Ergonomia E Seguranca Industrial_aula02b

  • May 2020
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2.4 - Biomecânica Ocupacional AS POSTURAS DE TRABALHO ➁ Medida da frequência cardíaca: ➲ A FC globaliza os efeitos circulatórios da contração muscular estática e os efeitos hemodinâmicos correspondentes; ➲ A FC não tem relação direta com os efeitos biomecânicos (estiramento dos tendões, articulações,...).

2.4 - Biomecânica Ocupacional AS POSTURAS DE TRABALHO ➂ Eletromiografia: ➲ A eletromigrafia permite conhecer apenas a atividade muscular de alguns músculos; ➲ A eletromiografia é limitada aos efeitos musculares da manutenção da postura. ➃ Impressão subjetiva: ➲ A IS é relativa e exige uma escala comparativa. É necessário utilizar esses diferentes meios de avaliação levando-se em conta seus limites. Variações importantes em função da idade e do estado de saúde.

2.4 - Biomecânica Ocupacional AS POSTURAS DE TRABALHO ✓Análise visual da postura: A observação das posturas utilizadas por um sujeito nos informa sobre as dificuldades do trabalho: ➲ Angulo de inclinação do corpo em relação a vertical; ➲ Variação da postura em relação à uma postura ideal teórica; ➲ Número de pontos de apoio; ➲ Modificação da postura em função do tempo.

2.4 - Biomecânica Ocupacional AS POSTURAS DE TRABALHO ✓As relações entre trabalho e postura: O espaço de trabalho deve ser adaptado às características das informações e das ações: ➲ Localização e características físicas dos detalhes a serem percebidos (dimensões, iluminação,...); ➲ Concepção dos comandos relacionados com a direção da força e de seu ponto de aplicação; ➲ Uma força elevada só poderá ser exercida se o corpo estiver em equilíbrio (com apoio); ➲ As condicionantes temporais têm influência sobre a postura. Existe uma relação entre a precisão da tarefa, cadência de trabalho, distância olho-tarefa, rigidez postural e duração do trabalho.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Movimentação e elevação de cargas ➊ Considerações gerais: ✓Na movimentação de cargas pesadas é sobretudo o tronco que é envolvido; ✓Persistência da movimentação de cargas pesadas, apesar da considerável automação da produção; ✓Importância para os trabalhadores com capacidade física limitada: jovens, pessoas idosas, mulheres, pessoas portadoras de deficiência física; ✓Este problema é agravado em um país tropical como o Brasil, devido a má nutrição, mão de obra desqualificada, técnicas inadaptadas e formação inadequada.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Movimentação e elevação de cargas ➋ Elevação manual de cargas pesadas: ✓O tipo de elevação: ➲ A elevação suportadas pelos joelhos é mais potente do que a elevação suportada pela coluna vertebral para cargas pesadas. Para cargas leves e médias eles se equivalem ; ➲ A força máxima de elevação dobra quando os pés estão à 30 cm do objeto ao invés de 50 com; ➲ A elevação de cargas suportadas pelos joelhos ou pela coluna não tem as mesmas consequências para o sujeito.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Movimentação e elevação de cargas ✓Biomecânica da elevação de cargas: ➲ Na elevação de cargas pesadas, é necessário que o esforço se produza quando a coluna vertebral estiver reta, isto é, quando as vértebras exercerem uma pressão uniforme sobre os discos intervertebrais; ➲ Com a idade e segundo o peso das cargas, assim como do seu modo de movimentação e elevação, o disco intervertebral se deforma e sua estrutura se altera;

2.4 - Biomecânica Ocupacional Movimentação e elevação de cargas ➲ Se realizarmos um esforço em posição curvada, a pressão que se exerce sobre o disco não é mais distribuída de forma homogênea, o que pode provocar uma hérnia do disco intervertebral com consequente compressão dolorosa da medula espinhal na saída da coluna vertebral; ➲ Um homem de 80 Kgf, cujo tronco é flexionado à 60o sobre a vertical, exerce uma força de compressão de 200 Kgf sobre a L5 (5a vértebra lombar); ➲ O mesmo homem, na mesma posição, mas tendo um peso de 25 Kgf na extremidade do braço, exerce uma força de compressão de 400 Kgf sobre a L5;

