Bem-vindo, Espírito, és Tu! Entra, não fiques à porta. Entra na minha casa, Senta-te comigo, com toda a confiança. Não sabia se virias. Esperava-te! Bem, desejava que viesses, mas duvidava: Pensava se não visitarias só as pessoas importantes, Os sábios, os santos, os perfeitos...
Vejo que, afinal, estás em todas as coisas, as grandes e as pequenas. Tinha essa esperança, mas... por vezes assaltavam-me as dúvidas. Será que Ele viria também a minha casa, tão pobre, tão pequena? Não tens ideia de quanto me alegra a tua visita.
Vieste, já aqui estás! Não é um luxo, nem um presente muito caro. Vieste e estamos aqui juntos. Quase nem posso acreditar. Mostrar-te-ei a minha casa, queres? Está um pouco abandonada, já o viste. Algum pó que sempre entra. Muita desordem. Roupa suja que ainda não lavei. Também há terra em alguns cantos...
Talvez Tu, que és persistente Me ajudes a limpar tudo isto da minha casa, da minha vida! Não tenhas medo de soprar. Está frio, não está? Sim, a minha casa não é uma casa muito quente! Há pouco ambiente aqui dentro. Quem sabe se Tu, que és fogo, Não a poderás aquecer e ambientar um pouco! Não tenhas medo de arder e aquecer todos os recantos da minha casa! Como eu gostaria de partilhar o calor a todos os que venham ter comigo!
Vens por quanto tempo? Oxalá que seja muito! Temos tanto que falar. Podes ficar o dia inteiro e amanhã, E depois de amanhã. Quem em dera que nunca te fosses embora! Quem me dera que nunca te mande embora! Não te vás mesmo que te mande, suplico-te!
Agrada-me muito que aqui estejas, Assim os dois juntos de mão dada. Tenha tantas coisas para contarte... Mil projectos! E quero renovar a minha casa, a minha vida de cima a baixo! Contar-te-ei tudo. Mas o problema é que agora não me lembro de nada. Estou contigo e tenho tanto que dizer-te... Mas emociono-me e não me sai nada. Está-se tão bem junto de ti... Não sabes a emoção que me faz a tua visita.
Dizem que Tu fazes profetas... Não sei bem o que isso possa ser, mas imagino... Homens que nunca param quietos... Mulheres que rompem esquemas E não repetem a história. Andando sempre em busca de algo novo, Mais além dos caminhos já palmilhados. Deixar tudo, superar tudo, darse todo... E abrir caminhos.
Estou muito longe dessas maravilhas Com esta minha casa tão suja e tão desarranjada. Mas se Tu vieste, é porque este será o momento. Gostaria muito! A sério que gostaria muito! Juro-te que sim! www.marianistas.org Tradução e edição powerpoint: P. Filipe Resende, mccj