Cap28 - Modems

  • November 2019
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Capítulo

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Modems Agora que você já aprendeu no capítulo sobre upgrades de hardware, como funcionam os modems, vamos apresentar detalhes práticos a respeito da sua instalação, configuração e utilização.

Modems com jumpers Os modems que não são Plug and Play são configurados através de jumpers. É preciso indicar o seu endereço de E/S (3F8=COM1, 2F8=COM2, 3E8=COM3 e 2E8=COM4). Devemos ainda escolher uma interrupção. Em geral são dadas as opções IRQ3, IRQ4, IRQ6, IRQ7 e IRQ9. Já os modems PnP não requerem o uso de jumpers. A configuração é feita automaticamente pelo Windows. Mesmo assim em muitos modelos é preciso indicar que deve ser usado o recurso PnP, e isto também é feito através de jumpers. Figura 28.1 Muitos modems PnP possuem jumpers para que operem em modo de legado.

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Caso não queira operar em modo PnP, pode configurá-la como uma placa de legado, definindo através de jumpers a COM e a IRQ. Por exemplo, as placas Sportster da U.S. Robotics possuem dois grupos de jumpers para a definição da COM e da IRQ (figura 2). Se quisermos fazer uma placa de modem Sportster operar em modo de legado, basta programar a COM e da IRQ através de jumpers, como mostra a figura 2. Figura 28.2 Habilitando o recurso PnP nas placas da U.S. Robotics.

No caso de instalação de placas de legado, ou de placas PnP em modo de legado, é preciso, antes de mais nada, encontrar um endereço de E/S e uma IRQ livres. Esta determinação pode ser feita com o Gerenciador de Dispositivos. Também no caso de placas PnP, é preciso fazer uma consulta ao Gerenciador de Dispositivos, pois a instalação pode ser impossibilitada caso não seja possível encontrar uma IRQ livre. Encontrando recursos livres para um modem interno

Nos PCs atuais, existem duas interfaces seriais localizadas na placa de CPU, configuradas quase sempre como COM1 e COM2. Nesse caso, o modem interno pode ser instalado como COM3 ou COM4. Existem entretanto formas diferentes de instalação, igualmente válidas. Tudo é baseado em dois princípios: Duas interfaces seriais não podem utilizar os mesmos endereços de E/S Duas interfaces seriais não podem usar a mesma interrupção Uma placa de modem pode ser configurada como qualquer porta serial e com qualquer IRQ, desde que esses princípios sejam respeitados. Note bem o seguinte: a) Quase sempre os PCs possuem duas interfaces seriais, COM1 e COM2 b) Algumas placas de vídeo ocupam parte da faixa de E/S da COM4 c) A interface IDE terciária ocupa uma faixa que pertence à COM3 Apesar de todas essas restrições, dificilmente todas simultaneamente, e mesmo assim, existem formas de contorná-las:

ocorrem

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a) Se a COM2 não estiver sendo utilizada, podemos desabilitá-la e deixar que a placa de modem opere como COM2. b) Poucas placas de vídeo ocupam endereços da COM4. Se o Gerenciador de Dispositivos mostrar a faixa 2E8-2EF livre, podemos instalar o modem como COM4. c) Quando uma interface IDE terciária (existente nas placas de som) está ocupando os endereços 3EE e 3EF, entrando em conflito com a COM3, podemos reprogramá-la para que opere como quaternária (figura 3). No Gerenciador de Dispositivos, selecionamos a interface IDE e usamos o botão Propriedades. A interface IDE terciária, ocupa a faixa 1E8-1EF, e ainda 3EE3EF, causadora de conflito com a COM3. Desmarcamos o quadro Usar configurações automáticas e selecionamos entre as configurações básicas, a quaternária (endereços 168-16F, 36E-36F e IRQ11). Se for necessário, podemos clicar sobre a IRQ11 e alterá-la, passando usar a mesma antes utilizada pela configuração anterior. Figura 28.3 Alterando os recursos utilizados pela interface IDE terciária, evitando o conflito com a COM3.

Em relação à escolha da IRQ, é preciso notar o seguinte: A COM1 usa, por default, a IRQ4 A COM2 usa, por default, a IRQ3 A COM3 usa, por default, a IRQ4

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A COM4 usa, por default, a IRQ3 Em geral a IRQ7 é usada pela LPT1 Em geral a IRQ5 é usada pela placa de som Fica então, como escolha natural, usar a IRQ9 para a COM3 ou para a COM4. Uma outra forma de instalação é desabilitar a COM2, caso não esteja sendo usada, e configurar o modem para operar como COM2/IRQ4. O Windows libera recursos para o modem

Para instalar um modem PnP, é preciso garantir que existam opções livres para COM e IRQ. Se todas as opções estiverem ocupadas, é possível que o Windows altere os recursos de alguns dispositivos, destinando esses recursos à placa de modem. Por exemplo, se as interrupções 3, 4, 5 e 7 estiverem ocupadas (respectivamente por COM2, COM1, Sound Blaster e LPT1), é possível que a Sound Blaster passe a usar a IRQ10, 11, 12 ou 15, deixando a IRQ5 para a placa de modem. Uma outra solução seria o uso da IRQ9, mas certas placas, apesar de admitirem o seu uso no modo de legado, nem sempre oferecem esta opção no modo PnP.

Conexão na linha telefônica Na figura 4 vemos os dois conectores RJ-11 existentes na parte traseira de uma placa de modem. Um deles possui a indicação PHONE, e pode ser opcionalmente ligado a um aparelho telefônico comum. O outro conector possui a indicação LINE, ou TELCO, ou WALL. Nele deve ser feita a ligação na linha telefônica. A conexão entre o modem e a linha telefônica é feita com o auxílio de uma extensão RJ-11 que é fornecida juntamente com o modem. Quando os conectores da tomada telefônica e do telefone são do tipo RJ-11, a ligação do modem é bastante simples. Figura 28.4 Conectores RJ-11 na parte traseira de uma placa de modem.

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Um pouco mais complicada é a conexão que utiliza aquelas antigas tomadas telefônicas nacionais, padrão “Telebrás”. Nesse caso existem várias alternativas para a conexão. Podemos usar na parede, um adaptador de tomada Telebrás para RJ-11, e usar a extensão RJ-11 para conexão com o modem. O telefone, já que usa uma tomada Telebrás, deve ser substituído por um modelo que use tomada RJ-11. Uma outra alternativa é fazer a conexão como mostra a figura 6. Devemos usar um adaptador com um conexão RJ-11 fêmea e duas conexões Telebrás, uma macho e outra fêmea. Figura 28.5 Conexões de um modem.

Figura 28.6 Conexão usando tomadas “Telebrás”.

Instalando um modem PnP

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Todos os modems PnP são instalados no Windows por um processo padronizado. Uma das poucas diferenças observadas entre modelos diferentes decorre do fato do Windows possuir ou não drivers específicos para o modelo a ser instalado. Quando não possui, devemos usar os drivers existentes em um disquete ou CD-ROM que acompanha o modem. Usando os drivers do fabricante

Vejamos um exemplo de instalação em que é necessário utilizar os drivers fornecidos pelo fabricante, no CD-ROM que acompanha o modem. Usaremos como exemplo o modem Diamond Supra Express 56k. Quando o computador é ligado, o Windows detecta o modem, ou então a interface serial nele contida. Entrará em ação o Assistente para adicionar novo hardware. Ao clicarmos em Avançar, o Assistente perguntará se queremos que seja procurado o melhor driver possível ou se queremos que seja exibida uma lista de marcas e modelos. Optaremos por este segundo caminho, apesar do resultado final ser semelhante ao obtido com a primeira opção. Será então apresentada uma lista de tipos de hardware (figura 7), na qual selecionamos a opção Modem. Figura 28.7 Lista de tipos de hardware.

Será apresentada a seguir uma lista de marcas e modelos. Podemos então selecionar o fabricante e o modelo do modem a ser instalado. Quando encontramos na lista o modelo que estamos instalando, basta clicar em Avançar. Quando não encontramos, devemos clicar no botão Com disco. Devemos então especificar o drive no qual estão os drivers fornecidos pelo fabricante (CD-ROM ou disquete).

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28-7 Figura 28.8 Lista de marcas e modelos.

