Amaral Et Al., 2003

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PROGRAMA DE AVALIAÇÃO DO POTENCIAL SUSTENTÁVEL DOS RECURSOS VIVOS DA ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA Ministério do Meio Ambiente - MMA

RIO DE JANEIRO SÃO PAULO PARANÁ SANTA CATARINA RIO GRANDE DO SUL

BIODIVERSIDADE BÊNTICA DA REGIÃO SUL-SUDESTE DA COSTA BRASILEIRA

Maio 2003

REVIZEE Score Sul – Bentos

BIODIVERSIDADE BÊNTICA DA REGIÃO SUL-SUDESTE DA COSTA BRASILEIRA A. Cecília Z. Amaral Paulo C. Lana Flávio C. Fernandes João C. Coimbra Coordenação Geral REVIZEE – Score Sul

Carmen L. D. B. Rossi-Wongtschowski Depto. Oceanogr. Biol., Inst. Oceanográfico, Universidade de São Paulo

Coordenação Bentos REVIZEE – Score Sul

Antônia Cecília Zacagnini Amaral Depto. Zoologia, Inst. Biologia, Universidade Estadual de Campinas

Responsáveis Estaduais Rio de Janeiro

Flávio da Costa Fernandes IEAPM – Inst. de Estudos do Mar “Almirante Paulo Moreira”

São Paulo

Antônia Cecília Zacagnini Amaral Depto. Zoologia, Inst. Biologia, Universidade Estadual de Campinas

Paraná/Santa Catarina

Paulo da Cunha Lana Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná

Rio Grande do Sul

João Carlos Coimbra Depto. Zoologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul Esta publicação deve ser citada como: Amaral, A.C.Z., Lana, P.C., Fernades, F.C. & Coimbra, J.C. 2003. Biodiversidade bêntica da região sul-sudeste da costa brasileira. REVIZEE Score Sul – Bentos. São Paulo: Editora......

ii

AUTORES ESPECIALISTAS Porifera

Eduardo Hajdu. Departamento de Invertebrados, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista, s/n, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: [email protected] Cristina P. Santos. Departamento de Invertebrados, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista, s/n, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: [email protected] Daniela A. Lopes. Departamento de Invertebrados, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista, s/n, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: [email protected] Maíra V. de Oliveira. Departamento de Invertebrados, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista, s/n, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: [email protected] Maria Cláudia F. Moreira. Departamento de Invertebrados, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista, s/n, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: [email protected] Mariana de S. Carvalho. Departamento de Invertebrados, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Quinta da Boa Vista, s/n, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: [email protected] Michelle Klautau. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, CCS, Cidade Universitária, 21941-000, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: [email protected]

Cnidaria Hydrozoa

Álvaro E. Migotto. Centro de Biologia Marinha, Universidade de São Paulo, Rodovia Manuel H. do Rego, 11600-970, São Sebastião, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Antônio Carlos Marques. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, CP 11461, 05422-970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected]

Scyphozoa

Gerhard Jarms. Zoologisches Institut und Zoologisches Museum, Universität Hamburg, MartinLuther-King Platz 3, 20146 Hamburg, Germany. E-mail: [email protected] André C. Morandini. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, C.P. 11461, 05422-970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Fábio L. da Silveira. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, C.P. 11461, 05422-970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected]

Anthozoa

Débora O. Pires. Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento Invertebrados, Quinta da Boa Vista, São Cristovão, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. mail: [email protected] Clóvis B. Castro. Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento Invertebrados, Quinta da Boa Vista, São Cristovão, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. mail: [email protected] Marcelo S. Medeiros. Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento Invertebrados, Quinta da Boa Vista, São Cristovão, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. mail: [email protected] Cristovam M. Thiago. Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro, Departamento Invertebrados, Quinta da Boa Vista, São Cristovão, 20940-040, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. mail: [email protected]

de Ede Ede Ede E-

iii

Sipuncula

Gisele Y. Kawauchi. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, CP 11461, 05422-970, São Paulo, SP, Brasil. Centro de Biologia Marinha, Universidade de São Paulo, Rod. Manoel H. do Rego km 131,5, 11600-970, São Sebastião, SP, Brasil. Email: [email protected] Álvaro E. Migotto. Centro de Biologia Marinha, Universidade de São Paulo, Rodovia Manuel H. do Rego, 11600-970, São Sebastião, SP, Brasil. E-mail: [email protected]

Mollusca Gastropoda

Cintia Miyaji. Faculdade de Ciências Ambientais, UNIMONTE, Santos, SP, Brasil. E-mail: [email protected]

Bivalvia

Eliane P. Arruda. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, CP 11461, 05422-970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Mônica P. Quast. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Maria Angélica O. Gonçalves. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Aline A. Araújo. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. A. Cecília Z. Amaral. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP. E-mail: [email protected]

Gastropoda & Bivalvia - Rio Grande do Sul

Inga Ludmila Veitenheimer Mendes. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500 , Prédio 43435, Sala 201, 91501-970, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. E-mail: [email protected]. Fábio Wiggers. PPG-BAN, Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500 , Prédio 43435, Sala 201, 91501970, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. E-mail: [email protected]. Daniel Mansur Pimpão. PPG-BAN, Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500 , Prédio 43435, Sala 201, 91501-970, Porto Alegre, Rio Grande do Sul. E-mail: [email protected].

Cephalopoda, Polyplacophora & Solenogastres

Luiz Ricardo L. Simone. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, Cx. Postal 42594; 04299-970 São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected].

Annelida Polychaeta

A. Cecília Z. Amaral. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP. E-mail: [email protected] Paulo C. Lana. Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná - CEM/UFPR, Av. Beira Mar, s/n, 83255-000, Pontal do Sul, PR, Brasil. E-mail: [email protected]

Phyllodocidae, Chrysopetalidae, Pisionidae, Hesionidae, Pilargidae, Glyceridae, Goniadidae, Paralacydoniidae, Nephtyidae, Sphaerodoridae, Fauveliopsidae

Alexandra E. Rizzo. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected]

Amphinomidae, Euphrosinidae, Dorvilleidae, Eunicidae, Lumbrineridae, Oenonidae, Onuphidae

Tatiana M. Steiner. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP, Brasil. E.mail: [email protected]. iv

Cirratulidae, Flabelligeridae, Ampharetidae, Pectinariidae Spionidae

Erica V. Pardo. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected].

Nereididae

Cinthya S. G. Santos. Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná - CEM/UFPR, Av. Beira Mar, s/n, 83255-000, Pontal do Sul, PR, Brasil. E-mail: [email protected]. Tatiana M. Steiner. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected].

Orbiniidae, Paraonidae

Alessandra C. Carvalho. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected].

Capitellidae

Maria Fernanda R. Wagner. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP, Brasil. E-mail: [email protected].

Trichobranchidae

André Senna Garrafoni. Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná - CEM/UFPR, Av. Beira Mar, s/n, 83255-000, Pontal do Sul, PR, Brasil. E-mail: [email protected].

Magelonidae

Ana Claudia Santos Brasil. Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná CEM/UFPR, Av. Beira Mar, s/n, 83255-000, Pontal do Sul, PR, Brasil. E-mail: [email protected].

Poecilochaetidae

Zeldon Ribeiro. Centro de Estudos do Mar, Universidade Federal do Paraná - CEM/UFPR, Av. Beira Mar, s/n, 83255-000, Pontal do Sul, PR, Brasil. E-mail: [email protected].

Syllidae, Sabellidae, Serpulidae, Terebellidae

João M. M. Nogueira. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, CP 11461, 05422-970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Adriano Abbud. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, CP 11461, 05422-970, São Paulo, SP, Brasil. Maíra C. S. Rossi. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, CP 11461, 05422-970, São Paulo, SP, Brasil. Marcelo V. Fukuda. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, CP 11461, 05422-970, São Paulo, SP, Brasil.

Crustacea Decapoda & Stomatopoda

Paulo R. Nucci. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, CP 7172, 01064-970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Gustavo A. S. de Melo. Museu de Zoologia, Universidade de São Paulo, CP 7172, 01064-970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Gustavo A. S. de Melo-Filho. FCBEE/Universidade Presbiteriana Mackenzie São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected]. Oswaldo Campos Júnior. Universidade São Camilo, Campus Ipiranga, Av. Nazaré, 1501, Ipiranga, 04263-200, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected].

Tanaidacea/Peracarida

Kátia Christol dos Santos. Departamento de Oceanografia Biológica, Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo, CP 66149, CEP 05315-970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected].

v

Bryozoa

Maria Angélica Haddad. Departamento de Zoologia, Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná. CP 19.020, 81531-990, Curitiba, PR, Brasil. E-mail: [email protected]. Facelúcia Barros Cortes Souza. Laboratório de Estudos Costeiros, Instituto de Geologia, Universidade Federal da Bahia. Rua Caetano Moura, 123, 40210-340, Salvador, BA, Brasil. Ricardo Vieira da Silva. Curso de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná, CP 19020, 81531-980, Curitiba, Paraná, Brasil.

Brachiopoda

Marcello Guimarães Simões. Departamento de Zoologia, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Distrito de Rubião Júnior, s/n., CP. 510, Botucatu, SP, Brasil. E-mail: [email protected]

Echinodermata Ophiuroidea

Michela Borges. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CxP 6109, CEP- 13083-970, Campinas, SP, Brasil. Pós-graduação Universidade Estadual Paulista - Rio Claro, CxP 199, CEP- 13506-900, SP, Brasil. E-mail: [email protected] A. Cecília Z. Amaral. Departamento de Zoologia, Instituto de Biologia, Universidade Estadual de Campinas, CP 6109, 13083-970, Campinas, SP. E-mail: [email protected] Ana Maria G. Monteiro. Departamento de Zoologia, Universidade Estadual Paulista, CxP 136, CEP- 15001-970 S. J. Rio Preto, SP, Brasil. E-mail: [email protected] Asteroidea, Crinoidea, Echinoidea, Holothuroidea Luiz R. Tommasi. Departamento de Oceanografia Biológia, Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo, CP 66149, CEP 05315-970, São Paulo, SP, Brasil. E-mail: [email protected].

Chordata Urochordata/Ascidiacea

Rosana Moreira da Rocha. Departamento de Zoologia, Setor de Ciências Biológicas, UFPR, CP 19020, 81531-980, Curitiba, Paraná, Brasil. E-mail: [email protected].

vi

Conteúdo AGRADECIMENTOS

IX

RESUMO

X

ABSTRACT

XI

1.

INTRODUÇÃO

1

2.

MATERIAIS, MÉTODOS DE AMOSTRAGEM E TRATAMENTOS

3

3.

ÁREA DE ESTUDO

12

4.

MACROFAUNA BÊNTICA

17

5.

INVENTÁRIOS DE DIVERSIDADE

27

FILO PORIFERA Eduardo Hajdu, Cristina P. Santos, Daniela A. Lopes, Maíra V. de Oliveira, Maria Claudia F. Moreira, Mariana de S. Carvalho & Michelle Klautau

28

FILO CNIDARIA

34

CLASSE HYDROZOA Álvaro E. Migotto & Antônio Carlos Marques

35

CLASSE SCYPHOZOA / ORDEM CORONATE Gerhard Jarms, André C. Morandini & Fábio L. da Silveira

38

CLASSE ANTHOZOA Débora O. Pires, Clóvis B. Castro, Marcelo S. Medeiros & Cristovam M. Thiago

41

FILO SIPUNCULA Gisele Y. Kawauchi & Álvaro E. Migotto

44

FILO MOLLUSCA

47

CLASSE GASTROPODA Cintia Miyaji

48

CLASSE BIVALVIA Eliane P. Arruda, Mônica P. Quast, Maria Angélica O. Gonçalves, Aline A. Araujo & A. Cecília Z. Amaral

57

CLASSES GASTROPODA & BIVALVIA - Rio Grande do Sul Inga L. Veitenheimer Mendes, Fábio Wiggers & Daniel M. Pimpão

63

vii

CLASSES CEPHALOPODA, POLYPLACOPHORA & SOLENOGASTRES Luiz Ricardo L. Simone

71

FILO ANNELIDA

73

CLASSE POLYCHAETA A. Cecília Z. Amaral, Paulo C. Lana, Alexandra E. Rizzo, Tatiana M. Steiner, Erica V. Pardo, Cinthya S.G. Santos, Alessandra C. Carvalho, M. Fernanda R. Wagner, André S. Garrafoni, Ana Claudia S. Brasil, Zeldon Ribeiro, João M. M. Nogueira Adriano Abbud, Maíra C. S. Rossi & Marcelo V. Fukuda

73

SUB-FILO CRUSTACEA

84

ORDENS DECAPODA & STOMATOPODA Paulo R. Nucci, Gustavo A. S. de Melo, Gustavo A. S. de Melo-Filho & Oswaldo Campos Júnior

85

SUPER-ORDEM PERACARIDA / ORDEM TANAIDACEA Kátia Christol dos Santos

90

FILO BRYOZOA Maria Angélica Haddad, Facelúcia B. C. Souza & Ricardo V. da Silva

93

FILO BRACHIOPODA Marcello Guimarães Simões

98

FILO ECHINODERMATA

101

CLASSE OPHIUROIDEA Michela Borges, Ana Maria G. Monteiro & A.Cecília Z. Amaral

102

CLASSES ASTEROIDEA, CRINOIDEA, HOLOTHUROIDEA & ECHINOIDEA Luiz Roberto Tommasi

108

FILO CHORDATA

110

CLASSE ASCIDIACEA Rosana Moreira da Rocha

110

6.

CONSIDERAÇÕES GERAIS

112

7.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

114

8.

ANEXOS

117

viii

AGRADECIMENTOS A todos que contribuíram e que continuam contribuindo no desenvolvimento desse programa. Ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), pelo suprote financeiro, inclusive para a realização da Reunião Nacional do Programa REVIZEE (Brasília, 04 e 05 de dezembro de 2001). Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (FAPESP), pelas bolsas concedidas. À Coordenação Geral do Programa REVIZEE, pelo apoio recebido. À Carmen, que sempre confiou no sensacional material que o bentos forneceria e que não exitou em fornecer o auxílio necessário e o estímulo constante. Aos tripulantes do N/Oc. Prof. W. Besnard e a todos pesquisadores, principalmente geólogos, e alunos que participaram dos Cruzeiros Oceanográficos, preparando material para embarque, triando as amostras e quase sempre passando mal, muito mal... Aos alunos, principalmente de graduação, que executaram a árdua tarefa de triar no laboratório, todo material coletado e realizar as identificação iniciais dos diferentes grupos taxonômicos. À Silvana, por estar sempre amparando à todos nós participantes do programa. Aos especialistas-sistematas que estão identificando o material, que muitas vezes não se apresentava em boas condições de análise, triplicando essa difícil tarefa, mas que mesmo assim, estão sempre entusiasmados com as novidades e com o “ineditismo” que o REVIZEE vem proporcionando ao conhecimento da diversidade da fauna bêntica. Aos bolsistas ITI e DTI por todo apoio técnico e científico.

ix

RESUMO O presente relatório reúne os resultados das atividades desenvolvidas no Score Sul/Bentos (Cabo de São Tomé, RJ – Arroio Chuí, RS) – Programa REVIZEE. Os objetivos principais deste subprograma envolvem o conhecimento da biodiversidade e avaliação do potencial sustentável dos recursos faunísticos da região sul-sudeste. As coletas foram efetuadas no período de 13 de dezembro de 1997 a 20 de abril de 1998 na plataforma e no talude continental (60 - 810 m de profundidade). Para amostragem da fauna bentônica foram utilizados os pegadores van Veen, Box-corer e draga, totalizando 322 amostras. Os resultados da macrofauna bentônica aqui apresentados (táxons superiores) foram analisados quanto à sua composição, abundância e distribuição (em diferentes profundidades e regiões), além da biomassa. É apresentado também um inventário dos táxons identificados para os grupos: Porifera, Cnidaria (Hydrozoa, Scyphozoa e Anthozoa), Sipuncula, Mollusca (Gastropoda, Bivalvia, Cephalopoda, Polyplacophora e Solenogastres), Annelida (Polychaeta) Crustacea (Decapoda, Stomatopoda e Tanaidacea), Bryozoa, Brachiopoda, Echinodermata (Ophiuroidea, Asteroidea, Crinoidea, Holothuroidea e Echinoidea) e Chordata (Ascidiacea). Um total de 131.369 indivíduos, distribuídos em 28 táxons maiores foram identificados. Destes os grupos mais abundantes e freqüentes foram Porifera, Cnidaria, Sipuncula, Gastropoda, Bivalvia, Scaphopoda, Polychaeta, Crustacea, Ophiuroidea, Bryozoa e Brachiopoda. Entre esses, Bryozoa (30.501 registros) foi o mais abundante, seguido dos Polychaeta (22.412 inds.), Ophiuroidea (16.918), Crustacea (14.240), Brachiopoda (12.834) e Bivalvia (11.761). A estrutura da fauna bentônica da área caracteriza-se por maiores abundâncias relacionadas a fundos de areia e lama, com pequenas contribuições de carbonato de cálcio (100 - 200 m). A distribuição espacial-batimétrica está também diretamente relacionada ao tipo de sedimento. Com o propósito de garantir uma avaliação segura da biodiversidade, os grupos superiores encontrados estão sendo analisados por especialistas, os quais já tem constatado a presença de um considerável número de ocorrências e/ou espécies novas para a ciência, entre os 741 táxons identificados.

x

ABSTRACT This report presents the results of the activities undertaken in the REVIZEE Program by the South Score/Benthos (Cabo de São Tomé, RJ – Arroio Chuí, RS). The main objectives of this sub-program are the knowledge of biodiversity and the evaluation of the sustainable potential of the faunistic resources of the southeastern and south regions of Brazil. The field collections were taken from December 13th 1997 to April 20th 1998 in the continental shelf and slope (60 – 810 m depth). The fauna was collected using the benthic samplers van Veen, Box-corer and rectangular dredge, summing up 322 samples. The results of the benthic macrofauna (higher taxa) were analyzed in relation to species composition, abundance, biomass and distribution (in different depths and localities). An inventory of the taxa recorded in the following higher taxa is also presented: Porifera, Cnidaria (Hydrozoa, Scyphozoaand and Anthozoa), Sipuncula, Mollusca (Gastropoda, Bivalvia, Cephalopoda, Polyplacophora and Solenogastres), Annelida (Polychaeta) Crustacea (Decapoda, Stomatopoda and Tanaidacea), Bryozoa, Brachiopoda, Echinodermata (Ophiuroidea, Asteroidea, Crinoidea, Holothuroidea and Echinoidea) and Chordata (Ascidiacea). A total of 131.369 individuals were recorded and classified into 28 higher taxa. The most abundant and frequent groups were Porifera, Cnidaria, Sipuncula, Gastropoda, Bivalvia, Scaphopoda, Polychaeta, Crustacea, Ophiuroidea, Bryozoa and Brachiopoda. Bryozoa was the most abundant group (30.501 records) followed by Polychaeta (22.412 inds.), Ophiuroidea (16.918), Crustacea (14.240), Brachiopoda (12.834) and Bivalvia (11.761). The structure of the benthic fauna in the study area was characterized by the association between higher abundances of organisms with sandy and muddy substrata, both with low contents of calcium carbonate (100 – 200 m). The bathymetric distribution of the higher taxa was also demonstrated to be associated with the substrate type. The higher taxa recorded in this study are being analyzed by experts to enable a more precise evaluation of the biodiversity. A total of 741 taxa were identified up to date and a significative number of new occurrences and new species were reported.

xi

1. INTRODUÇÃO Dentre os diferentes ecossistemas, o bentos desempenha papel vital tanto como receptor de energia proveniente do pelagial quanto como fornecedor de energia para os organismos que se alimentam junto ao fundo (peixes e crustáceos, entre outros) além de nutrientes para o fitoplâncton. Portanto, o estudo da fauna bentônica é imprescindível para qualquer abordagem ecossistêmica que se pretenda realizar no ambiente marinho, embora haja uma forte tendência à miniaturizacão e redução da biomassa em comparação com o evidente aumento na diversidade até uma profundidade média de 2000 m (Gage & Tyler 1991, Etter & Muulineaux 2001). No litoral brasileiro, como em outras regiões tropicais e subtropicais, a fauna é composta por mais espécies com baixas abundâncias específicas, quando comparado à zonas temperadas (Alongi, 1990). A Zona Econômica Exclusiva (ZEE) constitui um novo conceito de espaço marítimo introduzido pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, sendo definida no litoral brasileiro como a área que se extende desde o limite externo do Mar Territorial, de 12 milhas de largura, até 200 milhas náuticas da costa. O Brasil tem em sua ZEE direitos de soberania para fins de exploração, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos e não vivos, das águas subjacentes ao leito do mar, do leito do mar e do subsolo, além de outras atividades visando a exploração e o aproveitamento da zona para fins econômicos, como produção de energia a partir da água, marés, correntes e ventos (Figueiredo et al., 2002). O Programa REVIZEE vem sendo desenvolvido ao longo da ZEE que, por sua amplitude, abrangência e características oceanográficas, biológicas e de tipo de substrato dominante, foi dividida em regiões: 1 – Costa Norte, da foz do Rio Oiapoque à foz do Rio Parnaíba; 2 – Costa Nordeste – da foz do Rio Parnaíba até Salvador, incluindo Fernando de Noronha, Atol das Rocas e Arquipélago de São Pedro e São Paulo; 3 – Costa Central, de Salvador ao Cabo de São Tomé; 4 – Costa Sul, do Cabo de São Tomé ao Arroio de Chuí. Em cada uma destas regiões, um subcomitê formado por representantes das universidades e instituições de pesquisa regionais é responsável pela execução do programa. Este grupo, por sua vez, conta com o apôio dos Ministérios de Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Relações Exteriores, Educação, Minas e Energia, além da Secretaria da Comissão Interministerial para Assuntos do Mar, do Ibama, da Marinha do Brasil e do CNPq. O REVIZEE - SCORE SUL/Bentos, um dos componentes do Programa de Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos Vivos na Zona Econômica Exclusiva, tem como propósito estudar grande parte desta zona (Cabo de São Tomé, RJ ao Chuí, RS), composta por ecossistemas bentônicos de plataforma externa e talude continental com uma fauna bentônica previsivelmente abundante e bastante peculiar. Pois, tem-se como concepção geral que a fauna bentônica, especialmente nesta região de transição entre quebra de platoforma e talude continental é bastante rica e de grande importância para a produção pesqueira. Na costa brasileira, de um modo geral, são poucos os estudos sobre a fauna bentônica realizados na região da plataforma externa e quase inexistentes entre esta e o talude. Apesar das regiões sul e sudeste serem as mais estudadas, encontran-se ainda em um estágio de conhecimento insatisfatório (Lana et al., 1996). Os resultados disponíveis sobre a região sudeste estão contidos em Sumida & Pires-Vanin (1997) e em Capitoli & Bonilha (1991) para o sul do Brasil. A importância dos inventários biológicos para a conservação e gestão da biodiversidade tem sido extensivamente enfatizada, não apenas por constituírem a base para a elaboração de programas de monitoramento dos ecossistemas e de avaliação de 1

impacto ambiental mas, principalmente, porque nos permitem entender, manter e racionalizar o uso da “grande herança biológica que herdamos” (Systematics Agenda 2000, 1994). Em termos percentuais, a fauna de invertebrados marinhos da costa brasileira ainda é muito pouco estudada, pois o número de espécies citadas encontra-se entre 1 e 2% do total descrito em nível mundial, sendo comum na literatura a menção ao parco conhecimento acumulado sobre a fauna marinha do Atlântico Sul Ocidental. O conhecimento da biodiversidade do bentos abaixo dos 20 m é restrito, tendo como situação extrema a da plataforma externa (abaixo da isóbata de 50 m) e do talude continental, considerados como grandes vazios em termos de conhecimento faunístico (Migotto & Tiago, 1999). A estimativa da densidade e/ou biomassa e, conseqüentemente, do potencial de exploração de muitas das espécies que constituem recursos naturais diretamente utilizados pelo homem permitirão, com certeza, a realização de amplos estudos das espécies bentônicas, despertando assim, o interesse para o desenvolvimento de novas pesquisas. As atividades de coletas da fauna bentônica do Programa Revizee foram realizadas juntamente com a equipe de oceanografia geológica, cujo objetivo principal foi caracterizar o fundo marinho quanto à sua topografia e composição, para efeito de pesca demersal. Além deste material, outras amostras da fauna bentônica deverão ser fornecidas pela pesca demersal, a qual utilizou redes e armadilhas durante as coletas. Os objetivos propostos pelo Revizee – Score Sul/Bentos envolvem basicamente um primeiro esforço de prospecção sistemática e padronizada dos recursos faunísticos, visando uma análise da: • Composição e distribuição da fauna, com detalhamento taxonômico centrado nos táxons numericamente dominantes e naqueles tradicionalmente e potencialmente exploráveis; • Abundância e biomassa, expressa por peso úmido total, de táxons relevantes, seja pela dominância numérica ou pela importância econômica; • Correlação entre variáveis biológicas, sedimentológicas e topográficas, de modo a fornecer uma visão geral da distribuição espacial da fauna. Neste trabalho são apresentados os resultados finais em nível de táxons mais elevados (filos, classes ou ordens) da fauna bentônica procedente das expedições realizadas nas regiões sul e sudeste da costa brasileira. Este conjunto de dados foi analisado quanto a composição, abundância, biomassa e distribuição espacial. Considerou-se importante e adequada a divulgação do estado atual dos inventários mais específicos que estão sendo realizados, tendo sido incluídos vários grupos: Porifera, Cnidaria (Hydrozoa, Scyphozoa – Coronate e Anthozoa – Hexacorallia e Octocorallia), Sipuncula, Mollusca (Gastropoda, Bivalvia, Cephalopoda, Polyplacophora e Solenogastres), Polychaeta, Crustacea (Decapoda, Stomatopoda e Tanaidacea), Bryozoa, Brachiopoda, Echinodermata (Ophiuroidea, Asteroidea, Crinoidea, Echinoidea e Holothuroidea) e Chordata (Ascidiacea).

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2. MATERIAIS, MÉTODOS DE AMOSTRAGEM E TRATAMENTOS Amostragem bêntica Para amostragem da fauna bentônica foram realizados cruzeiros oceanográficos ao largo da costa dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul em profundidades entre 60 e 810 m. Profundidades abaixo de 90 m foram amostradas apenas no Cruzeiro de Calibração. Estes cruzeiros, realizados com N/Oc. Prof. Wladimir Besnard, foram baseados em linhas de observações perpendiculares à costa (radiais), espaçadas em aproximadamente 20 milhas náuticas. Foram demarcadas de 4 a 10 radiais e 15 a 32 estações oceanográficas em cada cruzeiro. Estas variações ocorreram em função de particularidades morfológicas do fundo, devido a existência de plataformas de petróleo, tubulações de óleo e gás ou por condições adversas do mar. Os dados dos 9 cruzeiros oceanográficos de geologia/bentos realizados entre 13 de dezembro de 1997 e 20 de abril de 1998 (totalizando 63 dias de mar) são apresentados a seguir (Tabela 2.1). A área foi coberta por 50 radiais (incluindo as 2 de calibração), tendo sido plotadas 193 estações com CTD (equipamento que registra a condutividade e a temperatura da coluna da água e que é lançado em cada estação) e coletadas 150 amostras com o pegador de fundo van Veen, 116 com Box-corer e 56 com dragas de arrasto (Fig. 2.1 e 2.2), num total de 322 amostras. Com o objetivo de testar a metodologia proposta para a coleta da fauna bentônica na margem continental sul-sudeste brasileira, foi realizado um cruzeiro oceanográfico de calibração com o N/Oc. Prof. W. Besnard, no período de 13 a 17 de dezembro de 1997. Neste período, foram percorridas 2 radiais em profundidades entre 60 e 485 m nos arredores de Santos/SP, perfazendo um total de 15 estações hidrográficas, onde foram executadas a perfilagem do fundo, a obtenção de dados abióticos com CTD e a coleta de material bentônico com os pegadores van Veen (15 amostras) e Box-corer (9) e com draga de arrasto (11). A avaliação desta coleta permitiu estabelecer um planejamento consistente para as expedições, otimizando a utilização dos equipamentos e aprimorando a metodologia de análise das amostras. Como consequência desta viagem de calibração, foi preparado um roteiro de coleta (entregue aos chefes científicos das expedições), visando a padronização das atividades, conforme descrito a seguir. Inicialmente foi efetuado o trabalho de perfilagem, reconhecimento da profundidade e de detalhes da topografia. Após a análise dos dados de perfilagem batimétrica, era definida a estação de coleta e o posicionamento com o auxílio do GPS, anotando-se a latitude e longitude. Em cada estação, primeiramente era lançado o CTD, para obtenção de dados hidrográficos. Posteriormente, dava-se início às coletas da fauna bentônica, para as quais foram efetuadas amostragens quantitativas e semi-quantitativas, utilizando-se primeiramente o pegador van Veen, seguido do Box-corer e por fim a draga de arrasto, dependendo do tipo de fundo. Abaixo são apresentadas as características básicas de cada aparelho: Pegador van Veen (0,10 m2 de área e com capacidade total de 20 l); Uma pegada por estação. Uma pegada foi considerada bem sucedida quando continha um mínimo de 10 l, ou seja, pelo menos a metade da capacidade do amostrador. Este procedimento foi efetuado sempre que possível e, quando necessário, era repetido o lançamento até no máximo duas vezes; caso ainda não houvesse sucesso, utilizava-se a amostra proveniente da última pegada ou aquela melhor sucedida, sempre anotando-se o volume considerado.

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Pegador Box-corer (0,09 m2 de área, 30 x 30 x 60 cm e 54 l); Uma pegada por estação. O bloco de sedimento coletado era dividido em duas porções; a anterior era preservada para os estudos geológicos e a posterior para os de bentos (0,045 m2). Apenas os primeiros 25 cm de sedimento foram utilizados para o estudo da fauna bentônica. Os pegadores van Veen e Box-corer foram preferencialmente utilizados em fundos compostos por areia fina ou lama. Draga de Arrasto (abertura de 80 x 27 cm e malha interna entre-nós de 0,5 cm); Um arrasto com duração de 5 minutos a 2 nós foi realizado em cada estação. O volume mínimo para a amostra ser considerada operacional foi de 20 l. Utilizada preferencialmente em fundos compostos por cascalho biodetrítico ou areia grossa. Sempre que possível eram anotadas as características texturais bem como a cor do sedimento. Em seguida, as amostras da macrofauna foram lavadas em peneiras com malhagem de 2,0, 1,0 e 0,5 mm, com água do mar. Os animais maiores, previamente separados, foram fixados em formol a 4% e acondicionados em frascos próprios; o sedimento retido nas peneiras foi armazenado em sacos plásticos, fixado em formol a 6% e, em seguida, armazenados em camburões de 50 l, para posterior triagem. No laboratório, o material foi lavado com água doce, transferido para álcool a 70%, triado sob microscópio estereoscópico, identificado quanto aos grandes táxons (filos, classes e ordens) e quantificado. Muitas vezes esta contagem pode representar fragmentos de colônias como no caso de Porifera, Cnidaria, Bryozoa e Ascidiacea. Estes grupos foram, inclusive, os mais danificados durante as coletas, uma vez que estas não foram específicas para eles e sim para macrofauna bêntica geral. Deve-se também destacar que, para o material obtido com draga, os números de indivíduos contados só foram considerados como estimativas semi-quantitativas da ocorrência de determinado táxon. A biomassa (gramas de peso úmido) dos grupos também foi avaliada com o auxílio de balança digital, com precisão de 0,001g. O peso foi obtido após cerca de 2 minutos de secagem em papel de filtro. Os moluscos foram pesados com as conchas. Após este tratamento inicial das amostras, as coleções foram enviadas aos especialistas para identificação e catalogação das espécies. Os espécimens identificados estão sendo depositados em museus ou em instituições com tradição curatorial. Tratamento dos dados O sedimento foi analisado quanto à sua textura (granulometria) e teor de CaCO3. Descrição detalhada sobre a metodologia empregada nestas análises está disponível em Figueiredo e Tessler (1999). Em algumas estações não foi possível realizar a coleta ou análise granulométrica. Para estas estações foram utilizados mapas de distribuição granulométrica de Figueiredo e Madureira (1999), os quais reuniram resultados de vários programas para o maepamento das características do tipo de fundo das regiões sul e sudeste da costa brasileira. Os dados obtidos tanto de abundância quanto de biomassa foram agrupados por grupo taxonômico e por estação somando-se os valores provenientes dos pegadores van Veen, Box-corer e Draga. Estes dados foram balanceados a seguir dividindo-se o número total obtido pelo número total de amostras (vV+Bc+Dr) de forma que gráficos de barras pudessem ser confeccionados. Os valores de abundância e biomassa foram ainda categorizados por estado (RJ, SP, PR, SC e RS) e por faixas de profundidade (<100 m, 100-200 m, 200-300 m, 300-500 m e >500 m) e balanceados em função do número de amostras realizadas conforme descrito acima. Gráficos de barra foram então 4

confeccionados e apresentados em conjunto com o mapa da costa sul/sudeste brasileira. A frequência de ocorrência dos diferentes táxons identificados foi calculada por amostra [(número de estações em que o táxon esteve presente/número total de estações amostradas)*100]. Uma análise de agrupamento foi realizada utilizando-se a presença e ausência dos táxons também separados por estado e profundidade. Esta análise utilizou a medida de dissimilaridade de Bray-Curtis e o método de agrupamento de média de grupo balanceada. Avaliou-se também a influência das variáveis ambientais, a saber porcentagens de carbonato de cálcio, grânulos, areia, silte e argila, diâmetro médio do grão, coeficiente de seleção e assimetria e curtose da distribuição de frequência do tamanho do grão em escala de phy (Folk & Ward, 1957), na ocorrência dos diferentes táxons entre as diferentes estações de coleta. Para tanto, realizou-se uma análise de escalonamento não-métrico multidimensional com os dados de presença e ausência dos táxons para cada estação de coleta. Os escores relativos a cada um dos eixos da análise (eixo 1 e 2) foram então computados e relacionados com os valores das variáveis ambientais registrados utilizandose uma análise de regressão multipla passo a passo retroativa (Zar, 1999). A seguir é apresentada uma síntese dos procedimentos e tratamento das amostras do Programa REVIZEE Score-Sul/Bentos (Tabela 2.2). Tabela 2.1. Dados gerais das estações de coleta, fornecidos por cruzeiro oceonográfico: data, latitude, longitude, profundidade, tipo de sedimento e amostrador utilizado (vV - van Veen, Bc - Box-corer e Dr - draga). Estação

Cruzeiro

Data

Latitude (ºS)

Área: Arredores de Santos/SP 6644 1 (Cal.) 14/12/1997 25º45.80' 6645 1 (Cal.) 14/12/1997 25º44.09' 6646 1 (Cal.) 14/12/1997 25º43.78' 6647 1 (Cal.) 14/12/1997 25º39.90' 6648 1 (Cal.) 15/12/1997 25º18.50' 6649 1 (Cal.) 15/12/1997 25º30.88' 6650 1 (Cal.) 15/12/1997 25º57.39' 6651 1 (Cal.) 15/12/1997 25º53.58' 6652 1 (Cal.) 15/12/1997 25º51.04' 6653 1 (Cal.) 15/12/1997 25º43.50' 6654 1 (Cal.) 16/12/1997 25º28.20' 6655 1 (Cal.) 16/12/1997 25º26.88' 6656 1 (Cal.) 16/12/1997 25º22.10' 6657 1 (Cal.) 16/12/1997 25º17.30' 6658 1 (Cal.) 16/12/1997 25º11.89' Área: Santos/SP - Baía da Ilha Grande/RJ 6659 2 9/1/1998 24º20.527' 6660 2 9/1/1998 24º17.678' 6661 2 9/1/1998 24º07.637' 6662 2 9/1/1998 24º00.946' 6664 2 10/1/1998 24º26.475' 6665 2 10/1/1998 24º20.844' 6666 2 10/1/1998 24º17.129' 6667 2 10/1/1998 23º59.90' 6668 2 10/1/1998 23º55.441' 6669 2 11/1/1998 24º07.347' 6670 2 11/1/1998 24º41.657' 6671 2 11/1/1998 24º32.91' 6672 2 11/1/1998 26º27.75' 6673 2 11/1/1998 24º17.939' 6674 2 11/1/1998 24º31.08' 6675 2 12/1/1998 24º56.379''

Longitude (ºW)

Prof. (m)

45º11.77' 45º13.93' 45º16.06' 45º22.20' 46º07.40' 46º30.41' 45º34.25' 45º42.13' 45º47.30' 46º02.50' 46º34.50' 46º38.85' 46º47.50' 46º55.60' 47º08.09'

485 256 198 157 100 90 417 256 206 155 90 80 70 60 157

43º46.759' 43º48.198' 45º51.895' 43º55.549' 44º06.554' 44º09.913' 44º12.179' 44º21.40' 44º24.468' 44º42.142' 44º22.645' 44º27.46' 44º30.351' 44º35.983' 44º54.00' 44º40.577'

505 314 147 135 500 258 163 130 107 101 503 260 165 133 122 517

Tipo de Sedimento

Amostrador

Silte arenoso Areia síltica

vV, Bc vV vV, Dr vV, Bc, Dr vV vV vV, Dr vV, Bc, Dr vV, Bc, Dr vV, Bc, Dr vV, Bc, Dr vV, Bc, Dr vV, Dr vV, Bc, Dr vV, Bc, Dr

Silte argiloso Silte arenoso Silte argilo arenoso Areia síltica Areia síltica Silte arenoso Silte arenoso Areia síltica Areia Areia

Areia síltica

Silte argiloso Areia síltica Areia Silte argiloso Areia síltica

Areia síltica Silte argiloso

Dr vV, Dr Dr vV Bc, Dr vV, Bc, Dr vV, Bc, Dr vV vV vV, Bc, Dr vV, Bc vV, Dr vV, Dr vV, Dr vV, Dr vV Cont.

