A prática Mágica dos Defixiones de Sagunto séc. I e II d.C Pesquisador: Carlos Eduardo da Costa Campos*
Ao refletirmos sobre as sociedades da antiguidade, de imediato surge a necessidade de adequarmos os nossos pensamentos aos valores e conceitos daquele período, ou seja interagir o objeto de pesquisa junto ao contexto social ao qual foi produzido. Analises dessa natureza possibilitam a ampliação da visão dos historiadores e evitam as deturpações históricas e os equívocos nas reflexões sobre as crenças, as tradições e os costumes do passado. Pensando sobre a atualidade poderemos ver uma procura pelas práticas mágicas e as religiões do passado remoto através da emergência dos cultos de mistérios e ritos existentes atualmente. Este fato citado nos remete ao estudo da magia no mundo antigo. Segundo uma reportagem da Folha Online intitulada “Devotos de Zeus fazem 1º culto legal em 1,6 mil anos”
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podemos perceber que na própria Grécia é possível sentir-se
uma nova corrente religiosa de resgate aos deuses do passado. Esta situação fica mais clara, quando observamos a permissão do Ministério da Cultura da Grécia para a utilização do espaço do templo de Olímpia, para o culto de Zeus, como houve em 2006. Na mesma reportagem é possível observar a nova busca pelo culto de Hefestos. Seus devotos tentaram realizar uma cerimônia no templo deste deus, mas foram afastados do local, por não estarem autorizados. Refletindo sobre o mesmo noticiário, ressaltamos que existe a informação sobre o caso dos intitulados druidas britânicos, os quais realizam as suas cerimônias anualmente na região do Stonehenge, e dos holandeses devotos de Thor e dos deuses nórdicos. A reportagem informa que eles teriam permissão para realizar casamentos, batismos e funerais. O pesquisador Carlos Eduardo da C. Campos é integrante do NEA-UERJ, sendo orientado pela Profª: Drª. Maria Regina Candido e o mesmo segue a linha de pesquisa: Religião, Mito e Magia no Mundo Mediterrânico. O presente artigo foi publicado nos anais do XVIII Ciclo de Debates em História Antiga, promovido pelo LHIA/UFRJ. ISSN 1980 7015
Destacamos o diálogo ao qual devemos estabelecer com a antropologia, a arqueologia, a epígrafia, a filologia, tais ciências tornam-se fundamentais na analise e construção da pesquisa do historiador possibilitando uma melhor compreensão do suporte de informação de nossa analise. A relação da História com outras áreas do saber permite o enriquecimento e a ampliação do conhecimento dos indivíduos, os quais produziram os defixiones. Através de uma analise mais aprofundada sobre a antiguidade, já seria possível perceber o quanto é superficial a divisão das sociedades antigas em setores como: político, religioso e econômico, os quais em determinados estudos da historiografia tradicional aparecem tão separados, mas que na prática estavam inter-relacionados nas sociedades antigas. Dentro de uma perspectiva alternativa sobre a relação magia e religião, o que poderemos observar é que o uso das práticas mágicas, as quais nos propomos analisar assumem uma categoria de complementaridade com a religião e não como unidade oposta ou atividade desviante da religião conceito esse que vai ao encontro de Candido, em suas reflexões na obra “A Feitiçaria na Atenas Clássica”. O interesse parte dos artefatos arqueológicos, ou seja, as lâminas de chumbo que teriam a função de amaldiçoar (imprecar), chamadas de defixiones ou tabellae defixionum (no termo latino), katadesmói2 (termo grego) ou de curses tablets (termo usado pelos anglófanos) encontradas em Sagunto (atual Valência), na Península Ibérica e datadas como pertencentes aos séculos I e II d.C. É importante destacar que apesar de nosso eixo de estudo centrar-se na região da antiga Sagunto, não objetivamos traçar fronteiras nacionais em nossos estudos. Nossa meta de analise é compreender o imaginário social da Ibéria, respeitando a sua diversidade cultural e geográfica, mas ainda assim entendendo esta área como um território, com algumas regiões sob a dominação dos romanos. Entretanto com o passar
