Farmacologia dos Anti-arrítmicos
ANTIARRÍTMICOS OS ANTIARRÍTMICOS SÃO SUBSTÂNCIAS CAPAZES DE PREVENIR OU REVERTER ARRITMIAS CARDÍACAS
TAIS MEDICAMENTOS ATUAM DIRETAMENTE NAS CÉLULAS CARDÍACAS, INTERFERINDO COM A AÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES OU MODIFICANDO SUAS PROPRIEDADES ELÉTRICAS DE MODO A CORRIGIR ALTERAÇÕES DE AUTOMATISMO CONDUTIBILIDADE
O que devemos saber? • Propriedades morfofuncionais do coração • Mecanismos das Arritmias • Sintomas e sinais • Abordagem para o diagnóstico • Abordagem farmacológica
O sistema Cardiovascular É fundamental para a manutenção do equilíbrio homeostático Transporte de nutrientes Transporte de metabólitos Transporte hormonal Transferência térmica
NAS ARRITMIAS ESTÃO ENVOLVIDAS O TECIDO NODAL E O TECIDO CONDUTOR.
Principais propriedades do Coração O coração apresenta 5 propriedades fundamentais:
(3) eletrofisiológicas
(2) mecânicas
Batmotropismo Cronotropismo Dromotropismo Inotropismo Lusitropismo
PROPIEDADES BÁSICAS DO MIOCÁRDIO:
Batmotropismo = excitabilidade Capacidade que tem o miocárdio de reagir quando estimulado, reação esta que se extende por todo o órgão Dromotropismo = condutibilidade Condução do processo de ativação elétrica por todo o miocárdio, numa seqüência sistematicamente estabelecida, à qual se segue a contração do coração como um todo
C O N D U T I B I L I D A D E
CRONOTROPISMO = automaticidade capacidade de o coração gerar seus próprios estímulos elétricos, independentemente de influências extrínsecas ao órgão
Fatores que alteram o automatismo
Potencial Limiar
Potencial Limiar
= Atividade marcapasso do nodo SA = Diminuição da Velocidade de Despolarização Diastólica = Aumento da Velocidade de Despolarização Diastólica
PROPIEDADES BÁSICAS DO MIOCÁRDIO: INOTROPISMO = contratilidade - É a propriedade que tem o coração de se contrair ativamente como um todo único, uma vez estimulada toda a sua musculatura, o que resulta no fenômeno da contração sistólica LUSINOTROPISMO = distensibilidade - capacidade de relaxamento global que tem o coração, uma vez cessada sua contração. Corresponde ao que denominamos fase de relaxamento diastólico
Rítmo Cardíaco Normal Rítmo sinusal O impulso se origina em células especializadas que formam o nódulo sino atrial Tais céls. apresentam automaticidade intrínseca que gera potenciais de ação espontaneamente o potencial de ação se propaga por todo o coração (sincício funcional)
Automaticidade no coração Ritmo sinusal 60 - 70 Ritmo nodal 50 - 60
Ritmo idioventricular 20 – 30
Em condições normais: O miocárdio não dispara pot. de ação espontaneamente. Sua frequência é dependente de áreas com despolarização mais rápida.
Em algumas situações patológicas… Algumas áreas podem disparar pot. ação espontaneamente (foco ectópico).
