Bicicleta

Hoje é dia de festa. Dia de ganhar minha primeira bicicleta Não importando que seja calói ou monark. Vou sair com ela no parque. Vou sair com ela na rua Te escutar dizer que essa é sua, Para te responder, é minha Toda minha, toda novinha.

Vou segurar bem forte no guidon Tirar com ela o primeiro som, Deixando o dedo na campainha Dessa que agora é minha, Gritando alto um sai da frente, Porque essa minha gente É a minha, só minha, bicicleta.

Vou com ela para escola, Vou com ela para o jogo de bola. Não vou ter mais preguiça, Vou com ela até na missa. Na casa da namorada encostar, Todo bobo mostrar, A bicicleta novinha, Que você já sabe que é minha.

Vou ficar primeiro olhando, os raios apreciando, todo prata, todo brilho. Presente de pai para filho, Que cresce a gente de orgulho,

No esperar do mês de julho, De mais um ano passado, Pela promessa no ano deixado, De quem sabe no ano que vem? Ao ano que vem para o bem.

O quadro que não é quadrado, Todo de preto pintado Em linhas todo riscado, Com o logotipo desenhado, Monark, onde foi fabricado. O quadro que tem lugar certo, De manter minha namorada por perto, Por que você meu primo ou irmão, Aqui não vai sentar não.

Para isso tem a garupeira, Bem junto a poeira, Deixado a velocidade No caminho da felicidade, Nos metros deixado a mais Na distância ficado atrás, De um caminho cheio de ir, Que agora faço a sorrir.

O selim anatômico, acolchoado Todo azul, todo estrelado, Aonde vou viver sentado, Pois agora não vivo andando Vivo só pedalando, Por que meu mundo ficou menor, Por que meu mundo ficou melhor, Pois não mais existe passada, Só existe a pedalada.

Os pára-lamas, que sucesso Brilhando de tão limpinho Pois ainda não existe regresso Em todo esse caminho, Que por certo há de me levar, Aonde eu queira chegar.

Os pedais, meu ais, Tão forte, borracha e aço. Num até mais e um abraço, Eis que vou pisar com força, mesmo que você não torça, eu vou chegar rapidinho, para ficar naquele carinho,

Até você me pedir carona, por ser aquela que é dona, desse coração atleta, que chega de bicicleta, para dizer, vamos amor, pois a vida não pede favor.

Claro que vou testar os freios, Mesmo não sendo meu melhor anseio, pois quem quer fazer da vida um passeio,

não pode querer parar, pois junto a todo chegar, por certo só há o morar, no poder continuar.

Vou com ela para a escola, Vou com ela para o jogo de bola. Não vou ter mais preguiça Vou com ela até a missa. Na casa da namorada encostar Todo bobo mostrar, A bicicleta novinha Que você já sabe que é minha.

Agora vocês vão me desculpar, Pois minha bicicleta vou lavar, Parar, tirar a poeira, Dessa feliz brincadeira, De andar só pedalando. Agora eu vou levando, Para meu quarto a companheira, Que dormirá junto a cama, Como alguém que se ama. Pois revê-la ao acordar, É tudo que eu vou sonhar.

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Música: J’ai Deux Amour Imagem: AD

Do grupo

Isa Slides

Gugu Fernandes: [email protected] Formatação: Isa Quintanilha [email protected] [email protected]

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