BOLETIM INFORMATIVO “PÃO NOSSO” Sociedade Espírita “André Luiz”
ANO III - NÚMERO 33
OUTUBRO/2009
Nesta edição:
- Na página 03: - Homenagem aos professores; - Apresentação da peça: MARCELINO PÃO E VINHO; - Palestra com MARCÍLIO BROSQUE; - Palestra com CRISTINA LIMA; - CARTA AO sr. ALLAN KARDEC, de Carlos Abranches, na pág. 04; - CHEIRO DE LAMPARINA, de Richard Simonetti, na pág. 05; - ANIVERSARIANTES, na página 05; - ACONTECEU!!, na página 05.
“Se você declara-se fraco, devedor, endurecido e mau, e não é o primeiro a trabalhar para se fazer forte, redimido, dedicado e bom em favor da obra geral da sua felicidade, porque os Bons Espíritos devem descer da Glória dos Cimos para substituir-nos no campo de lições da Terra? O remédio, antes de tudo, se dirige ao doente, o ensino ao ignorante... De outro modo, a Boa Nova se perderia por inadequada e inútil.” Mensagem enviada pelos amigos da USE da cidade de Indaiatuba.
TRÊS DE OUTUBRO Por Orson Peter Carrara Esta data marca importante fase na história da Humanidade. Foi no dia 03 de outubro de 1804 que nasceu em Lion, na França, o garoto Hippolyte Leon Denizard Rivail. Filho de culto casal, transformou-se em homem estudioso e pesquisador. Professor, publicou inúmeros livros de gramática e didática da língua francesa, conquistando nome de respeito na sociedade francesa. De personalidade humanista, interessado no progresso humano, aos 50 anos teve sua atenção despertada para o fenômeno de manifestações das chamadas "mesas girantes" que viraram moda na Europa. Incrédulo com o fenômeno em si, passou para a atenta observação e daí para a pesquisa científica, concluindo pela realidade da comunicação com aqueles que se auto denominaram de espíritos. Coletando informações, comparando os ensinos e após exaustivo estudo, publicou “O Livro dos Espíritos” que fez surgir no mundo a Doutrina Espírita. Ao contrário do que muitos pensam, ele foi apenas o organizador dos ensinos que os espíritos trouxeram. Não fundou, não inventou o Espiritismo. Apenas organizou (codificou) os ensinos para publicar os livros. Sua obra permanece ainda muito desconhecida do mundo, mas possui roteiro de esclarecimento e orientação para transformação do homem na melhora do mundo. Teimando em ignorar as leis espirituais que regem a vida humana e as conseqüências deste permanente intercâmbio entre as mentes que estão no corpo e aquelas que dele já se desvincularam, o homem debate-se em busca de respostas claras e lógicas que já existem... A melhor forma de homenagear este benfeitor da humanidade é conhecer a obra que organizou. Estudá-la para conhecer, a fim de evitar-se os inúmeros desvios e distorções que se praticam em nome do Espiritismo. Convidamos, pois, o leitor a conhecer o Espiritismo através do estudo sério e perseverante, para deixar de confundi-lo com tantas práticas místicas e absurdas que por aí estão. 03 DE OUTUBR0 DE 1804: UMA DATA A SER LEMBRADA!
ANO III NÚMERO 33
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CONVITE FRATERNO Se você tem algum problema, e isso o(a) está incomodando, com a necessidade de repartir esse fardo com alguém, abrindo o coração, venha ao ATENDIMENTO FRATERNO da S.E.A.L.. É realizado todo sábado, a partir das 9 hs.... Venha!, não se acanhe, divida suas dores... O fardo ficará mais leve!
