Avaliacao De Aprendizagens Pdfdocumento Bom

  • October 2019
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Avaliação de aprendizagens Plano de acção para a Matemática - que acções?

A avaliação deve, por isso, fornecer informações relevantes e substantivas sobre o estado das aprendizagens dos alunos, no sentido de ajudar o professor a gerir o processo de ensinoaprendizagem. Neste contexto, é necessária uma avaliação continuada posta ao serviço da gestão curricular de carácter formativo e regulador. Com este entendimento, a avaliação é um instrumento que faz o balanço entre o estado real das aprendizagens do aluno e aquilo que era esperado, ajudando o professor a tomar decisões ao nível da gestão do programa, sempre na perspectiva de uma melhoria da aprendizagem.

Programa de Matemática do ensino básico Mais especificamente, a avaliação deve: • ser congruente com o programa, incidindo de modo equilibrado em todos os objectivos curriculares, em particular nos objectivos de cada ciclo ou etapa (no caso do 1.º ciclo) e nos objectivos gerais e finalidades do ensino da Matemática no ensino básico. Também os objectivos gerais do Currículo Nacional devem ser considerados no processo de avaliação; • constituir uma parte integrante do processo de ensino e aprendizagem. Assim, a avaliação é um processo contínuo, dinâmico e em muitos casos informal. Isto significa que, para além dos momentos e tarefas de avaliação formal, a realização das tarefas do dia-a-dia também permite ao professor recolher informação para avaliar o desempenho dos alunos e ajustar a sua prática de ensino; • usar uma diversidade de formas e instrumentos de avaliação. Na medida em que são diversos os objectivos curriculares a avaliar e os modos como os alunos podem evidenciar os seus conhecimentos, capacidades e atitudes, também devem ser diversas as formas e os instrumentos de avaliação; • ter predominantemente um propósito formativo, identificando o que os alunos não sabem tendo em vista melhorar a sua aprendizagem, mas valorizando também aquilo que sabem e são capazes de fazer; • decorrer num clima de confiança em que os erros e as dificuldades dos alunos são encarados por todos de forma natural como pontos de partida para novas aprendizagens; • ser transparente para os alunos e para as suas famílias, baseando-se no estabelecimento de objectivos claros de aprendizagem. Assim, a forma como o professor aprecia o trabalho dos alunos tem de ser clara para todos, nomeadamente as informações que usa para tomar decisões.

A avaliação informa o professor acerca dos progressos dos alunos e ajuda-o a determinar

actividades a realizar com toda a turma e individualmente. O professor deve envolver os alunos no processo de avaliação, auxiliando-os na análise do trabalho que realizam e a tomar decisões para melhorarem a sua aprendizagem. Este procedimento favorece uma visão da avaliação mais propícia à melhoria do ensino e aprendizagem, reforçando as suas potencialidades formativas.

• Avaliar os conhecimentos matemáticos dos estudantes significa reunir e analisar dados sobre o que estes sabem a respeito de conceitos e métodos matemáticos. • Estes dados devem ser utilizados tanto pelos professores como pelos estudantes; os professores deverão

utilizá-los para ajudar os estudantes a adquirir conhecimentos profundos e ideias claras sobre os conteúdos matemáticos. Pretende-se que a avaliação em Matemática não se restrinja a avaliar o produto final mas também o processo de aprendizagem e permita que o estudante seja um elemento activo, reflexivo e responsável da sua aprendizagem.

• (O professor) Deve propor ao estudante um conjunto de tarefas de extensão e estilo variáveis, algumas delas individuais e outras realizadas em grupo, de modo que, no conjunto, reflictam equilibradamente as finalidades do currículo. Só assim se contribuirá para promover outras competências e capacidades que se pretendem desenvolver no ensino secund ário. • Em particular recomenda-se fortemente que, em cada período, mais do que um dos elementos de avaliação seja obrigatoriamente uma redacção matemática (sob a forma de resolução de problemas, demonstrações, composições/reflexões, projectos, relatórios, notas e reflexões históricas ou outras) que reforce a importante componente da comunicação matemática

• A realização dessas actividades em trabalho de grupo permite aos estudantes adquirir uma certa prática para enfrentar novos problemas ou ideias matemáticas escrevendo e explicando claramente os seus resultados e comunicando as suas observações e soluções de forma clara, primeiro aos colegas em pequeno grupo, depois `a turma e ao professor. A interacção com outros

estimula a aparição de novos problemas, de novas ideias e de descobertas adicionais. Os estudantes deparam-se com formas diferentes da sua de resolver problemas e a compreensão conceptual é mais profunda e duradoura.

