercado interno quanto quanto no no mercado mercado intemacional. maquiinternacional. Finalmente, Finalmente, na na America América do do Norte, Norte, aa introducao introdução de de máqui­ nas decorreu nas decorreu tanto tanto da da concorrencia concorrência com com outros outros ·povos povos como como tambem também da da escassez escassez de de mao-de-obra, m ão-de-obra, isto isto e, é, da da desproporcao desproporção entre entre oo mimero número de Desses fatos, de habitantes habitantes ee as as necessidades necessidades industriais. industriais. Desses fatos, oo Senhor Senhor pode pode concluir concluir quanta quanta sagacidade sagacidade oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon demonstra dem onstra quando quando conjura conjura oo fantasma terceira evolucao, fantasma da da concorrencia concorrência como como aa terceira evolução, como como aa antitese antítese das das maquinasl máquinas! B, um verdadeiro verdadeiro absurdo fazer das uma categoria É, afinal, afinal, um absurdo fazer das mdquinas máquinas uma categoria economica, econômica, ao ao Iado lado da da divisao divisão do do trabalho, trabalho, da da concorrencia, concorrência, do do erecré­ dito, dito, etc. etc. /, A A maquina máquina tern tem tao tão pouco pouco de de categoria categoria economica econômica quanto quanto oo boi boi que que puxa puxa oo arado. arado. A A atual atual utilizaciio utilização das das maquinas máquinas pertence pertence as às relacoes relações de de nosso nosso atual atual sistema sistema economico, econômico, mas mas oo modo modo como como as as maquinas máquinas sao são exploradas proprias máquinas. maquinas. P6lvora exploradas eé algo algo totalmente totalmente diverso diverso das das próprias Pólvora continua continua sendo sendo p6lvora, pólvora, quer quer seja seja usada usada para para .ferir .ferir um um hornem, homem, quer quer seja seja usada usada para para curar curar as as suas suas feridas. feridas. O O Sr. Sr. Proudhon Proudhon se se supera supera quando quando pennite permite que que aa concorrencia, concorrência, oo monop61io, os monopólio, os impostos impostos ou ou aa policia, polícia, · aa balanca balança comercial, comercial, oo credito crédito ee aa propriedade indicada. propriedade surjam surjam dentro dentro da da sua sua cabeca cabeça na na sequencia seqüência aqui aqui indicada. Ouase tinham se Quase todas todas as as instituicoes instituições de de credito crédito ja já tinham se desenvolvido desenvolvido na na Inglaterra no Inglaterra no inicio início do do seculo século XVIIi, X V III, antes antes da da invencao invenção das das maquinas. máquinas. , 0 os impostos O credito crédito publico público era era apenas apenas uma uma nova nova maneira m aneira de de elevar elevarmos impostos ee de de satisfazer satisfazer as as novas novas exigencies exigências decorrentes decorrentes do do advento advento da da classe classe burguesa Finalmente, aa propriedade tiltima cateburguesa ao ao poder. poder. Finalmente, propriedade constitui constitui aa última cate­ goria goria no no sistema sistema do do Sr. Sr. Proudhon. Proudhon. :No No mundo mundo real, real, pelo pelo contrario, contrário, aa divisao todas as divisão do do traba]ho trabalho ee todas as restantes restantes categorias categorias do do Sr. Sr. Proudhon Proudhon sao são relacoes relações sociais, sociais, cujo cujo conjunto conjunto constitui constitui o o que que hoje hoje se se chama chama de de propro­ priedade; rnais que priedade', fora fora dessas dessas relacoes, relações, aa propriedade propriedade burguesa burguesa nao não é mais que uma metafisica ou um a ilusao ilusão metafísica ou juridica. jurídica. A A propriedade propriedade de de uma um a outra outra epoca, época,

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436 436 aa propriedade propriedade feudal, feudal, desenvolve-se desenvolve-se numa numa serie série de de relacoes relações sociais sociais comcom­ pletamente pletamente diversas. diversas. Quando Q uando o o Sr. Sr. Proudhon Proudhon apresenta apresenta aa propriedade propriedade como como uma uma relacao relação autonoma, autônoma, ele ele comete comete algo algo mais mais do do que que um um mero mero erro metodologico: prova nao ter erro metodológico: prova claramente claramente não ter entendido entendido o o vinculo vínculo que que liga liga todas todas as as formas formas de de producao produção burguesa, burguesa, prova prova nao não ter ter entendido entendido aa natureza formas de natureza historica histórica ee transitoria transitória das das formas de producao produção numa numa epoca época deterrninada. determinada. 0 O Sr. Sr. Proudhon, Proudhon, que que nao não disceme discerne em em nossas nossas instituicoes instituições sociais produtos da sociais produtos da hist6ria história ee que que nao não entende entende aa sua sua origem origem nem nem oo seu seu desenvolvimento, desenvolvimento, s6 só pode pode critica-las criticá-las dogmaticamente. dogmaticamente. Assim, oo Sr. ve-se tambem Assim, Sr. Proudhon Proudhon vê-se também obrigado obrigado aa recorrer recorrer aa uma uma iiccao para que aa divisao ficção para explicar explicar o o desenvolvimento. desenvolvimento. Imagina Imagina que divisão do do tratra­ balho, credito, as maquinas, etc., balho, oo crédito, as máquinas, etc., tudo tudo tenha tenha sido sido inventado inventado para para serser­ vir uma vir aà ideia idéia fixa fixa dele, dele, aa ideia idéia de de igualdade. igualdade. A A sua sua explicacao explicação eé de de uma deliciosa realmente foram deliciosa ingenuidade. ingenuidade. Essas Essas coisas coisas realmente foram inventadas inventadas para para servir igualdade, s6 servir aà igualdade, só que, que, lamentavelmente, lamentavelmente, elas elas se se voltaram voltaram contra contra aa igualdade. igualdade. Nisto Nisto se se resume resume todo todo oo seu seu raciocinio. raciocínio. Em Em outras outras palavras: palavras: parte de parte de uma uma suposicao suposição arbitraria arbitrária e, e, como como oo desenvolvimento desenvolvimento rea\ realj ee aa sua ma sua ficc;ao ficção se se contradizem contradizem aa cada cada passo, passo, ele ele conclui conclui que que ai aí existe existe 'uuma contradicao. contradição. Com Com isso, isso, ele ele oculta oculta que que se se trata trata apenas apenas de de uma uma contracontra­ dicao ideias fixas real. dição entre entre as as suas suas idéias fixas ee oo movimento movimento real. Assim, principalmente Assim, principalmente por por falta falta de de conhecimentos conhecimentos hist6ricos, históricos, oo Sr. Sr. Proudhon nao Proudhon não percebeu percebeu que que os os homens, homens, ao ao desenvolverem desenvolverem as as suas suas forcas forças de producao, isto de produção, isto e, é, ao ao viverem, viverem, desenvolvem desenvolvem certas certas relacoes relações entre entre si, si, ee que necessariamente com que oo modo modo de de ser ser dessas dessas, relacoes relações muda muda necessariamente com aa mudanca ee oo crescirnento forcas de mudança crescimento dessas dessas forças de producao. produção. Ele Ele nao não percebeu percebeu que relacoes reais que as as categorias categorias economicas econôm icas sao são apenas apenas abstraciies abstrações dessas dessas relações reais ee que que elas elas sao são verdades verdades apenas apenas enquanto enquanto perduram perduram essas essas relacoes. relações. Ele Ele incorre, incorre, portanto, portanto, no no erro erro dos dos economistas economistas burgueses, burgueses, que que veem vêem leis leis etereter­ nas nessas nas nessas categorias categorias economicas, econômicas, ee nao não leis leis historicas, históricas, leis leis que que s6 só valem valem para para um um determinado determinado desenvolvimento desenvolvimento hist6rico, histórico, para para uma uma deterrninada determinada evolucao evolução das das forcas forças produtivas. produtivas. Por Por conseguinte, conseguinte, ao ao inves invés de de considerar considerar as relacoes sociais as categorias categorias politico-economicas político-econômicas como como abstracoes abstrações de de relações sociais reais, historicas uma inversao reais, históricas ee transit6rias, transitórias, o o Sr. Sr. Proudhon, Proudhon, gracas graças aa uma inversão mistica, tao-somente encarnacoes mística, ve vê nas nas relacoes relações reais reais tão-somente encarnações dessas dessas abstracoes, abstrações. Tais ue, desde Tais abstracoes abstrações slio são formulas fórmulas 'qque, desde oo comeco começo do do mundo, mundo, dorrnitaram dormitaram no no seio seio de de Deus Deus Pai. Pai. Aqui, Aqui, no no entanto, entanto, oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon ve-se vê-se atacado atacado por por graves graves concon­ vulsoes vulsões espirituais. espirituais. Se Se todas todas essas essas categorias categorias economicas econômicas sao são emanacoes emanações do do coracao coração divino, divino, se se elas elas sao são aa vida vida secreta secreta ee eterna eterna dos dos homens, homens, como como ocorre lugar, existe ocorre entao então que, que, em em primeiro primeiro lugar, existe um um desenvolvimento desenvolvimento ee que, que, em Proudhon não nao seja conservador? Ele em segundo segundo lugar, lugar, oo Sr. Sr. Proudhon seja um um conservador? Ele expliexpli­ ca de todo todo um um sistema ca essas essas contradicoes contradições evidentes evidentes atraves através de sistema de. de. antaanta­ gonismos. gonismos. Para Para esclarecer esclarecer tal tal sistema sistema de de antagonismos, antagonismos, tomemos tomemos um um exemplo. exemplo.

437 437 O O monopolio m onopólio eé born, bom, pois pois eé uma uma categoria categoria econormca econômica e, e, portanto, portanto, urna boa porque um a emanacao emanação de de Deus. Deus. A A concorrencia concorrência é boa porque tambern também ela ela é uma categoria uma categoria economica. econômica. Mas Mas oo que que nao não eé born bom eé aa realidade realidade do do monom ono­ polio ee da pólio da concorrencia. concorrência. E E pior pior ainda ainda eé que que o o monopolio monopólio ee aa concorrencia concorrência se mutuamente. 0 se devoram devoram mutuamente. O que que fazer? fazer? Como Como esses esses dois dois pensamentos pensamentos etemos Deus se eternos de de Deus se contradizem, contradizem, parece-lhe paréce-lhe evidente evidente que, que, no no seio seio de de Deus, tambem existe na qual Deus, também existe uma uma sintese síntese
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monopolio. monopólio.

Agora Proudhon. Agora quero quero dar-lhe dar-lhe um um exemplo exemplo da da dialetica dialética do do Sr. Sr. Proudhon. ·1S A liberdade um antagonismo. A liberdade ee aa escravidiio escravidão constituem constituem um antagonismo. Nao N ão preciso preciso //falar falar dos maus da to aà escravidao, dos aspectos aspectos boos bons ee maus da Iiberdade. liberdade. Quan Quanto escravidão, nao não · preciso preciso falar falar dos dos seus seus lados lados maus. maus. 0 O unico único aa ser ser esclarecido esclarecido é oo aspecto aspecto positivo positivo da da escravidao. escravidão. Nao Não se se trata trata da da escravidao escravidão indireta, indireta, aa escravidao escravidão do do proletariado; proletariado; trata-se trata-se da da escravidao escravidão direta, direta, aa escravidao escravidão dos dos negros negros no no Suriname, Suriname, no no Brasil, Brasil, no no sul sul dos dos Estados Estados Unidos. Unidos. A A escravidao escravidão direta direta eé oo pilar pilar da da nossa nossa atual atual indtistria, indústria, assim assim como como as as maquinas, máquinas, oo credito, crédito, etc. etc. Sem Sem escravidao, escravidão, nenhuma nenhum a cultura cultura de de algoalgo­ dao; -sem escravidao, nenhumaa industria dão;-sem escravidão, nenhum indústria modema. moderna. S6 Só aa escravidao escravidão valovalo­ rizou rizou as as colonias; colônias; so só as as colonias colônias criaram criaram oo comercio comércio rnundial; mundial; ee o o coco­ mercio mecani- . mércio mundial mundial eé aa condicao condição necessaria necessária da da grande grande indiistria indústria mecani­ zada. zada. Assim, Assim, antes antes do do trafico tráfico negreiro, negreiro, tambem também as as colonies colônias do do Velho Velho Mundo modificavam M undo forneciam forneciam apenas apenas alguns alguns poucos poucos produtos produtos ee nao não modificavam de uma de modo modo notorio notório aa face face do do planeta. planeta. A A escravidao escravidão é, portanto, portanto, uma categoria maior importância. importancia. Sem categoria economica econômica da da maior Sem aa escravidao, escravidão, os os Estados Estados Unidos, Unidos, oo pais país mais mais desenvolvido, desenvolvido, teria teria se se transformado transform ado nurn num pals país patriarpatriar­ cal. ter-se-ia aa cal. Se Se se se apagassem apagassem os os Estados Estados Unidos Unidos do do mapa mapa mundial, mundial, ter-se-ia anarquia, anarquia, aa decadencia decadência completa completa do do comercio comércio ee da da civilizacao civilização moderna. moderna.

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438 438 No No entanto, entanto, fazer fazer desaparecer desaparecer aa escravidao escravidão significaria significaria riscar riscar aa America América do do mapa-mundi. mapa-múndi. Assim, Assim, em em sendo sendo uma uma categoria categoria economica, econômica, encontra-se encontra-se aa escravidao escravidão em em todos todos os os povos povos desde desde oo comeco começo do do mundo. mundo. As As nacoes nações modernas apenas modernas apenas souberam souberam mascarar mascarar aa escravidao escravidão dentro dentro dos dos seus seus paises países ee introduzi-la introduzi-la abertamente abertamente no no Novo Novo Mundo. Mundo. Mas Mas o o que que deve deve agora agora emem­ preender oo Sr. preender Sr. Proudhon, Proudhon, depois depois destas destas reflexoes reflexões sobre sobre aa escravidao? escravidão? Ele Ele busca busca aa sintese síntese de de liberdade liberdade ee escravidao, escravidão, oo aureo áureo meio-terrno, meio-termo, em em outras outras palavras: palavras: oo equilfbrio equilíbrio entre entre escravidao escravidão ee liberdade. liberdade. O O Sr. Sr. Proudhon Proudhon entendeu entendeu muito muito bem bem que que os os hornens homens produzem produzem tecidos, ter entendido tecidos, linho linho ee seda; seda; em em verdade, verdade, um um grande grande rnerito mérito ter entendido tal tal bagatela. bagatela. 0 O que, que, no no entanto, entanto, oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon nao não entendeu entendeu eé que que os os homens homens produzem produzem tambem também as as relacoes relações sociais sociais de de acordo acordo com com as as suas suas forcas forças produtivas, produtivas, em em que que produzem produzem linho linho ee tecido. tecido. Menos Menos ainda ainda oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon entendeu entendeu que que os os hornens, homens, que que produzem produzem as as relacoes relações sociais sociais de tambem produzem de acordo acordo com com aa sua sua produtividade produtividade material, material, também produzem as as ideias, idéias, as as categorias, categorias, ou ou seja, seja, aa expressao expressão abstrata, abstrata, ideal, ideal, dessas dessas mesmas mesmas relacoes portanto, tao relações sociais. sociais. As As categorias categorias sao, são, portanto, tão pouco pouco eternas eternas quanto quinto as translas relacoes relações que que elas elas expressam. expressam. Elas Elas sao são produtos produtos hist6ricos históricos ee transi­ torios. tórios. Para Para oo Sr. Sr. Proudhon, Proudhon, pelo pelo contrario, contrário, as as abstracoes, abstrações, as as categorias, categorias, sao nao os prosão aa causa causa primeira. primeira. Segundo Segundo ele, ele, sao são elas, elas, não os homens, homens, que que pro­ duzem hist6ria. A duzem aa história. A abstraciio, abstração, aa categoria categoria enquanto enquanto tal, tal, isto isto e, é, separada separada dos dos homens homens ee da da sua sua atividade atividade material, material, eé naturalmente naturalmente imortal, imortal, imutavel, imutável, im6vel; ente da imóvel; ela ela eé apenas apenas um um ente da razao razão pura, pura, o o que que quer quer apenas apenas dizer dizer que Deslumbrante tautologiai que aa abstracao abstração enquanto enquanto ta! tal eé abstrata. abstrata. Deslumbrante tautologial Assim, relacoes econornicas, Assim, pois, pois, para para oo Sr. Sr. Proudhon, Proudhon, as as relações econômicas, vistas vistas como formulas etemas, como categories, categorias, sao são fórmulas eternas, que que nao não conhecem conhecem origem origem nem nem evolucao. evolução. Dito Dito de de outro outro modo: modo: o o Sr. Sr. Proudhon Proudhon nao não afirma afirma diretamente diretamente que, que, para para ele, ele, aa vida vida burguesa burguesa seja seja uma uma verdade verdade eterna. eterna. Ele Ele o o diz diz indiretaindireta­ mente, mente, ao ao divinizar divinizar as as categorias categorias que que expressam expressam as as relacoes relações burguesas burguesas sob forma de sob aa forma de pensamento. pensamento. Ele Ele considera considera os os produtos produtos da da sociedade sociedade burguesa burguesa como como seres seres eternos, eternos, surgidos surgidos espontaneamente espontaneamente ee dotados dotados de de vida vida propria, própria, pois pois se se apresentam apresentam aa ele ele sob sob aa forma forma de de categorias, categorias, sob sob aa forma forma de de pensamento. pensamento. Ele Ele nao não consegue, consegue, portanto, portanto, ver ver alem além do do horihori­ zonte zonte burgues. burguês. Operando Operando desse desse modo modo com com pensamentos pensamentos burgueses, burgueses, como como se se eles eles fossem fossem etemamente eternamente verdadeiros, verdadeiros, ele eis procura procura aa sintese síntese desses desses pensamentos, pensamentos, seu seu equilfbrio, equilíbrio, nao não percebendo percebendo que que oo seu seu atual atual modo modo de de equilibrio equilíbrio eé oo unico único possfvel. possível. Na faz oo que todos os Na realidade, realidade, ele ele faz que fazem fazem todos os bons bons burgueses. burgueses. Todos Todos eles eles dizem dizem _ que que aa concorrencia, concorrência, o o rnonopolio, monopólio, etc., etc., sao, são, em em principio, princípio, isto e, unicos da isto é, enquanto enquanto pensamentos pensamentos abstratos, abstratos, os os fundamentos fundamentos únicos da vida, vida, embora muito aa desejar pratica. Todos embora deixem deixem muito desejar na na prática. Todos querem querem aa concorrencia concorrência sem sem as as consequencias conseqüências funestas funestas da da concorrencia. concorrência. Todos Todos eles eles querem querem o o impossivel, vida sem impossível, ou ou seja, seja, condicoes condições burguesas burguesas de de vida sem as as consequencias conseqüências inevitaveis inevitáveis dessas dessas condicoes. condições. Nenhum Nenhum deles deles entende entende que que aa forma forma burbur­

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guesa de de producao produção é historica histórica ee transit6ria, transitória, tal tal como como oo foi foi aa forma forma guesa feudal. decorre da concepcao concepção de que, para eles, eles, o hornem homem feudal. Esse erro decorre burguês eé oo unico único fundamento fundamento possivel possível de de toda toda sociedade, sociedade, de de que que eles eles burgues nao não conseguem conseguem pensar pensar uma uma ordem ordem social social em em que que oo homem homem tenha tenha deixado deixado de ser ser burguês. de burgues. O Sr. Sr. Proudhon Proudhon e, é, portanto, portanto, necessariamente necessariamente dogmatico. dogm ático. 0 O movimovi­ O mento mento hist6rico histórico que que revoluciona revoluciona o o mundo mundo de de hoje hoje reduz-se, reduz-se, para para ele, ele, à questao questão de de descobrir descobrir o o equilfbrio equilíbrio correto, correto, aa sintese síntese de de dois dois pensapensa­ mentos burgueses. Assim, esse sabio sábio rapagao rapagão descobre, descobre, gracas graças à sua sua mentos burgueses. Assim, esse argucia, argúcia, oo pensamento pensamento abscondito abscôndito de de Deus, Deus, aa unidade unidade dos dos dois dois pensapensa­ mentos isolados, isolados, que que s6 só sao são dois dois pensamentos pensamentos isolados isolados porque porque o o Sr. Sr. mentos Proudhon isolou-os isolou-os da da vida vida pratica, prática, da da producao produção atual, atual, que que é aa combicombi­ Proudhon nação das das realidades realidades que que eles eles exprimem. exprimem. Em Em vez vez do do grande grande movimento nacao movimento histórico que que brota brota do do conflito conflito entre entre as as forcas forças de de producao produção ja já alcancadas alcançadas historico pelos homens homens ee as as relacoes relações sociais sociais que que ja já nao não correspondem correspondem mais mais aa pelos essas Iorcas forças produtivas; produtivas; em em vez vez das das guerras guerras terrfveis terríveis que que se se preparam preparam essas entre as as diferentes diferentes classes classes de de uma uma nacao nação ee entre entre as as diferentes diferentes nações; entre nacoes; em vez vez da da a~ao ação pratica prática ee violenta violenta das das massas, massas, aa (mica única que que pode pode resolver resolver em esses conflitos: conflitos: em em vez vez desse desse movimento amplo, contlnuo contínuo ee complicado, complicado, esses movimento amplo, oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon coloca coloca o o movimento movimento peristaltico peristáltico [le [le mouvement mouvement cacacacadauphin] da da sua sua cabeca. cabeça. Portanto, Portanto, os os perspicazes perspicazes pensadores, pensadores, isto isto é, os os dauphin] homens que que sabem sabem evacuar evacuar os os pensamentos pensamentos de de Deus, Deus, fazem fazem aa historia. história. homens À pobre plebe so só cabe cabe aplicar aplicar as as suas suas revelacoes. revelações. A pobre plebe O porque oo Sr. O Senhor Senhor entende entende agora agora porque Sr. Proudhon Proudhon é inimigo inimigo decladecla­ rado rado de de todo todo movimento movimento politico. político. Para Para ele, ele, aa solucao solução dos dos problemas problemas atuais na a~ao atuais nao não esta está na ação publica, pública, mas mas nas nas rotacoes rotações dialeticas dialéticas dentro dentro da da cabeca para ele, motrizes, nao cabeça dele. dele. Ja Já que, que, para ele, as as categorias categorias sao são as as forcas forças motrizes, não é necessario necessário modificar modificar aa vida vida pratica prática para modificar as as categorias. categorias. Muito Muito para modificar antes pelo pelo contrario: contrário: eé preciso preciso modificar modificar as as categorias, categorias, ee aa consequencia conseqüência antes sera será aa modificacao modificação da da sociedade sociedade existente. existente. Em sua sua ansia ânsia de de conciliar conciliar as as contradicoes, contradições, oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon nem nem Em sequer sequer se se coloca coloca aa questao questão de de que que talvez talvez deva deva ser ser revolucionada revolucionada aa propró­ pria pria raiz raiz dessas dessas contradicoes. contradições. Assemelha-se, Assemelha-se, em em tudo, tudo, ao ao politico político dogmadogmá­ tico que tico que quer quer ver ver categorias categorias eternas eternas no no rei, rei, na na camara câmara dos dos deputados deputados ee na na camara câmara dos dos lordes, lordes, partes partes integrantes integrantes da da vida vida social. social. Tudo Tudo o o que que ele procura procura eé uma nova formula fórmula para para equilibrar equilibrar esses esses poderes, poderes, equilfbrio equilíbrio ele uma nova que repousa repousa exatamente exatamente no no movimento movimento atual, atual, quando quando um um desses desses poderes poderes que ora oo senhor, senhor, ora ora o o escravo escravo dos dos outros. outros. Foi assim que, que, no no seculo século eé ora Foi assim X V III, uma uma multidao multidão de de cabecas cabeças mediocres medíocres estava estava ocupada ocupada em em enconencon­ XVIII, trar aa unica única formula fórmula correta correta para equilibrar os os estamentos estamentos sociais, sociais, aa trar para equilibrar nobreza, oo rei, rei, oo parlamento, parlamento, etc., etc., e, e, no no dia dia seguinte, seguinte, ja já nao não havia havia nobreza, mais mais rei, rei, parlamento, parlamento, nobreza. nobreza. 0 O correto correto equilfbrio equilíbrio nesse nesse antagonismo antagonismo era aa revolucao revolução de de todas todas as as relacoes relações sociais sociais que que serviam serviam de de fundamento fundamento era essas instituicoes instituições feudais feudais ee aa seu seu antagonismo. antagonismo. aa essas

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440 440 Como ideias etemas, Como oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon coloca, coloca, de de um um lado, lado, as as idéias eternas, as as categorias razao pura, categorias da da razão pura, e, e, de de outro, outro, os os homens homens ee sua sua vida vida pratica, prática, que, que, segundo segundo ele, ele, é aa aplicacao aplicação dessas dessas categorias, categorias, encontra-se encontra-se nele, nele, desde vida ee as desde o o infcio, início, um um dualismo dualismo entre entre aa vida as ideias, idéias, aa alma alma ee oo corpo, corpo,

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dualismo reaparece de dualismo que que reaparece de muitas muitas formas. formas. 0 O Senhor Senhor percebe percebe agora agora que que esse esse antagonismo antagonismo nada nada mais mais eé do do que que aa incapacidade incapacidade do do Sr. Sr. Proudhon Proudhon em origem terrena em entender entender aa origem terrena ee aa hist6ria história profana profana das das categorias categorias que que ele ele diviniza. diviniza. Minha longa demais para que que eu Minha carta carta ja já esta está longa demais para eu possa possa deter-me deter-me no no ridfculo move contra ridículo processo processo que que oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon move contra oo comunismo. comunismo. De De antemao, antemão, oo Senhor Senhor ha há de de convir convir comigo comigo que que um um homem homem que que nao não entenenten­ deu menos ainda movideu o o atual atual estado estado da da sociedade, sociedade, menos ainda pode pode entender entender oo movi­ mento pode entender expressoes mento que que quer quer transforrna-lo, transformá-lo, como como nao não pode entender as as expressões literarias revolucionario. literárias desse desse movimento movimento revolucionário. O em que O unico único ponto pon to em que estou estou completamente completamente de de acordo acordo corn com o o Sr. Sr. Proudhon Proudhon eé aa sua sua aversao aversão aos aos devaneios devaneios sentimentais sentimentais socialistas. socialistas. Antes Antes dele, me arranjei dele, eu eu mesmo mesmo me arranjei muitos muitos inimigos inimigos por por meus meus ataques ataques cdntra cdntra oo socialismo utopico. Mas socialismo burro, burro, sentimental, sentimental, utópico. Mas sera será que que oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon nao mesmo quando não esta está enganando enganando aa si si mesmo quando contrapoe contrapõe o o seu seu sentimentalismo sentimentalismo pequeno-burgues pequeno-burguês -— refiro-me refiro-me ao ao seu seu palavreado palavreado aa respeito respeito da da vida vida caca­ seira, seira, do do amor amor conjugal conjugal ee de de todas todas essas essas banalidades banalidades -— aà sentimentalisentimentali­ dade mais profunda dade socialista socialista que, que, por por exemplo, exemplo, em em Fourier, Fourier, eé muito muito mais profunda do presuncosas de nosso bom born Proudhon? do que que as as bobagens bobagens presunçosas de nosso Proudhon? Ele Ele mesmo mesmo percebe tao hem percebe tão bem aa vacuidade vacuidade dos dos seus seus argumentos, argumentos, aa sua sua total total incapaincapa­ cidade cidade de de falar falar dessas dessas coisas coisas que que ele, ele, sem sem qualquer qualquer controle, controle, explode explode em homem honesto], honesto], que em 6dio ódio ee gritaria, gritaria, na na irae irae hominis hominis probi probi [iras [iras do do homem que ele ele espumeja, espumeja, xinga xinga ee denuncia, denuncia, que que ele ele amaldicoa, amaldiçoa, clama clama pelo pelo diabo diabo ee pela peito ee vangloria-se homens, pela peste, peste, bate bate no no peito vangloria-se diante diante de de Deus Deus ee dos dos homens, dizendo dizendo que que nao não tern tem nada nada aa ver ver com com as as infamias infâmias socialistas. socialistas. Ele Ele nao não critica critica o o sentimentalismo sentimentalismo socialista socialista ou ou aquilo aquilo que que ele ele considera considera sentisenti­ mentalismo. pementalismo. Como Como um um santo, santo, como como papa, papa, ele ele excomunga excomunga os os pobres pobres pe­ cadores miseras, patriarcais cadores ee canta canta as as glorias glórias da da pequena-burguesia pequena-burguesia ee as as míseras, patriarcais ilusoes isso nao ilusões do do lar lar domestico. doméstico. E É isso não ocorre ocorre por por acaso. acaso. De De cabo cabo aa rabo rabo oo Sr. Sr. Proudhon Proudhon eé o o fil6sofo, filósofo, o o economista economista da da pequena-burguesia. pequena-burguesia. Numa Numa sociedade pressoes de sociedade desenvolvida desenvolvida ee como como decorrencia decorrência das das pressões de sua sua siruacao, situação, oo pequeno-burgues toma-se, lado, socialista pequeno-burguês tom a-se, por por um um lado, socialista e, e, por por outro, outro, econoecono­ mista, pela magnificencia burguesia mista, ou ou seja, seja, ele ele fica fica ofuscado ofuscado pela magnificência da da grande grande burguesia ee tem tern simpatia povo ao simpatia pelos pelos sofrimentos sofrimentos do do povo. povo. Ele Ele eé burgues burguês ee povo ao mesmo fora intimo, mesmo tempo. tempo. Em Em seu seu foro íntimo, orgulha-se orgulha-se de de ser ser imparcial, imparcial, de de ter ter encontrado tern aa pretensao encontrado oo equilibrio equilíbrio justo, justo, ee tem pretensão de de ser ser algo algo mais mais do do que meio-termo. Um Um pequeno-burguês pequeno-burgues desse que oo aureo áureo meio-termo. desse tipo tipo diviniza diviniza aa concon­ tradicao tradição porque porque iá contradicao contradição eé o o cerne cerne do do seu seu ser. ser. Ele Ele mesmo mesmo eé apenas apenas aa contradicao contradição social social em em a~ao. ação. Precisa Precisa justificar justificar na na teoria teoria oo que que ele ele eé na interprete cientifico na pratica; prática; ee o o Sr. Sr. Proudhon Proudhon tern tem oo merito mérito de. de ser ser oo intérprete científico

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da merito real, da pequena-burguesia pequena-burguesia francesa, francesa, oo que que eé um um mérito real, pois pois aa pequenapequena-burguesia -burguesia sera será uma uma parte parte integrante integrante de de todas todas as as revolucoes revoluções sociais sociais vindouras. vindouras. Eu poder enviar-lhe Eu gostaria gostaria de de poder enviar-lhe o o meu meu livro livro sobre sobre economia economia poltpolí­ tica 1,\ mas tica mas ate até agora agora nao não me me foi foi possivel possível mandar m andar imprimir imprimir essa essa obra obra nem nem aa crftica !he falei falei em crítica aos aos fil6sofos filósofos ee socialistas socialistas alemaes, alemães, da da qual qual eu eu lhe em Bruxelas. Bruxelas. O O Senhor Senhor nao não pode pode imaginar imaginar as as dificuldades dificuldades que que uma um a publipubli­ cacao Alemanha, tanto tanto por cação dessas dessas encontra encontra na na Alemanha, por parte parte da da policia polícia quanto quanto por por parte parte dos dos editores, editores, que que sao são os os representantes representantes interessados interessados de de todas todas as as correntes correntes que que eu eu ataco. ataco. Ouanto Quanto ao ao nosso nosso partido, partido, ele ele nao não so só eé pobre, pobre, mas mas tambern também um um forte forte grupo grupo dentro dentro dele dele leva leva aa mal mal que que eu eu me me contracontra­ ponha ponha aa suas suas utopias utopias ee declamacoes. declamações. Todo Todo seu seu Karl Marx K arl M arx P.S.: mau francês, trances, P.S.: 0 O Senhor Senhor ha há de de perguntar perguntar por por que que eu eu lhe lhe escrevo escrevo em em mau ao faze-lo em ao inves invés de de fazê-lo em born bom alemao? alemão? Porque Porque estou estou tratando tratando de de um um autor autor trances. francês. Eu muito grate muito, E u lbe lhe seria seria muito grato se se aa sua sua resposta resposta nao não demorasse demorasse muito, para para que que eu eu possa possa saber saber se se oo Senhor Senhor me me entendeu entendeu por por baixo baixo desse desse envoltorio frances barbaro. envoltório de de francês bárbaro.

•• •• •• K. smo historico K. Marx: Marx: 0 O que que eé novo novo no no materiali materialismo histórico ** Carta Carta aa J. J. Weydemeyer Weydemeyer 55 de g52 de marco março de de 11852 [[ .... . . ]] Finalmente, lugar, eu Finalmente, em em seu seu lugar, eu observaria observaria aa esses esses Senhores Senhores DemoDemo­ cratas fariam melhor melhor se cratas en en general général [em [em geral] geral] que que eles eles fariam se primeiro primeiro travassem travassem conhecimento literatura burguesa, conhecimento com com aa pr6pria própria literatura burguesa, antes antes de de comecarem começarem aa

a

t1 Marx Marx refere-se, refere-se, aqui, aqui, à obra obra por por ele ele planejada planejada Critica Crítica da da Politica Política ee da da Economia Economia

Nacional. Nacional. Desde Desde o o final final de de 1843, 1843, Marx Marx havia havia se se dedicado dedicado ao ao estudo estudo da da economia economia politica tarefa de política e, e, ja já no no comeco começo de d e 1844, 1844, ele ele se se colocava colocava aa tarefa de publicar publicar uma uma critica crítica da da economia economia nacional nacional burguesa burguesa da da perspectiva perspectiva do do rnaterialismo materialismo ee do do comunismo. comunismo. Do D o manuscrito manuscrito redigido redigido naquela naquela ocasiiio ocasião restou restou apenas apenas uma uma parte, parte, que de 1844. que eé conhecida conhecida com com o o titulo título de de Manuscritos Manuscritos economico-jilosojicos econômico-filosóficos de 1844. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) ** Reproduzido Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K . Marx M a r x an an Joseph Joseph Weydemeyer Weydemeyer in in New New York. York. In: In: MARX, K.. ee ENGELS, F. Ausgewiihlte Werke. 9. 1981. M arx, K E n g e l s , F. Ausgewàhlte Werke. 9. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1981. v. v. II, II, p. p. 522-4. 522-4. Traduzido Traduzido por por Flavio Flávio R. R. Kothe. Kothe.

442 442 latir deveriam estudar, latir contra contra aa antitese antítese dela. dela. Esses Esses Senhores Senhores deveriam estudar, por por exemexem­ plo, as Wade, etc., etc., para para se plo, as obras obras hist6ricas históricas de de Thierry, Thierry, Guizot, Guizot, John John Wade, se esclarecerem anterior "hist6ria das classes". esclarecerem quanto quanto aà anterior “história das classes” . Eles Eles deveriam deveriam travar da economia politica. Basta, por travar relacoes relações com com os os fundamentos fundamentos da economia política. Basta, por exemplo, encontrar na primeira exemplo, abrir abrir aa grande grande obra obra de de Ricardo, Ricardo, para para encontrar na primeira pagina palavras com ele inicia página as as palavras com que que ele inicia o o prefacio: prefácio: "The all that from its its surface “The product product of of the the earth earth --— ali that is is derived derived from surface by by the united application machinery, and capital, is the united application of of labour, labour, machinery, and capital, is divided divided among the community; among three three classes classes of of the community; namely namely the the proprietor proprietor of the the land, the owner land, the owner of of the the stock stock or or capital capital necessary necessary for for its its cultivation, cultivation, and and the labourers da terra the labourers by by whose whose industry industry itit is is cultivated". cultivated”. ["0 [“O produto produto da terra - tudo tudo oo que que eé derivado atraves da reunida — derivado da da superffcie superfície dela dela através da aplicacao aplicação reunida de capital, esta de trabalho, trabalho, maquinaria maquinaria ee capital, está dividido dividido entre entre tres três classes classes da da comunidade, capital comunidade, ou ou seja, seja, oo proprietario proprietário da da terra, terra, oo proprietario proprietário do do capital necessario cultivo, ee os operarios por necessário aa seu seu cultivo, os operários por cujo cujo labor labor ela ela eé cultivada."] cultivada.”]

Ouao pouco Estados Unidos Quão pouco agora agora nos nos Estados Unidos aa sociedade sociedade burguesa burguesa esta está madura classes visivel m adura para para tornar tornar aa luta luta de de classes visível ee cornpreensfvel, compreensível, dissb dissb da dá aa mais prova C. Carey (de Filadelfia), oo unico mais brilhante brilhante prova C. H. H. Carey (de Filadélfia), único economista economista americano Ele ataca ataca R Ricardo, o mais rnais classico americano significativo. significativo. Ele icardo, o clássico representante representante da estoico adversario proletariado, como como um hoda burguesia burguesia ee o o mais mais estóico adversário do do proletariado, um ho­ mem arsenal para mem cuja cuja obra obra seria seria oo arsenal para anarquistas, anarquistas, socialistas, socialistas, para para todos todos os nao s6 os inimigos inimigos da da ordem ordem burguesa. burguesa. Ele Ele não só o o acusa, acusa, mas mas acusa acusa tambem Senior, também Malthus, M althus, Mill, Mill, Say, Say, Torrens, Torrens, Wakefield, Wakefield, Macculloch, MacCulloch, Senior, Whately, abre-alas da politica na na Europa, Whately, R. R. Jones, Jones, etc., etc., esses esses abre-alas da economia economia política Europa, de de que que eles eles estariam estariam despedacando despedaçando aa sociedade sociedade ee preparando preparando aa guerra guerra civil, que os das diferentes diferentes civil, ao ao demonstrarem demonstrarem que os fundamentos fundamentos econornicos econômicos das classes necessario ee sempre classes tern têm de de despertar despertar um um antagonismo antagonismo necessário sempre crescente. crescente. Ele refuta-los, de nao como tolo Heinzen Ele procura procura refutá-los, de tato fato não como o o tolo Heinzen ligando ligaçdo aa existencia classes àa presenca privilegios politicos existência de de classes presença de de privilégios políticos ee monopolios, m onopólios, mas renda (pro­ (promas tentando tentando Iazer fazer de de conta conta que que as as condicoes condições economicas: econômicas: renda priedade fundiaria ), lucro priedade fundiária), lucro (capital) (capital) ee salaries salários (salario-trabalho) (salário-trabalho),, ao ao inves de antagonismo, mais, invés de de serem serem condicoes condições de de luta luta ee de antagonismo, sao, são, muito muito mais, condicoes harmonia. Naturalmente ele prova condições para para aa associacao associação ee aa harmonia. Naturalm ente ele prova apeape­ nas que dos Estados nas que as as relacoes relações "subdesenvolvidas" “subdesenvolvidas” dos Estados Unidos Unidos valem valem para para ele ele como como "relacoes “relações normais". norm ais” . No concerne, nao No que que agora agora me me concerne, não me me cabe cabe nem nem oo merito mérito de de ter ter descoberto sociedade modema, da descoberto aa existencia existência das das classes classes na na sociedade moderna, nem nem o o da luta Historiadores burgueses ja tinham muito luta delas delas entre entre si. si. Historiadores burgueses já tinham exposto exposto muito antes hist6rico dessa classes, ee ecoantes de de mim mim o o desenvolvimento desenvolvimento histórico dessa luta luta das das classes, eco­ nomistas burgueses burgueses tinham das mesmas. mesmas. nomistas tinham exposto exposto aa anatomia anatomia economics econômica das O que eu trouxe de demonstrar: que aa existencia 1. que existência das das O que eu trouxe de novidade novidade foi foi dem onstrar: I. classes est a ligada ligada apenas determinadas ases históricas historicas do desenvolviclasses está apenas aa determ inadas ffases do desenvolvi­ mento conduz necessariamente m ento da da producdo; produção-, 2. 2 . que que aa luta luta de de classes classes conduz necessariamente aà ditadura que esta esta mesma ditadura do do proletariado; proletariado ; 3. 3. que mesma ditadura ditadura constitui constitui apenas apenas

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aa transicao transição para para aa superacao superação de de todas todas as as classes classes ee para para uma uma sociedade sociedade sem sem classes. classes. Safados Safados ignorantes ignorantes como como Heinzen, Heinzen, que que negam negam nao não s6 só aa luta, provam apenas luta, mas mas ate até aa existencia existência das das classes, classes, provam apenas que que apesar apesar de de todos todos os os seus seus uivos uivos de de gelar gelar o o sangue sangue ee de de auto-sublimacao auto-sublimação hurnanishumanística, eles burguesia domina domina tica, eles consideram consideram as as condicoes condições sociais sociais em em que que aa burguesia como ultimo, como como oo produto produto último, como oo non non plus plus ultra ultra [nao [não mais mais alern] além] da da hist6ria; história; eles eles provam provam que que sao são apenas apenas os os servos servos da da burguesia, burguesia, servitude servitude que tanto mais que eé tanto mais nojenta nojenta quanto quanto menos menos os os safados safados entendern entendem aa grandeza grandeza ee aa necessidade necessidade provis6ria regime burgues. provisória do do pr6prio próprio regime burguês. [[.... . .]]

