Fisio[1]

  • October 2019
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Actividade Reflexa e regulação do tónus muscular REFLEXOS: são reacções esteriotipadas e involuntárias do sistema nervoso a um determinado estímulo. Têm como base o arco reflexo, que é constituído pelo receptor, neurónio aferente ou sensitivo, sinapse, neurónio eferente ou motor e pelo efector. Os reflexos são divididos em reflexos fásicos e reflexos tónicos. Reflexos fásicos – originam o movimento do corpo ou de uma das suas partes. Os movimentos de defesa, por ex, em que a aplicação de um estímulo doloroso na superfície de um membro leva a flexão do mesmo. Reflexos tónicos - mantêm a postura e o equilíbrio. É o caso do reflexo miotático (por ex: reflexo massetérico), em que há uma contracção de um músculo, em resposta ao estiramento das suas fibras. Se a força for excessiva, o músculo relaxa-se bruscamente, reflexo miotático inverso. Estes reflexos são reflexos segmentares, pois têm o seu arco dentro de um mesmo segmento do neuroeixo (medula ou tronco). No entanto, existem reflexos em que o arco ocupa vários segmentos, são os reflexos intersegmentares ou longos. Existem reflexos monosinápticos, em que o neurónio aferente se conecta directamente ao eferente e existem reflexos polisinápticos em os neurónios aferente e eferente estão ligados por neurónio intermediários ou interneurónios.

Receptores músculo tendinosos Função Existem, a nível músculo tendinoso, 3 tipos de receptores, os Ia, os Ib e os II, cuja excitação é desencadeada por estiramento ou submissão a tensão, que pode ocorrer em 3 situações: a) Estiramento passivo: força exterior ao organismo (gravidade); b) Activação dos neurónios α: contração muscular a partir dos receptores Ib, o que leva ao reflexo miotático inverso (reflexo bi-sináptico); c) Activação dos neurónios γ: contracção das extremidades do fuso, a partir do receptores Ia e II, o que leva ao reflexo miotático reflexo mono-sináptico). As fibras II originárias fora do fuso dão lugar aum reflexo felxor polisináptico. Estas existem no músculo extra-fuso e também são de origem cutânea (tacto, pressão). Originam o mesmo reflexo as fibras III e as fibras IV, de origem muscular ou cutânea.

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Reflexo Miotático O reflexo miotático é: - localizado, - ipsilateral, - predomina nos músculos extensores, embora também exista nos músculos flexores (a excepção dos músculos abaixadores da mandíbulas). - regula essencialmente o comprimento do músculo, em função da tracção a que é submetido, ou seja, é essencial na regulação da postura (aspecto tónico). - permite o ajustamento do corpo necessário à execução de movimentos voluntários (aspecto físico). Princípio da inervação recíproca de Sherinton: A contracção de um músculo acompanha-se da facilitação dos seus agonistas e inibição dos seus antagonistas. Reflexo miotático inverso Corresponde a um período de tempo electricamente silencioso de abolição do tónus e inibição da contracção de um músculo após a sua estimulação. Origina-se nos receptores de Golgi e desencadeia-se por estiramento passivo intenso ou mais frequentemente nas condições fisiológicas por contracção ligeira do músculo. É um reflexo bi-sináptico. O reflexo miotático não age sempre no mesmo sentido, pode ser de flexão ou extensão; não tem grande nível de divergência e convergência.

Reflexos de flexão - Age sempre no mesmo sentido, - Contrai os flexores e inibe os extensores; - Caracteriza-se por grande nível de divergência e convergência: pode ser desencadeado por múltiplos receptores num vasto espaço corporal e aresposta inclui um grande nº de músculos; - Latência diminuída quando a intensidade do estímulo aumenta; - As suas vias são polisinapticas; - Aferências variáveis: fibras cutâneas ou mucosas, fibras de origem articular, fibras de origem muscular extrafusonal dos grupos II, III, e IV - Segundo a natureza dos receptores pode ser um reflexo nociceptivo ou não nociceptivo. Reflexo De Extensão Cruzada É a extensão espacial do reflexo de flexão que se observa quando a intensidade da estimulação é aumentada para lá do limiar do reflexo de extensão.

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Reflexo de abertura da boca 1) Reflexo RAB não nocioceptivo: estimulação mecânica das mucosas, dos dentes, gengiva e palato a uma curta distância da ATM (reflexo de abaixamento da mandíbula). O grupo de interneurónios constituindo o núcleo supratrigeminal é inteiramente dedicado à inibição dos músculos elevadores da mandíbula. Ele recebe aferências das mucosas bucais, dentes, ATM e projecções das fibras musculares do grupo II (extra fusionais), fibras Ib e colaterais de fibras Ia vindas dos músculos elevadores contralaterais. 2) Reflexo RAB nociceptivo: permite, por ex, a protecção contra a mordedura da língua. As componentes excitatórias e inibitórias passam pelo núcleo espinhal do V e são polisinápticas. No homem não existe a componente excitadora do reflexo, observandose duas componentes inibidoras correspondentes ao reflexo não nociceptivo e nociceptivo, resultando a inibição do tónus dos músculos elevadores.

Tónus e postura O tónus muscular resulta da actividade assincrónica e repetitiva das unidades motoras extrafusionais. Há dois tipos de actividade motora: - A que serve para manter a postura, que depende da contracção ligeira e permanente dos músculos, que é chamada de tónus e da qual não resulta nenhum movimento (ex: espaço de inoclusão: espaço entre as arcadas superior e inferior, separando os dentes de 2 mm); - E a que possibilita o movimento que são motricidades tónicas e fásicas. Elementos especiais para a manutenção do tónus: 1) Especialização a nível muscular Existem músculos especializados na função tónica e na função fásica. - Músculos vermelhos têm uma função tónica predominando na musculatura axial, - Músculos brancos têm funções fásicas predominando na musculatura distal. 2) Especialização a nível dos neurónios α As fibras são de diâmetro mais pequeno e os corpos celulares mais pequenos nos neorónios de função tónica, os quais possuem unidades motoras mais vastas Os músculos no homem têm características intermédias. O temporal é mais tónico que o masséter, contudo, os feixes mais profundos do masséter, são mais tónicos que os superficiais.

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3) Especialização a nível dos fusos neuromusculares O estiramento passivo e consequente estimulação das fibras Ia provoca duas fases de resposta que correspondem a dois tipos de neurónios γ dinâmicos e estáticos, que as favorecem. Assim, as fibras Ia (formações anulo-espirais) recebem 2 tipos de neurónios γ, enquanto que as fibras II (terminações em cacho) só recebem neurónios γ estáticos, sendo especializados numa função tónica. Reflexo miotático massetérico (trigeminal) tónico A percussão do mento de cima para baixo desencadeia um movimento pelos músculos elevadores – é o reflexo miotático de natureza fásica. A rigdez de descerebração (hiperextensão dos 4 membros, com pronação e adução dos superiores) que ocorre em lesões diencefálicas ou mesencefálicas, evidencia o reflexo miotático trigeminal tónico: a cavidae bucal é mantida fechada e a toda a tentativa de baixar a mandíbula se opõe um aumento da contracção dos elevadores. As suas vias são idênticas ao do fásico, para além das formações anulo-espirais (fibras Ia), parece que as formações em cacho (fibras II), serão especializadas no desencadear do reflexo miotático de função permanente tónica. Este reflexo está particularmente bem desenvolvido nos músculos extensores, que estão na postura normal da espécie e sob o efeito da gravidade sujeitos a uma força que tende e estirá-los e provocar o reflexo. A posição de repouso da mandíbula resulta da contração tónica dos elevadores (extensores), em resposta à acção da gravidade, que tende fazer cair a mandíbula. Enquanto que esta se aproxima da oclusão as formações anulo espirais são cada vez menos estiradas, diminuindo o estímulo para o reflexo e predominando de novo o efeito da gravidade. Este é reforçado pela acção inibidora do reflexo miotático inverso (resultante da estimulação dos receptores de Golgi pela contração dos extensores e originando a sua inibição).

A gravidade não é o único factor. O tónus existe no indivíduo em estado de vigília, em decúbito e nos músculos flexores. A excitação das formações anulo espirais (FAE) é também efectuada pela actividade dos neurónios γ, que através das fibras Ia e neurónios α contraem os músculos extensores (elevadores) – é o chamado sistema γ, essencial para a génese do tónus. Ao contrário dos neurónios α, a actividade dos neurónios γ é independente da periferia e dos receptores fusonais, exercendo a manutenção

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de uma actividade tónica do reflexo miotático quaisquer que sejam as circunstâncias exteriores.

Regulação da actividade tónica do neurónios motor Para a interrupção do reflexo miotático corta-se as raízes dorsais da medula. Contudo, isto não suprime a actividade contínua dos neurónios γ. A actividade tónica dos neurónios γ vai ser influenciada pelos: 1) Receptores vestibulares – a actividade tónica dos músculos digástrico (abaixador), temporal (elevador) e pterigoide lateral (abaixador) varia em função da inclinação do corpo em relação à vertical. A sua actividade é mínima em decúbito e máxima para os 2 primeiros na posição sentada e com o corpo inclinado a 40º para o pterigoide lateral. 2) Receptores articulares: a) Receptores de ruffini da ATM: a sua actividade tónica associada às alterações do maxilar inferior vão induzir modificações na actividade tónica dos extensores (masséter). b) Receptores articulares da nuca: a extensão dorsal da cabeça aumenta o tónus do temporal, masséter, e digástrico, enquanto a flexão ventral vai diminuir a sua actividade. 3) Receptores visuais: através das vias tecto espinhais e centros suprasegmentares. 4) Influências supra-segmentares: a acção dos receptores vestibulares, articulares da nuca e visuais faz-se através dos centros supra-segmentares. A sua eliminação demonstra o seu efeito inibidor do tónus. A formação reticular também influencia o tónus: 1) A formação retículo bulbar: é inibidora sobre o tónus. Inibe o reflexo miotático trigemial e facilita a abertura da boca. A sua estimulação inibe a hipertonicidade da rigidez de descebração 2) A formação reticular ponto mesoencefálica: é facilitadora sobre o tónus, facilita o reflexo miotático trigeminal e inibe a abertura da boca. Mecanismo final do tónus muscular: O tónus muscular resulta da actividade assíncrone e repetitiva das unidades motoras extrafusonais especializadas na sua manutenção, se bem que só certas fibras dispersas na massa muscular sejam activas num dado instante, esssa disseminação permite um nível de tensão ligeiro, gradual e uniforme. A actividade alternada das 3 unidades motoras gera uma tensão ligeira e uniformemente repartida na massa muscular (tónus muscular).

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Factores a considerar na manutenção da postura da mandíbula 1) Gravidade; 2) Reflexo miotático; 3) Sistema γ; 4) Forças Visco–elásticas dos músculos mastigadores: a posição de repouso de um indivíduo relaxado corresponde a um equilíbrio entre as forças viscoeláticas e gravidade. 5) Espaço de Donders – é a cavidade comprendida entre as arcadas alvéolodentária elabial e o palato e a língua, quando a mandíbula está em repouso. O abaixamento da mandíbula cria nesta cavidade uma pressão negativa de 10mmHg sobre a superfície do palato duro, o que corresponde a uma força de 300 gramas, capaz de suportar o peso da mandíbula.

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A DOR A dor é um mecanismo de protecção do corpo; ocorre sempre que qualquer tecido estiver lesado e faz com que o indivíduo reaja para remover o estímulo doloroso. Não é uma sensação específica, no entanto há uma sensação (percepção) incómoda com limites extremos de tolerância ou intolerância desencadeada por múltiplas situações. A dor foi classificada em 2 tipos principais a dor rápida (dor fisiológica) e a dor lenta (dor patológica). Dor Fisiológica – Este tipo de dor é também designada dor rápida ou dor aguda. É sentida 0,1’ após a aplicação do estímulo doloroso. É uma dor resultante de circunstâncias “normais”, só com estímulos intensos ou potencialmente lesivos dos tecidos, activando os nociceptores. Estes receptores para estímulos dolorosos encontram-se nas terminações nervosas livres do tipo C e Aδ (médio ou pequeno diâmetro, pouco ou n mielinizadas). Estas transmitem as diversas componentes sensoriais da dor, como as afecrivas e cognitivas através da espino-talâmica. Estas fibras não são ´so anatomicamente mas também bioquímica e funcionalmente heterogéneas. Cerca de 70% dos nociceptores encontram-se nas fibras tipo C, que conduzem a dor “tipo queimadura” sendo a “tipo picada” atribuída às do tipo Aδ. Estas fibras para além da dor, medeiam a sensibilidade para o calor e o calor doloroso e também para o frio e frio doloroso, havendo ainda umas específicas para a sensação de prurido. O processamneto encefálico das diversas componentes da percepção dolorosa contrubuem, para a eleboração de comportamnetos asociados (aprendizagem), mas também a estimulação nociceptiva resulta também numa actividade reflexa local ou mais generalizada (reflexo de flexão, de evitamneto, reflexosautonómicos)

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Dos nociceptoes ao processamento cerebral As fibras aferentes nociceptivas (primárias) entram SNC a nível da medual ou tronco (substãncia geltinosa) onde fazem sinapses com o 2º neurónio, cujas fibras ascendem até ao tálamo. No trajecto da via espino-talamica, algumas fibras terminam no tronco, em partículas no bulbo raquidiano e no mesencéfalo, sendo nesta última particularmente relevante a área cinzenta peri-aquedutal (PAG). Algumas terminam ainda directamente ou indirectamente (vio tronco), no hipotalamo e na amígdala. De diferentes núcleos do tálamo há uma projecção para diversas áreas cerebrais, como o córtex parietal somatosensorial (S1 – S2), o cortexcingulado anterior (CCA) e córtex da insula (CI). O córtex parietal posterior conecta por sua vez com a insula e o córtex cingulado posterior, e essas duas áreas com o córtex pré-fontal e a amígdala. A invocação destas diferentes áreas prende-se com as implicações que têm na detreminação das diferentes componentes ou dimensões da percepção dolorosa. Ex: Corresponde a uma alteração localizada, transitória (quando não há lesão do tecido). A dor fisiológica é sentida quando uma agulha é enfiada na pele, quando a pele é cortada por uma faca ou quando a pele sofre uma queimadura aguda. Esta dor não é sentida na maioria dos tecidos mais profundos do corpo. A lesão limitada no córtex sensorial primário … a designação dos aspectos discriminativos da dor, mas não na sua componente afectiva e inversamente, lesões do cingulo anterior ou da insula … só a componente afectiva ou cognitiva da dor. O cingulo anterior será anterior essencial pra a aprendizagem (evitamento) relacionada com a estimulação nociceptiva. Dor Patológica - É também designada dor lenta ou crónica. Começa a sentirse 1’ ou mais após a aplicação do estímulo, depois, aumenta lentamente durante algum tempo. Resulta de uma lesão do tecido e consequente inflamação ou lesão nervosa (dor neuropática). Ocorre na ausência de estímulo óbvio (consequência de lesão no organismo) em resposta a um estímulo inócuo (estímulo que não provoca dor normalmente, mas que devido à lesão passa a provocar). A dor patológica pode ocorrer na pele, bem como em qualquer tecido ou órgão profundo. As dores fisiológicas e patológicas são resultantes de um aumento de sensibilidade do sistema sensorial — Sensibilização Nociceptiva. Esta sensibilização nociceptiva tem por consequência: • Baixar o limiar doloroso por causa da sensibilização (algo que não provoca dor normalmente passa a provocar) — Alodinia • Amplificar a resposta (a intensidade da dor é maior) — Hiperalgesia • Prolongar a sensação após estímulo – Hiperpatia

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Nota: Os receptores da dor não se adaptam e, por isso, em certas situações, a excitação das fibras da dor, especialmente na dor patológica, vai-se tornando progressivamente maior. Este aumento da sensibilidade dos receptores da dor é chamado hiperalgesia. Este fenómeno é importante, uma vez que possibilita manter o indivíduo informado acerca de um estímulo lesivo que causa dor durante o tempo em que ele persiste. Se tal não se verificasse, ou seja, se os receptores se adaptassem e deixassem de transmitir dor, o indivíduo não se aperceberia de que estaria em contacto com algo que é lesivo aos seus tecidos. Existem formas de sensibilização: 1-agudas (lesão do tecido e consequente inflamação); tem funções protectoras (evitando o contacto com todos os estímulos) — o tecido quer reparar o que foi lesionado; põe-se adesivo para não perturbar o processo de cicatrização 2-formas crónicas (lesão nervosa) — dor Neuropática; o SNC fica com a memória da dor (apesar da intervenção cirúrgica ou recuperação) Existem, ainda, duas formas de sensibilização nociceptiva: •Periférica - com alterações a nível das terminações aferentes nociceptivas •Central - com alterações a nível da resposta dos neurónios do SNC (medula, tronco); pode permitir que a dor permaneça durante algum tempo Sensibilização Periférica (sensibilização nociceptiva á lesão tecidual inflamação), é feita por 2 mecanismos: 1.A bradiquinina aumenta uma corrente de Na+ diferente da responsável pela sua acção excitatória que é activada pelo calor e mediada pela estimulação da proteína cinase C. O limiar da sua activação pelo calor é desviado para mais baixas temperaturas. 2.A prostaglandina E2 e outros mediadores (adenosina, serotonina) baixam o limiar de activação de um canal de Na+ (resistente à tetrodotoxina, TTX-R) via acumulação de AMPc e estimulação da proteína cinase A. O AMPc aumenta também o influxo de Na+ por canais não selectivos (ionóforos). Os opióides antagonizam estes efeitos diminuindo o nível de AMPc. Acção do glutamato e substância P nas fibras aferentes primárias na Sensibilização Central: 1. A substância P (receptor neuroqinina 1 - NK1) e o glutamato (receptor nãoNMDA) despolarizam o neurónio do corno dorsal (NCD) 2. Activação do receptor NMDA pós-sináptico que promove o aumento de cálcio e fosfoquinase C 3. Activação do receptor NMDA pré-sináptico, promovendo o aumento da libertação de substância P e glutamato que, por sua vez, vão facilitar e prolongar a despolarização do neurónio do corno dorsal. 4. A internalização do receptor NK-l é necessária para as alterações génicas nos neurónios do corno dorsal, sendo facilitada pela libertação de substância P estimulada pelo glutamato. Aquelas envolvem o controlo de genes de factores de transcrição (c - fos, c-fun, NGF 1A) e de síntese de

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neuropéptidos (dinorflna, encefalina, substância P e NP4) e seus receptores. 5. Não é de excluir um mensageiro retrógrado libertado após a activação do NMDA pós-sináptico e facilitando a libertação pré-sináptica de substância P. A estimulação nociceptiva evoca também a libertação de opióides, que inibem a libertação pré-sináptica de substância P e glutamato Estes fenómenos repetem-se e a dor pode tomar-se constante — crónica. Receptores da dor e a sua estimulação Os receptores da dor, na pele e noutros tecidos, são todos de terminações nervosas livres (terminações nociceptivas). Estes estão espalhados nas camadas superficiais da pele e em certos tecidos internos tais como, o periósteo, a foice, as superfícies articulares, etc. Os outros tecidos profundos são escassamente supridos por receptores, no entanto qualquer lesão maior pode somar-se e resultar em dor patológica. A dor pode ser provocada por múltiplos estímulos mecânicos, térmicos e químicos. Normalmente, a dor fisiológica é provocada pelos estímulos mecânicos e térmicos, enquanto que a dor patológica é provocada por estes 3 estímulos. Nas extremidades das fibras nervosas nociceptivas há receptores para os estímulos que provocam dor, despolarizando as terminações nervosas. Algumas das substâncias químicas que excitam o tipo químico de dor incluem: •Bradicinina (liga-se a receptores metabotrópicos que activam fosfolipases — C e A2 é a substância mais dolorosa, dado que é o único agente responsável pelo tipo de dor resultante da destruição dos tecidos.) •Serotonina (é estimulador dos nociceptores) •Histamina (substância excitatória que se liga a receptores do tipo 1 que está associado à fosfolipase C) •Iões potássio (a intensidade da dor relaciona-se com o aumento localizado da concentração de potássio) •Ácidos •Acetilcolina •Enzimas proteoliticas (atacam directamente as terminações nervosas e excitam a dor ao tomar as suas membranas mais permeáveis aos iões) •Prostaglandinas (acentuam a sensibilidade das terminações da dor, mas não as excitam directamente; são substâncias que se ligam a receptores metabotrópicos associados à adenilciclase, que activa o AMPc e que, por sua vez, se associa à fosfoquinase A) - os anti-inflamatórios inibem este mediador/estimulador dos receptores nociceptores •Substância P (acentuam a sensibilidade das terminações da dor, mas não as excitam directamente) •Iões de cálcio (o seu aumento promove a libertação de péptidos tais como a substância P e o aumento da saída de potássio por canais iónicos) •Iões de sódio (a sua entrada mediante a presença de ATP e serotonina vai causar despolarização) Capsaicina (explicado a seguir) •ATP (estimulador importante quando há células lesadas)

