ANTIGOS CELTAS INTRODUÇÃO A história dos guerreiros celtas abrange três mil anos - uma tradição militar extraordinariamente longa. Em comparação, a história dos soldados romanos compreende apenas mil anos e a dos cavaleiros medievais meros quinhentos. Apenas o fato que um conjunto consistente de características possa sobreviver tanto tempo e seja identificável ainda hoje é uma maravilha por si só. Tome por exemplo duas descrições dos guerreiros celtas: “Quando desembainhavam suas espadas, que estragos faziam! Arrastavam tudo com eles, e as muralhas não podiam resistir a sua fúria.” “Eles cantam ao avançar para a batalha, gritam e saltam no ar, batendo suas armas contra seus escudos... Aprendemos que se pudermos agüentar a primeira ofensiva, àquela acumulação inicial de paixão cega, então sucumbirão sobre seu próprio corpo” Ambas as observações descrevem guerreiros destemidos que entram em combate corporal carregando espadas em suas mãos, mas as descrições estão distanciadas por dois mil anos. A primeira faz referência aos soldados escoceses no Canadá durante a batalha por Quebec em 1757; a segunda descreve guerreiros celtas na Ásia, em 189 a.c. Essa reputação de ferocidade e ausência de medo é impressionante, mas pode-se perguntar se todos os guerreiros em uma situação de combate não são corajosos e ativos? A resposta é, com certeza, sim. Mas baseado em relatos feitos através dos séculos, o fato continua sendo que os Celtas levaram isso um passo adiante, garantindo desse modo um lugar no pódio para si como mercenários, que atravessaria o mundo antigo e muito além. Eles parecem ter sido entusiastas da luta, sendo ela parte central de sua cultura. Porém a isso adicionaram outra dimensão, que só pode ser denominada “loucura”