•• •• •• K. K. Marx: Marx: Sohre Sobre aa lei lei do do valor valor ** Carta C arta aa L. L. Kugelmann Kugelmann Londres, 11 Londres, 11 de de julho julho de de 1868 1868 [[ ... . . . ]]

Quanto Quanto ao ao Centralblatt C en tra lb la tt2,2, o o homem homem me me faz faz aa maior maior das das concessoes concessões possiveis possíveis ao ao admitir admitir que, que, caso caso se se atribua atribua sentido sentido ao ao valor, valor, entao então eé preciso preciso aceitar aceitar as as minhas minhas conclusoes. conclusões. 0 O infeliz infeliz nao não percebe percebe que, que, mesmo mesmo que que no meu livro 33 não nao houvesse houvesse um no meu livro um unico único capitulo capítulo sobre sobre o o "valor", “valor”, aa analise análise que reais conteria que taco faço das das condicoes condições reais conteria aa demonstracao demonstração ee aa prova prova das das relacoes A conversa relações reais reais de de valor. valor. A conversa fiada fiada sobre sobre aa necessidade necessidade de de demonsdemons­ trar repousa apenas ignorancia total total tanto tanto do trar o o conceito conceito de de valor valor repousa apenas na na ignorância do assunto trata quanto assunto de de que que se se trata quanto do do metodo método da da ciencia. ciência. Qualquer Qualquer crianca criança sabe nem digo sabe que que toda toda na~ao nação pereceria pereceria se se oo trabalho trabalho cessasse, cessasse, ja já nem digo durante mas durante durante um um ano, ano, mas durante algumas algumas semanas. semanas. Tambem Também sabe sabe que que as as massas de massas de produtos produtos correspondentes correspondentes aa diferentes diferentes massas massas de de necessidades necessidades exigem massas diversas quantitativamente determinadas exigem massas diversas ee quantitativamente determinadas do do trabalho trabalho social. E self social. É self evident evident [evidente [evidente por por si si mesmo] mesmo] que que essa essa necessidade necessidade de de distribuiciio nao pode distribuição do do trabalho trabalho social social em em proporcoes proporções determinadas determinadas não pode ser ser superada superada por por uma uma forma form a determinada determ inada de de producao produção social; social; pode pode modificar-se Leis naturais naturais nunca modificar-se apenas apenas oo seu seu modo m odo de de maniiestaciio. manifestação. Leis nunca podem hist6ricas podem ser ser superadas. superadas. 0 O que que pode pode modificar-se modificar-se em em condicoes condições históricas diversas essas leis leis se diversas eé apenas apenas aa [orma form a em em que que essas se manifestam. manifestam. E E aa forma forma sob numa sob aa qua! qual essa essa divisao divisão proporcional proporcional do do trabalho trabalho se se manifesta manifesta numa •* Reproduzido Reproduzido de de MA.RX, M a r x , K. K. Marx Marx an an Ludwig Ludwig Kugelrnann Kugelmann in in Hannover. Hannover. In: In: MA.RX, Dietz Verlag, M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F. Ausgewiihlte Ausgewühlte Werke. Werke. 8. 8. ed. ed. Berlirn, Berlim, Dietz Verlag, 1979. 1979. v. por Flavio v. Ill, III, p. p. 521-3. 521-3. Traduzido Traduzido por Flávio R. R. Kothe. Kothe. 22 Marx resenha critica Marx refere-se refere-se aa uma uma resenha crítica de de O O capital capital publicada publicada no no n. n. 28 28 de de 1868 1868 da da Gaze/a Gazeta Literdria Literária Central, Central, de de Leipzig. Leipzig. 3 MA.RX. Economia Politico. M arx. 0 O capital. capital. Critica Crítica da da Economia Política. L? 1.° livro, livro, v. v. I, I, "O “O processo processo de 1867. de producao produção do do capital". capital”. Hamburgo, Hamburgo, 1867.

444 444 situacao que aa correlacao trabalho social mostra como situação social social em em que correlação do do trabalho social se se mostra como intercdmbio do trabalho intercâmbio privado privado dos dos produtos produtos do trabalho individual individual e, é, precisamente, precisamente, oo valor valor de de troca troca desses desses produtos. produtos. A A ciencia ciência consiste consiste precisamente precisamente em em explicar explicar como com o se se manifesta manifesta aa lei se quisesse, "explicar" de antemao todos todos os lei do do valor. valor. Se Se se quisesse, portanto, portanto, “explicar” de antemão os tenomenos aparentemente, estao com essa lei, seria fenômenos que, que, aparentemente, estão em em contradicao contradição com essa lei, seria preciso antes da da ciencia, este, precisamente, precisamente, oo equipreciso fomecer fornecer aa ciencia ciência antes ciência. :f: É este, equí­ voco em seu primeiro capitulo presvoco de de Ricardo, Ricardo, quando, quando, em seu primeiro capítulo sobre sobre oo valor, valor, pres­ supoe possiveis, que precisam ser supõe como com o dados dadas todas todas as as categorias categorias possíveis, que ainda ainda precisam ser desenvolvidas para demonstrar sua adequação adequacao àa lei lei do valor. desenvolvidas para dem onstrar aa sua do valor. Por lado, como historia da da Por outro outro lado, como oo Senhor Senhor corretamente corretamente sup6e, supõe, aa história teoria relacao de teoria demonstra demonstra que que aa concepcao concepção da da relação de valor valor foi foi sempre sem pre a a mesma, mais clara, mais enfeitada de ilus6es, mesma, ora ora mais clara, ora ora menos menos clara, clara, ora ora mais enfeitada de ilusões, ora precisa. Como processo de ora cientificamente cientificamente mais mais precisa. Como o o pr6prio próprio processo de pensapensa­ mento dessas relações relacoes ee eé um um processo mento brota brota dessas processo natural, natural, o o pensamento pensamento realrnente pode ser 1renrealmente capaz capaz de de entender entender s6 só pode ser sempre sempre o o mesmo, mesmo, dif diferenciando-se ciando-se de de modo modo apenas apenas gradual, gradual, segundo segundo aa maturidade maturidade do do desenvoldesenvol­ vimento, portanto tarnbem resto vimento, portanto também do do 6rgao órgão com com que que eé pensado. pensado. Todo Todo o o resto eé papo papo furado. furado. O nao tem tern aa minima que as as reais O economista economista vulgar vulgar não mínima nocao noção de de que reais relacoes relações de de troca troca diaria diária nso não podem podem ser ser imediatamente im ediatam ente identicas idênticas as às grangran­ dezas 0 engracado sociedade consiste consiste exatamente em que dezas do do valor. valor. O engraçado na na sociedade exatamente em que nao Ieita, aa priori, priori, nenhuma regulamentacao social consciente da da pronão eé feita, nenhuma regulamentação social consciente pro­ ducao. racional ee naturalmente necessario s6 imp6e as dução. 0 O racional naturalmente necessário só se se impõe às cegas, cegas, como como media. média. E E entao então o o economista economista vulgar vulgar ere crê fazer fazer uma uma grande grande descoberta descoberta quando, conex6es internas, internas, alardeia apaquando, frente frente aà revelacao revelação das das conexões alardeia que que na na apa­ rencia modo. De fato alardeia rência as as coisas coisas se se apresentam apresentam de de outro outro modo. De fato alardeia que que ele as toma ele permanece permanece aterrado aferrado as às aparencias aparências ee as toma como como instancia instância ultima, última. Para uma ciencia? Para que, que, entao, então, ainda ainda uma ciência? Mas aa coisa tern, aqui, ainda um aspecto. Uma Uma vez Mas coisa tem, aqui, ainda um outro outro aspecto. vez que que se se penetre na necessidade necessidade penetre na na conexao conexão intima íntima das das coisas, coisas, toda toda aa fe fé teorica teórica na permanente terra, antes que ela ela despermanente da da ordem ordem constituida constituída cai cai por por terra, antes mesmo mesmo que des­ morone na prática. pratica. As As classes classes dominantes portanto, interessadísinteressadismorone na dominantes estao, estão, portanto, simas em insensata. E por simas em perpetuar perpetuar essa essa confusao confusão insensata. E sera será que que nao não eé por isso que pagos esses apresentar nenhum isso que sao são pagos esses charlataes charlatães que que nao não sabem sabem apresentar nenhum outro em economia politica nao outro trunfo trunfo clentifico científico senao senão o o de de que que em economia política não se se deve deve pensar! pensar! Contudo, satis superque Contudo, satis superque [basta [basta ee mais mais que que basta]. basta]. De De qualquer qualquer modo, isso mostra modo, isso mostra quanto quanto cafram caíram esses esses padrecos padrecos da da burguesia, burguesia, ja já que que operarios entenderam oo meu meu operários ee ate até mesmo mesmo industrialistas industrialistas ee comerciantes comerciantes entenderam livro ee se livro se orientaram orientaram por por ele, ele, enquanto enquanto esses esses "eruditos “ eruditos (/)" (!)" queixam-se queixam-se de de que que eu eu exijo exijo demais demais dos dos seus seus cranios. crânios. ([..... .]]

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Marx:: Tecnologla Tecnologia e revolacao revolução industrial industrial ** K. Marx C arta a F. Engels Carta 28 de de janeiro janeiro de de 1863 1863 28 [ ..... . ]]

Na carta carta anterior, anterior, perguntei-lhe respeito do do selfactor selfactor [rnaquina [máquina Na perguntei-lhe aa respeito de fiacao fiação automatica]. automática], A A pergunta seguinte: de de que que modo modo o o assim assim de pergunta eé aa seguinte: chamado fiandeiro fiandeiro agia agia antes antes dessa dessa invencao. invenção. 0 O selfactor selfactor [rnaquina [máquina de de chamado fiação automatica] automática] me me é inteligivel, inteligível, mas mas nao não aa situacao situação anterior. anterior. fiacao Acrescento algumas algumas coisas coisas na na parte parte sobre sobre maquinaria. maquinaria. A há algualgu­ Acrescento Aií ha mas questoes questões curiosas, curiosas, que que eu eu ignorava ignorava na na primeira primeira versao. versão. Para Para ficar ficar mas às claras quanto aa isso, isso, reli reli totalmente totalmente os os meus cadernos ((extratos) as claras quanto meus cadernos extratos) sabre sobre tecnologia tecnologia ee assisto assisto aa um um curso curso pratico prático (s6 (só experimental) experimental) do do Professor Professor Willis Willis (no (no Instituto Instituto de de Geologia Geologia em em Jermynstreet, Jermynstreet, onde onde Huxley Huxley dava as as suas suas aulas aulas expositivas) expositivas) para para operarios. operários. Com Com aa mecânica dava rnecanica aa coisa me me anda anda corno como com com as as Ifnguas. línguas. Eu Eu entendo entendo as as leis leis matematicas, matemáticas, coisa mas aa mais mais simples simples realidade realidade tecnica técnica que que exija exija visualizacao visualização me me eé mais mais mas difícil do do que que para para oo rnaior maior boc6. bocó. diffcil Pode ser ser que que tu tu oo saibas, saibas, ou ou nao, não, pois pois aa coisa coisa em em si si eé irrelevante, Pode irrelevante, que ha há uma grande disputa disputa quanto quanto ao ao que que distingue distingue aa mdquina máquina de de uma uma que uma grande ferramenta. Os Os mecanicos mecânicos (matematicos) (matemáticos) ingleses, ingleses, em em sua sua maneira m aneira desdes­ ferramenta. pojada, denominam denominam tool tool aa simple simple machine machine [ferramenta, [ferramenta, uma um a maquina máquina pojada, simples] ee machine complicated tool tool [maquina, [máquina, uma uma ferram enta comcom­ simples] machine aa complicated ferramenta plicada], Os Os tecn6logos tecnólogos ingleses ingleses (e, (e, com com eles, eles, muitos, maioria dos dos plicada). muitos, aa maioria economistas ingleses), ingleses), que que prestam prestam um um pouco pouco mais mais de de atencao atenção aà econoecono­ economistas mia, diferenciam diferenciam no entanto ambos ambos porque num caso caso aa motive motive power power mia, no entanto porque num [força motriz] motriz] provem provém do do homem homem e, e, no outro, de de uma uma natural natural force force [forca no outro, [força natural]. Os burros burros dos dos alemaes, alemães, que que sao são grandiosos grandiosos nessas peque[forca natural]. Os nessas pequearado eé uma nezas, concluíram dai daí que, que, por por exemplo, exemplo, um uma maquina máquina ee nezas, concluiram um arado que aa Jenny Jenny f4 mais mais complicada, complicada, etc., etc., aà medida medida que que movida movida aà mac, mão, nao não que oo e. se olhamos para aa rnaquina forma mais é. Mas, Mas, agora, agora, se olhamos para máquina em em sua sua forma m ais eleele­ mentar, mentar, nao não ha há duvida dúvida alguma alguma de de que que aa revolucao revolução industrial industrial deriva deriva não da fforça m otriz, mas da pa parte da maquinaria m aquinaria que que oo Ingles inglês chama chama nao da orra motriz, mas da rte da de working machine machine [maquina [máquina operadora], operadora ], portanto portanto nao, não, por por exemplo, exemplo, de da substituicao substituição do do pe pé que que move move aa roda de fiar fiar por por agua água ou ou vapor, vapor, mas mas da roda de da transtormacao transform ação do do proprio próprio processo imediato de de fia\;ao fiação ee da da eliminacao eliminação da processo imediato da parte parte do do trabalho trabalho humano humano que que nao não era era apenas apenas exertion exertion of of power power da

e

Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K. Marx Marx an an Engels. Engels. In: In: MARX, M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F. ** Reproduzido Briefe iiber iiber "Das "Das Kapital", Kapital". Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1954. 1954. p. p. 115-8. Traduzido por por Brieje 115-8. Traduzido Flavio Flávio R. R. Kothe. Kothe. 44 Maquina inventada em pelo ingles Máquina de de fiar fiar inventada em 1764 1764 pelo inglês Hargreaves Hargreaves ee assim assim denominada denominada em em homenagem homenagem aà sua sua filha. filha. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

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[[exercício exercicio de er] ((como como mover de pod poder] mover aa roda roda pedalando) pedalando) ee sim sim reelaborareelaboração, que que tern tem efeito efeito imediato imediato sobre sobre oo material material aa ser ser trabalhado. trabalhado. Por Por c;iio, outro lado, lado, tampouco tampouco eé uma uma duvida dúvida que, que, quando quando nao não se se trata trata mais mais do do outro desenvolvimento historico histórico da da maquinaria, maquinaria, mas mas da da maquinaria m aquinaria aà base base do do desenvolvimento atual modo modo de de producao, produção, oo unico único fator fator decisivo decisivo eé aa mdquina máquina operadora atual exemplo, no no caso caso da da maquina máquina de de costura) costura),, pois pois assim assim que que esse esse ((por por exemplo, processo esteja esteja introduzido introduzido no no mecanismo, mecanismo, qualquer qualquer um um sabe sabe que, que, de de processo acordo com com aa dimensao dimensão da da coisa, coisa, ela ela pode pode ser ser movida movida aà mao, mão, agua água ou ou acordo vapor. vapor. Para os os matematicos matemáticos puros, puros, essas essas quest6es questões sao são indiferentes, indiferentes, mas mas Para elas se se tomam tornam muito muito importantes importantes quando quando se se trata trata de de provar provar aa conexao conexão elas das relacoes relações sociais sociais humanas humanas com com oo desenvolvimento desenvolvimento desses desses modos modos matemate­ das riais de de producao, produção. riais A releitura releitura dos dos excertos excertos historico-tecnologicos histórico-tecnológicos Jevou-me levou-me aà visao visão A de que, que, abstraindo abstraindo as as descobertas descobertas de de polvora, pólvora, compasso compasso ee imprensa imprensa -— de esses esses pressupostos pressupostos necessaries necessários do do desenvolvimento desenvolvimento burgues burguês -, — , do do seculo spculo XVI ate até aa metade m etade do do seculo século XVIII, X V III, portanto, portanto, do do desenvolvimento desenvolvimento da da XVI m anufatura aa partir partir do do artesanato artesanato ate até aa grande grande industria indústria propriamente propriamente manufatura dita, as as duas duas bases bases materiais materiais em em que que se se constitui, constitui, dentro dentro da da manufatura, manufatura, dita, preparação para para aa industria indústria com com maquinas, máquinas, sao são oo rel6gio relógio ee o o moinho moinho aa preparacao ((primeiro primeiro oo moinho moinho de de graos, grãos, especialmente especialmente oo moinho moinho movido movido aà agua), água), ambos herdados herdados da da Antiguidade Antiguidade (0 (O moinho moinho de de agua água trazido trazido da da Asia Ásia ambos M enor para para Roma Rom a na na epoca época de de Julio Júlio Cesar.): C ésar.). 0 O relogio relógio eé aa primeira primeira Menor máquina autornatica automática aplicada aplicada aa finalidades finalidades praticas; práticas; toda teoria da da maquina toda aa teoria produção com movimento m ovim ento regular regular foi foi desenvolvida desenvolvida com com ele. ele. De De acordo acordo produciio com com aa natureza natureza da da coisa, coisa, ele ele mesmo mesmo se se baseia baseia na na combinacao combinação de de um um com aparelho semi-artfstico semi-artístico ee aa teoria teoria direta, direta. Cardanus, Cardanus, por por exemplo, exemplo, escreescre­ aparelho veu (e (e deu deu receitas receitas praticas) práticas) sobre sobre aa construcao construção de de relogios. relógios. Autores Autores veu alemães do do seculo século XVI X V I chamaram chamaram aà Iabricacao fabricação de de relogios relógios de de "trabalho “trabalho alemaes manual ( nao corporative)" manual culto culto (não corporativo)” ee seria seria possivel possível provar, provar, na na evolucao evolução do relógio, como era era bem bem diferente diferente aa relacao relação entre entre erudicao erudição ee praxis práxis do relogio, como base do do trabalho trabalho manual manual do do que que ela ela e, é, por por exemplo, exemplo, na na grande grande indusindús­ aà base tria. Nao Não ha há duvida dúvida alguma alguma de de que, que, no no seculo século XVIII, X V III, oo relogio relógio deu deu aa tria. primeira ideia idéia de de aplicar aplicar instrumentos instrumentos automaticos automáticos (movidos (movidos por por molas) molas) primeira aà producao. produção. £ É historicamente historicamente comprovavel comprovável que que os os experimentos experimentos de de VauVaucanson canson tiveram tiveram um um efeito efeito extraordinario extraordinário na na fantasia fantasia dos dos inventores inventores ingleses. ingleses. Por outro outro lado, lado, oo moinho m oinho tinha, tinha, desde desde oo comeco, começo, assim assim que que oo Por moinho moinho de de agua água foi foi produzido, produzido, as as diferencas diferenças essenciais essenciais de de uma uma maquina máquina em seu seu organismo. organismo. A A Iorca força motriz motriz mecanica, mecânica. Primo Primo [Primeiro] [Primeiro] motor, motor, em pelo qua! qual ele ele esperava. esperava. Mecanismo Mecanismo de de transmissao. transmissão. Finalmente, Finalmente, aa parte parte pelo operadora da da rnaquina, máquina, que que trabalha com o o material; m aterial; cada cada parte parte com com operadora trabalha com uma existencia existência autonoma autônoma em em relacao relação as às demais. demais. A A teoria teoria da da fricfiio fricção e, e, uma

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com isso, as pesquisas pesquisas quanto quanto as às fonnas formas matematicas matemáticas de de engrenagens, engrenagens, com isso, as dentes, etc., etc., foram foram todas todas feitas no moinho; moinho; oo mesmo mesmo vale vale aqui aqui primeiro primeiro dentes, feitas no para para aa teoria teoria da da medicao medição do do grau grau de de forca força motriz, motriz, do do melhor melhor modo modo de de aplica-la, aplicá-la, etc. etc. Quase Quase todos todos os os grandes grandes matematicos matemáticos desde desde aa metade metade do do seculo século XVII, XVII, aà medida medida que que se se preocupam preocupam com com mecanica mecânica pratica prática ee aa teorizam, tambem teorizam, partem partem do do simples simples moinho moinho de de agua. água. De De fato, fato, dai daí também oo nome nome Miihle M ühle ee mill m ill [moinho, [moinho, em em alemao alemão ee ingles], inglês], surgido surgido durante durante oo periodo período manufatureiro, manufatureiro, para para todos todos os os mecanismos mecanismos voltados voltados para para fins fins práticos. praticos. Mas moinho, assim imprensa, aa forja, Mas com com oo moinho, assim como como com com aa imprensa, forja, o o arado, arado, etc., etc., o o trabalho trabalho propriamente propriamente dito, dito, bater, bater, amassar, amassar, rnoer. moer, partir partir em em pedapeda­ cos, feito sem ços, etc., etc., era era feito sem trabalho trabalho humano, humano, ainda ainda que que aa moving moving force force [força motriz] fosse fosse humana hum ana ou animal. Essa especie espécie de maquinaria maquinaria [forca é, portanto, portanto, muito muito antiga, antiga, ao ao menos quanto aà sua sua origem, origem, ee torca força motriz menos quanto motriz própria foi-lhe foi-lhe aplicada aplicada mais mais cedo. cedo. Por isso eé tambem também quase quase aa (mica única pr6pria Por isso maquinaria que que aparece aparece no no perfodo período da da manufatura. manufatura. A A Revoluciio R evolução IndusIndus­ maquinaria trial trial comeca começa assim assim que que oo mecanismo mecanismo é aplicado aplicado ali ali onde, onde, desde desde antigaantiga­ mente, o o resultado resultado finale [final] exigia exigia trabalho trabalho humano, humano, portanto portanto nao não mente, finale [final] onde, onde, como como naqueles naqueles instrumentos instrumentos de de trabalho, trabalho, o o material material aa ser ser propriapropria­ mente trabalhado trabalhado nunca nunca tinha tinha algo algo aa ver ver com com aa mao mão humana, humana, onde onde oo mente homem, de de acordo acordo com c o m 'a 'a natureza da coisa, coisa, nao não atua atua de de antemao antemão homem, natureza . da como burros alemaes, como mero mero power pow er [poder]. [poder]. Caso Caso se se queira, queira, como como os os burros alemães, entender entender aa utilizacao utilização de de torca força animal animal (portanto, (portanto, movimento m ovim ento tiio tão volunvolun­ tário quanto quanto oo humano) hum ano) como como sendo sendo maquinaria, maquinaria, entao, então, de de qualquer qualquer uirio modo, aa utilizacao utilização dessa dessa especie espécie de de locomotivas locomotivas eé muito muito mais mais antiga antiga modo, do simples utensilio. do que que o o mais mais simples utensílio. [[.... . . ]]

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•• •• •• Marx: A comparaca« comparação na investiga~ao investigação historica histórica ** K. Marx: Carta aà Redacao Redação da da Otetschestwennyie O tetschestw ennyje Sapiski Sapiski Carta [ ... . . . ]]

capítulo sobre sobre a acumulacao acumulação primitiva primitiva nao não pretende pretende senao senão tracar traçar O capitulo via pela pela qua!, qual, na na Europa Europa Ocidental, Ocidental, aa ordem ordem economica econômica capitalista capitalista aa via saiu das das entranhas entranhas da da ordem ordem economica econômica feudal. feudal. Expoe, Expõe, portanto, mo­ saiu portanto, oo movimento hist6rico histórico que, ao divorciar divorciar os produtores de seus meios de vimento produção, converteu converteu os os primeiros primeiros em em assalariados assalariados ((proletários no sentido sentido producao, proletarios no Reproduzido de de MARX, M ar x , K. K. (Brief [Brief an an die die Redaktion Redaktion der der Otetschestwenny]e Otetschestwennyje Sapiski). Sapiski]. ** Reproduzido In: M a r x , K. K. e ENGELS, E n g e l s , F. Werke. Werke. v, v. XIX, p. p. 108·12. 108-12. Traduzido Traduzido por Flávio In: MARX, por Flavio R. R. Kothe. Kothe.

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449 449 moderno da da palavra) palavra) e os detentores detentores dos dos ultimas últimos cm em capitulistas. capitalistas. Nessa Nessa moderno historia, história, "todas “todas as revolucoes revoluções fazem fazem epoca época e servem servem de de alavanca alavanca para para oo avanco avanço da classe classe capitalista capitalista em em vias vias de formacao, formação, sobretudo sobretudo aquclas aquelas quc, que, desdes­ da pojando grandes grandes massas massas de seus seus meios meios de de producao produção e de de existencia existência pojando tradicionais, lancam-nas lançam-nas de de improviso improviso no no mercado mercado de de trabalho. trabalho. Mas Mas aa tradicionais, base Ela ainda base de de toda toda essa essa evolucao evolução eé aa expropriacao expropriação dos dos agricultores. agricultores. Ela ainda não se se completou completou de de maneira maneira radical radical senao senão na na Inglaterra Inglaterra .. .. .. mas mas nao todos todos os paises países da da Europa Europa Ocidental Ocidental percorrem percorrem o mesmo mesmo movimento". movimento”. (0 (O capital, capital, edição edic;ao francesa, francesa, p. 315.) 315.)

No reduzida ao No fim fim do do capitulo, capítulo, aa tendencia tendência historica histórica da da producao produção eé reduzida ao seguinte: "ela “ela mesma mesma engendra engendra aa sua sua propria própria negacao negação com com aa fatalidade fatalidade seguinte: que metamorfoses da que preside preside as às metamorfoses da natureza"; natureza” ; que que ela ela mesma mesma criou criou os os elementos elementos de de uma uma nova nova ordem ordem economica, econômica, dando, dando, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, oo maior maior impulso impulso as às forcas forças produtivas produtivas do do trabalho trabalho social social ee ao ao desenvolvidesenvolvi­ mento integral integral de de todo todo produtor produtor individual; individual; que que aa propriedade propriedade capitacapita­ mento lista, ja já repousando, repousando, de de fato, fato, em em um um modo modo de de producao produção coletivo, coletivo, nao não lista, possa senao senão transformar-se transformar-se em em propriedade propriedade social. social. Nessa Nessa passagem, passagem, nao não possa forneci nenhuma nenhuma prova, prova, pela pela simples simples razao razão de de que que essa essa mesma mesma afirmacao afirmação fomeci não e, é, ela ela mesma, mesma, nada nada mais mais que que o o resume resumo sumario sumário de de longas longas exposicoes exposições nao anteriormente feitas feitas nos nos capftulos capítulos sabre sobre aa producao produção capitalista. capitalista. anteriormente Agora, que que aplicacao aplicação poderia poderia o o meu meu critico crítico fazer fazer desse desse esboco esboço hishis­ Agora, tórico? Somente Somente este: este: se se aa Russia Rússia tende tende aa tornar-se tornar-se uma uma nacao nação capitacapita­ t6rico? lista aa exemplo exemplo das das nacoes nações da da Europa Europa Ocidental Ocidental -— e, e, durante durante os os ultimos últimos Iista 15 anos, anos, ela ela fez fez muitos muitos esforcos esforços nessa nessa direcao direção -, — , ela ela nao não ha há de de conseconse­ 15 gui-lo sem sem ter ter transformado transform ado prioritariamente prioritariamente boa boa parte parte de de seus seus campocampo­ gui-lo neses em em proletarios; proletários; e, e, depois depois disso, disso, uma uma vez vez arrastada arrastada ao ao seio seio do do neses regime capitalista, capitalista, tera terá de de suportar suportar as as leis leis impiedosas impiedosas desse desse regime regime como como regime outros outros povos povos profanos. profanos. Issa Isso eé tudo! tudo! Mas Mas eé muito muito pouco pouco para para oo meu meu crítico. Ele Ele precisa precisa metarnorfosear metamorfosear absolutamente absolutamente meu meu esboco esboço hist6rico histórico critico. da genese gênese do do capitalismo capitalismo na na Europa Europa Ocidental Ocidental em em uma uma teoria teoria hist6ricohistóricoda -filosófica da da marcha marcha geral, geral, fatalmente fatalmente imposta todos os os povos, povos, quaisquais­ -filos6fica imposta aa todos quer que que sejam sejam as as condicoes condições históricas em que que estejam estejam localizadas, localizadas, para para quer hist6ricas em último a essa formacao formação economica econômica que assegura, assegura, com o chegar por por ultimo maior maior progresso progresso das das Iorcas forças produtivas produtivas do do trabalho trabalho social, social, oo desenvolvidesenvolvi­ mento mais mais integral integral do do homem. homem. Mas Mas eu peço perdao perdão aa ele. ele. (Para (P ara mim, mim, mento eu peco isso tempo, honra isso e, é, ao ao mesmo mesmo tempo, honra demais demais ee desaforo desaforo demais.) demais.) Tomemos Tomemos um um exemplo. exemplo. i Em Em diferentes diferentes passagens passagens de de O O capital capital taco faço alusoes alusões ao ao destino destino dos dos plebeus da Roma Roma antiga. antiga. Eram Eram originariamente originariamente camponeses camponeses livres livres que que plebeus da cultivavam, cultivavam, por por sua sua pr6pria própria conta, conta, os os seus seus pr6prios próprios pedacos pedaços de de terra. terra. No transcurso transcurso da da hist6ria história romana, romana, eles eles foram foram expropriados. expropriados. 0 O mesmo mesmo No movimento movimento que que os os separou separou de de seus seus meios meios de de producao produção ee subsistencia subsistência

450 450 implicava nao não somente somente aa Iormacao formação das das grandes grandes propriedades propriedades rurais, rurais, implicava mas também aa acumulacao acumulação de de imensos imensos capitais capitais monetarios. monetários. Assirn, Assim, numa numa mas tarnbem bela manha, manhã, havia, de um um lado, lado, homens homens livres, livres, despojados despojados de de tudo tudo exceto exceto bela havia, de de Iorca de de sua sua força de trabalho, trabalho, e, e, do do outro, outro, para para explorar explorar esse esse trabalho, trabalho, os os detentores de de todas todas as as riquezas riquezas adquiridas. adquiridas. 0 O que que aconteceu? aconteceu? Os Os proleprole­ detentores tarios uma tários romanos romanos nao não se se toroaram tornaram trabalhadores trabalhadores assalariados, assalariados, mas mas uma Mob M ob [turba] [turba] indolente, indolente, mais mais abjetos abjetos do do que que os os assim assim chamados chamados "poor “poor whites” [brancos [brancos pobres] pobres] dos dos Estados Estados meridionais meridionais dos dos Estados Estados Unidos, Unidos, whites" e, lado, se e, aa seu seu lado, se desenvolveu desenvolveu um um modo modo de de producao produção nao não capitalista capitalista mas escravagista. escravagista. Portanto, Portanto, eventos eventos de de chocante chocante analogia, mas se se passanpassan­ mas analogia, mas do do em em Milieu Milieu [meios] [meios] hist6ricos históricos diferentes, diferentes, levaram levaram aa resultados resultados hem bem diferentes. Estudando Estudando à pane parte cada cada uma uma dessas dessas evolucoes, evoluções, encontrar-se-a encontrar-se-á diferentes. facilmente chave desse desse fenomeno, fenômeno, mas mas nunca nunca se se chegara chegará ai aí com com aa facilmente aa chave chave-mestra chave-mestra de de uma uma teoria teoria hist6rico-filos6fica histórico-filosófica geral, geral, cuja cuja virtude virtude susu­ prema consiste consiste em em ser ser supra-historica. supra-histórica. prema I [Escrito por por volta volta de de novembro novembro de de 1'877.] 1877.] [Escrito

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Marx:: A questio questão irlandesa ** K. Marx Carta Vogt Carta aa S. S. Meyer M eyer ee A. A. Vogt Londres, 99 de de abril abril de de 1870 1870 Londres,

[[ .... . . ]] Envio-lhes depois depois de de amanha am anhã ((11 de abril) abril) oo que que mesmo mesmo tenho tenho Envio-lhes 11 de mao correio.) mão das das coisas coisas intemacionais. internacionais. (Hoje (Hoje eé tarde tarde demais demais para para oo correio.) Vou remeter remeter mais mais dos dos informes informes de de "Basileia" “Basiléia” l!5 posteriormente. posteriormente. Vou Entre o o enviado, enviado, os os Senhores Senhores encontram encontram também alguns fragmentos fragmentos Entre tambem alguns da da resolucao resolução que que conhecem, conhecem, do do Conselho Conselho Geral Geral de de 30 30 de de novembro, novem bro, sobre aa Anistia A nistia Irlandesa, Irlandesa, que que foram foram produzidos produzidos por por mim, mim, ou ou seja, seja, um um sobre panfleto panfleto irlandes irlandês sobre sobre oo tratamento tratam ento dos dos Fenian Fenian convicts convicts [condenados [condenados fenianos]. fenianos], Eu pretendia acrescentar outras outras Resolutions Resolutions sobre sobre aa transformação Eu pretendia acrescentar transformacao necessária da da atual atual Union (isto e, é, aa escravidao escravidão da da Irlanda) Irlanda) in in aa free free necessaria Union (isto and equal equal federation federation with with Great Great Britain Britain [numa [numa federacao federação livre livre ee igualiigualiand



,:,* Reproduzido Reproduzido de de MARX, M a r x , K. K. Marx Marx an an Sigfrid Sigfrid Meyer Meyer und und August August Vogt Vogt in in New New York. York. In: In: MARX, M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. Werke. Werke. p. p. 667-70. 667-70. Traduzido Traduzido por por Flavio Flávio R. R. Kothe. Kothe. 5 Refere-se Refere-se aos aos informes informes sobre sobre o Congresso Congresso de de Basileia Basiléia realizado realizado pela pela II InternaInterna­ II cional publicados pelo cional ee publicados pelo Conselho Conselho Geral. Geral. (N.T.) (N .T .)

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C6pia excerto) de Cópia fotografica fotográfica do do manuscrito manuscrito da da carta carta ((excerto) de K. Marx K. Marx aa S. S. Meyer Meyer ee A. A. Vogt, Vogt, 99 de de abril abril de de 1870. 1870. (Cedida (Cedida pelo pelo Instituto Instituto do do Marxismo-Leninismo, Marxismo-Leninismo, Berlim.) Berlim.)

452 452 taria Gra-Bretanha]. 0 levar avante avante essa public tária com com aa Grã-Bretanha], O levar essa questao, questão, as as far far as as public Resolutions quanto as as resolucoes publicas vao], proviResolutions go go [tao [tão longe longe quanto resoluções públicas vão], foi foi provi­ soriamente ausencia forcada do Conselho soriamente suspenso suspenso por por causa causa de de minha minha ausência forçada do Conselho Geral. Geral. Nenhum Nenhum outro outro membro membro dele dele tern tem conhecimento conhecimento suficiente suficiente das das quest6es bastante entre os membros ingleses questões irlandesas irlandesas ee autoridade autoridade bastante entre os membros ingleses do do Conselho Conselho Geral Geral para para poder poder substituir-me substituir-me nisso. nisso. O nao transcorreu, transcorreu, no entanto, inutilmente O tempo tempo não no entanto, inutilmente ee solicito-lhes solicito-lhes aa atencao para oo seguinte: atenção especialmente especialmente para seguinte: Depois de anos de cheguei aà Depois de anos de ocupacao ocupação com com aa questao questão irlandesa, irlandesa, cheguei conclusao de conclusão de que que oo golpe golpe decisivo decisivo contra contra as as classes classes dominantes dominantes na na Inglaterra ((ee ele all over over the Inglaterra ele eé decisivo decisivo para para oo movimento movimento operario operário ali the world inteiro]) niio na world [no [no mundo mundo inteiro]) não pode pode ser ser dado dado na na Jnglaterra, Inglaterra, mas mas so só na lrlanda. Irlanda. A I. janeiro de 1870 u, Geral baixou baixou um A 1.°0 de de janeiro de 1870 8, o o Conselho Conselho Geral umaa circular circu lar 77 secreta, em lingua - (para.o secreta, escrita escrita por por mim mim em língua francesa francesa — (p a ra,o efeito efeito retroativo retroativo sobre importantes so franceses, não nao os sobre aa Inglaterra, Inglaterra, sao são importantes só os os textos textos franceses, os !ale(ale­ maes) -— sobre nacional irlandesa irlandesa com mães) sobre aa relacao relação da da luta luta nacional com aa ernancipacao emancipação da classe Internacional da classe operaria operária e, e, dai, daí, sobre sobre aa posicao posição que que aa Associacao Associação Internacional deve deve ter ter quanto quanto aà questao questão irlandesa. irlandesa. S6 A IrlanSó resumidamente resumidamente apresento-lhes apresento-lhes aqui aqui os os pontos pontos decisivos. decisivos. A Irlan­ da fortaleza] da da eé oo bulwark bulwark [a [a fortaleza] da aristocracia aristocracia rural rural inglesa. inglesa. A A exploracao exploração desse nao eé so uma fonte principal de de sua desse pais país não só uma fonte principal sua riqueza riqueza material. material. :£ É sua in fact fact [de sua maior maior forca força moral. moral. Eles Eles representam representam in [de fato] fato] aa dominaciio dominação da lrlanda. A e, dal, da lnglaterra Inglaterra sobre sobre a a Irlanda. A lrlanda Irlanda é, daí, oo grand grand moyen moyen [grande [grande meio] atraves qua! aa aristocracia aristocracia inglesa mantem aa sua meio] através do do qual inglesa mantém sua dominaciio dominação na na propria própria lnglaterra. Inglaterra. Por lado: saem, ingleses da Por outro outro lado: saem, amanha, amanhã, o o Exercito Exército ee aa policia polícia ingleses da Irlanda, os Senhores revolution [revolucao Irlanda, ee os Senhores tern têm logo logo uma uma agrarian agrarian revolution [revolução agraria] na Irlanda. aristocracia inglesa inglesa na agrária] na Irlanda. A A queda queda da da aristocracia na Irlanda Irlanda condicondi­ ciona tern por Inglaterra. Com ciona ee tem por conseqiiencia conseqüência necessaria necessária aa sua sua queda queda na na Inglaterra. Com isso, previa da na isso, estaria estaria preenchida preenchida aa condicao condição prévia da revolucao revolução proletaria proletária na Inglaterra. Porque na Irlanda, Irlanda. ate agora, aa questiio Inglaterra. Porque na até agora, questão agrdria agrária eé aa [orma forma exclusiva questao social, pois ela exclusiva da da questão social, pois ela eé uma uma questao questão de de sobrevivencia, sobrevivência, uma questao vida ou morte povo irlandes, uma questão de de vida ou m orte para para aa imensa imensa maioria maioria do do povo irlandês, porque ela mesmo tempo, inseparavel da porque ela e, é, ao ao mesmo tempo, inseparável da questao questão nacional, nacional, o o aniquilamento da inglesa na aniquilamento da aristocracia aristocracia rural rural inglesa na Irlanda Irlanda eé uma uma operacao operação infinitamente mais pr6pria Inglaterra. Inglaterra. lsso levar infinitamente mais Iacil fácil do do que que na na própria Isso sem sem levar em mais apaixonado apaixonado ee revolucionário revolucionario dos irlanem conta conta o o carater caráter muito muito mais dos irlan­ deses ingleses. deses do do que que oo dos dos ingleses. 6B No No 77 Do Do

manuscrito: 0 de dezembro de do ed. manuscrito: 1. 1.° de dezembro de 69. 69. (N. (N. do ed. al.) al.) Conselho Romanica. (N. al.) Conselho Geral Geral ao ao Conselho Conselho Federal Federal da da Suf~a Suíça Românica. (N. do do ed. ed. al.)

