Citoesqueleto O citoesqueleto é uma armação protéica filamentosa que encontra-se espalhada por todo o citosol de células eucariontes. O citoesqueleto tem por função dar forma e motilidade e ainda funcionar como “sistema muscular” da célula. Sua composição consiste em três tipos fundamentais de filamentos, são eles: filamentos intermediários, microtúbulos e filamentos de actina. Além de um conjunto de proteínas acessórias, como: reguladoras, ligadoras e motoras. Os filamentos intermediários são assim denominados devido a sua espessura ser menor que a dos microtúbulos e maior que as dos filamentos de actina, apresentando 10 nm de diâmetro. A sua composição química é diversa. Trata-se de polímeros lineares compostos de monômeros protéicos que apresentam estrutura em hélice α fibrosa. Esta característica os diferencia dos microtúbulos e dos filamentos de actina que possuem monômeros globulares. Os filamentos intermediários são formados por quatro pares de protofilamentos. Esses filamentos formam uma rede contínua estendida entre a membrana plasmática e o envoltório nuclear, ao redor da qual compõem uma malha filamentosa compacta. Contribuem para a manutenção da forma celular e estabelecem as posições das organelas no interior das células, não esquecendo que sua função principal é de natureza mecânica. São agrupados em seis tipos: laminofilamentos, filamentos de queratina, filamentos de vimentina, filamentos de desmina, filamentos gliais e neurofilamentos. Todos os filamentos intermediários apresentam a mesma organização estrutural. Os microtúbulos possuem um diâmetro de 25 nm e são encontrados em quase todas as células eucariontes. São polímeros compostos por unidades protéicas chamadas tubulinas. Cada tubulina é um heterodímero, cujas duas unidades – α tubulinas e β tubulinas – são proteínas do tipo globular. Os microtúbulos apresentam pólos já que em suas extremidades ficam expostos as subunidades α e na outra as subunidades β. Durante a polimerização, o microtúbulo se alonga e durante a despolimerização ele se encurta. Devido a esses processos uma das extremidades é chamada mais e a outra menos. Ele se alonga pela extremidade mais e se encurta pela extremidade menos. A despolimerização do microtúbulo é muito mais
rápida do que a polimerização. A diferença de velocidade se torna evidente quando o microtúbulo passa de uma fase de alongamento para outra de encurtamento e vice-versa. Os microtúbulos apresentam um aspecto tubular e são notadamente retilíneos e uniformes. Os microtúbulos se classisficam de acordo com sua localização em: citoplasmáticos, mitóticos, ciliares e centriolares. Os microtúbulos citoplasmáticos nascem em uma estrutura contígua ao núcleo chamado centrossomo. Então, estendem-se por todo o citoplasma para alcançar a membrana plasmática, na qual se fixam. Os microtúbulos citoplasmáticos são estruturas dinâmicas, já que incessantemente se formam microtúbulos novos, quando alguns se alongam e outros se encurtam até desaparecer. Eles constituem verdadeiras vias de transporte pelas quais se mobilizam macromoléculas e organelas de um ponto a outro do citoplasma. Esta função é realizada com a assistência de duas proteínas motoras: a cinesina e a dineína. Um exemplo de transporte através destas proteínas é observado nos melanócitos da pele, cujos grânulos de melanina, diante de determinados estímulos, deslizam ao longo dos microtúbulos tanto centrípeta como centrifugamente. Os microtúbulos citoplasmáticos contribuem para o estabelecer a forma celular. Além disso, mediante as proteínas acessórias, mantêm o retículo endoplasmático e o complexo de Golgi em suas posições no citoplasma.