O ataque de Doolittle: Como a América respondeu ao ataque a Pearl Harbour Introdução Muitos comparam os eventos de 11 de setembro de 2001, com o ataque japonês a Pearl Harbour, acontecido no dia 7 de dezembro de 1941. Enquanto que os fatos que levaram aos dois ataques são fundamentalmente diferentes, a reação coletiva da América para eles foi semelhante - intenso sentimento de choque, patriotismo, raiva, frustração e fome por vingança. Mesmo com o passar das semanas e com a América mobilizando-se para guerra, a sensação nacional de frustração persistia, enquanto que o Presidente Roosevelt e os líderes militares tentavam descobrir uma maneira de como retaliar, o mais rápido possível, um inimigo distante e poderoso. A resposta americana aconteceu pouco mais que quatro meses após o ataque a Pearl Harbour, em 18 de abril de 1942, quando o Tenente Coronel Jimmy Doolittle e seus bombardeios atacaram o Japão, numa das mais divulgadas realizações da história do Exército dos Estados Unidos. A ousada missão ousada foi o ápice de uma operação conjunta, envolvendo mais de 10 militares da Marinha e 80 voluntários do Corpo Aéreo do Exército dos Estados Unidos (USAAC), que lançaram 16 bombardeios médios B-25, do convés do porta-aviões Hornet, para golpear objetivos no Japão. A concepção do ataque. Quando o Japão atacou Pearl Harbour, em 7 de dezembro de 1941, a atenção de América estava focada na guerra na Europa, que já acontecia por mais de dois anos. Os Estados Unidos não estavam preparadas para lutar no Pacífico. Os japoneses tiraram proveito de preocupação norte-americana com a Alemanha, e em menos de 24 horas atacaram Pearl Harbour, Guam, as Filipinas, as Ilhas de Wake e Midway e invadiram Hong Kong e a Malasia. Os aliados levariam três anos para desfazer o que os japoneses levaram um só dia. Podemos dizer então que a 2ª Guerra Mundial começou oficialmente, para os
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Estados Unidos, no dia 8 de dezembro, quando ele e a Grã Bretanha declararam guerra ao Japão. Três dias mais tarde a Alemanha e Itália declararam guerra aos Estados Unidos. No início, o objetivo dos Estados Unidos era derrotar a Alemanha e a Itália, antes de virar sua atenção para os japoneses. No Pacífico, as prioridades eram deter a expansão japonesa para o leste e evitar o isolamento de Austrália e Nova Zelândia. Para realizar estas metas, a Frota Americana do Pacífico teria que derrotar a poderosa marinha japonesa, um desafio para o qual, não estava preparada. A principal arma para esta tarefa seria o porta-aviões. Porém os americanos só possuíam três desses equipamentos para cobrir a vastidão do Pacífico, enquanto que os japoneses, começaram a guerra com dez desses navios, além da vantagem da iniciativa. Apesar desta posição opressiva no Teatro de Pacífico, o Presidente Roosevelt pressionou os líderes militares para criarem rapidamente um plano de ataque ao Japão, mesmo que fosse apenas um pequeno gesto, mas tinham que retaliar o ataque a Pearl Harbour. Um oficial da Marinha, o Capitão Francis Low, lotado em Washington-DC propos carregar bombardeiros B-25 Mitchell da USAAC em um porta-aviões e enviar uma força tarefa até um ponto a 450 milhas do Japão, e de lá, lançar os bombardeiros para atacar a pátria japonesa, embora essa operação nunca tivesse sido realizada antes. A opção de se utilizar os B-25 era porque as aeronaves navais não possuíam alcance suficiente para alcançar o Japão, decolando daquela distância. A idéia foi apresentada inicialmente ao Almirante King (Comandante das Operações Navais), que imediatamente mandou que a idéia fosse refinada, estudada em detalhes, para então ser apresentada ao General Henry Arnold, do USAAC, que por sua vez o enviou a Doolitle para verificar se ele era possível. O Tenente-Coronel James Doolittle, era um piloto que quando estivera fora da carreira militar tinha ganho considerável fama como piloto de corrida e de cenas de ação, antes de retornar a atividade em 1940, ao vislumbrar que seria inevitável a entrada dos Estados Unidos na guerra.