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No inglesa, ela No que que se se refere referê à Bourgeoisie Bourgeoisie inglesa, ela tern tem d'abord d ’abord [de [de imeime­ diato] inglesa oo interesse diato] com com aa aristocracia aristocracia inglesa interesse de de transformar transform ar aa lrlanda Irlanda numa num a simples simples pastagem pastagem que que Iorneca forneça came carne ee la lã for for the the English English market market [para mercado ingles] [para oo mercado inglês] ao ao preco preço mais mais barato barato posslvel. possível. Tern Tem oo mesmo mesmo interesse em populacao irlandesa interesse em reduzir reduzir aa população irlandesa aa um um mimero núm ero tao tão restrito restrito atraves eviccao J ee emigracao através de de eviction eviction [[evicção] emigração forcada forçada que que oo capital capital ingles inglês ((capital capital de possa funcionar de arrendamento) arrendam ento) possa funcionar com com "security" “security” [seguranca] [segurança] nesse Ela nesse pais. país. E la tern tem o o mesmo mesmo interesse interesse in in clearing clearing the the estate estate of of Ireland Ireland [em [em limpar lim par as as propriedades propriedades rurais rurais da da lrlanda] Irlanda] que que tinha tinha in in the the clearing clearing of of the the agricultural agricultural districts districts of of England England ee Scotland Scotland [na [na limpeza limpeza dos dos disdis­ tritos agricolas tritos agrícolas da da Inglaterra Inglaterra ee da da Esc6cia]. Escócia], As As 6 6 000-10 000-10 000 000 £ £. dos dos Absentee Absentee [proprietaries [proprietários ausentes] ausentes] ee outras outras revenues revenues [rendas) [rendas] irlandesas irlandesas que Londres, tambem incorque correm correm agora agora aa cada cada ano ano para para Londres, também devem devem ser ser incor­ poradas. poradas. Mas tern interesses imporMas aa burguesia burguesia inglesa inglesa tem interesses ainda ainda muito muito mais mais impor­ tantes na A Irlanda tantes na economia economia irlandesa irlandesa atual. atual. A Irlanda fornece, fornece, atraves através da da concenconcen­ tracao tração sempre sempre crescente crescente dos dos arrendamentos, arrendamentos, oo seu seu surplus surplus [excedente] [excedente] para market trabalho] ingles para oo Labour Labour m arket [mercado [mercado de de trabalho] inglês ee rebaixa, rebaixa, atraves através disso, posicao material disso, wages wages [salaries] [salários] ee posição material ee moral moral da da Working Working class class [[classe classe trabalhadora] trabalhadora] inglesa. inglesa. E oo mais E mais importante! importante! Todos Todos os os centros centros industriais industriais ee comerciais comerciais da da Inglaterra trabalhadora, que Inglaterra tern têm agora agora uma uma classe classe trabalhadora, que esta está dividida dividida em em dois dois agrupamentos agrupam entos inimigos, inimigos, proletarios proletários ingleses ingleses ee proletarios proletários irlandeses. irlandeses. 0 O trabalhador trabalhador irlandês irlandes como trabalhador Ingles inglês comum comum odeia odeia o o trabalhador como um um concon­ corrente rebaixa oo standard corrente que que rebaixa standard of of life life [padrao [padrão de de vida]. vida]. Sente-se Sente-se em em relacao aa ele membro da isso mesmo, relação ele como como um um membro da nacao nação dominante dom inante e, e, por por isso mesmo, ele faz de instrumento de ele se se faz de instrumento de seus seus aristocratas aristocratas ee capitalistas capitalistas contra contra a a lrlanda, reforça reforca com Irlanda, com isso isso aa dominacao dominação deles deles sobre sobre si si mesmo. m esm o. Ele Ele desendesen­ volve volve preconceitos preconceitos religiosos, religiosos, sociais sociais ee nacionais nacionais contra contra oo outro. outro. Ele Ele se outro mais mais ou menos como poor whites se comporta comporta para para com com oo outro ou menos como os os poor whites [brancos nos antigos Estados escra[brancos pobres] pobres] para para com com os os niggers niggers [negros) [negros] nos antigos Estados escra­ vocratas vocratas da da antiga antiga uniao união americana. americana. 0 O irlandes irlandês pays pays him him back back with with interest na mesma interest in in his his own own money money [devolve-lhe [devolve-lhe com com juros juros na mesma moeda]. moeda]. Ele Ele ve, vê, ao ao mesmo mesmo tempo, tempo, no no trabalhador trabalhador ingles inglês o o co-responsavel co-responsável ee oo instrumento rlanda. instrumento estupido estúpido da da dominaciio dom inação inglesa inglesa na na IIrlanda. Esse mantido aceso potenciado Esse antagonismo antagonismo eé artificialmente artificialmente mantido aceso ee potenciado atraves jornais humorísticos, humoristicos, em por através da da imprensa, imprensa, do do pulpito, púlpito, dos dos jornais em suma, suma, por todos todos os os meios meios aà disposicao disposição das das classes classes dominantes. dominantes. Este Este antagonismo antagonismo é O o segredo segredo da da impotencia im potência da da classe classe trabalhadora trabalhadora inglesa. inglesa. :8 É 0o segredo segredo da Esta esta da manutencao m anutenção do do poder poder da da classe classe capitalista. capitalista. Esta está plenamente plenamente consciente consciente disso. disso. O O mal mal nao não cessa cessa ai. aí. Ele Ele rola rola por por sobre sobre o o oceano. oceano. 0 O antagonismo antagonismo entre Estados entre ingleses ingleses ee irlandeses irlandeses eé aa razao razão secreta secreta do do conflito conflito entre entre Estados

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Unidos ee lnglaterra. impossivel qualquer Unidos Inglaterra. Toma Torna impossível qualquer cooperacao cooperação seria séria ee teal leal entre ambos os paises. Permite governos de entre as as classes classes operarias operárias de de ambos os países. Permite aos aos governos de ambos paises, tantas considerarem •· conveniente, ambos os os países, tantas vezes vezes quantas quantas considerarem conveniente, queque­ brar aa causa principal do conflito social de sua bullying brar causa principal do conflito social atraves através de sua mutual mutual bullying [arneaca reciprocal e, of need [em caso caso de necessidade], atraves [ameaça recíproca] e, in in case case of need [em de necessidade], através da da guerra guerra entre entre ambos ambos os os paises. países. A Inglaterra, como do capital, ate agora A Inglaterra, como metr6pole metrópole do capital, como como aa potencia potência até agora dominadora por enquanto, enquanto, oo pals mais impor­ impordominadora do do mercado mercado mundial, mundial, e, é, por país mais tante para aa revolucao operaria, alem pals onde conditante para revolução operária, além disso, disso, o o (mica único país onde as as condi­ coes dessa revolucao ponto amadurecidas. ções materiais materiais dessa revolução estao estão ate até certo certo ponto amadurecidas. Acelerar Inglaterra e, Acelerar aa revolucao revolução social social na na Inglaterra é, por por isso, isso, o o objetivo objetivo mais mais importante dos Trabalhadores. (mica importante da da Associacao Associação Internacional Internacional dos Trabalhadores. 0 O único meio Por isso, isso, eé tarefa meio de de acelera-la acelerá-la eé aa independizacao independização da da Irlanda. Irlanda. Por tarefa da da "Internacional" frente do conflito entre “Internacional” estar estar em em toda toda parte parte aà frente do conflito entre InglaIngla­ terra Irlanda, por toda parte favor da terra ee Irlanda, por toda parte tomar tom ar abertamente abertamente partido partido aa favor da lrlanda. A tareta especial desperfar Irlanda. A tarefa especial do do Conselho Conselho Central Central em em Londres, Londres, despertar emancipadio aa consciencia, consciência, na na classe classe trabalhadora trabalhadora inglesa, inglesa, de de que que aa emancipação nacional abstract justice nacional da da Irlanda Irlanda nao não e, é, para para ela, ela , nenhuma nenhuma question question of of abstract justice or de justiça justica abstrata or humanitarian humanitarian sentiment sentiment [questao [questão de abstrata ou ou sentimento sentimento humanitario ], mas humanitário], mas the the first first condition condition of of their their own own social social emancipation emancipation [a [a condiciio condição primeira prim eira para para a a sua sua propria própria emancipacao emancipação social). social], Esses são, sao, mais mais ou da circular, Esses ou menos, menos, os os pontos pontos principais principais da circular, que que
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tao tão irlandesa irlandesa esteja esteja tanto tanto na na Ordre Ordre du du jour jour [ordem [ordem do do dia] dia] na na Franca França ee que que esses esses canalhas canalhas sejam sejam agora, agora, via via Paris, Paris, fiscalizados fiscalizados ee desmascarados. desmascarados. Outras Outras moscas moscas liquidadas liquidadas com com aa mesma mesma batida. batida. Assim, Assim, obrigamos obrigamos os os dirigentes dirigentes irlandeses, irlandeses, jornalistas, jornalistas, etc., etc., em em Dublin Dublin aa entrar entrar em em cantata contato conosco, conosco, oo que que ate até agora agora nao não tinha tinha sido sido passive! possível ao ao Conselho Conselho Geral. Geral. Os Os Senhores Senhores tern têm um um grande grande campo campo na na America América para para trabalhar trabalhar no no mesmo mesmo sentido. sentido. Coaliziio C oalizão dos dos trabalhadores trabalhadores alemiies alem ães com com os os irlandeses irlandeses (naturalmente (naturalmente tambem também com com os os ingleses ingleses ee americanos americanos que que queiram queiram entrar entrar nisso) nisso) é oo maxima máximo que que os os Senhores Senhores podem podem agora agora par pôr em em operacao. operação. Issa Isso precisa em nome precisa ocorrer ocorrer em nome da da "International". “International” . 0 O significado significado social social da da quesques­ tao tão irlandesa irlandesa precisa precisa ser ser esclarecido. esclarecido. Brevemente algo especial Brevemente algo especial sabre sobre as as relacoes relações trabalhistas trabalhistas inglesas. inglesas. Salut Salut et et fraternite! fratemité! [Satide [Saúde ee fratemidade!] fraternidade!]

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Karl Karl Marx M arx

•• •• •• F. F. Engels: Engels: A A concepeao concepção materialista materialista da da historia história ** Carta Carta aa C C... _Schmidt Schmidt Landres, Londres, 55 de de agosto agosto de de 1890 1890 [[ ... . . . ]]

Vi, Vi, no no Deutsches Deutsches Wort W ort de de Viena, Viena, uma uma resenha resenha do do livro livro de de Paul Paul Barth Barth escrita escrita por por esse esse passaro pássaro de de mau mau agouro agouro que que eé Moritz M oritz Wirth, W irth, ee essa urna impressao essa critica crítica me me deixou deixou uma impressão ruim ruim do do pr6prio próprio livro livro 9•9. Pretendo Pretendo le-lo, mas confesso que, se o Moritzinho cita corretamente lê-lo, mas confesso que, se o Moritzinho cita corretam ente Barth Barth quando quando este este afirma afirma que, que, em em todos todos os os textos textos de de Marx, Marx, s6 só pode pode encontrar encontrar exemexem­ plificada plificada aa dependencia dependência da da filosofia, filosofia, etc.. etc., em em relacao relação as às condicoes condições matem ate­ riais riais de de existencia, existência, ee que que Descartes Descartes considera considera os os animais animais coma como maquinas, máquinas, me me da dá pena pena o o homem homem que que eé capaz capaz de de escrever escrever uma uma coisa coisa dessas. dessas. E E se se esse esse homem homem ainda ainda nao não descobriu descobriu que, que, embora embora o o modo modo material material de de

** Reproduzido Reproduzido de de ENGELS, E n g e l s , F. F. Engels E n g e ls an a n Conrad Conrad Schmidt Schmidt in in Berlin. Berlin. In: I n : MARX, M arx, K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F. Ausgewiihlte Ausgewühhe Werke. Werke. 7. 7. ed. e d . Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag, Verlag, 1979. 1979. v. v. VI, VI, p. p. 548-50 548-50 ee 558-66. 558-66. Traduzido Traduzido por por Flavio Flávio R. R. Kothe. Kothe. Notas Notas explicativas explicativas por por Jose José Paulo Paulo Netto. Netto. 9 9 Deutsches Deutsches Wort Wort (Palavra (Palavra Alemii), A lem ã), revista revista austriaca austríaca de de economia economia ee politica, política, publicou-se publicou-se em em Viena Viena entre entre 1881 1881 ee 1904. 1904. No N o seu seu mimero número 55 (1890), (1890), divulgou divulgou o o texto Wirth (1849-?), texto de de M. M. Wirth (1849-?), "A “A arbitrariedade arbitrariedade em em face face de de Hegel Hegel ee os os ataques ataques contra contra ele ele na na Alemanha Alemanha Atual", Atual”, referindo-se referindo-se ao ao livro livro de de P. P. Barth, Barth, Filosofia Filosofia da da Historic História de de Hegel Hegel ee dos dos hegelianos hegelianos ate até Marx Marx ee Hartmann. Hartmann. (N.R.T.) (N .R .T .) '

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456 456 existencia existência seja seja oo primum primum agens agens [causa [causa primeira], primeira], isso isso nao não exclui exclui que que os territ6rios da os territórios da idealidade idealidade por por sua sua vez vez reajam reajam sobre sobre ele, ele, tenham tenham um um efeito reativo, reativo, ainda ainda que que secundario, secundário, entao então esse esse homem homem nao não pode pode ter ter efeito entendido entendido oo objeto objeto sobre sobre oo qua! qual escreve. escreve. Mas, Mas, como como eu eu ja já disse, disse, tudo tudo isso fatal. Tambem isso é de de segunda segunda mao, mão, ee oo Moritzinho Moritzinho é um um amigo amigo fatal. Também aa concepcao concepção materialista materialista da da hist6ria história tern tem uma uma porcao porção deles; deles; eles eles aa usam usam como como pretexto pretexto para para niio não estudar estudar historia. história. Igualzinho Igualzinho ao ao que que Marx M arx dizia dizia dos dos "marxistas" “marxistas” franceses franceses no no final final dos dos anos anos 70: 70: "Tout “Tout ce ce que que je je sais, sais, c'est c’est que que je je ne ne suis suis pas pas rnarxiste" marxiste” ["Tudo [“Tudo oo que que sei sei eé que que nao não sou sou marxista"]. m arxista”]. Tarnbern Também no no Volks-Trib[une] Volks-Trib[üne] houve houve uma uma discussao discussão sobre sobre aa distridistri­ buicao buição dos dos produtos produtos na na sociedade sociedade vindoura, vindoura, se se isso isso deveria deveria ocorrer ocorrer sese­ gundo modo 10• gundo aa quantidade quantidade de de trabalho trabalho ou ou de de outro outro modo 10. A A coisa coisa foi foi tamtam­ bern bém abordada abordada de de modo modo muito muito "materialista", “materialista”, em em contraposicao contraposição aa certos certos modos idealistas idealistas de de falar falar sobre sobre justica. justiça. Mas, Mas, por por estranho estranho que que pareca, pareça, modos ninguém se se Jembrou lem brou de de que modo de de distribuicao distribuição depende depende essencialessencial­ ninguem que oo modo mente mente de de quanto quanto ha há para para distribuir distribuir ee que que isso isso muda muda com com os os progresses progressos da da producao produção ee da da organizacao organização social, social, mudando m udando tambern também o o modo modo de de distribuicao. distribuição. Entretanto, Entretanto, para para todos todos os os debatedores, debatedores, aa "sociedade “sociedade sociasocia­ lista" progride continuamente, lista” nao não é algo algo que que se se modifica modifica ee progride continuamente, mas mas uma uma coisa coisa estavel, estável, fixada fixada de de uma uma vez vez para para sempre sempre ee que que deve, deve, portanto, portanto, ter ter um um modo modo de de distribuicao distribuição fixado fixado de de uma uma vez vez por por todas. todas. Sensatamente, Sensatamente, oo que que se se pode pode fazer fazer é I1) ) tratar tratar de de descobrir descobrir com com que que se se vai vai comefar começar ee 2) 2) encontrar encontrar aa tendencia tendência geral geral do do desenvolvimento desenvolvimento posterior. posterior. Sohre Sobre isso nao encontro, palavra em isso não encontro, porem, porém, uma uma (mica única palavra em todo todo oo debate. debate. Sobretudo, Alemanha, aa muitos muitos Sobretudo, aa palavra palavra "materialista" “m aterialista” serve, serve, na na Alemanha, escritores jovens jovens como como uma uma simples simples frase frase com com que que se se rotula rotula todo todo ee escritores qualquer qualquer estudo, estudo, ou ou seja, seja, coloca-se coloca-se o o r6tulo rótulo ee cre-se crê-se ter ter encerrado encerrado entao então o o assunto. assunto. Nossa Nossa concepcao concepção de de hist6ria história e, é, no no entanto, entanto, acima acima de de tudo, um guindaste tudo, um um guia guia de de estudo, estudo, ee nao não um guindaste de de construcao construção aa hegeliahegelianismo. hist6ria precisa nismo. Toda Toda aa história precisa ser ser reestudada, reestudada, as as condicoes condições de de existencia existência das tormacoes sociais das diversas diversas formações sociais precisam precisam ser ser examinadas examinadas em em detalhe, detalhe, antes induzir delas antes de de induzir delas as as correspondentes correspondentes concepcoes concepções politicas, políticas, juridicas, jurídicas, esteticas, pois estéticas, filos6ficas, filosóficas, religiosas, religiosas, etc. etc. Nisso, Nisso, pouco pouco se se fez fez ate até hoje, hoje, pois poucos se poucos se dedicaram dedicaram seriamente. seriamente. Precisamos Precisamos al aí de de ajuda ajuda em em massa, massa, oo campo campo eé infinitamente infinitamente vasto vasto ee quern quem quer quer trabalhar trabalhar seriamente seriamente pode pode fazer muito vez disso, fazer muito ee destacar-se. destacar-se. Em Em vez disso, oo fraseado fraseado do do materialismo materialismo

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10 No 10 N o Berliner Berliner Volks-Tribiine Volks-Tribüne iTribuna (Tribuna Popular Popular Berlinense) Berlinense) de de 14 14 ee 28 28 de de junho junho ee de Domela Nieuwenhuis de 21 21 de de julho julho de de 1890 1890 apareceram apareceram artigos arligos de de Ferdinand Ferdinand Domela Nieuwenhuis ee Paul Paul Ernst Ernst com com o o titulo: título: "A “A cada cada um um o o prodoto produto integral integral do do seu seu trabalho", trabalho”, bem artigo bem como como um um artigo artigo assinado assinado "Por "Por um um trabalhador"; trabalhador”; aa 55 de de julho, julho, um um artigo de de Paul Paul Fischer Fischer corn com o o titulo título "Novameote “Novamente o o direito direito ao ao produto produto integral integral do do trabalho". trabalho”. A A 12 12 de de julho, julho, o o jornal jornal publicou, publicou, alem além disso, disso, uma uma "Palavra “Palavra final final sobre oo debate". sobre debate”. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

457 457 hist6rico histórico (( tudo tudo pode, pode, afinal, afinal, ser ser reduzido reduzido aa frases) frases) s6 só serve serve para para que que muitos muitos jovens jovens alemaes alemães construam construam as às pressas, pressas, aa partir partir de de scus seus conheciconheci­ mentos mentos historicos históricos relativamente relativamente escassos escassos -— pois pois aa hist6ria história cconornica econômica ainda para si ainda esta está nos nos cueiros! cueiros! -, — , todo todo um um sistema, sistema, ee aparecem aparecem entao então para si proprios próprios como como colossais, colossais. E E dai daí pode pode aparecer aparecer um um Barth Barth qualquer qualquer ee atacar atacar aa pr6pria própria coisa coisa que, que, em em seu seu circulo, círculo, foi foi degradada degradada aa uma uma mera mera frase. frase. Tudo Tudo isso, isso, no no entanto, entanto, sera será corrigido. corrigido. Somos Somos agora, agora, na na Alemanha, Alemanha, suficientemente suficientemente fortes fortes para para suportar suportar muitas muitas coisas. coisas. Um Um dos dos maiores maiores serviços que que aa lei lei contra contra os os socialistas socialistas 11 services 11 nos nos prestou prestou foi foi livrar-nos livrar-nos da da companhia companhia importuna im portuna de de intelectual6ides intelectualóides alemaes alemães bafejados bafejados pelo pelo sociasocia­ lismo. lismo. Somos Somos agora agora suficientemente suficientemente fortes fortes para para digerir digerir tambem também oo inteintelectualoide lectualóide alemao, alemão, que que volta volta aa rebolar rebolar no no tablado. tablado. 0 O Senhor, Senhor, que que realreal­ mente mente ja já fez fez alguma alguma coisa, coisa, deve deve ter ter observado observado quao quão poucos poucos desses desses litelite­ ratos ratos jovens jovens pendurados pendurados no no partido partido dao-se dão-se ao ao esforco esforço de de estudar estudar econoecono­ mia, mia, hist6ria história da da economia, economia, hist6ria história do do comercio, comércio, da da industria, indústria, da da agriagri­ cultura, cultura, das das forrnacoes formações sociais, sociais. Ouantos Quantos deles deles sabem sabem de de Maurer M a u re r 12 12 mais mais do do que que o o nome! nome! A A auto-suficiencia auto-suficiência dos dos jornalistas jornalistas teve teve de de suprir suprir tudo tudo ai, aí, ee oo resultado resultado tern tem sido sido proporcional. proporcional. As Às vezes vezes esses esses cavalheiros cavalheiros acreacre­ ditam ditam que que para para os os operarios operários qualquer qualquer coisa coisa serve. serve. Se Se eles eles soubessem soubessem como coisas ainda como Marx M arx achava achava que que as as suas suas melhores melhores coisas ainda nao não eram eram sufisufi­ cientemente boas boas para para os os operarios, operários, como como ele ele considerava considerava um um crime crime cientemente oferecer nao fosse oferecer aos aos operarios operários algo algo que que não fosse oo melhor melhor possivell possível! Desde Desde as as brilhantes brilhantes provas provas que que superaram superaram aa partir partir de de 1878, 1878, tenho tenho confianca confiança incondicional incondicional em em nossos nossos trabalhadores, trabalhadores, ee so só neles. neles. Assim Assim como como todo todo grande grande partido, partido, hao hão de de cometer cometer erros erros em em detalhes detalhes da da evolucao, evolução, talvez talvez grandes grandes erros. erros. Massas Massas s6 só aprendem aprendem atraves através das das conseqiiencias conseqüências dos dos seus seus pr6prios próprios erros, erros, atraves através de de experiencias experiências no no pr6prio próprio corpo, corpo. Mas Mas tudo tudo isso isso sera será superado, superado, ee entre entre n6s nós mais mais facilmente facilmente do do que que noutros noutros lugares, lugares, porque porque nossos nossos jovens jovens sao, são, de de fato, fato, de de uma uma saude saúde imperturbavel, imperturbável, ee isso isso porque porque Berlim, Berlim, que que tao tão dificilmente dificilmente sai sai de de sua sua berlinice berlinice especifica, específica, so só formalmente, formalmente, corno como Landres, Londres, tern tem um um centro, centro, ee nao não como como Paris, Paris, na na FranF ran­ ca. ça. Eu E u me me incomodei incomodei vezes vezes demais demais com com os os trabalhadores trabalhadores franceses franceses ee 11 A Lei Lei dos 11A dos Socialistas Socialistas ("Lei ( “Lei contra contra as as pretensoes pretensões da da democracia democracia social social periperi­

gosas gosas aà comuoidade"), comunidade”), aprovada aprovada pelo pelo Coogresso Congresso (Reichstag) (Reichstag) aa 19 19 de de outubro outubro de de 1878, 1878, eotrou entrou em em vigor vigor a a 21 21 de de outubro outubro de de 1878. 1878. Ela Ela proibia proibia todas todas as as organizacoes organizações do do Partido Partido ee todos todos os os sindicatos sindicatos aà medida medida que que propunham propunham metas metas socialistas. socialistas. Todos Todos os os 6rgaos órgãos de de impreosa imprensa socialistas socialistas sigoificativos significativos foram foram reprirepri­ midos; toda reuniao midos; toda reunião de de carater caráter socialista, socialista, proibida. proibida. A A 25 25 de de janeiro janeiro de de 1890, 1890, sob uma prerrogacao sob pressao pressão das das massas, massas, o o Congresso Congresso rejeitou rejeitou uma prorrogação da da Lei Lei dos dos Socialistas, Socialistas. 0 O prazo prazo de de validade validade esgotou-se esgotou-se aa 30 30 de de setembro setembro de de 1890. 1890. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) 12 12 G. G. L. L. Maurer Maurer (1790-1872), (1790-1872), destaeado destacado analista analista da da Alemanha Alemanha antiga antiga ee medieval. medieval. (N.R.T.) (N .R .T .)

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ingleses - apesar ingleses — apesar de de conhecer conhecer as as causas causas de de sua sua cabecudice cabeçudice -, — , mas, mas, desde desde 1870, 1870, nunca nunca com com os os alemaes; alemães; sim, sim, incomodei-me incomodei-me com com algumas algumas pessoas nome, nunca, massas, que pessoas que que falavam falavam em em seu seu nome, nunca, porem, porém, com com as as massas, que sempre repunham tudo sempre de de novo novo repunham tudo nos nos trilhos. trilhos. E E eu eu poderia poderia apostar apostar que que nunca chegarei me incomodar nunca chegarei aa me incomodar com com eles. eles. [[..... . ]]

Carta Carta aa C. C. Schmidt Schmidt Londres, Londres, 27 27 de de outubro outubro de de 1890 1890

[[ .... . . ]l Aproveito Aproveito aa primeira primeira hora hora livre livre para para responder-lhe. responder-lhe. Creio Creio que que o o Senhor bem em Senhor agira agirá muito muito bem em aceitar aceitar oo posto posto de de Zurique. Zurique. Quanto Quanto aà ecoeco­ nomia, oo Senhor nomia, Senhor sempre sempre podera poderá aprender aprender algo algo la, lá, especialmente especialmente se se nao terceira catenão esquecer esquecer que que Zurique Zurique ainda ainda eé apenas apenas um um rnercado mercado de de terceira cate­ goria goria quanto quanto aa dinheiro dinheiro ee especulacao especulação e, e, por por isso, isso, as as impressoes impressões que cfue ali ali se se recebem recebem sao são reflexes reflexos enfraquecidos enfraquecidos ou ou propositadamente propositadam ente falsififalsifi­ cados pratica cados duas, duas, tres três vezes. vezes. Mas Mas oo Senhor Senhor conhecera conhecerá oo mecanismo mecanismo na na prática ee se primeira rnao se vera verá obrigado obrigado aa acompanhar acompanhar em em primeira mão os os relatorios relatórios da da bolsa de Viena e, bolsa de Londres, Londres, Nova Nova York, York, Paris, Paris, Berlim, Berlim, Viena e, assim, assim, o o mercado mercado mundial de dinheiro ha mundial -— em em seu seu reflexo reflexo como como mercado mercado de dinheiro ee credito crédito -— há de politicos, etc., de se se abrir abrir aos aos seus seus olhos. olhos. Com Com os os reflexos reflexos economicos, econômicos, políticos, etc., ocorre ocorre oo mesmo mesmo que que os os nos nos olhos: olhos: eles eles percorrem percorrem uma uma lente lente condencondensadora por isso, isso, eles sadora e, e, por eles se se apresentam apresentam de de cabeca cabeça para para baixo. baixo. S6 Só que que falta nervoso que pe. 0 falta o o aparelho aparelho nervoso que reponha reponha aa representacao representação de de pé. O homem homem do ve oo movimento indiistria ee do do mercado mercado financeiro financeiro vê movimento da da indústria do mercado mercado munmun­ dial dial apenas apenas no no espelhamento espelhamento inversor inversor do do mercado mercado do do dinheiro dinheiro ee do do credito, torna causa. vi isso crédito, e, e, entao, então, para para ele, ele, o o efeito efeito se se torna causa. Eu Eu ja j á vi isso em em Manchester nos anos Manchester nos anos 40: 40: para para o o andamento andamento da da industria indústria ee dos dos altos altos ee baixos baixos peri6dicos, periódicos, os os relat6rios relatórios da da bolsa bolsa de de Londres Londres eram eram absolutaabsoluta­ rnente mente imiteis, inúteis, porque porque esses esses Senhores Senhores queriam queriam explicar explicar tudo tudo atraves através de de crises mercado financeiro, financeiro, que crises no no mercado que geralrnente geralmente eram eram apenas apenas sintomas. sintomas. Tratava-se, Tratava-se, naquela naquela epoca, época, de de negar negar aa superproducao superprodução temporaria tem porária como como originadora tinha, ainda originadora de de crises crises industriais, industriais, de de modo modo que que aa coisa coisa tinha, ainda por por cima, um lado tendencioso, estimulador cima, um lado tendencioso, estimulador da da distorcao. distorção. Este Este ponto ponto deixa deixa agora agora de de existir existir -— ao ao menos menos para para hos, hós, definitivamente definitivamente -; — ; alem além disso, disso, eé simplesmente ter as simplesmente um um fato fato que que o o rnercado mercado financeiro financeiro tambem também pode pode ter as suas desuas proprias próprias crises, crises, nas nas quais quais disnirbios distúrbios diretamente diretamente na na industria indústria de­ sempenham um papel sempenham um papel meramente meramente subordinado subordinado ou ou ate até mesmo mesmo nenhum nenhum papel. muito ainda papel. Aqui Aqui tambern também ha há muito ainda aa descobrir descobrir ee constatar, constatar, especialespecial­ mente hist6ria dos • mente na na história dos ultimos últimos 20 20 anos. anos. Onde ha divisao de trabalho em escala social, Onde há divisão de trabalho em escala social, ai aí tarnbem também ha há autoautonomizacao parcelas do nomização das das parcelas do trabalho trabalho social social entre entre si. si. A A producao produção e, é, em em

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última instancia, instância, decisiva. decisiva. Mas Mas assim assim que que o o comercio comércio de de produtos produtos se se ultima autonomiza em em relacao relação aà pr6pria própria producao, produção, ele ele segue segue um movimento autonomiza um movimento que, de de um um modo modo geral, geral, eé dominado dominado pelo pelo da da producao, produção, mas mas que, que, nos nos que, detalhes ee dentro dentro dessa dessa dependencia dependência geral, geral, segue segue novamente novamente leis leis pr6prias próprias detalhes inerentes aà natureza natureza desse desse fator fator novo; novo; esse esse movimento movimento tern tem as as suas suas fases fases inerentes próprias e, e, por por sua sua vez, vez, reage reage sobre sobre o o movimento movimento da da producao. produção. 0 O descodesco­ pr6prias brimento brim ento da da America América deveu-se deveu-se aà sede sede de de ouro ouro que que ja já tinha tinha levado levado os os portugueses aà Africa África ((cf. So e t b e e r s . A A produciio produção dos dos metais m etais nobres), nobres ), portugueses cf. SoETBEERS. porque porque aa industria indústria europeia, européia, que que tanto tanto havia havia se se expandido expandido nos nos seculos séculos XIV X IV ee XV, XV, bem bem como como o o comercio comércio correspondente, correspondente, demandava dem andava mais mais meios meios de de troca troca do do que que aa Alemanha Alemanha -— oo grande grande pais país da da prata prata de de 1450 1450 aa 1550 1550 -— podia podia fornecer. fornecer. A A conquista conquista da da India Índia pelos pelos portugueses, portugueses, holandeses ee ingleses ingleses de de 1500 1500 aa 1800 1800 tinha tinha por por finalidade finalidade aa importadio im portação holandeses da da India: índia: em em exportar exportar para para la, lá, ninguem ninguém pensava. pensava. E, E, mesmo mesmo assim, assim, que que reacao reação colossal colossal sobre sobre aa indiistria, indústria, aa desses desses descobrimentos descobrimentos ee dessas dessas concon­ quistas que que foram foram determinados determinados apenas apenas por por interesses interesses comerciais: comerciais: s6 só quistas aa necessidade necessidade de de exportar exportar para para aqueles aqueles paises países é que que criou criou ee desenvolveu desenvolveu aa grande grande industria, indústria. O mesmo mesmo se se da dá no no mercado mercado financeiro. financeiro. Assim Assim que que o o comercio comércio de de O dinheiro se se separa separa do do comercio comércio de de mercadorias, mercadorias, ele ele passa passa aa ter ter -— sob sob dinheiro certas condicoes condições impostas impostas pela pela producao produção ee pelo pelo cornercio comércio de de mercadorias mercadorias certas dentro desses desses limites limites -— um um desenvolvimento desenvolvimento autonomo, autônomo, leis leis especiais especiais ee dentro determinadas por por sua sua natureza natureza pr6pria, própria, bem bem como como fases fases peculiares. peculiares. determinadas Acrescente-se agora agora aa isso isso que que o o comercio comércio de de dinheiro dinheiro se se expande expande ate até Acrescente-se ser comercio comércio de de credito, crédito, que que esses esses creditos créditos nao não sao são apenas apenas titulos títulos da da ser dívida publica, pública, mas mas acoes ações de de industrias indústrias ee de de meios meios de de transporte, transporte, de de divida m odo que que oo comercio comércio de de dinheiro dinheiro alcanca alcança controle controle sobre sobre uma uma parte parte modo da producao produção que, que, de de modo modo geral, geral, oo domina; domina; entao, então, aa retroacao retroação do do coco­ da mércio de de dinheiro dinheiro sobre sobre aa producao produção se se torna torna ainda ainda mais mais forte forte ee comcom­ mercio plexa. Os Os comerciantes comerciantes de de dinheiro dinheiro sao são proprietaries proprietários de de ferrovias, ferrovias, minas, minas, plexa. siderurgias, etc. etc. Esses Esses meios meios de de producao produção assumem assumem um um duplo duplo aspecto: aspecto: siderurgias, as empresas empresas tern têm de de se se orientar orientar ora ora de de acordo acordo com com os os interesses interesses da da as produção imediata, imediata, ora ora tambem também de de acordo acordo com com as as necessidades necessidades dos dos producao acionistas aà medida medida que que eles eles sao são comerciantes comerciantes de de dinheiro. dinheiro. 0 O exemplo exemplo acionistas mais flagrante flagrante disso: disso: as as ferrovias ferrovias norte-americanas, norte-americanas, cujo cujo funcionamento funcionamento mais depende totalmente totalmente das das especulacoes especulações bolsistas bolsistas de de um um Jay Jay Gould, Gould, VanVandepende derbilt, derbilt, etc., etc., ee que que nada nada tern têm aa ver ver com com os os interesses interesses especfficos específicos do do trem trem qua um meio qua [corno] [como] um meio de de transporte. transporte. E, E, mesmo mesmo aqui aqui na na Inglaterra, Inglaterra, temos temos vista visto durante durante decenios decênios lutas lutas das das varias várias companhias companhias de de ferrovias ferrovias em em tomo tom o dos respectivos respectivos territ6rios territórios -— lutas lutas em em que que um um dinheiro dinheiro imenso imenso foi foi dos pulverizado pulverizado nao não no no interesse interesse da da producao produção ee do do transporte, transporte, mas mas apenas apenas por por causa causa de de uma um a rivalidade rivalidade que que em em geral geral tinha tinha apenas apenas por por finalidade finalidade possibilitar operacoes operações na na bolsa bolsa por por parte parte dos dos financistas financistas possuidores possuidores possibilitar das acoes. ações. das

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460 460 Nessas Nessas poucas poucas observacoes observações quanta quanto aà minha minha maneira m aneira de de ver ver aa relarela­ ção entre entre producao produção ee comercio comércio de de mercadorias, mercadorias, ee de de ambos ambos com com oo 9ao comercio comércio de de dinheiro, dinheiro, ja já respondi, respondi, no no fundo, fundo, tambern também as às suas suas perguntas perguntas sabre inteligivel da sobre materialismo materialismo hist6rico. histórico. A A coisa coisa eé mais mais inteligível da perspectiva perspectiva da da divisao divisão do do trabalho. trabalho. A A sociedade sociedade cria cria certas certas funcoes funções coletivas coletivas de de que que ela ela nao não pode pode prescindir. prescindir. As As pessoas pessoas nomeadas nomeadas para para elas elas constituem constituem um um nova novo ramo ramo da da divisao divisão do do trabalho trabalho dentro dentro da da sociedade. sociedade. Com Com isso, isso, elas elas passam passam aa ter ter interesses interesses diferenciados diferenciados em em relacao relação aa quern quem lhes lhes outoroutor­ gou gou esses esses mandatos, m andatos, criam criam autonomia autonom ia e. e. .. .. eis eis oo Estado, Estado. E, E, daf daí em em diante, diante, ocorre ocorre alga algo parecido parecido com com o o que que ocorre ocorre com com oo comercio comércio de de mercadorias mercadorias e, e, mais mais tarde, tarde, com com oo comercio comércio de de dinheiro: dinheiro: aa nova nova torca força independente tern independente tem de, de, globalmente, globalmente, seguir seguir o o andamento andamento da da producao, produção, mas, mas, em em virtude virtude da da relativa relativa independencia independência gradualmente gradualmente desenvolvida, desenvolvida, tarnbem também reage, reage, par por sua sua vez, vez, sabre sobre as as condicoes condições ee oo andamento andamento da da · producao. ado, oo rnoviprodução. E É aa interacao interação de de duas duas torcas forças desiguais: desiguais: de de um um Ilado, movi­ mento mento econornico; econômico; de de outro, outro, o o novo novo poder poder politico, político, que que aspira aspira aà m1ior maior autonomia autonomia passive! possível ee que, que, uma uma vez vez constituido, constituído, tambem também eé dotado dotado ·■de de um um movimento movimento pr6prio. próprio. De De um um modo modo geral, geral, o o movimento movimento economico econômico sempre acaba sempre acaba se se irnpondo, impondo, mas mas ele ele tambem também tern tem de de suportar suportar aa reacao reação do do movimento movimento politico político par por ele ele criado criado ee que que goza goza de de uma um a autonomia autonomia relativa: relativa: par por um um !ado, lado, em em relacao relação ao ao movimento movimento do do poder poder estatal estatal e, e, por por outro, outro, em em relacao relação aà oposicao oposição criada criada simultaneamente. simultaneamente. Assim Assim coma, como, com com as as reservas reservas antes antes assinaladas, assinaladas, se se espelha espelha no no mercado mercado monetario, monetário, de de modo modo geraJ, geral, aa movimentacao movimentação do do mercado mercado industrial industrial (e, (e, naturalmente, naturalmente, erroneamente erroneamente as às avessas), avessas), assim assim se se espelha, espelha, na na luta luta entre entre governo governo ee oposicao, oposição, aa luta luta entre entre as as classes classes preexistentes preexistentes ee ja já em em combate, combate, mas mas tambem as avessas também erroneamente erroneamente às avessas [verkehrt] [verkehrt] nao não mais mais de de modo modo direto, direto, senao indireto, nao senão indireto, não coma como Juta luta de de classes, classes, mas mas como como luta luta em em torno tom o de de principios princípios politicos políticos ee de de modo modo tao tão retorcido retorcido [verkehrt] [verkehrt] que que forarn foram necesneces­ sarios sários milenios milênios para para que que novamente novamente oo decifrassemos. decifrássemos. A A retroacao retroação do do poder poder do do Estado Estado sabre sobre oo desenvolvimento desenvolvimento econoeconô­ mico pode mico pode dar-se dar-se de de tres três modos: modos: ela ela pode pode ir ir na na mesma mesma direcao direção e, e, entao, então, tudo tudo se se encaminha encaminha mais mais depressa; depressa; ela ela pode pode ir ir contra contra ele ele e, e, entao, então, nos nos dias dias de de hoje, hoje, ela ela acaba, acaba, com com oo tempo, tempo, em em qualquer qualquer pals país grande, grande, sempre sempre sucumbindo; sucumbindo; ou ou ela ela pode pode podar podar certos certos direcionamentos direcionamentos ee indicar indicar outros este caso outros ((este caso reduz-se, reduz-se, afinal, afinal, aa urn um dos dos dois dois anteriores) anteriores).. :8 É evidente evidente que, III, oo poder que, nos nos casos casos II II ee III, poder politico político causa causa grandes grandes prejuizos prejuízos ao ao desenvolvimento economico e pode levar a um desperdicio desenvolvimento econômico e pode levar a um desperdício macico maciço de de Iorca força ee materia. matéria. Acrescente-se Acrescente-se aa isso isso agora agora ainda ainda oo caso caso da da conquista conquista ee destruicao destruição brutal recursos economicos, brutal de de recursos econômicos, com com oo que, que, antigamente, antigamente, sob sob certas certas circunstancias, circunstâncias, todo todo um um desenvolvimento desenvolvimento economico econômico local local ee nacional nacional era era capaz capaz de de ir ir aa pique. pique. Hoje, Hoje, tal tal caso caso geralmente geralmente tern tem efeitos efeitos contraries, contrários,

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ao prazo, oo vencido ao menos menos com com os os grandes grandes povos: povos: aa longo longo prazo, vencido muitas muitas vezes vezes ganha economica, econômica, política moralmente mais mais do do que que o o vencedor. vencedor. ganha politica ee moralmente Com o o direito direito eé parecido: parecido: assim assim que que aa nova nova divisao divisão do do trabalho trabalho Com se tom necessária ee produz produz os os juristas juristas profissionais, profissionais, esta está aberto aberto um se tomaa necessaria um território novo novo ee autonomo, autônomo, que, que, apesar apesar de de toda sua dependência territ6rio toda aa sua dependencia geral quanto quanto aà producao produção ee ao ao pr6prio próprio comercio, comércio, possui também uma uma geral possui tambem especial capacidade capacidade de de reacao reação sobre sobre esses esses territories, territórios. Num Estado momo­ especial Num Estado demo, derno, o o direito direito nao não s6 só tern tem de de corresponder corresponder aà situacao situação economica econômica geral geral ser a a sua sua expressao, expressão, mas mas tern tem de de ser ser tambem também uma uma expressao expressão coerente coerente ee ser em mesma, que em st si mesma, que nao não se se dilacere dilacere em em contradicoes contradições intemas. internas. E, E, para para conseguir isto, isto, aa fidelidade fidelidade do do espelhamento espelhamento das das relacoes relações economicas econômicas conseguir se se perde perde cada cada vez vez mais. mais. E E isto isto tanto tanto mais mais quanto quanto mais mais raramente raram ente um um código seja seja aa expressao expressão brutal, brutal, intransigente intransigente ee autentica autêntica da da dominacao dominação c6digo de uma classe: de uma classe: isto isto ja já estaria, estaria, por por si, si, contra contra aa "nocao “noção de de direito". direito” . A A nocao burguesia revolucionaria noção pura pura ee consistente consistente de de direito, direito, que que aa burguesia revolucionária de de 1792-1796 tinha, 1792-1796 tinha, ja já esta está falseada falseada em em muitos muitos aspectos aspectos no no C6digo Código NapoNapoleônico; medida que que esta está corporificada corporificada ai, aí, eé obrigada obrigada aa sofrer sofrer diariadiaria­ leonico; aà medida mente toda toda sorte sorte de de atenuacoes atenuações por causa do do poder poder cresceote crescente do do prole­ mente por causa proletariado. Isto Isto nao não impede impede que que o o C6digo Código Napoleonico Napoleônico esteja esteja na na base base de de tariado. todos os novos novos c6digos códigos em em todas todas as as partes partes do do mundo. mundo. Assim, Assim, o o "desen“desen­ todos os volvimento do do direito" direito” consiste consiste grandemente grandemente apenas apenas em em teotar tentar primeiro primeiro volvirnento eliminar as as contradicoes contradições resultantes resultantes da da traducao tradução imediata imediata de de relacoes relações eliminar econômicas em em principios princípios jurídicos para, em em seguida, seguida, procurar procurar estabeestabe­ economicas juridicos para, lecer juridico harmonioso, lecer um um sistema sistema jurídico harmonioso, vendo vendo depois depois que que aa influencia influência ee aa coacao coação do do desenvolvimento desenvolvimento economico econômico ulterior ulterior rompe rompe sempre sempre de de novo novo este este sistema sistema ee o o envolve envolve em em novas novas contradicoes contradições (por (por enquanto enquanto refiro-me refiro-me aqui aqui apenas apenas ao ao direito direito civil). civil). O espelhamento espelhamento das das relações econômicas em em principios princípios juridicos jurídicos eé O relacoes economicas necessariamente um um espelhamento espelhamento as às avessas; avessas; ocorre ocorre sem sem chegar chegar aà conscons­ necessariamente ciência dos dos seus seus atores; atores; o o jurista jurista irnagina imagina operar operar com com normas normas apriorisapriorísciencia ticas, mas mas elas elas sao são apenas apenas o o reflexo do economico econômico -— de de modo modo que que tudo tudo ticas, reflexo do está de de cabeca cabeça para para baixo. E me parece evidente evidente que que essa essa inversao, inversão, esta baixo. E me parece que enquanto enquanto nao não eé reconhecida reconhecida constitui constitui aquilo aquilo que que denominamos denominamos visiio visão que ideológica, por por sua sua vez vez reage reage novamente novamente de de volta volta sobre sobre aa base base econoeconô­ ideologica, mica, mica, podendo podendo modifica-la modificá-la dentro dentro de de certos certos limites. limites. Pressupondo-se' Pressupondo-se o o mesmo grau grau de de evolucao evolução da da Iarnilia, família, aa base base do do direito direito de de heranca herança eé mesmo econômica. Sera Será dificil difícil demonstrar, demonstrar, contudo, contudo, que, que, por por exemplo, exemplo, aa liberliber­ economica. dade absoluta absoluta de de fazer fazer testamento testamento na na Inglaterra Inglaterra ee aa sua sua forte forte limitacao limitação dade na Franca França tern, tem, em em todos todos os os detalhes, detalhes, causas causas apenas apenas economicas. econômicas. Mas, Mas, na de um m odo muito muito significativo, significativo, ambas ambas reagem reagem sobre sobre aa economia, economia, ja já de um modo que que influem influem na na reparticao repartição dos dos hens. bens. No que que conceme concerne às esferas ideol6gicas ideológicas (religiao, (religião, filosofia, etc.), No as esferas filosofia, etc.), que pairam pairam ainda ainda mais mais alto alto no no ar, ar, essas essas tern têm um um legado legado pre-historico pré-histórico que