Bases Iônicas do Potencial de Ação Cardíaco
O POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO É MAIS COMPLEXO E ENVOLVE MAIOR NÚMERO DE CONDUTÂNCIAS IÔNICAS DO QUE O POTENCIAL DE AÇÃO DE UM NERVO OU DO MÚSCULO ESQUELÉTICO
O CURSO TEMPORAL (FORMA) DO POTENCIAL DE AÇÃO NÃO É IDÊNTICO EM TODAS AS REGIÕES DO CORAÇÃO
SEGUNDO A INCLINAÇÃO DA FASE DESPOLARIZANTE INICIAL (isto é, velocidade com que a célula despolariza relação dV/dT) É POSSÍVEL RECONHECER DOIS TIPOS DE POTENCIAL DE AÇÃO
TECIDO NODAL
TECIDO MUSCULAR
A DIFERENÇA ENTRE OS DOIS TIPOS DE POT. DE AÇÃO SE DEVE A DIFERENTES CONDUTÂNCIAS IÔNICAS E PODEM SER DEMONSTRADAS COM TETRODOTOXINA (BLOQ. CANAIS DE SÓDIO E MANGANÊS (BLOQ. CANAIS DE CÁLCIO CONTROLE NÓDULO SINO ATRIAL FIBRA DE PURKINJE
TETRODOTOXINA
MANGANÊS
CONDUTÂNCIA IÔNICA NO POTENCIAL DE AÇÃO CARDÍACO
FASES DO POTENCIAL AÇÃO CARDÍACO
FASE O = DESPOLARIZAÇÃO RÁPIDA (gNa+). O POTENCIAL ATINGE VALORES POSITIVOS NA ORDEM DE +20mv. (INATIVA CANAIS DE SÓDIO) FASE 1 = REPOLARIZAÇÃO PARCIAL DECORRENTE DA INATIVAÇÃO DOS CANAIS DE SÓDIO FASE 2 = “PLATEAU” (COMPONENTE LENTO) SE DEVE A gCa++ E REDUÇÃO DA gK+ FASE 3 = REPOLARIZAÇÃO COMPLETA. SE DEVE A RÁPIDA SAÍDA DE POTÁSSIO (gK+) E INATIVAÇÃO DOS CANAIS DE CÁLCIO FASE 4 = DIÁSTOLE ELÉTRICA A QUAL OCORRE REATIVAÇÃO DOS CANAIS DE SÓDIO E CÁLCIO. A FIBRA RECUPERA SUA EXCITABILIDADE
Rítmo sinusal 1. é identificado pelo ECG da seguinte maneira: P é positiva nas derivações I, II, e III Cada onda P é seguida pelo complexo QRS Após o complexo QRS temos a onda T O intervalo PR é de 0.12 ms
2. Frequência sinusal normal 60-100 BPM 3. Taquicardia sinusal: frequência > 100 BPM 4. Bradicardia sinusal: frequência < 60 BPM
FISIOPATOLOGIA DS ARRITMIAS ARRITMIAS PODEM SER DEFINIDAS COMO DISTÚRBIOS DE FREQUÊNCIA DE RÍTMO DA ORDEM DE ATIVAÇÃO DAS CÂMARAS CARDÍACAS
AS ARRITMIAS CARDÍACAS DECORREM DE 1.ALTERAÇÕES DE AUTOMATISMO 2.ALTERAÇÕES DE CONDUTIBILIDADE 3.ALTERAÇÕES SIMULTÂNEAS DE AUTOMATISMO E DE CONDUTIBILIDADE
Arritmias transitórias ou permanentes podem ser
Problemas da formação do impulso
Por hiperexcitabilidade Por hipoexcitabilidade bloqueios
Problemas na condução do impulso
rítmo
-Extrasístole -Taquicardia -Fibrilação De ramo Sinoauricular atrioventricular Juncional ventricular
Pré-excitação ventricular Problema de formação e condução
Síndrome de WolfParkinson-White
Origem Supraventricular ventricular 1o grau
2o grau 3o grau
Principais arritmias
1. BRADIARRITMIAS - bradicardia sinusal após Infarto do Miocárdio 2. TAQIARRITMIAS - flutter e fibrilação atrial - taquicardia supraventricular paroxística - contrações ventriculares prematuras (EXTRASISTOLES) - taquicardia e fibrilação ventricular
Pré- requisitos para uma arritmia de reentrada inclui: 1. Circuito anatômico formado por duas vias (Alfa e Beta) alimentadas por um circuito comum 2. Duas vias condutoras (ALFA e BETA) com diferentes propriedades eletrofisioló-gicas 3. Quando um dos circuitos (via BETA) possui um periodo refratário maior do que o observado na via ALFA,permitindo assim um bloqueio unidirecional.
