Bricolage - By Paulohz

  • November 2019
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  • Words: 22,346
  • Pages: 194
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E. ATLAS

MANUAL PRÁTICO DE TRABALHOS E REPAROS EM CASA

CÍRCULO / MELHORAMENTOS

Círculo do Livro S. A. Caixa Postal 7413 São Paulo, Brasil

Companhia Melhoramentos de São Paulo, Indústrias de Papel Caixa Postal 8120 São Paulo, Brasil Nos pedidos telegráficos citar cód. 7-02-01-056

Título do original em língua francesa: "Bricolage"

© Éditions Atlas s. a., Paris, 1981 Editoração: Éditions Hespérides, Paris Fotografias de J. F. Farouault, G. Papot e Y. Robic Esquemas e desenhos de Chr. Sutel

Direitos adquiridos para o Brasil por Círculo do Livro S. A. e Comp. Melhoramentos de São Paulo, Indústrias de Papel

54321 89 88 87 86 85

In tro d u ç ã o _______________________________ A bricolage, lazer e necessidade de nossa vida cotidiana, faz parte dos ambientes que nos cercam. Não existe melhor maneira de nos redescobrirmos que trabalhar com as mãos para criar, modelar, restaurar nossa maneira de viver e, às vezes, reencontrar os esquecidos gestos dos artesãos de outrora. Com a cheirosa apara de madeira que perfuma sua oficina de trabalho ou a argamassa que suja suas botas, você experimentará o prazer da criação além de contribuir para o melhoramento do lar. Mediante os capítulos que lhe apresentaremos, toda a casa será ornamentada segundo seu gosto e suas necessidades, desenvolvendo muitas idéias que se tornarão realidade graças aos conselhos técnicos de nossos especialistas. Mais

de

quatrocentas

fotografias

em

cores

e

numerosos

esquemas o guiarão passo a passo rumo a técnicas tão diferentes como carpintaria,

alvenaria,

trabalhos

de

concreto,

revestimentos

e

encanamentos. Esta obra constitui uma surpreendente síntese de atividades, ilustrada de forma concreta e, por isto, de fácil entendimento. Melhor que os cursos abstratos e teóricos, os casos estudados farão com que os iniciantes na arte da bricolage descubram as bases desta ou daquela técnica e fornecerão aos mais experimentados os truques de profissionais que muitas vezes lhes fazem falta para elevarse ao mesmo nível das pessoas que trabalham no ramo. Mais que um livro esta obra é, na realidade, uma verdadeira ferramenta de trabalho, mas também distração, evidente contribuição ao lazer, direito legítimo de todos.

SUMÁRIO ______________________________ Introdução

5

Sumário

6

Carpintaria

9

Uniões

10

Uniões planas

12

Uniões por forquilhamento

16

Uniões de canto

18

Uniões no comprimento

22

Uniões de topo

24

Uniões a meia-esquadria

26

Banco rústico

28

Jardineira de pinho

34

Velocípede

40

Pantógrafo

46

Mesa de jogos

50

Guarda-louça

56

Trabalho de concreto

63

Noções de base

64

Preparo da argamassa

66

Preparo do gesso

68

Preparo do concreto

70

Ferragem para o concreto

72

Jardineira de tijolos

78

Degraus de concreto

84

Cercas de concreto

90

Revestimentos

95

Saber pintar

96

Pintar com rolo

104

Renovação de venezianas de metal

106

Pintura de uma janela

108

Encanamentos

111

Solda de tubos de cobre

112

Desentupimento de uma pia

114

Tubulações de plástico

116

Juntas de torneiras

120

Glossário

124

Índice

127

C A R P IN T A R IA Começar uma obra de bricolage, pela carpintaria, é render uma justa homenagem a esta atividade favorita entre os apreciadores do trabalho em madeira. Hoje em dia, quando os construtores expõem as residências e os cômodos prontos para serem habitados, o trabalho em madeira se revela como a principal atividade complementar pela qual cada um pode personalizar seu interior. Distribuição de espaço, móveis em geral, brinquedos: a madeira é o material mais apreciado pelos amadores, e um dos materiais mais fáceis de ser trabalhado. Assim, a carpintaria, aliada à criatividade, transforma-se na aptidão de prever, imaginar e resolver os problemas mais diversos que cada um encontra em seu interior. Entretanto, a criatividade deve ser acompanhada da prática. O sucesso de um trabalho depende mais do cuidado tomado em cada etapa de sua realização que de seu acabamento. Será encontrado também, na introdução dos trabalhos práticos propostos, uma série de orientações sobre uniões consideradas como a base indispensável a qualquer trabalho de carpintaria.

U N IÕ E S _______________________________________________________________

Qualquer trabalho de carpintaria começa pela união de duas peças de madeira. Montar uma estante, construir um móvel, um banco ou uma mesa requer, em diversos graus, técnicas particulares. Uniões

a

meia-madeira,

forquilhamentos,

uniões

a

meia-

esquadria ou de topo, rebaixos e entalhes constituem as bases do que todo carpinteiro amador deve saber antes de começar um trabalho. Porém, mesmo se alguns acessórios (como os esquadros metálicos)

produzidos

pela

indústria

moderna

facilitam

consideravelmente o trabalho do iniciante, seu emprego deve ficar limitado aos trabalhos grosseiros. Uma união bem feita, com esses acessórios, ficará quase invisível e assegurará solidez ao móvel, não afetando em nada sua estética. As instruções que se seguem têm um duplo objetivo: permitir ao amador praticar, além de escolher, segundo o trabalho a ser efetuado, a união que melhor se adapte a sua construção.

UNIÕES

UNIÕES PLANAS ______________________________________________________ As uniões planas são compostas de duas peças de madeira que formam um ângulo. Nas uniões a meia-madeira, cada uma das peças é entalhada na metade de sua espessura. Apresentamos os tipos mais correntes: de esquadro, em T e em cruz.

■ graminho: este utensílio para traçado é feito de uma peça móvel deslizante sobre uma barra, dotada na extremidade de uma ponta para traçar. Existem graminhos com duas pontas para traçar ao mesmo tempo as duas laterais de um talão ou de um entalhe.

UNIÃO A MEIA-MADEIRA TRAÇADO

Freqüentemente a qualidade da união depende da qualidade do traçado. O uso do graminho, desde que seja bem regulado, permite um traçado rigorosamente paralelo à borda da peça de madeira (foto 1). O graminho é um aparelho relativamente barato e muito

durável, que serve para quase todos os trabalhos de carpintaria. Hachure de maneira bem clara (se necessário com um feltro) a parte que deve ser eliminada. Cada uma das duas peças é aqui entalhada desde o topo, pela metade de sua espessura. O comprimento do entalhe corresponde exatamente à largura da outra peça.

SERRAGEM

A serragem se faz em duas fases, com um bom serrote de traçar começando pela extremidade da peça, ou seja, o topo. É essencial que o pedaço de madeira esteja fixado, daí a necessidade de se dispor de uma boa bancada com uma morsa (como a de nossas fotos) ou com um torno. Não possuindo esses utensílios, utilize o gastalho, que é uma espécie de grampo que serve para fixar peças na bancada. Feito o primeiro traço de serragem, é suficiente um segundo corte perpendicular ao primeiro (foto 4). Nos dois casos deve-se tomar cuidado para não ultrapassar os limites traçados. Por isso é necessário traçar, com as hachuras, as partes a serem entalhadas.

UNIÃO

A união de duas peças começa por sua colagem. Deve-se utilizar uma boa cola vinílica, facilmente encontrada no comércio, pronta para usar. Espalhe a cola com um pincel, insistindo particularmente nos cantos (foto 5). Passada a cola nas superfícies de contato, pode-se proceder à união das duas peças (foto 6). Esta operação não apresenta, em princípio, nenhuma dificuldade, mas é bom ficar atento para a perpendicularidade das duas peças. Se necessário, use um esquadro de carpinteiro para conferir o ângulo interno formado pelas duas peças de madeira. Só a cola não será suficiente para permitir a solidez de uma união a meia-madeira, que é um pouco frágil. Portanto, torna-se

indispensável o uso de pregos para reforçar a união (foto 7). O comprimento dos pregos deve ser, naturalmente, inferior à espessura das peças unidas, mas deve ser suficiente para que eles se cravem profundamente nas duas peças de madeira. Não esqueça de limpar o excedente de cola que pode transbordar da união após ser pregada.

carpintaria

UNIÃO A MEIA-MADEIRA EM T E EM CRUZ

TRAÇADO

O traçado de união a meia-madeira em T é um pouco mais

complexo

que

o

precedente, pois se uma das peças é entalhada da mesma maneira (no topo) que na união a

meia-madeira,

na

extremidade, a outra peça é entalhada no meio. Faça um traço perfeito com o esquadro (foto 1). Coloque a segunda peça sobre a primeira, guiando-se pelo traço recém-realizado, e transporte o outro limite do entalhe guiando-se pelo canto da peça superposta (foto 2). Meça

a

espessura

da

peça traçada. Divida o número obtido por dois, pois trata-se de uma união a meia-madeira, e transporte esse número para a regulagem do graminho (foto 3). Fixe o graminho com o auxílio de sua borboleta. Com o graminho regulado será fácil traçar entalhe a ser desbastado.

a

profundidade

do

SERRAGEM

Se a serragem do entalhe feita na extremidade de uma das duas peças é idêntica àquela da união a meia-madeira, aquela da peça entalhada no meio é muito mais delicada. Em lugar de apenas dois traços para serragem, é necessário fazer aqui uma série de traços. Faça uma série de traços de serragem paralelos (foto 5), espaçados de mais ou menos dois centímetros. Sua profundidade deve ser ligeiramente inferior àquela desejada no entalhe. Para um trabalho preciso, utilize de preferência um serrote de costas.

ENTALHE

O entalhe se faz com um formão largo (fotos 6 e 7), e é relativamente fácil de se fazer com o auxílio dos traços de serragem feitos previamente. O formão deve ser seguro com uma das mãos enquanto, com a outra, bata nele com um malho de madeira (jamais com um martelo, que estragará o cabo da ferramenta). Para tirar as aparas, a parte chanfrada do formão deve estar paralela à superfície da madeira. Para dar o acabamento e deixar perfeitamente plano o fundo do entalhe, deve ser feito exatamente o contrário; a parte plana do formão deve estar paralela à superfície da madeira (fotos 6 e 7). Mesmo sendo uma união em T ou em cruz, as peças devem ser ligeiramente forçadas para se unirem. Após passar a cola, una-as batendo com um malho para não marcá-las. O reforço com pregos é dispensável.

carpintaria

união a meia-madeira em T e em cruz

UNIÕES POR FORQUILHAMENTO __________________________________________ O termo utilizado lembra a palavra "forquilha": como se vê, a extremidade das duas peças é talhada de uma forma que lembra uma forquilha, de maneira que as partes cheias de uma peça se encaixem nas partes vazias da outra.



espiga fêmea: entalhe com as faces paralelas duas a duas,

que recebe um talão. ■ talão: parte do macho de uma união entalhada correspondente à do entalhe (parte fêmea) onde ela é encaixada.

FORQUILHAMENTO EM ÂNGULO

Esta união é freqüentemente empregada para unir peças de madeira por uma de suas extremidades, de maneira que elas formem um ângulo reto. Segundo a largura da madeira, faz-se o forquilhamento simples (como nas fotos) ou o forquilhamento duplo (ver o esquema). É uma operação relativamente simples: para que ela seja bem feita é indispensável dividir a extremidade de cada uma das peças em três partes, que devem ser correspondentes entre uma peça e outra. Para isso, o graminho é o utensílio de traçado indispensável, uma vez que sua regulagem vale tanto para uma peça como para a outra. Hachure as partes que serão eliminadas. Para a preparação do talão, o corte com o serrote de costas deve ser suficiente, sem necessitar de retoques (foto 3). Serre no interior do traçado com a peça presa na bancada. A preparação do entalhe (foto 4) é feita com a ajuda de um formão.

FORQUILHAMENTO EM T

A peça colocada verticalmente deve

ser

entalhada

em

sua

extremidade, estando o macho da união

situado

no

meio

da

peça

horizontal. É necessário dividir a largura da madeira em três partes, sendo a parte central o macho. As medidas são em seguida transportadas para a fêmea, que se apresenta como aquela executada anteriormente para o forquilhamento em ângulo. A realização do entalhe é feita segundo o método acima indicado (foto 4). A preparação do talão é feita com o serrote de costas (foto 7), sendo os entalhes feitos em seguida com o formão (foto 8).

UNIÃO

Nos dois casos, a união das duas peças se faz após passada a cola nelas (cola vinílica). Entretanto, antes da união definitiva deve ser feito um teste. O encaixe das peças deve ser ligeiramente forçado para ficar firme. Faça isso com a ajuda de um malho ou de um martelo. Caso o martelo seja usado, o que deve ser uma exceção, é necessário colocar uma peça de madeira ou um calço entre a ferramenta e as peças a serem unidas, para não estragá-las.

carpintaria

espiga (forquilhamento) em ângulo

U N IÕ E S D E C A N T O _______________________________ As uniões angulares de canto são ilustradas

principalmente

denominadas

a

rabo,

das

por

aquelas

quais

você

encontrará em nosso artigo a versão mais simples chamada a rabo reto ou espiga, que se parece com as uniões por forquilhamento.

UNIÕES DE RABO

Para unir duas peças de canto, os profissionais fazem a união rabo-de-andorinha (ver esquema), difícil de se conseguir em virtude

da

ensamblagens

forma que

trapezoidal devem

das

corresponder

exatamente às da outra peça. Esta união é extremamente segura por causa dos rabos que ficam completamente ajustados. Existe também uma versão chamada rabo de gaveta, na qual a união é visível apenas de um lado (ver esquema), cujo nome foi tirado de sua aplicação na construção de gavetas.

UNIÕES DE RABO RETO

Mostramos a mais fácil das uniões de rabo: a união de rabo reto, que não tem as complexas formas trapezoidais dos rabos-de-andorinha, e é visível dos dois lados. Seu princípio lembra de pronto o das uniões por forquilhamento, pois a união de rabo reto se apresenta como uma série de forquilhamentos

paralelos

(esta

série

comporta

mais ou

menos

forquilhamentos, conforme a largura das peças a serem unidas). A foto 1 mostra um procedimento que facilita o traçado: um compasso, cuja abertura é regulada na largura de um dos rabos (esta última sendo um submúltiplo da largura total da madeira), permite transportar as mesmas dimensões de um rabo ao outro. As duas peças, unidas por um gastalho independente ou preso à bancada, permitem traçar ao mesmo tempo os rabos (machos e fêmeas) correspondentes (fotos 2 e 3).

UNIÃO DE REBAIXO SIMPLES

Nesse caso é suficiente serrar somente uma das peças, e o canto da segunda vem se encaixar no rebaixo feito na primeira. As dimensões do entalhe são as seguintes: • sua largura cobre toda a largura da madeira; • seu comprimento é igual à espessura da peça que irá se alojar nele; • sua profundidade, enfim, é igual à metade da espessura da madeira na qual ela é feita. Essas uniões devem ser reforçadas por pregos. Utilize pregos sem cabeça para que possam ser rebaixados com um punção (para a união do rabo, foto 6).

carpintaria

união de rabo reto

UNIÕES

POR

ENTALHE

INGLÊS

O entalhe inglês, ou entalhe duplo, é uma variação do entalhe simples. Enquanto no entalhe simples somente uma das peças é serrada, no entalhe inglês são serradas as duas extremidades das peças que vão estar em contato. A peça é dividida em duas partes, no topo, no sentido da largura; o corte é feito de maneira a criar um entalhe, isto é, uma reentrância reta em cada uma das peças (é suficiente o uso do serrote de costas, foto 1). O primeiro entalhe (executado na peça colocada horizontalmente na foto 2) recebe o macho da outra peça, macho particular, pois uma de suas faces é a própria parte frontal da madeira. O segundo entalhe (executado na peça vertical na foto 2) tem a mesma espessura que a outra peça. Essa união deve ser reforçada por pregos (foto 3) que devem ser bem cravados. Deve-se ter o cuidado para que a madeira não rache quando da colocação dos pregos. Se insistimos sempre em cravar bem os pregos, não é tanto por razões estéticas, mas sim para que a união fique limpa e sem ranhuras que possam enganchar em alguma coisa ou machucar alguém.

UNIÃO A MEIA-MADEIRA, DE TOPO

Nesse caso é necessário fazer um entalhe nas extremidades que

vão estar em contato. As dimensões deste entalhe correspondem à espessura das peças e à metade da largura delas, estando subentendido que as duas peças têm a mesma largura (foto 4).

O

corte

se

faz

com

o

serrote

de

costas,

vertical

e

horizontalmente, com a peça presa na bancada. A união deve ser ainda colada e pregada (fotos 6 e 7).

CONCLUSÕES

Segundo a espessura e largura das peças, deve-se escolher uma ou outra união. Certamente já foi notado que todas as uniões apresentadas em nossas fotos, com exceção das feitas por rebaixo, são feitas com peças de pequena espessura, mas de grande largura; contrariamente as uniões por forquilhamento se aplicam, em princípio, a peças mais espessas e mais estreitas. Servimo-nos dessas uniões para a construção de cofres, gavetas, módulos etc, e todas as realizações que necessitem de uniões de peças pouco espessas de ângulo reto e de canto.

carpintaria

U N IÕ E S N O C O M P R IM E N T O _______________________________ Unir no sentido do comprimento consiste na disposição de duas peças de madeira lado a lado. As faces em contato são serradas de tal maneira que as peças possam ser reunidas. Existem vários métodos de procedimento.

