CIGANOS NA UMBANDA "Eu vi um formoso Cigano Sentado na beira do Rio Com seus cabelos negros E os olhos cor de anil Quando eu me aproximava o cigano me chamou Com seus dados nas mãos O cigano me falou Seus caminhos estão abertos Na saúde, na paz e amor, Foi se despedindo e me abençoou Eu não sou daqui, mas vou levar saudades, Eu sou o Cigano Pablo, lá das Três Trindades." Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e "carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades. Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço. O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial. A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam faze-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização doutrinária. Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade as obras divinas. Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas. Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges. Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano. Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de ex ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs. O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e
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trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria. Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais. Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como característica e identificação. Dentro os mais conhecidos, podemos citar os ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também. É imprescindível que se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe hierarquia, apenas lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar a notoriedade de todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o mesmo valor e importância. Por sua própria razão diferenciada, também diferenciado como dissemos é a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo algum estabelecer regras ou esgotar o assunto, o que jamais foi nossa pretensão, mesmo porque não possuímos conhecimento de para tanto. A razão é que a respeito sofremos de uma carência muito grande de informação sobre o assunto e a intenção é dividir o que conseguimos aprender a respeito deste seguimento e tratamento. Somos sabedores que muitas outras forças também existem e o que passamos neste trabalho são maneiras simples a respeito, sem entrar em fundamentos mais aprofundados, o que é bom deixar induvidosamente claro. É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos. Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc. Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar. Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar normal. Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferencia do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada. Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce. E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la. Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel. Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus. As saias das ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas, medalhas, são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos ciganos em geral. Os ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos. Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza. Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu. Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza. Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselha-las para o bem. É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua..." 2
Trecho extraído do livro "Rituais e Mistérios do povo Cigano", de Nelson Pires Filho Ed. Madras Os ciganos e seus costumes secretos A arte de viver bem e feliz.Prosperidade!Liberdade!Amor! e Ouro! COSTUMES Os ciganos não representam um povo compacto e homogêneo, mesmo pertencendo a uma única etnia, existe a hipótese de que a migração desde a Índia tenha sido fracionada no tempo, e que desde a origem fossem divididos em grupos e subgrupos, falando dialetos diferentes. As diferenças no tipo de vida, a forte vocação ao nomadismo de alguns, contra a tendência à sedentarização de outros gera uma série de contrastes que não se limitam a uma simples incapacidade de conviver pacificamente. Em linhas gerais, os Sintos são menos conservadores e tendem a esquecer com maior rapidez a cultura dos pais. Talvez este fato não seja recente, mas de qualquer modo é atribuído às condições socioculturais nas quais por longo tempo viveram. Quanto aos Rom de imigração mais recente, se nota ao invés uma maior tendência à conservação das tradições, da língua e dos costumes próprios dos diversos subgrupos. Sua origem desde países essencialmente agrícolas e ainda industrialmente atrasados (leste europeu) favoreceu certamente a conservação de modos de vida mais consoantes à sua origem. Não é possível, também em razão da variedade constituída pela presença conjunta de vários grupos, fornecer uma explicação detalhada das diversas tradições. Alguns aspectos principais, ligados aos momentos mais importantes da existência, merecem ser descritos, ao menos em linhas gerais. Antigamente era muito respeitado o período da gravidez e o tempo sucessivo ao nascimento do herdeiro; havia o conceito da impureza coligada ao nascimento, com várias proibições para a parturiente. Hoje a situação não é mais tão rígida; o aleitamento dura muito tempo, às vezes se prolongando por alguns anos. No casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou subgrupo, com notáveis vantagens econômicas. Um cigano pode casar-se com uma gadjí, isto é, uma mulher não cigana, a qual deverá porém submeter-se às regras e às tradições ciganas. A importância do dote é fundamental especialmente para os Rom; no grupo dos Sintos se tende a realizar o casamento através da fuga e conseqüente regularização. Aos filhos é dada uma grande liberdade, mesmo porque logo deverão contribuir com o sustento da família e com o cuidado dos menores. No que se refere à morte, o luto pelo desaparecimento de um companheiro dura em geral muito tempo. Junto aos Sintos parece prevalecer o costume de queimar-se a kampína (o trailer) e os objetos pertencentes ao defunto. Entre os ritos fúnebres praticados pelos Rom está a pomána, banquete fúnebre no qual se celebra o aniversário da morte de uma pessoa. A abundância do alimento e das bebidas exprimem o desejo de paz e felicidade para o defunto. NASCIMENTO Uma criança sempre é bem vinda entre os ciganos. É claro que sua preferência é para os filhos homens, para dar continuidade ao nome da família. A mulher cigana é considerada impura durante os quarenta dias de resguardo após o parto. Logo que uma criança nasce, uma pessoa mais velha, ou da família, prepara um pão feito em casa, semelhante a uma hóstia e um vinho para oferecer ás três fadas do destino, que visitarão a criança no terceiro dia, para designar sua sorte. Esse pão e vinho será repartido no dia seguinte com todos as pessoas presentes, principalmente com as crianças. Da mesma forma e com a finalidade de espantar os maus espíritos, a criança recebe um patuá assinalado com uma cruz bordada ou desenhada contendo incenso. O batismo pode ser feito por qualquer pessoa do grupo e consiste em dar o nome e benzer a criança com água, sal e um galho verde. O batismo na igreja não é obrigatório, embora a maioria opte pelo batismo católico. CASAMENTO
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Desde pequenas, as meninas ciganas costumam ser prometidas em casamento. Os acertos normalmente são feitos pelos pais dos noivos, que decidem unir suas famílias. O casamento é uma das tradições mais preservadas entre os ciganos, representa a continuidade da raça, por isso o casamento com os não ciganos não é permitido em hipótese alguma. Quando isso acontece a pessoa é excluída do grupo. É pelo casamento que os ciganos entram no mundo dos adultos. Os noivos não podem Ter nenhum tipo de intimidade antes do casamento. Quando o casamento acontece, durante três dias e três noites, os noivos ficam separados dando atenção aos convidados, somente na terceira noite é que podem ficar pela primeira vez a sós. Mesmo assim, a grande maioria dos ciganos no Brasil, ainda exigem a virgindade da noiva. A noiva deve comprovar a virgindade através da mancha de sangue do lençol que é mostrada a todos no dia seguinte. Caso a noiva não seja virgem, ela pode ser devolvida para os pais e esses terão que pagar uma indenização para os pais do noivo. No caso da noiva ser virgem, na manhã seguinte do casamento ela se veste com uma roupa tradicional colorida e um lenço na cabeça, simbolizando que é uma mulher casada. Durante a festa de casamento, os convidados homens, sentam ao redor de uma mesa no chão e com um pão grande sem miolo, recebem dos os presentes dos noivos em dinheiro ou em ouro. Estes são colocados dentro do pão ao mesmo tempo em que os noivos são abençoados. Em troca recebem lenços e flores artificiais para a mulheres. Geralmente a noiva é paga aos pais em moedas de ouro, a quantidade é definida pelo pai da noiva. MORTE Os ciganos acreditam na vida após a morte e seguem todos os rituais para aliviar a dor de seus antepassados que partiram. Costumam colocar no caixão da pessoa morta uma moeda para que ela possa pagar o canoeiro a travessia do grande rio que separa a vida da morte. Antigamente costumava-se enterrar as pessoas com bens de maior valor, mas devido ao grande número de violação de túmulos este costume teve que ser mudado. Os ciganos não encomendam missa para seus entes queridos, mas oferecem uma cerimônia com água, flores, frutas e suas comidas prediletas, onde esperam que a alma da pessoa falecida compartilhe a cerimônia e se liberte gradativamente das coisas da Terra. As cerimônias fúnebres são chamadas "Pomana" e são feitas periodicamente até completar um ano de morte. Os ciganos costumam fazer oferendas aos seus antepassados também nos túmulos. MUSICA E DANÇA Quando os ciganos deixaram o Egito e a Índia, eles passaram pela Pérsia, Turquia, Armênia, chegando até a Grécia, onde permaneceram por vários séculos antes de se espalharem pelo resto da Europa. A influência trazida do oriente é muito forte na música e na dança cigana. A música e a dança cigana possuem influência hindu, húngaro, russo, árabe e espanhol. Mas a maior influência na música e na dança cigana dos últimos séculos é sem dúvida espanhola, refletida no ritmo dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado no flamenco. Alguns grupos de ciganos no Brasil conservam a tradicional música e dança cigana húngara, um reflexo da música do leste europeu com toda influência do violino, que é o mais tradicional símbolo da música cigana. Liszt e Beethoven buscaram na música cigana inspiração para muitas de suas obras. Tanto a música como a dança cigana sempre exerceram fascínio sobre grandes compositores, pintores e cineastas. Há exemplos na literatura, na poesia e na música de Bizet, Manuel de Falla e Carlos Saura que mostram nas suas obras muito do mistério que envolve a arte, a cultura e a trajetória desse povo. No Brasil, a música mais tocada e dançada pelos ciganos é a música Kaldarash, própria para dançar com acompanhamento de ritmo das mãos e dos pés e sons emitidos sem significação para efeito de acompanhamento. Essa música é repetida várias vezes enquanto as moças ciganas dançam.