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Dois dias depois Arnold teve a resposta de Doolittle. Era possível sim, realizar a operação. Ele não só, ajudou no plano como também pediu para comandar a missão. A viabilidade do conceito foi demonstrada no 2 de fevereiro de 1942, quando dois B-25 decolaram a partir do deck do recém incorporado portaaviões Hornet, operação esta realizada sem dificuldades na costa do estado da Virgínia. O Hornet recebeu então ordem para dirigir-se para a costa oeste. Era uma operação tão secreta, que o comandante do Hornet, Capitão Marcc. Mitscher, não tinha a menos idéia de onde seu navio seria empregado. Doolittle ficou encarregado, pelo lado do USAAC, de selecionar e treinar as tripulações, e o Capitão Donald Duncan, considerado a maior autoridade em aviação naval, era o encarregado do lado da Marinha. Os preparativos Doolittle queria que os tripulantes da missão viessem do 17º Grupo de Bombardeio e do 89º Esquadrão de Reconhecimento, ambas as unidades baseadas no estado do Oregon. Os militares receberam convite para se voluntariarem para uma missão extremamente perigosa. Um total de 24 tripulações foram selecionadas e enviadas para a Flórida, onde receberiam treinamento. O Major John Hilger foi selecionado para ser o sub-comandante da missão e o oficial de marinha Henry Miller para ser o treinador dos pilotos em decolagem de porta-aviões, bem como para ensinar aos pilotos do Exército a etiqueta naval !!!. Os homens também não sabiam qual seria a missão. Além de praticarem decolagem curtas, as tripulações eram treinadas em navegação diurna e noturna, bombardeio rasante e vôo de formatura. O raio de ação dos B-25 conseguiu ser aumentado de mil para 2.500 milhas Doolittle arregimentou mais homens do que o necessário, para o caso de acidentes, doenças etc... durante esta fase. O treinamento era rígido e intenso, mas logo os pilotos estavam conseguindo decolar em apenas 150 metros, mas eles ainda não tinham visto um porta-aviões. As aeronaves foram modificadas, com a metralhadora inferior sendo retirada e substituída por um tanque de combustível com 60 galões, para aumentar o raio de ação. Como a versão utilizada do B-25 não possuía metralhadora traseira, Doolittle mandou
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colocar cabos de vassouras pintados de preto na cauda das aeronaves, numa tentativa de iludir os japoneses que elas eram metralhadoras verdadeiras, desencorajando-os de atacar os bombardeiros por trás. O secretíssimo visor de bombardeio Norden, foi retirado, e em seu lugar colocado um visor convencional, visto que os americanos não queriam que aquele equipamento caísse em mãos erradas. Como o ataque também seria realizado a baixíssima altura, e o Norden fora projetado para bombardeio nivelado, ele não faria falta. Doolittle sempre enfatizava o extremo perigo que seria a missão, e sempre deixou bem claro que quem desejasse abandonar o grupo, poderia fazêlo sem qualquer problema. Ninguém o abandonou. As aeronaves Os dezesseis bombardeiros utilizados por Doolittle em seu ataque, eram todos B-25 modelo D, aeronaves produzidas pela North American Aviation, e haviam entrado em operação em 1941. Cada um deles carregaria quatro bombas de 500 libras e teriam uma tripulação de cinco homens: piloto, co-piloto, navegador, bombardeador e engenheiro de vôo/ artilheiro. As aeronaves, após terem treinado na Florida, por três semanas, voaram até a Base Naval de Alameda – Califórnia, onde foram embarcadas no Hornet. Elas foram posicionadas no convés, na ordem em que decolariam, visto que por possuírem asas não dobráveis, não podiam ser colocadas nos hangares. Durante as duas semanas de viagem, os aviões receberam uma manutenção especial e seus motores eram acionados diariamente. A aeronave do líder, pilotada por Doolittle, era a que teria a menor distância para decolar, com as subseqüentes tendo cada uma, um pouco mais de pista. Como no mar aberto, os navios oscilam muito por causa das ondas, um auxílio extra se fazia necessário, na tentativa utilizar esse movimento para se ganhar uma sustentação extra, e por isso, a hora extra do início da corrida de decolagem seria coordenada por um piloto naval experiente. Nenhuma aeronave retornaria ao Hornet, e o planejamento era de que elas deveriam pousar na China, após atacarem o Japão.