■ Para realizar os entalhes, usa-se

um

guilherme,

plaina

estreita;

para

tipo

de

executar

ranhuras, usa-se uma goveta, que é um outro tipo de plaina.

■ Realizam-se os entalhes com um formão estreito ou com uma talhadeira,

que existe

também adaptada para furar.

UNIÃO POR RECOBRIMENTO

Recobrimento diz bem a maneira como é feito este tipo de união. O princípio básico é de que uma das peças recubra a outra em todo o seu comprimento,

sem

nenhuma

horizontalidade, dando ao conjunto um plano perfeito.

diferença

de

O resultado é obtido da seguinte maneira: as duas peças terão, no sentido do comprimento, uma ranhura ou rebaixamento que corresponderá à metade de sua espessura, de sorte que, uma sobreposta à outra ao longo de suas partes de união, as duas peças venham formar um encaixe perfeito (foto 4). Essa união lembra o princípio do entalhe inglês, com uma diferença que aqui os entalhes são executados em todo o comprimento da peça (a união do entalhe inglês junta duas peças em ângulo pelas extremidades). A preparação das peças necessita um ferramental um pouco diferente.

Se

os

instrumentos

de

traçado

são

os

mesmos

(particularmente o graminho), será necessário uma plaina para executar os entalhes mais importantes. Uma régua é disposta ao longo do traçado da borda da madeira para guiar a plaina. Assim a peça será rebaixada até o limite traçado pelo graminho (foto 3).

UNIÃO POR CAVILHAS

É uma simplificação que não merece ser chamada de união. As cavilhas são, na verdade, as intermediárias que unem as duas peças, sem nenhuma serragem específica entre elas. As cavilhas constituem um modo de união independente da maneira pela qual as peças possam estar unidas (pelo lado mais estreito da peça, no comprimento, de topo etc). Os dois lados estreitos da peça que recebem as cavilhas são furados em seu centro, com os furos regularmente espaçados (foto 7). A profundidade dos furos deve permitir que as cavilhas passem igualmente por eles, para que, depois de coladas (foto 8), possam penetrar no lado estreito da segunda peça (foto 9).

OUTRAS UNIÕES NO COMPRIMENTO

Para

concluir,

citamos

três

outros

tipos

de

uniões

no

comprimento, chamadas também de "uniões por superposição" (veja os esquemas) •

superposição com ranhura e lingüeta, para a qual é

necessário utilizar uma goveta para fazer o macho e uma goveta para fazer a fêmea; •

superposição com lingüeta bastarda, a qual é obtida numa

das peças da mesma maneira que na união por recobrimento, encaixando na ranhura feita na segunda peça; •

superposição com lingüeta falsa, na qual as duas peças são

ranhuradas, com uma barra sendo inserida nas duas ranhuras de uma só vez.

carpintaria

U N IÕ E S D E T O P O ______________________________________ As uniões de topo permitem reunir duas peças de madeira em prolongamento. Delas há vários tipos dentre os quais citamos a união a traço de Júpiter, e a união a lingüeta, bem mais complexos para um amador.

UNIÃO DE TOPO Geralmente utilizadas para os trabalhos de madeiramento, as uniões de topo servem para prolongar uma peça de madeira em seu comprimento pela união de uma segunda peça. Dentre as mais bem acabadas, e também das mais difíceis, citamos a união por "traço de Júpiter", que deve seu nome a seu perfil em ziguezague, a união com lingüeta e a união de chanfro reforçada por talão e entalhe (ver esquema).

UNIÃO DE TOPO POR RECOBRIMENTO

Esta união faz lembrar o recobrimento no comprimento. O princípio consiste em que as duas peças em contato sejam entalhadas de maneira que uma delas recubra a outra, sem diferença de nivelamento (fotos 2 e 3). É necessário ressaltar, entretanto, que esse recobrimento deve ser feito em extensões grandes, o que é indispensável para uma perfeita solidez. Na verdade, dada a disposição das peças (no prolongamento), é necessário que a superfície de união seja suficientemente grande para compensar o esforço exercido de uma parte sobre a outra, em virtude do comprimento das peças.

REFORÇOS DAS UNIÕES

Pela razão já citada, e pelo comprimento das peças, deve-se recorrer aos sistemas de reforço. Como as outras uniões, essa também é colada; mas, além disso, as peças devem ser parafusadas. Dois parafusos de comprimento um pouco inferior à espessura das duas peças unidas são parafusados conforme mostra a foto 4. Por vezes, deve-se recorrer à utilização de peças de reforço, chamadas "placas", de madeira ou de ferro, cuja fixação é feita no nivelamento da união (foto 5), por cima e por baixo.

UNIÃO DE TOPO POR CHANFRO

Chanfro é um corte oblíquo executado na extremidade de uma peça. Para fazer esse tipo de união é necessário cortar a extremidade das duas peças a serem unidas, segundo um mesmo ângulo de inclinação, para que elas possam ser reunidas (foto 6). Essa união deve ser reforçada por parafusos (foto 7).

carpintaria

união de topo por recobrimento

U N IÕ E S A M E IA -E S Q U A D R IA _______________________________ A união a meia-esquadria consiste em reunir duas peças de maneira a formar um ângulo reto. A execução de um corte oblíquo (a 45°) na extremidade de cada uma das peças deve ser bem precisa para que a união seja perfeita.

MEIA-ESQUADRIA

É um corte oblíquo efetuado na extremidade de uma peça segundo um ângulo de 45°. Para a execução desse corte utiliza-se uma caixa de meiaesquadria, empregada

tradicionalmente nos

trabalhos

de

carpintaria, como na foto 1, uma guia de

corte

regulável,

facilmente

encontrada nas casas especializadas em ferramentas deste tipo.

UNIÃO A MEIA-ESQUADRIA

Usada principalmente para a construção de molduras, a união a meia-esquadria consiste na reunião de duas peças de madeira em ângulo reto. É uma operação que pode parecer simples, mas que é extremamente delicada, exigindo que os cortes fiquem exatamente casados. As extremidades das duas peças são, por isso, cortadas a meia-

esquadria para formar um ângulo reto quando reunidas. Trata-se de uma

união

bastante

estética,

o

que

justifica

seu

emprego

principalmente no emolduramento, mas muito frágil para outras aplicações. Por esta razão, torna-se necessário que essa união seja reforçada por pregos (foto 2). Para assegurar a solidez da união, há um outro procedimento que consiste em introduzir cavilhas (pinos) nos dois cortes em contato, furados para colocá-las (ver esquemas).

UNIÃO

A

MEIA-ESQUADRIA

REFORÇADA

Em termos profissionais, uma lingüeta é um elemento independente das peças que serão unidas e que é colocada dentro das duas peças no momento

da

união,

mas

que

fica

invisível nas operações seguintes. É um reforço discreto, mas eficiente. O que é mostrado nas fotos é uma simplificação de união por falso talão, representada no esquema. Na

verdade,

as

duas

peças

cortadas a meia-esquadria são unidas de costas (foto 3) para que se possa executar em cada um dos cortes um entalhe igual, no qual o fundo deve estar perpendicular à inclinação do corte. A facilidade deve-se ao fato de que o entalhe é aberto nas duas faces, enquanto na união por falso talão ele é feito no próprio corpo da peça. Um simples serrote comum (foto 3) e um for-mão (foto 4) são suficientes para fazer o entalhe.

A lingüeta, ou peça de reforço, é cortada em formato quadrado, sendo que um dos lados corresponde ao fundo dos entalhes quando as peças estiverem unidas (foto 5). Depois de passada a cola, coloque a lingüeta no devido lugar e termine de fixá-la nos entalhes com a ajuda de pregos (foto 6). Para encerrar, serre os lados da lingüeta que estão sobrando, acertando-os com os cantos das peças unidas (foto 7).

carpintaria

B A N C O R Ú S T IC O ______________________________________ Somente as uniões que mantêm entre si os elementos que constituem os dois pés do banco são definitivas; a travessa inferior e as duas tábuas do assento são fixas com parafusos tipo Ailen, o que o torna de fato um banco desmontável.

MATERIAL (as medidas estão em mm) ASSENTO 2 tábuas de pinho

1.380x160x25

PÉS 4 montantes

450 x 65 x 45

2 tirantes de cima

220x65x45

2 tirantes de baixo

270x65x45

TRAVESSA

1.060 X 55 X 30

• Cola de madeira • Lixa de papel • Parafusos tipo Allen • Tinta FERRAMENTAS • Esquadro • Graminho • Serrote • Lápis de carpinteiro • Prensa • Formão • Furadeira • Chave tipo Allen • Plaina • Lixadeira

O QUE E NECESSÁRIO SABER

Antes de começar o trabalho, é necessário conhecer certos termos de carpintaria que resumem toda uma técnica. Na confecção deste banco encontram-se dois tipos de uniões, que os profissionais usam com freqüência e foram vistos anteriormente. • união por forquilhamento; • união por talão e entalhe. Com o auxílio desses dois tipos de uniões, de cola e de parafusos com sextavado interno (tipo Allen), esse banco rústico poderá ser feito sem maiores dificuldades.

DESCRIÇÃO O banco é inteiramente feito de tábuas e caibros de pinho. Tem um assento (duas tábuas dispostas lado a lado) que repousa sobre dois pés. Cada um dos pés é o resultado da união de dois montantes, unidos por dois tirantes, um logo abaixo da extremidade superior dos montantes e o outro disposto a 75 mm da extremidade inferior. Uma travessa liga os dois tirantes de baixo. A travessa e as tábuas que constituem o assento podem ser desmontadas (elas são fixadas por parafusos).

CORTE DAS PEÇAS É possível comprar a madeira cortada, pronta para o trabalho, mas mesmo assim essa medida deve ser conferida antes de se levar adiante sua execução.

UNIÕES: O TRAÇADO

Quando se trata de efetuar o traçado de uma união, é melhor

traçar o macho e a fêmea ao mesmo tempo, utilizando-se a mesma regulagem do graminho. A fêmea, chamada entalhe, recebe o macho, chamado talão. Suas dimensões devem ser exatamente iguais para se conseguir uma união perfeita. Serão encontrados em nossos esquemas, para cada peça, os lugares onde devem ser feitos os cortes ou os entalhes para preparar a execução das uniões. Tenha o devido cuidado para que haja perfeita regularidade do traçado, para tanto é indispensável o uso de esquadro e graminho. Hachure as partes de madeira que serão eliminadas para evitar erros no momento dos cortes: eis uma regra que deve ser observada para toda a preparação das uniões.

carpintaria

FORQUILHAMENTO OU ENTALHE?

O princípio é o mesmo. O forquilhamento usado (fotos 8, 9 e 10) para a união dos montantes com os tirantes de cima e com os tirantes de baixo é feito por talão e entalhe. A união da travessa com os tirantes de baixo é um pouco diferente,

pois

extremidades

as

das

duas travessas

encaixam nos entalhes dispostos nos

tirantes,

fazendo

assim

a

função de talões.

PREPARAÇÃO

DAS

UNIÕES SUPERIORES

A extremidade superior dos montantes e dos tirantes de cima são

divididas

em

três

peças

correspondentes entre si. A

altura

do

talão

corresponde ao lado menor do corte da peça (45 mm) e o tirante é colocado no sentido da largura, formando montante.

a

parte A

superior

do

profundidade

do

entalhe é também de 45 mm.

PREPARAÇÃO TIRANTES DE BAIXO

DOS

Os tirantes de baixo (220 mm) são encaixados nos dois montantes. Essa união é feita por talão e entalhe (veja o esquema de cima, à esquerda). Faça os talões de acordo com as medidas indicadas nos esquemas apresentados à esquerda. Faça o entalhe conforme indicação feita na foto 11, com uma profundidade de 20 mm. A extremidade da travessa será encaixada no entalhe do tirante.

PREPARAÇÃO DOS MONTANTES PARA A UNIÃO INFERIOR

O tirante de baixo se situa a 75 mm da extremidade inferior dos montantes. Um entalhe é feito nesse ponto já assinalado (ver páginas anteriores), no sentido da altura, até 20 mm de profundidade (foto 12). As outras dimensões do entalhe (comprimento e largura) são iguais àquelas do talão do tirante de baixo que aí se encaixa.

MONTAGEM

Faça uma primeira montagem, sem cola, a fim de verificar se as uniões estão corretas. Após eventuais correções, cole todas as partes, encaixe e mantenha-as prensadas até a secagem completa (fotos 13 e 14). Monte os dois pés antes de colocar a travessa no seu devido lugar.

carpintaria

UNIÃO DOS PÉS MAIS A TRAVESSA

Esta união é feita pelo encaixe

de

cada

extremidades

da

uma

travessa

das nos

entalhes feitos nos tirantes de baixo (foto 16) Não

cole

estas

uniões

para que o banco possa ser desmontado quando necessário. Para

essas

uniões,

utilizamos parafusos tipo Allen1 com buchas. Fure a partir dos tirantes de baixo (foto 17) depois frese a entrada dos furos (foto 18): os comprimentos padrões dos parafusos são de 65 mm por 6 mm de diâmetro. É parafusos

suficiente (foto

19)

colocar e

os

depois

apertá-los com uma chave tipo Allen. O aperto dos parafusos (foto 20) provoca o afastamento das laterais da bucha dentro da madeira (ver o esquema), permitindo assim a desmontagem e remontagem.

1

O parafuso de cabeça sextavada tipo Allen é um produto relativamente recente. Existem

muitos modelos desse parafuso (de cabeça redonda etc). O parafuso atravessa as duas peças furadas; quando apertado com a chave tipo Allen, a bucha se divide em quatro asas encostando suas laterais na madeira.

COLOCAÇÃO DO ASSENTO

O assento é feito de duas tábuas de pinho, dispostas de modo que não fiquem unidas. Cada uma delas repousa sobre os montantes e sobre os tirantes superiores (foto 21). Para que possam ser desmontáveis, elas são fixadas por parafusos. Veja na foto 22 as capas decorativas (há de diversas cores), que escondem as cabeças dos parafusos.

ACABAMENTO

As arestas das tábuas são aparadas, e particularmente aquelas que se encontram no assento. Dada a importância da chanfragem, é preferível usar uma plaina (foto 23). Todas as superfícies são lixadas com lixa de papel montada em uma lixadeira. Antes de envernizar ou de pintar o banco, é aconselhável dar-lhe uma demão de um produto de tratamento fungicida e inseticida, sobretudo se o banco ficar exposto ao tempo (existem na praça produtos de tratamento como este, que utilizamos na foto 24) Se se deseja conservar o aspecto natural da madeira, pode-se simplesmente envernizá-la após tratada. Caso queira, a madeira poderá ser laqueada, dando-lhe melhor aspecto. Nesse caso é desnecessário dar maior tratamento à madeira, pois a tinta é suficiente para assegurar-lhe a proteção. _______________________________________________________________ Nota: As uniões com parafusos de sextavado interno são cômodas, mas relativamento onerosas. Elas têm a vantagem de ser perfeitamente desmontáveis e remontáveis, o que é interessante para um móvel de grandes dimensões como este banco. Na falta desses, utilize parafusos com cabeça fresada, dos quais se podem esconder as cabeças.

carpintaria

J A R D IN E IR A D E P IN H O __________________________________ Esta jardineira decorativa acolhe as plantas em seus vasos. Na realidade ela não foi prevista pela sua forma e material, para que se depositasse terra em seu interior, para uma cultura diretamente dentro dela.

MATERIAL (as medidas estão em mm) LADOS MAIORES 6 tábuas de pinho

600x80x24

LADOS MENORES 6 tábuas de pinho

600x80x24

FUNDO 1 compensado

550 x 250 x 15

PÉS 2 tábuas de pinho

400x250x24

CABOS 2 barras roliças

150 x Ø 30

• Suportes triangulares

4

• Suportes

4

• Cavilhas • Pregos • Produto de tratamento de madeira

FERRAMENTAS • Furadeira de copo • Compasso • Esquadro • Plaina

• Prensa • Lápis de carpinteiro • Serrote fino • Serra tico-tico • Furadeira • Lima chata • Martelo

DESCRIÇÃO

Esta jardineira é feita de tábuas de pinho de 24 mm de espessura. Os lados maiores e os menores são feitos com três tábuas cada um, mantidas sobre suportes triangulares colocados como reforços angulares. Esses suportes asseguram, por conseqüência, as junções do lado maior com o lado menor. Dois pés em T sustentam a construção ligeiramente acima do solo. Duas barras roliças (30 mm de diâmetro) fazem o papel de cabos.

LADOS MAIORES

Para fazer cada um dos lados maiores são necessárias três tábuas de pinho de mesmo comprimento (60 cm) e de mesma largura (8 cm). Apare as arestas com uma plaina para obter um pequeno arredondamento decorativo (foto 1). Reúna com a prensa as três tábuas, lado a lado (foto 2), pois é mais fácil traçar sobre as tábuas assim reunidas: •

colocação do suporte triangular (levando em conta a

espessura das tábuas do lado menor); • por cima).

colocação do fundo (levando em conta os suportes que vêm

COMPRIMENTO E COLOCAÇÃO DO SUPORTE ANGULAR

O suporte angular tem corte triangular, sendo que dois dos lados formam um ângulo reto. O comprimento de cada suporte é igual à largura somada das tábuas (3 x 8 cm) mais os dois intervalos (mais ou menos 1,5 cm cada um): deve-se deduzir do comprimento total a espessura do fundo de compensado (15 mm) mais a do quadro do suporte que vem por cima (30 mm).