Será feita a leitura do disquete ou CD-ROM fornecido pelo fabricante, e a seguir será apresentado um quadro com os tipos de hardware compatíveis com o produto que está sendo instalado. Selecionamos o driver apropriado para o nosso modem e será feita a instalação. Dependendo do modelo do modem, novos dispositivos serão detectados e novos drivers serão instalados. Se na primeira etapa foi detectada apenas a porta serial existente no modem, na segunda etapa será detectado o modem propriamente dito. No caso de voice modems, serão detectados também os dispositivos sonoros (wave devices), responsáveis pelo tratamento de sinais sonoros. Terminada a instalação podemos checar a presença do modem no Gerenciador de Dispositivos. No nosso exemplo são três os componentes instalados (figura 9):   

Diamond Voice Modem Serial Wave Device Supra 2260 PCI Modem Enumerator SupraMAX 56i Voice PCI

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Hardware Total Figura 28.9 Componentes do modem listados no Gerenciador de Dispositivos.

A figura 10 mostra o quadro de propriedades do modem instalado. Observe a indicação: Status do dispositivo: Este dispositivo está funcionando corretamente. Isto indica que a instalação foi bem sucedida. Não existem conflitos de hardware e todos os drivers estão corretamente instalados. Figura 28.10 O modem foi corretamente instalado.

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Entre as várias guias deste quadro de propriedades, é conveniente consultar a guia Recursos (figura 11). Observe a indicação: Lista de dispositivos em conflito: Nenhum conflito. Podemos observar também que o modem foi instalado com o endereço 3E8 (COM3) e utilizando a IRQ9. Figura 28.11 Recursos de hardware usados pelo modem.

Usando os drivers nativos do Windows

Muitos modems podem ser instalados com os drivers que acompanham o Windows. Como regra geral, quanto menos recente é um modem, maiores serão as chances do Windows possuir seus drivers. Da mesma forma, quanto mais nova é a versão do Windows, maior é o número de modems suportados. Usaremos como exemplo o modem U.S. Robotics Sportster 56k. Faremos também a desabilitação da COM2 no CMOS Setup. Isto pode ser necessário quando não existem interrupções disponíveis para o modem. Note que esta configuração não é obrigatória. O modem pode funcionar perfeitamente com outras cofigurações, como a COM3/IRQ9 mostrada no exemplo anterior. Assim que o Windows é inicializado, o modem é detectado e entra em ação o Assistente para adicionar novo hardware. Clicamos em Avançar.

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No quadro seguinte o Assistente perguntará se queremos que seja feita a busca automática ou se queremos selecionar o driver a partir de uma lista de marcas e modelos. Escolheremos a segunda opção e será apresentada uma lista de tipos de hardware, na qual selecionamos a opção Modem. Será apresentada uma lista de marcas e modelos (figura 12). No nosso exemplo, selecionaremos: Fabricante: Modelo:

U.S. Robotics, Inc. Sportster 56k Data Fax Figura 28.12 Lista de marcas e modelos.

Será feita a leitura dos drivers a partir do CD-ROM de instalação do Windows. Terminada a instalação, podemos checar o modem no Gerenciador de Dispositivos (figura 13). Figura 28.13 O novo modem consta no Gerenciador de Dispositivos.

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No quadro de propriedades do modem deverá constar a indicação: Status do dispositivo: Este dispositivo está funcionando corretamente. Isto significa que não existem conflitos de hardware e que todos os drivers foram instalados. A figura 14 mostra a guia Recursos. O modem foi instalado como COM2 e usa a IRQ3. Observe ainda a indicação: Lista de dispositivos em conflito: Nenhum conflito. Figura 28.14 Recursos de hardware usados pelo modem.

As próximas etapas da instalação

Neste ponto o modem já está instalado, mas não está necessariamente pronto para funcionar. Precisamos ainda realizar outras etapas: Ajustar configurações no Gerenciador de Dispositivos Ajustar configurações no Painel de Controle Programar as configurações para a Internet Instalar navegador para acesso à Internet Instalar gerenciador de fax Mais adiante neste capítulo abordaremos todas essas etapas.

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Instalando um modem externo A instalação de um modem externo é fisicamente diferente da de um modem interno, mas do ponto de vista de software, o procedimento é bastante semelhante. A figura 15 mostra um modem externo fabricado pela U.S. Robotics. Note que este modem particularmente lembra um pouco o aspecto de uma secretária eletrônica, mas nem todos os modems externos possuem este aspecto. Figura 28.15 Um modem externo.

Na parte traseira de um modem externo encontramos um conector DB-25 ou DB-9 para ligação em uma das interfaces seriais do PC, conectores RJ-11 (um para conexão na linha telefônica e outro para ligar em um telefone), um conector para ligar no Adaptador AC (fonte de alimentação externa) e um botão On/Off. Figura 28.16 Parte traseira de um modem externo.

O modem deve ser ligado a uma interface serial livre (COM1 ou COM2, mas como muitas vezes o mouse está ligado na COM1, o modem externo é normalmente ligado na COM2), através de um cabo apropriado (figura 17). Note que nem sempre os modems são acompanhados desses cabos, sendo necessário adquiri-los separadamente, em lojas de suprimentos de informática.

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28-13 Figura 28.17 Conectando o modem externo na porta serial.

As ligações no telefone e na linha telefônica são idênticas às usadas em modems internos. Através de uma extensão RJ-11 fornecida junto com o modem, fazemos a ligação do conector indicado como LINE, WALL ou TELCO até a tomada da linha telefônica. No outro conector RJ-11 (PHONE), podemos opcionalmente ligar um aparelho telefônico (figura 18). Este telefone poderá ser utilizado quando o modem não estiver trabalhando. Devemos ainda ligar o modem na rede elétrica, através do Adaptador AC que o acompanha. Figura 28.18 Ligação na linha telefônica.

Podemos agora passar à instalação do modem no ambiente Windows, mas convém primeiro checar se a porta serial na qual será feita a instalação está livre e funcionando (normalmente a COM2 da placa de CPU, já que muitas vezes a COM1 estará sendo usada pelo mouse). Deixamos então o modem desligado e ligamos o computador.

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Hardware Total Figura 28.19 Checando a COM2 no Gerenciador de Dispositivos.

Use o Gerenciador de Dispositivos para checar se a COM2 está ativada e se não existem conflitos de hardware (figura 19). Aplique um clique duplo sobre o ícone da COM2 e será apresentado um quadro de propriedades como o da figura 20. Observe a indicação: Este dispositivo está funcionando corretamente. Isto significa que o driver da COM2 está instalado e que não existem conflitos de hardware no que diz respeito aos endereços de E/S e ao uso de IRQs.

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28-15 Figura 28.20 A COM2 está funcionando corretamente.

Podemos agora ligar o modem e utilizar o botão Atualizar do Gerenciador de Dispositivos. O modem será então detectado pelo Windows. No nosso exemplo, teremos um quadro com a indicação: Novo hardware detectado U.S. Robotics 56k Voice Pro Ext Entrará em ação o Assistente para adicionar novo hardware. Podemos deixar que o Windows procure entre seus próprios drivers, um próprio para o modem que queremos instalar, mas na maioria das vezes é melhor usar a opção Exiba uma lista de todos os drives de um determinado local, para então acessar o disquete ou CD-ROM que acompanha o modem, fornecido pelo seu fabricante. É o que faremos neste caso. Usamos o botão Com disco e selecionamos o disquete (ou CD-ROM) que acompanha o produto. Será feito o acesso e a seguir termos um quadro como o da figura 21, com a lista dos drivers encontrados no disco do fabricante. Se esta lista estiver vazia, marque a opção Mostrar todos os itens de hardware.

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Hardware Total Figura 28.21 Encontrado o driver para o modem.

Será então feita a instalação dos drivers do modem. Como o modelo do nosso exemplo é um Voice Modem, será feita a seguir a detecção automática dos circuitos de voz, com a indicação: Novo hardware encontrado: Wave Device for Voice Modem Novamente usamos o disco que acompanha o produto para obter os drivers para este novo dispositivo. No nosso exemplo será apresentado um quadro similar ao da figura 21, porém com a indicação: U.S. Robotics Voice Serial Wave Device Terminada a instalação podemos consultar o Gerenciador de Dispositivos para verificar se o modem está corretamente instalado. Ao aplicarmos um clique duplo sobre o ícone do modem, será apresentado o seu quadro de propriedades, no qual deve constar a indicação “Este dispositivo está funcionando corretamente”. O dispositivo Wave device for voice modem constará na seção Controladores de som, vídeo e jogo. Devemos também checar se este dispositivo está funcionando corretamente. A partir de agora o uso do modem será similar ao dos modems internos. Devemos fazer configurações no Gerenciador de Dispositivos e no Painel de Controle, testar o modem, como explicaremos mais adiante neste capítulo, instalar softwares de comunicação e configurar o computador para acesso à Internet.

