Braga&becher 2009-10-22 Anpocs Clientelismo Internet E Voto

  • June 2020
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  • Words: 790
  • Pages: 25
Projeto: Representação política, elites político-parlamentares brasileiras e as NTICs Financiado pelo CNPq [Edital MCT/CNPq 02/2009 - Ciências Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas]

Estrutura do paper 

(1) Introdução e objetivos



(2) Preliminares



(3) Metodologia e conceitos básicos



(4) Análise dos resultados



(5) Conclusões

(1) Introdução e objetivos 

Apresentar os resultados de nossa pesquisa sobre o uso da Web pelos candidatos a vereador de Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre



Plano da exposição:   

Dados preliminares sobre uso da internet; Metodologia e conceitos básicos; Resultados e conclusões

(2) Preliminares: dados sobre o uso da internet pelos candidatos 

Baixo percentual relativo de uso de websites pelos vereadores 24,1% (360/1493);



O uso de websites estava desigualmente distribuído pelos diferentes partidos: PT (58,6%); PRB (54,9%); PCdoB (32,1%); PTB (12,5%) etc.



Taxa de eleição dos candidatos com website foi bem superior (53,5%)

(3) Metodologia e conceitos básicos  

 



A) Hipótese: Hp => Os websites dos candidatos não serviram predominantemente como instrumentos de novas formas de democracia, mas como instrumentos de difusão de práticas “clientelistas”;

B)Dois problemas básicos: Definir um conceito de clientelismo baseado em nossa intuição básica (tirar um pouco o viés excessivamente “participacionista” da literatura sobre internet); Definir uma metodologia para demonstrar isso aí

O conceito de clientelismo 

 

Há uma ampla controvérsia e uso “frouxo” do conceito na literatura; O que o dicionário diz.... Acepções ■ substantivo masculino Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo. 1 prática eleitoreira de certos políticos que consiste em privilegiar uma clientela ('conjunto de indivíduos dependentes') em troca de seus votos; troca de favores entre quem detém o poder e quem vota Ex.: um c. desenfreado instalou-se então no ministério

Dimensões básicas do conceito de clientelismo 

Utilizaremos uma definição “ampla” de clientelismo;



Dimensões básicas do conceito de clientelismo: - Relação personalizada; - Baseia-se numa barganha; - Transferência de recursos

Problema: como definir uma metodologia de análise de websites 

Referencial teórico: Lilliker (2009) => Quatro dimensões do conceito de “representação” -



Delegate: Actions guided by demands of a sector Trustee: Actions determined by best interests of nation Partisan: Actions guided by party Constituency Service: Actions guided by demands and best interests of constituents via casework

Forma dos websites X Conteúdos dos websites

Identifying MP’s roles (Lilleker, 2009)

Forma dos websites 

(1) “Outdoor virtual personalizado”



(2) “outdoor virtual partidarizado”



(3) ênfase nas atividades parlamentares



(4) comunicação e interação



(5) “Candidatos Web 2.0”

Conteúdo dos websites 

(1) Alocação de políticas particularistas



(2) Ênfase na atividade parlamentar e legislativa



(3) Vínculos com grupos



(4) Maior densidade programática e ideológica

(4) Análise dos resultados: tabelachave

(1) Outdoor com personalizado com políticas localistas (46,8%)

(2) Outdoor partidário com ênfase na atividade parlamentar e legislativa (14,6%)

(3) Comunicação e informação com ênfase em políticas locais

(4) Comunicação e informação com grau mais elevado grau de politização

(5) Conclusões 

ainda é bastante escasso o uso da web pelos candidatos a vereador nas três cidades mencionadas, mesmo se avaliado pelos tacanhos parâmetros de possibilitar uma democracia representativa mais transparente e institucionalizada.



Com efeito, excetuando o PT, o minúsculo PRB e o PCdoB, o uso da web pelos partidos políticos nas eleições proporcionais no último pleito ainda é bastante escasso.



A maior parcela dos websites não foi usada mecanismo de “interação, de participação ou para criar vias de deliberação com o cidadão-internauta, mas sim foram utilizados como “outdoors virtuais” dos candidatos a fim de exibir mecanismos “top down” de divulgação de propostas de candidatos.



candidatos que investiram na divulgação de políticas locais e voltadas para determinados bairros e localidades tiveram uma maior taxa de eleição

Referências bibliográficas: 

AVELINO FILHO, G. (1994) Clientelismo e política no Brasil. Revisitando velhos problemas. Novos Estudos. São Paulo, n° 38.

 

BRAGA, Sérgio. ; NICOLAS, M. A. . The parliament and the Internet: sociopolitical profile and use of the internet by the parliamentary elites of Argentina, Brazil, Paraguay, Uruguay, Venezuela and Chile. In: XXI IPSA World Congress of Political Science, 2009, Santiago. Anais do XXI IPSA World Congress of Political Science, 2009



FARIAS, F. P. (2000). Clientelismo e democracia capitalista: elementos para uma abordagem alternativa. Rev Sociol Polít, Curitiba, n. 15, p. 4966, nov.



LILLEKER, D., G., JACKSON, N., A. (2009). Interacting and Representing: can Web 2.0 enhance the roles of an MP?. In: ECPR Joint Sessions, Lisbon.



NICOLÁS, M. A. (2009). Internet e Política: Graus de Representação Política e uso da Internet pelas Elites Parlamentares da América do Sul. 2009. Dissertação (Mestrado em Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal do Paraná, . Orientador: Sérgio Soares Braga.

Grato pela atenção!



Sérgio Soares Braga (DECISO/UFPR) – Autor: [email protected]

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