Famílias Lagunenes Novo Hamburgo, 26 de Abril de 2009
Prezados amigos, A realização deste trabalho, deve-se integralmente à gentileza do Sr. Professor e Desembargador Dr. Norberto Ulyssea Ungaretti, pela disponibilização de um cópia da obra inédita de Moacyr Domingues, de suma importância à Genealogia de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. O amigo Norberto, possuidor dos originais da inédita obra, sempre manifestou interesse em publicar o material, objetivando oferecer acesso a todos os pesquisadores de genealogia e história. Abaixo transcrevo a história que deu origem ao trabalho que ora disponibilizamos, conforme e-mail enviado em 28.06.2006 – 18:48 hs:
“Não sei se vc sabe - presumo que sim, pois contei isto a todos aqui da lista, mais de uma vez - as circunstâncias em que sou possuidor dos originais de "Famílias Lagunenses". Foi o próprio Moacyr Domingues quem os ofereceu ao historiador catarinense e meu grande amigo Oswaldo Cabral. Fez acompanhar a oferta de uma carta em que expressava sua admiração por aquele historiador, com quem lamentava haver mantido apenas um ligeiro contacto pessoal, se não me engano num encontro de aeroporto. E como o dr. Oswaldo Cabral era lagunense e o mais eminente historiador catarinense da sua época, ele, Moacyr Domingues, achava que seu trabalho estaria em ótimas mãos, autorizando o dr. Cabral a publicá-lo, se o desejasse e houvesse interesse. Na ocasião desta oferta, que deve ter sido aí por 1975, o dr. Cabral me emprestou o trabalho, que devolvi depois de copiar alguns poucos dados, referentes a ascendentes meus. Em 1978 o dr. Oswaldo Cabral faleceu. Foi herdeira de seus arquivos e sua biblioteca, sua sobrinha, a profa. Sara Regina Poyares dos Reis, que transferiu residência para São Paulo. Há uns três anos voltou para Florianópolis. É minha amiga também,e por isso manifestei-lhe interesse em reler aquele trabalho. Quando ela o localizou, em meio ao vasto material deixado por seu ilustre tio, fez a gentileza de oferecer-me, ao invés de emprestar-me, assim procedendo certamente em consideração à minha grande amizade com o dr. Oswaldo Cabral. Abraço, Norberto Ungaretti”. Dedico especial agradecimento ao estimado primo e amigo Luiz César Nunes, pela intermediação, reprodução e remessa da cópia da obra que serviu como base para a realização deste trabalho. Em homenagem à Moacyr Domingues, incluí neste trabalho sua bibliografia. Adicionamos também um índice onomástico, constando apenas os nomes dos principais troncos de cada família.
Mauro Esteves
Famílias Lagunenes Moacyr Domingues Duas Palavras ao Leitor Meu interesse por Laguna e por tudo quanto diga respeito à sua História, sobretudo até meados do século XVIII, decorre do fato de ter aquela humilde póvoa do litoral catarinense exercido, mercê de sua posição geográfica, papel decisivo no povoamento inicial do atual Rio Grande do Sul; devido a impraticabilidade da barra que dá acesso à Lagoa dos Patos, perigosíssima à época da navegação à vela, serviu Laguna de trampolim para as expedições que devassaram o território riograndense em busca de índios e de imaginárias minas de prata, que na realidade jamais existiram. Este assunto me seduz a tal ponto, que empreendi uma dispendiosa viagem a Portugal com o objetivo exclusivo de fazer pesquisas a respeito nos opulentos arquivos portugueses e o resultado colhido superou, felizmente, minhas mais otimistas expectativas; pronto para o prelo tenho um alentado estudo, calcado em documentação inédita ou pouco estudada que, acredito, dissipará muitas controvérsias e imprecisões hoje existentes. Posso afirmar que a primeira tentativa do Capitão Domingos de Brito Peixoto para se estabelecer em caráter definitivo em Laguna, onde já exercia atividades pesqueiras, foi levada a efeito pelo mês de fevereiro de 1680, fracassando devido ao naufrágio de sua embarcação na foz do Rio