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dos tempos, esse local veio a formar duas novas sociedades a portuguesa e a espanhola, cuja cultura se estendeu para a América Latina. A seguir poderemos analisar com melhor clareza, o que poderia ter sido o mapa do território ibérico no período de aproximadamente 200 a.C.3
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Ao falarmos das lâminas de chumbo identificadas como defixiones deveríamos nos remeter a pólis ateniense, região a qual foram encontrados o maior número significativo de lâminas de chumbo, cuja datação mais antiga é do V a.C. Partimos do princípio que esta modalidade de prática mágica tenha sido introduzida na Europa nos tempos anteriores ao cristianismo, através do contato cultural entre gregos, cartagineses e romanos. Contudo devido a estes últimos, possivelmente através do processo de romanização o qual ampliou o domínio territorial do Império. A expansão imperial parece ter gerado um aumento dos contatos entre diversas formas de grupos culturais que poderia ter levado a produzir a interação de ritos, mitos e crenças no continente, como a magia de fazer mal ao inimigo4. A tabellae defixionum é uma lâmina feita, normalmente, de chumbo, e por vezes liga de outros metais, como o estanho, com inscrições em sua superfície, cujo usuário da magia acreditava possuir um caráter mágico. As inscrições das lâminas ou tabletes apontam para algumas categorias, como: fazer mal ao inimigo, agradecer aos deuses, suplicar as divindades e em alguns casos podemos observar praticas mágicas características da magia amorosa. Os defixiones expressavam formação de um discurso mágico, o qual envolvia o contato com a divindade e com os mortos. As tabellae defixionum eram depositadas em espaços sagrados, nos quais provavelmente possuíam uma ligação entre o mundo terrestre e a esfera do sagrado, de acordo com a religiosidade local. Através dos estudos feitos sobre os tabletes de imprecação podemos observar que os lugares sacralizados para o depósito do defixios são os templos, os cemitérios, as fontes e os santuários de deuses ctônicos5. Poderíamos supor que os tabletes de mágicos seriam usados também nas disputas esportivas realizadas nas arenas romanas. Além dos casos de defixiones voltados para as categorias de rivalidades políticas e de vingança por roubos sofridos.
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A área no qual o defixios foi depositado para a realização da prática mágica é fundamental, para assegurar a ligação entre o emissor (solicitante e o magos) e o receptor da magia (as divindades ctônicas). Com isso as áreas que receberam os tabletes de imprecação deixam transparecer serem locais considerados sagrados. A exemplo, destes lugares sacralizados podemos citar: o cemitério de Kerameikos (Atenas); as arenas de combate romanas, as quais estavam espalhadas pela extensão do Império, como já havíamos mencionado; Templos como o de Bath e de Uley, ambos na província romana da Bretanha (Britannia); os achados na montanha do Castelo, em Valencia (Sagunto), local este que poderia ter sido ocupado por um santuário na antiguidade, como Josep Corell apontou em seu artigo sobre a intervenção do deus Iau (CORELL 2000, 241-247) e por último temos os tabletes de imprecação de âmbitos aquáticos, cujos foram descobertos em poços, em fontes, mananciais e rios de acordo com a visão do autor Ogden (OGDEN 1999, 15-25). Ao pensarmos sobre a magia do katadesmos efetuada pelos gregos, possivelmente veremos, que na maioria das vezes eles almejavam: realizar maldições contra possíveis testemunhos nos processos jurídicos ou contra atividades comerciais, as quais estavam lhes causando prejuízos; também poderia ser utilizada a lâmina de chumbo, para assegurar a vitória na competição teatral entre
córegos e
