Immanuel Kant
Biografia Immanuel Kant, nasceu em 22 de abril de 1724, foi o quarto dos nove filhos de Johann Georg Kant, comerciante de descendência escocesa, um artesão que trabalhava couro, fabricando selas e correias (componente das carroças). Sua mãe Regina, de origem alemã, embora não tivesse estudo, foi mulher admirada pelo seu caráter e pela sua inteligência natural. Ambos seus pais eram do ramo pietista da Igreja Luterana, uma subdenominação que requeria dos fieis vida simples e integral obediência à lei moral. Era de uma família modesta, muito religiosa, Recebeu uma educação austera numa escola pietista, que frequentou graças à intervenção de um pastor. Levantava-se às 5 horas da manhã, fosse inverno ou verão, deitava-se todas as noites às dez horas e seguia o mesmo itinerário para ir de sua casa à Universidade. Duas circunstâncias fizeram-no perder a hora: a publicação do Contrato Social de Rosseau, em 1762, e a notícia da vitória francesa em Valmy, em 1792. Segundo Fichte, Kant foi "a razão pura encarnada". Immanuel Kant é considerado o grande filósofo do Iluminismo e fundador da filosofia crítica, nasceu, estudou, lecionou e morreu em Koenigsberg, atual Kaliningrado, na altura pertencente a Prússia Oriental (Alemanha), cidade universitária e também centro comercial muito ativo para onde afluíam homens de nacionalidade diversa, não saiu de sua cidade natal, não casou nem teve filhos. e faleceu em Königsberg, após prolongada doença que apresentava sintomas semelhantes à doença de Alzheimer em 12 de fevereiro 1804, perto de completar seus 80 anos.
Impressões que podemos ter das obras e as características em discussão Apesar de ter adaptado a idéia de uma filosofia crítica, cujo objetivo primário era "criticar" as limitações das nossas capacidades intelectuais, Kant constrói sistemas, levando a cabo a idéia de crítica nos seus estudos da metafísica, ética e estética.
Influências/motivos que levaram o filósofo a escrever sua obra Kant sofreu duas influências contraditórias: a influência do pietismo, (que põe em relevo o poder do pecado e a necessidade de regeneração), e a influência do racionalismo. Kant estabelece criticas a Hume principalmente por sua forma de posicionar-se ao conhecimento. Para Kant, não era possível que o conhecimento se originasse na experiência. Kant não descartava a importância do empírico para a formação do conhecimento, apenas não sustentava que o conhecimento tivesse sua origem apenas daí. Kant desenvolveu aprofundados trabalhos procurando a estrutura em que se processa o conhecimento. Está claro em Kant uma necessidade de remeter o ser humano para uma explicação dogmática, onde existe um mundo posto e inalterável. Conseqüentemente é necessária a recorrência a uma divindade para que se possa justificar este posicionamento. Hume, enquanto ateu, não podia recorrer a este tipo de explicação. Então procurou manter a discussão no nível empírico, escapando assim de explicações que estivessem fora do ser humano e de uma realidade pré existente.
Nome e temática das obras 1763 - Ensaio sobre o mal radical; A primeira obra importante de Kant, assim como uma das últimas, consagra o problema do mal: o Ensaio para introduzir em filosofia a noção de grandeza negativa opõe-se ao otimismo de Leibnitz, herdeiro do otimismo dos escoláticos, assim como do da Aufklärung. O mal não é a simples "privatio bone", mas o objeto muito positivo de uma liberdade malfazeja. 1770 - Dissertação sobre a forma e os princípios do mundo sensível e inteligível; esta vale como a nomeação ao cargo de professor titular, nela, Kant distingue o conhecimento sensível ( que abrange as instituições sensíveis) e o conhecimento inteligível (que trata das idéias metafísicas). 1781 - Kant publica "Crítica da Razão Pura". (um estudo sobre os limites do conhecimento). A reacção é pouco encorajadora. Moses Mendelssohn e Johann Georg Hamann pronunciam-se com indecisão. Kant tenta responder as questões: “Que podemos conhecer?”; “Que podemos fazer?”; “Que podemos esperar?”; e remete a razão centro do
mundo como Copérnico remetia o Sol ao centro do sistema planetário. Kant põe em movimento a revolução copernicana no domínio prático. Realiza esta revolução metodológica e mostra como o entendimento, legislando sobre a sensibilidade e a imaginação, torna possível uma física a priori.
1783 – Prolegômenos para toda a metafísica futura que se apresente como ciência; estão para a Crítica da Razão assim como a Investigação sobre o entendimento de Hume está para o tratado da Natureza Humana: uma simplificação brilhante para o uso de um público mais amplo.
1788 - Publica"Crítica da Razão Prática". Nesta obra-prima da filosofia moral moderna, Kant estabelece, com vistas ao conceito de autonomia, os princípios da ação humana e critica as tentativas de fundamentação heterônoma da moral. Comprova a existência da liberdade mediante o que chama defactum da razão, convertendo-a, a partir dele, em parâmetro crítico de todo o uso prático e mesmo teórico da razão.
1790 – Crítica do Juízo; trata das noções de beleza (e de arte) e de finalidade, buscando desse modo, uma passagem que uma o mundo da natureza, submetido à necessidade, ao mundo moral onde reina a liberdade.
1793 - A Religião dentro dos limites da mera razão; trata do problema das relações entre religião natural e a religião revelada.
1789 - Doutrina do Direito; Kant considera a possibilidade de que um indivíduo possa agir contrariamente à própria razão, de forma a causar lesão a outro a fim de trazer benefícios para si, Kant reconhece a necessidade do estabelecimento de uma doutrina do direito que incida externamente sobre os indivíduos, de forma a conformar as ações destes a um imperativo categórico. É, portanto, justa, conforme o direito, toda ação que possa coexistir com a liberdade de todos de acordo com uma lei universal.
Referências Bibliográficas - www.wikipedia.org -www.pensador.info/autor/Immanuel_kant/ -www.colegiosaofrancisco.com.br