A SEQUÊNCIA MOSTRA A IMPULSO DE ORIGEM SINUSAL (I) E O IMPULSO DE REENTRADA (II) A seqüência de ativação no circuito de reentrada está indicado pelas setas I e II. Seta I indica um impulso de origem sinusal que entra no circuito. Seta II é o impulso de reentrada deixando a alça.
De acordo com o circuito de reentrada os potenciais de ação foram registrados a partir de ramos do miocárdio (MB) α e β , juntamente com um exemplo de como um eletrocardiograma pode aparecer. Impulso I faria a despolarização ventricular impulso II causaria a extra-sístole ventricular.
Principais Fatores Geradores de Alteração do Ritmo Cardíaco 1. Aumento da atividade do sistema de regulaçào causada por: - exercícios extenuantes, stress, emoção 2. Hipoxia: - doença pulmonar crônica - insuficiência cardíaca congestiva 3. Distúrbios eletrolíticos e do equilíbrio ácidobásico: hiper- e hipocalemia hipomagnesemia uremia
Consequências Clínicas das Arritmias Cardíacas nenhuma Sintomatologia adversa afeta a qualidade de vida Sincope (injúrias) Morte súbita Deve contribuir ou causar: acidentes vascular cerebral (AVC) Insuficiência Cardíaca congestiva (ICC) Isquemia miocárdica ou infarto Choque cardiogênico
AVALIAÇÃO CLÍNICA Ajudar a definir a arritmia apresentada pelo paciente Avaliar as condições hemodinâmicas decorrentes da arritmia Identificar as condições cardíacas e não cardíacas que possam estar associada com a arritmia Se possível estabelecer um diagnóstico preciso quanto ao tipo de arritmia
CONSEQUÊNCIAS DA ARRITMIA SOBRE A CIRCULAÇÃO REQUER HOSPITALIZAÇÃO E TRATAMENTO URGENTE
IMPORTANTE DIMINUIÇÃO IMPORTANTE DO DC
INSUFICIÊNCIA CIRCULATÓRIA
TRATAMENTO AMBULATORIAL
MODERADA
ARRITMIA
DIMINUIÇÃO MODERADA DO DC
SEM SINTOMAS INSUFICIÊNCIA CIRCULATÓRIA LIGADA A ARRITMIA
AGRAVAMENTO POSSÍVEL E RÁPIDO DO PROBLEMA
TRATAR
AGRAVAMENTO DE OUTRA AFECÇÃO
TRATAR
PROBLEMA ISOLADO
CONDUTA EXPECTANTE
Investigação laboratorial Eletrocardiograma Monitoramento nas 24h (Holter) Estudos eletrofisiológicos invasivos Outros testes: manobras vagais Administração de drogas
Alvaliação eletrocardiográfica É essencial para o diagnóstico ECG deve ser realizados em todos os pacientes sintomas sugestivos de arritmias cardíacas Analisar:
com
frequência Regularidade Duraçao do complexo QRS (menor <0.12 sec, maior ≥ 0.12 sec) Identificar e estudar a onda P Identificar e estudar o complexo QRS (onda R) Determinar as relações entre as ondas P e R
PRINCÍPIOS GERAIS NO MANEJO DOS ANTIARRÍTMICOS 1.
OS ANTIARRÍTMICOS ESTÃO ENTRE AS DROGAS MAIS PERIGOSAS UTILIZADAS NA CLÍNICA
2.
