Apostila-portugues-150-questoes-comentadas-ponto-dos-concursos

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28/09/2006 - Eu preciso aprender a só ser... Eu Preciso Aprender a Só Ser Composição: Gilberto Gil - Texto de Isabel Câmara Sabe, gente É tanta coisa pra gente saber O que cantar, como andar, aonde ir O que dizer, o que calar, a quem querer Sabe, gente É tanta coisa que eu fico sem jeito Sou eu sozinha e esse nó no peito Já desfeito em lágrimas que eu luto pra esconder Sabe, gente Eu sei que no fundo o problema é só da gente É só do coração dizer não quando a mente Tenta nos levar pra casa do sofrer E quando escutar um samba-canção Assim como "Eu preciso aprender a ser só" Reagir e ouvir o coração responder: "Eu preciso aprender a só ser"

Oi, galerinha Aos que reclamavam de meu sumiço, vai uma explicação: felizmente estou muito atarefada – aulas no Ponto; mudança de Fonte: pontodosconcursos.com.br

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casa, de cidade, de estado (finalmente, a tão esperada REMOÇÃO saiu e estou de volta à minha cidade natal – RIO DE JANEIRO). Já deu pra perceber que não foram poucas as minhas atividades, não é? O tempo tem sido curto para tanta coisa... Enfim, o que interessa é que estou de volta ao espaço aberto, trazendo algumas questões interessantes para analisarmos. Você notou que reproduzi acima a letra de uma linda canção de Gil (quando era apenas um brilhante artista). A partir dessa canção, vamos analisar como a posição de certos vocábulos pode alterar o seu sentido na oração (e, algumas vezes, sua classificação morfológica também, ou seja, a classe de palavras a que pertencem). Esse assunto foi abordado em uma prova da Fundação Getúlio Vargas - Agente Tributário Estadual de Mato Grosso do Sul - e suscitou inúmeros debates. Qual é a diferença entre “Eu preciso aprender a ser só” e “Eu preciso aprender a só ser”? Bem, no primeiro caso, o vocábulo “só” é um adjetivo que equivale a “sozinho”. Assim, o que se precisa aprender é a ficar sozinho. Já a resposta do coração dá outra sugestão: “é preciso aprender a só ser”, ou seja, é preciso aprender a simplesmente “ser”. Esse “só” tem valor circunstancial e recebe a classificação de “palavra denotativa”. Tem valor de exclusão – é preciso aprender nada além de SER. Apesar de não reconhecidas pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (que as classifica à parte dos advérbios, mas sem denominação específica), as palavras denotativas diferenciamse destes em função das palavras que podem modificar. Os advérbios podem modificar verbos, adjetivos, outros advérbios ou orações/enunciações, enquanto que as palavras denotativas podem se referir a vocábulos de qualquer classificação, ou até mesmo a nenhum vocábulo Fonte: pontodosconcursos.com.br

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especificamente. Podem designar, dentre outras circunstâncias: - INCLUSÃO: até, inclusive, mesmo, também etc. - EXCLUSÃO: apenas, salvo, exceto, só, somente etc. - DESIGNAÇÃO: eis - REALCE: cá (“Eu cá tenho de perguntar”), lá (“E eu lá sei isso!”), é que etc. - RETIFICAÇÃO: isto é, ou melhor, aliás etc. - EXPLICAÇÃO: isto é, ou melhor (a diferença entre este e o anterior depende da construção). - SITUAÇÃO – afinal (Afinal, o que você quer?), agora, então (“Então, diga se já compreendeu a lição.”)

Veja um outro emprego da palavra denotativa “só”: “Só eu sei / as esquinas por que passei / Só eu sei” (letra da música “Esquinas”, de Djavan). Esse “só” se refere ao pronome “eu” com idéia de exclusão – “ninguém além de mim” ou “de todas as pessoas do mundo, só eu sei...”. Note que não poderíamos classificar esse vocábulo como advérbio, uma vez que altera o sentido de um pronome (eu). A questão da prova da FGV explorava a alteração de sentido e de classe gramatical de vocábulos em relação à sua posição. “Outras vezes ela passa por mim na rua entre os camelôs.” “Vezes outras a entrevejo no espelho de uma joalheria.” No trecho acima, a inversão das palavras grifadas não Fonte: pontodosconcursos.com.br

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provocou alteração de sentido. Assinale a alternativa em que a inversão dos termos provoca alteração gramatical e semântica. (A) novos papéis / papéis novos (B) várias idéias / idéias várias (C) lúcidas lembranças / lembranças lúcidas (D) tristes dias / dias tristes (E) poucas oportunidades / oportunidades poucas

O gabarito foi a letra (B). Antes do substantivo, o vocábulo “várias” é um pronome que atribui a “idéias” um valor indefinido – não se pode precisar quantas idéias. Já posposto ao substantivo, passa a ser um adjetivo, equivalente a “variadas”. Alguns questionaram a alteração gramatical provocada pela inversão dos vocábulos na opção (E). Note que o enunciado exige que a inversão tenha provocado alteração gramatical E semântica. Em “poucas oportunidades”, o vocábulo “poucas” é também um pronome indefinido – segundo Aurélio: “em quantidade ou em grau menor do que o habitual ou o esperado”. Já em “oportunidades poucas”, o vocábulo passa a ser um adjetivo – segundo Aurélio: “em pequena quantidade; escasso, reduzido”. Houve, portanto, mudança na classificação morfológica da palavra (de pronome para adjetivo). Contudo, não houve alteração semântica (sentido, significado) – ambos os vocábulos apresentam a idéia de algo reduzido, em quantidade pequena ou menor que a necessária ou esperada. Por hoje é só. (Você percebeu que esse ‘só’ modifica o Fonte: pontodosconcursos.com.br

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pronome “isso” que está subentendido: “Por hoje é só [isso].”?) Abraço. 05/07/2006 - Algumas da prova para FISCAL / MS - FGV - Parte 2 Oi, gente! Que bom poder contribuir com a preparação e, conseqüentemente, com a aprovação de tantos candidatos. Tem sido muito gratificante ver entre os novos colegas da Receita Federal alguns que, tempos atrás, estavam sentadinhos à nossa frente estudando com afinco. Sejam bem-vindos, novos técnicos e auditores da Receita Federal! Também parabéns aos que foram aprovados no concurso de Fiscal do Trabalho, Fiscal de Mato Grosso do Sul e da Paraíba. É uma delícia receber essas mensagens de agradecimento, saber que fui lembrada num momento tão feliz de suas vidas! Obrigada pelo carinho de sempre. Aos que persistem na luta, vamos continuar desvendando os mistérios da nossa Língua Portuguesa. Respirem fundo, estufem seus peitos (olha o silicone, hem?) e vamos em frente, pois a fila andou! Primeiramente, um aviso aos “concurseiros” de São Paulo e arredores: nos dias 19 e 20 de julho, no Curso Formação, haverá um “intensivão” com exercícios de Direito Tributário com o maravilhoso, excelente, excepcional professor Eduardo Corrêa. É hora de acertar as arestas para o concurso para ISS/SP, que deve sair em breve, e já (re)começar a preparação para os concursos de 2007! Por fim, é com imenso prazer que começamos dois novos cursos aqui – um teórico, aos que precisam “preparar a base” em Língua Portuguesa para seguir em frente, e outro (relançado) de exercícios com questões da Fundação Carlos Chagas, uma banca que vem se firmando cada vez mais no mercado de concursos públicos. O primeiro terá doze aulas com basicamente todo o programa dos principais concursos Fonte: pontodosconcursos.com.br

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públicos do país. Só não trataremos dos aspectos relacionados a interpretação de textos, que requer um curso específico, dada a sua complexidade. Após apresentar os conceitos, praticaremos com questões das diversas bancas examinadoras. Já o segundo é mais objetivo (seis aulas), relembrando a matéria sob o foco das questões de prova da FCC. Hoje, daremos continuidade à análise de outras questões da prova para Fiscal de MS, aplicada pela Fundação Getúlio Vargas. " Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação das relações de produção...."

5 - A palavra inexorável só não pode ser substituída sob pena de alteração de sentido, por: a) implacável b) indelével c) inelutável d) perituro e) sempiterno

Realmente, não dá para saber o que se busca com questões como essa. Quem faz uma questão como essa deve ter nascido de chocadeira, não é possível! Com tanta coisa interessante para se perguntar, vem exigir do candidato um conhecimento lexical tantas vezes desnecessário. Para começar, uma palavrinha que ficou na moda há algum tempo: inexorável, que significa “inabalável, austero, imbatível”. O examinador que saber qual dessas opções não poderia substituir esse vocábulo. Fonte: pontodosconcursos.com.br

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O gabarito foi letra D. O vocábulo "perituro" significa "o que vai perecer, morrer, acabar", apresentando, portanto, uma idéia contrária a "inexorável". Mas o que dizer de "sempiterno" (ui!)? Significa “o que dura para sempre”. Ainda que não seja um sinônimo de inexorável, este vocábulo situa-se no mesmo campo semântico deste, não apresentando, pois, idéia contrária. Por esse motivo não foi considerado o gabarito. Já implacável, indelével e inelutável podem ser considerados sinônimos. 7 - As alternativas a seguir desempenham, no texto I, mesma função sintática, à exceção de uma. Assinale-a. (N.R.:Adaptamos a questão, apresentando o trecho em que as expressões em destaque surgiam no texto.) a) “Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz DE FAZER CRESCER A ECONOMIA.” b) “...visivelmente não sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS.” c) “O individualismo característico dessas confusas camadas intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES.” d) “Tinham a convicção de que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO.” e) “Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação das relações de produção e o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS.” Mais uma vez, explora-se, nessa questão, a diferença entre ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL. Já tratamos disso em encontros anteriores, inclusive em comentários à prova de Agente de Tributos Estaduais/MS, Fonte: pontodosconcursos.com.br

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concurso realizado pela mesma banca. Mesmo assim, nada melhor do que relembrar. A diferença baseia-se no seguinte: - COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um adjetivo, um advérbio ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO - ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um substantivo concreto ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO Você deve ter notado que o SUBSTANTIVO ABSTRATO aparece nas duas funções, não é mesmo? Como se diferencia, então? Uma das formas é a partir da idéia que o complemento emprega no termo regente. Se a idéia for ATIVA, é ADJUNTO ADNOMINAL (BIZU: tudo com a letra "A" - substantivo Abstrato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal) Se a idéia for passiva, é complemento nominal (memoriza por exclusão em relação ao outro). Veja o exemplo: 1) a construção do arquiteto - "Construção" é um substantivo abstrato. Vamos analisar a função do complemento: o arquiteto constrói ou é construído? Constrói. Então ele pratica a ação. A idéia é ATIVA. Logo, a expressão "do arquiteto" exerce a função sintática de adjunto adnominal. 2) a construção do prédio - O prédio constrói ou é construído? É construído. Sofre a ação verbal. Então a idéia é passiva. Logo, sua função sintática é COMPLEMENTO NOMINAL. Então, vamos lembrar os casos: - COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um ADJETIVO, um ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia PASSIVA. - ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia ATIVA (tudo com a letra A)

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Voltemos à questão de prova: a) capaz de fazer crescer a economia. CAPAZ é um adjetivo. Logo, "de fazer crescer a economia" exerce a função de complemento nominal. b) eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS. OBRIGADOS é um adjetivo. Logo, "a jornadas de trabalho de 12 horas" é complemento nominal. c) vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES VULNERÁVEIS é um adjetivo. Assim, o que está sublinhado é complemento nominal. d) transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO TRANSFORMAÇÃO é um substantivo abstrato (oba! Vamos testar nossos conhecimentos!). Temos de analisar se o complemento apresenta idéia passiva ou ativa. Em "para promover a transformação das relações de produção", o complemento "relações de produção" transformam ou são transformadas? Elas são transformadas. Então a idéia é passiva. Com idéia passiva, o termo exerce a função de complemento nominal. e) crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS. CRESCIMENTO é também um substantivo abstrato (beleza!). Em "o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS", FORÇAS PRODUTIVAS irão crescer. Assim, a idéia é ATIVA. Então, esse elemento exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL. É A ÚNICA QUE SE DIFERENCIA DAS DEMAIS. É O GABARITO. 13 - Assinale a alternativa em que um dos elementos mórficos da palavra contribuiu não esteja corretamente analisado. a) CONtribuiu = prefixo b) conTRIBuiu = raiz Fonte: pontodosconcursos.com.br

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c) contribuiU = desinência modo - temporal d) CONTRIBUIu = tema e) contribuIu = vogal temática

Vamos “dissecar” essa forma verbal: PREFIXO RADICAL VT DMT CON

TRIBU

I

-

DNP

U

Legenda: VT = vogal temática DMT = desinência modo temporal DNP = desinência número pessoal Aos que já estudaram isso há duzentos anos, vamos relembrar os conceitos. RAIZ – elemento mínimo que carrega a significação das palavras cognatas (de mesma família). RADICAL – elemento comum às palavras cognatas. VOGAL TEMÁTICA – pode estar presente nos nomes (vogais A, E, O) e nos verbos (A, E, I), designando nestes a conjugação a que pertencem (respectivamente, 1ª, 2ª e 3ª). AFIXOS – elementos que se unem ao radical para a formação de novos vocábulos. INFIXOS – vogais e consoantes de ligação – não possuem significado e servem apenas para facilitar a pronúncia. DESINÊNCIAS – morfemas que se agregam ao radical. Nos verbos, as desinências podem ser: Fonte: pontodosconcursos.com.br

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DNP – indica o número e a pessoa das conjugações verbais A origem da palavra "contribuir" é latina (contribuere). O morfema "trib" é a raiz - a mesma de tributar, tributo, retribuir. Portanto, está correta a opção B. O prefixo latino "con" que se liga à raiz indica, dentre outras circunstâncias, concomitância. Está certa a opção A. O erro está na opção C. O morfema "u" (contribuiU) é desinência número-pessoal (não há desinência modo-temporal nessa forma verbal, como podemos ver no quadro acima), indicando que o verbo está conjugado na 3a. pessoa do singular. Tema é a união do radical à vogal temática, corretamente identificada na opção E como “i”, indicativa de verbo da 3ª conjugação. O tema é, portanto, CONTRIBUI. 15 - Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo que "acompanhamos": a) rapidíssimos b) encanada c) utilizamos d) repressão e) intermediárias

Gabarito - B ACOMPANHAR é resultante do processo chamado DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA. Nesse processo de formação de vocábulos, ao mesmo tempo, são incluídos um prefixo e um Fonte: pontodosconcursos.com.br

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sufixo. A raiz é COMPANH (de companhia, por exemplo, que, por sua vez, já apresenta o prefixo "com"). Para formar o verbo (e por conseqüência suas conjugações, como "acompanhamos"), foram agregados à raiz o prefixo "A" e o sufixo "ar". O mesmo ocorreu em ENCANAR (opção B), cuja raiz é "can" (de "cano"), tendo recebido o prefixo EN e o sufixo ADA (indicativo de particípio). RAPIDÍSSIMO, UTILIZAMOS e REPRESSÃO só receberam sufixos. Já intermediárias apresenta prefixo e sufixo, mas não é um caso de derivação parassintética, como no paradigma 'acompanhamos'. É um caso de prefixação e sufixação, já que permite a formação de vocábulo com somente um dos afixos. Primeiramente, teria sido agregado um sufixo – mediação – para, em seguida, formar-se um outro vocábulo com a prefixação – intermediação. No caso da derivação parassintética, o vocábulo simplesmente não existe sem um dos dois afixos (não existe "companhar", ou "acompanhia"). Os dois são agregados ao radical ao mesmo tempo, o que não acontece com “intermediárias”. Vamos terminar como nos desenhos do Pernalonga: “That’s all, folks!”, ou, em bom português, “É isso aí, pessoal!”. 28/06/2006 - Algumas da prova para FISCAL/MS Vou começar a cumprir as minhas promessas. Resolveremos algumas questões da prova para Fiscal/MS, elaborada pela FGV. Vamos lá. 9 - Curiosamente, no momento em que os marxistas (e, com eles, a esquerda em geral) sublinhavam a significação crucial dos valores, da ética, a direita assumia a centralidade da economia e passava a acreditar que possuía a chave da compreensão correta (e da solução) dos problemas que nos afligem no presente. (L.77-82)

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Assinale a alternativa correta quanto à classe gramatical e função sintática, respectivamente, das ocorrências da palavra QUE grifadas no trecho acima. CLASSE GRAMATICAL

FUNÇÃO SINTÁTICA

(A) pronome relativo

adjunto adnominal

conjunção integrante

objeto direto

pronome relativo

sujeito

(B) conjunção integrante

complemento nominal

conjunção subordinativa conjunção integrante

sem função sintática objeto direto

(C) preposição

sem função sintática

pronome relativo

objeto indireto

conjunção integrante

sem função sintática

(D) conjunção integrante

sem função sintática

conjunção subordinativa

objeto indireto

conjunção subordinativa

objeto direto

(E) pronome relativo conjunção integrante Fonte: pontodosconcursos.com.br

adjunto adverbial sem função sintática Claudia K

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pronome relativo

sujeito

Primeira providência - verificar se o "que" se refere a algum termo antecedente (PRONOME RELATIVO) ou inicia uma oração substantiva (que pode ser substituída por "isso" CONJUNÇÃO INTEGRANTE). 1º. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' PRONOME RELATIVO 2º. "passava a acreditar que possuía a chave" - passava a acreditar NISSO - CONJUNÇÃO 3º. "compreensão dos problemas que nos afligem" - "que" se refere a "problemas"- PRONOME RELATIVO Vamos, agora, às opções - ficamos com as letras A e E:

CLASSE GRAMATICAL (A) pronome relativo conjunção integrante pronome relativo

(E) pronome relativo conjunção integrante pronome relativo

FUNÇÃO SINTÁTICA adjunto adnominal objeto direto sujeito

adjunto adverbial sem função sintática sujeito

Agora, precisamos analisar a função sintática de cada um deles. Já para começar, lembremos que uma conjunção integrante não exerce função sintática alguma na oração. Serve apenas para juntar duas orações. Só com essa informação, já Fonte: pontodosconcursos.com.br

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eliminamos a opção A. Resposta: E. De qualquer forma, vamos analisar as funções dos pronomes relativos: 1º. "no momento em que" - esse "que" se refere a 'momento' refere-se a uma informação circunstancial (momento) - sua função é ADJUNTO ADVERBIAL. 3º. "compreensão dos problemas que nos afligem" - "que" se refere a "problemas" - os problemas nos afligem - a função é a de SUJEITO. Para analisar a questão 10, vamos reproduzir o trecho em que o segmento aparece no texto. Essa chave é o instrumento simbólico mais eficiente da ideologia dominante (que, como dizia Marx, é sempre a ideologia das classes dominantes): é ela que insiste em nos convencer que as desigualdades sociais são naturais, que não há alternativa para o capitalismo, que o socialismo já foi tentado e fracassou.

