CAVALO CAMPOLINA
Histórico da raça Raça formada em Minas Gerais por Cassiano Campolina, a partir do garanhão Monarca, filho de uma égua cruzada com o garanhão Puro Sangue Lusitano da Coudalaria Real de Alter. Os descentes de Monarca sofreram a infusão de sangue Percheron, Orloff e Oldenburger e mais tarde do Mangalarga Marchador e Puro Sangue Inglês. O pai do garanhão Monarca era pertencente ao criatório de D. Pedro II. O objetivo de Cassiano Campolina era formar cavalos de grande porte, ágeis, resistentes e de boa aparência para atender as exigências do mercado.
O legado de Campolina foi complementado, dentre outros, por Joaquim Resende, num esforço de mais de setenta anos, usando as matrizes originais de animais crioulos, e promovendo novos cruzamentos com animais marchadores e, finalmente, com puro-sangue inglês.
Ficha técnica Foram estabelecidos pela Associação Nacional dos Criadores do Cavalo Campolina (ABCCC), fundada em 1951. A partir de 31 de dezembro de 1966 o registro dos animais passou a ser feito em livro fechado - expressão que denota a limitação e seriedade do registro.
Altura: Média de 1,58m para machos e 1,52 para fêmeas. Porte: Médio para grande Pelagem: Predominância de baios e castanhos Cabeça: Perfil retilíneo na região frontal e de retilíneo e subconvexo na região nasal. Olhos afastados, móveis e bem expressivos. Orelhas de tamanho médio para grande. Narinas grandes, flexíveis e bem afastadas. Andadura: Marcha batida ou picada, caracterizando-se a primeira por maior tempo de deslocamento dos bípedes em diagonal e a segunda em lateral. Temperamento: Vivo e dócil. Aptidões: Devido ao seu porte elevado e andamento cômodo, o cavalo Campolina é excelente para passeio, como cavalo de lazer. Também para serviços de fazenda, sendo utilizado para este fim na maioria das vezes. É ainda um ótimo animal para a produção de muares marchadores, robustos, de grande porte.
A marcha Na última década, o foco dos criadores de Campolina tem sido manter e aprimorar a marcha diferenciada em suas características de maciez, estilo e desenvoltura. Tanto a marcha picada, com maior tempo de apoios laterais, quanto a batida, com maior tempo de apoios diagonais, podem ser encontradas no cavalo Campolina. O Campolina é considerado marchador natural. Dócil, forte e cômodo, ele se destaca nas cavalgadas de média duração por sua beleza, imponência, já nas de longa duração o Campolina mostra força e resistência.
Mercado Em constante expansão, o mercado do Campolina acompanha a evolução da própria raça. Com os anos, tornou-se altamente valorizada e é comercializada em leilões ou diretamente nos haras e exposições que, muitas vezes, funcionam como porta de entrada para novos criadores e proprietários. Apesar de altamente valorizada, a raça Campolina é democrática e oferece um excelente custo benefício seja para cavalgadas, exposições ou lazer. Com isso, consegue aliar um mercado promissor com os prazeres proporcionados pela criação de cavalos.
A comercialização de cavalos é uma importante atividade econômica no Brasil e, segundo dados do IBGE, o rebanho eqüino brasileiro ultrapassava 5 milhões de cabeças em 2004, sendo que a Região Sudeste contava com o maior rebanho (1.538.934 cabeças). No Estado de Minas Gerais, ocorria a maior concentração de animais (859.974 cabeças) (www.ibge.gov.br).
A crescente procura pela raça é prova da força deste mercado, os criadores estão com dificuldades em atender a demanda e já comercializam coberturas, embriões e óvulos de importantes exemplares da raça. Os investidores acreditam que é amplo o mercado para exportar esse magnífico cavalo.