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A jornada O Almirante Halsey foi designado como comandante da Força Tarefa que levaria Doolittle até as águas japonesas. Halsey, com seu porta-aviões Enterprise, já havia realizado dois ataques contra os japoneses: um contra a Ilha de Wake e outro contra as Ilhas Marcus. Tais ataques já haviam demonstrado a capacidade ofensiva americana, mas nada comparado ao impacto na opinião pública que o ataque de Doolittle iria alcançar. Em abril os pilotos já estavam prontos e treinados, quando voaram com seus aviões até a Califórnia, para a Base Naval de Alameda, onde os B-25 foram então embarcados no Hornet. No dia 2 de abril de 1942, o Hornet, juntamente com outros sete navios, zarpou em direção a oeste, para se encontrar com a força de Halsey, composta de oito navios, entre eles o Enterprise, que forneceria proteção aérea à força-tarefa, tendo em vista todos os caças do Hornet estarem posicionados dentro dos hangares inferiores, para dar lugar aos B-25. Dois submarinos, o Thresher e o Trout seguiam bem na frente, com ordem de afundar qualquer navio encontrado. Dois dias depois de zarparem, descobriu-se a necessidade do recebimento de algumas peças de reposição dos B-25, e a solução encontrada foi o envio de um dirigível, o L-8, que partiu de São Francisco, carregando as mesmas, num belo exemplo de logística. Além dos dois porta-aviões, quatorze outros navios participaram da missão, com a designação de Força-Tarefa 16. Três eram Cruzadores pesados (o Salt Lake City, o Northampton e o Vincennes), um Cruzador leve (Nashville), oito Destroiers (o Balch, o Benham, o Ellet, o Fanning, o Grayson, o Gwin, o Meredith e o Monssen) e dois navios tanque (o Cimarron e o Sabine). A força tarefa dirigiu-se então para o local planejado, sem saber que os japoneses possuíam cerca de 50 barcos de pesca, posicionados a centenas de milhas da costa japonesa, atuando como um sistema de alarme antecipado. Cada um desses barcos estava em contato permanente por rádio, com as autoridades navais japonesas.
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Conforme a força tarefa se aproximava do Japão, o tempo ficava cada vez pior. Se para o pessoal naval, a viagem era terrível, imaginemos o que acontecia com o pessoal do Exército, não acostumado ao balanço do mar e tendo que diariamente ligar os motores e fazer uma manutenção preventiva de seus bombardeiros. Na manhã do dia 18 de abril, uma aeronave de patrulha avistou um dos pesqueiros japoneses bem como transmitiu mensagem informando que, com toda certeza, o pesqueiro também o havia avistado. Halsey não tinha outra alternativa senão ordenar o afundamento do navio, o o USS Nashville realizou a tarefa, ao mesmo tempo em que sinalizava ao Hornet a seguinte mensagem: Lançar aeronaves. Ao Ten Cel Doolittle e seus comandados desejamos boa sorte. Deus os abençoe. Após receber a mensagem, sinal de alarme foi acionado, e o alto-falante imediatamente anunciou: Pilotos do Exército, guarnecer aeronaves. A missão iria iniciar e eles estavam ainda a 650 milhas do Japão, quando o previsto seria 450 milhas. Às 08:20 horas, Doolittle decolou e uma hora depois o último dos B-25 partia. Durante as operações, um marinheiro foi atingido pela hélice de uma das aeronaves e perdeu o braço. Devido a problemas de comunicação, os chineses nunca foram informados oficialmente que a missão havia iniciado-se um dia antes do previsto, e assim, os locais de pouso, não estavam preparados. Apenas o comandante americano, general Joe Stillwell sabia de tudo. A maioria dos B-25 atacou a área de Tóquio, mas alguns atingiram Nagoya. Os danos foram modestos, e nenhuma das aeronaves alcançou as pistas de pouso na China, embora a maioria dos tripulantes tenha sobrevivido. Após lançarem suas bombas, os bombardeiros saíram do espaço aéreo japonês, praticamente sem terem sido atingidos pela anti-aérea ou interceptados por caças. Uma das aeronaves, por causa do excessivo consumo de combustível, dirigiu-se para a Rússia, onde pousou ao norte de Vladivostok, e sua tripulação foi internada, pela então neutra Rússia até o final da guerra. As outras quinze aeronaves, voaram em direção a China. Quatro realizaram pouso forçado em terra ou na costa. As outras onze tripulações, após o término do combustível de suas aeronaves, saltaram de para-quedas.
