Emily Elizabeth Dickinson

  • June 2020
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Emily Elizabeth Dickinson (1830 - 1886) Retraída, seu caráter e sua obra foram marcadas por uma luta constante entre a rebeldia e a insegurança, aparentemente agravado por uma decepção amorosa. Escreveu continuamente, porém só publicou em vida sete poemas e, próxima da morte, pediu que sua obra fosse queimada. Morreu em 15 de maio na sua cidade natal, de onde nunca se afastou, mas contrariando seu desejo póstumo, sua irmã Lavínia publicou uma antologia com o título Poems by Emily Dickinson (1890) que obteve um grande êxito e foi repetidamente reeditada. Mais de sessenta anos depois uma nova coletânea com mais de 1.700 poemas seus foi editada (1955) por Thomas Johnson (1902-1985). Ao tomar conhecimento de sua obra, a crítica passou a ver nela uma das mais puras vozes líricas em língua inglesa do século XIX. Depois foi publicada sua correspondência (1958) e uma edição completa de suas poesias (1960), com a pontuação e o estilo tipográfico originais.

Inovadora na linguagem, ela desenvolveu formas originais de expressão. Até sua pontuação, marcada por travessões, é diferente de qualquer outro poeta de sua época. Para alguns analistas, a poeta usava os travessões como uma forma de marcar o ritmo. Os temas de Emily são perenes. Os editores costumam agrupar seus poemas sob títulos como Vida, Amor, Natureza, Morte, Tempo e Eternidade. Os poemas da Bela de Amherst, como Emily ficou conhecida, foram publicados depois de sua morte, em 1890, 1891 e 1896. Somente em 1955 é que apareceu, pela primeira vez, uma edição de sua poesia completa. A originalidade dos poemas era grande, longe dos padrões convencionais de título, métrica e rima. Ela foi aconselhada a nada publicar, por se considerar que aqueles escritos não fossem poesia. A artista solitária criou e inovou. O seu trabalho antecipou as letras do século vinte e influenciou fortemente a poesia moderna. Ela própria descreveu a sua arte como "minha correspondência para um mundo que nunca escreveu para mim". Entre 1890 e 1896 as edições de seus livros causaram sensação na comunidade literária americana. Quase tudo o que se sabe sobre a sua vida provem de correspondências que manteve com algumas pessoas nas quais ela fazia comentários sobre o dia-a-dia e escrevia alguns de seus 1800 poemas produzidos; foram mais de 1000 cartas. Vestida sempre de branco, Emily Dickinson reconstruiu a Natureza repleta de flores, pássaros, animais e emoções. Para ela, a Natureza é o que se vê, o que se ouve e o que se sabe, com toda a sua majestade simples e harmoniosa. A característica panteísta de seus poemas é evidente; a Natureza é sempre mostrada como o único e verdadeiro templo passível de ser reverenciado. Ela transcendeu os limites acanhados de seu quarto simples de cidade de interior e se universalizou no coração da humanidade que a sucedeu sem ter conhecido a glória do grande escritor. Dedicou-se à tarefa de sentir e transmitir as grandezas que habitam os corações humanos.

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