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Inibidores da excitabilidade da dor: • Opióides (inibindo a adenilciclase ou abrindo canais de potássio) ) •GABA-A (através de receptores ionotrópicos) •GABA-B (através de receptores metabotrópicos) A transmissão purinérgica na nocicepção O ATP pertence a um grupo de receptores denominados purinérgicos. A transmissão purinérgica pode ser de 2 tipos: 1-Através de Adenosina — receptor Pl (A1); P1 (A2a) P1(A2b) P1 (A3) Em baixas concentrações inibem a dor via P1(A1) Em altas concentrações actuam sinergicamente via P2x3 (comATP) aumentando a dor 2-ATP — receptor P2x, ionotrópicos (1-7); P2y, acoplado à proteína G O P2x3 é o principal e selectivamente só encontrado nas terminações gânglios sensoriais. No neuroeixo, a transmissão purinérgica tem outro tipo de acção através de receptores para as purinas nas terminações das fibras aferentes ou nos neurónios pós-sinápttcos. A regulação purinérgica da transmissão nociceptiva é feita por adenosina e ATP Fases da transmissão purinérgica: 1.Envio de estímulos por parte das cél. Musculares, cel. tumorais, cél.endoteliais, plaquetas, sistema nervoso simpático (com aumento de noradrenalina). 2.Aumento de ATP e adenosina que se vão ligar aos receptores nociceptivos 3.O ATP liga-se ao receptor P2x2/3 (receptor que sofre estimulação + forte) 4.A adenosina pode ligar-se ou ao receptor P1 (A2) ou ao receptor P2x2/3 5.Envio do estímulo para receptores P2x pré-sinápticos das terminações dos neurónios dos gânglios no corno dorsal (aumentam a libertação de glutamato) 6.Estes fenómenos vão provocar a estimulação do neurónio do corno dorsal Receptor da Capsaicina -É um receptor mediador do “calor» de muitos produtos naturais contendo capsaicina (capsicum veppcrs) e da estimulação térmica dolorosa -Receptor vanilóide, subtipo 1, VR1, levando ao influxo de 10 iões de cálcio por cada ião de sódio (entram 10 Ca2+ e 1Na+) -Uma rápida elevação da temperatura 220C ->480C invoca um influxo iónico pelo VR1 idêntico ao induzido pela capsaicina ( o receptor é activado). Isto explica a sensação dolorosa para certo nível de temperatura e a sensação de calor para alimentos contendo capsaicina -O receptor VR1 predomina nas terminações nociceptivas (fibras de pequeno diâmetro). Os protões serão moduladores endógenos. O seu aumento de concentração potencializa a resposta invocada pela capsaicina, ou seja

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provoca a abertura do canal permitindo a entrada de grandes quantidades de cálcio - Para além da indução de despolarização, o persistente influxo de cálcio leva à dessensibilização do receptor e necrose celular. Isto explica a “insensibilidade» dos “spice lovers» e o efeito analgésico da capsaicina - A capsaicina é utilizada como analgésico em pomadas, promovendo a dessensibilização das fibras Transmissão dos sinais da dor para o SNC: Apesar de todos os receptores da dor serem terminações nervosas livres, essas terminações usam 2 vias separadas para transmitir sinais de dor para o SNC. Os sinais da dor fisiológica são transmitidos nos nervos periféricos para a medula espinhal por fibras delgadas do tipo Aδ a uma velocidade entre 6 e 30 m/s. A dor patológica é transmitida, também para a medula, por fibras do tipo C a uma velocidade entre 0,5 e 2m/s. Devido a este duplo sistema de inervação da dor, o início de um estímulo doloroso é sentido como uma dupla sensação: uma dor rapida e aguda que é transmitida para o cerebro pela via das fibras Aδ, seguida, 1’ depois, por uma dor lenta que é transmitida pela via das fibras C. A dor aguda informa o individuo da existencia da influencia lesiva, desempenhando um papel importante ao promover que este individuo reaja imediatamente para retirar esse estimulo. A dor dor lenta tende a tornar-se cada vez mais intensa, dando a sensação de uma dor intoleravel e prolongada. Após a chegada dos sinais de cada um dos tipos de dor à medula espinhal, cada um dos sinais dolorosos toma uma via diferente: 1. Uma via através do feixe neo-espinotalâmico (dor fisiológica) que termina no tronco cerebral e no complexo ventrobasal do tálamo 2. Uma via através do feixe paleoespinotalâmico (dor patológica) que termina no tronco cerebral, no entanto algumas fibras chegam ao tálamo A dor fisiológica pode dar 3 tipos de resposta: 1.Reflexo de flexão de evitamento (associado à dor) - segmentar (reflexo miotático) 2.Reflexo Autonómico do SNA (segmentar e supra-segmentar) - através dos estímulos dos neurónios pré-ganglionares simpáticos com uma resposta: a)Geral – ritmo cardíaco, tensão arterial b)Localizada – alterações localizadas da circulação sanguínea, piloerecção, Sudação, etc 3. Percepção da dor e Comportamento associado dor Patológica A dor patológica pode sofrer 2 tipos de sensibilização: •Sensibilização periférica •Sensibilização central A via do feixe paleo-espino-talâmico é um sistema filogeneticamente mais antigo e transmite a dor conduzida através de fibras lentas do tipo C. As fibras do tipo C secretam glutamato, mas também alguns neuropéptidos tal como a substância P. A diferença entre o glutamato e a substância P advém do facto de que o glutamato tem uma acção mais rápida desaparecendo em pouco tempo (milissegundos), enquanto que a substância P é libertada de uma forma 12

mais lenta. A resposta e sensibilidade dos nociceptores é alterada pela sensibilização periférica; resultante da lesão tecidular e inflamação que tem os seguintes contribuintes: •Elementos não-neurogénios (não dependentes das fibras nervosas) a) Lesão directa das células com libertação dos seus componentes b)Células inflamatórias •Elementos neurugênios (origem nervosa) a)Por Aferentes Somatosensilivos — libertam neurotransmissores (Substância P, CGRP, etc) que actuam nas células inflamatórias, músculo liso e endotélio b)Por Aferenles Simpáticos — libertam neurotransmissores e afectam a microcirculação Gera-se, assim, um complexo de substâncias que altera as propriedades de transdução dos nociceptores (normalmente de alto limiar de excitabilidade) provocando que estímulos de baixa intensidade que normalmente não activam os nociceptores (os que só são sensibilizados na inflamação) possam fazê-lo. De 10 a 40% das fibras aferentes estão normalmente silenciosas, mas após a inflamação, podem responder a estímulos mecânicos e térmicos. Esta mediação é muito importante em diversos estados agudos dolorosos e possivelmente será a única nalgumas dores patológicas. Contudo, noutras situações é preciso invocar para a dor patológica a mediação pelas fibras Aβ (e Aα). Estas fibras normalmente só transmitem sensações tácteis, no entanto na dor patológica assumem um papel importante devido á sensibilização central. Dor mediada por fibras do tipo Aβ 1. A lesão cutânea causa uma hipersensibilidade mecânica no local da lesão, mas não evidencia que aí haja sensibilização mecanorreceptora ou seja, a dor primária implica um aumento da sensibilidade mecânica, mas sem aumento de sensibilidade desses receptores. 2.A lesão cutânea produz 2 zonas de hiperalgesia: a) No local — hiperalgesia primária (a causa desta resulta da sensibilidade excessiva dos próprios receptores da dor) Ex: extrema sensibilidade da pele queimada pelo sol. b) Regional — hiperalgesia secundária (nesta não existe sensibilização dos nociceptores) — (a causa desta resulta da facilitação da transmissão sensorial) Este tipo de hiperalgesia resulta de lesões na medula espinhal ou do tálamo Estes 2 factos evidenciam a necessidade de invocar, para a dor clínica, para além das fibras Aδ – C, também as do tipo Aδ. Normalmente, a estimulação destas fibras – táctil, mecânica, movimento articular — não produz dor. A razão para o seu contributo na dor está no fenómeno da sensibilização central (é precedida pela sensibilização periférica, mas não depende dela totalmente). A activação dos nociceptores directamente por estímulos dolorosos ou após a sua sensibilização por estímulos de baixa intensidade (sensibilização periférica) produz alterações nos neurónios do SNC (cornos posteriores medulares) — que passam a responder de forma anormal ou 13

exagerada a estímulos conduzidos pelas fibras Aδ. Quer dizer, células que respondem normalmente só a estímulos nociceptivos passam a responder também a estímulos mecânicos Aδ (convergência), no mesmo tipo de células. Qual a natureza destas alterações? As fibras Aδ - C produzem no neurónio medular potenciais sinápticos lentos, urna somação temporal e uma facilitação sináptica prolongada, mediada através da libertação de neuropéptidos, potenciação mediada por receptores glutaminérgicos, ou alterações mediadas por factores de transcrição (alterações genéticas das células que respondem à dor) ou outras (dinorfina) de longa duração com alterações neuronais estruturais. Em resumo: Existem mecanismos transformando breves alterações eléctricas mediadas pelas fibras Aδ - C em alterações duradouras induzidas nos neurónios do SNC e mediação dolorosa por fibras Aδ. Estas alterações possibilitam uma convergencia de acções de modo a que a estimulação Aδ pode provocar dor. O aumento da eficácia sináptica ou da excitabilidade membranária resultante das repetidas estimulações das fibras Aδ - C permite que entradas anteriormente sub-limiares para as fibras Aδ passem a supralimiares ou excitatórias: • Com um aumento de resposta para o estímulo • Com uma expansão dos campos receptores (a dor não se sente só no local Onde há lesão, mas também ao redor dessa lesão) • Com uma redução do limiar para os estímulos (ou seja estímulos que à Partida não provocam dor passam a provocar)

Estimulo

Estudo normal

Aferente Sensação primário

Baixa Aβ intensidade Alta Aδ - C intensidade Baixa Aβ intensidade

Estudo anormal (inflamação, Alta lesão Aδ - C intensidade nervosa

ínocuo Dor (nociceptiva) Dor (alodínia) Dor exagerada (hiperalgesia)

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A sensibilização central (mediação Aδ) contribui para a dor patológica aguda e é primariamente importante na maioria das situações de dor crónica (inflamação /lesão tecidual ou neuropática). Três mecanismos fisiológicos foram propostos: 1. Excitabilidade aumentada. Este mecanismo mostra que as fibras Aδ são normalmente ineficazes para excitar (por exemplo o neurónio do corno posterior). Por sua vez, o aumento de actividade das fibras C leva ao aumento da libertação de neurotransmissores ao aumento da sensibilidade receptora pós-sináptica e fosforilação de canais iónicos. Todos estes acontecimentos originam um aumento da excitabilidade do neurónio do corno posterior (NCP). Com o aumento da estimulação do NCP, os estímulos transportados pelas fibras Aβ passam a estimular esse neurónio. Ou seja, estímulos que inicialmente seriam sub-limiares para as fibras Aβ (logo não provocariam excitação do NCP) passam a ser supra-limiares ou excitatórias. 2. Desinibição: As fibras Aβ que transportam mensagens de dor podem atingir interneurónios inibitórios; esses interneurónios levam à morte celular, a um fenómeno alterado e à diminuição da libertação de neurotransmissores. Verifica-se também, uma diminuição do número de receptores GABA (póssináptico). A diminuição do número de receptores provoca uma redução do limiar para os estímulos logo, as fibras Aβ que normalmente são sub-limiares passam a ser supra-limiares. 3. Reorganização estrutural: Este mecanismo mostra que consequência de axonotomia periférica, as fibras Aβ formam novas sinapses axonodendríticas na lâmina II que, normalmente, só recebem terminações das fibras C. Logo, este mecanismo mostra que as fibras Aβ, à partida não excitatórias, possam passar a sê-lo através dos campos receptores. O efeito sinérgico dos opióides e aspirina – O grau de resposta de um indivíduo à dor é variável. Isso resulta da capacidade do próprio cérebro em suprimir a entrada de sinais de dor ao sistema nervoso activando um sistema de controlo da dor, chamado sistema de analgesia. E constituído por três principais componentes: 1- A substância cinzenta periaquedutal e as áreas periventriculares do mesencéfalo 2- Núcleo magno da rafe e o núcleo reticular paragigantocelular. 3- Um complexo inibitório da dor localizada nas pontas dorsais da medula espinhal (neste ponto, os sinais analgésicos podem bloquear a dor antes que ela seja transmitida para o cérebro) Verificou-se que injecções de morfina no núcleo periventricular, em torno do terceiro ventrículo ou na área da substância cinzenta periaquedutal do tronco cerebral causavam um grau extremo de analgesia. Agentes semelhantes à morfina, como por exemplo os opióides, actuam em muitos outros pontos do sistema. Após alguns estudos, presumiu-se que os “receptores da morfina” do

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sistema de analgesia teriam que ser receptores de algum receptor semelhante à morfina e que fosse secretado naturalmente no cérebro.

Existem varias substâncias semelhantes aos opiáceos em diferentes pontos do sistema nervoso, no entanto todos são produtos da degradação de três moléculas proteicas: •Proopiomelacortina •Proencefalina •Prodinorflna Entre as mais importantes das substâncias opióides estão a β endorfina (está presente no hipotálamo e na hipófise) a metencefalina, a leuencefalina e a dinorflna (estas últimas três são encontradas no tronco cerebral e na medula espinhal). Inibição pré-sinática da libertação de GABA pelos opióides 1.Ligação dos opióides a um receptor especifico membranário (receptor µ.) 2.Activação da proteína G que, por sua vez, activa a fosfolipase A2 3.Produção de. Ácido araquidónico 4.Entrada de agentes que favorecem a acumulação de ácido araquidónico Inibindo a sua metabolização pelas vias da ciclooxigenase (prostaglandinas) e 5-lipooxigenase (originando 5-HPETE) 5.Formação de metabolitos a partir da via 12-lipooxigenase levando à formação do ácido 12-hidroferoxieicosatetraenoico (12-HPETE) 6.Este ácido promove a activação da condutância para o K+ (levando à sua saida da célula e à diminuição da duração do potencial de acção) 7.A diminuição de K+ no interior da célula favorece a diminuição da libertação de GABA que, por sua vez, favorece a activação da via descendente antinociceptiva. 8.Este processo leva ao efeito analgésico por parte dos opióides. Nota: Outro exemplo de sinergismo é o do receptor µ com o α2 — adrenérgico.

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FISIOLOGIA DO MOVIMENTO VOLUNTÁRIO A motricidade pode ser: Tónica – implicando sobretudo musc.axial (cintura, col.vertebral, cotovelo, joelho) e as fibras musculares tipo 1 Fásica – impplicando sobretudo a musc.distal (mãos, orofaringe, laringe, língua) e as fibras musculares tipo 2 Voluntária – ligada a actv.cortical cerebral, faz-s pela via piramidal Automática ou “Involuntária” – actos reflexos complexos (mastigação e deglutição) ou actos voluntários secundariamente automatizados ( condução de automóvel...), através da aprendizagem Córtex cerebral O córtex, tronco cerebral, cerebelo e gânglios de base controlam os movimentos complexos q os humanos desenvolveram. O córtex vai activar padrões existentes nas áreas inferiores (medula espinal, tronco cerebral, cerebelo, gânglios da base) e estes activam os músculos. Tem 1 via quase directa para neurónios motores anteriores da medula – controlo dos movimentos de destreza dos dedos e mãos.Encontra-s dividido em 2 áreas: Córtex motor e sensorial somático e 6 sub-áreas : A.motora principal, A.premotora, A.motora secundária, A.motora suplementar, A.somestática 1ª e A.óculo-motora. 1-Área motora principal/ Pré – Rolândica – Área 4 na classificação de Brodmann das áreas corticais do cérebro. Representa diferentes áreas musculares – região da face e boca, área da face e mão, tronco e áreas da perna e pé. Onde abundam grandes células piramidais, origem principal da via piramidal. Gde parte da área motora principal é dedicada ao controlo das mãos e dos musc. da fala. Aqui as estimulações destas áreas motoras da mão causam a contraacção de 1 único músc.Nas áreas de
3- Área motora secundária- Confunde-s c a somestésica secundária. A sua estimulação provoca inibição dos movimentos em curso ou a apreciação de 1 desejo de 1 movimento. Somatotipia (tdas as partes sensitivas do corpo estão representadas n córtex). Aqui a representação relaciona-s com a capacidade funcional. 4- Área motora suplementar – Prolonga a área 6 na face inter-hemisférica. Para causar a contracção musc desta área são precisos estimulos + fortes. Qd s obtêm contracções, são frequentemente bilaterais.Promove também a rotação do tronco, das mãos, movimento dos olhos e fixação dos ombros.Juntamente c Área pré- motora, provoca movm. posturais e de fixação dos diferentes segmentos do corpo e movm. posicionais da cabeça e olhos. Promove o controlo motor + apurado dos braços e mãos pela área prémotora e área motora principal. A lesão numa região impede a pessoa de mover os olhos voluntariamente em direcção a diferentes objectos. Movimentos complexos 5-Área somestésica primária (pós rolândica) – Áreas 1,2,3,de Brodmann. Estimulação tb provoca movimentos. 6-Área óculo-motora – Área 8 de Brodmann.Movimentos conjugados dos olhos e cabeça. Os sinais motores são transmitidos directamente do córtex para a medula pelo feixe corticoespinhal, e indirectamente pelas vias acessórias q compreendem os gânglios de base, o cerebelo e vários núcleos do tronco cerebral.

Vias descendentes supra-segmentares 1- Via Piramidal ( qd activada dispara sobre núcleos motores)- voluntária. a)Via corticoespinhal – Feixe corticoespinhal/ piramidal (+ importante). 30% deste origina-s na área motora principal, 30% das áreas prémotora e suplementar e 40% das áreas sensoriais somáticas posteriores do sulco central. Esta via inicia-s na área 4 (cels de Betz) e nas 6, 8, SI (Á. Somestésica primária). Depois de deixar o córtex, o feixe passa através do ramo posterior da cápsula interna e corre depois plo tronco cerebral formando as pirâmides bulbares. A> parte das fibras piramidais cruzam e descem nos feixes corticoespinhais do feixe da medula e vão terminar: nos interneurónis das regiões intermediárias da subst.cinzenta da medula; ou nalguns neurónios de retransmissão sensorial do corno dorsal. Os neurónios motores anteriores causam contracção muscular ( α e γ para a musc.distais- conexões mono-sinápticas, e, através de interneurónios para musc.axiais.) Hipóteses para activação dos neurónios α e γ:

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1-Função fásica da ansa γ: a via piramidal activa 1º os neurónios γ e só dp a partir destes, os α. 2-Coactivação: a via piramidal excita quer α e γ, permitindo ajustar durante o movimento, a sensibilidade das formações anulo-espinhais. (Ia) Algumas fibras ñ cruzam para o lado oposto no bulbo, mas descem ao longo da medula nos feixes corticoespinhais, as quais estão relacionadas n controlo dos mov. Posturais bilaterais pela área motora suplementar. As fibras do feixe corticoespinhal são mielinizadas originando-s nas cs piramidais gigantes (cs de Betz) Q s encontram apenas n área motora principal.Transmitem impulsos nervosos para a medula espinhal numa velocidade> do q qq outro sinal do cérebro para medula. b)V.Corticonuclear Áreas 6 e 8: III par craneano- acção do recto medial e por sua vez adução. VI – acção do recto lateral levando à abdução. IV – permite q o individuo olhe para baixo XI – acção do músc.espinhal e do esternocleidomastoideu. Áreas 6,4 (musc. da mastigação, deglutição e fonação): V (motor), leva ao encerramento e abertura da boca. VII – mímica X – deglutição e fonação XII – movimento da língua 2 -Vias extra-piramidais Relacionadas c controlo motor e zonas q ñ fazem parte do sist. Directo corticoespinhal. Inclui conexões do núcleo da base às quais se junta o papel do cerebelo.

Núcleos da base- divididos em: Derivados Telencefálicos (núcleo caudado e putamen-estriado); Derivados Diencefálicos (pallidum-globo pálido) D.Mesencefálicos (núcleo rubro, sust.negara e núcleo subtalâmico – corpo de Luys) Estes gânglios só funcionam em conjunto com o córtex cerebral e sist. Motor corticoespinhal. Recebem virtualmente tds os seus sinais de entrada pelo córtex e devolvem-nos quase tds tb para o córtex. Encontram-s localizados lateralmente ao tálamo ocupando as regiões + profundas de ambos os hemisféros cerebrais. Cápsula interna do cérebro-massa de fibras nervosas e sensoriais q conectam o córtex e a medula e q passam entre asa massas principais dos gânglios da base, o núcleo caudado e putamen. As principais funções dos gânglios é funcionar em conjunto com o sist.corticoespinhal para controlar padrões complexos de actv. Motora ( cortar papel, atirar bolas de basket para cesto...).Nos mamíferos, a função destes é regular a actv.central e ñ de controlo directa da motricidade segmentar.