5

Estação

Cruzeiro

Data

Latitude (ºS)

6676 2 12/1/1998 24º49.699' 6677 2 12/1/1998 24º40.747' 6678 2 12/1/1998 24º46.357' 6679 2 12/1/1998 25º18.874' 6680 2 12/1/1998 25º15.064' 6681 2 12/1/1998 25º11.005' 6683 2 13/1/1998 25º03.714' 6684 2 13/1/1998 25º43.903' 6685 2 13/1/1998 25º41.827' 6686 2 13/1/1998 25º36.988' Área: Santos/SP - Baía de Paranaguá/PR 6688 3 18/1/1998 26º08.00' 6689 3 18/1/1998 27º08.90' 6690 3 18/1/1998 27º00.88' 6691 3 18/1/1998 26º27.09' 6692 3 19/1/1998 26º50.900' 6693 3 19/1/1998 26º41.273' 6694 3 19/1/1998 26º31.269' 6695 3 19/1/1998 26º17.51' 6696 3 20/1/1998 25º34.20' 6697 3 20/1/1998 26º19.0' 6698 3 20/1/1998 26º10.87' 6699 3 20/1/1998 26º01.26' 6700 3 20/1/1998 25º25.00' 6701 3 21/1/1998 26º08.00' 6702 3 21/1/1998 26º01.50' 6703 3 21/1/1998 25º39.70' 6704 3 21/1/1998 25º14.60' 6705 3 21/1/1998 25º59.73' 6706 3 21/1/1998 25º48.60' 6707 3 21/1/1998 25º37.05' Área: Baía de Ilha Grande - Cabo Frio/RJ 6734 4 13/2/1998 24º20.20' 6735 4 13/2/1998 23º45.00' 6736 4 13/2/1998 23º34.40' 6737 4 14/2/1998 24º13.35' 6738 4 14/2/1998 24º11.60' 6739 4 14/2/1998 24º02.58' 6740 4 15/2/1998 23º25.74' 6741 4 15/2/1998 23º49.90' 6742 4 15/2/1998 23º59.14' 6743 4 15/2/1998 23º55.40' 6744 4 15/2/1998 23º51.50' 6745 4 15/2/1998 23º45.10' 6746 4 15/2/1998 23º18.50' 6747 4 16/2/1998 23º17.30' 6748 4 16/2/1998 23º46.90' 6749 4 16/2/1998 23º44.20' 6750 4 16/2/1998 23º40.08' 6751 4 16/2/1998 23º06.15' 6752 4 16/2/1998 23º43.60' 6753 4 16/2/1998 23º36.54' 6754 4 17/2/1998 23º26.70' 6755 4 17/2/1998 23º04.60' 6756 4 17/2/1998 23º48.23' 6757 4 17/2/1998 23º46.31' 6758 4 17/2/1998 23º41.26' Área: Cabo Frio - Cabo de São Tomé/RJ 6759 5 28/2/1998 23º20.0' 6760 5 28/2/1998 23º30.00' 6761 5 28/2/1998 23º29.04' 6762 5 27/2/1998 23º26.20' 6763 5 28/2/1998 23º08.07' 6764 5 1/3/1998 23º09.56' 6765 5 1/3/1998 23º09.53'

Longitude (ºW)

Prof. (m)

44º44.965' 44º50.822' 45º11.135' 44º52.516' 44º52.865' 44º56.6' 45º32.409' 45º09.500' 45º11.686' 45º13.571'

153 137 99 808 258 168 100 511 282 380

47º12.00' 46º37.70' 46º40.21' 47º00.62' 46º56.843' 46º27.500' 46º34.377' 46º41.23' 46º41.10' 46º14.7' 46º20.01' 46º25.26' 46º21.70' 45º56.00' 45º59.00' 46º13.20' 46º03.00' 45º37.32' 45º44.50' 45º50.14'

100 500 280 140 100 430 270 153 92 430 241 150 100 433 359 133 100 424 184 156

43º46.70' 44º04.00' 43º45.50' 43º25.90' 43º26.20' 43º30.80' 43º25.86' 43º14.40' 43º09.49' 42º47.60' 42º49.90' 42º52.66' 43º05.70' 42º42.60' 42º28.70' 42º29.80' 42º31.80' 42º24.40' 42º06.50' 42º09.86' 42º14.05' 42º01.40' 41º40.76' 41º41.70' 41º44.26'

460 102 103 476 330 147 100 138 208 508 254 150 100 100 497 325 162 93 502 187 131 102 435 191 149

41º22.0' 41º08.85' 41º09.63' 41715.82' 41º00.84' 40º56.19' 40º56.79'

110 400 275 145 100 425 257

Tipo de Sedimento

Silte arenoso Silte arenoso Areia síltica Silte arenoso

Silte argiloso Silte argiloso Silte argiloso Silte argiloso Silte arenoso

Silte argiloso Silte argiloso Areia síltica Silte argiloso Silte argiloso Silte argiloso Silte argiloso Silte argiloso Silte arenoso Silte argiloso

Silte arenoso Areia Silte arenoso

Silte argiloso

Silte argiloso Silte arenoso Silte arenoso Areia Silte arenoso Silte arenoso Areia síltica Silte arenoso

Areia síltica Silte argiloso Silte arenoso Silte arenoso Silte argiloso

Amostrador vV, Dr vV vV, Bc, Dr Dr vV, Bc vV, Dr vV, Bc vV, Bc, Dr vV, Bc vV, Dr vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc Dr Dr vV, Bc vV, Bc vV, Bc Bc, Dr vV, Dr vV, Bc vV vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV Bc Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Dr. vV, Bc vV, Dr. vV, Bc vV, Bc vV, Dr. vV, Dr. vV, Bc vV, Dr. vV, Bc vV, Bc vV, Dr. vV, Bc vV, Bc vV, Dr. vV, Dr. vV, Bc vV, Bc vV, Dr. vV, Bc vV, Bc, Dr vV, Bc, Dr vV, Bc vV, Dr vV, Bc, Dr vV, Bc, Dr vV, Bc Cont.

6

Estação

Cruzeiro

Data

Latitude (ºS)

Longitude (ºW)

6766 5 1/3/1998 22º50.850´ 40º51.450´ 6767 5 1/3/1998 22º55.8' 40º44.8' 6768 5 1/3/1998 22º55.53' 40º40.08' 6769 5 2/3/1998 22º02.87' 40º05.93' 6770 5 2/3/1998 22º02.55' 40º01.94' 6772 5 2/3/1998 21º51.77' 40º07.49' 6773 5 2/3/1998 21º48.86' 40º01.68' 6774 5 2/3/1998 21º49.59' 40º03.68' 6775 5 2/3/1998 21º50.32' 40º04.93' Área: Baía de Paranaguá/PR - Cabo de Santa Marta/SC 6776 6 12/3/1998 26º47.32' 47º34.72' 6777 6 13/3/1998 26º51.76' 46º18.47' 6778 6 13/3/1998 26º50.81' 46º33.95' 6779 6 13/3/1998 26º49.90' 46º47.79' 6780 6 13/3/1998 27º07.00' 47º44.2' 6781 6 14/3/1998 27º10.34' 46º43.601' 6782 6 14/3/1998 27º10.18' 46º46.80' 6783 6 14/3/1998 27º09.90' 46º52.83' 6784 6 14/3/1998 27º09.51' 47º04.85' 6785 6 15/3/1998 27º29.05' 47º07.68' 6786 6 15/3/1998 27º28.70' 47º09.66' 6787 6 15/3/1998 27º27.83' 47º24.22' 6788 6 15/3/1998 27º26.00' 47º52.00' 6789 6 15/3/1998 27º45.20' 48º03.00' 6790 6 16/3/1998 27º49.29' 47º04.49' 6791 6 16/3/1998 27º48.78' 47º10.63' 6792 6 16/3/1998 27º48.20' 47º18.17' 6793 6 16/3/1998 27º46.49' 47º40.45' 6794 6 16/3/1998 28º05.00' 48º06.00' 6795 6 16/3/1998 28º10.38' 46º54.55' 6796 6 17/3/1998 28º09.23' 47º09.05' 6797 6 17/3/1998 28º08.15' 47º22.61' 6798 6 17/3/1998 28º22.20' 48º09.00' 6799 6 17/3/1998 28º42.33' 47º21.16' 6800 6 17/3/1998 28º40.54' 47º25.20' 6801 6 17/3/1998 28º34.16' 47º40.38' Área: Cabo de Santa Marta/SC - Tramandaí/RS 6806 7 20/3/1999 28º56.51' 47º41.13' 6807 7 22/3/1999 28º53.37' 47º48.50' 6808 7 22/3/1999 28º48.67' 48º00.19' 6809 7 22/3/1999 28º41.20' 48º18.50' 6810 7 22/3/1998 28º58.00' 48º29.40' 6811 7 22/3/1999 29º14.672' 47º50.669' 6812 7 23/3/1999 29º12.53' 47º55.528' 6813 7 23/3/1999 29º11.59' 47º57.67' 6814 7 23/3/1999 29º15.00' 48º41.80' 6815 7 23/3/1999 29º36.60' 47º50.80' 6816 7 23/3/1998 29º33.25' 47º58.63' 6817 7 23/3/1999 29º28.75' 48º09.35' 6818 7 24/3/1999 29º33.80' 48º51.00' 6819 7 24/3/1999 29º59.12' 47º49.21' 6820 7 24/3/1999 29º54.58' 48701.29' 6821 7 24/3/1999 29º49.49' 48712.76' 6822 7 25/3/1999 29º48.50' 49706.80' 6823 7 25/3/1999 30º18.369' 47º54.616' Área: Mostardas - Arroio Chuí/RS 6823 9 2/4/1998 34º18.49' 52º02.76' 6824 9 2/4/1998 34º26.66' 51º45.88' 6825 9 2/4/1998 34º24.82' 51º47.45' 6826 9 2/4/1998 34º00.00' 51º47.00' 6827 9 2/4/1998 6828 9 2/4/1998 6829 9 3/4/1998 33º41.63' 51º32.85' 6830 9 3/4/1998 33º47.73' 51º09.48'

Prof. (m) 105 453 280 93 400 110 500 235 220 100 500 322 200 102 510 480 350 195 510 380 151 110 95 500 358 228 140 100 500 347 190 100 550 285 166 500 225 141 104 100 506 402 299 100 500 366 210 108 505 360 232 103 500 100 500 200 100 500 200 100 500

Tipo de Sedimento

Silte arenoso

Areia síltico argilosa Areia síltico argilosa Areia síltica Silte argiloso Silte arenoso Silte argiloso Silte arenoso Silte argiloso Areia síltica Silte arenoso Areia síltica Silte arenoso

Silte arenoso Silte arenoso Argila síltico arenosa

Silte argiloso Silte arenoso Silte arenoso Areia síltica Silte arenoso Areia síltico argilosa

Areia síltica Silte arenoso Areia síltica Areia síltica Silte Silte argiloso Silte arenoso

Silte arenoso Areia Silte argilo arenoso Silte argiloso

Areia

Areia

Areia

Amostrador vV vV, Bc vV, Bc vV vV, Bc vV vV, Bc vV, Bc vV, Dr vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Dr vV vV, Bc vV, Bc Bc vV, Bc vV vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV, Bc vV vV, Bc vV, Bc vV, Dr vV vV, Bc vV, Bc vV vV vV, Bc vV, Bc vV, Dr vV, Dr Dr vV, Bc Bc Cont.

7

Estação

Cruzeiro

6831 6832 6833 6834 6835 6836 6837 6838 6839 6840 6841 6842 6843 6844 6845 6846 6847 6848 6849 6850 6851 6852 6853 6854 Área: Tramandaí 6855 6856 6857 6858 6859 6860 6861 6862 6863 6864 6865 6866 6867 6868 6869

Data

9 3/4/1998 9 3/4/1998 9 3/4/1998 9 3/4/1998 9 4/4/1998 9 4/4/1998 9 4/4/1998 9 4/4/1998 9 4/4/1998 9 4/4/1998 9 4/4/1998 9 4/4/1998 9 5/4/1998 9 5/4/1998 9 5/4/1998 9 5/4/1998 9 5/4/1998 9 5/4/1998 9 5/4/1998 9 6/4/1998 9 6/4/1998 9 6/4/1998 9 6/4/1998 9 6/4/1998 - Mostardas/RS 8 15/4/1998 8 15/4/1998 8 15/4/1998 8 16/4/1998 8 16/4/1998 8 16/4/1998 8 16/4/1998 8 17/4/1998 8 17/4/1998 8 17/4/1998 8 17/4/1998 8 18/4/1998 8 18/4/1998 8 18/4/1998 8 19/4/1998

Latitude

Longitude

(ºS)

(ºW)

Prof. (m)

33º45.17' 33º43.82' 33º26.20' 33º34.51' 33º32.02' 33º10.60' 33º20.79' 33º18.03' 32º55.70' 33º01.45' 33º00.16' 32º57.81' 32º32.00' 32º38.03' 32º36.71' 32º12.30' 32º19.40' 32º17.52' 31º49.05' 32º01.09' 31º57.68' 31º29.50' 31º42.09' 31º40.82'

51º15.06' 51º24.62' 51º15.00' 50º41.30' 50º51.11' 50º51.10' 50º26.94' 50º33.89' 50º34.60' 50º12.75' 50º22.84' 50º29.18' 50º33.00' 50º19.24' 50º22.18' 50º27.20' 50º10.60' 50º14.63' 50º29.00' 50º01.41' 50º09.43' 50º24.20' 49º52.24' 49º55.76'

154 360 102 500 172 100 500 197 99 600 500 187 104 500 177 100 500 152 100 500 160 104 500 195

30º18.37' 30º16.252' 30º09.02' 30º06.00' 30º32.12' 30º24.96' 30º18.36' 30º23.20' 30º41.22' 39º39.29' 30º32.821' 30º38.20' 30º53.81' 30º51.75' 30º54.00'

47º54.62' 47º59.606' 48º17.06' 49º18.80' 48º15.08' 48º32.83' 48º49.78' 49º30.20' 48º46.11' 48º50.84' 49º08.286' 49º45.60' 49º07.90' 49º12.91' 50º01.90'

505 414 242 100 513 216 151 100 515 260 131 100 515 219 100

Tipo de Sedimento

Amostrador

Areia síltica Areia síltica Areia síltica

vV vV vV Bc vV, Dr vV, Bc Bc vV, Dr Bc Bc Bc vV, Bc Bc Bc vV, Bc Bc Bc vV, Bc Bc Bc Bc Bc -

Silte arenoso Areia síltica

Areia

Silte argiloso

Silte argiloso

Silte arenoso

Silte argiloso

Silte Areia síltica Silte arenoso

Silte arenoso

Bc Bc vV, Bc vV, Bc Bc vV, Dr vV, Dr vV vV vV

8

Tabela 2.2. Procedimento de coleta, tratamento das amostras e avaliação final. Procedimento de coleta C R U Z E I R O S N/ O C . P R O F . W. B E S N A R D

Perfilagem: profundidade (60 - 810 m) e topografia Posicionamento (GPS) Hidrografia: CTD (Temperatura, condutividade e luz) Estações/Radiais e datas Amostragens quantitativas e semi-quantitativas Medições do volume amostrado (~ 20 l) Triagem em malhas de 2,0, 1,0 e 0,5 mm Separação dos animais de maior porte Rotulação e fixação destes animais (formol a 4%) e do sedimento remanescente (formol a 6%) Armazenamento das amostras de sedimento (em camburões) Tratamento das amostras T R I A GE M E M L A B O R A T Ó R I O

Lavagem das amostras de sedimento (em água doce) Triagem em microscópio estereoscópico Identificação em nível de táxons superiores (filos, classes ou ordens) e contagem Preservação dos organismos em álcool 70% Avaliação da biomassa (peso úmido) Tabulação dos dados I D E N TI F I C A Ç Ã O

Identificação em táxons específicos Catalogação dos táxons Divulgação da biodiversidade Banco de dados - SISREVIZEE Depósito das espécies em instituições com curadoria Análise dos dados Cálculo da abundância e biomassa balanceadas Cálculo da densidade e biomassa por m2 Frequência de ocorrências dos táxons Análises multivariadas (Cluster e nMDS) Análise de regressão múltipla relacionando a fauna com as variáveis sedimentológicas Avaliação final

Cruzeiro

Período

SP

Rad. Est.

01 (Cal.) 14 - 16/12/97 02 02 09 - 13/01/98 06 03 18 - 21/01/98 05

15 26 20

04 05

13 - 17/02/98 07 28/02 - 02/03/98 05

25 16

06 07

12 - 17/03/98 06 20 - 25/03/98 05

26 18

08 09

15- 19/04/98 02- 06/04/98

RJ

PR e SC RS Total

Cruzeiro SP

04 15 10 32 50 193

No de Amostras vV BC Dr

01 (Cal.) 02 03

15 22 17

09 10 15

11 17 04

04 05

23 16

16 11

09 06

06 07

22 16

20 11

01 01

08 09

07 12 150

05 19 116

02 05 56

RJ

PR e SC RS Total

Legenda:

Cal. - Calibração Rad. - Radial Est. - Estação vV - van Veen Bc - Box-corer Dr - Draga

9

Cabo de São Tomé

RIO DE JANEIRO

N

SÃO PAULO

PARANÁ

Rio de Janeiro

Santos

Paranaguá

!" #$ " Florianópolis

SANTA CATARINA

Torres

RIO GRANDE DO SUL

Rio ' Grande

Chuí % & (

Figura 2.1 – Mapa da área de estudo: distribuição das estações amostradas e batimetria.

10

3 2

1

1 – N/Oc Prof. W. Besnard 2 – Lançamento de CTD 3 – Pegador van Veen 4 – Lançamento de Draga 5 – Lançamento de Box-corer

5 4 Figura 2.2 – Rotina de coleta à bordo do N/Oc. Prof. Wladimir Besnard.

11

3. ÁREA DE ESTUDO A área de estudo compreendeu preferencialmente a margem continental contígua à região sul-sudeste entre Cabo de São Tomé (RJ) e Arroio Chuí (RS), correspondendo as latitudes 21o48.86’S e 34o26.66’S e longitudes 40o01.68’W e 52o02.76’W, cobrindo a plataforma externa e parte do talude, entre as isóbatas de 60 a 800 m de profundidade. A distribuição vertical da temperatura e da salinidade na região estudada apresenta, nos primeiros 200 m, o domínio de águas quentes (> 20°C) e salinas (> 36,4) da àgua Tropical (AT), fluindo em direção sul. Estas águas ocorrem na camada superior da Corrente do Brasil (CB), com alta contribuição para os organismos da plataforma continental, caracterizada pela baixa concentração de nutrientes e alta de oxigênio. Entre os 200 e 750 m a temperatura (6° – 20°C) e a salinidade (34,6 – 36,0) são características da Água Central do Atlântico Sul (ACAS), também fluindo em direção sul só que em uma porção mais inferior da Corrente do Brasil. No verão ela pode penetrar na plataforma continental e contribuir com sua riqueza em nutrientes. A partir desta profundidade, notase sucessivamente a àgua Intermediária Antártica (AIA) (3° – 6°C e 34,2 – 34,6), que se extende até os 950 m de profundidade, e a Água Profunda do Atlântico Norte (APAN) (3° – 4°C e 34,6 – 35,0), entre 1500 m e 3000 m, dirigindo-se em direção sul até cerca de 32°S (Almeida, 2001). A constante influência de águas frias de origem oceânica sobre a plataforma constitui um aspecto bem conhecido na região sudeste. Este fato, em combinação com o processo de ressurgência costeira, representa um importante mecanismo de suprimento de águas ricas em nutrientes e oxigênio para as camadas de superfície até 100 m (Miranda, 1985), o qual propicia alta produtividade, que acarreta condições adequadas para o desenvolvimento da fauna bentônica. Conforme relatado por Lana et al. (1996) e corroborado pelos relatórios finais de geologia/Revizee (Figueiredo & Madureira, 1999; Figueiredo & Tessler, 1999), a plataforma continental ao sul de Cabo Frio (RJ) é estreita, atingindo rapidamente a isóbata de 140 m. A plataforma ao longo do Estado de São Paulo apresenta cerca de 140 km da costa até o talude, alcançando ao sul aproximadamente 190 km. Ao largo da costa do Paraná é bastante desenvolvida, com largura variando de 175 a 190 km e apresentando a quebra do talude aos 150 m de profundidade. A costa catarinense apresenta características muito semelhantes à paranaense. Já a plataforma rio-grandense não apresenta expansões topográficas significativas ao largo do Rio Grande, exceto ao norte, onde ocorrem bancos arenosos lineares. De um modo geral, na região considerada a declividade da plataforma é constante, menor que 2 m/Km, enquanto no talude o grandiente é mais acentuado, por volta de 20 m/Km. O talude é amplo, com largura entre 120 e 150 Km, e o limite inferior entre 2000 e 3000 m de profundidade. O perfil do talude continental apresenta grandes variações ao longo da área estudada. As áreas mais íngremes vão do Cabo de São Tomé (RJ) ao Cabo Frio (RJ) e da cidade de Rio Grande (RS) ao Arroio Chuí (RS). As menos inclinadas vão do sul do Estado de São Paulo até o norte da cidade de Rio Grande; as demais regiões têm declividades intermediárias (Figueiredo & Tessler, 1999). Os resultados das análises granulométricas, conforme Figueiredo & Madureira (1999) e Figueiredo & Tessler (1999), revelam a predominância de lamas na área sul de Cabo Frio, principalmente a partir dos 100 m de profundidade, com áreas formadas por lamas arenosas ao longo do talude. Areias finas e muito finas estão localizadas na plataforma média e interna, principalmente ao sul da cidade do Rio de Janeiro, onde este 12

sedimento é intercalado com areias grossas e cascalhos. Ao norte do Rio de Janeiro o sedimento é mais grosso e há uma maior variabilidade granulométrica causada por províncias isoladas de sedimentos de várias granulometrias (Fig. 3.1; Tabela 3.1). Com relação à composição dos sedimentos, conforme classificação de Larsonneur (1977), nota-se que sedimentos litoclásticos (baixo conteúdo de carbonato de cálcio) predominam no litoral do Rio Grande do Sul (Tabela 3.1). Nas demais áreas os sedimentos litoclásticos predominam na plataforma média e interna, exceto acima da região da Ilha Grande, onde sedimentos biolitoclásticos e bioclásticos (alto conteúdo de carbonato de cálcio) são predominantes inclusive na plataforma média. Com relação tanto à granulometria quanto à composição do sedimento a plataforma ao largo da costa do Estado do Rio de Janeiro é mais heterogênea que aquela ao largo dos demais estados a sul (Figueiredo & Madureira, 1999).

Figura 3.1. Mapa de granulometria dos sedimentos (diâmetro médio) na costa sul-sudeste do Brasil. Fonte: Relatório REVIZEE. Figueiredo & Madureira (1999).

13

Tabela 3.1. Resultados das análises sedimentológicas das estações de coleta. Estação.

Prof.

%CaCO3

(m) 6644 6645 6646 6647 6648 6649 6650 6651 6652 6653 6654 6655 6656 6657 6658 6660 6662 6663 6665 6666 6667 6668 6669 6670 6671 6672 6673 6674 6675 6676 6677 6678 6680 6681 6682 6683 6684 6685 6686 6687 6688 6689 6690 6691 6692 6695 6696 6697 6698 6699 6700 6701 6702 6703 6704 6705 6706 6707 6736 6737 6738 6741 6742

485 256 198 157 100 90 417 256 206 155 90 80 70 60 50 314 135 103 258 163 130 107 101 503 260 166 133 122 512 153 137 100 258 167 135 100 511 282 153 135 100 532 285 140 100 153 92,3 430 242 153 100 433 357 133 97 430 183 156 460 476 330 138 215

Classificação

% Grânulos

% Areia

% Silte

% Argila

Larsonneur (1977) 16,67 42,73 69,20 60,90 23,80 19,00 27,07 28,10 48,67 62,20 20,33 20,53 19,07 17,80 16,17 43,77 65,40 37,03 71,17 80,37 41,77 28,43 21,10 32,00 49,83 84,80 83,60 43,67 31,93 91,83 91,50 67,10 54,30 75,20 88,37 23,87 22,07 13,30 84,30 25,93 15,93 21,97 30,77 22,43 19,40 67,60 18,40 30,73 43,87 67,20 16,83 28,00 25,37 46,60 19,47 24,17 62,50 28,27 38,37 14,33 55,50 91,00 64,33

Litoclástico Litobioclástico Biolitoclástico Biolitoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litobioclástico Biolitoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litobioclástico Biolitoclástico Litobioclástico Bioclástico Bioclástico Litobioclástico Litoclástico Litoclástico Litobioclástico Litobioclástico Bioclástico Bioclástico Litobioclástico Litobioclástico Bioclástico Bioclástico Biolitoclástico Biolitoclástico Bioclástico Bioclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Bioclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litobioclástico Litoclástico Litoclástico Biolitoclástico Litoclástico Litobioclástico Litobioclástico Biolitoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litobioclástico Litoclástico Litoclástico Biolitoclástico Litoclástico Litobioclástico Litoclástico Biolitoclástico Bioclástico Biolitoclástico

Classificação Shepard (1954)

0,00 0,00

37,61 44,46

49,48 39,89

12,91 15,65

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

15,99 19,35 25,74 55,09 54,48

61,31 65,39 44,55 33,11 35,01

22,71 15,26 29,70 11,79 10,50

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

30,33 25,00 64,68 78,88 93,72 50,81

56,42 63,64 28,70 16,90 6,28 36,80

13,25 11,36 6,62 4,22 0,00 12,39

0,00

23,06

45,06

31,88

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

17,06 52,02 85,90 5,26 63,56

64,66 31,19 11,97 65,79 25,51

18,28 16,79 2,13 28,95 10,93

0,00 0,00

49,01 5,71

41,43 58,61

9,56 35,68

0,00

32,75

59,34

7,91

0,00 0,00 0,00

26,50 41,97 31,21

55,12 34,82 58,57

18,37 23,21 10,22

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

72,86 14,23 10,55 18,85 12,82 21,08

11,31 64,85 72,98 54,97 73,04 61,86

15,83 20,92 16,48 26,18 14,14 17,06

0,00 0,00 0,00

19,08 7,16 60,94

61,75 71,62 26,04

19,17 21,22 13,02

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

14,08 12,53 17,26 13,08 11,47 29,43

56,32 61,47 61,47 58,47 73,04 56,96

29,20 26,00 21,28 28,45 15,49 13,61

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

18,76 23,21 78,20 39,86

59,08 59,07 13,87 48,12

22,16 17,72 7,93 12,03

Silte arenoso Areia síltica Silte argiloso Silte arenoso Silte argilo arenoso Areia síltica Areia síltica Silte arenoso Silte arenoso Areia síltica Areia Areia Areia síltica Silte argiloso Silte argiloso Areia síltica Areia Silte argiloso Areia síltica Areia síltica Silte argiloso Silte arenoso Silte arenoso Areia síltica Silte arenoso Areia argilosa Silte argiloso Silte argiloso Silte argiloso Silte argiloso Silte arenoso Silte argiloso Silte argiloso Areia síltica Silte argiloso Silte argiloso Silte argiloso Silte argiloso Silte argiloso Silte arenoso Silte argiloso Silte arenoso Areia Silte arenoso Cont.

14

Estação.

Prof.

6743 6744 6746 6747 6748 6749 6750 6751 6752 6753 6754 6755 5756 6758 6759 6760 6761 6762 6763 6764 6765 6766 6767 6768 6769 6770 6771 6773 6774 6775 6776 6777 6778 6779 6780 6782 6783 6784 6785 6786 6787 6788 6789 6790 6792 6793 6794 6796 6797 6798 6800 6801 6807 6808 6809 6810 6811 6812 6813 6814 6815 6817 6818 6819

508 254 100 100 497 325 162 93 502 187 131 104 650 149 110 415 - 419 266 146 - 150 105 425 246 105 453 280 92 320 175 490 322 224 100 500 322 200 102 480 350 195 510 380 151 100 95 500 228 138 100 347 190 100 285 166 225 141 104 106 506 406 299 103 502 210 108 505

%CaCO3

(m)

Classificação

% Grânulos

% Areia

% Silte

% Argila

9,29

60,31

30,40

Larsonneur (1977) 36,63 62,16 38,40 81,13 30,27 56,27 52,67 39,87 39,20 59,10 86,90 38,23 75,80 70,96 78,20 47,43 23,10 78,30 37,27 34,13 41,27 93,70 47,33 78,17 64,23 51,40 72,40 39,27 44,50 55,23 21,80 25,83 24,27 56,60 15,27 31,33 48,87 65,83 39,70 67,40 63,38 17,80 10,73 54,73 61,80 14,30 15,27 34,07 73,37 14,40 54,87 39,07 71,87 76,67 18,13 13,57 49,77 30,93 14,93 12,03 49,63 66,10 21,33 47,97

Litobioclástico Biolitoclástico Litobioclástico Bioclástico Litobioclástico Biolitoclástico Biolitoclástico Litobioclástico Litobioclástico Biolitoclástico Bioclástico Litobioclástico Bioclástico Bioclástico Bioclástico Litobioclástico Litoclástico Bioclástico Litobioclástico Litobioclástico Litobioclástico Bioclástico Litobioclástico Bioclástico Biolitoclástico Biolitoclástico Bioclástico Litobioclástico Litobioclástico Biolitoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Biolitoclástico Litoclástico Litobioclástico Litobioclástico Biolitoclástico Litobioclástico Biolitoclástico Biolitoclástico Litoclástico Litoclástico Biolitoclástico Biolitoclástico Litoclástico Litoclástico Litobioclástico Bioclástico Litoclástico Biolitoclástico Litobioclástico Bioclástico Bioclástico Litoclástico Litoclástico Litobioclástico Litobioclástico Litoclástico Litoclástico Litobioclástico Biolitoclástico Litoclástico Litobioclástico

Classificação Shepard (1954)

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,14 0,00 0,00 0,00

15,42

64,07

20,52

41,68 30,33 91,27 29,58 36,67 61,67

43,10 57,38 8,59 58,18 45,24 29,81

15,21 12,30 0,00 12,25 18,09 8,52

0,00

20,06

60,06

19,89

0,00 0,00

47,70 16,94

27,89 59,12

24,41 23,94

0,00 0,00 0,00

18,14 34,04 9,90

70,77 52,77 71,89

11,09 13,19 18,21

0,00

26,42

49,05

24,53

0,00

45,94

25,31

28,76

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,30 0,00 0,00

42,59 70,41 13,57 19,47 7,12 20,55 23,88 57,38 39,76 41,02

28,70 16,44 44,25 71,59 71,79 70,21 48,08 38,09 55,00 36,04

28,70 13,15 42,18 8,93 21,09 9,24 28,04 4,23 5,24 22,94

0,00

29,05

50,61

20,34

0,00 0,00 0,00

22,16 26,70 26,53

65,77 61,33 34,80

12,07 11,97 38,67

0,00 0,00 0,00

15,53 24,42 44,44

64,04 61,42 47,22

20,43 14,15 8,33

0,00 0,00 0,00

52,38 49,19 41,52

33,73 50,61 26,32

13,89 0,20 32,16

2,38 0,00 0,00 0,10 0,00 0,00 0,00

46,31 20,41 52,76 54,28 17,52 16,76 26,42

36,95 69,42 32,70 40,55 76,34 64,07 59,57

14,37 10,17 14,53 5,07 6,14 19,17 14,02

0,00 0,00

26,47 75,34

62,04 17,59

11,49 7,04

Silte argiloso Silte argiloso Silte arenoso Silte arenoso Areia Silte arenoso Silte arenoso Areia síltica Silte arenoso Areia síltica Silre argiloso Silte arenoso Silte arenoso Silte argiloso Silte arenoso Areia síltico argilosa Areia síltico argilosa Areia síltica Silte argiloso Silte arenoso Silte argiloso Silte arenoso Silte argiloso Areia síltica Silte arenoso Areia síltica Silte arenoso Silte arenoso Silte arenoso Argila síltico arenosa Silte argiloso Silte arenoso Silte arenoso Areia síltica Silte arenoso Areia síltico argilosa Areia síltica Silte arenoso Areia síltica Areia síltica Silte Silte argiloso Silte arenoso Silte arenoso Areia Cont.

15

Estação.

Prof.

6821 6822 6823 6826 6829 6831 6832 6833 6835 6836 6839 6843 6846 6849 6858 6864 6865 6866 6869

232 103 100 100 100 154 360 102 172 100 90 104 100 100 100 255 131 100 100

%CaCO3

(m)

Classificação

% Grânulos

% Areia

% Silte

% Argila

Classificação

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

32,08 20,37 88,61 88,97 82,98 59,28 45,97 66,52 43,39 41,61 93,49 12,56 2,78 42,66 17,90 13,76 55,09 33,57 41,13

37,74 56,68 11,39 11,03 13,24 36,43 37,41 23,63 50,07 41,07 6,51 66,19 78,43 49,83 61,21 78,53 33,68 49,66 44,15

30,19 22,95 0,00 0,00 3,78 4,29 16,63 9,85 6,55 17,32 0,00 21,25 18,79 7,51 20,90 7,71 11,23 16,76 14,72

Silte argilo arenoso Silte argiloso Areia Areia Areia Areia síltica Areia síltica Areia síltica Silte arenoso Areia síltica Areia Silte argiloso Silte argiloso Silte arenoso Silte argiloso Silte Areia síltica Silte arenoso Silte arenoso

Larsonneur (1977) 53,93 19,23 13,00 13,63 10,20 19,33 14,90 13,17 17,67 14,33 4,33 12,70 11,87 7,67 11,10 12,03 54,87 18,57 9,37

Biolitoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Litoclástico Biolitoclástico Litoclástico Litoclástico

Shepard (1954)

16

4. MACROFAUNA BÊNTICA Amostragem Comparado-se os dados gerais obtidos com os diferentes tipos de amostradores, os resultados são muito semelhantes, com poucas exceções. Os grupos dominantes e frequentes são, na maioria das vezes, os mesmos para os três tipos de amostradores. O pegador van Veen foi o que permitiu uma amostragem de táxons mais diversificada (Fig. 4.1), em função deste amostrador poder ser utilizado nas mais variadas condições de tempo e fundo. O menor número de táxons registrado nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul reflete o menor esforço amostral realizado nestes estados, ocasionado pela extensão da costa como no Paraná e pelas condições meteorológicas inadequadas durante os cruzeiros. Entretanto, o panorama modifica-se quando o número de táxons é relativizado levando-se em conta o número de amostras tomadas com cada amostrador em cada estado (Fig. 4.2). A draga foi o instrumento que forneceu as maiores estimativas de número de táxons por esforço amostral em todos os estados, enquanto os pegadores van Veen e Boxcorer apresentaram eficiências equivalentes entre si. As maiores eficiências registradas para a draga nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul em comparação com Rio de Janeiro e São Paulo são uma consequência do pequeno número de dragagens realizadas nestes estados. Isto demonstra que poucas amostras realizadas com a draga podem fornecer boas estimativas do número de táxons existentes em uma determinada área. Este resultado é uma consequência direta da grande área amostrada pela draga em comparação com os pegadores van Veen e Box-corer e dos padrões de distribuição, geralmente agrupada, da fauna bentônica. O maior número relativo de táxons registrado em Santa Catarina pelos pegadores van Veen e Box-corer (Fig. 4.2) pode indicar uma fauna mais diversificada na costa ao largo do litoral deste estado. Quando se avalia o número de indivíduos coletados por equipamento em relação ao número de amostras realizadas com cada um, pode-se perceber que a draga (Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná) e o pegador van Veen (Santa Catarina) são os mais eficientes (Fig. 4.3). No Rio Grande do Sul estes dois instrumentos tiveram eficiências equivalentes. Uma ressalva deve ser feita em relação à maior eficiência do Box-corer nos estados do Paraná e Santa Catarina em comparação com os outros estados. Isto indica que o Boxcorer, além de ser o equipamento mais eficiente em fornecer informações quantitativas da fauna bêntica, ele também pode amostrar um grande número de indivíduos em determinadas situações. A distribuição de frequência de estações coletadas com relação ao número de táxons registrados em cada uma (Fig. 4.4) revelou que a maioria das estações (60%) apresentou entre 5 e 10 táxons. O maior número de táxons registrado em uma única amostra foi 20.

17

Figura 4.1. Número de táxons coletados pelos diferentes amostradores utilizados (van Veen, Box-corer e Draga) ao largo dos estados da região sul/sudeste.

Figura 4.2. Número de táxons por amostra coletados pelos diferentes amostradores utilizados (van Veen, Box-corer e Draga) ao largo dos estados da região sul/sudeste.

18

Figura 4.3. Número de indivíduos por amostra coletados pelos diferentes amostradores utilizados (van Veen, Box-corer e Draga) ao largo dos estados da região sul/sudeste.

Figura 4.4. Distribuição de frequência do número de táxons registrados nas estações amostradas.

19

Abundância e Biomassa Foi identificado um total de 131.369 indivíduos distribuidos entre 28 táxons (Pisces não foram incluídos nas análises subsequentes) no total das amostras coletadas. No Anexo 2 encontram-se reunidos os dados de abundância por estação de coleta e amostrador, obtidos para cada táxon. Destes, foram selecionados os filos e classes mais abundantes e frequentes – Porifera, Cnidaria, Sipuncula, Gastropoda, Bivalvia, Scaphopoda, Polychaeta, Crustacea, Ophiuroidea, Bryozoa e Brachiopoda – para uma análise da situação atual da macrofauna. Dentre estes, Bryozoa (30.501 registros) foi o grupo mais abundante, seguido pelos Polychaeta (22.412 inds.), Ophiuroidea (16.918), Crustacea (14.240 inds.), Brachiopoda (12.849 inds.) e Bivalvia (11.761 inds.) (Fig. 4.5). Na avaliação da biomassa deve-se considerar que, com exceção do Rio de Janeiro, ela não foi efetuada para cerca de 30 a 40% dos táxons identificados, ou pelo fato dos animais serem coloniais ou pelo número de indivíduos muito reduzido. A biomassa total foi de 2885,22 g, sendo que praticamente metade deste valor foi devido aos Echinodermata (1011,15 g). Dentre estes, Ophiuroidea (759,27 g) e Crinoidea (175,59 g) predominaram. Outros grupos importantes quanto à biomassa foram Crustacea (368,31 g), Porifera (278,66 g), Bivalvia (250,51 g) e Polychaeta (202,77 g). A biomassa dos 18 táxons restantes correspondeu a 19,0% da biomassa total registrada (Fig. 4.5). Os dados brutos de biomassa para cada táxons estão apresentados no Anexo 3. Quando a frequência de ocorrência dos diferentes táxons nas estações é analisada pode-se verificar que as ordens de dominância se invertem (Fig. 4.6). Polychaeta passa a ser o grupo mais frequente ocorrendo em cerca de 98% das estações coletadas, seguido por Crustacea (92%), Bivalvia (78%), Sipuncula (77%), Ophiuroidea (72%), Bryozoa (53%) e Gastropoda (52%). Estes resultados indicam que grupos como Polychaeta ocupam o fundo do mar de uma forma mais homogênea do que, por exemplo, Bryozoa, cujo grande número de indivíduos foi proveniente apenas de metade das amostras. Uma evidente relação entre a densidade de indivíduos e o número de táxons em cada uma das amostras coletadas pode ser constatada (Fig. 4.7). O comportamento assinptótico dos pontos reflete a superficialidade/limitação de táxons identificados durante o processo de triagem. O total de táxons identificado foi de 28, número estabelecido em função da existência de especialistas e da facilidade de identificação por pessoal de triagem.