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“(...) As almas que vibram uníssonas reconhecem-se e chamam-se através do espaço. Daí as atrações, as simpatias, a amizade, o amor! (...)” Lèon Denis 3. Como funciona a Filosofia Espírita para crianças? ( 4a. Parte) @
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Basicamente, a Filosofia Espírita para Crianças cria um espaço para a aprendizagem significativa, para o aprofundamento nos conceitos espíritas básicos e a percepção de suas relações com a vida prática. As características da investigação filosófica que realizamos são as seguintes: • Cultivo das habilidades do pensamento • Busca de sentidos da realidade e percepção das conseqüências • Liberdade de questionamento • Comunicação fluente e participação ativa • Relação teoria/prática Respeito a todos os pensamentos e opiniões Além delas, é importante compreender os processos presentes nessa investigação: Experimentar/Vivenciar A prática do ensino filosófico está vinculada a um grau possível de experiência dos temas estudados, a fim de gerar reflexões e ensejar transformações interiores. Parte-se então de um exemplo prático do cotidiano do educando, ou da Natureza, ou de uma atividade vivencial. Essa atividade não apenas fará pensar, mas olhar para si mesmo, avaliar as próprias escolhas e modos de pensar e sentir, enfim, interagir com o tema em estudo. Ao educador cabe encontrar estratégias que levem os educandos a experimentar os conceitos abordados em profundidade. Rita Foelker
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Do livro: Evolução em dois mundos, Cap.XVII (A. Luiz/Chico Xavier) "A mediunidade é faculdade inerente à própria vida e, com todas as suas deficiências e grandezas, acertos e desacertos, é qual o dom da visão comum, peculiar a todas as criaturas, responsável por tantas glórias e tantos infortúnios na Terra." - André Luiz Eminentes fisiologistas e pesquisadores de laboratório procuraram fixar mediunidade e médiuns a nomenclaturas e conceitos da ciência metapsíquica; entretanto, o problema, como todos os problemas humanos, é mais profundo, porque a mediunidade jaz adstrita à própria vida, não existindo, por isso, dois médiuns iguais, não obstante a semelhança no campo das impressões. Por outro lado, espiritualistas distintos julgam-se no direito de hostilizar-lhe o serviço e impedir-lhe a eclosão, encarecendo-lhe os supostos perigos, como se eles próprios, mentalizando os argumentos que avocam, não estivessem assimilando, por via mediúnica, as correntes mentais intuitivas, contendo interpretações particulares das Inteligências desencarnadas que os assistem. A mediunidade, no entanto, é faculdade inerente à própria vida e, com todas as suas deficiências e grandezas, acertos e desacertos, é qual o dom visão comum, peculiar a todas as criaturas, responsável por tantas glórias e tantos infortúnios na Terra. Ninguém se lembrará, contudo, de suprimir os olhos, porque milhões de pessoas, em face de circunstâncias imponderáveis da evolução, deles se tenham valido para perseguir e matar nas guerras de terror e destruição. Urge iluminá-los, orientá-los e esclarecê-los. Também a mediunidade não requisitará desenvolvimento indiscriminado, mas sim, antes de tudo, aprimoramento da personalidade mediúnica e nobreza de fins, para que o corpo espiritual, modelando o corpo físico e sustentando-o, possa igualmente erigir-se em filtro leal das Esferas Superiores, facilitando a ascensão da Humanidade aos domínios da luz.
Venha a nós o teu reino
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"Venha a nós o teu reino..." - assim rogou Jesus ao Pai Celestial, sabendo que só o Plano de Deus pode conceder-nos a verdadeira felicidade. Mas, o Mestre não se limitou a pedir; ele trabalhou e se esforçou para que o Reino do Céu encontrasse as bases necessárias na Terra. Espalhou, com as próprias mãos, as bênçãos da paz e da alegria, a fim de que os homens se fizessem melhores. Uma locomotiva não corre sem trilhos adequados. Um automóvel não avança sem a estrada que lhe é própria. Um prato bem feito precisa ser preparado com todos os temperos necessários. Assim também, o auxílio celeste reclama o nosso esforço. É sempre indispensável purificar o nosso sentimento para recebê-lo e difundi-lo. Sem a bondade em nós, não poderemos sentir a bondade de Deus ou entender a bondade de nossos semelhantes. Quando é noite e reclamamos: - "Venha a nós a luz", é necessário ofereçamos a lâmpada ou a candeia, para que a luz resplandeça entre nós. Se rogamos a Graça Divina, preparemos o sentimento para entendê-la e manifestá-la, a fim de que a felicidade e a harmonia vivam conosco. Jesus trabalhou pela vinda da Glória do Céu ao mundo, auxiliando a todos e ajudando-nos até à cruz do sacrifício, dando-nos a entender que o Reino de Deus é Amor e só pelo Amor brilhará entre os homens para sempre”. Meimei/Chico Xavier
“Mais vale menos virtudes na modéstia, do que muitas no orgulho. Foi pelo orgulho que as humanidades perderam-se sucessivamente. É pelo amor que elas um dia deverão redimir-se.”