10 - A oração que não há alternativa para o capitalismo (L.8687) deve ser corretamente classificada como: (A) oração subordinada substantiva apositiva. (B) oração subordinada substantiva completiva nominal. (C) oração subordinada substantiva objetiva direta. (D) oração subordinada substantiva objetiva indireta. (E) oração subordinada substantiva subjetiva. O verbo CONVENCER é transitivo DIRETO E INDIRETO Alguém convence alguém a/de alguma coisa - Eu convenci meu irmão (OD) a me dar um dinheiro (OI) / Ele não me (OD) convence de sua inocência (OI).

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Quando esse objeto indireto vem sob a forma oracional, a preposição pode ser dispensada (Exemplo: eu gostaria que você saísse - GOSTAR DE - TDI; nós concordamos que ele foi o melhor cantor da noite - CONCORDAR COM - TDI) Mas essa omissão não é capaz de modificar sua classificação, que continua sendo uma oração subordinada substantiva objetiva INDIRETA - OPÇÃO D. 11 - Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do mercado, de acordo com um sistema que alguns chamam de "economia de mercado", e outros, de "capitalismo". Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz de fazer crescer a economia. As experiências feitas em nome do socialismo não manifestaram força própria suficiente para competir, no plano do crescimento econômico, com o capitalismo. A palavra Tal classifica-se como: (A) adjetivo. (B) advérbio. (C) conjunção. (D) pronome demonstrativo. (E) pronome relativo. Essa foi a pior das três. Muita gente boa, de cara, marcaria "pronome demonstrativo" de tanto que decorou listas e listas de classes gramaticais. Só que a análise morfológica deve ser feita no contexto. Em Tal como está organizada, a sociedade gira em torno do mercado, esse "tal" indica MODO - circunstância. Troque por "assim" ou "do modo" e continuará fazendo sentido (Assim como está organizada / Do modo como está organizada). Assim, notamos que NÁO É PRONOME DEMONSTRATIVO (não poderia ser substituída por "essa"), mas ADVÉRBIO - opção B. Não decore, entenda! 1/06/2006 - CORRELAÇÃO VERBAL Fonte: pontodosconcursos.com.br

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Olá a todos. Um dos assuntos mais recorrentes nos últimos concursos públicos tem sido “correlação verbal”, ou seja, a harmonia, sintonia que se estabelece entre verbos e modos do mesmo período e, de uma forma mais abrangente, de um texto. Uma incorreta articulação entre os verbos muitas vezes causa mal-estar aos ouvidos. Imagine-se ouvindo alguém dizer ao seu lado: “O que você espera que eu faço?”... Há algo de errado nisso aí, não é mesmo? Observe outro exemplo: “Os professores grevistas poderão sofrer retaliações se não voltassem ao trabalho.”. Entre a locução verbal da primeira oração (verbo auxiliar no futuro do presente do indicativo) e o verbo da segunda (que se apresenta no pretérito imperfeito do subjuntivo) não houve “sintonia”, pois, enquanto o primeiro indica um fato real (ainda que se perceba uma possibilidade, fruto do valor do verbo auxiliar modal: eles poderão sofrer), o segundo verbo apresenta valor hipotética, como se fosse uma suposição (“se não voltassem ao trabalho”). Duas formas seriam válidas, a depender do contexto: 1) “Os professores grevistas poderiam sofrer retaliações se não voltassem ao trabalho.” – nesse caso, ambas as construções situam-se no campo da suposição, da hipótese. Nesse caso, o texto poderia mostrar que os professores voltaram às salas de aula. Caso não tivessem feito isso, estariam sujeitos a retaliações; 2) “Os professores grevistas poderão sofrer retaliações se não voltarem ao trabalho.” – agora, as construções denotam fatos reais. Os professores estão em greve (fato) e poderão sofrer retaliações por esse motivo (fato) caso não retomem suas atividades. Na última oração, nota-se o valor condicional do futuro do subjuntivo.

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Apresentamos, a seguir, algumas “dobradinhas clássicas”. Nada de sair por aí decorando! Essa é apenas uma lista exemplificativa, apresentada para que você perceba as formas de articulação verbal.

- PRESENTE DO INDICATIVO + PRESENTE DO SUBJUNTIVO: “Quero que você me apresente àquele bofe hoje mesmo!” - PRETÉRITO PERFEITO DO INDICATIVO + PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO: “Pedi que me viesse à minha sala.” - PRESENTE INDICATIVO+ PRETÉRITO PERFEITO COMPOSTO DO SUBJUNTIVO: “Espero que ele tenha feito boa prova.” - FUTURO DO PRETÉRITO INDICATIVO+ PRETÉRITO MAISQUE-PERFEITO COMP.SUBJUNTIVO “Gostaria que você tivesse vindo à minha festa.” – FUTURO DO SUBJUNTIVO + FUTURO DO PRESENTE INDICATIVO “Quando eu passar no vestibular, rasparei a cabeça.” - PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO + FUT.PRETÉRITO (simples ou composto) DO INDICATIVO: “Se eu passasse no vestibular, rasparia a cabeça.” - PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO COMPOSTO SUBJUNTIVO + FUT.PRETÉRITO COMPOSTO DO INDICATIVO: “Se eu tivesse passado no vestibular, teria raspado a cabeça.”

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Essas são apenas algumas das possibilidades de correlação entre os verbos. Veja, agora, como esse assunto foi cobrado na prova para o TRE/SP pela Fundação Carlos Chagas (uma das mais recentes).

“Está correta a articulação entre os tempos e modos verbais na frase: (A) Essa visão triangular, que o autor nos recomenda que retomássemos, consiste em que eram atendidas, simultaneamente, as questões sociais, morais e econômicas. (B) Joaquim Nabuco tinha a convicção de que a almejada visão triangular permitisse que tivessem sido plenamente atendidas todas as necessidades humanas. (C)) No século XIX, a luta de muitos abolicionistas incluía, entre as metas que perseguiam, a de que viessem a integrar-se os planos da ética, da economia e do progresso social. (D) Percebeu-se, já na luta dos abolicionistas do século XIX, que eles incluíssem entre suas metas a integração que deverá haver entre os planos da ética, da economia e do progresso social. (E) Era de se espantar que muitos abolicionistas do século XIX, que têm incluído entre suas metas um progresso em vários níveis, já consideravam o desenvolvimento sob uma ótica mais complexa do que a nossa.” O gabarito foi a letra “C”. As formas verbais “incluía” e “perseguiam” estão no mesmo tempo e modo – pretérito imperfeito do indicativo -, enquanto que o verbo auxiliar “vier”, por apresentar fatos hipotéticos (planos que fazem parte de uma luta), foi conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo. Fonte: pontodosconcursos.com.br

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As demais opções estão incorretas. a) Os verbos “recomendar” (o autor nos recomenda) e “consistir” (Essa visão triangular ... consiste) estão no presente do indicativo. Assim, os verbos “retomar” e “ser” devem situar-se, respeitadas as construções, no mesmo aspecto temporal: “Essa visão triangular, que o autor nos recomenda que retomemos, consiste em que sejam atendidas, simultaneamente, as questões sociais, morais e econômicas.”. Você percebeu por que o verbo “retomar” está no presente do subjuntivo? Lembrando que o modo subjuntivo situa os fatos no campo das hipóteses, condições (ou seja, situações sobre as quais não se tem certeza), a forma “retomemos” se justifica por ser uma recomendação do autor, sem que haja, por parte dos leitores, a obrigação de adotá-la. b) A relação entre “tinha” e “permitisse” não é apropriada, tendo em vista que a segunda estaria estabelecendo uma idéia não adequada de suposição ou hipótese, enquanto que a oração principal indica uma circunstância real (“Joaquim Nabuco tinha a convicção”). O verbo “permitir” deveria ser conjugado no Futuro do Pretérito, por retratar um fato posterior a um fato passado (fato passado: a convicção que tinha J.Nabuco / fato posterior a esse fato passado: os reflexos da visão triangular: o atendimento de todas as necessidades humanas). Já, na seqüência, a construção passiva no pretérito mais-queperfeito composto “tivessem sido atendidas” estabelece uma correta articulação com o verbo anterior apresentado no Futuro do Pretérito. Assim, a forma corrigida seria: “Joaquim Nabuco tinha a convicção de que a almejada visão triangular permitiria que tivessem sido plenamente atendidas todas as necessidades humanas”. d) Não há justificativa para o emprego da forma “incluíssem”, por não apresentar hipótese, suposição ou qualquer outra circunstância que exija o modo subjuntivo. Fonte: pontodosconcursos.com.br

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O verbo anterior se encontra no pretérito perfeito do indicativo (“Percebeu-se”), o que leva o verbo da oração subordinada também para o passado. O fato apresentado nessa oração subordinada (“os abolicionistas incluírem a integração em suas metas”) ocorreu antes do fato designado na oração principal (“parecer”). Por isso, deve-se conjugar o verbo “incluir” no pretérito mais-que-perfeito (tempo que aponta um momento passado anterior a outro momento passado): “incluíram” (pret.mais-que-perfeito), equivalente à forma composta “haviam incluído”. Cuidado para não confundir com o pretérito perfeito, que apresenta a mesma grafia (incluíram). Na seqüência, por apresentar um fato posterior a um momento passado, o verbo auxiliar da locução verbal DEVER + HAVER deve ser conjugada no futuro do pretérito do indicativo: “Percebeu-se, já na luta dos abolicionistas do século XIX, que eles incluíram entre suas metas a integração que deveria haver entre os planos da ética, da economia e do progresso social”. e) O verbo 'ser', que inicia o período, está no pretérito imperfeito do indicativo (“Era”), mesmo tempo verbal do verbo "considerar" (“consideravam”). Para destoar, a locução verbal 'ter incluído' foi apresentado no PRESENTE. Para corrigir, devemos conjugar esse verbo também para o passado de modo que esteja em harmonia com os demais. É adequada a construção no pretérito mais-que-perfeito composto, por se tratar de fato ocorrido anteriormente a outro fato passado: "Era de se espantar que muitos abolicionistas do século XIX, que TINHAM INCLUÍDO entre suas metas um progresso em vários níveis, já consideravam o desenvolvimento sob uma ótica mais complexa do que a nossa." Aproveito para desejar uma ótima prova aos que irão prestar o concurso para Fiscal do Trabalho, no próximo fim de semana. Para não perder o hábito, deixo o pedido: tenham calma na hora da prova e NÃO DEIXEM LÍNGUA PORTUGUESA PARA O FIM, por favor!!!! 03/06/2006 - Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal - parte 2 Fonte: pontodosconcursos.com.br

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Olá, pessoal Ainda acerca da distinção entre COMPLEMENTO NOMINAL e ADJUNTO ADNOMINAL (continuação ao Ponto 33), vamos analisar outra questão elaborada pela Fundação Getúlio Vargas, na prova para Agente Tributário Estadual de MS. Versa sobre uma charge do magnífico argentino Angeli (ADORO a Rê Bordosa!). Infelizmente, meus parcos conhecimentos em Informática me impossibilitaram de reproduzir aqui o quadrinho (esse é um trabalho para o Super-João...rs...). Não tem problema nenhum. Se você ainda não leu essa prova, use a sua imaginação a partir de agora...rs.... Ela retrata uma família à mesa, com olhares de medo e apreensão (objeto da questão 19 da prova), em volta de um envelope que representa o salário-mínimo. Acima, os seguintes dizeres atribuídos ao pai: “Tenho medo de abrir! Vai que evapora!”. A questão é: Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, a correta função sintática de medo e de abrir no texto II. (A) adjunto adverbial – objeto indireto (B) predicativo do sujeito – complemento nominal (C) predicativo do sujeito – adjunto adnominal (D) objeto direto – adjunto adnominal (E) objeto direto – complemento nominal Atendendo a pedidos, vamos relembrar as funções sintáticas dos termos na oração. Além dos termos essenciais - sujeito e predicado -, pode haver na oração outros elementos constitutivos: termos integrantes e termos acessórios.

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Os termos integrantes são os complementos: uns se ligam a substantivos, adjetivos ou advérbios (complementos nominais); outros se ligam a verbos (complementos verbais), para lhes completar o sentido. Os complementos verbais são: objeto direto, objeto indireto, agente da passiva e os predicativos (do sujeito e do objeto). O complemento nominal vem normalmente ligado por uma preposição a um substantivo abstrato, um adjetivo ou um advérbio, integrando o seu sentido ou limitando-o. Os termos acessórios trazem informações adicionais, porém dispensáveis, à oração. São eles: o adjunto adverbial, o aposto e o adjunto adnominal. O adjunto adnominal é um termo de valor adjetivo que serve para especificar ou delimitar o significado de um substantivo, qualquer que seja a função deste na oração. No Ponto 33, mostramos algumas formas de identificar se o termo ou expressão exerce a função de complemento nominal ou de adjunto adnominal. Quando o termo regente for um substantivo abstrato, deve-se analisar o valor que o termo regido apresenta em relação àquele. Se for ativo, a função é de adjunto adnominal (tudo com “a” – substantivo Abstrato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal). Se for passivo, é complemento nominal. Vamos treinar: amor de mãe x amor à mãe Em: 1) amor de mãe – a mãe pratica a ação de amar. Por apresentar idéia ativa, a expressão exerce a função de adjunto adnominal; 2) amor à mãe – a mãe recebe o amor. Como o valor é passivo, sua função é complemento nominal. Hoje, mostraremos mais algumas formas de distinção. 1ª.dica: À exceção da preposição DE (que serve às duas funções), os complementos introduzidos por qualquer outra Fonte: pontodosconcursos.com.br

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preposição (a, em, por) será um complemento nominal (chegada ao espaço, resistência em surgir, dedicação ao povo, amor por alguém). 2ª.dica: Os complementos que vierem sob a forma verbal são complementos nominais por apresentarem essa idéia passiva. Exemplos: • “osso duro de roer” = a idéia é “duro de ser roído” – idéia passiva -> complemento nominal • Medo de cair = a idéia é “de sofrer uma queda” – idéia passiva -> complemento nominal • Essa notícia é difícil de acreditar = a idéia é “difícil de ser acreditada” – idéia passiva -> complemento nominal. Vamos analisar a questão da prova. O primeiro elemento não deve ter gerado dúvidas. Trata-se de um complemento verbal direto. Assim, a função exercida por “medo”, em “tenho medo” é objeto direto. O segundo elemento liga-se ao primeiro por meio de preposição. O termo regente é medo, um substantivo abstrato. Precisamos definir se a função do termo regido (“de abrir”) é adjunto adnominal ou complemento nominal. Para isso, verificaremos o valor da expressão no contexto: “Tenho medo de abrir! Vai que evapora!” A idéia é: “Tenho medo de que, sendo aberto, evapore” – idéia passiva (o envelope não vai abrir, mas ser aberto) -> complemento nominal. O gabarito foi letra E. Reconheço que a vontade é grande de indicar a idéia ativa. Afinal, a lógica induz que o sujeito vai abrir o envelope, ou seja, praticar a ação. Essa tendência se justifica pela proximidade com o verbo de “ter” (ter medo – ação praticada pelo sujeito). Contudo, é preciso fazer a seguinte distinção: o que está relacionado a “abrir” não é o verbo “ter”, mas a idéia da Fonte: pontodosconcursos.com.br

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abertura – idéia passiva de o envelope ser aberto. Viu por que eu disse, lá no Ponto 33, que esse é um dos pontos mais complicados do estudo da Língua Portuguesa? 31/05/2006 - ICMS RONDÔNIA Olá, pessoal Primeiramente, gostaria de agradecer aos “anjos” que tanto me avisaram da publicação das provas do ICMS/MS pela FGV como enviaram os arquivos para mim. Tudo isso, certamente, na esperança de que eu resolva pelo menos algumas daquelas (TERRÍVEIS) questões, certo? Está bem, eu prometo que, na medida do (im)possível, tecerei alguns comentários aqui. Hoje venho resolver com vocês a prova para ICMS Rondônia, aplicada por “não sei qual” banca (gostou dessa? Quem souber, por favor, avise-me. Eu só recebi os arquivos). Povo do ICMS/SP e ICMS/MS, por favor, essa “passou a frente” porque só havia SEIS questões e HÁ POSSIBILIDADE DE RECURSO PARA A QUESTÃO 66. Abraço a todos e bons estudos. ............................................................................................................. .......... LINGUA PORTUGUESA Leia o texto abaixo e responda, em seguida, às questões propostas. Fatos sociais são criações históricas do povo, que refletem seus costumes, tradições, sentimentos e cultura. A sua elaboração é lenta, imperceptível e feita espontaneamente pela vida social. Costumes diferentes implicam em fatos sociais diferentes. Cada povo tem a sua história e seus fatos sociais. O Direito, como fenômeno de adaptação social, não pode formarse alheio a esses fatos. As normas jurídicas devem achar-se conforme as manifestações do povo. Os fatos sociais, porem, não são as matrizes do Direito. Exercem importante influência, mas o condicionamento não é absoluto. Nem tudo é histórico e Fonte: pontodosconcursos.com.br

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contingente no Direito. Ele não possui apenas um conteúdo nacional, como adverte Del Vecchio. A natureza social do homem, fontes dos grandes princípios do Direito Natural, deve orientar as “maneiras de agir, de pensar e de sentir do povo” e dimensionar todo o jus position. Falhando a sociedade, ao estabelecer fatos sociais contrários à natureza social do homem, o Direito não deve acompanhá-la no erro. Nesta hipótese, o Direito vai superar os fatos existentes, impondolhes modificações: (Nader, Paulo. Introdução à ciência do direito. Rio de Janeiro. Forense, 1991.) 61 – A tradição gramatical considera inidônea a construção sintática presente no seguinte trecho do texto: A) Fatos sociais são criações históricas do povo. B) Nem tudo é histórico e contingente no Direito. C) Cada povo tem a sua história e seus fatos sociais. D) Os fatos sociais, porém, não são as matrizes do Direito. E) Costumes diferentes implicam em fatos sociais diferentes. RESPOSTA: E COMENTÁRIO. O examinador jogou com as palavras no enunciado da questão para causar a confusão que levou muita gente a marcar uma das opções CORRETAS. Note que o enunciado exige a opção ERRADA (construção sintática INIDÔNEA). O verbo IMPLICAR, no sentido de ACARRETAR, é, pela norma culta, transitivo DIRETO (não rege a preposição EM). 62 – “O Direito, como fenômeno de adaptação social, não pode formar-se alheio a esses fatos.” Dentre as mudanças impostas a essa frase do texto, a que lhe modifica significativamente o sentido original é:

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A) O Direito não pode formar-se como fenômeno de adaptação social alheio a esses fatos. B) Como fenômeno de adaptação social, o Direito não se pode formar alheio a esses fatos. C) O Direito, como fenômeno de adaptação social, não se pode formar alheio a semelhantes fatos. D) Enquanto fenômeno de adaptação social, o Direito não pode formar-se arredado desses fatos. E) Não pode o Direito, como fenômeno de adaptação social, conceber-se alheio a esses fatos. RESPOSTA: A COMENTÁRIO. Note que “como fenômeno de adaptação social* tem valor causal , equivalente a ‘por ser um fenômeno de adaptação, não pode formar-se alheio a esses fatos”. Na reescrita, a expressão passou a exercer função de complemento verbal. Houve, portanto, alteração semântica nessa construção. 63 – Há falha de construção quanto ao paralelismo gramatical em: A) As normas jurídicas devem achar-se conforme as manifestações do povo. B) Ele não possui apenas um conteúdo nacional , como adverte Del Vecchio. C) Exercem importante influência, mas o condicionamento não é absoluto. D) A sua elaboração é lenta, imperceptível e feita espontaneamente pela vida social. E) Nessa hipótese, o Direito vai superar os fatos existentes, impondo-lhes modificações.

