O passado e o presente de uma assaltante
Nos tempos da ditadura militar a companheira Estella foi uma das que planejou aquele que seria o mais rentável golpe da luta armada em todo o mundo: o roubo do cofre de Adhemar de Barros, ex-governador de São Paulo. O crime foi cometido pela Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares (VARPalmares), resultado da fusão da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) do capitão Carlos Lamarca com o Colina, do qual a companheira Estella era líder. Onze dias depois da fusão, em julho de 1969, 13 guerrilheiros da VARPalmares roubaram o cofre de 200 kg de uma casa no bairro carioca de Santa Tereza, onde vivia a amante de Adhemar. Os guerrilheiros sacaram do cofrinho do Ademar US$ 2,6 milhões de dólares. Onde foi parar o dinheiro? Eis um dos mistérios insondáveis daquela época que produziu tantos “heróis” e “heroínas” da esquerda... À guisa de informação, a criminosa Companheira Estella era o nome de guerra da atual Ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, DILMA VANA ROUSSEFF LINHARES.
A ficha nos arquivos militares de Dilma Rousseff, hoje ministra do governo Lula: só em 1969, ela organizou três ações de ROUBO de armamentos em unidades do Exército no Rio de Janeiro.
Com um passado pouco conhecido, a ministra envolveu-se em ações espetaculares da guerrilha. 2003 - No governo Lula foram empossados dois guerrilheiros: um, o expresidente do PT, José Dirceu, como Ministro da Casa Civil, cuja trajetória política é bastante conhecida. Foi preso pelo regime militar, recebeu treinamento de guerrilha em Cuba e, antes de voltar às clandestinamente para o Brasil e se esconder em Cruzeiro do Oeste, Paraná, submeteu-se a uma cirurgia plástica facial, para despistar a polícia.
O outro integrante do primeiro escalão com passagem pela guerrilha contra a ditadura militar é a ministra Dilma Rousseff, mulher de fala pausada, mãos gesticuladoras, olhar austero e passado que poucos conhecem. Até agora, tudo o que se disse a respeito da ministra dava conta apenas de que combatera nas fileiras da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, a VAR-Palmares, um dos principais grupos armados da década de 60. Dilma Rousseff, no entanto, teve uma militância armada muito mais ativa e muito mais importante. Dilma, ao contrário de José Dirceu, pegou em armas, foi duramente perseguida, presa e torturada e teve papel relevante numa das ações mais espetaculares da guerrilha urbana no Brasil - o célebre ROUBO do cofre do governador paulista Adhemar de Barros, que rendeu U$2,5 milhões (dois milhões e meio de dólares). O assalto ao cofre ocorreu na tarde do dia 18 de julho de 1969, no Rio de Janeiro. Até então, fora o "maior golpe da história do terrorismo mundial", segundo informa o jornalista Elio Gaspari em seu livro "A Ditadura Escancarada". Naquela tarde, a bordo de três veículos, um grupo formado por onze homens e duas mulheres, todos da VAR-Palmares, chegou à mansão do Irmão de Ana Capriglioni, amante do governador, no bairro de Santa Tereza, no Rio. Quatro guerrilheiros ficaram à frente da casa. Nove entraram, renderam os empregados, cortaram as duas linhas telefônicas e dividiram-se: um grupo ficou vigiando os empregados e o outro subiu ao quarto para chegar ao cofre. Pesava 350 kilos e deveria deslizar sobre uma prancha de madeira pela escadaria de mármore, mas acabou rolando escada abaixo.
A ação durou vinte e oito minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff e seu marido Carlos Franklin Paixão Araújo, que então comandava a guerrilha urbana da VARPalmares em todo o Brasil e mais tarde se tornaria pai da única filha de Dilma. O casal planejou, monitorou e coordenou o ASSALTO ao cofre de Adhemar de Barros. Dilma, no entanto, não teve participação física na ação. “Se tivesse tido, não teria nenhum problema em admitir”, diz a ministra, com orgulho de seu passa do (criminosa) combatente.
