A ERGONOMIA APLICADA AO TRABALHO 1-HISTÓRICO Definição: A Ergonomia é um grupo de ciências que se ocupa na busca da adaptação das condições do trabalho ao ser humano, aliando-se a novas tecnologias de maneira a tornar o trabalho mais seguro, confortável e produtivo, preservando a máquina humana dentro de limites compatíveis com a sua saúde. Histórico: A Ergonomia antes de 1750 O surgimento da máquina a vapor A Revolução Industrial - A turbulência do Século XIX. O início do século XX: O Fordismo e Taylorismo O período de desenvolvimento da cápsula espacial A Industrialização Brasileira A Reestruturação Produtiva Os Problemas causados pelos princípios de Taylor e Ford
2-ERGONOMIA NO TRABALHO FISICAMENTE PESADO: Atividades pesadas ou penosas: Siderurgia Mineração Transportes e mobilização de cargas Atividade rural Reflorestamento Limpeza urbana- coleta de lixo Construção Civil e outras Diferenças com países industrializados Onde entra a ergonomia na avaliação do Trabalho Fisicamente Pesado Qual a visão do Trabalho Fisicamente Pesado Como pode o perito médico avaliar sem conhecer o ambiente de trabalho? Os conhecimentos profissiográficos. O homem como máquina: Quais são suas habilidades Quais são suas carências Porque não desempenha bem as qualidades de produtor de força e produção de trabalho? Os custos comparativos do desempenho do homem e da máquina
Adaptação Aeróbica e Anaeróbica ao Trabalho O metabolismo basal O aumento do metabolismo para conseguir produzir: Trabalho brusco, de impacto- mecanismo anaeróbico: - fosfocreatina - ATP
Trabalho brusco seguido por pausas: ácido lático- transforma-se em ácido pirúvico no fígado pela utilização do oxigênio adquirido com a pausa. Trabalho em picos seguido por pausas também ativariam a transformação do ácido pirúvico em alanina e não em ácido lático. Trabalho planejado com aquecimento anterior- mecanismo aeróbico Como se realizam estes mecanismos de adaptação: O pré -aquecimento- aumenta a respiração- maior absorção de oxigênio – aumento da freqüência cardíaca daí consegue-se: - ativar o mecanismo aeróbico - aumentar interno da temperatura do músculo - melhoria do tônus muscular e dos ligamentos. Capacidade aeróbica é a quantidade de kcal/min que o trabalhador consegue desenvolver utilizando apenas a quebra de alimentos por mecanismo aeróbico Capacidade aeróbica: Depende do pulmão Da via respiratória Dos alvéolos Hemácias e hemoglobina De um bom desempenho cardíaco e Dos tecidos em aceitar este aporte de oxigênio O RENDIMENTO é uma das formas de avaliar o desempenho Algumas máquinas transformam energia em trabalho mecânico O ser humano gasta parte desta energia na sua própria manutenção. Daí: O HOMEM É MÁQUINA DE BAIXO RENDIMENTO NÁO FOI CRIADO PARA REALIZAR FORÇA O HOMEM TEM OUTRAS HABILIDADES A MEDIDA DO DISPENDIO ENERGÉTICO É MEDIDA EM Kilocalorias por minuto ou Kilocalorias por hora ou Kilocalorias por dia. Capacidade anaeróbica: é o máximo de aumento que o mesmo é c a p a z d e instituir ä energética de sua máquina utilizando tanto o metabolismo aeróbico quanto anaeróbico
Calcula-se que a capacidade anaeróbica melhore a capacidade aeróbica dos indivíduos. Para se avaliar a capacidade de laboral de um trabalhador durante uma jornada de trabalho devemos comparar o dispêndio energético da atividade com a capacidade aeróbica média dos trabalhadores Para se avaliar a capacidade de adaptação instantânea devemos comparar o dispêndio da tarefa com a capacidade anaeróbica dos trabalhadores Vários são os fatores que interferem na capacidade aeróbica: A genética O hábito do exercício- aumenta até 15%- estimulando mitocôndrias. O estado nutricional A idade- 18 a 20 anos Atividades aeróbicas na adolescência Na capacidade anaeróbica interferem: Também a genética O exercício físico que: Ativa as vias metabólicas alternativas para quebrar o ácido lático Ácido pirúvico – alanina e não ácido pirúvico- ácido lático, permitindo mais atividade sem produzir ácido lático, portanto menos cansaço.