ANO III NÚMERO 33
15/10 - HOMENAGEM AOS PROFESSORES Autor desconhecido Como ninguém, você exerce com maestria essa função. Você professora.,já foi criança e... ontem você não entendia muitas coisas, hoje precisa se fazer entender, criar soluções. No seu dia-a-dia a sua capacidade de amar é colocada à disposição de todos. Quando você volta para casa, a tarefa ainda não está terminada, mas a sua consciência está em paz. Você corre em paralelo com o tempo para não ficar ultrapassado. Aceita-se todo por dentro para mostrar a seriedade que é exigida e ainda sorrir para aqueles que precisam de afeto. Na sua angústia existencial ainda se propõe a ajudar a quem procura. Você avalia. Que coisa difícil é avaliar. Aprova , reprova e finalmente recupera. Pelos caminhos da sua vida você vai encontrando tantas portas.....umas quase se fecham, quando deveriam se abrir. Tantas que se abrem, quando deveriam fechar-se. Portas sombrias, enferrujadas, à espera de alguém ansioso por um toque, outras escancaradas pela falta de responsabilidade e amor. E você, passo a passo, vai contribuindo para cada uma delas. Você transforma, ilumina, esclarece, compreende e vence o desafio. É o suave mistério da sua vocação. Como você é importante!!!
DE 31/10 A 03/11/1948 REALIZA-SE EM SÃO PAULO, O CONGRESSO BRASILEIRO DE UNIFICAÇÃO ESPÍRITA, NA CIDADE DE SÃO PAULO
OUTUBRO PARA A DOUTRINA ESPÍRITA 03/10/1804 Nasce Hyppolyte Leon Denizard Rivail, o Codificador da Doutrina Espírita, conhecido pelo pseudônimo Allan Kardec.
03/10/1943 13/10/1926 24/10/1944 É publicado o livro Desencarne de Miguel Desencarna Aura CeNOSSO LAR, o primeiVianna de Carvalho - leste (Adelaide Augusro livro de André Luiz, militar e grande tributa Câmara), médium com a psicografia de no espírita-, a bordo do espírita de atuação marFrancisco Cândido navio “Íris”, aos 51 anos cante no amparo à criXavier. de idade. ança e à velhice.
AGENDA PARA OUTUBRO 5as FEIRAS, 20horas Dia 08 Dia 22 Dia 15 Em comemoração ao Dia das Nesse dia, vem à SEAL, o compa- Por motivos alheios à sua vontaCrianças, apresentação da peça de, nossa amiga e companheira nheiro MARCÍLIO BROSQUE, MARCELINO PÃO E VINHO, da cidade de Bauru, que, utili- CRISTINA LIMA, não pode estar pelos alunos do Ensino Espiritu- zando-se de números de ilusio- conosco em setembro, contudo, al para crianças e adolescentes vem neste mês trazer-nos valionismo, a“João Jorge Lauris”, contando presentará sas reflexões sobre o tema: BEMcom a organização das AVENTUo tema: Evangelizadoras da SEAL. RADOS CONHECEOS AFLIREIS A TOS. VERDADE, E A VERDADE VOS LIBERTARÁ.
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“Obediência é o consentimento da razão. Resignação é o consentimento do coração.”
CARTA AO SR. ALLAN KARDEC de Carlos Abranches (Escrita em comemoração aos 150 anos da Doutrina Espírita).