Web site: www.guardioesdaluz.com.br Autor: Guardiões da Luz Os Ciganos e sua origem Saiba mais sobre os ciganos e suas raízes, pesquisas e suas origens enigmáticas
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Há uma lenda cigana, passada por gerações e gerações, que diz que o povo cigano foi guiado por um rei no passado e que se instalaram em uma cidade da Índia chamada Sind onde eram muito felizes. Mas em um conflito, os muçulmanos os expulsaram , destruindo toda a cidade. Desde então foram obrigados a vagar de uma nação a outra... Outras informações sobre as origens dos ciganos foram obtidas através de estudos lingüísticos feitos a partir do século passado. A comparação entre os vários dialetos que constituem a língua cigana, chamada romaní ou romanês, e algumas línguas indianas, como o sânscrito, o prácrito, o maharate e o punjabi, permitiu que se estabelecesse com certeza a origem indiana dos ciganos. A razão pela qual abandonaram as terras nativas da Índia permanece ainda envolvida em mistério. Parece que eram originariamente sedentários e que devido ao surgimento de situações adversas, tiveram que viver como nômades. Segundo outra lenda, narrada pelo poeta persa Firdausi no século V d.C., um rei persa mandou vir da Índia dez mil Luros, nome atribuído aos ciganos, para entreter o seu povo com música. É provável que a corrente migratória tenha passado na Pérsia, mas em data mais recente, entre os séculos IX e X. Vários grupos penetraram no Ocidente, seja pelo Egito, seja pela via dos peregrinos, isto é, Creta e o Peloponeso. O caráter misterioso dos ciganos deixou uma profunda impressão na sociedade medieval. Mas a curiosidade se transformou em hostilidade, devido aos hábitos de vida muito diferentes daqueles que tinham as populações sedentárias. A presença de bandos de ex-militares e de mendigos entre os ciganos contribuiu para piorar sua imagem. Além disso, as possibilidades de assentamento eram escassas, pois a única possibilidade de sobrevivência consistia em viver às margens das sociedades. Os preconceitos já existentes eram reforçados pelo convencimento difundido na Europa que a pele escura fosse sinal de inferioridade e de malvadeza. Os ciganos eram facilmente identificados com os Turcos porque indiretamente e em parte eram provenientes das terras dos infiéis, assim eram considerados inimigos da igreja, a qual, condenava as práticas ligadas ao sobrenatural, como a cartomancia e a leitura das mãos que os ciganos costumavam exercer. A falta de uma ligação histórica precisa a uma pátria definida ou a uma origem segura não permitia o reconhecimento como grupo étnico bem individualizado, ainda que por longo tempo haviam sido qualificados como Egípcios. A oposição aos ciganos se delineou também nas corporações, que tendiam a excluir concorrentes no artesanato, sobretudo no âmbito do trabalho com metais. O clima de suspeitas e preconceitos se percebe na criação de lendas e provérbios tendendo a por os ciganos sob mau conceito, a ponto de recorrerse à Bíblia para considerá-los descendentes de Caim, e portanto, malditos (Gênesis 9:25). Difundiu-se também a lenda de que eles teriam fabricado os pregos que serviram para crucificar Cristo (ou, segundo outra versão, que eles teriam roubado o quarto prego, tornando assim mais dolorosa a crucificação do Senhor). Dos preconceitos á discriminação, até chegar as perseguições. Na Sérvia e na Romênia foram mantidos em estado de escravidão por um certo tempo; a caça ao cigano aconteceu com muita crueldade e com bárbaros tratamentos. Deportações, torturas e matanças foram praticadas em vários Estados, especialmente com a consolidação dos Estados nacionais. Sob o nazismo os ciganos tiveram um tratamento igual ao dos judeus: muitos deles foram enviados aos campos de concentração, onde foram submetidos a experiências de esterilização, usados como cobaias humanas. Calcula-se que meio milhão de ciganos tenha sido eliminado durante o regime nazista. Atualmente, os ciganos estão presentes em todos os países europeus, nas regiões asiáticas por eles atravessadas, nos países do oriente médio e do norte da África. Na Índia existem grupos que conservam os traços exteriores das populações ciganas: trata-se dos Lambadi ou Banjara, populações seminômades que os "ciganólogos" definem como "Ciganos que permaneceram na pátria". Nas Américas e na Austrália eles chegaram acompanhando deportados e colonos; sucessivamente estabeleceram fluxos migratórios para aquelas regiões. Recentes estimativas sobre a consistência da população cigana indicam uma cifra ao redor de 12 milhões de indivíduos. Deve-se salientar que estes dados são aproximados, pois na ausência de censos, esses se baseiam em fontes de informação nem sempre corretas e confirmadas. Na Itália inicialmente o grupo dos Sintos representava uma grande maioria, sobretudo no Norte; mas nos últimos trinta anos esse grupo foi progressivamente alcançado e às vezes suplantado pelo grupo dos Rom provenientes da vizinha antiga Iugoslávia e, em quantidades menores, de outros países do leste europeu. Na Itália meridional já estava presente há muito tempo o grupo dos Rom Abruzzesi, vindos talvez por mar desde os Balcãs. A ORIGEM A origem indiana dos ciganos é hoje admitida por todos os estudiosos. População indo-européia, mais especialmente indoiraniana: não há dúvidas quanto ao que diz respeito à língua e à cultura. Os indianistas modernos, no entanto, têm tendência a não considerá-lo um grupo homogêneo, mas um povo viajante muito antigo, composto de elementos diversos, alguns dos quais poderiam vir do sudeste da Índia. A maior parte dos indianistas, porém, fixa a pátria dos ciganos no noroeste da Índia. A maioria, igualmente, os ligam à casta dos párias. Isso em parte por causa de seu aspecto miserável, que não se deve a séculos de perseguição, pois foi descrito 5