A CAPACIDADE FÍSICA ÚTIL NA JORNADA DE TRABALHO; O trabalhador é capaz de: Altos níveis de dispêndio energético Em curtos períodos Utilizando aí o mecanismo anaeróbico. Para a jornada mantida: Consegue apenas um dispêndio de 1/3 de sua capacidade aeróbica/minuto.
Porque? 1-o músculo só recebe oxigênio relaxado 2-o consumo do glicogênio com queda da energia disponível 3-o consumo de açúcar pelo cérebro de onde partem as ordens Proporcionalmente o trabalhador terá uma perda menor se houver redução das atividades, pausas ou redução do peso da tarefa. PAUSAS: São fundamentais. Devem ser curtas ou curtíssimas 5” a 10”. Devem ser freqüentes. Explicação: recompõe-se o oxigênio no relaxamento muscular, mobiliza-se o ácido lático, ou transforma-se o a. pirúvico em alanina evitando-se chegar à produção do ácido lático. Atividade intensa + pausa = trabalho mais longo. Porque? Porque utiliza-se a via alternativa : - fosfocreatina = fosfatos ricos em energia+ creatina, - o repouso aumenta o oxigênio no músculo e - a energia é reposta pela via aeróbica. Passa-se a ter então uma alta fonte de energia sem utilização da via anaeróbica, sem forçar pulmão e coração e uma maior quantidade de trabalho.
TRABALHO LEVE, MODERADO E PESADO: Leve ou muito leve: até 25% da capacidade aeróbica. Moderada:25 a 37% Pesada: 37,5% a 50% Pesadíssima: 50 a 62,5% Extremamente pesada: acima de 62,5% da capacidade aeróbica.(Critério de Christensen) Não esquecer atividades físicas leves associadas a tensão e medo levam a um dispêndio energético de até 50%.
CONSEQÜENCIAS DO TRABALHO PESADO SEM RACIONALIDADE: - As agudas: F a d i g a p o r s o b r e c a r g a metabólica: dores musculares, músculos endurecidos, câimbras, dolorimento muscular. Estas conseqüências decorrem de: Busca de alta produtividade Oferta de recompensa por produtividade Encomendas com prazo a vencer Redução ou insuficiência de mão de obra - As crônicas: Distúrbios músculo-esqueléticos Cansaço inexplicável, sensação de fadiga Insônia Pausas furtivas Propensão às doenças Absenteísmo.
MEDIDA DA CAPACIDADE AERÓBICA DOS TRABALHADORES: Pode ser feita ou com a bicicleta ergométrica ou com a esteira ou mecanismos semelhantes. Pode ser expressa em 3 tipos de unidades: Em captação máxima de oxigênio ( em litros de O2/ minuto); Em dispêndio energético máximo em condições aeróbicas (kcal/min/) multiplica-se o valor anterior por 5,05; Em captação de oxigênio por quilo de peso (ml de O2/kg/min.) esta é a unidade utilizada cientificamente e para comparação de capacidade aeróbica de populações.
AVALIAÇAO SIMPLIFICADA DO DISPÊNDIO ENERGÉTICO Adotamos a tabela de estimativa de metabolismo adotada pela Legislação Brasileira da Portaria 3214 do M.T.E. Pode-se utilizar ainda várias medidas e estimativas tais como a Ventilação Pulmonar, a Avaliação do Dia Típico e outros.
Devemos guardar: Capacidade aeróbica média de indivíduos envolvidos em atividades leves e moderadas: 38,19 mlO2/Kg/min. Capacidade aeróbica média de indivíduos envolvidos em atividades pesadas e pesadíssimas: 45,79 ml O2/Kg/min).