Enquanto a humanidade comemora os 150 anos do surgimento da Doutrina Espírita, muitos carregam anseios e expectativas para intuir qual o impacto desse formidável conjunto de conceitos no próximo século e meio que virá. Como estará o planeta? Qual será o nível das relações humanas? Até onde a tecnologia já nos terá levado? Será que a relação entre as realidades material e espiritual terá se tornado mais admissível para a Ciência? Reuni um grupo de pessoas de todas as faixas etárias, que deveriam cumprir a mesma tarefa: escrever alguma coisa para Allan Kardec. Elas decidiram fazer perguntas, desabafos e agradecimentos. Em pauta, tudo que aconteceu desde o nascimento da Doutrina e os desafios que chegarão, nos próximos anos. Vejamos: - Juliana (6 anos). Oi, seu Kardec. Acho que 150 anos é muito tempo. O senhor até que está muito bom na foto da capa do livro pra tudo isso. Mas se quiser, eu peço emprestado o aparelho de barbear do meu pai pro senhor tirar esse bigode. - Pedro (8 anos). Senhor Kardec, tem hora que não se fala em outra coisa lá em casa, a não ser você. Acho que é porque o senhor inventou o Espiritismo, não foi? - Amara (8 anos). Seu Kardec, gostei da aula de evangelização do Centro, ontem. Foi sobre vida em outros planetas. Avisei aqui em casa que se for verdade mesmo, quero morar em Júpiter, pra ficar bem longe da minha irmã. Ou então, mandar ela pra Saturno. Aí vou visitá-la com meus pais, sempre que der saudade! Obrigada. - Rúbia (9 anos). Sr. Allan Kardec, outro dia tive de dizer umas coisas na aula de música, por sua causa. Uma menina de outra religião começou a falar que todo mundo tinha de pagar os pecados. Aí, eu falei que na minha religião não tinha isso, não. Ela perguntou qual era a minha religião e o que é que tinha no lugar do pecado. Eu falei que era espírita, e que aprendi que no Espiritismo trocamos a palavra “pecado” por “erro”. Ela zombou de mim. Depois, perguntou por que nós trocamos os nomes sagrados sem perguntar a Deus. Aí, eu disse que a gente prefere falar “erro” porque fica mais fácil de consertar. Eu acho que usar as palavras certas para as coisas é importante, o senhor não acha? - Bruno (14 anos). Pô, Kardec, é muito legal essa forma sua de escrever. Pego O Livro dos Espíritos e vou entendendo tudo, ou acho que não entendo nada, mas no fundo, eu entendo onde você quer chegar. Entendeu? - Ana Carolina (17 anos). Kardec, acho que o Senhor chegou em minha vida na hora certinha. Justamente quando não sabia qual vestibular prestar, como ajudar minha irmã nova a resolver o problema da anorexia, o que falar pro meu namorado, que começou a querer se envolver com as drogas. Viu quanto problema? O pessoal da mocidade tem sido muito legal comigo. Obrigado por me dar a Doutrina de presente, falou? - Patrícia (21 anos). Kardec, acabo de me formar na faculdade. A Doutrina me acompanha desde os 14 anos. De lá para cá, descobri o que queria fazer na vida, compreendi a importância da amizade e do amor, conheci uma pessoa que pode ser o meu companheiro daqui para frente e estou na
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batalha por um emprego. Quero te agradecer pelo apoio e dizer que estou lendo toda a sua obra, para poder ensinar os meus filhos a enxergar o mundo pelo filtro de suas percepções. Obrigada, por tudo. - Simone (31 anos). Kardec, te conhecer me trouxe sensibilidade, percepção aguçada (sou médium e estudei a fundo O Livro dos Médiuns), delicadeza no trato com os outros e noção exata da importância da figura de Jesus para mim e para a humanidade. Pena que não colaborou o suficiente para meu ex-marido se convencer de que valia a pena continuar com a vida em família. Paciência, nem todos enxergam a existência do mesmo ponto de vista, né. Mesmo assim, te agradeço por tudo e parabéns pelos 150 anos da Doutrina. - Paulo (42 anos). O que dizer, Kardec, de tudo que tenho aprendido por sua causa, ao ler tantas obras e ver que a cultura do mundo já introjetou palavras criadas por ti, para explicar tantos fenômenos da relação entre os mundos material e espiritual? Vejo que vencemos em parte essa batalha. A aceitação é mesmo paulatina. Daqui a 150 anos, pode esperar