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A Democracia Racial, os Testes de DNA e a VEJA
Um negro vai pedir emprego. O responsável para o setor de Recursos Humanos diz que as vagas já estão ocupadas. Desconfiado, ele pede a um amigo branco que vá até a empresa. O amigo branco é contratado. O que o candidato negro deve fazer? Simples. Ele pede um atestado de DNA sobre sua raça para a Revista Veja. O atestado comprova que ele tem 70% de origem européia. Ele leva para o setor de RH e exige ser contratado, pois ele também é branco. O responsável pelo Setor de RH diz que não é racista e que já fez o teste de DNA e tem 30% de origem africana. Afirma que todos que trabalham naquela empresa têm, no mínimo, 10% de origem africana. Portanto, no mínimo, 10% dos seus empregados são negros. "Nunca colocamos uma placa dizendo: Somente para brancos. Minha vó também é negra, eu sei como é isso." O canditado negro olha pelos corredores, mas somente vê funcionários brancos. Encontra apenas uma faxineira e um boy negros. Volta para casa e pensa: "Como é bom viver num país com Democracia Racial, sem racismo porque todo mundo é miscigenado!" No dia seguinte, embora tenha curso superior, apresenta seu currículo para uma vaga de boy naquela empresa. É contratado. Seu chefe lhe diz: "Bem vindo a nossa empresa, faça o seu trabalho direito, seja honesto e ande sempre limpo que um dia você chega lá. Aqui nós não olhamos para a cor das pessoas. Você está no lugar certo, somos como a família brasileira." Antes de sair, o chefe lembra: "É melhor você raspar esse cabelo. Fica mais higiênico". O canditado negro olha para seu novo crachá. "Empresa Brasil de Propaganda". Moral desta estória : As políticas de ação afirmativa é que vão dividir o país?
Revista Eletrônica NEAB Brasil - Equipe de comunicação Créditos : Juarez Silva