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Configurações no Gerenciador de Dispositivos Vejamos como fazer a configuração do modem no Gerenciador de Dispositivos. Para isto selecionamos o modem no Gerenciador de Dispositivos e clicamos em Propriedades. Será apresentado o quadro de propriedades do modem (figura 22). Figura 28.22 Quadro de propriedades do modem.

A guia Geral do quadro de propriedades do modem traz o nome do seu fabricante, o modelo e a versão. Outra informação deste quadro é o status do modem. Observe na figura 22 a indicação Esse dispositivo está funcionando corretamente. Caso existam problemas na sua configuração, em geral provenientes de um conflito de hardware ou falta de drivers, este será descrito no status do modem indicado neste quadro. Temos ainda neste quadro, o campo Utilização do dispositivo. Com ele podemos desabilitar modems PnP, o que pode ser útil para testes. Para isto, basta desmarcar o quadro indicado com Configuração original. O modem não será “desinstalado”, e sim, permanecerá inativo, como se não estivesse presente no PC. Para que volte a funcionar, bastará marcar novamente o quadro Configuração original.

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Hardware Total Figura 28.23 A guia Modem.

A guia Modem, mostrada na figura 13.45, apresenta três controles: Porta - É indicada a porta serial onde o modem está conectado. Volume do alto falante - Controla do volume do alto-falante do modem, que serve para que o usuário acompanhe o andamento do processo de conexão. Com esses sons podemos perceber, por exemplo, quando cai a ligação no início da conexão. Velocidade máxima - Utilizando compressão de dados, as portas serias dos modems podem operar com velocidades até 4 vezes superiores à taxa de transferência normal do modem. Por exemplo, modems de 56k bps podem operar com até cerca de 224k bps. Nem todos os tipos de dados permitem este elevado grau de compressão de dados, mas ainda assim é recomendável deixar este controle na velocidade máxima oferecida. A guia Conexão (figura 24) tem várias opções relacionadas com o formato usado na transmissão e recepção dos dados, os procedimentos de discagem e conexão, além de opções de hardware. No campo Preferências de conexão, temos ajustes relativos aos bytes a serem transmitidos e recebidos. O modo programado por default é simbolizado como 8N1, ou seja, 8 bits, sem paridade e com 1 bit de parada (stop bit).

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28-19 Figura 28.24 A guia Conexão.

Ainda na figura 24, podemos observar o campo Preferências de chamada. Temos aqui alguns parâmetros relacionados com o processo de discagem pelo modem: Aguardar o sinal antes de discar - Ao receber uma ordem de discagem, o modem a princípio a realiza imediatamente. Na prática isto não funciona, pois é preciso que seja esperado o tom de discagem, o que pode demorar muito. Com esta opção estamos indicando que o modem deve aguardar o tom de discagem antes de começar a discar. Cancelar chamada se não for conectada dentro de 60 segundos Estabelecemos um tempo máximo para a tentativa de conexão. Se este tempo for atingido e a conexão não tiver sido estabelecida, será automaticamente cancelada. Desconectar chamada se ociosa por mais de 30 minutos - Se a linha permanecer inativa por um período maior que o especificado, a ligação será automaticamente desligada. Basta marcar o quadro correspondente e preencher no campo ao lado o número de minutos. Encontramos ainda na figura 24, dois botões para configurações avançadas: Configurações de porta avançadas - As portas seriais possuem dois circuitos capazes de armazenar cada um, 16 bytes. Cada um desses circuitos

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(chamados de FIFOs) é uma fila de bytes a serem transmitidos e recebidos. Através deste comando podemos especificar o tamanho máximo de cada uma dessas filas. A princípio podemos deixar ambos na configuração default, como mostra a figura 25. Em algumas portas seriais de PCs antigos, ocorriam problemas com os FIFOs, só resolvidos com a sua total desativação. Através deste quadro, podemos reduzir ou até eliminar totalmente o uso dos FIFOs. Esta providência não é necessária nos modems modernos. Figura 28.25 Definindo o tamanho do FIFO de entrada e FIFO de saída.

Configuração avançada da conexão - Usando o botão Avançada na figura 24, teremos um quadro como o mostrado na figura 26. É possível que seja necessário fazer alterações em algumas dessas opções. Figura 28.26 Configuração avançada da conexão.

A opção Usar o controle de erro habilita um importante recurso, a correção automática de erros. Ao detectarem um erro de recepção, pedem automaticamente a retransmissão do bloco de dados no qual o erro ocorreu. Esta opção deve ser habilitada. Se for desabilitada, a transmissão também funcionará, mas os erros precisarão ser corrigidos por protocolos de nível superior, tornando a conexão menos confiável e mais lenta. A opção Requerido para a conexão diz respeito ao controle de erro, ou seja, indica que o controle de erro ativo é necessário para que a conexão seja

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estabelecida. Quando marcamos esta opção, a conexão só será estabelecida quando ambos os modems estão com o controle de erros ativado. Devemos usar preferencialmente esta opção, principalmente em linhas muito ruidosas. A opção Compactar dados ativa a compressão de dados. Com ele, seqüências de dados que sejam compactáveis, como por exemplo as encontradas em arquivos de texto, podem ser comprimidas em até 4:1. Devemos deixar esta opção habilitada. A opção Utilizar protocolo celular é habilitada quando o modem for conectado a um telefone celular, ao invés de uma linha telefônica comum. É então ativado o protocolo ETC (Enhanced Throughput Cellular), com características específicas para a transmissão e recepção via rádio (o celular nada mais é que um rádio sofisticado). A maioria dos modems não possui este recurso, encontrado em alguns modelos de modems para notebooks. Através da opção Usar o controle de fluxo é feita a sincronização entre a alta velocidade do processador e a baixa velocidade da linha telefônica. A opção Hardware (RTS/CTS) indica que deve ser usado o controle de fluxo por hardware. É baseado em dois sinais da interface serial, chamados RTS (Request to Send) e CTS (Clear to Send). A outra opção é indicada como Software (XON/XOFF). Este método praticamente não é mais usado, e é mantido apenas para garantir compatibilidade com sistemas mais antigos. Escolha portanto o controle de fluxo por hardware. O Tipo de modulação diz respeito ao método pelo qual os dados digitais serão convertidos em sinais analógicos para serem enviados pela linha telefônica. Quando fazemos ligações para o Brasil ou para os Estados Unidos, usamos a modulação padrão. Esta regra é válida também para ligar com o provedor de acesso à Internet. O campo indicado como Configurações extras é usado, por exemplo, por aqueles com muita experiência em comunicação de dados e desejam enviar ao modem, comandos personalizados. Também podemos encontrar instruções para preenchimento de configurações extras, sugeridas por provedores de acesso à Internet. OBS: Quando for apresentada a mensagem de erro “No Dial Tone” (sem tom de discagem), mesmo que você escute pelo alto falante que existe este tom, significa que o modem não está conseguindo detectá-lo. Para corrigir este problema, coloque X3 no campo de configurações extras.

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A opção Acrescentar ao log faz com que a atividade do modem seja resumida no arquivo C:\WINDOWS\MODEMLOG.TXT. Quando ocorrem problemas de conexão, podemos consultar este arquivo para verificar as suas causas. Em modems PnP, encontramos ainda a guia Recursos, com a qual podemos visualizar e alterar os endereços de E/S e IRQ relacionados ao modem. Quando esta guia não está presente, podemos acessá-la pelo quadro de propriedades da interface serial correspondente ao modem.

Configurações no Painel de Controle Não só no Gerenciador de Dispositivos encontramos comandos de configuração do modem. Também existe o comando Modems no Painel de Controle. Ao ser usado, é apresentada a guia Geral (figura 27), com uma lista dos modems instalados. Figura 28.27 Indicando o modem a ser configurado.

A outra guia deste quadro é a Diagnóstico (figura 28). É exibida uma lista com todas as interfaces seriais, e os modems que ocupam cada uma dessas interfaces. No nosso exemplo, temos um único modem instalado na COM2. Para utilizar o diagnóstico, basta selecionar o modem e clicar sobre o botão Mais informações.

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28-23 Figura 28.28 Guia de diagnóstico.

Com este comando, são apresentadas diversas informações (figura 29). É indicado o endereço da sua porta serial, a IRQ utilizada, o tipo de UART, a máxima velocidade suportada, e um quadro com diversas strings de identificação. Essas informações podem ser úteis para especialistas em comunicação de dados, ou até para aproveitar certos macetes. Por exemplo, procure no quadro de diagnóstico do modem, as respostas para os comandos ATI7 (figura 30). Figura 28.29 Diagnóstico do modem.