que estaremos aqui, somando forças ao seu feixe de varas, para comemorar a confirmação de que estaremos pujantes, consolidando as conquistas de um mundo regenerado. Um grande abraço! - Fátima (50 anos). Oi, Kardec. Quando eu nasci, o Espiritismo estava completando um século. Agora, estamos todos mais velhos. Ou melhor, mais experientes, porque acho que estou no auge da maturação de pensamentos e estímulos. Sinto que tenho agido com mais precisão e menos desperdício, e acredito que uma doutrina que tem um século e meio de existência tem tudo para seguir bem, estuante de forças e de transformações progressivas e seguras. Quero colaborar para isso, com tudo que me está ao alcance. Espero que aceite minha modesta contribuição. - Pedro (65 anos). Obrigado, Kardec, pela Doutrina. Dá um alô para os Espíritos que atuaram contigo na Codificação. Esse pessoal é de primeira linha!!! - Edson (80 anos). Kardec, de tudo que nos trouxe com a codificação, quero te agradecer em especial pela importância e respeito que me ensinou a cultivar pela infância. Mesmo já idoso, continuo atuando na evangelização infantil, como há 65 anos. E prossigo aprendendo muito. Obrigado. - Marielza (87 anos). Kardec, minha vida se confunde com a Doutrina. Li as primeiras obras ainda menina, e até agora estou aqui. Obrigada a ti, Mestre, por me aceitar até hoje, e obrigada também a Deus, que na verdade, não deve estar me querendo do lado de lá, porque acho que não desencarno mais! Kardec, também te agradeço pelos impulsos revolucionários e renovadores que o Espiritismo trouxe para mim, nesta caminhada. Obrigado pela confirmação da existência de Deus, pelas explicações acerca da imortalidade da alma, da comunicabilidade entre as realidades material e espiritual, através da mediunidade, da pluralidade dos mundos habitados, da reencarnação e de tantos outros pressupostos que se tornaram fundamentais em minha vida. Até daqui a 150 anos, Senhor. Estaremos lá para celebrar a vitória do bem, na vivência plena da religião cósmica do amor. Um grande abraço. Do livro: O Médium - Publicação da Aliança Espírita de Juiz de Fora
CHEIRO DE LAMPARINA De Richard Simonetti
ANO III NÚMERO 33
Conta o historiador grego Plutarco (46-119), que Demóstenes (384-322 a.C.), um dos grandes mestres da eloquência no mundo antigo, experimentava, quando jovem, sérias limitações com a palavra. Não parecia destinado a brilhar na tribuna. Teve que empregar grande força de vontade para superar limitações que no início de sua carreira o submeteram ao vexame de ser vaiado pelos auditórios onde discursava como advogado. Buscando corrigir graves defeitos de dicção, declamava, solitário, intermináveis discursos, retendo seixos na boca. Não raro o fazia à beira-mar, esforçando-se por elevar a potência da voz acima do marulhar das ondas, habilitando-se a dominar os clamores da multidão. Costumava encostar o peito à ponta de uma espada, obrigando-se a corrigir certos movimentos desordenados do seu corpo, quando falava. Trancava-se em casa por meses, estudando, trabalhando, aprimorando-se incessantemente. Chegou a copiar a vasta obra do historiador Tucídedes (465-404 a.C.), oito vezes! Com sua persistência adquiriu as virtudes que fizeram dele o mais brilhante orador da antigüidade. Piteas, um de seus opositores, zombava dele, dizendo que seus dons “cheiravam a lamparina”. Não eram naturais. Exigiam esforço. Antes do advento da lâmpada elétrica, usava-se a lamparina, rústica luminária, em que um pavio aceso fornece luz, alimentado por óleo inflamável. Iluminação precária. Era necessário tê-la bem perto do texto quando se pretendia a leitura noturna. Daí a expressão “queimar as pestanas” para definir alguém que se dedica intensamente ao estudo. Respondendo à observação mordaz, Demóstenes informou que, se bem usada, a lamparina era um poderoso instrumento de aprimoramento intelectual, algo que pessoas como Píteas, não habituadas ao estudo, desconheciam. Por isso, em relação aos resultados, havia uma grande diferença no trabalho de ambos. A posteridade demonstraria o acerto de suas afirmações. Demóstenes será sempre lembrado por sua cultura, pelos dons de oratória que conquistou.
