Um dos maiores diamantes do mundo foi encontrado na África do Sul. Em 29 de Setembro do passado ano 2009, foi encontrado na mina Letsend em Lesotho na África do Sul, um dos maiores diamantes do planeta.
Esta incrível peça dispõe de um peso de 478 quilates, e mais especificamente situa-se entre os vinte maiores diamantes encontrados actualmente. Para além deste exemplar, mais diamantes foram encontrados em Letsend, e estima-se que uma dessas peças com menor tamanho foi avaliada em 12 milhões de dólares.
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Como se formam os diamantes? Os diamantes formam-se em camadas internas da crosta terrestre, a cerca de 150 quilómetros da superfície. Nessas profundidades, a temperatura e a pressão a que as substâncias estão submetidas são muito altas, suficientes até para modificar as estruturas mais elementares. Com o tempo (milhares a milhões de anos), o calor e a pressão comprimem o carbono ali presente na forma de grafite ou de outros compostos, reorganizando as suas partículas mais simetricamente. O "encaixe" ou a simetria perfeita dessas moléculas dá à nova substância, características completamente diferentes dos outros compostos como a extrema rigidez, e a transparência. Essa nova estrutura de carbono é o diamante, considerado o mineral mais resistente do planeta, que só pode ser cortado ou riscado por outro diamante. Os diamantes chegam à superfície por meio do movimento do magma no interior da Terra".
estrutura molecular da grafíte
estrutura molecular do diamante
Características do diamante Diamante Composição C Brilho adamantino Dureza 10 Refracção 2,42 Clivagem perfeita densidade 3,48 Composição química: O diamante é um mineral da classe dos elementos nativos. Os minerais pertencentes a esta classe são todos aqueles que são constituídos somente moléculas simples e desprovidos de iões. Que é o caso do diamante, viste que é simplesmente composto por C (carbono).
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Clivagem ou descamação: A clivagem é a propriedade física de alguns minerais, que traduz a tendência de alguns minerais para se fragmentarem, por aplicação de uma força mecânica, segundo superfícies planas e brilhantes, de direcções bem definidas e constantes. Os planos de clivagem correspondem a superfícies de fraqueza da estrutura cristalina dos minerais. A clivagem de um mineral pode ser: perfeita, distinta ou indistinta. Sendo a clivagem perfeita para um mineral que descama sempre da mesma forma e uma clivagem indistinta para um mineral que não possua uma superfície preferencial de ruptura e que descame de uma forma irregular. Os diamantes apesar de resistentes e duros, apresentam uma clivagem quase perfeita.
Brilho: O brilho é a propriedade à intensidade da luz reflectida por uma superfície de fractura recente do mineral em estudo. Quanto a esta propriedade, os minerais podem ter um brilho metálico, submetálico ou não metálico. O diamante possui um brilho não metálico, característico dos minerais transparentes e translúcidos. Os minerais com este tipo brilho podem ter uma subclasse de brilho. No caso do diamante, possui um brilho adamantino que é característico dos diamantes, derivado do seu elevadíssimo índice de refracção.
Dureza: A dureza de um mineral é a resistência que oferece ao ser riscado por outro mineral. Em 1822, Friedrich Mohs, mineralogista Australiano, imaginou uma escala de dureza baseada na capacidade de um mineral riscar outro. A escala de Mohs, composta por dez minerais de dureza conhecida, permite determinar a dureza relativa de um mineral, mediante a facilidade com que é riscado por outro.
Escala de Mohs
Diz-se que um mineral é mais duro que outro se, e só se, o riscar, sem se deixar riscar por ele; e dois minerais têm a mesma dureza se se riscarem mutuamente ou se não se deixarem riscar um pelo outro. Para determinar a dureza de um mineral segundo esta escala, selecciona-se uma aresta viva, livre de impurezas, com a qual se experimenta riscar os sucessivos termos da escala no sentido decrescente. Até surgir o primeiro que se deixe efectivamente riscar. O diamante é o mineral mais duro que se conhece, possuindo uma dureza de 10 na escala de Mohs. 3
Diferenças entre o diamante e a grafite: O Diamante e a Grafite fazem ambos parte do grupo de minerais que apresentam a mesma composição química, mas estruturas cristalinas diferentes. O mineral diamante é constituído por carbono e o mineral grafite é igualmente constituído por átomos de carbono. Devido às diferentes condições físico-químicas que presidem a formação destes dois minerais, as formas cristalinas que apresentam são totalmente distintas, o que se reflecte numa das suas propriedades, a dureza. O diamante é o mineral mais duro que se conhece. Pelo contrário, a grafite é um mineral de baixa dureza, que é utilizado na elaboração de lápis e lapiseiras.
Os minerais que apresentam a mesma composição química, mas que possuem uma estrutura interna diferente, designam-se por minerais polimorfos. A diferença da estrutura interna não afecta só a dureza. Outras características também são afectadas. Por exemplo, a grafite conduz electricidade e o diamante não. Isso é explicado pela ligação dupla existente na grafite, que permite a existência de corrente eléctrica. João Bagueiro João Silva Nuno Martins Pedro Janeiro 12 Ct2
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