Essa diferença se explica por 3 fatores: Seleção natural: os fisicamente mais aptos tendem a permanecer nas atividades pesadas Melhoria da capacidade física devida ao trabalho mais pesado Manutenção da capacidade aeróbica mais elevada em decorrência da atividade física.
ESPECIFICAÇOES TÉCNICAS DO TRABALHADOR: Baixíssima potência Baixíssimo rendimento Queda do rendimento ao longo da jornada Necessita de pausas Adapta-se bem ao esquema de picos e pausas
ORGANIZAÇAO ERGONÔMICA DO TRABALHO PESADO Organização do Sistema de Trabalho Pausas Mecanização Auxiliar Seleção de Pessoal Adaptação ao Trabalho Melhoria das Condições Climáticas Aquecimento Pré- Jornada Desenvolvimento de Ferramentas e Métodos.
3-ERGONOMIA E TRABALHO FISICAMENTE PESADO EM AMBIENTES COM CALOR: - TRABALHO PESADO EM AMBIENTES QUENTES Homem - ser homeotérmico. Adapta-se ao frio e ao calor ambientes Adapta-se mão ao fio e calor internos Mudanças internas – desnaturação de proteínas e enzimas. O homem já tolera mal o trabalho, associado ao calor a queda ainda é maior. Redução da capacidade física e mental Mecanismos de controle de Ganho e Perda de Calor; Ganho de calor: Metabolismo Atividade Muscular Hormônios Aumento da temperatura corpórea Perda de calor: Radiação Condução Evaporação – umidade do ar ( seco)- sudorese - ventilação Perspiração Importância da Aclimatação Aclimatação rápida- 2 a 3 semanas Aclimatação lenta2 a 3 semanas Produção de aldosterona para reter íons.
CONSEQÜÊNCIA DO CALOR:
Hipertermia Tonturas e desfalecimento por falta de Na+ Tonturas e desfalecimento por déficit de volume. Tonturas e desfalecimento por evaporação inadequada. Desidratação Distúrbios psíquicos. Comprometimento da produtividade e trabalho intelectual.
PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS ERRADAS: Trabalhadores colocados em função sem preparo anterior. Desrespeito à carga de trabalho físico. Ausência de pausas Calor irradiante elevado. Falta de ventilação. Ambiente excessivamente úmido. Ausência de aclimatação.
ÍNDICE DO BULBO ÚMIDO - TERMÔMETRO DE GLOBO Obedece aos parâmetros: C a u s a d o r e s d e sobrecarga - a l t a temperatura+metabolismo+calor radiante+alta umidade relativa do ar. Fatores atenuadores - ventilação do ambiente+baixa umidade relativa do ar+baixa temperatura e fornece uma escala de tempo de trabalho e tempo de repouso para aquela situação. Temperatura de globo (Tg) - indica o calor radiante Temperatura de bulbo natural (Tbn) - indica a temperatura ambiente, a umidade relativa do ar e a ventilação do ambiente. Temperatura ambiente (Tbs) - medida com o termômetro comum de mercúrio com o bulbo seco. Utiliza-se a seguinte formula: Ambientes sem irradiação solar: IBUTG= 0,7Tbn+0,3Tg Ambientes com irradiação solar: IBUTG= 0,7Tbn+0,2Tg+0,1Tbs Os limites de tolerância são definidos por quadros básicos contidos nas normas legais referentes ao calor.
TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE TIPO DE ATIVIDADE
Kcal/h
SENTADO EM REPOUSO
100
TRABALHO LEVE: Sentado, movimentos moderados com braços e tronco (Ex.: 125 datilografia). 150 Sentado, movimentos moderados com braços e pernas (Ex.: dirigir). 150 De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, principalmente com os braços TRABALHO MODERADO: Sentado, movimentos vigorosos com braços e pernas. 175 De pé, trabalho leve em máquinas ou bancada, com alguma 180 movimentação. 220 Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar. 300 Em movimento, trabalho moderado de levantar ou empurrar TRABALHO PESADO: Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou arrastar (Ex.: remoção 440 com a pá) 550 Trabalho fatigante
Em função do índice obtido, o regime de trabalho intermitente será definido no Quadro a seguir: QUADRO 01
TIPO DE ATIVIDADE - TEMPERATURA ºC
R E G I M E D E T R A B A L H O INTERMITENTE COM DESCANSO NO PRÓPRIO LOCAL DE TRABALHO (POR HORA) Trabalho Contínuo 45 minutos de trabalho 15 minutos de descanso 30 minutos de trabalho 30 minutos de descanso 15 minutos de trabalho 45 minutos de descanso não é permitido o trabalho, sem adoção de medidas de controle
LEVE
MODERADA
PESADA
até 30,0
até 26,7
até 25,0
30,1 a 30,6
26,8 a 28,0
25,1 a 25,9
30,7 a 31,4
28,1 a 29,4
26,0 a 27,9
31,5 a 32,2
29,5 a 31,1
28,0 a 30,0
acima de 32,2
acima de 31,1
acima de 30,0
Os limites de tolerância são dados segundo o Quadro 2
M (Kcal/h) 175 200 250 300 350 400 450 500
MÁXIMO IBUTG ( ºC ) 30,5 30,0 28,5 27,5 26,5 26,0 25,5 25,0
MEDIDAS ERGONOMICAS DA ORGANIZAÇAO DO TRABALHO EM AMBIENTES QUENTES: Interposição de barreiras de metal polido Afastamento do homem da fonte irradiante Programação de horário das atividades segundo as horas do dia, Redução do dispêndio energético na função. Redução da umidade do ar. Ventilação adequada. Refrigeração do ar. Pausas Aclimatação ao calor. Reposição hidro-eletrolítica. Roupas adequadas:roupas úmidas, tecidos adequados, roupas de gelo, roupas de alumínio, roupas de alumínio com circulação de ar. Seleção adequada. Revisões médicas periódicas.
4- FUNDAMENTOS DE BIOMECÂNICA Alavancas Interpotentes: as mais comuns no ser humano. Braço de potência menor do que o de resistência Exigência de força maior para vencer resistência. Alavancas Interfixas: poucas no ser humano. Ponto de apoio entre os braços de potência e resistência. É fácil notar que quanto maior for a distância da potência ao ponto de apoio, tanto menor terá que ser a potência necessária para vencer a resistência. Existem geralmente nas áreas de equilíbrio: pescoço, coluna, joelhos e tornozelos. Braço de potência é a distância da potência ao ponto de apoio Braço de resistência é a distância da resistência ao ponto de apoio. Alavancas Inter-resistentes praticamente não existem no corpo humano. Contrações dinâmicas sim - Contrações estáticas não. Postura de pé – ponto de equilíbrio com torque zero.Proteção dos ligamentos: coluna, bacia no íleo- pectíneo, etc.- arco e tamanho dos pés e curvaturas da coluna vértebra. Contra- indicações: Dor nas panturrilhas Varizes Agravamento de lesões pré-existentes.
Vantagens de trabalhar de pé: Quando o posto de trabalho não dispõe de espaço para as pernas Quando há necessidade de manusear objetos de peso maior que 3,0 Kg. Se há necessidade de se deslocar para frente ou para os lados. Em caso de operações distintas e requerem movimentos freqüentes entre as estações de trabalho. Quando se tem que fazer esforço para baixo( p.ex.) empacotar. Posição Sentada; Indicada quando: Os itens necessários ao ciclo de trabalho podem ser fornecidos facilmente e manuseados com facilidade sem necessidade de mover o tronco. Todos os itens de trabalho encontram-se à altura máxima de 6 cm do nível de trabalho. Não há necessidade de manusear peso excessivo Situações que exijam montagens finas. Escrita freqüente. Uso freqüente de máquina de escrever ou computador. Posição Semi- Sentada: Preserva-se a agilidade Evita-se a fadiga deslocando o eixo entre as nádegas e os membros inferiores.
