Cronografia

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Cronologia1

1908 1911 1913 1917

1919-1927

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Maria Helena nasce a 13 de Junho, filha única de Marcos e de Maria Graça Vieira da Silva. O Avô materno foi fundador do jornal de tendência liberal ‘O século’. 14 de Fevereiro, falecimento do seu pai em Leysin (Suíça). Estadia em Londres e Hastings onde assiste a uma representação do Sonho de uma Noite de Verão de Shakespeare. Assiste em Lisboa ao espectáculo dado pelos Ballets Russos. A biblioteca do Avô torna-se um dos seus locais favoritos, onde ela tem acesso a todo o tipo de livros. Uma tia é quem a incentiva pela via da arte. Estuda desenho com Emília Santos Braga e pintura com Armando Lucena, professor na Escola de Belas Artes de Lisboa. Dedica-se também à escultura. Vai para Paris por motivos intelectuais. Inscreve-se na «Academie de la Grande Chaumière», em Paris, onde tira o curso de escultura de Bourdelle. A Exposição Bonnard na Galeria Bernheim Jeune é uma revelação. Visita a Itália onde se entusiasma pela pintura de Sena. Estuda na academia escandinava com o escultor Despiau. Abandona definitivamente a escultura. Estuda pintura com Dufresne, Waroquier, Friesz. Pratica gravura no atelier de Hayter. Frequenta a academia de Fernand Léger e segue os cursos de Bissiére. Casa com Arpad Szenes, pintor húngaro. Instalam-se na ‘Villa des Camélias’ Encontro com Jeanne Bucher. Vieira da Silva descobre a obra de Torres Garcia. Participa no ‘Salon d’Automme’ e no ‘ Salon Surindépendants’. Primeira exposição individual de Jeanne Bucher na qual é apresentado KÔ e KÔ, livro para crianças, com texto de Pierre Guéguen e ilustrações de Vieira da Silva. Por alguns meses instala-se em Lisboa. António Pedro - escritor, pintor, encenador - organiza a sua primeira exposição na Galeria UP, em Lisboa. Vieira da Silva deixa Paris para se instalar temporariamente em Portugal. Em Janeiro, Vieira da Silva e Arpad Szenes, expõem pintura abstracta, no seu atelier de Lisboa. O jornal Paris Soir inicia a

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publicação dos seus desenhos em simultâneo com "Madame la Grammaire" de Pierre Guéguen. No princípio de Outubro regressa a Paris. Em Janeiro, expõe de novo na galeria Jeanne Bucher. Hilla Rebay adquire um dos seus quadros para a Colecção Guggenheim. Sai da ‘Villa des Camélias’ e instala-se com Arpad no atelier do Boulevard de Saint Jacques. Vieira da Silva e Arpad Szenes decidem viver em Portugal, face aos acontecimentos que se adivinham na Europa. Não lhes tendo sido concedida a nacionalidade portuguesa e apenas com passaporte das Nações Unidas, decidem partir para o exílio. Em Junho, o casal parte para o Brasil e instala-se no Rio de Janeiro. Rapidamente estabelecem contacto com poetas e escritores brasileiros, nomeadamente com Murilo Mendes e Cecília Meireles. O seu atelier torna-se um centro de reunião de jovens artistas como Ruben Navarra, que são fortemente influenciados por Vieira da Silva e Arpad Szenes. O Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro expõe as suas obras. Através de um jovem poeta uruguaio entra em contacto com Torrès Garcia, então em Montevideo. Algum tempo depois surge, na revista Alfar um caloroso artigo de Torrès Garcia onde ele aborda longamente o Desastre. Decora com azulejos a sala do restaurante da Escola Nacional de Agronomia, "Quilómetro 44". Expõe na Galeria Askanasy, Rio de Janeiro. J. Kubitscheck, Presidente da Câmara de Belo Horizonte, convida Vieira da Silva e Arpad Szenes a exporem as suas obras no Palácio Municipal. A Galeria Marian Willard apresenta a sua primeira exposição individual em Nova Iorque, com a organização de Jeanne Bucher. Em Março, Vieira da Silva retorna a França. Em Junho decorre uma exposição na Galeria Jeanne Bucher. Pierre Loeb visita o seu atelier e fica interessado pela sua obra. Permanência em Lisboa nos meses de Dezembro e Janeiro. Aquisição de La Partie d'éches (1948) pelo Estado Francês. Exposição individual na Galeria Pierre, Paris. Guy Weelen, jovem crítico, organizador de exposições em museus estrangeiros, requer uma autorização para visitar o seu atelier. Fica profundamente interessado pela obra de Vieira da Silva e de Arpad Szenes, que conhecerá uns meses mais tarde. Pierre Descargues publica o primeiro livro (monografia) sobre a sua pintura (Les Presse Littéraires de France, Paris). Exposição individual na Galeria Blanche (Estocolmo). Exposição de guaches com Reichel na Livraria-Galeria La Hune, Paris. O Estado francês adquire La Bibliothèque (1949), depositado no Museu Nacional da Arte Moderna, Paris. Em França, na região de Lille realiza a primeira exposição individual na Galeria Dupont. Exposição individual na Galeria Redfern, Londres. Prémio de aquisição na Bienal de S. Paulo.