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RESPOSTA – LETRA D COMENTÁRIO. A redundância está na relação entre ELABORAÇÃO e FEITA. O primeiro vocábulo já carrega o sentido do verbo, o que tornaria inadequada a construção. 64 – Há erro de conjugação verbal em: A) Nas intervenções, sempre se apunham comentários maliciosos ao meu depoimento. B) Trata-se de uma lei que vigiu na Primeira República e hoje revela-se anacrônica. C) Encontrou-se ontem com a pessoa que delatara à polícia há dois meses. D) Não se pode admitir que o Direito sobresteja o curso dos fatos sociais. E) Disse-me ele que eu às vezes pretiro os limites do bom senso. RESPOSTA – LETRA B COMENTÁRIO. O verbo “viger” é defectivo (não possui a 1ª. pessoa do singular do presente do indicativo) e, nas demais formas, se conjuga como o verbo paradigma BEBER (ele bebeu / ele vigeu). A forma “pretiro” (OPÇÃO E), que causou estranheza a muita gente, é a conjugação do verbo PRETERIR (deixar de lado), que se conjuga como seu paradigma PREFERIR – Eu prefiro / eu pretiro. 65 – Há mau uso do pronome relativo em: A) Era eu o a quem vinham referindo-se como mau gestor da coisa pública.

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B) Há sociedades de cujos ditames morais pouco tem ciência o mundo contemporâneo. C) É nos fatos sociais, onde está a fonte do Direito, que se buscam os preceitos legais. D) Nada quanto se diga aqui poderá contribuir para a construção de uma nova ordem social. E) As assembléias de parlamentares, às quais presidi em meu mandato, sempre foram frutíferas. RESPOSTA: C COMENTÁRIO. A opção C é o gabarito da prova. Segundo a norma culta, o pronome relativo em análise - ONDE - deve ter como referente algo que se assemelhe a “lugar” (mesmo que de maneira abstrata). Na construção, o antecedente é FATOS, que em nada se parece com lugar. Seria adequado o emprego de “em que” ou “nos quais”. O “que” após a vírgula faz parte da expressão de realce “É QUE”. A) ESTÁ CORRETO! Quem achou estranho esse “o a quem” não teria visto problema se, em vez do pronome demonstrativo “o”, tivesse sido empregado seu correspondente “aquele”: “Era eu aquele a quem vinham referindo-se como mau gestor da coisa pública". O relativo “quem” está perfeitamente empregado, uma vez que seu referente é o pronome demonstrativo "o", que, por sua vez, se refere ao pronome reto “eu”. B) O sujeito da oração adjetiva é O MUNDO CONTEMPORÂNEO. Na ordem direta, e feitas as substituições, a oração seria “O mundo contemporâneo pouco tem ciência dos ditames morais da sociedade". O termo regente “ter ciência” exige a preposição DE que antecede o pronome relativo CUJO, corretamente empregado por ligar dois substantivos relacionados entre si – DITAMES DA SOCIEDADE. D) Perfeito o emprego de “quanto”, uma vez que expressa a Fonte: pontodosconcursos.com.br

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idéia de “quantidade”. E) O pronome relativo AS QUAIS se refere a “assembléias”. Como o verbo exige a preposição “a”, o encontro da preposição (que se emprega antes do pronome relativo) com “as quais” forma crase e deve receber o acento grave (ÀS QUAIS). 66 – No tocante à concordância, há equívoco na redação da seguinte frase: A) São desses fatos sociais que se pode extrair maiores ensinamentos no Direito. B) Decerto que aos legisladores não cabe inspirar-se obrigatoriamente nos fatos sociais. C) Duas horas eram o tempo que me restava para opinar sobre as normas jurídicas referidas. D) Impõe-se, pois, ao magistrado tantas questões resolver quantas a ele se oferecerem. E) Não devia haver dúvidas quanto à aplicação das normas jurídicas como instrumento de controle social. RESPOSTA: A Está CORRETA a estrutura da opção A. Veja o recurso abaixo. Em relação às demais: B) O sujeito do verbo CABER é oracional: “inspirar-se obrigatoriamente nos fatos sociais” - (ISSO) não cabe aos legisladores. Com sujeito oracional, o verbo se mantém na 3ª. pessoa do singular. Está correta. C) Por pior que possa parecer aos seus ouvidos, a concordância com o verbo SER pode ser feita com o sujeito (Duas horas) ou com o predicativo do sujeito (TEMPO). Não há dúvidas de que a segunda forma é eufonicamente melhor, mas não se pode afirmar que a primeira esteja EQUIVOCADA.

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D) Muita gente deve ter assinalado essa opção, imaginando que o sujeito de IMPOR seria TANTAS QUESTÕES. Cuidado! Essa era a pior questão da prova (e só havia seis questões, hem?). O sujeito é, mais uma vez, oracional. o que se impõe é “RESOLVER TANTAS QUESTÕES QUANTAS A ELE SE OFERECEREM”. Por isso, o verbo está corretamente no singular. E) O verbo HAVER, no sentido de existência, se mantém na 3ª. pessoa do singular, e essa flexão exige de qualquer auxiliar seu – no caso, o verbo DEVER. RECURSO: Há duas possibilidades de concordância em expressões como a da opção A, em que o verbo PODER está acompanhado de um verbo no infinitivo e de um pronome apassivador, apresentando, também, um termo no plural. 1ª. possibilidade: O verbo PODER faz parte de uma locução verbal, cujo verbo principal é, no caso, EXTRAIR. Por estar em construção passiva, cujo sujeito está representado por MAIORES ENSINAMENTOS, o verbo auxiliar PODER irá se flexionar no plural: “São desses fatos sociais que se PODEM extrair maiores ensinamentos no Direito. Essa é a prática mais generalizada, como nos ensinam os mestres Celso Cunha e Lindley Cintra. Contudo, devemos registrar as palavras do professor Evanildo Bechara, que apresenta a segunda possibilidade de construção: “Quando, porém, o sentido determinar exatamente o sujeito verdadeiro, a concordância não pode ser arbitrária. Ex: "Querse inverter as leis", e nunca "querem-se inverter as leis". Neste caso, é evidente que o único sujeito possível é INVERTER (João Ribeiro, Gramática Portuguesa, 322).” Assim, a segunda possibilidade seria apresentar, como sujeito da forma passiva sintética “QUE SE PODE”, a oração reduzida de infinitivo “EXTRAIR MAIORES ENSINAMENTOS” (“PODE-SE / EXTRAIR MAIORES ENSINAMENTOS”). O sujeito oracional Fonte: pontodosconcursos.com.br

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mantém o verbo na 3a.pessoa do singular. Por todo o exposto, verifica-se a CORREÇÃO da construção presente na opção “A”, apontada inicialmente como o gabarito da prova. Em virtude de não haver nenhuma opção válida a ser apontada como INCORRETA, requer-se sua anulação, atribuindo-se o ponto a ela correspondente a todos os candidatos. FONTES BIBLIOGRÁFICAS: CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo.3.ed. Ed.Nova Fronteira. 2001. BECHARA, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa. 33 ed. Companhia Editora Nacional. 1989. 23/05/2006 - DISTINÇÃO ENTRE ADJUNTO ADNOMINAL E COMPLEMENTO NOMINAL Pessoal,

Fiquei o dia de hoje tentando (em vão) obter a prova do concurso de ATE e Fiscal do Mato Grosso do Sul, aplicada pela Fundação Getúlio Vargas de SP. Infelizmente, essa banca não publica em sua página na internet as provas, somente os gabaritos.

Continuo ao aguardo de uma boa alma que encaminhe para mim a prova, mesmo que não tenhamos mais oportunidade de preparar recursos.

Um aluno enviou algumas das questões. A mais interessante delas, na minha opinião, foi a de número 7, que transcrevo abaixo.

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Ela nos dá a oportunidade de rever os conceitos de ADJUNTO ADNOMINAL e COMPLEMENTO NOMINAL e perceber a distinção entre essas funções sintáticas, um dos pontos mais complicados no estudo da Língua Portuguesa, na opinião de muitos.

Então, vamos procurar simplificar as coisas para vocês.

7 - As alternativas a seguir desempenham, no texto I, mesma função sintática, à exceção de uma assinale-a

a ) Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz DE FAZER A ECONOMIA CRESCER. (ele não indicou a expressão grifada, mas acredito que tenha sido essa em letras maiúsculas.)

b) Os trabalhadores têm feito conquistas .... visivelmente não sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS.

c) O individualismo característico dessas confusas camadas intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES

d) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO....(idem)

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e) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação das relações de produção e o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS.

Gabarito - E

Estão em pauta as seguintes funções sintáticas.

- COMPLEMENTO NOMINAL – função exercida por uma palavra ou uma expressão que complementa um ADJETIVO, um ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO

- ADJUNTO ADNOMINAL – neste caso, a palavra ou a expressão complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO

Você deve ter notado que o SUBSTANTIVO ABSTRATO aparece nas duas funções, não é mesmo? Como se diferenciam, então? A partir da idéia que o complemento apresenta em relação ao termo regente.

Se a idéia for ATIVA, é ADJUNTO ADNOMINAL (bisu: tudo com a letra "A" - substantivo Abstrato com idéia Ativa é Adjunto Adnominal)

Se a idéia for passiva, é complemento nominal (memorize por exclusão em relação ao outro). Fonte: pontodosconcursos.com.br

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A partir de exemplos, tudo fica mais fácil. Veja só:

1) a construção do arquiteto - "Construção" é um substantivo abstrato. Vamos analisar a função do complemento: o arquiteto constrói ou é construído? Constrói. Então ele pratica a ação. A idéia é ATIVA. Logo, a expressão "do arquiteto" exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL.

2) a construção do prédio - O prédio constrói ou é construído? É construído. Sofre a ação verbal. Então a idéia é passiva. Logo, sua função sintática é COMPLEMENTO NOMINAL.

Então, vamos complementar a definição:

- COMPLEMENTO NOMINAL - complementa um ADJETIVO, um ADVÉRBIO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia PASSIVA.

- ADJUNTO ADNOMINAL - complementa um SUBSTANTIVO CONCRETO ou um SUBSTANTIVO ABSTRATO com idéia ATIVA (tudo com a letra A)

Voltemos, agora, à questão para analisarmos cada uma das opções:

a) Até hoje, não surgiu nenhum sistema tão capaz DE FAZER Fonte: pontodosconcursos.com.br

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CRESCER A ECONOMIA.

CAPAZ é um adjetivo. Logo, "de fazer crescer a economia" exerce a função de complemento nominal.

b) Os trabalhadores têm feito conquistas .... visivelmente não sentem saudades do tempo em que eram obrigados A JORNADAS DE TRABALHO DE 12 HORAS.

OBRIGADOS é um adjetivo. Logo, "a jornadas de trabalho de 12 horas" é complemento nominal.

c) O individualismo característico dessas confusas camadas intermediárias as torna muito vulneráveis À SEDUÇÃO DAS CLASSES DOMINANTES

VULNERÁVEIS é um adjetivo. Assim, o que está grifado é complemento nominal.

d) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação DAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO....

TRANSFORMAÇÃO é um substantivo abstrato (oba! vamos testar nossos conhecimentos!). Temos de analisar se o complemento apresenta idéia passiva ou ativa. Em "para promover a transformação das relações de produção", o complemento "relações de produção" transformam ou são transformadas? Elas são transformadas. Então a idéia é Fonte: pontodosconcursos.com.br

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passiva. Com idéia passiva, o termo exerce a função de complemento nominal.

e) Tinham a convicção que estavam na crista de uma onda que os empurrava inexoravelmente para adiante, para promover a transformação das relações de produção e o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS.

CRESCIMENTO é também um substantivo abstrato (beleza!). Em "o crescimento DAS FORÇAS PRODUTIVAS", FORÇAS PRODUTIVAS irão crescer. Assim, a idéia é ATIVA. Então, esse elemento exerce a função sintática de ADJUNTO ADNOMINAL. É A ÚNICA QUE SE DIFERENCIA DAS DEMAIS. Esse é o gabarito. ............................................................................................................. ........ Fica, então, o pedido: quem puder, por favor, encaminhe para esta professora ([email protected]) as provas a que, infelizmente, não tivemos acesso. Grande abraço e bons estudos. 19/05/2006 - Prova Auditor Fiscal da Paraíba - Fundação Carlos Chagas Prezados alunos,

Vimos apresentar uma argumentação para subsidiar recurso a ser apresentado contra o gabarito da questão 4 da prova "Tipo 001" para o cargo de Auditor Fiscal da Paraíba, aplicada pela Fundação Carlos Chagas no último fim de semana. A questão em comento tratava das funções da linguagem. Primeiramente, apresentamos o assunto para, mais adiante, Fonte: pontodosconcursos.com.br

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sugerir o recurso. Afinal, melhor do que dar o peixe é ensinar a pescar, já nos ensinava Paulo Freire, não é mesmo?

Funções da Linguagem: Na comunicação, com o objetivo de transmitir uma mensagem, a linguagem empregada pelo emissor pode ter as seguintes funções, de ocorrência simultânea ou exclusiva no texto: • Função Conativa • Função Emotiva • Função Fática • Função Poética • Função Referencial • Função Metalingüística Função Conativa Nessa linguagem, o emissor dirige-se diretamente ao receptor da mensagem com persuasão, no intuito de convencê-lo em relação a algo (conceito ou prática de uma ação). Essa função é comum em linguagem publicitária e tem como característica o emprego do verbo no Imperativo, como "Ligue agora e concorra a prêmios". Não confunda com o sentido conotativo, que é o emprego de linguagem figurada, a se contrapor ao sentido denotativo, que é o sentido literal das palavras. Veja o emprego da palavra “flor” nas duas orações – (1) “É linda essa flor”; (2) “Sua filha é uma flor.”. Em (1), a palavra foi usada em seu significado originário – DENOTATIVO, com “d” de “dicionário”. Já em (2), “flor” significa uma pessoa boa, gentil, fora de seu sentido primeiro, que é o vegetal. Por isso, foi usada em sentido conotativo. Função Emotiva Centrada basicamente nas emoções do emissor, essa Fonte: pontodosconcursos.com.br

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linguagem se utiliza bastante das primeiras pessoas (nós/eu) e emite opiniões ou sensações a respeito de algum tema ou pessoa. Também pode ser denominada “função expressiva”. É muito comum em textos informais e/ou críticos.

Função Fática Um bom exemplo são os textos publicados pelos professores do Ponto. Também será visto mais adiante um desses casos, quando falarmos sobre a função metalingüística. Ela ocorre quando o emissor (no caso, eu) utiliza o canal de comunicação (a matéria) para entrar em contato com o receptor (você, leitor), com perguntas como “não é mesmo”, “viu só?”, etc. Função Poética A partir do emprego de recursos de retórica, noções de métrica, rima, ordenação das palavras, dentre outros elementos, é a linguagem das obras literárias, principalmente das poesias, em que as palavras são escolhidas e dispostas de maneira a se tornarem singulares. Função Referencial Também chamada de informativa ou denotativa, o objetivo dessa linguagem é transmitir a informação objetivamente. Essa linguagem é muito usada em textos científicos ou jornalísticos. Função Metalingüística Metalinguagem é a propriedade que tem a língua de voltar-se para si mesma. Tema (conteúdo) e instrumento (forma) mesclam-se, interpenetram-se, e o saldo dessa "confusão" é, paradoxalmente, o distanciamento, que evita que o leitor os confunda. Ocorre quando principalmente em linguagem artística: música, literatura, gravura. A partir dos exemplos, é mais bem compreendida essa linguagem.