As respostas sucessivas ao comando ATI7 trazem diversas informações sobre o modem. Veja por exemplo os protocolos utilizados (V32Bis, V34+ e V.90),

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as classes suportadas nas transmissões de fax (classes 1 e 2), as opções de linha (identificador de chamadas) e a opção de voz Speakerphone (mais conhecido no Brasil como viva voz). Podemos desta forma determinar, por exemplo, se um certo modem de 56k bps possui ou não o protocolo V.90. Se estiver indicado apenas o protocolo K56Flex ou X2, devemos realizar o upgrade para V.90. Figura 28.30 Identificando informações sobre as capacidades do modem.

Voltando à figura 27, observe o botão Propriedades de Discagem. Ao ser usado, teremos o quadro da figura 31, com campos para identificação de localidade e parâmetros de discagem. Através deste quadro podemos definir diversas localidades e seus respectivos parâmetros.

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28-25 Figura 28.31 Quadro de propriedades de discagem.

No campo Estou discando de indicamos o nome da localidade. A seguir preenchemos o restante do quadro: país, código da cidade, opções prédiscagem, tipo de discagem (tom/pulso, etc.). Usamos o botão Novo para definir novas localidades e preencher seus respectivos parâmetros. Desta forma não será preciso reprogramar todas as propriedades cada vez que mudamos de localidade. Bastará selecionar a localidade desejada e automaticamente os seus respectivos parâmetros serão preenchidos. Digamos por exemplo que estejamos usando um notebook e que na localidade CASA, a discagem seja feita por pulsos, e que na localidade TRABALHO a discagem seja feita por tons, mas que seja preciso discar 0 antes do número para ter acesso a uma linha externa. Ao invés de trocar sucessivas vezes esses parâmetros, podemos defini-los separadamente nas localidades CASA e TRABALHO. Bastará então selecionar a localidade desejada e todos os parâmetros serão mudados automaticamente. No quadro de propriedades de discagem temos um campo para indicar um número que dá acesso a linhas externas. Quando é preciso discar 0 para acessar uma linha externa, indicamos aqui este número. Existe porém uma forma muito mais prática para preencher este campo. Podemos preenchê-lo com W para linhas diretas e com W0W para linhas de ramal. O prefixo “W” serve para que o modem aguarde pelo tom de discagem. Se não for usado, começa a discagem, sem aguardar pelo sinal de “linha”. Finalmente encontramos neste quadro uma indicação para o tipo de discagem, tom ou pulso. Programe de acordo com o tipo de discagem

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suportada pela sua linha telefônica. Se ambos os tipos forem suportados, programe como TONS.

Testando o modem Depois de instalado o modem, você pode testá-lo usando os programas de comunicação que o acompanham. Não é uma boa idéia testá-lo usando programas para acesso à Internet, pois esses programas requerem configurações adicionais, e um erro em uma delas fará você pensar que o modem é o culpado. É recomendável testar o modem usando dois programas de comunicação bem simples que fazem parte do Windows: o Discagem Automática e o Hyperterminal. Esses programas estão localizados em no menu Iniciar/Programas/Acessórios/Comunicações. Caso você não os encontre, faça a sua instalação através do comando Adicionar/Remover programas no Painel de Controle. Selecione a guia Instalação do Windows, clique em Comunicações e marque os programas que deseja instalar. O programa Discagem Automática usa o modem para fazer ligações telefônicas de voz. Quando a ligação for atendida, podemos tirar o telefone do gancho e falar normalmente. Figura 28.32 Usando o programa Discagem Automática para testar o modem.

Para testar o modem com este programa, basta preencher o número e clicar no botão Discar (figura 32). A discagem será feita e será apresentado o quadro da figura 33. Quando a chamada for atendida, podemos tirar o telefone do gancho e clicar no botão Conversar. Para desistir da ligação, clicamos no botão Desligar.

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28-27 Figura 28.33 Discagem em andamento.

O simples fato da ligação ter sido realizada com este programa é um indício bastante forte de que o modem está corretamente instalado. Ainda assim, convém realizar um teste mais completo, envolvendo a transmissão e a recepção de dados. Este teste pode ser feito através do programa Hyperterminal. Quando for solicitado o número de telefone a ser discado, preencha o número de um provedor de acesso à Internet. Não será possível acessar a Internet usando este programa, mas poderemos ver as mensagens enviadas pelo provedor pedindo o login (nome do usuário e senha). A figura 34 mostra o Hyperterminal após ser feita a conexão com um provedor de acesso à Internet. Figura 28.34 Usando o Hyperterminal para testar o modem.

Depois de testar o modem, podemos configurar o computador para acesso à Internet e instalar softwares de comunicação que o acompanham, como por exemplo, gerenciadores de fax.

Usando um gerenciador de fax Os modems são acompanhados de diversos softwares, entre eles, um para a transmissão e recepção de fax. Muitos modems são acompanhados do Quick Link 2, outros são acompanhados do RapidComm. Existem muitos softwares

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deste tipo. Não importa qual seja o software fornecido, todos eles possuem comandos muito semelhantes. Podemos até mesmo adquirir um software gerenciador de fax de forma separada do modem, como o WinFax Pro, encontrado com facilidade nas revendas de software no Brasil. Configurando o gerenciador de fax

Um dos mais comuns gerenciadores de fax é o RapidComm, que acompanha a maioria dos modems produzidos pela U.S. Robotics. Note que usaremos este programa como exemplo por ser bastante popular, mas todos os gerenciadores de fax possuem comandos similares aos exemplificados para o RapidComm. Sua instalação é bastante simples, sem perguntas complicadas, exceto uma que é apresentada no final: Quer instalar o driver de impressão do RapidComm como sua impressora default? A razão desta pergunta é que ao instalarmos um programa para gerenciamento de fax, é feita a instalação de um driver de impressão que simula uma impressora virtual. Sempre que quisermos transmitir por fax, qualquer documento de qualquer aplicativo do Windows, bastará usar o comando Imprimir, e especificar a saída nesta impressora virtual. A princípio não existe razão para que esta impressora virtual seja usada como default. Podemos deixar a impressora que está conectada ao PC ser utilizada como default, e sempre que quisermos transmitir um fax, usamos o comando Imprimir e especificamos a impressora virtual. Quando usamos o RapidComm pela primeira vez, é apresentado um quadro para preenchimento de nome, empresa e telefones. Esses dados serão usados para preenchimento automático dos cabeçalhos dos faxes transmitidos. A seguir é apresentado um outro quadro para preenchimento de endereço postal e endereço eletrônico para e-mail. Finalmente, é apresentado um quadro no qual indicamos o modem a ser usado nas transmissões e recepções de fax. O RapidComm irá obter as características deste modem, e a seguir estará pronto para funcionar (figura 35).

Capítulo 28 - Modems

28-29 Figura 28.35 Janela principal do RapidComm.

A maioria das configurações do modem definidas no Gerenciador de Dispositivos e no Painel de Controle serão utilizadas pelo RapidComm, mas será preciso executar o seu Setup, fazendo ajustes na configuração. Para isto usamos o comando Configurar preferências (nas versões em inglês, Setup/Preferences). Em geral todas as opções de configuração (programadas com valores default) estarão satisfatórias e corretas. Uma guia importante é a Resposta, mostrada na figura 36. Aqui programamos como o RapidComm irá fazer o atendimento automático de chamadas. Podemos deixar por exemplo que o atendimento seja feito apenas depois de um certo número de toques. Se o usuário atender o telefone antes deste número, o RapidComm irá ignorar a chamada. Figura 28.36 Configurações de resposta.

Transmissão de fax por uso direto do gerenciador

Podemos transmitir fax por dois métodos:

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a) Diretamente pelo gerenciador de fax (ex: RapidComm) b) A partir de qualquer aplicativo, através do comando Imprimir Vejamos inicialmente como fazer a transmissão direta pelo RapidComm. Uma mensagem em fax é composta de três seções: Folha de rosto, Mensagem da folha de rosto e Anexos. Para transmitir um fax, basta clicar no botão Enviar Fax na barra de botões do RapidComm, ou então usar o comando Iniciar / Enviar Fax a partir dos seus menus. Será apresentado um quadro como o da figura 37. Preenchemos o nome do destinatário, o número de fax, o nome da empresa, o assunto e uma mensagem para a folha de rosto. Para enviar anexos a esta folha de rosto, devemos clicar sobre o botão Anexos. Isto fará com que seja apresentado um quadro no qual especificamos os arquivos a serem transmitidos em anexo. O fax transmitido será composto da folha de rosto, seguido das páginas que compõem este arquivo. Podemos especificar vários arquivos anexos, que serão transmitidos em uma seqüência. Figura 28.37 Preenchendo os dados do destinatário.