Postura alternada de pé/ sentado: Preserva-se a movimentação. Em situações onde há de atingir distâncias acima de 40 cm do corpo, ou movimente peças acima de 15 cm do plano de trabalho. Situações de esforço estático mais comuns: Corpo fora do eixo Sustentar cargas pesadas com os membros superiores Trabalhar sustentando o corpo em apenas um pé- pedal. Braços acima do nível dos ombros. Braços abduzidos Manusear, levantar, ou transportar cargas pesadas. Esforços estáticos de pequena intensidade, porém durante grande período (computador). Sentado sem apoio para o dorso. Falta de apoio para os antebraços. Trabalhar de pé, parado.
5-BIOMECÂNICA DA COLUNA VERTEBRAL ERGONOMIA PREVENTIVA
Os acometimentos da coluna vertebral são das mais freqüentes patologias que dão origem a afastamentos do trabalho não só no Brasil, mas em todo o mundo. Lidam com a problemática os ortopedistas, reumatologistas, fisioterapeutas, médicos do trabalho e peritos médicos. A Ergonomia é vital neste quadro. Ergonomia = Prevenção. Lombalgias por doenças degenerativas x Lombalgias desencadeadas pelo trabalho. Peritos - Atenção. Reside aqui o NEXO TÉCNICO. O trabalho como desencadeador de lombalgias: Como prevenir: -
seleção do trabalhador = 30% menos
-
manuseio correto = 20% menos
-
medidas ergonômicas = 80% menos
A coluna: Funções: sustentação, posicionamento, flexibilidade e condução( medula espinal) Anatomia: 24 vértebras divididas em cervicais, torácicas e lombares, intercaladas por discos que funcionam como amortecedores. Daí partem 33 pares de nervos que se espalham por setores diferentes do corpo. Coluna cervical: movimentos de rotação lateralização, flexão e extensão do pescoço e cabeça. Coluna torácica: mais fixa, funciona como eretora e sustentadora- pouco afetada pelos movimentos corporais. Coluna lombar: movimentos de flexão, extensão. Porção mais afetada pela patologias e maior causadora de afastamentos do trabalho. O homem se adapta bem à posição ereta - ponto de equilíbrio - torqüe zero determinado pelas diferentes curvaturas. Lordose cervical e lombar e cifose torácica.- Ligamentos longitudinal anterior nas lordoses e o posterior na cifose. Músculos paravertebrais tem capacidade para manter o corpo na vertical contra pequena resistência. Porque? - Os músculos dorsais se inserem nas apófises transversas e espinhosas através de fáscias e não de tendões. As fáscias são menos resistentes. -
O momento de força é pequeno ao elevar o tronco da horizontal para a vertical visto que a alavanca se encontra a apenas 5 cm do ponto de apoio desses movimentos.
Ponto vital para complicações: L5-S 1 - ponto de apoio, ponto de deslizamentos. Estes ocorrem em: - pessoas com o sacro horizontalizado com L5 se apoiando em um osso mais inclinado e tendendo à instabilidade. - pessoas com hiperlordose de forma que L5 encontra-se em posição de menor atrito com o sacro. - pessoas com disco degenerado, portanto sem sua função normal que é de manter um corpo vertebral preso ao outro. -
pessoas com subluxação ou deslizamento anterior de L5 sobre S1 (espondilolistese).
Discos são amortecedores e fixadores de uma vértebra à outra por meio de fibras viscoelásticas. Amortecedor é o núcleo pulposo- quando degenerado hérnia de disco. Condições Antiergonômicas: Manuseio , levantamento e carregamento de cargas pesadas Manuseio de cargas não muito pesadas estão em posição crítica Manutenção de posturas incorretas durante boa parte do tempo inclusive sentado. Vibração de todo o corpo. Tipos de lombalgias: A- De origem muscular e ligamentar; 1- Lombalgia/dorsalgia por fadiga da musculatura paravertebral 2- Lombalgia por distensão músculo - ligamentar.