atores/hypocrates; além do uso da magia contra rivais nas disputas esportivas e a invocação dos deuses ctônicos, para aniquilar um possível concorrente envolvido em uma questão amorosa. Os tabletes encontrados nas províncias de Roma e na sede do império em sua maioria não são muito divergentes do modelo grego. O modelo imprecatório desviante do padrão, o qual nos chama atenção foi o de Sagunto. O defixios Ibérico encontrado em Sagunto possui como especificidade o fato de estar voltado para suplicar uma maldição aos deuses, além de os usuários da magia
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serem motivados a fazer uso dessa prática imprecatória devido a perda de algo de valor. Comparando esta motivação com os que foram descobertos na Britannia, veremos que nas duas regiões ambos se referem principalmente a imprecações contra ladrões, na sua maioria. A superfície da lâmina a qual estamos pesquisando contém o nome da vítima da imprecação que realizou o furto, as partes do corpo a serem afetadas e o que deve acontecer ao alvo da magia. Os tabletes de chumbo e o santuário no qual foram depositados podem ser refletidos como agentes materiais, que incorporam formas específicas de poder e autoridade através das lâminas de chumbo, o uso da escrita na ação mágica, as fórmulas mágicas e os lugares de interdito. O método usado para compreender melhor sobre a mensagem contida na lâmina de chumbo é o da análise do discurso mágico. Essa é a metodologia utilizada no Núcleo de Estudos da Antiguidade, para tratar dos tabletes de imprecação. Ao utilizarmos este método, ele necessitou de ser adaptado para a singularidade do defixios ibérico de suplica as divindades, já que o discurso tradicional presente nas lâminas de imprecação é o de comunicação imperativa com as divindades e no modelo por nós analisado é o de suplica ao deus Iau. 6
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Texto do defixios dedicado a divindade Iau, em Sagunto no séc II d.C.
•
Cryse ligo auri po[...]II/
•
Cryse, dou ... libras de ouro/
•
Rogat et a Iau dat pequnia quae a /
•
Roga e faz uma doação a Iau com a/
• me accepti Heracla conservus meus/
•
com a pecúnia que me subtraiu Heracla companheiro de servidão/
•
ut insttetur uius senus, o[c]elus et/
•
para que fique afetado no peito e nos olhos/
•
v]ires qicumqui sunt aride/
•
e que todas as suas forças fiquem atrofiadas/
•
Dou também pecúnia ao mago pelo seu serviço.
• [...]m do pequniam onori sacri/cola.
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O texto presente no defixios ibérico representa uma forma de discurso pessoal a qual se vale de uma linguagem utilizada em Sagunto. A língua utilizada neste texto mágico é o latim vulgar usado no cotidiano de Sagunto. Através da escrita os agentes envolvidos na efetuação da magia possivelmente poderiam considerar, que concretizariam e eternizariam na memória dos deuses os seus desejos ao utilizarem o discurso mágico. O discurso contido na superfície do tablete de imprecação foi analisado e depois situado em cada parte da tabela, assim visando a identificar, a qualificar os elementos presentes no discurso, a situação comunicativa de suplica, a situação sintomática e o destinatário do discurso mágico. Podemos ressaltar que na maioria dos casos o solicitante da magia e o mago são elementos, os quais não estão identificados nas lâminas, assim podemos ter como hipótese que estariam mantendo o sigilo deles. Contudo este não é o caso do defixione por nós analisado neste artigo. O texto pertinente aponta para uma situação comunicativa de suplica composta por características expressas claramente no texto, como o termo roga e faz, a qual diverge do padrão grego imperativo. No modelo imprecatório ibérico, o indivíduo roga a ação do deus em seu benefício, contra o ladrão. O solicitante oferece ao deus Iau em troca do seu auxílio à pecúnia, a qual lhe foi subtraída. Contudo devemos reforçar que a posição do solicitante é a de suplicante e o mesmo não o ordena ao deus e nem usa termos se referindo a prender ou atar aos deuses ctônicos, como no discurso tradicional que vemos nas lâminas gregas e romanas. Os verbos de enunciação pessoal que são empregados na primeira pessoa do singular deixam transparecer a participação do solicitante na prática mágica e os verbos de enunciação de suplica ao qual indica que os desejos do solicitante estão sendo