Ao clicarmos sobre o botão Enviar fax, o RapidComm fará a conversão dos dados a serem impressos para o formato HFX. Este é um formato gráfico usado pelo RapidComm para o armazenamento de faxes recebidos e transmitidos. A seguir a janela do RapidComm assumirá o aspecto mostrado na figura 38. Será feita a discagem, a conexão será estabelecida com o aparelho de fax receptor, e finalmente será feita a transmissão.

Capítulo 28 - Modems

28-31 Figura 28.38 Transmissão de fax em andamento.

O fax que chega ao receptor é mostrado na figura 39. Nesta primeira página é mostrado o cabeçalho (que pode ser personalizado pelo usuário), os dados do transmissor e do receptor, a nota introdutória para primeira página. A seguir seguem os anexos, caso tenham sido selecionados para transmissão. Figura 28.39 Primeira página de um fax.

Transmissão de fax a partir de um aplicativo

O driver de impressão instalado juntamente com o gerenciador de fax faz com que qualquer aplicativo possa transmitir seus documentos na forma de fax. Basta usar o comando Arquivo/Imprimir, e no quadro apresentado escolher a impressora virtual criada pelo gerenciador de fax.

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Hardware Total Figura 28.40 Selecionando a impressão “via fax”.

Na figura 40, usamos o comando Imprimir no Microsoft Word. Na lista de impressoras, selecionamos o RapidComm Voice (uma versão especial do RapidComm, capaz de tratar ligações de voz). Isto fará com que o gerenciador de fax seja executado, sendo apresentado o quadro da figura 41, para preenchimento do destinatário, telefone e demais informações necessárias em um fax. O aplicativo “pensará” que está imprimindo o documento, mas na verdade o estará transmitindo na forma de fax. A partir daí o processo é similar ao descrito no item anterior. Figura 28.41 Preenchendo os dados do destinatário.

Recepção automática de fax

Para que o computador faça automaticamente o atendimento de faxes, devemos inicialmente usar o comando Configurar / Preferências, já mostrado na figura 36. No campo Modo de Resposta selecionamos as opções Resposta manual e Somente fax. A partir de então o RapidComm fará a recepção de faxes de forma automática.

Capítulo 28 - Modems

28-33 Figura 28.42 Recebimento de fax.

Na figura 42, o RapidComm acaba de fazer o atendimento de uma chamada e está recebendo um fax. Podemos programar o RapidComm para que faça automaticamente a impressão de cada fax recebido, e/ou que abra automaticamente o programa visualizador de fax, para que seja visto na tela. Essas opções são programadas através do comando Configurar / Receber Fax, e com o campo Opções de pós recepção. Caso não tenhamos usado essas opções, devemos executar manualmente o visualizador de fax para ter acesso aos faxes recebidos. Isto é feito pelo comando Iniciar / Visualizador de fax. A transmissão de fax por computador é muito vantajosa quando o documento a ser enviado é um arquivo em disco. Não é preciso listar o arquivo em papel para colocar em um aparelho de fax convencional. O fax enviado desta forma será sempre legível e com boa resolução. Já a recepção de fax por computador é bem menos usada. É preciso que o programa gerenciador de fax esteja sempre ativo para atender as ligações. Portanto o usuário deve manter o computador ligado durante todo o dia. Quando o número de faxes recebidos diariamente é muito grande, é mais vantajoso utilizar um aparelho de fax convencional. Quando o número de faxes recebidos é muito pequeno, podemos fazer a recepção de forma manual. Nesta modalidade nem mesmo é necessário deixar o RapidComm ativo. O interessado em enviar o fax pode ligar e pedir o “sinal de fax, por favor”. Podemos então executar o RapidComm e comandar a recepção manual de fax, como veremos a seguir. Recepção manual de fax

Na recepção manual de fax, podemos deixar o RapidComm desativado, ou mesmo ativado mas com a recepção desabilitada. Para desabilitar a recepção automática usamos o comando Configurar / Preferências e selecionamos a

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guia Resposta. No campo Modo de resposta, usamos a opção Ignorar toque. Assim, o telefone poderá tocar indefinidamente até o transmissor desistir, mas o RapidComm não fará o atendimento. O atendimento só será feito ao usarmos o comando Iniciar / Recepção manual de fax (figura 43). Figura 28.43 Ativando a recepção manual de fax.

O comando de recepção manual de fax pode ser usado quando alguém telefona e pede o “sinal de fax”. Pode ser também usado quando fazemos acesso a atendimento bancário automatizado. Ao ligar, por exemplo, para o banco Itaú, é pedido o número da agência, o número da conta e a senha do cartão eletrônico. Podemos digitar esses números usando o telefone que está ligado ao modem, ou então usando o “modo telefone” do RapidComm. Quando a gravação do banco disser “ao sinal, aperte a tecla de início”, usamos o comando Recepção manual de fax. Será então feita a recepção do extrato bancário “via fax”, porém utilizado o modem. Vemos portanto que este comando é equivalente a usar a tecla Início de um aparelho de fax convencional. Viva-voz

O RapidComm Voice pode operar como um telefone viva-voz (speakerphone), caso a placa de modem possua este recurso. Para saber se o modem possui este recurso, consulte a seção Configurações no Painel de Controle, na qual mostramos como utilizar o diagnóstico do modem para identificar seus recursos.

Capítulo 28 - Modems

28-35 Figura 28.44 O telefone viva-voz.

Usamos o comando Visualizar / Viva-voz, e o RapidComm assumirá o aspecto mostrado na figura 44. Podemos agora digitar o número para o qual desejamos discar e usar o botão Discar. Poderemos utilizar o microfone e o alto falante ligados na parte traseira da placa de som para estabelecer uma conversação telefônica. Temos ainda dois controles de volume para regular o volume do microfone e o do alto falante. Secretária eletrônica

O programa RapidComm Voice pode operar como uma secretária eletrônica (Answer machine), desde que a placa seja do tipo Voice Modem. Para ter acesso à secretária eletrônica usamos o comando Visualizar / Contador de mensagem. A RapidComm assumirá o aspecto mostrado na figura 45. Existem três contadores, sendo um para o número de mensagens de voz, um para o número de faxes recentemente recebidos e outro para o número de menagens de dados. Figura 28.45 Para usar o modem como secretária eletrônica.

O botão Ativado é usado para ligar e desligar a secretária. Uma vez com este botão ativado, o RapidComm estará pronto para atender chamadas e gravar as mensagens. O botão com o desenho de um microfone serve para gravar a mensagem de saudação, algo como “aqui fala o fulano, no momento não posso atender, deixe seu recado após o beep...”.

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Hardware Total Figura 28.46 Escolhendo o microfone e o alto falante a serem usados.

Antes de gravar a mensagem de saudação e de utilizar a secretária eletrônica é conveniente definir onde estão conectados o microfone e o alto falante que serão utilizados para essas funções. Isto é feito através do comando Configurar / Voz (figura 46). Podemos escolher se o microfone será ligado no modem, na placa de som, ou se será usado o que está embutido no telefone. Da mesma forma, o alto falante a ser usado pode estar conectado no modem, na placa de som, ou ainda podemos usar o que está embutido no telefone. O programa estará então apto a receber as mensagens e gravá-las, como vemos na figura 47. Figura 28.47 Uma mensagem sendo gravada.

O RapidComm mostrará o número de mensagens recentemente gravadas, como vemos na figura 48. Basta clicar sobre o número de mensagens de voz para ouvir as últimas mensagens.

Capítulo 28 - Modems

28-37 Figura 28.48 Temos 3 novas mensagens.

Se quisermos ouvir outras mensagens que não sejam as mais recentes, basta clicar no ícone da caixa de correio, abaixo do microfone (veja a figura 48). Será apresentado um quadro como o da figura 49. Selecionamos a pasta InBox, e será exibida uma lista de mensagens recebidas (voz, dados e fax). Aplique um clique duplo para ouvir a mensagem de voz desejada. Figura 28.49 Histórico das mensagens recebidas.