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Circuito do putamen- recebe sinais do córtex e envia-os de novo pa este.É constituido por circuitos diferentes: 1- Do putamen para o globo pálido externo, para o subtálamo, para núcleos de retransmissão do tálamo e de volta para o córtex motor. 2- Do putamen para o globo pálido interno, para a substância negra, para núcleos de retransmissão do tálamo e de vota para o córtex. 3- Circuito local de feedback do globo pálido externo para o subtálamo e daí para o globo pálido externo de novo. Anomalias do circuito: Atetose – lesão n globo pálido, levando a movimentos espontâneos quase contínuos. Hemibalismo- lesão do subtálamo, levando súbitos movimentos amplos de 1 membro inteiro. Coréia – pequenas lesões múltiplas no putamen, movimentos súbitos das mãos, face...; Doença de Parkinson- lesões da subst.negra levando a grave rigidez,tremores. Circuito caudado – Dp de passarem do córtex cerebral para o núcleo caudado, os sinais são transmitidos para o globo pálido interno e daí para os núcleos de retransmissão do tálamo ventroanterior e ventrolateral e dp volta ás áreas préfrontal, prémotora e motora suplementar do córtex cerebral.

Cerebelo Importante na cronometragem das activ.motoras e progressão rápida do movimento para o próximo. Ajuda n controlo da intensidade da contracção muscular (ex: corrida, tocar piano, falar) Recebe informações contínuas acerca das contracções musculares a partir das áreas de controlo motor.Recebe informações sensoriais contínuas das porções periféricas do corpo fornecendo as alterações sequenciais do estado de cada parte do corpo. Para além disso, o cerebelo ajuda o córtex a planear o próximo movimento sequencial 1 fracção de segundo adiantado, enqto o movimento corrente ainda está a ser executado.

Áreas funcionais anatómicas do cerebelo:

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1- Lóbulo flocunodular/ ArquicerebeloRegulação do equilíbrio Desenvolveu-se com o sistema vestibular e ajuda n controle do equilibrio corporal.As aferências desta parte do encéfalo fazem parte das vias vestibuloespinhais – VIII par e nervos espinhais. 2-Lóbulo anterior e posterior – Organizados ao longo de 1 eixo longitudinal. Existe o vérmis( paleo-cerebelo) onde está localizada a > parte das funções de controlo dos movimentos musculares axiais do corpo, pescoço, ombro e quadris-regulação da actividade tónica e postural. De cada lado do vérmis, há 1 hemisfério cerebelar (neo-cerebelo) e cada 1 desses hemisférios está dividido numa zona intermédia e numa zona lateral. A zona intermediária do hemisfério, relaciona-se com o controlo das contracções musculares nas porções distais dos membros superiores e inferiores, sobretudo mãos, pés e dedos.A zona lateral, planeja movimentos motores sequenciais.A lesão verifica-s com testes de coordenação, por ex: chegar c a pta do dedo ao nariz.

Programação e execução do mov.Voluntário a) O córtex envia a msg para: 1- os gânglios basais q depois a transmitem ao tálamo; 2-o cerebelo (lateral ) q dp transmitem essa msg ao tálamo- a parte dos hemisférios cerebelosos controla o tempo entre os fenómenos; 3- para o tálamo. b)Passagem da informação do tálamo para o córtex motor ( às cs. Piramidaisárea 4 ) c)Do córtex motor bverifica-s a transmissão da msg para músc. De forma a q estes efectuem o mov; esta transmissão pode ser directa ou Ter 1 intermediário (cerebelo-medial) A execução do movimento demora cerca de 0,005 Seg e corresponde ao tempo de activação do córtex motor e execução do movimento. A programação demora cerca d 0,8 Seg e corresponde ao tempo enter a intenção de movimento e execução. Ansa cortico-estriado-palido-cortical – Aqui estimula-s ou suprime-se determinados programas, daíb q esta escolha os movimentos desejados.Esta ansa faz-s entre córtex motor, o estriado, o globo pallidum e o tálamo.

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VISÃO Visão Raios gama, raios x e ultarvioletas, são radiaçõpes de alta energia, e que quebram s ligações entre as moleculas. A luz visivel, formada por varios comprimentos de ondas, quevão entre os 330 e 800 nm, correspondendo as cores azuis, verde, vermelha. Estas ondas abosrvidas por pigmentos carotenoides presentes nas plantas e animais. Por último, há os IV, as microondas, ondas curtas, ondas de radio e ondas longas. Sendo estas ondas de energia demasiado baixa para afectarem as moléculas Sub-modalidades da visão: Foto-sensibilidade (luz difusa) dada por rodopsina em microvilosidades ou cilios. Discriminação da forma (localiz. Espacial): camada de foto-receptores e mecanismo de localização. Discriminação do movimento: camada de foto-receptores. Percepção da profundidade, visão binocular: Fusão de imagens. Visão das cores: foto pigmentos particulares e Luz polarizada, possibilitando orientação (em alguns animais) organização e orientação celular. 1-Foto-recepção: pigmento visual, o aldeido da vitamina A, 11-cis-retinal. Para que se mantenha nesta sua forma instável, sensível á luz, e para que se efectue a transdução de sinal está ligada a uma proteina, a opsina (da família dos receptores de 7 segm. Transmemb.), no conjunto constituindo a rodopsina. Metabolismo: all-trans-retinal11-cis-retinalisomerização (luz)mod. alosterica metarodopsina Imod. Alosterica metarodopsina II, regeneração (minutos)11-cis-retinal. As opsinas nos cones são diferentes das dos bastonetes e sensivei para os componentes de onda do vermelho, verde e azul. Todods os pigmentos se localizam nas membranas discais dos segmentos externos. 2-Foto-transdução: (vertebrados): hidrólise do GMPc com redução do calcio intracelular. Adaptação visual: Diminuição da resposta do foto-receptor á estimulação mantida. A redução do calcio intra-celular (luz) permite por uma lado: a desactivação da reconverina com desinibição por esta da rodopsina cinase e a aceleração da fosforilação da rodopsina e desctivação da fosfodiésterase (+ GMPc); por outro lado, desinibe uma proteina inibidora (para + ca) da guanil ciclase, resultando tambem no + GMPc. A rosopsina ´etb inactivada por fosforilação liagada á arrestina.(?) A sensibilidade dos cones e dos bastonetes: LUZ os bastonetes (+ sensiveis) estão saturados e no ESCURO a luz é insuficiente para activar os cones e necessário + tempo para a rodopsina ser regenerada nos bastonetes.

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3- Fisiologia Retiniana: A.Antagonismo Centro-periferia: dos campos receptores (cels ON/OFF ganglionares) As cels ganglionares podem responder ao inicio (ON) ou a Terminação (OFF) do estimulo luminoso no centro dos seus campos receptores, respondendo com respostas opostas á estimulação na zona periférica. Entre a foto-recepção e as cels ganglionares processa-se assim uma abstracção do contraste espacial, suprimindo-se a informação de uma iluminação difusa. Este antagonismo centro-periferia, é consequencia dos circuitos sinapticos da retina, principalmente através do fluxo horizontal de informação pelas cels horizontais e....., mediado verticalmente pelas cels bipolares. B – da visão diurna á visão nocturna Visão diurna – a via dos cones A hiperpolarização dos cones leva a hiperpolarização de celulas bipolar OFF sinapses conservadoras de sinal. Estas contactam com cels ganglionares OFF e ON, respectivamente. Há convergência e sinapses electricas entre as terminações dos conbes. Visão crepuscular – A visão dos bastonetes: Há quebra do contrastede sianl e perda de acuidade visual. Os bastonetes são activados com discriminação da intensidade da luz, no início ainda com activação dos cones (os cones têm sinapses electricas com os bastonetes vizinhos). Na noite profunda só os bastonetes são activados. Há convergencia: 1500 bastonetes em 100 cel. Bipolares e 1 cel ganglionar e divergencia, 1 bast. Com 2 cels bipl. E 2 cels ganglionares. A hiperpolarização dos bastonetes leva a des+olarização de cels bipolares de bastonetes (sinapse inversoras de sinal). Estas excitam cel..... (dos bastonetes) que fazem 2 tipos de contactos: complexos dejunção despolarizantes em terminaçõesdas cels bipolares dos cones ON, excitando cels ganglionares ON center; e sinapses inibitorias em cels ganglionares OFF center. Cels ganglionares: Há diferentes tipos. A maioria ganglionares X, localizadas perto da fovea e são responsaveis pela alta acuidade visual. As ganglionares Y, estão mais á periferia e são mais sensiveis á detecção do movimento. C.A Visão das cores: A existencia de b3 tipos de pigmentospermite que um particula comprimento de onda dê uma única combinação de graus de activação das 3 populações de cones. Dado que os padrões de activação são unicos para diferentes comp. De onda, o SNC, pode distinguir qual o comp. De onda absorvido, qualquer que seja a intensidade da luz. 4-Da retina ao cortex visual: Cels simples- respsta a pouca luz com determinado orientação e POSIÇÃO no campo visual. Cels complexasRespostas á ORIENTAÇÃO, independentemente da posição.Variações destas ou cels hipercomplexas, sensiveis ao comp. E largura. Cels. Para a coragrupadas em colunas separadas.Estas ultimas estão ao nivel do cortex. No nucleo geminado lateral, exitem as camadas 1 e 2, formadas por cels Y, q determinam o movimento e cels 3 e 6, formadas por cels X e que determinam a acuidade visual 5- Do cortex visual á percepção. As areas corticais para a visão são funcionalmente especializadas e organizadas “em mosaicos” nas quais são

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processada em 4 sistemas em paralelo diferentes atributos ou submodalidades da visão: 1 para o movimento, 1 para a cor e 2 para a forma! V1- Area 17, visual primaria. A sua lesão total produz completa incapacidade de adquirir qualquer informação visual. A visão cega. V2- Area visual secundaria. Passagem obrigatória com V1, para as areas especializadas terciarias. V3- Especializada na detecção da forma dinamica V4- Especializada na detecção das cores e forma com cor. Lesão resulta em Acromatopsia (vê-se só cinzento) V5 – Especializada na detecção do movimento. Lesão resulta eem acinetopsia. V1-V5: cortex occipital R1 – Cortex parietal infeiror. Possibilita a percepção espacial do objecto, isto é, a sua localização T1 – Cortex temporal infeiror. Possibilita a percepção qualitativa do objecto, isto é, a sua identidade. PDL – Cortex pre-frontal dorso-lateral: Possibilita a memória espacial do objecto. (ONDE) PCR- cortex pre- frontal da convexidade inferior: possibilita a memória identificativa do objecto (O QUE) Percepção e consciencia: O mecanismo combinado das diversas operações numa mesma imagem unitária na conscienmcia , o “binding problem”.

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SALIVAÇÃO 1-Funções da saliva: a) Mecânicas – age como solvente ou lubrificante para a sens. do gosto, mastigação, degltuição. b) Protecção – física e anti-bacteriana c) Digestão (amilase) – termo-regulação (evaporação) e de excreção 2-Tipos de saliva e gls. Salivares Saliva parcial – secretada por um só tipo de glândula Saliva mista – resulta da mistura dos produtos de secreção das gls: parótida, submandibular, sublingual, acessórias (das mucosas labial, palatina, lingual) Fluído gengival – ao nível do sulco gengival, o seu volume depende do nível de inflamação dos tecidos paradentários. Fluído bucal = saliva mista + fluído gengival; tem densidade=1.005; pH=6/8 Produção quotidiana de saliva=600ml, das quais só 10ml durante o sono. Produção lenta=20ml/h nas horas de vigília. Prod. Rápida=150ml/h, estimulada pelas actividades mandibulares. O contributo secretório de cada glândula varia com as situações, sendo a secreção das gls sublinguais sempre inferior à das gls acessórias. A secreção da parótida é nula durante o sono e é máxima quando a salivação é provocada por estímulos mecânicos. A sua saliva é fluída (viscosidade vizinha da da água) e é chamada de saliva de mastigação. A secreção das gls submandibulares, sublinguais e maior parte das acessórias é sobretudo provocada por estimulação gustativa (ácida), a sua saliva é muito mais viscosa (mucina) e é chamada saliva de gostação. 3-Histologia das gls salivares: Ácinos, lóbulos, lobo, canais colectores. Inervação simpática e parassimpática sobre uma mesma célula glandular, ao nível dos vasos e das céls ? 4-Regulação da secreção salivar A-Secreção espontânea: talvez para certas gls acessórias nos humanos. B-Não há normalmente regulação pelo sist endócrino, mas sim pelo sistema nervoso. Reflexo incondicionado – a secreção é desencadeada por estímulos locais, mecânicos, gustativos e proprioceptivos Reflexo condicionado – o estímulo pode ser um pensamento, um som, uma visão, um cheiro, etc. C-Vias dos reflexos salivares incondicionados: 1-Aferentes somestésicos – compl. Sens. V 2-Aferentes gustativas (VII, IX, V) – n. F. Solitário

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3-Eferentes parassimpáticos (VII, IX) 4-Interneurónios: ligando o comp. Sens. V ou o N.F.solit. com os dois núcleos salivares – o inferior: activado por estímulos mecânicos, e o superior: activado por estímulos gostativos. 5-Eferentes simpáticos (através do gânglio cerv sup.) 6-Regulação supra-segmentar: hipotálamo, área 4, córtex límbico. Ao contrário da actividade parassimp., que é essencial/ de natureza reflexa, a acção do simpático faz-se sob comando dos centros supra-segmentares. D-Da actividade das vias eferentes resulta: -aumento do débito salivar -activação das céls mioepiteliais -modificação dos tónus vascular -modificação da composição da saliva secretada O simpático e o parassimpático influenciam de modo diferente estes 4 parâmetros. O 1º através de receptores α ou β e o segundo de receptores muscarínicos. A intervenção do simpático faz-se de modo mais nítido da modificação da composição da saliva, sendo responsável pela síntese e libertação da amilase e permitindo um aumento das concentrações iónicas da saliva. A sua acção implica, contudo, uma actividade parassimpática simultânea. 5-Mecanismo de secreção salivar: a saliva contém mtomenos electrólitos do que o plasma em relação ao qual é hipotónica. A hipótese de Thaysen afirma que a saliva primária é isosmótica com o plasma, sendo modificada no canal estriado onde se efectua uma secreção de bicarbonato de potássio e sobretudo uma reabsorção de cloreto de sódio, resultando numa saliva final hipotónica. O parassimpático é mais importante na indução dum débito de saliva primária. 6-Composição da saliva: A-Água=990ml/L B-Constituintes inorgânicos (2,5g/L): sódio, cloro, potássio, bicarbonatos, tiocianatos (bacteriostáticos), halogéneos (flúor, bromo, iodo), fosfatos, cálcio. C-Constituintes orgânicos (2,4g/L): -proteínas extrínsecas – albumina, imunoglobulinas -proteínas intrínsecas (sintetizadas pelas gls): amilase(digestivo), lisozima e peroxidase(antibacteriana), calicreína(vasodilatação), mucoproteínas e glicoproteínas(mucinas), IgA, Subst ou factores tróficos(NGF, EGF) -outros constituintes: aminoácidos, péptidos, catabolitos.

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SISTEMA NERVOSO AUTÓNOMO A distribuição periférica das fibras nervosas realiza-se através de 2 sistemas: o Sistema Nervoso Somático e o Sistema Nervoso Autónomo ( SNA). O primeiro sistema procede à inervação dos músculos esqueléticos; o segundo distribui as suas fibras por todos os outros tecidos, nomeadamente pelos músculos lisos, músculo cardíaco e células secretoras.As diferenças principais entre os 2 sistemas são: SN Somático a) 1 neurónio entre o SN Central (SNC) e o órgão efector: b) inervação do músculo esquelético; c) leva apenas à excitação muscular. SN Autónomo a) 2 neurónios, conectados por 1 sinapse, entre o SNC e o órgão efector; b) inerva os músculos liso e cardíaco, as glândulas e o tracto gastrointestinal; c) c) pode levar à excitação ou à inibição das células efectoras. Assim, no SNA, a comunicação entre o SNC e o órgão efector consiste em 2 neurónios e 1 sinapse. O 1º. Neurónio tem o seu corpo no SNC; a sinapse dá-se fora dele, numa estrutura denominada de gânglio automático. As fibras entre o SNC e o gânglio chamam-se fibras pré-ganglionares, e as que se estendem entre o gânglio e as células efectoras, fibras pós-ganglionares.Do ponto de vista anatómico e fisiológico é ainda possível distinguir no SNA 2 subdivisões: 1) SN simpático (SNS) e 2) SN Parassimpático ( SNPS) As fibras nervosas que compõem estes 2 subsistemas deixam o SNC em níveis diferentes: 1) as simpáticas ao nível da medula dorsal e lombar ( entre D1 e L2 ); 2)as parassimpáticas ao nível do encéfalo e porção sagrada da medula espinhal. Também a localização dos gânglios autonómicos é diferente entre estes distemas: os gânglios simpáticos estão geralmente juntos à coluna vertebral, formando 2 cadeias, 1 de cada lado, as cadeias simpáticas ganglionares paravertebrais; outros gânglios simpáticos, os gânglios colaterais, encontram27

se junto do órgão inervado (gânglio celíaco, mesentérico superior, mesentérico inferior),;os gânglios parassimpáticos encontram-se geralmente dentro dos órgãos inervados.Em termos fisiológicos, o SNA é a porção do SN que controla as funções viscerais; participa na regulação da pressão arterial da temperatura corporal, da sudorose, etc.. O SNA é activado por centros localizados na medula espinhal, tronco cerebral e hipotálamo. Este sistema funciona através de reflexos viscerais; sensitivos entram nos gânglios autonómicos, seguindo depois pela medula espinhal, tronco cerebral e hipotálamo; estas estruturas vão por sua vez transmitir indicações reflexas aos órgãos viscerais, controlando a sua actividade. Este facto pode ser esquematizado da segunda forma. Receptores Viscerais vias efectores  SNC  Vias aferentes. Os neurotransmissores e os receptores envolvidos nos 2 sistemas são: 1.Acetilcolina: todos os neurónios pré-ganglionares são colinérgicos, i.é, secretam Ach, bem como os neurónios pós-ganglionares do SNPS; 2. Adrenalina e Noradrenalina; a grande maioria dos neurónios pósganglionares simpáticos são adrenérgicos. Receptores para a Acetilcolina: Muscarínicos: encontrados em todas as células estimuladas pelos neurónios pós-ganglionares do SNPS e neurónios pósganglionares colinérgicos do SNS. E Nicotínicos; encontrados nas sinapses entre os neurónios pré e pós ganglionares, tanto do SNS como do SNPS, bem como a nível das membranas das fibras musculares esqueléticas, ao nível da placa neuromuscular. Receptores Adrenérgicos e suas funções: Alfa (a): vasoconstrição, dilatação da íris, relaxamento intestinal, contracção do esfincter vesical e anal, contracção pilomotora.... Beta (b): vasodilatação, aceleração do ritmo cardíaco, aumento da força contráctil do miocárdio, relaxamento uterino, relaxamento intestinal, brôncodilatação, formação de calor, glicogenólise, lipólise, relaxamento vesical.... Um tipo especial de neurónios pós-ganglionares no SNS não desenvolve axónios; assim, em resposta à activação pelas fibras pré-ganglionares, estas células libertam os seus neurotransmissores para a corrente sanguínea. Esta estrutura denimina-se de medula supra-renal, funcionando em termos práticos como uma glândula endócrina, sob o controlo do SNS. Os neurotransmissores assim libertados são a adrenalina (80%) e a noradrenalina (20%), e ainda pequenas quantidades de dopamina, ATP e alguns neuropéptidos. Locais de acção do sna: Olho, glândulas, tracto gastrointestinal, coração, vasos sanguíneos sistémicos, pressão arterial, etc. Funções do sistema nervoso autónomo A maioria das estruturas inervadas pelo SNA estão sujeitas à influência conjunta dos SNA e SNPS, que geralmente têm funções antagónicas. A activação de um dos sistemas coincide com a diminuição da actividade do outro. Em termos de generalização poder-se-à dizer que o SNS é o sistema que regula a reacção do organismo ao stress e ao perigo, através da libertação de grandes quantidades de adrenalina e noradrenalina. Ao contrário, a activação do SNPS aumenta as actividades vegetativas, básicas, do organismo, como sejam a digestão. • Controlo da: • Pressão Arterial 28

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Motilidade e secreções gastrointestinais Contrautilidade e esvaziamento vesical (bexiga) Temperatura corporal e metabolismo basal; sudorese Frequência cardíaca Resposta ao stress etc... Estas actividades não estão geralmente sob o controlo voluntário, e o indivíduo não se apercebe habitualmente dos mecanismos utilizados pelo organismo para proceder à sua constante regulação. Resposta ao stress ( acção do SNS ) 1. Tensão Arterial 2. Intensidade do Metabolismo celular corporal 3. Fluxo sanguínio para os músculos activos 4. concentração de açucar no sangue ( glicémia ) 5. glicólise no fígado e no músculo 6. Maior contractilidade muscular 7. Coagulabilidade sanguínea Actividade mental mais intensa e creativa.....