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1969 1969/70 1971

Primeiro prémio de tapeçaria efectuada para a Universidade Basileia. Para dedicar-se à pintura, sem quaisquer perturbações e preocupações do dia a dia, pede a Guy Weelen que, amigo do casal, seja o elo entre eles e o mundo. Terceiro prémio na Bienal de Caracas. No atelier de René Bertholo e Maria de Lurdes, efectua uma série de serigrafias. Por decreto de 15 de Maio, Vieira da Silva e Arpad Szenes adquirem nacionalidade francesa. O estado adquire Jardins Suspendus (1955), depositado no Museu Nacional de Arte Moderna, Paris. Mudam-se do atelier Boulevard de Saint-Jacques para a nova casa, feita pelo arquitecto G. Johannet. Exposição na Galeria Pórtico-Lisboa. A mãe de Viera da Silva, instala-se definitivamente em Paris. Exposição individual em Genebra. Primeira grande retrospectiva em Hannover. Quarto prémio do Instituto Carnegie, de Pittsburgh. José Augusto França publica a primeira monografia em Portugal, Vieira da Silva, Artis, Lisboa, Colecção ‘Arte Contemporânea’. Trabalha nas gravuras destinadas a L' Inclémence lointaine, poemas de René Char. Em Março é nomeada pelo governo francês Cavaleiro da Ordem das Artes e de Letras. Exposição individual em Paris na Galeria Jeanne Bucher. Primeira estada em Nova Iorque. O Estado Francês adquire L'été ou Composition grise (1960). Em Janeiro, Vieira da Silva é distinguida com o grau de comentador da Ordem das Artes e das Letras. Grande Prémio Internacional de Pintura Bienal de S. Paulo. A 7 de Fevereiro morre a sua mãe. É apresentada numa retrospectiva da sua obra pela Galeria de Arte Moderna do Museu Cívico de Turim e pelo Museu de Pintura e de Escultura de Grenoble. Exposição individual na Galeria Albert Loeb, Nova Iorque. A Academia de Amadores de Música de Lisboa dedica-lhe uma exposição constituída por obras existentes nas colecções Portuguesas. Recebe a encomenda para a igreja de Saint-Jacques, em Reims. O Estado Francês adquire La Bibliothèque (1955). Exposição individual na Galeria Jeanne Bucher, Paris. A Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, adquire: Les Degrés (1964), Landgrave (1966) e L'Air du Vent (1966). Os vitrais realizados em colaboração com Charles Marq no Atelier J. Simon são colocados na Igreja de Saint-Jacques. A Museu Cantini (Marselha) adquire Le Satellite, (1955). O Estado Francês adquire as maquetes para os vitrais da igreja Saint-Jacques de Reims. Exposição na Galeria S. Mamede e Galeria 111- Lisboa. Retrospectiva da sua obra exibida em alguns museus da Europa e na Fundação Calouste Gulbenkian. Exposição na galeria ZEN no Porto e no Museu Fabre em Montpelier.

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1972 1973 1978 1982 1985 1986 1988 1989 1990 1991 1992

Ilustrações de O Banquete de Platão, edição Hermann. Desenho de homenagem a Pablo Neruda. Documentário biográfico Ma Femme Chamado Bicho Biografia por Augustina Bessa-Luís. Morte de Arpad Szenes no seu Atelier. Cartaz para a UNESCO. Medalha da cidade de Lisboa. Ordem do Mérito em França. Grande Cruz da Ordem da Liberdade em Portugal. Inauguração do painel de azulejos no Metropolitano de Lisboa (Cidade Universitária). Protocolo para a criação da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva. Medalha de Ouro da Cidade do Porto. Apresentação do projecto do Catálogo Raisonné Exposição Vieira da Silva na Fundação Juan March em Madrid. Vieira da Silva é promovida ao grau de Cavaleiro da Legião de Honra, em França. Morte de Maria Helena Vieira da Silva em Paris no dia 6 de Março.

Cronologia realizada a partir dos dados disponíveis na WWW:
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