Instalando um modem não PnP A instalação de um modem de legado (não PnP), requer duas instalações isoladas: a) Instalar a interface serial existente no modem b) Instalar o modem Para instalar a sua porta serial, é preciso verificar as opções de recursos, configurados através de jumpers. Normalmente as opções são: Endereço: Interrupção:

COM1, COM2, COM3 ou COM4 IRQ3, IRQ4, IRQ5, IRQ7 ou IRQ9

É preciso ainda verificar no Gerenciador de Dispositivos, quais dessas opções estão livres para serem usados pela porta serial do modem. Essas instalações consistem em informar, através do comando Adicionar Novo Hardware do Painel de Controle, primeiro a presença da porta serial, depois do modem.

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Instalando a porta serial

Antes de instalar a interface serial existente no modem devemos checar através do Gerenciador de Dispositivos se os recursos correspondentes estão livres. Na figura 50 vemos que as únicas interfaces seriais presentes são a COM1 e a COM2. Poderíamos a princípio fazer a instalação como COM3 ou COM4, mas para termos maior segurança devemos checar as faixas de endereços e as interrupções livres. Figura 28.50 Este computador possui apenas as interfaces COM1 e COM2.

As faixas de endereços ocupadas pelas interfaces seriais são: COM1: COM2: COM3: COM4:

3F8 a 3FF 2F8 a 2FF 3E8 a 3EF 2E8 a 2EF

A melhor forma de consultar as faixas livres é aplicando um clique duplo em Computador no Gerenciador de dispositivos. Marcamos a opção Entrada/saída figura 51 e percorremos a lista para verificar se as faixas 3E83EF e/ou 2E8-2EF (COM3 e COM4) estão livres. No exemplo da figura 51 constatamos que a faixa 3E8-3EF está livre, portanto podemos instalar o modem como COM3.

Capítulo 28 - Modems

28-39 Figura 28.51 A faixa de endereços da COM3 está livre.

Devemos também escolher uma IRQ para ser utilizada por esta nova porta serial. A escolha dependerá das IRQs livres e das que podem ser configuradas através dos jumpers da placa. No nosso exemplo instalaremos uma placa U.S. Robotics Sportster 28.800 de legado, cujas interrupções suportadas são IRQ3, IRQ4, IRQ5, IRQ7 e IRQ9. Como a COM1 e a COM2 usam a IRQ4 e a IRQ3, a placa de som muitas vezes usa a IRQ5 e a porta paralela normalmente usa a IRQ7, uma boa opção é usar para a placa de modem a IRQ9. Note que em muitas placas a IRQ9 é indicada como IRQ2. Na figura 52 vemos que a IRQ9 está livre. Se não estivesse poderíamos tentar alterá-la pelo Gerenciador de Dispositivos (caso esteja sendo usada por uma placa PnP). Se não for possível, podemos alterar a IRQ da placa de som para liberar a IRQ5 para o modem. Uma outra opção que sempre pode ser usada é desabilitar a COM2 na placa de CPU, deixando a combinação COM2/IRQ3 para o modem. Figura 28.52 A IRQ9 está livre.

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No exemplo decidimos fazer a instalação utilizando COM3 e IRQ9. Para fazer a instalação usamos o comando Adicionar Novo Hardware do Painel de Controle. Quando for perguntado se desejamos que o Windows detecte o novo hardware, optaremos por selecionar o hardware a partir de uma lista. Escolhemos a opção Portas COM/LPT. Na lista de marcas e modelos que é apresentada (figura 53) selecionamos como fabricante, Tipos de porta padrão, e como modelo, Porta de comunicações. Figura 28.53 Instalando manualmente a porta serial.

No quadro apresentado a seguir usamos o botão Detalhes para verificar o endereço e a IRQ que o Windows designou para a nova interface. Em geral esses recursos não corresponderão aos que estão realmente configurados pelos jumpers da placa, e temos que fazer ajustes posteriores com o Gerenciador de Dispositivos. Na figura 54, vemos que o endereço designado foi o desejado (COM3=3F8-3FF) Figura 28.54 O Windows designou COM3/IRQ4.

Alterando os recursos usados pela nova porta serial

Capítulo 28 - Modems

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Depois de reiniciar o computador voltamos ao Gerenciador de Dispositivos para alterar os recursos usados pela placa. No nosso exemplo temos que alterar a interrupção para IRQ9. Figura 28.55 A nova interface serial consta no Gerenciador de Dispositivos.

O Gerenciador de Dispositivos mostra a nova porta serial instalada (figura 55). Aplicamos um clique duplo sobre esta porta e será apresentado o seu quadro de propriedades, no qual devemos selecionar a guia Recursos (figura 56). A faixa de endereços está correta, apenas precisamos alterar a interrupção para IRQ9. Para isto, marcamos o item Pedido de interrupção e usamos o botão Alterar configuração.

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Hardware Total Figura 28.56 Recursos usados pela COM3.

É possível que neste momento apareça um quadro informando o seguinte: Modificações não permitidas – A configuração desse recurso não pode ser modificada Se isto ocorrer, basta procurar no campo Config baseada em, uma outra configuração básica que aceite a alteração. Na figura 56 está em uso a Configuração básica 4. Repetimos as tentativas com as configurações 5, 6 e assim por diante, até a alteração ser aceita. Depois de alterar a IRQ e o endereço de E/S, devemos reiniciar o computador. Instalando o modem

Uma vez que a porta serial existente na placa de modem esteja corretamente instalada, usamos novamente o comando Adicionar Novo Hardware do Painel de Controle para fazer a instalação do modem. Caso estejamos instalando um modem externo, devemos fazer a sua conexão preferencialmente na COM2 existente na placa de CPU. Neste caso não será necessária a etapa de instalação da interface serial.

Capítulo 28 - Modems

28-43 Figura 28.57 Para escolher manualmente o modem.

Quando o Assistente para Adicionar Novo Hardware perguntar se queremos que modem seja detectado, respondemos que Não para que seja feita a escolha a partir de uma lista. Na lista de tipos de hardware selecionamos a opção Modem. Será perguntado se o modem deve ser detectado ou escolhido a partir de uma lista. Responderemos mais uma vez que não queremos a detecção. Chegaremos então a uma lista de marcas e modelos (figura 58). Figura 28.58 Lista de marcas e modelos.

Podemos agora procurar o fabricante e o modelo do modem de legado que estamos instalando. Caso não seja encontrado, podemos usar a opção Tipos de modem padrão e selecionar um dos modems padronizados (no nosso exemplo, Standard 28800 bps modem). Uma outra opção ao invés de utilizar os tipos de modem padrão é tentar obter pela Internet os drivers para este modem. Muitos fabricantes oferecem drivers, mesmo para seus modelos antigos.

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Terminada a instalação podemos checar o novo modem no Gerenciador de Dispositivos, verificando se são indicados conflitos ou outros problemas. Assim como ocorre com outros tipos de modem, devemos agora fazer configurações adicionais no Painel de Controle e no Gerenciador de Dispositivos, como mostramos anteriormente neste capítulo. A seguir devemos testar o modem e instalar softwares de comunicação.

Modem para notebook Praticamente não existe diferença entre a instalação de um modem para PCs tipo desktop e modems para notebooks. Muitos notebooks atuais já são equipados com um modem, mas nos modelos desprovidos de modem, podemos instalar um cartão de modem, padrão PCMCIA (também chamado de PC Card), já que a maioria dos notebooks possui este tipo de slot. A figura 59 mostra um cartão de modem para notebook. Uma extremidade é conectada a um slot PCMCIA do notebook. Na outra extremidade conectamos um cabo telefônico. Na extremidade oposta deste cabo encontramos um conector telefônico Rj-11. Figura 28.59 Um modem para notebook.

Na figura 60 vemos os slots PCMCIA encontrados na maioria dos notebooks. Aqui podemos conectar modems, cartões com interfaces SCSI, interfaces de rede, discos rígidos e vários outros dispositivos.

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28-45 Figura 28.60 Slots PCMCIA de um notebook.

Na figura 61, o modem PCMCIA já está conectado no notebook e no cabo que o liga à linha telefônica. Podemos agora ligar o computador e deixar que o Windows faça a sua detecção. A partir daí o processo é o mesmo utilizado para os modems de computadores desktop. O Windows detectará o modem e pedirá a instalação dos seus drivers. Dependendo do modelo, podemos utilizar drives fornecidos com o Windows, ou então instalar os drivers a partir de disquetes que acompanham o modem. Figura 28.61 O modem PCMCIA já conectado no notebook e na linha telefônica.

