Era Uma Vez...

  • May 2020
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  • Words: 1,820
  • Pages: 6
Escolas participantes:

EB1 F. de Vila EB1 Espadanal EB1 Carquejido JI Conde Dias Garcia Garcia

Era uma vez… Era um chapéu triste que andava por ali. Era triste porque não tinha sapatos com quem combinar uma saída. Quando não saía, vivia naquela caixa escura, sem brilho e sem nada com que se distrair. O que o alegrava era quando tinha oportunidade de ler, pois, assim, para além de andar de cabeça em cabeça, podia voar nas abas da sua imaginação. Um dia, o chapéu pensou que podia utilizar a caixa para fazer uns sapatos de papel. - Mas como é que eu vou fazer uns sapatos? – disse ele. Certo dia, estava o chapéu dentro da caixa, prontinho para ser vendido, e uma senhora abriu a caixa e comprou-o. Qual não foi o seu espanto quando a senhora levou o chapéu na cabeça e se dirigiu a uma biblioteca! O chapéu aproveitou logo para ver um livro onde se ensinava a fazer sapatos! Rapidamente, o chapéu descobriu que o livro, para além de ser um sábio, podia também ser seu amigo. Quando conseguissem fazer uns sapatos, então seriam os três grandes amigos… Para sua admiração, quando olhou para o lado, o chapéu viu um menino triste, descalço e com os pés frios. Pensou como o iria deixar feliz, no dia de Natal, se lhe 1

desse uns sapatos de presente… Mas, como não sabia fazê-los, foi pedir ajuda ao livro. Começou a ler, a ler até que descobriu. Todo contente exclamou: - Já sei como se fazem uns sapatos!... Pegou numa caixa, desenhou com lápis de cor, cortou com a tesoura e fez uns lindos sapatos que deu ao menino. O menino, contente com os seus sapatos novos e fofinhos, decidiu dar um passeio pelo campo, à descoberta da Natureza… e o chapéu, com uma das suas brilhantes ideias, saltou para cima da cabeça do menino, embalado pelo vento. O livro escondeu-se na mochila do menino e lá foram os três amigos pela floresta dentro. Pelo caminho, encontraram um pinheirinho muito triste e solitário e, como os três amigos gostam de ajudar os outros e ver toda a gente feliz, viraram-se para o pinheirinho e disseram: - Olha, pinheirinho, não fiques triste, nós vamos ficar contigo! A partir de agora, também és nosso amigo… vamos ajudar-te a ser feliz! De imediato, fizeram uma roda à volta do pinheirinho e, de dentro da mochila, o menino tirou o papel colorido e a tesoura. Começou a fazer estrelinhas e bolinhas para enfeitar o pinheirinho. O livro sábio e simpático, abriu-se numa bela história de Natal e começou, com uma voz suave e doce, a contá-la aos seus amigos. O chapéu saltou para o topo do pinheirinho para o abrigar do frio, mas… e os sapatinhos? Os sapatinhos foram para junto do pinheirinho para receber os presentes de Natal! Assim, o pinheirinho, triste e solitário, tornou-se feliz e mágico, podendo passear de um lado para o outro, com os seus sapatinhos saltitões… E o Natal estava mesmo a chegar. Junto à lareira, colocaram um pinheirinho de Natal cheio de luzes multicolores e o menino estava mesmo feliz! Descobriu que tinha amigos de verdade e, por isso, o seu Natal ia ser diferente. À meia-noite, os sinos entoaram canções de Natal e os meninos aproximaram-se dos seus sapatinhos saltitões, abrindo os presentes, enfeitados com lindos laços brilhantes, anunciando que tinha nascido o Menino Jesus. E todos juntos cantaram: “Parabéns ao Jesus Que acabou de nascer 2

Ele é tão pequenino Todos o querem ver.” Assim, em todo o mundo, celebrou-se o Natal como a festa da alegria e da amizade. Nesse dia de Natal, o menino acordou e correu para o pinheirinho, feliz, para ver os seus presentes. Só que, debaixo do pinheirinho, havia apenas uma pequena caixa. Dentro dela, estava um simples lápis vermelho. O menino era pobre e não tinha nenhum brinquedo. Então, olhou para o lápis e ficou desanimado! O que o menino não sabia era que o lápis vermelho era especial, pois havia nele uma certa magia! É que, quando começava a desenhar, imaginem, as figuras ganhavam vida. Que coisa! Desenhou um chapéu, um pinheirinho, uns sapatos e um menino. E é claro que todos juntos passaram o resto do dia a brincar!

Como já não era Natal, os meninos plantaram o pinheiro no sítio de onde ele tinha vindo. Finalmente, chegou o Carnaval, um dia de fantasia! O lápis mágico desenhou uma fatiota para os seus amigos e foram todos divertir-se no cortejo de Carnaval da cidade da imaginação!

