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  • November 2019
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UNESP – Universidade Estadual Paulista Faculdade de Filosofia e Ciências Campus de Marília Departamento de Ciência da Informação

CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO

Trabalho apresentado pelas alunas Ana Claudia da Silva, Ana Paula M. Alves, Cibele F. de Oliveira, Daianny S. Oliveira, Isis M. Caface e Lilian Castro; como parte da disciplina Catalogação Automatizada. Profª Dra. Plácida L.V. A. C. Santos.

Marília 2003

INTRODUÇÃO Catalogação na publicação, também conhecida como Catalogação na Fonte, ou como denominou Ranganathan, que foi quem primeiro imaginou as vantagens dos dados da catalogação no próprio livro, “Catalogação pré-natal”, designa a descrição física e analítica do documento (livros, teses, monografias, periódicos, etc) antes da sua publicação, de acordo com as informações fornecidas pelas editoras, permitindo que o trâmite entre a aquisição e a seleção dos itens fique mais ágil, pois as informações bibliográficas podem chegar à biblioteca antes do documento. O principal objetivo da Catalogação na Fonte é que a catalogação seja feita uma única vez, permitindo a permuta entre as bibliotecas interessadas, evitando que haja duplicidade de tarefa e posterior desperdício de tempo e recursos por parte da unidade. A Catalogação na Fonte pode acarretar vantagens e desvantagens. Entre as vantagens podem-se destacar: • Facilita o registro bibliográfico em qualquer suporte contribuindo para a uniformização de catálogos e facilitando também a venda antecipada; • Uniformiza a citação bibliográfica, facilitando o intercâmbio entre os editores, livreiros, bibliotecários e leitores em geral; • Reunir em um único lugar (verso da página de rosto) dados que aparecem no decorrer da publicação e que são importantes para a descrição e apreensão do campo abrangido; • Auxiliar as editoras e livrarias na divulgação e comercialização de livros e as bibliotecas no processo de catalogação de livros; • Auxiliar as bibliotecas na seleção e compras de livros, facilitando e acelerando a catalogação e, conseqüentemente, sua divulgação entre os usuários;

• Auxiliar editoras e livrarias na divulgação e comercialização de livros e as bibliotecas no processo de aquisição; • Redução do tempo entre a publicação de uma obra e sua disponibilidade para o usuário; • Permitir as editoras a organização de seus próprios arquivos, catálogos comerciais e matéria promocional dentro de padrões uniformes; • Proporcionar aos livreiros, informações concisas sobre a matéria abordada nos livros, facilitando seu agrupamento por assunto e favorecendo sua veiculação; • Uniformização e melhoria na qualidade das catalogações; • Redução de custo da catalogação à medida que a ficha já vem praticamente pronta no ato da aquisição do livro, sendo necessárias apenas algumas adaptações locais; Entre as desvantagens estão: • Por sair antes da edição final pode apresentar erros de data de publicação e outros elementos que podem ser modificados; • A ficha completa demora a ser divulgada; • A Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional dos Editores (SNEL) não conseguiram sensibilizar os editores para a importância da Catalogação na Publicação. O serviço de catalogação na Publicação (em inglês: Catalogin-in-Publication – CIP) oferecido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) respeita o padrão internacional estabelecido, o Código de Catalogação Anglo-Americano – AACR2.

HISTÓRICO Inicialmente, a Cataloging in Publication (CIP) surgiu com a necessidade de haver um controle bibliográfico mundial. Como diz Aristeu G. de Melo: a missão de colocar nas mãos dos usuários o documento certo no momento certo – conduziu-nos a uma análise das dificuldades atuais e nos foi permitido verificar que ele se resume na falta de controle da produção documental nacional. A CIP surgiu em 1853 com Charles Jewett. Em 1876, Justin Winsor apresentou uma idéia na qual as fichas catalográficas seriam inseridas nos livros e essas usadas na própria biblioteca. No ano seguinte, uma comissão formada por Richard Roger Browker, Justin Winsor e Melvin Dewey durante a conferencia da American Library Association (ALA), a fim de estudar viabilidades de implantar a catalogação na publicação. No próximo ano, a comissão apresenta um projeto na qual alguns editores aceitaram e enviaram provas de seus livros para serem catalogados na Harvard University e na Boston Athenaeum, tendo como resultado: -

Impressão dos dados catalográficos

-

Impressão das fichas nas revistas Library Journal e Publishers Weekly

-

Envio das fichas para os assinantes.