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FISIOLOGIA DO APARELHO CARDIO-VASCULAR A-) O coração como bomba O coração tem 4 cavidades, 2 dtas e 2 esqs, separadas no sentido longitudinal por 1 septo de modo aformar 2 bombas: o coração dto – pulmunar, peq circulação; e o coração esq – grande circulação, circulação periférica. Cada um destes corações tem 2 câmaras pulsáteis: - uma aurícula – serve de reservatório ou bomba fraca, recebe o sangue dos tecidos periféricos (ad) ou dos pulmões (ae) - um ventrículo – fornece a força principal para impulsionar o sangue para os pulmões (vd) ou para os tecidos periféricos (ve) O coração contém fibras musculares condutoras que se contraem de modo fraco mas que exibem ritmicidade e vários graus de condução, o que permite a transmissão rítmica do impulso excitatório através da massa cardíaca. Ciclo cardíaco: Período que medeia entre o início da 1 batimento cardíaco e o início do batimento seguinte. É composto por 2 fases: 1ª - Sístole → período de contracção ou de esvaziamento dos vasos. 2ª - Diástole → período de relaxamento ou de enchimento dos vasos. No exercício físico os ventrículos ejectam + sangue e o volume no fim da Sístole pode ser de apenas 10 ml O vol no fim da diástole, no exercício pode atingir 50-180 ml. A função da circulação é servir as necessidades dos tecidos: transportar nutrientes, produtos metabólicos, hormonas, de modo a manter o ambiente apropriado para a sobrevivência dos tecidos e cels. O sistema de Pressão arterial (PA) é muito simples: quando o corpo contém muito fluido extracelular, a PA sobe, tendo este efeito várias repercussões, nomeadamente (+importante) a nível dos rins, que excretam o excesso, retornando a PA para níveis normais. Perguntas que saíram em exames: Débito cardíaco Tanto o simpático como o parassimpático inervam o coração. O simpatico quando está estimulado, ↑ a freq cardíaca, ↑ a contractibilidade cardíaca e ↑ a quantidade de sangue que o coração bombeia na unidade de tempo ( débito cardíaco). O débito cardiaco é um volume na unidade de tempo (1min) que passa numa determinada zona. Como nos estamos a referir ao coração, é a quantidade de sangue ejectado pelo coração na unidade de tempo, pelas válvulas de saída, 30

ou seja, o coração está constantemente a bombear uma quantidade de sangue para o sistema arterial, logo, está a produzir um débito cardíaco que depende do nº de vezes que ele bate por unidade de tempo e da quantidade de sangue que sai em cada batimento. →Quando o SNA actua o que acontece ao DC ? Sabemos que o DC depende do SNA, em que o simpático ↑ débito e o parassimpatico ↓ frequência cardíaca. Mas a contractibilidade não depende só da actividade destes 2 sistemas, depende tb do volume diastólico que quanto maior é, maior será o DC, uma vez que estão em relação directa. O coração tem a capacidade de adaptar o DC às suas necessidades , isto é, em determinadas situações tem de responder a um ↑ de DC, como por ex: Exercício físico em que a actividade muscular dá origem a determinados estímulos que activam o SNsimpatico e talvez inibam o parassimpatico. Há uma acumulação de CO2, ácidos e existem determinados receptores na circulação que estão em contacto com o Simpático e este informa o Hipotálamo que estimula o Simpático e ↑ a Freq Cardíaca, logo, ↑ DC. Quando acaba a actividade muscular não se produz tanto CO2 nem ácidos, deixa de haver estimulação dos receptores, o Hipotálamo não estimula o Simp. E o Parassimpatico começa a funcionar. - Regulação da Pressão Arterial É a força que o sangue exerce sobre o vaso. Quanto mais sangue sai do coração, maior a pressão que existe no tecido arterial. A pressão arterial depende do Débito Cardíaco, do diâmetro do vaso e da sua resistência (resistência externa) e tb da viscosidade do sangue ( resistência interna). A regulação pode ser hormonal ou nervosa. A enervação pelo Simpático altera a resistência dos vasos, isto é, o Simp ↑ a contracção cardíaca, logo ↑ a Pressão arterial. O Simp é vasoconstritor e o Parassimp é vasodilatador. A adrenalina actua como vasonconstritor e a noradrenalina como vasodilatador. Nas paredes das artérias de grande calibre encontramos baroreceptores que perante um aumento da PA, transmitem sinais para o SNC e por sua vez outros sinais chegam à circulação para ↓ a PA. Os impulsos baro-receptores inibem o centro sináptico e excitam o centro vagal (nervo vago) que faz com que haja libertação e ↓ da freq cardíaca e por fim, uma ↓ da PA (receptor α -↑PA ; receptor β- ↓PA). A regulação hormonal da PA é feita através da aldosterona que ajuda a controlar a quantidade de H2O que entra e sai (vol/seg); ↑ a reabsorção da NA+ que faz com que seja necessária H2O e ↑ o volume sanguineo. RESPOSTA PELO GUYTON: O sistema de regulação da PA não é regulado por um mecanismo simples de regulação de pressão, mas por uma série de sistemas interrelacionados, cada um executando uma função específica. Estes mecanismos podem ser divididos em 3 grupos: (1) de reacção rápida, em segs ou min; (2) de reacção envolvendo um período médio, mins ou horas; e

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(3) aqueles que providenciam uma regulação arterial de longo termo, por dias, meses ou mesmo anos. →Mecanismos rápidos: São quase inteiramente reflexos nervosos agudos ou outras respostas nervosas. São eles: o mec. de feedback barorreceptor; o mec. isquémico do sist. Nervoso central; e o mec. quimoreceptor. Estes mecs não só reagem em segs como tb são extremamente poderosos. Após alguma falha aguda na PA, estes mecs combinam-se para causar constrição das veias, de modo a providenciar transferência de sangue para o sangue, aumentar o batimento cardíaco e a constrição de arteríolas para impedir o fluxo +ara fora das artérias. Todos estes efeitos procuram quase instantâneamente elevar a PA para um nível de sobrevivência. Quando se dá o oposto, os mesmos mecs operam na direcção oposta, de modo a repor a PA num nível normal. →Mecs de acção intermédia: Alguns mecs mostram respostas apenas alguns mins após a mudança aguda de PA. 3 destes são: o sistema renina-angiotensina-aldosterona (vasoconstritor); o mec de stress-relaxamento dos vasos; e a transferência de fluido pelas paredes capilares, para reajustar o volume de sangue. O mec de stress-relaxamento dos vasos funciona do seguinte modo: quando a PA se torna demasiado alta, os vasos esticam (em diâmetro) durante mins ou horas, como resultado, a PA mantém-se sempre normal. O mec de mudança de fluido capilar designa apenas a absorção , por osmose, de fluido capilar para a circulação, mantendo o volume de sangue e aumentando assim a pressão, e o reverso quando a PA é elevada. Estes 3 mecs tornam-se activos após 30 min até várias horas. Durante este peíodo de tempo, os mecs nervosos fatigam e tornam-se cada vez menos eficazes. →Mecs de longo prazo: Papel importante dos rins, que demoram, no entanto, várias horas para produzirem efeitos significantes. Todavia, o efeito de controlo será prolongado indefinidamente. (não esquecer tb a importância aqui do sistema renina-angiotensinaaldosterona) os rins providenciam a reabsorção de H2O, pelo aumento da osmolaridade resultante da reabsorção de sais, que provoca tb o despoletamento do mec da sede.

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FUNÇÃO PULMONAR (VENTILAÇÃO PULMONAR) A respiração pulmonar compreende 3 mecanismos principais: 1- Ventilação pulmonar – fluxo de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares 2- Difusão do O2 e CO2 entre os alvéolos e o sangue 3- Regulação da ventilação Mecanismos de expansão e contracção pulmonar Os pulmões podem ser expandidos e contraídos por 2 mecanismos principais: 1- Movimentos superiores e inferiores do diafragma – variando o comprimento vertical da cavidade torácica (durante a expiração relaxa o diafragma e contraem os músculos abdominais. O inverso é válido para a inspiração) 2- Elevação e depressão das costelas – variando o comprimento anteroposterior. Na respiração normal os movimentos respiratórios são suportados pelo diafragma (exclusivamente no sexo masculino, enquanto que no feminino existe uma também uma participação significativa dos músculos intercostais – segundo alguns autores este mecanismo teria algum papel na sedução…) Na inspiração o diafragma puxa as bases pulmonares para baixo e na expiração o diafragma relaxa, fazendo a elasticidade da parede torácica o resto. Na respiração forçada os músculos abdominais e intercostais têm um papel mais importante. O 2º mecanismo (pouco activo na respiração normal) faz subir a grelha costal e o esterno: - M. intercostais externos + esternocleidomastoideu – fazem subir a grelha e são inspiratórios - M. intercostais e rectoabdominal fazem baixar a grelha e são expiratórios. Pressão Respiratória

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Durante a inspiração a pressão intra-alveolar é inferior à atmosférica (aprox. – 1 mmHg). Na expiração é superior à pressão atmosférica (aprox. +1mmHg). Portanto, apenas um gradiente de pressão pequeno é necessário para permitir o fluxo de ar pelos pulmões. Os pulmões têm uma tendência contínua para o colapso, devido às suas capacidades elásticas. Estas são provocadas por: 1- Fibras Elásticas que são estiradas pela expansão pulmonar e têm tendência para se retraírem (1/3) 2- Tensão Superficial (+ importante), existe uma substância fluida que reveste o interior do alvéolo e que provoca tendência para o seu colapso. São as interacções moleculares desse fluido que provocam uma atracção entre as moléculas de modo a provocar o colapso alvéolar. Quanto maior a tensão superficial desse líquido, maior a tendência para o colapso (2/3). Existem umas células na parede alvéolar que produzem uma substância chamada substância surfactante (lipoproteína) que ao ser libertada no alvéolo diminui a tensão superficial, permitindo a expansão pulmonar (inspiração). A pressão pleural requerida para manter os alvéolos abertos para a atmosfera é de – 4mmHg. No decorrer da inspiração atinge valores de –12 a – 18 mmHg. Estes valores seriam de –20 a –30 mmHg senão existisse o surfactante. O surfactante também impede o edema pulmonar. TRANSPORTE DE GASES: Transporte de oxigénio: no homem, em estado normal, 97% do oxigénio é transportado até aos tecidos combinado com a hemoglobina (Hb), sob a forma do composto oxi-hemoglobina Hb(O2)4 e os restantes 3% são transportados em dissolução na água do plasma e dos glóbulos. Hb+O2 <> HbO2 + O2 <> Hb(O2)2 + O2 <> Hb(O2)3 + O2 <> Hb(O2)4 (oxi-hemoglobina). A reacção ocorre no sentido da direita (associação) na superfície respiratória e efectua-se no sentido da esquerda (dissociação) nos capilares tecidulares. A associação e a dissociação dependem de vários factores: pressão parcial de O2, concentração do CO2 e tipo de hemoglobina. Nos músculos existe uma proteína muito semelhante a um monómero da hemoglobina, a mioglobina, com uma tão grande afinidade para o oxigénio que capta o oxigénio de hemoglobina. A mioglobina é, portanto, uma proteína terciária que armazena o oxigénio nas células musculares. A reacção entre a hemoglobina e o oxigénio faz-se segundo uma curva sigmóide. À medida que aumenta a concentração de oxigénio, a capacidade da hemoglobina captar o oxigénio aumenta de início muito rapidamente. Parece que a ligação das primeiras moléculas de oxigénio à hemoglobina vai facilitar a ligação das moléculas subsequentes, de acordo com, um efeito alostérico. Pelo contrário, uma ligeira diminuição da pressão de oxigénio promove a dissociação do oxigénio da hemoglobina. É precisamente esta característica de um transportador: rápida associação e rápida dissociação. A molécula de oxigénio liga-se ao ião ferro do grupo heme. Qualquer factor que afecte a ligação do oxigénio ao ferro afecta, consequentemente, a oxigenação do sangue. A presença de dióxido de carbono faz diminuir a afinidade da hemoglobina para o oxigénio; é esta característica da hemoglobina que favorece a dissociação do oxigénio nos capilares tecidulares, onde a concentração em dióxido de carbono é elevada.

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Transporte do dióxido de carbono: nos mamíferos, o dióxido de carbono que se difunde dos tecidos para o sangue pode ser transportado de várias maneiras: 1) 10% é transportado em solução no plasma, sob a forma de dióxido de carbono; 2) 10% combina-se com a hemoglobina, constituindo a carbaminohemoglobina e, em menor extensão, com outras proteínas do plasma; 3) 80% é transportado sob a forma de ião bicarbonato (HCO3-). O dióxido de carbono reage com a água para formar ácido carbónico, um ácido fraco que se dissocia em iões bicarbonato (HCO3-) e carbonato (CO32-), por acção da enzima anidrase carbónica, na hemácia. O dióxido de carbono também reage com o grupo amina (NH2) das proteínas e, em particular, da hemoglobina, formando compostos carbamino. O dióxido de carbono que passa para o plasma fá-lo através dos glóbulos vermelhos, que funcionam como primeira via de transporte do dióxido de carbono. Uma vantagem da ligação deste gás à hemoglobina reside no facto de favorecer a dissociação do oxigénio há hemoglobina. O aumento do dióxido de carbono transportado pode fazer baixar o pH do sangue do seu valor normal de 7,4, situação denominada acidose. Contudo, a acidose não atinge valores tão elevados como seria de esperar, uma vez que ocorre, em simultâneo, a ligação desses hidrogeniões à hemoglobina, com formação de hemoglobina reduzida. REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO: 1-) Controle dos efectores: Bulbo (centros respiratórios) com neurónios inspiratórios e neurónios expiratórios →Motoneurónio dos músculos respiratórios→Músculos respiratórios. 2-) Controle do centro respiratório bulbar: Centro pneumotaxico(protuberância superior)(estimulação diminui fase respiratoria)→ centro apneustico(protuberância inferior) (estimulação promove a inspiração) → Centro bulbar. 3-) Controle da ventilação: feita por: 1-) quimioreceptores periféricos: situados no seio aórtico e carotídeo; 2-) Quimioreceptores centrais: localizados a nível do bulbo; 3-) Outros receptores implicados: no nariz, na faringe, na laringe e nos pulmões; 4-) Outras estruturas implicadas: córtex motor, controle voluntário da respiração.

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FUNÇÃO RENAL, DIURESE E MICÇÃO A principal função renal é manter a constância do volume e composição dos fluidos corporais. Assim, entre as suas funções contam-se: 1 – Excreção de toxinas e metabolitos 2 – Regulação do volume do fluido EC 3 – Regulação osmolar dos fluidos corporais 4 – Regulação pressão sanguínea 5 – Regulação ácido – base 6 – Regulação mineral 7 – Regulação metabólica e hormonal (vit. D e Ca2+; hormonas pituitária, glucagina e insulina; produção de Eritropoietina pelo aparelho juxta-glomerular o qual é sensível à P(O2) e, quando esta diminui, aumenta a sua produção da hormona a qual estimula a medula óssea a produzir mais glóbulos vermelhos). Em relação ao volume, 2/3 do peso corporal é água. 2/3 da água está localizada no Compartimento Intracelular e do restante 1/3 do Compartimento Extracelular, só 1/3 está localizada no Espaço Intravascular (5L). As funções major renais são conduzidas por ultrafiltração glomerular e secreção / reabsorção tubular. A unidade funcional renal é o Nefrónio. Os rins processam 12 x o volume do fluido Extracelular por dia, mas a excreção de urina é apenas de 1 a 2L por dia. Os produtos excretados saem com uma concentração de 100 a 200x. O nefrónio é constituído por uma rede capilar especializada: o glomérulo; e, um segmento especializado: o túbulo. Cada rim contêm cerca de 1 000 000 de nefrónios. O glomérulo de Malpighi tem uma cápsula (de Bowman) que envolve a rede capilar e capta o ultrafiltrado, que é encaminhado para o túbulo. O túbulo tem 3 divisões funcionais: - Túbulo proximal: túbulo contornado e túbulo rectilíneo - Ansa de Henle: ramo delgado descendente, ramo delgado ascendente e ramo grosso ascendente - Nefrónio distal: túbulo contornado distal e tubos colectores (cortical, medular e papilar Os nefrónios têm os glomérulos de Malpighi localizados no córtex. Os mais profundo são mais volumosos e penetram mais na medula.

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Aparelho juxtaglomerular: É composto por elementos tubulares e vasculares. Têm células mesangiais e contactam com os túbulos distais e vasos eferentes glomerulares. Têm fibras adrenérgicas. É local de síntese de Renina e Eritropoietina. Estimulam a produção de Renina: - A concentração de NaCl - Volume ou pressão vascular - Estimulação adrenérgica O glomérulo produz um ultrafiltrado puro do plasma que entrega ao túbulo. O túbulo proximal reclama 2/3 do volume desse ultrafiltrado. Não altera a tonicidade, mas altera a composição. A ansa de Henle absorve menos de 1/5, mas separa a absorção de sal da água, o que provoca uma diluição ou concentração da urina. O túbulo distal com menos de 15% do volume do ultrafiltrado.A autoregulação renal protege o glomérulo de variações de pressões. O fluxo sanguíneo renal é mais ou menos constante. A angiotensina II contrai os vasos, enquanto que as Pg E2 e Pg I2 dilatam. O glomérulo é um sistema porta arteriolar, constituído por uma arteríola aferente que origina um sistema capilar que não se anastemosa entre si e uma arteríola eferente. A Pressão Hidrostática arteriolar é de + ou – 45 mmHg. A Pressão Hidrostática no espaço urinário (Bowman) é de + ou – 10 mmHg e a pressão oncótica, que em condições normais é apenas vascular (não passam proteínas para o ultrafiltrado) e é maior nas arteríolas eferentes - estas são as forças que se opõem à filtração. Glomérulo de Malpighi Barreira de filtração impermeável a proteínas. Só passam pequenos solutos e água. 1 – Células do endotélio capilar 2 – Membrana Basal Glomerular 3 – Revestimento endotelial em polianiões (repelentes proteicos) 4 - Grupos aniónicos da Membrana Basal 5 – Epitélio urinário Túbulo Proximal Reabsorção isosmótica do ultrafiltrado (2/3). A maior parte dos solutos são reabsorvidos: Secreção activa de H+ (troca com ião bicarbonato). Reabsorção : Na+, Cl-, fosfato, cálcio, glucose. Ansa de Henle Início na junção corticomedular e termina ao nível glomerular. Reabsorve 15% do ultrafiltrado isosmótico, nas reabsorve 25% de NaCl. No final o líquido é hipotónico. O interstício da medula renal fica hipertónico. O cálcio em grande parte é reabsorvido aqui. Tem uma comparticipação fundamental para a hipertonicidade da medula renal. A absorção de água e NaCl no segmento delgado é passiva. Dá-se por gradiente osmótico que varia (aumentando) da junção corticomedular para a ponta da papila. O ramo descendente é permeável à água, mas pouco ao NaCl O ramo delgado ascendente é impermeável à água, mas é-o bastante ao NaCl

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O ramo grosso ascendente absorve NaCl de modo activo (gasto de Energia) e também é impermeável à água. Nefrónio Distal O Tubo Contornado Distal também é impermeável à água. - Reabsorção activa de NaCl - Secreção de K+ e H+ - Absorção de Ca2+ Túbulo Colector (de Bellini) Local de acção da HAD (ADH). São virtualmente impermeáveis à água na ausência de hormona anti-diurética. A aldosterona regula a excreção de K+ e H+ e absorção de Na+ no T. Contornado Distal (e também nos T. Colectores, embora menos) A H. Paratiroideia aumenta a absorção de Ca2+ no nefrónio distal. A secreção de H+ também permite a reabsorção de Bicarbonato se ainda estiver presente no lúmen tubular. Os H+ são neutralizados por amónia ou fosfato. Também podem ser excretados na sua forma livre. Mecanismo da micção: A função de esvaziamento da bexiga é regulada pelo sistema nervoso autónomo. A porção Simpática contrai o trígono e relaxa o detrusor – retenção – enquanto que a porção Parassimpática contrai o detrusor e relaxa o trígono, o que leva a micção. Para níveis superiores aos 400ml de urina há estimulação dos receptores para dar início ao fenómeno da mixção. REGULAÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE: O pH é determinado pela concentração de H+. Fontes de H+: Produção a partir de CO2; Produção de ácidos não voláteis; Perda de Bicarbonato devido a diarea ou outro fluído não gástrico; Perda de Bicarbonato devido a eliminação urinaria. Perdas de H+: Pelos vómitos; Pela urina; Hiperventilação. Substância Tampão: minimiza a alteração dos H+. Tampões extracelulares: Tampão bicarbonato; Tampão fosfato; Tampão amónia e Proteínas Plasmáticas. Tampões intracelulares: Hemoglobina e fosfato. Factores que influenciam a secreção de H+: pH intracelular (se diminui, aumenta a secreção, se aumenta, diminui a secreção); PCO2 (se aumenta, há um aumento da excreção urinária de H+, se diminui, há diminuição da excreção urinária de H+); Actividade da anidrase carbónica; reabsorção de sódio; Concentração de potássio (se diminui potássio plasmático, favorece-se a saída de potássio e aumenta a entrada de H+, o que faz com que o ph intracelular diminua o que leva a excreção).

