CASTELO FORTE 2009 09 de Outubro - sexta-feira Lucas 16. 10-18 SER FIEL NO POUCO Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; (10,) Num mundo muito exigente, ser fiel no pouco, parece ser um desafio pequeno demais. As grandes coisas, que impressionam, que causam impacto, essas valem à pena, até mesmo na visão religiosa. O objetivo está nos resultados Jesus nos tranqüiliza. A ênfase dele é ser fiel. Isto parece não ser a verdade sublinhada em nossos tempos modernos, pois, para muitos, fidelidade já há muito deixou de ser o valor fundamental. Jesus diz que quem é fiel no pouco é fiel no muito. Não é possível ser fiel no muito sem ser fiel no pouco. Muitos preferem pular este “pouco”. Jesus fala dos valores terrenos, que não são nossos. E ele lembra, se não formos fiéis no pouco, como receberemos o muito que por graça, e de graça, é dádiva de Deus? A fé é primeiramente fidelidade, só depois amor e obras. Fidelidade é o ponto de partida. Ser fiel no pouco, administrar a vida e as coisas do dia a dia, significa viver fiel a Deus. Lutero já enfatizava a fé. Só a partir dela as obras se tornariam agradáveis a Deus, na vivência e administração daquilo que o Senhor chama de “pouco”. O desafio é fidelidade. Grandes coisas impressionam. Normalmente, e até mesmo na igreja, a fidelidade constante é trocada por obras novas e visíveis que chamam a atenção, as vezes até para compensar infidelidades no pouco. Mas, é na vida diária de consagração, nas pequenas coisas, que se testemunha a habilitação para as grandes coisas. O desafio é para uma vida fiel, no pouco, de coração totalmente entregue a Deus. 10 de Outubro – sábado Lucas 16. 19-31 Basta ou não? “Só isso não basta, Pai Abraão!”, respondeu o rico.” Ensinar a Deus! Seria possível? O fato transparece na história do nosso texto. É a proposta do homem rico – Pai Abraão, manda Lázaro refrescar a minha língua com uma gota de água. Interessante! Com um certo direito, ele deseja uma solução celestial para um problema infernal. Na proposta do rico está também a solução para os seus irmãos – Manda Lázaro a eles para que se arrependam em tempo. Duas coisas que o fenômeno religioso desperta ainda em nossos dias: em primeiro lugar se usa de todos os meios e direitos para buscar o favorecimento pessoal; em segundo lugar, as multidões estão ávidas por grandes espetáculos, e condicionam aos mesmos a aceitação da Palavra de Deus.
Abraão aponta para a solução única à disposição: Moisés e os Profetas. Mas, como é difícil aceitar esta solução. O ser humano deseja mais. A Palavra de Deus não basta. O rico da história diz: não basta! A razão humana também. Ela exige razões impressionantes e racionalmente convincentes. Caro leitor ou leitora: Por que Deus então não faz uso das mesmas em seu objetivo de levar as pessoas à fé? A pergunta decisiva, no entanto, é: o convencimento da razão por argumentos impressionantes, gera a fé? Abraão assegura que se Moisés e os profetas não bastam, a aparição de um morto ressuscitado não os levará a fé. E então, para que adiantaria? O que foi dito naquela hora, continua a ser a verdade de hoje. Felizmente! Deus leva à fé pela sua Palavra. Não convém querer ensiná-lo, mas, sim aceita-lo, e crer! Isso basta.