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Ao compor “As canções que você fez para mim”, brilhantemente interpretada por Maria Betânia, os autores Roberto Carlos e Erasmo Carlos confundem o ato de compor com a composição: “Hoje eu ouço as canções que você faz pra mim/ Não sei porque razão tudo mudou assim / Ficaram as canções e você não ficou.” Outro bom exemplo dessa função verifica-se no filme “Quero ser John Malkovich”, estrelado por quem? John Malkovich. Ou no filme de Woody Allen, “Rosa Púrpura do Cairo”, em que o título do filme de Allen é exatamente o título do filme retratado na tela. Na película, a protagonista (Mia Farrow) é uma espectadora que, de tanto ir ao cinema, acaba sendo convidada pelo protagonista (um arqueólogo, se não me engano) a participar, e dá-se a cena clássica em que ela sobe ao palco e invade a tela de cinema. Notou a confusão entre tema e instrumento? A linguagem metalingüística, portanto, é a utilização do código para falar dele mesmo: uma pessoa falando do ato de falar, outra escrevendo sobre o ato de escrever. ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: ::::::::: É com base nessas duas últimas acepções que constatamos o equívoco do examinador em indicar a opção “a” como correta. Na metalinguagem, temos "o código pelo código". Samira Chalhub nos esclarece que as possibilidades de organização, criação, relação estão ligadas à noção de repertório que determinará, em função do receptor, uma postura face ao objeto artístico. A autora, ao abordar a metalinguagem poética, também faz referência a intertextualidade e entende que a mesma é uma forma de metalinguagem, uma vez que se refere a uma linguagem anterior. Contudo, o texto em questão não explora esse conceito de intertextualidade. Trata-se de um texto jornalístico que não apresenta elementos para que se afirme o uso de metalinguagem. Observa-se, sim, o emprego de linguagem referencial. Esta ocorre quando o tema (referente) é posto em destaque. O texto Fonte: pontodosconcursos.com.br

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há de ser objetivo e claro, sem margem a duplas interpretações ou ambigüidades e uma de suas características é o emprego da 3ª pessoa. Em passagens como “Os números do relatório da CPI dedicada originalmente aos Correios são expressivos, dos milhares de páginas de texto e documentos aos mais de cem acusados.”, nota-se o valor narrativo do texto. Já em metáforas como “Um oceano nos separa do resultado concreto” ou “...cabe esperar pela travessia do oceano e torcer para que chegue a um bom porto”, o autor busca, com elementos figurativos, expor os fatos ao leitor, ou seja, a distância que há entre a apuração dos fatos (meio) e o julgamento (fim). Nota-se, também, a função emotiva da linguagem, especialmente nas passagens em que o autor expõe sua visão crítica acerca do assunto, como em “Há abusos. São lamentáveis, mas inerentes à vida parlamentar, no Brasil e em qualquer país onde haja comissões parlamentares.”. O que invalida a opção “b” é o fato de afirmar que são criadas ambigüidades. Nem mesmo quando expõe a dupla possibilidade de interpretação da palavra “comissão”, o autor deixa transparecer qualquer ambigüidade. Ao contrário. Torna claro cada um dos significados que o vocábulo pode apresentar: "Comissão", além do significado mercantil (depreciativo, no caso do Parlamento), do dinheiro pago em remuneração de serviço, é também o do grupamento encarregado de realizar tarefa de interesse comum.”. Não há qualquer sinal de emprego da linguagem metalingüística ou de ambigüidade no texto, o que leva à impossibilidade de se indicar qualquer alternativa válida. Diante do exposto, é válida a apresentação de recurso com vistas à anulação da referida questão, atribuindo-se o ponto a ela correspondente a todos os candidatos. Bibliografia sugerida: Chalhub, Samira.Funções da Linguagem. Ed.Ática. 11ª edição, 2000. Fonte: pontodosconcursos.com.br

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----. Metalinguagem. Ed.Ática. 4ª edição, 2002. 1/05/2006 - QUESTÃO 9 DA PROVA TCE/PR Olá, bravos concursandos Antes de entrarmos no assunto que me traz aqui hoje, venho avisar aos candidatos que se preparam para o concurso de Fiscal do Trabalho que está em andamento a Turma de Exercícios da ESAF, e ainda há tempo de se matricular, fazer os exercícios (questões anteriores) e participar do fórum. Mesmo após a publicação da Aula 10, estaremos à disposição para tirar dúvidas, prestar esclarecimentos ou bater um papo, ouvir um desabafo... Ou seja, até a data da prova, o fórum e as aulas permanecerão ativos. Lembrem-se de que Língua Portuguesa é a única disciplina que exige uma nota mínima isolada – 40% da vinte questões (estou puxando a brasa mesmo, pois sei o quanto é ruim “bater na trave”). Parece pouco, mas, em se tratando de ESAF, sabemos que a prática e o domínio do tempo são fatores cruciais para a aprovação do candidato. Por isso, fazer provas anteriores é tão importante. Dado o recado, vamos ao que interessa. Nesse último fim de semana, houve o concurso para o Tribunal de Contas do Estado do Paraná. A instituição responsável pelo certame foi o Núcleo de Concursos da Universidade Federal do Paraná – NC/UFPR. Não conhecia a banca e tive uma grata surpresa: o nível da prova foi muito bom, merecendo destaque especial a questão n° 09 da prova para Assessor Jurídico (http://www.nc.ufpr.br/tce2006/). Alguns candidatos solicitaram a elaboração de recurso sob o argumento de que não encontraram resposta válida. No entanto, foi uma questão correta, bem-feita e “maldosa”, pois exigia do candidato bastante atenção, especialmente no que se refere à classificação morfológica (classe gramatical) das palavras envolvidas. Fonte: pontodosconcursos.com.br

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A partir da análise morfológica, podemos fazer a análise sintática (função das palavras nas orações e períodos e sua harmonização com as demais). Vamos relembrar o assunto, mencionado em nosso primeiro encontro “virtual”. As palavras são divididas em classes. Essas, por sua vez, distinguem-se em variáveis e invariáveis:

VARIÁVEIS (gênero e/ou número)

Substantivo

INVARIÁVEIS

Advérbio

Adjetivo

Palavra invariável (*)

Artigo

Conjunção

Pronome

Preposição

Verbo

Interjeição

Numeral

OBS: (*) A Nomenclatura Geral Brasileira (NGB) a classifica como advérbio, mas alguns consagrados autores fazem essa distinção.

Essa classificação é meramente didática. Poderemos nos deparar com um pronome invariável (ISTO / AQUILO / QUEM), mas como exceção. Em sua maioria esmagadora, os pronomes se flexionam, por isso foram classificados como “variáveis”. O mesmo ocorre com os adjetivos. Mas, enquanto os adjetivos podem se flexionar (em gênero e/ou número), os advérbios Fonte: pontodosconcursos.com.br

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permanecem invariáveis. Grosso modo, esse era o cerne da questão. Tente resolvê-la antes de ler os comentários que seguem. O texto a seguir é referência para as questões 07 a 09.

“De todos os processos analisados por este conselho até agora, a materialidade dos fatos atribuídos ao representado é a mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovada.” (Declaração de Cezar Schirmer sobre relatório que pediu a cassação do deputado João Paulo Cunha por envolvimento com o mensalão. Revista Veja, 15 mar. 2006.)

09 - Se, na frase de Schirmer, a expressão “a materialidade dos fatos” for substituída por “os fatos”, serão necessários ajustes na concordância nominal e/ou verbal. Aponte a alternativa em que esses ajustes foram feitos corretamente.

a) ...os fatos atribuídos ao representado são o mais indiscutível, incontroverso, incontestáveis e indubitavelmente comprovados. b) ...os fatos atribuídos ao representado são o mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovado. c) ...os fatos atribuídos ao representado são os mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovados. d) ...os fatos atribuídos ao representado são a mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovada.

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e) ...os fatos atribuídos ao representado são os mais indiscutíveis, incontroversos, incontestável e indubitavelmente comprovado.

Para começar a resolver a questão, o candidato já deveria eliminar as opções em que o adjetivo “comprovado” não concorda com o substantivo “fatos” (b/d/e). A partir daí, começa a “via crucis” do pobre estudante. Os vocábulos "indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente" são ADVÉRBIOS. Os advérbios são palavras INVARIÁVEIS (veja a tabela) que modificam o sentido de verbos (“Ela dirige mal.”), adjetivos (“Ela é muito alta.”), outros advérbios (“Ela dirige muito mal”), ou mesmo sentenças inteiras ou enunciações (“Infelizmente, não pude comparecer.”). Na oração, os advérbios acompanham o adjetivo "comprovada". Acontece que, na construção oracional, a fim de evitar o defeito denominado “eco”, somente o último deles é acompanhado do sufixo “–mente”, mantendo-se os demais somente com a “base”. A característica desses advérbios é que eles se constroem a partir da forma FEMININA E SINGULAR dos adjetivos correspondentes (quando estes apresentam essa flexão): “Ela saiu do lugar CALMAMENTE.” (CALMA + MENTE); “Ele dirige seu carro CUIDADOSAMENTE.” (CUIDADOSA + MENTE); “É preciso viver cada minuto INTENSAMENTE.” (INTENSA + MENTE). Acrescente o sufixo “mente” a cada um dos vocábulos e constatará que o que está grafado na opção C é exatamente o que resta após a extração do "mente" (indiscutivelmente / incontroversamente / incontestavelmente). Sabe onde está a maldade da questão? Fonte: pontodosconcursos.com.br

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Está em levar os candidatos a pensar que “indiscutível, incontroversa e incontestável” seriam, na construção, adjetivos flexionados, em gênero e número, com “materialidade” - o núcleo do sujeito (coincidentemente, FEMININO E SINGULAR). Ao sugerir a troca de “materialidade dos fatos” (núcleo: materialidade) por “fatos”, o examinador proferiu o “golpe de misericórdia”: o candidato, automaticamente, iria buscar a flexão daqueles vocábulos no masculino plural (indiscutíveis, incontroversos, incontestáveis) e NÃO ENCONTRARIA RESPOSTA. A banca poderia ter sido mais cruel ainda e, em uma das opções, apresentar a forma flexionada (os fatos atribuídos ao representado são os mais indiscutíveis, incontroversos, incontestáveis e indubitavelmente comprovados), mas, com isso, provocaria a polêmica em relação à classificação desses vocábulos, ensejando, assim, um sem-número de recursos. A posposição dos advérbios em relação ao adjetivo deixa claro o valor circunstancial desses elementos. Note: “...os fatos atribuídos ao representado são os mais comprovados indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente.”. Assim, a opção que apresenta a correta construção após a troca é a de letra C: ...os fatos atribuídos ao representado são os mais indiscutível, incontroversa, incontestável e indubitavelmente comprovados. Belíssima questão essa, não é? Espero que as demais bancas examinadoras tenham esse mesmo esmero ao elaborar as provas que vêm por aí (recado especialmente dedicado à Dona ESAF). Abraço. 05/05/2006 - ICMS/SP - Outro recurso - questão 16 - Prova TIPO 001 Olá, pessoal

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Um aluno encaminhou-me este recurso (cuja autoria desconheço). Realmente, tem razão o candidato que o apresentou, uma vez que não há erro algum na afirmação da opção D. Em relação às aspas, acredito que, dado o valor subjetivo de seu emprego, não há como afirmar categoricamente que a assertiva C esteja errada. Contudo, certo está que a opção D não apresenta erro algum. Por exercer na oração a função sintática de aposto, o segmento poderia ser indicado entre vírgulas, travessões ou parênteses. Assim, fica a critério de cada um solicitar a anulação da questão 16 (prova tipo 001) ou a mudança do gabarito para a letra C (como propôs o candidato). Obrigada pela colaboração e parabéns ao autor pela argumentação apresentada. Segue, abaixo, a proposta de recurso.

Abraço. p.s. Fui informada, há pouco, de que a autoria do recurso abaixo é do Prof.Décio Senna (RJ). Parabéns ao professor pela argumentação.

RECURSO DE QUESTÃO PROVA PARA FISCAL DE ICMS-SP BANCA: FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS QUESTÃO Nº 16

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TRANSCRIÇÃO DA QUESTÃO: A única afirmação INCORRETA sobre os sinais de pontuação empregados no texto é: a) Os dois pontos após vice-versa: (linha 4) anunciam um esclarecimento acerca do que foi enunciado. b) Os parênteses em (ou até inventamos) – linhas 5 e 6 – incluem comentário considerado um viés do que se afirma. c) As aspas em “nossos” (linha 10) firmam o caráter irônico da expressão, exigindo que se entenda o enunciado em sentido contrário (trata-se, assim, de “tempos que nos são estranhos”). d) Os travessões em – este pátio comum ... compartilhado – (linhas 23 a 25) isolam uma apreciação acerca do Mediterrâneo e são equivalentes a vírgulas. e) A vírgula antes de não costeando (linha 22) pode ser substituída, sem prejuízo da correção, por travessão. ARGUMENTOS: Permitimo-nos, respeitosamente, discordar da interpretação sugerida pela banca examinadora para o emprego das aspas empregada no vocábulo “nossos”. Para mostrarmos a razão de nossa discordância, passamos a Fonte: pontodosconcursos.com.br

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transcrever o fragmento textual em que se encontra tal vocábulo, ou seja, o primeiro parágrafo do texto relativo às questões de números 12 a 20: Quando começa a modernidade? A escolha de uma data ou de um evento não é indiferente. O momento que elegemos como originário depende certamente da idéia de nós mesmos que preferimos, hoje, contemplar. E vice-versa: a visão de nosso presente decide das origens que confessamos (ou até inventamos). Assim acontece com as histórias de nossas vidas que contamos para os amigos e para o espelho: os inícios estão sempre em função da imagem de nós mesmos de que gostamos e que queremos divulgar. As coisas funcionam do mesmo jeito para os tempos que consideramos “nossos”, ou seja, para a modernidade. O desenvolvimento da textualidade deixa-nos perceber que a indicação de um acontecimento, com respeito a seu início, está condicionada, mais que tudo, à nossa apreciação pessoal, subjetiva e, por isso mesmo, passível de não ser exata. Deste modo, um tempo que julgamos nosso pode perfeitamente não o ser. Entendemos que as aspas postas no vocábulo “nosso” pretendem mostrar que Fonte: pontodosconcursos.com.br

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o vocábulo deve ser entendido como portador de significado que se afasta da literalidade. Como que a nos indicar que não há, efetivamente, um tempo que seja nosso, uma vez que tal nomeação resulta de critérios, antes de tudo, personalísticos. Não vemos, como viu a douta Banca Examinadora, indicação de “tempos que nos são estranhos”. De qualquer modo, a afirmativa está impregnada do subjetivismo de quem a avalia. Não fazemos destas percepções discordantes nosso cavalode-batalha. Move-nos, isto sim, uma imprópria indicação acerca do emprego do duplo travessão citado na alternativa “d” da questão. Para desenvolvermos nossa argumentação sobre este emprego, transcrevemos o fragmento textual em que surge, vale dizer, o segundo parágrafo do mesmo texto do qual extraímos a passagem relativa ao emprego das aspas em “nossos”: Bem antes que tentassem me comover de que a data de nascimento da modernidade era um espirro cartesiano (...), quando era rapaz, se ensinava que a modernidade começou em outubro de 1492. Nos livros da escola, o primeiro capítulo

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dos tempos modernos eram e são as grandes explorações. Entre elas, a viagem de Colombo ocupa um lugar muito especial. Descidas Saara adentro ou intermináveis caravanas por montes e desertos até a China de nada valiam comparadas com a aventura do genovês. Precisa ler “Mediterrâneo” de Fernand Braudel para conceber o alcance simbólico do pulo além de Gilbratar, não costeando, mas reto para frente. Precisa, em outras palavras, evocar o mar Mediterrâneo – este pátio comum navegável e navegado por milênios, espécie de útero vital compartilhado – para entender por que a viagem de Colombo acabou e continua sendo uma metáfora do fim do mundo fechado, do abandono da casa materna e paterna. Fixemo-nos, agora, no emprego dos travessões que isolam o fragmento “este pátio comum navegável e navegado por milênios, espécie de útero vital compartilhado”. Trata-se de fragmento revestido de valor explicativo para o sintagma “o mar Mediterrâneo”. Podemos observar que está representado por duas afirmativas cujos núcleos repousam, respectivamente, no substantivo “pátio” e no grupo de valor substantivo “espécie de útero”: “este pátio comum navegável e navegado por Fonte: pontodosconcursos.com.br

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milênios” e “espécie de útero vital compartilhado”. Na verdade, apesar de serem dois grupos vocabulares, desempenham um único papel na estrutura da oração, já que se entrelaçam, sendo “espécie de útero vital compartilhado” como que uma ratificação do que antes se afirmou com “este pátio comum navegável e navegado por milênios”. O fragmento inteiro (“este pátio comum navegável e navegado por milênios, espécie de útero vital compartilhado”) desempenha, assim, papel morfossintático de aposto e, desta forma, nenhum prejuízo adviria ao texto, caso os travessões fossem substituídos por um par de vírgulas, como está sugerido na alternativa “d”. Na verdade, o emprego de travessões deve-se ao interesse de o redator pôr em relevo estilístico – dada a menor freqüência com que tais sinais surgem, no confronto com as vírgulas – o aposto mencionado. A afirmativa contida na alternativa “d” está CORRETA e, deste modo, não satisfaz ao enunciado da questão. Não será procedente o argumento de que tal aposto faz menção ao núcleo do sintagma “o mar Mediterrâneo”, uma vez que a menção “isolam uma apreciação Fonte: pontodosconcursos.com.br

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acerca do Mediterrâneo” permite que se subentenda, com bastante facilidade, o vocábulo “mar”. CONCLUSÃO: Do exposto, chegou-se à conclusão de que a afirmativa contida na alternativa “d” da presente questão, na verdade seu gabarito, como disposto pela Banca Examinadora, não padecia de qualquer erro. Assim sendo, não há como se aceitar este gabarito. Dado o grau de subjetividade de que se reveste a argumentação contida para o emprego das aspas no vocábulo “nossos” – alternativa “c” –, embora estejamos convictos de nossa interpretação para tal emprego, poderá haver relutância em adotar-se como resposta da presente questão esta alternativa, o que seria, evidentemente, a melhor solução. No entanto, ainda que não concorde conosco, a eminente Banca Examinadora não terá como ignorar a validade dos argumentos que envolvem a questão do emprego do duplo travessão, e, neste caso, providenciará a anulação da questão em tela.

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04/05/2006 - ICMS/SP - RECURSO À QUESTÃO 3 - PROVA TIPO 001 Pessoal, Nos próximos dias, traçarei algumas considerações sobre a prova de Língua Portuguesa do concurso realizado pela Fundação Carlos Chagas – Agente Fiscal de SP. Por enquanto, publico um possível recurso à questão 3 da prova Tipo 001. Cá entre nós, mas que questãozinha safada essa, hem? Era preciso ser médium (ou qualquer coisa parecida) para adivinhar o que o examinador queria dizer no enunciado (e não disse!). Diante da total falta de opções, alguns devem ter acertado (provavelmente no chute). Por isso, vamos exigir maior respeito a todos, professores e concursandos, que, após tanta dedicação, têm o direito de mostrar o seu conhecimento, e não o seu fôlego (prova longa e cansativa) ou a sua mira. Já deixo registrado que essa banca é muito intransigente (até mais do que a ESAF) e só anula uma questão quando não há a mínima possibilidade de defendê-la. De qualquer forma, vamos tentar! Agora, só me resta desejar bom descanso (aos que estão na luta pelas vagas) e bons estudos (aos que, infelizmente, não tiveram a mesma sorte).