Esse projeto foi implementada e não obteve sucesso, devido a escassez financeira. Anos mais tarde, a Library of Congress (LC), retomou o projeto com o nome de Catalogação na Publicação. Esse programa é seletivo, na qual são pré-catalogados somente os livros com possibilidade de serem adquiridos.

CONTROLE BIBLIOGRAFICO As bibliotecas foram as primeiras instituições responsáveis pelo controle bibliográfico, e seus catálogos, os primeiros instrumentos para este fim.

MAGALHÃES (1997) afirma que “o enorme catálogo da biblioteca de Alexandria, organizado por Calimaco, poeta e bibliotecário grego, pode ser considerado um marco na história do controle bibliográfico.” Desde a década de 1970, a UNESCO, juntamente com a Federação Internacional de Associação e Instituição Bibliotecárias (IFLA) vem desenvolvendo o programa conhecido como Controle Bibliográfico Universal, cujo objetivo é reunir e tornar disponível, de maneira eficiente, os registros da produção bibliográfica de todos os países, concretizando uma rede internacional de informação. Em sentido amplo, o controle bibliográfico pressupõe um domínio completo sobre os materiais que registram o conhecimento, objetivando sua identificação, localização e obtenção. Isto significa que, se acredita que o conhecimento alcançado pela humanidade é importante e deve ser colocado à disposição de todas a sociedade, é necessário planejar um sistema de controle que seja organizado de forma a permitir a efetiva utilização da massa informacional por todo os interessados.São eles: o deposito legal, os registros bibliográficos que, reunidos formam a bibliografia nacional, as normas que proporcionam a uniformização dos registros (ISBDs), os números de identificação de documentos (ISBN, ISSN), os programas de catalogação na publicação e de disponibilidade de publicações

CIP EM DIVERSOS PAÍSES Austrália – Várias editoras como, Angus e Robertson, F. W. Cheshire e a Biblioteca da Universidade de Melbourne, não obtiveram sucesso devido a demora no recebimento pela editora das provas tipográficas, à má qualidade da fichas catalográficas e o interesse decrescente pelo serviço. Em 1974, a Biblioteca Nacional da Austrália, retomou o programa para todas as publicações australianas, depois de um teste feito com trinta editoras. Em todas as catalogações

deveriam figurar a legenda “National Library of Australia Cataloguing in Publication”. Em maio 1976, várias editoras cooperavam com este programa.

Estados Unidos – Entidades patrocinadoras como Councilon Library Resources e National Endowment for the Humanities, decidiram iniciar um período experimental de dois anos com o projeto denominado CIP. Terminado o tempo de experiência e tendo em vista o êxito, a CIP continua sendo desenvolvida com os recursos da própria LC. As obras são registradas em fitas Marc e aparecem no Weekly Record do Publisher’s Weeky, quatro semanas antes do livro ser publicado.

Rússia – Na Rússia a catalogação na fonte é largamente difundida desde 1959, quando foi publicada a primeira regulamentação sobre o assunto. Chama-se “Pré – publicação da catalogação” e aplica – se não só a livros como a qualquer outro tipo de material bibliográfico.

Alemanha – No início de 1974, a Deutsche Biblithek, impressionada com o progresso da CIP na LC, iniciou um projeto piloto. Seis meses depois, o resultados apresentados foram positivos, o que contribuiu efetivamente com a assistência financeira da Borsenverein des Deutschen Buchhandels.