A CONDUTA MAIS APROPRIADAS QUASE SEMPRE NÃO É FARMACOLÓGICA - NAS BRADIARRITMIAS : CONSIDERAR MARCA-PASSO - NAS TAQUIARRITMIAS: CONSIDERAR CARDIOVERSÃO
3. TRATAR O PACIENTE NÃO O CARDIOGRAMA 4. PROCURAR POR FATORES PREDISPONENTES TAIS COMO: - ALTERAÇÕES ÍÔNICAS - TIREOTOXICOSE -USO DE DROGAS - ISQUEMIA , ANEURISMA – DISFUNÇÃO CARDÍACA OU DOENÇA CARDÍACA CONGÊNITA
5. EVITAR SOBRETUDO “COCTAILS” DE DROGAS
POTENCIAL DE MARCA PASSO (FASE 4)
CLASSE 1
DESPOLARIZAÇÃO RÁPIDA (FASE 0)
PLATÔ (FASE 2)
CLASSE 3
REPOLARIZAÇÃO (FASE 3)
CLASSE 2
CLASSE 4
Classificação de Vaughan Williams (1970) para as DROGAS ANTIARRÍMICAS CLASSE I : ATUAM SOBRE O COMPONENTE RÁPIDO DO PA CARDÍACO (BLOQUEADORES DE gNa+) QUINIDINA E PROCAINAMIDA LIDOCAINA – DEFENIL-HIDANTONINA(FENITOINA) CLASSE II: BETA BLOQUEADORES PROPRANOLOL E OUTROS) CLASSE III: DROGAS QUE PROLONGAM A DURAÇÀO DO PA CARDÍACO BLOQUEDORES DE CANAIS DE K AMIODARONA BRETÍLIO CLASSE IV: MEDICAMENTOS QUE BLOQUEIAM O COMPONENTE LENTO DO POTENCIAL DE AÇÃO CADÍACO (BLOQ. DE CANAIS DE Ca++) VERAPAMIL DILTIAZEN CLASSE V: MISCELÂNEA
CLASSE I – BLOQUEADORES CANAIS DE Na+ BLOQUEADORES DOS CANAIS DE SÓDIO
Classe Ia - Quinidina - Procainamida - Disopiramida
Classe Ib - Lidocaina - Fenitoína
Classe Ic - Flecainida - Encainida
CLASSE I 1. MECANISMO DE AÇÃO - BLOQUEIA OS CANAIS DE SÓDIO - COMO OS CANAIS DE SÓDIO PODEM ESTAR ABERTOS – REFRATÁRIOS E EM REPOUSO OS ANTIARRÍTMICOS ATUAM MELHOR QUANDO OS CANAIS ESTÃO ATIVOS ISTO É ABERTOS - QUANTO MAIS FREQUENTEMENTE OS CANAIS ESTIVEREM ABERTOS MAIOR O GRAU DE BLOQUEIO PRODUZIDO. 2. COMO EFEITO PRINCIPAL TEMOS UMA REDUÇÃO DA VELOCIDADE DE DESPOLARIZAÇÃO DURANTE A FASE 0 DO POT. DE AÇÀO 3. COMO BLOQUEIAM A PROPAGAÇÃO DOS POT. AÇÃO EM MUITOS TECIDOS EXCITÁVEIS COMPORTAM-SE COMO OS ANEST. LOCAIS. EXERCEM UMA AÇÀO ESTABILIZANTE DE MEMBRANA
CLASSE Ia 1. TIPOS: QUINIDINA, PROCAINAMIDA, DISOPIRAMIDA 2. MECANISMO DE AÇÃO: - BLOQUEIA CANAIS RÁPIDOS DE SÓDIO - RETARDA A REPOLARIZAÇÃO - PROLONGA O POTENCIAL DE AÇÃO - PORQUE PROLONGAM A REPOLARIZAÇÃOE REDUZ O Vmax (++) 3. INDICAÇÕES - FIBRILAÇÀO ATRIAL - CONTRAÇÕEA ATRIAIS PREMATURAS - CONTRAÇÕES VENTRICULARES PREMATURAS - TAQUICARDIA VENTRICULAR - SÍNDROME DE Wolff-Parkinson-White