Araranguá, e não no litoral baiano, como repetidamente se tem afirmado, e isso precisamente quando Dom Manuel Lobo acabava de fundar, defronte a Buenos Aires, a malfadada Colônia do Sacramento. E não é só, concomitantemente, o Capitão Francisco Dias Velho se estabelecia em Destêrro (hoje Florianópolis) com seu clã e Manuel Jordão da Silva, Sargento-Mór das Ordenanças do Rio de Janeiro, tentava fundar uma povoação na barra do Rio Grande, naufragando também e o fazia sob o patrocínio do General Salvador Corrêia de Sá, que pouco tempo antes obtivera, para seus herdeiros, a Donataria daquelas terras. A expedição de Jordão da Silva, da qual Domingos de Brito Peixoto participava, é muito pouco conhecida e no trabalho citado eu a estudo exaustivamente; acredito também ter decifrado o mistério que até agora envolvia a expedição chefiada, na mesma oportunidade, pelo Tenente-de-Mestre-de-CampoGeneral Jorge Soares de Macedo, cujos passos acompanho desde sua partida de Portugal até sua morte, que deve ter ocorrido em Óbidos pelo ano de 1713, ficaram explicadas cabalmente, assim creio, as razões que motivaram seu enigmático comportamento no episódio da fundação da Colônia do Sacramento, que tanto tem intrigado nossos historiadores. Não me estendo mais nesse assunto, que abordei por duas razões: despertar, quem sabe, o interesse de alguma instituição cultural para a divulgação desse estudo, destinado ao campo restrito dos estudiosos e por isso mesmo sem perspectivas comerciais; e explicar ao leitor a origem de meu apreço por Laguna, que vem de longe. Foi, pois, com especial satisfação que, no desempenho de uma função pública em Criciúma, de 1966 a 1968, pude travar contato com essa formosa e acolhedora cidade, que está sendo agora "descoberta" pelos gaúchos, graças à melhoria das comunicações e aos encantos turísticos que encerra. Ficou ela à margem do progresso material que empolgou algumas comunas próximas, muito mais modernas; nenhuma a suplanta, porém, na riqueza dos fundamentos culturais, ciosamente guardados e milagrosamente preservados a influências externas, que lhe marcam a feição tipicamente brasileira. Sente-se, desde o primeiro contato, a presença palpável, até nas camadas mais humildes e menos instruídas de sua população, de um sólido substrato de cultura, bom gosto e refinamento, e da índole pacata e amorável, tão característica de nosso povo.
Ali conheci uma pessoa realmente extraordinária, Dona Joana Daux Mussi, que, embora não nascida em Laguna, encarnava perfeitamente todas as virtudes de sua gente, ela fez da gentileza, do amor ao próximo, e da caridade para com os humildes, os desvalidos, os desprezados e os velhos, a própria razão de ser de sua existência ativa e fecunda. À sua memória dedico, com a maior reverência e saudade, este trabalho, no qual se encontrarão as raízes daqueles a quem ela tanto protegeu. Este trabalho foi feito mediante a organização sistemática, por famílias, dos assentos paroquiais de Laguna, hoje recolhidos à Cúria Metropolitana do Bispado de Tubarão, a saber: a) 1595 assentos de casamento, contidos em 3 Livros, abrangendo os períodos de 14/9/1783 a 4/4/1804, de 4/4/1804 a 21/9/1822 e de 21/9/1822 a 16/6/1832; b) 2169 assentos de batismo, também em 3 Livros: de 5/2/1804 a 26/12/1808 e de 26/3/1809 a 15/3/1815 (que inicialmente estavam contidos num único Livro, com folhas numeradas de 1 a 387) e de 25/5/1815 a 20/9/1818; c) 1490 assentos de óbito, num único Livro, relativos ao período de 27/3/1820 e 18/4/1832. Esses, segundo fui informado, são os Livros paroquiais mais antigos recolhidos à Cúria de Tubarão; apesar de minhas diligências, não consegui localizar os que os antecederam, cujo valor histórico seria, sem dúvida, muito maior. 