bem antes da era das perseguições. Também por causa dos empregos subalternos e das profissões geralmente desprezadas na Índia contemporânea pelos indianos que lhes parecem estreitamente aparentados. Um dos nomes mais freqüentemente dados aos ciganos era o de Egypcios. Por que esse nome, por que os títulos de duque ou conde do Pequeno Egito adotados com freqüência pelos chefes ciganos? Uma crônica de Constâncio menciona os "Ziginer", que visitam, em 1438, a cidade de uma ilha "não distante do Pequeno Egito". Um dos principais centros na costa do Peloponeso encontrava-se ao pé do monte Gype, conhecido pelo nome de Pequeno Egito. Pode-se perguntar por que o local era chamado de Pequeno Egito. Não seria justamente por causa da presença dos Egypcios? O certo é que não pode se tratar do Egito africano. O itinerário das primeiras migrações ciganas não passa pela África do Norte. O geógrafo Bellon, ao visitar o vale do Nilo no século XVI, encontra, diz ele, pessoas designadas de Egypcios na Europa, pessoas que no próprio Egito eram consideradas estrangeiras e recém-chegadas. Nenhum argumento histórico ou lingüístico permite confirmar a hipótese de algum êxodo dos ciganos do Egito, ao longo da costa africana para ganhar, pelo sul, a península ibérica. Ao contrário, os ciganos chegaram à Espanha pelo norte, depois de terem atravessado toda a Europa. O cigano designa a si próprio como Rom, pelo menos na Europa (Lom, na Armênia; Dom, na Pérsia; Dom ou Dum, Síria) ou então como Manuche. Todos esses vocábulos são de origem indiana (manuche, ou manus, deriva diretamente do sânscrito) e significam "homem", principalmente homem livre. "Rom" e "Manuche" se aplicam a dois dos principais grupos ciganos da Europa Ocidental. Uma designação logrou êxito, a de uma antiga seita herética vinda da Ásia Menor à Grécia, os Tsinganos, dos quais subsistia - quando da chegada dos ciganos à terra bizantina - a fama de mágicos e adivinhos. Os gregos diziam Gyphtoï ou Aigyptiaki; os albaneses, Evgité. Depois que partiram das terra gregas, ficou-lhes esse nome, sob diversas formas. O nome Égyptien era de uso corrente na França do séc. XV ao XVII. Em espanhol, Egiptanos, Egitanos, posteriormente Gitanos (de onde surgiu Gitans em francês); às vezes em português Egypcios; em inglês Egypcians ou Egypcions, Egypsies, posteriormente Gypsies; em neerlandês, Egyptenaren, Gipten ou Jippenessen. LÍNGUA A língua cigana (o romani) é uma língua da família indo-européia. Pelo vocabulário e pela gramática, está ligada ao sânscrito. Fazendo parte do grupo de línguas neo-indianas, é estreitamente aparentada a línguas vivas tais como o hindi, o goujrathi, o marathe, o cachemiri. No entanto, eles assimilariam muitos vocábulos das línguas dos países por onde passaram. RELIGIÃO Os ciganos, ao deixarem a Índia, não carregaram suas divindades. Eles possuíam na sua língua apenas uma palavra para designar Deus (Del, Devel). Eles se adaptaram facilmente às religiões dos países onde permaneceram. No mundo bizantino, tornaram-se cristãos. Já no início do século XIV, em Creta, praticavam o rito grego. Nos países conquistados pelos turcos, muitos ciganos permaneceram cristãos enquanto que outros renderam-se ao Islã. Desde suas primeiras migrações em direção ao Oeste eles diziam ser cristãos e se conduziam como peregrinos. A peregrinação mais citada em nossos dias, quando nos referimos aos ciganos, é a de Saintes-Maries-de-la-Mer, na região da Camargue (sul da França). Antigamente era chamada de Notres-Dames-de-la-Mer. Mas não foi provado que, sob o Antigo Regime, os ciganos tenham tomado parte na grande peregrinação cristã de 24 e 25 de maio, tão popular desde a descoberta no tempo do rei René, das relíquias de Santa Maria Jacobé e de Santa Maria Salomé, que surgiram milagrosamente em uma praia vizinha. Nem que já venerassem a serva das santas Marias, Santa Sara a Egípcia, que eles anexarão mais tarde como sua compatriota e padroeira. A pratica e o básico para se começar a pensar em Magia Cigana! Praticas comuns, que requerem sem dúvida mais e mais aprendizado.Começando pelo começo! A magia milenar de um povo encantado!
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Fale conosco e aprenda mais sobre esse grande povo encantado.Mande um e-mail para noso endereço de correio eletronico e resolva seu problema! FALE CONOSCO E CONHEÇA MAIS SOBRE ESSES MISTÈRIOS QUE FASCINAM O MUNDO ATÈ HOJE! O Nome na maçã Pegue uma maçã e um pedacinho de papel branco. Escreva nesse papel o nome da pessoa amada. Faça um furo na maçã e coloque, nesse furo, o pedacinho de papel com o nome escrito. Feche esse buraco com mel e açúcar. Vá até um jardim público, coloque-se de costas e atire a maçã por sobre a cabeça. Retire-se sem olhar para trás. Não retorne a esse lugar por sete dias. Encantamento com fotografia Pegue uma fotografia da pessoa amada, amarre uma fita vermelha horizontalmente, deixando as pontas pendentes. Prenda-a do lado de fora da porta da frente da sua casa, numa noite de lua cheia, após as nove horas da noite. Deixe até o dia seguinte, quando deve retirá-la e pô-la debaixo do travesseiro, até a pessoa voltar. (E ela volta!). Para prender o coração de alguém Costure um saquinho de veludo vermelho colocando dentro arruda, uma foto de seu amor e alecrim, de forma que a foto fique entre as duas plantas. Termine de fechar com linha, mas não dê nenhum nó no arremate. Simplesmente continue alinhavando ao redor do saquinho até a linha terminar. Nenhum pedaço deve sobrar nem ser jogado fora. Feito isso, introduza a agulha no interior do saquinho. Passe a carregar consigo esse talismã e sempre nas sextas-feiras de Lua Cheia, tente se aproximar dessa pessoa e conversar, mas sempre só após as nove horas da noite. Quando você conseguir o que pretende, enterre o saquinho perto de uma bonita árvore.
Receita Cigana de Banho para atrair o seu amor Se você tem banheira, use-a. Se não, coloque em uma panela grande, contendo 2 litros de água. Coloque arruda, erva doce, açúcar cristal ,um ramo de amor agarradinho e uma gota de seu perfume usual na água aquecida sem ferver. Após o seu banho normal, jogue a água sobre você (ou entre na banheira) mentalizando o seu amor. Acenda uma vela vermelha para o cigano Wladimir (protetor dos grandes amores). Ritual de Nascimento O cigano preserva muito a sua sorte. Existem várias crenças para mantê-la, da vida uterina até a morte. Diariamente a gestante cigana faz um ritual simples para que a criança ao nascer tenha sorte: ao avistar os primeiros raios de sol, passa a mão em sua barriga; da mesma forma, logo que vê os primeiros raios de luar, ela repete o gesto, desejando sorte e felicidade para o bebê. Esta é a forma dela saudar as forças da natureza e pedir-lhe as bênçãos de suas luzes para a vida que já existe em seu ventre. No sétimo dia após o nascimento da criança a mãe dá um banho no bebê, jogando moedas e jóias de ouro e pétalas de rosas em sua água, para que o filho ou filha conheça sempre a fartura , a prosperidade e a riqueza.