CLASSE Ib 1. TIPOS - LIDOCAINA, FENITOINA, TOCAINIDA 2. MECANISMO DE AÇÃO - BLOQUEIA CANAIS DE SÓDIO SE ASSOCIANDO E SE DISSOCIANDO DENTRO DO PRAZO DE DO BATIMENTO CARDÍACO NORMAL - ENCURTAM O POTENCIAL DE AÇÃO E REDUZEM O Vmax ( +) - A DISSOCIAÇÀO ACONTECE NO INÍCIO DO BATIMENTO SEGUINTE (DESDE QUE OS BATIMENTOS SEJAM NORMAIS) - SE LIGAM PREFERENCIALMENTE AOS CANAIS REFRATÁRIOS BLOQEANDO PREFERENCIALMENTE CÉLULAS DESPOLARIZADAS COMO ACONTECE NA ISQUEMIA - ASSIM UM BATIMENTO PREMATURO SERÁ ABORTADO 3. INDICAÇÀO USADOS NA DISRRITMIA VENTRICULAR SOMENTE COM - CONTRAÇÕES VENTRICULARES PREMATURAS - TAQUICARDIA VENTRICULAR - FIBRILAÇÃO
EFEITOS DOS ANTIARRÍTMICOS DAS CLASSES Ia E Ib NAS PROPRIEDADES ELÉTRICAS DAS CÉLULAS CARDÍACAS
PARÂMETRO ELÉTRICO
SUB-GRUPO Ia QUINIDINA / PROCAINAMIDA
SUB-DRUPO Ib XILOCAINA E FENITOINA
AUTOMATISMO
DEPRIME
DEPRIME
RESPONSIVIDADE
DEPRIME
DEPRIME *
CONDUTIBILIDADE
DEPRIME
DEPRIME *
REFRATARIEDADE
AUMENTA
DIMINUI
DURAÇÃO DO PA
AUMENTA
DIMINUI
REATIVAÇÃO DE gNa+
RETARDA
RETARDA
CLASSE Ic 1. TIPOS: FLECAINIDA (droga protótipa) - ENCAINIDA 2. MECANISMO DE AÇÃO - SE ASSOCIAM E SE DISSOCIAM MUITO LENTAMENTE CHEGANDO A UM NÍVEL DE EQUILÍBRIO QUE NÃO VARIA DURANTE O CICLO CARDÍACO - PREFERÊNCIA MÍNIMA PARA CANAIS REFRATÁRIOS - NÃO APRESENTAM SELETIVIDADE PARA TECIDOS ISQUÊMICOS - NÃO TEM EFEITO NA DURAÇÃO DO POT. DE AÇÀO - MAS ↓↓↓ Vmax. - CAUSAM UMA REDUÇÃO GERAL DA EXCITABILIDADE E NÃO DISCRIMINAM ENTRE BATIMENTOS NORMAIS E BATIM. PREMATUROS 3. INDICAÇÃO: FIBRILAÇÀO ATRIAL PAROXÍSTICA
QUINIDINA I. EFEITOS CARDÍACOS 1. DIRETOS ( CONCENTRAÇÃO DEPENDENTE) - SÃO DEPRESSORES AV - EFEITO INOTRÓPICO NEGATIVO - SÃO PARASSIMPATICOLÍTICOS 2 . DIRETOS (NÃO CONCENTRAÇÃO DEPENDENTE) - PARASSIMPATICOLÍTICO - AUMENTA DURAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO - AUMENTA O INTERVALO QT
2. EFEITOS EXTRACARDÍACOS - A QUINIDINA POSSUI EFEITOS BLOQUEADORES DOS αADR - QUE PODEM CAUSAR VD E REFLEXO DA FC
Toxicidade:
HOJE TEM INTERESSE MAIS HISTÓRICO
1. AÇÃO ANTI MUSCARÍNICA - AUMENTO DA FREQUÊNCIA SINUSAL - AUMENTO DA CONDUÇÃO AV 2. PROLONGAMENTO DO INTERVALO QT - ( 5%) - “síncope quinidínica” - Torsade de Pointes 3. DEPRIME A CONTRATILIDADE - contribui para diminuir a Pres. Arterial 4. CHINCHONISMO - CEFALÉIA, TINNITUS, - DESORDENS GI - REAÇÕES ALÉRGICAS (Ex.: púrpura trombocitopênica ). 5. (MORTE SÚBITA ( 0.5 - 4% )
PROCAINAMIDA COMO A QUINIDINA , TEM, HOJE, UM INTERESSE MAIS HISTÓRICO
USO PROLONGADO: FEBRE, RASH, 3-6 MONTH: ANTICORPOS (SÍNDROME LUPUS LIKE )
LIDOCAINA: 1.