0 que se oferece ao leitor, pois, é uma imagem da população da Freguesia de Laguna, tão precisa quanto possível, no alvorecer do século XIX; apesar de todo o meu cuidado, devo acentuar que são quase inevitáveis os enganos em trabalhos desta natureza, em que tantas datas são citadas; aqueles que porventura se interessarem em prosseguir o estudo das respectivas famílias até os dias atuais, aconselho que não deixem de conferir os dados que aqui divulgo, para cujo fim são dadas todas as referências necessárias. Na região Sul de Santa Catarina existiam, na época, apenas duas Freguesias: a de Vila Nova, que deveria estender-se desde essa vila até os limites com a Freguesia da Enseada de Brito, isto é, até o atual Morro dos Cavalos, e a Freguesia de Laguna, que se estendia para o Sul, até o Rio Mampituba, atual divisa com o Estado do Rio Grande do Sul. 0 fato, pois, de dizer-se que alguém nasceu e foi batizado "em Laguna", naquela época, não significa, necessariamente, que o tenha sido na própria Vila: da leitura atenta dos assentos ficou-me a certeza de que o Vigário percorria periodicamente sua Paróquia, ministrando os sacramentos. Percebe-se que duas localidades já despontavam: Tubarão e Araranguá, citadas com frequência nos assentos consultados; uma única referência encontrei a Urussanga, que deve ser a hoje chamada Urussanga Velha. Outros lugares citados várias vezes são: Pescaria Brava, Caputera, Perrexil, Barra, São Tiago, Areias, Ponta do Daniel, Saco do Lessa, Saco das Flores, Congonhas, Rio de Aratingaúva, Saco de Tacoroçutuba, Rincão, Morro Grande, Morrinhos de Tubarão, Costa do Siqueiro, Ponta Grossa, Laranjeiras, Cabeçuda e Imaruí, onde já existia a Capela de São João Batista. O escasso conhecimento que tenho dos fatos lagunenses relativos ao século XIX impediu-me de juntar dados biográficos às personagens citadas, o que, decerto, tornaria este trabalho menos monótono; tarefa que incumbe aos cronistas locais. Chamo a atenção do leitor para alguns pontos cujo interesse histórico é maior, como sejam: a identificação das raízes paulistas da heroína Anita Garibaldi (v. título Salvador Antunes, N-16) e os estudos sobre as famílias Gonçalves Ribeiro, Prates e Rodrigues de Jesus, a cujo respeito trago alguns dados inéditos. Finalmente, fique claro que o título "Dona" não era de uso indiscriminado, como atualmente: só usavam-no as mulheres que a ele tinham direito, seja por sua ascendência seja por casamento; respeitei cuidadosamente esse critério, que de um relance permite identificar as famílias de maior projeção social da localidade. Lamento que não me tenha sido possível examinar, por falta de oportunidade, os autos de inúmeros inventários existentes no "Museu Anita Garibaldi", de Laguna e numerosos outros existentes no Arquivo Público do Rio Grande do Sul (estes, notadamente, do período de 1800 a 1820), que encerram, sem dúvida, preciosos dados sobre as famílias estudadas; forneço porém, sempre que possível, os dados de catálogo.
PERFIL BIOGRÁFICO DE MOACYR DOMINGUES Astrogildo Fernandes Nasceu em Itapeva, SP, a 30 de março de 1924, filho de Israel Dias Domingues e Antônia Barcelos Domingues. Faleceu no Rio de Janeiro a 11 de novembro de 1996. Estudou no Grupo Escolar de Panambi (RS), no Ginásio Municipal Cristo Redentor (Cruz Alta, RS), na Escola Preparatória de Cadetes (Porto Alegre), na Escola Militar do Realengo (RJ), na Escola de Aeronáutica dos Afonsos. Foi declarado Aspirante e Oficial Aviador a 21 de agosto de 1944. Fez os cursos de Oficial Aviador; de "Operation Training Unit", na Base Aérea de Recife, com instrutores norte-americanos; de Tática Aérea, na Base Aérea de Cumbica (SP). Exerceu as seguintes funções militares: serviu no 1º Grupo de Caça da Base Aérea de Recife (19441946); Escola de Aeronáutica dos Afonsos (1946); Destacamento da Base Aérea de Curitiba (19461950); Base Aérea de Porto Alegre - Gravataí; Estado Maior da Aeronáutica, em cuja Inspetoria Geral foi transferido, a pedido, para a Reserva Remunerada, no posto de Tenente-Coronel Aviador. Fez