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vinculados ao ritual realizado através do feiticeiro. A situação sintomática expressa os sentimentos o ódio, raiva, rancor e vingança do solicitante. A prática mágica da Lâmina de chumbo poderia ser reforçada devido à presença do destinatário do discurso mágico, que pode ser visível ao ser citado ao longo do texto (como no caso da divindade Iau) ou ficar oculto no discurso e apenas ser indicado com os seus atributos, ou pelas perfurações nas lâminas. Na maioria dos casos analisados os deuses invocados possuem características ctônicas, cujas Pulleyn em seu artigo, “What the defixiones tell us of the ancient world”, aponta esses atributos aos deuses que se relacionam com a terra e o mundo subterrâneo. Pensando sobre os apontamentos de Pulleyn, este destaca em seus estudos, que as divindades eram evocadas porque a qualidade ctônica era vista como obscura e misteriosa, além da associação da justiça com a Terra (Pulleyn, 1997). Já Flint é contrário a esta visão, assim refletindo que a qualidade ctônica tem pouca relação com as preces por justiça, sendo estas geralmente direcionadas a principal divindade da região não necessariamente ligada a terra ou ao submundo (Flint et al., 1999). Em suma é possível pensarmos num contexto multicultural, o qual nos permite encontrar na Península Ibérica uma pluralidade de grupos étnicos diferentes convivendo no mesmo território. Essa relação poderia ter possibilitado a singularidade das lâminas de chumbo ibéricas. Apesar de uma quantidade menor das tabellae defixionum presente na Península Ibérica (em torno de 21 encontradas) em relação com o total encontrado na região Ática, a qual possui o maior numero dos defixiones descobertos. A relevância de seu estudo reside na sua especificidade, da ação de suplica aos deuses.
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Notas: 1
Reportagem retirada da http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u60200.shtml
Capturada em 02/07/2008 2
Katádesmos é o termo grego, porém o mais habitualmente usado é o latino, defixiones.
Segundo definição de Candido “o termo de/defixio ou kata/katademos sugerem o movimento de ligar a alma de alguém junto aos mortos no mundo subterrâneo”. Já a historiografia britânica prefere curse tablets, o que causaria alguns problemas, já que nem todas as placas encontradas são de maldição. 3
Mapa que demonstra as diversas etnias existentes na Antiga Ibéria. Acessado em
17/09/2008: http://bp3.blogger.com/_7qCkY0jQxYg/SDnOrTILiiI/AAAAAAAAAHY/Tj9xXdYCB BE/s1600-h/Ib%25C3%2583%25C2%25A9ria.jpg 4
Termo utilizado por CANDIDO, Mª Regina. Katadesmos: a magia entre os
atenienes do V-III a. C. ao longo de seu artigo. 5
O termo ctônico está relacionado com divindades subterrâneas que transportavam e/ou
acompanhavam as almas até o mundo dos mortos. 6
A imagem do documento foi extraída das fontes: (AE: 2000, pp. 795; HEp:2004, pp.
622).
Referencias do documento: AE, L’ Année Epigraphique, Paris, 2000. p. 795 HE´P, Hispania Epigraphica, Madrid, 2004. p. 622 Referencias Bibliográficas: ANKARLOO, B et al. "Witchcraft and Magic in Europe: Ancient Greece and Rome” ed.:1999, p.3. 10
AUGÉ, Marc Génie du paganisme. Paris: Gallimard, 1982,
___________ O sentido dos outros: atualidade da antropologia. Petrópolis: Vozes,1999; BOTTERO, Jean. Religion in Ancient Mesopotamia Ed: University Of Chicago Press ISBN 0-226-06718-1, 2004. CANDIDO, Mª Regina. Katádesmos: a magia entre os atenienses do V-III aC. Rio de Janeiro:UFRJ/IFCS, tese de doutorado defendida em 2001 - circulação restrita _____________ A Feitiçaria na Atenas Clássica. Rio de Janeiro: Letra Capital/FAPERJ, 2004. _____________Médeia, mito e magia: a imagem através do tempo. Rio de Janeiro: Edit.NEA/UERJ, 2007.