Figura 4.5. Abundância e biomassa dos principais táxons registrados. 20

Figura 4.6. Frequência de ocorrência dos táxons identificados.

Figura 4.7. Relação entre a densidade de indivíduos (em milhares de indivíduos/m2) e o número de táxons registrados em cada estação de coleta. Dados de van Veen e Boxcorer integrados.

21

Distribuição Espacial Os dados balanceados (por esforço amostral) referentes a abundância e biomassa dos 11 táxons mais representativos foram reunidos por estado (RJ, SP, PR, SC e RS) de forma que algumas dominâncias numéricas puderam ser constatadas (Fig. 4.8). Verificouse que grupos como Porifera, Ophiuroidea, Bryozoa e Brachiopoda foram relativamente mais abundantes em São Paulo, Polychaeta e Crustacea no Rio de Janeiro e Cnidaria, Gastropada, Bivalvia e Scaphopoda nos estados do Paraná e Santa Catarina. Estes dados permitem classificar o Estado do Rio Grande do Sul como o que apresenta a fauna bentônica menos numerosa. Com relação à biomassa (Fig. 4.9), verifica-se um panorama ligeiramente diferente. Nota-se que a contribuição em termos de biomassa dos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro passa a ser maior do que a em número de indivíduos, evidenciando um maior estoque de fauna bentônica nestes estados. O contrário acontece com a fauna dos estados do Paraná e Santa Catarina.

100% RJ SP PR

50%

SC RS 0% Po

Cn

Si

Ga

Bi

Sc

Pl

Cr

Op

By

Br

Fig. 4.8: Abundância relativa dos principais táxons por estado.

(Po – Porifera, Cn – Cnidaria, Si – Sipuncula, Ga – Gastropoda, Bi – Bivalvia, Sc – Scaphopoda, Pl – Polychaeta, Cr – Crustacea, Op – Ophiuroidea, By – Bryozoa e Br – Brachiopoda)

100% RJ SP PR SC RS

50%

0% Po

Cn

Si

Ga

Bi

Sc

Pl

Cr

Cp

By

Br

Fig. 4.9. Biomassa relativa dos principais táxons por estado.

(Po – Porifera, Cn – Cnidaria, Si – Sipuncula, Ga – Gastropoda, Bi – Bivalvia, Sc – Scaphopoda, Pl – Polychaeta, Cr – Crustacea, Op – Ophiuroidea, By – Bryozoa e Br – Brachiopoda)

22

Os dados foram ainda categorizados por faixas de profundidade para cada estado para possibilitar um aprofundamento da análise da fauna. Estes resultados são apresentados a seguir e estão ilustrados na figura 4.10. Numa análise geral percebe-se que a maioria dos grupos registrados no Rio de Janeiro ocorreu principalmente entre 100-200 m de profundidade enquanto nos demais estados houve um maior equilíbrio na ocorrência da fauna entre as diferentes classes de profundidade, com uma maior frequência de registros acima dos 200 m. Com relação à abundância dos principais grupos faunísticos percebe-se que Porifera, Gastropoda, Bivalvia, Polychaeta e Crustacea não possuem um padrão evidente de distribuição batimétrica. Por outro lado, Cnidaria foi proporcionalmente mais abundante em regiões mais profundas, acima dos 200 m. Sipuncula ocorreu predominantemente em áreas mais rasas (100–200 m) nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Nenhum padrão pode ser evidenciado nos demais estados para este grupo. Scaphopoda e Ophiuroidea foram relativamente mais abundantes em áreas mais rasas (até 200 m) nos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, mas predominaram em águas mais profundas (acima dos 200 m) nos demais estados. Bryozoa concentrou-se entre 200–300 m em Santa Catarina e acima dos 200 m nos outros estados. No geral, Brachipoda foi predominante nas regiões mais rasas (abaixo de 200 m) exceto no Paraná, onde ocorreu primordialmente entre 300-500 m de profundidade. A análise da biomassa revelou diferenças com relação ao que foi verificado acima para abundância. Apenas para Cnidaria, Sipuncula e Scaphopoda não foram verificados padrões. A biomassa de Gastropoda também não apresentou um padrão claro embora ela tenha se concentrado abaixo dos 100 m no Rio Grande do Sul. Para Porifera verificou-se uma tendência de concentração da biomassa em maiores profundidades partindo-se do Rio de Janeiro em direção a Santa Catarina. As biomassas de Bivalvia e Brachiopoda foram proporcionalmente maiores abaixo dos 200 m no Rio de Janeiro, São Paulo e Paraná. Não foi verificado um padrão para Bivalvia nos demais estados mas a biomassa de Brachiopoda concentrou-se entre 200-300 m de profundidade em Santa Catarina. A maior parte da biomassa de Polychaeta esteve restrita a faixas de profundidade abaixo dos 200 m em todos os estados assim como a de Crustacea nos estados do Rio de Janeiro e Paraná. Nos outros estados, a biomassa de Crustacea foi proporcionalmente maior acima dos 200 m. Por fim, Ophiuroidea teve proporcionalmente maior biomassa abaixo dos 200 m nos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e acima dos 500 m no estado de São Paulo.

23

R IO DE J ANEIRO

N

1 00%

1 00%

50%

50%

0%

0%

Po Cn Si Ga Bi Sc Pl Cr Op By Br

S ÃO P AULO

S ANTA C ATARINA

1 00%

1 00%

50%

50%

0%

P ARANÁ

0%

Po Cn Si Ga Bi Sc Pl Cr Op By Br

!"

#$ "

100%

1 00%

50%

50%

Po Cn Si Ga Bi Sc Pl Cr Op By Br

Po Cn Si Ga Bi Sc Pl Cr Op By Br

100%

1 00%

50%

50%

Profundidades (m):

0%

0%

Po Cn Si Ga Bi Sc Pl Cr Op By Br

Po Cn Si Ga Bi Sc Pl Cr Op By Br

'

% &

300 Km

Po Cn Si Ga Bi Sc Pl Cr Op By Br

0%

0%

RIO GRANDE DO SUL

Po Cn Si Ga Bi Sc Pl Cr Op By Br

1 00%

1 00%

50%

50%

(

0%

Po Cn Si Ga Bi Sc Pl Cr Op By Br

> 500 300 - 500 200 - 300 100 - 200 < 100

0%

Po Cn Si Ga Bi Sc Pl Cr Op By Br

Fig. 4.10 – Abundância (à esquerda) e Biomassa (à direita), por estado e profundidade, dos táxons de maior importância numérica – REVIZEE – ScoreSul/Bentos. Fig. 1b – Biomassa, por profundidade (m), dos taxons de maior importância numérica – REVIZEE – ScoreSul/Bentos.

(Po – Porifera ; Cn –Cnidaria ; Si – Sipuncula ; Ga – Gastropoda ; Bi – Bivalvia ; Sc – Scaphopoda ; Pl – Polychaeta ; Cr – Crustacea ; Op – Ophiuroidea ; By – Bryozoa ; Br – Brachiopoda) 24

A análise de agrupamento realizada com dados de presença e ausência de todos os táxons categorizados por estado e profundidade revelou que não há uma separação evidente entre estas categorias (Fig. 4.11). Os grupos 1, 2 5 e 6 são formados por poucas localidades, diferentemente dos grupos 3 e 4, devido à grande diferença na composição de grupos taxonômicos. Estes dois grandes agrupamentos (3 e 4) foram compostos por localidades com alta riqueza de grupos taxonômicos. Grupos como Turbelaria, Echiura, Aplacophora, Cephalopoda, Pycnogonida, Hemichordata e Holothuroidea só foram registrados em localidades componentes do grupo 3. Entretanto, eles não evidenciam qualquer unidade entre estados e profundidade, embora o grupo 3 tenha sido composto praticamente por amostras provenientes do estado de São Paulo. Já no grupo 4 predominaram amostras da região sudeste (Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina). Os grupos 3 e 4 podem ser mesclados caso a linha de corte seja deslocada levemente para esquerda na figura 4.11. Isto singifica que a separaçao destes dois grupos pode não ser muito evidente ou natural, sugerindo que os dois fatores levados em questão nesta análise (localidade e profundidade) não têm importante influência na determinação da ocorrência dos grandes grupos taxonômicos identificados neste estudo. WPGMA SC4 RS1 RJ5 RS2 SP4 SP5 SP1 SP3 SP2 RJ2 SC5 RS5 SC2 PR3 PR4 PR2 RJ3 SC3 RJ4 RJ1 PR5 RS4 PR1 0,48

0,4

0,32

0,24

0,16

0,08

1 2

3

4

5 6

0

Bray Curtis

Fig. 4.11. Análise de agrupamento baseada nos dados de presença e ausência dos 28 táxons identificados, utilizando a medida de distância de Bray Curtis e método de agrupamento de média de grupo balanceada (WPGMA). (A linha tracejada indica o ponto de corte que permitiu

a identificação de 6 grupos (1 a 6 ao lado direito do gráfico).Os números ao lado das siglas dos estados indicam as classes de profundidade: 1, <100m; 2, 100-200m; 3, 200-300m; 4, 300-500m; 5, >500m))

As diferenças fisiográficas e hidrográficas das regiões estudadas estão refletidas nas características sedimentares e, consequentemente, na estrutura da fauna bentônica. Os resultados obtidos através da análise de agrupamento mostram que estes estão fortemente relacionados ao tipo de sedimento. O grupo formado principalmente pelos dados de São Paulo revela um ambiente mais homogêneo, sofrendo poucas alterações, onde o tipo de 25

sedimento predominante é composto por lama com baixa porcentagem de carbonato de cálcio (litoclástico). Os resultados do Rio de Janeiro foram associados a vários grupos, devido à heterogeneidade do tipo de fundo, com dominância de areia (desde muito fina a muito grossa) e presença marcante de cascalho. A grande contribuição de carbonato de cálcio no sedimento (biolitoclásticos) nesta área é devido a abundância de algas calcárias ao largo do Rio de Janeiro. Interação entre a fauna e as variáveis ambientais Avaliou-se a influência dos fatores abióticos na ocorrência dos diferentes grupos taxonômicos na área estudada. Para tanto, foi realizada inicialmente uma análise multivaiada denominada escalonamento multidinensional não-métrico (n-MDS, Fig. 4.12). Dos resultados desta análise foram considerados os escores relativos ao primeiro e segundo eixos. Estes escores (variáveis dependentes) foram relacionados com as variáveis ambientais disponíveis utilizando-se uma análise de regressão múltipla passo a passo retroativa (backward). A análise com o eixo 1 revelou que quando % de areia, % de silte, diâmetro médio do grão e assimetria interagem verifica-se uma influência negativa da % de areia e do diâmetro do grão (em escala de phy). Para o eixo 2 do n-MDS constatou-se resultado semelhante, porém com uma influência positiva do diâmetro do grão (negativa em mm). Isto significa que maiores valores de score do eixo 1 estão associados com menores porcentagens de areia e sedimentos mais finos. Em contrapartida, os maiores valores de score do eixo 2 estão associados a sedimentos mais grosseiros. As estações localizadas em todos os extremos da figura 4.12 apresentam baixo número de táxons (1 a 2 táxons). Este número aumenta em direção ao centro do gráfico com uma tendência dos maiores valores (14 a 20 táxons) ocorrerem na região mediana da figura. Estes resultados indicam que há uma tendência das estações com maiores riquezas taxonômicas (número de táxons) ocorrerem em sedimento com granulometria intermediária. 6840 6837

6707

68456819

Axis 2

6842 6850 6812 6767 6853 6691 6830 6834 6688 6749 6856 6818 6667 6855 6841 6852 6864 6862 6764 6756 66976701 6765 6768 6690 6742 6797 6662 6832 6773 6757 6848 6857 6703 6833 6646 6869 6798 6683 6743 6866 6670 6814 6774 6737 6785 6752 6761 6789 6810 6696 6794 6815 6826 6831 6822 6849 6694 6704 6828 6829 6668 6746 6748 6689 6654 6650 6699 6700 6675 6836 6800 6801 6706 6775 6692 6664 6784 6744 6844 6770 6851 6839 6843 6783 6755 6738 6677 6791 6821 6740 6782 6736 6846 6788 6790 6811 6776 6705 6657 6680 6751 6793 6816 6695 6698 6787 6792 6685 6823 6655 6777 6660 6807 6780 68096858 6671 6653 6769 6778 6739 6758 6644 6796 6693 6651 6753 6735 6813 6766 6760 6669 6674 6652 6676 6747 6759 6678 6763 6679 6741 6786 66566772 6702 6779 6808 6754 6686 6666 6681 6684 6762 6672 6750 6665 6863 6817 6673 6661 6745 6658 6659

6835

6865 6863

6820 Axis 1

Figura 4.12. nMDS baseada nos dados de presença e ausência dos 28 táxons identificados neste estudo utilizando a medida de distância de Sorensen. 26

5. INVENTÁRIOS DE DIVERSIDADE Os resultados da identificação da fauna bêntica em níveis mais específicos como Porifera, Cnidaria (Hydrozoa, Scyphozoa – Coronate e Anthozoa – Hexacorallia e Octocorallia), Sipuncula, Mollusca (Gastropoda, Bivalvia, Cephalopoda, Polyplacophora e Solenogastres), Polychaeta, Crustacea (Decapoda, Stomatopoda e Tanaidacea), Bryozoa, Brachiopoda, Echinodermata (Ophiuroidea, Asteroidea, Crinoidea, Echinoidea e Holothuroidea) e Chordata (Ascidiacea) realizada por especialistas são apresentados a seguir e revelam um avanço consideravel no conhecimento da biodiversidade marinha da costa brasileira. Como resultado desta primeira etapa do estudo taxonômico, foram identificados, considerando os rupos relacionados acima, 741 táxons entre os quais uma quantidade expressiva de novas ocorrências, como também de espécies que ainda não eram conhecidas pela ciência. Muitos grupos ainda não foram identificados. Estes dados refletem os resultados de apenas 50% dos grupos taxonômicos e principalmente do material procedente das coletas efetuadas entre as baías de Ilha Grande e de Paranaguá. Considerando que o trabalho de taxonomia é lento, especialmente em se tratando de um inventário em cujas profundidades a fauna bêntica é pouco conhecida, com significativo componente de espécies novas, o número total de táxons deverá ultrapassar as expectativas (acima de mil espécies). Grupos Taxonômicos Filo Porifera Filo Cnidaria Classe Hydrozoa Classe Scyphozoa Classe Anthozoa Sub-Classe Hexacorallia Sub-Classe Octocorallia Filo Sipuncula Filo Mollusca Classe Gastropoda Classe Bivalvia Filo Annelida Classe Polychaeta Filo Arthropoda Sub-Filo Crustacae Ordem Decapoda & Stomatopoda Super-Ordem Peracarida - Ordem Tanaidacea Filo Bryozoa Filo Brachiopoda Filo Echinodermata Classe Ophiuroidea Classe Asteroidea Classe Crinoidea Classe Echinoidea Classe Holoturoidea Filo Chordata Classe Urochordata - Ascidiacea (Reg. – número de registros)

Nº de Táxons 44

Total de Indivíduos 121

16 2

36 reg. 205 reg.

20 2 10

2166

226 114

15696 18237

172

17405

25 8

275 498

54 4

20705 11354

32 7 2 4 5

12581 46 454 256 6

1

2

27

FILO PORIFERA

EDUARDO HAJDU, CRISTINA P. SANTOS, DANIELA A. LOPES, MAÍRA V. DE OLIVEIRA, MARIA CLAUDIA F. MOREIRA, MARIANA DE S. CARVALHO & MICHELLE KLAUTAU

Raspailia (Raspaxilla) phakellina Topsent, 1913 Foto: E. HAJDU

Nothria sp.

Características Poríferos, vulgarmente conhecidos como esponjas, são animais aquáticos, predominantemente marinhos, que geram uma corrente unidirecional de água através de seu corpo, da qual retiram seu alimento, e por intermédio da qual se reproduzem. Poríferos não apresentam tecidos verdadeiros, e sua organização celular (Classes Calcarea e Demospongiae) ou sincicial (Classe Hexactinellida) exibe ampla mobilidade em torno de um sistema de canais, dito sistema aqüífero, também em constante reorganização. Isto se traduz em notável poder de regeneração, e paralelamente, alta adaptabilidade. Seu esqueleto é preponderantemente composto por fibras de uma proteína semelhante ao colágeno, a espongina, à qual pode ou não estar associado um complemento variavelmente diverso de espículas silicosas. Antigos depósitos lacustres em áreas hoje assoreadas contêm, por vezes, espessa camada de espículas remanescentes de comunidades de poríferos dulciaqüícolas. Estes são denominados de espiculitos, representando potencial fonte de exploração de sílica biogênica para a indústria. Para as populações humanas habitantes destas regiões, tratam-se de imensos depósitos de “pó de mico”, causadores de alergias diversas em períodos de ventos acentuados. Dermatites de intensidade variável são uma resposta freqüente ao manuseio de esponjas vivas ou mortas, em parte causadas pelas espículas, mas por vezes decorrentes da química diversificada destes organismos. Há também esqueletos de poríferos compostos unicamente por espículas calcáreas, esqueletos hipercalcificados (semelhantes aos de corais construtores de recifes), esqueletos com espículas de espongina, e esponjas desprovidas de esqueleto por completo. A diversidade de formas das espículas é verdadeiramente espetacular, de grande valia para os trabalhos taxonômicos, e até hoje muito pouco compreendida quanto à sua função. Apesar da 28

aparente simplicidade quando comparado a animais mais complexos, o padrão de organização dos Poríferos é indiscutivelmente eficiente, tendo garantido sua presença nos ecossistemas marinhos por mais de ½ bilhão de anos. Poríferos alimentam-se das menores frações orgânicas, sendo extremamente eficientes na captura de bactérias do meio. Podem participar da produção primária quando associados a cianobactérias ou algas, e hábito carnívoro já foi também observado. Poríferos são os principais agentes da bioerosão dos substratos calcáreos, e seu uso como biomonitores da qualidade ambiental vem sendo proposto repetidamente. Poríferos podem ser muito abundantes, sendo importantes membros das comunidades bentônicas em todas as faixas batimétricas, bem como latitudinais e longitudinais, especialmente sobre substratos consolidados e abrigados da iluminação intensa dos primeiros metros da camada d´água. Há atualmente um grande interesse no estudo químico-farmacológico dos poríferos, tendo em vista o amplo espectro de substâncias bioativas isoladas destes animais nas últimas décadas. Tais estudos realizam-se também no Brasil, e é grande a expectativa de geração de resultados com significativo retorno para a sociedade. Informações sobre o filo: Volkmer-Ribeiro & Motta (1995); Hajdu et al. (1996); Hooper (1997); Hajdu et al. (1999); Muricy & Silva (1999); Custódio et al. (2000); Hooper & Van Soest (2002). Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-3 e 6-7. CLASSE CALCAREA Bowerbank, 1864 ORDEM LEUCOSOLENIDA Hartman, 1958 GRANTIIDAE Dendy, 1892 Grantia sp. LEUCOSOLENIIDAE Minchin, 1900 Leucosolenia sp. CLASSE DEMOSPONGIAE Sollas, 1885 ORDEM ASTROPHORIDA Sollas, 1888 ANCORINIDAE Schmidt, 1870 Jaspis sp. Stelletta sp. GEODIIDAE Gray, 1867 Erylus diminutus Mothes, Lerner & Silva, 1999 Erylus soesti Mothes & Lerner, 2001 Geodia sp. PACHASTRELLIDAE Carter, 1875 Pachastrella monilifera Schmidt, 1868 Poecillastra sollasi Topsent, 1904 (NR) Vulcanella sp. THROMBIDAE Sollas, 1888 Thrombus sp. (NR) ORDEM SPIROPHORIDA Bergquist & Hogg, 1969 TETILLIDAE Sollas, 1886 Cinachyra sp. (NR) ORDEM LITHISTIDA Schmidt, 1870 Lithistida sp. 1 SIPHONIDIIDAE Lendenfeld, 1903 Gastrophanella sp.

ORDEM HADROMERIDA Topsent, 1894 CLIONAIDAE d´Orbigny, 1851 Cliona sp. POLYMASTIIDAE Gray, 1867 Polymastia sp. TETHYIDAE Gray, 1848 Halicometes minuta Sara & De Rosa Barbosa, 1995 TIMEIDAE Topsent, 1928 Timea sp. ORDEM HALICHONDRIDA Gray, 1867 BUBARIDAE Topsent, 1894 Bubaris sp. (NR) AXINELLIDAE Carter, 1875 cf. Axinella sp. cf. Dragmacidon sp. HALICHONDRIIDAE Gray, 1867 Halichondria sp. Topsentia sp. ORDEM HAPLOSCLERIDA Topsent, 1928 CHALINIDAE Gray, 1867 Haliclona (Gellius) sp. (NR) PHLOEODICTYIDAE Carter, 1882 Pachypellina sp. (NR) ORDEM POECILOSCLERIDA Topsent, 1928 COELOSPHAERIDAE Dendy, 1922 Forcepia sp. Lissodendoryx (Lissodendoryx) sp. CRELLIDAE Dendy, 1922 Crella (Yvesia) sp. (NR)

29

DESMACELLIDAE Ridley & Dendy, 1886 Desmacella annexa Schmidt, 1870 (NR) Desmacella aff. pumilio Schmidt, 1870 Desmacella sp. 3 ESPERIOPSIDAE Hentschel, 1923 Esperiopsis sp. HAMACANTHIDAE Gray, 1872 Hamacantha sp. 1 Hamacantha sp. 2 Hamacantha sp. 3 LATRUNCULIIDAE Topsent, 1922 Sceptrella sp. (NR) MICROCIONIDAE Carter, 1875 Clathria (Clathria) sp. MYXILLIDAE Dendy, 1922

Myxilla (Ectyomyxilla) tenuissima (Thiele, 1905) (NR) RASPAILIIDAE Hentschel, 1923 Aulospongus sp. (NR) Raspaciona sp. (NR) Raspailia (Parasyringella) sp. (NR) Raspailia (Raspaxilla) phakellina (Topsent, 1913) (NR) RHABDEREMIIDAE Topsent, 1928 Rhabderemia uruguaiensis Van Soest & Hooper, 1993 (NR) Rhabderemia aff. africana Van Soest & Hooper, 1993 (NR)

NR – Novo registro

Comentários Gerais A fauna de poríferos da plataforma e talude continentais (50-808m de profundidade) dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina é rica, e aparentemente sem um claro padrão de dominância. Apenas uma espécie, Halicometes minuta ocorreu em três estações, outras sete espécies tendo sido encontradas em duas estações cada (Aulospongus sp., Desmacella annexa, Grantia sp., Raspaciona sp., Raspailia phakellina, Rhabderemia uruguaiensis e Vulcanella sp.). Cada uma das demais ocorreu em apenas uma estação. As duas espécies novas e dezesseis novas ocorrências para o Brasil indicam claramente quão parco é nosso conhecimento desta fauna. O grande número de identificações incompletas sugere que haverá ainda mais espécies novas por revelar com o prosseguimento do estudo taxonômico deste material. Ao todo, são mais de 100 lotes de poríferos (ca. 30% da plataforma e 70% do talude), diversos dos quais mistos, com mais de uma espécie. Dentre as estações mais ricas estão 6681 (14 espécies) e 6686 (10). Todo o material encontra-se tombado na Coleção de Poríferos do Museu Nacional/UFRJ, alguns táxons estando representados apenas por preparações de cortes espessos e/ou espículas dissociadas para microscopia. Dentre os 34 gêneros identificados, diversos são notórios por terem revelado substâncias bioativas de potencial aplicação bioquímico/farmacológica. Halichondria (ácido okadáico - ferramenta bioquímica, Tachibana et al., 1981; halichondrinas antitumoral, Hirata & Uemura, 1986), Jaspis (jasplakinolídeos - antifúngica, antihelmíntica e antimicrobiana, Crews et al., 1986), Lissodendoryx (halichondrinas, Munro et al., 1994), Stelletta (stellettamidas - antifúngica, Hirota et al., 1990) e Topsentia (sulfatos do topsentiasterol - antimicrobiana, Fusetani et al., 1994) são apenas alguns exemplos. O prosseguimento do inventário de biodiversidade macrobentônica na região do Score Sul poderá determinar quais espécies estão presentes em quantidades suficientes para o início de estudos químico/farmacológicos em material da plataforma e talude brasileiros.

30

Registro de Ocorrência por Táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Grantiidae Grantia sp. Leucosoleniidae Leucosolenia sp. Ancorinidae Jaspis sp. Stelletta sp. Geodiidae Erylus diminutus Erylus soesti Geodia sp. Pachastrellidae Pachastrella monilifera Poecillastra sollasi Vulcanella sp. Thrombidae Thrombus sp. Tetillidae Cinachyra sp. Lithistida Lithistida sp. 1 Siphonidiidae Gastrophanella sp. Clionaidae Cliona sp. Polymastiidae Polymastia sp. Tethyidae Halicometes minuta Timeidae Timea sp. Bubaridae Bubaris sp. Axinellidae cf. Axinella sp. cf. Dragmacidon sp. Halichondriidae Halichondria sp. Topsentia sp. Chalinidae Haliclona (Gellius) sp. Phloeodictyidae Pachypellina sp. Coelosphaeridae Forcepia sp. Lissodendoryx (Lissodendoryx) sp. Crellidae Crella (Yvesia) sp. Desmacellidae Desmacella annexa

Total de inds.

Estações de coleta (número de indivíduos)

2

6681(1); 6686(1)

5

6686(5)

2 1

6816(2) 6681(1)

1 1 1

6816(1) 6816(1) 6676(1)

2 1 8

6665(2) 6650(1) 6681(5); 6686(3)

1

6650(1)

2

6659(2)

2

6650(2)

Fr

6681(Fr)

1

6658(1)

3

6681(3)

5

6661(3); 6673(1); 6699(1)

1

6661(1)

1

6686(1)

1 1

6686(1) 6650(1)

1 1

6676(1) 6661(1)

4

6686(4)

7

6665(7)

1 1

6665(1) 6681(1)

1

6686(1)

3+Fr

6681(2+Fr); 6686(1)

Cont.

31

Táxons Desmacella aff. Pumilio Desmacella sp. 3 Esperiopsidae Esperiopsis sp. Hamacanthidae Hamacantha sp. 1 Hamacantha sp. 2 Hamacantha sp. 3 Latrunculiidae Sceptrella sp. Microcionidae Clathria (Clathria) sp. Myxillidae Myxilla (Ectyomyxilla) tenuissima Raspailiidae Aulospongus sp. Raspaciona sp. Raspailia (Parasyringella) sp. Raspailia (Raspaxilla) phakellina Rhabderemiidae Rhabderemia uruguaiensis Rhabderemia aff. africana Total Fr = fragmentos.

Total de inds. 1 4

6673(1) 6686(4)

1

6679(1)

1 1 1

6681(1) 6672(1) 6681(1)

1

6681(1)

1

6658(1)

1

6664(1)

4 2 1 22 3 16 120

Estações de coleta (número de indivíduos)

6816(2); 6820(2) 6676(1); 6681(1) 6681(1) 6681(20); 6686(2) 6681(3) 6686(16)

Referências Bibliográficas CREWS, P.; MANES, L.V. & BOEHLER, M. 1986. Jasplakinolide; a ciclopeptide from the marine sponge Jaspis sp. Tetrahedron Letters, 27: 2797-2800. CUSTÓDIO, M.R.; HAJDU, E. & MURICY, G. 2000. Porifera Brasil. Página eletrônica em acd.ufrj.br/labpor. FUSETANI, N.; TAKAHASHI, M. & MATSUNAGA, S. 1994. Topsentiasterol Sulfates, antimicrobial sterol sulfates possessing novel side chains, from a amrine sponge, Topsentia sp. Tetrahedron, 50(26): 7765-7770. HAJDU, E.; BERLINCK, R.G.S. & FREITAS, J.C. DE. 1999. Porifera. In: Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX, 3: Invertebrados Marinhos (MIGOTTO, A.E. & TIAGO, C.G., eds) – São Paulo: FAPESP, 21-30. HAJDU, E.; MURICY, G.; BERLINCK, R.G.S. & FREITAS, J.C. DE.1996. Marine poriferan diversity in Brazil: through knowledge to management. In: Biodiversity in Brazil, a first approach. CNPq, 157-172. HIRATA, Y. & UEMURA, D. 1986. Halichondrins - antitumor polyether macrolides from a marine sponge. Pure and Applied Chemistry, 58: 701-710. HIROTA, H.; MATSUNAGA, S. & FUSETANI, N. 1990. Stellettamide A, an antifungal alkaloid from a marine sponge of the genus Stelletta. Tetrahedron Letters, 31: 41634164. HOOPER, J.N.A. 1997. Sponge Guide. Guide to sponge collection and identification, publicado pelo autor, 129p, disponível para baixar de www.qmuseum.qld.gov.au/organisation/sections/sessilemarineinvertebrates/spong.pdf

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HOOPER, J.N.A. & SOEST, R.W.M. VAN. (eds.) 2002. Systema Porifera. A Guide to the Classification of Sponges - Nova Iorque: Kluwer Academic & Plenum Publishers, 1: i-xx + 1-1102 + xxi-xlviii, 2: i-xx + 1103-1708 + xxi-xlviii. MUNRO, M.H.G.; BLUNT, J.W.; LAKE, R.J.; LITAUDON, M.; BATTERSHILL, C.N. & PAGE, M.J. 1994. From seabed to sickbed: what are the prospects? In Sponges in Time and Space (SOEST, R.W.M. VAN, KEMPEN, TH.M.G. VAN & BRAEKMAN, J.C., eds.) - Rotterdam, Balkema, 473-484. MURICY, G. & SILVA, O.C. 1999. Esponjas marinhas do Estado do Rio de Janeiro: um recurso renovável inexplorado. In: Ecologia dos Ambientes Costeiros do Estado do Rio de Janeiro (SILVA, S.H.G. & LAVRADO, H.P., eds.). Série Oecologia Brasiliensis, vol VII. PPGE – UFRJ. Rio de Janeiro, Brasil, 155-178. TACHIBANA, K.; SCHEUR, P.J.; TSUKITANI, Y.; KIKUCHI, H.; VAN ENGEN, D.; CLARDY, J.; GOPICHAND, Y. 1981. Okadaic acid; a cytotoxic polyether from two marine sponges of the genus Halichondria. Journal of the American Chemical Society, 103: 2469-2471. VOLKMER-RIBEIRO, C. MOTTA, J.F.M., 1995. Esponjas formadoras de espongilitos em lagoas no Triângulo Mineiro e adjacências, com indicação de preservação de habitat. Biociências, Porto Alegre, 3(2): 145-169.

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FILO CNIDARIA O filo Cnidaria inclui os animais diploblásticos, de simetria externa radial, com uma cavidade gastrovascular interna que se abre para o exterior através da boca. O filo é caracterizado pela presença de estruturas intracelulares, únicas no reino animal, chamadas cnidas, utilizadas para obtenção do alimento ou para defesa. Variando em forma e tamanho, as cnidas podem paralisar rapidamente uma presa, injetando através da pele do animal uma substância tóxica. A presença e eficiência das cnidas explicam o sucesso dos cnidários como animais quase que exclusivamente carnívoros, uma vez que o hábito séssil ou sedentário dos pólipos e a limitada capacidade de locomoção das medusas, ligado a um sistema nervoso e sensorial pouco desenvolvido, dificilmente lhes confeririam essa capacidade. Os cnidários incluem as águas-vivas, anêmonas-do-mar, corais e diversas outras formas menos conhecidas pelas pessoas. São habitantes do ambiente aquático, sendo a grande maioria marinha, vivendo nos mais diversos substratos, da zona entremarés até profundezas abissais, incluindo alguns grupos psâmicos e outros parasitas. Embora sejam muito abundantes, na maioria das vezes são conhecidos pelas pessoas apenas pelo forte efeito urticante de algumas espécies ou pela existência dos recifes de corais que se desenvolvem quase obrigatoriamente em mares quentes e transparentes . As principais diferenças entre os pólipos e as medusas dos Cnidaria dizem respeito, geralmente, ao modo de vida destes e pelo fato de que as medusas podem apresentar um grande desenvolvimento corporal com o espessamento da camada intermediária, a mesogléia, e que é produzida por células da epiderme ou da gastroderme. Os pólipos geralmente são sésseis e bentônicos ao passo que as medusas costumam ser vágeis e planctônicas. Os cnidários são divididos em dois grandes grupos: os Anthozoa, que possuem apenas a fase adulta bentônica de pólipo, e os Medusozoa, no qual se dá o aparecimento da medusa adulta planctônica, predominando nestes o ciclo metagenético, em que as fases de pólipo e medusa se alternam. O subfilo Medusozoa inclui 3 classes, Cubozoa, Hydrozoa e Scyphozoa. Mesmo não havendo consenso, atualmente, é favorecida a hipótese de que o grupo mais diversificado dos Anthozoa e representado apenas pela fase de pólipo seria o mais basal, de modo que Scyphozoa, Cubozoa e Hydrozoa, apresentando muitas vezes alternância entre as fases de pólipo e medusa, seriam grupos mais derivados. Apesar de abarcar relativamente poucas espécies (~10000), o filo Cnidaria notabiliza-se por apresentar populações muito numerosas, em grande parte devido à capacidade de reprodução assexuada. Esses aspectos, além de várias estratégias de resistência e dispersão encontradas entre as espécies, tornam o grupo muito comum nos ambientes bentônico e planctônico. Além de desempenhar papel ecológico significativo, têm importância econômica (são predadores de ovos, alevinos e adultos de peixes afetando em diversos graus a pesca, por exemplo) e médica (queimaduras e outros problemas de saúde advindos do contato com águas-vivas) não desprezível. Ademais, o fato de estarem entre os animais multicelulares mais antigos que se conhecem, sendo o primeiro ramo animal a possuir tecidos organizados, coloca o filo numa posição de alto interesse científico, uma vez que o estudo de sua filogenia pode levar à melhor compreensão da evolução de grande parte do reino animal.

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CLASSE HYDROZOA

ÁLVARO E. MIGOTTO & ANTÔNIO CARLOS MARQUES

Nothria sp. Macrorhynchia philippina (Kirchenpauer, 1872) Foto: A.E.MIGOTTO

Características Hydrozoa é a segunda maior classe de Cnidaria em número de espécies descritas (~3300), ficando atrás apenas de Anthozoa (~6000 espécies). Todavia, os Hydrozoa sobrepujam todas as outras classes na variedade de formas e na complexidade de ciclos de vida apresentados. Os pólipos dos hidrozoários são solitários ou coloniais, freqüentemente de tamanho pequeno, quando comparados com os dos antozoários. No entanto, colônias podem chegar a dezenas de centímetros. Vivem geralmente sobre rochas e outros organismos, sendo relativamente pouco freqüentes em substratos não consolidados. As medusas, que brotam assexuadamente na lateral dos pólipos, têm vida livre e são a fase sexual do ciclo de vida. Entretanto, em alguns casos há redução parcial ou total de uma das fases (pólipo ou medusa). Informações sobre a classe: Bouillon, 1994; Cornelius (1995a, 1995b); Vervoort (1995); Migotto et al. (1999; 2002).

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Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-7. SUBCLASSE ANTHOMEDUSAE ORDEM FILIFERA EUDENDRIIDAE L. Agassiz, 1862 Eudendrium sp. HYDRACTINIIDAE L. Agassiz, 1862 STYLASTERIDAE Gray, 1847 SUBCLASSE LEPTOMEDUSAE ORDEM CONICA CAMPANULINIDAE Hincks, 1868 LAFOEIDAE A. Agassiz, 1865 Acryptolaria sp. Filellum serratum (Clarke, 1879)

Lafoea sp. Zygophylax sp. HALECIIDAE Hincks, 1868 SERTULARIIDAE Lamouroux, 1812 Sertularella sp. Sertularella conica Allman, 1877 Symplectoscyphus sp. HALOPTERIDIDAE Millard, 1962 ORDEM PROBOSCOIDA CAMPANULARIIDAE Johnston, 1813 Clytia sp.

Comentários Gerais Os espécimes até agora examinados foram encontrados sobre conchas, nódulos de algas calcárias ou coralos de antozoários, não havendo representantes de espécies típicas de substrato não consolidado. O material é escasso e os espécimes encontram-se geralmente danificados ou sem estruturas reprodutivas (como em Campanulinidae, por exemplo), o que dificulta a identificação específica. Todavia, como a fauna de hidrozoários bentônicos abaixo dos 25 m de profundidade é praticamente desconhecida no Brasil, mesmo o parco material disponível tem grande importância sistemática e faunística. Até o momento, pudemos detectar as novas ocorrências de 4 gêneros, Acryptolaria, Lafoea, Symplectoscyphus e Zygophylax, cujos representantes são, em sua maioria, típicos de maiores profundidades. Se comparado ao conhecimento estabelecido para Hydrozoa no Brasil (cf. Migotto et al., 2002), estes dados mostram-se muito relevantes, constituindo um acréscimo de 7 % no número de gêneros conhecidos para o Brasil para a subclasse Leptomedusae, a maior dentre os Hydrozoa; ou 75 % para a família Lafoeidae, uma das mais representativas em águas profundas dentre os Leptomedusae. Ademais, os representantes das outras famílias (Hydractiniidae, Stylasteridae, Campanulinidae, Haleciidae, Halopterididae, Sertulariidae) ainda não determinados no nível específico podem se comprovar, também, como novos registros para nossa costa. Assim, tudo indica que a continuidade dos estudos trará resultados importantes quanto à distribuição e ocorrências das espécies de Hydrozoa.

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Registro de Ocorrência por Táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Eudendriidae Eudendrium sp. Hydractiniidae Stylasteridae Campanulinidae Lafoeidae Acryptolaria sp. Filellum serratum Lafoea sp. Zygophylax sp. Haleciidae Sertulariidae Sertularella sp. Sertularella conica Symplectoscyphus sp. Halopterididae Campanulariidae Clytia sp. (reg. – Número de registros)

Total de reg.

