QUARESMA 2009 O Ano Paulino determinou a nossa escolha como tema de reflexão para esta Quaresma 47 Dicas – Uma Para Cada Dia Da Quaresma (de Quarta-Feira de Cinzas – 25 de Fevereiro, até ao Domingo de Páscoa – 12 de Abril)
A Quaresma é um tempo em que somos convidados (como pessoas e como comunidade) a fazer um esforço para melhorar, para nos deixarmos converter e transformar por dentro. É esta preparação com vista a podermos celebrar mais profundamente a «passagem» – que é a Páscoa – que Jesus Cristo nos propõe cada ano. Para ajudar neste caminho de Quaresma, aqui vão 47 citações de São Paulo. Somos convidados a acompanhar Jesus durante a “passagem” para a Ressureição, de modo a preparamos também a nossa PÁSCOA. O método sugerido é o de ter um «ponto de esforço» para cada dia, que podemos tomar como base da nossa reflexão familiar e poder falar sobre ele com as pessoas que connosco vivem: – Como é que Jesus (ou Maria, ou outra figura bíblica...) terão feito?... – Como é que o próprio Deus, nosso Pai, actua?... São alguns possíveis temas para conversa, à volta da ideia sugerida para cada dia. Falar acerca de mim e dos meus esforços, ouvir os outros, falar com eles acerca deles e de Deus. Que maneira fantástica para viver este caminho para uma Páscoa mais saudável!
Como Fazer: Cada um dos 47 rectângulos de papel pode ser recortado, dobrado e colocado num recipiente que esteja perto do local onde a Família se costuma reunir. Quando a Família estiver reunida para começar este «jogo» basta que alguém tire um papel, o desdobre, leia alto e falem um pouco acerca do seu conteúdo. Depois, toca a cada um tentar viver essa ideia na prática, ao longo das 24 horas seguintes. No dia seguinte, conversa-se acerca do esforço feito, reza-se um pouco e tira-se novo papel.
E assim cada dia… Bom trabalho!..
Associação de Pais dos Alunos do Colégio de São João de Brito Disponível para download em: www.apacsjb.no.sapo.pt
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S. Paulo – Um homem forte convertido ao serviço do Bem S. Paulo ficou conhecido como Apóstolo, embora não tenha pertencido ao grupo dos Doze. Aparece normalmente representado como um homem de forte personalidade, empunhando um livro e uma espada, o que representa o muito que escreveu e a morte por decapitação. Ele mesmo o escreveu: sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia (actual Turquia), mas fui educado nesta cidade (Jerusalém), instruído aos pés de Gamaliel, em todo o rigor da lei dos nossos pais e cheio de zelo pelas coisas de Deus, como todos vós sois agora. (Act. 22,3) (Vocês) São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendentes de Abraão? Também eu. (2 Cor. 11,22-23) Era fabricante de tendas (Act. 18,3), cidadão romano (Act. 16,37) e judeu fervoroso: no judaísmo ultrapassava a muitos dos companheiros da minha idade, tão zeloso eu era nas tradições dos meus pais. (Gal. 1,13) Procurava e defendia a verdade em que acreditava e na qual fora educado, e perseguia os cristãos porque, para o judaísmo, eram uma heresia, uma seita a eliminar: Quanto a Saulo, devastava a Igreja: ia de casa em casa, arrastava homens e mulheres e entregava-os à prisão. (Act. 8,3) 1 – A lógica evolução de S.Paulo S. Paulo era coerente com o que acreditava; tinha aprendido a ler os livros sagrados, a discuti-los, a penetrar no que revelavam; estava preparado para aderir ao verdadeiro Messias tão longamente anunciado nos textos do Antigo Testamento; estava pronto para uma adesão total à pessoa de Jesus Cristo, que levara até às últimas consequências e dera cumprimento a tudo o que fora anunciado antes. E foi isso que aconteceu na sua conversão. Temos três relatos da conversão de S.Paulo: o primeiro, feito por outra pessoa (Act. 9,3-10) e outros dois, contados por ele próprio: um discurso de S. Paulo à multidão, no templo de Jerusalém (Act. 22,6-11) e outro discurso de S. Paulo, ao rei Agripa II - sobrinho-neto do rei Herodes o Grande que reinou entre 39 e 4 a.C., e filho do rei Herodes Agripa que reinou entre 37 e 44 d.C. - (Act. 26,12-18): Eu, Paulo, ia a caminho de Damasco... uma intensa luz, mais brilhante do que o sol... caímos todos por terra e eu ouvi uma voz dizerme em língua hebraica: Saulo, Saulo, porque Me persegues?... Perguntei: Quem és Tu, Senhor? E o Senhor respondeu: Eu sou Jesus a quem tu persegues... Que hei-de fazer, Senhor? O Senhor respondeu-me: Ergue-te e firma-te nos pés, pois