PREPARAÇÃO DOS LADOS MENORES

Esses lados são feitos com três tábuas da mesma largura que as usadas para a fabricação dos lados maiores. Para dar à jardineira forma final, desenhamos os lados menores de maneira a se estreitarem em direção ao solo. Para isso, reúna os três elementos e trace as linhas oblíquas (foto 6) segundo as quais fará os cortes. Faça-os de maneira que a simetria seja perfeita.

carpintaria

FIXAÇÃO

DOS

LADOS

MENORES

Após o corte dos três elementos será necessário, antes da união, furar o elemento superior para a passagem do cabo. É mais fácil fazer esse furo com uma furadeira de copo (foto 8). Os

três

elementos

são,

em

seguida, pregados sobre a segunda face do suporte triangular, face perpendicular àquela onde são fixados os lados maiores. Feita a união, o lado maior recobre a lateral do lado menor, como mostra a foto 9. Apare os ângulos que formam a junção do lado menor com o lado maior, segundo a mesma inclinação que a das bordas chanfradas antes (foto 10).

COLOCAÇÃO DO FUNDO

O fundo da jardineira é feito de uma tábua de compensado de 15 mm de espessura, que deve ser resistente à umidade. Vire a jardineira de boca para baixo e coloque o fundo no lugar de modo que ele fique sobre o lado inferior dos suportes angulares (foto 11). Ele deve alojar-se corretamente no seu lugar, se os cálculos estiverem corretos, senão será necessário fazer novas medidas.

SUPORTE DE MANUTENÇÃO

Um quadro de suporte é fixado no fundo contra o interior das laterais (foto 12). Esta é a razão pela qual é necessário desde o princípio (quando do traçado e da fixação do suporte triangular, ver

página anterior) prever sua espessura. Desvire a jardineira e apare os suportes angulares, que podem estar sobrando (foto 13).

PÉS

Os pés são feitos em forma de T, cujo braço horizontal será situado embaixo. Utilize um compasso e um esquadro para traçar seu desenho sobre uma das duas tábuas, levando em conta os seguintes pontos: •

o furo na parte superior será feito exatamente no mesmo

ponto do furo feito no elemento mais alto dos lados menores; •

a barra horizontal do T, de cantos arredondados, se situará

ligeiramente abaixo do fundo da jardineira; •

a face horizontal dessa barra (em contato com o solo) deverá

ter o mesmo comprimento da largura da jardineira.

Carpintaria

montagem do fundo e corte dos pés

CABOS

Quando

se

quiser

mudar

a

jardineira de lugar, por exemplo, do terraço, do balcão ou simplesmente para qualquer lugar, será mais prático transportá-la pegando pelo cabo. Os cabos são barras roliças de 30

mm

de

diâmetro,

que

serão

introduzidas nos furos feitos na parte superior dos lados e no alto do suporte dos pés. Conseqüentemente

o

seu

comprimento deve ser equivalente ao da largura da mão; da espessura do pé da jardineira; e da espessura do lado, num total de mais ou menos 15 cm. Trace sobre uma barra roliça os comprimentos necessários, mas não corte ainda.

FURO DOS CABOS

As barras roliças são furadas para receber as cavilhas de bloqueio que mantêm os pés presos à jardineira. É mais fácil furar os cabos antes de cortá-los (foto 18) porque as barras inteiras se fixam com mais facilidade. Prender firmemente as barras é indispensável para que o furo, difícil de se fazer nas superfícies roliças,

seja

feito

com

regularidade.

O

furo

é,

em

seguida,

progressivamente alargado com uma grosa roliça e depois com uma grosa chata (foto 19).

CAVILHAS DE BLOQUEIO

As cavilhas são introduzidas nos furos feitos nos cabos e tem a tripla finalidade de manter unidos: a jardineira, o pé e o cabo. Elas são desenhadas sobre uma sobra de compensado, tendo cada uma a forma de um trapézio (foto 21). Cada uma é introduzida no furo de cada cabo e forçada para baixo até que sua parte superior (cabeça) se nivele com a parte arredondada superior do suporte do pé (foto 23). Sua forma trapezoidal permite-lhe ficar no seu devido lugar sem que haja necessidade de outro reforço de união, e ao mesmo tempo dá um aspecto rústico à jardineira.

ACABAMENTO

Deve-se recobrir o exterior e o interior da jardineira com produto de tratamento de madeira decorativo, que proteja a,madeira contra insetos e umidade e que sirva para decoração. É um produto colorido (foto 24) que dispensa envernizar ou pintar a madeira.

____________________________________________________________

Notas: ■ Chanfragem: é uma operação que consiste em retirar as arestas de uma peça de madeira, de maneira que sua superfície fique oblíqua. ■

Garlopa é um tipo de plaina que é utilizado para desbastar

superfícies grandes. ■

Grosas e limas. As grosas são usadas nos trabalhos de

acabamento de madeira, enquanto as limas são destinadas aos metais.

carpintaria

VELOCÍPEDE __________________________________ Todo o mundo conhece o mecanismo do velocípede. Um chassi, uma direção, quatro rodas e, como energia, os músculos das pernas da criança. Com base nesses dados qualquer um poderá fazer um velocípede no espaço de pouco tempo, contanto que tenha persistência.

MATERIAL

(as medidas estão em mm) Assento (compensado)

15

Traseira (compensado)

15

Barra de apoio (pinho)

40x40

Suporte da roda da frente (pinho)

40 x 40

Eixo da direção (pinho)

Ø 30

Pino (pinho)

Ø 15

Rodas traseiras

Ø 100

Rodas dianteiras

Ø 80

Barra filetada

Ø6

Suporte

100 x 100

• Porcas e arruelas • Cola de madeira, parafusos e pregos • Tinta, verniz

FERRAMENTAS

• Gastalho • Esquadro • Lápis de carpinteiro • Serra tico-tico ou serrote de ponta

• Serrote • Furadeira • Brocas (diâmetro dos parafusos) • Brocas de 0 30 mm • Brocas de 0 15 mm • Chave de fenda • Martelo • Lixadeira • Pincel

DEFINIÇÃO

O velocípede é um brinquedo formado por um assento ro-dante, de pequena altura, que as crianças se divertem montando nele e fazendo-o rodar com o auxílio dos pés colocados no chão. O guidão, colocado na frente do assento, cujo eixo é ligado às rodas da frente, permite dirigi-lo.

ASSENTO

É desenhado (foto 1) e depois cortado numa placa de compensado de 15 mm de espessura. Os cantos arredondados podem ser desenhados à mão livre, a partir de linhas perpendiculares. Para o corte (foto 2), em caso de não dispor de uma serra ticotico, use um serrote de ponta. Em ambos os casos, prenda a placa na bancada para que o corte saia perfeito.

PARTE TRASEIRA

Este elemento é colocado verticalmente na parte de trás, embaixo do assento. Em seguida, veremos em detalhes que essa parte é dotada de

uma peça onde as rodas traseiras são ajustadas (ver páginas seguintes). É necessário calcular sua altura, da altura total; do chão ao lado superior do assento, subtraia o raio da roda e a espessura do compensado que forma o assento (15 mm). Se foram usados retalhos, tome cuidado com o esquadrejamento e, se necessário, faça um novo corte após traçar com o esquadro. Use o retalho (foto 3) que sobrou da placa da qual foi tirado o assento.

BARRA DE APOIO

Trata-se

de

um

suporte

reforçado

(40

X

40

mm)

cujo

comprimento equivale àquele tomado do centro do assento. Assento e suporte são colados e parafusados. Veja na foto 6 como usar corretamente a furadeira: para evitar que a madeira lasque (o que pode ocorrer se se parafusar diretamente) fizemos os furos no diâmetro dos parafusos. A entrada de cada furo é alargada com uma broca de diâmetro maior, para que as cabeças dos parafusos fiquem escondidas, o que é indispensável.

carpintaria

COLOCAÇÃO DO GUIDÃO

Marque na parte da frente do assento, a mais ou menos 4 cm da borda,

o

centro

do

furo

para

a

passagem da barra roliça (30 mm de diâmetro). É necessário furar (foto 8) o assento, mais a barra de apoio. Para esse trabalho use uma furadeira de velocidade variável.

COLOCAÇÃO DO EIXO

Na parte traseira, que fica embaixo do assento, é pregado o primeiro suporte que terá uma barra de ferro filetada de 8 mm de diâmetro, que é o próprio eixo das rodas. Por isso essa barra deve ser fixada de modo que fique imóvel. Prenda-a da seguinte maneira: • pregue o primeiro suporte na parte traseira, fazendo nele uma ranhura ao longo do comprimento onde o eixo (barra de ferro filetada) possa acomodar-se (foto 9); •

em seguida, pregue o segundo suporte sobre o primeiro, de

sorte que o eixo fique fixo entre os dois suportes (fotos 12 e 13). Use a barra como gabarito antes de fixar definitivamente os suportes.

COMPRIMENTO DO EIXO

O comprimento é calculado segundo quatro fatores: a largura da parte traseira; a espessura das duas primeiras porcas; a espessura das rodas; e a espessura das últimas porcas. O eixo é facilmente cortado com uma serrinha (foto 10), mas tenha cuidado para não danificar a rosca. O eixo é colocado no lugar, com sobra igual dos dois lados (foto

11) para receber as rodas.

RODA TRASEIRA

Essas rodas são encontradas nas lojas em todos os tamanhos. Para embelezar um pouco mais, aconselhamos que se usem rodas maiores atrás, e menores na frente. Basta prender as porcas (foto 14), colocar as rodas (sem esquecer as arruelas) e parafusar as outras porcas (foto 15). Não aperte muito as últimas porcas para que as rodas possam rodar livremente. A parte traseira assim equipada é colocada no assento, presa na barra de apoio, como indica a foto 16.

RODAS DIANTEIRAS

Como dissemos anteriormente, as rodas dianteiras são menores que as traseiras (8 cm de diâmetro). A barra filetada (eixo) utilizada terá um diâmetro de 6 mm, correspondente aos furos das rodas. Fure o suporte parte por parte e coloque a barra da mesma maneira que a outra.

SUPORTE DAS RODAS

O suporte das rodas é cortado da mesma peça de onde foi tirada a barra de apoio. Seu comprimento é calculado em função do diâmetro das rodas e prevendo uma folga suficiente para que nele possa ser introduzido o eixo do guidão.

Carpintaria

montagem das rodas traseiras

EIXO DO GUIDÃO

O eixo vertical do guidão é uma barra roliça encaixada no suporte das rodas, com o qual ela forma um único corpo. A broca usada para furar a parte superior do suporte é a mesma que foi usada para furar a passagem do eixo do guidão na parte da frente do assento (foto 17). O furo não deve ser muito prolongado, bastando para tanto ter alguns centímetros de profundidade. Talvez seja necessário ajustar a extremidade inferior do eixo para que ele penetre até o fundo do furo. Passe pouca cola no furo para que esta não transborde na colocação do eixo. Um prego manterá firme o conjunto (foto 18). PINO DE BLOQUEIO O eixo vertical é furado em dois lugares. O primeiro furo é determinado segundo a altura do assento mais a barra de apoio, mais a folga necessária para ele mover-se no furo do assento; neste ponto ele recebe um pino que deve traspassar a barra roliça (foto 19).

GUIDÃO

O segundo furo (situado na parte superior do eixo) recebe uma peça roliça que traspassa o eixo do guidão o suficiente para que as crianças possam apoiar as mãos nela. Ela é fixada por um prego (foto 20).

ACABAMENTO

Lixe e retire as arestas do assento, que podem machucar as crianças. Tinja e depois, após a secagem, envernize o brinquedo; também é possível pintá-lo, passando antes uma demão de fundo.

carpintaria

Notas:

■ O desenho acima representa uma broca helicoidal, que foi utilizada no trabalho acima realizado. Com ponta cilíndrica, ela se adapta em furadeiras.

■ Muitas furadeiras são equipadas com uma peça que pode dar maior ou menor velocidade. Alguns modelos existentes, de potências diferentes, têm uma, duas ou quatro velocidades.

PANTÓGRAFO __________________________________ Seus amigos certamente serão surpreendidos com as reproduções fiéis dos motivos mais complexos. A arte do desenho fica ao alcance de todos com este aparelho reprodutor denominado pantógrafo. Eis nossas explicações e um esquema.

MATERIAL (as medidas estão em mm)

Compensado Suporte Rolhas Parafusos Parafuso de cabeça redonda Porcas Borboletas Lápis Buchas de latão

FERRAMENTAS

Furadeira Serrote Esquadro Metro Lápis Lixa de papel Cola Martelo

100 X 4

Goiva Chave de boca Verniz

PARA LEMBRANÇA...

Pantógrafo é um aparelho com o qual se pode reproduzir um motivo original em escalas diferentes. Citamos, por exemplo, o pantógrafo dos escultores, que trabalha em todos os planos, e pode reproduzir, reduzindo ou aumentando, toda a arquitetura de uma estátua. Veremos a feitura de um pantógrafo em condições de reproduzir desenhos, ou seja, trabalhando em um só plano.

FUNCIONAMENTO

O sistema baseia-se na articulação de um paralelogramo, o qual pode modificar o comprimento de seus lados segundo a ampliação desejada. O aparelho é preso na mesa por meio de um ponto fixo na extremidade de um dos braços maiores, enquanto um lápis se movimenta segundo o movimento do lápis-guia (seguro na mão), que segue os contornos do desenho a ser reproduzido. O lápis-guia é chamado apalpador.

CONSTITUIÇÃO

Este pantógrafo é formado por ripas de compensado de 60 x 4 mm, cortadas no comprimento, conforme mostra nosso esquema a seguir. Segundo esse esquema os pontos dos furos a serem feitos podem ser marcados: • aqueles nos quais são introduzidas buchas de latão (foto 3); • os furos B e C recebem os lápis;



finalmente os furos A e D. O furo A correspondente ao ponto

fixo, e o D, ao ponto de articulação do paralelogramo. Pode-se empregar outro material que não seja o compensado, desde que seja fácil de furar.

APARELHO REPRODUTOR

Os dois lápis são indispensáveis à reprodução. Os pontos B e C são furados para recebê-los. Entretanto, não basta apenas fazer com que os lápis passem pelos furos, mesmo o que vai sobre o desenho. É necessário que eles sejam mantidos bem na vertical para seguir e reproduzir com precisão. Para isso, uma rolha é furada (foto 5) e depois cortada em duas partes (foto 6). Cada uma das partes da rolha, posta de um lado e de outro das ripas, é colocada no alinhamento do furo feito na madeira, servindo assim para sustentar os lápis (fotos 7, 8 e 9).

CALÇO O calço fixo é destinado a manter a extremidade do braço 1. É um elemento de madeira com um furo onde se introduz um parafuso (foto 10).

UNIÃO DO CALÇO MAIS O BRAÇO

O

comprimento

do

parafuso deve ser suficiente para ultrapassar a espessura do braço mais o calço que está em contato com o ponto A.

carpintaria

preparação dos braços

Não aperte demais a porca que mantém essa união, pois só o calço deve estar fixo (foto 12). Pode-se arredondar a extremidade do braço, por questões de estética.

BRAÇO MAIOR

Na realidade são dois. Sua união, que se faz no ponto D, deve ficar flexível. Utilize um parafuso de cabeça redonda, com a cabeça para baixo (foto 13), para facilitar o deslizamento sobre o plano de trabalho segundo os movimentos do pantógrafo. As duas porcas mantêm os braços um contra o outro, mas com uma certa folga para não prejudicar a articulação.

EXPERIMENTO

Termine a montagem com duas porcas colocadas nos parafusos correspondentes (foto 14). Fixe o calço na ponta da mesa com um grampo ou com uma prensinha. Para que o aparelho funcione corretamente é necessário que esteja situado em um plano perfeitamente horizontal. Regule a altura dos lápis e dos parafusos de cabeça redonda de acordo com a altura do calço.

AMPLIAÇÃO

É desnecessário iniciar aqui um curso de álgebra ou de geometria. Digamos, ao menos, que é necessário poder modificar o comprimento dos lados do pantógrafo sem alterar a estrutura de base do paralelogramo (os lados paralelos e iguais dois a dois). Por isso, as distâncias que separam os furos equipados com as buchas de latão são iguais de um braço a outro.

É indispensável, para que o pantógrafo funcione corretamente, respeitar as medidas indicadas no esquema. Os furos numerados 2, 2,5, 3 e 4 indicam as escalas de ampliação possíveis (foto 15). Exemplo: utilizando os furos 2, pode-se dobrar as dimensões do original.

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M ESA DE JOGOS __________________________________ Para as longas noites de inverno, esta mesa de jogo lhe permitirá reencontrar o prazer do jogo de damas. Ela constituirá também um móvel bastante decorativo que terá um lugar de destaque em seu salão.

MATERIAL (as medidas estão em mm) TAMPO 1 compensado

Ø 1.000

CÍRCULO INTERIOR 1 compensado

Ø 500

PÉS Compensado • Moldura • Cortiça • Barra roliça Ø 35 • Cola de madeira • Pregos • Extrato de nogueira • Verniz

FERRAMENTAS

Lápis Barbante Serra tico-tico Trena Esquadro Serrote Formão

900 x 730

Malho Caixa de meia-esquadria Serrote de costas Martelo Lixadeira elétrica Ferro a vapor Pincel Gastalho Régua metálica Lixa de papel Lixadeira

MESA SIMPLES E DECORATIVA

A mesa se compõe essencialmente de três elementos de compensado: dois para os pés e um para o tampo. Sobre este último, propomos que se crie um tabuleiro feito de cortiça. É possível, a partir deste projeto, imaginar outros motivos de decoração.