Canadá – A catalogação na fonte, tornou –se operacional em 1976, a Biblioteca do Canadá se encarregou da catalogação para alguns editores comerciais, principalmente os da cidade de Ottawa. Embora os programas americanos e australianos sejam centralizados, a Biblioteca Nacional foi motivada a seguir o modelo brasileiro de uma catalogação na fonte

cooperativa e descentralizada, devido aos problemas existentes no Canadá, de grande extensão territorial e população esparsa, e conseqüentemente de transporte e comunicação.

CIP NO BRASIL Podemos dizer que foi Lydia de Queiroz Sambaquy que começou a desenvolver o programa de catalogação na publicação no Brasil quando em 1940 era diretora da Biblioteca do Departamento Administrativo do Serviço Publico (DASP) e inseria nas publicações um modelo de ficha catalográfica no verso da página de rosto. Alguns resultados começaram a surgir quando editores e bibliotecários se apoiaram. Um projeto de lei obrigando as editoras a publicarem fichas catalográficas nos livros pelo Deputado Faria Lima em 1975 foi desenvolvido, mas não foi aprovado. No II Encontro de Editores e Livreiros, em 1970, em Serra Negra, a bibliotecária Regina Carneiro enfatizou que fosse feita a catalogação na fonte para todos os livros com a proposta de que todas as obras, inclusive traduções, apresentassem no verso da página de rosto uma entrada catalográfica; as editoras cooperariam fornecendo os dados necessários à catalogação; as fichas seriam preparadas em centros regionais ou estaduais, supervisionados por um órgão central e sob a orientação técnica de um bibliotecário (Barbosa. 1978). Então, duas entidades que incluiria tanto editores como livreiros foram criadas juntamente com duas centrais de catalogação na fonte, a Câmara Brasileira do Livro (CBL) com sede em São Paulo e no sul e Sindicato Nacional de Editores e Livreiros (SNEL) no Rio de Janeiro e que cobriria os demais estados do Brasil. Segundo Barbosa (1978), a CBL e SNEL trabalham em estreita colaboração, seguindo a mesma metodologia, decidida através de reuniões periódicas e permanente troca de informações.

A CBL A câmara Brasileira do Livro (CBL) possui um serviço de Catalogação na Publicação, ou seja, formula a catalogação antes da publicação dos livros, teses e periódicos. Respeitando assim, o padrão internacional estabelecido desde 1976 para a Catalogação denominada CIP (Catalogingin Publication). O CIP surgiu em 1970 com a iniciativa de editores que conseguiram o apoio de bibliotecários. Tendo como finalidade de auxiliar as editoras e livrarias na divulgação e comercialização dos itens documentários e as bibliotecas no processo de catalogação destes itens, permitindo a identificação dos itens por eles próprios. Existiu um projeto de lei elaborado pelo Deputado Faria Lima obrigando as editoras a publicarem as fichas catalográficas nos livros, porém este projeto foi rejeitado em 1979. Infelizmente, a CBL enfrenta vários obstáculos com o programa CIP, o maior deles seria a falta de conscientização (por parte dos editores) da importância que esta pré-catalogação teria; até mesmo para as próprias editoras, se relacionadas ao marketing, afinal o item documentário seria divulgado antes mesmo de sua publicação. Em anexo segue um exemplo de como é o formulário enviado pela CBL às editoras, para a devida catalogação no material.

Anexo A FORMULÁRIO (para editoras) Razão Social: Endereço: Cidade: Fone:

UF: FAX:

INFORMAÇÕES PARA A EDITORA: Enviar sempre páginas de rosto (frontispício) e verso dessa página (página de créditos); a capa (se não houver página de rosto). Se não for possível prova completa do livro, remeter: matéria preliminar, isto é conteúdo sumário (não índice final remissivo), prefácio, introdução etc, cópia da orelha ou do material de divulgação.Todo o material enviado deve ser reprodução fiel da publicação quanto aos dizeres, disposição e localização das informações (P. ex: cópia datilografada, xerocada etc.) Se nova edição ou impressão, enviar exemplar, indicado no próprio livro as modificações que serão introduzidas (ou cópia da nova página de rosto). Nome da editora (como aparece na página de rosto): Nome do responsável pelos dados e/ou contato na editora: Telefone para contato:

1. Título:

2. Se tradução, enviar cópia da página de rosto (página de créditos) na língua do original, com dados de CIP, de copirraite e título na nossa língua. Título da edição original:

3. Data da publicação copirraite da edição original: // 4. Nome(s) completo(s) do(s) autor(es), até 3, principalmente dos nacionais. Seguir o mesmo crédito quando o responsável pela obra for compilador, coordenador, ilustrador, etc.:

5. Ano(s) de nascimento e morte, se conhecidos:

6. Nacionalidade do(s) autor(es):

7. Nome(s) do(s) autor(es), até 3, com as mesmas palavras na obra e indicação de onde aparece(m) no livro. P. ex.: Na página de rosto: Tradução... Ilustração... Na página de crédito: Traduzido por... Ilustrações de...

8. Edição: indicar Número: Ano de publicação: Características (P. ex.: 3º edição revisada e ampliada)

9. Se reimpressão, com data diferente indicar publicação e de reimpressão:

10.Se co-edição, indicar o(s) nome(s)e cidade-sede da(s) co-editora(s):

11. Volumes físicos em que se divide a obra:

12. Se mais de um volume, serão publicados na mesma data? Sim Não 13. Se os volumes tiverem títulos próprios além do título geral, indicar volumes e títulos correspondentes (usar verso se necessário):

14. Se a publicação faz parte de uma série ou coleção da editora, com um título próprio, indicar este título, inclusive o da(s) sub-série(s). Não confundir com o título geral da obra nem com as séries de livros didáticos (P. ex.: Matemática 1º série, 2º série etc.). Não incluir a(s) palavra(s) cole;cão, série, etc. se não fizer parte do título.

15. Se a série for numerada, o número da publicação na série é:

16. O número é precedido da palavra:

17.A publicação inclui: Bibliografia Índice final remissivo

Apêndice no próprio livro; dar título e/ou conteúdo:

18. Para obra relacionada com publicações anteriores, indicar: Título(s) de edição(es) anterior(es): Continuação de: Suplemento de: Outra informação:

19. Se suplementada por outros volumes com livros de exercícios, manual do professor (geralmente obras didáticas), índice etc., indicar título(s) do(s) volume(s):

20. ISBN da edição específica; se em mais de um volume, ISBN do(s) volume e da obra completa; se em brochura e/ou encadernado, indicar o(s) ISBN(s) respectivo(s):

ESTES DADOS DEVEM SER PREENCHIDOS, SE POSSÍVEL PELO(S) AUTOR(ES) 21. Público que se destina: Geral Infantil Juvenil 1º grau 2º grau Universitário Outro: 22. Característica essencial da obra:

Ficção (romance, novela) Poesia Dissertação ou tese Contos Teatro Bibliografia Crônicas Crítica e Interpretação Outra característica; qual: 23. Palavras-chave que definem os assuntos principais da obra: 1. 2. 3. 24. Sempre que possível, fornecer pequeno resumo da obra pelo próprio autor ou editora, podendo ser substituído por reprodução de orelhas. Essencial quando enviada somente matéria preliminar. Desnecessário para obras de ficção, didáticas de 1º e 2º graus, dicionários e similares. Fonte: Câmara Brasileira do Livro Al. Santos, 1000 - 10º andar - São Paulo - SP - Brasil Tel/fax (55 11)3069-1300 - ramal 121 ou 123 http://www.cbl.org.br - [email protected]

REFERÊNCIAS BARBOSA, A. P. Novos rumos da catalogação; org. e revisão e atualização de Elza Lima e Silva mais. – Rio de Janeiro: BNG/Brasilart; 1978. (Coleção Biblioteconomia, Documentação, Ciência da Informação) CAMPELO, B. S.; ANDRADE, M. H. Introdução ao controle bibiográfico. Brasília, DF: Briquet de Lemos, 1997. CÂMARA BRASILEIRA DO LIVRO. Disponível em< http://www.cbl.org.br/index_cip.htm>. Acesso em 05 de maio de 2003. SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS. Disponível em: . Acesso em 05 de maio de 2003.

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