Estações de coleta

1 1 3 4 7 2 1 1 1 3 3 1 1 4 1

6658 6658 6650; 6666; 6680 6661; 6665; 6676; 6686; 6665; 6672; 6676; 6678; 6681; 6684; 6686 6786; 6812 6788 6786 6786 6650; 6676; 6650; 6665; 6672 6786 6753 6786; 6788; 6812; 6817 6684

2

6676; 6686

Referências Bibliográficas BOUILLON, J. 1994. Classe des hydrozoaires (Hydrozoa Owen, 1843). In: Bouillon, J.; Carré, C.; Carré, D.; Franc, A; Goy, J.; Hernandez-Nicaise, M.-L.; Tiffon, Y.; van de Vyver, D. & Wade, M. (Eds), Traité de Zoologie, Tome III, Fascicule 2 - Cnidaires et Ctenaires, Paris, pp. 29-416. CORNELIUS, P.F.S. 1995a. North-west European thecate hydroids and their medusae. Part 1. Linnean Society of London, London. CORNELIUS, P.F.S. 1995b. North-west European thecate hydroids and their medusae. Part 2. Linnean Society of London, London. MIGOTTO, A.E., MARQUES, A.C., MORANDINI, A.C. & SILVEIRA, F.L. 2002. Checklist of the Cnidaria Medusozoa of Brazil. Biota Neotropica, 2(1/2): 1-35 MIGOTTO, A.E.; SILVEIRA, F.L.; SCHLENZ, E. FREITAS, J.C. 1999. Cnidaria. In: Migotto, A.E. & Tiago, C. (Eds), Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento no final do século XX, 3: Invertebrados marinhos. FAPESP, São Paulo. pp. 33-46. VERVOORT, W. 1995. Bibliography of Leptolida (non-Siphonophoran Hydrozoa, Cnidaria). Works published after 1910. Zoologische Verhandelingen, 301: 1-432.

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CLASSE SCYPHOZOA ORDEM CORONATE

GERHARD JARMS; ANDRÉ C. MORANDINI & FÁBIO L. DA SILVEIRA

Atorella Vanhöffen, 1902 (acima) e Nausithoe Kölliker, 1853 (abaixo). ELETROMICROGRÁFICOS DE G.JARMS

Características Há uma razoável convergência entre muitos pólipos de Hydrozoa e de Scyphozoa da Ordem Coronatae pela existência de um esqueleto externo que lhes protege o corpo, o perissarco entre os primeiros e o tubo peridérmico entre os últimos. Os pólipos dos Coronatae costumam ser solitários, mas há alguns exemplos de espécies coloniais. Na superfície externa dos tubos peridérmicos há padrões de ornamentação que podem sugerir a que famílias pertencem os pólipos. O interior dos tubos pode ser liso ou dotado de cúspides, sendo que estas podem ocorrer isoladamente ou em séries transversais de até 16 cúspides. As medidas do tubo, a forma e o arranjo das cúspides, quando presentes, também podem ser utilizados para identificação de espécies. Entre os Coronatae tem sido observado que para "economizar tecidos" em diferentes circunstâncias, além dos mecanismos de segmentação e quietação, nos ciclos de vida ocorreu uma evolução no sentido da regressão, geralmente, da fase de medusa, mas também do pólipo. Por isso é recomendável, sempre que possível, criar e estabelecer o ciclo de vida das espécies de Coronatae para ter maior precisão na sistemática. Informações sobre o filo e a classe Scyphozoa: Migotto et al. (1999); sobre a ordem Coronatae: Jarms et al. (2002a).

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Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-3. CLASSE SCYPHOZOA ORDEM CORONATE ATORELLIDAE VANHÖFFEN, 1902 Atorella spp. (duas formas) NAUSITHOIDAE HAECKEL, 1880 Nausithoe spp. (duas formas)

Comentários Gerais Examinando o conjunto dos resultados na tabela a seguir é preciso esclarecer que o número absoluto de pólipos por estação representa, em grande parte, a quantidade de esqueletos de corais pétreos encontrados. A identificação ao nível específico ficou dificultada por dispormos apenas de pólipos preservados e pelo fato de que há grandes semelhanças nas características dos tubos peridérmicos entre algumas espécies. Os pólipos de muitos Coronatae são conhecidos como ocorrendo desde águas rasas até profundidades abissais. No bentos profundo é característico que os animais só ocorrem presos a substratos consolidados, em geral de origem biogênica. A ocorrência geográfica é muito ampla para o grupo, ocorrendo em todos os oceanos em águas rasas e profundas, exceto na região Antártica. Parece haver uma tendência para a ocorrência de espécies coloniais como restritas apenas as águas rasas, o que sugere uma relação entre o crescimento colonial e a maior disponibilidade de alimento. Os resultados estão publicados em: Jarms et al. (2002b). Registro de Ocorrência dos Táxons Os espécimes foram coletados a partir do esqueleto de corais pétreos azooxantelados e provenientes das amostras segundo as estações listadas na tabela abaixo. Táxons Atorellidae Atorella spp. Nausithoidae Nausithoe spp. Não identificado Total

Total de inds. 15 187 3 205

Estações de coleta (nº de indivíduos) 6650(10); 6665(3); 6679(2) 6650(80); 6661(37); 6665(30); 6666(19); 6671(4); 6673(1); 6679(1); 6680(2); 6686(2); 6693(11) 6676(2); 6685(1)

Agradecimentos A triagem inicial dos materiais foi realizada pelo Mestre Alberto Lindner, então estudante de pós-graduação do IB USP.

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Referências Bibliográficas JARMS, G.; MORANDINI, A.C. & SILVEIRA, F.L. da, 2002a. Methods and experiences with cultivating polyps and medusae of Coronatae (Cnidaria, Scyphozoa) with a review of important characters. Helgoland Marine Research, 56(3): 203-210. JARMS, G.; MORANDINI, A.C. & SILVEIRA, F.L. da, 2002b. Polyps of the families Atorellidae and Nausithoidae (Scyphozoa: Coronatae) new to the Brazilian fauna. Biota Neotropica, 2(1): 11p. MIGOTTO, A.E.; SILVEIRA, F.L. da; SCHLENZ, E.; FREITAS, J.C. de , 1999. p. 11-15. In: Migotto, A.E. & Tiago, C.G., Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX, 3: Invertebrados Marinhos. São Paulo: FAPESP.

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CLASSE ANTHOZOA

DÉBORA O. PIRES, CLÓVIS B. CASTRO, MARCELO S. MEDEIROS & CRISTOVAM M. THIAGO

Isididae Lamouroux, 1812 Foto: M.S.MEDEIROS

Características Classe Anthozoa – Subclasse Hexacorallia Esta subclasse abriga os corais-pétreos ou corais verdadeiros, e ainda as anëmonasdo-mar. Possuem 12 ou mais tentáculos e septos. Os corais verdadeiros secretam carbonato de cálcio pela base do pólipo, formando um esqueto externo. Os corais-pétreos podem ser coloniais (como a maioria das espécies formadoras de recifes) ou podem viver isolados (solitários), em forma de cálices únicos, sendo esta forma comum nos animais de águas profundas. Os Hexacorallia são predadores de zooplâncton, e vários gêneros possuem algas simbióticas chamadas zooxantelas, nos corais de águas profundas estas estão ausentes. Classe Anthozoa – Subclasse Octocorallia Os octocorais recebem este nome por apresentarem oito tentáculos em seus pólipos, que são pequenos e semelhantes aos dos corais-pétreos Cada um destes tentáculos é coberto de ramificações laterais, lembrando penas (tentáculos pinados). Em sua maioria formam colônias de formas bastante variadas. Possuem esqueleto interno que pode ser constituído de escleritos calcários ou de material córneo Outra característica importante deste grupo, é a presença em seus tecidos de pequenas estruturas calcárias, denominadas escleritos. As gorgônias (Ordem Gorgonacea) estão entre os octocorais mais comuns na formação de recifes, sendo também bastante comuns em regiões mais profundas. São arborescentes e tem esqueleto de material córneo. 41

Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-3. SUBCLASSE OCTOCORALLIA ORDEM GORGONACEA ISIDIDAE Lamouroux, 1812 Acanella sp. ELLISELLIDAE Gray, 1859 Riisea sp. SUBCLASSE HEXACORALLIA ORDEM SCLERACTINIA OCULINIDAE Gray, 1900 Madrepora sp. CARYOPHYLLIIDAE Dana, 1846 Deltocyathus calcar Pourtalès, 1874 Deltocyathus eccentricus Cairns, 1979 Deltocyathus italicus (Michelotti, 1838) Deltocyathus sp. Trochocyatus sp. Dasmosmilia variegatta (Pourtalès, 1871)

1979

Caryophyllia ambrosia caribeana Cairns,

Caryophyllia sp. Tethocyatus sp. POCILLOPORIDAE Gray, 1840 Madracis sp. FAVIIDAE Gregory, 1900 Cladora debilis Milne Edwards & Haime, 1849 FUNGIACYATHIDAE Chevalier & Beauvais, 1987 Fungiacyathus crispus (Pourtalès, 1871) Fungiacyathus sp. FLABELLIDAE Burner, 1905 Javania cailleti (Duchassaing & Michelotti, 1864) GUYNIIDAE Hickson, 1910 Schyzocyathus fissilis Pourtalès, 1874 Schyzocyathus sp.

Comentários Gerais As espécies mais abundantes presentes nas amostras coletadas pelo REVIZEE Score Sul pertencem à Ordem Scleractinia, respresentada pelos corais verdadeiros. A mais freqüente foi Cladocora debilis, seguida por Deltocyathus calcar. Cladocora debilis é uma espécie colonial que ocorre em todo o Atlântico e também no Pacífico oriental, encontrada normalmente até cerca de 200 m de profundidade. Deltocyathus calcar é um coral solitário, de forma arredondada, com cerca de 15 mm de diâmetro. Tem uma distribuição ampla no Caribe e no Golfo do México, se distribuindo desde ao largo da Carolina do Norte até ao largo do sudeste/sul do Brasil, ocorrendo normalmente até cerca de 650 m de profundidade. Registro de Ocorrência por Táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Isididae Acanella sp. Ellisellidae Riisea sp. Oculinidae Madrepora sp. Caryophylliidae Deltocyathus calcar Deltocyathus eccentricus Deltocyathus italicus Deltocyathus sp. Trochocyatus sp.

Estações de coleta 6650; 6679; 6676 6650 6651; 6678; 6681; 6686; 6693; 6700 6651; 6661; 6665; 6671; 6673; 6676; 6680;6681; 6685; 6706 6659; 6693 6679; 6684 6760 6661; 6665; 6668; 6672; 6673; 6676; 6678; 6680; 6681

Cont.

42

Táxons Dasmosmilia variegatta Caryophyllia ambrosia caribeana Caryophyllia sp. Tethocyatus sp. Pocilloporidae Madracis sp. Faviidae Cladora debilis Fungiacyathidae Fungiacyathus crispus Fungiacyathus sp. Flabellidae Javania cailleti Guyniidae Schyzocyathus fissilis Schyzocyathus sp.

Estações de coleta 6665 6679; 6684 6674 6678 6661; 6676; 6677 6661; 6665; 6672; 6673; 6676; 6677; 6678; 6680; 6681; 6685; 6686; 6693; 6695; 6699; 6665 6693 6679; 6693 6668; 6672 6680; 6693

Referências Bibliográficas BARNES, R.D. 1984. Zoologia dos Invertebrados. 4a Edição, Roca, São Paulo. 1179 pp. CAIRNS, S.D. 1979. Deep-water Scleractinia of the Caribbean sea and adjacent waters. Studies on the fauna of Curação and Other Caribbean Islands, LVII. Uitgayen, Natuurwetenschappelijke Studiekring voor Suriname em de Nederlandse Antillen, 96: 1-341. CAIRNS, S.D. 2000. A revision shallow-water azooxantellate Scleractinia of the Western Atlantic. Studies on the natural history of the Caribbean region LXXV. Uitgayen, Natuurwetenschappelijke Studiekring voor het Caraibisch Gebied, 143: 1-240. HETZEL, B. & CASTRO, C.B. 1994. Corais do Sul da Bahia. Nova Fronteira, Rio de Janeiro. 189 pp. PIRES, D.O. 1997. Cnidae of Scleractinia. Proceedings of the Biological Society of Washington, 110(2):167-185.

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FILO SIPUNCULA

GISELE Y. KAWAUCHI & ÁLVARO E. MIGOTTO

Aspidosiphon gosnoldi E. Cutler, 1981 Foto: G.Y.KAWAUCHI

Nothria sp.

Características O Filo Sipuncula é constituído por animais vermiformes, exclusivamente marinhos. São descritas atualmente cerca de 150 espécies, divididas em seis famílias. Pouco conhecidos, até mesmo de biólogos e oceanógrafos, os sipúnculos são confundidos freqüentemente com anelídeos, holoturóideos, echiurídeos ou nemertineos (Edmonds, 1980). No entanto, suas características peculiares são facilmente reconhecidas quando se analisa cuidadosamente sua anatomia externa. Os sipúnculos são animais celomados, não segmentados, cujo corpo é dividido em duas partes: um tronco musculoso cilíndrico ou bulbóide e um introverte longo e afilado, retrátil para o interior do tronco. A boca situa-se na extremidade distal do introverte, sendo geralmente circundada por uma coroa de tentáculos. Na maioria das espécies, a região distal do introverte é ornamentada por ganchos córneos, dispostos em anéis ou aleatoriamente, além de papilas e espinhos. O tronco também pode apresentar estruturas epidérmicas, como papilas e placas córneas, que ocorrem freqüentemente em maior densidade na região anal e caudal. Uma característica peculiar externa, que difere os sipúnculos de outros vermes, é a localização do ânus na região anterior e dorsal do corpo do animal. São encontrados enterrados em sedimentos moles tais como areia, lodo e silte, ou dentro de galerias escavadas por eles em coralos ou outras rochas. Ocorrem das regiões polares aos trópicos, desde o entremarés até grandes profundidades (Hylleberg, 1994). A maioria é comedora de detritos (Cutler, 1994), reaproveitando parte da matéria orgânica particulada liberada no ambiente marinho. As espécies perfuradoras contribuem 44

para erosão de recifes de corais, à medida que os deixam friáveis, aumentando a susceptibilidade à destruição física por qualquer tipo de ação mecânica (Rice & Macintyre, 1979). Segundo Ditadi (1999) ainda não foi determinada a importância ecológica e ou econômica das espécies de Sipuncula na costa brasileira, no entanto, sabe-se que estes animais são um importante item alimentar de diversas famílias de peixes (Kohn, 1970). Informações sobre o filo: Ditadi & Migotto (1982). Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-7. CLASSE SIPUNCULIDEA ORDEM GOLFINGIIORMES GOLFINGIIDAE Stephen & Edmonds, 1972 Nephasoma sp. 2 Nephasoma sp. 3 PHASCOLIONIDAE E. Cutler & Gibbs, 1985 Phascolion hedraeum Phascolion collare

CLASSE PHASCOLOSOMATIDEA ORDEM PHASCOLOSOMATIFORMES PHASCOLOSOMATIDAE Stephen & Edmonds, 1972 Apiosoma misakianum Apiosoma sp. 1 ORDEM ASPIDOSIPHONIFORMES ASPIDOSIPHONIDAE Baird, 1868 Aspidosiphon mexicanus Aspidosiphon gosnoldi Aspidosiphon leavis Aspidosiphon sp. 1

Comentários Gerais Foram identificados 2166 indivíduos. Os mais abundantes são do gênero Aspidosiphon com cerca de 1444 exemplares, seguidos por Nephasoma com 614 espécimes. Os gêneros Phascolion e Apiosoma são representados por 65 e 43 indivíduos respectivamente. Observou-se a mais ampla distribuição batimétrica entre as espécies do gênero Aspidosiphon, que foram encontradas ao longo de uma grande extensão da plataforma continental, a partir dos 50 metros, até 503 metros de profundidade, no talude continental. Os representantes dos gêneros Nephasoma e Phascolion foram encontrados numa mesma faixa batimétrica, dos 100 aos 260 metros de profundidade, enquanto as espécies de Apiosoma estiveram presentes em estações abaixo dos 150 metros, atingindo os 532 metros de profundidade. Até o momento, detectamos pelo menos uma espécie do gênero Apiosoma com ocorrência nova para o Brasil e uma espécie de Phascolion para a região Sudeste do Brasil. O restante do material apresenta cerca de 5 morfotipos, ainda em estudo.

45

Registro de Ocorrência por Táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Golfingiidae Nephasoma sp. 2 Nephasoma sp. 3 Phascolionidae Phascolion hedraeum Phascolion collare Phascolosomatidae Apiosoma misakianum Apiosoma sp. 1

Total de inds. 612 2 18 47 11 32

Aspidosiphonidae Aspidosiphon mexicanus

584

Aspidosiphon gosnoldi

61

Aspidosiphon leavis

795

Aspidosiphon sp. 1 Total

4 2166

Estações de coleta (nº de indivíduos) 6661(518); 6664(2); 6665(63); 6666(7); 6669(1); 6671(2); 6672(5); 6676(4); 6681(6); 6686(4) 6678(2) 6661(3); 6666(1); 6669(1); 6671(2); 6673(3); 6674(5); 6678(2); 6686(1) 6661(44); 6665(3) 6644(1); 6650(1); 6665(6); 6686(1); 6701(1); 6757(1) 6670(1); 6689(1); 6701(1); 6777(4); 6785(4); 6790(2); 6811(11); 6815(6); 6817(2) 6654(27); 6655(32); 6656(23); 6669(1); 6670(1); 6678(1); 6681(6); 6683(4); 6685(7); 6688(28); 6691(4); 6692(11); 6696(7); 6700(4); 6703(2); 6704(16); 6706(6); 6780(16); 6787(1); 6788(4); 6793(2); 6794(13); 6798(43); 6809(39); 6810(6); 6814(217); 6815(1); 6818(4); 6822(58) 6661(13); 6666(4); 6672(2); 6673(1); 6674(27); 6676(1); 6678(3); 6681(1); 6686(9) 6646(2); 6658(1); 6661(437); 6665(120); 6666(16); 6669(2); 6671(14); 6672(53); 6673(6); 6674(76); 6676(2); 6678(2); 6680 (1); 6681(8); 6686(49); 6695(1); 6706(3); 6786(2) 6661(4)

Referências Bibliográficas CUTLER, E. B. 1994. The sipuncula. Their systematic, biology and evolution. Cornell University Press., New York, 480p. DITADI, A. S. F. 1999. Filo Sipuncula. In: Migotto, A. & Tiago, C. G. (Eds.), Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX. Parte 3: Invertebrados marinhos, São Paulo, 143-47. DITADI, A.S.F. & MIGOTTO, A.E. 1982. O filo Sipuncula. Guia para coleta, identificação e manutenção em laboratório. Brasília: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 43p. EDMONDS, S. J. 1980. A revision of the systematics of australian sipunculans (Sipuncula). Rec. S. Aust. Mus., Adelaide, 18(1): 1-74. HYLLEBERG, J. 1994. Phylum Sipuncula. - Part 1. A detailed catalogue of valid genera, species, synoyms and erroneous interpretations of sipunculans from the world, with special reference to the Indian Ocean and Thailand. Phuket Mar. Biol. Res. Bull., Phuket, 58: 1-88. KOHN, A. J. 1970. Predation on sipunculans. In: Rice, M. E. and Todorovic, M., (Eds.), Proceedings of the International Synposium on the Biology of the Sipuncula na Echiura. Belgrade: Naucno Delo Press, v. 1, p. 313-33. RICE, M. E. & MACINTYRE, I. C. 1979. Distribution of Sipuncula in the coral reef community, Carrie Bow Cay, Belize. Smithson. Contrib. Mar. Sci., Washington, 311320.

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FILO MOLLUSCA

Com mais de 150 mil espécies, o filo dos moluscos é retentor da segunda maior diversidade dentre os seres vivos, sendo apenas suplantados pelos artrópodes. Apresentam um inequiparável grau de disparidade morfológica e representantes em quase todos os nichos, reunindo os familiares caracóis (terrestres), ostras e mariscos (marinhos, sésseis), lulas e polvos (livre-natante), e formas pouco conhecidas, como os quítons, conchas dentes de elefante, além de espécies vermiformes. Estão subdivididos em oito classes: Gastropoda, Bivalvia, Cephalopoda, Monoplacophora, Polyplacophora (quítons), Scaphopoda (dentes de elefante) e os vermiformes Caudofoveata e Solenogastres. A maior diversidade dentro dos moluscos, entretanto, pertence à classe Gastropoda (cerca de 80%), seguida por Bivalvia (cerca de 27%). As demais classes (Cephalopoda, Polyplacophora, Scaphopoda, Solenogastres, Caudofoveata e Monoplacophora, em ordem de diversidade) perfazem o restante (cerca de 3%). Sendo um grupo heterogêneo, é impossível apontar características gerais que englobem as pequenas classes de moluscos sem que se envolva os gastrópodes e bivalves, como presença de concha calcária secretada pelo manto; corpo dividido em pé e massa visceral; sistema digestório completo contendo a rádula (uma estrutura raspadora na forma de uma língua dentada); e celoma reduzido, representado apenas pelo pericárdio e rim. Este filo é um dos poucos grupos de invertebrado populares entre os leigos e colecionadores. Os moluscos são extremamente importantes na economia de muitos países, como fonte de alimento rico em proteínas, sendo coletados diretamente da natureza ou cultivados, e através de uma indústria de pérolas e de adornos de madrepérola. Apresentam interesse médico sanitário, pois muitas espécies podem ser utilizadas no controle de doenças, enquanto outras são responsáveis pela transmissão destas. Os moluscos invadiram quase todos os ambientes e ocorrem desde fossas abissais até desertos tórridos. Vários grupos de bivalves e gastrópodes ocuparam, a partir do ambiente marinho, a água doce e no caso dos gastrópodes, o ambiente terrestre. Existem moluscos predadores, herbívoros, ecto e endoparasitas, filtradores, comensais, sésseis, vágeis, pelágicos e habitantes do neuston. Informações sobre o filo: Abbott, 1974; Rios, 1994; Salvador et al., 1998.

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CLASSE GASTROPODA Baía de Ilha Grande à Paranaguá

CINTIA MIYAJI

Nothria sp.

Drilliola loprestiana (Calcara, 1841) Escala: 1,0 mm Foto: LAB. MICROSCOPIA ELETRÔNICA IFUSP

Características A Classe Gastropoda é a mais diversa entre os moluscos, apresentando uma enorme gama de formas, tamanhos e hábitos, resultante da intensa radiação adaptativa do grupo. Essa grande diversidade torna difícil a elaboração de um modelo básico para um gastrópode típico, e o que se observa com freqüência, são formas que se afastam, até radicalmente, de qualquer modelo teórico sugerido. No entanto, algumas características distintivas podem ser enumeradas. A concha calcária única, normalmente helicoidal, é capaz de abrigar todo o corpo do animal. A abertura pode se obstruída por um opérculo córneo ou calcário, quando o animal retrai-se para o interior da concha. O pé muscular, bem desenvolvido, apresenta uma sola sobre a qual o animal rasteja. A cabeça apresenta um par de olhos, e um ou mais pares de tentáculos sensoriais. A boca bem definida pode apresentar um par de mandíbulas, além da rádula, típica dos moluscos, e de grande valor na identificação de alguns grupos. A enorme radiação adaptativa do grupo resultou em uma vasta gama de possibilidades e variações fisiológicas e ecológicas. Os gastrópodes ocupam os mais variados sedimentos marinhos, bem como o ambiente pelágico. A grande maioria das formas bentônicas é herbívora ou detritívora, mas um importante grupo inclui formas carnívoras, e umas poucas espécies apresentam hábitos suspensívoros. Muitos grupos adaptaram-se ao hábito parasitário ou comensal. Numericamente, os moluscos não constituem o principal grupo da macrofauna bentônica, sendo geralmente menos abundantes que poliquetas e crustáceos peracáridos. Como classe, os Gastropoda apresentam baixa densidade, típica de níveis tróficos mais 48

elevados, especialmente em regiões além dos 100 m de profundidade. Dessa forma, a importância do grupo como alimento deve restringir-se à sua captura como presa de peixes demersais e crustáceos da megafauna. Informações sobre a classe: Miyagi (2001). Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-3. FISSURELLIDAE Fleming, 1822 Cranopsis billsae (Perez Farfante, 1947) Cranopsis granulata (Seguenza, 1862) Emarginula sp. SCISSURELLIDAE Gray, 1847 Anatoma spp. Sinezona brasiliensis Mattar, 1987 HALIOTIDAE Rafinesque, 1815 Haliotis aurantium Simone, 1998 TROCHIDAE Rafinesque, 1815 Tegula sp. Euchelus hummelincki Moolenbeek & Faber, 1989 Dentistyla cf. dentifera (Dall, 1889) Mirachelus clinocnemus Quinn, 1979 Brookula conica (Watson, 1886) Brookula pfefferi Powell, 1951 Brookula spinulata Absalão, Miyaji & Pimenta, 2001 Calliostoma rota Quinn, 1992 Calliostoma dnopherum (Watson, 1879) Solariella carvalhoi Lopes & Cardoso, 1958 Solariella lubrica (Dall, 1881) Halistylus columna Dall, 1890 SEGUENZIIDAE Verrill, 1884 Seguenzia hapala Woodring, 1928 Ancistrobasis sp. SKENEIDAE Clarke, 1851 Parviturbo weberi Pilsbry & McGinty, 1945 Parviturbo sp. TURBINIDAE Rafinesque, 1815 Arene bairdii (Dall, 1889) Arene variabilis (Dall, 1889) Arene tricarinata (Stearns, 1872) Homalopoma linnei (Dall, 1889) Eugabrielona sulcifera (Robertson, 1973) TURRITELLIDAE Clarke-Woodward, 1851 Turritella hookeri Reeve, 1849 Turritellopsis cf. marplatensis Castellanos & Landoni, 1987 Turritellopsis spp. TRIPHORIDAE Gray, 1847 Inella sp. Metaxia sp. CERITHIOPSIDAE H. & A. Adams, 1853 Seila adamsi (H. Lea, 1845) EPITONIIDAE Berry, 1910 Epitonium sp. Epitonium candeanum d’Orbigny 1842

1986 1952)

Epitonium novangliae Couthouy, 1838 Epitonium celesti (Aradas, 1854) Epitonium fractum Dall, 1927 Epitonium multistriatum (Say, 1826) Epitonium tenuistriatum (d’Orbigny,1840) Epitonium polacia (Dall, 1889) Depressiscala nitidella (Dall, 1889) Depressiscala nautlae (Mörch, 1875) Cylindriscala cf. andrewsi (Verrill, 1882) Opalia spp. Opalia cf. pumilio (Mörch, 1874) Opalia cf. morchiana Opalia eolis Clench & Turner, 1950 Opalia abbotti Clench & Turner, 1952 Eccliseogyra cf. sericea Bouchet & Warén, Opaliopsis cf. atlantis (Clench & Turner,

Opaliopsis sp. Narrimania azelotes (Dall, 1927) Narrimania cf. concinna (Sykes, 1925) EULIMIDAE Philippi, 1853 Niso aeglees Bush, 1885 Eulima spp. RISSOIDAE Gray, 1847 Alvania spp. Alvania valeriae Absalão, 1993 Alvania faberi de Jong & Coomans, 1988 Benthonellania xantias (Watson, 1886) ASSIMINEIDAE H. & A. Adams, 1856 Assiminea succinea (Pfeiffer, 1840) BARLEEIDAE Gray, 1847 CAECIDAE Gray, 1850 Caecum eliezeri Absalão, 1997 VITRINELLIDAE Bush, 1897 Pseudorotella incertum Pilsbry & McGinty, 1945 TORNIDAE Sacco, 1896 Macromphalina sp. VANIKORIDAE Gray, 1840 CALYPTRAEIDAE Lamarck, 1809 Calyptraea centralis (Conrad, 1841) Crepidula aculeata (Gmelin, 1791) HALOCERATIDAE Warén & Bouchet, 1991 Haloceras trichotropoides Warén & Bouchet, 1991 CAPULIDAE Fleming, 1822 Capulus sp. TRIVIIDAE Troschel, 1863

49

Trivia candidula (Gaskoin, 1836) OVULIDAE Fleming, 1822 Cyphoma intermedium (Sowerby, 1828) Simnia acicularis (Lamarck, 1810) NATICIDAE Guilding, 1834 Polinices lacteus (Guilding, 1833) Natica sp. BURSIDAE Thiele, 1925 Bursa ranelloides tenuisculpta (Dautzenberg & Fischer, 1906) MURICIDAE Rafinesque, 1815 Siratus tenuivaricosus (Dautzenberg, 1927) Trachypollia sp. Orania grayi (Dall, 1889) Typhis belcheri Broderip. 1833 Siphonochelus riosi (Bertsch & D’Attilio, 1980) Stramonita sp. Coronium coronatum (Penna-Neme & Leme, 1978) CORALLIOPHILIDAE Chenu, 1859 Coralliophila cf. squamosa (Bivona, 1838) Babelomurex dalli Emerson & D’Attilio, 1963 FASCIOLARIIDAE Gray, 1853 Fusinus frengueli (Carcelles, 1953) BUCCINIDAE Rafinesque, 1815 Belomitra pourtalesii (Dall, 1881) NASSARIIDAE Iredale, 1916 Nassarius spp. COLUMBELLIDAE Swainson, 1840 Aesopus stearnsii (Tryon, 1883) Aesopus obesus (Hinds, 1844) Amphissa acuminata (E. A. Smith, 1915) Amphissa cancellata (Castellanos, 1982) Amphissa sp. Astyris sp. Parvanachis cf. obesa (C. B. Adams, 1845) Metula agassizi Clench & Aguayo, 1941 COSTELARIIDAE MacDonald, 1860 Vexillum sp. Thala crassa (Simone, 1995) MARGINELLIDAE Fleming, 1828 Dentimargo cf. janeiroensis (E. A. Smith, 1915) Eratoidea sp. Prunum fulminatum (Kiener, 1841) Prunum martini (Petit, 1853) Prunum rubens (Martens, 1881) Prunum sp. Volvarina spp. Volvarina pontesi Rios & Leal, 1993 CYSTICIDAE Stimpson, 1865 Persicula cf. sagitatta (Hinds, 1844) Persicula sp. Granulina cf. clandestinella Bavay, 1908 MITRIDAE Swainson, 1831 Cancilla larranagai (Carcelles, 1947) OLIVIDAE Latreille, 1825 Eburna dimidiata (Sowerby, 1850) Olivella spp.

VOLUTIDAE Rafinesque, 1815 Nanomelon viperinum Leal & Bouchet, 1989 Minicymbiola corderoi (Carcelles, 1953) CANCELLARIIDAE Forbes & Hanley, 1853 Axelella brasiliensis Verhecken, 1991 CONIDAE Rafinesque, 1815 Conus villepinii Fischer & Bernardi, 1857 Conus mazei Deshayes, 1874 TURRIDAE Swainson, 1840 Brachytoma rioensis (E. A. Smith, 1915) Drilliola loprestiana (Calcara, 1841) Leptadrillia cookei (E. A. Smith, 1915) Leptadrillia spp. Spirotropis spp. Spirotropis stirophora (Watson, 1881) Sediliopsis riosi Tippett, 1995 Gemmula spp. Cochlespira elongata Simone, 1999 Ancistrosyrinx cf. clytotropis (Sykes, 1906) Fusiturricula maesae Rios, 1985 Fusiturricula spp. Stenodrillia horrenda (Watson, 1886) Carinodrillia braziliensis (E. A. Smith, 1915) Lioglyphostoma hendersoni (Batsch, 1934) Cordieria sp. Taranis malmii (Dall, 1889) Mitrolumna biplicata (Dall, 1889) Mitrolumna sp. Glyphostoma epicasta Bartsch, 1934 Nannodiella vespuciana (d’Orbigny, 1842) Benthomangelia sp. Ithycythara cymella (Dall, 1889) Ithycythara spp. Kurtziella serga (Dall, 1881) Daphnella corbicula Dall,1889 Daphnella cf. eugrammata Dall, 1902 Daphnella cf. retifera Dall, 1889 Daphnella spp. Eubela limacina (Dall, 1881) Pleurotomella aguayoi (Carcelles, 1953) Pleurotomella benedicti Verrill & Smith in Verrill, 1884 Pleurotomella bureaui (Dautzenberg & Fischer, 1897) Pleurotomella gibbera (Jeffreys ms) Bouchet & Warén, 1980 Pleurotomella spp. Pleurotomella cf. demosia Neopleurotomoides callembryon (Dautzenberg & Fischer, 1896) Gymnobela extensa Dall, 1881 Gymnobela sp. Gymnobela blakeana Dall, 1881 Rimosodaphnella morra (Dall, 1881) TEREBRIDAE Mörch,1852 Terebra crassireticula Simone, 1999

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Comentários Gerais No âmbito do Programa Revizee, Score Sul, foram analisadas amostras bentônicas provenientes de 48 estações de coleta, para a identificação de moluscos gastrópodes da costa do Estado de São Paulo. Foram consideradas para o presente inventário, as amostragens em conjunto para cada estação, dos diferentes aparelhos de coleta (pegador de fundo do tipo “van Veen”, “Box-corer” e draga). Até o presente, apenas os moluscos prosobrânquios foram analisados e identificados. Este inventário tem um caráter ilustrativo da diversidade de gastrópodes prosobrânquios, e representa uma tentativa de referência para espécies que potencialmente ocorram em outras áreas da costa brasileira, submetidas igualmente a esforços descritivos através do Programa Revizee. Foram identificadas 104 espécies, em um total de 3.441 indivíduos, e outras 138 morfo-espécies, em 6.038 conchas. Em número de espécies ou morfo-espécies, destaca-se fortemente a família Turridae, seguida de Epitoniidae, Eulimidae, Trochidae, Marginellidae e Muricidae. Em número de espécimes, as maiores abundâncias foram observadas para Barleeidae, Olividae, Seguenziidae, Trochidae e Turridae. Entre as espécies identificadas, as maiores abundâncias foram registradas para Seguenzia hapala, Amphissa cancellata, Brookula conica, Kurtziella serga, Drilliola loprestiana e Solariella lubrica. Os maiores valores de freqüência de ocorrência foram registrados para Kurtziella serga, Drilliola loprestiana, Siphonochelus riosi, Amphissa cancellata e Rimosodaphnella morra. O grande número de espécies não identificadas em nível específico resulta, em parte, do fato de que grande parcela do material analisado deve constituir-se de espécies novas para a ciência, requerendo um maior esforço de análise, o que envolve um maior número de especialistas no grupo. Estudos mais aprofundados devem relevar algumas dezenas de novas espécies. Entre as espécies descritas para regiões de plataforma externa e talude da costa brasileira nos últimos 20 anos, praticamente todas foram registradas, revelando até freqüências de ocorrência e abundâncias elevadas (p.ex. Volvarina pontesi, Axellela brasiliensis e Terebra crassireticula). Algumas espécies descritas por R. B. Watson, coletadas pela histórica expedição “Challenger” e por W. H. Dall, coletadas pelas expedições “Blake” e “Albatross”, são repostadas pela primeira vez para o litoral sudeste brasileiro, ou mesmo para o Atlântico Sul. A ocorrência da família Haloceratidae, restrita a regiões profundas, é assinalada pela primeira vez para o Atlântico Sul. Nenhuma espécie coletada apresentou valores de biomassa que indicassem uma possível exploração econômica para o grupo. As análises relacionadas à composição das associações de espécies e sua distribuição, indicam tendências relacionadas à batimetria associada à composição e granulometria do substrato (Miyaji, 2001).

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Registro de Ocorrência por Táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Fissurellidae Cranopsis billsae Cranopsis granulata Emarginula sp. Scissurellidae Anatoma spp. Sinezona brasiliensis Haliotidae Haliotis aurantium Trochidae Tegula sp. Euchelus hummelincki Dentistyla cf. dentifera

Total de inds. 18 48

6672(1); 6673(1); 6676(2); 6681(2); 6686(2); 6699(10) 6661(9); 6665(25); 6666(2); 6676(1); 6681(1); 6686(1); 6699(9);

47

6653(5); 6666(26); 6672(6); 6676(8); 6677(1); 6694(1);

9

6666(9);

7 11

6653(5); 6666(1); 6676(1); 6678(1); 6699(9); 6703(1);

81 50

6666(3); 6672(2); 6676(55); 6677(6); 6678(13); 6686(2); 6652(8); 6661(3); 6662(1); 6665(3); 6666(7); 6671(2); 6672(1); 6673(8); 6674(2); 6676(4); 6677(4); 6681(5); 6693(1); 6695(1); 6666(3); 6672(3); 6673(2); 6676(64); 6677(6); 6678(5); 6680(1); 6695(1); 6652(1); 6653(9); 6660(1); 6662(146); 6664(4); 6666(53); 6668(3); 6669(22); 6671(2); 6677(1); 6681(1); 6651(5); 6652(1); 6660(1); 6662(2); 6676(1); 6675(1); 6658(6);

Mirachelus clinocnemus

85

Brookula conica

243

Brookula pfefferi Brookula spinulata Calliostoma rota Calliostoma dnopherum Solariella carvalhoi Solariella lubrica

10 1 6 55 137

Halistylus columna Seguenziidae

18 303

Seguenzia hapala

336

Ancistrobasis sp. Skeneidae

32

Parviturbo weberi Parviturbo sp. Turbinidae Arene bairdii

66

Arene variabilis Arene tricarinata Homalopoma linnei

7 8 82

Gabrielona sulcifera Turritellidae

6 24

Turritella hookeri

62

Turritellopsis cf. marplatensis Turritellopsis spp. Triphoridae

30

Inella sp. Metaxia sp. Cerithiopsidae

115

Seila adamsi

Estações de coleta (nº de indivíduos)

36

1

6658(51); 6699(1); 6706(3); 6651(39); 6652(14); 6660(28); 6665(1); 6671(37); 6680(9); 6685(7); 6694(1); 6698(1); 6656(15); 6658(1); 6695(1); 6699(1); 6646(2); 6666(17); 6672(18); 6673(8); 6676(201); 6677(16); 6678(25); 6681(5); 6686(3); 6695(2); 6699(6); 6651(71); 6652(123); 6653(31); 6660(9); 6662(1); 6666(7); 6671(2); 6672(17); 6673(42); 6674(1); 6676(12); 6677(2); 6681(5); 6698(4); 6699(5); 6705(1); 6706(3); 6666(2); 6672(3); 6676(12); 6677(7); 6678(6); 6681(1); 6686(1); 6672(1); 6676(23); 6677(3); 6678(8); 6699(1);

6666(14); 6672(17); 6673(1); 6674(2); 6676(20); 6677(5); 6678(5); 6681(2); 6673(1); 6677(2); 6678(4); 6699(8); 6646(1); 6666(19); 6672(15); 6673(6); 6676(27); 6677(3); 6678(4); 6681(4); 6686(2); 6699(1); 6673(2); 6676(2); 6681(2); 6652(4); 6656(1); 6660(1); 6662(3); 6665(1); 6669(1); 6671(1); 6672(2); 6674(1); 6680(5); 6681(1); 6699(1); 6703(2); 6656(12); 6657(34); 6658(4); 6669(4); 6674(1); 6678(4); 6699(3);

6658(4); 6662(4); 6665(1); 6666(4); 6669(3); 6676(10); 6678(3); 6699(1);

6652(1); 6662(61); 6666(22); 6676(16); 6677(4); 6678(6); 6681(3); 6686(1); 6695(1); 6658(1);

Cont.