TAMPO DA MESA O tampo é um disco de compensado de 19 mm de espessura e 1 m de diâmetro. Para traçá-lo, utilize um compasso feito com um barbante, tendo numa de suas extremidades preso um prego e na outra um lápis. Com o auxílio de uma das mãos, o prego é posicionado no centro da folha de compensado e, com a outra, o lápis é movimentado fazendo o traço circular (foto 1). CORTE DO TAMPO O mais simples é utilizar uma serra tico-tico; serre devagar seguindo corretamente o lado externo do traçado (foto 2). Para maior segurança use uma guia de corte, feita com uma ripa de madeira que gira em torno de um ponto fixo no centro. Nesse caso, ponha a lâmina

na extremidade da ripa que segue o traçado. Pode-se fazer o corte à mão, com um serrote de ponta, mas é uma operação delicada que exige muita atenção.

PÉS

Cada pé é um retângulo que tem um corte semicircular na parte superior. Este corte faz parte da estética do conjunto, mas lhe dá também estabilidade, mantendo uma peça circular de madeira fixa como calço embaixo do tampo.

CORTE DOS PÉS

Trace e corte antes (num compensado de 15 mm) dois retângulos de 90 x 73 cm. Fixe um contra o outro e trace um semi-círculo de 50 cm de diâmetro, tendo por centro a metade do lado de 90 cm. Corte em seguida com a serra tico-tico (foto 3).

FORQUILHAMENTO

Os dois pés se encaixam um no outro graças a um longo entalhe feito na parte superior de um dos pés e na parte inferior do outro. Trace uma faixa de 2 cm de largura, eqüidistante das extremidades da peça que funcionará como um dos pés. Hachure as partes que serão eliminadas e corte os lados do entalhe com o serrote (foto 4). A união dos pés se faz encaixando um pé sobre o outro (foto 5).

MONTAGEM

Um círculo, formado por dois semicírculos resultantes do corte dos pés, e colado (foto 6) na face inferior do tampo, permite o calçamento deste sobre os pés.

carpintaria

FOLHEADO DE CORTIÇA

Neste projeto o tabuleiro central é constituído de pequenos quadrados de cortiça, bem como o resto do tampo, que também

é

recoberto

com

cortiça.

Escolha a cortiça que apresente a frente clara e o verso escuro.

ENQUADRAMENTO

DO

TABULEIRO

Trace seu lugar: é um quadrado central de 50 cm de lado (foto 8). Usando a caixa de meia-esquadria e o serrote

de

costas,

corte

a

meia-

esquadria a ripa de 5 cm de largura. Coloque o quadro provisoriamente em sua posição com os pregos meio batidos (foto 9).

CORTE DA CORTIÇA

Corte

a

meia-esquadria

quatro

pedaços

de

cortiça

correspondentes aos lados do quadro prolongando as diagonais do quadrado (foto 10). Corte a cortiça com um estilete. Serão obtidos quatro arcos de círculo correspondentes às superfícies externas ao tabuleiro.

COLAGEM

Cole a cortiça e o quadro sobre o tampo com uma cola de madeira. Esse tipo de cola deve ser passado nas duas superfícies a serem unidas (espere 4 ou 5 minutos antes de uni-las).

Lembre-se que esta cola adere instantaneamente e não permite retificar a posição. O mais seguro é empregar calços.

CALÇOS PARA UMA COLAGEM PRECISA

Passe a cola no tampo com uma espátula, com uma camada regular e leve (foto 11). Passe a cola igualmente nas ripas que serão colocadas sobre dois calços de madeira ou tiras de cartolina (foto 12). Isto permite um ajuste preciso. Pressione as ripas e retire os calços; eles não aderem pois não levaram cola (a cola de madeira fixa a colagem das duas partes). Fixe em seguida os arcos de cortiça (foto 13). Para que a colagem fique sólida e regular, assente toda a superfície de cortiça batendo com um malho sobre um calço de madeira (foto 14). Se necessário, tire as rebarbas com o estilete.

TABULEIRO

Corte uma centena de quadrados de cortiça de 5 x 5 cm. Como a cortiça utilizada é clara de um lado e escura do outro, você terá 50 casas brancas e 50 casas pretas (foto 15). Cole os quadrados com a cola de madeira.

COLAGEM DO TABULEIRO

Coloque cuidadosamente no lugar os quadrados de cortiça para obter um tabuleiro bem regular (se necessário, faça antes um traçado preciso para posicionar corretamente cada um dos quadrados). Utilize duas pequenas faixas de cartolina para posicionar os quadrados (foto 16). Assente em seguida, como foi feito antes.

carpintaria

realização do tabuleiro

ACABAMENTO DO TAMPO DA MESA

Forre a borda da mesa com uma faixa de cortiça. Antes, lixe a borda utilizando sucessivamente lixa de grânulos médios e depois de grânulos finos. O resultado será melhor usando uma lixa-deira manual (foto 17). Corte a faixa de cortiça com precisão e cole-a. Assente com um malho e um calço (foto 18).

ENVERNIZAMENTO DO TAMPO

Para que a cortiça mantenha seu efeito decorativo, passe nela um verniz incolor. Aplique o verniz com pincel (foto 19). Duas ou três demãos podem ser dadas (a primeira bem fina), deixando secar bem a cada vez.

ACABAMENTO DOS PÉS

Trata-se agora de decorar os pés para que eles se harmonizem com o tampo. Comece lixando cuidadosamente todas as superfícies e as partes que correspondem à espessura do tampo. Use uma lixadeira elétrica, tornando assim o trabalho menos cansativo (foto 20).

FOLHEAMENTO DAS BORDAS

O ideal para o acabamento das bordas é a termocolagem, isto é, colagem a quente com ferro a vapor. A fim de que o calor possa atingir a temperatura desejada, passe o ferro lentamente, sobretudo nas bordas curvas. Para a parte plana, encontram-se no comércio placas que serão fixadas com o ferro de passar roupa. Tire as rebarbas da faixa com o estilete e lixe as arestas.

PINTURA DOS PÉS Há inúmeras possibilidades. Use o extrato de nogueira para aplicação com o pincel (foto 22), em uma ou mais camadas, e envernize após a secagem. Mas pode-se também usar uma tinta ou um verniz colorido. Em ambos os casos, teste a tinta em um retalho para verificar a intensidade da cor desejada.

DAMAS As damas são cortadas de uma barra roliça de 35 mm de diâmetro. Tenha cuidado para que elas tenham a mesma espessura (mais ou menos 15 mm). A foto 23 indica a maneira correta de como cortá-las, usando uma caixa de meia-esquadria, fixa na bancada. Para

pintar

as

damas

de

preto

e

envernizá-las,

fixe

delicadamente um preguinho em cada uma delas, para poder trabalhar sem tocar nelas.

PATINS Para

finalizar,

coloque

sob

os

pés

patins

de

borracha,

amortecedores e deslizantes, que dão estabilidade à mesa e evitam riscar o chão.

Notas: ■ O folheamento por termocolagem é feito somente com um ferro de passar roupa para as partes planas, ou com um ferro a vapor para as partes curvas, pois as faixas são impregnadas de uma cola que se funde a uma temperatura de mais ou menos 200°C. Regule o ferro na posição "lã" e trabalhe regularmente fazendo o ferro deslizar.

carpintaria

um acabamento bem cuidado

G U A R D A -L O U Ç A __________________________________________ Atualmente a exigência é fazer das cozinhas peças agradáveis para se viver, onde a prática deve conjugar-se à decoração. O guardalouça em pinho, que pode ser conservado em seu estado natural, reúne ao mesmo tempo qualidades estéticas e várias possibilidades de arranjos.

MATERIAL (as medidas estão em mm) LATERAIS 2 tábuas de pinho

2.050x300x24

TAMPO 1 tábua de pinho

850 x 300 x 24

PRATELEIRAS 5 tábuas de pinho

850x300x24

1 tábua de pinho

400 x 300 x 24

1 tábua de pinho

200 X 300 x 24

SEPARAÇÕES 2 tábuas de pinho

265x300x24

1 tábua de pinho

200 x 300 x 24

PORTAS 2 compensados

620 x 345 x 50

• Peças de madeira (para as portas) • Moldura decorativa • Puxadores • Dobradiças • Carvilhas • Pregos • Buchas • Cola de madeira

• Massa para madeira • Tintas FERRAMENTAS Serrote Esquadro Trena Lápis de carpinteiro Serrote para ranhurar Grosa Plaina Gastalho Martelo Lixadeira elétrica Martelo de carpinteiro Punção Pincel Verruma Chave de fenda DESCRIÇÃO O espaço útil de um guarda-louça resume-se em duas partes principais: a parte de baixo, um bufê fechado por duas portas; a parte de cima, as prateleiras. A tampa do bufê já é a prateleira mais baixa. O conjunto está inserido entre as duas faces que constituem as laterais do guardalouça. O móvel é colocado na parede, cujos perfis devem-se casar perfeitamente.

LATERAIS Antes de mais nada determine a altura das faces, que é igual à do guarda-louça. Sendo as laterais feitas de uma única tábua, é necessário cortálas até a altura da tampa do bufê. Transporte as medidas (foto 1), e trace em seguida, com o esquadro, a profundidade do corte (foto 2). Para o equilíbrio do móvel, o desenho das duas laterais deve ser idêntico. Pense nisso no momento de medir, e, após o corte, superponha as tábuas para verificar sua correspondência.

PREPARAÇÃO DO APOIO NA PAREDE Para apoiar o guarda-louça na parede, é necessário fazer um corte nas laterais correspondentes ao rodapé, segundo a altura dele. Depois do corte, faça o arredondamento com o auxílio de uma grosa (foto 5). Mesmo que as tábuas das prateleiras tenham sido compradas já nas medidas corretas, é necessário aplainar as bordas delas. Para isso, junte-as e prenda-as com gastalhos a fim de obter uma boa superfície de aplainagem. Verifique se elas estão no mesmo plano antes de dar início ao aplainamento. Como a superfície a ser aplainada é longa, apoie a mão sobre a parte dianteira da plaina para desbastar a madeira, diminuindo em seguida a pressão. TAMPO Corte a placa superior do bufê segundo a conformação das laterais. (A placa inferior não necessita de preparação especial). Trace a linha de corte com um lápis. Se as medidas indicadas forem seguidas, sua junção deve encontrar-se no meio da largura da placa (ver esquema). Do ponto de vista puramente estético, aconselhamos, em todo caso, a seguir ao menos as proporções indicadas.

carpintaria

formação das laterais

PRATELEIRAS

As prateleiras são feitas com tábuas de pinho da mesma espessura que as usadas para as laterais (24 mm). O espaço entre uma prateleira e outra depende do gosto pessoal de cada um. Disponha quatro prateleiras na parte de cima, dividindo os espaços intermediários, dando assim estética ao móvel. Entretanto, mesmo que o nosso esquema não seja obedecido, faça um plano prévio antes de encomendar a madeira, que servirá também na elaboração da lista de material.

COLOCAÇÃO

DAS

PRATELEIRAS

Faça uma prova com o móvel no

solo

(foto

8),

colocando

as

prateleiras nos locais onde elas serão fixadas definitivamente. Somente após verificar seu posicionamento correto é que elas devem

ser

pregadas.

Os

pregos

devem ser introduzidos pela parte externa das laterais. Para

pregar

corretamente

(foto 10), marque nas laterais a espessura das prateleiras. É uma precaução que deve ser tomada para que os pregos penetrem

exatamente no meio das bordas das prateleiras. As separações verticais cortadas nas medidas são, em seguida, colocadas entre as prateleiras (foto 11). Não será necessário pregá-las se a folga não for muito grande. A colagem será suficiente, pois essas separações não terão sobre si peso algum. Ao contrário, as prateleiras intermediárias devem ser pregadas nas extremidades a partir das laterais externas, bem como a partir das laterais das separações que acabaram de ser colocadas.

ACABAMENTO

As tábuas podem ficar sem nenhuma pintura, uma vez que o pinho apresenta um aspecto muito bonito. Optamos por pintar, o que realça as fibras da madeira e conserva o aspecto original. Como em todos os trabalhos, lixe as superfícies (foto 12); rebaixe as cabeças dos pregos e, em seguida, cubra-as com massa para madeira (fotos 13 e 14).

BUFE

Não nos detemos na organização interna do bufê, pois cada um o fará do modo que melhor lhe convier, colocando as prateleiras da mesma maneira que as outras da parte de cima. Poderá, igualmente, prever-se um fundo, disposto entre as laterais, para não atrapalhar a colocação do móvel na parede. Utilize um compensado de pequena espessura, que pode ser fixado às laterais com o auxílio de suportes.

carpintaria

FEITURA DAS PORTAS

Mostramos o que pode causar maiores problemas na feitura das portas do bufê. Existem no comércio peças especialmente

preparadas

que

apresentam ranhuras ao longo de seu comprimento. Corte

essas

peças

nas

dimensões desejadas, passe cola nas suas ranhuras (foto 16) e ajuste a placa dentro da moldura e pressione o conjunto até que a cola seque (foto 17). Outra maneira de verificar se o batente está no esquadro consiste em conferir os ângulos, o que poderá ser facilmente feito com o auxílio de um esquadro (foto 17).

DECORAÇÃO E ACABAMENTO DAS PORTAS

Existem

no

comércio

pequenas

peças

especialmente

trabalhadas, que são pequenas ripas em forma de moldura, moldura esta chamada baguete. Pregue estas molduras (baguetes) na parte interior do quadro formado pelos batentes, na placa de compensado, usando pequenos pregos (foto 18). As placas são pintadas da mesma maneira que o restante do móvel, e equipadas com dobradiças para sua articulação (foto 19). É necessário que se faça o entalhe na borda das portas prevendo a fixação das dobradiças. Proceda

da

mesma

maneira

correspondentes nas laterais do móvel.

para

colar

os

elementos

FIXAÇÃO NA PAREDE

A fixação tem por finalidade calçar bem o móvel junto à parede, para que ele não balance devido a irregularidades no piso. As cavilhas de fixação colocadas na parede por meio de buchas (fotos 22 e 23) são fixadas na parte superior do móvel (foto 24).

carpintaria

TRABALHO DE CONCRETO Trabalho de concreto é sinônimo de construir; é algo que lembra de imediato um trabalho pesado e grosseiro, porém edificante. Assim sendo, essa atividade pode, a princípio, desencorajar os amadores. Contudo, em algumas vezes, seja por necessidade ou por lazer, podemos ter no jardim, em casa, ou na casa de campo, cercas ou lajes que devem ser moldadas ou um tabique para levantar, bem como degraus a serem construídos etc. Para

resolver

esse

tipo

de

problema

devemos

adquirir

conhecimentos sobre os métodos e materiais a serem utilizados, e as ferramentas adequadas. Pode ser nesse campo da bricolage que seu trabalho terá que se aproximar mais das ferramentas e técnicas usadas pelos profissionais. Antes de começar, prepare tudo que for necessário, o que contribuirá para familiarizá-lo com esta nova atividade.

NOÇÕES DE BASE _______________________________________________________________

Qualquer trabalho de alvenaria exige o uso de cimento, areia, pedra britada, cal e gesso. A escolha dos elementos, como sua composição, varia segundo o tipo de construção que se deseja fazer. Assim, a primeira etapa consiste em preparar esses elementos. O preparo da argamassa se faz segundo uma técnica simples, dependendo da escolha dos materiais, das proporções (água, cal e areia) e do procedimento. Estes três aspectos são importantes para se fazer a argamassa, assegurando-se a solidez das construções. O gesso é mais fácil de trabalhar, mas sua diferença em relação à argamassa e ao concreto é a rápida secagem, daí a dificuldade do preparo. O concreto é freqüentemente confundido com a argamassa. A diferença essencial entre ambos é que o concreto é, por si só, um elemento de construção, enquanto a argamassa é destinada à ligação de outros elementos (tijolos, blocos etc). Assim, dependendo da construção que se deseja fazer, por vezes temos que colocar ferros no concreto para dar-lhe maior solidez. Estas noções básicas são apresentadas independentemente de qualquer realização, de maneira que permita a cada um poder utilizálas em quaisquer circunstâncias.

NOÇÕES DE BASE

PREPARO DA ARGAM ASSA _______________________________ É elementar para qualquer um que queira aprender os trabalhos de pedreiro saber misturar e preparar a massa. Trata-se de uma técnica simples, mas que deve ser executada com cuidados, porque daí depende a qualidade do material e até mesmo a solidez de uma obra.

TRÊS TIPOS DE MASSA

MASSA

AGREGADO

LIGANTE

Argamassa

Areia

Cal + água

Massa de cimento

Areia

Cimento + água

Massa mista

Areia

Cimento + cal + água

A MASSA PARA ACABAMENTO COMPÕE-SE DE TRÊS CAMADAS

90 litros de areia

p/ 30m2

Reboque de 15 mm 50 kg de cimento

110 litros de areia

p/ 7m2

Acabamento

140 litros de areia p/ 30m2

Camada de 3 mm

50 kg de cimento

50 kg de cimento

O QUE É ARGAMASSA?