o Correio Aéreo Nacional nas linhas Recife - Rio de Janeiro, Curitiba - Campo Grande e interior do Rio Grande do Sul. Foi condecorado com a "Cruz de Aviação" com três estrelas; e com a "Medalha de Campanha do Atlântico Sul" por serviços prestados no Nordeste brasileiro durante a II Guerra Mundial. Ocupou os seguintes cargos: Chefe do Departamento Administrativo da Comissão do Plano do Carvão Nacional (Rio de Janeiro, 1964); Chefe da Administração Regional de Santa Catarina da Comissão do Plano do Carvão Nacional (1966-1968); Chefe do Pessoal da Companhia Nacional Mineração do Carvão do Barro Branco, em Lauro Müller (SC), até agosto de 1969; Diretor do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul; respondeu pela direção do Museu Júlio de Castilhos, em Porto Alegre; Conselheiro do Conselho Estadual de Cultura, empossado a 6 de junho de 1973; atuou em cargo administrativo na Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo; em Goiás Velho, durante dois anos, organizou o Arquivo Histórico do Museu das Bandeiras, indicado pelo do sphan. De setembro de 1969 a janeiro de 1970, esteve em Portugal e Espanha fazendo pesquisas históricas. Foi especialista em temas históricos relativos aos seguintes assuntos: povoamento do Rio Grande do Sul, região missioneira após a conquista de 1801 e povoamento do Planalto Médio do RS. Livros publicados: A Colônia do Sacramento ao Sul do Brasil (1973, prefácio de Guilhermino Cesar); A nova face dos Mucker (1977, esgotado); Portugueses no Uruguai São Carlos de Maldonado 1764 (Edições est, Porto Alegre, 1994, apresentação de Luís Manoel Dias da Silveira, Cônsul de Portugal em Porto Alegre). Trabalhos históricos publicados: - "Conquista e povoamento do Rio Grande do Sul": III Encontro dos Municípios Originários de Santo Antônio da Patrulha, realizado em Tramandaí, de 13 a 15 de maio de 1992. - Durante mais de um ano publicou, semanalmente, no Diário Serrano, de Cruz Alta, artigos sobre: "Antigas famílias cruz-altenses", "Capítulos da história cruz-altense", "A Revolução Farroupilha em Cruz Alta". - "O caminho das Missões", em Raízes de Lagoa Vermelha, Porto Alegre, Edições EST, 1993, p. 4858. - "O Rio Grande do Sul antes dos açorianos" e "Antigas famílias patrulhenses presença açoriana", em Presença açoriana em Santo Antônio do Patrulha e no Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Edições EST, 1993 (1ª ed.), respectivamente p. 26-32 e 89-216. - "O tropeiro Cristóvão Pereira” e "Os primeiros tropeiros", em Bom Jesus e o tropeirismo no Brasil Meridional, Porto Alegre, Edições EST, 1995, respectivamente p. 31-36 e 100-107.
Instituições culturais a que pertenceu: Instituto Histórico de São Leopoldo - presença nos seus simpósios sobre a história da imigração alemã. Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul - proposto pelo historiador Arthur Ferreira Filho, sócio efetivo, 20 de julho de 1973. 15-10-1973, Parecer da Comissão de Sindicância formada por Armando Dias de Azevedo, Monsenhor João Maria Balem e Guilhermino Cesar (relator, com parecer favorável). 5-12-1974, admitido como sócio efetivo. Tomou posse a 25-9-1975, quando foi saudado por Arthur Ferreira Filho; na ocasião, Moacyr Domingues falou sobre "A nova face dos Mucker". Foi Secretário (1986-1988) e Bibliotecário (1980-1982, 1983-1990). Em 5-8-1992, aniversário de fundação do Instituto, proferiu a conferência "O Rio Grande do Sul antes de Silva Paes"; na mesma data foi dado o nome de Thomaz Carlos Duarte à biblioteca do Instituto. No Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul: Nomeado em março de 1972. O acervo estava então na 122 Delegacia de Ensino (desde setembro de 1971). Enfrentou um desafio: fazer o Arquivo "funcionar". No ofício 2/72, de 10-4-1972, à Diretora do Departamento de Assuntos Culturais da Secretaria de Educação e Cultura, Antonieta Barone, assim se expressou: "[...] cerca