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Três homens morreram no salto, três outros foram capturados e executados em Shangai, em outubro de 1942, um morreu na prisão um ano mais tarde, quatro ficaram presos pelos japoneses até o fim da guerra, cinco ficaram presos na Rússia até o fim da guerra e os demais se salvaram, com auxílio dos guerrilheiros chineses ou mesmo da população. Dos que se salvaram, a maioria retornou ao serviço ativo, sendo que doze perderam suas vidas em combate. Doolittle foi promovido a Brigadeiro e recebeu a Medalha de Honra. Vinte e três receberam a DFC – Distinguished Flying Cross. Um deles, o 2º Tenente Ted Lawson, que ficara gravemente ferido, escreveu suas memórias, que em 1944 serviu como base ao filme “Trinta segundos sobre Tóquio”, onde Spencer Tracey faz o papel de Doolittle e Van Johnson o de Lawson. As tripulações e suas estórias Aeronave # 1 Piloto
Ten Cel James Doolittle
Co-Piloto
Tenente Richard Cole
Navegador
Tenente Henry Potter
Bombardeador
Sargento Fred Braemer
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Sgt Paul Leonard
Eles alcançaram o Japão às 13:30 horas, e após lançarem suas bombas numa fábrica em Tóquio, dirigiram-se à China, através de um esporádico fogo anti-aéreo. A travessia marítima entre o Japão e a China foi realizada sob mau tempo e alcançaram a costa à noite. Saltaram de para-quedas, e após algumas horas, foram contactados e salvos por guerrilheiros chineses. Aeronave # 2 Piloto
Tenente Travis Hoover
Co-Piloto
Tenente Willam Fitzhugh
Navegador
Tenente Carl Wildner
Bombardeador
Tenente Rich Miller
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Doug Radney
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Esta aeronave seguiu junto com a #1, e bombardeou a mesma fábrica em Tóquio. Acompanhou a aeronave de Doolittle em direção ao Japão, mas por causa do mau tempo, se separaram. Realizou um pouso forçado numa plantação de arroz. A tripulação incendiou a aeronave em seguida. Foram contactados e salvos por guerrilheiros chineses. Aeronave # 3 Piloto
Tenente Robert Gray
Co-Piloto
Tenente Jacob Manch
Navegador
Tenente Charles Ozak
Bombardeador
Sargento Aden Jones
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Cabo Leland Faktor
Esta aeronave segui de perto as duas primeiras, bombardeando a mesma fábrica e também o porto. Como as defesas japonesas já estavam em alerta, recebeu algum fogo anti-aéreo e foi perseguida por um caça. Próximos a costa chinesa, o combustível acabou e a tripulação saltou de para-quedas. O Cabo Faktor morreu no salto e os demais, ajudados por guerrilheiros chineses acabaram se juntando a tripulação de Doolittle. Aeronave # 4 Piloto
Tenente Everett Holstrom
Co-Piloto
Tenente Youngblood
Navegador
Tenente Harry McCool
Bombardeador
Sargento Robert Stephens
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Bert Jordan
A aeronave apresentou um vazamento de combustível logo após decolar, foi interceptada por caças antes de chagar a costa japonesa e o Tenente Holstron optou por lançar as bombas no mar e rumar para a China. A escuridão e o mau tempo obrigaram a tripulação a saltar de para-quedas assim que atingiram a costa chinesa. Foram contactados e ajudados por guerrilheiros chineses.