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Táxons Epitoniidae Epitonium sp. Epitonium candeanum Epitonium novangliae

Total de inds. 15 31 28

Epitonium celesti Epitonium fractum

1 39

Epitonium multistriatum Epitonium tenuistriatum Epitonium polacia Depressiscala nitidella Depressiscala nautlae Cylindriscala cf. andrewsi Opalia spp. Opalia cf. pumilio Opalia cf. morchiana Opalia eolis Opalia abbotti

2 7 14 1 5

Eccliseogyra cf. sericea Opaliopsis cf. atlantis Opaliopsis sp. Narrimania azelotes Narrimania cf. concinna Eulimidae

Niso aeglees Eulima spp. Rissoidae

6652(6); 6676(3); 6678(1); 6680(3); 6703(1); 6705(1); 6651(1); 6652(16); 6671(3); 6680(4); 6685(5); 6706(2); 6655(1); 6656(4); 6657(6); 6658(12); 6660(1); 6668(2); 6698(1); 6706(1); 6685(1); 6651(2); 6652(7); 6653(3); 6657(1); 6660(1); 6662(5); 6665(2); 6668(1); 6669(2); 6674(1); 6680(6); 6681(1); 6685(1); 6694(1); 6695(2); 6705(1); 6706(2); 6658(1); 6660(1); 6655(1); 6657(2); 6658(3); 6678(1); 6665(1); 6677(1); 6680(1); 6685(11); 6658(1); 6652(1); 6658(2); 6680(1); 6695(1);

9 9

6653(2); 6661(1); 6676(3); 6677(1); 6680(2); 6652(1); 6653(1); 6660(1); 6662(1); 6665(1); 6666(1); 6676(2); 6698(1);

3

6653(1); 6660(1); 6680(1)

224

8 315

Alvania spp. Alvania valeriae Alvania faberi Benthonellania xantias Assimineidae Assiminea succinea

237

Barleeidae

779

Caecidae Caecum eliezeri Vitrinellidae

1 53

Pseudorotella incertum Tornidae Macromphalina sp. Vanikoridae Calyptraeidae Calyptraea centralis Crepidula aculeata Haloceratidae Haloceras trichotropoides Capulidae Capulus sp.

Estações de coleta (nº de indivíduos)

10 1 8

6651(1); 6652(27); 6653(30); 6656(2); 6660(1); 6661(1); 6662(17); 6664(1); 6666(24); 6669(4); 6671(2); 6672(5); 6673(4); 6674(1); 6676(19); 6677(13); 6678(12); 6680(4); 6681(6); 6685(5); 6686(2); 6695(13); 6696(1); 6698(1); 6699(8); 6700(1); 6703(3); 6704(2); 6706(4) 6652(1); 6653(1); 6673(1); 6676(2); 6680(1); 6699(2) 6646(6); 6652(107); 6653(7); 6657(13); 6658(1); 6662(16); 6669(35); 6671(9); 6672(1); 6673(10); 6674(2); 6676(33); 6677(14); 6678(29); 6680(25); 6681(3); 6695(2); 6699(1); 6707(1) 6662(2); 6676(5); 6678(1); 6699(2) 6676(1) 6644(2); 6651(2); 6660(3); 6703(1) 6662(78); 6666(31); 6673(1); 6676(68); 6677(43); 6678(3); 6681(11); 6699(2) 6651(11); 6652(347); 6653(15); 6660(2); 6662(30); 6666(55); 6669(107); 6672(16); 6673(14); 6674(39); 6676(21); 6677(39); 6678(48); 6680(10); 6681(13); 6699(6); 6706(6)

28 2

6676(1) 6652(1); 6653(2); 6662(3); 6666(17); 6676(16); 6677(8); 6681(1); 6686(2); 6695(2); 6699(1) 6657(3); 6658(1); 6668(3); 6669(14); 6678(2); 6695(2); 6699(3) 6662(1); 6666(1)

20 46

6656(1); 6658(19) 6658(46)

7

6666(2); 6676(1); 6678(1); 6681(1); 6686(1); 6699(1)

Cont.

53

Táxons Triviidae Trivia candidula Ovulidae Cyphoma intermedium Simnia acicularis Naticidae

Polinices lacteus Natica sp. Bursidae Bursa ranelloides tenuisculpta Muricidae Siratus tenuivaricosus Trachypollia sp. Orania grayi Typhis belcheri Siphonochelus riosi

Total de inds. 17

6662(1); 6665(1); 6666(1); 6669(1); 6672(1); 6674(1); 6676(7); 6678(1); 6680(3)

1 1 577

32

6674(1) 6666(1) 6651(6); 6652(26); 6655(3); 6656(123); 6657(50); 6658(57); 6662(29); 6666(7); 6668(10); 6669(104); 6671(14); 6672(7); 6673(8); 6674(12); 6676(7); 6677(3); 6678(57); 6680(19); 6681(4); 6686(3); 6694(6); 6695(6); 6698(2); 6699(1); 6700(4); 6703(1); 6705(2); 6706(6) 6658(32)

11 7 8

6665(9); 6680(1); 6699(1) 6656(1); 6658(5); 6666(1) 6658(8)

5 1 107

Stramonita sp. Coronium coronatum Coralliophilidae Coralliophila cf. squamosa Babelomurex dalli Fasciolariidae Fusinus frengueli Buccinidae

9 16

Belomitra pourtalesii Nassariidae

1 818

Nassarius spp. Columbellidae

208

Aesopus stearnsii Aesopus obesus Amphissa acuminata Amphissa cancellata

6 3 2 261

Amphissa sp. Astyris sp. Parvanachis cf. obesa Metula agassizi Costelariidae Vexillum sp. Nodicostellaria crassa Thala crassa Marginellidae

Dentimargo cf. janeiroensis

Estações de coleta (nº de indivíduos)

6661(1); 6672(1); 6674(1); 6676(1); 6699(1) 6658(1) 6652(6); 6653(1); 6658(1); 6661(47); 6662(3); 6665(4); 6666(1); 6669(1); 6671(2); 6672(1); 6673(3); 6674(5); 6677(1); 6678(4); 6680(5); 6681(1); 6684(1); 6693(10); 6694(4); 6699(4); 6700(2)

7

6661(1); 6680(5); 6684(1)

4 8

6666(1); 66673(2); 6686(1) 6661(4); 6665(1); 6669(1); 6671(1); 6683(1)

4 10 17 514

6653(1); 6657(2); 6661(1); 6662(2); 6669(1); 6674(2) 6650(1); 6661(2); 6672(1); 6673(2); 6678(4); 6684(2); 6686(1); 6693(3) 6705(1) 6651(11); 6652(156); 6653(3); 6655(7); 6656(129); 6657(73); 6658(198); 6662(20); 6665(5); 6666(4); 6671(27); 6672(6); 6673(9); 6674(3); 6676(35); 6677(5); 6678(2); 6680(69); 6694(7); 6695(6); 6696(2); 6699(22); 6703(1); 6706(7); 6707(1) 6646(2); 6651(6); 6653(1); 6656(2); 6657(3); 6658(29); 6660(3); 6661(1); 6662(17); 6665(1); 6666(1); 6668(1); 6669(2); 6671(20); 6674(2); 6678(1); 6680(19); 6685(2); 6693(3); 6694(13); 6698(3); 6699(55); 6703(21) 6662(1); 6678(2); 6699(3) 6699(3) 6669(1); 6695(1) 6651(1); 6652(110); 6661(3); 6662(8); 6665(2); 6666(4); 6669(18); 6673(6); 6674(5); 6676(57); 6677(12); 6678(11); 6680(5); 6681(4); 6686(2); 6695(3); 6698(1); 6699(1); 6703(1); 6706(7)

6660(1); 6680(2); 6685(1) 6674(1); 6676(9)

6651(4); 6652(1); 6653(2); 6658(4); 6671(4); 6694(1); 6698(1) 6651(18); 6652(35); 6658(11); 6660(9); 6661(2); 6662(30); 6666(17); 6669(19); 6671(1); 6672(3); 6673(9); 6674(20); 6676(118); 6677(38); 6678(98); 6680(33); 6681(10); 6684(2); 6685(9); 6686(1); 6693(3); 6694(2); 6695(5); 6698(1); 6699(5); 6700(3); 6703(1); 6704(2); 6705(3); 6706(6)

Cont.

54

Táxons Eratoidea sp. Prunum fulminatum Prunum martini Prunum rubens Prunum sp. Volvarina spp. Volvarina pontesi Cysticidae Persicula cf. sagitatta Persicula sp. Granulina cf. clandestinella Mitridae Cancilla larranagai Olividae

Eburna dimidiata Olivella spp. Volutidae Nanomelon viperinum Minicymbiola corderoi Cancellariidae Axelella brasiliensis Conidae Conus villepinii Conus mazei Turridae

Total de inds.

Estações de coleta (nº de indivíduos)

3 2 10

6661(1); 6666(1); 6686(1) 6674(1); 6678(1) 6652(1); 6655(1); 6665(6); 6671(1); 6680(1)

34

6651(2); 6671(3); 6684(4); 6693(12); 6694(1); 6696(1); 6702(2); 6703(6); 6705(3)

4 975

28

6661(2); 6669(2) 6644(3); 6651(52); 6652(368); 6655(16); 6656(36); 6657(13); 6658(54); 6660(7); 6661(5); 6662(25); 6665(9); 6666(23); 6669(36); 6671(9); 6672(4); 6673(28); 6674(25); 6676(36); 6677(42); 6678(9); 6680(80); 6681(5); 6685(1); 6686(6); 6693(7); 6694(1); 6695(3); 6696(4); 6698(1); 6700(8); 6703(4); 6704(26); 6706(28); 6707(1) 6658(19); 6661(1); 6666(1); 6669(1); 6674(3); 6678(3)

3 7 61 104

6684(3) 6652(3); 6664(1); 6671(2); 6694(1) 6651(2); 6652(54); 6660(1); 6669(3); 6680(1) 6652(90); 6660(6); 6680(7); 6698(1)

21 3 555

6652(1); 6665(18); 6671(1); 6699(1) 6665(1); 6699(2) 6650(1); 6651(15); 6652(37); 6653(10); 6656(18); 6657(22); 6658(157); 6660(2); 6661(15); 6662(3); 6665(11); 6666(17); 6667(3); 6669(23); 6671(14); 6672(12); 6673(10); 6674(6); 6675(1); 6676(36); 6677(4); 6678(44); 6680(20); 6681(5); 6684(2); 6685(5); 6686(12); 6693(14); 6695(11); 6696(1); 6698(1); 6699(13); 6700(1); 6703(7); 6705(1); 6706(1) 6656(1); 6658(2); 6662(1); 6666(2); 6669(1); 6672(1); 6686(2) 6646(2); 6651(1); 6652(4); 6653(1); 6656(4); 6657(1); 6660(2); 6661(5); 6662(13); 6664(1); 6665(1); 6666(7); 6669(23); 6672(2); 6673(15); 6674(11); 6676(20); 6677(6); 6678(18); 6680(5); 6685(3); 6686(4); 6695(11); 6699(9); 6706(1) 6652(4); 6660(1); 6662(2); 6669(2); 6671(3); 6680(4); 6694(2); 6695(1); 6699(1); 6703(4)

Brachytoma rioensis Drilliola loprestiana

10 170

Leptadrillia cookei

24

Leptadrillia spp. Spirotropis spp. Spirotropis stirophora Sediliopsis riosi

8 18

6652(5); 6658(1); 6692(1); 6696(1) 6652(3); 6660(2); 6661(6); 6665(1); 6666(1); 6680(1); 6685(1); 6694(2); 6703(1)

14

6652(1); 6662(1); 6671(1); 6680(7); 6686(1); 6693(2); 6699(1)

Gemmula spp. Cochlespira elongata Cochlespira sp. Ancistrosyrinx cf. clytotropis Fusiturricula maesae Fusiturricula spp. Stenodrillia horrenda Carinodrillia braziliensis Lioglyphostoma hendersoni Cordieria sp. Taranis malmii Mitrolumna biplicata Mitrolumna sp.

5

6652(3); 6653(2)

1 14 6

6699(1) 6652(1); 6656(1); 6657(2); 6658(7); 6661(3) 6680(4); 6699(1); 6706(1)

9 44

6644(3); 6651(2); 6675(1); 6703(1); 6705(2) 6652(4); 6653(2); 6657(10); 6662(7); 6668(2); 6669(7); 6673(1); 6676(3); 6678(1); 6680(1); 6695(1); 6699(3); 6703(1); 6706(1)

Cont.

55

Táxons Glyphostoma epicasta Nannodiella vespuciana Benthomangelia sp. Ithycythara cymella Ithycythara spp. Kurtziella serga

Daphnella corbicula Daphnella cf. eugrammata Daphnella cf. retifera Daphnella spp. Eubela limacina Pleurotomella aguayoi Pleurotomella benedicti Pleurotomella bureaui Pleurotomella gibbera Pleurotomella spp. Pleurotomella cf. demosia Neopleurotomoides callembryon Gymnobela extensa Gymnobela sp. Gymnobela blakeana Rimosodaphnella morra

Total de inds. 1 63

17 179

4

1 3 5 1 12 1 6 6 76

Terebridae Terebra crassireticula

101

Total

9101

Estações de coleta (nº de indivíduos) 6699(1) 6652(8); 6653(1); 6657(1); 6658(16); 6662(1); 6669(1); 6674(1); 6680(2); 6685(2); 6695(12); 6696(1); 6699(14); 6706(3) 6652(4); 6671(2); 6680(11) 6646(1); 6651(3); 6652(15); 6653(8); 6660(4); 6661(1); 6662(2); 6665(4); 6666(2); 6669(7); 6671(4); 6672(3); 6673(10); 6674(1); 6676(3); 6677(1); 6678(5); 6680(6); 6681(3); 6685(8); 6686(1); 6695(30); 6698(4); 6699(41); 6703(5); 6706(7) 6672(1); 6673(1); 6676(1); 6699(1)

6650(1) 6658(3) 6665(1); 6671(1); 6684(1); 6693(2) 6680(1) 6651(1); 6652(3); 6660(3); 6665(3); 6676(1); 6699(1)

6665(1) 6644(1); 6652(1); 6684(1); 6703(3) 6651(1); 6652(4); 6660(1) 6652(5); 6653(8); 6657(1); 6658(8); 6660(1); 6661(3); 6662(1); 6666(3); 6669(6); 6671(1); 6672(1); 6673(3); 6674(2); 6677(1); 6678(11); 6680(3); 6686(1); 6695(9); 6699(8) 6651(40); 6652(16); 6660(6); 6662(3); 6671(20); 6680(7); 6685(4); 6694(3); 6705(1); 6706(1)

Referências Bibliográficas MIYAJI, C. 2001. Gastrópodes prosobrânquios da plataforma continental externa e talude superior da costa sudeste brasileira. Tese de doutorado. Departamento de Oceanografia Biológica, Instituto Oceanográfico da USP, São Paulo. 128p.

56

CLASSE BIVALVIA Baía de Ilha Grande à Paranaguá

ELIANE P. ARRUDA; MÔNICA P. QUAST; MARIA ANGÉLICA O. GONÇALVES; ALINE A. ARAUJO & A. CECÍLIA Z. AMARAL

Limopsis davinae Esteves, 1984 Escala: 1 mm Foto: M.P.QUAST

Nothria sp.

Características Embora apresentem grande diversidade de formas e hábitos, o padrão básico da Classe Bivalvia é inconfundível. São moluscos bilateralmente simétricos e lateralmente comprimidos, com um manto envolvendo o corpo e secretando uma concha externa (com poucas exceções). Esta é constituída por duas metades, as valvas, que em geral são iguais. Em algumas espécies a simetria bilateral foi perdida devido, principalmente, à cimentação de uma das valvas no substrato, resultando em valvas de tamanhos e convexidade diferentes. As valvas (exceto em gêneros aberrantes) são unidas dorsalmente por uma estrutura elástica e parcialmente calcificada (ligamento), que age como uma mola forçando a abertura da concha. De forma antagônica, a concha é fechada pela ação de músculos (músculos adutores) em número de um ou dois, que estão presos na face interna das valvas. O corpo é envolvido pelo manto que consiste de dois lobos, unidos dorsalmente, mas com as demais margens completamente livres ou unidas em pontos determinados. Ventralmente, o manto envolve um espaço relativamente largo, conhecido como cavidade do manto. A cabeça é rudimentar, sem tentáculos, massa bucal, rádula, mandíbulas ou faringe. Os órgãos sensoriais cefálicos, encontrados em outros moluscos, estão ausentes nos bivalves. No entanto, algumas espécies apresentam órgãos com funções similares localizados no manto e no pé, como olhos vestigiais, ocelos, osfrádio (quimiorreceptor) e estatocistos (órgão de orientação). A boca e o ânus estão em posições opostas do corpo e determinam o lado anterior e posterior do corpo. A boca está localizada entre dois pares de estruturas ciliadas, conhecidas como palpos labiais, que auxiliam na condução do alimento 57

até a boca. O pé, presente na maioria dos bivalves, é um órgão extensível que auxilia na escavação. A maioria dos bivalves possui um par de brânquias, responsáveis pelas trocas gasosas e, nos filtradores, pela captura e transporte de partículas da corrente de água, utilizadas como alimento. Segundo Rios (1994), são registradas para o Brasil 390 espécies de bivalves, o que corresponde a 24,8% das espécies de moluscos do país. Simone (1999) estima a existência de 1000 espécies, das quais 300 ocorreriam no Estado de São Paulo. Os bivalves ocorrem em ambientes marinhos e dulciaquícolas, ocupando diferentes tipos de substrato, areia, rocha, corais, podendo ser infaunais ou epifaunais, sésseis (presos pelo bisso ou cimentados) ou de vida livre, além de existir espécies perfuradoras de madeira e corais. Poucas espécies de bivalves são comensais, usualmente com equinodermos cavadores como ouriços, pepinos do mar e ofiuróides, além de crustáceos cavadores, semelhantes a camarões. Os únicos bivalves parasitas conhecidos são do gênero Entovalva (Família Lasaeidae). De acordo com Russel-Hunter (1983) os moluscos são de importância ecológica considerável devido a biomassa de suas espécies dominarem os níveis tróficos inferiores de muitos ecossistemas marinhos, atraindo carnívoros como peixes, aves e outros invertebrados. Muitas espécies de bivalves são particularmente importantes para alimentação humana, sendo muitas vezes cultivados. Países como Japão, Coréia e Chile estão entre os maiores produtores de mexilhões (Mytilidae), ostras (Ostreidae) e vieiras (Pectinidae). O Estado de Santa Catarina é o maior produtor de mexilhões no Brasil, mas ainda representa pouco em comparação a outros produtores mundiais (www.mercadodapesca.com.br). Informações sobre a classe: Coan, et al., 2000; Quast, 2003. Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-3, em ordem filogenética (modificada de Coan, et al., 2000). SUBCLASSE PROTOBRANCHIA ORDEM SOLEMYOIDA SUPERFAMILIA SOLEMYOIDEA SOLEMYIDAE Gray, 1840 SUPERFAMILIA NUCINELLOIDEA NUCINELLIDAE Wood, 1851 ORDEM NUCULOIDA SUPERFAMÍLIA NUCULOIDEA NUCULIDAE Gray, 1824 SUPERFAMÍLIA NUCULONOIDEA NUCULANIDAE Adams & Adams, 1858 SUBCLASSE PTERIOMORPHA ORDEM ARCOIDA SUPERFAMÍLIA ARCOIDEA ARCIDAE Lamarck, 1809 Bathyarca pectunculoides (Scacchi, 1834) SUPERFAMÍLIA LIMOPSOIDEA LIMOPSIDAE Dall, 1895 Limopsis aurita (Brocchi, 1814) Limopsis davinae Esteves, 1894 Limopsis minuta (Philippi, 1836) SUPERFAMÍLIA GLYCYMERIDOIDEA

GLYCYMERIDIDAE Newton, 1822 Gycymeris pectinata (Gmelin, 1791) SUBCLASSE HETERODONTA ORDEM VENEROIDA SUPERFAMÍLIA LUCINOIDEA LUCINIDAE Fleming, 1828 Mrytea leans (Verril & Smith, 1880) THYSARIDAE Dall, 1901 UNGULINIDAE Adams & Adams, 1857 SUPERFAMÍLIA CARDITOIDEA CARDITIDAE Fleming, 1820 Cyclocardia moniliata (Dall, 1902) Cyclocardia sp. 1 Carditamera sp. 1 Carditamera sp. 2 SUPERFAMÍLIA CRASSATELLOIDEA CRASSATELIDAE Ferussac, 1822 SUPERFAMÍLIA CARDIOIDEA CARDIIDAE Lamarck, 1809 Trachycardium muricatum (Linnaeus, 1758) SUPERFAMÍLIA TELLINOIDEA

58

TELLINIDAE Blainville, 1814 SEMELIDAE Stoliczka, 1870 Abra brasiliana E. A. Smith, 1885 Abra sp. 1 SUPERFAMÍLIA PHILOBRYOIDEA PHILOBRYIDAE Bernard, 1897 Cosa brasiliensis Klappenbach, 1966 ORDEM MYTILOIDA SUPERFAMÍLIA MYTILOIDEA MYTILIDAE Rafinesque, 1815 ORDEM PTERIOIDA SUPERFAMÍLIA PTERIOIDEA MALLEIDAE Lamarck, 1819

ORDEM LIMOIDA SUPERFAMÍLIA LIMOIDEA LIMIDAE Rafinesque, 1815 ORDEM OSTREOIDA SUPERFAMÍLIA PECTINOIDEA PECTINIDAE Rafinesque, 1815 Leptopecten ? PROPEAMUSSIIDAE Abbott, 1954 Cyclopecten nanus Verril & Busch, 1897 Cyclopecten subimbrifer Verril & Busch, 1897 Parvamussium pourtalesianum (Dall, 1886) Parvamussium sp. 1

Comentários Gerais Em águas mais profundas, os bivalves estão bem representados em abundância e número de espécies. Knudsen (1970) estima, por exemplo, que existam 312 espécies abissais e hadais e Allen (1983) estima cerca de 400. A maioria dos bivalves de águas profundas são depositívoros da Sub-Classe Paleotaxodonta e os supensívoros Heterodonta. Algumas espécies são carnívoras e predadoras e pertencem em sua maioria a Sub-Classe Anomalodesmata. Os Pteriomorpha são relativamente menos representados. Foram identificados um total de 50 táxons de bivalves, entre estes 31 famílias e 19 espécies, coletados na região entre a Baía de Ilha Grande (RJ) e a Baía de Paranaguá (PR). Das espécies identificadas, até o momento, Bathyarca pectunculoides e Cyclopecten subimbrifer, são consideradas ocorrências novas para a costa brasileira. As famílias mais abundantes foram Corbulidae (829 indivíduos), Nuculanidae (485), Semelidae (399), Crassatelidae (318) e Ungulinidae (301), que representam 72,98% dos indivíduos coletados. Estes dados diferem um pouco dos apresentados por Knudsen (1970), que estudou os bivalves abissais de várias regiões do mundo. Segundo o autor as famílias Nuculanidae, Malletiidae, Cuspidariidae, Pectinidae, Verticordiidae, Nuculidae e Poromyidae são as mais abundantes e ricas em regiões profundas. Dos bivalves coletados no Programa REVIZEE ao largo do Estado de São Paulo, destacam-se famílias da Ordem Veneroida como Corbulidae, Semelidae e Crassatelidae. Entre as famílias identificadas muitas possuem importância econômica e médica. Estudos estão sendo realizados com espécies das famílias Arcidae, Glycymerididae, Malleidae, Mytilidae Pectinidae e Veneridae para extração de produtos naturais que auxiliem no combate a células cancerígenas (http://dtp.nci.nih.gov/docs/cancer/natural_products/by_phylum/mollusca. html). Das 31 famílias identificadas, 10 foram analisadas em nível específico, e observa-se que algumas estão bem representadas em número de indivíduos, mas com poucas espécies. Na família Semelidae, por exemplo, foram identificadas apenas dois morfotipos, Abra brasiliana (7 indivíduos) e Abra sp. A (392). Dentre as espécies de Semelidae, as do gênero Abra parecem ser as mais adaptadas a regiões profundas (Glémarec, 1964; Knudsen, 1970; Rios, 1994). Allen & Sanders (1966) estudando as adaptações de Abra profundorum à vida abissal, observaram que espécies que ocorrem em grandes profundidades possuem brânquias reduzidas, que atuam essencialmente no transporte de partículas do sifão para os palpos labiais. Estes, por sua vez, são grandes e provavelmente esta é uma compensação para perda de superfície ciliada da brânquia. O intestino também é maior e armazena grande quantidade de pelotas fecais, possivelmente para garantir uma maior absorção de nutrientes, em um ambiente com pouca quantidade de matéria orgânica. 59

Em relação aos Pteriomorpha, apesar de pouco representados, alguns dos táxons encontrados são típicos de águas profundas, como o gênero Bathyarca e as famílias Limopsidae e Propeamussiidae. O gênero Bathyarca parece ter evoluído recentemente, adaptando-se a este ambiente ao qual é restrito. Os membros desse gênero apresentam um par de extensões na região posterior da borda do manto. O estudo de Morton (1982) com Bathyarca pectunculoides mostrou que estas expansões funcionam como sifões rudimentares, possibilitando que o animal tenha acesso à água acima do sedimento, mesmo que esteja parcialmente enterrado. Também permitem que as brânquias se estendam além dos limites da cavidade palial, o que faz com que sejam relativamente grandes. A família Limopsidae aparentemente é a única da superfamília Limopsacea (que inclui ainda Glycymerididae e Philobryiidae) com representantes genuinamente de águas profundas. Oliver & Allen (1980) estudaram o comportamento de Limopsis aurita em laboratório e verificaram que a espécie é capaz de sobreviver em diferentes tipos de substrato. Essa ampla tolerância é incomum, sendo atribuída pelos autores ao comportamento do animal e aos pêlos do perióstraco, que evitam a entrada de grandes quantidades de partículas. Algumas estações foram particularmente abundantes, tais como: 6653 (705 indivíduos), 6657 (355) e 6654 (384), nas quais famílias como Corbulidae, Ungulinidae e Crassatelidae ocorreram em grande número. Com relação a batimetria, cerca de 60,46% dos bivalves foram coletados entre 101-200m de profundidade, 27,82% em profundidades < 100m, 8,73% entre 201-300m e 2,97% em profundidades > 301m. A maior profundidade registrada para os bivalves foi na amostra 6679, com 808 m, no qual foram identificadas as espécies Bathyarca pectunculoides, Limopsis minuta, Cyclopecten subimbrifer e Abra brasiliana, além de bivalves septibrânquios. Este grupo de bivalves, dos quais fazem parte as famílias Poromyidae, Cuspidariidae e Verticordiidae, é carnívoro ou consumidor de detritos, e é mais comum em mar profundo, onde os bivalves filtradores predominam. Registro de Ocorrência por Táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta.

Solemyidae Nucinellidae Nuculidae

Total de inds. 3 1 14

Nuculanidae

486

Táxons

Arcidae Bathyarca pectunculoides Limopsidae Limopsis aurita Limopsis davinae Limopsis minuta Limopsidae (jovens) Limopsidae Glycymerididae Glycymeris pectinata

8 69 19 4 6 3 6

Estações de coleta (número de indivíduos) 6658 (3) 6671 (1) 6644 (3) 6658 (3) 6660 (1) 6661 (1) 6672 (1) 6678 (1) 6680 (1) 6684 (1) 6697 (1) 6705 (1) 6650 (1) 6651 (21) 6652 (96) 6653 (285) 6655 (1) 6658 (24) 6659 (1) 6661 (3) 6666 (8) 6667 (1) 6669 (1) 6671 (2) 6672(7) 6673 (13) 6674 (1) 6677 (10) 6678 (5) 6679 (1) 6681 (3) 6684 (1) 6703 (1) 6679 (8) 6661 (18) 6665 (48) 6673 (1) 6681 (1) 6686 (1) 6665 (1) 6666 (1) 6672 (1) 6676 (4) 6681 (3) 6686 (9) 6679 (3) 6684 (1) 6661 (5) 6676 (1) 6681 (3) 6676 (6)

Cont.

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Táxons Phylobryidae Cosa brasiliensis Mytilidae Malleidae Limidae Pectinidae Leptopecten ? Propeamussiidae Cyclopecten nanus Cyclopecten subimbrifer Parvamussium pourtalesianum Parvamussium sp. 1 Lucinidae Myrtea leans Thysaridae Ungulinidae Carditidae Cyclocardia moniliata Cyclocardia sp. 1 Carditamera sp. 1 Carditamera sp. 2 Crassatelidae

Total de inds. 4 30 1 14 1 6 25 67 10 19 2 4 1 301 7 75 2 3 318

Cardiidae Trachycardium muricatum Tellinidae Semelidae Abra brasiliana Abra sp. 1

7 391

Veneridae Corbulidae

7 829

Gastrochaenidae Pholadidae Thraciidae Periplomatidae Pandoridae Poromyidae

8 1 2 1 2 22

Cuspidariidae Verticordiidae Não identificado

8 14 225

Total

675

1 13

Estações de coleta (número de indivíduos) 6661 (2) 6664 (1) 6686 (1) 6653 (2) 6655 (2) 6658 (4) 6661 (3) 6665 (4) 6666 (2) 6672 (3) 6673 (2) 6677 (1) 6681 (7) 6665 (1) 6666 (4) 6672 (1) 6673 (2) 6676 (2) 6678 (1) 6681 (1) 6686 (3) 6658 (1) 6665 (1) 6674 (1) 6676 (3) 6678 (1) 6646 (1) 6661 (7) 6666 (2) 6673 (2) 6674 (1) 6676 (3) 6681 (9) 6661 (8) 6665 (34) 6672 (3) 6673 (1) 6676 (1) 6678 (2) 6679 (1) 6681 (17) 6661 (1) 6665 (1) 6673 (1) 6681 (2) 6693 (5) 6659 (1) 6679 (1) 6684 (17) 6658 (2) 6669 (1) 6683 (2) 6692 (1) 6666 (1) 6646 (1) 6653 (1) 6666 (1) 6669 (282) 6673 (14) 6678 (2) 6684 (7) 6644 (2) 6665 (19) 6666 (4) 6673 (43) 6674 (7) 6678 (2) 6657 (1) 6678 (2) 6646 (7) 6652 (1) 6653 (223) 6655 (1) 6658 (1) 6660 (1) 6660 (1) 6661 (10) 6665 (2) 6666 (10) 6671 (1) 6674 (29) 6676 (1) 6678 (4) 6681 (4) 6683 (1) 6686 (3) 6693 (4) 6698 (12) 6702 (1) 6704 (1) 6658 (1) 6658 (11) 6672 (2) 6679 (3) 6684 (5) 6646 (4) 6652 (2) 6661 (23) 6665 (7) 6666 (72) 6669 (3) 6671 (1) 6672 (11) 6673 (18) 6674 (12) 6676 (7) 6677 (2) 6678 (56) 6681 (78) 6683 (1) 6686 (30) 6695 (29) 6696 (4) 6698 (26) 6699 (4) 6703 (1) 6658 (6) 6681 (1) 6654 (384) 6655 (1) 6656 (21) 6657 (354) 6658 (51) 6672 (1) 6673 (1) 6674 (1) 6678 (11) 6681 (3) 6692 (1) 6658 (16) 6665 (1) 6646 (2) 6651 (1) 6658 (1) 6678 (1) 6656 (1) 6658 (1) 6659 (3) 6665 (1) 6666 (4) 6673 (1) 6674 (1) 6679 (4) 6684 (1) 6686 (1) 6693 (4) 6658 (1) 6661 (1) 6674 (1) 6679 (4) 6681 (1) 6646 (1) 6658 (2) 6661 (2) 6666 (2) 6672 (4) 6679 (2) 6693 (1) 6646 (22) 6653 (164) 6658 (5) 6661 (1) 6666 (3) 6669 (1) 6673 (2) 6675 (1) 6676 (4) 6678 (9) 6679 (2) 6681 (4) 6686 (2) 6698 (2) 6700 (2) 6703 (1) 6705 (1)

61

Referências Bibliográficas ABBOTT, R.T. 1974. American Seashells. 2a. ed., van Nostrand Reinhold Company, New York, 663p. ALLEN, J.A. 1983. The ecology of deep sea Molluscs. In: Russel-Hunter, W.D. (ed.), The Mollusca 6, Ecology, pp: 29-75. Academic Press, New York. ALLEN, J.A. & SANDERS, H.L. 1966. Adaptations to abyssal life as shown by the Bivalve Abra profundorum (Smith). Deep-Sea Research, 13: 1175-1184. COAN, E.V.; SCOTT, P.V. & BERNARD, F. 2000. Bivalve Seashells of Western North America. Marine Bivalves Mollusks from Arctic Alaska to Baja California. Santa Barbara Museum of Natural History, Santa Barbara, California, 764p. GLÉMAREC, M. 1964. Le genre Abra sur les côtes Atlantiques de Bretagne. Systématique et Écologie. J. Conchy., 104(57): 15-28. KNUDSEN J. 1970. The systematics and biology of abyssal and hadal bivalvia. Galathea Report 11: 241pp, 20pl. MORTON, B. 1982. The functional morphology of Bathyarca pectunculoides (Bivalvia: Arcacea) from a deep Norwegian fjord with a discussion of the mantle margin in the Arcoida. Sarsia, 67: 269-282. OLIVER, G. & ALLE, J.A. 1980. The functional and adaptative morphology of the deepsea species of the family Limopsidae (Bivalvia: Arcoida) from the Atlantic. Philosophical Transactions of the Royal Society of London, Series B, 291: 77-125. QUAST, M.P. 2003. Moluscos bivalves (Arcoida e Ostreoida) da Região Sudeste do Brasil. Dissertação de Mestrado, Instituto de Biologia, Unicamp. RIOS, E.B. 1994. Seashells of Brasil. Fundação Universidade do Rio Grande, Museu Oceanográfico, Rio Grande, 494p. RUSSEL-HUNTER, W.D. 1983. Overview: Planetary distribution of and ecological constraints upon the mollusca. Cap. 1. In: The Mollusca 6, Ecology pp: 1-27. Academic Press, New York. SALVADOR, L.B.; DOMANESCHI, O.; AMARAL, A.C.Z.; MORGADO, E.H. & HENRIQUES, S.A. 1998. Malacofauna da região entremarés de praias da Ilha de São Sebastião (São Paulo, Brasil). Revista Brasileira de Zoologia, 15(4): 1013-1035. SIMONE, L.R.L. 1999. Fillo Mollusca. In: Miggoto, A. E & Tiago, C. G. (eds.), Biodiversidade do Estado de São Paulo: síntese do conhecimento ao final do século XX, 3: Invertebrados Marinhos, pp: 129-136, FAPESP, São Paulo.