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TRACTO GRASTROINTESTINAL Organização – boca, faringe, esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, recto e ânus. Como glândulas anexas temos as glândulas salivares, fígado e pâncreas. Estrutura – O lúmen intestinal é constituido por quatro camadas: Mucosa: células epiteliais, células exóctinas (células de Goblet que produzem o muco), células endócrinas (hormonas), lâmina própria de tecido conjuntivo, elastina, colagénio, pequenos vasos e fibras nervosas, vasos linfáticos, e muscularis mucosae que é constituida por fibras musculares lisas; Submocosa: tecido conjuntivo, glândulas exócrinas, plexos submucosal ou de Meismer (sistema nervoso entérico), vasos sanguineos e vasos linfáticos; Muscularis externa: musculos lisos (fibras musculares circulares e longitudinais) entre duas camadas: Plexo mientérico ou de Auerbach (sistema nervoso entérico); Serosa: tecido conjuntivo. A nivel intestinal, a mucosa forma vilosidades (onde se encontram capilares e vasos linfáticos chamados lácteas) e microvilosidades ( grande superficie de absorção- entre 200/300m2). As células epiteliais são continuamente renovadas. Digestão e absorção Glúcidos – Na dieta humana existem algumas fontes principais de glúcidos: maltose, lactose, sacarose, amido e glicogénio e celulose. A digestão dos glúcidos começa na boca, onde são misturados com a saliva que contém a enzima ptialina , secretada principalmente pelâ glândula parótida, que hidrolisa o amido no dissacárido maltose e outros pequenos polímeros de glucose. A digestão prossegue no corpo e no fundo do estômago, onde ficam misturados com as secreções gástricas, inactivando assim, a amilase salivar. Após o esvaziamento do quimo do estômago para o duodeno, misturando-se com o suco pancreático, praticamente todos os amidos estão digeridos. Em geral, os amidos são quase totalmente convertidos em maltose e outros polimeros muito pequenos da glicose antes de passarem para o duodeno. Os enterócitos que revestem as vilosidades do intestino delgado contêm quatro enzimas lactase, sacarase, maltase e A-dextrinase, que têm a capacidade de desdobrar os dissacarideos lactose, sacarose e maltose, bem como os outros pequenos polimeros de glicose nos seus monossacarideos constituintes. Na dieta comum, a glicose representa mais de 80% dos produtos finais da digestão dos

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glúcidos, enquanto que a galactose e a frutose raramente representam, cada uma, mais de 10% dos produtos finais da digestão. Quanto à sua Absorção, praticamente todos os glúcidos da dieta são absorvidos na forma de monossacáridos, onde apenas uma pequena fracção é absorvida como dissacáridos. Praticamente todos os monossacáridos são absorvidos por um processo de transporte activo. A glicose é basicamenmte transportada por um mecanismo de co-transporte do sódio. Na ausência de transporte de sódio através da membrana intestinal, não ocorre practicamente nenhuma absorção de glicose. A razão disso é que a absorção da glicose ocorre através de um cotransporte com o transporte activo do sódio. O sódio combina-se inicialmente com uma proteína de transporte, porém esta só irá transportar o sódio para o interior da célula quando estiver combinada com alguma substância apropriada, como a glicose. Por conseguinte a glicose intestinal também se combina simultaneamente com a mesma proteina de transporte. Em seguida, tanto o sódio como a glicose são transportados juntos para o interior da célula. É a baixa concentração de sódio da célula que arrasta o sódio para dentre dela e consequentemente a glicose também. Uma vez no interior do enterócito, outras proteínas de transporte e enzimas determinam a difusão facilitada da glicose através da membrana basolateral do enterócito para o espaço para celular. A galactose é tranportada quase exactamente como a glicose. Por outro lado o mecanismo de transporte da frutose dá-se por difusão facilitada através do enterócito, sem ser acoplada ao transportede sódio. Além disso grande parte da frutose é convertida em glicose durante o seu percurso pelo enterócito, onde é transportada ao espaço paracelular nesta forma. Lípidos – As gorduras mais abundantes na dieta são as gorduras neutras, também conhecidas por triglicéridos. Em menor quantidade existem também fosfolípidos, colesterol e esteres de colesterol. No estômago ocorre digestão de pequena quantidade de triglicéridos pela lipase lingual, secretadas pelas glândulas linguais na boca e deglutida com a saliva. Por outro lado, praticamente toda a digestão das gorduras ocorre no intestino delgado. A primeira etapa da digestão das gorduras consiste no desdobramento dos glóbulos de gordura em particulas de pequeno tamanho de modo que as enzimas digestivas hidrossoluveis possam actuar sobre as superficies dos globulos. Este processo, denominado emulsificação da gordura, é efectuado, em parte, através da agitação no estômago juntamente com os produtos de digestão gástrica, mas principalmente sobre a influência da bílis, a secreção do figado que não tem nenhuma enzima digestiva.Todavia, a bílis contém grandes quantidades de sais biliares e o fosfolipido lecitina, ambos (especialmente a lecitina) extremamente importantes para a emulsificação das gorduras, onde tornam os glóbulos de gordura rapidamente fragmentáveis por agitação no intestino delgado, acção semelhante à dos detergentes utilizados para remover a gordura na limpeza doméstica. A lipase pancreática encontra-se em quantidades enormes no suco pancreático, suficientes para digerir em pouco tempo todos os triglicéridos com que entre em contacto, desdobrando-os em ácidos gordos e 2-monoglicéridos. A hidrólise dos triglicéridos é um processo altamente reversível, por conseguinte os produtos da sua digestão na vizinhança de gorduras em processo de digestão bloqueia rapidamente qualquer digestão subsequente. Os sais biliares quando em concentrações suficientes, têm propensão em formar micelas, que consistem em pequenos

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glóbulos cilindricos e esféricos, com diametro de 3 a 6nm consistindo em 20 a 40 moléculas de sais biliares. Durante a digestão dos triglicéridos, as porções gordurosas (tão rapidamente como a formação de ácidos gordos livres e monoglicéridos) dissolvem-se na porção gordurosa central da micela, reduzindo imediatamente as concentrações destes produtos finais da digestão na vizinhança dos glóbilos de gordur em digestão. Por conseguinte, o processo digestivo pode seguir inalterado. Ainda, a maior parte do colesterol da dieta encontra-se sob a forma de estéres de colesterol. Tanto os ésteres de colesterol como os fosfolipidos são hidrolisados por duas outras lipases presentes na secreção pancreática, que libertam os ácidos gordos: a enzima ester de colesterol-hidrolase e a fosfolipase A. Quanto à Absorção, à medida que as gorduras são digeridas para formar monoglicéridos e ácidos gordos livres, ambos são dissolvidos na porção gordurosa das micelas. Dessa maneira, os monoglicéridos e os ácidos gordos livres são transportados até à superficie das microvilosidades da bordadura-em-escova, chegando a penetrar nestes recessos entre as microvilosidades em movimento. Aqui sofrem difusão imediata, através da membrana celular do enterócito para o interior da célula. Vão ser captados pelo retículo endoplamático liso, onde são recombinados principalmente para a formação de novos triglicéridos. Alguns monoglicéridos são posteriormente digeridos a glicerol e ácidos gordos por uma lipase intracelular. Uma vez formados, os triglicéridos agrupam-se no interior do retículo endoplasmático e, a seguir no aparelho de Golgi, formando glóbulos que contém colesterol e fosfolípidos absorvidos, bem como pequenas quantidades de colesterol e fosfolipidos recém sintetizados. Contém ainda pequenas quantidades da apoproteina. Desta maneira, os glóbulos são libertados no aparelho de Golgi e excretados pelo processo de exocitose celular para o espaço basolateral ao redor da célula; daí passam para a linfa dos vasos quilíferos centrias da vilosidade. Esses glóbulos são então denominados quilomicrones. Os quilomicrones seguem o seu trajecto nos vasos quiliferos centrais das vilosidades e daí, são propelidos, juntamente com a linfa, pela bomba linfática. Pequenas quantidades de ácidos gordos livres são absorvidos directamente para o sangue porta. Proteínas – As proteínas da dieta consistem em longas cadeias de aminoacidos reunidos entre si por ligações peptídicas. A digestão das protéinas inicia-se no estômago pela acção da pepsina (esta só inicia o processo de digestão proteica, sendo apenas responsável por 10/20% da digestão total das proteinas). A maior parte da digestão das proteinas ocorre na porção superior do intestino delgado, no duodeno e no jejuno, dob a influência de enzimas proteolíticas da secreção pancreática. São elas a tripsina, quimiotripsina, carboxipolipeptidase e pró-elastase. Tanto a tripsina como a quimiotripsina podem clivar as moléculas de proteínas em pequenos polipéptidos. A seguir, a carboxipolipeptidase cliva os aminoácidos individuais das extremidades carboxilicas dos polipeptidos. A pró-elastase dá origem à elastase que digere as fibras de elastina. A digestão finla das proteinas é efectuada nos enterócitos que revestem as vilosidades do intestino delgado. Estas células possuem bordadura de escova, consistindo literalmente em centenas de microvilosidades que se projectam a partir da superficie de cada célula. Na membrana celular que reveste cada uma dessas microvilosidades, encontramse multiplas peptidases. Existem dois tipos: aminopolipeptidase e diversas

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dipeptidases. Estas enzimas desdobram os polipeptidos maiores remanescentes em tripeptidos e dipeptidos e alguns em aminoacidos. No inteiror do enterócito, encontram-se muitas outras peptidases especificas para os tipos restantes de ligações entre aminoácidos. Quanto à Absorção: as proteínas são na sua maior parte absorvidas através das membranas luminais das células epiteliais intestinais sob a forma de dipeptidos, tripeptidos e alguns aminoácidos livres. A energia da maior parte desses transporte é fornecida por um mecanismo de co-transporte do sódio. Alguns aminoácidos não necessitam desse mecanismo de co-transporte pois são transportados por proteinas transportadoras especiais de membrana, de modo idêntico ao transporte de frutose, que ocorre por difusão facilitada. Certas proteinas são directamente absorvidas por endocitose e secretadas pela exocitose (imunoglobulinas). Água e sais minerais – 80% da água é absorvida no intestino delgado, o resto é absorvido no intestino grosso e eliminado pelas fezes. Os minerais são absorvidos por transporte activo, passivo e são dependentes da presença de hormonas. Regulação – é regulado pelo sistema nervoso autónomo (sistema nervoso simpático (nucleo do vago) e parassimpático (medula toracico-lombar) e pelo sistema nervoso entérico (Plexos de Meissmer e de Auerbach)). Em regras gerais, o simpáticom inibe e o parassimpático estimula as actividades motoras e secretoras do tracto. Reflexos gastrointestinais: Receptores: mecanorecptores (distensão), osmolaridade do quimo (osmorecptores), acidez e produtos da digestão (quimiorecptores) e estimulos visuais, olfactivos, gustativos e auditivos; Efectores: músculos lisos e glândulas endócrinas. Estímulos na parte anterior do tracto podem afectar os efectores da parte posterior do tracto e vice-versa (ex: reflexo gastro-colico). Fase do controlo gastrointestinal – Fase cefálica: estímulos na cabeça via fibras parassimpáticas e simpáticas afectam directamente ou por intermédio do SNE as actividades motoras e secretoras do tracto; Fase gástrica: estímulos no estômago desencadeiam reflexos e libertação de hormonas; Fase intestinal: estímulos de origem intestinal alteram a actividade contratil e a secreção de hormonas (secretina, coleocistoquinina). Boca, Faringe e Esófago – responsáveis pela mastigação, salivação e deglutição. Mastigação: movimento voluntário (controlado pelos nervos somáticos) e reflexos (movimentos ritmicos desencadeados pelos mecanoreceptores), que tem como função misturar e reduzir o tamanho do bolo alimentar aumentanddo a superficie de contacto. Salivação: as glândulas salivares são responsáveis por este fenómeno. São elas a parótida (saliva serosa), submandibulares (saliva mista) e sublingual (saliva mucosa). A salivação tem como função humedecer e lubrificar, digestiva (amilase salivar), gustativa, antibacteriana e protectora.

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Regulação: sistema parassimpático – aumento da sistese e secreção de amilase. Aumento do fluxo se sangue e favorece o crescimento das glândulas; sistema simpático- aumento de produção de mucinas. Deglutição – o início é voluntário e depois reflexo complexo. Os receptores sensoriais (mecanoreceptores na faringe), dão informação ao centro de deglutição (bulbo) para a acção dos efectores (musculos da faringe, laringe, esófago e respiratórios). Comprende três fases: Fase oral- da boca para a faringe, onde há elevação do palato mole, fecha a glote, desloca a epiglote afim de impedir a passagem na traqueia, sendo esta fase voluntária; Fase faringeal: reflexão do esfincter esofagal superior, passagem do bolo alimentar para o esófago, inicio da onda peristáltica que favorece a descida até ao cárdia; Fase esofagal: abertura do cárdia e passagem do bolo alimentar no estômago. Estômago – Apresenta três porções: Fundo – secreta muco, HCL, pepsinogénio e pode receber grande quantidade de bolo alimentar sem grande aumento de pressão intragástrica; Corpo; Antro – rico em células musculares lisas, secreta pouco ácido e secreta a gastrina. Motilidade gástrica – Onde peristáltica desloca-se do fundo para o antro (propulsão), facha-se o piloro o que impede a passagem do quimo (retropulsão). As ondas são iniciadas por células pace-maker e a aparição de potencias de acção permitem controlar a força de contracção a qual é dependente da acção de neuro transmissores e hormonas. Esvaziamento gástrico – Pode demorar horas e é controlado pelo SNA, por hormonas (gastrina, coleocistoquinina e secretina) e pelos produtos da digestão no lumen intestinal. Secreção gástrica - acontece no fundo do estômago, onde intervêm as células parietais (HCL+ factor intrinseco), células mucosas (muco), células principais (pepsinogenio) e células G (gastrina). Pâncreas – é uma glâdula mista na medida em que tem caracteristicas endócrinas (insulina, glucagina, somatostatina e polipeptido pancreático) e tem caracteristicas exócrinas pois secreta o suco pancreático. O suco pancreático é rico em bicarbonatos (solução alcalina que neutraliza a acidez) e enzimas digestivas. Figado – Funções: regulador do metabolismo, sintese das proteinas plasmaticas, armazena ferro e vitaminas, degrada hormonas, inactiva drogas e toxinas, produz 25 hidroxicalciferol (precursor da vitamina D), produz ureia e secreta bílis. Bílis: é constituida por: sais biliares, colesterol, lecitina, bicarbonato e outros iões, pigmentos biliares (bilirrubina) e substâncias extraidas do sangue. É continuamente produzida pelo fígado, entra no duodeno pelo esfincter do Oddi. Quando este é fechado, a bílis é armazenada na vesicula biliar onde tem maior concentração. A contracção da vesicula biliar é sobretudo regulada pela CCK.

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Intestino Delgado – 6/7 metros de comprimento. Motilidade intestinal: função de misturar o conteudo intestinal com as secreções digestivas, desencadeada por células pace-meker, intensidade é regulada por diversas hormonas e o SNA, nas fases interdigestivas, existe uma motilidade especial chamada “migrating motility complex”. Funções: digestão, absorção e transporte para o intestino grosso. Intestinos Grosso – não têm vilosidades intestinais e microvilosidades. Funções: armazenar e concentrar as materias feais, absorção activa do sódio e bicarbonatos e cloreto e secreção do potássio, absorção de vitaminas produzidas pela flora bacteriana. Produção de gases.

FUNÇÃO HIPOTÁLAMO – HIPOFISÁRIA A glândula pituitária é uma glândula complexa localizada na sela turca esfenoidal. Consiste em duas porções distintas: - Pituitária anterior ou Adenohipófise (derivada da bolsa de Rathke) - Pituitária posterior ou Neurohipófise (derivada do diencéfalo – extensão do hipotálamo) O lobo posterior depende de um sistema neurosecretório directo do hipotálamo anterior. O lobo anterior depende de uma sistema neuroendócrino em que péptidos e monoaminas são transportados do hipotálamo inferior para a pituitária anterior pelo sistema porta arterial hipotálamo-hipofisário. As hormonas hipotalâmicas que estimulam a pituitária anterior são péptidos de 3 a 44 aminoácidos: - TRH (factor libertador de TSH) - GRH (factor libertador de H. do Crescimento - GRF) - GnRH (factor libertador de Gonadotropinas) - CRH (factor libertador de ACTH) - Somatostatina ou SRIF (factor inibidor da secreção de GRF) Hipófise É uma glândula com 1 cm de diâmetro e 0.5 a 1.0 gr de peso, localizada na base do crânio na sela turca. Esta ligada ao hipotálamo pelo pedúnculo. Tem 3 porções: Adenohipófise, Neurohipófise e Pars Intermédea A adenohipófise produz: Pelas células Acidófilas: H. Crescimento e Prolactina. Pelas células Basófilas: LH, FSH, ACTH e TSH. Pelas células Cromófobas: não são produtoras. A neurohipófise liberta: - ADH – Hormona Anti-Diurética ou Vasopressina (produzida no núcleo supraóptico do hipotálamo) - Oxitocina (produzida nos núcleos paraventriculares do hipotálamo) 44

A Pars Intermédea não é produtora nem vascularizada.

Hormonas Definição: mensageiro químico sintetizado pelas céls das glds endócrinas, transportado pela circ sanguínea até ao orgão alvo q possui receptores específicos.

Classificação: Peptidicas – sintetizadas sob forma de precursores; armazenadas em vesículas; libertadas por exocitose; circulam sob forma livre (vida curta); receptores membranários prod de 2º mensageiro Esteroides – Sintetizadas a partir do colesterol; secretadas na circulação sanguínea por difusão; circulam ligadas a prots transportadoras (maior vida); receptores citoplasmáticos e nucleares. Derivadas de aminas - adrenalina, noradrenalina, dopamina (receptores membranários); hormonas tiroideias (prots de transporte, receptores nucleares) Funções: Altera a sintese proteica; Altera a permeabilidade das membranas; Altera a actividade enzimática; Homeostase; Divisão,maturação e diferenciação celular; Favorece a actividade secretora H. Crescimento: Promove o crescimento através da estimulação do metabolismo proteico e cartilagens de crescimento. Efeito diabetogénico (tal como o ACTH, TSH e Prolactina) que não cede à insulina e conduz ao seu esgotamento endógeno por uma hiperglicémia resistente. A gh é essencial durante a adolescencia mas tb são necessárias as hormonas tiroideias e a insulina. Durante a pubredade as hormonas sexuais influenciam o crescimento. Regulação: A acção da GH não é smp directa sobre os tecidos mas necessita a formação pelo fígado em resposta `GH de somatomedina. Estas substâncias são chamadas de insulin-like growth factores: IGF1 e IGF2 (similar em estrutura à insulina e pro-insulina, ligando-se aos mm receptores q estas. Funções: No tecido adiposo – diminui transporte de glucose, aumenta a lipólisediminui a adiposidade. No fígado: Aumenta a sintese de RNA, a sintese proteica, a gluconeogenese, e a somatomedina. No músculo: Diminui transporte de glucose, aumenta a síntese proteica e o transporte de aaaumenta a massa magra Funções da Gh por intermédio da somatomedina:

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No osso,coração,pulmão: Aumento da síntese proteica, sintese de DNA e RNA, e aumento do tamanho e número de células.aumento do tamanho do orgão e aumento da função. Nos condrócitos: Aumento do transporte de aa,da sintese proteica de RNA e DNA, aumento do colagénio, da condroitin sulfate e do tamanho e nº de céls  crescimento ósseo. Regulação: O hipotálamo produz GH-RH, (q se autoinibe) e vai estimular a produção pela adenohipófise de GH, e GH-IH, que vai ser estimulada pela GH e pela Somatomedina, e que vai inibir a libertação de GH pela adenohipófise. Esta secreta GH, que vai estimular o fígado a produzir somatomedina, que vai estimular as células alvo. ACTH – controla a secreção das H. Supra-Renais. TSH – controla a taxa de secreção da tiroxina da gl. Tiroideia Prolactina: Promove o desenvolvimento da gl. Mamária e produção de leite. Hormona similar à hormona de crescimento. Até à pubredade, as glds mamarias não apresentam diferenças no sexo masculino e feminino. Devido ao aumento dos estrogénios e progesterona as glds mamarias desenvolvem-se no sexo feminino durante a pubredade. Tabém é necessário a presença de prolactina, cortisol e GH. A produção de leite depende da estimulação das glds mamarias pela prolactina. Durante a gravidez a presença de concentração elevada de estogenios e progesterona inibe a lactação. Após o parto estas hormonas descem de concentração e permitem a acçao da prolactina, havendo produção de leite. Regulação: principal, factor inibidor FSH e LH – Hormonas Foliculoestimulina e Luteínizante que controlam o crescimento das gónadas e a sua acção na reprodução. ( - regulação ovulação e secreção de esteróides pelos ovários; - produção de testosterona pelas células de Leydig). Concentração de prl elevada durante a amamentação inibe a secreção das gonadotropinas.A hiperprolactinemia na mulher é 1 das causas de infertilidade. Tratamento com bromocriptina. No homem a prl influencia a libido e a espermatogénse Regulação: O hipotalamo é estimulado pelo sono e sucção, e inibido pelo stress, e ainda pela própria prolactina. O hipotalamo produz PRF e TRH, q estimulam a adenohipófise a produzir prolactina, e Dopamina q inibe a adenohipófise de produzir a prolactina. ADH ou Vasopressina: Controla a taxa de excreção de água na urina. Nonapeptido. Sintetizada pelo hipotálamo, secretada pela hipófise (com a neurohipofisina II) Orgão alvo: tubulos colectores do rim (aumenta a permeabilidade à agua) Controle: osmoreceptores – sensíveis à osmolaridade extracel.; baroreceptores – sensíveis à pressão sanguínea.