CORELL, J. Invocada la Intervención de Iau en una defixio de Sagunto (Valencia). Zeitschrift für Papyrologie und Epigraphik. Bonn, 2000. FLINT, V.; GORDON, R.; LUCK,G.; OGDEN, D. Withcraft and Magic in Europe: Ancient Greece and Rome. London: The Athlone Press, 1999. GRAY, John. The god Yaw in the Religion of Canaan, in Journal of Near Eastern Studies. Chicago. 1953 Vol. 12, pg. 278-283. GRIMAL,Pierre. Dicionário da Mitologia Grega e Romana. Lisboa: DIFEL, 1993; JONES, Peter., SIDWELL, Keith (orgs.) The World of Rome. Cambridge: Cambridge University Press, 1997.
OGDEN, Daniel. "Binding Spells: Curse Tablets and Voodoo Dolls in the Greek and Roman Worlds" In Witchcraft and Magic in Europe: Ancient Greece and Rome, ed. Bengt Ankarloo and Stuart Clark, 3-90. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1999. _____________ Gendering Magic. The Classical Review 50. 2000: 476-478.
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RIBEIRO, Artur. As tabellae defixionum: Características e propósito. In Revista Portuguesa de Arqueologia, volume 9,nº02,2006, pg.239-258. SIDEKUM (org). Alteridade e Multiculturalismo.Rio Grande do Sul: Editora UNIJUI, 2003 .
Site:
Learning from curse tablets: what the defixiones tell us of the ancient world. Capturado em: 17/09/2008. Disponibilizado em < http://www.pinktink3.250x.com/essays/tablets.htm> Anexos: Metodologia da Analise do Discurso Mágico
Identificação Defixios Qualificação Data Localização Inventário Procedência Tamanho Acessórios Bibliografia
Nº01 Imprecação Jurídica Aproximadamente séc. II d.C. Coleção particular Não possui Montanha del Castillo, Sagunto. 11cm de altura por 19 cm de largura e uma espessura de 0,15cm. Não possui (AE: 2000, pp. 795; HEp:2004, pp. 622)
Elementos do Discurso Solicitante Mago Objeto da Magia Topos
Cryse Não citado A pecúnia doada ao deus Iau é a mesma que lhe foi roubada pelo companheiro de servidão. Encontrado na montanha do Castelo na antiga região de Sagunto ( Valência) onde possivelmente existiria um santuário, dentro da antiga fortaleza saguntiana.
Situação Comunicativa de Suplica Sonoridade Palavras Indecifráveis Ação de Suplica:
- Enunciado Pessoal
Cryse ligo auri po[...]II / Rogat et a Iau dat pequnia quae a / me accepti Heracla conservus meus/
Cryse, dou ... libras de ouro.../ com a pecúnia que me subtraiu Heracla ...
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- Enunciado Suplica
Roga e faz uma doação a Iau...
Partes do Corpo
... ut insttetur uius senus, o[c]elus et/ [v]ires qicumqui sunt aride ... ... para que fique afetado no peito e nos olhos, e que todas as suas forças físicas fiquem atrofiadas ...
Situação Sintomática Raiva, ódio e/ou vingança:
Vingança devido o roubo efetuado pelo seu companheiro; Causar danos físicos ao peito e aos olhos do seu adversário;
Destruição
Paralisar as forças físicas de Heracla.
Destinatário do Discurso Mágico Rogat et a Iau
O receptor da suplica é o deus Iau divindade, a qual possui como seus atributos o mar indomável e o caos. O deus faz parte da cultura religiosa de Canaã e depois tendo seu culto possivelmente inserido pela área da Mesopotâmia.
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