• O professor, observando, interpelando os grupos discutindo com os estudantes, receberá de imediato grande quantidade de informação que se deseja possa ser complementada, sempre que possível, com a avaliação posterior de relatórios.

Mas, é claro, os testes escritos, em si mesmos, têm aspectos muito positivos e são muito importantes. Eles deverão aparecer em momentos de síntese e cumprir uma função diferenciada da dos outros instrumentos.

1. Questões de aula 2. Relatório escrito 3. Apresentações orais 4. Teste em duas fases 5. Portefólio 6. Observação directa

Questões de aula http://www.augusta-neves.net/textos2.asp?idm=5

Vantagens

Desvantagens









levar a uma maior atenção, de parte dos alunos, na aula permitir acrescentar mais um elemento de avaliação, este diferenciado, à bateria a disponibilizar, no final de cada período a melhoria da capacidade do professor em aferir da necessidade, ou não, de ajustar as suas metodologias e planificações







o tempo ser tão precioso num contexto de programas extensos, turmas numerosas, testes intermédios, etc. As questões devem, igualmente, ser sempre resolvidas em aula e as respostas corrigidas pelo professor(?); as dificuldades de controlo das respostas dos alunos nomeadamente evitando que estas sejam copiadas pelo colega de carteira; todos andamos cansados...

Questões de aula http://www.augusta-neves.net/textos2.asp?idm=5

Desvantagens • •

há alunos com mais dificuldades de compreensão, que advêm da sua falta de bases, que precisam de mais tempo e trabalho e isso traria mais ansiedade ...o pior foi quando veio o teste normal, cairam na realidade que afinal não sabiam assim tanto como achavam. Pior ainda foi quando, àqueles que reprovaram ao módulo, bastaria fazer uma avaliação extraordinária (estilo exame) e se tivessem 10 estavam aprovados no módulo. No que é que isto resultou? O resto da turma ficou a achar que dava muito mais trabalho passar em avaliação contínua e fazer semanalmente questões de aulda do que fazer um único teste posterior ao módulo, mesmo que este fosse mais dificil.

Outras sugestões •outro âmbito de aplicação: determinar se posso passar à frente em determinado assunto. Tenho preparadas duas hipóteses de aula: revisões; ou a introdução ao novo tema. •mandar a correcção via plataforma (obriga a procura da resposta certa..."atitude"...) para o aluno se confrontar com o erro e poder fazer a (re)construção da sua aprendizagem.

Relatório escrito • O relatório escrito é definido por Varandas (2000) como a produção

escrita onde o aluno descreve, analisa e critica uma dada situação ou actividade.

Relatório escrito É um factor de aprendizagem: • o aluno tem de aprender a registar por escrito o

seu pensamento, a articular ideias e explicar procedimentos, • ao mesmo tempo que critica os processos utilizados, avalia os desempenhos do grupo e o produto final. A produção de relatórios desenvolve capacidades de

raciocínio e comunicação, o gosto pela pesquisa, a persistência, a responsabilidade e contribui para a construção de uma nova visão da actividade matemática (Valadares & Graça, 1999; Varandas, 2000).

Relatório Que aspectos desenvolvem? - Ligados a objectivos de aplicação de conhecimentos a situações novas - Desenvolvimento de capacidades de > Resolução de problemas > Raciocínio e comunicação - Desenvolvimento de atitudes > Gosto pela pesquisa > Persistência e responsabilidade

Relatório •

Na aula, permite ao aluno recorrer ao professor quando sente dificuldades e ser por este observado, dado nem sempre este trabalho escrito fazer jus à riqueza da exploração da tarefa realizada (Varandas, 2000) nem fornecer informação sobre a participação e o empenho dos alunos na realização da tarefa (Menino, 2004).



Fora da aula, dá mais tempo para a sua realização (Leal, 1992).

Vantagens • •

contribui para o desenvolvimento da comunicação escrita conhecimento e compreensão de conceitos e processos, e o desenvolvimento de capacidades como a interpretação, a reflexão, a exploração de ideias matemáticas e o espírito crítico, e o sentido da responsabilidade pessoal e de grupo, a perseverança e a relação entre os alunos

Apresentações orais O que são? Apresentações de trabalhos realizados de uma forma individual ou em grupo Que fases comporta? - Preparação - Exposição ao professor e colegas - Discussão e resposta às questões levantadas

Apresentações orais Que objectivos desenvolve? - Compreensão dos problemas - Capacidade de comunicação - Capacidade de argumentação

O teste em duas fases composto por questões de diferentes tipos, questões de resposta curta, de resposta aberta e de ensaio (Leal, 1992).