“A Dilma era tão importante que não podia ir para a linha de frente. Ela tinha tanta informação que sua prisão colocaria em risco toda a organização. Era o cérebro da ação”, diz o ex-sargento e ex-guerrilheiro Darcy Rodrigues, que adotava o codinome de “Leo” e, em outra ação espetacular, ajudou o Capitão Lamarca a roubar uma Kombi carregada de fuzis de dentro de um quartel em Osasco, na região metropolitana
de São Paulo. “Quem passava as orientações do comando nacional para a gente era ela”. O ex-sargento conta que uma das funções de Dilma era indicar o tipo de armamento a ser usado nas ações e informar onde poderia ser roubado. Só em 1969, ela organizou três ações de ROUBO de armas em unidade do Exército no Rio de Janeiro. Durante o famoso encontro de cúpula da VAR-Palmares realizado em setembro de 1969, em Teresópolis, região serrana do Rio de Janeiro, Dilma Rousseff polemizou duramente com Carlos Lamarca, o maior mito da esquerda guerrilheira.. Lamarca queria intensificar as ações de guerrilha rural, e Dilma achava que as ações de guerrilha armada deviam ser abrandadas, priorizando a mobilização das massas nas grandes cidades. Do encontrou, produziu-se um racha. Dos trinta e sete presentes, apenas sete acompanharam Lamarca. Ficaram com boa parte das armas da VAR-Palmares e metade da fortuna do cofre de Adhemar de Barros. Os demais concordaram com a posição de Dilma Rousseff. A divergência com Carlos Lamarca não impediu Dilma de manter uma sólida amizade com a guerrilheira Lara Lavelberg, musa da esquerda nos anos 60, com que o capitão teve um tórrido e tumultuado romance. Dilma chegou a hospedá-la em seu apartamento, no Rio de Janeiro. Juntas, iam à praia, falavam de cinema, tornaram-se confidentes. Quando foi presa, em janeiro de 1970, o promotor militar que preparou a acusação classificou-a com epítetos superlativos: “Joana D’Arc da guerrilha” e “papisa da subversão”. Condenada em três processos, Dilma passou três anos encarcerados em São Paulo e foi submetida aos suplícios da tortura (como todo terrorista que se preze, segundo o Tortura nunca mais, “foi torturada barbaramente por 22 dias” – uma tortura por tantos dias assim deve ser, provavelmente, um recorde mundial ou um exagero. Ao sair da cadeia não tinha seqüelas). A atual ministra era tão temida que o Exército chegou a ordenar a transferência de um guerrilheiro preso em Belo Horizonte, o estudante Ângelo Pezzuti, temendo que Dilma conseguisse montar uma ação armada de invasão da prisão e libertação do companheiro. Nos três anos em que passou na cadeia, seu nome chegou a aparecer em listas de guerrilheiros que seriam soltos em troca da libertação de autoridades seqüestradas – mas a ação que renderia sua liberdade foi mal sucedida.
Aos 55 anos, recém-separada de Carlos Franklin de Araújo, Dilma Rousseff não lembra a guerrilheira radical de trinta anos atrás, embora exiba a mesma
firmeza. “Ela é uma mulher suave e determinada”, diz a jornalista Judith Patarra, autora do livro Lara, que conta a trajetória de Lara Lavelberg (1944
Dilma Roussef, guerrilheira aposentada e toda poderosa do governo Lula, ganha direito à reparação financeira A Comissão Especial de Reparação da Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio aprovou na quinta-feira passada a concessão de reparação moral à ex-guerrilheira Dilma Vana Rousseff. A concessão de indenização à atual Ministra Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República foi motivo de polêmica. A Procuradora Leonor Paiva, que não pôde comparecer à reunião, opinou pelo indeferimento ao processo de Dilma. Mas quatro dos sete membros da Comissão rejeitaram seu parecer e beneficiaram a ex-guerrilheira Estela. A gaúcha (nascida em Belo Horizonte) Dilma faz parte do folclore da luta armada. A guerrilheira organização marxista VAR-Palmares – e que já foi brizolista no passado - teria participado do assalto à casa de uma amante do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros. Do cofre da residência, foram roubados US$ 2 milhões e 400 mil dólares. Dilma alega que ajudou no planejamento. Mas a guerrilheira aposentada garante não participou da ação. Por coincidência, sua reparação saiu no dia 14 de dezembro, data de seu aniversário de 59 anos. Dilma, que é autora do livro "Mulheres que foram à luta armada" (1998) foi beneficiada pelo depoimento de uma companheira de guerrilha. Vânia Amoretty Abrantes relatou que foi transferida com ela, no mesmo camburão, de uma prisão em São Paulo para o Centro de Operações de Defesa Interna (DOICodi), sediado no quartel da Polícia Especial do Exército, na Rua Barão de Mesquita, no Rio de Janeiro. Apenas por coincidência, Vânia Amoretty é diretora do Grupo Tortura Nunca Mais. Em nome da ONG, Vânia acompanha os trabalhos da Comissão Especial de Reparação. Ano passado, Dilma fez lobby e recebeu a medalha do Mérito da Ordem Militar – o que irritou oficiais da ativa e da reserva das Forças Armadas contra as quais a guerrilheira Estela (seu principal codinome) lutou nos tempos da guerrilha urbana.
