ESTOU ENVERGONHADO! Gravem esses nomes: Padre ANDONI LEDESMA e JOSÉ CURIOSO RIBEIRO. São, respectivamente, Coordenadores da Pastoral de Comunicação da Diocese do Xingu e da CIMI (Conselho Indigenista Missionário) entidade que, a bem da verdade, não sabemos nem para que existe. Foram eles que, com certeza com o beneplácito de seus comandantes locais, planejaram, industriaram e comandaram a agressão feita pelos índios Caiapós, nada coitados como alguns querem fazer parecer, ao engenheiro da Eletronorte que resultou em um grave ferimento a terçado, arma cujo uso, absurdamente, o Diretor Geral da Polícia Federal considera como "parte da cultura indígena". Quero crer que o manifesto lido pelo Pe. Ronaldo Menezes, no Estádio do Mangueirão no "Dia de Pentecostes", Chanceler da Cúria Metropolitana de Belém, não foi escrito pelo Dom Orani em defesa de padres desse tipo. Se, assim, tiver sido, me desculpe o nosso Pastor maior, a quem tanto admiro, mas envergonhome de ter perdido meu tempo ouvindo com tanta atenção. Trata-se do maior absurdo que alguns padres que fazem a nossa Igreja cometem: confundem seu digno papel de, através da evangelização, séria e conseqüente, e de gestos fraternos, defender os que necessitarem de atendimento espiritual, ricos ou pobres, indiferentemente, transformando-a de entidade religiosa socialmente alerta, em entidade de cunho político-social, que industria e mantém o terror, insuflando motins, revoltas e agressões, tudo em nome do social, atitudes e comportamentos onde a paz e a fraternidade, cuja busca é tão pregada nas Igrejas durante as celebrações, passa muito longe da prática. Aliás, essa questão do "faça o que eu digo mas não faça o que eu faço" está se tornando o mote maior de muitos padres católicos. Tem sido muito comum constatarmos que as pregações que ouvimos, não passam de uma teoria muito distante da prática de seus pregadores. Lógico que existem exceções. Conhecemos padres maravilhosos que não fazem essa confusão,.mantendo-se fiéis aos princípios cristãos que os chamaram ao ministério sacerdotal. Vivem e procedem da mesma forma que pregam. Dentre vários desses que conhecemos, evocamos o nome do Padre Luciano Ciman, já falecido, baluarte da defesa do posicionamento ético cristão dos padres católicos, mas que, infelizmente, morreu antes de ver os rumos corrigidos. Outros, ainda, como Pe. Antonio Beltrão, Pe. Alberto Maia, Pe. Paulo Falcão, Pe. Cid, Pe. José Maria Ribeiro e muitos outros, podemos elencar como éticos, corretos em suas posturas éticas. Mas são poucos, quase que contados nos dedos de u’a única mão. Desses, eu me orgulho da amizade que, com eles mantenho. Vale, aqui, como assunto secundário, dizer que, pasmem os senhores, esses padres fiéis ao fundamento cristão, são os menos respeitados pelos seus pares e algumas das autoridades de nossa Diocese. Quase nunca conseguem apoio quando mais precisam. São abandonados a sua própria sorte quando tem problemas, tanto de ordem pessoal, quanto de ordem administrativa em suas paróquias. Em contrapartida, ou padres terroristas, cujo representante, hoje, nomeio, o Pe. Andoni Ledesma, basta que estalem um dedo e as dioceses, em peso, correm em seu socorro, até com manifestos públicos. Esquecem, as autoridades de nosso clero, que eles estão, pelos comportamentos alheios aos ensinamentos cristãos, se igualando a bandido que saqueiam, invadem, deformam ideais, todos abomináveis e, portando, sem defesa. Muitas vezes me perguntei e ouvi muitos amigos se perguntando, a razão do crescimento das igrejas evangélicas. Talvez tenhamos, neste fato, uma das muitas explicações razoáveis: os Pastores Evangélicos conseguem arrebanhar fiéis para suas Igrejas porque estão sabendo trabalhar seus rebanhos. Não cometem, com certeza, crimes em nome da Igreja. Ao invés de caminharem juntos com os bandidos nas matas da Amazônia, buscando criar fatos políticos, criam e trabalham em suas “Escolas Dominicais” onde ensinam, aos mais pequeninos fiéis, a respeitar a Palavra de Deus. Peço desculpas, em meu nome e de todos que comigo comungam, ao povo de Deus, como católico que somos. Quero crer, também, que ainda restem esperanças. Raimundo Gondim, Mosqueiro, 24/05/2008.