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Oxitocina: Promove a expressão de leite dos ductos mamários. Participa no trabalho de parto e orgasmo feminino. Sintetizada no hipotálamo, libertada pela hipófise (com a neurohipofisina I). Sucção do mamiloestimulação dos mecanoreceptoresestimulação dos neurónios hipotalamicoslibertação de oxcitocina aumento da occitocina plasmáticagld mamáriaaumento da contracção das céls mioepiteliais da gld mamáriaejecção do leite. Outros estimuladores da secreção são:cheiro,choro,visão da criança,estado emocional. Favorece as contracções uterinas durante o parto. Implicada na regulação das microcontracções do tracto genital masculino e feminino, apetite sexual. O hipotálamo controla a hipófise e é controlado pelos produtos desta e os dos órgãos alvo desta (hormonas) através de um mecanismo de feed-back negativo. As emoções, dor, cheiros e concentração de electrólitos e água. No fundo o hipotálamo é uma glândula que recebe informação sobre o estado geral do organismo e que zela pelo seu bem-estar.

TIRÓIDE Tiróide: é a maior glândula endócrina no ser humano. Secreta: calcitonina (implicada na regulação do cálcio – favorece o armazenamento de cálcio no esqueleto) e hormonas tiroideias: T4 (tiroxina ou 3,5,3´,5´ tetriaiodotironina), T3 (3,5,3´ triiodotironina), rT3 (3,3´,5´ triiodotironina ou triiodotironina reversa). A tiróide secreta 100 nmoles por dia de tiroxina, 5 nmoles por dia de T3, menos de 5 nmoles por dia de rT3. A T3 é a hormona com a maior actividade biológica (provém essencialmente da deiodinação da T4). Existem diversos tipos de deiodinases, diferentes pela localização nos tecidos, especificidade pelo substracto. Síntese: as hormonas tiroideias são as únicas que requerem iodo para a sua actividade biológica. A tiróide sintetiza tironina e esta síntese é realizada na tiroglobulina e ocorre através dos seguintes passos: 1) transporte activo do ião iodo (I-) na célula tiroideia (estimulado por TSH); 2) oxidação do iodo e iodinação dos resíduos tirosil da tiroglobulina (estimulado por TSH); 3) associação das moléculas de iodotirosinas na tiroglobulina para formar T3 e T4; 4) proteólise da tiroglobulina para formar iodotironina e iodotironina; 5) deiodinação das iodotirosinases com conservação e reutilização do iodo; 6) às vezes ocorre deiodinação da T4 em T3. Tiroglobulina: é o percursos do T3 e do T4. É uma grande glicoproteína iodada, composta por 2 sub-unidades. Contém cerca de 115 resíduos de tirosina, cada um dos quais é um sítio potencial para a iodação. Cerca de 70% do iodo da tiroglobulina está sob a forma de precursores inactivos, MIT e DIT, enquanto que os outros 30% estão sob a forma de T3 e T4. Quando as fontes de iodo são suficientes, a proporção de T4:T3 é de 7:1. Na deficiência de iodo, esta proporção diminui, assim como a relação DIT: MIT. A tiroglobulina é sintetizada na porção basal da célula, move-se até ao lúmen, onde é armazenada no colóide extracelular, reentra na célula e move-se da região apical da célula para a basal, durante a sua hidrólise para T3 e T4 activos. Os aminoácidos para a síntese de tiroglobulina, incluindo a tirosina, entram na célula através da 47

membrana basal e são incorporados nas sub-unidades nascentes da tiroglobulina, por poliribossomas ligados ao retículo endoplasmático. A tiroglobulina é secretada por exocitose dentro do lúmen folicular. Todas estas etapas são aceleradas pelo TSH, e esta hormona (ou AMPc), também aumentam a transcrição do gene da tiroglobulina. Metabolismo do iodo: concentração do I-: a tiróide, juntamente com outros tecidos epiteliais, é capaz de concentrar I-, contra um gradiente electroquímico. Este processo é dependente de energia, ligado a uma bomba de Na+/K+ ATPase dependente. Esta actividade é primeiramente controlada pelo TSH. Uma pequena quantidade de iodo também entra na tiróide por difusão. Oxidação do I-: a tiróide, é o único tecido que pode oxidar o I- a um estado de valência maior, uma etapa obrigatória na organificação do I-, e biossíntese das hormonas. Esta etapa envolve uma peroxidase e ocorre na superfície luminal da célula folicular. Secreção: pinocitose da colóide, fusão com os lisossomas e secreção pela célula (facilitada pela acção da TSH). Transporte: no plasma 0,04% de T4 livre e 0,4% de T3 livre. Proteínas de transporte: TBG (thyroxine binding globulin – 70%); TBPA (thyroxine binding prealbumin ou transthyretin – 10% de T4 e menor afinidade para T3); albumina (15% de T3 e T4). Entre metade a 2/3 de T3 e T4 do organismo é extratiroidiano, e a maioria deste circula na forma ligada, isto é ligada a 2 proteínas específicas: a globulina ligante de tiroxina (TBG) e a pré-albumina ligante de tiroxina (TBPA). A TBG é uma glicoproteína quantitativamente mais importante, uma vez que liga T3 e T4 com 100 vezes mais afinidade que a TBPA. Em circunstâncias normais, a TBG liga-se, não covalentemente, a quase todo o T3 e T4 do plasma. A pequena fracção não ligada (livre), é responsável pela actividade biológica da hormona. Apesar da grande diferença existente entre as quantidades totais de T3 e de T4, a fracção livre de T3 é quase equivalente à do T4 no entanto a meia-vida do T4 é 4/5 vezes superior à do T3. A TBG é sintetizada no fígado, e a sua síntese é aumentada pelos estrogénios (anticonceptivos orais). A diminuição da produção de TBG ocorre após terapia com androgénios ou glicocorticóides, ou em certas doenças hepáticas. Também pode ocorrer aumento ou diminuição dos níveis de TBG por etiologia hereditária. De todas estas condições resultam alterações no T4 e no T3 totais, sem alteração dos níveis livres. A deiodação extratiroidiana converte o T4 em T3. Como o T3 se liga ao receptor tiroidiano nas células alvo com 10 vezes mais afinidade do que o T4, acredita-se que o T3 seja a forma metabolicamente activa. Funções das hormonas da tiróide: a T3 actua sobre a maior parte dos tecidos. Aumenta o metabolismo basal (BMR): efeito calorigénico. Aumento de consumo de O2 e aumento da produção de calor (aumenta a actividade da bomba sódio/potássio em todos os tecidos excepto cérebro, baço e testículos). Deficiência: BMR diminui (sensibilidade ao frio e diminuição do apetite); BMR aumenta (sensibilidade ao calor, aumento do apetite e aumento do catabolismo). Indispensáveis para o desenvolvimento do sistema nervoso central do feto e da criança: a glândula tiróide e adenohipófise (TSH) começam

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a funcionar no feto humano a 11 semanas da gestação. Deficiência: atraso mental (cretinismo). Necessárias para o crescimento: favorece a secreção e acção da GH (hormona do crescimento). Deficiência: atraso no crescimento (anão). Facilita a actividade do sistema nervoso simpático: estimula a síntese dos receptores β adrenérgicos no músculo cardíaco, esquelético. tecido adiposo, linfócitos e/ou aumenta a síntese dos Gs associada aos receptores adrenérgicos). Deficiência: excesso: sintomas similares ao aumento da actividade do simpático (exemplo: taquicardia). Efeitos sobre diversos tecidos: coração (efeito cronotrópico e ionotrópico positivo), intestino (aumenta a mobilidade intestinal), glóbulos vermelhos (aumenta a 2,3 DPG favorecendo a dissociação do O2 da hemoglobina), osso (aumenta o turnover – aumenta a reabsorção e a formação óssea a menor grau). Efeitos sobre o metabolismo lipídico e glucídico: favorece a absorção da glucose pelo tracto gastrointestinal, glicogenólise e gluconeogénese pelo fígado. Favorece também a lipogénese. Efeito endócrino: actua sobre outras hormonas (hormonas sexuais, cortisol). Estado de actividade normal: Deficiência: lentidão física, mental e sonolência. Excesso: ansiedade, irritabilidade, hiperactividade, capacidade de atenção reduzida. Mecanismo de acção das hormonas tiróides: as hormonas tiróides ligam-se a receptores específicos com alta afinidade nos núcleos das células-alvo. A sua função metabólica geral é aumentar o consumo de oxigénio. Este efeito ocorre em todos os órgãos, excepto no cérebro, sistema retículo endotelial e gónadas, onde a hormona aparentemente causa alterações morfológicas a nível das mitocôndrias e estimula a fosforilação oxidativa. As hormonas tiroidianas induzem a glicerolfosfato desidrogenase mitocondrial, e isso pode estar relacionado com os efeitos sobre o consumo de oxigénio. Uma vez que muita da energia utilizada pela célula é para o funcionamento da bomba ATPase Na+/K+, as hormonas tiróides potenciam a função desta bomba por aumentarem o número de unidades. Dado que todas as células contém esta bomba e virtualmente quase todas respondem, a estas hormonas, este aumento da utilização de ATP e consumo de oxigénio, via fosforilação oxidativa poderia ser o mecanismo básico de acção das hormonas da tiróide. As hormonas da tiróide, como os esteróides, induzem um aumento na produção de proteínas, por aumentarem a transcrição dos genes, levando a um balanço positivo de nitrogénio. O T3 e os glicocorticóides aumentam a transcrição do gene do GH. As hormonas tiroidianas são necessárias para o desenvolvimento normal do Homem. O hipotiroidismo intra-uterino e neonatal resulta em cretinismo, uma condição caracterizada por múltiplos defeitos congénitos, e um severo e irreversível atraso mental. Regulação: a TRH (hormona libertadora de tirotrofina) existente no hipotálamo estimula positivamente a TSH (hormona tireoestimulante ou tirotrofina) existente na adenohipófise, e esta por sua vez estimula positivamente a tiróide à produção de T3, T4 (pode ser convertida em T3 no fígado e no plasma) e rT3. A T3, T4 e rT3 caso se encontrem em excesso podem inibir o hipotálamo e a adenohipófise.

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Patofisiologia: bócio: qualquer aumento da tiróide é referido como bócio. O bócio simples representa uma tentativa de compensar a diminuição da síntese de hormonas da tiróide, assim nessas situações, o TSH em nível elevado é o denominador comum. Entre as causas incluem-se: deficiência de iodo, excesso de iodo, falha nos mecanismos de auto-regulação e defeitos hereditários. Estas deficiências incluem: defeito no transporte de I-, defeito de iodação, defeito de ligação, deficiência de deiodinase e produção de proteínas iodadas anormais. Deficiências parciais destas funções podem causar bócio simples nos adultos. Qualquer destas causas de bócio, podem, quando severas, causar hipotiroidismo. O bócio simples é tratado com a hormona tiroidiana exógena. Hipotiroidismo: quantidades insuficientes de T4 e de T3 livres resultam em hipotiroidismo. É usualmente devido a uma falha da tiróide, mas pode ser devido a alterações da hipófise e do hipotálamo. No hipotiroidismo encontramse diminuídos todos os mecanismos dependentes das hormonas da tiróide incluindo a metabolismo basal. Hipertiroidismo: o hipertiroidismo ou tirotoxicose, é devido à produção excessiva das hormonas tiróides. Existem muitas causas, mas na maioria dos casos é devido à doença de Graves, que resulta da produção excessiva de IgG-tiróide estimulante (TSI) que activa o receptor de TSH levando a um aumento difuso da tiróide, e produção excessiva e descontrolada de T3 e T4, uma vez que a produção de TSI não é regulada por feed-back negativo. Este tipo de hipertiroidismo pode ser tratado pelo bloqueio da produção hormonal com uma droga anti-tiroidiana. CÓRTEX SUPRA-RENAL O córtex Supra-renal secreta um grupo de hormonas chamadas corticoesteróides. Estas são sintetizadas a partir de colesterol e têm fórmulas químicas semelhantes. No entanto, existem pequenas diferenças nas suas estruturas moleculares que lhes conferem funções diferentes. Estas hormonas são divididas em dois grupos: os mineralocorticóides (importantes na regulação dos electrólitos do meio extracelular, sódio Potássio, principalmente) e os glicocorticóides (efeito importante no aumento de glucose no sangue, tendo efeitos adicionais também no metabolismo proteíco e lipídico. O córtex pode também secretar androgénios adrenais (hormonas sexuais masculinas moderadamente activas, que podem influenciar o desenvolvimento inicial dos orgãos sexuais masculinos, e crescimento de pêlos na mulher durante a puberdade) em pequenas quantidades. Existem hormonas com actividade tanto glucocorticóide, como mineralocorticóide, tendo como exemplo a Corticosterona. O córtex é composto por três camadas distintas: a zona glomerulosa, zona fasciculada, que é a camada média, e a zona reticular, que é a camada profunda. A produção destas hormonas é estimulada pesla ACTH (hormona adrenocorticotrópica), que é produzida na Hipófise anterior.

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Mineralocorticóides (Aldosterona) – Secretados pela zona glomerosa. A Aldosterona causa aumento do transporte e da troca de sódio e de Potássio – isto é, a absorção de Sódio e excreção simultânea de Potássio pelas células epiteliais tubulares – especialmente no tubo colector e, em menor extensão, no túbulo distal e no duscto colector. Portanto, a aldosterona faz com que o Sódio seja conservado no líquido extracelular enquanto que mais Potássio é excretado pela urina. Co a acção desta hormona a concentração de sódio no líquido extracelular não sobe muito porque a sua reabsorção é acompanhada por absorção osmótica. São conhecidos quatro factores que influenciam a secreção desta hormona: 1) Concentração aumentada de Potássio no líq. extracelular aumenta muito a secreção; 2) Actividade aumentada do sistema renina-angiotensina aumenta muito a secreção; 3) Concentração aumentada de Sódio no líq. extracelular diminui ligeiramente a secreção; 4) A ACTH é necessária para a sua secreção mas tem pouco efeito no controle da taxa de secreção. Glucocorticóides (Cortisol) – Secretados pela zona fascicular e zona reticular. Efeitos sobre o metabolismo dos Carbohidratos – O seu efeito mais bem conhecido sobre o metabolismo é a sua capacidade de estimular a neoglicogénese, pelo fígado, aumentando a sua taxa de seis a dez vezes. O cortisol causa também uma diminuição moderada da taxa de utilização da glicose pelas células de todo o corpo. A conjugação destes dois factores poderá conduzir a Hiperglicémia, que por sua vez poderá conduzir a Diabetes adrenal. Efeitos sobre o metabolismo das Proteínas – Um dos efeitos principais do Cortisol sobre os sistemas metabólicos do corpo é a redução das reservas de proteína em essencialmente todas as células corporais, excepto nas do fígado. Isto é causado pela síntese proteíca diminuída e pelo catabolismo aumentado das proteínas já presentes nas células. Efeitos sobre o metabolismo dos Lípidos – O Cortisol também promove a mobilização de ácidos gordos do tecido adiposo. Isto aumenta a concentração dos ácidos gordos livres no plasma, aumentando assim sua utilização para energia. Parece ter também um efeito directo para acentuar a oxidação dos ácidos gordos nas células. Diferentes tipos de stress que aumentam a secreção de Cortisol – Traumatismo, Infecção, Frio ou calor intensos, Injecção de norepinefrina e outras dorgas simpatomiméticas, Cirurgia, Injecção subcutânea de substâncias necrosantes, Imobilização forçada de um animal e Quase qualquer doença debilitante.

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FISIOLOGIA DO OSSO, CÁLCIO E FÓSFORO Metabolismo Ósseo Há pelo menos 3 células especializadas na formação de osso: Osteoblastos: células mesenquimatosas que produzem colagénio tipo I, que forma o osteóide, o precursor do osso não calcificado. São estas células que lidam com o cálcio e fósforo necessário para a mineralização. Produzem, também, fosfatase alcalina que é uma enzima que hidrolisa o pirofosfato e funciona como marcador sérico da sua actividade celular. Osteocitos: são osteoblastos quiescentes. Osteoclastos: células gigantes multinucleadas que destroem o osso e o remodelam. São estimulados pela Parathormona. A sua deficiência dá origem à osteopetrose, doença derivada do aumento da densidade óssea. Existem dois tipos de osso: Osso cortical: denso com Sistemas Haversianos (Osteon), são constituídos por lamelas concêntricas de osso redeando um vaso nutricional. Osso trabecular: localizado no esqueleto axial, é um osso esponjoso e funciona primordialmente como sistema tampão do cálcio e intervém directamente na homeostase do Cálcio. O turn-over do Cálcio ósseo é de 1/5 de substituição do cálcio do osso por ano. Metabolismo do Cálcio O adulto normal tem 20 – 25 gr de Ca2+ / Kg e 98% estão no esqueleto. O cálcio circula em 3 formas: - ionizado (Ca2+) 46% - ligado a proteínas 46% (80% à albumina) - complexado em ligandos 1% [Ca2+] total = 8.9 a 10.1 mg/dl 52

São necessários 150 – 300 mg/dl de cálcio por dia. A dieta diária normal contém 600 a 1000 mg de cálcio. O cálcio é absorvido no intestino delgado sob estimulação da vitamina D (1,25-dihidrocholecalciferol) A excreção dá-se primariamente a nível renal (100-250mg/dia) e, secundariamente, a nível intestinal (100mg/dia).A reabsorção renal é estimulada pela PTH, iões fosfato, alcali e reabsorção aumentada do Na+. A homeostase do cálcio é mantida por: - Ingestão/absorção de cálcio - Equilíbrio na formação/destruição de osso - Excreção de cálcio - PTH, Vit. D e calcitonina. Metabolismo do Fósforo O adulto normal tem 10 – 13 gr de fosfatos / Kg e, apenas, 80-85% estão no esqueleto. 10% estão no músculo. O Pi (fosfato inorgânico), é um fosfato de alta energia necessário à actividade metabólica. Encontra-se, ainda, nos fosfolípidos da membrana celular (DNA e RNA). 85% do fósforo circula livre no sangue e 15% circula ligado a proteínas. Os iões fosfatos são de dois tipos moleculares diferentes: H2PO4- e HPO42-. A absorção dos fosfatos ingeridos na dieta normal é tão abundante, que influencia pouco significativamente a homeostase. O controlo da Homeostase do fósforo é na excreção. A maior parte do fósforo sistémico é filtrado pelo glomérulo, uma vez que a maior parte circula na sua forma livre. 70-90% é reabsorvido no Túbulo Proximal. Aumento da reabsorção T. Proximal: Diminuição da [fósforo]plasma - Hipoparatiroidismo - Hormona Crescimento - Hipocalcémia - Contracção Volémia Diminuição da reabsorção: - Sobrecarga de fósforo - PTH - Expansão da volémia - Hipercalcémia Vitamina D Formada na pele sob a acção dos raios Ultravioletas, a partir de 7dehidrocolesterol. Pode ser produzida sinteticamente a partir do ergosterol, por irradiação com UV formando o ergocalciferol. O 7-dehidrocolesterol após exposição na pele aos UV origina o colecalciferol (Vit. D3). A nível hepático é hidrolisado originando o 25-Hidrocolecalciferol. No rim sofre uma segunda hidrólise, formando o 1,25-Dihidrocolecalciferol, a sua forma activa (Calcitriol) mais importante. Função: actua com a PTH para manter o nível de Ca2+ ionizado e aumenta a reabsorção óssea. Aumenta a absorção de cálcio e fósforo a nível intestinal. A 24,25-Dihidrocolecalciferol, pelo contrário estimula a formação óssea (forma menos importante de Vit. D). 53

Em suma, uma hipervitaminose D provoca uma hipercalcémia. Calcitonina Produzida pelas células parafoliculares da Tiroideia. Antagonista da PTH. Inibe a reabsorção óssea de Ca2+ (osteoblastos) e estimula a excreção renal (cálcio e fosfatos). A sua produção é estimulada pela hipercalcémia. Glândulas Paratiroideia São 4 (pesam 120mg) e estão associadas à Tiroideia. Localizam-se supramediastinicamente, ocasionalmente. A produção de PTH é estimulada pela hipocalcémia. Acções: - Osteólise: Libertação de cálcio e fósforo por estimulação dos osteoclastos. A sua acção está muito diminuída na ausência de vitamina D. - Reabsorção T. renal de Ca2+ e Mg2+ - Diminui reabsorção T. renal de fosfato e bicarbonato. Estimula a síntese de vitamina D activa (calcitriol).

