Eu E A Identidade

  • May 2020
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O “EU” E A IDENTIDADE _ QUEM SOU EU? − cada um de nós tem respostas próprias p/ esta questão e que refletem um auto esquema ou auto conceito, uma estrutura de pensamento que temos a respeito de nós mesmos. − Esse auto conhecimento é constituído de percepções próprias sobre nossa identidade social e nossas qualidades pessoais a respeito do “eu” baseado na experiência − nosso comportamento em relação às outras pessoas é variado; podemos motivar a outra pessoa a agir, tentar controlá-la, etc. Podemos agir sobre nós mesmos e dessa mesma forma = realizar uma atividade de auto percepção, de auto avaliação, de auto comunicação, de auto motivação e auto controle, chamado de comportamento reflexivo: quando eu sou capaz de auto controlar-me, por ex., em uma compra (processo de de auto controle reflexivo) − possuir um “eu” significa ser dotado da capacidade de executar ações reflexivas de planejar, observar, guiar seu próprio comportamento e a ele reagir. − autodiferenciação: para nos tornarmos o “eu” devemos ser capazes de nos reconhecermos, de distinguir nossos próprios rostos, rostos e corpos alheios − os bebês não nascem com essa capacidade; no início de suas vidas eles nem sequer conseguem distinguir entre seu próprio corpo e o ambiente. Somente aos 18 meses é que a criança consegue distinguir sua imagem no espelho − aprender o próprio nome é uma das primeiras e mais importantes aquisições do “eu” − a percepção madura do “eu” envolve o reconhecimento de que nossos pensamentos e sentimentos são propriedades íntimas, exclusivamente nossas. − A construção da identidade leva em conta o processo histórico, os vários personagens atores que contribuem para a construção dos cenários nos quais se constrói a identidade − ela se constitui a partir da cotidianidade da vida de cada um e do grupo do qual fazem parte − a identidade é analisada levando em conta a visão de transformação =metamorfose: que é o movimento e a procura articulada entre a subjetividade e a objetividade − no processo de construção da identidade há um inter-jogo que combina a igualdade e a diferença do sujeito em relação a si próprio em seus diferentes personagens e as demais que o cercam − por meio do nosso nome temos a indicação do singular (indicado pelo primeiro nome) e do geral ( indicado pelo nome da família) − o nome nos diferencia dentro do contexto familiar e o sobrenome é o que nos inclui e nos reconhece como membro dessa família − a identidade é um movimento e a medida em que os papéis sociais vão sofrendo transformações há um processo contínuo de metamorfose da identidade − a identificação profissional é a identificação com papéis que correspondem a uma predicação e que colocam o sucesso como personagem de uma história − a medida que o sujeito assume papéis sociais e profissionais, adquire uma maior autonomia em relação aos outros modelos e com isso vai adquirindo a identidade do “eu”, vai construindo sua personagem − a identidade social de uma pessoa é consequência de suas posições sociais validadas, o que ocorre na aceitação do papel desempenhado − a construção da identidade social acontece durante toda a vida do indivíduo − − −

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CRISE DE INDENTIDADE a formação da identidade emprega um processo de reflexão e observação simultâneas, que ocorre em todos os níveis em que o indivíduo julga a si próprio e à luz daquilo que percebe ser a maneira como os outros o julgam -portanto, a construção da identidade é pessoal e social, acontecendo de forma interativa e em constante desenvolvimento IDENTIDADE= são significados atribuídos para o “eu” pelo meu “eu” ou pelo “eu” de alguém