B- De origem no Sistema de Mobilidade e Estabilidade da Coluna 3- Lombalgia por torção 4- Lombalgia por instabilidade articular C- De origem no disco intervertebral: 5- Protusão intradiscal do núcleo 6- - Hérnia de disco intervertebral D- De origem psíquica 7- Lombalgia como uma forma de conversão psicossomática
PRESTAR ATENÇÃO ÀS OUTRAS CAUSAS - AS DEGENERATIVAS Quais são as mais freqüentes - Difícil dizer, porém: -
por torção da coluna por distensão músculo ligamentar por fadiga por protusão intradiscal
MEDIDAS DE ORGANIZAÇÃO DOS POSTOS DE TRABALHO VISANDO A PREVENÇÃO DAS LOMBALGIAS: 1- Posição vertical 2- Boa situação mesa-cadeira 3-Oferecer movimentos de alta velocidade e grande amplitude sem grandes resistências 4- Esforços dinâmicos sim estáticos não 5- Aumentar o braço de potência e diminuir o de resistência 6- Instrumentos de controle dentro da área de alcance 7- Evitar torcer e fletir o tronco ao mesmo tempo
8- Criar facilidades mecânicas no trabalho 9-Organizar o sistema de trabalho pelo princípio PEPLOSP: Perto Elevadas a 75cm Do Piso Pequena distância vertical entre origem e destino Leves Ocasionalmente Simetricamente Pega Adequada 10-Análises Biomecânicas Para Avaliar Riscos
LIMITE DE PESO RECOMENDADO - LPR Com uma boa alavanca talvez seja ilimitado. Alavancas com bom braço de potência e reduzido braço de resistência é o ideal. Critérios brasileiros recomendam 60 Kg.- 10 Kg pode ser muito. Critério NIOSH: Obedece a critérios: Epidemiológico Psicofísicos Biomecânicos Fisiológicos O LPR representa situação em que 90% dos trabalhadores homens e mais de 75% das mulheres conseguem levantar sem lesões. O nível de desgaste energético é de 3,5 Kcal/min.- compatível com jornada Incidência de patologias é mínimo. Ocasiona compressão do disco L5-S1 DE 3.400 N que é bem tolerado pela maioria.
LPR= 23X FDH X FAV X FDVP X FFX FRLT X FQPC Onde: FDH- fator distância horizontal do indivíduo à carga: (25/H) FAV- FATOR ALTURA VERTICAL DA CARGA: 1- (0,0075/Vc/ 2,5-3,0?) FDVP- fator distância vertical percorrida desde a origem até o destino: (0,82+4,5/Dc) FFL- fator freqüência de levantamento: Ver valor na tabela 5-1
FRLT- fator rotação lateral do tronco: ( 1- 0,0032 A) FQPC- fator qualidade da pega da carga: ver valor na tabela 5-2 Observações: Consultar o significado de H, Vc, Dc no desenho 5-17 Consultar o valor de A na figura 5-21 Cada um desses multiplicadores pode ser no máximo igual a 1,0; se resultar menor que 1,0 considerar 1,0 O QUE É MAIS FÁCIL CARREGAR? 10 Kg de chumbo ou 10 Kg de palha?
6- A BIOMECÂNICA DOS MEMBROS SUPERIORES Ombros, cotovelos e mãos as partes mais afetadas. Músculo, tendões, nervos e fáscias. Bursites, tendinites, fasciites, compressões nervosas em áreas especiais. Membros superiores: habilitados para movimentos amplos e precisos e pouco adequados para a força. Força dinâmica Sim Força estática não. Repetitividade: Movimentos realizados com intervalos menores que 30" para cada ciclo. Supõe-se um limite tolerável de 6.000 toques por hora em atividades de computação. Menor que 30" mas que ocupa mais que 50% do ciclo tal atividade é repetitiva. Aceita-se um limite também de 6.000 movimentos por jornada em atividades diversas Força: A força estática mantendo o músculo em contração prolongada leva ao cansaço muscular por excesso de produção de ácido lático levando à dor e à fadiga. Postura Inadequada: Refere-se às posturas onde nervos e tendões estão em compressão mecânica contra partes duras ou quinas duras, ou posturas que forçam estaticamente certos segmentos corporais. Compressão Mecânica: A compressão propriamente dita é fator de desencadeamento de lesões nervosas ou de ligamentos, músculos mais sensíveis. A ASSOCIAÇÃO DESTES FATORES DETERMINA LESÕES COM MAIOR FACILIDADE E INTENSIDADE.