Os beneficiados A Comissão de Reparação do RJ apreciou 48 pedidos de reparação de militantes políticos que estiveram presos em dependências de órgãos do Governo do Estado do Rio de Janeiro entre a data do golpe militar, 1° abril de 1964, e a anistia, 28 de julho de 1979. Comissão deferiu 19 processos, indeferiu 28, por falta de documentação cobrada dos requerentes e por estes não fornecida, e retirou um de pauta. A reunião foi presidida pelo Coordenador da Comissão, Gelson Campos, e contou com a participação dos representantes da ABI, Maurício Azêdo; do Grupo Tortura Nunca Mais, Elizabeth Silveira; da Ordem dos Advogados do Brasil/Seção do Estado do Rio de Janeiro, Marcos Cilos; do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro Super Poderosa Além da chefia da Casa Civil, meio campo do governo, ela é a presidente do Conselho de Administração da Petrobrás. Recebe o mesmo jeton mensal de alguns ex-comandantes do Exército, como os generais Zenildo de Lucena e Francisco de Albuquerque, que também fazem parte do conselho.
Fugindo da indenização? A poderosa ministra Dilma Rousseff, que pertenceu à mesma VPR do General Genérico Carlos Lamarca, abriu mão da indenização de anistiada política, enquanto estiver no governo. Desde 2001 o governo federal desembolsou mais de R$ 2 bilhões e 300 milhões de reais com 16 mil anistiados. Chegam a R$ 28 milhões os gastos mensais com ex-ativistas que à época da ditadura perderam o emprego ou sofreram prejuízos por perseguição política. O mais ilustre deles é o presidente Lula, que recebe R$ 8 mil mensais de indenizações.
Campanha “Relaxa e compra ’’ censurado por Lula O site Vide-Versus informa que o site do Clube de Criação de São Paulo (www.ccsp.com.br) confirmou que a propaganda da Peugeot foi mesmo retirada do ar. A censura aconteceu a pedido do presidente Lula. Diz a nota do site: “O novo comercial de varejo da Peugeot, ‘Relaxa e compra’, sai do ar neste sábado, depois de ser exibido poucas vezes, na quinta e sextafeiras. O filme deveria ser apresentado ainda por toda a semana que vem. O motivo: um pedido à montadora do presidente Luis Inácio Lula da Silva. Em São Paulo, Jáder Rossetto, vp da agência Euro RSCG Brasil, que criou a peça e acaba de voltar de Porto Alegre, diz que o melhor a fazer é tocar o barco adiante, já que um pedido do presidente não poderia ser negado. A montadora passou há pouco por situação parecida, com o filme da sogra que quase era jogada para fora de um concorrente do Peugeot que não andava bem em subidas. Que fase, hein? Segundo Rossetto, ‘nada que uma boa benzedeira não possa resolver’”. O comercial retirado do ar no sábado faz referência à frase da Ministra do Turismo Marta Suplicy, ‘Relaxa e goza’, deferida em relação aos passageiros que enfrentam, no nosso país, o apagão aéreo e os intermináveis atrasos
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