claudino diasclaudino dias nasceu em coimbra, portugal, no dia 05 de novembro de 1860. no s�culo passado, era um verdadeiro arrojo as pessoas se declararem esp�ritas, principalmente nas cidades do interior, onde prevalecia a intoler�ncia religiosa. na cidade de barra do pira�, um cidad�o portugu�s de nome claudino dias professava o protestantismo com grande dedica��o. entretanto, ao ouvir freq�entemente os pastores de sua igreja atacarem o espiritismo, uma id�ia nova que havia surgido na cidade, ele interessou-se pelo estudo dessa doutrina, animado do prop�sito de tamb�m combater essa religi�o que os seus pastores apregoavam ser her�tica. ap�s alguns estudos, notou, no entanto, que os ensinamentos do espiritismo preenchiam a �nsia de conhecimento do seu esp�rito e satisfaziam velhas indaga��es que pululavam em seu intelecto. desta forma, em vez de se tornar um detrator do espiritismo, abra�ou-o com convic��o, aliando-se a manoel chaves, um dos poucos esp�ritas existentes na cidade, estabelecendo, assim, um sistema de estudo sistem�tico das obras que constitu�am a base da doutrina dos esp�ritos. em 1886, claudino dias j� era um esp�rita dos mais convictos. junto com outros companheiros, fundou, na cidade de barra do pira�, o grupo esp�rita s�o jo�o, que posteriormente passou a ser gr�mio esp�rita de benefic�ncia. dessa institui��o surgiram os primeiros focos de divulga��o do espiritismo, os quais, gra�as ao dinamismo e operosidade de claudino dias, logo se propalaram a outras cidades da vizinhan�a. em 1906, na sede da casa esp�rita, foi fundado o col�gio ismael, destinado aos filhos dos associados e � crian�a carente. em 1908 foi inaugurado o albergue s�o jo�o batista, uma das primeiras institui��es esp�ritas desse g�nero, no brasil. por ocasi�o da gripe espanhola de 1918, que causou in�meras v�timas, as instala��es do gr�mio foram cedidas para o atendimento dos pacientes acometidos por aquela enfermidade. em 1920 surgiu o asilo santo agostinho e em 1927 o hospital de pronto socorro, o qual, posteriormente, foi cedido para a prefeitura da cidade. claudino dias tornou-se, de direito e de fato, um dos mais aut�nticos desbravadores esp�ritas da regi�o. seu nome tornou-se fonte de refer�ncia para todos que quisessem falar sobre os seareiros esp�ritas. jamais esmoreceu diante das dificuldades, levantando bem alto a bandeira do espiritismo, fazendo com que a doutrina se tornasse admirada por todos e que a obra esp�rita se destacasse como express�o do que pode ser feito onde existe o idealismo e a firme disposi��o para o trabalho. claudino dias desencarnou em barra do pira� � rj, em 31 de dezembro de 1935. fonte de consulta: personagens do espiritismo, de antonio de souza lucena e paulo alves godoy, editora feesp