• é normalmente

• É realizado em dois momentos distintos: – numa primeira fase é realizado na sala de aula em tempo limitado, – numa segunda fase, é realizado num período de tempo mais alargado, normalmente uma semana.

O teste em duas fases • Depois da primeira fase o professor faz uma classificação do teste identificando os erros mais graves e apresentando pistas de resolução. • É com base nestas pistas que o aluno realiza a segunda fase durante um período de tempo acordado previamente, preocupando-se aqui essencialmente com as questões abertas e de ensaio. • Terminado este período, o teste volta a ser entregue ao professor, que procede a nova classificação. • Deste modo, quer o professor, quer os alunos, têm acesso a duas classificações. O processo completa-se com a atribuição de uma classificação final que deve contemplar os desempenhos dos alunos nas duas fases e a evolução verificada (De Lange,1987; Leal, 1992).

O teste em duas fases Vantagens

Desvantagens









A existência de uma segunda fase permite que o aluno volte a reflectir sobre algumas das questões colocadas, contribuindo deste modo para que a avaliação seja ela própria um meio de aprendizagem percorre-se um processo de avaliação formativa retroactiva, dado o teste ser aplicado depois de uma sequência de ensino, mas igualmente cria um novo momento de aprendizagem onde a autonomia e a autoavaliação são incentivadas. os comentários que o professor faz na primeira produção do aluno de modo a contribuir para o trabalho a realizar na segunda fase, dada a sua natureza personalizada, promove uma maior aproximação entre aluno e professor





a elaboração deste tipo de teste, que requer, dada as suas características, tarefas de natureza aberta, tais como questões exploratórias ou investigações menos disponíveis ao professor do que as de natureza mais fechada o tempo gasto na sua classificação, que foi considerado superior ao de dois testes de tipo tradicional (Leal, 1992) a elaboração de comentários à primeira parte e a apropriação por parte dos alunos do modo de funcionamento deste instrumento legitimando a segunda fase (Leal, 1992; Menino, 2004; Nunes, 2005).

O portefólio • O portefólio pode definir-se como um instrumento pedagógico com o principal propósito de documentar o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos (Crowley, 1993). • É uma colecção organizada e planeada de trabalhos significativos produzidos pelos alunos ao longo do ano lectivo. • A sua elaboração deve ser da responsabilidade tanto do professor como do aluno, que decidem em conjunto, o que incluir no portefólio, em que condições, com que objectivos e o processo de avaliação (Leal, 1997). O aluno ao interagir com o professor terá mais oportunidades de intervir e de assumir responsabilidades no seu processo educativo (Santos, 2002).

Portefólio Pode e deve incluir trabalhos que documentem a actividade matemática do aluno. É fundamental que o aluno elabore uma reflexão sobre esses mesmos trabalhos, pois só assim se poderá fomentar uma atitude reflexiva sobre a aprendizagem, favorecendo a tomada de consciência sobre as dificuldades e os progressos e o desenvolvimento de atitudes metacognitivas. Na fase de reflexão o professor terá que apresentar aos alunos algumas indicações que conduzam ao desenvolvimento de diversos níveis de reflexão: documentação (escolhi este trabalho porque...); comparação (este trabalho enriquece o meu portefólio porque...); e integração (o meu dossier revela um progresso porque...) (Lambdin & Walker, 1994).

Portefolio Vantagens • •

função reguladora (é um processo continuado no tempo). constituiu um contexto rico para os alunos desenvolverem capacidades tais como a resolução de problemas, o raciocínio, a argumentação e a expressão escrita, a organização, a pesquisa, a autonomia e responsabilidade no processo de aprendizagem

Desvantagens •





Os alunos precisam de se envolverem com seriedade. É uma tarefa exigente onde se têm de expor. é preciso, por um lado, que lhe reconheçam significado e, por outro, que haja um ambiente de confiança na relação professor/aluno. O acréscimo de trabalho para o aluno e para o professor é enorme. Não basta estudar na véspera de um momento de avaliação, é um trabalho continuado.

Observação • Em geral, a recolha de informação feita a partir da observação não é acompanhada de registos escritos, nem feita de forma sistemática e focada, sendo por vezes mesmo vista como impressionista (Graça, 1995; Martins, 1996; Rafael, 1998). • Tal facto parece explicar porque os professores depositam pouca confiança nas informações recolhidas através da observação. Não lhe atribuíem o mesmo estatuto que os dados recolhidos através dos testes escritos pelo que, embora influenciando a classificação de final de período, não constituiem o seu elemento base (APM, 1998; Graça, 1995; Martins, 1996).

http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/msantos/Hugomenino.pdf http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/msantos/apa.pdf

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