462 recebido e assumido assumido pelo período hist6rico histórico daquilo nós, hoje, hoje, chacha­ recebido pelo periodo daquilo que nos, maríamos de de bobagens. bobagens. Essas Essas diversas diversas representacoes representações falsas mariamos falsas da da natureza, natureza, da constituicao constituição do do pr6prio próprio ser ser humano, de espiritos, espíritos, forcas forças magicas, mágicas, etc., etc., da humano, 'de têm geralmente por por baixo desenvolvi­ tern geralmente baixo o econômico economico negativo; negativo; o baixo baixo desenvolvimento economico econômico do do perlodo período pre-historico pré-histórico tem mento tern por par complemento, complemento, mas mas também as às vezes vezes par por condicao condição ee ate até mesmo por causa, causa, as as falsas con­ tarnbem mesmo por falsas concepções de de natureza. natureza. E E mesmo mesmo que que aa necessidade sido, cepcoes necessidade econômica economica tenha tenha sido, ee oo seja seja cada cada vez vez mais, mais, aa principal principal mola mola propulsora propulsora do do progressivo progressivo conhecimento da da natureza, natureza, seria, seria, contudo, pedante querer querer descobrir descobrir caucau­ conhecimento contudo, pedante econômicas para para toda primitiva. A história das ciencias ciências sas economicas toda essa bobagem primitiva. A hist6ria da eliminacao eliminação progressiva progressiva dessa dessa bobagem, ou da da sua sua substisubsti­ eé aa história hist6ria da bobagem, ou tuição por por uma uma bobagem nova, mas mas cada cada vez vez menos absurda. As As pessoas tuicao bobagem nova, menos absurda. pessoas encarregam disso pertencem, pertencem, par por sua sua vez, vez, a esferas esferas especlficas específicas que se encarregam divisão do trabalho, embora imaginem imaginem laborar laborar num território inde­ da divisao trabalho, embora num territorio independente. E E aà medida medida que que constituem constituem um autônomo dentro dentro da da pendente. UJ:!1 grupo grupo autonomo divisão social social do do trabalho, trabalho, as as suas suas produções, inclusive os os seus seus erros, erros, divisao producoes, inc1usive têm influência retroativa sobre oo desenvolvimento desenvolvimento social, social, ee lte ité tern uma uma influencia retroativa sabre sobre o o economico. econômico. Mas, Mas, apesar apesar de de tudo tudo isso, isso, eles eles mesmos estão, par por sabre mesmos estao, vez, sob a influencia influência dominante dominante do desenvolvimento desenvolvimento economico. econômico. N~ sua vez, filosofia, por exemplo, isso pode ser demonstrado facilmente quanta quanto filosofia, por exemplo, demonstrado mais mais facilmente período burgues. burguês. Hobbes Hobbes foi o primeiro materialista moderno ao periodo primeiro materialista modemo (no sentido sentido do do seculo século XVIII), X V III), mas mas absolutista absolutista numa numa época epoca em em que que aa rnonarm onar­ absoluta florescia florescia em toda Europa e, na Inglaterra, se empenhava quia absoluta toda a Europa na Inglaterra, empenhava num a luta luta contra contra o povo! religião quanta quanto na pollpolí­ numa povo! Locke foi, tanto na religiao tica, o filho do pacto classes de 1688 13. 13. Os 14 e os tica, pacto de classes Os deístas deistas ingleses ingleses 14 seus sucessores sucessores mais conseqüentes, os os materialistas materialistas franceses, franceses, foram foram os os seus mais conseqiientes, autênticos fil6sofos filósofos da burguesia burguesia — inclusive da Revolucao Revolução autenticos - os franceses franceses inclusive Burguesa. alemã de Kant Kant a Hegel transparece Burguesa. Na filosofia alema transparece o filisteu filisteu alemão, ora ora positiva, positiva, ora ora negativamente. negativamente. Mas, Mas, coma como campo definido da da alemao, campo definido divisão do do trabalho, trabalho, aa filosofia filosofia de de cada cada epoca época tem por premissa premissa um um divisao tern par determinado material material intelectual intelectual que lhe foi transmitido seus prededeterminado transmitido por por seus predecessores ee do do qual qual ela ela parte. parte. Por Por isso isso eé que economicamente mais mais cessores que países paises economicamente atrasados podem podem tocar tocar oo primeiro primeiro violino violino em em filosofia: filosofia: no no século XV III, atrasados seculo XVIII, França, em em relacao relação àa Inglaterra, cuja filosofia os franceses aa Franca, Inglaterra, em em cuja filosofia os franceses se se baseavam; mais mais tarde, Alem anha em em relação ambas. Mas, Mas, tanto na baseavam; tarde, aa Alemanha relacao aa ambas. tanto na F rança quanta quanto na na Alemanha, Alemanha, aa filosofia, filosofia, assim assim como Franca como oo florescimento florescimento geral daquela daquela epoca, época, foi foi tarnbern também oo resultado resultado de de um um auge auge economico. econômico. geral 13 Nos Nos anos anos 1688-1689 1688-1689 ocorreu ocorreu aa queda queda da da dinastia dos Stuarts Stuarts ee aa transferencia transferência 13 dinastia dos do de Orange. Orange. Este Este golpe golpe de serviu para do poder poder real real a a Guilherme Guilherme III III de de Estado Estado serviu para impor ee garantir garantir as as relacoes relações burguesas capitalistas atraves através de de uma uma monarquia monarquia impor burguesas capitalistas constitucional dependente do ed. al.) constitucional dependente do parlamento. parlamento. (N. (N. do do ed. al.) 14 O deismo deísmó’ é uma visão filos6fico-religiosa filosófico-religiosa que que reconhece 14 0 urna visao reconhece um um Deus Deus como como criador do do mundo, mas lhe lhe nega nega qualquer qualquer influência sobre oo desenvolvimento desenvolvimento criador mundo, mas influencia sobrc posterior do mundo. (N. do do ed. ed. al.) al.) posterior do. . mundo.

e

463 463 A A supremacia supremacia final final do do desenvolvimento desenvolvimento economico econômico tarnbem também sobre sobre esses esses setores para mim, duvida, mas setores esta, está, para mim, fora fora de de qualquer qualquer dúvida, mas cla ela ocorrc ocorre dentro dentro das na filosofia, das condicoes condições prescritas prescritas por por cada cada setor setor particular: particular: na filosofia, por por exernexem­ plo, influencias economicas que, por plo, atraves através da da acao ação de de influências econômicas ((que, por seu seu turno, turno, atuam atuam geralmente geralmente atraves através de de um um disfarce disfarce politico, político, etc.) etc.) sobre sobre oo material material filos6fico pelos predecessores. filosófico existente existente aà mao, mão, transmitido transmitido pelos predecessores. A A econornia economia nao tipo de não cria cria aqui aqui nada nada aa novo novo [novo], [novo], mas mas ela ela determina determina oo tipo de modificamodifica­ ~ao preexistente, ee isso ção ee de de desenvolvimento desenvolvimento do do material material intelectual intelectual preexistente, isso em em geral geral indiretamente, indiretamente, pois pois sao são os os reflexos reflexos politicos, políticos, jurfdicos jurídicos ee morais morais que que exercem maior influencia exercem aa maior influência direta direta sobre sobre aa filosofia. filosofia. Sohre necessario no Sobre aa religiao, religião, eu eu ja já disse disse oo mais mais necessário no ultimo último capitulo capítulo sobre sobre Feuerbach. Feuerbach. Portanto, retroacao Portanto, se se Barth B arth afirma afirma que que negamos negamos toda toda ee qualquer qualquer retroação dos dos reflexos reflexos politicos, políticos, etc., etc., do do movimento movimento economico econômico sobre sobre este este mesmo mesmo rnovimento, movimento, entao então ele ele simplesrnente simplesmente esta está se se batendo batendo contra contra moinhos moinhos de de vento. Basta que vento. Basta que ele ele olbe olhe oo 18 18 Brumario Brumário de de Marx, Marx, no no qual qual se se trata trata quase papel especffico lutas ee pelos quase apenas apenas do do papel específico desempenhado desempenhado pelas pelas lutas pelos eveneven­ tos naturalmente tos politicos, políticos, naturalm ente dentro dentro de de sua sua dependencia dependência geral geral das das condicondi­ coes ções economicas. econômicas. Ou Ou O O capital, capital, por por exemplo, exemplo, no no capitulo capítulo sobre sobre aa jorjor­ nada um ato nada de de trabalho, trabalho, onde onde aa legislacao, legislação, que que é, afinal, afinal, um ato polftico, político, atua atua de tao incisivo. burguesia de um um modo modo tão incisivo. Ou Ou o o capitulo capítulo sobre sobre aa hist6ria história da da burguesia ((oo 24. 0 capitulo). 24.° capítulo). Ou Ou entao, então, por por que que lutarfamos lutaríamos nos nós pela pela ditadura ditadura pollpolí­ tica proletariado se tica do do proletariado se oo poder poder politico político eé economicamente economicamente impotente? impotente? O ou seja, O poder poder ((ou seja, o o poder poder do do Estado) Estado) tambem também eé uma uma potencia potência ecoeco­ nomical nômica! Mas tempo agora para criticar Primeiro eé Mas nao não tenho tenho tempo agora para criticar o o livro liv ro 15• 15. Primeiro 16, preciso terceiro volume volume 16, ee creio, por preciso aparecer aparecer o o terceiro creio, alias, aliás, que que Bernstein, Bemstein, por exemplo, faze-lo muito hem. exemplo, poderia poderia fazê-lo muito bem. O O que que falta falta aa todos todos esses esses Senhores Senhores eé aa dialetica. dialética. Eles Eles sempre sempre enxergam acola. Que uma abstracao enxergam apenas apenas causa causa aqui, aqui, efeito efeito acolá. Que isso isso eé uma abstração vazia, mundo real vazia, que que no no mundo real esses esses polos pólos antinomicos antinômicos metaffsicos metafísicos s6 só existem existem em em crises, crises, que que todo todo oo grande grande percurso percurso ocorre ocorre sob sob aa forma forma de de interacao interação -— ainda ainda que movimento economico que de de Iorcas forças desiguais, desiguais, das das quais quais o o movimento econômico e, é, de de longe, longe, aa mais mais forte, forte, primordial, primordial, decisiva decisiva -, — , que que aqui aqui nada nada é absoluto tudo eé relativo, jeito nenhum, absoluto ee tudo relativo, isso isso tudo tudo eles eles nao não enxergam enxergam de de jeito nenhum, para para eles eles Hegel Hegel nao não existiu. existiu. No refere ao no Partido, No que que se se refere ao barulho barulho no Partido, esses esses Senhores Senhores da da oposicao oposição me para dentro, me restou me arrastaram arrastaram aà forca força para dentro, ee dai daí nao não me restou escolha. escolha. A A maneira maneira como como oo Sr. Sr. Ernst E rnst me me tratou tratou eé absolutamente absolutamente inqualificavel, inqualificável, aa

e,

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tr.ir>Engels Engels refere-se refere-se ao ao livro livro de de BARTH, B a r t h , Paul. PauL A A Filosojia Filosofia da da Hist6ria História de de Hegel Hegel ,.e dos Hartmann. Um dos hegelianos hegelianos ate até Marx Marx ee Hartmann. Um ensaio ensaio critico. crítico. Leipzig, Leipzig, 1890. 1890. (N. (N. do do ed. ed. al.) al.) III Aqui 0 volume de "'Aqui eé referido referido oo 3. 3.° volume de O O capital. capital. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.)

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nao não ser ser que que eu eu possa possa qualifica-lo qualificá-lo de de aluninho aluninho levado. levado. Que Que oo homem homem esteja Mas quern esteja doente doente ee tenha tenha de de escrever escrever para para sobreviver, sobreviver, eu eu lamento. lamento. Mas quem tem ianta tem tanta fantasia fantasia nao não pode pode ler ler uma uma linha linha sem sem !er ler nela nela oo contrario contrário do do que que esta está escrito; escrito; esse esse pode pode aplicar aplicar aa sua sua fantasia fantasia aa outros outros setores setores que que nao não o o nao-Iantasioso não-fantasioso do do socialismo. socialismo. Ele Ele deveria deveria escrever escrever romances, romances, dramas, dramas, criticas críticas de de arte arte ee coisas coisas parecidas; parecidas; entao então ele ele s6 só prejudicaria prejudicaria aa educacao educação burguesa burguesa ee nos nos ajudaria ajudaria com com isso. isso. Talvez Talvez ele ele amadureca amadureça tanto tanto entao então que que venha venha aa estar eçtar em em condicoes condições de de fazer fazer algo algo em em nosso nosso setor. setor. Mas Mas tenho tenho de de acrescentar acrescentar o o seguinte: seguinte: nunca nunca vi, vi, em em lugar lugar algurn, algum, urna uma ta! trapalhada tal trapalhada de de material material irnaturo imaturo ee de de imbecilidade imbecilidade absoluta absoluta como como aa que que essa essa oposicao oposição faz faz aflorar. aflorar. Esses Esses jovens jovens irnaturos, imaturos, que que nao não enxergarn enxergam nada nada mais mais do do que que aa sua sua presuncao presunção sem sem lirnites, limites, querem querem indicar indicar aa tatica tática do do Partido. Partido. De De uma uma (mica única correspondencia correspondência de de Behel, Bebei, de de Viena, Viena, no no Arb[eiter-]Z[ei]t[un]g Arb[eiíer-]Z[ei]t[un]g [Jornal [Jornal Operariot, O perário ], aprendi aprendi mais mais do do que que de de toda toda aa trapalhada trapalhada dessa dessa gente. gente. E E essa essa gente gente sup6e supõe ser ser rnais mais valiosa valiosa do do que que aquela aquela cabeca cabeça clara clara ee hicida, lúcida, que que capta capta aa situacao situação de de modo modo tao tão adrniraadmira­ velmente tao palpavel. velmente correto correto ee aa apresenta apresenta em em duas duas palavras palavras de de modo modo tão palpável. Sao born porte São todos todos uns uns beletristas beletristas abortados abortados ee mesmo mesmo oo beletrista beletrista de de bom porte ja já eé um um animal animal terrfvel. terrível. [[ ... . . . ]]

•• •• •• F. F. Engels: Engels: Derivacao, Derivação, a~ao ação reciproca recíproca ee causacao causação em em uma uma perspe ctiva dialetica perspectiva dialética ** Carta Carta aa F. F. Mehring Mehring Londres, 14 de Londres, 14 de julho julho de de 1893 1893

So Só hoje hoje surge-me surge-me aa oportunidade oportunidade de de agradecer-lhe agradecer-lhe aa gentileza gentileza de de ter-me ter-me enviado enviado aa Legenda Legenda de de Lessing Lessing 17. ,T. Eu Eu nao não queria queria lirnitar-rne limitar-me aa comunicar pretendia logo logo dizercomunicar formalrnente formalmente oo recebimento recebimento do do livro, livro, mas mas pretendia dizer-lhe livro ee oo seu -lhe algo algo sabre sobre oo livro seu conteudo. conteúdo. Oaf Daí aa minha minha demora. demora. Corneco Começo com com oo final, final, o o apendice apêndice "Sohre “Sobre oo materialismo materialismo historico", histórico”, em em que que o o Senhor Senhor aprescntou apresentou otirnarnente otimamente os os fatos fatos principais, principais, de de modo modo aa convencer pessoa nao-preconceituosa. convencer aa qualquer qualquer pessoa não-preconceituosa. Se Se tenho tenho algo algo aa objeobje­ tar tar eé apenas apenas que que oo Senhor Senhor me me atribui atribui mais mais meritos méritos do do que que mereco, mereço, mesrno mesmo somando somando ludo tudo oo que, que, com com oo tempo, tempo, cu eu possivelrnente possivelmente teria teria descodesco­ berto berto por por rmrn nnm mesmo, mesmo, mas mas que que Marx Marx descobriu descobriu com com seu seu coup coup d'oeil d’oeii "'* Reproduzido Reproduzido de de ENGELS. E n g e l s , F. F. Engels Engels K. ee E ENGELS, F. Ausgcwahlte K. n g e l s , F. Aasgewahlte Werke. Werke. p. p. 595-600. 595-600. Traduzido Traduzido por por Flavio Flávio R. R. i;1T Ohm Obra de de F. F. Mehring Mehring publicada publicada em em

an Franz Franz Mehring Mehring in in Berlin. Berlin. In: In: M MARX. an a rx , 7. Berlirn, Dietz 7. ed. ed. Berlim, Dietz Verlag, Verlag, 1979. 1979. vv.. VI, VI, Kothe. Kothe. 1893. (N.R.T.) CN.R.T.J 1893.

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I[relance] rclance] mais mais rapido rápido ee com com aa sua sua visao visão mais mais ampla. ampla. Quando Quando se se tern tem

aa sorte um homem Marx, sorte de de ter ter trabalhado trabalhado durante durante 40 40 anos anos com com um homem como como Marx, normalmente normalmente nao não se se e, é, enquanto enquanto ele ele vive, vive, tao tão reconhecido reconhecido como como se se ere crê merecer; porem, oo grande grande homern merecer; quando, quando, porém, homem morre, morre, entao então o o menor m enor passa passa aa ser ser facilmente facilmente superestimado superestimado -— ee este este parece parece ser ser agora agora exatamente exatamente oo meu meu caso; caso; aa historia história ainda ainda acabara acabará colocando colocando tudo tudo isso isso no no devido devido lugar, tera dobrado mais lugar, ee entao então ja já se se terá dobrado feliz feliz aa esquina esquina ee nao não se se sabera saberá mais nada nada. nada de de nada. No mais, falta falta apenas nas coisas No mais, apenas ainda ainda um um ponto ponto que que nas coisas de de Marx M arx ee minhas nao não foi foi regularmente regularmente destacado destacado de de modo modo suficiente suficiente ee em em relacao relação minhas ao ao qual qual recai recai sobre sobre todos todos nos nós aa mesma mesma culpa. culpa. Nos Nós todos todos colocamos colocamos inicialmente inicialmente -— ee tinhamos tínham os de de faze-lo fazê-lo -— aa enfase ênfase principal, principal, antes antes de de mais mais nada, nada, em em derivar derivar dos dos fatos fatos economicos econômicos basicos básicos as as concepcoes concepções polipolí­ ticas, juridicas ticas, jurídicas ee demais demais concepcoes concepções ideologicas, ideológicas, bem bem como como os os atos atos meme­ diados diados atraves através delas. delas. Com Com isso, isso, neg]igenciamos negligenciamos oo lado lado formal formal em em func;ao função do do contetido: conteúdo: o o modo modo ee aa maneira m aneira como como essas essas concepcoes, concepções, etc., etc., surgem. surgem. Isso Isso deu deu aos aos adversaries adversários um um belo belo pretexto pretexto para para erros erros ee deformacoes, deformações, do do que que Paul Paul Barth Barth é um um exemplo exemplo flagrante flagrante 18• 18. A A ideologia ideologia eé um um processo processo que que eé realizado realizado com com consciencia consciência pelo pelo assim umaa consciencia assim chamado chamado pensador, pensador, mas mas com com um consciência falsa. falsa. As As autenticas autênticas Iorcas propulsoras forças propulsoras que que o o movem movem permanecem-Ihe permanecem-lhe desconhecidas; desconhecidas; senao, senão, simplesmente simplesmente nao não seria seria um um processo processo ideologico. ideológico. Ele Ele se se imagina, imagina, portanto, portanto, forcas trata de forças motrizes motrizes falsas falsas ou ou aparentes. aparentes. Como Como se se trata de um um processo processo inteinte­ lectual, lectual, deduz deduz oo seu seu conteudo conteúdo ee sua sua forma forma do do pensamento pensamento puro, puro, seja seja do pensamento dos do seu seu pr6prio, próprio, seja seja do do pensamento dos seus seus predecessores. predecessores. Ele Ele trabalha trabalha exclusivarnente exclusivamente com com material material intelectual, intelectual, que que ele ele ingenuamente ingenuamente acredita acredita ser pelo pensamento ser criado criado pelo pensamento ee nada nada mais, mais, sem sem imaginar imaginar uma um a origem origem mais mais longfnqua, independente pois, longínqua, independente do do pensamento; pensamento; para para ele, ele, isso isso eé obvio, óbvio, pois, para ele, pelo pensamento, pensameato, tambem para ele, toda toda acao ação hurnana, humana, porque porque mediada m ediada pelo também parece, em parece, em ultima última instancia, instância, [undamentada fundam entada no no pensamento. pensamento. O aqui, hist6rico todo O ideologo ideólogo do do historico histórico ((aqui, histórico designa designa simplesmente simplesmente todo oo ambito âmbito politico, político, juridico, jurídico, filos6fico, filosófico, teol6gico, teológico, em em suma, suma, todos todos os os setores pertencem aà sociedade natureza) -— oo ideó­ ideosociedade ee nao não apenas apenas aà natureza) setores que que pertencem logo do hist6rico encontra, logo do histórico encontra, portanto, portanto, em em cada cada campo campo cientifico científico um um matemate­ rial que que se se constituiu constituiu de de modo modo autonorno autônomo aa partir partir do do pensamento das rial pensamento das geracoes passou por gerações anteriores anteriores ee que que passou por uma uma evolucao evolução pr6pria própria ee autonoma autônoma no no cerebro cérebro dessas dessas geracoes gerações sucessivas. sucessivas. Certamente Certamente fatos fatos extemos, externos, perper­ tencentes para esse tencentes aa um um ou ou outro outro setor, setor, podem podem ter ter contribuido contribuído para esse desendesen­ volvimento, mas mas esses volvimento, esses Iatores fatores sao, são, segundo segundo aa premissa premissa tacita, tácita, eles eles mesmes­ mos um processo mos frutos frutos de de um processo de de pensamento, pensamento, ee assim assim permanecemos permanecemos semsem­ pre ainda reino do pensamento, que pre ainda no no reino do puro puro pensamento, que aparenta aparenta ter ter digerido digerido bem bem ate até mesmo mesmo os os faros fatos mais mais duros. duros.

e

18 V. V.

nota nota 15 15 da da carta carta de de Engels Engels a a Conrad Conrad Schmidt, Schmidt, de de 27-10-1890. 27-10-1890.

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t essa É essa aparencia aparência de de uma uma hist6ria história autonoma autônoma das das constituicoes, constituições, dos dos sistemas sistemas juridicos jurídicos ee das das concepcoes concepções ideol6gicas ideológicas em em cada cada setor setor especifico específico que, que, acima acima de de tudo, tudo, cega cega aa maioria maioria das das pessoas. pessoas. Se Se Lutero Lutero ee Calvino Calvino "superaram" ” aa religiao “superaram religião cat6lica católica oficial, oficial, se se Hegel Hegel "supera" “supera” Fichte Fichte ee Kant, Kant, ee se Contrato republicano, “supera”, "supera", indiretase Rousseau, Rousseau, com com seu seu C ontrato social social republicano, indireta­ mente, mente, o o constitucional constitucional Montesquieu, Montesquieu, esse esse eé um um procedimento procedimento que que perper­ manece manece dentro dentro da da teologia, teologia, da da filosofia, filosofia, da da ciencia ciência politica, política, colocando colocando uma etapa pensamento sem uma etapa na na hist6ria história desses desses setores setores do do pensamento sem ir ir alem além deste deste setor pensamento. E E desde isto aa ilusao burguesa setor do do pensamento. desde que que se se acrescentou acrescentou aa isto ilusão burguesa da instancia ultima da eternidade eternidade ee da da instância última da da producao produção capitalista, capitalista, ate até mesmo mesmo aa superacao superação dos dos rnercantilistas mercantilistas pelos pelos fisiocratas fisiocratas ee por por Adam Adam Smith Smith eé encarada vit6ria exclusiva nao encarada simplesmente simplesmente corno como uma uma vitória exclusiva do do pensamento; pensamento; não como modificados, mas como o o reflexo reflexo mental mental de de faros fatos economicos econômicos modificados, mas como como aa cornpreensao compreensão correta, correta, finalmente finalmente alcancada, alcançada, de de condicoes condições reais reais existentes existentes sempre sempre ee cm em todos todos os os lugares. lugares. Se Se Ricardo Ricardo Coracao-de-Leao Coração-de-Leão ee Filipe Filipe Augusto tivessem implantado Augusto tivessem implantado oo livre-cambio livre-câmbio ao ao inves invés de de se se envolverem envolverem nas Cruzadas, nas Cruzadas, quinhentos quinhentos anos anos de de miseria miséria ee ignorancia ignorância nos nos terian\ teriaiA sido sido poupados. poupados. Creio Creio que que n6s nós todos todos temos temos descuidado, descuidado, rnais mais do do que que se se deveria, deveria, este lado da este lado da questao, questão, ao ao qual qual aqui aqui apenas apenas posso posso aludir. aludir. E É aa velha velha bisto-: histó­ ria: ria: no no comeco começo sempre sempre se se descuida descuida da da forma forma em em funcao função do do conteudo. conteúdo. Como fiz isso, Como ja já disse, disse, eu eu tarnbem também fiz isso, ee o o erro erro sempre sempre so só me me apareceu apareceu post Longe de post festum festum [depois [depois da da festa]. festa]. Longe de mim, mim, portanto, portanto, nao não so só querer querer Iazer-lhe qualquer fazer-lhe qualquer censura censura por por isso isso -— pelo pelo contrario, contrário, como como compacompa­ nheiro tenho sequer nheiro mais mais velho velho de de pecado pecado nao não tenho sequer oo direito direito de de faze-lo fazê-lo -; —; eu eu s6 só gostaria gostaria de de chamar chamar aa sua sua atencao atenção guanto quanto aa este este ponto. ponto. Relacionada com ide6logos: Relacionada com isso isso existe existe uma uma estupida estúpida concepcao concepção dos dos ideólogos: ja negamos um hist6rico independente já que que negamos um desenvolvimento desenvolvimento histórico independente as às diversas diversas esferas ideol6gicas que esferas ideológicas que desernpenham desempenham um um papel papel na na hist6ria, história, negariamos negaríamos tarnbern qualquer Aqui esta também qualquer ejicacia eficácia historica histórica delas. delas. Aqui está subjacente subjacente aa concon­ cepcao cepção vulgar, vulgar, nao-dialetica, não-dialética, de de causa causa ee efeito efeito como como polos pólos opostos opostos de de modo Esses Senhores modo rlgido, rígido, com com oo esquecimento esquecimento absoluto absoluto da da interacao. interação. Essès Sehhores esquecem esquecem com com freqiiencia freqüência ee quase quase deliberadamente deliberadamente que que um um elemento elemento hist6rico, uma histórico, uma vez vez posto posto no no mundo mundo atraves através de de outras outras causas, causas, economicas econômicas no final final das no das contas, contas, agora agora tarnbem também reage reage sobre sobre aa sua sua circunstancia circunstância ee pode retroagir Barth, pode retroagir ate até mesmo mesmo sobre sobre as as suas suas proprias próprias causas. caüsas. Como Como Barth, por por exemplo,· exemplo,- em em "casta “casta sacerdotal sacerdotal ee religiao", religião” , aà p. p. 475 475 do do seu seu livro. livro. Gostei Gostei muito muito do do modo modo como como o o Senhor Senhor liquida liquida esse esse garotao garotão superficial. superficial. E E um um homem homem desses desses eé nomeado nomeado catedratico catedrático de de hist6ria história em em Leipzig! Leipzig! Tenho Tenho de de reconhecer reconhecer que que oo velho velho Wachsmuth, Wachsmuth, que que tambem também era era meio meio fraco dos um elevado elevado senso fatos, era fraco dos miolos miolos mas mas tinba tinha um senso para para fatos, era um um sujeito sujeito muito diferente. muito diferente. Quanto Quanto ao' aó resto, resto, so só posso posso repetir repetir em em relacao relação ao ao Jivro livro oo que que eu eu ja já disse disse mais mais de de uma uma vez vez dos dos artigos artigos quando quando apareceram apareceram na na N[eue] N[eue]

467 467 Z[eit]: sobrc aa genese do Z [eit]: e, é, de de longe, longe, aa melhor melhor exposrcao exposição cxistcntc existente sobre gênese do

Estado prussiano; sim, ate diria Estado prussiano; sim, eu eu até diria que que eé aa (mica única boa, boa, descnvolvendo, desenvolvendo, em de em geral geral com com acerto, acerto, as as concatenacoes concatenações ate até os os detalhcs detalhes minirnos. mínimos. E É de se apenas que nao tenha abarcar logo se lastimar lastimar apenas que oo Senhor Senhor não tenha podido podido abarcar logo tarnbcm também todo oo desenvolvimento todo desenvolvimento posterior posterior ate até Bismarck; Bismarck; sem sem querer, querer, Iica-se fica-se com com aa esperanca um esperança de de que que oo Senhor Senhor Iara fará isso isso noutra noutra ocasiao, ocasião, aprescntando apresentando um quadro quadro completo completo ee coerente, coerente, desde desde o o Principe Príncipe Eleitor Eleitor Friedrich Friedrich Wilhelm Wilhelm 1». 0 Senhor fez, afinal, todas as pesquisas ate velho Wilhelm preliaté oo velho Wilhelm **. O Senhor fez, afinal, todas as pesquisas preli­ minares principal, elas minares e, e, ao ao menos menos quanto quanto ao ao principal, elas estao estão praticarnente praticamente concon­ cluidas. E isso, ser feito, antes que de velhavelhacluídas. E isso, afinal,-iem afinal,'*\em de de ser feito, antes que esse esse dep6sito depósito de rias desmorone; rebentar as lendas patri6ticas da monarquia, que rias desmorone; rebentar as lendas patrióticas da monarquia, ainda ainda que nii.o monarquia não constitua constitua uma uma condicao condição necessaria necessária para para derrubar derrubar aa m onarquia acoacobertadora na Alemanha, bertadora do do dominio domínio de de classe classe (ja (já que, que, na Alemanha, aa republica república burbur­ guesa ja esta antes mesmo de ter ter nascido), nascido), e, entanto, guesa pura pura já está superada superada antes mesmo de é, no no entanto, uma alavancas mais para isso. isso. um a das das alavancas mais eficazes eficazes para Entao para apreEntão o o Senhor Senhor dispora disporá de de mais mais espaco espaço ee oportunidades oportunidades para apre­ sentar hist6ria local da Prussia sentar aa história local da Prússia como como parcela parcela da da geral geral miseria miséria alema. alemã. Este ponto em ali de sua concepcao, Este ée o o ponto em que que discordo discordo aqui aqui ee ali de sua concepção, especialespecial­ rnente na interpretacao da fragmentacao da Alemanba mente na interpretação da fragmentação da Alem anha ee do do fracasso fracasso da da revolucao no seculo vier aa reelabòrar reelaborar oo revolução burguesa burguesa alema alemã no século XVI. XVI. Se Se eu eu vier prefacio hist6rico prefácio histórico aà minha minha Guerra Guerra camponesa, camponesa, o o que que espero espero poder poder Iazer fazer no próximo pr6ximo invemo, desenvolver nele os pontos pontos em no inverno, entao então poderei poderei desenvolver nele os em quesques­ tao. Não Nao que erroneos os apresenta, mas tão. que eu eu considere considere errôneos os que que o o Senhor Senhor apresenta, mas acrescento agrupo de pouco diferente. acrescento outros outros ee os os agrupo de um um modo modo um um pouco diferente. Ao - que hist6ria de de uma uma Ao estudar estudar aa hist6ria história da da Alemanha Alem anha — que eé aa história (mica ee imensa que s6 com as única imensa miseria miséria -— sempre sempre achei achei que só oo confronto confronto com as epocas dar-nos aa medida épocas francesas francesas correspondentes correspondentes pode pode dar-nqs medida exata, exata, pois pois la Iormacao do lá ocorre ocorre bem bem oo contrario contrário do do que que ocorre ocorre entre entre n6s. nós. La, Lá, aa formação do Estado nacional aa partir Estado nacional partir dos dos disjectis disjectis membris membris [membros [membros disperses) dispersos] do do Estado feudal; entre n6s, decomposicao crescente. La, umaa rara Estado feudal; entre nós, decomposição crescente. Lá, um rara logica lógica objetiva n6s, desorientacao objetiva em em todo todo oo transcurso transcurso do do processo; processo; entre entre nós, desorientação crescente. Idade Media, crescente. La, Lá, na na Idade Média, o o conquistador conquistador ingles, inglês, com com sua sua interinter­ vencao aa favor provencal ee contra contra aa do norte da da venção favor da da nacionalidade nacionalidade provençal do norte Franca, representa França, representa aa intervencao intervenção estrangeira; estrangeira; as as guerras guerras contra contra aa InglaIngla­ terra dos Trinta terminam com com terra sii.o são uma uma especie espécie de de Guerra G uerra dos Trinta Anos, Anos, mas mas terminam aa expulsao estrangeira ee com do sul expulsão da da intervencao intervenção estrangeira com aa submissao submissão do sul ao ao norte. norte. Entao luta do Então ocorre ocorre aa luta do poder poder central central contra contra os os vassalos vassalos da da Burgundia Burgúndia apoiados desempenha oo papel papel de de Branapoiados por por possessoes possessões estrangeiras estrangeiras ee que que desempenha Brandenburgo Prussia, mas vit6ria do denburgo ee da da Prússia, mas que que termina term ina com com aa vitória do poder poder central central ee consolida Iormacao do nacional. E E exatamente exatamente neste memento consolida aa formação do Estado Estado nacional. neste momento entre se pode pode chaentre nos nós o o Estado Estado nacional nacional se se desmorona desmorona todo todo (se (se eé que que se cha­ Guilherme I, I, rei rei da imperador da Alemanha. (N. ed. al.) al.) 19 Guilherme da Prussia Prússia ee imperador da Alemanha. (N. do do ed.

468 468

mar alernao" dentro m ar de de Estado Estado nacional nacional ao ao "reino “reino alemão” dentro do do Sacro Sacro Imperio Império Romano) :E. Rom ano) ee comeca começa oo saque, saque, em em larga larga escala, escala, do do territorio território alemao. alemão. É uma altamente vergonhosa isso uma comparacao comparação altamente vergonhosa para para os os alemaes, alemães, mas, mas, por por isso mesmo, mais instrutiva; e, desde desde que recolomesmo, tanto tanto mais instrutiva; e, que nossos nossos trabalhadores trabalhadores recolo­ caram na primeira fila do movimento hist6rico, podemos caram aa Alemanha Alem anha na primeira fila do movimento histórico, podemos engolir mais facilmente opr6brio do engolir mais facilmente oo opróbrio do passado. passado. Muito do desenvolvimento alemao ée ainda ainda oo fato fato Muito caracteristico característico do desenvolvimento alemão de que que nenhum dos Estados parciais, que que finalmente finalmente repartiram repartiram aa Ale­ de nenhum dos Estados parciais, Alemanha entre puramente alernao, manha entre si, si, eé puramente alemão, mas mas colonies colônias estabelecidas estabelecidas em em territorio eslavo uma co Ionia bávara; bavara; Branterritório eslavo conquistado: conquistado: aa Austria Áustria era era uma colônia Brandenburgo, denburgo, uma uma colonia colônia saxonica. saxônica. E E que que etas elas tenham tenham conquistado conquistado poder poder na Alemanba deve-se ao apoio na Alemanha deve-se exclusivamente exclusivamente ao apoio das das possessoes possessões estranestran­ geiras, Austria apoiou-se (para nao geiras, nao-alemas: não-alemãs: aa Áustria apoiou-se na na Hungria Hungria (para não falar falar na Boemia) Prussia. Nada disso ocorreu na B oêm ia);; ee Brandenburgo, Brandenburgo, na na Prússia. Nada disso ocorreu na na fronfron­ teira ocidental, na fronteira fronteira norte, dinateira ocidental, que que era era aa mais mais arneacada; ameaçada; na norte, os os dina­ marqueses foram Alemanha dos dos dinamarmarqueses foram encarregados encarregados de de proteger proteger aa Alemanha dinam ar­ queses; que os os guardiaes ironqueses; ee no no sul, sul, havia havia tao tão pouco pouco aa proteger proteger que guardiães da da (fron­ teira, teira, os os suicos, suíços, conseguiram conseguiram se se livrar livrar eles eles mesmos mesmos da da Alemanha! Alemanha! Noto em toda mas que que ao Noto que que estou estou caindo caindo em toda sorte sorte de de disparates disparates -— mas ao menos falat6rio lhe sirva como prova do menos esse esse falatório lhe sirva como prova do vivo vivo interesse interesse que que o o seu seu trabalho me me despertou. trabalho despertou. Novamente Novamente muito muito obrigado obrigado ee saudacoes saudações do do seu seu 1

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Friedrich Engels Friedrich Engels



F. Engels: Necessidade na história hist6ria ** F. Engels: Necessidade ee acidente acidente na Carta Carta aa H. H. Starkenburg Starkenburg 20 20 Londres, janeiro de de 1894 Londres, 25 25 de de janeiro 1894 Aqui Aqui aa resposta resposta as às suas suas perguntas! perguntas! 1. economicas, as quais consideramos base base determi1. Por relacoes Por relações econômicas, às quais consideramos determi­ nante entendemos oo modo nante da da historia história da da sociedade, sociedade, entendemos modo ee aa maneira m aneira de de os os

** Reproduzido Reproduzido de de ENGELS, E n g e l s , F. F. Engels Engels an an Starkenburg. Starkenburg.

In: In: MARX, M a r x , K. K. ee ENGELS, E ngels, F. Briefe “Das Kapital". Kapital”. Berlim, Berlim, Dietz Verlag, 1954. p. 365-7. 365-7. Traduzido Traduzido F. Briefe iiber iiber "Das Dietz Verlag, 1954. p. por por Jose Netto. por Flavio Flávio R. R. Kothe. Kothe. Notas Notas .explicativas explicativas por José Paulo Paulo Netto. 20 20 Esta Esta carta carta s6 só muito muito recentemente recentemente teve teve divulgado divulgado o o seu seu correto correto destinatario, destinatário, W. foi remetida remetida aa H. H. StarkenW. Borgius: Borgius; durante durante muito muito tempo, tempo, considerou-se considerou-se que que foi Starken­ burg, peri6dico que burg, redator redator do do periódico que aa publicou, publicou, Der Der Sozialistische Sozialistische Akademiker Akadem iker (0 (O Academico Acadêmico Socialistay, Socialista), n. n. 20. 20, 1895. 1895. (cf. (cf. MARX, M a r x , K. K. ee ENGELS, E n g e l s , F. F. Oeuvres Oeuvres choisies. choisies. Moscou, Moscou, £d. Éd. du du Progres, Progrés, 1975. 1975. p. p. 724.) 724.) (N.R.T.) (N .R.T.)