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Web site: www.feguardioesdaluz.com.br Autor: Guadiões da Luz A origem do culto de Santa Sara permanece um mistério e foi provavelmente na primeira metade do século XIX que os Boêmios criaram o hábito da grande peregrinação anual à Camargue.
Fonte: Livro Mille ans d'histoire des Tsiganes, autor: François de Vaux de Foletier Web site: WWW.FEGUARDIOESDALUZ.COM.BR Autor: Guardiões da Luz Conhecendo um pouco mais de suas magias! Confira! Para Prosperidade Arroz cru, 6 moedas antigas, 1 maçã, 1 tijela branca pequena e 6 folhas d louro. Modo de preparar: Ponha na tijela o arroz cru, por cima as 6 moedas antigas. Coloque a maçã por cima de tudo, quando arrumar, e as folhas de louros em volta. Manteha dentro de sua casa em local apropriado. Troque a maçã quando for necessário. Para o Amor 1 maçã, 3 fitas de cetim coloridas (vermelha, rosa e branca), 1 tijelinha branca de louça, mel, nomes dos pretendentes. Modo de preparar: Abra a maçã no meio, tire o miolo, coloque o seu nome e o da pessoa amada, ponha um pouco de mel e a seguir una as maçãs, amarrando-a com fitas coloridas. Ponha na tijela e cubra com mel. Leve a uma campina e entregue as ciganas encantadas fazendo seus pedido. Para não faltar dinheiro Trigo de quibe, 1 estrêla de seis pontas feita em cartolina laminada dourada, 6 moedas corrente, 6 imãs, 1 flor de girassol, 1 pirita, essência de heliotrópio e 1 prato fundo branco. Modo de preparar: Coloque no prato uma porção de trigo, a estrêla de seis pontas, com uma moeda corrente e um imã em cada ponta. No centro da estrêla, coloque a flor de girassol e a pirita no centro da flor e borrife com a essência de heliotrópio. Faça essa simpatia numa noite de lua cheia, expondo-a a lua sobre um lenço estampado, fazendo seus pedidos aos ciganos. Pela manhã recolha e guarde em lugar alto na sua casa. Para quem sofre de bronquite 3 cavalos marinhos torrados, sumo de folhas de saião, açucar mascavo. Modo de fazer: Misture todos os ingredientes e sirva ao doente. Repita essa simpatia por nove luas. Faça essa simpatia numa lua minguante. Banho atrativo 1 rosa branca, 1 punhado de erva-doce, 1 punhado de cravo da índia, 1 punhado de canela em pau, 1 punhado de manjericão fresco, 7 colheres de café de açúcar, 7 gotas de baunilha, 7 gotas de essência de rosas. 8
Modo de preparar: Ponha pra ferve mais ou menos 1 ½ de água. Quando ferver apague, coloque todos os ingreientes, a rosa despetalada e abafe. Tome seu banho normal e depois ponha esse banho do pescoço para baixo, deixando secar sem auxílio da toalha. Breve da Sorte 1 ferradura pequenina, 1 espadinha de metal, 1 folha de louro, 2 cm de cetim azul rei, 1 oração de Sto. Onofre. Modo de fazer: Faça um saquinho com o cetim, coloque tudo dentro e não se separe deste breve. Web site: www.feguardioesdaluz.com.br Autor: Guardiões da Luz Um pouco mais dos Ciganos! Vale a pena ver! Astrologia cigana! Conheça como voce fica na astrologia cigana! Confira! ASTROLOGIA CIGANA Veja a correspondência com seu Signo Ocidental ! Punhal (21/03 a 20/04) - Áries O Punhal é a imagem da luta e vontade de vencer. Representa honra, vitória e êxitos. Os ciganos também usavam o punhal para abrir matas, sendo então, símbolo de superação e pioneirismo. A pessoa sob esta influência é uma pessoa irrequieta, firme e dona de si mesma. Ousada, tem uma personalidade forte e odeia ser subestimada. Quando isso ocorre, torna-se agressiva. Ama demais, é fiel e adora sexo. Não é econômica, mas sabe controlar o dinheiro. Se sai bem em esportes, artes marciais e cargos de chefia e liderança. Coroa (21/04 a 20/05) - Touro Relaciona-se ao ouro e a nobreza. É símbolo de amor puro, força, poder e elegância, o que torna a pessoa desse elemento valorizada e importante. A pessoa sob esta influência luta pelo que quer, pois a estabilidade financeira lhe é fundamental. Nasceu para administrar e querer ser dona de seu próprio trabalho. É fiel no amor, sensível e não suporta que brinquem com seus sentimentos. Gosta das artes e tem grande criatividade para trabalhar esse setor. Candeias (21/05 a 20/06) - Gêmeos Representa as luzes e a verdade, portanto a sabedoria e a clareza de idéias. As candeias eram usadas para iluminar os acampamentos. Também simbolizam a esperteza e a vivacidade. A pessoa sob esta influência é comunicativa e tem uma inteligência brilhante, fazendo muitos amigos. Adora estudar e pesquisar, principalmente, o que se relaciona a ela mesma. É romântica e nunca desiste de uma conquista, mesmo que não se envolva por completo. Quando quer algo, consegue. Roda (21/06 a 21/07) - Câncer Por representar o ir e vir e estar relacionada à Lua, pela sua forma arredondada, as pessoas regidas por este signo tem uma forte ligação com as mulheres e gestantes em geral. A emoção é a palavra que traduz seu jeito. A roda move sua vida na alegria e na tristeza. É dócil e tranqüila, mas, quando se irrita, sai de baixo. É um pouco insegura e tem uma certa tendência à nostalgia. Ama com intensidade e sente muito ciúme. 9
Estrela (22/07 a 22/08) - Leão A estrela cigana possui seis pontas, formando dois triângulos iguais, que indicam a igualdade entre o que está a cima e o que está a baixo. Representa sucesso e evolução interior. A pessoa que nasce sob esta influência é otimista e alto astral, nasceu para brilhar. Curte a vida intensamente e tem um talento especial para atrair as pessoas. Vive rodeada de amigos, mas tem mania de querer que tudo seja como deseja. Conseguirá ótimas oportunidades como atriz, dançarina, modelo, cantora Sino (23/08 a 22/09) - Virgem Exatidão e perfeição. Nos séculos passados, era usado como relógio, e os ciganos o associaram à pontualidade, à disciplina e à firmeza. A pessoa sob esta influência é bastante organizada, ambiciosa, que supera sempre suas próprias expectativas. Acha que a vida é para ser aproveitada nos mínimos detalhes, porém, com consciência e sem exageros. Muito inteligente, analisa e critica tudo o que está ao seu redor. Se sai bem trabalhando com administração. Moeda (23/09 a 22/10) - Libra A moeda é associada ao equilíbrio e à justiça e relacionada à riqueza material e espiritual, que é representada pela cara e coroa. Para os ciganos, cara é o ouro físico, e coroa, o espiritual. A pessoa sob esta influência é sensível, charmosa, vive de amores e sentimentos. Tem que estar apaixonada sempre. As atenções se voltam para você facilmente. Tem talentos artísticos e decorativos. Adora ajudar as pessoas e vive para isso. Razão pela qual está sempre cercada de amigos