Aeronave # 5
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Piloto
Capitão. Dave Jones
Co-Piloto
Tenente Russ Wilder
Navegador
Tenente Eugene McGurl
Bombardeador
Sargento Denver Truelove
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Joe Manske
Por um engano durante o abastecimento de combustível, esta aeronave decolou com menos 30 galões. Eles também se perderam na navegação e demoraram a encontrar seu alvo. Por causa da perda de tempo e do pouco combustível, Jones lançou suas bombas sobre o porto de Tóquio, e imediatamente dirigiu-se para a China. Saltaram de para-quedas no escuro e sob chuva, e chegaram ao solo bastante separados um dos outros, só se reencontrando no dia seguinte. Foram ajudados pelos guerrilheiros chineses e encontraram os demais tripulantes em Chunking, no dia 29 de abril. Aeronave # 6 Piloto
Tenente Dean Hallmark
Co-Piloto
Tenente Robert Meder
Navegador
Tenente Chase Nielsen
Bombardeador
Sargento William Dieter
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Donald Fitzmaurice
Após voarem bem baixo sob o mar, foram recebidos pela anti-aéreo logo que cruzaram a costa. Lançaram suas bombas sobre uma posição de artilharia e dirigiram-se para a China. Ficaram sem combustível e tiveram que realizar uma amerrissagem a algumas milhas da costa. Hallmark levou horas até chegar a praia, quando então descobriu que Dieter e Fitzmaurice haviam falecido, pois seus corpos foram recolhidos por pescadores chineses. Após enterrarem os mortos, os sobreviventes ficaram escondidos sob proteção de soldados chineses, mas foram traídos por um oficial que os entregou a uma patrulha japonesa. Hallmark foi executado, Meder morreu na prisão e Nielsen sobreviveu a guerra preso. Aeronave # 7 Piloto
Tenente Ted Lawson
Co-Piloto
Tenente Dean Davenport 9
Navegador
Tenente Charles McClure
Bombardeador
Sargento Robert Clever
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Dave Thatcher
Essa aeronave lançou suas bombas sobre uma fábrica próxima a Baía de Tóquio. Incapazes de chegar ao território chinês, Lawson fez uma amerrissagem próxima a uma ilha, ficando seriamente ferido. No dia seguinte, foi levado por pescadores chineses até o continente, e teria falecido se não fosse pela presença de White, artilheiro da aeronave #15. White, era na realidade o Tenente Médico do Esquadrão de Reconhecimento Nº89, que havia se voluntariado para a missão, mesmo não sendo especializado na área. Treinou, foi qualificado, e embarcou na aeronave #15. Ele operou Lawson e salvou-lhe a vida. Aeronave # 8 Piloto
Capitão. Ed York
Co-Piloto
Tenente Robert Emmens
Navegador
Tenente Nolan Herndon
Bombardeador
Tenente Ted Laban
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Dave Pohl
Como esta aeronave, estava consumindo mais combustível do que o previsto, e nunca conseguiria chegar a China, York tomou a decisão de, após bombardear Tóquio, seguir para a Rússia e conseguiram. Embora a Rússia fosse aliada dos Estados Unidos, não estava em guerra com o Japão, e por isso a tripulação e a aeronave ficaram internados até o final da guerra. Aeronave # 9 Piloto
Tenente Harold Watson
Co-Piloto
Tenente James Parker
Navegador
Tenente Tom Griffin
Bombardeador
Sargento Wayne Bissell
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento. Eldre Scott
Esta aeronave lançou suas bombas sobre a Companhia de Gás e Energia de Tóquio, e alcançou a China quando já era noite, já sem combustível e sob 10
uma chuva intensa, obrigando seus tripulantes a saltar de para-quedas. Ficaram espalhados e levaram algum tempo até se reencontrarem. Watson quebrou o ombro ao chegar no solo. Aeronave # 10 Piloto
Tenente Richard Joyce
Co-Piloto
Tenente J.R. Stork
Navegador
Sargento Horace Crouch
Bombardeador
Sargento Ed Horton
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Tenente George Larkin
Esta aeronave lançou suas bombas sobre uma siderúrgica em Tóquio, mas foi interceptada por alguns caças, quando já se encontrava sob o mar, sendo que conseguiram abater dois dos atacantes. O mau tempo e a falta de combustível os obrigou a saltar de para-quedas, assim que chegaram a terra firme. Foram contactados e agrupados pelos guerrilheiros chineses.
Aeronave # 11 Piloto
Capitão C. Russ Greening
Co-Piloto
Tenente Ken Reddy
Navegador
Tenente Frank Kappeler
Bombardeador
Sargento William Birch
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Mel Gardner
Esta aeronave bombardeou uma fábrica entre Tóquio e Yokohama. Foram recebidos por pesada artilharia anti-aérea bem com interceptados por alguns caças, sendo que o Sargento Gardner abateu dois deles. Durante o vôo sob o mar até a China, a aeronave afundou um barco pesqueiro japonês. Saltaram de para-quedas sob a China, quando a aeronave ficou sem combustível, sendo então protegidos por guerrilheiros chineses. Aeronave # 12 Piloto
Tenente William Bower
Co-Piloto
Tenente Thad Blanton
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Navegador
Tenente William Pound
Bombardeador
Sargento Waldo Bither
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Omer Duquette
Esta aeronave bombardeou uma refinaria em Yokohama, bem como metralhou uma usina elétrica. Após atingir a China, o fog era muito intenso, e os tripulantes foram obrigados a saltar de para-quedas. Os chineses os protegeram por alguns dias, enquanto que patrulhas japoneses vasculhavam a área. Mais tarde se juntaram aos demais sobreviventes. Aeronave # 13 Piloto
Tenente Edgar Mc Elroy
Co-Piloto
Tenente Rich Knobloch
Navegador
???