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CLASSES GASTROPODA & BIVALVIA - Rio Grande do Sul

INGA L. VEITENHEIMER MENDES; FÁBIO WIGGERS & DANIEL M. PIMPÃO

Turritella hookeeri Reeve,1849 Foto: F.WIGGERS

Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelo cruzeiro 9 em ordem sistemática segundo Rios (1994). GASTROPODA PROSOBRANCHIA Archeogastropoda COCCULINIDAE DALL, 1882 Cocculinidae sp. 1 TROCHIDAE Rafinesque, 1815 Brookula conica (Watson, 1886) Calliostoma echinatum Dall, 1881 Calliostoma jucundum (Gould, 1849) Halistylus colomna (Dall, 1890) Solariela carvalhoi Lopes & Cardoso,1958 TURBINIDAE Rafinesque, 1815 Arene microforis (Dall, 1889) HYDROBIIDAE Troschell, 1857 Heleobia australis (Orbigny, 1835) RISSOIDAE Gray, 1847 Alvania sp. BARLEEIDAE Gray, 1857 Barleeia rubrooperculata (Castellanos, 1972) CAECIDAE Gray, 1850

Caecum achinorum (Folin, 1867) Caecum massambabensis Absalão,1994 Caecum sp. VITRINELLIDAE Bush, 1897 Vitrinellidae sp. 1 TURRITELLIDAE Clarke-Woodward, 1851 Turritella hookeri Reeve, 1849 CALYPTRAEIDAE LAMARCK, 1809 Crepidula aculeata (Gmelin, 1791) Crepidula plana Say, 1822 ATLANTIDAE, Wiegmann & Ruthe, 1832 Atlanta peroni Lesueur, 1817 NATICIDAE Guilding, 1834 Natica aff. isabelliana Orbigny,1840 Natica pusilla Say, 1822 Natica sp. Polinices lacteus (Guilding, 1833) TONNIDAE Suter, 1913 Tonna sp. RANELLIDAE Gray,1854

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Cymathiun aff. parthenopeum (von Salis, 1793) CERITHIOSPIDAE H. & A. Adams, 1853 Cerithiopsis sp. TRIPHORIDAE GRAY, 1847 Triphora sp. EPITONIIDAE Berry, 1910 Epitonium aff. albidum (Orbigny, 1842) Epitonium unifasciatum (Sowerby, 1844) Epitonium tenuistriatum (Orbigny,1840) Cylindriscala andrewsii (Verril,1882) EULIMIDAE Philippi, 1853 Eulima mulata Rios & Absalão, 1990. Eulima aff. hypsela Verril & Bush, 1900 Melanella conoidea (Kurtz & Stimpson, 1851) Niso aeglees Bush, 1885 Neogastropoda MURICIDAE Rafinesque, 1815 Siphonochelus riosi (Bertsch & D’ Attilio, 1980) Trachypollia turricula. (Von Maltzan, 1884) CORALLIOPHILIDAE Chenu, 1859 Latiaxis dalli Emesron & D’Áttilio, 1965 COLUMBELLIDAE Swainson, 1840 Amphissa acuminata (E. A. Smith, 1915) Amphissa cancellata (Castellanos, 1979) Amphissa sp. Anachis sparsa (Reeve, 1859) NASSARIIDAE Iredale, 1916 Nassarius scissuratus (Dall, 1889) OLIVIDAE Latreille, 1825 Ancilla dimidiata (Sowerby, 1850) Olivella formicacorsii Klappenbach, 1962 Olivella orejasmirandai Klappenbach, 1986 MARGINELLIDAE Fleming, 1828 Dentimargo janeiroensis (E.A. Smith, 1915) Granulina ovuliformis (Orbigny, 1841) Prunum martini (Petit, 1853) MITRIDAE Swainson, 1831 Cancilla larranagai (Carcelles, 1947) CANCELLARIIDAE Forbes & Hanley, 1853 Axelella brasiliensis Verhecken, 1991 CONIDAE Rafinesque, 1815 Conus clerii Reeve, 1844 TURRIDAE Swainson, 1840 Brachytoma rioensis (E. A. Smith, 1915) Daphnella retifera Dall, 1889 Daphnella sp. Drilliola loprestiana (Calcara, 1841) Fusiturricula lavinoides limoensis (Olsson, 1922) Ithycythara lanceolata (C. B. Adams, 1850) Kurtziella serga (Dall, 1881) Mitrolumna biplicata (Dall, 1889) Nannodiella vespuciana (Orbigny, 1842) Pleurotomella aguayoi (Carcelles, 1953)

Pleurotomella cala (Watson, 1886) Veprecula morra (Dall, 1881) Spirotropis aff. lithocolleta (Watson, 1881) Spirotropis stirophora (Watson, 1881) Splendrillia carolinae (Bartsch, 1934) Stenodrillia goundlachi (Dall & Simpson,

1901) TEREBRIDAE Mörch,1852 Terebra brasiliensis E. A. Smith, 1873 HETEROBRANCHIA Heterostropha ARCHITECTONICIDAE Gray, 1840 Acutitectonica (?) Heliacus bisulcatus (Orbigny, 1842) Pseudomalaxis nobilis (Verril, 1885) MATHILDIDAE Dall, 1889 Mathilda aff. scitula Dall, 1889 PYRAMIDELLIDAE Gray, 1840 Chrysallida sp Odostomia sp. Pyramidella aff. crenulata (Holmes, 1859) Pyramidela sp. Turbonilla aff. abrupta Bush, 1899 Turbonilla aff. pusilla (C. B. Adams, 1850) Turbonilla sp. 1 Turbonilla sp. 2 Turbonilla sp. 3 Turbonilla sp. 4 Turbonilla sp. 5 OPISTHOBRANCHIA Caephalaspidae ACTEONIDAE Orbigny, 1842 Acteon pelecais Macus, 1981 Acteon sp. Mysouffa cumingii (A. Adams, 1854) CYLICHNIDAE H. & A. Adams, 1854 Acteocina candei (Orbigny, 1841) Cylichna crispula Watson, 1883 Cylichna discus Watson, 1883 Cylichna verrillii Dall, 1889 Scaphander sp. RETUSIDAE Thiele, 1926 Pyrunculus caelatus (Bush, 1885) Volvulella persimilis (Morch, 1875) Thecostomata CAVOLINIIDAE Fisher, 1883 Cavolinia inflexa (Lesuer, 1813) Cavolinia longirostris (Blainville, 1821) Cavolinia uncinata (Rang, 1829) Clio piramidata Linné, 1767 Creseis virgula Rang, 1828 Cuverina columnella (Rang, 1827) Diacria trispinosa (Blainville, 1821) Styliola subula (Quoy & Gaimard, 1827)

64

BIVALVIA PROTOBRANCHIA NUCULOIDA NUCULIDAE Gray, 1824 Nucula semiornata Orbigny, 1846 Nucula puelcha Orbigny, 1846 Nucula sp. NUCULANIDAE Adams & Adams, 1858 Nuculana larranagai Klappenbach & Scarabino, 1968 Nuculana fortiana Esteves, 1984 Nuculidae sp. 1 PTERIOMORPHA ARCOIDA NOETIDAE Stewart, 1930 Arcopsis adamsi (Dall, 1886) LIMOPSIDAE Dall, 1895 Limopsis janeiroensis E. A. Smith, 1915 MYTILOIDA MYTILIDAE Rafinesque, 1815 Brachidontes rodriguezi (Orbigny, 1846) Crenella divaricata (Orbigny, 1846) Musculus sp. Mytilidae sp. 1 Mytilidae sp. 2 PTERIOIDA PTERIIDAE Gray, 1847 Pteria hirundo (Linnaeus, 1758) PINNIDAE Leach, 1819 Pinnidae sp. 1 LIMOIDA LIMIDAE Rafinesque, 1815 Limatula pygmaea (Philippi, 1845) OSTREOIDA OSTREIDAE Rafinesque, 1815 Ostreidae sp. 1 PECTINIDAE Rafinesque, 1815 Chlamys sp. Leptopecten bavayi (Dautzenberg, 1900) Cyclopecten sp. PROPEAMUSSIIDAE Abbott, 1954 Propeamussium pourtalesianum (Dall, 1886) HETERODONTA VENEROIDA LUCINIDAE Fleming, 1828 Lucina sp. Myrtea aff. lens (Verril & Smith, 1880) Lucinidae sp. 1 THYASIRIDAE Dall, 1901 Thyasira croulinensis Jeffreys, 1874 Thyasira trisinuata Orbigny, 1842 Thyasira sp. UNGULINIDAE Adams & Adams, 1857 Diplodonta sp. CARDITIDAE Fleming, 1820 Carditamera plata (Ihering, 1907) Cyclocardia moniliata (Dall, 1902) Carditiidae sp. 1 CRASSATELIDAE Ferussac, 1822

Crassinella lunata (Conrad, 1834) Crassinella martinicensis (Orbigny, 1842) CARDIIDAE Lamarck, 1809 Trachycardium sp. MACTRIDAE Lamarck, 1809 Mactra sp. Mactridae sp. 1 Mactridae sp. 2 Mactridae sp. 3 TELLINIDAE Blainville, 1814 Tellina sp. 1 Tellina sp. 2 Tellina sp. 3 Strigilla sp. Tellinidae sp. 1 SEMELIDAE Stoliczka, 1870 Semelidae sp. 1 PSAMMOBIIDAE Fleming, 1828 Psammobiidae sp. 1 DONACIDAE Fleming, 1826 Donax hanleyanus Philippi, 1842 VESICOMYIDAE Dall & Simpson, 1901 Vesicomya albida (Dall, 1889) VENERIDAE Rafinesque, 1815 Pitar sp. Veneridae sp. 1 MYOIDA MYIDAE Lamarck, 1809 Myidae sp. 1 CORBULIDAE Lamarck, 1818 Corbula sp. 1 Corbula sp. 2 Corbula sp. 3 Corbula sp. 4 ERODONIDAE Winckworth, 1932 Erodona mactroides Bosc, 1802 HIATELLIDAE Gray, 1824 Hiatellidae sp. 1 Hiatellidae sp. 2 PHOLADINA PHOLADIDAE Lamarck, 1809 Subfamília Pholadinae sp. 1 Subfamília Pholadinae sp. 2 ANOMALODESMATA PHOLADOMYOIDA PANDORIDAE Rafinesquel, 1815 Pandora sp. POROMYIDAE Dall, 1886 Poromya cymata Dall, 1889 Poromya granulata (Nyst & Westendorp, 1839) CUSPIDARIIDAE Dall, 1886 Cardiomya cleryana (Orbigny, 1846) Cardiomya sp. VERTICORDIIDAE Stoliczka, 1871 Verticoidia ornata (Orbigny, 1842) Verticoidia fisheriana Dall, 1881

65

Comentários Gerais Os dados apresentados com relação ao material de Bivalvia correspondem a resultados preliminares da dissertação de Daniel Pimpão. Os relativos aos Gastropoda correspondem à dissertação de mestrado de Fábio Wiggers, tendo sido parte da mesma encaminhada para publicação na Revista Brasileira de Paleontologia. Foram identificados 6.020 exemplares distribuídos em 37 famílias sendo 83 táxons em nível de espécie e 18 em nível de gênero. A família Turridae é a que apresenta o maior número de táxons com 16 spp, sendo Turritella hookeri a mais abundante em termos de exemplares - 684 exs; Registram-se 22 novas ocorrências para o Rio Grande do Sul e 31 novos limites de profundidade. Com relação à metodologia – dragas – utilizada para as coletas nas diferentes estações de amostragem, pode-se estabelecer para Gastropoda uma comparação preliminar, entre o uso da draga de arrasto e van Veen, na estação 6839, mostrando-se mais eficaz, em termos dos resultados, a draga de arrasto. Nas demais estações não é possível fazer esta correlação, uma vez que não é possível afirmar que a diferença na quantidade de material coletado seja fruto do amostrador utilizado – Box-corer – e não da profundidade ou sedimento, por exemplo. Registro de Ocorrência por táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. GASTROPODA Táxons Cocculinidae Cocculinidae sp. 1 Trochidae Brookula conica Calliostoma echinatum Calliosotoma jucundum Halistylus columna Solariela carvalhoi Turbiniidae Arene microforis Hydrobiidae Heleobia australis Rissoidae Alvania sp. Barleeidae Barleeia rubrooperculata Caecidae Caecum achinorum Caecum massambabensis Caecum sp. Vitrinellidae Vitrinellidae sp. 1 Turritellidae Turritella hookeri Calyptraeidae Crepidula aculeata Crepidula plana

Total de inds.

Estações de coleta (nº de indivíduos)

4

6839(4)

6 20 6 1 48

6839(2); 6841(3); 6842(1) 6839(20) 6839(6) 6839(1) 6839(48)

21

6839(21)

601

6839(600); 6841(1)

47

6839(47)

613

6839(611); 6840(2)

15 10 2

6839(15) 6839(10) 6839(2)

1

6839(1)

684

6839(683); 6840(1)

39 18

6839(39) 6839(18)

Cont.

66

Táxons Atlantidae Atlanta peroni Naticidae Natica aff. isabelliana Natica pusilla Natica sp. Polinices lacteus Tonnidae Tonna sp. Ranellidae Cymathium aff. parthenopeum Cerithiospidae Cerithiopsis sp. Triphoridae Triphora sp. Epitoniidae Epitonium aff. albidum Epitonium aff. unifasciatum Epitonium aff. tenuistriatum Cylindriscala andrewsii Eulimidae Eulima mulata Eulima aff. hypsela Melanella conoidea Niso aeglees Muricidae Siphonochelus riosi Trachypollia turricula Coralliophilidae Latiaxis dalli Columbellidae Amphissa acuminata Amphissa cancellata Amphissa sp. Anachis sparsa Nassariidae Nassarius scissuratus Olividae Ancilla dimidiata Olivella formicacorsii Olivella orejasmirandai Marginellidae Dentimargo janeiroensis Granulina ovuliformis Prunum martini Mitridae Cancilla larrangai Cancellariidae Axelella brasiliensis Conidae Conus clerii Turridae Brachytoma rioensis Daphnella retifera Daphnella sp. Drilliola loprestiana Fusiturricula lavinoides limoensis Ithycythara lanceolata Kurtziella serga Mitrolumna biplicata Nannodiella vespuciana

Total de inds. 5 133 28 15 5

Estações de coleta (nº de indivíduos) 6839(5) 6839(133) 6839(28) 6839(15) 6839(5)

1

6839(1)

3

6839(3)

1

6839(1)

1

6839(1)

2 1 3 7

6839(2) 6839(1) 6839(3) 6839(7)

4 2 2 5

6839(4) 6839(2) 6839(2) 6839(5)

42 5

6839(42) 6839(5)

1

6839(1)

227 152 582 4

6839(227) 6839(152) 6839(580); 6840(2) 6839(4)

415

6839(415)

56 3 587

6839(56) 6839(3) 6839(587)

111 117 26

6839(111) 6839(117) 6839(26)

83

6839(83)

7

6839(7)

3

6839(3)

22 1 4 80 14 28 25 27 11

6839(22) 6839(1) 6839(4) 6839(80) 6839(14) 6839(28) 6839(25) 6839(27) 6839(11)

Cont.

67

Táxons Pleurotomella aguayoi Pleurotomella cala Veprecula morra Spirotropis aff. lithocolleta Spirotropis stirophora Splendrillia carolinae Stenodrillia goundlachi Terebridae Terebra brasiliensis Archtectonicidae Acutitectonia (?) Heliacus bisulcatus Pseudomalaxis nobilis Mathildidae Mathilda aff. scitula Pyramidellidae Chrysallida sp. Odostomia sp. Pyramidella aff. crenulata Pyramidella sp. Turbonilla aff. abrupta Turbonilla aff. pusilla Turbonilla sp. 1 Turbonilla sp. 2 Turbonilla sp. 3 Turbonilla sp. 4 Turbonilla sp. 5 Acteonidae Acteon pelecais Acteon sp. Mysouffa cumingii Cylichnidae Acteocina candei Cylichna crispula Cylichna discus Cylichna verrillii Scaphander sp. Retusidae Pyrunchulus caelatus Volvulella persimilis Cavoliniidae Cavolinia inflexa Cavolinia longirostris Cavolinia uncinata Clio piramidata Creseis virgula Cuverina columnella Diacria trispinosa Styliola subula Total

Total de inds. 2 3 56 42 76 16 5

Estações de coleta (nº de indivíduos) 6839(2) 6839(3) 6839(55); 6641(1) 6839(42) 6839(76) 6839(16) 6839(5)

3

6839(3)

7 4 1

6839(7) 6839(4) 6839(1)

7

6839(7)

8 1 70 7 6 8 2 2 147 6 2

6839(8) 6839(1) 6839(70) 6839(7) 6839(6) 6839(8) 6839(2) 6839(2) 6839(147) 6839(6) 6839(2)

14 2 203

6839(14) 6839(2) 6839(203)

10 2 23 77 1

6839(10) 6839(2) 6839(23) 6839(77) 6839(1)

90 3

6839(90) 6839(3)

7 87 16 17 6 4 15 7 6595

6839(7) 6839(87) 6839(16) 6839(17) 6839(6) 6839(4) 6839(15) 6839(7)

68

BIVALVIA Táxons Nuculidae Nucula semiornata Nucula puelcha Nucula sp. Nuculanidae Nuculana larranagai Nuculana fortiana Nuculanidae sp. 1 Noetidae Arcopsis adamsi Limopsidae Limopsis janeiroensis Mytilidae Mytilidae sp. 1 Mytilidae sp. 2 Brachidontes rodriguezi Crenella divaricata Musculus sp. Pteriidae Pteria hirundo Pinnidae Pinnidae sp. 1 Limidae Limatula pygmaea Ostreidae Osteridae sp. 1 Pectinidae Chlamys sp. Leptopecten bavayi Cyclopecten sp. Propeamussiidae Propeamussium pourtalesianum Lucinidae Lucina sp. Myrtea aff. lens Lucinidae sp. 1 Thyasiridae Thyasira croulinensis Thyasira trisinuata Thyasira sp. Ungulinidae Diplodonta sp. Carditidae Carditidae sp. 1 Carditamera plata Cyclocardia moniliata Crassatelidae Crassinella lunulata Crassinella martinicensis Cardiidae Trachycardium sp. Mactridae Mactra sp. Mactridae sp. 1 Mactridae sp. 2 Mactridae sp. 3 Tellinidae Tellina sp. 1 Tellina sp. 2

Total de inds.

Estações de coleta (nº de valvas/nº de valvas unidas)

15 91 nc

6839(14); 6841(1) 6839(91) 6839(nc)

94 3 1

6839(77/14); 6841(3) 6839(3) 6841(1)

2

6839(2)

8483

6839(8474/7); 6841(2)

nc nc nc 17 nc

6839(nc) 6839(nc) 6839(nc) 6839(17) 6839(nc)

nc

6839(nc)

nc

6839(nc)

13

6839(13)

nc

6839(nc)

nc nc >4

6839(nc) 6839(nc) 6839(nc); 6841(4)

nc

6839(nc)

nc 9 nc

6839(nc) 6642(9) 6839(nc)

173 5 nc nc

6839(165/8) 6839(5) 6839(nc) 6839(nc)

nc 2462 2032

6839(nc) 6839(2427/30); 6841(5) 6839(2030); 6841(2)

550 57

6839(545/5) 6839(57)

nc

6839(nc)

nc nc nc nc

6839(nc) 6839(nc) 6839(nc) 6839(nc)

1 nc

6841(-/1) 6839(nc)

Cont.

69

Táxons Tellina sp. 3 Strigilla sp. Tellinidae sp. 1 Semelidae Semelidae sp. 1 Psammobiidae Psamobidae sp. 1 Donacidae Donax hanleyanus Vesicomyidae Vesicomya albida Veneridae Pitar sp. Veneridae sp. 1 Veneridae sp. 2 Myidae Myidae sp. 1 Corbulidae Corbula sp. 1 Corbula sp. 2 Corbula sp. 3 Corbula sp. 4 Erodonidae Erodona mactroides Hiatellidae Hiatellidae sp. 1 Hiatellidae sp. 2 Pholadidae Pholadidae sp. 1 Pholadidae sp. 2 Pandoridae Pandora sp. Poromyidae Poromya cymata Poromya granulata Cuspidariidae Cardiomya cleryana Cardiomya sp. Verticordiidae Verticordia ornata Verticordia fisheriana Total nc - não contabilizado

Total de inds. nc nc nc 205

Estações de coleta (nº de valvas/nº de valvas unidas) 6839(nc) 6839(nc) 6839(nc) 6839(200/5)

nc

6839(nc)

1

6839(1)

37

6839(37)

nc nc nc

6839(nc) 6839(nc) 6839(nc)

nc

6839(nc)

nc nc nc nc

6839(nc) 6839(nc) 6839(nc) 6839(nc)

260

6839(2601)

nc nc

6839(nc) 6839(nc)

nc nc

6839(nc) 6839(nc)

nc

6839(nc)

232 8

6839(232) 6839(8)

128 nc

6839(127/1) 6839(nc)

268 10 15157

6839(268) 6839(10)

Referências Bibliográficas ABBOT, R.T. 1974. American sheashells. New York, Van Nostrand Reinhold, 663p. il. MALACOLOG 3.1.3, 2002: Banco de dados. Disponível em Acesso em: 10 fev. 2003. RIOS, E. C. 1994. Seashells of Brazil. 2a ed., Rio Grande, Editora da FURG, 368p. 113 il. WIGGERS, F. 2003. Moluscos gastrópodes da plataforma continental externa e talude continental ao largo da Laguna dos Patos – Rio Grande do Sul, Brasil. Dissertação de mestrado, Instituto de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 126p, 140 fig.

70

CLASSES CEPHALOPODA, POLYPLACOPHORA & SOLENOGASTRES

LUIZ RICARDO L. SIMONE

Semirossia tenera Steenstrup, 1887 Foto: L.R.SIMONE

Características A classe Cephalopoda, com cerca de 1000 espécies, é caracterizada por animais cujo manto apresenta-se muscular, podendo se contrair, ejetando a água em seu interior e promovendo a propulsão. O movimento é coordenado pelo sifão, uma estrutura cônica e muscular e se posicional na região de saída da água. Há uma boca apresentando um bico semelhante ao dos papagaios, rodeada por braços. Tais braços, que são em número de 8 ou mais, em geral apresentam ventosas preênseis na sua superfície interna. O sistema nervoso é muito desenvolvido, sendo os cefalópodes animais com considerável inteligência. A classe Polyplacophora, com cerca de 800 espécies, é constituída de animais rastejadores e sedentários, vivendo em substratos duros. Apresentam um pé com sola ampla, que ocupa quase toda a superfície ventral, aderindo o animal fortemente ao substrato. A concha dos poliplacóforos se caracteriza por possuir 8 placas sucessivamente encaixadas, articuladas, recobrindo a superfície dorsal. Rodeando a concha há um cinturão espesso chamado noto. A classe Solenogastres, com não mais de 100 espécies, é constituída de espécies que ocorrem em águas profundas, quase vermiformes. O tegumento é quase todo recoberto de espículas calcárias pontiagudas. Há um sulco pedioso que corre ao longo da superfície ventral, que começa próximo da extremidade anterior, onde há a boca, e termina próximo da extremidade posterior, onde há a cavidade do manto, contendo as brânquias e o ânus.

71

Lista dos Táxons 1-3.

Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros

CLASSE CEPHALOPODA SEPIOLIDAE Leach, 1817 Semirossia tenera (Steenstrup, 1887) LOLIGINIDAE Steenstrup, 1861 Lolliguncula brevis (Blainville, 1823)

CLASSE POLYPLACOPHORA ACANTHOCHITONIDAE Pilsbry, 1893 Acanthochitona (?) sp. CLASSE SOLENOGASTRES NEOMENIIDAE Ihering, 1876 Proneomenia (?) sp.

72

FILO ANNELIDA CLASSE POLYCHAETA

A. CECÍLIA Z. AMARAL, PAULO C. LANA, ALEXANDRA E. RIZZO, TATIANA M. STEINER, ERICA V. PARDO, CINTHYA S.G. SANTOS, ALESSANDRA C. CARVALHO, M. FERNANDA R. WAGNER, ANDRÉ S. GARRAFONI, ANA CLAUDIA S. BRASIL, ZELDON RIBEIRO, JOÃO M. M. NOGUEIRA ADRIANO ABBUD, MAÍRA C. S. ROSSI & MARCELO V. FUKUDA Marphysa sp. Foto: T.M.STEINER

Características O Filo Annelida, inclui os vermes segmentados – Polychaeta, Oligochaeta (minhocas) e Hirudinea (sanguessugas) – que vivem no mar, água doce e terra. Embora sejam muito abundantes, na maioria das vezes, são desconhecidos pelas pessoas por viverem em tubos, galerias ou enterrados na areia . O longo corpo mole é metamérico, ou seja, dividido em anéis os quais externamente são demarcados por sulcos. Internamente, o metamerismo reflete-se na compartimentalização do celoma por um septo entre cada segmento. Os poliquetas distinguem-se dos outros anelídeos (minhocas e sanguessugas) pela presença de duas projeções laterais em cada segmento, os parapódios, que são providos de cerdas; tais segmentos são denominados setígeros. A “cabeça” é composta de prostômio, peristômio e, em alguns casos, de segmentos anteriores. O prostômio, geralmente é bem desenvolvido e pode sustentar várias estruturas sensoriais ou alimentares (antenas, palpos e olhos). A boca está localizada abaixo do prostômio. A extremidade anterior do tubo digestivo – a faringe – pode ser eversível. É freqüente a presença de brânquias, que podem ser simples filamentos, arborescentes ou pectinadas, distribuídas ao longo do corpo ou concentradas na região anterior. A capacidade de construção de um tubo, onde vive o animal, é comum entre os poliquetas. Dependendo da espécie, os tubos podem ser constituídos de um simples revestimento de muco das galerias escavadas na areia, ou serem membranosos, córneos ou calcários e ornamentados ou não com diferentes materiais que os animais coletam nas proximidades. 73

As mais de 8.000 espécies de poliquetas exibem uma grande diversidade, tanto na forma como no hábito. A maioria é de vida livre, mas existem formas comensais ou parasitas e são muito abundantes em diferentes tipos de substratos (areia, rocha, conchas, corais, algas, entre outros). A importância dos poliquetas foi constatada em praticamente todos os ecossistemas bentônicos, tanto de áreas tropicais como temperadas. Habitam em sua maioria, as camadas superficiais do substrato, podendo participar ativamente na movimentação, reciclagem e aeração das camadas superficiais dos sedimentos. Os poliquetas são animais com alta capacidade de reprodução. A alimentação, em conseqüência da multiplicidade de formas e adaptações, é muito variada: predadores, comedores de detritos, suspensívoros, filtradores ou ainda aqueles que reunem vários hábitos, como os onívoros. Os poliquetas representam aproximadamente um terço do número total de espécies do macrobentos e podem ser considerados como um dos mais abundantes. Dada a abundância desse grupo, é de se esperar que sejam importantes no controle populacional de outros organismos e que também sejam uma importante fonte alimentar para peixes, aves, crustáceos e outros organismos, participando significativamente da cadeia alimentar das populações bentônicas (Amaral & Migotto, 1980). Para Mühlenhard-Siegel (1988) a infauna de poliquetas representa uma maior potencialidade de matéria orgânica para peixes que se alimentam do bentos, do que a epifauna constituída por esqueletos duros (esponjas, briozoários e equinodermas) e poucos componentes orgânicos. Espécies das famílias Arenicolidae, Eunicidae, Glyceridae e Nereididae vem sendo utilizadas como isca na pesca esportiva e, devido ao alto valor comercial que estes vermes atingem, sua exploração tornou-se altamente organizada em algumas regiões da Europa e Estados Unidos. O grau de distúrbio ambiental de determinada área pode ser refletida pela composição das populações de poliquetas. Algumas espécies são utilizadas como bioindicadoras ou oportunistas. Pearson & Rosenberg (1978) listam várias dessas espécies. Informações sobre a classe: Amaral & Nonato (1996); Rouse & Pleijel (2001). Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-7, em ordem filogenética (modificada de Rouse & Pleijel, 2001). SCOLECIDA ARENICOLIDAE Johnston, 1835 CAPITELLIDAE Grube, 1862 Dasybranchus sp. Mediomastus sp. Neomediomastus sp. Notomastus sp. Paraleiocapitella sp. COSSURIDAE Day, 1963 MALDANIDAE Malmgren, 1867 OPHELIIDAE Malmgren, 1867 ORBINIIDAE Hartman, 1942 Haploscoloplos sp. Naineris sp. Phylo sp. Scolaricia sp. Scoloplos sp. Scoloplos (Leodamas) sp. PARAONIDAE Cerruti, 1909

Aedicira sp. Aricidea sp. Cirrophorus sp. Paradoneis sp. Paraonis sp. SCALIBREGMATIDAE Malmgren, 1867 PALPATA - ACICULATA APHRODITIDAE Malmgren, 1867 EULEPETHIDAE Chamberlim, 1919 POLYNOIDAE Malmgren, 1867 POLYODONTIDAE Buchanan, 1894 PHOLOIDAE Kinberg, 1858 SIGALIONIDAE Kinberg, 1856 PISIONIDAE Ehlers, 1901 Ephesiopsis guayanae Hartman & Fauchald, 1971 PISIONIDAE sp. 1 CHRYSOPETALIDAE Ehlers, 1864 HESIONIDAE Grube, 1850

74

NEREIDIDAE Johnston, 1865 Micronereides capensis Day, 1963 Nereididae sp. 1 Nereididae sp. 2 Nereis sp. Nereis sp. 1 Nereis sp. 2 Nicon sp. PILARGIDAE Saint-Joseph, 1899 SYLLIDAE Grube, 1850 Sphaerosyllis (Sphaerosyllis.) sp. Sphaerosyllis (Prosphaerosyllis) isabelae Nogueira, San-Martín & Amaral, 2001 Sphaerosyllis (Prosphaerosyllis) sp. Exogone sp. GLYCERIDAE Grube, 1850 Glycera brevicirris Grube, 1870 Glycera lapidum Quatrefages, 1865 Glycera oxycephala Ehlers, 1887 GONIADIDAE Kinberg, 1866 Bathyglycinde sp. Glycinde nordmanni Malmgren, 1865 Glycinde picta Berkeley, 1927 Goniada sp. Goniada brunnea Treadwell, 1906 Goniada littorea Hartman, 1950 Goniada maculata Örsted, 1843 Goniada teres Treadwell, 1931 Goniada vorax (Kinberg, 1866) Goniadella sp. Ophioglycera cf. eximia (Ehlers, 1901) Progoniada regularis Hartman, 1965 NEPHTYIDAE Grube, 1850 PARALACYDONIIDAE Pettibone (1963) Paralacydonia paradoxa Fauvel, 1913 PHYLLODOCIDAE Örsted, 1843 SPHAERODORIDAE Malmgren, 1867 AMPHINOMIDAE Lamarck, 1818 EUPHROSINIDAE Williams, 1851 DORVILLEIDAE Chamberlim, 1919 EUNICIDAE Berthold, 1827 LUMBRINERIDAE Schmarda, 1861 OENONIDAE Kinberg, 1865 ONUPHIDAE Kinberg, 1865 Anchinothria sp. Brevibrachium sp. Diopatra sp. 1 Diopatra sp. 2 Diopatra sp. 3 Diopatra tridentata Hartman, 1944 Hyalinoecia sp. 1 Kinbergonuphis sp. 1 Kinbergonuphis sp. 2 Kinbergonuphis sp. 3 Kinbergonuphis sp. 4 Kinbergonuphis sp. 5 Mooreonuphis nebulosa (Moore, 1911) Mooreonuphis sp. 1 Mooreonuphis sp. 2 Nothria sp. 1 Nothria sp. 2 Nothria sp. 3 Nothria sp. 4 Paradiopatra sp. Rhamphobrachium sp.

PALPATA - CANALIPALPATA OWENIIDAE Rioja, 1917 SABELLARIIDAE Johnston, 1865 SABELLIDAE Latreille, 1825 Chone sp. Euchone sp. Potamethus singularis Hartman, 1965 Pseudopotamilla reniformes (Bruguière, 1789) Pseudopotamilla sp. 1 Sabellidae sp. 1 Sabellidae sp. 2 SERPULIDAE Latreille, 1825 Ficopomatus sp. Hydroides plateni (Kinberg, 1867) Placostegus sp. Pseudovermilia occidentalis (McIntosh, 1885) Pseudovermilia sp. 1 CIRRATULIDAE Ryckholdt, 1851 CTENODRILIDAE Kennel, 1882 FAUVELIOPSIDAE Hartman, 1971 Fauveliopsis cf. olgae Hartmann-Schröder, 1983 Fauveliopsis fauchaldi Katzmann & Laubier, 1974 Fauveliopsis sp. FLABELLIGERIDAE Saint-Joseph, 1894 STERNASPIDAE Carus, 1863 AMPHARETIDAE Malmgren, 1866 PECTINARIIDAE Quatrefages, 1866 TEREBELLIDAE Grube, 1850 Terebellides sp. TRICHOBRANCHIDAE Malmgren, 1866 CHAETOPTERIDAE Audoin & Milne-Edwards, 1833 MAGELONIDAE Cunningham & Ramage, 1888 Magelona variolamellata Bolivar & Lana, 1986 Magelona sp. 1 Magelona sp. 2 Magelona sp. 3 HETEROSPIONIDAE Hartman, 1963 POECILOCHAETIDAE Hannerz, 1956 Poecilochaetus sp. Poecilochaetus sp. 1 Poecilochaetus sp. 2 Poecilochaetus sp. 3 SPIONIDAE Grube, 1850 Aonides sp. Dipolydora sp. Laonice cirrata (Sars, 1851) Laonice sp. Malacocerus indicus (Fauvel, 1928) Minuspio sp. Paraprionospio pinnata (Ehlers, 1901) Polydora sp. Prionospio dubia Day, 1961 Prionospio (Minuspio) cirrifera Wirén, 1883 Prionospio steenstrupi Malmgren, 1867 Scolelepis texana Foster, 1971 Spiophanes berkeleyorun Pettibone, 1962 Spiophanes bombyx (Claparède, 1870) Spiophanes duplex (Chamberlin, 1919) Spiophanes kroeyeri Grube, 1860 Spiophanes sp.

75

Comentários Gerais Os poliquetas estão entre os grupos melhor representados tanto em abundância como em número de espécies da macrofauna bentônica coletada na região sul-sudeste. A diversidade de espécies é expressiva, uma vez que já foram identificados 160 táxons (entre famílias, gêneros e espécies), num total de 17.342 indivíduos examinados. O número de espécies novas é grande e a maioria das identificações incompletas indicam novas ocorrências ou espécies inéditas para a ciência. Os poliquetas ocorreram em 138 estações amostrais. As estações com maior número de táxons foram: 6661 (55), 6759 (54), 6762 (53), 6739 (50), 6666 (46), 6665 (44) e 6669 (43), 6681 (42), 6658 (40). Os táxons identificados estão incluídos em 51 famílias, 67 gêneros e 108 espécies. Entre essas famílias, dominaram numericamente: Syllidae (2781 inds./16,04% do total), Onuphidae (2745/15,83%), Eunicidae (2318/13,37%), Serpulidae (1104/6,37%), Spionidae (955/5,51%), Nereididae (702/4,05%) e Ampharetidae (681/3,93%). Algumas dessas apresentaram ampla distribuição na área de estudo e quanto ao hábito alimentar, em sua maioria, são carnívoras ou suspensívoras. As espécies mais abundantes foram: Kinbergonuphis sp. 4 (731 inds./4,21% do total), Kinbergonuphis sp. 2 (406/2,34%), Nothria sp. 1 (422/2,43%), Nothria sp. 2 (367/2,12%), Nereis sp. 1 (260/1,50%), Kinbergonuphis sp. 5 (159/0,92%), Spiophanes berkeleyorum (149/0,86%), Mooreonuphis sp. 2 (139/0,80%), Nothria sp. 3 (132/0,76%) e Notomastus sp. (103/0,59%). Essa maior abundância ocorreu em profundidades entre 50 e 260m. Este fato pode ter ocorrido devido ao maior esforço amostral nessa área. No entanto, elas podem estar distribuídas por extensos limites batimétricos. Nem todas as espécies abundantes foram frequentes. Os táxons com maior frequência foram: Kinbergonuphis sp. 2 (57 estações/41,3% do total de estações), Kinbergonuphis sp. 4 (49/35,5%), Notomastus sp. (33/23,9%), Progoniada regularis (28/20,3%), Goniadella sp. (21/15,2%), Micronereides capensis (15/10,8%), Magelona sp. 1 (13/9,42%), Nothria sp. 2 (13/9,42%) e Nereis sp. 1 (12/8,69%). O material já identificado revelou um limitado número de espécies com ampla distribuição mundial. Alguns táxons são registrados pela primeira vez na costa brasileira, como Fauveliopsidae, Paralacydonia e Bathyglycinde, entre outros. Dentre esses, os fauveliopsídeos constituem um grupo pouco conhecido que ocorre em zonas abissais e/ou hadais e ocasionalmente em regiões menos profundas. Algumas espécies habitam conchas de gastrópodas e/ou escafópodas ou tecas de foraminíferos. Registro de Ocorrência por Táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Arenicolidae Capitellidae

Dasybranchus sp.

Total de Inds. 2 99

33

Estações de coleta (número de indivíduos) 6659(1); 6741(1) 6658(3); 6660(4); 6661(9); 6665(1); 6669(3); 6673(1); 6678(1); 6739(7); 6741(2); 6744(13); 6747(4); 6750(2); 6753(3); 6758(1); 6759(3); 6761(3); 6762(13); 6763(10); 6765(5); 6766(2); 6768(1); 6772(2); 6775(5); 6778(1) 6658(4); 6661(16); 6666(1); 6669(1); 6739(1); 6741(1); 6754(1); 6758(1); 6759(3); 6762(3); 6763(1)

Cont.

76

Táxons Mediomastus sp. Neomediomastus sp.

Total de Inds. 2 11

Notomastus sp.

103

Paraleiocapitella sp.

20

Cossuridae

10

Maldanidae

283

Opheliidae

278

Orbiniidae Haploscoloplos sp.

3 37

Naineris sp. Phylo sp. Scolaricia sp. Scoloplos sp.

1 6 4 46

Scoloplos (Leodamas) sp. Paraonidae

10 316

Aedicira sp. Aricidea sp.

10 74

Cirrophorus sp. Paradoneis sp. Paraonis sp.