para isto te apareci... Embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Foi necessário levarem-me pela mão e, assim, entrei em Damasco, onde passei três dias sem ver, sem comer nem beber. (Act. 9,3-10; 22,6-11; 26,12-18) 2 – A inteligente pregação de S.Paulo S. Paulo, uma vez convencido da verdade de Jesus Cristo, nunca mais se cansou de pregar a todos os que encontrava, embora de início os cristãos tivessem receio de o aceitar, por ser conhecido como um feroz perseguidor. (Act. 9,26-28) S. Paulo sentiu-se chamado a evangelizar os pagãos, tendo feito três viagens missionárias que o levaram até à Grécia, Chipre, Malta, Roma e talvez mesmo Espanha. Foi-se adaptando à cultura dos povos aos quais falava de Jesus Cristo: Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a qualquer custo. (1 Cor. 9,22). Foi ao encontro das necessidades dos seus ouvintes, propondo-lhes o verdadeiro Deus na medida da sua possibilidade de captação: De pé, no meio do Areópago, Paulo disse, então: Atenienses, vejo que sois, em tudo, os mais religiosos dos homens. Percorrendo a vossa cidade e examinando os vossos monumentos sagrados, até encontrei um altar com esta inscrição: “Ao Deus desconhecido.” Pois bem! O que venerais sem conhecer é o que eu vos anuncio. (Act. 17,22-23) Ao longo da sua pregação, S.Paulo foi encontrando dificuldades várias, uma das quais foi a oposição dos judeus: Passado muito tempo, os judeus combinaram matá-lo, mas Saulo foi avisado das suas intenções. Até as portas da cidade eram guardadas, noite e dia, com o fim de o matarem. Então os discípulos, tomando-o de noite, fizeram-no descer pela muralha abaixo, dentro de um cesto. (Act. 9,23-25)
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3 – A vida sofrida de S. Paulo S. Paulo resumiu toda a sua vida, afirmando: Até este momento, sofremos fome, sede e nudez, somos esbofeteados, andamos errantes, e cansamo-nos a trabalhar com as nossas próprias mãos. Amaldiçoados, abençoamos; perseguidos, aguentamos; caluniados, consolamos! Tornámo-nos, até ao presente, como o lixo do mundo e a escória do universo. (1 Cor. 4,11-13) Cinco vezes recebi dos judeus os 40 açoites menos um. Três vezes fui flagelado com vergastas, uma vez apedrejado, três vezes naufraguei, e passei uma noite e um dia no alto mar. Viagens a pé sem conta, perigos nos rios, perigos de salteadores, perigos da parte de pagãos,... perigos da parte de falsos irmãos! Trabalhos e duras fadigas, muitas noites sem dormir, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez!... (2 Cor. 11,24-29) Tinha plena consciência da sua fragilidade e do poder de Deus nele: Trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso. Em tudo somos atribulados, mas não esmagados... (2 Cor. 4,7-12) E declarou o seu amor por Jesus Cristo: Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo! Nós somos fracos, e vós, fortes! Vós, honrados, e nós, desprezados! (1 Cor. 4,10-13) 4 – A ternura radical de S. Paulo A sua união com Cristo foi de tal modo vivida e sentida, que pôde dizer: O homem exterior vai-se arruinando e o interior renova-se dia após dia (2 Cor. 4,16); Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim (Gal. 2,20); Eu sei em Quem acreditei (2 Tim. 1,12); De facto, para mim viver é Cristo e morrer é lucro. (Fil. 1,21) Finalmente, S. Paulo foi preso em Jerusalém (Act. 21,27-23,22) Quando o nosso embarque para Itália foi decidido... embarcámos num navio... e fizemo-nos ao mar... quando chegámos a Roma, Paulo foi autorizado a ficar em alojamento próprio com o soldado que o guardava. (Act. 27,1-28,16) O livro dos Actos dos Apóstolos termina com estas simples palavras acerca de S. Paulo: Paulo perma neceu dois anos inteiros no alojamento que alugara, onde recebia todos os que iam procurá-lo, anunciando o Reino de Deus e ensinando o que diz respeito ao Senhor Jesus Cristo, com o maior desassombro e sem impedimento. (Act. 28,30-31) Reza a tradição romana que foi condenado à morte e decapitado nas Aquae Salviae, hoje “S. Paulo das Três Fontes”, em meados dos anos 60. P. Gonçalo Eiró, sj
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Uma frase de S. Paulo para cada dia u Recordo-vos irmãos o Evangelho que vos anunciei e nele perseverais: – por ele também sereis salvos! 1 Cor. 15, 1
u Embora tivesse os olhos abertos, não via nada. Act. 9, 8
u Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim. Gal. 2,20
u Eu sei em Quem acreditei.