Bombardeador
Sargento Robert Bourgeois
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Adam Williams
Esta aeronave lançou suas bombas sobre as docas de Tóquio e sobre os navios lá ancorados. Alcançaram a costa chinesa às 22:00 horas, quando então foram obrigados a saltar de para-quedas, já que o combustível da aeronave terminara. Camponeses chineses os ajudaram, e os esconderam até que pudessem se juntar aos demais membros da missão. Aeronave # 14 Piloto
Major John Hilger
Co-Piloto
Tenente Jack Sims
Navegador
Tenente ames Macia
Bombardeador
Sargento Jacob Eierman
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Ed Bain
Esta aeronave bombardeou Nagoia, onde lançou suas bombas sobre alvos militares, antes de dirigir-se para a China. Novamente, os tripulantes tiveram que saltar de para-quedas, e ficaram sob a guarda de camponeses chineses até que fosse possível encaminhá-los até os demais tripulantes.
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Aeronave # 15 Piloto
Tenente Donald Smith
Co-Piloto
Tenente Griffith Williams
Navegador
Tenente Howard Sesslen
Bombardeador
???
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Tenente Tom "Doc" White
Esta aeronave bombardeou um complexo industrial em Kobe. Tiveram que realizar uma amerrisagem, mas todos os tripulantes se salvaram. A presença do Tenente Médico White na tripulação desta aeronave, foi providencial para a sobrevivência do Tenente Lawson, como relatado anteriormente. Aeronave # 16 Piloto
Tenente William Farrow
Co-Piloto
Tenente Robert Hite
Navegador
Tenente George Barr
Bombardeador
Cabo Jacob DeShazer
Mecânico de Vôo / Artilheiro
Sargento Harold Spatz
Após bombardear o Japão, toda a tripulação foi capturada quando pousaram em emergência na China, e sofreram muito nas mãos dos japoneses. O Tenente Farrow e o Sargento Spatz foram executados juntos com Hallmark. Os tenentes Hite e Barr e o Cabo DeShazer sobreviveram em campos de prisioneiros até o final da guerra. Enquanto procuravam pelos pilotos americanos, os japoneses assassinaram mais de 250 mil chineses, acusando-os de ocultar os americanos. Com auxílio da população e dos guerrilheiros chineses, 59 dos 80 homens que participaram do ataque retornaram aos Estados Unidos. O resultado O ataque causou pouquíssimo dano nas instalações japonesas, principalmente quando comparado com o que seria causado mais tarde, pelos B-29. Mas por outro lado fez com que a população japonesa começasse a não acreditar nas declarações de seu governo, de que o Japão era invulnerável aos
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ataques americanos. Os japoneses teriam agora que manter aeronaves e navios em sua terra natal, para o caso de outros ataques, e fizeram falta quando os americanos começaram a conquistar ilha após ilha em direção ao Japão. A Rádio de Tóquio informou em seus noticiários que, nove aeronaves foram abatidas e as demais tiveram que retornar às suas bases. Esse ataque obrigou os japoneses a tentar estender seu perímetro defensivo pelo Pacífico, até as Ilhas de Midway, e foi ali que os japoneses sofreram a primeira grande derrota na guerra. Mas o grande resultado estava na moral do povo americano, que após seis meses obscuros receberam a primeira notícia vitoriosa da guerra. Esses homens elevaram a confiança de todos os americanos. Após lançarem o ataque, a força-tarefa retirou-se para Pearl Harbour, lá chegando no dia 25 de abril, quando foi então, urgentemente enviada para o Pacífico Sul, mas a Batalha do mar de Coral aconteceu antes que eles chegassem. Retornaram a Pearl Harbour, e sete dos navios foram enviados para noroeste, onde participaram da Batalha de Midway. Seis dos navios se perderam entre agosto e dezembro de 1942, durante as intensas lutas da Campanha de Guadalcanal: o Hornet, o Vincennes, o Northampton, o Benhan, o Meredith e o Monssen. O Gwin foi torpedeado em julho de 1943, durante a Batalha de Kolombangara.