REPRODUÇÃO E FUNÇÕES HORMONAIS MASCULINAS E FEMININAS Funções Reprodutoras Masculinas 1 – Espermatogénese 2 – Acto Sexual Masculino 3 – Regulação das funções reprodutoras masculinas Espermatogénese Ocorre nos túbulos seminíferos testiculares durante a vida sexual activa (início aos 12 Anos, aprox.) por estimulação das hormonas gonadais hipofisárias. As paredes dos túbulos seminíferos contêm células epiteliais – espermatogónias. Vão-se diferenciando até darem origem às células espermatócitos. Estes sofrem duas rápidas meioses sem formação de cromatídeo: espermatídeos. Estas células começam a alongar-se (ainda são células epitelióides) e originam umas células flageladas com uma cabeça, colo e corpo: o espermatezóide. O espermatezóide tem que sofrer um processo de maturação no epidídimo (os dos T. seminíferos não têm capacidade de locomoção e são incapazes de fertilizar o óvulo) – duração de 18H a 10 dias. Só após a ejaculação é que ficam móveis. A motilidade é inibida por substâncias secretadas, enquanto estão no interior do organismo masculino. Os espermatezóides são armazenados no canal e ampola deferente e podem aí permanecer conservados em boas condições durante meses (6). Habitualmente, na vida sexual activa apenas permanecem algumas horas. A velocidade de locomoção é de 1 a 4 mm/min e funcionam melhor em meio alcalino ou neutro. Nos genitais femininos só duram 1 a 3 dias e só apresentam motilidade quando o pH é de pelo menos 6.0-6.5. Vesícula seminal – erradamente, julgava-se serem o local de armazenamento do esperma. Contudo, são apenas glândulas secretoras. 54

Próstata – segregam um fluído leitoso ligeiramente alcalino. Durante a ejaculação a cápsula contrai-se simultaneamente com as paredes dos canais deferentes. Sémen – líquido ejaculado durante o acto sexual, pelo homem. É composto por fluídos de: canal deferente, vesículas seminais, próstata e secreções mucosas (gl. de Littré e Cooper). A maior parte da composição provém de secreções da vesícula seminal (60%) – que é o último fluido a ser ejaculado e serve para lavar o esperma do canal ejaculatório. A média do pH é 7.5. O líquido prostático neutraliza a discreta acidez das outras porções do sémen e confere-lhe o aspecto leitoso. Produz ainda uma substância coagulante que se dissolve 15 a 20 min. após a ejaculação, por uma fibrinolisina também produzida pela próstata. O fluido das vesículas seminais e gl. mucosas, dão um caracter e consistência mucóide ao sémen. O aumento da temperatura diminui a espermatogénese. Assim, quando está calor os testículos descem pelo escroto e no frio a musculatura do escroto repuxa-os para mais próximo do corpo. O volume médio do esperma ejaculado é de 3.5 ml com cerca de 120.000.000 / mm3 de espermatezóides (varia entre 35 a 200 milhões). Causas de infertilidade: - Baixo nº de espermatezóides (< 20 milhões) - Forma anómala de espermatezóides (duas cabeças ou caudas anormais) - Motilidade deficiente espermatezóides (imobilidade ou hipomotilidade do flagelo) A cabeça do espermatezóide produz hialuronidase e proteases, necessária para remover o revestimento do óvulo (fecundação). Acto Sexual Masculino É um acto reflexo mediado e iniciado por estimulação psíquica e / ou física. A glande do pénis é um órgão sensorial dotado de um sistema altamente sensível, que transmite as sensações ao cérebro pelos nervos pudendos via plexus sagrados e espinal medula, para áreas cerebrais mal conhecidas. Também são transmitidos outros impulsos sinérgicos de áreas vizinhas: epitélio anal, escroto e estruturas do períneo (aumentam a sensação sexual). Também se podem originar impulsos excitantes em estruturas internas, quando estão irritadas ou inflamadas: uretra, bexiga, próstata, vesículas seminais, testículos e canais deferentes. A estimulação psíquica também exerce efeito sexual. Os pensamentos e os sonhos eróticos aumento a sensação sexual, podendo mesmo levar à ejaculação (emissões nocturnas dos adolescentes). O Stress pode inibir. Estádios do acto sexual masculino 1 – Erecção: proporcional ao grau de estimulação (psíquica ou física), mediada por impulsos Parasimpáticos (região sagrada). Dilatação arteriolar e corpos cavernosos – veias sinusoidais. E, contracção venular.

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2 – Lubrificação: Parasimpático estimula as glândulas de Littré da uretra e as gl. bulbo-uretrais (Cooper) a segregarem muco. Importante para o prazer masculino, mas pouco importante na lubrificação coital. 3 – Emissão e ejaculação: ponto culminante do acto sexual masculino. Quando a estimulação é muito intensa L1 e L2 estimulam o SNS, o qual via plexus hipogástrico, inicia a emissão que é o precursor da ejaculação. A emissão inicia-se com a contracção do epidídimo, canal deferente e ampola, causando a expulsão do esperma para a uretra interna. A contracção da próstata e vesícula seminal expele o esperma para a uretra extra prostática, misturando-se com o muco: sémen. Na ejaculação a uretra interna emite sinais pelos nervos pudendos para a região sagrada que devolve com contracções rítmicas dos m. esqueléticos que envolvem a base do pénis expulsando o sémen para o exterior. Regulação Hormonal Os testículos produzem várias hormonas chamadas androgénios, mas a mais potente e abundante é a testosterona. Produzida pelas células intersticiais de Leydig, localizadas entre os tubos seminíferos (20% massa testicular) As células germinais são mais sensíveis aos raios X e calor que as de Leydig, que continuam a produzir testosterona (após irradiação). Testosterona – é fundamental para determinação dos caracteres sexuais masculinos. Os testículos são estimulados hormonalmente pela HGC – Hormona Gonadotrofinacoriónica, produzida pela placenta e pelas FSH e LH produzidas pela hipófise. FSH – estimula a espermatogénese (a testosterona, também) LH – estimula as células de Leydig a produzir testosterona HGC – estimula os testículos fetais Efeitos da testosterona - Aumento de 8 x o tamanho do pénis, escroto e testículos. - Caracteres sexuais secundários: distribuição pilosa, alopécia (factores genéticos e hormonais), voz grave (hipertrofia da laringe), melanização cutânea e acne (gl. sebáceas – secreções mais espessas), desenvolvimento muscular, crescimento ósseo, aumento do metabolismo basal, aumento do nº de G.V. , efeito mineralocorticóide. Funções Reprodutoras Femininas 1 – Preparação do corpo para a concepção e gestação 2 – Período de gestação O ovário produz um óvulo no meio de cada ciclo menstrual, expelindo-o para a cavidade abdominal. É captado pela trompa do Falópio até ao útero. Se houver fecundação implanta-se no útero, desenvolvendo-se um feto com placenta e membranas fetais. Os ovários na vida fetal desenvolvem um epitélio germinal, com células epitelióides – células granulosas. Folículos primordiais – estes contém um óvulo rodeado por células tecais e as células germinais.

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À 30ª semana de gestação existem 7 milhões de folículos germinais, que degeneram rapidamente e à nascença já só existem 2 milhões que estão distribuídos pelos dois ovários. Na puberdade são apenas 300.000 . Ao longo da vida só 450 destes folículos se desenvolvem e expelem o seu óvulo. Na menopausa só um número reduzido destes folículos subsiste, degenerando rapidamente. Sistema Hormonal Gonadal Feminino Hormona hipotalâmica – GnRH Hormona Pituitária – FSH e LH Hormona ovárica - Estrogénios e progesterona Os anos de reprodução da mulher são marcados por alterações cíclicas mensais da secreção hormonal e correspondentes alterações nos ovários e órgãos sexuais – ciclo menstrual ou sexual feminino. A sua duração média é de 28 dias (20-45). Apenas um único óvulo é libertado mensalmente. O endométrio uterino é preparado para a implantação do óvulo fertilizado no momento adequado do mês. As alterações ováricas dependem completamente das H. Gonadotrópicas (FSH e LH). Na vida fetal os ovários funcionam estimulados pela HGC, na infância ficam quiescentes até à puberdade. FSH Crescimento folicular, alargamento da camada granulosa e das células tecais (teca interna) e da sua cápsula (teca externa) que a separa da granulosa. As células tecais internas segregam estrogénios enquanto as da granulosa produzem progesterona. No início de cada ciclo o FSH (e também o LH) estimulam o desenvolvimento de aprox. 20 folículos primordiais estimulando principalmente as células da granulosa e, ainda, as da teca interna. Os estrogénios desta e o LH amplificam as acções do FSH. Antes da ovulação, um dos folículos desenvolve-se mais que os outros, enquanto os outros se atrofiam. Deposita-se gordura na granulosa – Corpo amarelo ou Lúteo. O folículo atinge 1 a 1,5 cm de diâmetro. Ovulação 14 dias após o início da menstruação. Necessita de um pico de LH (6 a 8 X) 2 dias antes para estimular a libertação do óvulo com parte da sua teca para a cavidade peritoneal. A LH é necessária para a fase final do crescimento folicular. Não há ovulação sem o pico de LH. No pico da LH a FSH também aumenta a sua concentração 2 x. A LH vai transformar as células da granulosa e da teca em células luteínicas que se vão progressivamente atrofiando, originando o Corpo Albicans, que produz menos estrogénios e, mais tarde, diminui também a produção de progesterona, provocando a menstruação dois dias depois de cessar a sua produção. O Corpo Albicans é substituído por tecido conjuntivo. Estrogénios

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- Aumento do tamanho uterino na puberdade (2 a 3 x), trompas do Falópio e vagina. Aumento do tamanho do monte-de-vénus e grandes lábios por depósitos de gordura e hipertrofia dos pequenos lábios. - Transformação do epitélio vaginal de cubital a estratificado (+ resistente) > Nº células ciliadas nas trompas do Falópio - Desenvolvimento gl. mamária (forma) - Crescimento ósseo, encerramento precoce das cartilagens de crescimento > Tx Metabolismo Basal (1/3 do sexo masculino) - Depósitos de gordura: mamas, nádegas e ancas. - Pele mais macia Anabolismo proteico Progesterona - Promove função secretória do endométrio uterino - Alts. das secreções das trompas do Falópio (nutrição do ovo) - Alts. das secreções nos canais mamários e sua hiperplasia (coadjuvada pela prolactina) Catabolismo proteico Ciclo Endometrial Fase proliferativa (fase estrogénica) – re-epitelização do endométrio após a menstruação (3-7 dias) Fase secretória (fase progestagénica) – hipertrofia e aumento da secreção do endométrio Menstruação (4 dias) – 2 dias antes do ciclo terminar, as hormonas estrogénios e progesterona diminuem bruscamente em circulação e provocam a descamarão do endométrio. Acto sexual Feminino Depende de estimulação: - Psíquica - Sexual local (física) Estimulação Psíquica: Semelhante ao sexo masculino. Estimulação Física: Massagem: região perineal, órgãos sexuais e tracto urinário (irritação) O clitóris é o órgão sexual feminino com um sistema sensorial mais desenvolvido e é fundamental no início das sensações sexuais físicas. É, ainda, um órgão eréctil que entra em erecção mediada pelo SNPS. Também existe uma erecção vulvar que ao contrair em volta do pénis, estimula-o. Glândulas de Bartholin – Juxta pequenos lábios: secreção lubrificante. Orgasmo Feminino O clímax feminino é análogo à ejaculação do sexo masculino. Promove a fertilização do óvulo. Contracção rítmica dos músculos perineais e aumento da motilidade uterina e T. do Falópio (SNS e libertação de Oxitocina)

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PANCREAS Localizado //mentee abaixo do estomago é 1 glandula composta, constituida p/ 1 porção endócrina (insulina, glucagon, somatostanina, polipéptido pancreático) e 1 porção exócrina (suco pancreático). O suco pancreático é secretado + abundantem/ em resposta à presença do quimo nas porções sups do ID. Este é composto p/ Na,k, Ca, Mg (pH +- 8), HCO3 (desempenham importante papel na neutralização do quimo), Cl, SO4, HPO4, enzimas digestivas (paraproteinas e polipéptidos, triglicéridos, esteres de colesterol, fosfolipidos, fibras, DNA, RNA), albumina e globulina. É secretado cerca de 1,5l p/ dia. Das enzs proteoliticas, as + important são a tripsina, a quimiotripsina e a carboxipolipeptidase. A + abundante é a tripsina. Posto isto, verifica-se q a secreção pancreática é rica numa componente aquosa rica em bicarbonatos e 1 componente enzimático para digerir HC(amilase), proteinas (protease) e lipidos (lipase, fosfolipase). As proteases do suco pancreático são secretadas sob forma inactiva: tripsinogénio, quimiotripsinogénio, procarboxipeptidase e proelastase. Estas pró-enzimas por meiode uma enteropeptidase são activadas no lúmen duodenal e constituem as suas formas activas: tripsina, quimiotripsina, carboxipeptidase e elastase, respectivam/. A secreção pancreática é induzida por: 1) acetilcolina, libertada pelas terminações nervosas parasimpáticas vagais, bem como por outros nervos colinérgicos no SN Entérico; 2) Colecistocinina (CCK), secretada pela mucosa do duodeno e da porção superior do jejuno qdo o alimento entra no ID; 3) Secretina, secretada pela mm mucosa do duodeno e jejuno qdo entra alimento altamente ácido no ID.

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Tanto a acetilcolina como a CCK induzem a produção de gdes quantidades de enzimas digestivas, mas a quantidade relativamente pequena de liquido para acompanhar as enzimas. A secretina activa principalmente a secreçã de gde quantidade de solução de HCO3 pelo epitélio ductal, mas particamente não estimula a secreção enzimãtica. Qto ao pancreas endócrino, para além dos ácinos serosos tb existem aglomerados de céls, denominadas de ilhéus de Langerhans, com actividade endócrina. A principal hormona secretada pelo pâncreas endócrino é a insulina, a inexistência desta hormona conduz a diabetes humana, esta por sua x é caracterizada pelo aparecimento de alto teor de glicose no sangue e ainda, pela excreção de glicose pela urina (glicosúria). Funções da insulina: 1. promove a oxidação da glicose, i é, a sua conversão em CO2 e H2O 2. armazenamento da glicose sob a forma de glicogénio no fígado e rim 3. metabolismo dos hidratos de carbono e indirectamente no metabolismo dos lípidos e proteínas, favorecendo a síntese proteica e dos lípidos e inibindo a lipólise e proteólise. Esta é a única hormona hipoglicemiante q dispomos, como seus antagonistas temos a somatotrofian, os glucocorticóides, a adrenalina e a glucagina. A glucagina actua em situações de hipoglicémia, i é, tem efeito hiperglicimiante (impede convulsões por falta de glicose a nível cerebral). Exs de outras hormonas pancreáticas endócrinas: somatostanina, gastrina; Vips (pequenos polipéptidos com acção pancreática). MELATONINA Secretada pela gld pineal (atrás do 3º ventrículo). Tem 2 tipos de céls: – Pinealócitos (produzem melatonina e péptidos) – Céls da neuroglia Sintese da melatonina TriptofanoserotoninaMelatonina Controle da libertação: Fotoreceptores da retinahipotalamoganglio cervical superiorgld pineal. A luz vai provocar a hiperpolarização dos fotoreceptores diminui a libertação de noradrenalina e diminui a melatonina Na escuridade há despolarização destes fotoreceptores, aumenta a noradrenalina, os receptores adrenérgicos da gld e as enzimas q permitem a síntese da melatonina, aumentado assim esta mesma hormona. A melatonina é metabolizada sobretudo no fígado e excretada sobretudo na urina. Certos cegos têm redução de produção de melatonina pelo estímulo luminoso. Isso sugere q existem 2 tipos de fotoreceptores na retina (aqueles q mediam a secreção de melatonina e outros q permitem a percepção da luz) Receptores: ML1 e ML2. Pode actuar intracelularmente e regular o cálcio. Pode ligar-se a 2 receptores nucleares, alterando a expressão do genoma. Concentração: a melatonina aumenta e atinge um pico entre as 2 e 4 da manhã, diminuindo dp. 60

Funções: Regulação do sono; Ritmo circadiano; Maturação sexual e reprodução; Envelhecimento; Estimuladora das funções imunológicas; cancro. Somestesia oro-facial: Territórios de enervação: Trigémio: Face, cavidades nasais, seios frontais e maxilar, parte das meninges cefálicas. Plexo cervical Parte posterior do crâneo e ângulo mandibular VII, IX e X  orelha, entre os territórios do trigémio e plexo cervical VII trompa de eustáquio, ouvido interno, médio e parte do véu e faringe IX 1/3 post da lingua, amígdalas, véu e parte da faringe X laringe Complexo sensitivo do trigémio: • Nervo espinhal – sensação de dor e temp • Nervo principal e nervo mesencefálico - sensação de tacto e propriocepção As aferências A inervação bucal diferencia-se da cutânea por: • • • • • • • • • •

Existência de fibras ultraterminais Pobreza em receptores encapsulados Ausência de discos de merkel Protoneurónios trigeminais: Ganglio de gasser Certas fibras de grd calibre só s dirigem ao nervo principal e a maior parte das de peq calibre (c) dirigem-se para o nervo espinhal Protoneurónios não trigeminais: Do VII – ganglio geniculado Do IX – ganglio petroso superior Do X – ganglio jugular Entram na raiz descendente do trigémio.

Organização funcional do complexo sensitivo do trigémio Subnucleo caudal – sensações térmicas e dolorosas da face Subnucleo oral – sensações térmicas e dolorosas da cav bucal Nucleo principal – sensações tácteis Há 1 regulação: • Internuclear • Segmentar (teoria da cancela) • Suprasegmentar (cortéx cerebral, núcleo da rafe) Vias ascendentes • Lemniscais – do núcleo principal – sensações tácteis • Extrelemniscais – do núcleo caudal – sensações termo-receptivas Polpa dentária Contrariamente à estimulação da pele ou de 1 nervo cutâneo, a estimulação da polpa só transmite mensagens nocioceptivas. 61

A polpa é inervada só por fibras de peq diâmetro Aδ e C. São activados sobretudo os neurónios do subnúcleo oral, mas tb as do núcleo principal. A sensibilidade da polpa dentária A dor é a única sensação provocada pela estimulação da polpa ou da dentína. Os estímulos podem ser: - Exógenos – calor, frio,etc - Endógenos – polpa patológica Inervação É feita por fibras Aδ e C. Há 2 grupos de fibras C essenciais para: sensibilidade da polpa e a motricidade pmuscular As fibras terminam: • No plexo de raschkow • Ao nível dos odontoblastos • Nas superfície da pré-dentina Receptores polpo-dentinários Existem receptores distintos para o calor e para o frio, mas estes são mais sensíveis à variação de temp do k às temp absolutas, e são ambos sensíveis à estimulação mecânica Modo de acção dos estímulos externos Teoria hidrodinâmica de Brannstrom A estrutura intensamente porosa da dentina é mto favorável ao desenvolvimento de forças capilares. Todos os estímulos capazes de deslocar os líquidos intratubulares provocam o aparecimento de dor. A fibra nervosa será mecanicamente deformada pelo fluxo tubular. Mediadores periféicos poderão ser libertados após estimulações internas. A polpa é particularmente sensível às elevações de pressão intrapulpar. Modo d e acção dos estímulos internos Inflamação por intermédio: • De libertação de subs químicas: serotonina, acetilcolina,histamina, KCl, bradiquininca, prostaglandinas • Do aumento de pressão devido à vasodilatação • Receptores paradentários e da ATM Os receptores paredentários têm as seguintes propriedades: • Adaptáveis ou não • Sensibilidade à velocidade de aplicação do estímulo • Limiar mto baixo • Sensibilidade à intensidade da força aplicada • Sensibilidade direccional • Campo periférico Receptores da ATM 62

• • • •

Receptores de ruffini – não adaptáveis. Existem smp respostas qq q sejam os ângulos de abertura, embora o angulo de abertura eficaz varie para cada receptor. Transmitem informações relativas à posição. Receptores de pacinni – adaptáveis. Todos são activados no conjunto e transitoriamente com a mobilização da mandíbula, qq q seja a direcção do movimento e posição inicial. Informam sobre o inicío e final de 1 movimento. Receptores de golgi – pouco adaptáveis. Sãoa clivados pela aplicação de pressões importantes. Têm 1 função protectora. Terminações livres – respodem aos estímulos nocioceptivos (dor).

PERGUNTAS E RESPOSTAS: A abertura da boca é mediada pelo trigémio - V. A acetilcolina é o neurotransmissor libertado ao nível da junção neuromuscularV. A actividade dos baroreceptores é essencial na regulação da pressão sanguínea – V A água desloca-se sempre do meio hipertónico para o meio hipotónico – F A aldosterona favorece a excreção do potássio – V. A área de Broca é responsável pela compreensão da linguagem-F (expressão). A área motora principal situa-se no lobo occipital – F (frontal) A área motora principal situa-se no lobo parietal – F (frontal) A auscultação é a última fase da observação pulmonar V A circulação entero-hepática biliar é regulada pela gastrina - F A circulação entero-hepática faz-se através da reabsorção de sais biliares no duodeno-? A coleocistoquinina regula só a contracção da vesícula biliar – F A condução do potencial de acção é de tipo saltatório numa fibra mielinizada – V A dentina só é enervada por fibras mielinizadas de grande diâmetro – F (fibras amielínicas de peq. calibre) A difusão simples necessita de transportadores – F A diminuição brusca do nível de estrogénios circulantes leva à menstruação – V A diplopia (visão dupla) aparece apenas nas lesões do III par craneano – V A diplopia (visão dupla) é uma das queixas menos frequentes nos doentes com Miastenia Gravis – F A diplopia (visão dupla) pode surgir na sequência duma lesão de um dos 3 nervos oculomotores – F A diplopia (visão dupla) se horizontal, é tipica de lesão do IV par craneano – F A dissociação do O2 da hemoglobina é favorecida por aumento do CO2-V. A dissociação do O2 da hemoglobina é favorecida por aumento do O2-F.