de 3/4 partes do acervo documental - uns 450 mil documentos - permanecem praticamente inacessíveis à consulta. Escusado reiterar que essa situação constrangedora - alvo de justas e acerbas críticas dos meios culturais - não pode perdurar; se um dos objetivos do Arquivo Histórico é a difusão da cultura histórica, obviamente é indispensável que seu riquíssimo acervo seja posto ao alcance das entidades e pessoas interessadas; do contrário – como presentemente -, ele não deixa de ser pouco mais que um depósito de documentos". Em 17 de novembro de 1972, o Arquivo é aberto ao público. M. Domingues organizou-o internamente e o projetou externamente. Conseguiu mais documentos de origem administrativa então existentes no Arquivo Público, mapas do Museu Júlio de Castilhos e do Departamento de Levantamento Geográfico do então III Exército, além de aumentar o quadro de técnicos concursados e contratados. Em 1974 entrou em funcionamento um laboratório para restauração de documentos. Os jornais foram destinados ao Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa. Promoveu palestras e exposições de documentos sobre municípios do Estado. Intensificou contatos com os departamentos universitários de História, sobretudo da UFRGS, com a finalidade de interessar estudantes para a pesquisa histórica. Anais do Arquivo Histórico O Decreto 24820, de 16 de agosto de 1976 criou a obrigatoriedade de publicação regular de Anais do Arquivo Histórico do RS. O primeiro volume foi lançado em 16 de outubro de 1977 na cidade de Bagé. "É um livro que se lê com lágrimas nos olhos" afirma Guilhermino Cesar, citado por Mário Gardelin em artigo no jornal Pioneiro, de Caxias do Sul (3-121977). O mesmo Mário Gardelin, então vereador, propôs voto de louvor pela edição, o que teve aprovação unânime da Câmara de Vereadores de Caxias do Sul. Frei Rovílio Costa tem razão ao afirmar que Moacyr Domingues sempre foi genealogista. Tal peculiaridade do seu afã intelectual o próprio Moacyr revelou no intróito de "Antigas famílias patrulhenses" (p. 89 da obra fonte abaixo citada), que vale a pena aqui repetir: "Durante mais de 20 anos, o autor deste trabalho examinou e copiou quase todos os livros de assentos e batizados, casamentos e óbitos das freguesias rio-grandenses do século XVIII e começos do século passado [...]. Os elementos coligidos foram transportados para aproximadamente 40 mil fichas genealógicas, uma para cada casal, com a relação dos filhos, data e local do nascimento, casamento e morte, e descrição dos imóveis deixados. O fichário foi articulado de forma a permitir o desdobramento de cada família em suas sucessivas gerações. "Pretendeu-se, com este laborioso levantamento, identificar matrizes étnicas do povo riograndense, e sistematizar dados que interessam à genealogia, demografia e mesmo a toponimia histórica; pareceu a melhor forma de preservar informações e facilitar o acesso a elas de pesquisadores presentes e futuros. [...] "Esse acervo pertence hoje ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. [...].
"Esperamos [...] que alguém mais jovem se disponha a continuar este trabalho". Aí está o pedido - e o desafio - de nosso saudoso Moacyr. Será merecida homenagem, além de valiosíssimo serviço à história. "A história que considero efetivamente mestra da vida é aquela que tem a pessoa como mestra de si mesma. Obrigado, historiador-mestre Moacyr!" (Rovílio Costa). Fonte: Barroso, Vera Lúcia Maciel (Organizadora). Presença Açoriana em Santo Antônio da Patrulha e no Rio Grande do Sul. Edições EST, Porto Alegre 1997, p. 217-219.
Índice onomástico (O número da direita refere-se à página)
001 002 003 004 005 006 007 008 009 010 011 012 013 014 015 016 017 018 019 020 021 022 023 024 025 026 027 028 029 030 031 032 033 034 035 036 037 038 039 040 041 042 043 044 045 046 047 048 049 050 051 052 053 054 055 056 057