2.4 - Biomecânica Ocupacional Movimentação e elevação de cargas ➲ A força de tração dos músculos sinérgicos deve ser cada vez maior, na medida em que a massa é mais elevada e que a inclinação mais acentuada, podendo provocar: ➣ Risco para os discos intervertebrais; ➣ Ultrapassagem da força máxima dos músculos sinérgicos.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Movimentação e elevação de cargas ✓Biomecânica do rendimento energético: ➲ Baixo rendimento da elevação manual quando a carga é leve, porque a energia serve para movimentar as massas corporais. Para a elevação de carga a partir do solo, o melhor rendimento se obtém com peso de 30 Kgf (8%); ➲ Ocorre uma melhoria considerável do rendimento se o plano de apoio estiver numa altura de 0,50 m e sobretudo 1 m. A altura de 1,50 m baixa o rendimento. Para a elevação a partir de uma altura de 1 m, o peso ótimo deve ser reduzido à 15 Kgf e a cadência se eleva sensivelmente;

2.4 - Biomecânica Ocupacional Movimentação e elevação de cargas ➲ Quando a altura do plano de trabalho é mal definida e que é preciso adotar um peso padrão para as cargas, deve-se utilizar as recomendações normativas existentes; ➲ Recomenda-se uma boa concepção dos planos de movimentação, dos locais de armazenagem e dos berços de carregamento de cargas, as quais devem ser manipuladas numa postura correta; ➲ Influência do número de pessoas envolvidas na movimentação de cargas volumosas sobre a postura adotada quando da elevação.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Movimentação e elevação de cargas ➌ Movimentação de cargas: ✓Fatores limitantes: ➲ Aumento do gasto energético com a movimentação de cargas, evidenciado pelo estudo das variações da FC; ➲ Fadiga muscular local: má pega, desequilíbrio corporal com contrações musculares inúteis; ➲ Excesso de carga, apesar de uma boa pega: ➣ Ocorre crescimento excessivo da energia consumida e da necessidade de pausas; ➣ Evidencia-se aí uma confirmação das recomendações relativas aos valores máximos de carga a serem manipuladas.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Movimentação e elevação de cargas ➲ Crescimento da gravidade desses problemas energéticos quando de uma movimentação de carga em subida de escadaria: ➣ Para uma ascensão de 100 degraus em 1 minuto (17 m), o consumo de energia é de: • 57,3 KJ

sem carga

• 78

KJ

com carga de 29 Kgf

• 110

KJ

com carga de 50 Kgf

➣ Um consumo de 105 KJ corresponde ao trabalho máximo de um homem jovem adulto em boas condições físicas.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Movimentação e elevação de cargas ✓Disposição dos locais: ➲ A topografia e as delimitações das áreas de circulação podem provocar dificuldade na movimentação de cargas se isto levar ao abandono das posturas retas e equilibradas, ou a perda de uma referência visual particular (solo delimitado ou não plano, incômodo visual pela delimitação da carga).