O relato de Plutarco nos remete a uma questão importante: A genialidade é inata ou fruto de esforço? À luz da reencarnação, ficamos com a segunda opção. Trata-se de uma conquista. O gênio de hoje foi o aprendiz de ontem, Demóstenes desde o passado remoto. Cultivou experiências, aprimorou técnicas, acumulou conhecimentos… São realizações inalienáveis do Espírito imortal, que se exprimem, no suceder das existências, em tendências e vocações inatas. Gênios artísticos como Rafael, Miguel Ângelo, Bach, Mozart, Beethoven, exprimiam em sua arte o aprendizado de múltiplas romagens terrestres. Diz Buffon: O Gênio não passa de uma longa paciência. Emmanuel, em psicografia de Chico Xavier, passa a mesma idéia: O gênio é a paciência que não acaba. Ninguém está condenado à mediocridade perene. Todos, sem exceção, podemos crescer em qualquer atividade, tornando-nos produtivos, talentosos, competentes… Com esse empenho, amanhã ou dentro de séculos, conquistaremos a genialidade. Importante não esmorecer, não deixar para amanhã, não transferir para um futuro incerto o que podemos e devemos fazer hoje. Mister aprender sempre, produzir cada vez melhor, ampliar horizontes culturais, mentais, morais, espirituais… Melhor hoje que ontem! Melhor amanhã que hoje! Melhorar sempre! Alguns dos piores males humanos estão relacionados com a indolência e o desinteresse que marcam as almas imaturas, ainda não conscientes do fundamental: Não há vida em plenitude sem plena utilização de nossas potencialidades criadoras, a partir do empenho em “queimar as pestanas”. Do livro: LUZES NO CAMINHO
Quanto a Piteas, quem ouviu falar dele?
ACONTECEU !!! No dia 17 de setembro, esteve na SEAL a amiga e confreira MARTA SEGIFREDO, da cidade de Bauru, que, com muita simpatia, trouxe-nos valiosas reflexões a respeito do tema: A VERDADE. Com a sua maneira tranquila e serena, deixou-nos elementos extremamente valiosos a respeito de tão importante assunto.
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ANIVERSARIANTES DO MÊS: 01/10 - Renan D.S. Bacchi 13/10 - Antonina Kowashikawa 22/10 - Reynaldo Ribeiro Homem Júnior 22/10 - Roberto Cabrera Castro 25/10 - Elza Nassula Guerreiro 28/10 - Manoel Padial 31/10 - Guilherme Ribeiro Homem 31/10 - Nayara Francine Pereira
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ATIVIDADES DOUTRINÁRIAS E ASSISTENCIAIS - Atendimento fraterno
- G.A.M.A.L. (Gestantes)
Sábado às 9hs.
Sábado, das 16 às 17hs.
- Reuniões públicas/
Contato: Elvira
fluidoterapia/ passes:
5ª.feira às 20hs. Domingo às 9hs. Visita aos enfermos Contato: Anselmo
- Evangelização infantil “Caminho de Luz” Sábado, das 15 às 16hs. Contato: Andréa
- Almoço no asilo (3º domingo do mês) Contato: Deise - Reforço escolar (na sede) 3ª feira, das 9 às 11hs. Contato: Anadir - Grupo FonteViva Sábado, das 14,30 às 15,30hs. Contato: Siumara
- Café no asilo último domingo
Contato: Deise - Grupo de artesanato 4a f., das 15 às 16hs. Contato: Lucinha - Coral “Raio de Luz”: 2ª feira, 20hs. Contato: Adriana
VENHA VOCÊ TAMBÉM PARTICIPAR DAS ATIVIDADES DOUTRINÁRIAS E DE ASSISTÊNCIA SOCIAL EM NOSSA CASA !!! SOCIEDADE ESPÍRITA “ANDRÉ LUIZ”
Diretor Presidente Rubens Roberto Calvo Françoso Secretária Geral Andréa Regina de Oliveira Santos Diretora Doutrinária Anadir de Oliveira Secretária Adriana Maria de Oliveira Bibliotecária Maria Cristina Rodrigues da Silva Diretora Administrativa Maria Betti Paludeto
Rua 13 de Maio, 525
Tesoureira Maria Catarina Vitti Ribeiro da Silva Adjuntas Maria Cabreira Ribeiro da Silva Siumara Maria Benetti Conselho Fiscal Algivo Capello Neide Rodrigues de Andrade Wálter Paludeto Conselho de Ouvidoria Anselmo de Oliveira Calixto Filho Dalton Morales Ribeiro da Silva Lúcia Ercília Lauris
Av. Sebastiana Leite, 520