PORTUGUÊS Instruções: As questões de números 1 a 11 referem-se ao texto abaixo. A educação é uma função tão natural e universal da comunidade humana que, pela própria evidência, leva muito tempo a atingir a plena consciência daqueles que a recebem e Fonte: pontodosconcursos.com.br

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praticam, sendo, por isso, relativamente tardio o seu primeiro vestígio na tradição literária. O seu conteúdo, aproximadamente o mesmo em todos os povos, é ao mesmo tempo moral e prático. Também entre os Gregos foi assim. Reveste, em parte, a forma de mandamentos, como honrar os deuses, honrar pai e mãe, respeitar os estrangeiros; consiste, por outro lado, numa série de preceitos sobre a moralidade externa e em regras de prudência para a vida, transmitidas oralmente pelos séculos afora; e apresenta-se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais a cujo conjunto, na medida em que é transmissível, os Gregos deram o nome de techné. Os preceitos elementares do procedimento correto para com os deuses, os pais e os estranhos foram mais tarde incorporados à lei escrita dos Estados. E o rico tesouro da sabedoria popular, mesclado de regras primitivas de conduta e preceitos de prudência enraizados em superstições populares, chegava pela primeira vez à luz do dia, através de uma antiqüíssima tradição oral, na poesia rural gnômica de Hesíodo. As regras das artes e ofícios resistiam naturalmente, em virtude da sua própria natureza, à exposição escrita dos seus segredos, como esclarece, no que se refere à profissão médica, a coleção dos escritos hipocráticos. Da educação, neste sentido, distingue-se a formação do Homem por meio da criação de um tipo ideal intimamente coerente e claramente definido. Essa formação não é possível sem se oferecer ao espírito uma imagem do homem tal como ele deve ser. A utilidade lhe é indiferente ou, pelo menos, não essencial. O que é fundamental nela é o kalón, isto é, a beleza, no sentido normativo da imagem desejada, do ideal. A formação manifesta-se na forma integral do Homem, na sua conduta e comportamento exterior e na sua atitude interior. Nem uma nem outra nasceram do acaso, mas são antes produtos de uma disciplina consciente. Já Platão a comparou ao adestramento de cães de raça. A princípio, esse adestramento limitava-se a uma reduzida classe social, a nobreza. Obs: gnômico = sentencioso (Adaptado de Werner Jaeger, Paidéia: a formação do homem grego. Trad. Artur M. Parreira, 4.ed., São Paulo: Martins Fontes, 2001, p. 23-24) Fonte: pontodosconcursos.com.br

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3. A expressão a cujo conjunto os gregos deram o nome de techné está corretamente reformulada, mantendo o sentido original, em: (A) de cujo conjunto se sabe o nome, a que os gregos deram de “techné”. (B) do qual conjunto foi nomeado, pelos gregos, como “techné”. (C) que, pelo conjunto, os gregos mencionaram por “techné”. (D) pelo conjunto dos quais os gregos nominaram de “techné”. (E)) o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de “techné”.

Gabarito oficial: E

A fim de subsidiar a argumentação que se segue, abaixo será transcrito o período em que a expressão objeto da questão 3 surge no texto. “e apresenta-se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais a cujo conjunto, na medida em que é transmissível, os Gregos deram o nome de techné.” As orações que compõem o período são: 1) e apresenta-se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais – oração sindética coordenada aditiva em relação a outra oração anterior (não reproduzido) 2) a cujo conjunto os Gregos deram o nome de techné – oração subordinada adjetiva restritiva, que apresenta como referente a expressão “conhecimentos e aptidões profissionais” Fonte: pontodosconcursos.com.br

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3) na medida em que é transmissível – oração subordinada adverbial causal

Para solucionar essa questão, basta-nos analisar as orações 1 e 2. O gabarito oficial, antes dos recursos, aponta a opção E como a correta, indicando ser o seguinte segmento aquele que, sem prejuízo de alteração do sentido, apresenta a forma corretamente reformulada do trecho em epígrafe: “o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de `techné`.” O texto, após tal reformulação, seria, então: “... e apresenta-se ainda como comunicação de conhecimentos e aptidões profissionais o conjunto dos quais recebeu dos gregos o nome de `techné`.” Na lição de Celso Cunha e Lindley Cintra, em Nova Gramática do Português Contemporâneo, “pronomes relativos são assim chamados porque se referem, de regra geral, a um termo anterior – o ANTECEDENTE. (...) Os pronomes relativos assumem um duplo papel no período por representarem um determinado antecedente e servirem de elo subordinante da oração que iniciam”. Em relação ao pronome relativo “cujo”, ensinam-nos os mestres: “Cujo é, a um tempo, RELATIVO e POSSESSIVO, equivalente pelo sentido a ‘do qual’, ‘de quem’, ‘de que’. Emprega-se apenas como pronome adjetivo e concorda com a coisa possuída em gênero e número.” (grifos não do original). Esse pronome estabelece uma ligação entre dois substantivos que apresentam uma relação de subordinação (a que os autores chamam de “posse”), como no exemplo da questão em análise: “o conjunto de conhecimentos e aptidões profissionais”. Na opção E, substituiu-se o pronome “cujo” pelo “dos quais”. Em relação aos pronomes, não há dúvidas de que são Fonte: pontodosconcursos.com.br

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equivalentes semanticamente. Contudo, essa afirmação aplica-se somente ao SENTIDO DO PRONOME, sem se levar em conta o contexto em que se apresenta, ou seja, ambos têm o mesmo valor mas não pode um ocupar o lugar do outro, acarretando, em virtude do seu emprego indevido, prejuízo à coerência e correção gramatical do período. Essa ausência de conformidade gramatical se reforça a partir da lição de Evanildo Bechara, em Lições de Português pela Análise Sintática, a seguir transcrita: “O qual – e flexões que concordam em gênero e número com o antecedente – substitui o ‘que’ e dá à expressão mais ênfase” (grifos nossos). Não há respaldo gramatical para a substituição do pronome relativo “cujo” por “o qual”. Este último somente pode ocupar o espaço do relativo "que”. Assim, a opção E não pode ser considerada como correta. Por estarem as demais opções igualmente inválidas, REQUERSE A ANULAÇÃO DA QUESTÁO 3, atribuindo-se o ponto a ela correspondente a todos os candidatos.

Fontes que embasam o recurso: Cunha, Celso & Cintra, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo, 3ª.ed.- Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001. Bechara, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa, 33ª.ed.São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1989. ------. Lições de Português pela Análise Sintática, 16ª.ed. – Rio de Janeiro: Editora Lucerna, 2000. 28/04/2006 - ICMS/SP - PROVA COMENTADA DE PORTUGUËS DO ÚLTIMO CONCURSO DA FCC Olá, pessoal

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Como sei que muita gente costuma deixar o pobrezinho do Português para a última hora (isso quando não o deixa de lado mesmo), venho hoje trazer um presentinho aos que irão prestar o concurso ICMS/SP: comentários à prova de Língua Portuguesa do concurso mais recente realizado pela Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil. Os que tiveram a oportunidade de fazer a turma de exercícios, verão muitos dos casos comentados em aula e confirmarão a reincidência das questões de prova. Aos que não a fizeram e nem, ao menos, deram uma “lidinha rápida” no material de que dispõem, aproveito a oportunidade para avisar (olha que quem avisa amigo é!!!): serão 40 questões na prova de Língua Portuguesa. Por isso, não menosprezem essa disciplina e não a deixem para o último momento da prova. Espero que estes comentários venham a auxiliar, mais uma vez, na preparação de todos vocês para a prova que será aplicada no próximo fim de semana. Bons estudos e boa prova! Claudia Kozlowski ............................................................................................................. .. CONHECIMENTOS GERAIS Atenção: As questões de números 1 a 10 referem-se ao texto seguinte. O funcionário e as paixões Quem não leu que leia o romance O amanuense Belmiro, do mineiro Cyro dos Anjos. Escrito há cerca de setenta anos, conserva a capacidade de atualização das páginas escritas com arte e verdade. Tem no título uma palavra hoje em desuso – amanuense – que o dicionário esclarece: “escrevente; funcionário de repartição pública que fazia cópias, registros e cuidava da correspondência”. Notaram o tempo dos verbos? Fonte: pontodosconcursos.com.br

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“Fazia”, “cuidava”... Coisas já do passado. Mas então, qual a atualidade desse livro? Creio que qualquer funcionário público de hoje, por modesta que seja sua função (ou talvez por isso mesmo), saberá encontrar no romance um tema de interesse permanente: o abismo que costuma se instalar entre a nossa rotina de trabalho e as paixões que alimentamos secretamente. A previsibilidade do cotidiano nos arremessa para os altos sonhos. O sonho desse amanuense Belmiro vem registrado e desenvolvido em seu diário pessoal, que é a forma pela qual o romance se apresenta: anotações metódicas, datadas, em que o funcionário fala do que lhe ocorreu na repartição, ou na rua, ou nos encontros com os amigos. Mas fala também de seu amor por Carmélia, moça que lhe é inacessível, que ele idealiza a não mais poder, fazendo dela o mito de sua vida. O leitor do romance acompanha nas páginas do diário esse ir e vir entre o sonho e rotina, entre a vida estreita do funcionário tímido e as projeções de sua fantasia romântica. A única compensação real para o amanuense está, de fato, em dar à linguagem de seu diário o capricho da melhor forma possível; seu consolo é a literatura, ainda que na forma modesta das páginas de um caderno pessoal. A vida mudou muito, não há dúvida; não existe mais, rigorosamente falando, a função de amanuense. Nem por isso deixaram de existir os funcionários que, no exercício de suas obrigações diárias, olham pela janela ou para dentro de si mesmos, buscando fixar a forma de seus desejos, os contornos de seus sonhos secretos. Hoje, entre um computador e um fax, continua a haver espaço suficiente para nossa imaginação querer mais do que a vida nos dá, tal como queria o honesto, simpático e amargurado Belmiro. (José Calixto de Mendonça) 1. A justificativa para a recomendação Quem não leu que leia o romance O amanuense Belmiro pode ser assim resumida: (A) trata-se do registro de uma função pública que, hoje extinta, deve ser lembrada pela relevância que assumiu em certa Fonte: pontodosconcursos.com.br

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época. (B) esse romance, embora não trate de tema que ainda desperte interesse, encanta-nos pela beleza e objetividade de sua linguagem. (C) seu autor soube encontrar, em palavras que não mais existem, a força de uma verdade que preenche de poesia o nosso cotidiano. (D)) esse romance já antigo, escrito na forma de um diário pessoal, cuida de uma questão subjetiva que não é alheia ao nosso tempo. (E) trata-se de um diário que vale pela recuperação histórica e realista do cotidiano que viviam os amanuenses em suas repartições.

Gabarito: D Comentário. A passagem do 2º parágrafo transcrita adiante confirma a indicação do autor à leitura do livro por tratar de uma questão que, a despeito de ser antiga, continua atual: “Creio que qualquer funcionário público de hoje, por modesta que seja sua função (ou talvez por isso mesmo), saberá encontrar no romance um tema de interesse permanente: o abismo que costuma se instalar entre a nossa rotina de trabalho e as paixões que alimentamos secretamente.”.

2. O significado de A previsibilidade do cotidiano nos arremessa para os altos sonhos está mantido nesta outra frase: (A) Apesar de nossos sonhos serem altos, sentimo-nos arremessados pelo nosso cotidiano mais previsível. (B)) A falta de surpresa do nosso cotidiano nos impulsiona Fonte: pontodosconcursos.com.br

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para a altura em que pairam os sonhos. (C) Mesmo quando imprevisível, o nosso cotidiano contém os sonhos que nos impulsionam para o que sequer imaginamos. (D) Nos nossos sonhos mais altos, os fatos mais simples do cotidiano ganham uma força súbita e imprevista. (E) Se nosso cotidiano fosse menos imprevisível, não seríamos lançados aos sonhos mais altos.

Gabarito: B Comentário. O que nos remete aos altos sonhos é exatamente a rotina do cotidiano. Essa afirmação também está presente na oração da alternativa (B). Note que a passagem “a altura em que pairam os sonhos” tem sentido conotativo.

3. Considere as seguintes afirmações: I. Cyro dos Anjos escreveu um romance que apresenta a singularidade de se desenvolver na forma de um diário pessoal, escrito por um amanuense vocacionado para a literatura. II. Em seu diário, o amanuense se esquiva de qualquer fato que lembre sua rotina, dedicando-se às fantasias nascidas de sua imaginação romântica. III. Os leitores de O amanuense Belmiro não conseguem se identificar com as oscilações do funcionário, mas se consolam com a beleza de sua linguagem. Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em

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(A)) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

Gabarito: A Comentário. Uma parte da afirmação do item I encontra respaldo nas seguintes passagens: “O sonho desse amanuense Belmiro vem registrado e desenvolvido em seu diário pessoal, que é a forma pela qual o romance se apresenta” e “A única compensação real para o amanuense está, de fato, em dar à linguagem de seu diário o capricho da melhor forma possível; seu consolo é a literatura, ainda que na forma modesta das páginas de um caderno pessoal.”. Percebe-se, no texto, o gosto de Belmiro pela literatura, uma forma de compensação à rotina e à vida estreita enfrentada diariamente, mas não precisamente um talento ou aptidão para isso. Contudo, a despeito de não encontrarmos referência para asseverar que Belmiro possuía vocação para a literatura, em função da incorreção dos demais itens, só nos resta considerar esta assertiva como correta por ser a única resposta válida. Como a prova foi aplicada recentemente, devemos aguardar o resultado final. II – Vemos no 3º parágrafo indicações de que essa assertiva não está correta: “O sonho desse amanuense Belmiro vem registrado e desenvolvido em seu diário pessoal, que é a forma pela qual o romance se apresenta: anotações metódicas, datadas, em que o funcionário fala do que lhe ocorreu na Fonte: pontodosconcursos.com.br

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repartição, ou na rua, ou nos encontros com os amigos.”. III – Não é isso que José Calixto de Mendonça, o autor do texto, afirma em: “Creio que qualquer funcionário público de hoje, por modesta que seja sua função (ou talvez por isso mesmo), saberá encontrar no romance um tema de interesse permanente(...)”

4. Atente para as seguintes frases: I. (...) vem registrado e desenvolvido em seu diário pessoal (...). II. (...) anotações metódicas, datadas (...). III. (...) na forma modesta das páginas de um caderno pessoal. Essas três frases têm em comum (A) a notícia que dão acerca do assunto de que trata o amanuense. (B)) a referência que fazem à forma de apresentação do romance. (C) o enaltecimento de um específico traço do estilo de Cyro dos Anjos. (D) a razão pela qual o tema do romance se conserva atual. (E) a oscilação afetiva vivida pelo amanuense Belmiro.

Gabarito: B Comentário. As expressões “diário pessoal”(I e III), “anotações metódicas, datadas” (II) e “forma modesta” indicam o método de apresentação do romance de Cyro dos Anjos.

Fonte: pontodosconcursos.com.br

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5. Na frase do segundo parágrafo por modesta que seja sua função (ou, talvez, por isso mesmo), a expressão entre parênteses pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido do contexto, por (A) ou, quem sabe, apesar disso. (B) ou indo, talvez, além disso. (C)) ou, quem sabe, em razão disso. (D) ou mesmo a despeito disso, talvez. (E) ou ainda, quem sabe, a fim disso.

Gabarito: C Comentário. A única opção que apresenta uma expressão que indica a idéia de motivo, razão, assim como ocorre em “por isso”, é a da letra (C) – “em razão disso”. As conjunções apresentadas nas demais opções atribuem as seguintes circunstâncias: (A) e (D) adversativa - apesar de / a despeito de; (B) aditiva - além de; (E) final - a fim de.

6. Está plenamente atendida a concordância verbal em: (A) Para o amanuense, não teriam havido outras compensações, além das alegrias que lhe proporcionavam a elaboração da linguagem do diário. Fonte: pontodosconcursos.com.br

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(B) Entre um computador e um fax ainda existem, nas palavras do autor, muito estímulo para as nossas paixões se manifestarem. (C) As preocupações íntimas, que se costuma traduzir na linguagem pessoal de um diário, pode suscitar o interesse de um grande número de leitores. (D) Ninguém duvide de que possa estar na forma modesta de um diário pessoal as questões subjetivas que a cada um de nós é capaz de afetar. (E)) É nas palavras de um diário que se formaliza a nossa subjetividade, é nelas que se espelham as faces profundas dos nossos desejos.

Gabarito: E Comentário. (A) Em uma locução verbal, o verbo auxiliar realiza a flexão que o verbo principal faria se estivesse sozinho. Na locução verbal “teriam havido”, o verbo “haver” (principal) é impessoal, pois apresenta o sentido de “existência”. Por isso, mantém-se na 3ª pessoa do singular. Assim, essa flexão deve ser realizada pelo verbo auxiliar “ter”, mantendo no singular – “... não teria havido outras compensações...”. Vimos em nossas aulas que “outras compensações” exerce a função de objeto direto da construção oracional, não interferindo na concordância verbal. (B) Tanto o verbo haver quanto o verbo existir podem indicar existência. A despeito de apresentarem o mesmo significado, possuem estruturas sintáticas distintas. Enquanto que o verbo haver é impessoal (não tem sujeito) e, por isso mesmo, se mantém na 3ª pessoa do singular (o que o acompanha e é o complemento verbal), o verbo existir possui sujeito e com este Fonte: pontodosconcursos.com.br

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deve realizar a concordância. A partir dessa observação, note que o sujeito de “existir” na construção “Entre um computador e um fax ainda existem (...) muito estímulo” é um elemento que está no singular – “estímulo”. Por isso, o verbo deveria ser conjugado na 3ª pessoa do singular – existe. (C) Nessa questão, verificamos uma técnica muito comum praticada pelas bancas examinadoras para “enganar” o candidato em questões de concordância (a ESAF é mestra nisso). Consiste em separar o sujeito do verbo por uma série de elementos, de preferência em um número diferente daquele em que deverá figurar o verbo. Assim, o candidato corre o risco de se esquecer qual era o núcleo do sujeito e não perceber o deslize de correspondência entre o verbo e o sujeito. Vamos sublinhar o que interessa para a análise: “As preocupações íntimas, que se costuma traduzir na linguagem pessoal de um diário, pode suscitar o interesse...” Opa! A locução verbal está no singular enquanto que o sujeito é plural. Questão clássica. Na hora da prova, faça isto – sublinhe o sujeito e compare com o verbo. (D) Em “Ninguém duvide de que possa estar na forma modesta de um diário pessoal as questões subjetivas que a cada um de nós é capaz de afetar?”, notam-se DOIS erros de concordância. Vamos à análise. “Ninguém duvide de que...” [ até aí, tudo bem...] O sujeito de “possa estar na forma modesta de um diário pessoal” é “as questões subjetivas”. Por isso, o verbo auxiliar da locução deveria ser flexionado no plural – “possam estar (...) as questões subjetivas...”. Por fim, o pronome relativo que inicia a oração adjetiva tem por referente “as questões subjetivas”, levando todos os elementos do predicado para o plural: “as questões subjetivas que são capazes de afetar a cada um de nós”. O complemento Fonte: pontodosconcursos.com.br

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do verbo afetar (transitivo direto) recebeu uma preposição (“afetar a cada um de nós”) para evitar a ambigüidade na identificação do elemento que exerce a função de sujeito dessa oração (o pronome relativo).