É um material que serve para assentamento de tijolos, ladrilhos, azulejos etc, ou proteger uma superfície. A argamassa é o resultado da mistura de areia com cal adicionando-se água. Após a secagem

completa, a argamassa endurece, dando solidez à construção. Uma boa argamassa depende tanto das proporções entre esses dois elementos quanto do modo pelo qual se faz a adição da água.

MISTURA DE AREIA COM CIMENTO

O preparo sobre uma área exige que esta seja plana, firme e limpa. Comece com uma porção de areia remexendo-a com a pá para obter uma boa homogeneidade. Use de preferência areia fina, bem seca, de modo que as proporções não sejam alteradas no momento do preparo. Em seguida junte o cimento e misture até obter um pó cinzaclaro. Se essa massa for destinada a acabamento, é necessário peneirá-la para eliminar os grãos de areia maiores ou outros aglomerados. Pronta a mistura, faça um monte e depois com a pá faça uma cratera no centro. A água será colocada aos poucos até que a massa esteja no ponto desejado.

ÁGUA PARA O PREPARO

É com o contato com a água que o elemento (cimento) endurece progressivamente. É essencial que a água seja limpa e não contenha substâncias químicas que possam perturbar a reação química que causa o endurecimento. A dosagem de água tem conseqüências diretas sobre a qualidade dessa massa após a secagem. Deve-se então dosá-la com precisão e evitar a dosagem "a olho", que é freqüentemente praticada. Use um recipiente de pequenas dimensões para que a água seja medida previamente. Ponha-a aos poucos, tombando a mistura da areia mais o cimento do alto da cratera.

AMASSAMENTO

Estando a massa toda molhada, junte ainda um pouco de água até obter uma massa oleosa, suficientemente espessa para ficar na pá sem escorregar quando inclinada. Para obter uma mistura homogênea, corte a massa com golpes sucessivos de pá. A massa pode ser usada durante mais ou menos meia hora.

trabalho de concreto

PREPARO DO GESSO _______________________________ Material de construção conhecido desde há muitos anos, o gesso ainda é muito utilizado. Fácil de trabalhar, é entretanto difícil de ser preparado. Daí a utilidade deste artigo que lhe fará descobrir verdadeiros truques de profissional.

■ Como o gesso endurece rapidamente, será interessante preparar uma pequena quantidade de cada vez. São necessários 25 litros de gesso para recobrir 1 m2, com 2 cm de espessura. ■ O gesso pode ser colocado na água com uma pá, que será utilizada também para o preparo.

DIFICULDADE DA OPERAÇÃO

O preparo do gesso é delicado por causa da rapidez de endurecimento, o que não acontece com a argamassa ou com o concreto, que dura um pouco mais. O amador que inadvertidamente demorar para usá-lo, tem a desagradável surpresa de encontrá-lo duro.

PREPARO

Ao contrário do cimento, o gesso não é um ligante hidrófilo, isto é, que endurece ao entrar em contato com água. É na evaporação que está condicionado seu endurecimento, determinando um processo químico de solidificação.

PROPORÇÕES A RESPEITAR

Gesso e água é tudo de que você precisa para o preparo, mas as proporções determinam diretamente a qualidade do gesso após a secagem.

TÉCNICA DO PREPARO

Primeira coisa a ser observada: coloque o gesso na água, e não a água no gesso. A mistura obtida deve ser homogênea e não muito batida, o que ocasiona um gesso "morto" após a secagem, ou seja, podendo ser introduzida a unha nele sem nenhuma dificuldade.

FERRAMENTAS

As ferramentas de base necessárias para o preparo do gesso são simples, bastando uma cuba e uma colher de pedreiro; os profissionais, porém, usam uma ferramenta do tipo de um rastelo.

FEITURA DO RASTELO

O rastelo é composto de duas ripas em forma de T, unidas com pregos. A barra deste T é provida de uma série de pregos apenas meio pregados e regularmente espaçados (foto 5). Um outro prego é colocado na perna do T a uma distância da barra de aproximadamente uns 20 cm. As extremidades do arame galvanizado ligam cada um dos pregos da barra ao da perna do T (foto 6).

UTILIDADE E USO DO RASTELO

O rastelo serve para preparar o gesso em uma cuba (a barra do T

equivale à largura desta). Sua vantagem em relação à pá é que ele permite preparar o gesso sem bater nele. Coloque a água na cuba, depois polvilhe o gesso previamente dosado. Prepare o gesso misturando-o com a água em movimentos de vaivém do rastelo (foto 8), obtendo uma mistura homogênea.

trabalho de concreto

PREPARO DO CONCRETO _______________________________ Muitos ainda fazem confusão entre argamassa e concreto. A argamassa é empregada na união de elementos de construção (como pedras, tijolos, blocos etc.) entre si. O concreto, uma vez seco, é um elemento de construção por si só.

■ Preparo do concreto. Freqüentemente usam-se grandes quantidades de concreto, daí a necessidade de recorrer ao uso de uma máquina: a betoneira. Não muito cara, ela proporciona bons resultados. Os elementos devem ser colocados nela na seguinte ordem: o pedrisco (ou pedra britada), a areia, o cimento e a água no reservatório.

PRIMO DA ARGAMASSA

O concreto é primo da argamassa, para não dizer irmão! A primeira vista, a única diferença que existe entre eles é que o concreto contém pedra ou pedrisco, e a argamassa não. De fato, a consistência da massa, a maneira de preparar grandes quantidades são uma matéria à parte.

PREPARO EM CUBA

Nem sempre é fácil encontrar uma área de preparo satisfatória. A exemplo da área usada para amassar o cimento e a areia, a área para o preparo da argamassa também deve ser limpa, plana e firme. Por outro lado, preparando-a argamassa ou o concreto no mesmo solo, eles deixarão durante muito tempo uma marca, isto é, uma crosta que deve ser removida. É

por

essas

razões

que

os

fabricantes

distribuem

hoje

recipientes especiais (cubas), a maioria de plástico, que permitem

preparar uma pequena quantidade de argamassa ou de concreto sem a presença de grandes áreas.

AREIA, PEDRA OU PEDRISCO

Dissemos que a diferença essencial entre a argamassa e o concreto reside na presença de pedrisco. É o pedrisco que constitui a alma do concreto após a secagem e dá a necessária solidez para que este se torne um material praticamente inalterável. Em se tratando de areia, as mesmas precauções devem ser tomadas com relação à argamassa, ou seja, limpeza, qualidade e ausência de água. O pedrisco deverá ser limpo, sem terra ou argila. Comece misturando pedrisco e areia com a pá até obter uma mistura perfeita (foto 1), e junte o cimento (foto 2). Preparo e amassamento são semelhantes aos da argamassa, mas o resultado dessa mistura é uma massa consistente, de cor cinza, bem diferente da argamassa. Na maioria dos casos o concreto se presta para ser moldado, ao passo que a argamassa se destina apenas ao uso de assentamento de tijolos, blocos etc.

Não faça um concreto muito mole, porque se torna quase impossível retirar a água excedente.

trabalho de concreto

FERRAGEM PARA O CONCRETO __________________________________ Se

o

concreto

é

um

material

resistente

e

praticamente

inalterável, é também um material fácil de se quebrar ou de se romper assim que se exerçam sobre ele pesos muito grandes. Para reforçá-lo, colocam-se ferros para que seja constituída uma armação, dando-lhe maior resistência.

MATERIAL

• Ferros para concreto • Pranchão • Cavilhas • Arame recozido

FERRAMENTAS

• Gastalho • Grifo • Alicate corta-ferro • Torquês

FERROS

Os ferros utilizados são especialmente fabricados para esse fim. Trata-se, em geral, de barras de ferro cuja espessura pode variar, sendo mais usada a de 5 a 10 mm de diâmetro. Utilizam-se ferros lisos ou trefilados (estes seguram melhor o concreto). Como os ferros devem ser dispostos em função da forma da peça a ser concretada, eles devem ser dobrados e amarrados de maneira

que fiquem associados entre si.

SUPORTE DE DOBRAGEM

O suporte é constituído de um pranchão que deve ser preso na bancada, no qual se colocam cavilhas de ferro que constituem os pontos de apoio quando da dobra da ferragem.

GRIFO

É

impossível

dobrar

e

recurvar os ferros com a mão ou com uma torquês. Utiliza-se uma ferramenta especial chamada grifo (foto 7), que consiste numa barra de ferro com entalhes de diâmetros diferentes nas extremidades. Antes de comprar um grifo, certifique-se que

os

diâmetros

dos

entalhes

correspondem aos ferros que serão usados na sua construção.

DOBRA

A dobra tem por finalidade dar forma particular à ferragem em função do trabalho a ser feito, ou simplesmente recurvar a extremidade de um ferro que, utilizado sozinho, não escorregue no concreto depois de seco. As cavilhas são colocadas de preferência de duas a duas, de modo a segurar fixamente o ferro e oferecer assim um ponto de apoio para a dobra. O espaço entre as cavilhas depende do diâmetro do ferro. O espaçamento entre os pontos de apoio deve ser feito em função da forma que vai ser dada à ferragem. Meca a distância que separa dois

pontos de apoio para obter uma ferragem conforme as exigências da peça a ser moldada.

DOBRA DA EXTREMIDADE DO FERRO

Essa dobra deve corresponder a normas precisas que são fáceis de respeitar:

o

raio

de

curvatura

equivale a quatro vezes o diâmetro do ferro e a extremidade reta da dobra

deve

mínimo,

ter

igual

comprimento, a

duas

no

vezes

o

diâmetro (ver esquema).

CORTE DOS FERROS

Os ferros usados na feitura do concreto, apesar de não muito duros, não são fáceis de cortar. Uma torquês comum não é suficiente, devendo-se, para tanto, utilizar um alicate corta-ferro (foto 10).

UNIÃO DOS FERROS

Freqüentemente é necessário unir os ferros entre si, seja para prolongar seja em vista de constituirse uma armação completa que se apresenta

sob

a

forma

de

uma

carcaça que possa ser transportada.

feitura de uma dobra na extremidade sobre um suporte

A rigidez das uniões resulta de amarrações que devem ser executadas com arame recozido. PROLONGAMENTO DE DOIS FERROS Esse prolongamento é simples, como mostra a foto 11. Para esse trabalho, usa-se arame recozido. AMARRAÇÃO DAS FERRAGENS DAS LAJES A moldagem de lajes de concreto exige que esta seja armada. Dispõe-se de uma malha de ferros regularmente espaçados entre si, de modo paralelo, que cruza perpendicularmente uma outra série de ferros igualmente espaçados. As amarrações são feitas no cruzamento dos ferros. Com o auxílio de uma torquês, os ferros são amarrados com arame recozido (foto 12).

FERRAGEM DE UMA VIGA Essa ferragem, como a de um poste de concreto, necessita de dobra e prolongamento. A ferragem toma a forma da peça (um paralelepípedo) e se compõe de ferros retos, dobrados nas extremidades, e que a cada distância, ao longo da peça, são colocados ferros dobrados — os estribos. DOBRA DOS ESTRIBOS Para dobrar os ferros, isto é, confeccionar os estribos, são suficientes dois pontos de apoio formados pelas cavilhas de ferro. Estes dois pontos devem estar espaçados a uma distância correspondente a um dos lados do estribo que se deseja fazer. A feitura do estribo começa com a dobra na extremidade do ferro, que permite uma ligação com o primeiro ferro reto, o que reforçará o conjunto no concreto. A dobra se faz lado por lado, terminada por uma curvatura da outra extremidade do ferro. Veja nas fotos 14 e 15 a perfeita regularidade do estribo.

trabalho de concreto

DISTRIBUIÇÃO

DOS

ESTRIBOS

Marque o local dos estribos sobre os ferros retos e risque com giz. O espaçamento dos estribos depende da carga e do esforço que a viga terá que suportar. Normalmente esse espaço é de 20 a 30 cm, mas pode ser reduzido para 10 ou 15 cm se a carga for muito grande. Esta distância pode variar de uma parte a outra da ferragem em função da distribuição da carga. Coloque os estribos, suspendendo-os sobre dois dos ferros, tomando

cuidado

em

alternar

a

posição

das

curvaturas

das

extremidades dos ferros dos estribos, o que melhora ainda mais o engate dentro do concreto, aumentando e repartindo os pontos de fixação.

AMARRAÇÃO DOS ESTRIBOS

Uma vez dispostos, os estribos são amarrados aos ferros retos. As amarrações devem ser bem apertadas porque é delas que depende a rigidez da armação metálica. Uma vez ligados os estribos aos dois primeiros ferros, vire o conjunto e proceda da mesma maneira como foi explicado anteriormente, amarrando os estribos aos outros dois ferros. A rigidez da ferragem deve permitir o transporte sem problemas do conjunto até o molde. A ferragem de uma viga, tendo de suportar grande peso, pode compor-se de seis ferros em vez de quatro e, nesse caso, dois ferros serão colocados paralelamente no interior da ferragem já descrita: reúna-os por meio de uma curvatura dupla (já explicada no começo deste artigo).

FERRAGEM DE UM POSTE

Apesar

de

não

ter

que

suportar o mesmo peso que uma viga, o corpo de um poste é armado de maneira equivalente àquela da viga:

quatro

ferros

retos

são

associados entre si por estribos fixados por amarração, espaçados de 25 cm. O pé do poste, que deve ter uma forma mais alargada, terá como base uma laje, ou seja, ferros que se cruzam em ângulo reto. A junção das duas ferragens se faz por amarrações, mas é possível dobrar os ferros dos postes de modo que eles se integrem diretamente à armadura do pé, constituindo assim quatro dos ferros horizontais do pé. Para os pequenos postes usados em muros, dois ferros ligados por curvaturas duplas de arame são suficientes.

trabalho de concreto

J A R D IN E IR A D E T IJ O L O S _______________________________ Construir uma jardineira de tijolos está ao alcance de todos. Este elemento de decoração será revivido por muito tempo. Damos, a seguir, algumas regras básicas para se trabalhar com tijolos.

ALICERCE

Uma jardineira, mesmo feita de tijolos, não pode ser considerada uma construção, mas é indispensável que ela seja construída sobre uma superfície plana cuja solidez permita suportar seu peso. Se necessário, faça uma base de concreto que servirá de apoio ao conjunto e, nesse caso, essa base permite obter nível perfeito, mesmo que o solo tenha um leve declive. Antes de fazer a base, faça uma abertura no solo de mais ou menos 10 cm de profundidade e cerque essa área com o auxílio de tábuas. Espere o concreto secar antes de iniciar a construção da jardineira.

TIJOLOS

Poderá ser usado qualquer tipo de tijolo, pois o princípio de construção é o mesmo. Foram escolhidos tijolos lisos, cujo aspecto é mais decorativo que os tijolos vermelhos tradicionais. Note que foram usados meios-tijolos, cuja largura é de 5 cm em lugar de 10,5 cm, o que é suficiente, pois a construção não irá suportar grande peso.

TRAÇADO

Na medida do possível, procure apoiar-se numa parede regular, podendo traçar assim as verticais entre as quais os tijolos serão assentados, constituindo uma boa maneira de manter bem alinhados os lados mais extensos da jardineira. Marque entre as duas verticais o local de cada fiada de tijolos e risque utilizando um nível que permita um traçado paralelo em relação ao solo. A COLOCAÇÃO "EM BRANCO" É necessário colocar "em branco", ou seja, sem argamassa, a primeira fiada de tijolos, para saber se é necessário ou não cortá-los. Coloque um tijolo em cada uma das extremidades e sobre eles uma régua, que permitirá, com um nível de bolha, verificar se a base está bem nivelada.

ASSENTAMENTO DOS TIJOLOS A primeira providência a ser tomada para assentar um tijolo (qualquer que seja o formato) é preparar uma boa argamassa. É comum preparar-se a argamassa "bastarda" (cimento mais cal), nas proporções: 1 parte de cimento, 1,5 parte de cal e 6 partes de areia. Os tijolos devem estar sempre limpos, e, se forem tijolos já usados, retire deles toda a argamassa velha para que a nova dê maior liga. A colocação é normal, isto é, cada tijolo é assentado na argamassa posta sobre a fiada já assentada, que geralmente excede quando colocados os tijolos. Esse excedente é retirado com a colher. Comece pondo a argamassa sobre a base e assente a primeira fiada de tijolos.

trabalho de concreto

DISPOSIÇÃO DOS TIJOLOS

Qualquer

que

seja

o

tipo

de

assentamento usado, é essencial que as juntas verticais entre os tijolos /fiquem desencontradas, isto é, amarradas, para maior solidez. É o caso que escolhemos, chamado à grega. A

disposição

das

fiadas

se

faz

sempre da mesma maneira: coloque a argamassa sobre o tijolo precedente, sobre o qual você colocará o outro, batendo levemente com o cabo da colher para que este se acomode. Pode ser interessante, do ponto de vista estético, ressaltar um tijolo em relação aos outros, de modo que uma saliência em um dos lados da jardineira fique em destaque.

CONTROLE DOS NÍVEIS

É indispensável controlar periodicamente o nível e o prumo de sua construção com um nível de bolha. Logo que colocar os tijolos "em branco" use uma régua entre os dois tijolos de cada extremidade para verificar seu nível.

SAÍDAS DE ÁGUA

Tratando-se de uma jardineira colocada em base de concreto, deve-se colocar saídas de água no nível mais baixo da jardineira, que podem ser tubos de cobre colocados na segunda fiada de tijolos, dispostos nas juntas verticais de separação de dois tijolos.

trabalho de concreto

JUNTAS VERTICAIS

O preenchimento da junta vertical que separa dois tijolos deve ser feito imediatamente após sua colocação, pondo-se delicadamente uma pequena quantidade de argamassa com a ponta da colher.