8 8 78

Scalibregmatidae Aphroditidae

6 29

Eulepethidae Polynoidae

20 106

Estações de coleta (número de indivíduos) 6755(1); 6765(1) 6744(1); 6749(1); 6753(1); 6759(2); 6762(2); 6763(1); 6765(1); 6773(1); 6775(1) 6657(1); 6664(1); 6669(2); 6673(1); 6674(2); 6678(1); 6684(1); 6686(1); 6692(1); 6706(1); 6737(6); 6738(4); 6739(5); 6741(4); 6742(1); 6744(3); 6746(1); 6747(7); 6749(5); 6750(5); 6751(1); 6752(1); 6753(3); 6758(2); 6759(10); 6760(2); 6762(20); 6763(1); 6765(2); 6769 (1); 6775(1); 6778(1); 6783(5) 6644(1); 6651(1); 6664(1); 6684(3); 6742(1); 6744(2); 6748(2); 6756(1); 6759(1); 6761(2); 6762(1); 6773(2); 6775(1); 6783(1) 6654(1); 6656(1); 6657(1); 6661(1); 6686(1); 6751(1); 6764(1); 6767(1); 6768(1); 6774(1) 6644(2); 6656(4); 6657(25); 6658(9); 6660(3); 6661(27); 6665(10); 6666(1); 6669(6); 6671(3); 6673(1); 6675(1);6678(3); 6680(1); 6681(2); 6684(5); 6686(1); 6699(1); 6737(2); 6741(1); 6743(1); 6744(3); 6746(5); 6747(26); 6750(1); 6751(2); 6753(13); 6754(3); 6755(6) 6758(1); 6759(58); 6760(3); 6761(1); 6762(23); 6764(6); 6765(3);6766(1); 6767(2); 6769(2); 6770(3); 6772(2); 6774(3); 6775(4); 6793(1); 6804(1); 6809(1) 6644(4); 6651(1); 6653(4); 6657(1); 6658(26); 6660(4); 6661(1); 6666(3); 6669(2); 6672(1); 6673(2); 6678(7); 6679(2); 6681(9); 6684(2); 6685(3); 6686(13); 6689(1); 6697(1); 6703(3); 6706(2); 6737(1); 6738(11); 6739(5); 6741(5); 6744(1); 6746(1); 6747(1); 6748(11); 6749(12); 6750(5); 6751(4); 6752(35); 6753(12); 6754(3); 6758(2); 6759(17); 6762(9); 6763(8); 6764(3); 6765(7); 6766(3); 6767(1); 6768(1); 6769(2); 6773(1); 6774(3); 6775(5); 6779(1); 6783(14); 6785(2) 6737(2); 6744(1) 6650(1); 6660(1); 6681(2); 6684(1); 6685(1); 6697(2); 6737(2); 6738(1); 6743(1); 6744(2); 6746(1); 6748(1); 6749(2); 6751(3); 6752(1); 6756(2); 6760(2); 6762(2); 6763(1); 6765(3); 6769(2); 6772(2); 6773(1) 6766(1) 6669(1); 6751(2); 6758(2); 6762(1) 6658(4) 6656(3); 6657(4); 6658(1); 6664(2); 6669(1); 6740(1); 6743(2); 6747(7); 6748(1); 6752(1); 6753(1); 6759(3); 6762(4); 6763(7); 6765(2); 6768(3); 6769(3) 6657(1); 6658(1); 6738(1); 6759(4); 6760(1); 6762(2) 6644(2); 6650(1); 6651(1); 6652(1); 6653(2); 6656(14); 6657(9); 6658(8); 6660(2); 6661(28); 6662(3); 6665(19); 6666(9); 6669(3); 6670(2); 6673(3); 6678(5); 6679(1); 6680(1); 6681(2); 6683(1); 6684(4); 6685(4); 6689(2); 6690(3); 6696(1); 6698(4); 6699(1); 6702(3); 6703(3); 6706(3); 6737(4); 6738(2); 6739(1); 6740(1); 6741(11); 6742(2); 6744(3); 6747(5); 6748(4); 6749(3); 6750(4); 6751(12); 6752(3); 6753(17); 6754(2); 6755(3); 6756(1); 6758(4); 6759(39); 6760(5); 6761(6); 6762(16); 6763(1);6764(3); 6765(2); 6766(1); 6767(3); 6770(2); 6774(6); 6775(4); 6783(1) 6671(1); 6740(1); 6759(2); 6761(1); 6762(5) 6738(4); 6743(1); 6747(4); 6751(2); 6755(5); 6759(50); 6761(1); 6762(2); 6768(1); 6769(3); 6772(1) 6739(1); 6746(3); 6763(3); 6772(1) 6743(4); 6744(2); 6750(1); 6764(1) 6669(1); 6736(2); 6738(2);6739(5); 6743(1); 6744(2); 6746(1); 6750(1); 6751(4); 6754(1); 6755(3); 6759(11); 6762(32); 6763(1); 6764(3); 6765(1); 6767(2); 6769(1); 6774(3); 6775(1) 6658(1); 6738(1); 6744(1); 6749(1); 6766(1); 6772(1) 6661(3); 6665(1); 6666(2); 6669(2); 6674(2); 6676(1); 6681(3); 6686(2); 6693(1); 6739(2); 6741(1); 6747(1); 6759(1); 6760(1); 6763(3); 6772(3) 6651(3); 6671(8); 6680(2); 6694(5); 6744(2) 6644(2); 6651(1); 6654 (4); 6657(3); 6658(12); 6659(2); 6661(8); 6665(9); 6666(2); 6669(1); 6672(1); 6676(2); 6678(2); 6681(2); 6686(5); 6736(1); 6739(8); 6741(18); 6744(1); 6746(4); 6750(2); 6751(1); 6758(1); 6761(1); 6762(2); 6763(8); 6766(2); 6772(1)

Cont.

77

Táxons Polyodontidae

Total de Inds. 12

Pholoidae

209

Sigalionidae

337

Pisionidae Ephesiopsis guayanae Pisionidae sp. 1 Chrysopetalidae

3 1 287

Hesionidae

16

Nereididae

368

Micronereides capensis

57

Nereididae sp. 1 Nereididae sp. 2 Nereis sp. Nereis sp. 1

1 3 1 260

Nereis sp. 2 Nicon sp. Pilargidae

11 1 188

Syllidae

2763

Sphaerosyllis (Sphaerosyllis) sp. Sphaerosyllis (Prosphaerosyllis) isabelae Sphaerosyllis (Prosphaerosyllis) sp. Exogone sp. Glyceridae Glycera brevicirris Glycera lapidum

7 1 2 8 2 18

Glycera oxycephala Goniadidae Bathyglycinde sp. Glycinde nordmanni

13

Glycinde picta

5

5 9

Estações de coleta (número de indivíduos) 6654(1); 6656(1); 6657(5); 6661(1); 6671(1); 6672(1); 66693(1); 6698(1) 6658(1); 6665(19); 6666(2); 6672(13); 6673(9); 6676(3); 6681(25); 6686(27); 6739(7); 6741(12); 6747(1); 6753(10); 6754(2); 6758(2); 6759(7); 6762(2); 6763(65); 6772(1); 6775(1) 6652(6); 6653(1); 6657(2); 6658(26); 6661(11); 6665(6); 6666(8); 6669(1); 6671(3); 6673(10); 6674(8); 6676(7); 6741(40); 6746(2); 6747(5); 6750(18); 6753(7); 6754(2); 6757(1); 6759(52); 6761(1); 6762(28); 6763(7); 6766(13); 6769(4); 6772(7) 6661(3) 6700(1) 6661(83); 6665(26); 6666(14); 6669(8); 6672(7); 6673(1); 6676(9); 6678(1); 6681(6); 6686(8); 6739(38); 6741(31); 6742(1); 6750(13); 6753(12); 6754(3); 6759(3); 6761(2); 6762(11); 6763(5); 6766(2); 6769(1); 6772(2) 6657(2); 6661(3); 6666(1); 6669(1); 6672(1); 6678(1); 6741(1); 6763(1); 6766(1); 6769(1); 6772(3) 6644(1); 6658(11); 6661(5); 6665(2); 6666(3); 6672(12); 6739(62); 6741(106); 6742(1); 6743(1); 6744(4); 6746(1); 6747(4); 6748(4); 6749(2); 6750(17); 6751(1); 6752(2); 6753(19); 6754(4); 6757(3); 6758(3); 6759(4); 6761(3); 6762(61); 6763(20); 6766(5); 6769(4); 6772(2); 6773(1) 6666(3); 6684(3); 6706(2); 6778(3); 6779(2); 6782(21); 6783(1); 6785(5); 6790(1); 6792(5); 6793(1); 6796(6); 6800(3); 6812(1); 6817(1); 6821(1) 6786(3) 6656(1); 6685(1) 6646(1); 6661(111); 6665(5); 6666(12); 6669(15); 6672(39); 6673(13); 6676(30); 6679(1); 6681(22); 6686(10); 6821(1) 6661(7); 6666(4) 6661(1) 6651(2); 6652(2); 6654(1); 6656(3); 6657(4); 6658(1); 6660(1); 6661(1); 6662(6); 6666(2); 6667(1); 6668(1); 6669(4); 6670(1); 6672(1); 6676(1); 6677(1); 6683(1); 6684(2); 6685(1); 6686(4); 6691(2); 6692(2); 6695(2); 6696(2); 6697(3); 6699(1); 6737(3); 6738(2); 6739(11); 6740(1); 6741(7); 6743(8); 6744(1); 6746(10); 6750(7); 6751(2); 6753(3); 6755(1); 6756(8); 6759(17); 6760(2); 6762(31); 6763(6); 6765(1); 6766(1); 6768(5); 6772(3); 6773(5) 6561(1); 6651(1); 6652(1); 6656(4); 6657(2); 6658(51); 6659(1); 6660(2); 6661(1008); 6665(231); 6666(25); 6669(208); 6671(2); 6672(18); 6673(6); 6674(2); 6676(24); 6677(1); 6679(1); 6681(54); 6684(1); 6686(61); 6689(1); 6690(1); 6702(1); 6706(4); 6735(2); 6737(4); 6738(6); 6739(217); 6740(2); 6741(34); 6742(1); 6744(3); 6747(9); 6748(1); 6750(91); 6751(14); 6753(45); 6754(9); 6756(1); 6757(1); 6758(7); 6759(115); 6760(5); 6761(27); 6762(289); 6763(95); 6764(4); 6765(5); 6766(28); 6768(1); 6769(12); 6772(23) 6672(6); 6686(1) 6674(1) 6678(1); 6679(1) 6656(5); 6673(1); 6678(1); 6681(1) 6652(1); 6751(1) 6644(1); 6657(1); 6661(1); 6665(2); 6666(4); 6672(3); 6673(2); 6674(1); 6678(3) 6658(11); 6672(1); 6676(1) 6689(1); 6749(1); 6783(2); 6811(1) 6661(1); 6678(2); 6681(1); 6685(1); 6741(1); 6751(1); 6763(1); 6772(1) 6658(5)

Cont.

78

Táxons Goniada sp. Goniada brunnea Goniada littorea Goniada maculata

Total de Inds. 4 10 1 19

Goniada teres Goniada vorax Goniadella sp.

4 12 97

Ophioglycera cf. eximia Progoniada regularis

2 88

Nephtyidae

202

Paralacydoniidae Paralacydonia paradoxa

19

Phyllodocidae

159

Sphaerodoridae Amphinomidae

9 205

Euphrosinidae Dorvilleidae

11 74

Eunicidae

2318

Lumbrineridae

472

Estações de coleta (número de indivíduos) 6646(1); 6661(1); 6766(1); 6772(1) 6657(1); 6658(6); 6737(2); 6750(1) 6793(1) 6651(1); 6657(1); 6658(10); 6669(1); 6685(1); 6701(1); 6705(1); 6760(1); 6762(1); 6774(1) 6652(1); 6681(1); 6686(1); 6741(1) 6657(2); 6669(2); 6678(1); 6751(2); 6759(2); 6762(2); 6772(1) 6646(1); 6666(2); 6671(1); 6673(3); 6674(3); 6676(1); 6678(3); 6679(2); 6681(1); 6686(1); 6739(6); 6744(1); 6747(2); 6750(1); 6753(4); 6754(2); 6759(32); 6762(27); 6784(1); 6797(1); 6817(2) 6665(1); 6669(1) 6646(1); 6660(2); 6669(6); 6671(4); 6672(1); 6676(1); 6677(3); 6678(2); 6681(1); 6686(3); 6690(1); 6706(1); 6737(1); 6738(2); 6739(2); 6741(5); 6744(7); 6749(2); 6753(7); 6762(6); 6769(3); 6773(1); 6783(10); 6784(4); 6791(2); 6797(1); 6801(2); 6821(7) 6651(4); 6654(1); 6655(2); 6656(23); 6657(14); 6658(45); 6660(2); 6662(1); 6665(2); 6666(1); 6668(1);6669(8); 6678(3); 6679(8); 6683(1); 6685(2); 6688(2); 6691(1); 6694(1); 6695(1); 6696(1); 6703(3); 6704(1); 6706(2); 6737(2); 6738(2); 6739(2); 6740(7); 6741(1); 6744(2); 6746(5); 6747(2); 6749(2); 6751(12); 6755(4); 6759(1); 6762(2); 6763(3); 6764(3); 6765(1); 6768(10); 6770(2); 6774(7); 6775(2) 6749(2); 6651(1); 6685(1); 6690(1); 6707(1); 6738(1); 6760(5); 6765(3); 6768(1); 6770(2); 6774(1) 6652(2); 6653(1); 6658(20); 6660(1); 6661(30); 6665(15); 6666(2); 6673(4); 6674(1); 6676(1); 6677(1);6681(3); 6686(2); 6738(1); 6739(12); 6741(6); 6744(3); 6749(3); 6750(3); 6753(2); 6755(3); 6758(1); 6759(14); 6762(8); 6763(9); 6764(1); 6765(1); 6766(5); 6768(1); 6769(1); 6772(1); 6774(1) 6659(2); 6676(1); 6739(5); 6759(2) 6650(1); 6651(2); 6652(1); 6656(5); 6657(7); 6660(3); 6661(34); 6665(12); 6666(2); 6669(7); 6674(5); 6676(1); 6678(4); 6679(2); 6681(1); 6685(4); 6695(2); 6706(2); 6736(2); 6738(2); 6739(2); 6740(3); 6741(5); 6742(2); 6744(3); 6746(6); 6747(7); 6749(6); 6751(3); 6753(4); 6754(3); 6755(4); 6756(1); 6758(4); 6759(38); 6760(1); 6763(6); 6765(2); 6766(1); 6772(2); 6775(3) 6681(3); 6753(3); 6760(1); 6762(3); 6772(1) 6658(2); 6661(5); 6666(3); 6672(4); 6681(1); 6686(2); 6706(1); 6739(10); 6741(2); 6750(4); 6755(2); 6759(4); 6762(15); 6763(9); 6769(7); 6772(3) 6646(4); 6651(1); 6652(22); 6653(1); 6654(1); 6656(10); 6657(12); 6658(1); 6660(3); 6661(674); 6662(1); 6665(759); 6666(27); 6667(2); 6669(58); 6670(1); 6671(1); 6672(19); 6673(21); 6674(66); 6675(1); 6676(4); 6678(1); 6679(2); 6681(10); 6684(1); 6685(3); 6686(6); 6693(2); 6695(2); 6697(1); 6699(2); 6706(5); 6739(156); 6740(1); 6741(29); 6742(3); 6744(10); 6747(85); 6748(2); 6749(1); 6750(40); 6752(1); 6753(32): 6754(6); 6758(8); 6759(37); 6760(33); 6761(27); 6762(29); 6763(68); 6764(1); 6765(1); 6766(15); 6769(3); 6772(5); 6773(1) 6646(1); 6652(8); 6653(1); 6654(1); 6656(4); 6657(21); 6658(80); 6661(3); 6665(5); 6666(7); 6669(1); 6671(1); 6672(1); 6673(1); 6674(6); 6678(1); 6680(2); 6681(2); 6684(2); 6686(5); 6688(1); 6689(1); 6691(1); 6692(1); 6696(1); 6698(1); 6699(1); 6700(3); 6704(2); 6706(2); 6707(1); 6735(2); 6736(1); 6737(1); 6738(4); 6739(17); 6740(7); 6741(14); 6743(3); 6744(5); 6746(16); 6747(71); 6748(1); 6749(5); 6750(6); 6751(2); 6752(1); 6753(5); 6754(2); 6755(12); 6758(1); 6759(34); 6760(3); 6761(5); 6762(31); 6763(27); 6765(2); 6766(4); 6768(1); 6769(8); 6770(1); 6772(5); 6774(4); 6775(2); 6793(1)

Cont.

79

Oenonidae

Total de Inds. 64

Onuphidae

157

Anchinothria sp. 1 Brevibrachium sp. Diopatra sp. 1 Diopatra sp. 2 Diopatra sp. 3 Diopatra tridentata Hyalinoecia sp. 1

5 1 4 10 24 16 61

Kinbergonuphis sp. 1 Kinbergonuphis sp. 2

2 406

Kinbergonuphis sp. 3

31

Kinbergonuphis sp. 4

731

Kinbergonuphis sp. 5 Mooreonuphis nebulosa Mooreonuphis sp. 1 Mooreonuphis sp. 2 Nothria sp. 1

159 5 1 139 422

Nothria sp. 2

367

Nothria sp. 3

132

Nothria sp. 4 Paradiopatra sp. Rhamphobranchium sp.

1 4 67

Oweniidae

153

Sabellariidae Sabellidae

13 326

Chone sp.

13

Táxons

Estações de coleta (número de indivíduos) 6651(1); 6652(1); 6654(3); 6656(4); 6658(12); 6660(1); 6661(1); 6665(1); 6666(1); 6670(1); 6671(1); 6672(1); 6673(1); 6674(1); 6681(1); 6683(1); 6685(3); 6686(2); 6694(1); 6698(1); 6706(1); 6738(2); 6739(1); 6741(6); 6744(2); 6750(2); 6753(2); 6759(9) 6646(1); 6651(2); 6652(19); 6653(2); 6660(4); 6661(8); 6665(2); 6666(16); 6668(1); 6669(1); 6671(12); 6672(12); 6678(2); 6680(3); 6681(1); 6685(4); 6686(3); 6694(2); 6695(5); 6698(1); 6699(11); 6703(3); 6706(11); 6759(2); 6779(13); 6780(3); 6784(2); 6787(1); 6792(1); 6793(2); 6801(2); 6817(1); 6821(4) 6661(2); 6665(3) 6703(1) 6661(2); 6794(1); 6810(1) 6658(1); 6661(6); 6678(3) 6751(5); 6759(19) 6656(2); 6657(9); 6658(2); 6669(1); 6694(1); 6789(1) 6652(1); 6660(6); 6661(18); 6665(15); 6666(2); 6672(4); 6673(8); 6674(4); 6676(2); 6686(1) 6701(2) 6644(3); 6646(1); 6651(15); 6652(41); 6653(3); 6654(50); 6655(5); 6656(8); 6657(22); 6658(3); 6660(1); 6661(9); 6664(1); 6666(2); 6668(1); 6669(25); 6670(1); 6674(1); 6683(6); 6684(2); 6685(3); 6688(2); 6690(1); 6691(5); 6693(2); 6694(7); 6695(7); 6697(2); 6700(4); 6703(5); 6704(1); 6705(8); 6706(26); 6707(1); 6776(1); 6777(4); 6779(20); 6780(14); 6782(2); 6783(7); 6784(3); 6786(1); 6788(9); 6790(2); 6793(13); 6794(2); 6798(12); 6800(2); 6801(13); 6802(7); 6807(1); 6809 (6); 6810(5); 6811(2); 6814(1); 6818(4); 6819(1) 6654(1); 6656(2); 6657(16); 6661(1); 6666(1); 6678(2); 6694(1); 6759(3); 6794(3); 6822(1) 6646(3); 6652(10); 6653(2); 6655(1); 6661(328); 6664(1); 6665(219); 6666(16); 6667(2); 6669(4); 6670(1); 6671(2); 6672(8); 6673(10); 6676(3); 6677(2); 6678(6); 6681(11); 6686(10); 6690(3); 6697(1); 6698(1); 6699(4); 6703(2); 6706(1); 6752(1); 6759(1); 6763(2); 6778(6); 6779(25); 6780(1); 6782(8); 6785(1); 6787(5); 6790(5); 6791(5); 6793(1); 6796(3); 6801(1); 6805(1); 6807(1); 6811(1); 6813(1); 6815(2); 6816(4); 6818(1); 6819(1); 6821(2); 6822(1) 6661(1); 6759(158) 6658(5) 6674(1) 6674(9); 6759(126); 6787(4) 6661(48); 6665(139); 6673(6); 6693(2); 6785(1); 6786(215); 6787(3); 6811(5); 6815(3) 6646(1); 6656(6); 6657(3); 6661(228); 6665(93); 6666(1); 6671(1); 6672(11); 6673(4); 6676(4); 6678(1); 6681(8); 6686(6) 6652(1); 6657(1); 6660(1); 6661(74); 6665(39); 6672(12); 6673(1); 6681(2); 6686(1) 6665(1) 6693(2); 6748(1); 6812(1) 6661(5); 6666(2); 6669(1); 6674(6); 6681(1); 6759(51); 6787(1) 6594(1); 6652(10); 6656(1); 6658(38); 6660(8); 6661(32); 6665(4); 6666(6); 6669(9); 6672(3); 6674(1); 6676(1); 6678(1); 6681(1); 6684(1); 6685(1); 6739(4); 6741(1); 6744(6); 6750(2); 6751(1); 6753(5); 6755(1); 6758(1); 6759(10); 6762(2); 6763(1); 6772(1) 6659(1); 6661(2); 6669(6); 6672(1); 6693(1); 6762(1); 6789(1) 6651(1); 6657(4); 6658(74); 6660(2); 6661(43); 6665(14); 6666(13); 6669(6); 6671(5); 6672(3); 6673(9); 6674(2); 6676(7); 6678(1); 6679(1); 6681(13); 6686(10); 6693(1); 6699(2); 6706(1); 6739(15); 6741(8); 6744(1); 6747(1); 6749(1); 6750(24); 6753(8); 6754(1); 6759(20); 6762(18); 6763(8); 6764(1); 6765(2); 6766(3); 6768(1); 6772(2) 6658(1); 6661(7); 6681(1); 6744(1); 6754(1); 6759(2)

Cont.

80

Euchone sp. Potamethus singularis Pseudopotamilla reniformes Pseudopotamilla sp. 2 Sabellidae sp. 1 Sabellidae sp. 2 Serpulidae

Total de Inds. 9 1 4 1 1 3 1003

Ficopomatus sp. Hydroides plateni Placostegus sp. Pseudovermilia occidentalis Pseudovermilia sp. Cirratulidae

15 3 10 44 29 499

Ctenodrilidae Fauveliopsidae Fauveliopsis cf. olgae Fauveliopsis fauchaldi Fauveliopsis sp. Flabelligeridae

12 1 6 45 104

Sternaspidae

74

Ampharetidae

681

Pectinariidae

26

Terebellidae

342

Terebellides sp.

11

Trichobranchidae

31

Chaetopteridae

2

Táxons

Estações de coleta (número de indivíduos) 6666(1); 6681(1); 6739(2); 6744(1); 6759(4) 6681(1) 6661(2); 6739(1); 6741(1) 6739(1) 6754(1) 6676(3) 6658(46); 6661(367); 6665(196); 6666(15); 6669(38); 6672(8); 6673(2); 6676(5); 6678(1); 6679(1); 6681(27); 6686(48); 6739(16); 6741(43); 6750(77); 6753(20); 6754(3); 6757(1); 6758(1); 6759(17); 6760(12); 6762(53); 6763(3); 6766(2); 6769(1) 6665(5); 6762(5); 6739(5) 6739(3) 6739(10) 6665(10); 6672(1); 6681(1); 6739(20); 6744(1); 6762(11) 6665(3); 6666(1); 6681(1); 6686(1); 6739(14); 6762(9) 6644(3); 6651(2); 6656(3); 6657(11); 6658(36); 6660(3); 6661(55); 6665(7); 6666(3); 6669(5); 6671(4); 6673(1); 6674(5); 6678(2); 6680 (1); 6681 (2); 6684(2); 6689(1); 6697(1); 6699(2); 6705(1); 6706(2); 6738(12); 6739(5); 6740(1); 6741(5); 6743(3); 6744(16); 6746(1); 6747(20); 6748(2); 6749(2); 6750(7); 6751(3); 6752(8); 6753(18); 6754(4); 6756(3); 6758(1); 6759(105); 6761(5); 6762(84); 6763(16); 6764(1); 6765(3); 6766(6); 6768(1); 6769(1); 6770(1); 6772(1); 6773(2); 6774(6); 6775(3); 6785(1) 6738(3); 6742(1); 6744(3); 6749(1); 6759(4) 6684(1) 6652(1); 6684(2); 6697(1); 6701(1); 6760(1) 6661(32); 6669(3); 6678(10) 6650(1); 6657(1); 6658(43); 6660(1); 6661(3); 6665(13); 6666(2); 6669(1); 6678(5); 6679(1); 6686(1); 6693(1); 6705(1); 6735(2); 6739(1); 6740(1); 6741(2); 6747(1); 6749(1); 6750(4); 6751(2); 6756(2); 6757(1); 6758(1); 6759(4); 6760(1); 6762(4); 6763(1); 6769(1); 6772(1) 6653(2); 6654(12); 6655(2); 6656(4); 6662(1); 6665(1); 6668(2); 6669(1); 6676(1); 6683(16); 6688(4); 6696(1); 6700(4); 6704(5); 6736(4); 6740(1); 6746(2); 6751(2); 6755(1); 6760(1); 6763(1); 6764(1); 6768(2); 6770(1); 6773(1); 6775(1) 6644(1); 6651(2); 6652(3); 6654(2); 6656(1); 6657(12); 6658(26); 6659(1); 6660(7); 6661(33); 6665(7); 6666(7); 6669(5); 6671(3); 6672(1); 6673(10); 6674(8); 6676(2); 6678(8); 6679(18); 6680(2); 6681(4); 6697(1); 6685(2); 6686(2); 6688(1); 6692(1); 6693(1); 6698(5); 6703(3); 6706(5); 6735(5); 6737(2); 6738(1); 6739(46); 6740(1); 6741(6); 6744(9); 6746(1); 6747(6); 6749(4); 6751(7); 6752(2); 6753(17); 6754(3); 6755(9); 6756(2); 6758(10); 6759(324); 6760(18); 6761(4); 6763(4); 6764(1); 6765(4); 6768(1); 6774(5); 6775(2); 6779(1); 6783(2) 6654(1); 6661(1); 6665(2); 6669(1); 6672(1); 6674(2); 6676(1); 6739(8); 6741(2); 6750(1); 6753(4); 6760(1); 6765(1) 6652(3); 6658(60); 6661(18); 6665(18); 6666(4); 6669(1); 6671(1); 6673(1); 6674(3); 6677(1); 6678(5); 6679(145); 6681(1); 6686(5); 6692(3); 6694(1); 6695(1); 6698(1); 6700(1); 6706(1); 6739(30); 6740(2); 6741(1); 6744(1); 6746(3);6753(1); 6754(1); 6759(12); 6761(1); 6762(11); 6763(2); 6769(1); 6772(2) 6666(2); 6780(1); 6783(1); 6784(3); 6787(1); 6797(1); 6813(1); 6822(1) 6644(1); 6658(7); 6660(1); 6666(1); 6671(1); 6676(1); 6681(2); 6738(1); 6746(2); 6747(3); 6749(2); 6750(1); 6751(2); 6753(2); 6759(4) 6665(1); 6677(1)

Cont.

81

Táxons Magelonidae

Total de Inds. 91

Magelona sp. 1

27

Magelona sp. 2

17

Magelona sp. 3 Magelona variolamellata Heterospionidae Poecilochaetidae

4 11 3 45

Poecilochaetus sp. Poecilochaetus sp. 1 Poecilochaetus sp. 2 Poecilochaetus sp. 3 Spionidae

4 2 7 8 692

Aonides sp. Dipolydora sp. Laonice cirrata Laonice sp. Malacocerus indicus Minuspio sp. Paraprionospio pinnata Polydora sp. Prionospio dubia Prionospio (Minuspio) cirrifera Prionospio steenstrupi

1 2 1 6 2 2 8 1 10 1 28

Scolelepis texana Spiophanes sp. Spiophanes berkeleyorun

1 1 149

Spiophanes bombyx Spiophanes duplex Spiophanes kroeyeri Total

46 3 1 17342

Estações de coleta (número de indivíduos) 6651(1); 6659(8); 6660(1); 6661(1); 6673(1); 6683(1); 6738(2); 6739(10); 6741(4); 6744(8); 6749(13); 6750(3); 6752(1); 6753(7); 6754(6); 6758(1); 6759(5); 6760(4); 6761(1); 6762(3); 6765(1); 6768(1); 6773(1); 6774(3); 6775(4) 6651(3); 6652(2); 6665(1); 6666(5); 6671(2); 6672(4); 6673(1); 6676(1); 6779(2); 6786(2); 6792(2); 6812(1); 6815(1) 6652(1); 6660(4); 6665(1); 6671(2); 6698(1); 6706(1); 6783(4); 6790(1); 6791(1); 6813(1) 6783(4) 6657(3); 6658(6); 6680(2) 6651(1); 6679(1); 6703(1) 6646(1); 6665(2); 6666(1); 6671(1); 6681(1); 6690(1); 6698(2); 6706(1); 6739(3); 6740(1); 6742(5); 6744(9); 6746(2); 6750(4); 6751(2); 6758(2); 6762(1); 6764(1); 6765(2); 6774(1); 6775(2) 6646(1); 6669(1); 6780(1); 6817(1) 6780(1); 6792(1) 6665(1); 6668(2); 6671(1); 6780(1); 6783(1); 6784(1) 6651(1); 6660(1); 6666(1); 6706(3); 6781(1); 6817(1) 6594(2); 6644(1); 6651(6); 6652(9); 6655(1); 6656(4); 6657(19); 6658(247); 6660(7); 6661(17); 6662(2); 6665(10); 6666(6); 6667(1); 6668(1); 6669(5); 6671(2); 6674(7); 6676(10); 6677(4); 6678(3); 6679(2); 6681(1); 6684(1); 6685(3); 6686(3); 6690(1); 6696(3); 6698(2); 6703(2); 6705(2); 6706(2); 6735(8); 6737(2); 6738(14); 6739(43); 6741(10); 6744(18); 6747(10); 6748(1); 6749(5); 6750(7); 6751(10); 6752(1); 6754(2); 6758(5); 6759(92); 6760(2); 6761(9); 6762(22); 6763(13); 6764(1); 6768(8); 6769(6); 6772(2); 6773(3); 6774(8); 6775(5) 6760(1) 6659(2) 6755(1) 6738(3); 6755(1); 6760(2) 6747(1); 6762(1) 6749(2) 6736(1); 6740(2); 6746(3); 6755(2) 6739(1) 6739(7); 6765(1); 6774(2) 6751(1) 6678(1); 6741(4); 6742(1); 6744(2); 6747(3); 6749(1); 6756(1); 6762(12); 6765(2); 6774(1) 6739(1) 6770(1) 6736(2); 6739(4); 6746(2); 6753(1); 6756(1); 6758(7); 6759(96); 6761(1); 6762(33); 6765(1); 6774(1) 6738(1); 6739(3); 6747(2); 6754(1); 6759(33); 6762(4); 6763(2) 6746(1); 6759(2) 6739(1)

Referências Bibliográficas AMARAL, A.C.Z. & MIGOTTO, A.E. 1980. Importância dos anelídeos poliquetas na alimentação da macrofauna demersal e epibentônica da região de Ubatuba. Boletim do Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo, 29(2): 31-35. AMARAL, A.C.Z. & NONATO, E.F. 1996. Annelida Polychaeta: características, glossário e chaves para famílias e gêneros da costa brasileira. Campinas: Ed. Unicamp. 124p. MÜHLENHARD-SIEGEL, U. 1988. Quantitative investigations of Antartic zoobenthos communities in winter (May/June) 1986 with special reference to the sediment structure. Arch. Fisch Wiss., 39(1): 123-141. 82

PEARSON, T.H. & ROSENBERG, R. 1978. Macrobenthic sucession in relation to organic enrichment and pollution of the marine environment. Oceanography and Marine Biology: an annual review, 16: 229-311. ROUSE, G.W. & PLEIJEL, F. 2001. Polychaetes. Oxford University Press. Inc., New York. 354p.

83

SUB-FILO CRUSTACEA

O sub-filo Crustacea é composto por animais que apresentam a maior diversidade morfológica entre todos os seres vivos (Martin & Davis, 2001). Atualmente, o número de espécies descritas é de aproximadamente 52.000. O grupo pode apresentar espécies microscópicas, componentes do zooplâncton, e formas gigantescas, como o caranguejo aranha japonês Macrocheira kaempferi, que pode atingir, com os quelípodos estendidos, até 4 m de comprimento, ou como o caranguejo gigante da Tasmânia, Pseudocarcinus gigas, que pode alcançar até 46 centímetros de largura da carapaça. Entre os crustáceos, a ordem Decapoda abriga as formas mais conhecidas, como os caranguejos e siris, lagostas, camarões e ermitões, provavelmente pelo fato de serem amplamente explorados comercialmente, seja para alimentação ou como isca para pesca ou como animais de aquários ornamentais, nesse caso, os ermitões.

84

ORDENS DECAPODA & STOMATOPODA

PAULO R. NUCCI, GUSTAVO A. S. DE MELO, GUSTAVO A. S. DE MELO-FILHO & OSWALDO CAMPOS JÚNIOR

Pylopagurus discoidalis (A. Milne-Edwards, 1880) Foto: A.TURRA

Características Nos Decapoda, a carapaça e os segmentos torácicos são fusionados dorsalmente e as porções laterais da carapaça envolvem as brânquias, formando câmaras branquiais bem definidas. Os 3 primeiros pares de apêndices torácicos são modificados em maxilípodos (peças bucais) e os 5 pares restantes são os pereiópodos (patas ou pernas), de onde se origina o nome Decapoda (deka = dez; podos = pé). Geralmente, o primeiro par de pereiópodos não é usado na locomoção, é muito mais forte do que os demais, sendo chamado de quelípodo, podendo ser usado na apreensão e “manuseio” de alimentos e como arma de defesa. Com relação aos hábitos alimentares, a maioria dos decápodos associa a predação com saprofagia, existindo, ainda, espécies filtradoras, detritívoras e herbívoras. Os decápodos podem habitar todos os ambientes marinhos, desde regiões profundas até a zona costeira, também em estuários, água doce, com algumas espécies apresentando hábitos semi-terrestres. A ordem Stomatopoda pertence à subclasse Hoplocarida e é considerada uma das mais primitivas entre os Malacostraca (Manning, 1969). Embora primitivos, seus membros são altamente especializados. São notáveis predadores e chegam a atingir 30 cm de comprimento total. Vivem em diversos tipos de fundo e profundidades, sendo que algumas espécies vivem em buracos na areia ou na lama. São conhecidos por vários nomes regionais, como: louva-deus do mar, tamburutaca, entre outros. Distribuem-se em todos os oceanos tropicais e subtropicais. Os estomatópodos apresentam 8 pares de apêndices torácicos, sendo os primeiros 5 considerados maxilípodos e são subquelados, e os últimos 3, patas ambulatórias. O segundo maxilípodo é o maior e possui uma forte garra raptorial, cujo dátilo apresenta, 85

geralmente, uma série de fortes espinhos. Uma das principais características dos Stomatopoda é a presença de 2 somitos móveis anteriores à carapaça. A maioria das espécies apresenta uma carena mediana na carapaça, que, muitas vezes, se bifurca anteriormente. O abdome é formado por 6 somitos achatados, armados, geralmente, com carenas longitudinais. A ordem Stomatopoda está dividida, presentemente, em 7 superfamílias e 18 famílias (Martin & Davis, 2001) das quais 10 ocorrem no litoral brasileiro. Informações sobre as ordens: Melo (1996, 1999); Martin & Davis (2001). Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-7. ORDEM DECAPODA INFRAORDEM BRACHYURA DROMIIDAE De Haan, 1833 Cryptodromiopsis antillensis (Stimpson, 1858) LATREILIIDAE Stimpson, 1858 Latreillia williamsi Melo, 1990 CYCLODORIPPIDAE Ortmann, 1892 Clythrocerus carinatus Coelho, 1973 Clythrocerus moreirai Tavares, 1993 Deilocerus analogus (Coelho, 1973) Deilocerus perpusillus (Rathbun, 1901) Neocorycodus stimpsoni (Rathbun, 1937) CYMONOMIDAE Bouvier, 1897 Cymonomus magnirostris Tavares, 1991 Cymonomus quadratus A. Milne Edwards, 1880 DORIPPIDAE De Hann, 1833 Ethusa tenuipes Rathbun, 1897 PORTUNIDAE Rafinesque, 1815 Portunus spinimanus Latreille, 1819 CALAPPIDAE De Haan, 1833 Acanthocarpus alexandri Stimpson, 1871 GONEPLACIDAE MacLeay, 1838 Bathyplax typhla A. Milne Edwards, 1880 Chasmocarcinus typicus Rathbun, 1898 Frevillea hirsuta (Borradaile, 1916) Neopilumnoplax americana (Rathbun, 1898) PALICIDAE Bouvier, 1897 Palicus sica (A. Milne Edwards, 1880) Palicus sp. GERYONIDAE Colosi, 1924 Chaceon ramosae Manning, Tavares & Albuquerque, 1989 XANTHIDAE MacLeay, 1838 Micropanope nuttingi (Rathbun, 1898) Tetraxanthus rathbuni Chace, 1939 MAJIDAE Samouelle, 1819 Euprognatha acuta A. Milne Edwards, 1880 Microlissa brasiliensis (Rathbun, 1923) Rochinia gracilipes A. Milne Edwards, 1875 Stenocionops furcata (Oliver, 1791) Stenocionops spinosissima (Saussure, 1857) Stenocionops spinimana (Rathbun, 1892)

PARTHENOPIDAE MacLeay, 1838 Parthenope (Platylambrus) fraterculus (Stimpson, 1871) INFRAORDEM PALINURA SCYLLARIDAE Latreilli, 1825 Scyllarides deceptor Holthuis, 1963 INFRAORDEM ASTACIDEA NEPHROPIDAE Dana, 1852 Nephropsis aculeata Smith, 1881 Metanephrops rubellus (Moreira, 1903) INFRAORDEM ANOMURA CHIROSTYLIDAE Ortmann, 1892 Munidops sp. Uroptychus nitidus (A. Milne Edwards, 1880) GALATHEIDAE Samouelle, 1819 Munida iris A. Milne Edwards, 1880 Minida longipes A. Milne Edwards, 1880 Munida forceps A. Milne Edwards, 1880 Munida flinti Benedict, 1902 Munida irrasa A. Milne Edwards, 1880 Munida constricta A. Milne Edwards, 1880 Munida pusilla Benedict, 1902 Munida spinifrons Henderson, 1885 LITHODIDAE Samouelle, 1819 Paralomis grossmani Macpherson, 1988 Lithodes murrayi Henderson, 1888 PARAPAGURIDAE Smith, 1882 Oncopagurus gracilis (Henderson, 1888) PAGURIDAE Latreille, 1803 Pylopagurus discoidalis (A. Milne Edwards, 1880) Iridopagurus reticulatus García-Gómez, 1983 Phimochirus occlusus (Henderson, 1888) Catapagurus sharreri A. Milne Edwards, 1880 Nematopaguroides fagei Forest & Saint Laurent, 1967 DIOGENIDAE Ortmann, 1892 Dardanus insignis (Saussure, 1858) Paguristes iris Forest & Saint Laurent, 1967 ORDEM STOMATOPODA HEMISQUILLIDAE Manning, 1980 Hemisquilla brasiliensis (Moreira, 1903)

86

Comentários Gerais Os caranguejos litodídeos eram representados, na costa brasileira, por 2 espécies do gênero Paralomis. Recentemente, por meio do Programa REVIZEE, foram registradas pelo menos mais 2 espécies (o material ainda está sendo estudado) da família Lithodidae, sendo registrado pela primeira vez o gênero Lithodes para águas brasileiras. Os caranguejos da família Lithodidae são comuns nas águas frias da Argentina e Chile, onde são bastante explorados comercialmente. Como buscam águas mais frias, só recentemente vêm sendo encontrados no Brasil, em grandes profundidades, o que impossibilita, no momento, sua exploração comercial por navios brasileiros. Entre os táxons identificados estão incluídos espécimens coletados com espinhel ou com armadilhas. Registro de Ocorrência dos Táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Dromiidae Cryptodromiopsis antillensis Latreiliidae Latreillia williamsi Cyclodorippidae Clythrocerus carinatus Clythrocerus moreirai Deilocerus analogus Deilocerus perpusillus Neocorycodus stimpsoni Cymonomidae Cymonomus magnirostris Cymonomus quadratus Dorippidae Ethusa tenuipes Portunidae Portunus spinimanus Callapidae Acanthocarpus alexandri Goneplacidae Bathyplax typhla Chasmocarcinus typicus Frevillea hirsuta Neopilumnoplax americana Palicidae Palicus sica Palicus sp. Geryonidae Chaceon ramosae Xanthidae Micropanope nuttingi Tetraxanthus rathbuni Majidae Euprognatha acuta

Total de inds.