7. Mas fala também de seu amor por Carmélia, moça que lhe é inacessível, que ele idealiza a não mais poder, fazendo dela o mito de sua vida. No período acima, (A)) as duas ocorrências da palavra que têm o mesmo referente da palavra dela. (B) as palavras seu e sua referem-se a pessoas distintas. (C) o pronome lhe tem como referência a moça Carmélia. (D) a forma lhe poderia ser desdobrada e substituída por com ele. (E) o segmento que ele idealiza pode ser substituído por que é idealizado.

Gabarito: A Comentário. O pronome oblíquo “ela”, contraído com a preposição “de” em “dela”, tem por referente o substantivo “moça” (“fazendo da moça o mito de sua vida”), o mesmo referente do pronome relativo “que” nas duas passagens subseqüentes: “que lhe é inacessível” = “a moça lhe é inacessível” e “que ele idealiza” = “ele idealiza a moça”. Em relação aos demais itens, cabem os seguintes comentários. (B) O pronome possessivo “seu” (em “fala também de seu amor por Carmélia”) tem por referente “Belmiro”, presente no Fonte: pontodosconcursos.com.br

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período anterior, assim como o pronome “sua”, em “o mito de sua vida” (“mito da vida de Belmiro”). Têm, portanto, o mesmo referente. (C) A passagem “moça que lhe é inacessível” equivale a “a moça é inacessível a ele (Belmiro)”. Logo, o pronome “lhe” não se refere a “moça”, mas a “ele / Belmiro”. (D) Como vimos no comentário acima, o pronome “lhe” equivale a “a ele” e não a “com ele”. (E) Não pode uma estrutura de voz ativa (ele idealiza a moça) ser substituída, sem prejuízo, pela forma passiva “que é idealizado”, uma vez que o objeto direto (que passa a ser o sujeito na voz passiva) é “moça” e não “ele”. Assim, se houvesse a transposição de vozes, a forma passiva seria “que é idealizada” (feminino).

8. Notaram o tempo dos verbos? “Fazia”, “cuidava”... Coisas já do passado. Pode-se corretamente acrescentar à observação acima, feita a propósito do emprego do tempo verbal, esta outra observação: (A) Coisas que ocorriam de modo imprevisível. (B) Coisas que ocorriam muito raramente. (C) Ações súbitas e rápidas. (D)) Ações que ocorriam sistematicamente. (E) Ações que ocorriam simultaneamente.

Gabarito: D Comentário. Vimos, na aula sobre verbos, que o pretérito imperfeito do Fonte: pontodosconcursos.com.br

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indicativo indica a ocorrência habitual e com certa duração de um fato passado. Assim, a definição que atende ao enunciado é “ações que ocorriam sistematicamente”, ou seja, ocorriam (passado) com habitualidade (sistemático = ordenado, metódico).

9. Escrito há cerca de setenta anos, / conserva a capacidade de atualização das páginas escritas com arte e verdade. Estaria explicitada a relação de sentido entre os dois segmentos destacados no período acima caso iniciasse (A) o primeiro segmento por Uma vez. (B) o primeiro segmento por Porquanto. (C)) o primeiro segmento por Ainda que. (D) o segundo segmento por por isso. (E) o segundo segmento por de tal modo.

Gabarito: C Comentário. As conjunções “uma vez que”, “por isso”, “porquanto”, “de tal modo” atribuem à oração subordinada um valor causal. Contudo, as orações “Escrito há cerca de setenta anos” e “conserva a capacidade de atualização das páginas escritas com arte e verdade” estão em campos semânticos opostos: a primeira indica antiguidade, enquanto que a segunda, sua atualidade. Em virtude disso, a conjunção que se presta a unir as duas orações é “ainda que”, de valor concessivo.

10. Está inteiramente clara e correta a redação do seguinte Fonte: pontodosconcursos.com.br

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comentário acerca do texto transcrito: (A) O autor se posiciona durante dois dos momentos do texto, a saber quando fala empregando “Creio” e depois durante o momento onde se inclue no plural de “nossa imaginação”, assim como também em “nos dá”. (B) Fica subtendido no texto que Carmélia devia de estar em outra classe social, ou talvez alguma outra razão que deixasse o amanuense achando que a moça não lhe dava acesso. (C) Tem razão o autor em suspeitar de que mesmo na vida moderna, comandada pela velocidade da eletrônica, temos tempo para previlegiar nossos sonhos e nossas obcessões mais fantasiosas. (D) É realmente possível que nossos sonhos melhor imaginados nascem por estímulo do que há de entedioso e de previsível no nosso cotidiano, em cujo arrastar não conseguimos realização. (E)) Há palavras que entram em desuso pelo fato de desaparecerem as coisas que nomeiam, como no caso de “amanuense”, que designa uma função burocrática há muito extinta.

Gabarito: E Comentário. (A) A conjugação dos verbos terminados em –UIR não segue o modelo dos verbos de 3ª conjugação. Essa observação consta, inclusive, da aula demonstrativa da turma para o ICMS/SP. Esses verbos apresentam a letra “i” na conjugação da 3ª pessoa do singular (incluir – inclui). (B) Para a correção do período, deve-se retirar a preposição na locução verbal “devia estar”. (C) Notam-se três incorreções nesse item: erro de sintaxe de regência na passagem “em suspeitar de que” – o verbo Fonte: pontodosconcursos.com.br

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suspeitar é transitivo direto, devendo-se retirar a preposição “de”; erro de ortografia: os vocábulos privilegiar (veja que essa palavra foi objeto de comentário na aula demonstrativa) e obsessões estão incorretamente grafados; erro de pontuação, pois faltou uma vírgula após a conjunção “que” para isolar a expressão “mesmo na vida moderna”. (D) Quando o advérbio “bem” acompanha um adjetivo de base participial (sua origem é o particípio de um verbo), forma-se um conjunto adjetivo (bem-humorado / bem-vestido). Ao superlativar essa locução adjetiva, o advérbio “mais” não deve se contrair com o “bem” (elemento formador da locução). Mantêm-se independentes (“Ele é o mais bem-vestido do grupo”; “Hoje ele está mais bem-humorado” e não “melhor vestido” ou “melhor humorado”). Não importa se os elementos estão ligados por hífen ou não. Assim, a forma correta seria, na oração: “É realmente possível que nossos sonhos mais bem imaginados nascem por estímulo...”. Não existe o vocábulo “entedioso”. Em seu lugar, deveria ter sido empregado o adjetivo correspondente a “tédio”: entediante. Por fim, está correta a última passagem do texto (que pode ter levado muita gente a considerar essa opção errada). O relativo “cujo”, como vimos exaustivamente em nossos encontros, liga dois substantivos que apresentam relação de dependência. Na oração, o vocábulo que sucede o relativo é um verbo que, por derivação imprópria, se tornou um substantivo (“o arrastar”). Admite-se, assim, o emprego do “cujo” (“o arrastar do cotidiano”). A oração subordinada adjetiva seria: “não conseguimos realização no arrastar de nosso cotidiano”.

Atenção: As questões de 11 a 20 referem-se ao texto seguinte. Fobias As pessoas que defendem o pastoral e a volta ao primitivo Fonte: pontodosconcursos.com.br

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nunca se lembram, nas suas rapsódias à vida rústica, dos insetos. Sempre que ouço alguém descrever, extasiado, as delícias de um acampamento – ah, dormir no chão, fazer fogo com gravetos e ir ao banheiro atrás do arbusto – me espanto um pouco mais com a variedade humana. Somos todos da mesma espécie, mas o que encanta uns horroriza outros. Sou dos horrorizados com a privação deliberada. Muitas gerações contribuíram com seu sacrifício e seu engenho para que eu não precisasse fazer mais nada atrás do arbusto. Me sentiria um ingrato fazendo. E a verdade é que, mesmo para quem não tem os meus preconceitos, as delícias do primitivo nunca são exatamente como as descrevem. Aquela legendária casa à beira de uma praia escondida onde a civilização ainda não chegou, ou chegou mas foi corrida pelo vento, e onde tudo é bom e puro, não existe. E se existe, nunca é bem assim. – Um paraíso! Não há nem um armazém por perto. Quer dizer, não há acesso à aspirina, fósforos ou qualquer tipo de leitura. – A gente dorme ouvindo o barulho do mar... E de animais terrestres e anfíbios tentando entrar na casa para morder o seu pé. E, se morder, você morre. O antibiótico mais próximo fica a 100 quilômetros e está com a data vencida. Não. Fico na cidade. A máxima concessão que faço à vida natural, no verão, são as bermudas. E, assim mesmo, longas. Muito curtas já é um começo de volta à selva. (Luiz Fernando Veríssimo, Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002, p. 103-104). 11. Atente para as seguintes afirmações: I. O sentido da palavra pastoral, no contexto em que vem empregada, é: relativo a campo, à vida campestre, em contato direto com a natureza. II. O cronista estabelece uma oposição, central em seu texto, entre a vida rústica no interior e o isolamento numa casa em praia deserta. Fonte: pontodosconcursos.com.br

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III. A pessoa que diz “– Um paraíso! Não há nem um armazém por perto” está-se valendo de profunda ironia. Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em: (A)) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III.

Gabarito: A Comentário. I – CERTA. “Pastoral”, segundo Aurélio, é um adjetivo que apresenta a concepção de “relativo ao campo, campestre, pastoril”. Essa é a acepção utilizada em “As pessoas que defendem o pastoral”, com a substantivação do adjetivo. II – ERRADA. O tema central, já indicado pelo título, é a repulsa que o autor demonstrar ter em relação aos “prazeres” da vida rústica. III – ERRADA. A ironia parte do autor do texto, Luiz Fernando Veríssimo, em relação àquele que afirma “Um paraíso! Não há nem um armazém por perto”, uma vez que, a partir da afirmação “Quer dizer, não há acesso à aspirina, fósforos ou qualquer tipo de leitura”, demonstra não ver nisso vantagem alguma.

12. Considerando-se o contexto, a frase Sou dos horrorizados com a privação deliberada deve ser entendida como uma Fonte: pontodosconcursos.com.br

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manifestação do cronista contra (A) a condição de pobreza e desamparo a que tantos estão submetidos. (B) o hábito que têm as pessoas de proclamarem sua suposta miséria. (C)) a opção de renunciar às conquistas da vida urbana e civilizada. (D) o desejo egoísta de se apartar da vida social e de seus desafios. (E) a teimosia de muitos em ignorar a privação real em que tantos vivem.

Gabarito: C Comentário. A privação deliberada a que se refere o autor é em relação a: “dormir no chão, fazer fogo com gravetos, ir ao banheiro atrás do arbusto”. Segundo ele, as conquistas alcançadas pelas gerações passadas “contribuíram com seu sacrifício e seu engenho” para que isso não mais tivesse necessidade de acontecer.

13. Caso houvesse no cronista a preocupação de atender rigorosamente à norma culta da língua escrita, em vez de assimilar construções mais informais da linguagem oral, ele deveria substituir I. a expressão Me sentiria, num começo de período, por Sentirme-ia ou Eu me sentiria. II. a palavra onde, na frase onde a civilização ainda não chegou, por aonde.

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III. a construção concessão que faço por concessão de que faço. Está correto o que se propõe substituir em (A) I, II e III. (B)) I e II, somente. (C) I e III, somente. (D) II e III, somente. (E) II, somente.

Gabarito: B Comentário. I – CORRETA. A norma culta condena o início de período por pronome oblíquo átono, como em “Me sentiria”. II – CORRETA. A regência do verbo chegar é transitiva indireta com a preposição “a” (lembre-se da dica: verbo que indica movimento rege preposição “a”). Essa preposição deve anteceder o pronome relativo onde, que se refere a “uma praia escondida”, ou seja, um lugar. III – ERRADA. A troca ocasionaria um prejuízo gramatical à oração, uma vez que o pronome relativo ‘que’ se refere “concessão”, que, na oração adjetiva, exerce a função de objeto direto: “[eu] faço a concessão”. Como o verbo “fazer” é transitivo direto, não pode haver uma preposição “de” antes desse pronome relativo.

14. É preciso corrigir a seguinte frase, na qual há um equívoco quanto à concordância verbal: (A) As maravilhas que se dizem a respeito de uma vida Fonte: pontodosconcursos.com.br

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bucólica ou primitiva não parecem ter em nada animado o cronista. (B) Não consta, entre as fobias declaradas pelo cronista, a de se sentir distante de alguém a quem o prendam laços afetivos. (C) Não se ouvem apenas os cantos do mar, mas também os sons de insetos e animais que podem representar uma séria ameaça. (D)) Uma das convicções do bem-humorado cronista é a de que usar bermudas longas constituem a maior de suas concessões à vida natural. (E) Fica sugerido que livros, jornais e revistas são, para o cronista, artigos de primeira necessidade, como o são fósforos ou aspirina.

Gabarito: D Comentário. O que constitui “a maior de suas concessões à vida natural”? Resposta: usar bermudas longas. Como o sujeito é oracional (reduzido de infinitivo impessoal), o verbo fica na 3ª pessoa do singular: “Uma das convicções do bem-humorado cronista é a de que usar bermudas longas constitui a maior de suas concessões à vida natural”. Estão corretas as demais opções. Comentaremos algumas das passagens que podem ter sido objeto de dúvidas. (A) O pronome relativo “que” refere-se a “maravilhas”. O verbo dizer é transitivo direto. Acompanhado do pronome “se”, constrói voz passiva, cujo sujeito é “maravilhas” (certamente você não acharia “esquisita” a construção: “as maravilhas que são ditas ...”). Por isso, está correta a flexão verbal em “As maravilhas que se dizem a respeito de uma vida bucólica ou primitiva”. Em seguida, retomando o sujeito “as maravilhas”, a locução verbal se flexiona no plural: “não parecem ter em nada animado o cronista”. Fonte: pontodosconcursos.com.br

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(B) A passagem “a quem o prendam laços afetivos” equivale a “laços afetivos prendem-no [o cronista] a quem [a alguém]”. Como o sujeito do verbo “prender” é “laços afetivos”, está correta a concordância verbal. (C) Mais uma vez, temos ótimos exemplos de construção de voz passiva pronominal. O verbo “ouvir” é transitivo direto. Acompanhado do pronome “se” (apassivador), deve concordar com o sujeito paciente, quais sejam: “os cantos do mar” e “os sons de insetos e animais”, justificando, assim, a flexão verbal (“Não se ouvem”). Em seguida, o pronome relativo “que” substitui o substantivo “sons” e leva o verbo “poder”, auxiliar da locução “podem representar”, para o plural. (E) Como o sujeito de “Fica sugerido” é uma oração, o verbo está corretamente conjugado na 3ª pessoa do singular.

15. Na frase Não há acesso à aspirina, fósforos ou qualquer tipo de leitura, o segmento sublinhado [EM NEGRITO] pode ser corretamente substituído por (A) Não têm meios de se obter. (B) Fica-se indisponível de. (C) Fica-se tolhido de. (D) Não há como ir de encontro a. (E)) Não há como se prover de.

Gabarito: E Comentário. O emprego do pronome “se” atribui à construção uma forma indeterminada do sujeito, ou seja, o mesmo caráter impessoal do verbo “haver” usado na forma original (“Não há acesso...”). Fonte: pontodosconcursos.com.br

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Está, portanto, correto. A maldade dessa questão ficou por conta destas duas opções: (A) O verbo “ter” foi empregado no sentido de existência, equivalente a “não há / existem meios de se obter”. Contudo, essa construção não encontra abono na norma culta. Considerando a informalidade do texto, essa opção poderia ser considerada válida. Por isso, teríamos de analisar as demais sugestões para indicar a que poderia substituir de forma escorreita a passagem destacada. Não há dúvidas de que isso ocorreu na ÚLTIMA opção. (C) O verbo “tolhir” significa “impedir”. Pode alguém ficar “impedido de aspirina”? A substituição proposta acarreta prejuízo de coesão textual à passagem. Estaria correta a proposta que tivesse sido: “Fica-se tolhido de obter/adquirir”.

16. Somos todos da mesma espécie, mas o que encanta uns horroriza outros. Caso o período acima iniciasse com a frase O que encanta uns horroriza outros, uma consecução coerente e correta seria: (A) dado que somos todos da mesma espécie. (B) embora se tratem todos da mesma espécie. (C) haja vista de que somos todos da mesma espécie. (D)) conquanto sejamos todos da mesma espécie. (E) posto que formos todos da mesma espécie.

Gabarito: D Comentário. A idéia entre as duas orações é adversa. Deve-se usar, Fonte: pontodosconcursos.com.br

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portanto, uma conjunção adversativa ou concessiva. Deve-se, também, observar a correção gramatical da proposta. Estão incorretas as demais sugestões pelos motivos que se seguem. (A) A conjunção “dado que” atribui um valor causal à oração (uma vez que, por causa de). (B) O erro não está na conjunção, mas na flexão do verbo “tratar” que, acompanhado do pronome “se”, forma sujeito indeterminado: “embora se trate da mesma espécie”. (C) Além de ser inapropriado o emprego de “haja vista que”, houve um erro ao acrescentar uma preposição “de” à expressão. (E) A conjunção “posto que”, corretamente utilizada por ter caráter concessivo equivalente a “ainda que”, “embora” (e não causal, como alguns pressupõem), admite, na construção, que o verbo seja conjugado no presente do subjuntivo (“posto que sejamos todos da mesma espécie”) ou no presente do indicativo (“posto que somos todos da mesma espécie”), mas não no futuro do subjuntivo (formos).