Configuração para a Internet Quando um computador já possui um modem instalado, pode ser facilmente configurado para acessar a Internet. Basta obter um kit de aceso à Internet, vendido em lojas ou fornecido gratuitamente junto com revistas e jornais, ou mesmo entregue ao usuário quando é aberta a conta em um provedor de acesso. Esses kits têm a capacidade de configurar automaticamente o computador para acessar a Internet, mas... não confie totalmente nisso! Muitas vezes esses kits fazem alterações nas configurações do navegador e do próprio Windows. Podem por exemplo instalar seus próprios protetores de tela e papéis de parede, podem ainda obrigar o navegador a entrar sempre

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na página inicial do provedor e bloqueiam as alterações. É uma verdadeira invasão de privacidade. Não faz mal algum aprender a configurar manualmente o computador para acesso à Internet. Mesmo que você utilize a instalação automática, esta seção fará você entender o que está acontecendo durante este processo de instalação. Podemos dividir o processo de configuração de um PC para acesso à Internet em três etapas:   

Configuração da conexão Dial-Up Instalação do navegador Configuração do correio eletrônico

Vamos agora detalhar essas três etapas. Configuração da conexão Dial-Up

Esta é a etapa mais complicada da configuração de um computador para acesso à Internet, apesar de não ser considerada difícil. A configuração de rede, obtida através do comando Rede do Painel de Controle, deve apresentar os seguintes componentes:  

Adaptador para rede Dial-Up Protocolo TCP/IP => Adaptador para rede dial-up

Na figura 62 vemos esta configuração já pronta. Caso esses componentes não estejam presentes devemos usar o botão Adicionar. Para adicionar o Adaptador Dial-Up usamos: Adicionar - Adaptador - Adicionar - Microsoft - Adaptador Dial-Up Para adicionar o protocolo TCP/IP usamos: Adicionar - Protocolo - Adicionar - Microsoft - TCP/IP

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28-47 Figura 28.62 Configuração de rede pronta para acesso à Internet.

A seguir devemos criar uma conexão Dial-Up para o provedor de acesso à Internet. Você deve previamente ter feito a inscrição em um provedor local, tendo obtido várias informações para configuração:      

Nome ou Login Senha Telefone para conexão Endereços de DNS Endereço de correio eletrônico Endereços de POP e SMTP para correio eletrônico

A criação de uma conexão é feita através do comando Acesso à rede DialUp, obtida na janela Meu Computador. Se este comando não estiver presente você deve fazer a sua instalação através do comando Adicionar / Remover programas no Painel de Controle. Selecione a guia Instalação do Windows, a seguir Comunicações e finalmente Acesso à Rede Dial-Up. Ao acessar pela primeira vez a janela de Acesso à rede Dial-Up, é apresentado o Assistente para fazer nova conexão (figura 63). Você também pode chegar a este assistente clicando no ícone Fazer nova conexão, também encontrado na janela de Acesso à rede Dial-Up.

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Hardware Total Figura 28.63 Assistente para fazer nova conexão.

No quadro da figura 63 devemos preencher inicialmente um nome que será usado para identificar a conexão. No exemplo usaremos “Provedor”, mas você pode utilizar outro nome qualquer. Normalmente usamos aqui o nome do provedor de acesso no qual temos conta. Encontramos também neste quadro o nome do modem a ser usado na conexão e logo abaixo, um botão Configurar. Este botão dá acesso ao quadro da figura 64, no qual selecionamos a guia Opções. Figura 28.64 Configuração do modem para conexão com a Internet.

Marcamos neste quadro a opção Exibir uma janela de terminal após a discagem. É conveniente marcar também a opção Exibir o status do modem. Isto fará com que durante a conexão seja apresentado um ícone na barra de tarefas, ao lado do relógio, indicando a transmissão e recepção de dados.

Capítulo 28 - Modems

28-49 Figura 28.65 Configurações da conexão.

Com a guia Conexão (figura 65) temos acesso a outros comandos de configuração que podem ser deixados programados como estão. Alguns provedores de acesso recomendam usar neste quadro o botão Avançadas, e no quadro apresentado a seguir preencher o campo Configurações extras com a expressão X3. Este procedimento serve para corrigir um problema comum, no qual o Windows avisa que não existe tom de discagem (dial tone), quando na verdade este tom existe. Depois de configurar o modem e clicar em Avançar no quadro da figura 63, chegamos ao quadro da figura 66, onde temos que indicar o telefone do provedor de acesso, o código da cidade (DDD) e o país. Figura 28.66 Indicando o telefone do provedor.

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Depois de clicar em Avançar, estará terminada a criação da conexão, mas ainda temos que fazer algumas configurações adicionais. A janela Acesso à rede dial-up apresentará agora um ícone para a conexão recém criada (figura 67). Devemos clicar o ícone da conexão com o botão direito do mouse e no menu apresentado escolher a opção Propriedades. Figura 28.67 A nova conexão já foi criada.

No quadro de propriedades apresentado (figura 68), selecionamos a guia Rede. No campo Tipo de servidor de rede dial-up, selecionamos a opção PPP: Internet, Windows 2000/NT, Windows ME, como mostra a figura. Figura 28.68 Configurações do provedor.

Usamos ativada a opção Ativar compactação de software. Entre os protocolos de rede permitidos, usamos apenas o TCP/IP, deixando os demais desmarcados. Usamos o botão Configurações de TCP/IP, e chegamos ao quadro da figura 69.

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28-51 Figura 28.69 Configurações de TCP/IP.

Devemos preencher as informações de acordo com instruções fornecidas pelo provedor de acesso. Normalmente usamos ativada a opção Endereço IP atribuído pelo servidor. O seu provedor poderá informar os endereços do DNS primário e secundário, compostos de números que devem ser preenchidos neste quadro. Está terminada a configuração da conexão. Você poderá estabelecer uma conexão com o provedor, aplicando um clique duplo sobre o ícone da conexão. O modem fará a discagem, estabelecerá a conexão e apresentará uma janela de terminal pós-discagem, na qual o seu provedor perguntará o login e a senha. Depois de fornecer a senha, o provedor entrará em momo PPP, e você deverá clicar sobre o botão Continuar (figura 70). Figura 28.70 Conexão estabelecida.

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Na barra de tarefas, ao lado do relógio, será exibido um ícone que representa a conexão. Podemos clicar sobre este ícone para obter informações sobre a conexão, ou então para desconectar. Se preferir que a janela da figura 70 não seja apresentada, clique na guia Segurança da figura 68 e indique o nome do usuário e a senha. No quadro da figura 64, desmarque a opção “Exibir janela de terminal após a discagem”. Instalação do navegador

Ao ser feita a instalação do Windows (a partir da versão 98), é instalado também o navegador Microsoft Internet Explorer. Uma vez estabelecida a conexão você pode clicar no seu ícone (uma letra “e” azul na barra de tarefas. Será estabelecida imediatamente uma conexão com a página da Microsoft. Você já pode “navegar” livremente na Internet. Apesar de podermos utilizar o Internet Explorer que acompanha o Windows, poderá ser preciso instalar um outro navegador. O próprio Internet Explorer tem novas versões liberadas mais rapidamente que o próprio Windows. Isto significa que se a versão do Windows que você instalar não for recém-lançada, é possível que exista uma versão mais nova do Internet Explorer no site da Microsoft, ou mesmo do seu provedor de acesso. Também é possível que você não queira usar o Internet Explorer. Nesse caso poderá instalar um outro navagador, como o da Netscape ou o da America Online. As configurações de conexão com o provedor já apresentadas serã válidas para os demais navegadores, inclusive se você decidir utilizar mais de um navegador. Configuração do correio eletrônico

Para utilizar o correio eletrônico você precisa fazer a sua configuração. O programa de correio eletrônico que acompanha o Internet Explorer é o Outlook Express. Para configurá-lo, execute-o a partir do seu ícone na barra de tarefas (uma letra “e”ao lado de um envelope de carta), ou então a partir do botão Correio no Internet Explorer. Use então o comando Ferramentas / Contas, pressione o botão Adicionar e escolha a opção Correio. Serão apresentados vários quadros nos quais o assistente pede informações, várias delas tendo sido fornecidas quando você abriu a conta no provedor de acesso:

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Nome para exibição - É o nome usado como remetente nas mensagens que você enviar. Endereço eletrônico - É o seu endereço de e-mail, fornecido pelo seu provedor quando você abriu a conta. Por exemplo, [email protected]. Servidor de mensagens recebidas (POP3 ou IMAP) - Este endereço é fornecido pelo seu provedor quando você abriu a conta, mas não esqueça de perguntar, pois muitos provedores esquecem de fornecer esta informação. Normalmente é algo como pop.provedor.com.br. Servidor de mensagens enviadas - Este endereço também deve ser fornecido pelo seu provedor quando você abre a conta. Normalmente é algo como smtp.provedor.com.br. Nome e senha - O login e a senha que você recebe para acessar o provedor é também usado para acessar o correio eletrônico. Tipo de conexão - São oferecidas opções para conectar manualmente, ou através de linha telefônica, ou através de rede local (LAN). É melhor usar a opção Conectar manualmente. Você deverá então estabelecer a conexão com o provedor antes de executar o programa de correio eletrônico.