COMO ANTIAARÍTMICO É EMPREGADA POR VIA EV PARA TRATAR OU PREVINIR ARRITMIAS VENTRICULARES PÓS INFARTO DO MIOCÁRDIO
2.
É QUASE INTEIRAMENTE METABOLIZADA PELO FÍGADO
3.
POR SOFRER EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM NÃO É EMPREGADA POR VIA ORAL
SEUS EFEITOS ADVERSOS MAIS IMPORTANETES DIZEM RESPEITO A SUAS AÇÕES NO SNC ( > 5 ug/ml ) PARESTESIAS PERIORAL TÍNITUS FALA PASTOSA (SLURRED SPEECH) CONFUSÃO SONOLÊNCIA CONVULSÃO INICIAL SEGUIDA DE DEPRES-SÃO DO
FENITOINA
AINDA HOJE É EMPREGADA COMO ANTIEPILÉTICO
SEU EMPREGO CLÍNICO COMO ANTIARRÍTMICO ESTÁ OBSOLETO
FLECAINIDA + ENCAINIDA
1. TEM AÇÃO LONGA E REDUZEM A FREQUÊNCIA DE EXTRA-SÍSTOLES POR VIA ORAL 2. COMO AUMENTA A INCIDÊNCIA DE MORTE SÚBITA ASSOCIADA A FIBRILAÇÃO VENTRICULAR PÓS INFARTO DO MIOCÁRDIO NÃO É MAIS USADA PARA ESSE FIM 3. USO PRINCIPAL: NO TRATAMENTO PROFILÁTICO DE FIBRILAÇÃO ATRIAL PAROXÍSTICA
Classe II – BETABLOQUEADORES MECANISMO DE AÇÃO
Propranolol (Inderal®) Acebutalol Esmolol Metoprolol Atenolol (Atenol®) Timolol
ANTAGONISMO COMPETITIVO
β-Bloqueador (↓) Automaticidade relacionada ao NSA (↓) Responsividade do tecido isquêmico (↓) condução atrioventricularn
Classe III - bloqueador de iK+ ESTES MEDICAMENTOS INIBEM A SAIDA DE POTÁSSIO DA CÉLULA, PRINCIPALMENTE NO TRANSCURSO DA FASE 3 E PROLONGA A DURAÇÃO DO POTENCIAL DE AÇÃO Amiodarona 1. INTERFERE NA REPOLARIZAÇÃO (Retardo na repolarizaçào) 2. Bloqueia canais de sódio (estado inativo) 3. Muito efetivo nos tecidos isquêmicos 4. Não compatível com beta bloqueadores 5. Não compatível com bloqueadores de canais de cálcio 6. Não compatível com bloqueadores alfa não competitivos
EFEITOS ADVERSOS DA AMIODARONA:
RASH CUTÂNEO FOTOSSENSÍVEL (PRODUZ COR CINZA-AZULADA NA PELE) SEVERA FIBROSE PULMONAR (LENTA E IRREVERSÍVEL) DISFUNÇÃO HEPÁTICA (PODE SER IRREVERSÍVEL) GI: CONSTIPAÇÃO (20%) DISFUNÇÃO TIREOIDEANA (5%) – POSSUIE ELEVADAS TAXAS DE IÔDO NA SUA FORMA FARMACÊUTICA DESCOLORAÇÀO DA ÍRIS LIGA-SE INTENSAMENTE NOS TECIDOS TAXA DE ELIMINAÇÀO LENTA (t1/2 PROLONGADO 10-100 DIAS)MONITORAR ELETRÓLITOS PLASMÁTICOS PARA PREVENIR TORSADES DE POINTES
Classe IV - verapamil e diltiazen Atuam c/ antagonistas dos canais de Ca++(tipo L ) voltagem dependentes Diminuem a condução atrioventricular Aumenta o período refratário efetivo Aumenta o intervalo PR Relaxa o músculo liso arteriolar e dos vasos coronarianos Produz um efeito inotrópico negativo
1.