Agostinho Francisco da Silva - 205 Agostinho Rodrigues da Silva - 195 Alberto Luís - 124 Alexandre da Costa - 49 Alexandre José da Silva - 206 Amaro da Silveira Bittencourt - 221 Amaro Duarte - 66 Ambrósio José da Rosa - 197 Anastácio Antônio do Amaral - 10 André de Araújo Borges - 15 André de Morais - 143 André Inácio de Sousa - 230 André Luís da Silva - 207 Anselmo Gonçalves Ribeiro - 116, 117, 118, 119 Antão de Sousa - 230 Antônio Álvares Pinheiro - 8 Antônio Alves de Oliveira - 6 Antônio Cardoso - 28 Antônio Correia da Silva - 48 Antônio da Costa - 49 Antônio da Costa - 50 Antônio da Rosa - 198, 199 Antônio da Rosa Garcia - 200 Antônio da Silva - 208 Antônio da Silva Rabelo - 217, 218 Antônio de Amorim Pereira - 10 Antônio de Brito - 22 Antônio de Brum - 24 Antônio de Espíndola - 68, 69, 70 Antônio de Moura - 146 Antônio de Quadros Pereira - 170 Antônio de Sousa de Siqueira - 240 Antônio de Sousa Machado - 238, 239 Antônio de Sousa Nunes - 239, 240 Antônio de Torres - 250 Antônio Dutra de Macedo - 67 Antônio Fernandes - 73 Antônio Francisco das Candeias - 25 Antônio Francisco Teixeira - 242 Antônio Garcia da Rosa - 100 Antônio Gonçalves da Rosa - 120, 121 Antônio Homem - 123 Antônio Inácio - 124 Antônio Joaquim dos Santos - 202 Antônio José da Luz - 126 Antônio José da Luz - 125, 126 Antônio José de Aguiar - 1, 2 Antônio José de Sá - 201 Antônio José de Santa Ana - 201 Antônio José de Sousa - 231 Antônio José Fernandes - 73 Antônio José Garrido - 101, 102 Antônio José Teixeira do Prado - 247 Antônio Manuel Cardoso - 28 Antônio Marques Torres - 135 Antônio Martins de Lima - 136 Antônio Pais de Faria - 156
058 059 060 061 062 063 064 065 066 067 068 069 070 071 072 073 074 075 076 077 078 079 080 081 082 083 084 085 086 087 088 089 090 091 092 093 094 095 096 097 098 099 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118
Antônio Quaresma Gomes - 170, 171, 172 Antônio Rodrigues de Figueiredo - 182, 183, 184 Antônio Rodrigues de Jesus - 188 Antônio Rodrigues Prates - 168 Antônio Silveira Goulart - 222, 223 Antônio Silveira Pacheco - 225 Antônio Teixeira Machado - 244 Antônio Vieira da Rocha - 256 Bartolomeu Fernandes Souto Maior - 87 Bento de Oliveira - 150, 151 Bento Gonçalves de Souza - 122 Bernardo Antônio de Sousa - 231 Bernardo da Mota - 144, 145, 146 Bernardo José de Oliveira - 152, 153 Bonifácio Álvares - 2 Cipriano Alves Passarinho - 7 Correia João de Melo - 140 Daniel Antônio da Silva - 208 Daniel da Costa - 51 Delgado José Cardoso - 39, 40 Demétrio Antônio Soares da Gama - 227 Deodato Francisco da Silva - 208 Domingos Antônio Rodrigues - 175 Domingos Gonçalves Barreiros - 109 Domingos Nunes da Silveira - 150 Domingos Pereira Nunes - 159 Domingos Rabelo - 172, 173 Duarte José Cardoso - 41 Eleutério Pereira da Silva - 161 Estevão Luís Pereira - 157 Eugênio Nunes de Brito - 148 Eusébio Joaquim de Oliveira - 152, 153 Félix Machado - 126 Filipe Ago de Carpes - 42 Filipe da Maia - 134 Filipe de Espíndola - 70 Filipe Dias Pedroso - 63 Filipe Pais de Godói - 156 Francisco Alves da Cruz - 4, 5 Francisco Antônio Cardoso de Aguiar - 35, 36, 37 Francisco Antônio da Silveira - 219 Francisco Antônio de Oliveira - 153 Francisco Antônio Teixeira - 242, 243 Francisco Cabral - 24 Francisco da Costa - 52 Francisco da Silva - 208 Francisco de Abreu - 1 Francisco de Sousa Brasil - 233 Francisco de Sousa de Aguiar - 232 Francisco de Sousa França - 235, 236 Francisco Dias - 63 Francisco Gonçalves de Melo - 109 Francisco José da Rocha - 175 Francisco José de Bittencourt - 19, 20 Francisco José de Melo - 139 Francisco Luís - 124 Francisco Machado de Abreu - 130 Francisco Marques - 134 Francisco Martins de Espinol - 135, 136 Francisco Rodrigues de Jesus - 188, 189 Francisco Rodrigues Pimentel - 195
119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 131 132 133 134 135 136 137 138 139 140 141 142 143 144 145 146 147 148 149 150 151 152 153 154 155 156 157 158 159 160 161 162 163 164 165 166 167 168 169 170 171 172 173 174 175 176 177 178 179