2 Tim. 1,12
u Voltemos a visitar os irmãos por todas as cidades em que anunciámos a palavra do Senhor, para ver como estão. Act. 15,36
uDe facto, para mim viver é Cristo e morrer é lucro. Fil. 1,21
u Fiz-me tudo para todos, para salvar alguns a qualquer custo. 1 Cor. 9,22
u Não há distinção entre judeu e grego, pois Ele é o Senhor de todos, rico para com todos os que O invocam. Rom 10,12
u Acima de tudo, tomai o escudo da fé, com o qual tereis a capacidade de apagar todas as setas incendiadas do maligno. Ef 6, 16
u Nós somos colaboradores de Deus e vós sois o campo de Deus, o edifício de Deus. 1Cor. 3, 9
u Recebei ainda o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a Palavra de Deus. Ef 6, 17
u O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, nunca desanima. 1 Cor 13, 7-8
u O que venerais sem conhecer é o que eu vos anuncio. Act. 17, 23)
u Todas as promessas de Deus são um “sim” em Seu Filho. É por Ele que nós dizemos “Ámen” para glória de Deus. 2 Cor. 1, 20
u Para que não me enchesse de orgulho, foi-me dado um espinho na carne... a fim de que não me orgulhasse. 2 Cor. 12,7
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u O Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade. 2 Cor. 3, 17
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u Trazemos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que se veja que este extraordinário poder é de Deus e não é nosso. Em tudo somos atribulados, mas não esmagados... 2 Cor. 4,7-8
u As coisas visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas. 2 Cor. 4, 18
u Nós somos loucos por causa de Cristo, e vós, sábios em Cristo! Nós somos fracos, e vós, fortes! Vós, honrados, e nós, desprezados! 1 Cor. 4, 10
u Cada um dê como dispôs em seu coração, sem tristeza nem constrangimento, pois ama quem dá com alegria. 2 Cor. 9, 7
u Por isso, não desanimamos: ainda que em nós o homem exterior se vá arruinando, o homem interior vai-se renovando de dia para dia. 2 Cor. 4,16
u Olhai as coisas de frente.
2 Cor. 10, 7
u Prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas; quando me sinto fraco, então é que sou forte. 2 Cor. 12, 9-10
u O amor não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. 1 Cor. 13, 6
u Dou graças Àquele que me deu força, Jesus Cristo nosso Senhor, que me julgou digno de confiança e me chamou ao Seu serviço. 1 Tim. 1, 12
u O amor tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 1 Cor. 13, 7
u Combate o bom combate da fé e conquista a vida eterna, para a qual foste chamado. 1 Tim. 6, 12
u Tu, homem, conquista a vida eterna. 1 Tim. 6, 12
uSei em Quem pus a minha confiança.
u O amor jamais passará.
1 Cor. 13, 8
u Agora vemos como num espelho, de maneira confusa; depois, veremos face a face. 1 Cor. 13, 12
2 Tim. 1, 12
u Procurai o amor e aspirai aos dons do Espírito. 1 Cor. 14, 1
u Se Deus está por nós, quem poderá estar contra nós? Rom. 8,31
u Tudo o que Deus criou é bom e nada deve ser rejeitado. 1 Tim. 4, 4
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u Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que ressoa ou um címbalo que retine. 1 Cor. 13, 1
u C onsolai-vos uns aos outros e edificai-vos recipro camente, como já o fazeis. 1 Tes. 5, 11
1 Cor. 13, 4
u Sede sempre alegres. Orai sem cessar. Em tudo dai graças. 1 Tes. 5, 16-18
u Tende entre vós os mesmos sentimentos, que es tão em Cristo Jesus. Fil. 2, 5
u Suportai os fracos, sede pacientes com todos. 1 Tes. 5, 14
u Dificilmente alguém morrerá por um justo; por uma pessoa boa talvez alguém se atreva a morrer. Mas é assim que Deus demonstra o Seu amor para connosco: quando ainda éramos pecadores é que Cristo morreu por nós. Rom. 5, 7
u Nada fazendo por competição e vanglória, mas com humildade, julgando cada um os outros superiores a si mesmo, nem cuidando cada um do que é seu, mas também do que é dos outros.
u Mantende-vos, portanto, firmes, tendo cingido os vossos rins com a verdade, vestido a couraça da justiça e calçados os pés com a prontidão para anunciar o Evangelho da paz
u Chegou a hora de nos levantarmos do sono. A noite já vai adiantada, aproxima-se o dia. Abandonemos as obras das trevas e revistamo-nos das armas da luz. Andemos dignamente, como convém em pleno dia. Rom. 12. 13a. 13, 11b
u O amor é paciente e prestável, não é invejoso.
Ef 6, 14-15
u Suportando-vos uns aos outros com amor. Ef. 4, 1-2 // Col. 3, 1-2
Fil. 2, 3
u Sede alegres na esperança.
Rom. 12,12
u Nós, os fortes, devemos carregar as debilidades dos fracos e não buscar a nossa própria satisfação. Rom. 15, 1-2
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