Atenção: este texto é uma tradução livre do original em http://www.sportrider.com/ride/RSS/146_0402_shift_blip_throttle/ e possui os direitos resevados para © 2006 Sport Rider, uma publicação PRIMEDIA. Nosso intuito aqui é de apenas disseminar uma boa leitura para preservação do esporte, da cultura e principalmente dos integrantes envolvidos com o motociclismo. Não temos nenhuma ligação com a fonte escritora original e tampouco a intenção de utilizar os artigos para promoção. Série habilidades: Baixando marcha cutucando o acelerador Por: Kent Kunitsugu Fotografia: Kevin Wing 1. Baixar marchas suavemente em uma moto, especialmente ao frear forte em alta velocidade, requer uma quantidade exata de habilidade e destreza. Afim de evitar que a moto perca o controle, a rotação do motor deve ser igualada à velocidade do asfalto no momento exato em que a embreagem é completamente desacoplada, senão o pneu traseiro deslizará momentaneamente interferindo no movimento da moto. Enquanto isso o motor é forçado involuntariamente à combinar sua velocidade com a velocidade do asfalto. Isto significa que o piloto deve “cutucar” o acelerador para elevar a rotação do motor enquanto baixa uma marcha - mas deve fazer isto quase que simultaneamente ao puxar na manete do freio dianteiro para diminuir a velocidade da moto. É óbvio que esta habilidade é necessária nas pistas, pode também ser lucrativa em situações de rua, situações onde pilotar suavemente é mandatório; por exemplo, em uma situação onde você seja obrigado a curvar e frear ao mesmo tempo. 2. A idéia de cutucar o acelerador no meio de uma troca de marhas pode intimidar um iniciante, mas com um pouco de prática, a técnica pode transformar-se logo em um movimento intuitivo. Primeiramente, certifique-se de que as manetes estão ajustadas de modo que estejam confortavelmente dentro do alcance de seus dedos ao se sentar na sua posição normal de pilotagem e que seu acelerador está ajustado com uma folga mínima no cabo. A manete do freio dianteiro deve ser colocada bastante pra baixo para ser alcançada facilmente pela sua mão com o acelerador completamente fechado. Com o motor funcionado e em ponto morto, tente cutucar o rapidamente o acelerador ao mesmo tempo que puxar firmemente a manete de freio – note que não há a necessidade de um movimento longo do acelerador para elevar a rotação do motor. Então pratique simultaneamente puxar e liberar a embreagem rapidamente enquanto você cutuca o acelerador (relembrando para continuar a puxar a manete de freio como se você estivesse freando para uma curva). 3. A etapa seguinte é praticar esta técnica andando em uma área segura e com nenhum tráfego. Assim que você freia e começa a baixar a marcha, simplesmente execute a mesma seqüência praticada anteriormente, mas adicione o ato de baixar a marcha. As ações de cutucar o acelerador e baixar uma marcha devem ser simultâneas e rápidas, e não levante muito a rotação do motor para igualar à velocidade do asfalto; a menos que você esteja pilotando em níveis agressivos em um autódromo, é necessário apenas uma ligeira cutucada no acelerador. Com prática, você saberá o quanto será necessário para cada velocidade. Note que a maior parte da palma de sua mão é responsável pelo ato de girar o acelerador e além disso o peso da parte superior do seu corpo está concentrado nas palmas durante uma frenagem. Os seus dedos estão ocupados em controlar o freio e o guidão. Com tudo isso o que se deve fazer é um pequeno giro do seu punho para elevar a rotação do motor. Você verá que a influência do aperto da manete de freio pelos seus dedos não exercerão tanta influência no ato de frear a moto.
4. Se você ainda achar que tem problemas com esta técnica, tente ajustar a manete de freio de modo que seja mais fácil alcançá-la (sem atrapalhar sua capacidade de puxar a manete para frear ao máximo). Se você ainda tiver problemas, terá que empregar o método “sem cutucar” que muitos pilotos (tal como o piloto sazonal de AMA Eric Bostrom) ainda fazem. Isso significa que a embreagem será liberada gradualmente após baixar uma marcha de modo que o giro do motor possa progressivamente combinar com a velocidade do asfalto sem derrapar a roda traseira. O ponto negativo é que o piloto usa o freio motor enquanto a embreagem é solta. A roda fica desacoplada do motor e deve compensar com o uso adicional dos freios durante este período. Também, requer ainda mais habilidade para controlar a moto e em paralelo soltar a manete da embreagem e gradualmente.