Francisco Vieira da Rocha - 254, 255, 256 Francisco Xavier Fernandes - 74, 75 Gabriel José de Oliveira - 154 Gabriel Rodrigues - 185, 186, 187 Gaspar José da Silva - 208 Gaspar José Figueira - 90 Hilário José da Silva - 208 Inácio Alves dos Passos - 7, 8 Inácio da Silva Maiato - 213 Inácio Fernandes - 76 Inácio Francisco de Bem - 17 Inácio Gomes da Rocha, - 106 Inácio Gomes Tourino - 106, 107 Inocêncio Alves Passarinho - 7 Isidoro Álvares da Cruz - 5 Isidoro da Costa - 53 Isidoro Francisco - 94 Isidoro Rodrigues - 175, 176 Jacinto José de Borba - 21 Januário Gonçalves Xavier - 122 Jerônimo Cardoso - 29, 30, 31, 32 Jerônimo Fernandes - 76, 77 Jerônimo Francisco Coelho - 43, 44 Jerônimo Vieira da Rocha - 256 João Antônio - 13 João Antônio Cardoso - 33 João Antônio Tavares - 241 João Barbosa Cabral - 16, 17 João Batista Quaresma - 169 João Bernardo - 18 João da Costa da Silveira - 58 João da Costa Moreira - 57, 58 João de Assunção - 16 João de Espíndola - 70, 71 João de Espíndola de Bittecourt - 72 João de Magalhães Bravo - 133 João de Melo Pinto - 140 João de Simas - 226, 227 João de Sousa Batista - 233 João de Sousa Cabral - 234 João Dias da Silveira - 65 (I) João Dias da Silveira - 65 (II) João Dias Pedroso - 63, 64 João Fernandes Indalêncio - 78 João Fernandes Martins - 83, 84, 85 João Figueira Ferraz - 91, 92 João Francisco da Cunha - 62 João Gonçalves Mendes - 110 João Henrique de Freitas - 96 João Inácio da Silva - 209 João Lourenço Borges - 21 João Machado - 127 João Pereira Cardoso - 157 João Pereira da Silva - 162 João Pereira de Andrade - 158 João Pereira de Borba - 157 João Ramos Nunes - 174 João Rodrigues Cardoso - 179, 180 João Rodrigues da Cunha - 181 João Rodrigues de Alcântara - 179 João Rodrigues de Morais - 194
180 181 182 183 184 185 186 187 188 189 190 191 192 193 194 195 196 197 198 199 200 201 202 203 204 205 206 207 208 209 210 211 212 213 214 215 216 217 218 219 220 221 222 223 224 225 226 227 228 229 230 231 232 233 234 235 236 237 238 239 240
João Rodrigues Forte - 184 João Rodrigues Viana - 196, 197 João Silveira Sarmento - 226 João Soares dos Santos - 229 João Teixeira Ferreira - 244, 245 Joaquim dos Santos Roxo - 205 Joaquim Gonçalves - 108 Joaquim José Godinho - 103 Joaquim José Nunes - 147 Joaquim Martins - 135 Joaquim Teixeira Machado - 246 Joaquina Rosa da Silva - 209 Jorge Cardoso - 33 Jorge de Mira - 142 José Alves Passarinho - 7 José Antonio de Abreu - 1 José da Boa Hora - 21 José da Costa Rodrigues - 59, 60, 61 José da Rosa - 199, 200 José da Silva de Almeida - 211 José da Silva Lessa - 211, 212 José da Silva Matos - 214, 215 José da Silva Pereira - 216 José de Andrade - 11 José de Brito - 22 José de Melo - 139 José de Sousa - 231 José de Sousa Nunes - 240 José Duarte - 66, 67 José Francisco da Silva - 209 José Francisco de Azevedo - 16 José Francisco de Medeiros - 139 José Francisco de Medeiros - 138, 139 José Gonçalves - 108 José Gonçalves de Oliveira - 110, 111 José Inácio Nunes - 147, 148 José Luís da Silva - 209 José Machado de Ávila - 130 José Manuel de Freitas - 97 José Martins Lourenço - 137 José Monteiro Guimarães - 142 José Pereira da Rosa - 160 José Pereira dos Santos - 161 José Pereira Gomes - 159 José Pinto dos Reis - 166 José Rodrigues - 176, 177 José Rodrigues - 177, 178 José Rodrigues de Jesus - 189 José Rodrigues de Miranda - 192 José Rodrigues de Miranda - 192, 193 José Rodrigues Martins - 191 José Sebastião de Sousa - 231 José Silveira - 219 José Silveira Goulart - 224 José Silveira Pinheiro - 225, 226 José Teixeira - 243 José Teixeira - 244 José Teixeira - 244 José Teixeira Cardoso - 244 José Teixeira da Rosa - 249 José Teixeira de Oliveira - 246
241 242 243 244 245 246 247 248 249 250 251 252 253 254 255 256 257 258 259 260 261 262 263 264 265 266 267 268 269 270 271 272 273 274 275 276 277 278 279 280 281 282 283 284 285 286 287 288 289 290 291 292 293 294 295 296 297 298 299 300 301