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➊ Os dispositivos de comando: ✓As máquinas atuais possuem um número considerável de dispositivos de comando; ✓A concepção dos dispositivos de comando influenciam a qualidade das posturas e a carga física de trabalho; ✓A concepção desses dispositivos deve considerar: ➲ A forma; ➲ A localização; ➲ Os imperativos de manipulação desses dispositivos.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ✓A escolha do tipo de comando adequado é função: ➲ Da natureza do movimento a ser realizado: movimento contínuo, descontínuo, preciso ou de esforço; ➲ Dos músculos envolvidos para adaptar o mecanismo às posições e aos movimentos naturais do corpo humano. ✓Duas categorias de comando podem ser diferenciados: ➲ Os comandos de efeitos descontínuos; ➲ Os comandos de efeitos contínuos.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ✓Os comandos de efeitos descontínuos: Um certo número de pontos permitem de defini-los: ➲ São usados para ações do tipo “tudo ou nada”, por exemplo: interruptor aberto/fechado; ➲ São recomendados para operações nas quais a precisão não é exigida; ➲ A escolha, a forma e a orientação do comando serão decididas em função da exigência de força e de rapidez decorrentes das necessidades da tarefa.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ✓Os comandos de efeitos contínuos: A precisão exigida pela tarefa será determinante para a escolha deste tipo de comando. Distinguem-se: ➲ Os comandos que exigem pouca precisão, mas que exigem um esforço de acionamento importante; ➲ Os comandos que exigem muita precisão e pouco esforço, podendo ser acionado com os dedos; Qualquer que seja o tipo de comando, é importante lembrar que a forma, as dimensões, a relação de transmissão e a localização em relação ao operador deverão obrigatoriamente guiar a escolha.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ✓Pontos a serem considerados na escolha: ➀ Os órgãos de comando devem ser adaptados aos imperativos técnicos e aos imperativos humanos: ➲ Tarefas especificamente manuais: as operações que exijam precisão e rapidez devem ser reservadas aos dedos e às mãos; ➲ Tarefas não especificamente manuais: as operações que exijam força, envolvem a utilização de grupos musculares mais importantes.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➁ Os órgãos de comando devem estar situados a uma distância e uma altura correta em relação ao operador. Por exemplo: para um comando manual, é preciso considerar o ângulo de visão favorável e procurar localiza-lo entre o plano dos cotovelos e dos ombros; ➂ As distâncias que separam dois órgãos de comando deverão considerar as particularidades anatômicas e os EPI. Por exemplo: para um comando acionado digitalmente, é preciso que a distância mínima entre dois interruptores seja de 15 mm (com luvas +). Para um comando que exija a mão inteira, a distância mínima é 50 mm.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➃ Os esforços impostos para a realização de uma tarefa, devem ser considerados: ➲ Em tarefas que exijam pouco esforço mas grande precisão deve-se utilizar: ➣ Botões móveis; ➣ Interruptores basculantes; ➣ Botões rotativos. ➲ Em tarefas que exijam esforço, mas pouca precisão deve-se utilizar: ➣ Alavancas de comando com grandes braços; ➣ Manivelas ou volantes; ➣ Pedais.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➄ A identificação dos comandos: Para reduzir o risco de erro é necessário que o operador identifique instantaneamente quando ele coloca a mão sobre o bom botão ou comando. Esta identificação pode ser apoiada: ➲ Pelo reagrupamento dos comandos: ➣ Segundo a função; ➣ Segundo a sucessão das manobras. ➲ Pela forma e as dimensões: ➣ Elas devem ser identificadas ao toque ➲ Pela cor e a etiqueta

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ✓Os diferentes tipos de comando: Habitualmente se diferenciam dois tipos de comandos: ➲ Os comandos manuais: ➀ Comandos manuais de alta precisão: ➣ Botões móveis; ➣ Interruptores basculantes; ➣ Botões rotativos de regulagem contínua; ➣ Botões rotativos de regulagem por escalas.

➁ Comandos manuais de grande esforço: ➣ Manivelas; ➣ Alavancas; ➣ Volantes

➲ Os comandos pedais: ➣ Para esforços físicos muito elevados; ➣ Eles podem ser acionados em pé ou sentado.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle

Figura 2.14 Diferentes tipos de comandos de precisão manuais

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle

Figura 2.15 Diferentes tipos de comandos de aplicação de forças manuais e pedais

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle

Figura 2.16 Explicação do tipo de esforço, segundo sua natureza

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle

Figura 2.17 Limites de esforço recomendados para um homem.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle

Figura 2.18 Limites de esforço recomendados para uma mulher.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➋ Os dispositivos de controle: ✓Centralização X descentralização da apresentação da informação; ✓Dimensionamento do sistema (memória, capacidade de tratamento); ✓Número e localização dos sensores; ✓Definição das camadas interna e externa do programa; ✓Definição dos procedimentos para tratamento automático e intervenção manual; ✓Definição dos limites de controle automático; ✓Importância das interfaces tradicionais e dos VDTs.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➋ Os dispositivos de controle: A Concepção dos Consoles e Quadros Sinópticos: Caraterísticas da informação do tipo exposta: ✓ Grande número de indicadores visíveis a partir de uma única visualização; ✓ Fácil memorização das zonas onde se encontra a informação; ✓ A consulta aberta às informações disponíveis; ✓ Apresentação das informações em grandes caracteres; ✓ Necessidade de deslocamento quando a informação é dispersa; ✓ A apresentação da informação é única; ✓ A apresentação da informação é rígida.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➋ Os dispositivos de controle: Caraterísticas da informação do tipo solicitada: ✓ Pouco deslocamento para consultar uma informação; ✓ Possibilidades de apresentação gráfica e tratamentos mais elaborados; ✓ Vários acessos possíveis a um mesmo parâmetro; ✓ Facilidade de redundância e de utilização de um mesmo parâmetro; ✓ Somente as informações solicitadas é que são apresentadas; ✓ O acesso às informações exige memorização de códigos; ✓ Somente uma pessoa, de cada vez, tem acesso às informações; ✓ Não é possível anotar medidas.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➋ Os dispositivos de controle: ✓Apresentação numérica: Este tipo de apresentação permite uma leitura precisa de uma medida ou a realização de um levantamento de várias medidas no final de um turno.

✓ Apresentação analógica sem memória: Este tipo de apresentação permite identificar um parâmetro sobre um valor padrão e observar tendências de evoluções rápidas.

✓ Apresentação analógica com memória: Este tipo de apresentação permite seguir a evolução dos parâmetros ao longo do processo.

✓ Apresentação simbólica: Este tipo de apresentação permite identificar rapidamente as características essenciais de uma situação.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➋ Os dispositivos de controle:

Figura 7.2

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➋ Os dispositivos de controle: Regras Oficiais de Apresentação da Informação: ✓ Regra

das características físicas;

✓ Regra das ligações informação / ação; ✓ Regra de reagrupamento; ✓ Regra de verificação; ✓ Regra de colocação em evidência; ✓Regra de homogeneidade; ✓Regra de manutenção; ✓Uma conseqüência: a redundância.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➋ Os dispositivos de controle: Recomendações Específicas aos Alarmes: As funções de um alarme: ➊ Chamar a atenção; ➋ Assinalar que um objetivo foi atingido; ➌ Dar uma indicação global do processo.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➋ Os dispositivos de controle: Recomendações Específicas aos Alarmes: As dificuldades encontradas: ✓

Os alarmes normais e os alarmes antecipados;

✓ O procedimento de acionamento do alarme; ✓ A identificação dos alarmes acionados; ✓ A detecção do primeiro defeito; ✓ Alarmes “oscilantes”; ✓ Alarmes permanentes; ✓ Identificação do contexto do alarme.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➋ Os dispositivos de controle: Recomendações Específicas aos Alarmes: A hierarquização dos alarmes: ➊ A noção de pré-alarmes; ➋ Os alarmes em situação perigosa: ➲ informam o operador que se passa alguma coisa; ➲ dão ao operador meios para elaborar uma representação do estado do processo.

2.4 - Biomecânica Ocupacional Dispositivos de comando e de controle ➋ Os dispositivos de controle: Recomendações Específicas aos Terminais de Vídeo: ✓A

divisão da informação;

✓ Tipos de terminais de vídeo: ➊ Terminais sinópticos de redes; ➋ Terminais sinópticos de serviços; ➌ Terminais sinópticos de vigilância geral; ➍ Terminais sinópticos de manobra.

✓ A utilização dos terminais sinópticos.

Figura 7.2 - Terminal de vídeo

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