e companheiros. Adaga (23/10 a 21/11) - Escorpião A adaga é entregue ao cigano quando ele sai da adolescência e ingressa na vida adulta. Por isso, é associada também à morte, ou seja, às mudanças necessárias que a vida nos oferece para crescermos. A pessoa sob esta influência tem um temperamento forte e enigmático, se torna irresistível e respeitada. Possui uma mente analítica, percebendo tudo o que está ao seu redor. Sempre procura se aprofundar no que está à sua volta, seja no amor ou no trabalho. Ama de maneira sensual e arrebatadora. Machado (22/11 a 21/12) - Sagitário O machado é o destruidor de bloqueios e barreiras. Ele simboliza a liberdade, pois rompe com todas os obstáculos que a natureza impõem. A pessoa sob esta influência tem a liberdade como a palavra que mais gosta de falar e curtir. Aventureira, jamais permanece parada em um só lugar. É como o vento, que tudo toca, em tudo está, mas em nada fica. Otimista, até as dores para você são sinais de alegria. Apaixona-se e se desapaixona facilmente. Se dá bem com trabalhos sem rotinas em que possa aprender sempre. Ferradura (22/12 a 20/01) - Capricórnio A ferradura representa o esforço e o trabalho. Os ciganos têm a ferradura como um poderoso talismã, que atrai a boa sorte, a fortuna e afasta o azar. A pessoa sob esta influência tem seu bom senso, às vezes se torna séria demais. Tem, então, que se soltar um pouco mais. Raramente, confia em alguém. Busca amores estáveis e concretos. Pretende casar e ter filhos. É completamente familiar, ama os poucos amigos e se dedica à profissão. Taça (21/01 a 19/02) - Aquário União e receptividade, pois qualquer líquido cabe nela e adquire sua forma. Tanto que, no casamento cigano, os noivos tomam vinho em uma única taça, que representa valor e comunhão. A pessoa sob esta influência sente uma grande preocupação com os assuntos à sua volta. Inteligente, humana, inquieta, tem vários amigos sinceros. Original, está sempre inovando. Vive atrás da felicidade. No amor, aprecia a sinceridade e a fidelidade. Capela (20/02 a 20/03) - Peixes Representa o grande Deus. É sinal de religiosidade e fé. É o local em que todos entram em contato com seu Deus interno e desperta a força e o amor. A pessoa sob esta influência é emotiva, sensível, leal, justa, espiritualizada e sonhadora, é o próprio amor encarnado. Tem muita força espiritual e dons para a clarividência. Ama cegamente e, às vezes, se desilude. É romântica e carinhosa. Quanto ao trabalho, gosta de tudo o que se relaciona a ajudar ao próximo. Thiê Avés Bartaló! (Que a sorte lhe acompanhe e a mim também! 10
Nishtar (Manuela)
Web site: WWW.FEGUARDIOESDALUZ.COM.BR Autor: Guardiões da Luz O verdadeiro banho Cigano de prosperidade! Venha e conheça nosso banho de limpeza da aura,retirando toda negatividade e proporcionando PROSPERIDADE!
Material USADO: Nós moscada cravo da Índia canela em paú Como fazer: Ferver um litro de água em um recipiente de alumínio, assim que começar a borbulhar, apagar o fogo, jogando dentro da aguá a nóz moscada ralada préviamente,jogar os cravos da Índia, contudo, antes de faze-lo, retirar a bolinha de dentro dele(cravo), que tem efeito de pimenta e não vai fazer bem no banho,incluir a canela em paú. Em seguida colocar uma colher de chá de açucar refinado,mexer da esquerda para a direita, a partir da metade superior da panela, sem ultrapassar a outra metade contrária, usando uma colher de paú virgem,(já destinada a feitura desses chás),saudando e pedindo prosperidade e o que deseja a corrente cigana.Após, fazer como explicado, abafa-se com uma tampa qualquer, aguardando até que o banho morne.Em seguida, misture esse banho em um tanto de agua fria, suficiente para o uso necessário e torne a mexer bastante. O banho deve ser ministrado desde a cabeça até os pés, de frente, de costas e dos lados, não devendo secar-se com nenhuma toalha, não deverá ainda fazer uso de alcool, sexo ou carne vermelha, durante no mínimo vinte e quatro horas a partir da feitura do referido banho.Sempre pedindo axé, saúde, força,sorte e muita prosperidade! Texto extraido do livro "RITUAIS E MISTERIOS DO POVO CIGANO" autor: Nelson Pires Filho Ed. Madras favor manter os créditos Sucesso e muita sorte e ouro! Dúvidas? Fale conosco!
Web site: WWW.FEGUARDIOESDALUZ.COM.BR Autor: Guardiões da Luz
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Conheção como se faz o verdadeiro e famoso Chá Cigano! Aqui voce vai encontrar como se faz o verdadeiro "TChaio" (chá no idioma cigano, como se pronuncia),como prepara-lo, oferece-lo se quiser e tomar fazendo sua meditação, relaxamento ou ainda algum pedido, que queira fazer. Venha aprenda, confira esse nosso delicioso TCHAIO! Conheça voce também o famoso Chá Cigano! Aqui voce vai encontrar como se faz o verdadeiro "TChaio" (chá no idioma cigano, como se pronuncia),como prepara-lo, oferece-lo se quiser e tomar fazendo sua meditação, relaxamento ou ainda algum pedido, que queira fazer. Venha aprenda, confira esse nosso delicioso TCHAIO! Chá Cigano ou para espíritos Ciganos Como preparar: Dois copos de agua mineral sem gás e sem gelo uma tijela branca de louça uma maça algumas uvas de qualquer tipo damasco limão sem casca dois morangos Chá Preto
Picar todas as frutas acima relacionadas,numa tijela comum, em seguida amassa-las com um amassador de madeira que seja virgem. Após feito isso, utilizar a água levando-a ao fogo com chá preto, quando estiver bom, jogá-lo na tijela referenciada acima, com as frutas picadas e os outros ingredientes e ir mexendo, mentalizando os ciganos ou sua corrente espiritual. Deixar por no mínimo tres horas imantando,e, depois coar normalmente. Poderá oferendar ao cigano ou cigana de sua preferencia, ou colocá-lo em qualquer outro recipiente para servir. Ao tomar pode ir pedindo o que desejar de bom! Texto extraido do livro "Rituais e Mistérios do Povo Cigano" de Nelson Pires Filho e protegido pelas normas de Direitos Autorais Ed. Madras
Boa Sorte!
Web site: WWW.FEGUARDIOESDALUZ.COM.BR Autor: Nelson Pires Filho Bebida Cigana
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Entre e conheça! Como preparar: Torrar um pouco de milho comum Juntar 250 gramas de ameixas, descasca-las e em seguida amassa-las bem. Um pouco de cravo da índia,retirando-se de dentro aquela bolinha, que é pimenta. Um pedaço de breu Saião e erva cidreira amassados Nós moscada ralada. Um pouco de chocolate em pó. Em seguida, moer tudo junto e jogar vinho branco(uma garrafa) atritando um pouco e servir. Beba voce também é muito bom, pedindo axé e muita prosperidade!