Upgrade para V.90 O estabelecimento do padrão V.90 para comunicação a 56k bps demorou um pouco mais que o esperado. Enquanto o padrão não era estabelecido, os fabricantes produziram modems de 56k nos padrões X2 e K56Flex, mas sempre com a opção de realizar um upgrade assim que o novo padrão fosse estabelecido. Este upgrade é feito pela reprogramação do protocolo que fica armazenado em uma Flash ROM do modem. Mostramos anteriormente neste capítulo (figura 30) como identificar os protocolos suportados por um modem. Se o seu provedor de acesso oferece conexões a 56k bps mas você só consegue conectar no máximo a 33.600 bps, provavelmente o seu modem está utilizando um protocolo diferente, como o X2 ou o K56Flex. Confirme com o seu provedor de acesso se ele realmente oferece linhas de 56k bps no padrão V.90. Você poderá então acessar o site do fabricante do seu modem para fazer o download do software que atualiza

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a Flash ROM com o protocolo V.90. Antes de fazer esta atualização, leve em conta alguns detalhes: Centrais analógicas e digitais

Se a sua linha telefônica é das antigas, aquelas que muitos chamam de “linhas analógicas” (na verdade a linha e a central são analógicas), é menor a chance de você conseguir boas conexões a 56k bps. A qualidade dessas linhas é baixa, são muito sujeitas a ruídos, distorções de sinal e interferências, o que resulta em uma taxa de erros muito elevada. O modem acaba reduzindo a taxa de transferência para eliminar os erros. Se a sua linha é mais nova, daquelas que muitos chamam de digitais (na verdade a linha é analógica, mas a central é digital), será muito maior a chance de você conseguir boas conexões a 56k bps. Medida da taxa de transferência

Use o programa SYSMON.EXE (Iniciar / Executar / Sysmon) para monitorar o número de bytes recebidos por segundo na conexão dial-up. Comande algum tipo de transferência que estabeleça um fluxo contínuo de dados, por exemplo, faça o download de um arquivo de bom tamanho (1 MB, por exemplo). Se o gráfico apresentado tiver o aspecto mostrado na figura 71, dificilmente a operação em 56k irá melhorar a situação. A lentidão neste caso é devido ao fato de ocorrerem muitas pausas durante a recepção. Não é culpa da lentidão na transmissão de dados entre o seu provedor e o seu computador, e sim, lentidão na chegada dos dados pela Internet. Isto ocorre tipicamente nos horários de congestionamento. *** 35% *** Figura 28.71 Lentidão na Internet, e não no modem.

Já se o gráfico obtido tiver o aspecto mostrado na figura 72, significa que existe um fluxo constante de dados entre o seu provedor e o seu computador. A Internet não está lenta, e os dados não param de chegar. O limite na taxa de transferência é dado apenas para velocidade de comunicação entre o seu provedor e o seu computador. Para modems de 33.600 bps, a taxa obtida é de cerca de 3,7 kB/s. Se você obteve um gráfico como este, existem grandes chances de um modem de 56k bps trazer

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melhoramentos na taxa de transferência, desde que a sua linha seja de boa qualidade. *** 35% *** Figura 28.72 A Internet está rápida, um modem mais veloz poderá melhorar mais ainda.

Informe-se com o provedor

Verifique com o seu provedor de acesso o que é preciso para estabelecer conexões a 56k bps. A maioria dos provedores oferece acesso através de modems padrão V.90, mas muitos possuem modems que funcionam também com os padrões X2 e K56Flex. Se o seu modem não for V.90, e sim de um desses outros padrões, não será necessário fazer o upgrade para o protocolo V.90, podendo assim operar a 56k com um dos outros protocolos. Observe ainda que em alguns casos os provedores oferecem números de telefone diferentes, sendo um para acessos a até 33.600 bps e outros para acessos a 56k bps. Você pode não estar conseguindo conectar a 56k bps pelo fato de estar usando o número errado, ou mesmo pelo seu provedor ainda não estar oferecendo linhas de 56k. Localizando o fabricante do modem

Existem muitos fabricantes de modems, principalmente os localizados na Ásia. Esses fabricantes compram chips de outros fabricantes e utilizam nas suas próprias placas. Existem ainda os fabricantes de modems “sem nome” (espero que você não tenha comprado um desses). Entre a documentação que acompanha o seu modem, você provavelmente encontrará o seu endereço na Internet. De posse do endereço você pode fazer o download do software que faz a atualização para o padrão V.90. Se você não encontrou o endereço do fabricante do seu modem, procure na área de links de www.laercio.com.br.

Modems V.92 O novo padrão V.92 traz algumas vantagens sobre o já antigo padrão V.90, criado em 1998. Note que algumas dessas vantagens só podem ser usufruídas mediante providências que devem ser tomadas pelo provedor de acesso à

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Internet e pela companhia telefônica. São três os melhoramentos, explicados a seguir: 1) Estabelecimento de conexão mais rápido 2) Upload feito com até 48k bps 3) Atendimento de ligações de voz durante a conexão Estabelecimento de conexão mais rápido

Quando damos início a uma conexão, o modem faz a discagem, o provedor atende e começa um processo de negociação entre os dois modems visando estabelecer a taxa de transferência e o protocolo a ser utilizado. Podemos ouvir os sons característicos dos modems durante esta negociação. Boa parte do tempo perdido nesta etapa é desnecessário, desde que seja usada sempre a mesma linha e o mesmo provedor. Um modem V.90 tem a capacidade de memorizar as condições da linha e fazer a conexão no mesmo modo no qual foi realizada a última conexão. Desta forma é perdido menos tempo na etapa de negociação. Upload mais rápido

Os modems V.90 fazem download na taxa teórica máxima de 56k bps, mas o upload (transmissão do modem para o provedor) é limitado a 33.600 bps. Para a maioria dos usuários isto não é um incômodo, já que a maior parte do tráfego em uma conexão típica ocorre no sentido do provedor para o usuário. Já os usuários de aplicações que envolvem muitas transferências para o provedor (FTP, e-mails com anexos grandes e videoconferência, por exemplo) levam vantagem com a taxa de 48k bps do padrão V.92. Portanto esses modems transmitem em até 48k bps e recebem em até 56k bps. Note entretanto que isto só será possível se o provedor de acesso trocar seus “velhos” modems V.90 por modems V.92. Atendimento de ligações em espera

As centrais telefônicas modernas oferecem aos usuários o serviço de “chamada em espera”. Quando estamos usando a linha e alguém tenta ligar, ouvimos um som característico, indicando que alguém está ligando. Podemos pressionar botões apropriados no telefone para suspender a ligação anterior e atender à nova, e depois voltar à ligação original. Note que o som indicador da segunda chamada pode fazer a conexão com o provedor cair. Os modems V.92 permitem identificar que existe uma ligação em andamento e informar ao usuário o número do telefone que origina esta chamada. O usuário pode então optar por suspender a conexão com a Internet e fazer o atendimento da chamada. Ao terminar o atendimento, a conexão com o

Capítulo 28 - Modems

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provedor é automaticamente restabelecida. Note que esses recursos, para serem implantados, dependem de providências a serem tomadas pelo provedor de acesso e pela companhia telefônica. Informe-se com o seu provedor sobre o uso deste serviço. Compatibilidade entre V.92 e V.90

Assim como ocorre com padrões anteriores, o V.92 é compatível com o V.90. Isto significa que você pode comprar um modem V.92, ou fazer o upgrade do seu antigo modem V.90 para V.92, mesmo que o seu provedor de acesso continue usando modems V.90. Nesse o modem continuará operando no modo V.90, mas sem apresentar problemas de compatibilidade. Upgrade para V.92

Realmente a maior vantagem do V.92 é o upload a 48k bps. Mesmo assim esta vantagem é restrita aos usuários que precisam transmitir dados em grandes quantidades. Sendo assim a troca de um modem V.90 por um modem V.92, ou a realização de um upgrade, não é uma operação vantajosa. Note ainda que nem todos os modems V.90 possuem opções de atualização para V.92. Consulte o site do fabricante do seu modem para informações sobre a disponibilidade de atualização. /////////// FIM /////////////////

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