469 469 homcns nurna le subsishomens numa determinada determ inada sociedade sociedade produzirern produzirem os os seus seus meios meios ·tde subsis­ lt'IH:ia tência l'o de de trocarem trocarem os os produtos produtos entre entre si si (( aà medida medida que que existe. existè, divisao divisão de de trabalho). trabalho). Portanto, Portanto, toda toda a a tecnica técnica de de producao produção ee de de transporte transpoíte esta está induida incluída ai. aí. De De acordo acordo com com nossa nossa concepcao, concepção, essa essa tecnica técnica determine determina tarnbem troca, alem reparticao dos também oo modo modo ee aa maneira m aneira da da troca, além da da repartição dos produtos produtos e, e, com com isso, isso, depois depois da da dissolucao dissolução da da sociedade sociedade gentilica, gentílica, tarnbcm também aa dividivi­ sao são das das classes, classes, ee com com isso isso as as relacoes relações de de senhorio senhorio ee servitude, servitude, e, e, com com isso, relacoes isso, Estado, Estado, politica, política, direito, direito, etc. etc. Alem Além disso, disso, incluem-se incluem-se nas nas relações economicas econômicas os os fundamentos fundam entos geograiicos, geográficos, sobre sobre os os quais quais elas elas se se desendesen­ rolam, rolam, ee os os remanescentes remanescentes de de estagios estágios anteriores anteriores de de desenvolvimento desenvolvimento economico muitas vezes econômico que que sobreviveram sobreviveram muitas vezes apenas apenas devido devido à tradicao tradição ou ou vis tambem oo meio vis inertiae inertiae [forca [força da da inercia]; inércia]; naturalmente naturalm ente também meio externo externo que que circunda circunda essa essa forma forma de de sociedade. sociedade. Se, Se, como como oo Senhor Senhor afirma, afirma, aa tecnica técnica depende depende grandemente grandemente da da situasitua­ ~ao ção da da ciencia, ciência, esta esta depende depende ainda ainda muito muito mais mais da da situaciio situação ee das das necessinecessi­ dades dades da da · tecnica. técnica. Se Se aa sociedade sociedade tern tem uma uma necessidade necessidade tecnica, técnica, isso isso ajuda hem mais mais aa ciencia ajuda entao então bem ciência do do que que dez dez universidades. universidades. Toda Toda aa hidrostatica foi despertada, XVI hidrostática (Torricelli, (Torricelli, etc.) etc.) foi despertada, na na Italia Itália do do seculo século XVI ee XVII, XV II, pela pela necessidade necessidade de de regular regular as as correntes correntes de de agua água nas nas montam onta­ nhas. Da Da eletricidade nhas. eletricidade sabemos sabemos algo algo razoavel razoável apenas apenas desde desde que que foi foi descodesco­ berta Mas, infelizmente, na Alemanha berta aa sua sua aplicabilidade aplicabilidade tecnica. técnica. Mas, infelizmente, na Alem anha temtem-se -se costumado costumado escrever escrever aa hist6ria história das das ciencias ciências como como se se elas elas tivessem tivessem caido caído do do ceu. céu. 2. vernos as condicoes economicas comocomo o queo condiciona em em 2. N6s Nós vemos as condições econômicas que condiciona ultima instancia raca eé um última instância o o desenvolvimento desenvolvimento historico. histórico. Mas Mas aa pr6pria própria raça um Iator economico. no entanto, pontos que fator econômico. Aqui Aqui ha, há, no entanto, dois dois pontos que nao não podem podem ser ser desconsiderados: desconsiderados: a) politico, juridico, filos6fico, religioso, lite- lite­ a) 0 desenvolvimento O desenvolvimento político, jurídico, filosófico, religioso, rario, no desenvolvimento rário, artistico, artístico, etc etc.,.. baseia-se baseia-se no desenvolvimento economico. econômico. Mas Mas todos todos aqueles reagem entre aqueles reagem entre si si ee sobre sobre aa base base econornica. econômica. Nao Não é que que aa situacao situação economics econômica seja, seja, sozinha, sozinha, causa causa ativa ativa ee que que todo todo oo resto resto seja seja apenas apenas efeito Ha, porem, base da efeito passivo. passivo. Há, porém, interacao interação aà base da necessidade necessidade economica, econômica, que, 0 Estado, que, em em uitima última instdncia, instância, sempre sempre se se impoe. impõe. O Estado, por por exemplo, exemplo, influi ma fiscainflui atraves através de de tarifas tarifas protecionistas, protecionistas, livre-cambio, livre-câmbio, boa boa ou ou má fisca­ lizacao; filisteu alemao, lização; ee ate até aa inanicao inanição mortal mortal ee aa impotencia impotência do do filisteu alemão, sursur­ gida gida da da situacao situação economica econômica miseravel miserável da da Alemanha Alem anha de de 1648 1648 aa 1830, 1830, que que se se manifestou manifestou primeiro primeiro como como pietismo, pietismo, depois depois em em sentimentalismo sentimentalismo ee servilismo servilismo lambe-botas lambe-botas aa principes príncipes ee nobres, nobres, tambem também nao não ficou ficou destidesti­ tuida um dos maiores empecilhos para oo tuída de de efeito efeito economico. econômico. Ela Ela foi foi um dos maiores empecilhos para reflorescimento reflorescimento econornico econômico ee so só foi foi sacudida sacudida porque porque as as guerras guerras da da RevoRevo­ lucao miseria cronica. lução ee as as napoleonicas napoleônicas tornaram tornaram aguda aguda aa miséria crônica. Ela Ela nao não e, é, portanto, imaginar comodamente, portanto, como como aqui aqui ee ali ali se se quer quer imaginar comodamente, um um efeito efeito automatico mas os homens fazem mesmos automático da da situacao situação economica, econômica, mas os homens fazem eles eles mesmos

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aa sua sua hist6ria, que os condiciona, à'~base a'"base de história, s6 só que que num num meio meio dado, dado, que os condiciona, de relacoes de elas as as economicas, relações de fato fato preexistentes, preexistentes, entre entre elas econômicas, por por mais mais que que elas possam ser pelas demais ideol6elas possam ser influenciadas influenciadas pelas demais relacoes relações politicas políticas ee ideoló­ gicas, ultima instancia, gicas, mesmo mesmo assim, assim, elas elas sao, são, em em última instância, as as decisivas decisivas ee conscons­ tituern fio condutor tudo ee Ieva sozinho ao tituem oo fio condutor que que percorre percorre tudo leva sozinho ao entendimento. entendimento. b) fazemfazem eles eles mesmos a suaa hist6ria, mas mas ate a:gora b) Os hornens Os homens mesmos sua história, até agora nao uma vontade um piano isso não como como uma vontade global global de de acordo acordo com com um plano global, global, ee isso nem mesrno numa dada delimitada. As As suas nem mesmo numa dada sociedade sociedade bem bem delimitada. suas aspiracoes aspirações se por isso, isso, em sociedades assim, assim, se entrecruzarn entrecruzam e, e, exatarnente exatamente por em todas todas as as sociedades domina de aparicao domina aa necessidade, necessidade, cuja cuja complernentacao complementação ee forma forma de aparição eé o o acaso, A necessidade afirma atraves de acaso. A necessidade que que aqui aqui se se afirma através de de todo todo o o acaso, acaso, ée de novo, tratados então entao os novo, afinal, afinal, aa economica. econômica. Aqui Aqui sao são tratados os assim assim charnados chamados grandes ta! homem, homem, ee exatamente nesta grandes homens. homens. Que Que um um tal exatamente este, este, apareca apareça nesta epoca pais, e, mero acaso. acaso. época deterrninada, determinada, exatamente exatamente neste neste país, é, naturalrnente, naturalmente, mero Mas mapa, entao ai aa dernanda Mas se se oo riscamos riscamos do do mapa, então existe existe aí demanda de de um um substisubsti­ tuto, ee este tant bien que mal mal [bern rnal], tuto, este substituto substituto eé encontrado, encontrado, tant bien que [bem ou ou mal], mas com mas com oo tempo tempo ele ele eé encontrado. encontrado. Que Que Napoleao, Napoleão, exatamentd exatamentd este este corso, militar tornado necessario pela pela Republica corso, tenha tenha sido sido oo ditador ditador militar tom ado necessário República francesa cansada da guerra isso foi foi acaso; acaso; mas que, aà falta falta de francesa cansada da guerra civil, civil, isso mas que, de um Napoleao, um outro teria preenchido isso eé provado provado pelo pelo um Napoleão, um outro teria preenchido o o lugar, lugar, isso fato de toda vez assim que fato de que que sempre sempre se se encontrou encontrou o o homem homem toda vez que que ee assim que ele Cesar, Augusto, Augusto, Cromwell, que ele se se tornou tornou necessario: necessário: César, Cromwell, etc. etc. Ainda Ainda que Marx tenha tenha descoberto materialista da Marx descoberto aa concepcao concepção materialista da hist6ria, história, Thierry, Thierry, Mignet, Guizoí, Guizot, todos ate 1850, Mignet, todos os os historiadores historiadores ingleses ingleses até 1850, provam provam no no entanto procurado, ee aa descoberta entanto que que isso isso era era procurado, descoberta da da mesma mesma concepcao concepção por por Morgan 21 ela ee que Morgan 21 prova prova que que aa epoca época estava estava madura m adura para para ela que simplessimples­ mente mente tinha tinha de de ser ser descoberta. descoberta. Do mesmo mesmo modo aparcncias de Do modo com com todos todos os os outros outros acasos acasos ee aparências de acaso acaso na hist6ria. Quanto que agora afasta do na história. Quanto mais mais oo terreno terreno que agora examinarnos examinamos se se afasta do economico do ideológico ideologico puramente purarnente abstrato, tanto maior maior econômico ce se se aproxima aproxima do abstrato, tanto oo mirnero acasos em desenvolvimento, tanto curva número de de acasos em scu seu desenvolvimento, tanto mais mais aa sua sua curva corre tracar oo eixo eixo media curva, corre em em ziguezague. ziguezague. Mas Mas se se o o Senhor Senhor traçar médio da da curva, ha de mais longo periodo em há de descobrir descobrir que, que, quanta quanto mais longo oo período em consideracao consideração ee quanta terreno assim tanto rnais esse eixo quanto maior maior o o terreno assim percorrido, percorrido, tanto mais esse eixo corre corre aproximadamente paralelo ao aproximadamente paralelo ao eixo eixo do do desenvolvimento desenvolvimento econornico. econômico. Na Na Alemanha, Alemanha, o o maior maior obstaculo obstáculo para para o o entendimento entendimento correto correto e, é, na literatura, negligencia quanta historia economica. na literatura, aa irresponsavel irresponsável negligência quanto àa história econômica. E nao so marteÉ tao tão dificil difícil não só se se dcsacostumar desacostumar das das concepcoes concepções de de historia história m arte­ ladas mas ainda mais difícil diffcil eé juntar necessario. ladas na na escola, escola, mas ainda mais juntar oo material material necessário. Quern, menos oo velho velho G[ustav] G[ustav] von van Gülich, Gulich, que, Quem, por por exemplo, exemplo, leu leu ao ao menos que, A referencia L. H. H. Morgan de A 21 A referência eé aa L. Morgan (1818-1881), (1818-1881), autor autor de A sociedade sociedade autiga, antiga, objeto origem da propriedade privada objeto da da atencao atenção de de Engels Engels em em A A origem da [amilia, família, da da propriedade privada ee do do Estado. Estado. (N.R.T.) (N .R.T.) 21

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cm material, contem, tanto material para oo cm sua sua seca seca coleta coleta de de material, contém, contudo. contudo, tanto material para 22! csvlnrccimento fatos politicos csdarccim ento de de imimeros inúmeros fatos políticos 22! No mais, creio exemplo dado dado por Marx cm BruNo mais, creio que que o o belo belo exemplo por Marx cm O () /8 18 Brumaria múrio ja já deve deve dar-Ihe dar-lhe bastante bastante inforrnacao informação sobre sobre as as suas suas pcrguntas, perguntas, cxatamente um exernplo Creio ja tocado exatamente porque porque ée um exemplo pratico. prático. Creio já ter ter tambcm também tocado na maioria I I, ee II, na maioria dos dos pontos pontos no no Anti-Diihring, Anti-D ühring, I, I, cap. cap. 9 9 aa 11, II, 2 2 aa 4, 4, assim tambern no no último ultimo capitulo do assim como como III, III, 11 ou ou Introducao Introdução ee também capítulo do Feuerbach. Feuerbach. Pe90 que pese na na balança balanca do Peço que nao nãri pese do ouro ouro cada cada palavra palavra anterior, anterior, mas mas que para oo conjunto; ter tempo para escreque dirija dirija o o olhar olhar para conjunto; lamento lamento nao não ter tempo para escrever-lhe modo faze-lo para ver-lhe de de m odo tao tão elaborado elaborado quanto quanto eu eu teria teria de de fazê-lo para oo publico público..... .

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F. Engels: Um F. Engels: Um punbado punhado de de gente gente pode pode fazer fazer a a revolueao? revolução? ** Carta Zassulitch C arta aa V. V. I. I. Zassulitch Londres, 23 23 de de abril abril de de 1885 Londres, 1885 Prezada cidada, Prezada cidadã,

Devo-lhe resposta aà sua de 14 Eis as Devo-lhe ainda ainda aa resposta sua carta carta de 14 de de fevereiro. fevereiro. Eis as causas minha causas da da demora, demora, que que certamente certamente nao não tern tem as as suas suas rafzes raízes em em minha preguica. preguiça. A opiniao sobre A Senhora Senhora solicitou solicitou aa minha minha opinião sobre oo livro livro de de Plekhanov Plekhanov Noss as di/ erencas. Para com N ossas diferenças. Para isso, isso, eu eu precisava precisava te-lo tê-lo lido. lido. Lcio Leio o o russo' russo' com bastante me ocupo ele durantc uma semana. bastante facilidade facilidade quando quando me ocupo com com ele durante uma semana. Mas, as vezes, isso se impossivel; Mas, às vezes, ha há semestres semestres inteiros inteiros cm em que que isso se torna torna impossível; entao aprende-lo então perco perco o o habito hábito ee me me vejo vejo obrigado, obrigado, por por assim assim dizer, dizer, aa aprendê-lo de isso que me aconteceu Nossas de novo. novo. Foi Foi isso que me aconteceu com com N ossas diierencas. diferenças. 23, me engaOs Marx, que eu dito um secretario Os manuscritos manuscritos de de Marx, que eu dito aa um secretário 23, me enga­ jam oo dia recebo visitas visitas que, nao se jogar jam dia todo; todo; aà noite, noite, recebo que, afinal, afinal, não se pode pode jogar na por ler, ser na rua; rua; ha há as as provas provas tipograficas tipográficas por ler, muita muita correspondencia correspondência aa sei despachada enfim, ha despachada e, e, enfim, há traducoes traduções (italianas, (italianas, dinamarquesas, dinamarquesas, etc.) etc.) do do rneu pedem que que eu revisao não nao meu A A origem origem etc. etc. 24 24 que que me me pedem eu reveja reveja ee cuja cuja revisão

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22 remete à obra GuuCH (1791-1847). Geschichtliche Darstellung des 22 Engels Engels remete obra de de G ü l ic h (1791-1847). G eschichtliche D arstellun g des Handels, der bedeutendsten H andeis, der der Gewerbe G ew erbe und und des des Ackerbaus A ckerbau s der bedeutendsten handeltreibenden handeltreibenden Staaten Descriciio industria ee da agriStaaten unserer unserer Zeit Z eit (( D escrição historica histórica do d o comercio, com ércio, da da indústria da agri­ cultura da nossa publicada em cultura ddos o s mais m ais importantes im portan tes Estados E stados comerciais com erciais da nossa epoca), é p o ca ), publicada em

Jena, 1830 ee 1845. 1.845. (N.R.T.) Jena, entre entre 1830 (N .R.T.) ** Reproduzido Reproduzido de de ENGELS, E n g e l s , F. F. Engels Engels ah an Vera Vera In: MARX, ENGELS, v. XXXVJ, In: M a r x , K. K. ee E n g e l s , F. F. Werke. W erke. v. XXXVI, R. Kothe. R. Kothe. ~~ Oskar (N.. do 23 Oskar Eisengarten. Eisengarten. (N do ed. ed. al.) al.) 21 A origem da da fam iamilia, da propriedade A origem ília, da propriedade privada privada

lwanowna Iwanowna Sassulitsch Sassulitsch in in Genf. Genf. p. 303-7. Flavio p. 303-7. Traduzido Traduzido por por Flávio ee do d o Estado. E stado. (N.T.) (N .T .)

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manuscnto da da carta (excerto) de Copia fotográfica F · E nge Is a do V manuscrito I Za r h carta (excerto) de

d.oZassulitch, Jsu •.tc • 23 23 de ~e. abril abril de de 1885 1885. ,(Cedida r s . . , F ’pelo ^ ng.Institut~ e ls a V ’ L arx1smo-Lenin1smo, Berlim.)) (C edida pelo Instituto do M arxism o-L eninism o, Berlim

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473 473 r, re c, l'tll cnlre

outras outras coisas, coisas, nem nem superflua supérflua nem nem facil. fácil. Ora, Ora, todas todas essas essas interinter­

nqu;rn.:s ru p çõ es me me impediram impediram de de ir ir alern além da da 60.a 60.a pagina página de de Nossas Nossas dijerencas. diferenças. Sl· tres dias Sc cu eu tivesse tivesse três dias para para mim, mim, aa coisa coisa estaria estaria resolvida resolvida e, e, alem além disso, disso,

cu cu ainda ainda teria teria refrescado refrescado meus meus conhecirnentos conhecimentos de de russo. russo. Creio, Creio, entretanto, entretanto, que que basta basta oo pouco pouco que que Iili do do Jivro livro para para me me famifami­ liarizar liarizar com com as as diferencas diferenças de de opiniao o p in ião 25 25 de de que que se se trata. trata. Antes Antes de de tudo, tudo, reafirmo-lhe reafirmo-lhe que que estou estou orgulhoso orgulhoso de de saber saber que que entre entre aa juventude juventude russa russa ha há um um partido partido que que se se declara declara abertamente abertam ente ee sem sem rodeios rodeios aa favor favor das das grandes grandes teorias teorias economicas econômicas ee hist6ricas históricas de de Marx Marx ee que que quebrou quebrou decididamente decididamente com com todas todas as as tradicoes tradições anarquistas anarquistas e, e, ainda ainda que que poucas, poucas, tradicoes tradições eslavofilas eslavófilas de de seus seus predecessores. predecessores. E E oo proprio próprio Marx M arx teria teria ficado ficado igualmente igualmente orgulhoso orgulhoso caso caso tivesse tivesse vivido vivido um um pouco pouco mais. mais. Este Este eé um um progresso progresso que que sera será de de grande grande significacao significação para para oo desendesen­ volvimento volvimento revolucionario revolucionário da da Russia. Rússia. A A teoria teoria historica histórica de de Marx M arx e, é, em em minha m inha opiniao, opinião, aa condicao condição basics básica de de qualquer qualquer tatica tática revolucionaria revolucionária coesa coesa ee conseqiiente; conseqüente', para para encontrar encontrar essa essa tatica, tática, basta basta aplicar aplicar aa teoria teoria as às condicoes condições economicas econômicas ee politicas políticas do do pais país em em questao. questão. Mas, Mas, para para isso, isso, eé preciso preciso conhecer conhecer essas essas condicoes; condições; e, e, no no que que me me conceme, concerne, sei sei muito muito pouco pouco da da situacao situação atual atual da da Russia Rússia para para pretender pretender ter julgar OS ter aa competencia competência de de julgar os detalhes detalhes da da tatica tática que que la lá Sao são necessaries necessários num interna ee secreta num dado dado momento. momento. Alern Além disso, disso, aa hist6ria história interna secreta do do partido partido revolucionario russo, especialmente revolucionário russo, especialmente aa dos dos ultimos últimos anos, anos, e-me é-me quase quase comcom­ pletamente pletamente desconhecida. desconhecida. E E essa essa eé uma uma condicao condição imprescindivel imprescindível para para se se formar form ar uma uma opiniao, opinião. O O que que sei, sei, ou ou creio creio saber, saber, sobre sobre aa situacao situação na na Russia, Rússia, leva-me leva-me aa aceitar aceitar que que la lá se se aproxima aproxima o o seu seu 1789. 1789. A A revolucao revolução tem tem de de estourar estourar numa num a certa certa epoca; época; ela ela pode p ode estourar estourar aa qualquer qualquer dia. dia. Nessas Nessas circunstancircunstân­ cias, cias, oo pais país eé como como uma uma mina mina carregada carregada em em que que s6 só se se precisa precisa acender acender aa mecha. mecha. Especialmente Especialmente desde desde o o 13 13 de de rnarco. março. Este Este eé um um daqueles daqueles casos casos excepcionais iazer uma excepcionais em em que que eé possivel possível aa um um punhado punhado de de gente gente fazer uma revorevo­ lucao, isto todo um lução, isto e, é, atraves através de de um um pequeno pequeno empurrao, empurrão, derrubar derrubar todo um sistesiste­ tt ma, para usar ma, cujo cujo equilfbrio equilíbrio esteja esteja rnais mais que que precario precário ((para usar aa metafora m etáfora 228 de de Plekhanov) Plekhanov) e, e, atraves através de de um um ato ato em em si si insignificante, insignificante, liberar liberar Iorcas forças explosivas explosivas que, que, entao, então, nao não mais mais sejam sejam controlaveis, controláveis. Ora, Ora, se se nalguma nalguma ocasiao ocasião oo blanquismo blanquismo -— aa fantasia fantasia de de revolucionar revolucionar toda toda uma um a sociedade sociedade atraves da acao de um pequeno grupo de revolucionarios através da ação de um pequeno grupo de revolucionários -— teve teve um um 27• certo direito a existencia, entao seguramente em Petersburgo certo direito à existência, então seguramente em Petersburgo 27. Uma Um a 2G No riscado nesta 25 N o rascunho, rascunho, riscado nesta passagern: passagem: entre entre aa sua sua fra~ao fração ee aa dos dos narodovolsos. narodovolsos. (N. do ed. (N . do ed. al.) al.) ~G No No rascunho, rascunho, riscado riscado nesta nesta passagern: passagem: metafora metáfora predileta. predileta. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) ~7 27 No N o rascunho, rascunho, riscado riscado nesta nesta passagem: passagem: eu eu nao não digo digo na na Russia, Rússia, pois pois na na propro­ vincia, víncia, longe longe do do centro centro governarnental, governamental, niio não pode pode ser ser dado dado um um tal tal golpe. golpe. (N (N do do ed. ed. al.) al.)

474 474 vez uma vez as forcas transformada vez posto posto o o fogo fogo na na p6lvora, pólvora, uma vez liberadas liberadas as forças ee transform ada aa energia de potencial ainda uma favorita energia nacional nacional de potencial em em cinetica cinética ((ainda uma imagem imagem favorita de Plekhanov, ee muito os bomens fogo de Plekhanov, muito boa) boa) -. — , entao então os homens que que puseram puseram fogo aà mina rnina serao mais forte serão arrancados arrancados pela pela explosao, explosão, que que sera será mil mil vezes vezes mais forte que procurar sua puder, como como as que eles eles ee ha há de de procurar sua saida saída como como puder, as forcas forças econoeconô­ micas micas ee resistencias resistências decidirem. decidirem. Suponhamos poder assumir Suponhamos que que essas essas pessoas pessoas imaginam imaginam poder assumir oo poder, poder, oo que ruim nisso? de rebentar que ha há de de ruim nisso? Se Se apenas apenas escavam escavam o o buraco buraco que que ha há de rebentar oo dique, dique, aa torrente torrente mesma mesma ha há de de esclarece-los esclarecê-los quanto quanto as às suas suas ilusoes, ilusões. Mas ilusoes por acaso tern consequencia emprestar-lhes Mas se se essas essas ilusões por acaso têm por por conseqüência emprestar-lhes superior isso? As pessoas · superior forca força de de vontade, vontade, por por que que lamentar-se lamentar-se por por isso? As pessoas que eito urn viram, no que se se vangloriaram vangloriaram de de ter ter ffeito umaa revolucao revolução sempre sempre ainda ainda viram, no dia que nao ieita não nao dia seguinte, seguinte, que não sabiam sabiam o o que que faziam, faziam, que que aa revolucao revolução feita era nada parecida queriam fazer. de era nada parecida com com aquela aquela que que queriam fazer. Hegel Hegel chama chama isso isso de 28• ironia Hist6ria, uma uma ironia ironia da da História, ironia aa que que poucas poucas personalidades personalidades escapam escapam 28. Veja Bismarck, oo revolucionario Veja s6 só Bismarck, revolucionário aa contragosto, contragosto, ee Gladstone, Gladstone, que, que, por por fim. fim, entrou entrou em em choque choque com com seu seu reverenciado reverenciado tzar tzar 20• 29. (I O minha opiniao, O principal principal eé que, que, segundo segundo aa minha opinião, oo empurrao empurrão sera será 'dado dado na la eé que aquela na Russia, Rússia, lá que aa revolucao revolução vai vai rebentar. rebentar. Que, Que, agora, agora, esta esta ou ou aquela frar;ao aquela bandeira, bandeira, isto isto nao fração de dê oo sinal, sinal, que que isso isso ocorra ocorra sob sob esta esta ou ou aquela não me interessa. Ainda Ainda que fosse uma ao revolucao no dia me interessa. que fosse u m a so revolução palaciana palaciana -— no dia seguinte tensa, onde seguinte ela ela seria seria varrida. varrida. Ai Aí onde onde aa situacao situação esteja esteja tao tão tensa, onde os os elementos revolucionarios tenham tenham se tal grau, situaelementos revolucionários se reunido reunido em em tal grau, onde onde aa situa­ r;ao vez mais mais impassive! grande ção econornica econômica se se tome, torne, dia dia ap6s após dia, dia, cada cada vez impossível aà grande massa massa da da populacao, população, onde onde todas todas as as fases fases do do desenvolvimento desenvolvimento humano humano estejam representadas, da primitiva ate grande industria estejam representadas, da comunidade comunidade primitiva até aa grande indústria moderna Iinanca ee onde essas contradicoes manm oderna ee aa alta alta finança onde todas todas essas contradições estejam estejam m an­ tidas igual, um tidas juntas juntas aà forca força atraves através de de um um despotismo despotismo sem sem igual, um despotismo despotismo que mais insuportável insuportavel para para uma que retina que se se tome torne sempre sempre mais uma juventude juventude que reúna em nacionais — - uma uma vez vez que la tenha tenha em si si aa inteligencia inteligência ee aa virtude virtude nacionais que lá cornecado 1793 nao começado oo 1789, 1789, 1793 não ha há de de se se deixar deixar esperar. esperar. Despeco-rne, da madrugada madrugada ee amaDespeço-me, cara cara cidada. cidadã. Sao São duas duas ee trinta trinta da ama­ nha terei mais mais tempo nhã nao não terei tempo de de acrescentar acrescentar alga algo antes antes da da saida saída do do correio. correio. Escreva-me caso aa Senhora favor, não nao Escreva-me em em russo russo caso Senhora oo prefira, prefira, mas, mas, por por favor, esqueca russas escritas nao leio dia. esqueça que que letras letras russas escritas sao são algo algo que que não leio aa cada cada dia. Atenciosamente Atenciosamente seu seu F. Engels F. Engels Noo rascunho, N rascunho, riscado riscado nesta nesta passagern: passagem: nos. (N. al.) nós. (N . do do ed. ed. al.) '!!l Alexandre III. 29 Alexandre III. (N. (N . do do ed. ed. al.) al.) :10 No rascunho, nesta passagem: s0 No rascunho, riscado riscado nesta passagem: bolsa, que bern-vindos até. ate.... . bolsa, que eles eles sejam sejam bem-vindos ~8 28

talvez isso venha talvez isso venha aa ocorrer ocorrer com com todos todos clique nobres ou especuladores da da clique de de nobres ou especuladores (N. do (N. do ed. ed. al.) al.)

5. 5.

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F. F. ENGELS: ENGELS: Cl:£NCIA CIÊNCIA E E IDEOLOGIA IDEOLOGIA NA NA HIST()RIA HISTÓRIA:: A A SITUA<;AO SITUAÇÃO DO DO HISTORIADOR HISTORIADOR MARXISTA MARXISTA **

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Mas Mas oo que que vale vale para para aa natureza, natureza, que que com com isso isso cé reconhecida reconhecida tamtam­ bern bém como como um um processo processo de de desenvolvimento desenvolvimento hist6rico, histórico, vale vale tarnbem também para para aa hist6ria história da da sociedade sociedade em em todos todos os os seus seus ramos ramos ee no no conjunto conjunto de de todas as umanas ((ee divinas) todas as suas suas ciencias ciências que que se se ocupam ocupam de de coisas coisas hhumanas divinas).. Tambern Também aqui aqui aa filosofia filosofia da da hist6ria, história, do do direito, direito, da da religiao, religião, etc., etc., concon­ sistiu no lugar real aa ser sistiu em em par pôr no lugar do do encadeamento encadeamento real ser provado provado nos nos aconteaconte­ cimentos, cimentos, um um outro, outro, fabricado fabricado na na cabeca cabeça do do fil6sofo, filósofo, ee aa hist6ria história era era entendida, entendida, tanto tanto em em seu seu conjunto conjunto quanto quanto em em suas suas diversas diversas partes, partes, coma como aa realizacao realização gradual gradual de de ideias, idéias, e, e, naturalmente, naturalmente, sempre sempre apenas apenas das das ideias idéias favoritas do favoritas do pr6prio próprio fil6sofo. filósofo. De De acordo acordo com com isso, isso, aa hist6ria história laborava laborava inconscientemente, mas inconscientemente, mas com com necessidade, necessidade, para para um um objetivo objetivo ideal ideal previaprevia­ mente mente fixado, fixado, como, como, por por exemplo, exemplo, em em Hegel, Hegel, para para aa realizacao realização de de sua sua Ideia tendencia inelutavel Idéia Absoluta; Absoluta; ee aa tendência inelutável para para essa essa Ideia Idéia Absoluta Absoluta conscons­ tituia tituía oo encadeamento encadeamento interno interno dos dos acontecimentos acontecimentos hist6ricos. históricos. No No lugar lugar do do encadeamento encadeamento real, real, ainda ainda desconhecido, desconhecido, era, era, assim, assim, colocada colocada uma uma nova nova ee misteriosa misteriosa Providencia, Providência, inconsciente, inconsciente, ou ou que que pouco pouco aa pouco pouco cheche­ gava consciencia, Aqui, tratava-se, gava aà consciência. Aqui, bem bem como como no no ambito âmbito da da natureza, natureza, tratava-se, portanto, esses encadeamentos portanto, de de afastar afastar esses encadeamentos artificiais artificiais pre-Iabricados, pré-fabricados, desdes­ cobrindo verdadeiros, uma levava aa descobrir cobrindo os os verdadeiros, uma tarefa tarefa que, que, afinal, afinal, levava descobrir as as

** Reproduzido Reproduzido de de ENGELS, E n g e l s , F. F . Ludwig Ludwig Feuerbach Feuerbach und und der der Ausgang Ausgang der der klassischen klassischen deustschen Ludwig Feuerbach deusíschen Philosophie Philosophie ((Ludwig Feuerbach ee o o [im fim da da Fi/osofia Filosofia cldssica clássica a/emii). alem ã). In: Ausgewahlte Werke. In : MARX, M a r x , K. K . e ENGELS, E n g e l s , F. F . Ausgewãhlte Werke. 7. 7. ed. ed. Berlim, Berlim, Dietz Dietz Verlag. Verlag, 1979. 1979. v. v. VI. VI, cap. cap IV. IV, p. p. 300-6 300-6 ee 312-4. 312-4. Traduzido Traduzido por por Flavio Flávio R. R. Kothe. Kothe. ;-:

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leis leis gerais gerais do do movimento movimento que que se se impoem impõem como como dominantes dominantes na na hist6ria história da sociedade humana. da sociedade humana. Mas Mas agora agora aa hist6ria história do do desenvolvimento desenvolvimento da da sociedade sociedade mostrava-se, mostrava-se, num Na natureza num ponto, ponto, essencialmente essencialmente diversa diversa da da da da natureza. natureza. Na natureza -— à medida homens sobre medida que que nao não levarrnos levàrmos em em conta conta aa reacao reação dos dos homens sobre aa natunatu­ reza - ha fatores inconscientes uns sobre reza — há somente somente fatores inconscientes ee cegos, cegos, que que agem agem uns sobre os se impoe os outros outros ee em em cujo cujo jogo jogo reciproco recíproco se impõe aa lei lei geral. geral. De De tudo tudo oo que inumeros acasos que acontece acontece -— desde desde os os inúmeros acasos aparentes aparentes que que se se tornam tornam visiveis visíveis na na superficie, superfície, ate até os os resultados resultados finais, finais, comprovando comprovando aa adequacao adequação
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477 477 sempre muitas vezes opostos -— dos sempre diferentes diferentes -— muitas vezes inclusive inclusive opostos dos objetivos objetivos visados, motivacocs igualmentc de significado visados, sendo, sendo, portanto, portanto, as as suas suas motivações igualmente de significado secundario para oo resultado resultado global. Por outro deve-sc perguntar perguntar secundário para global. Por outro !ado, lado, deve-se que tras dessas dessas rnotivacoes, que Iorcas forças motrizes motrizes estao, estão, por por sua sua vez, vez, por por trás motivações, quais quais sao em tais tais motivacoes nas são as as causas causas historicas históricas que que se se transforrnam transformam em motivações nas cabecas cabeças dos dos que que agem? agem? Esta materialismo nunca colocou. Por Esta questao, questão, o o antigo antigo materialismo nunca se se colocou. P or isso isso aa sua tern mesmo mesmo uma, uma, eé também tambem sua concepcao concepção de de historia, história, aà medida medida que que ele ele tem essencialmente motivos da a9ao, diviessencialmente pragmatica, pragmática, julga julga tudo tudo segundo segundo os os motivos da ação, divi­ de historicamente em em hons de os os homens homens que que atuam atuam historicamente bons ee maus, maus, ee constata constata entao os rnaus então aa regra regra de de que que os os hons bons sao são os os vencidos vencidos ee que que os maus sao são os os vencedores, entao resulta, para oo antigo vencedores, donde donde então resulta, para antigo materialismo, materialismo, que que oo estudo historia não nao traz traz muitos ensinamentos edificantes para nos, estudo da da história muitos ensinamentos edificantes e, e, para nós, que mesmo que no no dominio domínio historico histórico oo velho velho materialismo materialismo se se torna torna infiel infiel aa si si mesmo porque as torcas motrizes ideais ideais que que ali porque considera considera como como causas causas finais finais as forças motrizes ali atuam, existe por por tras delas ee quais atuam, ao ao inves invés de de examinar examinar oo que que afinal afinal existe trás delas quais sao forcas motrizes dessas forças forcas motrizes. motrizes. A A inconseqüência inconsequencia nao são as as forças motrizes dessas não consiste motrizes ideais, consiste em em reconhecer reconhecer Iorcas forças motrizes ideais, mas mas em em nao não procurar, procurar, mais suas causas compensacao, aa filosofia mais atras, atrás, as as suas causas motrizes. motrizes. Em Em compensação, filosofia da da historia, que as as moti­ motihistória, tal tal como como ela ela eé representada representada por por Hegel, Hegel, reconhece reconhece que vacoes as verdadeiramente efetivas dos homens vações ostensivas ostensivas ee tarnbem também as verdadeiramente efetivas dos homens atuantes de modo causas últimas ultimas dos dos atuantes na na historia história nao não sao, são, de modo algum, algum, as as causas acontecimentos historicos ee que, que, por tras dessas acontecimentos históricos por trás dessas motivacoes, motivações, estao estão outras outras Iorcas preciso pesquisar; pesquisar; mas procura essas forças motrizes, motrizes, que que eé preciso mas ela ela nao não procura essas Iorcas de fora, forças na na propria própria historia, história, importa-as importa-as muito muito mais mais de fora, da da ideologia ideologia filosofica, para dentro Ao inves explicar aa história historia da filosófica, para dentro da da historia. história. Ao invés de de explicar da Grecia por suas articulacoes internas, afirma Grécia antiga antiga por suas articulações internas, Hegel, Hegel, por por exemplo, exemplo, afirma simplesmente mais eé que simplesmente que que ela ela nada nada mais que aa elaboracao elaboração das das "figuras “figuras da da 1 como ta!. Nessa bela individualidade", aa realizacao "obra de bela individualidade”, realização da da “obra de arte" arte” 1 como tal. Nessa ocasiao os gregos ocasião ele ele diz diz muita muita coisa coisa bonita bonita ee profunda profunda sobre sobre os gregos antigos, antigos, mas nos não nao possamos possamos dar-nos dar-nos por mas isso isso nao não impede impede que que nós por satisfeitos satisfeitos com com uma maneira uma tal tal explicacao, explicação, que que eé uma uma mera mera m aneira de de falar. falar. Quando trata, por conseguinte, de pesquisar as as Iorcas motrizes Quando se se trata, por conseguinte, de pesquisar forças motrizes que muitas vezes que -— consciente consciente ou ou inconscientemente, inconscientemente, ee muitas vezes mesmo mesmo inconsincons­ cientemente das motivacoes cientemente -— estao estão por por tras trás das motivações dos dos hornens homens atuantes atuantes historicarnente que constituem motrizes últimas, ultimas, historicamente ee que constituem as as autenticas autênticas forcas forças motrizes nao se pode tratar, entao, tanto das motivacoes em individuos, por mais não se pode tratar, então, tanto das motivações em indivíduos, por mais notaveis homens que eles sejam, quanto daquelas que colocam em movinotáveis homens que eles sejam, quanto daquelas que colocam em movi­ mento e, em novamente mento grandes grandes massas, massas, povos povos inteiros inteiros e, em cada cada povo, povo, novamente classes inteiras da da populacao; momentaneamente, nao classes inteiras população; ee tambern também isso isso nao não momentaneamente, não I as "Conferencias Filosofia da Historia" de Hegel, conti­ conti! Engels Engels refere-se refere-se às “Conferências sobre sobre Filosofia da História” de Hegel, das v. 9. 1837. (N. das em em Werke. Werke. v. 9. Berlirn, Berlim, 1837. (N . do do ed. ed. al.) al.)

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como fogo de mas como fogo de palha palha que que se se atica atiça fugazmente fugazmente ee rapido rápido se se extingue, extingue, mas em em a9ao ação duradoura, duradoura, redundando redundando numa numa grande grande transtorrnacao transformação histories. histórica. Fundarnentar propulsoras que Fundam entar as as causas causas propulsoras que aqui aqui se se refletem refletem nas nas cabecas cabeças das das massas massas atuantes atuantes ee dos dos seus seus condutores condutores -— os os assim assim chamados chamados grandes grandes homens homens -— como como motivacoes motivações conscientes, conscientes, em em forma forma clara clara ou ou obscura, obscura, imediata imediata ou ou ideo16gica, ideológica, ate até mesmo mesmo celestializada celestializada -— este este eé oo unico único carnicami­ nho pode conduzir-nos nho que que pode conduzir-nos para para o o rastro rastro das das leis leis que que dominam dominam aa hist6ria história universal parses. Tudo universal ee aa dos dos diferentes diferentes periodos períodos ee países. Tudo o o que que move move os os homens precisa passar homens precisa passar pela pela cabeca cabeça deles; deles; mas mas aa configuracao configuração que que isso isso toma toma nessa nessa cabeca cabeça depende depende muito muito das das circunstancias, circunstâncias. Os Os trabalhadores trabalhadores nao não se se reconciliaram, reconciliaram, de de modo modo algum, algum, com com aa maquinaria maquinaria capitalista capitalista desde desde que que nao não mais mais arrebentam arrebentam simplesmente simplesmente as as maquinas máquinas em em pedacos, pedaços, como como ainda ainda ocorreu ocorreu no no Reno Reno em em 1848. 1848. Mas todos os Mas enquanto enquanto em em todos os perfodos períodos anteriores anteriores aa pesquisa pesquisa dessas dessas causas natucausas propulsoras propulsoras da da historia história era era quase quase irnpossivel impossível -— devido devido aà natu­ reza reza complexa complexa ee velada velada dos dos encadeamentos encadeamentos ee dos dos seus seus efeitos efeitos -, — , npsso njosso perlodo período atual atual simplificou simplificou tanto tanto esses esses encadeamentos encadeamentos que que o o enigma enigma pode pôde ser ser decifrado. decifrado. Desde Desde aa implantacao implantação da da grande grande industria, indústria, portanto portanto pelo pelo menos para nenhum nenhum homern menos desde desde aa paz paz europeia européia de de 1815, 1815, para homem na na InglaIngla­ terra la toda terra era era mais mais segredo segredo que que lá toda aa luta luta politica política girava girava em em torno torno das das pretensoes pretensões aà dorninacao dominação de de duas duas classes, classes, aa aristocracia aristocracia latifundiaria latifundiária (lan(landed middle class). vol ta ded aristocracy) aristocracy) ee aa burguesia burguesia ((middle class). Na Na Franca, França, com com aa volta dos dos Bourbons, Bourbons, o o mesmo mesmo fato fato tornou-se tornou-se consciente; consciente; os os historiadores historiadores da da epoépo­ ca ca da da Restauracao, Restauração, de de Thierry Thierry aa Guizot, Guizot, Mignet Mignet ee Thiers, Thiers, proclamarn-no proclamam-no como hist6ria francesa como aa chave chave para para o o entendimento entendimento da da história francesa desde desde aa Idade Idade Media. foi recoMédia. E, E, desde desde 1830, 1830, aa classe classe trabalhadora, trabalhadora, o o proletariado, proletariado, foi reco­ nhecida, nhecida, em em ambos ambos os os paises, países, como como terceiro terceiro combatente combatente pelo pelo poder. poder. As fechar As relacoes relações tinham tinham se se simplificado simplificado de de tal tal modo modo que que era era preciso preciso fechar propositadamente nao ver tres grandes propositadamente os os olhos olhos para para não ver na na luta luta dessas dessas três grandes classes classes ee no no antagonisrno antagonismo dos dos seus seus interesses interesses aa Iorca força motriz motriz da da hist6ria história -— pelo paises mais pelo menos menos nos nos países mais avancados. avançados. Mas Mas como como haviam haviam surgido surgido essas essas classes? classes? Se, Se, aà primeira primeira vista, vista, ainda ainda se se podia podia atribuir atribuir aà grande grande propriedade propriedade fundiaria, fundiária, anteriormente anteriormente feudal, feudal, uma uma origem origem baseada baseada -— pelo pelo menos menos no no comeco começo -— em em causas causas politicas, políticas, numa numa usurpacao usurpação violenta, violenta, isso isso ja já nao não servia servia rnais mais para para aa burguesia burguesia ee o o proletariado. proletariado. Aqui, Aqui, aa origem origem ee o o desenvolvimento desenvolvimento das das duas duas grandes grandes classes puramente econornicas classes atraves através de de causas causas puramente econômicas estava estava claro claro ee palpavel. palpável. E rural ee burE igualmente igualmente claro claro estava estava que, que, na na luta luta entre entre propriedade propriedade rural bur­ guesia, guesia, nao não menos menos que que na na luta luta entre entre burguesia burguesia ee proletariado, proletariado, tratava-se tratava-se em primeira linha poder em primeira linha de de interesses interesses economicos, econômicos, para para cuja cuja satisfacao satisfação o o poder politico meio. Burguesia proletariado surgiram político devia devia servir servir de de rnero mero meio. Burguesia ee proletariado surgiram arnbos ambos em em conseqtiencia conseqüência de de uma uma transforrnacao transformação das das condicoes condições econornieconômi­

479 cas producao. A primeiro cas ou, ou, mais mais exatamente, exatamente, do do modo modo de de produção. A transicao, transição, primeiro do trabalho manual do trabalho manual em em corporacoes corporações para para aa manufutura, manufatura, ee dai daí da da rnanumanu­ fatura para industria com fatura para aa grande grande indústria com vapor vapor cc maquinaria, maquinaria, havia havia desendesen­ volvido essas volvido essas duas duas classes. classes. Num Num determinado determinado estagio, estágio, as as novas novas forcas forças de movimento pela de producao produção postas postas em em movimento pela burguesia burguesia -— primeiro primeiro aa divisao divisão do trabalho ee aa reuniao do trabalho reunião de de muitos muitos trabalhadores trabalhadores especializados especializados numa numa manufatura m anufatura global global -— ee as as condicoes condições ee necessidades necessidades de de troca troca desenvoldesenvol­ vidas vidas por por elas elas tornaram-se tornaram-se incornpativeis incompatíveis com com oo regime regime de de producao produção existente, lei, isto existente, transrnitido transmitido historicamente historicamente ee consagrado consagrado pela pela lei, isto e, é, com com os privilegios corporativos privilegios pessoais locais os privilégios corporativos ee imirneros inúmeros outros outros privilégios pessoais ee locais ((que que constituiam constituíam outros outros tantos tantos entraves entraves para para as as categorias categorias nao não priviprivi­ legiadas) Iorcas de legiadas) da da constituicao constituição feudal feudal da da sociedade. sociedade. As As forças de producao produção representadas pela burguesia rebelaram-se contra representadas pela burguesia rebelaram-se contra o o regime regime de de producao produção representado representado pelos pelos latifundiarios latifundiários feudais feudais ee pelos pelos mestres mestres das das corporacoes; corporações; oo resultado rebentados, pouco resultado eé conhecido, conhecido, os os entraves entraves feudais feudais foram foram rebentados, pouco aa pouco pouco na na Franca, na Inglaterra, Inglaterra, de de um um golpe golpe na França, ee na na Alemanha Alem anha ainda ainda nao num determinado não se se acabou acabou com com isso. isso. Mas Mas assim assim como, como, num determinado estagio estágio de de desenvolvimento, desenvolvimento, aa manufatura m anufatura entrou entrou em em contlito conflito com com aa ordenacao ordenação feudal feudal de de produção, producao, assim assim agora agora aa grande grande industria indústria ja já entra entra em em conflito conflito com lugar daquela. com aa ordenacao ordenação burguesa burguesa de de producao produção posta posta no no lugar daquela. AmarA m ar­ rada producao rada por por essa essa ordern, ordem, pelas pelas limitacoes limitações estreitas estreitas do do modo modo de de produção capitalista, por um uma proletarizacao capitalista, ela ela produz, produz, por um lado, lado, uma proletarização crescente crescente da da grande maior grande massa massa global global do do povo, povo, e, e, por por outro, outro, uma uma massa massa sempre sempre maior de massas, cada de produtos produtos sern sem colocacao. colocação. Superproducao Superprodução ee miseria miséria das das massas, cada uma sendo uma sendo aa causa causa da da outra, outra, esta esta eé aa absurda absurda contradicao contradição em em que que ela ela desemboca Iornenta necessariamente necessariamente uma uma liberacao desemboca ee que que fomenta liberação das das forcas forças produtivas produtivas atraves através da da mudanca mudança do do modo modo de de producao. produção. Ao Ao menos menos na na historia história moderna m oderna esta está provado, provado, portanto, portanto, que que todas todas as todas as as lutas lutas de as lutas lutas politicas políticas sao são lutas lutas de de classes classes ee que que todas de emanciemanci­ pacao pois toda pação de de classes, classes, apesar apesar de de sua sua necessaria necessária forma forma politica política -— pois toda luta politica -. luta de de classes classes eé uma uma luta luta política — , giram giram afinal afinal em em torno torno da da ernanciemanci­ pacao portanto, oo Estado, politica, pação economica. econômica. Ao Ao menos menos aqui, aqui, portanto, Estado, aa ordem ordem política, eé subordinado, reino das subordinado, ee aa sociedade sociedade civil, civil, oo reino das relacoes relações econornicas, econômicas, cé oo elemento A ideia Hegel cultua, elemento decisivo. decisivo. A idéia tradicional, tradicional, que que tambcm também Hegel cultua, via via no no Estado Estado o o elemento elemento determinante, determinante, ee na na sociedade sociedade oo elemento elemento deterdeter­ minado por ele. Assim como minado por ele. A A aparencia aparência corresponde corresponde aa isso. isso. Assim como no no indiindi­ viduo humano todas forcas motrizes passar víduo humano todas as as forças motrizes das das suas suas acoes ações precisarn precisam passar atraves motivacoes de através do do seu seu cerebro, cérebro, precisam precisam transforrnar-se transformar-se em em motivações de sua sua vontade vontade para para leva-lo levá-lo aa agir, agir, assim assim tambem também todas todas as as necessidades necessidades da da sociedade sociedade civil civil -— qualquer qualquer que que seja seja aa classe classe que que esteja esteja govemando governando -— precisam precisam passar passar atraves através da da vontade vontade do do Estado Estado para para receberem receberem validacao validação geral em em forma forma de de leis. Este eé oo lado lado formal formal da da coisa, coisa, evidente evidente por por si si geral leis. Este mesmo; pergunta-se vontade apenas mesmo; pergunta-se apenas apenas que que conteudo conteúdo tern tem esta esta vontade apenas forfor­