Texto extraido do livro "Rituais e Mistérios do Povo Cigano" de Nelson Pires Filho Ed. Madras Dúvidas?
Fale conosco! Web site: WWW.FEGUARDIOESDALUZ.COM.BR Autor: Nelson Pires Filho Conheça uma oração genuinamente cigana e em seu próprio idioma, com a respectiva tradução para o portugues! A oração que só os ciganos de todo mundo conhecem por ser genuinamente cigana e em romanes o único e verdadeiro idioma ROM!(cigano Uma verdadeira e original oração cigana. Conheça uma das orações usadas pelo povo cigano, em sua lingua, o romanes, traduzida também para o portugues! Oração Cigana Ô Del uigei ai andô sakô urêmia passá tutê andê tutê uou sórra ti mukel tut ai sorrí ti avessa iêl gêêno, na muk ê rooli tê avêl baari andê tutê ai muk ô Dêêvlesco glassô tê orbil tussa cai andê tutei.Caadê sá ô nassulipê jalatar andatiirô drom ai araquessa ê tchatchipê andê sá lê vêchi ai andê sá ê manussa. Oração Cigana - Traduzida para o portugues: 13
Deus esta em toda parte ao mesmo tempo. Ao seu redor e dentro de voce. Voce jamais estara desamparado e nunca esta só.Não permita que a mágoa o perturbe.Procure manter-se calmo, para ouvir a voz silenciosa de Deus que esta em voce, assim poderá superar todas as dificuldades que aparecerem em seu caminho e há de descobrir a verdade que existe em todas as coisas e pessoas.
Texto extraido do livro "Rituais e Mistérios do Povo Cigano" de Nelson Pires Filho Web site: WWW.FEGUARDIOESDALUZ.COM.BR Autor: Nelson Pires Filho Como rezar o Pai Nosso em Cigano! Veja que lindo poder orar em rumanez, idioma cigano, conhecido apenas pela comunidade ROM em todo mundo! A Oração "Pai Nosso" no idioma Cigano, o Romanes! Saiba como é rezar no idioma rumanez o Pai Nosso,e, como traz tanta paz e alegria poder orar nesse idioma que só os ciganos conhecem em todo mundo! Em Cigano: Dat Amarô (Pai Nosso) Dat amarô cai san andô thêri Av aménde ando tirô rhaio Ai te avêl pô tirô katê pe luma sar ando thêri Ô mânro sáco diêsco, deamem Adiês, ai ertisar amarhê bezerrhá Sar amê ertisarás codolêngue cai Querém nassulipê aménguê Na muk te querás nassulipê, ai dik pala amandê Sóstar tírôi ô rhaio ê zôr ai blichís míndik. Amém! Em Potugues Pai nosso, que estas no céu Santificado seja o Vosso nome Vanha a nós o Vosso reino Seja feita a Vossa vontade Assim na Terra como no céu O pão nosso de cada dia nos dai hoje Perdoai as nossas ofensas Assim como nós perdoamos A quem nos tiver ofendido E não nos deixais cair em tentação Mas livrai-nos de todo mal 14
Amem!
Texto extraído do livro "Rituais e Mistérios do Povo Cigano" de Nelson Pires Filho Ed. Madras Web site: WWW.FEGUARDIOESDALUZ.COM.BR Autor: Nelson Pires Filho Ditados Ciganos! Confira!
DITADOS Vários ditados ciganos em Romanês fazem alusão à benção de gerar filhos: · "E JULI QUE NAILA CHAVÊ THI SPORIL E VITZA" ( A mulher que não tem filho passa pela vida e não vive); · "MAI FALIL EK CHAU ANO DY, DIKÊ EK GUNÔ PERDO GALBENTÇA" ( Mais vale um filho no ventre do que um baú cheio de moedas de ouro); · "NAI LOVÊ ANÊ LUMIA THIE POTINÁS EK CHAU" ( Não existe dinheiro no mundo que pague um filho). Dentro da comunidade cigana, o casal em que um dos dois seja impossibilitado de ter filhos, embora amando-se, a comunidade faz com que se separem, porque o amor que se têm pela perpetuação da raça supera ou abafa qualquer outro sentimento. A família, para o povo cigano, é o seu maior patrimônio.
Web site: WWW.FEGUARDIOESDALUZ.COM.BR Autor: Guardiões da Luz Os incensos e o Povo Cigano! Confira!
INCENSOS
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Usados de maneira correta, criam uma atmosfera no ambiente, de energia, equilíbrio e harmonia, que ajuda o ser humano a sintonizar mais facilmente com os planos superiores. Como ainda hoje acontece, em épocas passadas o incenso era usado para quatro finalidades: 1) Para Agradar aos Deuses: Acreditava-se que o cheiro agradável e aromático que o próprio homem sentia agradaria aos deuses ou à divindade. Vamos chamá-lo de função de oferenda do incenso. 2) Meio de Oração: O incenso era visto como um meio para a oração. Acreditava-se que a fumaça ascendente levaria aos deuses as petições daqueles que queimavam o incenso. Por causa de seu cheiro agradável acreditava-se que deveria ser um meio ao qual os deuses não podiam se fechar. 3) Meio de Neutralização: O incenso era queimado para mascarar ou neutralizar o mau cheiro oriundo de imolações (animais e outros materiais). Pela mesma razão também era usado nos funerais. 4) Meio de Influência Inter-Humana: O aroma e as vibrações do incenso sintonizam aquele que o queima com uma determinada finalidade ou dão um determinado estado de ânimo às diversas pessoas que se encontram no ambiente onde o incenso é queimado. O aroma e as vibrações despertam em todas as pessoas determinadas sensações e lembrança e sintonizam a psique e a mente com certos objetivos. O USO DO INCENSO NA ANTIGUIDADE (Histórico) Entre os Hebreus (com referência no Velho Testamento) O uso do incenso teve desde a antigüidade um sentido de purificação e proteção. Para os egípcios ele constituía uma forma de manifestação da divindade. No culto dos mortos via-se no uso do incenso um guia para a vida do além. A partir do momento em que o incenso começou a entrar nos rituais - provavelmente inspirados pelos babilônios conquistou um papel cada vez mais importante na adoração de Deus. Aos poucos, no contexto de uma religiosidade mais espiritual, o incenso tornou-se símbolo da oração que se eleva a Deus, significando também a adoração prestada aos deuses. No judaísmo o incenso era símbolo da adoração e do sacrifício. O odor do incenso devia servir também para aplacar a ira de Javé. De modo geral, o incenso constitui um símbolo de adoração e de veneração a Deus. O sacrifício do incenso e a adoração identificam, sendo ambos um sacrifício a Deus. Existem numerosas referências contidas no Antigo Testamento a respeito do incenso fazem supor que também entre os hebreus daquela época o uso do incenso era tradicional. Hoje os cientistas são unânimes em dizer que era apenas em torno do século VII antes de Cristo que os judeus incorporaram o incenso em seus rituais. Inicialmente, o incenso constava poucos ingredientes - óleo de mirra, gálbano e olíbano puro. Seu preparo era reservado aos sacerdotes e acontecia de uma maneira sublime e secreta. Eis as medidas passadas por Deus à Moisés segundo a Bíblia (Velho Testamento): Êxodo 30:34 - Disse mais o Senhor a Moisés: Toma especiarias aromáticas: estoraque, onicha e gálbano, especiarias aromáticas com incenso puro; de cada uma delas tomarás peso igual; 35 e disto farás incenso, um perfume segundo a arte do perfumista, temperado com sal, puro e santo; 36 e uma parte dele reduzirás a pó e o porás diante do testemunho, na tenda da revelação onde eu virei a ti; coisa santíssima vos será. 37 Ora, o incenso que fareis conforme essa composição, não o fareis para vós mesmos; santo vos será para o Senhor. Queimava-se incenso durante os sacrifícios e quando amadureciam as primeiras frutas. Além do mais, era queimado, independentemente de tais acontecimentos externos, de manhã e à noite sobre um altar especial, ou num turíbulo especial. Grandes doses de incenso aromático também eram usados para a purificação das mulheres. NO EGITO DOS FARAÓS
