Artigo Serenidade Sempre!

  • October 2019
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  • Words: 838
  • Pages: 2
Serenidade sempre! Ana Maria Spranger Luiz Diz-nos a Benfeitora Joanna de Ângelis que “ há muita aflição esperando socorro e compreensão”. Década de sessenta e Divaldo recebera convite de professora da Universidade do Panamá para fazer uma série de conferências naquele país. Haveria um ponto de contacto que seria um certo hotel no centro da capital panamenha de onde depois das devidas apresentações ambos partiriam para a primeira palestra, estando o evento sob a coordenação da referida senhora. Divaldo chega ao aeroporto e toma um carro de aluguel, mas quando se refere ao nome do Hotel onde a professora deveria aguardá-lo recebe a informação do taxista que estavam em guerra civil e que justamente ali se encontrava o foco dos confrontos. Deu-lhe por várias vezes durante a viagem, talvez até sob inspiração dos bons espíritos, detalhes de como seria perigoso ali se hospedar, mas o médium acreditou tratar-se de ardil para rodarem mais um pouco e conseqüentemente o taximêtro mostrar mais despesa depois pensou que poderia estar recebendo aviso da misericórdia do Pai e que estaria deixando que a rebeldia tomasse o seu coração. Combinou outrossim com o chofer que ele viesse buscá-lo no dia da partida para o Brasil e, caso não o encontrasse no local previsto pediu ao mesmo que seguisse à nossa embaixada para as devidas providências. Tudo acertado Divaldo registrou-se no hotel. Às três horas da tarde depois de banhado e mais descansado sai para uma visita de olhos pela região desejoso de comprar um gravador que lhe seria útil no labor mediúnico. De posse do aparelho começa a encaminhar-se para o hotel quando subitamente tiros são disparados em toda a direção, em cima da multidão que corria esbaforida. Divaldo retém o passo, suspende a respiração, espera encostado na soleira de uma porta e...perde a consciência lúcida. Ao retornar a si um antigo mascate, dono agora de uma loja de casimira abanava-o preocupado, ao mesmo tempo que o sacudia com força perguntando: “- Que tens homem? Que se passa? Quem és? “- Sou brasileiro, aqui de passagem, para uma conferência na Universidade do Panamá, mas não consegui contactar com a pessoa que me convidou, diz-lhe recobrando-se. “- Eu já morei no Brasil, no Rio de Janeiro, mas conferência sobre o quê? “- Sobre Paranormalidade e Espiritismo, responde o jovem baiano. “- Espiritismo? Eu frequentei a Tenda Umbandista Mirim, somos pois irmãos. Eu fui curado lá de uma dor intensa na cabeça, infelizmente, ela retornou de uns tempos para cá... “- Aí Divaldo, já refeito, contrapõe: somos primos pois a Doutrina dos Espíritos codificada por Allan Kardec nada tem a ver com sincretismo religioso.

Sorriem alegres e o mascate manda que seu motorista vá levá-lo ao hotel, mas a estratégia não surte efeito pois a praça e arredores estava sitiada pela Guarda Nacional. O motorista retorna à loja de casimira contando o ocorrido ao patrão. Aí ele próprio acompanha Divaldo e o leva até ao quarto mandando que trancasse bem a porta pois iria ver se encontrava a professora e retornaria ali no dia seguinte às dez horas para as providências cabíveis. Que ele fechasse o grosso cadeado existente na porta e não a abrisse senão sob código combinado entre ambos. Divaldo agradece e começa a empurrar a porta para fechá-la mas a Benfeitora Joanna de Ângelis lhe diz: “- Agradeça, meu filho!”. “- Obrigado, Sr. Habibi”. No entanto Joanna repete-lhe: “- Agradeça, meu filho”. Refletindo melhor Divaldo percebe a intenção da veneranda, manda que ele entre no quarto e aplica um passe demorado no homem depois de leitura do Evangelho e rápida preleção. O paciente sente uma suave brisa refrescante e acanhado diz à Divaldo: -“Só não o levo para minha residência porque seremos expulsos eu e você pela minha esposa”. No dia seguinte às seis horas da manhã, ainda de pijama, recebe o Sr. e Sra. Habibi. A mulher, sem mais delongas, fala que soube da visita do marido na noite anterior, da aplicação da bio-energia e de como ele acordara bem disposto naquela manhã sem dor alguma. Logo, ela queria a comprovação do ocorrido com um passe também e, já foi empurrando Divaldo, entrando no quarto. O médium espantado com tamanho atrevimento pede-lhe para que pelo menos pudesse vestir-se primeiro. Após a aplicação da energia curadora a mulher fala decidida: “- É verdade é como se suave refrescor houvesse percorrido meu corpo... Pegue suas coisas e vamos embora daqui, desse foco de revolução, partamos para nossa residência que é segura e guardada”. Divaldo serenamente os segue na certeza de que tudo estava bem. Às dez horas umas cem pessoas entre familiares e amigos, pela primeira vez no Panamá, assistiam a uma palestra sobre Espiritismo que se repetiu no dia seguinte às dez, às quinze e às vinte horas quando foi instituído o Grupo Allan Kardec na residência daquele homem simples e bom tendo sido eleita a diretoria do Centro Espírita, naquela tarde mesmo, com a Sra. Habibi como secretária dos trabalhos... “ Onde te encontres, estimula a paz e vive em paz!”.

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