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Fotos
Vista do deck de vôo do Hornet, durante a viagem. O Gwin é observado na esquerda, juntamente com o Nashville à distancia. Oito dos dezeseis bombardeiros podem ser vistos, bem como dois SBD.
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O Gwin aproxima-se do Hornet, com o Nashville na retaguarda.
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O dirigível na marinha L-8, aproxima-se do Hornet, entregando peças para os B-25 Observe o pacote suspenso abaixo do dirigível.
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O dirigível L-8 sobrevoa o Hornet, após ter entregue o material para os bombardeiros.
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Os bombardeiros B-25 devidamente amarrados no convés do Hornet, em rota para o ponto de lançamento.
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Dois dos B-25 estacionados no deck do Hornet, esperando a hora da decolagem. A direita a aeronave de matrícula 40-2242, que viria a ser o oitavo avião a decolar, pilotado pelo Capitão Edward J. York.
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Dois B-25 estacionados no deck do Hornet . A aeronave da direita é de matrícula 40-2282, que seria a quarta a decolar, pilotada pelo Tenente Holstrom. A aeronave da esquerda está com seus motores funcionado, procedimento este comum durante a viagem.
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Visão do deck de vôo, a partir da ponte do Hornet. Ao fundo o Vincennes.
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Outra visão do deck de vôo, a partir da ponte do Hornet. Ao fundo o Vincennes. Algumas aeronaves estão com os motores em funcionamento.
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Outra vista do deck de vôo do Hornet.
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Detalhe da bequilha de um dos B-25. Esta era a aeronave de matrícula 40-2249, de nome Hari Carrier, que viria a ser a décima primeira a decolar. Na roda está escrito “Instruções para encher o pneu na parte de dentro. Verificar a pressão diariamente”.
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Detalhe da arte de nariz da mesma aeronave.
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Mecânicos trabalham num dos B-25. Ao fundo o Gwin.
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Alguns dos B-25 estacionados no deck do Hornet. Observe que a aeronave da direita, está com seus motores funcionando.
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Um dos B-25 estacionados juntamente com um caça F4F-3 Wildcat. Reparem na falsa metralhadora de cauda do bombardeio.
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O Tenente Coronel James H. Doolittle (esquerda), comandante da força de ataque e o Capitão Marc A. Mitscher, Comandante do Hornet , juntos a uma bomba de 500 libras e a membros da USAAF durante cerimônia no convés de vôo do Hornet, enquanto a força tarefa rumava para o ponto de lançamento.
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Na mesma cerimônia, Doolittle (esquerda) e o Mitscher, conversam a bordo do Hornet na presença de tripulantes dos B-25 da USAAF. Observe, ao fundo, um dos bombardeiros.
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Doolittle, prende uma medalha a uma bomba de 500 libras, durante a mesma cerimônia. Esta medalha foi doada por um oficial de marinha que a havia ganho quando serviu na Embaixada Americana em Tóquio. Era um modo de protesto bem humorado.
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A mesma cerimônia da medalha, vista de um outro angulo.
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O Fanning escoltando o Enterprise , fotografado a partir do Salt Lake City . O destroyer ao fundo, navegando em sentido contrário, é o Balch, navio do comandante do Esquadrão Nº Seis dos Destroyers.
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O Fanning manobra próximo ao Entreprise, em foto tirada a partir do Salt Lake City.
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O Sabine reabastece o Enterprise, em mar violento, no dia 17 de abril, véspera do início da missão.
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O Northampton é reabastecido pelo Cimarron.
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O Nashville executa salva com sua bateria de 6"/47 contra o pesqueiro japonês que foi avistado pela força tarefa no dia 18 de abril de 1942. A foto foi tirada a partir do Salt Lake City.
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O Hornet lança os bombardeios B-25B, no primeiro ataque americano contra as ilhas japonesas.
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Um bombardeio B-25B da USAAF decola do Hornet.
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Um B-25 aguarda o sinal para decolar. Note que o militar segura a bandeira de liberação de decolagem na mão direita. Observe também as marcas brancas pintadas no deck, para facilitar o trabalho do piloto em alinhar a bequilha e a roda esquerda, para preparação dos procedimentos de decolagem.
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Os bombardeiros B-25 alinhados para a decolagem. Estes são o terceiro e quarto aviões a decolar.
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Os últimos cinco B-25 prontos para decolar.
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Um dos B-25B, após decolar, sobrevoa o Hornet, a caminho do Japão.
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