Engenharia De Requisitos 3

  • May 2020
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  • Words: 1,078
  • Pages: 3
Os Processos Típicos da Engenharia de Requisitos – Parte 3 Fonte: Kotonya e Sommerville – Requirements Engineering – Processes and Techniques ISBN 0-471-97208-8 Traduzido por Eduardo Marquioni Continuando a série de artigos da apresentação dos processos típicos da Engenharia de Requisitos, a parte 3 desta série se aprofunda um pouco em alguns conceitos do Gerenciamento dos Requisitos (estabilidade e armazenamento de requisitos).

1. Requisitos estáveis e requisitos voláteis Mudanças em requisitos ocorrem enquanto os requisitos estão sendo elicitados, analisados, validados e após o sistema ter entrado em operação. Alterações em requisitos são inevitáveis e não implicam práticas pobres de engenharia de software, e resultam de uma combinação de fatores conforme tabela a seguir: Fator de mudança Descrição Conforme os requisitos são analisados e implementados, erros e inconsistências surgem e devem Erros em requisitos, conflitos e ser corrigidas. Estes problemas podem ser descobertos durante a analise e validação de requisitos, inconsistências ou mais tarde no processo de desenvolvimento. Evolução conhecimento do Conforme os requisitos são desenvolvidos, clientes e usuários finais desenvolvem uma melhor cliente e/ou usuário final do compreensão do que realmente sistema Problemas técnicos, de custo ouProblemas podem ser encontrados na implementação dos requisitos. Pode ser muito caro ou tomar cronograma muito tempo implementar certos requisitos. Mudanças nas prioridades doAs prioridades do cliente podem mudar durante o desenvolvimento do sistema como resultado de cliente mudanças no ambiente de negócios, o aparecimento de novo concorrente, mudanças de staff, etc. O ambiente no qual o sistema será instalado pode mudar de tal forma que os requisitos tenham que Mudanças de ambiente mudar para manter compatibilidade. A Organização que pretende usar o sistema pode mudar sua estrutura e processos, resultando em Mudanças organizacionais novos requisitos de sistema.

Embora a mudança seja inevitável, é usual o caso em que alguns requisitos são mais estáveis que outros. Requisitos estáveis são concebidos com a essência de um sistema e seu domínio da aplicação, e mudam mais lentamente que requisitos voláteis. Os requisitos voláteis são específicos para a instanciação de um sistema em um ambiente particular e para um cliente particular. Considere por exemplo um sistema para gerenciar registros de estudantes em uma universidade. O sistema terá sempre que manter informações sobre estudantes, cursos que fazem e suas avaliações de performance nestes cursos. Estes são os aspectos estáveis do sistema. O sistema pode manter também informações sobre comparecimento às aulas. Este último requisito é mais volátil, pois os cursos poderiam ser ministrados à distância pela Internet, o que significaria que comparecimento teria um significado completamente diferente. Há pelo menos 4 tipos de requisitos voláteis: • Requisitos mutáveis: são os requisitos que mudam em função de mudanças no ambiente no qual o sistema opera. Por exemplo, os requisitos para um sistema que calcula taxas de dedução que evolui conforme as leis de taxação mudam. • Requisitos emergentes: são os requisitos que não podem ser completamente definidos quando o sistema é especificado, mas que emergem quando o sistema está projetado e implementado. Por exemplo, pode não ser possível especificar de antemão os detalhes de como a informação será exibida. Conforme os stakeholders vêem exemplos de apresentações possíveis, eles podem pensar em novas maneiras de exibição da informação que seria útil para eles. • Requisitos conseqüentes: são os requisitos baseados em suposições de como o sistema será utilizado. Quando o sistema é posto em uso, algumas destas suposições podem estar erradas. Usuários irão adaptar-se ao sistema e encontrar novas maneiras de usar suas funcionalidades, o que irá resultar em demandas dos usuários para mudanças no sistema. • Requisitos de compatibilidade: são os requisitos que dependem de outro equipamento ou processo. Conforme muda esse equipamento, os requisitos também mudam. É uma boa prática de gerenciamento de requisitos tentar antecipar mudanças de requisitos, o que envolve classificar os requisitos para identificar os mais voláteis e predizer possíveis mudanças, o que provê informação aos desenvolvedores do sistema que pode ajudá-los a projetar o sistema de tal forma que os requisitos sejam implementados com (relativa) independência de componentes, para tentar minimizar a influência destas mudanças no restante do sistema.

2. Identificação e armazenamento de requisitos Um pré-requisito essencial para gerenciamento de requisitos é que todo requisito deve possuir algum tipo de identificador único. Embora possa parecer simples e óbvio, muitos documentos de requisitos não possuem identificadores únicos de requisitos, o que torna o gerenciamento efetivo impossível. A abordagem mais comum para identificação de requisitos é baseada na numeração dos requisitos de acordo com o capítulo e seção do documento onde o requisito está incluído. Com isso, o 6 o requisito da 2a seção do capítulo 4 teria a numeração 4.2.6. Há dois problemas com este estilo de identificação: • O capítulo e a seção precisam obrigatoriamente ser estáveis: enquanto o documento de requisitos não estiver terminado, há pouca probabilidade de êxito na atribuição de uma numeração única. Quando um requisito é elicitado, pode ser obscuro o local onde ele irá aparecer no documento de requisitos, logo não pode ter um número associado e não pode ser referenciado por outros requisitos. • Atribuir um identificador baseado em capítulos e seção implicitamente classifica os requisitos, o que sugere que eles seja intimamente relacionados àqueles com identificadores similares. Os leitores do documento podem ser erroneamente conduzidos a pensar que não há outros relacionamentos importantes entre o requisito e outros em outras partes do documento. Há abordagens alternativas para endereçar os problemas de identificação de requisitos. A seguir algumas técnicas para identificadores de requisitos: Método de Descrição identificação Alguns processadores de texto permitem renumeração dinâmica de parágrafos e a inclusão de referência cruzada. Assim, pode ser atribuído um número ao requisito a qualquer momento. Conforme são incluídos Renumeração dinâmica novos requisitos, ou o documento é reorganizado, o processador de texto mantém a rastreabilidade da referência cruzada, re numerando automaticamente o requisito em função do capítulo, seção e posição na seção; todas as referências ao requisito também são re numeradas. Identificação porQuando um requisito é identificado, ele entra imediatamente em um banco de dados de requisitos e um registro do bando deidentificador é atribuído ao registro do banco de dados. Este identificador é utilizado em todas as dados referências subseqüentes ao requisito. Os requisitos podem ser identificados através da atribuição de um nome simbólico associado ao assunto tratado pelo requisito. Por exemplo, EFS-1, EFS2, EFS3 podem ser utilizados aos requisitos relacionados Identificação simbólica à eficiência do sistema. O problema é que às vezes é difícil classificar requisitos dessa forma, além de atribuir um mnemônico significativo para ele.

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