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Os antigos egípcios eram mestres no preparo e uso dos incensos. O mais famoso de todos os incensos egípcios é o kyfi. O historiador romano Plutarco escreveu as seguintes palavras sobre o kyfi do Egito Antigo : "Os ingredientes de kyfi proporcionam-nos bem estar à noite. Kyfi é capaz de acolher as pessoas, pode provocar sonhos e fazer esquecer as preocupações cotidianas, dando calma e serenidade a todos que o inalam." A mistura dos ingredientes de kyfi era preparada durante um ritual secreto acompanhado do canto de textos sagrados. Seu preparo exigia um ritual especial, extremamente secreto no templo. O efeito misterioso do kyfi consistia em gerar um estado de ordem e harmonia. No antigo Egito, a queima de incenso era uma parte importante em todos em todos os rituais, já que a cada um dos ingredientes dos diversos tipos de incenso eram atribuídas características mágicas e místicas específicas. Além disso, os egípcios queimavam incenso para, durante suas práticas médicas, expulsar demônios, considerados responsáveis por determinadas doenças. Até onde sabemos hoje, os egípcios tradicionalmente preparam o kyfi. A ANTIGÜIDADE GREGA Apenas um cientista defende a teoria de que o incenso teria chegado aos gregos através do culto a Afrodite, tendo em vista que na Fenícia e em Chipre tradicionalmente se queimava incenso no culto dessa deusa. Posteriormente, os gregos importaram o incenso da Arábia, como um produto comercial. À semelhança do costume de outros povos, os gregos também queimavam incenso quando faziam imolações, tanto como oferenda independentemente aos deuses quanto como um meio para neutralizar e purificar o cheiro ruim das imolações. A oferenda de incenso era feita em combinações com frutas, pão, trigo e outros alimentos, ou era oferecida isoladamente em cultos para os deuses ou em rituais domésticos. O incenso também era dado como presente a outras pessoas. Às vezes, o incenso era jogado sobre o altar de oferendas de modo que seus aromas pudessem se misturar com a fumaça do sacrifício ou as vezes de uma imolação. Queimava-se também incenso fora dos templos. Os gregos conheciam os incensários que podiam ser segurados na mão. Através de hinos antigos da Grécia, sabemos ainda que no culto de Orfeu eram usados muitos tipos de incenso. OS ROMANOS Na religião romana oficial considerava-se como a oferenda sangrenta mais importante o oferecimento de TUS, que designava tanto o incenso em geral quanto a goma-resina (olíbano) em especial. Um ritual era considerado incompleto se não fosse usado o TUS. Também os deusas da casa recebiam sua porção incensos. Nos altares maiores, era queimado sobre braseiros ou sobre pequenos altares portáteis (foci turibulum). O incenso era transportado e armazenado numa caixinha chamada acerrra, que se enterrava nos túmulos junto com os mortos. Nos casos de imolações queimava-se uma mistura de incenso, açafrão e louro. Na época das grandes perseguições dos cristãos pelo imperador Décio, cerca de 250 depois de Cristo, a queima de incenso, era o que o cristão podia provar sua lealdade diante do Estado, e portanto, diante da religião do Estado. Era costume também queimar incenso diante de "retratos ou esculturas" do imperador ou até mesmo diante de sua presença. OS HINDUS Poderíamos considerar o hinduísmo um dos baluartes do uso do incenso. Os hindus foram ávidos por aromas e na Antigüidade Clássica, já foram famosos por seus perfumes. Os hindus queimava incenso pelos mesmos motivos que já vimos, entre os gregos e os romanos, ou seja, de modo ritualístico em público ou no ambiente da casa. 17
Nessa mesma tradição enquadra-se também a vidente indiana que durante as sessões tenta despertar sua inspiração com a ajuda de plantas e árvores sagradas. No hinduísmo moderno, o uso do incenso está amplamente difundido. Assim no culto em homenagem a Shiva diante da pedra orissa quanto das estátuas de Krishna se queimam cânfora e incenso. CRISTIANISMO Nos ritos da Igreja Cristã, o incenso foi introduzido de forma paulatina. Os cultos da igreja primitiva tinham um caráter simples e, com exceção de finalidades de simples purificação, o incenso era evitado, pois era visto como elemento de origem judaica ou pagã. O uso do incenso parece evidente para fins cerimoniais não era mais novidade entre os anos de 385 e 388, mas, ao contrário, já havia se tornado tradição. É praticamente certo que o uso do incenso pelos cristãos remete ao estabelecimento oficial da Igreja de Constantino. Muitas autoridades eclesiásticas afirmam que a ausência de incenso nas listas dos inventários decorre do fato de que nos primeiros trezentos anos depois da época dos apóstolos simplesmente não se usava incenso nas igrejas. Depois do século V, o uso do incenso foi pouco a pouco se estendendo cada vez mais na Igreja. Desse modo, no século XIV, o incenso já era uma parte indispensável dentro da Missa e de outros cultos religiosos, como as vésperas, a consagração de igrejas e as procissões e funerais. O fato de que o uso do incenso remetia aos judeus e/ou ao paganismo podem de fato, ter causado a resistência ao incenso dos primeiros cristãos. Não obstante, o incenso era efetivamente usado naquela época para fins de purificação. A receita do incenso mais antiga que conhecemos por tradição está contida no livro de Êxodo, do Antigo Testamento (capítulo 30, versículo 34). E por fim, o incenso fazia parte também dos presentes que os Três Reis Magos do Oriente trouxeram ao menino Jesus recém nascido (Mateus 2:11 - E entrando na casa, viram o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra). O INCENSO NAS FALANGES CIGANAS "Alguns dos incensos e suas funções astrais: MADEIRA: para abrir os caminhos ALMISCAR: para favorecer os romances JASMIM: para o amor LOTUS: paz, tranqüilidade BENJOIM: para proteção e limpeza SANDALO: para estabelecer relação com o astral MIRRA: incenso sagrado usado para limpar após os rituais e durante eles e também usado quando vai se desfazer alguma demanda ou feitiço. LARANJA: para acalmar alguém ou ambiente. Todo incenso deve ser usado com cautela nunca em demasia como fazem algumas pessoas e deve ser sempre dirigido a alguma causa. Não deve ser utilizado simplesmente por usar, por nada ou sem motivo, deve sempre ter um dono que o receba e que tenha seu nome pronunciado no momento do pedido. O incenso é um expediente sagrado e tem sido usado em rituais sagrados de toda espécie desde que o homem é homem. Mantém um poder grande de evocação espiritual e astral e não deve ser usado tão somente para perfumar ambientes ou sem causa porque sempre estaria alcançando uma egrégora 18
qualquer com a vibração que provoca e que está quieta em seu lugar, tem o condão de atrair energia de toda espécie e dos dois planos astrais, negativo e positivo, tem força de ritual e de alimento também, tem força de rejeição ou de atração dependendo do patamar alcançado e da situação especial de quem as ascende. É por demais conhecido no mundo da mística astral e por vezes seu uso ou o que emana no mundo imaterial chega a ser disputado quando não pertence a ninguém que o esteja recebendo, podendo muitas vezes provocar visitas ansiosas por novos incensos a serem utilizados. Pode parecer simples e de nenhuma gravidade, bem como aconselhado em outras egregoras como de bom agouro e condutor de sorte, limpeza e bom astral, em algumas vezes até como calmante ou nivelação energética de ambientes, contudo, seu uso como tudo no mundo deve ser feito com o critério necessário e mantida a relação correta com o que e quem se pretende atingir, na sua ardência e utilização, sem contar com as preferencias milenares já existentes em alguns casos, no mundo imaterial por uma avalanche de viventes e energias de tipos diversos. O uso inadvertido ou pouco conhecido de determinados instrumentos destinados, regra geral a rituais, consagrações e outros tantos motivos, não é aconselhável. Fato que nos leva à necessidade de orientação, pesquisa e instrução à respeito. As coisas que por vezes nos parecem muito simples e que por qualquer motivo