17. Considerando-se as palavras anfíbios e antibiótico, é correto afirmar que (A)) ambas têm o mesmo radical e apresentam prefixo. (B) ambas têm o mesmo radical e apresentam sufixo. (C) os prefixos de ambas têm sentido equivalente. (D) há em ambas sufixos de sentido equivalente. (E) ambas são exemplos de derivação parassintética.

Gabarito: A Fonte: pontodosconcursos.com.br

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Comentário. Esse assunto (“Estrutura e Formação das Palavras”) não está no edital do concurso para Agente Fiscal de Tributos Estaduais (vulgo “ICMS/SP”). Mesmo assim, iremos comentar a questão. As duas palavras apresentam o mesmo radical: “bio”, que indica “vida”. O prefixo da primeira, “anfi”, designa a passagem “de um lado para o outro”. Por exemplo, um veículo anfíbio é, portanto, o que pode transitar tanto na água quanto na terra, da mesma forma que um animal anfíbio (sapo). Já “anti” é um prefixo grego que indica oposição, contrariedade, ação contrária. Por isso, está correta a afirmação da opção (A).

18. Está plenamente correta a pontuação do seguinte segmento: (A) Pode viver um homem sem acesso à civilização. Não pode: embora haja muitos que pensem o contrário. O que não é evidentemente, o caso do cronista. (B)) O poeta Álvares de Azevedo, no século XIX, parecia alimentar a mesma convicção do cronista. Embora fosse um romântico, o poeta ridicularizava os idealistas que, tendenciosamente, omitiam as agruras da vida natural. (C) O cronista é um dos maiores humoristas nossos, sem receio de ofender pontos de vista alheios, costuma atacar o senso comum; no que este tem de vicioso e sobretudo, artificial. (D) Provavelmente se sentirão hostilizados, aqueles que defendem as delícias da vida natural. Em compensação: os que relutam em aceitá-la, muito se divertirão com essa crônica. (E) Não se privaria o cronista, do conforto que oferecem instalações sanitárias, em nome de uma vida mais pura e mais rústica. Por que haveríamos de renunciar aos ganhos da Fonte: pontodosconcursos.com.br

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civilização, pergunta-se ele?

Gabarito: B Comentário. (A) O primeiro período, na verdade, deveria ser interrogativo (“Pode viver um homem sem acesso à civilização?”), apresentando-se a resposta no segundo período (“Não pode”). A partir daí, uma vírgula o separa da oração subordinada concessiva (“Não pode, embora haja muitos que pensem o contrário”). Os dois pontos estão empregados de forma incorreta. Além disso, o verbo “ser” foi separado indevidamente de seu complemento “o caso do cronista” por uma vírgula. A expressão adverbial “evidentemente” deveria vir isolada por DUAS vírgulas ou sem nenhuma delas, por ser um termo curto e de fácil entendimento. (C) O primeiro período se encerra em “nossos”. Deve ser indicada essa interrupção por um ponto final. A seguir, está indevidamente empregado o ponto-e-vírgula, que separa o verbo “atacar” de seu complemento (“atacar no que este tem ...”). Por fim, faltou a primeira vírgula da série que isola o vocábulo “sobretudo” (“e, sobretudo, artificial.”). (D) O sujeito do verbo “sentir” é “aqueles”. Uma vírgula separa o sujeito do verbo correspondente, devendo ser retirada. No período seguinte, a expressão introdutória “Em compensação” deve ser seguida por uma vírgula, e não pelo sinal de dois pontos. Por sua vez, a vírgula que separa o sujeito, representado pelo pronome demonstrativo “os” (em “os [que relutam em aceitála]”), do predicado “muito se divertirão” incorre em um dos casos de proibição (separa sujeito do verbo). (E) Um dos complementos do verbo bitransitivo privar foi separado deste por uma indevida vírgula (“Não se [objeto Fonte: pontodosconcursos.com.br

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direto] privaria o cronista [sujeito] do conforto [objeto indireto]”).

19. Muitas gerações contribuíram com seu sacrifício e seu engenho para que eu não precisasse fazer mais nada atrás do arbusto. Uma paráfrase adequada e correta da frase sublinhada [EM NEGRITO] é: (A) Muitos sacrifícios e engenhos foram feitos por sucessivas gerações. (B) Foram necessários o sacrifício e o engenho que em muitas gerações contribuíram. (C)) Houve a contribuição do sacrifício e do engenho de muitas gerações. (D) Em muitas gerações foram verificados seu sacrifício e seu engenho. (E) Sacrifício e engenho, em muitas gerações, vêm contribuindo.

Gabarito: C Comentário. “Paráfrase” é nada mais é do que dizer a mesma coisa com outras palavras. Não se assuste com o vocabulário. Mesmo que não soubesse o significado dessa expressão, a partir das opções, teria condições de perceber o que exige o examinador. (A) A palavra “engenho”, no texto, tem o sentido de “talento”. Por isso, não há possibilidade de ninguém ‘fazer talento’, como proposto nessa oração (“...engenhos foram feitos”). (B) Além da falta de uniformidade semântica, essa opção Fonte: pontodosconcursos.com.br

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também seria descartada em virtude do erro de sintaxe da regência do verbo “contribuir”, que, na oração, rege a preposição “com”, e não “em”. (D) Houve mudança de sentido nessa proposição. (E) Houve prejuízo de coerência e de coesão na sentença desta opção. Não se afirma que são “o sacrifício e o engenho” que contribuem com alguma coisa.

20. A expressão de que preenche corretamente a lacuna da frase: (A) A privação ...... o autor não se conforma é a de itens como aspirina, fósforos e leituras. (B) O cronista não está nada interessado num tipo de vida ...... muita gente aspira. (C) Há detalhes desagradáveis da vida rústica ...... muita gente parece omitir, no entusiasmo de seus relatos. (D) Muitos leitores partilharão das mesmas fobias ...... o cronista enumerou em seu texto. (E)) Há quem veja como supérfluos os recursos urbanos ...... o cronista se recusa a abrir mão.

Gabarito: E Comentário. Essa é uma questão clássica da Fundação Carlos Chagas. Para responder a essa questão, devemos observar dois aspectos: o emprego do pronome relativo adequado à construção e a exigência de preposição por algum termo regente (verbo, substantivo, adjetivo) da oração subordinada adjetiva. Fonte: pontodosconcursos.com.br

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Na opção (E), a expressão “abrir mão” exige a preposição “de” (Alguém abre mão DE alguma coisa). Essa preposição antecede o pronome relativo que se refere a “recursos urbanos”. Então, a lacuna deverá ser preenchida com a expressão “de que”: “Há quem veja como supérfluos os recursos urbanos de que o cronista se recusa a abrir mão”. Vejamos as demais opções: (A) O verbo “conformar-se” (pronominal) rege a preposição “com” (Alguém se conforma COM alguma coisa). A lacuna seria preenchida por “com que”: “A privação COM QUE o autor não se conforma é a de itens como aspirina, fósforos e leituras”. (B) O verbo “aspirar”, no sentido de “desejar ardentemente”, rege a preposição “a”, devendo esta anteceder o pronome relativo: “O cronista não está nada interessado num tipo de vida A QUE muita gente aspira”. (C) O verbo “omitir” é transitivo direto. Não há, portanto, nenhuma preposição antes do pronome relativo: “Há detalhes desagradáveis da vida rústica QUE muita gente parece omitir, no entusiasmo de seus relatos”. (D) O verbo “enumerar” possui complemento direto, não devendo ser empregada nenhuma preposição antes do pronome “que”: “Muitos leitores partilharão das mesmas fobias QUE o cronista enumerou em seu texto”.

12/04/2006 - Dúvida de Português na prova de Informática Queridos alunos, Vejam como o domínio de nosso idioma tem repercussão em praticamente todas as provas de um certame, não só na prova de Língua Portuguesa.

Fonte: pontodosconcursos.com.br

Claudia K

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Recentemente, recebi uma dúvida sobre a interpretação de uma frase em uma questão da prova de Informática do concurso de AFRF 2005. Seguem a mensagem e a resposta na íntegra.

Cláudia,

No concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal realizado em 17/12/05 caiu uma questão que, apesar de ser relativa à disciplina de informática, gerou dúvidas quanto à interpretação de uma das alternativas que foi considerada errada pela Banca examinadora que foi a ESAF, porém, dependendo da interpretação ela é considerada certa, o que anularia a questão. Segue a alternativa para seu comentário e parecer: Prova Tributária e Aduaneira(opção Inglês) - Prova 1 - Questão 53: alternativa a) "uma pasta constitui um meio de organização de programas e de documentos em disco e pode conter apenas arquivos. " Qual a interpretação desta afirmativa: uma pasta só pode conter arquivos ou uma pasta também pode conter só arquivos. Não sei se deu para entender a dúvida? Na verdade a ESAF interpretou que ela só pode conter arquivos e considerou a questão incorreta pois ela pode conter outras coisas além de arquivos. Aguardo seu parecer e muito obrigado,

Há duas análises a fazer. A primeira, a respeito do emprego de palavras denotativas.

Fonte: pontodosconcursos.com.br

Claudia K

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Vamos partir de um exemplo: em um cartaz, o aviso "Peça ajuda somente a funcionários do banco" é diferente de "Somente peça ajuda a funcionários do banco" e de "Peça somente ajuda a funcionários do banco.". Em "Peça ajuda somente a funcionários do banco", indica-se o perigo de se pedir ajuda a estranhos. Só os funcionários estão aptos a ajudar. Essa é a informação que deveria estar em todas as agências bancárias. Contudo, não é sempre isso que escrevem por aí, causando confusão. Em "Somente peça ajuda a funcionários do banco", determinase que os funcionários do banco estão ali para ajudar, e só. Não se pode pedir um favor, puxar uma conversa, tirar dúvidas, entregar um depósito... a eles só se pode PEDIR AJUDA. Em "Peça somente ajuda a funcionários do banco", a palavra, agora, está ligada a "ajuda", delimitando-se ainda mais o que os funcionários do banco poderão fazer - a eles só se pode pedir AJUDA, não se pode pedir mais nada além disso. Agora, com esse esclarecimento, vamos à questão. Quando o autor afirma que "pode conter apenas arquivos.", a palavra "apenas" está acompanhando "arquivos" com idéia excludente, ou seja, nada além de arquivos pode estar na pasta. Se a intenção tivesse sido modificar o verbo, a palavra "apenas" deveria ser empregada junto dele, ou melhor, da locução verbal - "apenas pode conter arquivos", equivalente a "não pode nada além de conter arquivos", ou seja, não pode imprimir arquivos, copiar arquivos...só pode conter arquivos (se é que isso faz algum sentido). O pior ainda está por vir. Uma outra palavra acarretou uma ambigüidade que ensejaria a anulação da questão. Vejamos. O problema reside no emprego do verbo "poder". Isso porque esse verbo tanto indicar "possibilidade" como "obrigação / permissão / capacitação". Quando a questão afirma que "uma pasta constitui um meio de organização de programas e de documentos em disco e pode conter apenas arquivos”, está formada a ambigüidade. Fonte: pontodosconcursos.com.br

Claudia K

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Se considerarmos esse "pode" como obrigação / permissão / capacitação ("a pasta tem a capacidade de conter apenas arquivos"), a assertiva está INCORRETA . A pasta, além de arquivos, está apta a conter outras pastas. Contudo, se o entendimento for no sentido de "possibilidade" ("a pasta tem a possibilidade de conter apenas arquivos"), ela está CORRETA no seguinte sentido: se a pasta tem a capacidade de conter arquivos e outras pastas, é possível ao usuário manter nela apenas arquivos. Em resumo, essa ambigüidade, que poderia ter sido evitada com o emprego de outras construções mais adequadas, prejudicou os candidatos que fizeram uma interpretação diferente da da banca. OBSERVAÇÃO: E se você achou estranha essa última construção (“uma interpretação diferente da da banca”) e está achando que isso mais parece um papo de maluco ou de neném (“da da”), saiba que está ABSOLUTAMENTE CORRETA. “Diferente” é um adjetivo que exige a preposição “de” – “uma interpretação diferente de...”. Em seguida, essa preposição se contrai com o pronome demonstrativo “a”, que se refere a “interpretação” – “uma interpretação diferente da ...”. Como esse pronome demonstrativo “a” está no lugar de “interpretação” (“uma interpretação diferente da interpretação”) e, na seqüência, se apresenta o “dono” da interpretação, mais uma vez se deve empregar a preposição “de”, que estabelece uma relação de posse entre “interpretação” e “banca”. Assim, fica: uma interpretação diferente da [a = interpretação] da banca. Abraço e até a próxima.

Fonte: pontodosconcursos.com.br

Claudia K

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28/03/2006 - PROVA PROCURADOR BACEN - FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS JAN/2006 Oi, pessoal

Esta matéria se dirige aos que estão se preparando para o concurso de Fiscal do ICMS/SP, a ser realizado pela Fundação Carlos Chagas. Na turma de exercícios já lançada, veremos inúmeras questões de provas dessa banca separadas por assunto. Falaremos sobre ortografia (já disponível na Aula Zero – demonstrativa), verbos, concordância, regência, crase, pontuação e pronomes, pontos que, segundo o levantamento realizado nas provas da FCC de 2004 até hoje, foram os mais explorados. Não poderia, contudo, deixar de comentar uma questão da prova para Procurador do BACEN, concurso este realizado em janeiro deste ano. Pela primeira vez, a Carlos Chagas explorou um tipo de questão tão comum nas provas da ESAF: Ordenação Textual. Quem vir a matéria publicada no Ponto 4 lerá algumas dicas bastante importantes para esse tipo de questão. Verá que o primeiro passo para resolvê-la é eliminar os segmentos que apresentam elementos cujas referências já devem ter sido mencionadas e que, por esse motivo, não poderiam ocupar a primeira posição no texto. Nas provas da ESAF, muitas vezes conseguimos até solucionar a questão a partir dessa providência. Mas, infelizmente, a coisa mudou de figura na questão elaborada pela FCC. Vamos, então, encarar a “fera” e tentar extrair algumas dicas para ganhar esse pontinho possivelmente decisivo.

Fonte: pontodosconcursos.com.br

Claudia K

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(Procurador BACEN / Janeiro 2006) 20. Para responder a esta questão, considere os parágrafos que seguem. I. Essa situação prevaleceu ao menos durante os primeiros tempos da colônia. II. Vinte e sete anos mais tarde renova-se essa proibição, que só com a Restauração seria parcialmente revogada, em favor de ingleses e holandeses. III. Com tudo isso, a administração portuguesa parece, em alguns pontos, relativamente mais liberal do que a das possessões espanholas. Assim é que, ao contrário do que sucedia nessas, foi admitida aqui a livre entrada de estrangeiros que se dispusessem a vir trabalhar. Inúmeros foram os espanhóis, italianos, flamengos, ingleses, irlandeses, alemães que para cá vieram, aproveitando-se dessa tolerância. IV. Só mudou em 1600, quando Felipe II ordenou fossem terminantemente excluídos todos os estrangeiros do Brasil. Proibiu-se então seu emprego como administradores de propriedades agrícolas, determinou-se fosse realizado o recenseamento de seu número, domicílio e cabedais, e em certos lugares – como em Pernambuco – deu-se-lhes ordem de embarque para os seus países de origem. V. Aos estrangeiros era permitido, além disso, percorrerem as costas brasileiras na qualidade de mercadores, desde que se obrigassem a pagar dez por cento do valor de suas mercadorias, como imposto de importação, e desde que não traficassem com os indígenas. Os parágrafos acima constituem um texto organizado, extraído do livro Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda (São Paulo: José Olympio, 1948, p. 153-4) cujos parágrafos foram transcritos de forma aleatória. A seqüência que reproduz a ordem original, garantindo clareza e coesão, é: (A)) III, V, I, IV, II.

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Claudia K

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(B) III, II, I, V, IV. (C) I, III, V, II, IV. (D) IV, V, I, III, II. (E) IV, I, V, II, III.

Você percebeu que TODOS os segmentos apresentam referências textuais? I - “Essa situação...” – que situação? II – “...renova-se essa proibição...” – que proibição? III – “Com tudo isso...” - “isso” o quê, cara pálida? IV – “Só mudou em 1600,...” – o que mudou em 1600? V - “Aos estrangeiros era permitido, além disso...”- além do quê?

Como miséria pouca é bobagem, a banca simplesmente usa um texto de Sérgio Buarque de Holanda, extraído de “Raízes do Brasil”. Se fosse para eliminar as opções que exigem algum antecedente, você teria eliminado TODAS AS OPÇÕES, entrando em desespero! CALMA! Se não pudermos seguir esse caminho, iremos, então, usar outra estratégia. Vamos buscar, em cada trecho, uma relação com outro, estabelecendo, assim, uma ordem entre eles. Note que existe um nexo entre o que está sendo apresentado no trecho I e a informação acerca da mudança ocorrida em 1600 (IV): Fonte: pontodosconcursos.com.br

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I - “Essa situação prevaleceu ao menos durante os primeiros tempos da colônia”; IV - “Só mudou em 1600, quando Felipe II ordenou fossem terminantemente excluídos todos os estrangeiros do Brasil. Proibiu-se então seu emprego como administradores de propriedades agrícolas,” Em resposta à pergunta “o que mudou em 1600?”, temos uma resposta, ainda que incompleta: a situação dos estrangeiros no país. Mas que situação é essa? Encontramos resposta para essa outra pergunta no trecho V – “Aos estrangeiros era permitido, além disso, percorrerem as costas brasileiras na qualidade de mercadores...” . Percebemos, portanto, que o trecho V deve anteceder os demais (I e IV). Além disso, o trecho V apresenta um elemento de conexão: “além disso”, que se refere ao trabalho dos estrangeiros, presente no trecho III (“foi admitida aqui a livre entrada de estrangeiros que se dispusessem a vir trabalhar."). Esses dois parágrafos (III e V, nessa ordem) devem ser apresentados logo no início do texto; depois virá o trecho I e, finalmente, o trecho IV (III - V – I – IV). Como encerramento, o segmento II faz referência a “essa proibição” (“Vinte e sete anos mais tarde renova-se essa proibição...”), proibição presente no segmento IV (“Proibiu-se então seu emprego como administradores de propriedades agrícolas...”). Constatamos, pois, que a ordem [III, V, I, IV, II] forma um texto coeso e coerente, sendo correta a resposta (A). Até que não foi tão difícil assim, não é mesmo? Bons estudos. Fonte: pontodosconcursos.com.br

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14/03/2006 - Prova de Técnico da Receita Federal comentada Parte Final Oi, pessoal

Hoje, finalmente, vamos encerrar os comentários à prova de Técnico da Receita Federal. Espero que tenha sido bastante proveitoso para todos.