José Vaz Franco - 252 José Vieira Maciel - 253 Josefa Ramires - 173 Julião Machado - 127, 128 Lace Manuel de Ávila - 16 Leandro José Pinto - 166 Leonardo Antônio Palácio - 156 Leonardo da Fonseca - 92 Leonardo José Fernandes - 77 Leonardo José Fernandes - 77 Lino dos Santos - 202 Lourenço José de Freitas - 98 Lourenço Rodrigues Machado - 191 Luís Caetano - 24 Luís da Costa - 54, 55, 56 Luís Gomes de Carvalho - 104, 105 Luís Manuel de França - 94 Luís Pedroso - 157 Luiz José de Abreu e Zúnega - 1 Madalena Pires - 167 Manoel Gonçalves - 108 Manoel Gonçalves Ribeiro - 112, 113, 114, 115 Manuel Álvares dos Santos - 9 Manuel André - 12 Manuel Antônio de Oliveira - 154 Manuel Coelho dos Santos - 45 Manuel Correia do Amaral - 47 Manuel da Rosa Garcia - 200 Manuel de Espíndola - 71 Manuel de Oliveira Gago - 154 Manuel de Oliveira Pinto - 154 Manuel de Sousa - 232 Manuel de Sousa - 232 Manuel de Sousa - 232 Manuel de Sousa Brasil - 234 Manuel de Sousa Lázaro - 237 Manuel de Sousa Lima - 238 Manuel de Sousa Nunes - 240 Manuel de Vargas - 251 Manuel Dias Pedroso - 64 Manuel dos Santos - 203 Manuel Dutra de Faria - 67 Manuel Fernandes Lima - 78, 79 Manuel Ferreira da Fonseca - 90 Manuel Francisco da Silva - 209 Manuel Francisco de Bem - 17 Manuel Furtado de Mendonça - 99 Manuel Garcia de Medeiros - 99, 100 Manuel Gonçalves da Silva - 122 Manuel Homem - 123 Manuel Inácio Rodrigues - 179 Manuel Joaquim da Silva - 210 Manuel José - 124 Manuel José Brito - 23 Manuel José da Silva Cascais - 42 Manuel José de Andrade - 11, 12 Manuel José de Bessa - 18 Manuel José de Brito - 23 Manuel Luís - 125 Manuel Machado Ferreira - 131, 132 Manuel Machado Soares - 133
302 303 304 305 306 307 308 309 310 311 312 313 314 315 316 317 318 319 320 321 322 323 324 325 326 327 328 329 330 331 332 333 334 335 336 337 338 339 340 341 342 343 344 345 346 347 348 349 350 351 352 353 354 355 356 357 358 359 360 361 362
Manuel Nunes Martins - 148, 149 Manuel Pereira da Silva - 163, 164, 165 Manuel Pereira Machado - 159 Manuel Ramos - 173 Manuel Silveira Goulart - 224 Manuel Soares de Siqueira - 230 Manuel Teixeira de Quadros - 248 Manuel Teixeira Machado - 246 Manuel Vieira Coelho - 252 Manuel Vieira da Rosa - 257 Marcos José da Silva - 210 Martinho (?) Francisco da Silva - 210 Martinho de Fraga Coelho - 93 Martinho de Oliveira - 154, 155 Mateus Cardoso de Aguiar - 38 Mateus Francisco - 95 Mateus Francisco Gonçalves - 108 Matias José de Castro - 42 Matias Xavier - 258 Maurício Gonçalves Ribeiro - 119 Miguel da Silva - 210 Miguel da Silva Soares - 218 Miguel de Brito - 23 Miguel do Canto - 26, 27 Miguel Ferreira - 88, 89 Mônica Ferrás - 87 Narciso Cardoso - 34 Narciso Xavier - 258 Nicolau José Dias - 63 Ouriques Francisco Mendes - 141 Paulo dos Prazeres - 169 Pedro da Costa de Almeida - 57 Pedro Martins - 135 Pedro Pires Salgado - 167 Pedro Vieira Tavares 257, 258 Raimundo Correia de Azevedo - 47, 48 Raimundo da Silva Matos - 215, 216 Salvador Álvares da Costa - 4 Salvador Antunes - 13, 14 Salvador Correia Soares - 48 Salvador de Brito - 23 Salvador dos Santos - 204 Salvador Pinto - 166 Salvador Soares da Mota - 228, 229 Sebastião Álvares - 2, 3, 4 Sebastião de Sousa Machado - 239 Sebastião Machado - 128, 129 Sebastião Pinto dos Reis - 167 Sebastião Rodrigues de Jesus - 190 Sebastião Rodrigues Pavão - 194, 195 Silvéria da Silva - 210 Simão Gonçalves Ribeiro - 119 Simão Gonçalves Ribeiro - 119 Simão Nunes da Silva - 149 Timóteo Cordeiro - 46 Tomás Fernandes de Oliveira - 86, 87 Tomás Fernandes Lima - 80, 81, 82 Tomás José de Aquino - 14, 15 Tomás Pereira da Silva - 166 Tomé de Gouveia - 123 Tomé Teixeira Vieira - 249, 250
363 364 365 366
Vicente José dos Reis - 174, 175 Vital Silveira - 220 Vitorino Inácio Vaz - 251 Vitorino Silva Velho - 218