REFERÊNCIAS NA PAREDE

Por ocasião da montagem dos tijolos será notada a importância do traçado de sua colocação na parede de apoio.

CORTE DOS TIJOLOS

Utilizam-se meios-tijolos, daí a necessidade de cortá-los, o que é por vezes

delicado

se

o

tijolo

for

quebradiço. Em todos os casos, comece marcando com precisão o local do corte

nas

quatro

faces

do

tijolo.

Entalhe levemente essa marca com um buril e corte com uma talhadeira da mesma largura que o tijolo (foto 15), com um golpe seco de marreta sobre a ferramenta. Não se aborreça se o corte não ficar muito liso, porque o tijolo poderá ser aparelhado posteriormente com o uso da talhadeira.

JUNÇÕES

Como este trabalho é decorativo, as juntas entre os tijolos devem ser bem regulares tendo mais ou menos 1 cm. Se

a

pessoa

não

estiver

preparada

para

este

trabalho,

ensinaremo-lhes um truque que permitirá a obtenção de junções regulares logo da primeira vez: use uma ripa calibrada em função do espaço desejado, coloque-a sobre a fiada de tijolos precedente antes de espalhar a argamassa e deixe-a aí até.colocar a próxima fiada. Para que as junções fiquem estéticas, elas não devem ser salientes. Podem ser feitas com a colher, mas se desejar fazer junções côncavas use um ferro de vincar ou uma pequena colher que possa passar entre duas fiadas de tijolos. Após alisar as juntas, passe a escova para eliminar o excedente de argamassa (foto 17).

IMPERMEABILIZAÇÃO

Como o tijolo é um material poroso, é prudente impermeabilizar o interior da jardineira para evitar que a umidade atravesse os tijolos.

trabalho de concreto

DEGRAUS DE CONCRETO _______________________________ Desde que se coloque uma porta em uma parede, ou desde que se modifique o nível do solo em um cômodo, pode tornar-se necessária a construção de alguns degraus para facilitar o acesso. Impossível de fazêlos em madeira devido às intempéries, recorremos ao concreto.

FERRAMENTAS

Compensado (15 mm de espessura) Cavilhas pequenas Nível de bolha Metro Lápis de carpinteiro Serrote Esquadro Pá Colher Desempenadeira Ferro de vincar Esponja Torquês

COLOCAÇÃO DE CONCRETO NO MOLDE

Este princípio baseia-se no mesmo princípio da moldagem. Em se tratando de colocação do concreto no molde (aqui degraus), é necessário retê-lo durante todo o tempo em que ele está meio mole. Essa colocação é feita dentro de um molde que, na maioria dos casos, é composto de tábuas ou peças de compensado.

PRINCÍPIO DE MOLDAGEM

A moldagem é feita geralmente com madeira, tábuas de pinho, ou compensado. Note que a regularidade da superfície do molde determina a regularidade dos degraus após retirar-se o molde: escolha, por exemplo, tábuas bem certas, regulares (evite os nós), e aplainadas ao menos em uma das faces. Os moldes não devem permitir vazamentos, senão o concreto, ainda mole, escoará pelas junções. O ideal é que as tábuas sejam aparelhadas na parte mais estreita, isto é, nas faces onde elas vão se unir. A espessura da madeira deve ser proporcional ao peso que ela sofrerá no momento da colocação do concreto no molde. De modo geral use 27 mm para as tábuas e 15 mm para o compensado, este devendo ser resistente à umidade.

MOLDAGEM DOS DEGRAUS

Existem dois casos diferentes para a colocação do concreto no molde dos degraus: degraus alinhados com a parede; degraus saindo da parede. No primeiro caso, o molde se limita a duas tábuas colocadas entre as paredes e, no segundo, o molde é dotado de flancos. Para a lateral do molde use compensado de 15 mm e para fixá-lo pregue uma ripa na parede com uma cavilha pequena (foto 1).

Trace o local desejado dos degraus. O molde vertical será constituído de tábuas de 27 mm, fazendo a junção com ripas pregadas na tábua de compensado ou fixadas na parede por pequenas cavilhas, no caso de alinhamento.

trabalho de concreto

a moldagem

MOLHAMENTO DO MOLDE

Não raro acontece de ignorarmos que é a água que faz endurecer o concreto ou a argamassa, e não sua evaporação. Isso provém do fato de que o cimento ou a cal é um ligante hídrico que tem a propriedade de endurecer ao entrar em contato com a água, É importante molhar bem um molde antes da colocação do concreto (foto 10), a fim de evitar que a madeira seca não venha chupar parte da água do concreto.

COLOCAÇÃO DO CONCRETO

O concreto deve ser preparado de maneira mais ou menos mole a fim de espalhar-se bem no molde. Para facilitar seu acomodamento dentro do molde, remexa-o com a pá ou com a colher dando umas batidas paralelas (dizemos "cortar" o concreto). A fim de evitar a formação de vazios no concreto e assegurar-lhe a acomodação é preciso vibrar o concreto, operação que consiste em bater com o martelo as tábuas do molde (foto 12). Terminada esta operação, a água tende a subir para a superfície. É o momento de igualar essa superfície usando uma colher (foto 13). Esta operação constitui a primeira fase do alisa-mento que será feito, em seguida, com o uso da desempenadeira. Nesse estágio, deixe o concreto tomar uma certa consistência para dar-lhe o devido acabamento. A secagem do concreto exige algumas precauções: proteja-o dos ventos, do sol e da chuva. Os dois primeiros podem causar uma evaporação muito rápida da água, que provoca rachaduras, e a chuva estragará as proporções dos diferentes componentes.

trabalho de concreto

DESMOLDAGEM

A desmoldagem é feita em princípio sem problemas, sobretudo se se tiver untado as tábuas com óleo. O molde será desmontado ainda com mais facilidade se, quando da feitura dele, os pregos não tenham sido aprofundados por completo, daí podendo ser arrancados com o auxílio de uma torquês. É sempre preferível desmontar o molde antes do concreto secar completamente a fim de evitar que ele grude nas tábuas, mas deve-se escolher o momento oportuno de retirar as tábuas sem que o concreto venha desabar. Os pedreiros amadores devem optar pelo primeiro risco...

ACABAMENTO

Se as partes laterais moldadas têm superfícies regulares, isso não acontece com as partes superiores dos degraus, que devem ser alisadas.

TOQUES FINAIS

Para se ter uma superfície perfeitamente suficiente

lisa,

apenas

não

é

alisar

o

concreto, deve-se, acima de tudo, fazer peneirada,

adicionando-se

cimento,

que

uma

massa

melhor

presta

de

areia

para

o

acabamento do concreto. Essa massa deve ter mais ou menos 1 cm de espessura e será distribuída com a colher. Para maior comodidade, quando da colocação do concreto no molde, coloque-o 1 cm abaixo da borda superior das tábuas a fim de reservar esse espaço para o acabamento. Essa massa deve ser aplicada sobre o concreto ainda úmido,

para que os dois se liguem bem, senão ela pode desligar do concreto depois de seca. O alisamento se faz com uma desempenadeira espalhando-se a massa da esquerda para a direita, tendo o cuidado para não marcar a parte vertical do degrau superior com o canto da desempenadeira. Esse é um primeiro alisamento; para terminá-lo com perfeição, faça um segundo alisamento com a colher.

QUINA DO DEGRAU

Com essa quina o degrau ficará com um ângulo acentuado que se quebrará com facilidade assim que a escada for usada. Daí a necessidade de arredondá-la, usando um ferro de vincar (foto 22). Antes da desmoldagem, trace a quina com uma colher e tire a massa excedente. Usando a parte superior da tábua como guia, movimente o ferro de vincar vagarosamente, se possível de uma só vez. Se depois da desmoldagem a parte vertical do degrau apresentar irregularidade, acerte-a com a colher, usando pouca massa. O acabamento próximo da quina será feito com a extremidade de uma colher língua-de-gato. O alisamento final é feito com uma esponja levemente úmida (foto 25).

Notas: ■ Para proteger o concreto durante a secagem, cubra-o com palha ou areia, pois esses materiais permanecem úmidos por vários dias.

■ Desmoldagem e secagem são coisas diferentes: a secagem exige um tempo variável (até algumas semanas), dependendo da espessura do concreto.

trabalho de concreto

CERCAS DE CONCRETO _______________________________ As cercas de concreto maciço são facilmente encontradas no comércio, mas se tornam onerosas, uma vez que são necessárias várias peças. Faça essas cercas em casa economizando uma boa quantia em dinheiro.

FERRAMENTAS • Tábuas de pinho • Compensado • Compasso • Régua • Serra tico-tico • Esquadro • Martelo • Óleo de desmoldagem • Pincel • Colher • Ferros para concreto • Desempenadeira • Esponja

MOLDE

Para a fabricação de cercas de concreto (como as de lajes de jardins) é preciso que se disponha de um ou mais moldes que permitam produção em série. Este tipo de molde existe no comércio, geralmente em casas de material de construção.

Porém os moldes só permitem a fabricação de cercas ou lajes estandardizadas que podem não corresponder àquilo que é desejado; por isso, é interessante cada um construir seu próprio molde. O melhor material para fabricação de moldes é a madeira. Nessa cerca foram usadas tábuas de pinho e ripas. A forma escolhida depende da espessura que se deseja usar na cerca (uma pequena espessura implica na ferragem do concreto, como veremos adiante). Cada molde é composto de sarrafos, ou ripas, que limitam a base e os lados de cada cerca e de um pedaço de tábua cortado de modo a formar uma série de arcos que dão forma própria à cerca. Trace vários meios-círculos entre duas linhas paralelas (foto 1), depois uma linha reta entre as duas, destinada a "quebrar" os ângulos agudos formados no encontro dos meios-círculos (foto 2). Feito o traçado, corte as partes arredondadas com a serra ticotico (foto 3). Coloque os moldes numa superfície plana e regular, limpa e firme. No caso de desejar reutilizá-los, coloque-os sobre uma placa de compensado, pinte-o para protegê-lo. Os moldes devem estar bem fixos nos suportes; para isso pregue-os na placa de compensado, sem que os pregos tenham sido cravados por completo, de modo que possam ser arrancados com facilidade na hora da desmontagem. Tenha cuidado para que as junções fiquem perfeitas, não permitindo com isso o escoamento do concreto entre os moldes. Para isso use madeira aparelhada até mesmo nas partes mais estreitas, isto e, na parte da espessura da tábua. Numa mesma placa, coloque vários moldes que permitam a moldagem de várias peças ao mesmo tempo. Tendo essa placa à mão, os restos de concreto de seu trabalho poderão ser aproveitados.

trabalho de concreto

Antes de colocar o concreto nos moldes, unte-os com óleo para facilitar a desmoldagem. Pode-se utilizar óleo mineral ou vegetal comum, mas existe um "óleo de desmoldagem" no comércio que não mancha o concreto após a desmoldagem. Passe o óleo com um pincel largo, insistindo particularmente nos cantos, onde os riscos de grudar são maiores.

CONCRETO

Como a cerca não irá sofrer grandes esforços ou cargas, o concreto utilizado pode ser bem leve, comportando pequena proporção de pedra ou pedrisco, e possivelmente será necessário utilizar apenas uma massa composta de cimento e areia. Existe no comércio este tipo de massa pronta para usar, vendida em pequenas quantidades (acondicionada em embalagens de 1 a 5 kg), o que é muito prático para a feitura de poucas cercas.

FERRAGEM

Apesar de a cerca não ir submeter-se a nenhum tipo de esforço ou carga, é indispensável ferrar (armar) o concreto. Dada a pequena espessura das peças, elas se tornam muito frágeis, daí a necessidade de ferros serem colocados para evitar que se quebrem durante o transporte ou colocação. A ferragem é muito simples, pois limita-se à colocação de ferros retos cruzando-se em ângulo reto (como para uma laje). Aqui foram usados ferros trefilados de 5 mm de diâmetro e ferros lisos de 10 mm de diâmetro. Se a colocação do concreto é feita num local bem plano, não é necessário amarrar os ferros entre si.

COLOCAÇÃO DO CONCRETO NO MOLDE

Comece colocando uma camada de concreto, fazendo-o penetrar

bem entre os ferros. Para tanto, basta dar alguns golpes paralelos com a colher. O molde é tão raso que o concreto pode ser colocado com a colher, dispensando o uso de uma pá. Cuidado para não movimentar os ferros caso eles não estejam amarrados.

ALISAMENTO

O alisamento da superfície não é feito com a colher, mas sim com a desempenadeira (foto 10). É fácil guiarse sobre os sarrafos e a tábua. Para um acabamento bem caprichado, alise o concreto com esponja úmida (foto 11).

_______________________________________________________________

Notas:

■ O concreto poderá ser colorido desde sua preparação com amarelo-zinco, ocre, azul-marinho ou oxido de ferro vermelho. Esses corantes são, em geral, dosados a mais ou menos 5% do peso do cimento. Uma mistura cuidadosa de corante com o cimento seco evita diferenças na coloração. A mistura final deve ser feita com água limpa na qual se ajunta um álcali (um copo por balde).

■ Se há apenas alguns trechos de cerca para se fazer, o concreto poderá ser comprado pronto para usar. Obviamente mais caro que o feito em casa, ele é entretanto mais fácil de usar. Conserve-o em lugar seco e isole-o do chão com uma tábua, senão poderá endurecer e ficar inutilizado.

Moldar as lajes A exemplo das cercas, existem também moldes para lajes no comércio. Pode-se obter a forma desejada da laje modificando-se o gabarito de base. Os instrumentos e os materiais utilizados são os mesmos usados para a fabricação da cerca.

A Desmoldagem A desmoldagem não deve ser feita antes da secagem do concreto, ou seja, entre três ou quatro dias. Para desmontar os elementos do molde basta arrancar os pregos (com um martelo ou um pé-de-cabra). Deixe as cercas secar, postas em um canto, por mais ou menos oito dias antes de serem usadas.

trabalho de concreto

R E V E S T IM E N T O S Um revestimento tem a dupla função: participar da decoração da casa e oferecer conforto. Pelas cores e natureza do material utilizado, um revestimento, destinado ao chão ou às paredes, condiciona o ambiente do cômodo e determina toda sua decoração. A escolha será em função do acordo, entre, de um lado, os revestimentos e, de outro, os móveis, cortinas e pinturas. Para resolver melhor a questão "conforto", consideraremos a destinação do revestimento, ou seja, o cômodo no qual ele será instalado. Por exemplo, existem vários tipos de tecidos que não devem ser usados indiferentemente para uma sala ou um banheiro; não se coloca um papel de parede qualquer em um banheiro, nem se usa a mesma pintura para uma cozinha, para um quarto, para as paredes ou para os tetos. Além disso, um certo número de produtos e técnicas permitem hoje que se faça isolamento térmico e acústico, sem que a estética seja prejudicada; pelo contrário, a solução de um teto duplo suspenso permite esconder um teto antigo e abaixar a altura das paredes, reduzindo o tamanho do cômodo e facilitando seu aquecimento.

S A B E R P IN T A R _______________________________ A palavra pintura indica tanto a ação de pintar quanto o produto empregado. Existe uma vasta gama de tintas que respondem, cada uma, a uma utilização específica. Pode-se, por exemplo, citar as tintas vinílicas destinadas aos tetos; tintas a óleo, cuja utilização é aconselhada para ambientes úmidos ou salas comuns (aspecto brilhante); as laças de poliuretana (tintas plásticas) de utilização quase universal... Os progressos sucessivos têm contribuído para melhorar as qualidades dos produtos, facilitando sua aplicação. Entretanto, o trabalho de pintor está fundado em técnicas precisas que o amador deverá assimilar. Nas páginas que se seguem, a preparação da tinta poderá ser acompanhada de perto, bem como a maneira de proceder para pintar uma parede. Para superfícies maiores, serão conhecidas as técnicas de pintura com rolo ou broxa.

Os trabalhos de pintura exigem material específico para serem bem executados. Pincéis redondos, pincéis planos, rolo, espalhador, cada um é um instrumento particular correspondente a um certo tipo de trabalho.

saber pintar

Pintar exige um material específico que depende do que vai ser pintado e do tipo de tinta a ser usado. Antes de iniciar os trabalhos de pintura, torna-se necessário preparar a tinta como indicamos a seguir.

MATERIAL

Se a tinta não for usada logo após sua compra, guarde as latas como mostra a foto 1. As latas de tinta estão mesmo de cabeça para baixo; não se trata de um erro de fotografia. Se a tinta for conservada algum tempo antes de ser usada, recomenda-se colocar as latas viradas com a boca para baixo: a tinta em contato com a tampa impede a penetração do ar (o que sempre acontece, mesmo com a tampa bem fechada). Evita-se assim a formação de uma crosta que se transforma numa pasta por vezes bem difícil de diluir; esta crosta é resultado do contato da tinta com o ar.

PINCÉIS

O uso dos pincéis é aconselhável para a aplicação

de

tintas

e

vernizes.

Conforme

as

superfícies que devem ser pintadas, escolha um pincel roliço para as paredes, como em nossas fotos, ou um pincel plano e estreito, ou roliço de diâmetro pequeno, para os trabalhos de precisão.