É DADO POR VIA ORAL ( PROFILAXIA DA TAQUICARDIA SUPRA VENTRICULAR PAROXÍSTICA)
2.
AS PREPARAÇÕES EV DISPONÍVEIS SÃO PERIGOSAS E QUASE NUNCA SÃO NECESSÁRIAS
3.
APRESENTAM UM t1/2 DE 6-8h
4.
USADO PARA TAQUICARDIA SUPRAVENTRICULAR PAROXÍSTICA
5.
E NO CONTROLE DA FLUTTER E FIBRILAÇÀO ATRIAL
6.
É INEFICAZ NA SÍNDROME DE WOLF-PARKINSON-WHITE
7.
É PERIGOSO NAS ARRITMIAS VENTRICULARES
FARMACOCINÉTICA - SE LIGA EM DE 80% ÀS PROTEÍNAS DO PLASMA - t1/2 de 3-7 h, - 10-20 % É METABOLIZADO
CUIDADOS ESPECÍFICOS COM VERAPAMIL CUIDADO COM AS ASSISTOLIAS DO NÓDULO SA E NAS DISFUNÇÕES AV, INTENSO EFEITO INOTRÓPICO NEGATIVO (EM ESPECIAL NO USO IV CUIDADO COM O USO CONCOMITANTE DE PROPRANOLOL, DISOPIRAMIDE VERAPAMIL COMO QUINIDINA, (↑) NÍVEIS DE DIGOXINA
1. É SEMELHANTE AO VERAPAMIL 2. TEM MAIS EFEITOS RELAXANTES DA MUSCULATURA LISA DO QUE O VERAPAMIL
Digoxina Classe farmacológica: glicosídeo carditônico Inibe ATPase sódio potássio dependente Permite maior oferta de cálcio para contraçào Monitorar os níveis de potásio, os níveis da droga e para a toxicidade Automaticidade : ↓ frequência de disparo do NSA (vagomimetico ) ↑ Excitabilidade: principalmente ventricular aos simpaticomiméticos Diminui a condução AV Responsividade: ↓ principalmente nas doses tóxicas
TRATAMENTO DA ARRITMIAS CAUSADAS POR TOXICIDADE DE DIGOXINA DISCONTINUAR DAR K (monitorar os níveis plasmáticos) LIDOCAINA FENITOINA Fab FRAGMENTOS PARA DIGOXINA
Classe V - Adenosina PRODUZ EFEITOS INIBITÓRIOS SOBRE ATIVIDADE CARDÍACA DIMINUI A FREQUÊNCIA DE DISPAROS DO NSA E DIMINUI A CONDUÇÃO AV (efeito vagomimético) PARA CONVERTER TAQUICADIA SUPRAVENTRICULAR PAROXÍSTICA PARA RÍTMO SINUSAL APRESENTA MEIA VIDA MUITO CURTA SÓ É USADA POR VIA EV EM BOLUS MÍNIMAS REAÇÕES ADVERSAS PODE CAUSAR ASSISTOLIA POR POUCOS SEGUNDOS
EFEITOS ADVERSOS COM ADENOSINA RUBOR (20%) RESPIRAÇÃO “CURTA” (broncoespasmo) CEFALÉIA HIPOTENSÃO NÁUSEAS PARESTESIAS CONTRAINDICADO PARA PACIENTES COM TRANSPLANTE CARDÍACO (?)
OUTRAS DROGAS E ÍONS USADOS EM ARRITMIAS 1. Atropina (antagonista muscarínico) √ bradicardia sinusal com alterações hemodinâmicas 2. Adrenalina (agonista adrenérgico) √ parada cardíaca 3. Isoprenalina (agonista adrenérgico) √ Bradicardia por bloqueio cardíaco 4. Adenosina √ taquicardia supra-ventricular por hipercalemia 5. Cloreto de magnésio √
fibrilação ventricular