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Mas… faltavam os sapatos para a maravilhosa fatiota. Coma a ajuda do lápis e do livro mágico, desenharam uns sapatos muito catitas. 3

O menino pôs mãos ao trabalho e começou a construí-los e a decorá-los com bonitas cores, pois não podiam esquecer que era Carnaval… O menino Luís, o chapéu Tico e o livro Biblo estavam um espanto de bonitos: fatiotas coloridas, sapatos especiais… - Vamos, vamos divertir-nos! – Disse o Luís. E, com todo o cuidado, guardou o lápis mágico no bolso. Agora sim, estavam prontos para as aventuras na Cidade da Imaginação! Mas… por mais que tentassem, nem os sapatos saltitões conseguiam fazê-los sair do lugar. - Que se passa? Ó Biblo, porque é que não nos conseguimos mexer? – Perguntou o Luís. O livro Biblo, que sabia quase tudo, disse: - É que, para podermos andar na Cidade da Imaginação, temos que ter uma coisa muito especial! - O quê, o quê? – Perguntaram, ansiosos, o Luís e o Tico. Depois de muito pensar, o Luís disse: - Já sei! Precisamos do lápis mágico! Não se lembram? Eu tenho o lápis mágico. O Luís fez magia com o lápis e, num abrir e fechar de olhos, estavam na Cidade da Imaginação. - Fantástico! – Disseram. A Cidade da Imaginação era realmente deslumbrante. Havia muita cor, muita alegria e eram todos muito bem dispostos. Ainda não estavam refeitos desta surpresa, quando apareceu uma figura engraçada, sorridente, bem disposta, que lhes disse: -Bem-vindos à Cidade da Imaginação! Eu sou o Sorriso! E vocês? Quem são? O livro respondeu: - Eu sou o Biblo e estes são os meus amigos Tico e Luís. - Já vi que não conhecem a minha cidade! – disse o Sorriso. - Venham daí que eu tenho o maior prazer em ser vosso cicerone! Alegres e bem dispostos, lá foram. Enquanto passeavam pela Cidade da Imaginação, o Luís, o Tico e o Biblo, encontraram umas pessoas simpáticas, que se chamavam Simpáticas. 4

Começaram a dialogar, cada uma falava sobre as suas cidades. Falaram sobre a Natureza, sobre o ambiente e sobre como tudo funcionava em cada uma delas. Os três amigos quiseram também saber se, naquela cidade, chamada Imaginação, era tudo imaginário ou também havia coisas reais. Elas responderam: - Na Cidade da Imaginação, é tudo imaginário, mas todos os seres são muito felizes. Ninguém é triste! Todos vivem com alegria! Todos ajudam todos! Nisto, o Luís pensou e disse: - Se calhar, com o lápis mágico, poderemos desenhar outra cidade da Imaginação e termos mais pessoas felizes, mais pessoas com um coração do tamanho do mundo! E, para desenhar a cidade da Imaginação, o Luís pôs o seu chapéu na cabeça (o qual começou logo a fazer umas coceguinhas na imaginação), pegou no seu lápis mágico e, com o livro Biblo à sua frente, principiou a desenhar. O lápis corria, como se tivesse mão própria, na grande folha do livro, e, a pouco e pouco, foram aparecendo casas, árvores, um sol radioso, flores das mais belas que tinha visto e no céu, brilhando, um enorme arco-íris, que reinava na cidade da Imaginação. Mas, surpresa das surpresas, quando o lápis parou de desenhar, o Luís, olhando para o desenho, estranhou que, ali, no meio das flores, aparecesse um lindo chapéu. - Mas o que faz aqui um chapéu? - Fui eu – disse o Tico – porque gostava de conhecer a cidade onde nasci e esta parece-me muito bonita. - Saíste-me cá um malandro! A cidade onde nasceste ainda é mais bonita do que esta. Chama-se S. João da Madeira. - Tu conheces? Gostava de conhecer essa cidade. - Oh! É uma cidade linda, com flores encantadoras nas suas rotundas. As pessoas são simpáticas, sempre alegres, “ ricas” de amor e prontas a ajudar os outros (não se esqueçam que isto é imaginação) … - Ó Luís … leva-me então a conhecer essa cidade! - Vamos lá. - E então eu? (diz uma vozinha muito triste) Deixam-me ficar aqui sozinho? - Não, Biblo, não! Tu vais connosco, porque a cidade tem uma Biblioteca, onde tu podes ficar exposto e, assim, toda a gente te pode ler. - O que é uma Biblioteca? 5

- É um sítio onde há muitos livros, que fazem trabalhar a imaginação, Têm uma magia especial que faz com que as pessoas sonhem, viagem no tempo e no espaço. - Oh! Que lindo, quero conhecer essa Biblioteca! - Então vamos lá, não percamos mais tempo! - disse o Luís. E os três amigos, com a ajuda do lápis mágico, voaram por cima dos montes e vales, viram uma cidade florida, muito limpa. - É aqui – disse o Luís – vamos pousar. Pousaram num espaço, onde havia um monumento aos chapeleiros e um edifício muito antigo e bonito pintado de amarelo. - Olha, Tico, isto é um museu dedicado aos chapeleiros e aos chapéus. - disse o Luís. - Se calhar até foi aqui que nasceste, pois isto, há muitos anos, era uma fábrica. - Vamos, entrem! - disse o Tico, cheio de alegria. E, lá dentro, viram chapéus de todas as formas e feitios. Uns altos, outros baixos, uns largos, outros estreitos, redondos, bicudos … enfim, um sem número de chapéus que os entusiasmaram e despertaram a sua curiosidade. - Eh! Tantos chapéus, alguns tão lindos! Mas, agora, diz-me, Luís, para que é que nós servimos? - Então, tu não estás sempre na minha cabeça? Tu tens magia, despertas a minha imaginação! Mas, há outros chapéus que servem para não apanhar sol na cabeça, no Verão, outros para nos protegeremos do frio, no Inverno, e outros apenas para nos enfeitarmos, outros estão em exposição, para se verem, pois são tão antigos que se podem estragar. Ouviu-se então a vozinha do Biblo: - Então e eu, quero ir à Biblioteca. - Vamos já, vamos já, bora lá, á, á … Lá chegados, o Biblo abriu as suas belas páginas e toda a gente pode ler esta bela história, imaginada por meninos e meninas das escolas de S. João da Madeira. - Vitória, vitória, acabou a história.

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