ANTES DE PINTAR COM PINCEL

As

fotos

indicam

como

proceder

corretamente. É necessário, antes de tudo, independentemente do tipo de pincel a ser usado, mexer seguidamente a tinta para que ela se misture bem (fotos 2 e 3). Aqui estão as diferentes etapas que devem ser observadas: ■ molhe o pincel até que todos os pêlos mergulhem totalmente na tinta; ■ escorra a tinta excedente forçando o pincel contra a borda da lata (foto 5); ■ molhe novamente o pincel no sentido do comprimento dos pêlos (foto 6); ■ escorra outra vez apoiando a parte entre o cabo e a extremidade dos pêlos (já molhados).

Todas essas operações de secagem do pincel podem ser feitas em um arame atravessado na boca da lata (foto 8), que tem a vantagem de manter limpas as bordas.

PREPARAÇÃO DO MATERIAL

Se um pincel novo estiver sendo usado, deixe-o de molho na água por algumas horas antes de usá-lo, a fim de amolecer os pêlos. É necessário retorcer os pêlos puxando-os para remover os que não estiverem bem fixos, pois é desagradável retirar de uma superfície já pintada pêlo misturado na tinta (foto 1).

PINTURA COM PINCEL

Para grandes superfícies, demarque uma área de mais ou menos 50 x 50 cm. Após ter molhado e escorrido o pincel, como vimos anteriormente, aplique a tinta em faixas horizontais com movimentos de vaivém (foto 2). Em seguida, cruze as faixas horizontais com pinceladas verticais de baixo para cima (foto 3) forçando o pincel contra a parede.

revestimento

Pinte, em seguida, por faixas horizontais sucessivas, bem levemente, para terminar de espalhar a tinta. Termine de pintar a superfície alisando levemente, repassando o pincel verticalmente, de baixo para cima.

ESCORRIMENTO DA TINTA

Quando se trata de laca, é necessário acompanhar a progressão da pintura, pois essa tinta deve ser perfeitamente espalhada, o que justifica as etapas descritas. Pode ser que a tinta escorra e, nesse caso, a intervenção deve ser imediata, com o auxílio de uma gilete como, por exemplo, mostra a foto 7.

■ No caso de a tinta escorrer, existe outro método: antes que uma gota provocada por excesso de tinta seque, alise a pintura de baixo para cima.

MANUTENÇÃO APÓS A UTILIZAÇÃO

Para evitar que os pêlos do pincel endureçam e o tornem inutilizável, algumas precauções podem ser tomadas. Conforme a tinta que foi utilizada, à base de água ou a óleo, a limpeza dos pincéis e rolos difere: •

no primeiro caso, após terminada a pintura, passe aguarrás

nos pêlos e depois água com sabão e enxágüe; •

no segundo caso, limpe os pincéis com um produto

apropriado, Thinner, por exemplo, molhando-os antes. Para isso, um arame passado num furo feito no cabo do pincel permite mantê-lo suspenso (foto 8), sem que os pêlos se apoiem no fundo do recipiente, evitando sua deformação.

revestimento

os primeiros gestos do pintor

COMO SEGURAR O PINCEL

Conforme as operações que devem ser executadas e as superfícies que devem ser pintadas, é necessário usar cada tipo de pincel de maneira diferente. Vimos a pintura de uma parede com pincel roliço. A foto 1 mostra como segurar o pincel para espalhar bem a tinta: ele é passado no sentido horizontal, de maneira leve e regular.

COMO PINTAR UMA MOLDURA

A pintura de uma moldura é uma operação delicada, que deve ser feita com precisão para evitar que a tinta passe para a parede. Antes de mais nada utilize um pincel de diâmetro adequado e segure o cabo dele como se fosse um lápis. Essa é a maneira mais conveniente para trabalhos de precisão (foto 3). Tome como exemplo a pintura de uma moldura que, muitas vezes, se deseja pintar de uma forma diferente do fundo no qual ela está fixada: esta dificuldade é um bom exemplo da precisão que o trabalho exige. Para evitar que a tinta transborde é possível, porém, colocar ao longo do objeto, contra o fundo (aqui uma parede) uma folha de cartão que o protegerá de eventuais erros. Para as grandes superfícies use pincéis planos de boa largura (trincha).

PINTURA DOS ENCANAMENTOS

Existem luvas especiais que permitem pintar os encanamentos de maneira bem melhor que com o pincel. A luva é enfiada na mão e molhada na tinta (foto 6). É suficiente fechar a mão sobre o cano e descê-la em toda a sua extensão (foto 7).

revestimento

P IN T A R C O M R O L O ______________________________ DIFERENTES TIPOS DE ROLOS

Os rolos consistem num cabo que termina num eixo no qual se coloca um rolo cilíndrico. Este pode ser de pele de carneiro, espuma ou veludo sintético. Da textura do rolo depende o aspecto da superfície pintada. Existem alguns rolos especiais furados ou com saliências que servem para aplicar coberturas decorativas e dão ao revestimento um aspecto granuloso.

MATERIAL

Escolha um rolo de boa qualidade, de preferência com cabo de madeira e que seja de fácil manuseio para que a operação possa ser feita sem maiores dificuldades. Se o rolo é novo, antes de iniciar a pintura lave-o com água limpa (foto 1). Hoje

os

rolos

são

opcionalmente

vendidos com a cuba própria para essa finalidade. Ela é composta de um reservatório e de um plano inclinado esfriado que permitem espalhar a tinta. Caso não se consiga uma cuba como

esta, use uma grade e coloque-a na borda do recipiente para permitir a distribuição da tinta sobre o rolo.

TÉCNICA

A técnica de aplicação da tinta com rolo é simples e bem parecida com a da pintura com pincel, indispensável para pintar os locais onde o rolo não alcança. Pinte faixas sucessivas e paralelas horizontais começando do teto

para

o

solo.

Corte

essas

faixas

verticalmente

cobrindo

completamente a superfície. Proceda a uma nova aplicação horizontal, depois cruze de novo, desta vez levemente, sem forçar o pincel, fazendo desaparecer todos os vestígios deixados pelo rolo.

MANUTENÇÃO DOS ROLOS

A limpeza dos rolos é igual à dos pincéis (páginas anteriores). Não deixe o rolo muito tempo na água, o que pode enferrujar seu eixo.

______________________________________________________________

Nota:

Somente conhecido de umas três ou quatro décadas para cá, o rolo é um dos acessórios mais utilizados para pintar grandes superfícies. A qualidade do trabalho e o rendimento fazem-no muito apreciado pelos amadores.

revestimento

para pintar grandes superfícies: o rolo

R E N O V A Ç Ã O D E V E N E Z IA N A S DE M ETAL _______________________________ Não é suficiente apenas pintar novamente uma janela metálica ou qualquer outro objeto da mesma natureza para lhes dar um ar de novo. É necessário atacar em profundidade a ferrugem, principal causa de deterioração, para que o trabalho não seja inútil.

FERRAMENTAS

• Escova metálica • Esponja • Pincel • Cartolina • Tinta aerossol • Tinta antiferrugem • Tinta branca

REMOÇÃO DA PINTURA

Se

a

pintura

das

venezianas

estiver

muito

estragada,

aconselhamos a remoção total da tinta, o que acarretará sua desmontagem. Porém, esse tipo de venezianas encontrado em prédios antigos é difícill de desmontar sem a ajuda de um pedreiro. Caso não se possa desmontá-las, use um removedor (encontrado nas casas do ramo), cuja propriedade, como o nome indica, é remover toda a pintura antiga. Pode-se também usar uma palhinha de aço para remover os focos de ferrugem.

REMOÇÃO COM ESCOVA

Se uma palhinha de aço foi usada, torna-se necessário escovar os locais com uma escova de metal para tirar todos os focos de ferrugem. O metal deve estar completamente livre de focos de ferrugem, os quais podem permanecer mesmo sob uma pintura nova. Se a ferrugem não for muito intensa, limpe-a com a escova metálica (foto 1).

TINTA ANTIFERRUGEM

A tinta antiferrugem é uma proteção suplementar àquela assegurada pela tinta normal. Elimine toda a poeira resultante da remoção e passe aguarrás nas venezianas (foto 2) antes da aplicação de antiferrugem (foto 3).

TINTA

Existem

tintas

decorativas

especialmente

fabricadas

para

proteger os objetos metálicos das intempéries e que, ao mesmo tempo, dispensam o uso de antiferrugem. Somente após a secagem da camada de antiferrugem é que se deve passar à pintura das venezianas. Veja nas fotos as diversas maneiras de como manejar os pincéis para pintar todos os cantos. Há, ainda, a tinta em aerossol (foto 7), que é rápida e prática, exigindo apenas um manuseio regular, mantendo o spray sempre à mesma distância do objeto a ser pintado.

revestimento

P IN T U R A DE UM A JANELA _______________________________ A janela é parte integrante de sua decoração. Assim, deve-se dar uma particular importância à sua pintura. Detemo-nos sobre essa operação para dar-lhe certas dicas que evitarão algumas dificuldades.

FERRAMENTAS • Esponja • Fita crepe • Pincel • Raspador • Tinta

PREPARAÇÃO

Para que a nova pintura pegue, e tenha boa aparência, é necessário que a pintura antiga esteja ainda sobre a madeira, e que esta esteja em boas condições, isto é, não carunchada. Se a pintura formar bolhas, é aconselhável removê-las com um removedor facilmente encontrado no comércio. Mesmo que o fundo esteja em boas condições, é indispensável limpar convenientemente a janela com aguarrás para desengordurá-la e oferecer uma boa superfície para se aplicar uma boa tinta (foto 1).

RESPINGO DE TINTA NOS VIDROS

O principal problema na pintura de uma janela é, sem dúvida, fazer com que a tinta não escorra sobre os vidros. A maneira mais simples consiste em colar em torno dos vidros fita crepe, que será

retirada após a secagem da tinta (foto 2).

TÉCNICA DE PINTURA

Pinte de preferência com um pincel de tamanho adaptado aos montantes, travessas e ripas de sua janela. Pinte antes as travessas começando pelas da parte de baixo (foto 3) e, em seguida, os montantes, sem esquecer as ranhuras dos batentes. Não feche a janela tão logo termine a pintura, a fim de evitar que ela emperre após a secagem da tinta. Também não bloqueie o ferrolho pintando a janela aberta e manipulando-a antes da secagem da tinta, tendo o cuidado para que as partes não colem e, ao mesmo tempo, possam correr livremente na caixa do ferrolho. Quando a janela estiver totalmente pintada, passe para o quadro. Se uma moldura deve ser pintada de outra cor, espere que a primeira tinta seque. Se a tinta respingar nos vidros, retire os pingos após a secagem com uma gilete (foto 7).

revestimento

para uma decoração agradável: uma janela bem pintada

ENCANAM ENTOS No interior de uma casa os encanamentos podem ser resumidos, essencialmente, em todos os trabalhos que o amador deve fazer para prevenir os defeitos de uma canalização, o desentupimento de um sifão ou de um tubo de evacuação, incluindo o vazamento de uma torneira, ou seja, tudo que diz respeito à distribuição de água em uma casa. Nem sempre é fácil encontrar um encanador disponível para serviços que devem ser feitos imediatamente ou num caso de urgência. O amador deve, ele mesmo, descobrir a solução para evitar uma inundação... A base de todos os trabalhos de encanador encontra-se na técnica de solda, que consiste em unir dois tubos de cobre de maneira que não apresentem vazamento, o que será visto em detalhes mais para frente. Em seguida, vem a instalação propriamente dita, que ilustramos utilizando tubos plásticos. Esse material é cada vez mais usado nesse setor, apresentando-se em tubos retos, cotovelos ou formas mais complexas, e podendo ser moldado a quente; a união de tubos de plástico pode ser feita com um maçarico, mas é mais simples usar uma cola especial. Essa facilidade de emprego encorajará os mais ousados, que poderão ver como funciona a instalação de uma pia de cozinha.

SOLDA DE TUBOS DE COBRE __________________________________ A soldagem de tubos de cobre é a técnica básica de toda boa instalação de canalização. Freqüentemente temida pelos amadores, ela é bastante fácil e exige material limitado.

PRINCÍPIO

A solda constitui o meio mais simples e mais seguro para reunir dois

tubos

de

cobre

de

maneira

que

não

venham

apresentar

vazamentos. Para facilitar a demonstração damos o exemplo da solda de dois tubos de pequeno tamanho, emendando-os. A ligação entre os dois tubos é feita por meio de uma conexão (luva), também de cobre, e sua união por intermédio de uma solda.

PREPARAÇÃO

Os tubos devem ser cortados de maneira precisa. Para um corte perfeito use uma serrinha mais um corta-tubos, cuja roseta permite um corte ideal (foto 2). As rebarbas de metal resultantes do corte dos tubos são eliminadas antes da solda (foto 3). As que ficam no interior do tubo costumam fazer barulho quando da passagem da água. As partes do tubo que vão receber a solda devem ser ligeiramente arranhadas com um esmeril ou com uma lixa grossa (foto 4).

SOLDAGEM

Para que uma boa soldagem se realize é necessário, antes de tudo, que se faça uma limpeza nas peças a serem soldadas. Para tanto,

use um removedor para eliminar a gordura existente. Aplique com um pincel a pasta removedora de impurezas (esta pasta é encontrada nas casas do ramo) nas extremidades dos tubos que vão receber a solda (foto 5), coloque a luva e encaixe as duas extremidades dos tubos (fotos 6 e 7). Aqueça os componentes (as duas partes do tubo mais a luva) com a chama do maçarico de bocal normal (foto 8), ou com o de bocal especial, circular (foto 9), que concentra o calor sobre a solda. Tão logo a ponta do soldador fique vermelha, coloque a extremidade da vareta de solda na junção. Se o trabalho for bem preparado, a solda derrete e adere à conexão, resultando na soldagem das duas peças. Porém é aconselhável limitar seu trabalho à instalação de tubulações de água, bem menos perigosas! Para a execução de outros trabalhos mais complexos é preferível contar com os préstimos de um profissional competente.

_______________________________________________________________

Notas:

■ Utiliza-se a solda a prata para diversos metais: ferro, aço, cobre e suas ligas (bronze, latão), e prata, certamente... Para o cobre e o latão utilize uma solda de fósforo, mais barata.

■ A solda não deve se fundir sob a chama, mas sim ao entrar em contato com as peças aquecidas.

encanamento

uma técnica simples: a soldagem por derretimento da solda

DESENTUPIMENTO DE UMA PIA __________________________________ Acumulando-se nas curvas do sifão, os resíduos acabam freqüentemente entupindo a canalização da pia ou do lavatório. Como proceder para seu desentupimento? Este é o tema do presente capítulo.

RAZÕES DO ENTUPIMENTO

Entupimento de uma pia ou lavatório provém da acumulação de resíduos no cotovelo do sifão, resíduos esses aglomerados pela gordura na água. O entupimento é mais freqüente em pias de cozinha, sobretudo onde se lava louça. De um modo geral, deve evitar-se que os resíduos entrem na tubulação, principalmente durante a lavagem da louça.

PROBLEMA DO DESENTUPIMENTO

Existem muitas soluções para desentupir um sifão; a mais simples consiste em desmontá-lo, se puder fazê-lo facilmente, o que não é sempre o caso...

DESMONTAGEM

A desmontagem é teoricamente possível em todos os sifões, mas é difícil em sifões metálicos, sobretudo se forem antigos. Em todo caso, é necessário desmontá-los completamente, o que não é tão simples com ferramentas de amador. Ao contrário, os modernos sifões de plástico são freqüentemente dotados de um receptáculo no seu fundo, que recebe os restos de comida e a gordura. Para desentupir esse tipo de sifão, basta desparafusar esse receptáculo (geralmente à mão) e limpá-lo (foto 2).

Existem também alguns sifões de plástico mais ou menos transparentes, fáceis de desmontar, que permitem ver o grau de obstrução e intervir antes do entupimento. Se a desmontagem é impossível... ... recorra aos produtos desentupidores ou à escovinha. Esses produtos se apresentam de duas formas: em pó (sobre o qual se coloca água quente fotos 4 e 5); ou em líquido (que se deixa agir durante algumas horas foto 6). Os dois contêm soda cáustica, não sendo muito aconselháveis, pois corroem as tubulações. Utilize-os só em casos extremos. Tome todas as precauções para que eles não fiquem ao alcance das crianças. A escova metálica (foto 3) é montada na extremidade de um cabo flexível, de comprimento variável, permitindo que ele seja enfiado nos canos e atinja todos os cotovelos, mesmo os que estão distantes do sifão. É o acessório ideal para desentupimentos sem danificar as tubulações. Enfim, pode-se utilizar o desentupidor de pia de borracha (fotos 8 e 9), que age por sucção mas tem eficácia limitada: a sujeira é apenas deslocada sem ser retirada.

encanamento

algumas soluções

TUBULAÇÕES DE PLÁSTICO __________________________________ As tradicionais canalizações dos lavatórios e banheiras em chumbo já estão ultrapassadas. Como em vários lugares, o plástico chegou para a felicidade dos encanadores e ... de todos nós. A colocação das canalizações em tubos de PVC é muito simples.

FERRAMENTAS

• Metro • Serra de metal • Estilete • Cola de PVC • Barbante com giz • Furadeira • Chave de fenda • Martelo • Buchas • Braçadeiras • Luvas • Cotovelos • Tubos de PVC

PRODUTOS

Os tubos de plástico são apresentados em duas versões: tubos retos e os tubos de ligações, cotovelos e luvas que permitem realizar uma instalação de acordo com o local disponível. Os tubos propriamente ditos são rígidos, fazendo-se todos os cotovelos por ligações, e a moldagem a quente é possível. Encontra-se no comércio um grande número de ligações, tubos

de diâmetros diferentes, segundo suas necessidades. Os mais grossos são usados como condutores, isto é, para evacuar a água de chuva e goteiras.