nos faz um aparente bem, mas que não esteja dentro de nosso domínio de conhecimento, requer maior atenção e aprendizado. Quando se tratar de espírito cigano, com certeza ele indicará o incenso de sua preferencia ou de sua necessidade naquele momento, regra geral o incenso mantêm sempre correspondência com a área de atuação dele ou dela ou do trabalho que estará sendo levado a efeito. Quando se tratar de oferendas e já não estiver estipulado o incenso certo para acompanhar e houver sua necessidade solicitada, bem como nas consagrações o incenso que deve acompanhar devera sempre ser o de maior correspondência com o próprio cigano ou cigana. No caso de uma oferenda normal e tão somente necessária para manutenção, agrado ou tratamento sugere-se o incenso espiritual ou de rosa, que mantém efeito de evocação de leveza, de elevação ou mesmo de louvação espiritual. Quando se pretender que alguma coisa , objeto ou ambiente seja bem energizado, ou mesmo se tratar de alguma consagração de algum instrumento utilizado por eles, e for feito sem a participação efetiva do cigano ou cigana e com a devida autorização, pode-se usar o incenso de ópio ou mesmo sândalo, se nenhum foi indicado. É interessante que se tenha sempre a mão esses incensos, no caso de algum cigano pedir para exercer qualquer vibração de energização em algum objeto qualquer que deseje dar ou mesmo prepara para alguém". Trecho extraído do livro "Rituais e Mistérios do Povo Cigano" de Nelson Pires Filho. Ed. Madras Fale conosco Web site: WWW.FEGUARDIOESDALUZ.COM.BR Autor: Nelson Pires Filho Os Ciganos e a Umbanda Divina! Confira!
CIGANOS NA UMBANDA "Eu vi um formoso Cigano Sentado na beira do Rio
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Com seus cabelos negros E os olhos cor de anil Quando eu me aproximava o cigano me chamou Com seus dados nas mãos O cigano me falou Seus caminhos estão abertos Na saúde, na paz e amor, Foi se despedindo e me abençoou Eu não sou daqui, mas vou levar saudades, Eu sou o Cigano Pablo, lá das Três Trindades." Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda, e "carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades. Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço. O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial. A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam faze-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização doutrinária. Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade as obras divinas. Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar. Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas. Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges. Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano. Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de ex ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs. O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do 20
nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria. Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais. Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como característica e identificação. Dentro os mais conhecidos, podemos citar os ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também. É imprescindível que se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe hierarquia, apenas lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar a notoriedade de todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o mesmo valor e importância. Por sua própria razão diferenciada, também diferenciado como dissemos é a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo algum estabelecer regras ou esgotar o assunto, o que jamais foi nossa pretensão, mesmo porque não possuímos conhecimento de para tanto. A razão é que a respeito sofremos de uma carência muito grande de informação sobre o assunto e a intenção é dividir o que conseguimos aprender a respeito deste seguimento e tratamento. Somos sabedores que muitas outras forças também existem e o que passamos neste trabalho são maneiras simples a respeito, sem entrar em fundamentos mais aprofundados, o que é bom deixar induvidosamente claro. É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos. Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor. Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc. Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar. Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar normal. Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferencia do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada. Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce. E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la. Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel. Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus. As saias das ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas, medalhas, são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos ciganos em geral. Os ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos. Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza. Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu. Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também. Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza. Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselha-las para o bem.
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É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua..." Trecho extraído do livro "Rituais e Mistérios do povo Cigano" de Nelson Pires Filho Ed.Madras Rituais e Mistérios do Povo Cigano Uma obra verdadeira, que traz a cultura desse nobre e grande povo sem sensacionalismo, mas com verdade.Seus costumes, tradições, orações em sua própria lingua, o rumanez, sua magia e sua história e lendas.Vale a pena ler!
RITUAIS E MISTÉRIOS DO POVO CIGANO De Nelson Pires Filho Ed. Madras Esta didática obra de Nelson Pires Filho vem suprir uam lacuna na literatura umbandista, uam vez que a corrente espiritual dos ciganos na Umbanda é puco difundida, muito embora constitua uam das linhas de força de inumeros templos. Raça unida, que se divide em grupos e subgrupos denominados "clãs", de costumes singualres assim como suas caracteristicas físicas - altos, peles bronzeadas, olhos grandes e negros, cabelos negros e enrolados -, os ciganos, que segundo alguns pesquisadores tiveram sua origem na Índia, são nômades por excelência e seguem mundo afora carregando a herança recebida, sem apego a raizes locais: sua tradição é a sua pátria. Neste livro, o autor tece um roteiro histórico desse exótico povo como forma de chegar ao seu propósito, que é apresentar o aspecto místico e espiritual que envolve essa egrégora, demonstrando a dimensão astral dos ciganos junto às falanges da Umbanda Sagrada, esclarecendo a vinculação vibratória dos espíritos ciganos e mostrando com clareza o trabalho dessas Entidades. Estes são alguns temas privilegiados pelo autor: — Origem e natureza; — As tradições dos ciganos e sua espiritualidade; — Incensos e suas funções astrais; — Comidas e bebidas - descritas e ilustradas - para se usar em oferendas aos espíritos ciganos; — Comidas tradicionais; — Orações e superstições ciganas; — Oráculos ciganos, tais como espelho, dados, numerologia e baralho. Vale a pena Ler! Web site: WWW.FEGUARDIOESDALUZ.COM.BR Autor: Nelson Pires Filho PONTO DA MÃE EGUNITÁ OLHEI PRO CÉU E VI UMA ESTRELA BRILHAR BRILHAVA TANTO QUE NEM DAVA PRA OLHAR IRRADIANDO SUA LUZ SOBRE A UMBANDA SALVE SUAS FORÇAS MINHA MÃE EGUNITÁ (2X)
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FOGO DIVINO ILUMINA MINHA VIDA FOGO DIVINO ILUMINA MEU CONGÁ! FOGO DIVINO ILUMINA MINHA VIDA SALVE SUAS FORÇAS MINHA MÃE EGUNITÁ!
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