ou de outros − −

EU, IDENTIDADE E AUTONOMIA

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Quem sou eu? Cada um de nós tem respostas próprias para essa questão e que refletem o auto conceito, uma estrutura de pensamento que temos a respeito de nós mesmos esse auto conhecimento é constituído de percepções sobre nossa identidade social mais nossas qualidades pessoais a construção da identidade leva em conta o processo histórico e um indefinido número de pessoas que contribuem para que a construção dos cenários nos quais se constrói a identidade ela se constitui a partir do cotidiano das pessoas que compõem a história de vida de cada um e do grupo do qual fazem parte desde o nascimento o homem inicia longa e perene interação com o meio em que está inserido, a partir do qual construirá, não só a sua identidade, como sua capacidade inteligente, suas emoções, seus medos, sua personalidade,etc apesar de alguns traços desenvolvimentais serem comuns a todas as pessoas independente do meio e da cultura em que estejam inseridas, há determinadas características do desenvolvimento que se diferenciam em grande escala quando há diferenças culturais a construção da identidade é um desses valores relacionados ao desenvolvimento que tem íntima dependência da cultura e da sociedade a identidade é o conceito do qual faz parte a idéia de distinção – igualdade e diferença- entre as pessoas, a começar pelo nome, características físicas, modos de agir e de pensar e a história pessoal – ex: por meio do nosso nome temos a identificação de singular (indicado pelo primeiro nome) e do geral (indicado pelo sobrenome da família) o nome nos diferencia dentro do contexto familiar e o sobrenome é o que nos inclui e nos reconhece como membros dessa família a construção da identidade social acontece durante toda a vida do indivíduo sua construção é gradativa e de dá por meio das interações sociais estabelecidas a partir da infância, nos momentos em que ela imita ou se funde com o outro, em alternâncias a fonte original da identidade está no círculo de pessoas com as quais a criança interage na vida: − primeiro a família = matriz da socialização − papel que desempenha na família − características físicas − temperamento − relações pessoais − outros universos sociais (clube, igreja, bairro, festas, etc) também determinam um repertório de valores, crenças, conhecimentos de acordo com a região que a criança habita − a adolescência é marcada por diversos fatores e o que é mais importante é a tomada de consciência de um novo espaço no mundo e a entrada em uma nova realidade produz confusão de conceitos e perda de certas referências − a busca do “eu” nos outros na tentativa de obter uma identidade para o seu “ego” é chamada de crise de identidade , que acarreta angústias, passividade ou revolta, dificuldades de relacionamentos inter e intrapessoal, além de conflito de valores − no adulto, a identificação profissional é a identificação com papéis que correspondem a uma predicação e que colocam o sujeito como personagem de sua própria história o indivíduo vai construindo uma estrutura biográfica a partir dos momentos sucessivos de sua experiência de vida mais os compartilhados com outras pessoas a medida que o sujeito assume papéis sociais e profissionais, adquire maior autonomia em relação aos outros modelos e com isso vai adquirindo a identidade do “eu”, vai construindo-se a percepção madura do “eu” envolve o reconhecimento de que os nossos pensamentos e sentimentos são propriedades íntimas exclusivamente de cada um

AUTONOMIA- capacidade de conduzir-se e tomar as próprias decisões, levando em conta regras, valores, perspectivas pessoais e de outros = é considerar o sujeito com vontade própria, capaz, competente para direcionar sua vida dentro das possibilidades de interferir no meio em que vive − isso supõe recursos internos (afetivos e cognitivos) e externos (sociais e culturais) − para o gerenciamento de suas própria ações e julgamentos conforme as regras impostas, é também necessário: auto governo, gradativa independência, ter condições de escolher e tomar decisões CONCLUSÃO: a construção da identidade e da autonomia é um processo que depende das interações socioculturais associadas com as vivências de algumas experiências aos momentos de fusão e diferenciação e construção de vínculos − portanto, a construção da identidade é pessoal e social, acontecendo de forma interativa e em constante desenvolvimento −

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O AMOR pessoa adulta e madura tem sua própria personalidade que se caracteriza pela autonomia e individualidade busca o estabelecimento de vínculos – o que parece paradoxal um vínculo em que as pessoas não fiquem aprisionadas e não se dissolvam na união VÍNCULO E LIBERDADE o amor, que é o desejo de união com o outro, estabelecendo um tipo de vínculo paradoxal, porque o amante cativa para ser amado livremente o fascínio é gerador de poder: o poder de atração sobre o outro o cativeiro não pode ser entendido como ausência de liberdade = a união é condição mais enriquecedora da relação: duas pessoas escolhem livremente estar juntas (zelo) o amor imaturo é possessivo, egoísta e dominador; o ciúme: desejo do domínio integral sobre o outro o amor implica cuidado e temor de perder o amado VÍNCULO E ALTERIDADE o amor deve ser uma união com a condição de cada um preservar sua própria integridade = faz com que dois seres estejam unidos e, contudo, permaneçam separados ALTER (latim) significa “outro” - manter alteridade é permanecer outro, é evitar a fusão a alteridade exige o respeito = capacidade de ver a outra pessoa como tal, reconhecendo sua individualidade singular = a pessoa deve ser como ela é e não como queremos que seja o amor maduro é livre e generoso = paradoxo da relação amorosa = desejo de união e preservação da alteridade a fusão com o outro decorre da perda da individualidade AMOR E PERDA o risco do amor é a separação a separação é a vivência da morte numa situação vital (diversos tipos de mortes ou perdas que permeiam a vida) a perda grave necessita de tempo para reestruturação porque, mesmo quando se mantêm a individualidade, o tecido do seu ser passa inevitavelmente pelo ser do outro = período de luto a ser superado após a separação em busca de um novo equilíbrio O AMOR NO MUNDO CONTEMPORÂNEO na sociedade contemporânea fala-se e escreve-se muito sobre o sexo e quase nada sobre o amor e o vazio conceitual se deve à dificuldade de expressão do amor falar sobre sexo é a tentativa de camuflar a impessoalidade fundamental das relações amorosas, na medida em que o contato físico simula o encontro

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