CORTE DOS TUBOS Todos os cortes dos tubos são feitos com serras de dentes finos. É possível usar um serrote, mas o mais recomendável é, sem dúvida, usar uma serra para metal. TÉCNICAS DE UNIÃO Mesmo sendo de plástico, esses tubos podem ser soldados com o maçarico. Aqui são mostradas as técnicas de união e derivação por colagem, mais fáceis para o amador. A colagem é a grande vantagem do produto. A colagem é feita por uma cola especial de PVC, encontrada à venda nas mesmas lojas onde são comprados os tubos. É uma cola líquida, em tubo ou caixa, que, devido a sua consistência, infiltra-se perfeitamente entre as peças a serem coladas (foto 5). Para que a colagem seja bem feita é essencial que os tubos estejam limpos, desengordurados e lixados, de modo a oferecer uma boa superfície para a penetração da cola. Após cada corte, rebarbe a superfície de serragem (com uma faca, por exemplo) e lixe as extremidades e o interior das conexões a fim de propiciar maior aderência das peças (foto 4). ■ Rebarbar: tirar as asperezas de uma peça de metal. LIGAÇÕES SIMPLES Essas são feitas por meio de luvas que permitem a união dos tubos em prolongamento. Existem luvas de redução que permitem unir tubos de diâmetros diferentes.

encanamento

LIGAÇÕES COMPLEXAS

Para as derivações, estão disponíveis no mercado diferentes elementos de ligação que permitem unir várias canalizações. Preveja

uma

canalização

de

diâmetro

maior

para

evitar

entupimentos. Apresentamos uma cruz e uma derivação em curva (pescoço de cisne) que estão entre as mais comuns, mas existem outros modelos para suas necessidades.

COTOVELOS

Também será encontrado um material completo, mas os mais comuns são os de 90? e 135°. Por causa das necessidades do escoamento, esses elementos têm sempre um ângulo superior a 90°. Associando vários cotovelos, até um ziguezague poderá ser feito para contornar certos obstáculos. Antes de comprar o material para sua instalação, faça um plano bem detalhado para determinar aquilo que será necessário para a realização do seu trabalho.

FIXAÇÕES

É essencial que suas canalizações sejam fixadas na parede. Use de preferência braçadeiras metálicas correspondentes ao diâmetro externo dos tubos. As braçadeiras são parafusadas na parede. Aconselhamos embuchar antes de parafusar (fotos 14 e 15) a fim de prevenir qualquer acidente. Faça previamente um traçado na parede, de acordo com o percurso de sua canalização. Disponha as braçadeiras a cada 50 cm para dar maior segurança à instalação. Parafuse

as

braçadeiras,

coloque

os

tubos

e

feche-as

parafusando-as convenientemente.

ACESSÓRIOS

Além

dos

elementos

de

derivação e ligação existem vários acessórios, permitem tubos

como uma

visores

vista

para

externa

(que dos

eventual

desentupimento), e sobretudo sifões plásticos,

que

se

adaptam

perfeitamente aos tubos.

UTILIZAÇÃO SOB PRESSÃO

Esses tubos podem também ser usados para a alimentação de água, através de instalações incrustadas no concreto ou enterradas.

encanamento

tudo para uma instalação completa

JUNTAS DE TORNEIRAS __________________________________ Não há nada mais enervante que uma torneira pingando. O defeito é geralmente simples e é conseqüência de falha em uma ou mais junções. Sua substituição não demora mais que alguns minutos, e o material a ser substituído é razoavelmente barato.

PROBLEMAS DE TORNEIRAS...

Seja uma torneira comum ou uma torneira moderna, seu princípio de funcionamento baseia-se na obstrução de um condutor por válvula (dotada de uma junta de borracha) que sobe e desce sob a ação de uma haste rosqueada. Quando a torneira estiver escorrendo a água gota a gota, e exigir que seja apertada a cada momento, é sinal que a junta de borracha está estragada, tornando-se necessário trocá-la. Se a água estiver escapando pela cabeça da torneira é porque o pistão está estragado. Em todo caso, feche o registro mais próximo, ou o registro geral. Compre a junta (geralmente o conjunto completo) e use as ferramentas necessárias (grifo, chave de fenda ou chave de boca).

DESMONTAGEM DE UMA TORNEIRA COMUM

As torneiras comuns são, em princípio, de cobre, muito frágeis por ocasião de sua desmontagem. Use chave de boca de tamanho adequado para não espanar a rosca. Solte a porca da cabeça da torneira com a chave, utilizando uma outra para manter presa a porca do pistão (foto 1).

SUBSTITUIÇÃO DA JUNTA

Desparafuse toda a parte superior da torneira (fotos 2 e 3), e veja o,estado da junta responsável pelos pingos e da junta de aperto. É sempre preferível trocar as duas juntas. A substituição se faz com o modelo adaptado, de grande espessura, encaixando-o bem no fundo do alojamento (foto 7).

DA

MASSA

EPÓXI

AO

TEFLON

A vedação da água que saía pela rosca da torneira era feita com estopa, mas, atualmente, usa-se o teflon,

que

consiste

numa

fita

plástica, fina e resistente, que basta enrolar

em

torno

da

rosca

da

torneira (foto 8). Se

a

torneira

continuar

vazando é porque existe algum resíduo de calcário no assento da válvula, que poderá ser raspado com um acessório rotativo montado em uma furadeira.

Encanamento

substituição do courinho de uma torneira comum

TORNEIRAS MODERNAS

Embora as torneiras modernas tenham o mesmo princípio de funcionamento que as comuns, sua anatomia é bem diferente e um pouco mais complexa. Compõem-se de três partes em lugar de duas: o corpo, o mecanismo e o registro. Na maior parte dos casos, a alimentação de água fria e quente é feita em uma torneira dupla de um único corpo.

VAZAMENTO (TORNEIRA PESCOÇO DE CISNE)

Como esse tipo de torneira é pivotado, para poder atender a duas cubas separadas de uma pia, a junta se estraga facilmente, e daí a necessidade

de

substituí-la

(foto

4).

Outra

causa

possível

de

vazamentos é a junta da base, um anel plástico em torno do pé da torneira, que pode quebrar e deixar escapar a água. Para esse tipo de vazamento basta substituí-la. A desmontagem da torneira é feita com uma chave inglesa, um grifo ou uma chave de boca. Segure a torneira com uma das mãos e desaperte-a com a outra (foto 1).

ÁGUA ESCOANDO GOTA A GOTA

As origens do vazamento são as mesmas apresentadas nas torneiras comuns.

DESMONTAGEM DE UMA TORNEIRA MODERNA

É indispensável desligar a água antes da desmontagem. Inicialmente desmonte os registros. Para isso, retire as capinhas de plástico colorido (vermelho para água quente, azul para água fria) que tapam os orifícios de acesso aos parafusos de fixação (foto 2). Em seguida, solte esses parafusos (foto 3).

Solte

o

mecanismo

da

torneira, tirando a porca destinada a isso. Assim poder-se-á ter acesso ao embolo, à sua junta e à junta de aperto (fotos 5 e 6). A junta da válvula pode ser atravessada

por

uma

haste

rosqueada e sustentada por uma porca,

o

que

não

apresenta

problemas de substituição. Na hora de comprar a junta, observe se ela é furada no centro para se adaptar nesse tipo de válvula. Remonte o conjunto, colocando cuidadosamente as porcas, sem apertá-las demais, o que pode danificar as juntas e causar um novo vazamento.

encanamento

substituição das juntas de uma torneira moderna

GLOSSÁRIO ______________________________________ Agregados: Materiais inertes que fazem parte da composição de concreto, argamassa etc, cujas partículas são ligadas por meio de aglutinantes. Os agregados mais comuns são: a areia, a pedra britada ou o pedrisco. Aplainar: Desbastar as superfícies de uma peça de madeira para deixá-las planas. Arco-de-pua: movido

por

meio

Instrumento de

um

para

arco,

furar,

em

cuja

extremidade se coloca uma pua.

Argamassa: Mistura de cal, água e areia. A argamassa é empregada no assentamento de tijolos, ladrilhos, azulejos etc.

Assentar: Colocar no seu devido lugar as peças de qualquer construção, por exemplo, uma peça de madeira, tijolos, blocos etc.

Bancada: Mesa comprida de trabalho dos carpinteiros.

Bloco: Elemento sólido com a forma de um paralelepípedo, feito em geral de cimento ou barro cozido, utilizado nas construções. Pode ser maciço ou vazado, e de dimensões variadas.

Broca: Instrumento que, com movimento rotatório,

abre

furos

em

madeira,

pedra,

concreto etc. As brocas para furar concreto ou outras partes duras são especiais e, para tanto, têm'a ponta de vídia.

Broxa: Utensílio feito de pêlos utilizado na pintura de paredes de casa etc.

Caixa

de

meia-esquadria:

Peça de madeira ou metal provida de fendas destinadas a guiar o serrote durante o corte, em particular em cunha (ângulo de 45°), de peças estreitas

como

varetas,

molduras,

sarrafos etc.

Canto ou ponta: Lado mais estreito de uma peça de madeira de corte retangular, por exemplo, as faces estreitas de uma tábua.

Cavilha: Peça de madeira ou ferro usada para unir juntas, peças etc; tipo de grampo com um só braço usado para fixar peças a uma parede.

Cimentar: Fixar com o auxílio de massa de cimento ou de gesso um elemento exterior sobre uma base qualquer.

Cimento: Substância em pó usada como aglomerante ou para ligar certos materiais usados, por exemplo, na feitura de concreto etc.

Colher: Ferramenta para colocar e alisar a argamassa ou o gesso; colher para alisar; há a colher de bico redondo; a colher para tijolos; a colher para perfis; a colher língua-de-gato.

Compensado: Chapas constituídas de delgadas camadas de madeira, coladas entre si, com as fibras dispostas em cruz alternadamente.

Concreto: Mistura de um aglutinante, por exemplo, o cimento, sendo adicionados em proporções prefixadas os aglomerados areia e pedra, mais água, formando uma massa compacta que, depois de seca, torna-se um material sólido.

Cuba: Recipiente de forma geralmente retangular utilizado principalmente para misturar o gesso; também recipiente no qual se coloca a tinta a ser usada. Para pintar com uma broxa ou pincel utilizase uma cuba redonda; para rolo utiliza-se uma cuba retangular.

Empenamento: Deformação de uma tábua ou de um painel que deixou de ser plano.

Entalhadeira: Máquina destinada a fazer um entalhe.

Espalhador: Utensílio para aplicação de tintas e verniz, e particularmente a laca.

Espiga: Parte de uma peça que se encaixa no furo ou abertura de outra.

Esquadro: Instrumento de madeira ou de metal que serve para determinar os ângulos retos ou tirar linhas perpendiculares.

Ferro de vincar: Pequeno utensílio de metal ou plástico que permite fazer, sobretudo nas obras com tijolos à vista, junções regulares.

Fio de prumo: Dispositivo que consiste num fio no qual está pendurado um peso (peça de chumbo) usado pelos pedreiros para determinar o prumo de uma parede.

Formão:

Utensílio

cortante

com

chanfradura reta utilizado para entalhar madeira.

Garlopa: Plaina grande que serve para desbastar uma superfície bruta de uma peça de madeira.

Gastalho: Ferramenta que serve para manter

presas

duas

peças

unidas,

principalmente durante a serragem; também chamada grampo.

Gesso: Produto de ligação à base de gesso desidratado a alta temperatura. É utilizado para revestimento de tetos etc.

Goiva: Ferramenta de corte com cabo semelhante ao do formão, mas que tem a lâmina côncavo-convexa usada em marcenaria.

Graminho:

Instrumento

de

carpintaria composto de uma peça móvel, em bloco, usado pelos carpinteiros para traçar riscos paralelos nas bordas das tábuas.

Grampo: Veja gastalho.

Granulados (inertes): Ver agregados.

Grosa: Lima grossa para desbastar madeira.

Lingüeta: Macho de junta de macho e fêmea.

Lixadeira: Utensílio que serve para manter a lixa em contato com a superfície a ser lixada; instrumento ou máquina própria para lixar.

Malho: Espécie de martelo feito de madeira.

Marreta: Espécie de martelo, porém maior, usado para quebrar pedras.

Martelo: Instrumento com cabo de madeira ou de ferro usado para cravar pregos.

Misturador: Utensílio rotativo, com a forma de uma hélice, que se adapta ao mandríl de uma furadeira e que serve para misturar a tinta.

Moldura: Ripa decorativa que tem forma perfilada.

Montante: Peça vertical ou oblíqua de um conjunto, como uma moldura ou um chassi, sobre a qual se apoiam as travessas.

Nível de bolha: Instrumento de madeira, metal ou plástico que determina o nível e o prumo de uma parede ou de uma peça quando de sua colocação.

Plaina: Ferramenta para desbastar madeira. É constituída de uma lâmina de ferro e uma cunha de madeira.

Punção:

Ferramenta

pontiaguda

usada para marcar o local de um furo.

Punção

de

encanador:

Barra

de

ferro,

redonda,

com

extremidades pontiagudas das quais uma é um cotovelo. O punção é utilizado para alargar um cano, um furo ou dar forma a tubos de chumbo.

Rabo-de-andorinha:

Ponta

de

madeira, em forma de leque, que penetra e engata num entalhe.

Rabo reto: União de duas peças de canto por espigas múltiplas, uma delas contendo os talões e a outra as espigas.

Rebaixo:

Parte

fêmea

de

uma

união comum de duas peças em T. O rebaixo é um entalhe cujas faces são paralelas duas a duas e que recebe no rasgo uma outra peça.

Rolo:

Pequeno

cilindro

usado

para

aplicação de tinta nas paredes ou em outras superfícies.

Sarrafo: Barra estreita utilizada principalmente como suporte de mesas ou de prateleiras.

Solda: Substância metálica e fusível usada para soldagem de peças também metálicas.

Superposição: União de duas peças de madeira no sentido do comprimento por uma ranhura em uma delas e sobre a outra uma lingüeta.

Talão:

Parte

do

macho

de

uma

união

entalhada.

Topo da madeira: Extremidade de uma peça de madeira tirada perpendicularmente à fibra dela.

Través (de madeira): Peça de madeira cuja fibra é perpendicular às faces.

Trena: Fita metálica ou de tecido especial usada para medição de terrenos.

União por forquilhamento: União de duas peças por suas extremidades, formando um ângulo; uma das peças é entalhada

em

talão

e

a

outra

em

forquilhas.

Verniz: Produto espalhado sobre uma superfície para deixá-la plana e lisa. Distinguem-se os vernizes de superfície que dão um alisamento a uma superfície, preparando-a para receber um revestimento e os vernizes decorativos que constituem já um revestimento definitivo.

Viga: Peça de madeira horizontal de corte retangular que suporta um assoalho ou um teto.

ÍNDICE

A, B Argamassa, Banco rústico, Betoneira, Broca helicoidal,

C

Cantos, Cantos, uniões de, Cavilhas, união por, Cercas de concreto, Chanfragem, Chanfro, união de topo por, Colher para alisar, Colocação de concreto no molde, Comprimento, uniões no, Concreto, cercas de, Concreto, colocação no molde, Concreto, degraus de, Concreto, preparo do, Corte, guia de, Cruz, união em,

D, E Disposição dos tijolos,

Encanamentos, pintura dos, Entalhe inglês, Entalhes, Espiga fêmea, Estribo, Falsa lingüeta, Ferragem para o concreto, Ferragens para vigas ou colunas, Ferramentas para o gesso, Ferros para concreto, Folheamento, Formão estreito, Forquilhamento, união por,

G Garlopa, Gesso, ferramentas para o, Graminho, Grifo, Grosas, Guarda-louça, Guia de corte,

H, J Helicoidal, broca, Janela, pintura de uma, Jardineira de pinho, Jardineira de tijolos, Junções de tijolos, Juntas de torneiras,

L, M Limas, Lingüeta, falsa, Lingüeta, união com, Meia-esquadria, caixa para, Meia-esquadria, uniões a, Meia-madeira, união a, Mesa de jogos, Moldagem,

P Pantógrafo, Parafuso de cabeça sextavada (tipo Allen), Pia, desentupimento de uma, Pincéis, Pintar, Pintura dos encanamentos, Praina, Preparo do gesso,

R, S Ranhura, Rebaixo simples, Recobrimento, união por, Remoção, Rolo, pintar com, Serragem, Soldagem,

T

Tabuleiro, Taião, Talhadeira, Tijolos, Tijolos, junções de, Torneiras, juntas de, Traçado, Traço de Júpiter, união por, Tubos de cobre, solda de, Tubulações de plástico,

U Uniões, União a meia-madeira, União de topo, União de topo por chanfro, União por cavilhas, União por recobrimento, União por traço de Júpiter, Uniões a meia-esquadria, Uniões de cantos, Uniões no comprimento, Uniões por forquilhamento,

V Velocípede, Venezianas de metal,

2

http://groups.google.com/group/Viciados_em_Livros http://groups.google.com/group/digitalsource

2

Este livro foi digitalizado e distribuído GRATUITAMENTE pela equipe Digital Source com a intenção de facilitar o acesso ao conhecimento a quem não pode pagar e também proporcionar aos Deficientes Visuais a oportunidade de conhecerem novas obras. Se quiser outros títulos nos procure http://groups.google.com/group/Viciados_em_Livros, será um prazer recebê-lo em nosso grupo.

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