480 480 ma! mal -— do do individuo indivíduo assim assim como como do do Estado Estado -— ee de de onde onde vem vem este este conteudo, conteúdo, por por que que se se quer quer exatamente exatamente isto isto ee nao não aquilo. aquilo. E E se se pergunpergun­ tarmos tarmos por por isso, isso, entao então veremos veremos que, que, na na hist6ria história moderna, moderna, aa vontade vontade do do Estado Estado e, é, de de um um modo modo geral, geral, determinada determinada pelas pelas cambiantes cambiantes necessinecessi­ dades dades da da sociedade sociedade burguesa, burguesa, pela pela supremacia supremacia desta desta ou ou daquela daquela classe, classe, em instancia pelo em ultima última instância pelo desenvolvimento desenvolvimento das das Iorcas forças produtivas produtivas ee das das relacoes relações de de troca. troca. [[ ... . . . ]J As As consideracoes considerações anteriores anteriores apenas apenas pretendem pretendem ser ser um um esboco esboço geral geral da da concepcao concepção marxista marxista de de hist6ria, história, no no rnaximo máximo ainda ainda algumas algumas ilustracoes. ilustrações. A procurada na A cornprovacao comprovação deve deve ser ser procurada na pr6pria própria hist6ria, história, ee quanto quanto aa isso isso posso posso mesmo mesmo dizer dizer que que ela ela ja já foi foi dada dada suficientemente suficientemente em em outros outros escritos. escritos. Essa filosofia no Essa concepcao concepção acaba acaba com com aa filosofia no ambito âmbito da da hist6ria, história, assim assim como como aa concepcao concepção dialetica dialética de de natureza natureza tarnbem também torna torna toda toda filosofia filosofia da da natunatu­ reza imaginar reza tao tão imitil inútil quanto quanto impossivel. impossível. Ja Já nao não se se trata trata mais mais de de imaginar correlacoes na cabeca, nos Iatos. correlações na cabeça, mas mas de de descobri-las descobri-las nos fatos. Expulsa Expulsa da da natuijatureza reza ee da da historia, história, s6 só res resta ta en então tao à filosofia filosofia O o reino reino do do pensamento pensamento puro: puro: aa doutrina doutrina das das leis leis do do pr6prio próprio processo processo de de pensamento, pensamento, aa logica lógica ee aa dialetica. dialética.

a

•* Com aa Revolucao Com Revolução de de 1848, 1848, aa Alemanha Alem anha "culta" “culta” deu deu oo bilhete bilhete azul azul para para oo campo A pequena para aa teoria teoria ee se se mandou mandou para campo da da praxis. práxis. A pequena empresa, empresa, baseada manual, ee aa manufatura foram substituidas baseada no no trabalho trabalho manual, manufatura foram substituídas por por uma uma verdadeira verdadeira grande grande industria; indústria; aa Alemanha Alemanha reapareceu reapareceu no no mercado mercado munmun­ dial; imperio alemao dial; oo novo novo pequeno pequeno império alemão eliminou eliminou ao ao menos menos os os inconveinconve­ nientes nientes mais mais gritantes, gritantes, os os dos dos pequenos pequenos estadinhos, estadinhos, dos dos restos restos de de feudafeuda­ lismo lismo ee do do setor setor burocratico, burocrático, que que estavam estavam impedindo impedindo o o caminho caminho desse desse desenvolvimento. na mesma desenvolvimento. Mas Mas na mesma medida medida em em que que aa especulacao especulação se se mudava do mudava do quartinho quartinho de de estudos estudos da da filosofia filosofia para para ir ir erguer erguer oo seu seu templo templo na culta perdia na bolsa bolsa de de valores, valores, na na mesma mesma medida medida aa Alemanha Alemanha culta perdia aquele aquele grande havia sido grande senso senso teorico teórico que que havia sido aa fama fama da da Alemanha Alemanha durante durante oo tempo politica -— o tempo de de sua sua mais mais profunda profunda hurnilhacao humilhação política o senso senso para para aa pesquisa independendo de resultado alcanpesquisa puramente puramente cientifica, científica, independendo de que que oo resultado alcan­ çado fosse fosse aplicavel aplicável OU ou nao, não, contrario contrário aà policia polícia OU ou nao. não. £ É verdade verdade que que cado as particularmente no no ambito as ciencias ciências naturais naturais oficiais oficiais da da Alemanha, Alemanha, particularmente âmbito das das pesquisas pesquisas especializadas, especializadas, rnantiveram-se mantiveram-se no no topo topo da da epoca, época, mas mas ja já oo jornal jornal americano americano Science Science observa observa com com justica justiça que que os os progressos progressos decideci­ .sivos terreno das sivos no no terreno das grandes grandes correlacoes correlações dos dos fatos fatos individuais, individuais, aa sua sua generalizacao muito mais mais na generalização em em leis, leis, sao são feitos feitos agora agora muito na Inglaterra Inglaterra do do que, que, como na Alemanha. no terreno inclusive como antes, antes, na Alemanha. E E no terreno das das ciencias ciências hist6ricas, históricas, inclusive aa filosofia, desapareceu completamente com a filosofia classica filosofia, desapareceu completamente com a filosofia clássica oo antigo antigo

481 481

espirito espírito te6rico teórico indomito; indômito; em em seu seu Iugar lugar entraram entraram um um ecletismo ecletismo vazio, vazio, aa preocupacao preocupação atemorizada atemorizada com com carrcira carreira ee vencimentos vencimentos ee ate até oo arrivismo arrivismo mais mais ordinario, ordinário. Os Os representantes representantes oficiais oficiais dessa dessa cicncia ciência tornararn-se tornaram-se os os ide6Iogos ideólogos descarados descarados da da burguesia burguesia ee do do Estado Estado vigente vigente -— mas mas numa numa epoca época em em que que ambos ambos estao estão em em aberta aberta antitese antítese aà classe classe operaria. operária. E s6 E só na na classe classe operaria operária perdura, perdura, sem sem decair, decair, oo senso senso te6rico teórico alernao. alemão. Daqui Daqui ele ele nao não pode pode ser ser extirpado; extirpado; aqui aqui nao não ha há consideracoes considerações por por carcar­ reira, lucro, por reira, por por lucro, por misericordiosa misericordiosa protecao proteção do do alto; alto; pelo pelo contrario, contrário, quanto mais ela quanto rnais mais audaz audaz ee intrepida intrépida aa ciencia ciência avanca, avança, tanto tanto mais ela se se enconencon­ tra tra em em unissono uníssono com com os os interesses interesses ee as as aspiracoes aspirações dos dos operarios. operários. A A nova nova orientacao, orientação, que que descobriu descobriu na na hist6ria história da da evolucao evolução do do trabalho trabalho aa cbave chave para para entender entender aa hist6ria história global global da da sociedade, sociedade, voltou-se voltou-se preferenpreferen­ cialrnente cialmente para para aa classe classe operaria operária ee encontrou encontrou aqui aqui aa receptividade receptividade que que ela ela nao não procurava procurava nem nem esperava esperava na na ciencia ciência oficial. oficial. 0 O movimento movimento operario operário alemao alemão eé O o herdeiro herdeiro da da filosofia filosofia classica clássica alema. alemã.

fíndice NOICE analítico ANALITICO EEONOMÁSTICO ONOMASTICO absolutismo, absolutismo, 43, 43, 222, 222, 223, 223, 291, 291, 374 374 abstra9ao(oes), 120, 124, abstração(ões), 120, 124, 180, 180, 194, 194, 340, 340, 409, 436, 409, 413,413, 436,438, 438,463463 a9ao(oes), 131 ação(ões), coletiva(s), coletiva(s), 20, 20, 21, 21, 104, 104, 131 histórica, 34 hist6rica, humana, 155, 187, humana, 147, 147, 154, 154, 155, 187, 202, 202, 368, 465 465 368, revolucionaria, revolucionária, 41, 41, 229 229 acasalamento, 323, 324 acasalamento, acaso, acaso, 333, 333, 470, 470, 476 476 acumulação, 97, 97, 394-8, 394-8, 400-2, 400-2, 404 acurnulacao, acelerada, 96, 96, 97, 97, 99, 99, 100, 100, 106, 106, 107, 107, acelerada, 125, 125, 387 387 capitalista, 12, 79, capitalista, 12, 79, 83, 83, 98, 98, 102, 102, 105, 105, 118, 147, 354, 147,356354, 356 118, primitiva, primitiva, 83, 83, 89, 89, 98, 98, 379-81, 379-81, 383-7, 383-7, 389-93, 447 389-93, Aethelstan, Aethelstan, rei, rei, 363 363 ager publicus, publicus, 339 339 ager agricultura, agricultura, 189-91, 189-91, 286, 286, 287, 287, 321, 321, 322, 322, 344,351, 351,355, 355,356, 356,358, 358,360, 360, 324, 344, 369, 369, 396, 396, 403, 403, 412, 412, 415 415 albigenses, 238-40 238-40 albigenses, Alexandre Alexandre Magno, Magno, 183 183 Alexandre III, 474 Alexandre III, 474 alienação, 25, 149-52, 149-52, 154, 158, 163, 163, alienacao, 154, 158, 168, 177,200200 168, 170,170,177, alimento, 176, 176, 316-8, 316-8, 320, 320, 321 alimento, 321 análise, 18, 22, 49, 49, 58, 58, 92 92 analise, 18, 22, científica, 102, 119 119 cientifica, dialética,-32, 105, 121-3, 121-3, 125, 125, 127 127 dialetica,· 32, 105, histórica, 21, 21, 50, 91, 128 hist6rica, 50, 53, 68, 77, 91, sistêmica, 66, 66, 130 130 sisternica, sociológica, 58, 91, 91, 128 128 sociol6gica, anarquia, anarquia, 297, 297, 300, 300, 437 437 anarquisias, anarquistas, 282 282 anistia, anistia, 257, 257, 263, 263, 274 274 Annenkow, P. P. V V.,.. 431 Annenkow.

antagonismos antagonismos sociais, sociais, 56, 56, 125, 125, 329, 329, 408, 408, 419, 419, 436-8 436-8 antiteses, antíteses, 26, 26, 27 27 antrop6logo(s), 15, 49, antropólogo(s), 15, 49, 51 51 aristocracia, aristocracia, 29, 29, 199, 199, 207, 207, 208, 208, 2U, 211, 286, 286, 328, 328, 329, 329, 373, 373, 424, 424, 452, 452, 478 478 . operaria, operária, 73 73 Aristoteles, 179 Aristóteles, 179 Arnoldo Arnoldo de de Brescia, Brescia, 238, 238, 239 239 arranque industrial, industria], 73 arranque Arsenic, Arsênio, Santo, Santo, 281 281 artesanato, artesanato, 191, 191, 362, 362, 387, 387, 446 446 assalariado, assalariado, 81, 81, 224, 224, 352 352 Associacao Internacional dos Associação Internacional dos TrabalhaTrabalha­ dores, dores, 50, 50, 68, 68, 70, 70, 128, 128, 303, 303, 452, 452, 454 454 ato historico, histórico, 194, 194, 195 195 ato autoconsciencia, autoconsciência, 181, 181, 204, 204, 205, 205, 210 210 autogestao, autogestão, 32, 32, 297 297 autoridade, autoridade, 330 330 bairro(s) operariots), operário(s), 309-16 309-16 bairro(s) balanca 435 balança comercial, comercial, 435 Ball, Bali, John, John, 238, 238, 240 240 Balzac, Balzac, 292 292 Bancroft, Bancroft, 320 Baraquin, A., 140 Baraquin, A., 140 barbaric, barbárie, 81, 81, 82, 82, 237, 237, 261, 261, 319, 319, 323, 323, 325, 370370 325, 327, 327, Barbes, Barbès, 269 269 Banot, Odilon. Odilon, 255, 255, 264-6, 264-6, 268-70, 268-70, 274 Barrot, Barth, Paul, Barth, Paul, 455, 455, 457, 457, 463, 463, 465. 465, 466 466 Barton, Barton, John, John, 396, 396, 397 397 base(s), econornicats), base(s), econômica(s), 61, 61, 79, 79, 90, 90, 93, 93, 99, 99, 100, 131,131, 233, 275, 320, 329, 461, 469469 100, 233, 275, 320, 329, 461, material, material, 62, 62, 195 195 social, social, 61, 61, 90 90 Bastiat, 426 426 Bastiat, Bastide, 258 Bastide, 258

483 483 Bauer, Bauer, Bruno, Bruno, 194, 194, 203, 203, 205 205 Bauer, Heinrich, Bauer, Heinrich, 40 40 Beaumarchais, 270 Beaumarchais, 270 Bebe), 464 Bebei, 464 Beer, M., 141 141 Beer, M., Bernstein, 463 Bemstein, 463 Bismarck, Bismarck, 69, 69, 298, 298, 305, 305, 332, 332, 467, 467, 474 474 Blanc, Luís, Luis, 58, 58, 255, 255, 266, 266, 277 Blanc, 277 Blanchet, Blanchet, 305 305 Blanqui, Blanqui, 269 269 blanquismo, 473 473 blanquismo, Bleichroder, 332 332 Bléichrõder, Bloch, J., 132, Bloch, J., 132, 427 427 Boccaccio, Boccaccio, 239 239 bolsa, 290, 332, bolsa, 290, 332, 458, 458, 459, 459, 480 480 Bonapartes, 283, Bonapartes, 283, 285 285 bonapartismo, 50, 67, bonapartismo, 50, 67, 68, 68, 331 331 Bottigelli, s, 141 Bottigelli, Ê., 141 Bottomore, Bottomore, T., T„ 142 142 Bourbons, 283, 478 Bourbons, 262, 262, 275, 275, 283, 478 Brea, Bréa, general, general, 277 277 Bright, Bright, 425 425 Bruno, ver Bauer, Bruno, Sao, São, ver Bauer, Bruno Bruno Bugeaud, Bugeaud, 265 265 burguesia, 16, 17, 39, 41, burguesia, 12, 12, 16, 17, 29, 29, 34, 34, 39, 41, 42, 55, 56, 58, 63, 63, 67, 67, 69, 69, 73, 42, 51-3, 51-3, 55, 56, 58, 73, 74, 114, 126, 126, 129, 129, 74, 90, 90, 91, 91, 97, 97, 110, 110, 114, 139, 202, 219, 139, 202, 207, 207, 208, 208, 213, 213, 218, 218, 219, 222, 223, 226. 252-4, 222, 223, 226, 238, 238, 240, 240, 241, 241, 252-4, 257-61, 257-61, 267, 267, 273-5, 273-5, 278, 278, 280, 280, 281, 281, 285, 287, 290, 290, 295, 295, 298, 298, 303, 303, 309, 309, 285, 287, 316, 331, 316, 331, 365-75, 365-75, 393, 393, 407, 407, 408, 408, 424, 424, 425, 463, 425, 429, 429, 442, 442, 443, 443, 453, 453, 462, 462, 463, 478, 481 478, 479, 479, 481 grande, 260, 262 grande, 42, 42, 222, 222, 260, 262 pequena-, pequena-, 42, 42, 43, 43, 63, 63, 221, 221, 223-6, 223-6, 253, 260, 262, 253, 254, 254, 260, 262, 263, 263, 276-80, 276-80, 366; 366, 440, 441 440, 441 burocracia, burocracia, 66, 66, 224, 224, 287, 287, 288, 288, 293, 293, 298 298

Caber, 169 Cabet, 169 Calonne, Calonne, 307 307 Calvino, Calvino, 466 466 campo, campo, 190, 190, 268-8, 268-8, 297, 297, 298, 298, 316, 316, 325, 325, 328, 369, 409 409 328, 356, 356, 361, 361, 369, camponeses, camponeses, 213, 213, 285, 285, 295 295 pequenos, 283, 283, 284 pequenos, 284 caos caos historico, histórico, 88 88 capital(is), 69, capital(is), 22, 22, 23, 23, 34, 34, 39, 39, 63, 63, 68, 68, 69, 78, 91, 95, 95, 96, 109, 78, 83, 83, 87, 87, 91, 96, 99-101, 99-101, 109, 110, 118-20, 118-20, 129, 129, 147, 110, 147, 148, 148, 150, 150, 162, 162, 164, 173, 201, 217, 218, 164, 16~ 165, 173, 201, 204, 204, 217, 218, 223, 230, 231, 223, 224, 224, 230, 231, 254, 254, 260, 260, 279, 279, 287, 294. 299, 331, 334, 334, 338, 347, 287, 294, 299, 331, 338, 347,

348, 353-64, 367, 348, 350, 350, 351, 351, 353-64, 367, 370, 370, 377377·94, 402-5, 407-9, 411, -94, 396, 396, 397, 397, 399, 399, 402-5, 407-9, 411, 415, 416, 419, 425, 415, 416, 419, 421, 421, 422, 422, 424, 424, 425, 433, 442, 450, 453 433, 442, 450, 453 acumulado, 380, 384, 385 acumulado, 380, 382, 382, 384, 385 centralizacao 100, 105, centralização do, do, 100, 105, 389-91, 389-91, 394, 395 394, 395 composicao organica do, 96, 100, 100, composição orgânica do, 96, 105-7, 394, 395, 398 398 105-7, 394, 395, composicao composição tecnica técnica do, do, 96, 96, 97, 97, 108, 108, 385, 390 385, 388, 388, 390 concentracao 97, 105, 301, 389, concentração do, do, 97, 105, 301, 389, 395 395 constante, 386, 388, 390, 394-6, constante, 96, 96, 386, 388, 390, 394-6, 400, 400, 401, 401, 404 404 formacao 338, formação do, do, 79, 79, 88, 88, 89, 89, 102, 102, 338, 355 355 industrial, 97, 97, 107, 107, 108, industrial, 108, 125 125 total, 379, total, 379, 388, 388, 394, 394, 395, 395, 397, 397, 403 403 variavel, 390, variável, 96, 96, 377-9, 377-9, 385-8, 385-8, 390, 394-6, 400, 401, 394-6, 400, 401, 404 404 capitalismo, 67, 74, 74, 87, capitalismo, 20, 20, 29, 29, 67, 87, 89, 89, 98, 98, 108, 392, 449449 108, 392,428, 428, industrial, industrial, 109, 109, 354 354 monopolista, 67, monopolista, 67, 74 74 capitalista(s), 95, 160, capitalista(s), 81, 81, 86, 86, 87, 87, 94, 94, 95, 160, 166, 171, 217, 224, 166, 171, 217, 224, 256, 256, 287, 287, 291, 291, 294. 300, 294, 300,332, 332,354, 354,355, 355,362, 362,363, 363, 400, 421, 400, 421, 449 449 abstrato, 162 abstrato, 162 Cardanus, 446 Cardanus, 446 Carey, Carey, C. C. H., H., 442 442 Carlos V, 243 Carlos V, 243 Carlos Alberto (rei do Piemonte), 273 Carlos Alberto (rei do Piemonte), 273 casta(s), 288, 350, casta(s), 288, 350, 434 434 Catao, Catão, 258 258 categoria(s), 104, 120, 121, 162, categoria(s), 23, 23, 104, 120, 121, 162, 185, 185, 204, 338, 412-5, 412-5, 438-40, 204, 338, 438-40, 444 444 abstratas, 80, 414 414 abstratas, 80, analise dialetica análise dialética das, das, 20, 20, 118, 118, 119, 119, 121, 123 121, 123 concretas, 121, 122, 122, 411, 411, 412 concretas, 119, 119, 121, 412 economicas, 44, 129, 234, econômicas, 44, 129, 234, 410, 410, 415, 415, 416, 421, 416, 421, 434-8 434-8 hist6rica(s), histórica(s), 21, 21, 32, 32, 84 84 simples, 122, 411, simples, 119, 119, 121, 121, 122, 411, 412 412 causa(s), 477 causa(s), 15, 15, 477 ee efeitos, 15, 25, efeitos, 15, 25, 466 466 causa~ao, 132, 138 138 causação, SI, 51, 105, 105, 132, Caussidiere, 255, Caussidière, 255, 277 277 Cavaignac, 257-61, 263, 267, 268, 268, Cavaignac, 254, 254, 257-61, 263, 267, 272, 273, 278278 272, 273, centralizacao, centralização, 229, 229, 283, 283, 289, 289, 369 369 Cesar, 470 César, Julio, Júlio, 446, 446, 470

484 Changarnier, general, general, 265, 265, 270, 270, 271, Changarnier, 271, 279 279 cidade(s), 50, 71, 74, 189-92, 195, 238, cidade(s), 50, 71, 74, 189-92, 195, 238, 239, 239, 243, 243, 286-8, 286-8, 298, 298, 308-11. 308-11, 315-8, 315-8, 323-5, 328, 328, 344, 344, 355, 355, 356, 356, 361, 366, 323-5, 361, 366, 369, 369, 409 409 188, 189, 191, 196, 196, 325, 325, ee campo, carnpo, 188, 189. 191, 334, 334, 434 434 industrial(is), industrial(is), 47, 47, 72, 72, 74 74 ciência(s), 9, 9, 10, 10, 12-4, 12-4, 16, 16, 18-20, 24, cienciats), 18-20, 24, 27, 30, 30, 32-5, 79, 81, 81, 99, 99, 103, 103, 104, 104, 27, 32-5, 46, 46, 79, 109, 110, 115-8, 120, 109, 110, 115-8, 120, 121, 121, 124, 124, 126, 126, 137, 177, 177, 178, 178, 335, 336, 406, 406, 415, 415, 137, 335, 336, 444, 475, 481 481 444, 469, 469, 475, concepcao materialista ee dialetica concepção materialista dialética da, 125, 125, 127 da, 127 concepção unitária da, 10 10 concepcao unitaria da, do homem, homem, 13, 27, 28, 28, 178 do 13, 27, 178 ee comunismo, comunismo, 14 14 metodologia da, da, 109 109 metodologia oficial, 81, 99, oficial, 81, 99, 110, 110, 114, 114, 139, 139, 481 481 politica, política, 130, 130, 466 466 positiva, 79, 193 193 positiva, 79, cienciats) 13, 27, ciência(s) natural(is), natural(is), 13, 27, 31, 31, 105, 105, 110, !20, 120, 136, 136, 137, 155, 177, 177, 178, 178, 110, 137, 155, 184, 233, 184, 233, 406-8, 406-8, 480 480 ciência(s) social(is), social(is), 9-12, 9-12, 16, 17, 21, 21, cienciats) 16, 17, 24, 24, 27, 27, 30, 30, 31, 31, 35, 35, 45, 45, 70, 70, 75. 75, 76, 76, 78, 80, 84, 86, 86, 88, 88, no, 110, 111, 111, 113, 113, 78, 80, 84, 115, 118. 125, 130, 135, 135, 138, 138, 115, 116, 116, 118, 125, 130, 139, 219219 139, revolução, 11 ee revolucao, 11 formacao 57 formação das, das, 26, 26, 57 histórica, 112, 116, 118, hist6rica, 19, 19, 111, 111, 112, 116, 118, 120-4, 126, 130 130 120-4, 126, metodo 12 método das, das, 12 cientista(s) social(is), social(is), 20, 20, 28, 28, 29, 29, 35, 35, 46 46 cientista(s) circulacao, circulação, 125, 125, 355, 355, 359, 359, 362, 362, 364 364 simples, simples, 231 231 citadanizacao, citadanização, 163 163 civilização(ões), 15, 15, 16, 16, 28, 28, 76, 76, 78, 78, 81, 81, civiliz.ai.ao(oes), 120, 299, 299, 319, 319, 330, 330, 332-6, 332-6, 369, 369, 428, 428, 120, 433, 437 433, 437 bur guesa, 76, burguesa, 76, 91 91 industrial, 99 industrial, 16, 16, 72, 72, 79, 79, 82, 82, 99 classe(s), 14, 20, 21, 34, 37-9, 37-9, 42, 42, classe(s), 14, 17, 17, 20, 21. 34, 43, 50, 50, 52, 52, 55, 58, 60, 60, 62, 62, 70, 70, 81, 81, 82, 43, 55, 58, 82, 89-95, 112, 126, 126, 129, 129, 188, 188, 200, 200, 209, 209, 89-95, 112, 212-4, 218, 218, 219, 219, 231, 231, 236, 236, 248, 248, 284, 284, 212·4, 288, 291, 291, 297, 297, 320, 322, 324, 324, 328, 328, 288, 320, 322, 330-2, 334, 335, 335, 351, 351, 353, 353, 365, 365, 366, 366, 330-2, 334, 369, 442, 443, 369, 409, 409, 426, 426, 432, 432, 442, 443, 469, 469, 477-80 477-80 abolicao abolição das, das, 39, 39, 126, 126, 218, 218, 225 225

antagonismo(s) das, 39, 42, 42, 78, 78, 81, 81, antagonismo(s) das, 39, 82, 99,99,101,101,218, 82, 218,219, 219,225, 225,240, 240, 241, 328, 328, 330, 330, 331, 331, 365, 365, 374, 374, 378, 378, 241, 384, 405 384, 393, 393, 405 burguesa(s), 66, 67, 271, 275, 276, 276, burguesa(s), 66, 67, 271, 275, 283, 283, 371, 371, 375 375 camponesa(s), 258, 258, 262, 276, 285, camponesa(s), 262, 276, 285, 286, 435, 435, 449,453453 286, 449, capitalista(s), 94, 104, 365 capitalista(s), 94, 104, 332, 332, 365 conflito conflito entre entre as, as, 62, 62, 211, 211, 330 330 contradição(ões) de, 290 contradii.iio(oes) de, 63, 63, 290 dominação de, de, 33, 42, 61, 66, dominacao 33, 34, 34, 42, 61, 66, 81, 90, 90, 109, 109, 126, 126, 139, 139, 218, 224, 81, 218, 224, 254, 254, 276, 276, 294, 294, 296, 296, 299, 299, 369, 369, 461, 467, 467,478478 461, dominante(s), 82, 91, dominante(s), 37, 37, 67, 67, 82, 91, 97, 97, 109, 124, 139, 192, 192, 206-9, 206-9, 211, 211, 109, 124, 139, 212, 212, 235, 235, 250, 250, 259, 259, 282, 282, 293-5, 293-5, 298, 299, 298, 299, 331, 331, 334, 334, 335, 335, 373, 373, 375, 425, 444, 444, 45g, 45,. 453 375, 420, 420, 422, 422, 425, 453 em si, 66 em si, 39, 39, 66 ' interesse(s) 52, 114, 199, 208, 208, interesse(s) de, de, 52, 114, 199, 230, 237. 237, 269, 269, 424 424 230, luta(s) de, de, 12-4, 12-4, 18, 18, 19, 19, 30, 30, 32, 32, 38, luta(s) 38, 39, 41, 45, 45, 50, 50, 53, 61, 39, 41, 53, 58, 58, 60, 60, 61, 65, 66, 66, 68, 68, 75, 75, 91-3, 91-3, 104, 105, 104, 105, 112, 114, 115, 125, 125, 126, 126, 129, 139, 112, 114, 115, 129, 139, 199, 199, 218, 218, 219, 219, 237, 237, 290, 290, 294, 294, 330, 330, 365, 373, 407, 408, 424, 425, 365, 366, 366, 373, 407, 408, 424, 425, 443, 479 443, 460, 460, 479 medials), 32, 300, 301, média(s), 32, 66, 66, 289, 289, 290, 290, 300, 301, 310, 310, 373 373 mobilidade das, das, 52 mobilidade 52 operariafs), 13, 20, 25, operária(s), 13, 20, 25, 33, 33, 40, 40, 42, 42, 43, 50, 50, 63, 69, 70, 73, 75, 75, 43, 63, 66, 66, 69, 70, 73, 94, 101, 107, 115,125, 125, 94, 101, 107, 108,108,115, 139,139, 260, 271, 260, 271, 294, 294, 296, 296, 305, 305, 371, 371, 408, 420, 421, 421, 423, 423, 452-4, 452-4, 481 408, 420, 481 oprimida, 39, 39, 218, 332, 334-6 334-6 oprimida, 218, 331, 331, 332, produtiva(s), produtiva(s), 104, 104, 191 191 regime de, de, 34, 34, 71, 71, 89 89 regime relacoes entre entre as, as, 53, 189, relações 53, 62, 62, 110, 110, 189, 213, 213, 259 259 revolucionária(s), 14, 20, 25, 25, 37, 37, revolucionariats), 14, 20, 39, 63, 42, 207,63,218, 263, 373 39, 41, 42, 41, 207, 218, 263, 373 situação de, de, 19, 19, 66 situai.ao 66 sociais, 16, 55, 51, 57, 100, 286 sociais, 16, 55, 100, 286 sociologia sociologia das, das, 98 98 subalternas, 61, 61, 63 63 subalternas, trabalhadora(s), 22, 38, 38, 94, trabalhadora(s), 11, 11, 12, 12, 22, 94, 96, 110, 124, 124, 126, 96, 110, 126, 219, 219, 242, 242, 293, 293, 295, 300, 312, 318, 318, 332 295, 300, 310, 310, 312, 332 clero, 218, 293 clero, 218, 293 clubes de trabalhadores, 226, clubes de trabalhadores, 226, 227 227

485 485 Cobden, R., 425 Cobden, R., C6digo Código Napoleonico, Napoleônico, 284, 284, 287 287 coito, divisao divisão do do trabalho trabalho no, no, 198 coito, Cole, Cole, G. G. D. D. H., H„ 141 141 coletividade, 17 171, 321, 340-50, 340-50, 352, 352, 359 359 coletividade, I, 321. coligações, 215-8 215-8 coligacoes, comerciantes, 325, 325, 326 326 comerciantes, comércio, 35, 35, 55, 55, 60. 60, 188, 188, 190, 190, 192, 192, comercio, 195, 195, 215, 215, 238, 238, 257, 257, 290. 290, 295, 295, 324, 324, 326, 327, 327, 354, 354, 356, 356, 360, 360, 366, 366, 367, 367, 370, 370, 326, 378, 378, 384, 384, 391, 391, 396,401,402,405, 396, 401, 402, 405, 425, 425, 432, 432, 433, 433, 459-61 459-61 exterior, 231, 231, 398 398 exterior, mundial, 54, 54, 71, 71, 99, 201, 201, 437 437 mundial, Comitê Central, Central, 220-2. 220-2, 227 227 Comite comparayao, comparação, 75, 75, 84, 84, 130 130 competicao, competição, 71, 71, 97, 97, 99 99 Comuna, 70, 75, Comuna, 50, 50, 51, 51, 6868-70, 75, 120, 120, 292292-307 -307 comunidade(s), I, comunidade(s), 88, 88 , 165, 165, 166, 166, 171, 171, 21 211, 229, 240. 240, 248, 248, 284, 284, 302, 302, 321, 321, 322, 322, 229, 324, 333, 333, 341, 341, 343-5, 343-5, 351, 351, 365, 365, 410, 410, 324. 474 474 das das mulheres, mulheres, 165 165 comunismo, comunismo, 10, 10, 17, 17, 19, 19, 20, 20, 26-9, 26-9, 33, 33, 3 4 , 44, 4 4 , 46, 46, 50, 50, 75, 75, 90, 105, 105, 111, 111, 34, 114-6, 114-6, 165, 165, 166, 166, 168-70, 168-70, 174, 174, 181, 181, 201, 201, 205, 210, 210, 232, 232, 241, 241, 247, 247, 299, 299, 300. 300, 205, 440, 440, 441441 conceito, conceito, 209, 209, 210. 210, 335, 335, 410 410 concordata(s) arnigaveis, 257. concordata(s) amigáveis, 257, 260, 260, 277, 277, 301 301 concorrência, 147. 147, 148, 148, 162, 162, 166, 166, 208, 208, concorrencia, 210, 210, 217, 217, 225, 225, 370, 370, 371, 371, 373, 373, 375, 375, 389, 399,399, 435, 437, 389, 405,405, 435, 437, 438438 concreto, concreto, 13, 13, 58, 58, 71, 71, 121, 121, 125, 125, 409-ll 409-11 conexões internas, internas, 53 conexoes Confissii.o de Augsburgo, Confissão de Augsburgo, 243 243 conflito(s), 16, 16, 337, 57, 454 454 conflito(s), 7, 57, conhecimento, 13, 13, 125, 125, 176 176 conhecimento, cientifico, 7, 116 científico, 11, 11, 337, 116 sociologia sociologia do, do, 30 30 consciência, 18, 34, 34, 36, 36, 115, 155, 158, consciencia, 115, 155, 169, 171, 171, 178, 178, 181, 186, 187, 187, 192, 192, 169, 181, 186, 193, 193, 196-8, 196-8, 203. 203. 204, 204, 206, 206, 207, 207, 211, 211, 234, 234, 285, 285, 286, 286, 300. 300, 407, 407, 410, 410, 428, 428, 433, 433, 454, 454, 475 475 de de classe(s), classe(s), 20, 20, 31, 31, 32, 32, 39, 39, 63, 63, 110, 110, 126, 126, 425 425 de classe classe revolucionaria, revolucionária, 19, 29, 29, 34. 34, de 78 falsa, 30. 30, 31, 465 falsa, hist6rica, I, 34. histórica, 20, 20, 221, 34, 58 58 pratica, prática, 23, 23, 26 26

religiosa, 57, 185 185 religiosa. revolucionária, 21, 21, 33, 33, 38-41 38-41 revolucionaria, social, 138 social, 16, 16, 34, 34, 37, 37, 52, 52, 104, 104, 128, 128, 138 te6rica, teórica, 23, 23, 26 26 universal, universal, 198 198 conselhos conselhos comunais, comunais, 226, 226, 227 227 constituicao constituição gentilica, gentílica, 319, 319, 320, 320, 324, 324, 325, 325, 327-30, 334 334 327-30. consumo, 23, 23, 170, 171, 284, 333, 333, 342, 342, consumo, 171, 284, 347, 347, 348, 348, 362, 362, 368, 368, 377, 377, 381, 381, 382, 382, 400, 409, 409, 432, 432, 435 435 400. em massa, massa, 99, 99, 100, 108 em contingencia, contingência, 212, 212, 213 213 contradiyao(oes), contradição(ões), 14, 14, 23. 23, 26-8, 26-8, 37, 37, 61, 61, 105, 105, 129, 129, 198-200, 198-200, 289. 289, 328, 328, 329, 329, 335, 335, 336, 439, 336, 439, 440, 440, 461, 461, 474 474 analise análise das, das, 23, 23, 63 63 antagônicas, 24, 24, 25, 25, 28 antagonicas, contra-revolução, 44, 44, 45, 45, 50, 59, 59, 63-7, 63-7, contra-revolucao, 69, 69, 75, 75, 91, 91, 222, 222, 223, 223, 274, 274, 277 277 cooperação, 200, 200, 412 412 cooperayao, corpo inorganico, inorgânico, 338, 338, 339, 339, 341, 341, 342 342 corpo corporação(ões), 148, 191, 191, 213, 213, 347-9, 347-9, corporacaotoes), 355, 355, 366, 366,433,433,434, 434,479479 credito, crédito, 256, 256, 267, 267, 389, 389, 397, 397, 398, 398, 435-7, 435-7, 458, 458, 459 459 Crernieux, Crémieux, 272 272 crise(s), 20, 20, 22, 22, 48, 48, 65, 65, 67, 67, 101, 101, 103, crise(s), 334, 370, 370, 372, 372, 383, 383, 398, 398, 399, 399, 430, 430, 334, 435, 435, 458 458 ciclos ciclos de, de, 106 106 de de civilizacao, civilização, 57 57 de crescimento, crescimento, 68 68 cristianismo, 237, 237, 239, 239, 241, 241, 245-7, 245-7, 415 415 cristianismo, critica, critica, 11, 11, 13, 13, 59, 59, 204 204 historico-sociologica, histórico-sociológica, 22, 22, 125 125 Croce, B., 142 Croce, B., 142 Cromwell, Cromwell, 470 470 cultura, 32, 32, 75, 75, 166, 167, 200 cultura, 166, 167, d’Ailly, cardeal cardeal Pierre, d'Ailly, Pierre, 289 Dandin, George, George, 327 Dandin, Danielson, Danielson, N., N., 425 425 deforrnacoes deformações ideologicas, ideológicas, 75, 75, 79, 79, 80 80 democracia, 41, 41, 100, 100, 199, 199, 200, 220, 220, 324 324 democracia, burguesa, burguesa, 43, 43, 67 67 de Montalembert, Montalembert, 288 288 de Descartes, Descartes, 455 455 descrição hist6rica, histórica, 25, 25, 58, 59, 59, 61 61 descriyii.o desemprego, 100, 100, 107 desernprego, desenvolvimento(s), desenvolvimento(s), capitalista, capitalista, 53, 53, 66. 66, 67, 87, 87, 90. 90, 95, 95, 97, 97, 108, 108, 446 446 67.