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A dissociação do O2 da hemoglobina é favorecida por diminuição da temperatura-F. A dissociação do O2 da hemoglobina é favorecida por diminuição do pH-V. A dissociação do oxigénio da hemoglobina é dependente do pH - V A dissociação do oxigénio da hemoglobina é independente do pH – F A distribuição do fluxo sanguíneo é regulada principalmente pelos capilares-F (arteríolas). A erecção é estimulada pelo sistema simpático – F (parassimpático) A estabilidade postural é essencialmente regulada pelo cerebelo e o aparelho vestibular – V A estimulação do seio carotídeo provoca estimulação cardíaca vagal - F (IX par) A fase de “plateau” do potencial de acção cardíaco resulta de um aumento prolongado da permeabilidade ao sódio-V. O fecho da válvula mitral corresponde ao primeiro som cardíaco – V A filtração é dependente só da pressão hidrostática capilar – F A filtração glomerular renal é um processo activo – F (passivo) A flora bacteriana pode sintetisar vitaminas-V. A frequência cardíaca aumenta com a estimulação do parassimpático - F A frequência cardíaca diminui pela estimulação do sist. Parassimpático – V A frequência cardíaca é controlada pelo sistema nervoso autónomo – V A frequência dos potenciais numa fibra nervosa sensitiva depende da amplitude do potencial receptor-V. A frequência respiratória fisiológica é superior a 40 por minuto – F (12p/minuto) A frequência respiratória fisiológica no adulto é inferior a 15/min-V (12/min). A frequência respiratória fisiológica é imferior a 15 por minuto – V A função vestibular é regulada pelo cerebelo – V. A gastrina é uma hormona produzida pelo estômago – V A hidrocefalia pode resultar dum bloqueio da circulação do LCR – V A hipoalbuminémia favorece a filtração capilar-V. A inspiração é um fenómeno activo – V A maior parte da reabsorção da água no rim é feita pelos tubos contornados proximais – V A medula supra-renal é estimulada pelo parassimpático - F (simpático) A medula suprarenal pode afectar a ventilação-V (a nível da broncodilatação). A menstruação coincide com uma diminuição de progesterona e estrogénios-V. A Miastenia Gravis afecta pessoas de qualquer idade, sem preferência por sexos – F A Miastenia Gravis é uma doença mais importante de corno anterior da medula –F A Miastenia Gravis origina uma resposta de tipo incremental, a nível electromiográfico – F A Miastenia Gravis resulta da formação de autoanticorpos pelo timo, antireceptores de ACH – V A motilidade da língua é da responsabilidade do XI par-F (XII). A motilidade intestinal é estimulada pela acetilcolina-V. A motilidade proprioceptiva é dependente de fibras tipo C – F (tipo A-alfa) A onda T corresponde à despolarização auricular – F A onda T corresponde à despolarização ventricular – F (polarização vent.) A oxiticina estimula a ejecção de leite-V.

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A oxitocina está relacionada com a ejecção do leite e a contracção uterina ao fim da gravidez – V A oxitocina estimula a secreção de leite-F (ejecção). A P (CO2) afecta a respiração porque estimula o nervo hipoglosso-F. A parathormona aumenta a calcémia-V. A parathormona é uma hormona hipoglicemiante-F. A percentagem de saturação da hemoglobina aumenta com o aumento dos hidrogeniões – V A percussão pulmonar antecede a inspecção, no decurso do exame objectivo F A percussão pulmonar normalmente é de tipo timpânica – F A percussão pulmonar pode detectar áreas de macissez, em doentes com enfizema pulmonar – F A percussão pulmonar pode ser normal, nos doentes com bronquite crónica – V A permeabilidade da membrana ao ião potássio é determinante na génese do potencial de acção – V A permeabilidade da membrana ao ião potássio é determinante no valor do potencial de repouso – V A presença de tremor e bradicinésia sugere lesão do sistema extrapiramidal – V A pressão arterial média aumenta com a estimulação do simpático-V. A produção da hormona de crescimento é inibida pela somatostatina-V. A produção de HCl no estomago é só controlada pela acetilcolina-F. A produção de linfa por dia é aproximada/ de 1-2 litros-V. A produção renal de amónia é estimulada pela alcalose metabólica-F. A progesterona tem papel fundamental na fase proliferativa do ciclo menstrual – F (fase secretória) A prolactina está relacionada com o início e manutenção da lactação – V A quantidade de proteínas no plasma é de 6,3-8,3 g/dl-V. A redução do pH sanguíneo estimula a hormona antidiurética-F(redução do volume sanguíneo é que estimula). A regulação da pressão sanguínea não está exclusivamente dependente do sistema nervoso - V A regulação neural do fluxo sanguíneo é assegurada pelo sist. Parassimpático –V A resistência de um vaso ao sangue é regulada pela renina-V. A rigidez é um aumento do tónus corporal, típico das doenças extrapiramidais – V A secreção da prolactina é inibida pela dopamina-V. A secreção de prolactina é estimulada pela dopamina - F A secreção do cortisol é regulada pela neurohipófise-F. A secretina favorece a contracção da vesícula biliar e o relaxamento do esfíncter de Oddi-F (A colcistoquinina é que favorece) A secretina reduz o pH do suco pancreático – F (aumenta) A sede é desencadeada por estímulo osmótico e volúmico – V A seretonina é um dom neurotransmissor implicado na ingestão de carbohidratos – F A sístole implica q as válvulas aórtica (tricúspide) esteja fechada, para o sangue não refluir para os ventrículos - F A sístole implica q as válvulas aórtica e mitral estejam simultâneamente abertas –F

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A sístole implica uma contracção ventricular, com aumento da pressão intracavitária – V A sístole ocorre entre S2 e S1 – F A somatostatina inibe a libertação da insulina-V. A substância negra está implicada na regulação motora - V A substância negra participa na regulação/controle do movimento voluntário-V. A supra-renal contribui para a regulação da volémia - V A taxa de filtração glomerular em condições fisiológicas normais é à volta de 20 ml/dia – F A testosterona permite a manutenção das características sexuais secundáriasV. A testosterona tem efeito catabolizante – F A TSH acelera o metabolismo do iodo – V As arteríolas são os vasos que controlam a resistência periférica total – F As arteríolas são vasos ricos em fibras musculares – V As derivações de Einthoven são derivações bipolares-V. As estimulação luminosa hiperpolariza os foto-receptores - V As fibras Aα enervam fibras musculares extrafusais – V As fibras Aγ enervam fibras musculares extrafusais – F As fibras Aα enervam fibras musculares intrafusais – F As fibras Aγ enervam fibras musculares intrafusais – V As fibras Aγ inervam os receptores tendinosos de Golgi – F As fibras Ia dos fusos neuromusculares são motoras – V As fibras intrafusais são inervadas pelos motoneurónios Aα-F. As fibras musculares esqueléticas de contracção rápida possuem alta capacidade aeróbica – V As fibras que transmitem a informação dolorosa do tronco cruzam ao nível da medula espinhal – V. As formações anuloespirais são exteriores ao fuso neuromuscular-? As hormonas esteroides tèm um receptor na membrana citoplasmática-F. As hormonas peptídicas ligam-se a proteínas transportadoras no plasma-F. As hormonas tiroideias são essenciais no processo de mielinização – V As lesões do cerebelo dão alterações da marcha e do equilíbrio – V As papilas fungiformes predominam no V lingual – F (circunvaladas) As sinapses mais frequentes são do tipo axodêntrico e axosomático – V As veias constituem um reservatório de sangue – V As vias sensoriais transmitem sempre a informação ao cortex – F Correspondências: Células da granulosa-Estrogénios Células de Leydig-Testosterona Células de Sertoli-AMH Corpo lúteo-Progesterona Hipófise-FSH Hipotálamo-GnRH Hipotálamo-Vasopressina (ADH) Rim-Calcitriol Suprarenal-Testosterona Durante o sono REM há activação colinérgica no SNC - V Durante o sono REM há hipertonia muscular e libertação da GH - F

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Em condições fisiológicas, o nódulo sino-auricular determina a auto-ritmicidade do coração – V Em relação ao rim a permeabilidade à água dos tubos colectores é controlada pela adenohipófise-F (neurohipófise). Em relação ao rim a principal função do tubo contornado proximal é de reabsorver água e solutos-V. Em relação ao rim é essencial/ constituído de nefrónios justa-medulares-F (apenas 20-30%). Em relação ao rim tem propriedades endocrinas-V (eritropoitina, renina e Vit.D). Encontra-se à volta de 10 milhões de eritrócitos por microlitro de sangue – F Há fibras do trigémio implicadas na sensação do palato-V. Lesões do hipotálamo podem originar alterações do comportamento –V Maior é o volume de sangue no ventrículo em fim de diástole menor será o volume sistólico – F Menor é a concentração de proteínas no plasma, menor é a filtração capilar – F Menor é a quantidade de proteínas plasmáticas, maior é a pressão oncótica-F. (A pressão oncótica das proteínas dentro dos vasos contraria a passagem do conteúdo plasmático). Na auscultação cardíaca devem-se priveligiar apenas os focos aórtico e mitral -F Na auscultação cardíaca os focos da ponta são o tricúspide e o pulmonar – F Na auscultação cardíaca S1 corresponde ao encerramento da válvula tricúspide e mitral – F Na auscultação cardíaca S2 corresponde ao encerramento da válvula tricúspide e da pulmonar – V Na auscultação pulmonar o doente deve estar deitado e a respirar com a boca fechada – F Na auscultação pulmonar os sons audíveis devem ser analisados com base na sua duração, intensidade e tonalidade – V Na auscultação pulmonar os sons respiratórios são transmitidos apenas pelas cordas vocais – F Na auscultação pulmonar qualquer sequência auscultatória é adequada – F Na Miastenia Gravis a terapêutica ao nosso dispor é exclusivamente sérica - F Na Miastenia Gravis existe frequentemente diplopia, distrofia e fatigabilidade progressiva – V Na Miastenia Gravis os corticoesteróides agravam o quadro clínico – F Na Miastenia Gravis os doentes não melhoram com o repouso – F Na unidade motora lenta participam fibras musculares com alta capacidade anaeróbica-F. Nem todos os movimentos corporais estão sob o controlo exclusivo do sistema piramidal – V No músculo liso, o cálcio liga-se à troponina – F No tracto gastro-intestinal, a produção de amónia é sobretudo originária do cólon – F Numa pneumonia podem detectar-se áreas de macissez, à percussão V O aparelho vestibular envia informação ao cerebelo-V. O ATP é mediador periférico da transmissão dolorosa-F. O aumento da hormona luteinizante provoca a ovulação-V. O centro apneustico estimula a inspiração-V. O centro respiratório é de localização medular – F (bulbo)

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O centro respiratório localiza-se no bulbo – V O centro respiratório localiza-se no lobo frontal – F O cerebelo intervem na regulação do equilíbrio – V O cerebelo não recebe informações do aparelho vestibular – F O cerebelo participa na regulação do equilíbrio-V (arquicerebelo). O cerebelo, à semelhança do cérebro, é constituído por um córtex de localização periférica, e por substância branca, central – V O complexo QRS, NO, ECG é constituído por 3 ondas, a primeira das quais é sempre positiva – F O complexo QRS, NO, ECG pode ter maior amplitude, nos casos de hipertrofia ventricular – V O complexo QRS, NO, ECG traduz a despolarização de ambas as aurículas – F O complexo QRS, NO, ECG traduz o fenómeno de repolarização ventricular – F O corpo caloso é a maior comissura inter-hemisférica (hemisférios cerebrais) – V O corpo caloso é constituído apenas por fibras não-mielínicas – F O corpo caloso é constituído apenas pelos corpos dos neurónios – F O corpo caloso é um conjunto de fibras de trajecto ascendente (medulocortical) – F O corpo do axónio (neurónio) é responsável pelo trnasporte dos neurotransmissores – F O córtex visual primário encontra-se no lobo parietal-F O débito cardíaco é proporcional ao volume sistólico e à frequência cardíaca – V O débito cardíaco é proporcional ao volume sistólico e à frequência cardíaca – V O estádio 4 do sono de ondas lentas torna-se + frequente com o envelhecimento - F O factor intrínseco é libertado no estômago – V O feixe piramidal é essencial para a percepção auditiva – F (fala e linguagem) O feixe piramidal é essencial para a percepção visual – F (fala e linguagem) O feixe piramidal está envolvido na tranmissão táctil-F. O glosso-faríngeo participa na sensibilidade gustativa – V O hemisfério cerebral esquerdo é o dominante, na maioria das pessoas – V O hipotálamo tem um papel fundamental na regulação do comportamento alimentar – V O lemniscus lateral está envolvido na detecção das cores-F. O lobo anterior da hipófise secreta entre outras a hormona do crescimento, a oxitocina e a prolactina - F (oxitocina é na neurohipófise) O lobo occipital é um términus da via visual – V O músculo-esquelético é controlado pelo sistema nervoso somático – V O músculo liso só possui receptores adrenérgicos – F O nervo glosso-faringeo participa na sensibilidade gustativa - V O nervo hipoglosso é necessário para a abertura da boca - F O nervo óptico não contém axónios para o hipotálamo-V. O neurotransmissor encontrado na junção neuromuscular é a acetilcolina – V O nódulo sino-auricular ñ determina a auto-ritmicidade do coração - F O núcleo caudado está implicado na regulação motora – V

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O núcleo do tractus solitário é regulador cardio-vascular-V. O núcleo paraventricular hipotalâmico regula a secreção da GH - F O núcleo supraquiasmático intervem na regulação dos ritmos circadianos - V O parassimpático tem um papel fundamental na regulação do diâmetro dos vasos – V O perfil dum registo electrocardiográfico é dependente da calcémia - F O período refractário absoluto tem uma duração menor na célula cardíaca que na célula nervosa - F O potencial de acção cardíaco não obedece à lei do tudo ou nada – F O potencial de repouso numa célula “pace-maker” não é constante – F O potencial receptor tem período refractário –? O principal estimulador da secreção de insulina é a glicose – V O principal estímulo de libertação da insulina é uma diminuição da glicémia-F (aumento). O principal neurotransmissor pós-ganglionar simpático é a acetilcolina – F (noradrenalina) O retorno venoso é favorecido pela contracção muscular-V. O retorno venoso está favorecido durante a fase expiratória-F. O rim é um orgão alvo para a hormona anti-diuretica – V O rim ñ tem uma função endócrina - F O rim tem diversas funções endócrinas – V O rim tem um papel fundamental na regulação do pH do sangue – V O ritmo alfa no electroencefalograma é predominante com os olhos abertos - F O sabor amargo envolve 1 mediação por hidrogeniões – F O sabor amargo envolve uma mediação pelo ciclo do fosfatidil inositol – V O sabor doce envolve uma mediação pelo AMPcíclico-V. O seio carotídeo responde às variações da pressão parcial de CO2-V. O sistema pirimidal (ou feixe cortico-espinhal) é um feixe exclusivamente directo – F O sistema pirimidal (ou feixe cortico-espinhal) nunca interage com o sistema extrapiramidal, a quando da realização dos movimentos corporais – F O sistema pirimidal (ou feixe cortico-espinhal) tem origem nas células de beta (V camada do córtex cerebral) – V O sistema pirimidal (ou feixe cortico-espinhal) tem origem no córtex occipital – F O sono é induzido pelos neurónios do córtex cerebral – F O sono é um fenómeno cíclico, resultante da adaptação ecológica das espécies –V O sono é um ritmo de tipo circadiano, diminuindo o nº de horas de sono de forma directamente proporcional à idade, apenas no idoso –F O sono é um ritmo endógeno, totalmente independente do meio exterior – F O sono REM é a fase activa do sono, associada a uma descincronização do ECG – V O sono REM é a fase do sono em que predomina a actividade parassimpática –F O sono REM é a fase passiva do sono, associada a uma lentificação do ECG -F O sono REM é um fenómeno universal, no reino animal – F O tálamo ñ pertence ao encéfalo – F O tecido adiposo é implicado na regulação do peso corporal

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O trigémio não participa na sensibilidade dolorosa da língua – V O tronco cerebral contém os músculos de quase todos os pares craneanos – V O valor do potencial varia com o tipo de células considerado – V O valor fisiológico dos eritrócitos é aproximadamente de 5.106/µl de sangue-V. O VIII par craneano a sua lesão ñ é responsável pelo surgimento de síndromes vertiginosos - F O VIII par craneano é responsável exclusivamente pelo equilíbrio e postura corporal - F O VIII par craneano o seu núcleo tem origem na tronco cerebral – V O VIII par craneano tem fibras motoras, sensitivas e secretórias – F O volume da saliva aumenta com a estimulação simpática – F (parassimpático) O volume urinário não depende da anidrase carbónica - F Os baroreceptores enviam informação ao tronco cerebral através dos pares craneanos V e X-F (IX e X). Os capilares são vasos que contribuem mais na regulação da resistência periférica total-V. Os compartimentos intracelulares e extracelulares são electroneutros – F Os cones e os bastonetes são as células originais do nervo óptico - F (células da retina) Os estrogénios são secretados pelo ovário, pelo córtex suprarenal e pela placenta – V Os exteroreceptores podem ser mecanoreceptores – V Os fervores resultam da presença de líquido nos alvéolos V Os fusos neuromusculares são receptores sensoriais – F Os gânglios basais fazem parte do sistema extrapiramidal –V Os linfocitos B secretam as imunoglobulinas-V. Os motoneurónios Aα são controlados pelo feixe corticoespinhal-V. Os músculos distam estão implicados na manutenção da postura-F. Os neurónios gama localizam-se no corno posterior da medula - F (é no anterior) Os neurónios mielinizados transmitem os seus impulsos a uma velocidade superior à dos não mielinizados – V Os núcleos da base são essenciais na planificação do movimento – V Os pulmões têm um papel fibrinolítico importante-V. Os quimioreceptores centrais são essencial/ sensíveis ao valor de PO2 – F (os periféricos). Os receptores das hormonas peptídicas encontram-se na membrana plasmática – V Os receptores de Pacini da ATM não são adaptativos – F Os receptores gustativos são neurónios – F Os receptores olfactivos não são neurónios – F Os receptores olfactivos são neurónios – V Os receptores para as hormonas tiroideias são intracelulares-V. Os receptores para o palato localizam-se em neurónios-F (para o olfacto é que são). Os receptores tendinosos de Golgi são estimulados pela contração do musculo-V. Os roncos e os sicibilos traduzem a passagem de ar pelos alvéolos –F Os sais biliares são essenciais pela digestão das gorduras-V.

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Quanto menor é a pressão arterial, maior é a pressão eficaz de filtração glomerular – F Relativamente ao sono a polissonografia apenas estauda a fase REM do sono –F Relativamente ao sono durante os diferentes estados ou fases do sono, existe um predomínio constante da actividade de S.N.Simpático – F Relativamente ao sono o sono caracteriza-se pela interrupção das funções motoras e sensitivas q mantêm o cérebro em contacto com o meio exterior, embora o córtex cerebral continue a receber informações – V Relativamente ao sono o sono é constituído por 2 estadios, q surgem logo a seguir à fase de sonolência inicial – F Se a pressão arterial media do sangue diminui a actividade das fibras eferentes parassimpáticas aumenta-F. Se a pressão arterial media do sangue diminui a actividade das fibras eferentes simpáticas aumenta-V. Se a pressão arterial media do sangue diminui a estimulação dos baroreceptores do seio carotídeo diminui-F. Se a pressão arterial media do sangue diminui a frequência cardíaca aumentaV. Um aumento da secreção da hormona ADH é provocada por desidratação - V Um aumento da secreção da hormona ADH é provocado por estimulação do núcleo caudado – F Um aumento da secreção da hormona ADH é provocado por hemorragia -V Um aumento da secreção da hormona ADH é provocado por redução da osmolaridade plasmática – F Um aumento da secreção da hormona anti-diurética é provocado por: desidratação, hemorragia e elevação da osmolaridade plasmática. O álcool não afecta. Um potencial de acção numa célula pré-sináptica origina sempre um potencial de acção na célula pós-sináptica – F Uma lesão do sistema piramidal origina uma paralesia sempre homolateral – F Uma parte do oxigénio e o dióxido de carbono são transportados pelos eritrócitos – V Uma substância orexigena estimula o apetite – V Uma unidade motora é constituída apenas por motoneurónios – F Uma unidade motora é constituída apenas por um conjunto de fibras musculares – F Uma unidade motora é constituída por vários componentes, cuja integridade pode ser avaliada pelo SNC – V Uma unidade motora está globalmente lesada nas doenças musculares (miopatias) – F V1 a V6 correspondem a derivações pré-cordiais – V V1 a V6 são derivações bipolares – F V1 a V6 são derivações do plano frontal – V

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