A DISTÂNCIA DO AMOR Clip ou eclipse Projectada uma luz Veremos a mesma no mar A reflexão. Será a verdade ou apenas a ilusão. Eclipse ou clip Tanto faz uma vez que seja um furo no papel. A amar ou a morte.
O HOMEM DE UM CÃO Saiu um homem de dentro de uma cereja Vejamos se me entendem Não o fiz Foi-se embora Por aquele porta Aonde morava o cão.
A AMOR DE UM TÍTULO FADO Silêncio que se vai cantar o fado Assim anuncia o altifalante Espalhando seu som nas praças. Depois a figura de apresentador Esquelética Como o símbolo de uma farmácia Se afasta E aparece ao fundo A diva do fado da noite Um pavão emplumado Muito bem E muito bem fado.
DE DEUS E DA SUA ESCRITA Uma nota musical estende-se No meu sapato descalço como ela Vou a ver vou a sentir. Um dia me redimo De sempre a mesma nota repetir De manhã até sempre Se fora o caso de ouvir. Amo de sempre dormir Com minha máscara austera Com pó na cara Se assim for no meu sonho. E dormir. Dançar. Acordar. Trabalhar.
AMOR DE UM JOGO No meio de tudo um prado No topo de uma linha uma bandeira Inventor de jogos Duas linhas daqui partindo em ângulo Que fazer de um jogo. Olhar na sorte.
AMOR DE UMA TRISTEZA Fim. Será também o fim da humanidade. Algo me diz que não. Algo me diz que sim. Não à humanidade.
AMOSTRA DE LUGAR Amo de ver teus cabelos Sol São divinos e chegam como os punhais Defender é uma Terra deserta já. Tudo levaram mas deixaram a Terra. Por isso é o deserto livre Mas chegaram os Homens. O ar empesta na virtude O mundo das casas perfiladas As fábricas Os barcos Os navios Todos silhuetas de recorte. Os amo ver e os raios a desaparecer. As sombras ficam na sombra cálida. Aonde os vamos a desaparecer.
A CERTEZA DE VERMOS O AMANHÃ Uma idéia de vestir um monte Vários montes Com vestidos de juta. Montes como peras. No alto casinha de brinquedo Parecido a laçarote ou cara. Entre os montes Vestido provando. Ou seria melhor Um ovo de vidro Dentro um mundo meio de água Um laguito límpido No topo de um monte.
O CORAÇÃO DETRÁS OS MONTES Façamos a viagem do tempo Um macaco e muitos montes Sempre os mesmos montes Que aconteceria Se abriria uma porta Ao meio de um monte No alto O Olimpo dos macacos. Um Mundo dos macacos.
SONHOS DE VERÃO Alimentar o cimento do Mundo é pesado Deveria ser o povo e não o Mundo A fazer isso. A Criação do Mundo é pesada Não a sei menos de uma estrada. Apenas a divulgo mas não a acho bonita. Saber de escrita mas lida é diferente. Assim o passo de sua gente. Alma de poeta no meu Mundo é poesia.
O AMOR DO ENTEADO FÁCIL Aonde era o horizonte Aparece tanta coisa ainda A televisão dos pobres Mora nessa cidade. Aparece o dia lindo O horizonte baixando E além no alumínio O pecado de ser baixo. A sua forma coração No seu descrédito lindo O autocarro chegando Diamante já mais lindo. O dia chega sincero Mas chegando é dia lindo Será que o esvaziamos Além naquela praça. À Lua metade de seu amor E a mim seu estupor A mais linda fita encarnada Desse dia o meu lindo amor.
Assim são os vizinhos Nessa praia encantada E a todos a rocha jogada Saltitando no seu valor É assim a Índia decerto E desse Mundo o deserto Pois não mais o valor Que a praia deserta se foi. Mas olha amigo de valor Uma visão te aconselho Dessa cidade tão bela Pois isso de juízo Não mais é crime É castigo. Serei a sua rainha.
O MUNDO DE SE TRABALHAR Cortarei as frases feitas E mais depressa os sentidos Coladas estavam as almas E de sentido os sentidos. As redijo de novo aqui Mas depressa as olvido Cada muro que se encontra Cada muro é mais um castigo. Cada mundo deveria ser Assim no meu entender Cada mundo de se ver No campo e no seu trabalho.
O VER NAVIOS Se eu rasgasse neste quadro Que me aparecia. O símbolo da eternidade Com a luz que me alumia Ou igual na electricidade. Que mais queria O ver através da chave Como a silhueta mais fina O corpo A estatueta O ver Do encarnado Ou ao azul cinza O mundo acabado. Nada O mundo terminaria.
COISAS DE UMA VIDA Número 3 bem grande Depois um 8 e sublinho Se me me ouvissem é mais bonito. Considero isto um poema. Não. É um caso antigo.
A MULHER ERA UMA VERGONHA Nos olímpicos A altura não era nota máxima. O começaram a divulgar Apenas a idiotia era a asneira. Supostamente belos.
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