486 486 economico, econômico, 58, 58, 62, 62, 79, 79, 112, 112, 286, 286,

367, 462, 469, 367, 432, 432, 462, 469,470470 historico, histórico, 32, 32, 34, 34, 36, 36, 59, 59, 76, 76, 126, 126, 133, 195, 133, 195, 199, 199, 211, 211, 212, 212, 329, 329, 436, 436, 442, 469 442, 469 industrial. industrial, 45, 45, 72 72 revolucionario, 230 revolucionário, 230 socials, sociais, 432, 432, 462 462 despotisrno, despotismo, 29, 29, 59, 59, 474 474 desurnanizacao, desumanização, 25, 25, 27, 27, 177 177 determinacaotoes). 104, 122 determinação(ões). historica, histórica, 104, 122 abstrata(s), • zt, 123, abstrata(s), *21, 123, 410 410 dialetica, 04, dialética, 23, 23, 30, 30, 33, 33, 37. 37. 46, 46, 96, 96, I104, 111, 111, 117,117,124,124,126, 126,127,127,129,129,140,140, 409-12, 409-12, 419, 419, 458-60 458-60 concepcao concepção cientifica científica de, de, 127 127 materialista, materialista, 14, 14, 19 19 Dietzgen, Dietzgen, Joseph, Joseph, 426 426 dinheiro, dinheiro, 89, 89, 118, 118, 162, 162, 321, 321, 324, 324, 326, 326, 327, 327, 333, 333, 334, 334, 352-4, 352-4, 356-64, 356-64, 378-80, 378-80, 383, 418, 419,419, 458-60 383, 409-12, 409-12, 418, 458-60 direito, I, 469 direito, 264, 264, 46 461, 469 filosofia filosofia do, do, 232 232 matriarcal, matriarcal, 323 323 dissolucao, dissolução, 345, 345, 347, 347, 348, 348, 352, 352, 355-9 355-9 ditadura, ditadura, militar, militar, 50, 50, 66-8, 66-8, 254, 254, 258 258 revolucionaria, revolucionária, 278 278 diverso, diverso, unidade unidade do, do, 71, 71, 121 121 divida dívida publica, pública, 230. 230. 260, 260, 330, 330, 332, 332, 459 459 Dobb, M., M., 142 Dobb, 142 documento(s), 51 documento(s), 18, 28, 51 Dombrowski, Jaroslaw, Dombrowski, Jaroslaw, 304 304 dominacao, dominação, 79, 79, 200, 200, 209, 209, 299, 299, 320, 320, 350 350 burguesa, burguesa, 43, 43, 50, 50, 53, 53, 2.13, 213, 239, 239, 272, 272, 273, 273, 276 276 cultural, cultural, 3377 feudal, feudal, 238, 238, 241 241 formas formas de, de, 294 294 violenta, violenta, 13 1388 Duclerc, Duclerc, 272 272 Dufaure, Dufaure, 260, 260, 263 263 Diihring, Eugen, Eugen, 114, Dühring, 114, 133, 133, 134, 134, 141, 141, 471 471 duracao duração historica, histórica, 33 33 ecologia ecologia hurnana, humana, 30, 30, 71 71 economia, 13, 24, economia, 13, 24, 97, 97, 110, 110, 169, 169, 338, 338, 427, 427, 461, 461, 463 463 burguesa, burguesa, 84, 84, 89, 89, 99, 99, 121, 121, 231, 231, 292, 292, 338, 338, 359, 359, 407, 407, 414, 414, 415, 415, 424, 424, 426 426 capitalista, capitalista, 109, 109, 119 119 domestica, doméstica, 320 320 economia economia politica, política, 11-4, 11-4, 18, 18, 19, 19, 22-4, 22-4, 27, 27, 45, 45, 86, 86, 87, 87, 99, 99, 100, 100, 108-10, 108-10, 112, 112, 113, 113, 115, 115, 117-9, 117-9, 121-6, 121-6, 129, 129, 146-8, 146-8,

152, 152, 161, 161, 162, 162, 216, 216, 233, 233, 235, 235, 264, 264, 338, 338, 347, 347, 362, 362, 398, 398, 400, 400, 409-11, 409-11, 415, 415, 421, 421, 423-6, 423-6,431,431,442, 442,444444 critica crítica da, da, 22, 22, 25, 25, 126 126 economista(s), economista(s), 12, 12, 22, 22, 23, 23, 38, 38, 78, 78, 86, 86, 101, 101, 106, 106, 109, 109, 112, 112, 117, 117, 118, 118, 120, 120, 121, 121, 125, 125, 129, 129, 148, 148, 199, 199, 215-7, 215-7, 353, 353, 377, 385, 393, 377, 379, 379, 383, 383, 385, 393, 403-5, 403-5, 410, 410, 414, 414, 416, 416, 428, 428, 434. 434, 436, 436, 437, 437, 440. 440, 442, 442, 444 444 Eden, Eden, F. F. M., M„ 381 381 Eisengarten, Eisengarten, Oskar, Oskar, 471 471 eleicoes, eleições, 268, 268, 284, 284, 289 289 emancipacao, emancipação, 52, 52, 174, 174, 177 177 empirismo, empirismo, 32, 32, 59 59 abstrato, abstrato, 15, 15, 35, 35, 121, 121, 131 131 Engels, Engels, Friedrich, Friedrich, 9-19, 9-19, 21, 21, 25, 25, 26, 26, 2929-31, 40-5, 47-51, -31, 33, 33, 35, 35, 37, 37, 38, 38, 40-5, 47-51, 53-60, 53-60, 63, 63, 67-82, 67-82, 84-6, 84-6, 90-2, 90-2, 105, 105, 109, 109, 111-6, 111-6, 127, 127, 128, 128, 130-43, 130-43, 146, 146, 182, 182, 20~ 202}, 211, 211, 217, 217, 218, 218, 220, 220, 221, 221, 223, 223, 229, 229, 234, 234, 236, 236, 253, 253, 280, 280, 293, 293, 308, 308, 313, 313, 316, 316, 318-20, 318-20, 327, 327, 329, 329, 335, 335, 336, 336, 36~ 365, 367, 367, 393, 393, 394, 443, 394, 400, 400, 406, 406, 407, 407, 431, 431, 441, 441, 443, 445, 445, 447, 447,450, 450,455,455,464, 464,465, 465,468,468, 470-2, 470-2, 474, 474, 475, 475, 477 477 epocats), época(s), hist6rica(s) histórica(s) 78, 78, 102. 102, 103, 103, 122, 122, I194, 94, 207,207, 355, 366366 355, industrial, industrial, 73, 73, 315 315 revolucionaria, 15 revolucionária, 78, 78, I115 Ernst, Ernst, Paul, Paul, 456, 456, 463 463 escravidao, escravidão, 81, 81, 87, 87, 188, 188, 190, 190, 275, 275, 322, 322, 324, 339, 341-3, 324, 325, 325, 334, 334, 339, 341-3, 345, 345, 346, 346, 350. 350. 421, 421, 437, 437, 438 438 escravo(s), escravo(s), 161, 161, 189, 189, 358 358 esferats), esfera(s), de de atividade, atividade, 199 199 de de autonomia, autonomia, 81 81 de de producao, produção, 388, 388, 389, 389, 395, 395, 396, 396, 403, 403, ideol6gica(s), ideológica(s), 131-3, 131-3, 462, 462, 466 466 politica, política, 61 61 especulacao, especulação, filos6fica, filosófica, 1111 hist6rica, histórica, 32, 32, 35 35 espirito, espírito, 183, 183, 203 203 Estado(s), Estado(s), 28, 28, 32, 32, 34, 34, 36, 36, 37, 37, 43, 43, 47, 47, 52, 52, 53, 53, 57, 57, 63, 63, 66, 66, 67, 67, 69, 69, 77, 77, 81. 81. 90, 90, 102. 102, 110, 110, 139, 139, 168, 168, 189, 189, 199, 199, 200, 200, 202, 202, 205, 205, 211, 211, 214, 214, 222, 222, 224, 224, 228-32, 228-32, 260, 260, 275, 275, 283, 283, 287, 287, 290-3, 290-3, 296, 296, 328-32, 328-32, 334, 334, 336, 336, 371, 371, 416, 416, 432, 432, 460, 460, 469, 469, 479-81 479-81 estagiots), estágio(s), 196, 196, 302 302 estagnacao, estagnação, 398, 398, 404 404 estamento(s), estamento(s), 188, 188, 191, 191, 208, 208, 212, 212, 213, 213,

487 236, 432. 432, 439 236, estrutura(s) 36, 36, 79, 98, JOI 101 cstruturats) 79; 98, econômicas, 60, 61 61 economicas, social(is), social(is), 36, 36, 52, 52, 60, 60, 61, 61, 192 192 etica, ética, 36 36 evolu9ao(5es), 219 evolução(ões), 32, 32, 219 econômica, 300, 300, 332 econornica, hist6rica(s), histórica(s), 28, 28, 82, 82, 83, 83, 121, 121, 416 416 exercito, 277, 278, exército, 254, 254, 258, 258, 262, 262, 272, 272, 277, 278, 281, 282, 282, 285, 285, 287, 287, 288, 288, 290, 290, 291, 291, 281, 293, 296-8, 303, 293, 296-8, 303, 307, 307, 330, 330, 412, 412, 452 452 germânico, 191 191 gerrnanico, industrial de 10 I, industrial de reserva, reserva, 98, 98, 99, 99, 101, 105-9, 391, 391, 392, 392, 397, 397, 398, 398, 400-2, 400-2, 105-9, 404, . 404, 405 405 operário ativo, ativo, 101, 106, 108, 391, operario 101, 106, 108, 391, 392, 402, 402, 404 392, existencia, 13, 232 existência, 13, 232 experimentacao, 122, 124 124 experimentação, 116, 116, 122, explicação, 102, 102, 106 explicacao, causai, 13, 116, 116, 120, 120, 122, 122, 124 causal, 124 científica, 13, 28, 28, 45, 46, 46, 88, 88, 105105-77 cientifica, histórica, 51, 60 hist6rica, 51, historico-sociologica, 101 histórico-sociológica, 80, 80, 101 24, 28 modelos de, 24, exploração, 81, 81, 254 exploracao, 254 fabrica(s), I. 361, fábrica(s), 310, 310, 31 311, 361, 403, 403, 420 420 Falloux, Falloux, 264, 264, 273 273 fam ília(s), 36, 36, 82, 88, 122, 122, 189, 189, 195, familia(s), 196, 198, 198, 276, 276, 284, 284, 317, 317, 318, 318, 321, 196, 322, 339, 410, 410, 411. 411, 461 461 322, 334, 334, 339. composts, composta, 202 202 conceito conceito de, de, 195 195 divisiio do trabalho divisão natural natural do trabalho na, na, 198 198 escravidão latente latente na, 189, 189, 198 escravidao singular, 199, 202, singular, 199, 202, 322-4. 322-4, 334, 334, 336 336 fato(s), econ6mico(s), econôm ico(s), 23, 23, 133, 133, 465, 465, 466 fato(s), historicos, 32, 32, 337, 7, 57 históricos, 57 fatores 53 fatores economicos, econômicos, 15, 15, 53 Faucher, Leon, 264, Faucher, Léon, 264, 269, 269, 271 271 Favre, Jules, Jules, 305 Fernandes, Florestan, 123, 140, 140, 142, 409 Fernandes, Florestan, 123, ferrovias, 373, 390, ferrovias, 283, 283, 290, 290, 291. 291, 367, 367, 373, 390, 397, 403 397, feudalismo, 222, feudalismo, 87-9, 87-9, 189, 189, 191, 191, 218, 218, 222, 228, 2~8-40. 238-40, 286, 289, 293, 293, 295, 340, 228, 286. 289, 295, 340, 359 Feuerbach, Ludwig, 23, 111, 111, 113, 113, 131, 131, Feuerbach. Ludwig, 23, 133-5, 178, 182, 211, 463, 463, 471 133-5, 182, 184, 184, 211, Fichte, Fichte, 466 466 fidalgotes 301, 303, fidalgotes rurais, rurais, 296, 296, 301, 303, 305, 305, 331 331 Filipe 466. 470 Filipe Augusto, Augusto, 351, 351, 466, 470 Filipe de de Orleans. Orléans, 292 Filipe

filosofia, t 3, 18-20, 18-20, 25, 115, filosofia, 13, 25, 30, 30, 36, 36, 109, 109, 115, 176, 177. 177, 183. 183, 184, 193, 194, 176, 184, 193, 194, 203, 204, 204, 232, 232, 247, 247, 406, 406, 407. 407, 455, 455, 461-3, 461-3, 466, 466, 480 alemã, 30, 34, 34, 114, 134, 186. 186, 193, alernii, 114, 134, 234 clássica, 139 classica, 139 especulativa, 21, 21, 209 especulativa, hegeliana, hegeliana, 109, 109, 134, 135 135 história hist6ria da, 17 neo-hegeliana, 29, 109 neo-hegeliana, 29, pos-hegeliana, 234 pós-hegeliana, 234 Fischer, Paul, Paul, 456 Fischer, ffsica, 27, 92, física, 12, 12, 27, 92, 105, 105, 120, 120, 428 428 fisiocratas, 165, fisiocratas, 165, 412, 412, 466 flagelantes, 240 flagelantes, forcats), produtivats) , 37, força(s), produtiva(s), 37, 92, 92, 93, 93, 103, 103, 188, 188, 190, 190, 192, 192, 196, 196, 200-2, 200-2, 204, 204, 210210-2, 218, 225, 225, 230, 233, 234, 234, 343, 345. 345-2. 218, 230, 233, -7, 352, 369, 369, 370, 370, 374, 374, 385, 385, 387, 387, -7, 349, 349, 352, 391-4, 396, I, 405, 391-4, 396, 397, 397, 400, 400, 40 401, 405, 428, 428, 432, 433, 436, 438, 438, 439, 449, 479, 479, 433, 436, 439, 449, 480 sociais, 39, 103 sociais, form ação(ões) social(is), 36, 36, 37, 102 forrnacaof oes) social(is), formas econornicas, econômicas, 419, formas 419, 433 Fould, Fould, 257, 257, 267 267 Fouquier-Tinville, 274 Fouquier-Tinville, Fourier, Charles, 215, 215, 336, 336, 432, 432, 440 Fourier, Charles, Frankel, Leo, Leo, 303 303 Frankel, fratria(s), 319, 319, 325, 325, 328 fratria(s), Friedrich Pr incipe-eleitor, 467 Friedrich Wilhelm, Wilhelm, Príncipe-eleitor, 467 futuro, 14, 14, 28, 28, 32, 32, 39, 52, 56, 63. futuro, 39, 48, 52, 63, 69, 78, 92, 105, 105, 106, 106, 117, 176, 181, 117, 176, 181, 241, 285, 285, 336 336 241, ganância, 148 ganancia, 148 · Ganesco, 303 Ganesco, Gaulter, 312 Gaulter, generalizacao, 122 generalização, 84, 84, 120, 120, 122 gens, gens, gentes, gentes, 188, 188, 319-23, 319-23, 325-9, 325-9, 331, 331, 365 365 . ditmátsicas, 329 ditrnatsicas, 329 Giannotti, Jose José Arthur, Arthur, 10, Giannotti, 10, 142 senhora, 292 Girardin, senhora, Gladstone, 454, Gladstone. 454, 474 Goudchaux, 255 255 Goudchaux, Gould, Jay, Jay, 459 Gould. Gramsci, Gramsci, A., A., 142 142 de Cassagnac, Cassagnac, 292 292 Granier de Grebel, .251 Grebel, Konrad, Konrad, -251 greves, greves, 217, 217, 218 218 Grün, Karl, 290 Grlin, Karl, 290 grupos revolucionarios, revolucionários, 38, 39 grupos

488 guerra(s), guerra(s), 71, 71, 189, 189, 280, 280, 303, 303, 320, 320, 322, 322,

202, 202, 203, 203, 205, 205, 208, 208, 407, 407, 477 477 concepcao concepção materialista materialista da, da, 55, 55, 80, 80, 244, 114, 114, 115, 115, 132, 132, 136 136 244, concepcao concepção materialista materialista ee dialetica dialética 254, da, 254, da, 11, 11, ·12, 12, 16, 16, 35, 35, 36, 36, 63, 63, 78, 78, 111, 111, 116, 116, 140, 140, 407, 407, 408, 408, 456, 456, 470, 470, 480 480 consciencia consciência revolucionaria revolucionária da, da, 14, 14, 17, 17, 41, 41, 44, 44, 46 46 diaria, 7, 99 diária, 447, 99 323 323 dos dos homens, homens, 31, 31, 47, 47, 70, 70, 103 103 economica, 282, 282, econômica, 457, 457, 470 470 em processo, 15, em processo, 15, 38, 38, 47, 47, 51, 51, 70, 70, 78, 78, 111 111 em em profundidade, profundidade, 28, 28, 34 34 explicacao explicação dialetica dialética da, da, 132, 132, 133 133 Hargreaves, Hargreaves, 445 445 filosofia filosofia da, da, 15, 15, 28, 28, 29, 29, 59, 59, 61, 61, 74, 74, Harney, Harney, 217 217 75, 205, 475, 477477 75, 130, 130,135, 135,136, 136, 205, 475, Harthausen, Harthausen, 365 365 In x, 62, in flu flux, 62, 106 106 Hayes, Hayes, L. L. M., M., 309 309 real, real, 28, 28, 48, 48, 53 53 Hegel, Hegel, 19, 19, 25, 25, 29, 29, 45, 45, 96, 96, 97, 97, 115, 115, 118. 118, social, social, 70, 70, 71, 71, 433 433 ! 121, 124, 12~ 127, )29, 121, 124, 126, 127, 129, 135, 135, 136, 136, universal, universal, 180, 180, 186, 186, 200, 200, 201, 201, 203, 203, 140, 142, 183, 185, 194, 205, 209, 140, 142, 183, 185, 194, 205, 209, 478 478 232, 232, 233, 233, 247, 247, 329, 329, 406, 406, 407, 407, 410, 410, viva, viva, 62, 62, 92 92 411, 411, 429, 429,455, 455,462, 462,463, 463,466, 466,474, 474, historiador(es), historiador(es), 32, 32, 35-7, 35-7, 47-51, 47-51, 54, 54, 475, 475, 477, 477, 479 479 55, 55, 61-3, 61-3, 69, 69, 70, 70, 77, 77, 80, 80, 112, 112, 128, 128, hegelianismo, 75, 432. 433, 456 hegelianismo, 75, 432, 433, 456 137, 139, 137, 139, 140, 140, 194, 194, 205, 205, 208, 208, 478 478 Heinzein, Heinzein, 442, 442, 443 443 profissionais, profissionais, 15, 15, 28, 28, 75 75 Helvetius, Helvetius, 279 279 historiografia, historiografia, 78, 78, 177, 177, 187, 187, 195, 195, 206, 206, Henry Henry VII, VII, 357 357 210 210 Henry Henry VIII, VIII, 357 357 Hobbes, Hobbes, 462 462 heranca, herança, 189, 189, 224, 224, 326, 326, 335, 335, 461 461 Hobsbawm, Hobsbawm, E. E. J., J., 9, 9, 17, 17, 32, 32, 78, 78, 83, 83, heresia(s), heresia(s), 238-40, 238-40, 242, 242, 251 251 140, 140, 142,142,143143 Hess, Hess, Moses, Moses, 174, 174, 290 290 Hohenzollern, Hohenzollern, 304 304 Hildebrando, Hildebrando, 323 323 homem(ns), homem(ns), 23, 23, 27, 27, 47, 47, 48, 48, 78, 78, 158, 158, 161, 161, Hill, C., Hill, C., 142 142 209, 209, 320, 320,322, 322,334, 334,410410 Hilton, Hilton, R R.,.. 142 142 desumanizacao desumanização dos, dos, 25, 25, 27 27 hipotecafs), 254, hipoteca(s), 254, 273, 273, 278, 278, 287, 287, 291, 291, grande(s), grande(s), 131, 131, 137, 137, 470, 470, 478 478 302, 302, 327, 327, 334. 334, 338 338 Hook, Hook, SS.,.. 141 141 hist6ria, 10, 12, 12, 13, 13, 15, história, 10, 15, 18, 18, 25, 25, 27-9, 27-9, Hubmaier, 251 Hubmaier, 251 31-3, 35-7, 31-3, 35-7, 47-50, 47-50, 53, 53, 56, 56, 57, 57, 59, 59, 60, 60, humanidade, humanidade, 24, 24, 47, 47, 75, 75, 76, 76, 82, 82, 122, 122, 62, 104, 62, 63, 63, 69, 69, 74, 74, 77-9, 77-9, 99, 99, 101, 101, 104, 163, 163, 196, 196, 336, 336, 406, 406, 432, 432, 433 433 105, 105, 111, 111, 114-6, 114-6, 122, 122, 129, 129, 131-3, 131-3, 136136- humanismo, humanismo, 18, 18, 169 169 -8. -8, 140. 140, 169, 169, 177. 177, 178, 178, 187, 187, 193-6, 193-6, 202202Huss, Huss, 239 239 -7. -7, 209, 209, 210, 210, 212, 212, 218, 218, 229, 229, 232, 232, 237, 237, Hutten, Hutten, 243 243 258, 367, 258, 279, 279, 286, 286, 355, 355, 357, 357, 365, 365, 367, Huxley, Huxley, 300 300 373, 373, 406, 406, 407, 407, 415, 415, 432, 432, 433, 433, 436, 436, 438, 438, 439, 439, 443, 443, 456, 456, 462, 462, 466, 466, 468, 468, 470, 470, Ianni, lanni, Octavio, Octavio, 11, 11, 141 141 474, 474, 475, 475, 477, 477, 479, 479, 480 480 Idade Idade Media, Média, 229, 229, 236-8, 236-8, 241, 241, 331, 331, 334, 334, ciencia ciência da, da, 9-11, 9-11, 13, 13, 24, 24, 31-4, 31-4, 75, 75, 366-8, 478 366-8, 372, 372, 373, 373, 415, 415, 433, 433, 467, 467, 478 76, 76, 84,84,104, 104,114, 114,115, 115,124,124,129,129, idealismo, 26, idealismo, 26, 30, 30, 32, 32, 114, 114, 115, 115, 406 406 137, 137, 139, 139, 184 184 hegeliano, hegeliano, 114 114 como como ciencia, ciência, 15, 15, 20, 20, 21, 21, 35, 35, 36, 36, 135 ideiats ) , 135, 135 idéia(s), 135, 204, 204, 429, 429, 433, 433, 438, 438, 440, 440, concepcao 89, 194, 475 concepção da, da, 31-}, 31-3, 129, 129, J189, 194, 475 324, 324, 341, 341, 344, 344, 454 454 camponesa(s), cam ponesa(s), 54, 54, 55, 55, 75, 75, 239, 239, 262 262 civil(s), civil(s), 38, 38, 40, 40, 69, 69, 90, 90, 91, 91, 217, 217, 302, 302, 303, 303, 307, 307, 374, 374, 442 442 religiosas, religiosas, 237 237 Guilherme Guilherme I, I, 467 467 Guilherrne Guilherme III, III, 462 462 Guilherme, Guilherme, Duque Duque da da Normandia, Normandia, Guise, Guise, Duque Duque de, de, 291 291 Guizot, Guizot, 128, 128, 233, 233, 258, 258, 264, 264, 270, 270, 292, 292, 442, 442,470, 470,478478 Gurvitch, Gurvitch, G., G., 142 142

489 moral. 329 moral, 329 napoleonicas, napoleônicas, 65, 65, 286-9 286-9 ideologia(s), 109, ideologia(s), 30-2, 30-2, 37, 37, 56, 56, 102, 102, 109, 110, 137, 139, 110, 126, 126, 137, 139, 184, 184, 193, 193, 194, 194, 198, 198, 236236 imperialismo, imperialismo, 69, 69, 295 295 imposto(s), im posto(s), 66, 66, 223, 223, 224, 224, 230, 230, 239, 239, 354, 354, 260, 266, 275, 287, 260, 262, 262, 265, 265, 266, 275, 278, 278, 287, 288, 290,290, 291, 294,294, 302, 330, 412, 435435 288, 291, 302, 330, 412, imprensa, 250, 453 imprensa, 221, 221, 250, 453 industria, 55, 191, indústria, 55, 60, 60, 71, 71, 177, 177, 178, 178, 191, 192, 192, 195, 195, 196, 196, 215-7, 215-7, 286, 286, 290, 290, 294, 294, 295, 295, 315, 315, 316, 316, 323, 323, 366, 366, 367, 367, 369-73, 369-73, 375, 375, 397-9, 397-9, 402, 402, 424, 424, 430, 430, 434, 434, 437, 437, 446, 459, 474, 478-80 446, 458, 458, 459, 474, 478-80 instituicdes, instituições, 36, 36, 61, 61, 82, 82, 101, 101, 240, 240, 243, 243, 248, 248, 334, 334,407, 407,433, 433,436, 436,439439 intelectual(is), 14, 20, intelectual (is), 14, 20, 29, 29, 207 207 interacao, interação, 133, 133, 138 138 intercambio, intercâmbio, 187-9, 187-9, 199, 199, 201, 201, 202, 202, 204, 204, 210, 210, 212, 212, 276, 276, 284, 284, 321, 321, 344, 344, 368, 368, 444 444 Internacional, Internacional, I, I, 450, 450, 455 455 II, II, 17 17 interpretacaot oes ), 18, interpretação(ões), 18, 24, 24, 46, 46, 51, 51, 125, 125, 136 136 investigacao, investigação, 15, 15, 25, 25, 28 28 cientifica, científica, 15, 15, 25, 25, 28 28 empirica, empírica, 23, 23, 32 32 historica, histórica, 51, 51, 54, 54, 59, 59, 81, 81, 82, 82, 87, 87, 90, 97,97,130130 90, 92,92,94,94,95,95, hist6rico-sociol6gica, histórico-sociológica, 93, 93, 106 106

Joaquim Calabria, 245 Joaquim da da Calábria, 245 Jones, 142 Jones, G. G. Stedman, Stedman, 17, 17, 142 Jones, Richard, Jones, Richard, 379, 379, 397, 397, 442 442 Jorge Jorge da da Saxonia, Saxônia, Duque, Duque, 250 250 jovens hegelianos, 32 jovens hegelianos, 32 jurisprudência, 238 238 iurisprudencia, juro(s), juro(s), 287, 287, 300, 300, 326, 326, 334 334 Kant, Kant, 462, 462, 466 466 Kaufman, Kaufman, I. I. I., I., 429 429 Kautsky, 143, 232 Kautsky, Karl, Karl, 116, 116, 143, 232 Kay, 312 Kay, James James Ph., Ph., 312 Korsch, 143 Korsch, K., K., 31, 31, 143 Kugelman, L., Kugelman, L., 422, 422, 443 443 Labriola, Labriola, A., A., 143 143 Laski, H. J., 78, Laski, H. J., 78, 141 141 Lassale, Lassale, F., F„ 335, 335, 419 419 lei(s), le i(s), 428, 428, 443 443 absoluta absoluta do do modo modo de de producao produção caca­ pitalista, 95 pitalista, 95

agraria, agrária, 190 190 da da classe classe dominante, dominante, 282 282 da da oferta oferta ee da da procura, procura, 100, 100, 404, 404, 405 405 da da producao produção capitalista, capitalista, 125, 125, 384, 384, 399 399 da da transformacao transformação dos dos fenomenos, fenômenos, 427 427 demograficas, demográficas, 428 428 de de movimento, movimento, 406 406 do do pensamento, pensamento, 411 411 do do valor, valor, 129, 129, 444 444 dos dos cereais, cereais, 425 425 economica, econômica, 23, 23, 448 448 economicas econômicas da da producao produção de de mercamerca­ dorias, dorias, 333 333 economicas econômicas de de evolucao evolução da da sociesocie­ dade, dade, 124, 124, 421 421 gerais vida economica, gerais da da vida econômica, 428 428 gerais gerais do do desenvolvimemo, desenvolvimento, 137 137 gerais gerais internas, internas, 137 137 gerais gerais do do movimento, movimento, 476 476 geral(is), geral (is), 137, 137, 170 170 geral 102, 104, geral ee absoluta, absoluta, 102, 104, 110 110 geral geral ee absoluta absoluta da da acumulacao acumulação capitalista, capitalista, 92, 92, 98, 98, 103, 103, 105, 105, 107, 107, 384, 391 384, 391 internas hist6internas do do desenvolvimento desenvolvimento histó­ rico, rico, 32 32 · naturais naturais da da produ~ao produção capitalista, capitalista, 419 419 naturais naturais do do movimento movimento da da sociedasocieda­ de, de, 421 421 natural(is), natural (is), 105, 105, 124, 124, 126, 126, 129 129 Ledru-Rollinj Ledru-Rollin, 253, 253, 255f 255L 263, 263, 269, 269, 272, 272, 273, 273, 278, 278,279 279 Lefebvre, Lefebvre, H., H., 70, 70, 143 143 Lefort, Lefort, C., C., 143 143 Lenin, Lenin, V. V. I., I„ 62, 62, 143, 143, 217 217 Le Le Play, Play, F., F., 71 71 Lerminier, Lerminier, 270 270 Lessing, Lessing, 429, 429, 464 464 liberalismo, liberalismo, 19, 19, 59, 59, 264 264 liberdade, 211, liberdade, 59, 59, 104, 104, 105, 105, 169, 169, 208, 208, 211, 212, 242, 437, 212, 229, 229, 242,367, 367, 437,438 438 Liclnio, Licínio, 190 190 Liga 141, 220Liga Comunista, Comunista, 38, 38, 40-5, 40-5, 90, 90, 141, 220-2, -2, 225, 225, 227, 227, 228 228 Lineu, Lineu, 406 406 linguagem, linguagem, 178, 178, 197, 197, 340, 340, 344 344 livre-cambio, livre-câmbio, 232, 232, 466, 466, 469 469 livre-concorrencia, livre-concorrência, 286, 286, 369 369 Locke,' 462 462 Locke; 16gica, lógica, 13, 13, 59, 59, 407, 407, 480 480

490 490 hegeliana, hegeliana, 118, 118, 122 122 lolardos, lolardos, 240 240 Lovett, 217 Lovett, 217 lucro(s), lucro(s), 52, 52, 287, 287, 316, 316, 324, 324, 354, 354, 371, 371, 377, 377, 382, 382, 383, 383, 394. 394, 424, 424, 442 442 medic, médio, 403 403 taxa taxa de, de, 394, 394, 403 403 Luis XlV, Luís XIV, 285, 285, 292 292 Luis Luís XV, XV, 292 292 Luis ver Napoleão Napoleao Ill Luís Bonaparte, Bonaparte, ver 111 Luis Filipe, 258, Luís Filipe, 258, 260, 260, 264, 264, 283, 283, 298 298 Lukacs, Lukács, G., G., 62, 62, 143 143 lumpen-proletariado, 52, 190, lumpen-proletariado, 52, 190, 280, 280, 289, 289, 290, 290, 374374 luta(s), luta(s), politica, política, 42, 42, 478, 478, 479 479 religiosas, religiosas, 205 205 revolucionaria, revolucionária, 43 43 .sociais, .sociais, 19 19 Lutero, Lutero, Martin, Martin, 54, 54, 56, 56, 236, 236, 241-6, 241-6, 248, 248, 249, 466466 249, 251, 251,252, 252, Luxemburgo, Rosa. Luxemburgo, Rosa, 143 143 MacCulloch, 442 MacCulloch, 442 rnais-valia, 106, 108, mais-valia, 73, 73, 94, 94, 95, 95, 106, 108, 115, 115, 377, 377, 379, 379, 380, 380, 382, 382, 387, 387, 392, 392, 408 408 capitalizada, capitalizada, 94 94 relativa, 00, 107 relativa, I100, 107 Malthus, Malthus, 378, 378, 399, 399, 442 442 Mandel, Mandei, E., E., 142 142 Mannheim, K., K .• 136, Mannheim, 136, 143 143 Mantel, Mantel, 251 251 manufatura(s), manufatura(s), 238, 238, 322-4, 322-4, 344, 344, 355, 355, 360, 360, 361, 361, 366. 366, 369, 369, 381, 381, 399, 399, 434, 434, 446. 446, 447, 447, 479. 479, 480 480 maquinaria, maquinaria, 335, 335, 366, 366, 387, 387, 391, 391, 396, 396, 397, 446, 447, 397, 399, 399, 403, 403, 442, 442, 446, 447, 479 479 Marcus, Marcus, S., S., 142 142 Marcuse, Marcuse, H., H., 142 142 Markovski, Markovski, 303 303 Marrast, Marrast, Armand, Armand, 254, 254, 258-60, 258-60, 272, 272, 278, 278, 279 279 Martineau, Harriet, Martineau, Harriet, 400 400 Marx, Marx, Jenny, Jenny, 454 454 Marx, Karl, Marx, Karl, 7, 7, 9-33, 9-33, 35, 35, 37-9, 37-9, 41-51, 41-51, 53-5, 53-5, 57-65, 57-65, 67-71, 67-71, 75-90, 75-90, 92-107, 92-107, 109109-36, -36, 139-43, 139-43, 146, 146, 149-51, 149-51, 154, 154, 156, 156, 157, 163, 17 4, 179, 82, 187, 157, 163, 174, 179, 'I182, 187, 194, 194, 198, 198, 202, 202, 206, 206, 208, 208, 210, 210, 212, 212, 215, 215, 217, 217, 220. 220, 221, 221, 223, 223, 231, 231, 232, 232, 236. 236, 253, 253, 256, 256, 280, 280, 292, 292, 293, 293, 304, 304, 313, 313, 319, 319, 325. 325, 337, 337, 338. 338, 351. 351, 356, 356, 360, 360, 363-5, 363-5, 371, 371, 376, 376, 383, 383, 393, 393, 394. 394. 406, 406, 408, 408, 409, 409, 418, 422, 425, 418, 422, 425, 427-31, 427-31, 441. 441, 443, 443, 445. 445, 447. 447. 448, 448, 450, 450, 451, 451, 455-7, 455-7, 463-5, 463-5, 468, 468,

470, 470, 471, 471, 473, 473, 475 475 jovem, 20, jovem, 20, 23, 23, 27, 27, 46 46 maduro, maduro, 23, 23, 45, 45, 46 46 novo, novo, 21 21 marxismo, 9, 10, 13, marxismo, 9, 10, 13, 14, 14, 21, 21, 26, 26, 27, 27, 31, 31, 40, 40, 80,80,113,113,130, 130,134,134,137, 137,138138 materialismo materialismo 18, 18, 30, 30, 33, 33, 37, 37, 46, 46, 75, 75, 111, 111, 114, 114, 115, 115, 135, 135, 136, 136, 140, 140, 406, 406, 408, 408, 441, 441, 477 477 dialetico, dialético, 14, 14, 17, 17, 18, 18, 24, 24, 105, 105, 114 114 historico, 15, 18, histórico, II, 11, 15, 18, 20, 20, 21, 21, 23, 23, 24, 24, 35, 35, 38, 38, 44, 44, 45, 45, 49, 49, 51, 51, 66, 66, 77, 77, 80, 80, 82, 82, 83, 83, 90, 90, 92, 92, 97, 97, 99, 99, 102, 102, 111-6, 111-6, 126-31, 126-31, 133-40, 133-40, 456, 456, 460, 460, 464 464 materias-prirnas, matérias-primas, 368, 368, 376, 376, 386, 386, 391 391 Mathieu (de Mathieu (de la la Drome) D rôm e),, 270 270 Maurer, Maurer, G. G. L., L., 365, 365, 457 457 Mayer, Mayer, 423 423 Mehring, \ 132, Mehring, F., F., 33, 33, 34, 34, 40, 40, 64, 64, 65, 65,1132, 464 464 ? meios meios de de comunicacao, comunicação, 284, 284, 366, 366, 369, 369, 372 372 Melanchton, Melanchton, 249 249 Mendelssohn, Mendelssohn, Moses, Moses, 429 429 mercado(s), m ercado(s), 99, 99, 191, 191, 326, 326, 333, 333, 360, 360, 366, 366, 368, 368, 37~ 379, 397, 397, 399, 399, 43~ 435, 458 458 externo, externo, 361 361 interno, interno, 362, 362, 435 435 mundia!, mundial, 60, 60, 201, 201, 203, 203, 216, 216, 362, 362, 366-8. 366-8, 398, 398, 410, 410, 434, 434, 435, 435, 454, 454, 458, 458, 480 480 mercadoria(s), mercadoria(s), 109, 109, 147, 147, 148, 148, 231, 231, 322, 322, 324, 324, 326, 326, 327, 327, 332-4, 332-4, 362, 362, 366, 366, 371, 371, 372, 378, 380-3, 386-9, 409, 419,419, 372, 377, 377, 378, 380-3, 386-9, 409, 423, 423, 459 459 mercantilistas, mercantilistas, 466 466 Merivale, Merivale, H., H., 399 399 Meszaros, Meszáros, I., I., 23, 23, 143 143 metodots) m étodo(s),, 9, 9, 12, 12, 16, 16, 24, 24, 31, 31, 35, 35, 51, 51, 60, 60, 79, 79, 87, 87, 116, 116, 120, 120, 121, 121, 123, 123, 127, 127, 128 128 cientifico, científico, 33, 33, 36, 36, 134 134 da da economia economia politica, política, 113, 113, 119, 119, 120, 120, 124, 124, 127 127 dialetico, 126, 135, dialético, 121, 121, 126, 135, 429 429 experimental, experimental, 97, 97, 110 110 hipotetico-dedutivo, hipotético-dedutivo, 24, 24, 120 120 materialista, materialista, 60, 60, 121 121 Meyer, Meyer, S., S., 450. 450, 451 451 Mignet, Mignet, 470, 470, 478 478 rnilfcia milícia popular, popular, 297 297 rnilitarisrno, militarismo, 292, 292, 304 304

491 491 Mill, Mill, J. J. Stuart, Stuart, 117, 117, 377, 377, 381, 381, 425, 425, 426. 426, 442 442 Milliband, R., 143 Milliband, R., 143 rniseria, 108, miséria, 108, 318, 318, 381, 381, 392, 392, 393, 393, 404, 404, 479 479 modelo, 28, modelo, 28,- 119 119 modo, modo, de de ser ser intelectual, intelectual, 331J material de 131 material de existencia, existência, 131 material de material de producao, produção, 79, 79, 80 80 modo(s) de producao, 83, 84, m odo(s) de produção, 13, 13, 76, 76, 83, 84, 88, 102, 103, 103, 112, 112, 170, 189, 88, 89, 89, 102, 170, 187, 187, 189, 196, 203, 196, 203, 209, 209, 233, 233, 284, 284, 344, 344, 355, 355, 356, 356, 360, 360, 362, 362, 367, 367, 368, 368, 382, 382, 433, 433, 437, 479 437, 445, 445, 447, 447, 449, 449, 450, 450, 479 antigo, antigo, 87, 87, 234 234 asiatico, 234 asiático, 87, 87, 234 capitalista, capitalista, 52, 52, 62, 62, 78, 78, 79, 79, 87, 87, 93, 93, 95. 103, 105-7, 105-7, 124, 124, 95, 96, 96, 99-101, 99-101, 103, 128, 138, 128, 138, 139 139.... 234, 234, 377, 377, 387, 387, 389, 389, 394, 408, 419, 423, 394, 396, 396, 397. 397. 400, 400, 408, 419, 423, 425, 425, 426, 479 426, 479 classico, clássico, 362 362 feudal, feudal, 105, 105, 234 234 pre-capitalista, pré-capitalista, 393 393 moeda, moeda, 231 231 Moll, Moll, Joseph, Joseph, 221 221 rnonarquia, 259, 264, monarquia, 199, 199, 237, 237, 259, 264, 267, 267, 270, 270, 275, 275, 276, 276, 283, 283, 299, 299, 325, 325, 467 467 absoluta, absoluta, 218, 218, 237, 237, 245, 245, 282, 282, 283, 283, 293, 293, 331, 367, 331,372 367, 372 constitucional, constitucional, 52, 52, 237, 237, 462 462 Monk, Monk, George, George, 270 270 monogamia, monogamia, 323, 323, 324, 324, 327, 327, 334, 334, 336 336 rnonopolio, 148, 390, monopólio, 73, 73, 147, 147, 148, 390, 416, 416, 435, 435, 437, 437, 438, 438, 442 442 Montesquieu, 466 Montesquieu, 298, 298, 466 Morgan, Morgan, Lewis Lewis Henry, Henry, 77, 77, 80, 80, 81, 81, 319, 319, 336, 365, 470 336, 365, 470 Morny, Morny, senhor senhor de, de, 291 291 movimento(s), m ovim ento(s), 26, 26, 92, 92, 118, 118, 179, 179, 217 217 econornico, 132, 460, econômico, 132, 460, 463 463 hist6rico(s), 39, 78, histórico(s), 20, 20, 37, 37, 39, 78, 87, 87, 92, 92, 98, 120, 98, JOI, 101, 104, 104, 106, 106, 109, 109, 116, 116, 120, 238, 238, 372-4, 372-4,416, 416,433, 433,447, 447,468468 politico, 18. 439 político, 18. 115, 115, 439 popular(es), 56, popular(es), 56, 241 241 real, 20, 104, 109, 109, 116, real, 20, 33, 33, 104, 116, 118, 118, 120, 120, 121, 121, 429, 429, 436 436 revolucionario, 27, revolucionário, 27, 33, 33, 92, 92, 169, 169, 217, 217, 221, 279, 221, 222, 222,251, 251,276, 276, 279,440440 social, social, 28, 28, 106, 106, 219, 219, 428, 428, 439 439 socialista socialista revolucionario, revolucionário, 20, 20, 21, 21, 57, 86 57, 86 ,

mulhcr(es), 167, 320, mulhcr(es), 166, 166, 167, 320, 322, 322, 334, 334, 420 420 Muller, Adam, 363 Müller, Adam, 363 Munzer, Thomas, 54, 236, 238, Miinzer, Thomas, 54, 56, 56, 236, 238, 241, 241, 244-52 244-52 mundo objetivo, mundo objetivo, 156, 156, 157 157 na~ao(oes), 73, nação(ões), 73, 202 202 nae-capital, 356 356 não-capital, nao-dinheiro, não-dinheiro, 356 356 nao-prcpriedade, 352 não-propriedade, 352 Napoleao I, I, 131, 131, 263, Napoleão 263, 265, 265, 283, 283, 286-9, 286-9, 292, 292, 304, 304, 470 470 Napoleao 47, 48, 48, 54, 55, 64-7, Napoleão III, III, 45, 45, 47, 54, 55, 64-7, 69, 75, 75, 230, 270-4, 276, 69, 230, 257, 257, 261-8, 261-8, 270-4, 276, 278, 278, 280-92, 280-92, 294, 294, 295, 295, 298, 298, 302-6 302-6 natureza, 88, 88, 103, 114, 122, natureza, 103, 114, 122, 137, 137, 151, 151, 154, 155, 167, 169, 171, 154, 155, 157-61, 157-61, 163, 163, 167, 169, 171, 177, 178, 180, 180, 181, 197, 204, 177, 178, 181, 192, 192, 197, 204, 205, 284, 205, 284, 333, 333, 338, 338, 339, 339, 345, 345, 406, 406, 408, 408, 415, 476476 415, 419,419,465, 465,475, 475, necessidade(s), 50, 50, 131, necessidade(s), 131, 153, 153, 156, 156, 157, 157, 166-70, 189, 192, 192, 194-7, 166-70, 174, 174, 176-9, 176-9, 189, 194-7, 213, 410,410,470, 213, 333, 333,408, 408, 470,479479 Negt, 17, 143 143 Negt, 0., O., 17, neo-hegelianisrno, neo-hegelianismo, 109, 109, 134, 134, 135 135 neo-hegelianos, 75, neo-hegelianos, 75, 97 97 neo-kantianos, 36 neo-kantianos, 36 Netto, Paulo, 11, 11, 17, Netto, J. J. Paulo, 17, 44, 44, 140, 140, 141 141 Newton, 406 Newton, 406 Niebuhr, Niebuhr, 329, 329, 351 351 Nieuwenhuis, Nieuwenhuis, Ferdinand Ferdinand Domela, Domela, 456 456 nobreza, nobreza, 42, 42, 191, 191, 192, 192, 218, 218, 241, 241, 243, 243, 325, 325, 327, 327,331,331,367, 367,439439 pequena, 239, pequena, 239, 242, 242, 243 243 Numa Numa Pompilio, Pompílio, 351 351 observacao, 16, 87, 122, observação, 16, 32, 32, 36, 36, 87, 122, 124, 124, 136 136 O'Connor, 0 ’Connor, 217 217 oferta 201, 362, 402, 404 oferta ce procura, procura, 201, 362, 402, 404 opiniiio opinião piiblica, pública, 328, 328, 422 422 ordem, 289 ordem, 28, 28, 126, 126, 276, 276, 287, 287, 289 burguesa, burguesa, 272, 272, 273, 273, 287, 287, 289 289 gentilica, 328 gentílica, 323, 323, 328 social, 66, 209, social, 66, 209, 224, 224, 230, 230, 432, 432, 439 439 organizacao, gentilica, organização, gentílica, 319, 319, 328-30 328-30 social, social, 202, 202, 365, 365, 456 456 Orleans, Orléans, 275, 275, 283, 283, 291, 291, 304 304 Oudinot, Oudinot, 274 274 Owen, Owen, 170, 170, 215 215 Pagnerre, Pagnerre, 272 272 "111" •.._