Abraço. >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> >>>>>>>>>>> 26- Os segmentos abaixo são partes seqüenciadas de um texto. Assinale o trecho incorreto quanto à organização sintática. a) O Estado, em dificuldades, já não consegue atender às demandas da sociedade, notadamente aquelas dos segmentos mais carentes. b) Esses, proporcionalmente, concentram seus maiores contingentes nos países mais pobres, reduzindo-lhes crescentemente a possibilidade de superar a discriminação de toda ordem e o resgate de seus direitos econômicos, sociais, políticos e até de sobrevivência. c) Movida pelas necessidades decorrentes da carência, a sociedade procura construir sua autonomia e sua identidade fora da tutela do Estado. d) Num processo de reivindicação e expressão de luta, ela busca uma nova maneira de encarar o Estado e de agir coletivamente, manifestando suas aspirações e necessidades. e) Nasce, então, novos atores sociais e políticos, que não só lutam por políticas públicas que os atendam, mas, Fonte: pontodosconcursos.com.br

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principalmente, pelo reconhecimento como sujeitos legítimos na construção e efetivação de direitos e de uma cultura política de respeito às liberdades, à igualdade social, à justiça econômica e à transparência das ações do poder público. (itens adaptados de Carlos Eugênio Friedrich Barretohttp://www2.uerj.br/~labore/cquestoesc/sociedade_2main.htm)

Gabarito: E Comentário. Há dois erros de estruturação sintática no segmento de letra “e”. O primeiro, em relação à concordância verbal – “Nasce, então, novos atores sociais e políticos...” – o sujeito do verbo “nascer” é “novos atores sociais e políticos”. Portanto, o verbo deveria estar no plural: “Nascem, então, novos atores...”. Além disso, exigiu-se o conhecimento de paralelismo sintático. A colocação indevida da expressão “não só”, que inicia uma série aditiva enfática, acabou por acarretar uma incorreção. Vejamos: “Nasce, então, novos atores sociais e políticos, que não só lutam por políticas públicas que os atendam, mas, principalmente,...” “Não só... mas”, “não só...como”, “não só... mas também” são chamadas séries aditivas enfáticas, pois apresentam elementos que entre si apresentam uma relação de adição (como na conjunção “e”), só que com bastante ênfase a cada um deles. Cada uma das expressões antecede um desses elementos coordenados. Se a expressão “não só” antecede uma ação, expressa por “lutam por políticas públicas que os atendam”, a outra expressão “mas” deverá apresentar o outro elemento também Fonte: pontodosconcursos.com.br

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sob uma forma verbal que indique outra ação. Exemplo: “não só lutam por políticas públicas, mas, principalmente, exigem reconhecimento como sujeitos legítimos...”. No texto, entretanto, o segundo elemento da série aditiva também complementa o “lutar”, mencionado após a primeira expressão. Assim, para corrigir essa construção, a expressão “não só” deverá anteceder apenas o primeiro complemento, permanecendo após o verbo, e não antes dele: “Nasce, então, novos atores sociais e políticos, que lutam não só por políticas públicas que os atendam, mas, principalmente, pelo reconhecimento como sujeitos legítimos...”. Dessa forma, a série aditiva estabelecerá uma relação entre os dois complementos do verbo “lutar” – políticas públicas e reconhecimento – permanecendo o verbo antes da série.

27 - Assinale a opção em que inexiste erro de natureza gramatical e/ou lingüística. a) Um dos grandes impulsionadores de mudanças são os gestores urbanos que adotam a forma incrementalista de atuação e agem, associados ou não a empresas imobiliárias, no intuito de alterar usos da terra urbana ou de ampliar fisicamente os limites da cidade. b) A cidade também apresenta fixos com permanência, nos quais não se alteram mesmo ao longo de processos seculares, e é por isso que algumas cidades apresentam feições históricas, preservadas como testemunhas de culturas passadas, ultimamente “tombadas como patrimônios históricos da humanidade”. c) Aparentemente, as cidades parecem apresentar maior densidade de fixos, pois o caráter de mudanças e transformações não é capturado ao longo de uma mesma geração social, ou se percebe apenas aquelas mudanças de maior impacto, como derrubada de velhas fábricas nas quais se constroem modernos centros de compras.

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d) A cidade, como construto socioespacial, reveste-se de caráter cambiante conforme a atuação das forças que impulsionam o processo de urbanização. Daí por que, no decurso de algumas dezenas de anos, certos “fixos urbanos” poderão não resistir à pressões da sociedade, emergindo estruturas novas a partir de intervenções nos antigos cascos da cidade. e) Nessa ação incremental de governo tem papel de destaque um amplo trabalho de marketing político sob a hégide da “ideologia da casa própria” e a partir da doação de terreno e uso constante dos meios de comunicação de massa anunciando as diferentes estratégias de acesso a lotes. (Aldo Paviani, A realidade da metrópole: mudança ou transformação na cidade?, com adaptações)

Gabarito: A Comentário. O único item inteiramente correto é o de letra a. Vejamos a incorreção dos demais: b) Erro de regência - “A cidade também apresenta fixos com permanência, os quais não se alteram...” – o pronome relativo, que se refere a “fixos”, não deve ser regido pela preposição “em”. c) Erro de concordância verbal - Na construção, o verbo “perceber” é transitivo direto (Alguém percebe alguma coisa). Por estar acompanhado do pronome “se”, apresentando idéia passiva, constrói voz passiva pronominal, em que o sujeito é o termo plural aquelas mudanças. Por isso, o verbo deve com ele concordar – “... ou se percebem apenas aquelas mudanças de maior impacto...”. Além disso, o pronome relativo mais apropriado seria “onde”, uma vez que “modernos centros de compras” são construídos nos locais onde havia velhas fábricas. O uso da expressão “nas quais” poderia causar uma ambigüidade indesejável – os centros serem construídos nas fábricas, e não no lugar onde elas estavam. Fonte: pontodosconcursos.com.br

Claudia K

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d) Erro de crase – O verbo “resistir” exige a preposição “a”, mas o termo regido admite o artigo definido feminino plural “as pressões”. Por isso, a forma correta seria: “...certos ‘fixos urbanos’ poderão não resistir às pressões da sociedade...”. e) Erro de ortografia – a grafia da palavra é “égide”, que, em sentido conotativo, significa “defesa”, “proteção”. Ademais, é devido o emprego de uma vírgula após “governo”, de modo a marcar o deslocamento da expressão adverbial introdutória do período.

28 - A seguir estão transcritos trechos de relatórios, que encerram recomendações ou exigências a serem cumpridas. Aponte o trecho inteiramente correto quanto ao emprego da modalidade padrão do idioma. a) Sejam extraídas cópias do ofício n.12 e do Relatório de Auditoria de acompanhamento de Gestão, às fl s. 153/163 dos presentes autos, para inclusão no Processo X, concernente a Auditoria de Obras, realizada na Superintendência da Zona Franca de Manaus, a qual analisa inclusive as obras do Centro de Biotecnologia da Amazônia - CBA. b) Sejam determinadas à Secretaria Competente a realização de levantamento ou auditoria no Ministério do Meio Ambiente, com vistas à avaliar o Contrato de Gestão firmado entre esse Ministério e a Associação Brasileira para o Uso Sustentável da Biodiversidade da Amazônia, sob os primas da legalidade, dos interesses público e social e da execução do seu objeto. c) Proceda os aditamentos contratuais e a sua publicação em tempo hábil, observando o disposto nos arts. 57, § 2º, e 61, parágrafo único, da Lei n. 8.666/93, sob pena de nulidade do aditamento com vício de intempestividade na sua assinatura ou publicação. d) Faça publicar as cessões de servidores a outros órgãos e entidades públicas e suas eventuais prorrogações no Diário Oficial da União, como forma de dar eficácia aos respectivos Fonte: pontodosconcursos.com.br

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atos de cessão e cumprimento ao contido no art. 93, § 3º, da Lei n. 8.112/90. e) Faça constar, dos próximos certames licitatórios, inclusive nas dispensas e inexigibilidades, pesquisa prévia de preços que comprove ter sido ela realizada e ter sido cumpridas as disposições legais pertinentes relativas à seleção da proposta mais vantajosa e à sua compatibilidade com os preços de mercado (arts. 3º, caput, 26, parágrafo único, inciso III, 38, inciso XII, e 43, inciso IV, da Lei n. 8.666/93, etc). (Adaptado de https://contas.tcu.gov.br/portaltextual/PesquisaLivre, acesso em 21/10/2005)

Gabarito: D Comentário. Vamos comentar as incorreções das demais opções: a) O título do relatório deve ser grafado com iniciais maiúsculas em todos os vocábulos, exceto as expressões de ligação, como preposições e conjunções: “Relatório de Auditoria de Acompanhamento de Gestão”. Outro erro foi de crase: o vocábulo “concernente” exige a preposição “a” e o termo regido “Auditoria de Obras” aceita o artigo definido – ocorre crase: “concernente à Auditoria de Obras” Além disso, o vocábulo “inclusive” deveria ter sido colocado entre vírgulas. b) Há três incorreções nesse item. 1º) Erro de concordância verbal – Em “a realização de levantamento ou auditoria” , “levantamento” e “auditoria” são complementos do substantivo “realização”. Assim, com esse substantivo deve o verbo e o adjetivo concordar – “Seja determinada ... a realização de levantamento ou auditoria...”. 2º) Erro de crase – “... com vistas a avaliar...” – antes de verbo não há artigo definido feminino e, portanto, não poderá ocorrer crase. Fonte: pontodosconcursos.com.br

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3º) Erro de ortografia – “sob os primas” – o correto seria “prismas”, que, em sentido conotativo, significa “pontos de vista ilusório” (definição de Aurélio). c) Erro de regência – o verbo “proceder”, na acepção utilizada, é transitivo indireto com a preposição “a”. Assim, o correto seria “Proceda aos aditamentos...”. e) Verificam-se dois deslizes: pontuação e concordância. Erro de pontuação – “dos próximos certames” exerce a função sintática de objeto indireto de “constar” e, por isso, não poderia ser separado por vírgula. Erro de concordância – o sujeito da forma verbal “ter sido cumpridas” é “as disposições legais pertinentes”. Por isso, deverá haver a flexão do verbo auxiliar – “terem sido cumpridas”.

29- Assinale a opção que apresenta erro de pontuação. a) Parece bastante óbvio que vários fatores têm forçado as empresas a assumirem responsabilidades sociais, até recentemente tidas como de exclusiva competência do Estado, para com um modelo de desenvolvimento sustentável, o que vai muito além do desempenho econômico-financeiro do negócio. b) Didaticamente, poderíamos organizar esses fatores em três grandes variáveis. Primeiro, a crise social aumenta a pressão por soluções para os problemas do crescente contingente de empobrecidos em todo o mundo. c) Brotam, em todos os lugares, mobilizações sociais: algumas localizadas sob a forma de ações comunitárias; outras de dimensões globais, como movimentos em defesa dos recursos naturais e movimentos em defesa da igualdade econômica e social. d) Segundo, a incapacidade do Estado de atender às crescentes demandas de contingentes sociais crescentemente numerosos. Parece que o avanço do contingente populacional, impõe demandas desproporcionalmente superiores à Fonte: pontodosconcursos.com.br

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capacidade do Estado em atendê-las. e) Terceiro, o excesso de oferta generalizada e a crescente concentração dos meios de produção em todos os segmentos de negócios, que colocam em cheque a criatividade e os modelos de gestão empresarial. A todo momento, a sobrevivência das empresas é desafiada. A redução de custos tem exaurido e destruído organizações inteiras, sem distinção de tamanho e de áreas de atividade. (Itens adaptados de Carlos Eugênio Friedrich Barreto http://www2.uerj.br/~labore/cquestoesc/sociedade_2- main.htm)

Gabarito: D Comentário. A exemplo do que já comentamos na questão 25, o erro reside na separação, por vírgula, de termos inseparáveis. Em “Parece que o avanço do contingente populacional [ , ] impõe...”, a vírgula separa o sujeito do verbo correspondente, devendo ser retirada para a correção do período.

30 - Abaixo estão os segmentos inicial e final de uma correspondência oficial. É preciso completá-la nos espaços pontilhados, ordenando os parágrafos na ordem em que devem constar no documento. Numere os parênteses, obedecendo aos princípios de coesão, coerência e encadeamento de idéias. Assinale, a seguir, a opção que reproduz a ordem correta. E.M. n. 122 /Interministerial MF – CGU-PR Brasília, 26 de setembro de 2005. Excelentíssimo Senhor Presidente da República .........................................................................................

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......................................................................................... ...................................................................................... Respeitosamente, MURILO PORTUGAL FILHO Ministro de Estado da Fazenda Interino WALDIR PIRES Ministro de Estado do Controle e da Transparência (....) Com o objetivo de dar fiel cumprimento àquela determinação legal, cuja finalidade precípua consiste na preservação do princípio constitucional da publicidade, submetemos a Vossa Excelência o incluso Relatório de Gestão Fiscal do Poder Executivo Federal, referente ao período de janeiro a agosto do exercício de 2005. (....) O referido Relatório deverá ser objeto de encaminhamento ao Congresso Nacional e ao Tribunal de Contas da União, conforme dispõe o art. 116 da Lei n. 10.934, de 11 de agosto de 2004. (....) O Relatório de Gestão Fiscal, consoante determina a supracitada Lei, deve conter informações relativas à despesa total com pessoal, dívida consolidada, concessão de garantias e operações de crédito, devendo, no último quadrimestre, ser acrescido de demonstrativos referentes ao montante das disponibilidades de caixa em 31 de dezembro, de cada exercício e das inscrições em restos a pagar. (....) Determina a mesma Lei que o Relatório deverá ser publicado e disponibilizado ao acesso público até trinta dias após o encerramento do período a que corresponder, prazo esse que, para o segundo quadrimestre de 2005, se encerra em 30 de setembro do corrente. (....) A Lei Complementar n. 101, de 04 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, exige, em seu art. 54, a Fonte: pontodosconcursos.com.br

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emissão, ao final de cada quadrimestre, pelos titulares dos Poderes e órgãos referidos no art. 20, do Relatório de Gestão Fiscal assinado pelo respectivo Chefe e pelas autoridades responsáveis pela administração financeira e pelo controle interno, bem como por outras autoridades que vierem a ser definidas por ato próprio de cada Poder ou órgão. (http://www.fazenda.gov.br/portugues/documentos/2005/ relatorioLRF2005.pdf, com adaptações) A seqüência correta é: a) 5 4 1 3 2 b) 4 5 2 3 1 c) 5 2 4 3 1 d) 1 3 2 4 5 e) 1 2 4 3 5

Gabarito: B Comentário. Essa questão, em virtude do grande número de questionamento, já foi objeto de análise no nosso Ponto 17. Então, para unificar os comentários, transcrevemos abaixo o que se falou sobre a questão naquela matéria.

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> >>>>>>>> Como já dissemos, o gabarito foi a letra b. Já falamos aqui, em outra matéria, sobre ordenação textual. Primeiramente, devemos eliminar da primeira posição do texto (nº 1) os segmentos que apresentam elementos de coesão textual que dependem de informações antecedentes.

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São eles: 1º segmento – “Com o objetivo de dar fiel cumprimento àquela determinação legal...” 2º segmento – “O referido Relatório...” 3º segmento – “O Relatório de Gestão Fiscal, consoante determina a supracitada Lei...” 4º segmento - “Determina a mesma Lei...” Diante disso, concluímos que o texto só poderia começar com o 5º segmento (“A Lei Complementar n. 101...”). O que deveria, então, fazer o candidato, de acordo com o enunciado? Colocar o nº 1 nos parênteses que antecedem o quinto segmento. Assim, na quinta posição da enumeração, estaria o nº 1. Quais são as opções que apresentam essa disposição? As letras b e c. Foi nesse momento que os candidatos podem ter se confundido. Equivocadamente, devem ter numerado seqüencialmente os segmentos e, após essa providência, indicado a ordem de acordo com o número que apuseram nos parênteses. Aí, consideraram que o texto começaria com o nº 5. Como conseqüência, não encontraram a ordem correta e, como forma de “arranjar” uma resposta, mudaram a ordem adequada ao texto, indicando uma outra ordem apresentada pela opção a ou c. CUIDADO! NÃO FOI ESSA A DETERMINAÇÃO DO ENUNCIADO! Vejamos o que foi solicitado: “Abaixo estão os segmentos inicial e final de uma correspondência oficial. É preciso completá-la nos espaços pontilhados, ordenando os parágrafos na ordem em que devem constar no documento. Numere os parênteses, obedecendo aos princípios de coesão, coerência e encadeamento de idéias. Assinale, a seguir, a opção que reproduz a ordem correta.”. Nos parênteses deve ser indicado o nº da posição que o segmento ocupará no texto (1 = 1º parágrafo , 2 = 2º parágrafo, Fonte: pontodosconcursos.com.br

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e assim sucessivamente). Voltando à ordenação, vimos que o 5º segmento ocuparia a posição nº 1. Neste segmento, apresenta-se o Relatório de Gestão Fiscal. Na seqüência, apresentar-se-ão as informações que devem constar desse relatório, quais sejam: “relativas à despesa total com pessoal, dívida consolidada, concessão de garantias e operações de crédito”, informações essas presentes no 3º segmento, que receberá, nos parênteses, o nº 2. Além disso, a expressão “supracitada lei” remete à Lei nº 101, mencionada na introdução do texto (5º segmento – posição 1), o que confirma a segunda posição no texto. Sucessivamente, indicar-se-á, na posição nº 3 do texto, o 4º segmento, que trata da publicação do referido relatório. Em seguida, virá o primeiro segmento, que, por apresentar a expressão “àquela determinação legal”, indica que este trecho se encontra distante do primeiro parágrafo (pronome demonstrativo aquela usado em referência anafórica). Receberá, portanto, o nº 4. Finalmente, virá o segundo segmento, que encerra o texto indicando o encaminhamento que deve ser dado ao relatório e, por isso, receberá o nº 5. Destarte, a ordenação dos segmentos seria: 4 – 5 – 2 – 3 – 1, opção do item “b”.

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