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492 492 partido(s), 243, 290, 290, partido(s), 43, 43, 52, 52, 60, 60, 241, 241, 243, 373 373 operanots), operário(s), 40, 40, 41, 41, 43, 43, 44, 44, 220-5, 220-5, 227, 227, 230 230 passado, 14, 56, passado, 14, 28, 28, 32, 32, 47, 47, 48, 48, 51, 51, 55, 55, 56, 69, 70, 77, 105, 106, 120, 69, 70, 77, 78, 78, 88, 88, 92, 92, 105, 106, 120. 285, 285, 336, 336,468468 Peel, Peel, Robert, Robert, 425 425 pensamento(s), 31, 52, pensamento(s), 21, 21, 23, 23, 27, 27, 30, 30, 31, 52, 57, 76, 104, 115, 127, 183, 183, 193' 193, 57, 76, 104, 115, 125, 125, 127, 209, 209, 410, 410, 411, 411, 438, 438, 444, 444, 465 465 cientifico, 45, 59, 76, 105, científico, 11, 11, 20, 20, 45, 59, 76, 105, 106, 106, 116, 117 116, 117 revolucionario, revolucionário, 20, 20, 30, 30, 44, 44, 229 229 periferia, 109 periferia, 73, 73, 108, 108, 109 periodizacao, periodização, 60, 60, 62 62 pesquisa(s), pesquisa(s), cientifica, científica, 20, 20, 59, 59, 89, 89, 117 117 hist6rica(s), 13-5, 59, 59, 64, histórica(s), 13-5, 64, 70, 70, 77, 77, 476 476 Pickelharing, Pickelháring, 306 306 Platiio, 260 Platão, 260 Plekhanov, Plekhanov, G., G., 143, 143, 471, 471, 473, 473, 474 474 poder, 45, 68, poder, 40, 40, 43, 43, 45, 68, 82, 82, 92, 92, 200, 200, 206, 206, 213, 213, 226, 226, 268, 268, 374, 374, 435, 435, 474 474 estatal, 281, estatal, 42, 42, 52, 52, 224, 224, 248, 248, 253, 253, 281, 282, 288, 282, 288, 289, 289, 293-5, 293-5, 297, 297, 298, 298, 331, 332, 331, 332, 460, 460, 463 463 politico, 39, 52, 82, político, 39, 52, 82, 200, 200, 218, 218, 219, 219, 261, 261, 425. 460, 425.463, 460,478 463, 478 social, social, 37, 37, 200, 200, 261 261 policia, 452, polícia, 293, 293, 296, 296, 306, 306, 330, 330, 435, 435, 452, 480 480 politica, 13. 22, 35, 205, 462 política, 13. 22, 30, 30, 35, 205, 216, 216, 462 popula.;iio, 109, 137, 137, 187, população, 99-101, 99-101, 108, 108, 109, 187, 317, 361, 369, 317, 329, 329, 330, 330, 343, 343, 361, 369, 375. 375, 384, 384, 392, 392, 395-7, 395-7, 400, 400, 402. 402, 409, 409, 410 410 positivismo, 35, 119 positivismo, 35, 119 posse, 118, 122, 322, posse, 118, 122, 322, 411 411 povo(s), p ovo(s), 40, 40, 201, 201, 296, 296, 477 477 pastoris, pastoris, 325, 325, 340, 340, 341, 341, 415 415 pratica, prática, 93, 93, 116, 116, 174, 174, 204, 204, 205 205 subversiva, 40, 41 subversiva, 21, 21, 40, 41 praxis, 128, 204, práxis, 128, 204, 480 480 prc~os, 409 preços, 383, 383, 386, 386, 409 pre-historia, pré-história, 195, 195, 365 365 presente, 51. presente, 14, 14, 15, 15, 28, 28, 32, 32, 33, 33, 47, 47, 48, 48, 51, 52, 55. 52, 55. 70, 70, 75, 75, 78, 78, 106, 106, 120, 120, 123. 123. 126, 126, 241 241 privilegios, 52, privilégios, 52, 294, 294, 433, 433, 442, 442, 479 479 processo(s), processo(s), 24, 24, 28, 28, 32, 32, 42, 42, 56, 56, 77, 77, 89, 89, 94, 94, 96, 96, 124, 124, 132, 132, 353, 353, 362, 362, 420 420 da da producao, produção, 36, 36, 187, 187, 203, 203, 234, 234, 333, 376, 333, 376, 377, 377, 379-81, 379-81, 383, 383, 387, 387, 390. 397, 390, 397, 401 401

da vida, 192-4 192-4 da vida, hist6rico(s), histórico(s), 13, 13, 15, 15, 44, 44, 47, 47, 60, 60, 61, 61, 77, 77, 86, 92. 86,115,92. 124, 115,'129, 124, 136, 129, 136, 137, 300, 338, 339, 347, 352, 352, 137, 300, 338, 339, 346, 346, 347, 353, 353, 355, 355, 357, 357, 411, 411, 421, 421, 428, 428, 465 465 social(is), 56, 94, social(is), 56, 94, 290, 290, 333 333 producao, 36, 80, 122, 132,. 148, produção, 23, 23, 36, 80, 87, 87, 122, 132,. 148, 152, 154, 154, 157-63, 152, 157-63, 170, 170, 187, 187, 191, 191, 192, 192, 199, 201', 199, 201', 202. 202. 218, 218, 233, 233, 257, 257, 298, 298, 300, 300, 302, 302, 322, 322, 324-6, 324-6, 332-5, 332-5, 338-45, 338-45, 347-52, 372, 347-52, 358, 358, 361, 361, 364, 364, 368, 368, 369, 369, 372, 375, 377, 378, 378, 395, 407, 409, 375, 377, 395, 407, 409, 432-6, 432-6, 439, 456, 458-61 439, 442, 442, 444, 444, 449, 449, 456, 458-61 capitalista, 102, capitalista, 52, 52, 83, 83, 91, 91, 94, 94, 98, 98, 102, 115, 139, 300, 300, 380-4, 115, 139, 380-4, 392, 392, 396, 396, 400, 402, 422422 400, 402,405, 405,408, 408,420, 420, desenvolvimento da, 102, 188, desenvolvimento da, 102, 188, 332-4 332-4 escala da, 389, escala da, 389, 396-8, 396-8, 400 400 industrial, industrial, 73, 73, 366 366 intelectual, 192, 192, 368 intelectual, 368 tI material, 36, material, 36, 193, 193, 203, 203, 207, 207,'1 276, 276, 368 368 meios de, meios de, 80, 80, 94-6, 94-6, 189, 189, 260, 260, 284, 284, 299, 299, 358, 358, 365, 365, 369, 369, 370, 370, 376, 376, 378378= -80, 385-8, 392, 395, -80, 385-8, 392, 395, 401. 401. 447, 447, 449 449 organizacao 120 organização da, da, 96, 96, 99, 99, 119, 119, 120 produtividade, 197, 385, produtividade, 197, 385, 438 438 progresso, progresso, 46, 46, 76, 76, 99. 99. 100 100 proletariado, 13, proletariado, 13, 16, 16, 19, 19, 20, 20, 25, 25, 26, 26, 30, 30, 33, 33, 34, 34, 39-45, 39-45, 52, 52, 53, 53, 71, 71, 114, 114, 126, 126, 129, 129, 200, 200, 201, 201, 206, 206, 209, 209, 210, 210, 213, 213, 218, 225-8, 245, 218, 219, 219, 221, 221, 225-8, 245, 253, 253, 254, 254, 256, 267, 268, 272, 276, 256, 259-63, 259-63, 267, 268, 271, 271, 272, 276, 277, 277, 280, 280, 287, 287, 295, 295, 302, 302, 331, 331, 332, 332, 366, 370-4, 391, 425, 426, 366, 370-4, 391, 407, 407, 408, 408, 425, 426, 437, 442, 437, 442,461,461,463, 463,478 478 propriedade(s), 23, 23, 83, 164, 165, 165, propriedade(s), 83, 130, 130, 164, 198, 228, 231, 198, 201, 201, 224, 224, 228, 231, 232, 232, 238. 238. 240, 240, 241, 241, 259, 259, 273, 273, 276, 276, 284, 284, 286-9, 286-9, 291, 296, 299, 331, 291, 296, 299, 320-2, 320-2, 325, 325, 327, 327, 331, 336, 341-60, 365, 336, 341-60, 365, 369, 369, 374, 374, 415, 415, 416, 416, 435, 442, 450, 435, 442, 450, 478 478 comunal, 191, 229, comunal, 189, 189, 191, 229, 283, 283, 414 414 evolucao da, da, 77, 77, 84, 130 evolução 84, 129, 129, 130 feudal, 148, 148, 190, 190, 191, 191, 436, feudal, 436, 478 478 sem, 147, 200, 357 sem, 147, 200, 317, 317, 357 pequena, 284-9, 302, 361 pequena, 284-9, 302, 361 privada, 24, privada, 24, 25, 25, 27. 27. 28, 28, 34, 34, 42, 42, 45, 45, 69, 146-8, 160-6, 172-4, 69, 146-8, 160-6, 168-70, 168-70, 172-4, 176, 181, 181, 188, 190, 191, 195, 176, 188, 190, 191, 195, 199, 201, 203, 225, 230, 199, 201, 203, 225, 229, 229, 230,

493 241, 241, 248, 248, 253, 253, 324, 324, 327, 327, 334, 334, 359, 359, reprodução(ões), 92, 92, 96, 96, 125, 125, 126, 338, reproduciiofoes), 126, 338, 374 374 339, 339, 342-6, 342-6, 358, 358, 376, 376, 377. 377, 379-81, 379-81, nrostituicao, 384, prostituição, 165, 165, 171, 171, 327 327 384, 389, 389,390, 390,398398 Proudhon, 26, 38, repeblica, Proudhon, 22, 22, 26, 38, 129, 129, 161, 161, 162, 162, república, 66, 66, 228, 228, 237, 237, 239, 239, 253, 253, 254, 254, 165, 234, 337, 338, 416, 431-40 165, 234, 337, 338, 416, 431-40 258-61. 258-61, 264-71, 264-71, 274-6, 274-6, 279-83, 279-83, 285, 285, psicologia, l4, 27 psicologia, 13, 13, 14, 27 294, 299, 306, 467467 294, 296, 296, 299, 306,331,331,332, 332, Quesnay, Quesnay, 425 425 revolucao(oes), 16, 18, 18, 29, 31, 33, revolução (õ es), 12, 12, 16, 29, 31, 33, questao questão irlandesa, irlandesa, 128, 128, 450, 450, 452 452 34, 34, 37, 37, 39, 39, 42, 42, 45-8, 45-8, 52, 52, 56, 56, 57, 57, 59, 59, quiliasticos, quiliásticos, 241 241 63, 63, 65-7, 65-7, 106, 106, 182, 182, 183, 183, 203, 203, 204, 204, 211, 211, Rabmann, Rabmann, Franz, Franz, 251 251 227, 257, 263, 227, 243, 243, 248, 248, 253, 253, 257, 263, 305, 305, raciocinio, 22, 23, 136 raciocínio, 22, 23, 136 435, 435, 449, 449, 453, 453, 473, 473, 474 474 Ramsay, 317, 397 Ramsay, 377, 397 burguesa, burguesa, 14, 14, 17, 17, 19, 19, 21, 21, 39, 39, 42. 42, Raspail, Raspail, 257, 257, 263, 263, 269 269 55, 138, 221, 55, 57, 57, 64, 64, 90, 90, 138, 221, 298, 298, Rateau, Rateau, 267, 267, 268, 268, 271 271 462, 462, 467 467 razao, 115, 247, razão, 49, 49, 115, 247, 329, 329, 336, 336, 432-4, 432-4, de ver revolução revolucao de 1848 de fevereiro, fevereiro, ver de 1848 438, 438, 440 440 de de 1830, 1830, 237, 237, 294 294 real, 13, 24, 125, 127 de 1848, 40, real, 13, 24, 84, 84, 125, 127 de 1848, 40, 41, 41, 49, 49, 51, 51, 53-5, 53-5, 63, 63, 220, 247, 254. 220, 229, 229, 234, 234, 237, 237, 247, 254, realidade, 58, 62, realidade, 24, 24, 44, 44, 58, 62, 63, 63, 84, 84, 89, 89, 280, 280, 292, 292, 294, 294, 296 296 119, 192, 193,193, 119, 170,170,172, 172,175-8, 175-8,181,181, 192, francesa de 1789, 183, francesa de 1789, 183, 228, 228, 237, 237, 258, 258, 198, 198, 199, 199, 201, 201, 205, 205, 207, 207, 354 354 265, 265, 283, 283,285,285,286, 286,294, 294,298, 298, Reforma, 236, Reforma, 236, 241, 241, 243-5, 243-5, 247 247 302, 302, 307, 307, 469 469 reforma(s), reform a(s), 56, 56, 95, 95, 260 260 industrial, industrial, 72, 72, 79, 79, 445, 445, 447 447 social(is), social(is), 46, 46, 75 75 permanente, permanente, 21, 21, 42, 42, 224, 224, 230 230 regime, 29, regime, 29, 59, 59, 79 79 politica, '3, 219 política,... 53, 219 rela~ao(oes), 12, relação(ões), 12, 13, 13, 24, 24, 34, 34, 58, 58, 61, 61, proletaria, proletária, 19-21, 19-21, 33, 33, 34, 34, 38, 38, 39, 39, 83, 83, 86, 86, 90, 90, 93, 93, 101, 101, 131, 131, 132, 132, 164, 164, 64, 67-9, 81, 90, 111, 114, 260, 64, 67-9, 81, 90, 111, 114, 260, 196, 211, 232, 350-2, 367. 368, 407, 196, 211, 232, 350-2, 367. 368, 407, 282, 282, 374, 374,452452 419, 419, 428, 428, 433, 433, 436, 436, 470 470 social, social, 12, 12, 19, 19, 20, 20, 22, 22, 37, 37, 42, 42, 44, 44, burguesas, burguesas, 241. 241, 254, 254, 438 438 48-50, 48-50, 81, 81, 92, 92, 126, 126, 233, 233, 259, 259, de de producao, produção, 39, 39, 45, 45, 47, 47, 51, 51, 83, 83, 87, 87, 327 327 88, 90, 90, 103, 103, 104. 104, 233, 233, 234, 234, 260. 260, 88. total, 39, total, 39, 91, 91, 204, 204, 219 219 28~ 361,361, 364, 36~ 370. 37~ 286, 358. 358, 364, 368, 370, 372, Riazanov, 142 Riazanov, D., D., 142 407, 407, 414. 414. 419 419 Ricardo, D., Ricardo, D., 129, 129, 397, 397, 424, 424, 426, 426, 427, 427, de propriedade, 87, de propriedade, 87, 88, 88, 202, 202, 233, 233, 442, 442, 444 444 352, 358. 361,361,370, 352, 356, 356, 358, 370,421421 Ricardo Ricardo Coracao-de-Leao, Coração-de-Leão, 466 466 econornicas, 13, 24, econômicas, 13, 24, 119, 119, 217, 217, 338, 338, Ribs, Rihs, Ch., Ch., 142 142 407, 407, 412. 412, 416, 416, 433, 433, 437, 437, 438. 438, 461, 461, riqueza(s), 165, 200, riqueza(s), 165, 200, 299, 2.99, 322-4, 322-4, 326, 326, 468, 468, 469, 469, 470, 470, 479 479 327, 327, 331, 331, 335, 335, 336, 336, 359, 359, 375, 375, 376, 376, efetivas, efetivas, 202, 202, 203, 203, 206 206 382, 382, 388, 388, 389, 389, 391-4, 391-4, 397, 397, 412, 412, 413. 413, historicas, históricas, 34, 34, 35, 35, 414 414 416 416 polfticas, políticas, 244. 244, 420, 420, 470 470 Roberty, Roberty, E. E. de., de., 427 427 social(is), 110, 192, 192, 195, social (is), 12, 12, 39, 39, 63, 63, 110, 195, Robespierre, 258 258 196, 196, 198. 198, 212, 212, 218, 218, 238, 238, 244, 244, 284, 284, Robespierre, Rossa, Rossa, O'Donovan, 0 ’Donovan, 454 454 331, 331, 335, 335, 368, 368, 420, 420, 428, 428, 433, 433, 435, 435, Rousseau, Rousseau, 466 466 436, 436, 438, 439 438, 439 Rubel, M., 142, 142, 215 Rubel, M„ 215 religiao, 153, 177, 185religião, 22, 22, 36, 36, 55, 55, 150, 150, 153, 177, 185-7, -7, 198, 198, 203-6, 203-6, 247, 247, 264, 264, 276, 276, 289, 289, 374, 374, 461, 461,463, 463,466 466 salariots ) , 22, 100, 101, 109, salário(s), 22, 94, 94, 100, 101, 107, 107, 109, renda(s), 22, 287, 147, renda(s), 22, 287, 290, 290, 377, 377, 384, 384, 397, 397, 147, 161, 161, 162, 162, 166, 166, 215-7, 215-7, 304, 304, 316, 316, 414, 414, 442, 442, 453 453 317, 371, 317, 371, 372, 372, 377. 377. 378, 378, 382, 382, 385, 385, Iundiaria, 415, fundiária, 415, 416 416 392, 392, 400-3, 400-3, 424, 424, 442, 442, 453 453 taxa representacaoroes) taxa de, de, 382, 382, 384 384 representação (ões),, 13. 13, 125, 125, 185, 185, 186, 186, 192, 213 Sand, 192, 199, 199, 205, 205, 208, 208, 211, 211, 213 Sand, Georges, Georges, 219 219 repressao, repressão, 29, 29, 40, 40, 43, 43, 296 296 Santa 258 Santa Alianca, Aliança, 222, 222, 258 ... ,.,

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494 494 Say, Say, 442 442 Scaron, Scaron, Pedro, Pedro, 363 363 Schappeler, Schappeler, 251 251 Schlesinger, Schlesinger, R., R., 142 142 Schmidt, Schmidt, Conrad, Conrad, 455, 455, 458, 458, 465 465 Schmidt. Kaspar, ver Schmidt, Kaspar, ver Stimer, Stirner, Max Max Schulze-Delitzscbe, Schulze-Delitzsche, 419 419 Schumpeter, Schumpeter, J. J. A., A., 143 143 See. Sée, H., H„ 143 143 Senior, Senior, 442 442 ser, 192, 233 ser, 171, 171, 179, 179, 192, 233 servidiio, 162, 213, servidão, 81, 81, 87, 87, 162, 213, 239, 239, 245, 245, 320, 320, 339, 339, 341, 341, 342, 342, 345, 345, 350-2, 350-2, 357, 357, 36), 361, 374374 Sextius, Sextius, 190 190 Sickingen, Sickingen, 243 243 Sieber, Sieber, M., M., 426, 426, 427 427 sindicatos, I 6. 217, sindicatos, 49, 49, 2216, 217, 405 405 Singer, 11, 141 141 Singer, Paul, Paul, 11, Sismondi, 399, 424 Sismondi, 377, 377, 399, 424 sistema, sistema, capitalists, capitalista, 73, 73, 74, 74, 300. 300, 385, 385, 392 392 de de castas, castas, 205 205 de de estarnentos, estamentos, 213 213 econornicots). econôm ico(s), 410, 410, 435 435 hegeliano, hegeliano, 183-5 183-5 monerario, 148, 412 monetário, 148, 412 sitio, sítio, estado estado de, de, 271, 271, 277, 277, 281, 281, 285 285 situai;iio(oes). situação(ões), hist6rica(s), histórica(s), 24, 24, 26, 26, 36, 36, 49. 138 49. 52, 52, 56. 56. 57, 57, 61. 61, 66, 66, 132, 132, 138 hist6rica histórica global, global, 41. 41. 51. 51, 62 62 Smith. Smith, Adam, Adam, 358, 358, 379, 379, 382, 382, 385. 385. 413. 413, 426. 426, 434. 434.466466 Smith. Smith, Southwood. Southwood, 317 317 socialismo, 18. 26. socialismo, 18, 26. 28, 28, 30, 30, 57, 57, 86. 86, 109, 109, 114, 116,116,179,179,180,.232, 114, 180, .232,282.282,290,290, 407, 407, 408, 408, 440, 440, 457, 457, 464 464 cientifico, científico, 90, 90, 114-6, 114-6, 128 128 reforrnista, reformista, 22, 22, 30 30 utopico, utópico, II, 11, 30, 30, 33, 33, 75, 75, 81, 81, 115 115 socialistas, 38, 39, socialistas, 38, 39, 75, 75, 79, 79, 95, 95, 101, 101, 109, 109, 215, 215, 216. 216, 362, 362, 457 457 sociedade(s), 13, 18, sociedade(s), 13, 18, 27, 27, 28, 28, 33-7, 33-7, 39, 39, 46, 46, 47, 47, 49, 49, 51, 51, 52, 52, 56, 56, 59. 59, 62, 62, 63, 63, 81, 136, 137, 81, 82, 82, 84, 84, 103, 103, 136, 137, 170, 170, 171, 171, 174-6, 174-6, 178, 178, 203. 203, 205. 205, 206, 206, 208. 208, 214, 214, 216, 216, 218, 218, 234. 234, 333, 333, 342, 342, 366. 366, 411, 411, 432. 432, 439, 439, 440. 440, 442, 442, 456, 456, 465, 465, 470, 470, 475, '.476, 481 4 7 5 ,‘.476, 481 anragonica, antagônica, 15, 15, 46, 46, 47, 47, 49 49 antiga, antiga, 92, 92, 414, 414, 415 415 burguesa(s), 13, 19, burguesa(s), 12, 12, 13, 19, 20, 20, 25, 25, 27, 27, 32, 32, 34, 34, 45-7, 45-7, 49, 49, 65, 65, 76, 76, 79, 79, 82, 82, 87, 105, 87, 90, 90, 91, 91, 93, 93, 96, 96, 100, 100, 105,

110, 115, 118-20, 118-20, 123, 110, 115, 123, 125, 125, 126, 126, 129. 129, 138, 138, 195, 195, 218, 218, 233-5, 233-5, 253, 253, 258. 258, 290, 290, 293, 293, 295, 295, 300, 300, 346, 346, 366, 366, 370, 370, 412-7, 412-7, 419, 419, 423, 423, 442, 442, 480 480 capitalista, capitalista, 299, 299, 392, 392, 430 430 civil, 32, 35, civil, 32, 35, 39, 39, 45, 45, 46, 46, 61, 61, 103. 103, 139, 202, 203, 139, 202, 203, 219, 219, 233, 233, 283, 283, 432, 432, 479 479 de 37, 82, de classes, classes, 25, 25, 28, 28, 31, 31, 37, 82, 88, 88, 91. 91, 98,98,107. 107,108,108,129.129.138138 estratificadas, I. 82 estratificadas, 881, 82 feudal, 29, 240, feudal, 56, 56, 89, 89, I129, 240, 245, 245, 366, 366, 369, 415415 369, 414,414, gentilica(s), gentílica(s), 81, 81, 82, 82, 324, 324, 328, 328, 330, 330, 335 335 nova, nova, 20, 20, 39, 39, 42, 42, 92 92 por por ai;oes, ações, 97, 97, 390, 390, 416 416 pre-historia pré-história da, da, 46, 46, 76, 76, 234 234 sem sem classes, classes, 46, 46, 443 443 sociologia, 71, sociologia, JO, 10, 12-4, 12-4, 25i 2 5 i 29, 29, 31, 31, 51. 51, 71, 79 · 79 sisternatica, 35 130 sistemática, 35 130 sociologo (s ). 15, sociólogo(s), 15, 77 77 Soetbeers, Soetbeers, 459 459 Solon, Sólon, 334 334 Sulouque, Faustin, 265, Sulouque, Faustin, 265, 292 292 Spinoza, Spinoza, 429 429 Starkenburg. Starkenburg, H., H., 468 468 Stieber, Stieber, 221 221 Stirner, Stirner, Max, Max, 185, 185, 205, 205, 209. 209, 212 212 Storch. Storch, Nicolau, Nicolau, 246 246 Strauss, 83. 111.' i Strauss, David David Friedrich, Friedrich, ·J183, 185 Stuarts, 462 Stuarts, 270, 270, 462 subsistencia, 151, I152, 52. 2K4, subsistência, meios meios de. de, 151, 284, 317, 317, 320. 320. 370, 370, 378-81, 378-81, 387, 387, 400, 400, 449, 449, 467 467 sufragio 261, sufrágio universal, universal, 51, 51, 81, 81, 259, 259, 261, 266, 266, 268. 268,295, 295,296. 296,332332 superestruturats) superestrutura(s),, 51, 51, 93, 93, 202, 202, 23:\. 233, 294, 294, 407 407 superpopulacao, superpopulação, 395, 395, 397, 397, 399. 399, 400-5 400-5 superproducao. superprodução, 356. 356, 357, 357, 370, 370, 399. 399, 404, 404, 458. 458, 479 479 Sweezy, P. M Sweezy, P. M.... 142, 142, 143 143 taboritas, taboritas, 240, 240, 241 241 Takahashi, Takahashi, H. H. K., K., 142 142 Tallandier, Tallandier, 454 454 tempo, tempo, hist6rico, histórico, 24, 24, 71. 71, 102, 102, 136, 136, 138 138 pre-historico, 95 pré-histórico, I195 teologia, teologia, 237, 237, 238. 238. 247, 247, 466 466 teoriat s) , 14, teoria(s), 14, 19, 19, 22, 22, 46, 46, 86, 86, 93, 93, 99, 99,

495 495 IOI. 119. 127, 127. 12X. 101, 102. 102. 11(,, I Ifi. 119. 128. 204. 204, 42::' .. 444 444 422, ,·ic:111 if'ica. 84. 05. 124, 124, 125 científica. 84. I105, 125 da da hi.~11,ri:i. hi.slória, 16. 16, 30, 30, 139 139 da da ideologiu, ideologia, 21 21 ' das das classes classes sociais, sociais, 21, 21, 13!!, 138, 139 139 da da producao, produção, 446 446 da da producao produção do do homem, homem, 79 79 da da reproducao reprodução simples, simples, 94 94 da da revolucao revolução social, social, 20, 20, 44 44 descoberta 13 descoberta da, da, ee aplicacao, aplicação, 13 do do capital, capital, 426 426 do do dinheiro, dinheiro, 426 426 do 79, do materialismo materialismo hist6rico, histórico, 35, 35, 79, 83, 114, 83, 90,90,92,92,93,93,113, 113, 114,131131 do do metodo, método, 122 122 do valor, 107, I 8, 426, 426, 429 429 do valor, 107, 4418, economica, econômica, 97 97 ee pratica, 90, 111, 111, 128 prática, 13, 13, 33, 33, 37, 37, 90, 128 ee sua sua aplicacao, aplicação, 13 13 geral, 123 geral, 120, 120, 122, 122, 123 geral geral da da sociedade, sociedade, 21 21 historico-sociologica, histórico-sociológica, 67, 67, 130 130 marxista, marxista, 135 135 marxista Estado. 881I marxista do do Estado, radical, radical, 19 19 sociologica revolucao social, social, 46 sociológica da da revolução 46 terrats), terra(s), 147, 147, 188, 188, 189, 189, 191, 191, 201, 201, 213, 213, 239, 282, 294, 294, 299, 321, 324, 239, 282, 299, 306, 306, 321, 324, 326, 327. 337-44, 326, 327, 337-44, 346-50. 346-50, 352-4, 352-4, 365, 365, 415, 415, 424, 424,442, 442,449 449 Thierry, Thierry, 128, 128, 442, 442, 470, 470, 478 478 Thiers. Thiers, 69, 69, 294, 294, 296. 296, 301, 301, 303, 303, 305-7, 305-7, 478 478 tipos, tipos, 24, 24, 125 125 Tocqueville, Tocqueville, A., A., 59 59 Torrens, Torrens, 442 442 Torricelli, Torricelli, 469 469 totalidade(s) totalidade(s) hist6rica(s), histórica(s), 23, 23, 34, 34, 61, 61, 81, 89, 81, 89, 119 119 Toussaint-Louverture, Toussaint-Louverture, 265 265 trabalhador(es), assalariado(s), 381, trabalhador (es), assalariado(s), 381, 382, 450 382, 401, 401, 450 irnprodutivos, improdutivos, 402 402 trabalho, trabalho, 14, 14, 22, 22, 23, 23, 34, 34, 37, 37, 68, 68, 89, 89, 118, 162, 164-6, 118, 147-53, 147-53, 157-9, 157-9, 162, 164-6, 173, 173, 177, 177, 180. 180, 198, 198, 201. 201, 207, 207, 214, 214, 254, 254, 294, 294, 295, 344-9, 295, 299, 299, 322, 322, 323, 323, 338, 338, 343, 343, 344-9, 353,-62, 370, 376, 379, 353,-62, 369, 369, 370, 376, 377, 377, 379, 380, 386. 387, 7, 400, 400, 380, 384, 384, 386. 387, 392, 392, 394394-7, 401, 404, 405, 407, 407, 409, 401, 404, 405, 409, 410, 410, 413. 413, 414, 422, 424, 424, 442, 414, 421, 421, 422, 442, 444, 444, 445, 445, 463, 463, 481 481 alienado, 146, 154-60, alienado, 22-7, 22-7, 146, 154-60, 162 162

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assalariado, 91. 94, 06. 231. 2.11. assalariado, 91, 94, 100, 100, I106, 2M1. 279, 331, 260, 279, 331, 334. 334, 33!!. 338, 3:w. 339. :1~3. 353, 35!!, 358, 361, 361, 362, 362, 365, 365, :17~. 375, 379, 379, 409, 409,411411 condicoes condições objetivas objetivas de, de, !!9, 89, 337-9, 337-9, 346, 346, 353, 353, 354, 354, 356, 356, 361, 361, 380 380 divisao divisão do, do, 34, 34, 129. 129, 147. 147, 148. 148, 18!!. 188, 189, 189, 191. 191,197, 197,199,199,200, 200,20~. 205, 207, 207, 208, 208, 210-2, 210-2, 283. 283. 284, 284, 309, 309, 320, 322-5, 328, 329, 320, 322-5, 328, 329, 332-4, 332-4, 366, 366, 371, 410, 434-6, 434-6, 443, 458. 371, 409, 409, 410, 443, 458, 460, 479 460, 462, 462, 469, 469, 479 exteriorizado, 161, exteriorizado, 161, 163 163 forca de. 94, 96, força de. 94, 96, 99, 99, 199, 199, 217, 217, 322, 322, 324, 324, 334, 334, 370, 370, 377-83, 377-83, 385-7, 385-7, 394, 400, 403 394, 395, 395, 400, 403 forcado, 153, forçado, 153, 327 327 livre, 299, 354 livre, 214, 214, 299, 354 manual, 474, 474, 480 manual, 480 mercado de, de, 100, 449, mercado 100, 402, 402, 403, 403, 449, 453 453 nao-pago, 94, 382-4, não-pago, 94, 107, 107, 374, 374, 380, 380, 382-4, 408 408 produtividade 322, 324, 324, produtividade do, do, 97, 97, 322, 385, 385, 386, 389, 386,392 389, 392 quantidade de, 96, quantidade de, 96, 370, 370, 401 401 social, 443, 443, 444 social, 444 Trade Unions, ver ver sindicatos Trade Unions, sindicatos tradi~lio, tradição, 27, 27, 31, 31, 48, 48, 284, 284, 469 469 filos6fica, 30, filosófica, 30, 31 31 transformacao ( 6es) hist6rica (s), 103, transformação(ões) histórica(s), 103, 131, 137, 478 131, 137, 478 tribalidade, tribalidade, 341, 341, 343 343 tribo(s), 88, 213, 319-29, 319-29, 339, tribo(s), 88, 188, 188, 213, 339, 340, 342, 343, 411411 340, 342, 343,365, 365, pastoris, 321 pastoris, 320, 320, 321 trocafs), 112, 112, 148, 201, 321, 321, troca(s), 148, 189, 189, 196, 196, 201, 324. 348, 354, 324, 325, 325, 332, 332, 333, 333, 348, 354, 357, 357, 359, 359, 360, 370, 409, 360, 362, 362, 366, 366, 369, 369, 370, 409, 410, 410, 412, 412, 444, 444,469, 469,479, 479,480 480 Tschernyschewski, N.. 425 Tschernyschewski, N., 425 Tyler, Tyler, Wat. Wat, 240 240 urbanismo, 359 urbanismo, 359 usura, 224, 248, 278, 278, 326, 326, 327, 327, 334, usura, 224, 248, 334, 354, 359359 354, utopia, utopia, 39, 39, 441 441 valor, 419, 422, valor, 338, 338, 348, 348, 409, 409, 410, 410, 419, 422, 423, 434, 434, 443, 423, 443, 444 444 de de troca, troca, 147, 147, 352, 352, 357-62, 357-62, 367, 367, 410, 410, 422, 422,444 444 1352, de USO. '352, 357-9, de uso, 357-9, 361, 361, 362 362 '

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496 496 Vanderbilt, Vajnderbilt, 459 459 Vaucanson,. 446 . Vaucanson, Venable, V., 143 Venable, V., 143 Véron, 292 Veron, vida, 19, 36, ·%, vida, 19, 36, 45, 45, .'f S6, 196, 196, 198, 198, 204-6, ·y5o, 204-6, 214, 214, 321 321 850, 352-60, 352-60, 437, 437, 438, 438, 440 440 * determina determina aa a, 193 .a, 193 econômica, 260, 260, J.t.b jzò economica, material, 194, 233 material, .106, .106, 187, 187, 194, 233 politica, política, 10.P, 106, 233 233 real, 193 real, 22, 22, 170, 170, 181, 181, 193 social, 55, 106, 106, 172, social, 26, 26, 27, 27, 55, 172, 197, 197, 233, 439 233, 439 vida humana, 174, 338 vida humana, 93, 170, 174, produção da, 24, 87, 87, 93, 93, 155 producao da, Vilar, 32, 35, 35, 78, Vilar, P., P., 14, 14, 32, 78, 91, 91, 143 143 Villegardelle, Villegardelle, 169 169 Vinci, Vinci, Leonardo Leonardo da, da, 193 193 vir-a-ser, vir-a-ser, 23, 23, 27, 27, 28, 28, 47, 47, 106 106 Vivien, Vivien, 260 260 Vogt, Vogt, A., A., 50, 50, 450, 450, 4~1 451

von von Gillich, Gülich, Gustav, Gustav, 423, 423, 470, 470, 471 471 von von Sacbsen, Sachsen, Principe-eleitor. Príncipe-eleitor, 242, 242, 249 249 von von Schaper, Schaper, 232 232 von von Thuenen, Thuenen, 384 384 voto, voto, 43, 43, 228. 228, 254, 254, 332 332 Wacf Wacf Wa, 121, Wa, 121, 442 442 Wak Wal ldus), 238 Wald ldus), 238 Wald. Wehe, Wehe, Wermu* Wermu. Weyderueyc.. __.i, .<, 64, Weydemey^-, 64, 441 441 Whately, 442 Whately, Williams, ., 454 Williams, JJ., 454 Wirth, Moritz, Moritz, 455, 455, 456 456 Wirth, Wroblevsky, Wroblevsky, Walery, Walery, 303 303 Wycliff, Wycliff, John, John, 239, 239, 240 240 Zassulitch, V. I., 1^8, 471, 471, 472 472 Zassulitch, I., 1:\8, Zimmermann, Zimmermann, Wilhelm, Wilhêlm, 55, 55, 249 249

scs OHIGEM ORIG EM ~Qy.£¥.1~~~Coc\\p r a - -?AP,AJ., P /vptr j.c__ . Empenho ,~, Ne; N £ D{Z &J C & L ) Empt'liho 01ll1-Cl..'
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W . Rolh R oth & ia. L1d1. Lida. W. &C Clo.

GR ANDES GRANDES ClfNTISTAS SOCIAIS CIENTISTAS SOCIAIS Cole~io Coleção coordenada coordenada Florestan Fernandes Fernandes Florestan

por por

I. 1. DURKHEIM DURKHEIM Jose Albertino José A lb e rtino Rodrigues Rodrigues 2. 2. FEBVRE FEBVRE Carlos Carlos Guilherme Guilherme Mota Mota 3. 3. RADCLIFFE-BROWN RADCLIFFE-BROWN Julio Cezar Melattl Ju lio Cezar M elatti 4. 4. KOHLER KÔHLER Arno Engelmann Arno Engelmann 5. LENIN 5. LENIN Florestan Florestan Fernandes Fernandes 6. KEYNES 6. KEYNES Temas Tamás Szmrecsanyi Szmrecsányi 7. 7. COMTE COMTE Evaristo do Moraes Moraes Filho Evaristo de Filho 8. 8. RANKE RANKE Sergio B de Sérgio B. de Holanda Holanda 9. 9. VARNHAGEN VARNHAGEN Nilo N ilo Odalia Odália 10. 10. MARX MARX (Sociologla) (Sociologia) Octavio Ianni Octavio lanni 11. MAUSS 11. MAUSS Roberto C. de Roberto C. de Oliveira O liveira 12. 12. PAVLOV PAVLOV Isaias Isaias Pessottl Pessotti 13. 13. WEBER WEBER Gabriel Gabriel Cohn Cohn 14. VOLPE 14. DELLA DELLA VOLPE WI Icon J. J. Pereira W ilcon Pereira 15. 15. HABERMAS HABERMAS Barbara Freitag ee Barbara Freitag Sergio Sérgio Paulo Paulo Rouanet Rouanet 16. 16. KALECKI KALECKI Jorge lollli Jorge Migl M ig lio 17. 17. ENGELS ENGELS Jose José Paulo Paulo Netto Netto 18. OSKAR LANGE LANGE 18. OSKAR Len Ina Pomeranz Lenina Pomeranz 19. CHE GUEVARA 19. CHE GUEVARA Eder Eder Sader Sader 20. LUKACS 20. LUKÁCS Jose Io Netto Netto José Pau Paulo 21. ER 21. GODELI GODELIER Edgard Edgard de de Assis A ssis Carvalho Carvalho 22. TROTSKI 22. TROTSKI Orlando Miranda Orlando Miranda 23. JOAQUIM JOAOUIM NABUCO 23. NABUCO Paula Paula Beiguelman Beiguelman 24. 24. MALTHUS MALTHUS Tamas Tamás Szmrecsanvl Szmrecsányi 25. 25. MANNHEIM MANNHEIM Marlalice M a ria lice M. M. Foracchl Foracchi 26. JR. 26. CAIO CAIO PRADO PRADO JR. Francisco Francisco Iglesias Iglésias 27. 27. MARIATEGUI MARIATEGUI Manoel e Manoel L. L. Bellotto Bellotto e Anna Anna Maria Maria M. M. Correa Corrêa 28. 28. DEUTSCHER DEUTSCHER Juarez Juarez Brandiio Brandão Lopes Lopes 29. STALIN 29. STALIN Jose Paulo Netto José Paulo Netto 30. 30. MAO MAO TSE-TUNG TSE-TUNG Eder Eder Sader Sader 31. MARX 31. MARX (Economla) (Economia) Paul Paul Singer Singer 32. 32. MELANIE MELANIE KLEIN KLEIN Fabio Fábio A. A. Herrmann Herrmann ee Amazonas Amazonas A. A. Lima Lima 33. CELSO FURTADO 33. CELSO FURTADO Francisco de O Oliveira Francisco de liveira

:RAL 00 CEARÁ ? Saúda

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:U. SIMMEl

Evaristo de Mora 34. SIMMEL 3.S. SARMIENTO Evaristo de Moraesle6n FilhoPome, 35. SARMIENTO 36 MARX-ENGELS /Hl León Pomer Florestan Fernand 36. MARX-ENGELS (H istória ) 37 ROGER BASTIDE Florestan Fernandes f\AarJa lsai.,a P d 37. ROGER BASTI DE

38. EDMUND lEACH

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Karl, 1818-1883

utor : Marx. I · t IT\ t. ngtels llS O • T1t1.1lo . K. Marv, F ...

M355k 3. ed.0139874 Exemplar : 00

Autor : Mavx 907.

2

T ítu lo: K-3 . ed.9 0 7 .2 M 3 5 5 k 000139874 -

£ve,mu'ar:

M aria Isaura P. de Queiroz Roberto Oa Matta 38. EDMUND LEACH 39. PIERRE BDURDIEU Roberto Da Matta Renato Ortiz 39. PIERRE BOURDIEU 40. BOLIVAR Renato O rtiz Manoe, l. Be.lotto 40. BOLÍVAR Anna Marla M. Corr Manoel L. B41. ellotto e KEU£11 Anna M aria M . Corrêa Rachel ROdrlgLesKe 41. KELLER 42. Ho CHI MINH Rachel Rodrigues Kerbauy Marta Elena Alvarez 42. HO CHI MINH 43. PARETO Marta Elena Alvarez Jose Al~rtfno Rodri 43. PARETO 44. OUESNAV José A lbe rtin oRoRodrigues I Kuntz 44. QUESNAY 45. EUCUDrs DA CUNHA Rolf Kuntz Walnice Nogueira Ga• 45. EUCLIDES
...

58. FLORESTAN FERNANDES Octavio lanni

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GRANDES GRANDES CIENTISTAS CIENTISTAS SOCIAIS SOCIAIS

Textos cos de Textos basi básicos de Ciencias Ciências Sociais, Sociais, selecionados selecionados com isao geral com aasuperv supervisão geral do do Prof. Prof. Floresta11 Florestan Ferna11des. Fernandes. Abrangendo in~ Abrangendo seis seis discipl disciplinas fundamentais da ciencia fundamentais da ciência social social -- Sociologia Sociologia,, tfi~toria, H>stória, E,;onomia, Economia, Psicologia, Psicologia, P· .>litica ee Antropologia Política Antropologia ·aa col ~ao apresenta coleção apresenta os os autores autores modernos modernos ee contemporaneos contemporâneos de de maior maior destaque destaque mundial, mundial, focalizados focalizados atraves através de de inkodu~ao introdução critica crítica ee biobibliografica biobibliográfica,, assinada assinada por por especialistas especialistas da da universidade universidade brasileira. brasileira. AA essa essa introdu~ao introdução critica crítica segue-se segue-se uma uma coletanea coletânea dos dos textos textos mais mais representativos representativos de de cada cada autor. autor.

MARX/ENGELS MARX I ENGELS

K. K. Marx Marx (1818-1883) (1818-1883) e e F. Engels (1820-1895) F.Engels (1820-1895) foram foram os os .- criadores criadores do do materialismo materialismo hist6rico histórico e e os os principais principais representantes representantes do do comunismo comunismo revolucionario revolucionário no no pensamento pensamento moderno. moderno. ParPar­ ticiparam ticiparam ativamente ativamente das das lutas lutas pollticas políticas do do proletariado proletariado e e levaram ~ias sociais levaram para para as as cie, ciêi das sociais a a posicao posição de de interesses interesses e e aa conscieneia consciência de de classe classe dos dos trabalhadores. trabalhadores. K. K. Marx Marx subverteu subverteu aa concepcao concepção vigente vigente de de ciencia, ciência, introintro­ duzindo duzindo na na investigac[to investigação cientifica científica o o materialismo materialismo consisconsis­ tente, tente, aa analise análise dialetica dialética e e aa perspectiva perspectiva social social da da classe classe revolucionaria, revolucionária, o o que que lhe lhe permitiu permitiu criar criar um um modelo modelo pr6prio próprio de de explicacao explicação cientffica científica da da hist6ria. história. Ele Ele e e F. F. Engels Engels aplicaram aplicaram esse lo de esse mode modelo de explicacao explicação ao ao estudo estudo de de situacoes situações hist6ricas históricas concretes, concretas, aà crltica crítica da da economia economia polltica política e e do do socialismo socialismo ut6utópico-reformista pico-reformista ea e à elaboracao elaboração de de uma uma teoria teoria geral geral da da formaforma­ c[to, ção, desenvolvimento desenvolvimento e e dissolucao dissolução da da sociedade sociedade capitalista. capitalista. A A presente presente antologia antologia colige colige os os textos textos fundamentais fundamentais a a resres­ peito peito dessas dessas quest°"s: questõfes: como como as as suas suas ideias idéias se se originaram; originaram; como como elas elas foram foram revistas revistas ou ou ampliadas, ampliadas, ao ao longo longo do do tempo; tempo; e e como como elas elas conduziram conduziram a a uma uma concepcao concepção integrativa integrativa e e uniuni­ ficada ficada da da "ciencia "ciência da da hist6ria" história" (ou {ou da da "ciencia "ciência social social hist6rihistóri­ ca"). ca"). Nenhum Nenhum estudioso estudioso das das ciencias ciências socials, sociais, qualquer qualquer que que seja seja aa sua sua atitude atitude ou ou a a sua sua reiacao relação com com o o rnarxisrno, marxismo, pode, pode, pois, pois, ignorar ignorar esse esse instrumento instrumento de de trabalho trabalho e eo o que que ele ele reprerepre­ senta senta para para aa recuperacao recuperação cabal cabal do do pensamento pensamento dos dos dois dois auto res.Os autores. Os textos textos tracarn traçam os os carninhos caminhos percorridos percorridos par por Marx Marx e e Engels Engels e e evidenciam evidenciam os os resultados resultados que que alcancararn alcançaram -- nos nos pianos planos empfrico, empírico, te6rico teórico e e metodol6gico metodológico -- no no equacionaequaciona~nto mento rigoroso rigoroso da da verdadeira verdadeira ci~ncia ciência dp dp homem. homem.

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