Estações de coleta (nº de indivíduos)

2

6671(1); 6672(1)

2

6661(2)

2 9 8 2 2

6661(1); 6673(1) 6661(4); 6665(4); 6671(1) 6661(1); 6672(3); 6673(1); 6674(1); 6686(2) 6676(1); 6681(1) 6661(2)

18 5

6679(18) 6665(4); 6660(1)

3

6661(1); 6669(1); 6681(1)

1

sn(1)

1

sn(1)

4 1 1 2

sn(1); 6679(3) 6703(1) 6678(1) 6661(1); 6706(1)

5 1

6660(1); 6678(2); 6681(1); 6686(1) 6673(1)

7

#1-1999(4); #3-2000(1); sn(2)

3 2

6661(3) 6683(2)

237

6636(1); 6661(26); 6664(1); 6665(180); 6666(3); 6672(1); 6673(4); 6674(2); 6681(6); 6686(13);

Cont.

87

Táxons Microlissa brasiliensis Rochinia gracilipes Stenocionops furcata Stenocionops spinosissima Stenocionops spinimana Parthenopidae Parthenope (P.) fraterculus Scyllaridae Scyllarides deceptor Nephropidae Nephropsis aculeata Metanephrops rubellus Chirostylidae Munidops sp. Uroptychus nitidus Galatheidae Munida iris Munida longipes

Total de inds. 3 4 2 17 22

6661(13); 6681(3); 6686(2)

3

sn(3)

3 2

sn(3) sn(2) 6693(1) 6679(3); 6782(1); 6811(1);

5 71 5 16

Munida irrasa

10

Munida constricta

5

Nematopaguroides fagei Diogenidae Dardanus insignis Paguristes iris Hemissquillidae Hemisquilla brasiliensis Total

sn – sem número

6665(3) 6661(1); 6674(3) 6661(2) sn(1); 6661(10); 6664(3); 6665(1); 6673(1); 6681(1) 6661(21); 6684(1)

18

Munida forceps Munida flinti

Munida pusilla Munida spinifrons Lithodidae Paralomis grossmani Lithodes murrayi Parapaguridae Oncopagurus gracilis Paguridae Pylopagurus discoidalis Iridopagurus reticulatus Phimochirus occlusus Catapagurus sharreri

Estações de coleta (nº de indivíduos)

1004(4); 1141(1); 6684(1) 403(1); 405(1); 1004(54); 1005(13); 1007(1); 1139(1); 6651(1); 6660(20);6665(21); 6671(5) 1019(2); 1139(1); 11--(1); 1246(1); 6660(7); 6693(1); 419(1); 921(1); 1012(1); 1019(3); 1020(6); 1123(4); 6651(3); 6652(1); 6660(4) 138(4); 4859(6); 6661(61); 6665(54); 6673(1); 6676(6); 6678(1); 6681(48); 6686(8) 1142(1); 1255(2); 1256(2); 6659(1); 6679(9); 6684(2); 6693(2) 6661(8);6665(2); 6666(11); 667?(1); 6673(1); 6686(5) 6673(5)

1 10

#3 #2(8); #3(2)

17

6659(10); 6670(1); 6684(1); 6786(3); 6811(1); 6815(1)

26 1 5 67 2

6659(2); 6660(19); 6665(4); 6786(1) 6786(1) 6661(5) 6660(1); 6661(50); 6665(10); 6666(1); 6673(2); 6674(1); 6678(1); 6686(1) 6658(2)

1 1

6658(1) 6673(1)

13 648

sn(13)

88

Referências Bibliográficas MANNING, R.B. 1969. Stomatopod Crustacea of the Western Atlantic. University of Miami Press. 380p. MARTIN, J.W. & DAVIS, G.E. 2001. An Update Classification of the Recent Crustacea. Los Angeles, Natural History Museum of Los Angeles County. Science Series, No 39. 124p. MELO, G.A.S. 1996. Manual de Identificação dos Brachyura (Caranguejos e Siris) do Litoral Brasileiro. São Paulo, Plêiade. 603p. MELO, G.A.S. 1999. Manual de Identificação dos Crustacea Decapoda do Litoral Brasileiro: Anomura, Thalassinidea, Palinuridea, Astacidea. São Paulo, Editora Plêiade. 551p.

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SUPER-ORDEM PERACARIDA/ ORDEM TANAIDACEA Pseudosphyrapus sp. Foto: K.C.SANTOS

KÁTIA CHRISTOL DOS SANTOS

Características Tanaidacea distinguem-se dos outros Peracarida pela carapaça presente e fundida com os dois primeiros segmentos torácicos, o primeiro toracópodos transformado em maxilípedes e o segundo em um gnatópodo; toracópodos 3-7 simples, ambulatórios; pleópodos presentes ou ausentes; Urópodos filamentosos; telson e pelo menos o 1 ou 2 pleonitos fundidos com o pleotelson. Como em outros Peracarida, os primeiros estágios de desenvolvimento, chamado de manca, ocorre dentro do marsúpio, formado pelos oostégitos ou ovisaco. Em Tanaidacea pode ocorrer hermafroditismo protândrico e protogênico, variando entre os taxa. O desenvolvimento é similar, geralmente envolvendo três estágios manca, estágio juvenil, machos e fêmeas preparatórios e copulatórios primários, não sendo entretanto, uma regra para todos os taxa. Embora muitos trabalhos classifiquem os Tanaidacea como principalmente tubícolas, a construção de um tubo, buraco ou ninho no qual vive é desenvolvido por relativamente poucos gêneros. Os construtores de tubo estão restritos a poucos gêneros da Subordem Tanaidomorpha, entretanto muitos gêneros de Apseudomorpha são bem adaptados para escavar sedimentos. Os tubos de Tanaidacea consistem de uma estrutura mucosa que pode permanecer nua ou ser recoberta por diversos tipos de material disponíveis nas proximidades, como lodo, silte, areia, foraminíferos, espículas de esponja e detritos orgânicos. Apesar do grande número de trabalhos taxonômicos feitos no passado, a Ordem é praticamente ignorada na maior parte das discussões que abordam aspectos ecológicos ou zoogeografia. Os poucos trabalhos que trataram da distribuição de Tanaidacea abordaram o grupo no nível de Família ou mesmo de Ordem. Os dados para Tanaidomorpha estudado por Sieg (1983) revelaram que Tanaidae, Paratanaidae e Nototanaidae (com algumas exceções) são taxa de águas rasas. Pseudotanaidae e Anarthruridae alcançam de profundidades batiais a 90

hadais. Leptognathiidae e Neotanaidae mostram um aumento progressivo na riqueza de espécies em profundidades batiais as quais gradualmente decrescem em profundidades habissais e hadais. Não há dúvida que Leptognathiidae é uma família típica de águas profundas. Informações sobre a Ordem: Holdich & Jones (1993), Sieg (1986), Sieg (1983), Hassack & Holdich (1987) Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-3. SUBORDEM APSEUDOMORPHA Sieg,1980 APSEUDIDAE Leach,1814 METAPSEUDIDAE Lang,1970 SPHYRAPIDAE Gutu,1980

SUBORDEM TANAIDODOMORPHA Sieg,1980 ANARTHRURIDAE Lang,1971 LEPTOCHELIIDAE Lang,1973 PARATANAIDAE Lang,1949 TANAIDAE Dana,1849 TYPHLOTANAIDAE Sieg,1984

Comentários Gerais Trabalhos sobre os Tanaidacea brasileiros foram mais intensamente desenvolvidos na década de 70, onde Brum (1969,1971,1973,1974,1977 e 1978) trabalhando com a coleção de Tanaidacea do Museu Nacional do Rio de Janeiro fez o levantamento da antiga Subordem Monokonophora. Mais recentemente Gutu (1998) designou a ocorrência de 29 espécies da costa brasileira no “Catalogue of Crustacea of Brazil”, baseado na bibliografia com referências a ocorrência do grupo na costa brasileira, com coletas inferiores a 100m de profundidade. O levantamento da distribuição batimétrica e latitudinal está em estudo, contando com material coletado em diversos cruzeiros oceanográficos realizados por grandes projetos (incluindo REVIZEE), bem como proveniente da coleção de museus nacionais, abrangendo desde a região entre-marés até a quebra da plataforma e talude, permitindo um melhor conhecimento da Ordem no Brasil. As Famílias Sphyrapidae, Anarthruridae e Typhlotanaidae são ocorrências novas para a costa brasileira, já que não foram incluídas no levantamento citado acima (Gutu, op.cit.). São Famílias típicas de águas profundas, região que vem sofrendo uma maior investigação científica nos últimos anos. A Família Leptocheliidae e Anarthruridae atualmente estão passando por revisão de especialistas estrangeiros devido a inúmeras sinonímias, especialmente da F. Leptocheliidae e por conta de descrições incompletas baseadas em um pequeno número de indivíduos ou mesmo em um único exemplar incompleto ou imaturo, particularmente na F. Anarthruridae, que só é encontrada em águas profundas. A Família Metapseudidae foi representada por um grande número de indivíduos, especialmente coletados na estação 6661 (147m). Os Metapseudidae são representados na costa brasileira pelas espécies Calozodion bacescui Gutu,1986 e C. codreanui Gutu,1986 e Synapseudes rectifrons Gutu,1986, geralmente coletados em grandes densidades.

91

Registro de Ocorrência por Táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Apseudidae

Total de inds. 14

Metapseudidae

334

Sphyrapidae Anarthruridae Leptocheliidae Paratanaidae Tanaidae Typhlotanaidae Total

1 5 24 18 3 99 498

Estações de coleta (nº de indivíduos) 6381(1); 6651(2); 6652(1); 6660(1); 6664(2); 6673(1); 6674(1); 6678(1); 6686(1); 6688(2); 6694(1) 6661(257); 6665(18); 6666(2); 6667(2); 6669(2); 6672(19); 6673(2); 6674(1); 6676(3); 6678(3); 6679(22); 6681(2); 6686(1) 6666(1) 6660(2); 6661(2); Avulso(1) 6661(5); 6665(13); 6669(1); 6672(1); 6676(1); 6678(2); 6679(1) 6661(7); 6665(10); 6672(1) 6660(2); 6665(1) 6661(7); 6665(51); 6666(6); 6672(6); 6673(25); 6676(4)

Referências Bibliográficas BRUM, I.N.S. 1969. Ocorrência de Apseudes intermedius Hansen,1985 e Tanais cavolinii Milne-Edwards,1829, no litoral brasileiro (Crustacea, Tanaidacea). Rev. bras. Biol., 29(4): 601-605. BRUM, I.N.S. 1971. Apseudes paulensis nova espécie de Tanaidacea do litoral brasileiro (Crustacea). Arquivos do Museu Nacional, 54: 9-12. BRUM, I.N.S. 1973. Contribuição ao conhecimento da fauna do Arquipélago de Abrolhos, Bahia, Brasil, N° 4. Crustacea – Tanaidacea. Boletim do Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais, Zoologia, 18: 1-14. BRUM, I.N.S. 1974. Contribuição ao conhecimento da fauna do Arquipélago de Abrolhos, Bahia, Brasil, N° 5. Crustacea – Tanaidacea. Boletim do Museu de História Natural da Universidade Federal de Minas Gerais, Zoologia, 20: 1-10. BRUM, I.N.S. 1977. Tanaidaceos brasileiros da subordem Monokonophora (Crustacea). Dissertação de Mestrado.Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 98 p. BRUM, I.N.S. 1978. Paraleiopus macrochelis, g.n., sp.n., do litoral sudeste do Brasil (tanaidacea, Monokonophora). Rev. Bras. Biol., 38: 639-645. GUTU, M. 1998. Malacostraca – Peracarida. Tanaidacea. In: Young, P.S. (ed.) Catalogue of Crustacea of Brazil. Rio de Janeiro: Museu Nacional. P.549-557. (Série Livros n°6). HOLDICH, D.M. & JONES, J.A. 1993. Tanaids. Cambridge University Press. 98 p. SIEG, J. 1983. Pars 6: Tanaidacea. In L.B. Holthius & H.E. Gruner (eds.), Catalogus Crustaceorum. SIEG, J. 1986. Distribution of the Tanaidacea: synopsis of the known data and suggestions on possible distribution patterns. In Crustacean biogeography (eds R.H. Gore & K.L. Heck): 165-194. Balkema, Rotterdam. HASSACK, E. & HOLDICH, D.M. 1987. The tubicolous habit amongst the Tanaidacea (Crustacea, Peracarida) with particular reference to deep-sea species. Zoologica Scripta, 16(3): 223-233.

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FILO BRYOZOA

MARIA ANGÉLICA HADDAD, FACELÚCIA B. C. SOUZA & RICARDO V. DA SILVA

ASCOPHORINA – Imagem SEM do Instituto Smithsonian (Cheetham et. al. 2002)

Características Os briozoários são invertebrados celomados, coloniais, fixos e predominantemente marinhos em águas costeiras, embora tenham sido encontrados em profundidades de 8200m. São conhecidas aproximadamente 16.000 espécies fósseis e 5.000 viventes, das quais uma pequena parte vive em água doce. A aparência da colônia varia desde uma massa gelatinosa até formas coralinas fortemente calcificadas. Independente do grau de calcificação, as colônias podem ser lineares, laminares, incrustantes ou eretas. As formas arborescentes, levemente calcárias, conferem-lhes o aspecto de musgos, daí o nome briozoário (animal semelhante a musgo), sendo freqüentemente confundidos com algas e hidrozoários. Os briozoários são micrófagos filtradores, portadores de uma estrutura de filtração característica, o lofóforo, uma dobra da parede do corpo que circunda a boca, provida de tentáculos ciliados. Esta coroa de tentáculos é protrusível e a corrente de água que se forma leva partículas alimentares à boca (Rocha & Haddad, 2002). Os zoóides, como são chamados os indivíduos da colônia, dificilmente passam de 0,5mm. O zoóide básico, autozoóide, apresenta duas partes distintas: o cistídio (ou zoécio) e o polipídio. A primeira refere-se ao envoltório em forma de tubo, caixa ou vaso, formado pela parede do corpo e pelo exoesqueleto. O cistídio tem uma abertura, coberta ou não por um opérculo, que permite a protração do lofóforo. Em seu interior, encontra-se as gônadas e o polipídio, constituído pelo lofóforo, sistema digestivo em forma de “U”, músculos e sistema nervoso. Colônias polimórficas são características dos Gymnolaemata, a maior das classes de briozoários, apresentando heterozoóides reduzidos ou modificados, a exemplo das 93

aviculárias, que defendem a colônia de predadores e do recrutamento de larvas, vibráculas, que atuam na limpeza e no deslocamento de algumas espécies vágeis, oécios, com a função de incubar os ovos, e quenozoóides responsáveis pela fixação e brotamento da colônia (Rocha & Haddad, 2002). A Sistemática clássica dos Bryozoa baseia-se principalmente em características do exoesqueleto, como grau de calcificação, forma da abertura, posição e forma dos heterozoóides, etc.. Informações sobre o filo: Marcus, 1937; Ryland & Hayward, 1977; Hayward, 1985. Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-3. CLASSE STENOLAEMATA ORDEM CYCLOSTOMATA STOMATOPORIDAE Pergens & Meunier, 1886 Stomatopora sp. FILISPARSIDAE Borg, 1944 Filisparsa sp. Nevianipora spp. MECYNOECIIDAE Canu, 1918 Mecynoecia sp. TUBULIPORIDAE Johnston, 1838 Tubulipora sp. LICHENOPORIDAE Smitt, 1867 Disporella spp. (3 espécies) Disporella cristata CLASSE GYMNOLAEMATA ORDEM CHEILOSTOMATIDA SUBORDEM MALACOSTEGINA MEMBRANIPORIDAE Busk, 1852 Membranipora membranacea (Linnaeus, 1767) Membranipora tuberculata Marcus, 1937 SUBORDEM FLUSTRINA CUPULADRIIDAE Lagaaij, 1952 Cupuladria monotrema Busk, 1884 Discoporella umbelata Defrance, 1923 Discoporella sp. CANDIDAE d'Orbigny, 1851 Scrupocellaria sp. EPISTOMIIDAE Gregory, 1903 Synnotum aegypticum (Audouin, 1826) STEGINOPORELLIDAE Gregory, 1903 Steginoporella granulosa Steginoporella magnilabris Busk, 1854 CELLARIIDAE Fleming, 1828 Cellaria spp. SUBORDER ASCOPHORINA

CRIBRILINIDAE Hincks, 1879 Puellina radiata ONCHOPORIDAE Levinsen, 1909 ADEONIDAE Busk, 1884 Reptadeonella tubulifera (Canu & Bassler, 1930) LEPRALIELLIDAE Vigneaux, 1949 Celleporaria carvalhoi Souza, 1986 Celleporaria sp. METRARABDOTOSIDAE Vigneaux, 1949 Metrarabdotos unguiculatum Canu & Bassler, 1928 SMITTINIDAE Levinsen, 1909 SMITTINIDAE spp. (2 espécies) SCHIZOPORELLIDAE Jullien, 1883 Schizoporella unicornis Johnston, 1847) Schizoporella spp. MICROPORELLIDAE Hincks, 1879 Microporella ciliata MAMILLOPORIDAE Canu & Bassler, 1927 Mamillopora cupula Smitt, 1878 CREPIDACANTHIDAE Levinsen, 1909 Crepidacantha sp CLEIDOCHASMATIDAE Cheetham & Sandberg, 1964 Cleidochasma porcellana Busk, 1860 CELLEPORIDAE Johnston, 1838 Costazia sp. Aulopocella spp. EXOCHELLIDAE Bassler, 1935 Exochella longirostris Jullien, 1888 PHIDOLOPORIDAE Gabb & Horn, 1862 Rhynchozoon arborescens Canu & Bassler, 1928 Rhynchozoon rostratum Souza, 1986

94

Comentários Gerais Até esta data, foram analisadas cerca de 2/3 das amostras de Bryozoa do Projeto Revizee - Score Sul, registrando-se 50 táxons identificados. Como se observa na Tabela do Registro de Ocorrências, cerca de 2/3 das espécies foram identificadas até o nível de Gênero, de Família ou mesmo de Sub-ordem somente, devido principalmente ao desconhecimento de sua presença na costa brasileira e devido a falta de bibliografia específica, que estamos viabilizando para continuar o estudo. Ficou evidente com as coletas do Projeto Revizee, em profundidades de até 800 m, ainda pouco ou nada investigadas na costa brasileira, que várias espécies de Bryozoa, desconhecidas em águas mais rasas, teriam aqui seu primeiro registro. Algumas foram especialmente abundantes, como a espécie de Onchoporidae, registrada em três estações de coleta, até o momento. É interessante observar que as duas espécies mais abundantes, Cupuladria monotrema e Discoporella umbelata (foto), também são abundantes em fundos não consolidados de águas rasas (Souza, 1986). Estas espécies apresentam uma característica singular e incomum entre os Bryozoa, a capacidade de locomoção através das vibráculas, zoóides modificados para limpeza e deslocamento. Registro de Ocorrência por Táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Ciclostomata sp. 1 Stomatoporidae Stomatopora sp. Filisparsidae Filisparsa sp. Nevianipora sp. 1 Nevianipora sp. 2 Mecynoeciidae Mecynoecia sp. Tubuliporidae Tubulipora sp. Lichenoporidae Disporella cristata Disporella sp. 1 Disporella sp. 2 Disporella sp. 3 Membraniporidae Membranipora membranacea Membranipora tuberculata Cupuladriidae Cupuladria monotrema

Discoporella umbelata

Discoporella sp.

Total de inds. 1

6664(1)

1

6666(1)

1 1 1

6661(1) 6650(1) 6661(1)

1

6674(1)

1

6681 (1)

1 1 1 1

6666(1) 6646(1) 6661(1) 6661(1)

2 1

6661(2) 6674(1)

6922

12200

1

Estações de coleta (nº de indivíduos)

6646(10); 6650(1); 6658(18); 6661(241); 6662(1495); 6666(105); 6668(889); 6669(2607); 6672(31); 6673(305); 6674(427); 6675(11); 6676(378); 6677(119); 6678(90); 6680(1); 6681(23); 6685(63); 6695(10); 6699(6); 6703(92) 6646(59); 6658(1538); 6661(402); 6662(440); 6666(2); 6668(1226); 6669(7033); 6673(140); 6674(439); 6675(3); 6676 (2); 6677(8); 6678(197); 6680(7); 6681(16); 6685(620); 6703(60); 6706(8); 6675(1)

Cont.

95

Táxons Candidae Scrupocellaria sp. Epistomiidae Synnotum aegypticum Steginoporellidae Steginoporella granulosa Steginoporella magnilabris Cellariidae Cellaria sp1 Cellaria sp2 Ascophorina 1 Ascophorina 2 Ascophorina 3 Ascophorina 4 Ascophorina 5 Ascophorina 6 Ascophorina 7 Ascophorina 8 Ascophorina 9 Cribrilinoidea Cribrilinidae Puellina radiata Onchoporidae Adeonidae Reptadeonella tubulifera Lepraliellidae Celleporaria carvalhoi Celleporaria sp. Metrarabdotosidae Metrarabdotos unguiculatum Smittinidae Schizoporellidae Schizoporella unicornis Schizoporella sp. 1 Schizoporella sp. 2 Schizoporella sp. 3 Microporellidae Microporella ciliata Mamilloporidae Mamillopora cupula Crepidacanthidae Crepidacantha sp. Cleidochasmatidae Cleidochasma porcellana Celleporidae Costazia sp. Aulopocella sp. Exochellidae Exochella longirostris Phidoloporidae Rhynchozoon arborescens Rhynchozoon rostratum Total

Total de inds.

Estações de coleta (nº de indivíduos)

1

6664(?); 6674(1)

1

6665(1)

1 3 11 38 2 1 2 5 3 3 1 2 1 1 5 1 +++

6678(1) 6678(2); 6681(1) 6661(7); 6672(2); 6681(2) 6674(1); 6678(35); 6685(2) 6661(1); 6672(1) 6646(1) 6658(2) 6661(1); 6674(1); 6678(2); 6681(1) 6661(1); 6664(1); 6674(1) 6661(3); 6678(?) 6673(1) 6678(2) 6669(1) 6678(1) 6661(5) 6678(1) 6661(muitos fragmentos); 6664(muitos fragmentos); 6673(muitos fragmentos); 6674(1)

1

6678(1)

5 1

6661(1); 6678(4) 6674(1)

2 2

6646(2) 6664(1); 6672(1)

1 1 1 1

6658(1) 6673(1) 6673(1) 6678(1)

6

6658(1); 6661(1); 6673(3); 6678(1)

6

6703(6)

2

6673(2)

2 2 97 1339

1 14 2 20705

6674(1); 6678(1) 6678(2) 6646(4); 6661(23); 6664(2); 6666(3); 6672(14); 6673(23); 6676(2); 6677(6); 6678(10); 6695(1); 6699(6); 6703(3) 6661(67); 6666(5); 6672(12); 6673(12); 6674(99); 6675(11); 6676(4); 6677(3); 6678(81); 6680(1); 6681(2); 6685(8); 6693(1032); 6664(1); 6699(1) 6661(1) 6661(13); 6678(1) 6661(1); 6673(1)

96

Referências Bibliográficas BARBOSA, M.M. 1970. Lista dos Bryozoa recentes e fósseis do Brasil. Publicações avulsas do Museu Nacional, Rio de Janeiro, 54: 3-23. BASSLER, R.S. 1953. Bryozoa. In; Moore, R.C. (Ed.) Treatise on Invertebrate Paleontology. Parte G. Geological Society of America. 253 pp. CANU, F. & BASSLER, R.S. 1928. Bryozoaires du Brésil. Bulletin Societé Seine-&-Oise, 9(5): 58-119, t. 1-9. HAYWARD, P.J. 1985. Ctenostome Bryozoans. In: D.M. Kermack and RSK. Barnes, (eds). Synopses of British Fauna, (New Series), Academic Press, London, 33: 1-169. HAYWARD, P.J. & RYLAND, J.S. 1985. Cyclostome Bryozoans. In: D.M. Kermack and RSK. Barnes, (eds). Synopses of British Fauna, (New Series), Academic Press, London, 34: 1-147. MARCUS, E. & MARCUS, E. 1962. On some lunulitirome Bryozoa. Boletim da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, Universidade de São Paulo, 24: 281-324. MARCUS, E. 1937. Bryozoarios marinhos brasileiros I. Boletim da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, Universidade de São Paulo, Zoologia 1:5-224, est. I-XXIX. MARCUS, E. 1938a. Bryozoarios marinhos brasileiros II. Fac. Fil. Cienc. Letr. Univ. São Paulo, Zool. 2:1-196, est. I-XXIX. MARCUS, E. 1939. Briozoários marinhos brasileiros III. Boletim da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, Universidade de São Paulo, Zoologia 3: 111-353, est. VXXXI. OSBURN, R.C. 1952. Bryozoa of the Pacific coast of America. Part II, CheilostomataAscophora. Allan Hancock Pacific Expeditions. University of California Publications, 14(2): 271-597. ROCHA, R.M. & HADDAD, M.A. 2002. Bryozoa. In: Ribeiro-Costa, C. S. & Rocha, R. M. Invertebrados: Manual de Aulas Práticas. Editora Holos, Ribeirão Preto, 179183. RYLAND, J.S. & HAYWARD, P.J. 1977. British Anascan Bryozoans. In: D.M. Kermack and R.S.K. Barnes, (eds). Synopses of British Fauna, (New Series), Academic Press, London, 10: 1-188. SOULE, J.D; SOULE, D.F & CHANEY, H.W. 1995. Taxonomic Atlas of the Santa Maria Basin and Western Santa Barbara Channel: The Bryozoa. Irene McUlloch Foundation Monograph Series, 2: 343 p. SOUZA, F.B.C. 1986. Ecologie et distribuition des Bryozoaires Cheilostomes dans les sediments des Plateformes continentales de Colombie et du Brésil. Thèse de Doutorat, Université Bordeaux, France. 353pp. http://www.civgeo.rmit.edu.au/bryozoa/orders.html http://porites.geology.uiowa.edu/database/bryozoa/systemat/bryotaxa.htm#cupula

97

FILO BRACHIOPODA RHYNCHONELLIFORMEA

Bouchardia rosea (Mawe, 1823) Foto: L.B.SIMÕES

MARCELLO GUIMARÃES SIMÕES

Nothria sp.

Características O Filo Brachiopoda inclui invertebrados marinhos, bentônicos, que à primeira vista, assemelham-se aos moluscos bivalves, dada a presença de uma concha, em geral, constituída por duas valvas de carbonato de cálcio. Entretanto, esses invertebrados são, do ponto de vista anatômico, muito distintos dos moluscos bivalves. Na realidade, evidências embriológicas, morfológicas e moleculares indicam que os braquiópodes pertencem ao grupo dos Lofoforata, sendo, desse modo, aparentados dos Briozoa, Phoronida e Entoprocta. Em comum, dentre outras características, esses invertebrados compartilham a presença de um órgão, chamado lofóforo. Embora os braquiópodes possam parecer raros atualmente, eles estão distribuídos em todos os oceanos, sendo, na verdade, bastante comuns. Ocorre que, em geral, esses invertebrados colonizam, preferencialmente, fundos em regiões de águas frias e profundas. Cerca de 300 espécies viventes são conhecidas. Entretanto, os braquiópodes foram dominantes nas comunidades marinhas bentônicas da Era Paleozóica, especialmente do Ordoviciano ao Permiano. Na passagem dos períodos Permiano e Triássico (Mesozóico), vários grupos de braquiópodes foram extintos, juntamente com diversos outros grupos de organismos marinhos, naquele que é conhecido como o maior evento de extinção da história geológica da Terra. Classicamente, os braquiópodes são atribuídos a dois grandes grupos, denominados Inarticulata e Articulata (=Rhynchonelliformea). Nas duas últimas décadas, entretanto, o estudo filogenético dos braquiópodes evoluiu muito, havendo, atualmente, propostas de classificação mais refinadas. De maneira muito geral, pode-se dizer que os Inarticulata 98

possuem concha constituída por fosfato de cálcio, sendo as duas valvas conectadas por pequenos músculos. Os Articulata, por sua vez, possuem conchas de carbonato de cálcio, sendo articuladas por um conjunto de músculos adutores e didutores, possuindo também na margem anterior da concha vários dentes e fossetas que facilitam a articulação entre valvas. Nos braquiópodes, as duas conchas que envolvem suas partes moles são designadas de ventral (ou pedicular) e dorsal (ou braquial), havendo tendência entre os sistematas para o abandono dos termos pedicular e braquial. Diferentemente do que ocorre nos moluscos bivalves, nos braquiópodes o plano de simetria (bilateral) passa no meio das valvas (perpendicularmente) e não entre elas. O espaço interior da concha é dividido em duas partes, ou seja, a cavidade do corpo (celoma) e a cavidade do manto, as quais são separadas pela parede anterior do corpo. A cavidade do corpo aloja os órgãos do animal e o sistema muscular, já a cavidade do manto é revestida por uma dupla camada de tecido epitelial, denominada manto. O lofóforo consiste de dois lobos guarnecidos por fileiras de cílios que se projetam a partir da boca, ocupando quase todo espaço da cavidade do manto. A sua função é a de movimentar a água, auxiliando a respiração pelo manto e propiciando a formação de correntes que levam alimentos à boca ou que conduzem para o exterior os produtos da desassimilação e produtos sexuais. O lofóforo pode ou não ser suportado por estruturas rígidas (braquídeo) que se projetam da parede interna da concha, na valva dorsal. Braquiópodes são invertebrados bentônicos, sésseis de epifauna, tipicamente marinhos. Entretanto, raras formas (Lingulata) colonizam ambientes de águas salobras, sendo estas também as únicas de infauna. Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-7. CANCELLOTHYRIDIDAE Thomson, 1926 Terebratulina sp. MEGATHYRIDIDAE Dall, 1870 Argyrotheca cf. cuneata (Risso, 1826)

PLATIDIIDAE Thomson, 1927 Platidia anomioides (Scacchi & Philippi), 1844 BOUCHARDIIDAE Allan, 1940 Bouchardia rosea (Mawe, 1823)

Comentários Gerais Até recentemente a fauna de braquiópodes articulados da plataforma brasileira era representada apenas por uma espécie endêmica, denominada Bouchardia rosea. Essa espécie era reportada, principalmente, para as águas costeiras dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Os dados obtidos pelo programa REVIZEE-Scour Sul, para águas com profundidades entre 99 - 485 m, mostraram, contudo, a presença de uma abundante e amplamente distribuída fauna de braquiópodes. A fauna é mais diversificada do que anteriormente suposto. Fundamentados no exame de mais de 10.000 espécimes, as seguintes espécies foram identificadas (Simões et al., in press): Bouchardia rosea, Platidia anomioides, Argyrotheca cf. cuneata e Terebratulina sp. Nas águas rasas, até 100 metros de profundidade, a fauna é denominada por Bouchardia rosea. Raros especimes jovens (< 2 mm) de Argyrotheca cf. cuneata são também verificados nessas águas. Nas águas com profundidades entre 100 e 200 metros, a fauna de braquiópodes é mais diversificada, 99

incluindo Bouchardia rosea, Terebratulina sp., Argyrotheca cf. cuneata, and Platidia anomioides. Notavelmente, entretanto, Bouchardia rosea foi encontrada em águas tão profundas quanto 485 metros, ampliando consideravelmente a distribuição batimétrica dessa espécie. Também a descoberta de espécimes de Bouchardia rosea em águas do Estado do Paraná, amplia sua distribuição geográfica, cujo limite sul conhecido abrangia as águas do Estado de São Paulo. Os dados do programa REVIZEE-Scour Sul, permitiram identificar, também, pela primeira vez, os gêneros Platidia and Terebratulina em águas do Oceano Atlântico Sul (Kowalewski et al., 2001, Simões et al., in press). Registro de ocorrência por táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Cancellothyrididae Terebratulina sp. Megathyrididae Argyrotheca cf. cuneata

Total de inds.

Estações de coleta (nº de indivíduos)

452

6646(1); 6650(3); 6661(2); 6665(91); 6666(49); 6672(31); 6673(50); 6674(3); 6676(148); 6677(50); 6678(3); 6681(11); 6685(2); 6686(5); 6699(2); 6706(1)

394

6646(1); 6665(14); 6666(46); 6672(30); 6673(46); 6676(165); 6677(65); 6678(10); 6681(10); 6686(7)

446

6665(440); 6666(4); 6672(1); 6686(1)

Platidiidae Platidia anomioides Bouchardiidae Bouchardia rosea

10062

Total

11354

6644(1); 6646(69); 6650(1); 6651(1); 6652(1); 6653(8041); 6665(1); 6669(1); 6673(20); 6674(103); 6678(8); 6686(1); 6695(15); 6698(57); 6699(1268); 6703(194); 6704(1); 6706(137); 6787(5); 6808(137)

Referências Bibliográficas KOWALEWSKI, M.; SIMÕES, M.G.; CARROLL, M. & RODLAND, D.L., 2002. Abundant brachiopods on a tropical, upwelling-influenced shelf (Southeast Brazilian Bight, South Atlantic). Palaios, 17:277-286. SIMÕES, M.G.; KOWALEWSKI, M.; MELLO, L.H.C.; RODLAND, D.L. & CARROL, M. (in press) Present-day terebratulid brachiopods from the southern Brazilian shelf: paleontological and biogeographic implications. Palaeontology.

100

FILO ECHINODERMATA

O filo Echinodermata inclui animais exclusivamente marinhos e, principalmente bentônicos. Estão entre os mais diversificados, abundantes e adaptados organismos da macrofauna bêntica (Hendler et al., 1995), sendo amplamente distribuídos em todos os oceanos e profundidades. Compreendem atualmente cerca de 6.600 espécies recentes e mais de 13.000 fósseis, estando o filo dividido em 6 classes: Crinoidea (lírio-do-mar), Asteroidea (estrelado-mar), Concentricycloidea (margarida-do-mar), Ophiuroidea (serpente-do-mar ou ofiuróides), Echinoidea (ouriço-do-mar) e Holothuroidea (pepino-do-mar). São animais que variam bastante em tamanho, desde menos de 1 cm (como em alguns pepinos-do-mar e serpentes-do-mar) até algumas estrelas, que chegam a atingir 1 m de diâmetro, e pepinos, 2 m de comprimento. São deuterostômios, possuem um celoma bem desenvolvido, um endoesqueleto composto de ossículos calcáreos e simetria radial pentâmera, ou seja, corpo usualmente dividido em cinco partes organizadas em torno de um eixo central. Esta simetria é secundária e as formas larvais são sempre bilaterais. Uma característica única dos equinodermas é a presença de um sistema vascular aquífero, o qual é derivado do celoma como um sistema complexo de canais e reservatórios com uma variedade de funções (Brusca & Brusca, 1990). A autotomia (automutilição) é bastante freqüente no grupo, realizada como meio de defesa e reprodução assexuada e a capacidade de regeneração destes animais é bastante desenvolvida (Tommasi, 1999). Os equinodermas são de vida livre ou pedunculados (fixos a um substrato), nunca coloniais. São epi ou infaunais em substratos não consolidados, além de viverem também em substratos consolidados, em cavidades ou fendas de rochas, ou ainda em espaços sob as mesmas. Podem também estar associados com esponjas, algas calcárias, gorgônias e corais (Tommasi, 1999). Em sua maioria, não são animais gregários, porém algumas espécies chegam a formar, em determinadas comunidades bênticas, populações muito numerosas, que podem representar até 80% da biomassa total (Hendler et al., 1995). A forma de alimentação destes organismos é muito variada, podendo-se considerar que englobam quase todas as estratégias alimentares, já que há espécies filtradoras, fitófagas, carnívoras, comedoras de depósito e detritos, o que demosntra o quanto estão bem adaptados para explorar os diferentes hábitats bentônicos (Hendler et al., 1995). São, portanto, importantes componentes do bentos, servindo de alimento e sendo predadores de muitos outros organismos marinhos.

101

CLASSE OPHIUROIDEA

Ophiothrix rathbuni Ludwig, 1882

Foto: M. BORGES

MICHELA BORGES; ANA MARIA G. MONTEIRO & A.CECÍLIA Z. AMARAL

Características A classe Ophiuroidea com aproximadamente 2.000 espécies é, sem dúvida, a melhor adaptada entre os equinodermos, ocorrendo em todas as regiões e faixas batimétricas (Hendler, 1996). Apresentam uma considerável variedade no tamanho e planos corporais. O disco, bem delimitado, pode estar dorsalmente coberto por escamas, espinhos, grânulos, placas ou até mesmo tegumento, e apresenta os 5 pares de escudos radiais localizados na região marginal, próximo à base dos braços. O revestimento corpóreo ventral pode apresentar-se igual ao da região dorsal ou diferenciado. De um modo geral, os ofiuróides possuem 5 braços, que podem ser simples ou ramificados, apresentando duas fileiras de placas laterais, uma de placas dorsais e uma de placas ventrais. As laterais sustentam os espinhos braquiais, que podem ocorrer em número de 2 a 15 e tamanho variando de grande a inconspícuo, dependendo da espécie. Nestes equinodermos, os pés ambulacrais que estão localizados ao longo dos braços, são modificados e denominados tentáculos, cujo papel principal é o de auxiliar no processo de alimentação, transportando as partículas alimentares até a boca. Em cada segmento braquial há poros através dos quais os tentáculos se exteriorizam. A região oral é formada por placas organizadas em 5 mandíbulas triangulares interradiais com o ápice voltado para o centro do disco. Em cada mandíbula observa-se 1 escudo oral acompanhado por 2 escudos adorais. Ao redor das mandíbulas, existem papilas orais em número e formato variáveis e no ápice as infradentais, sobre as quais encontram-se os dentes. O madreporito é constituído por um escudo oral modificado.

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A maioria dos ofiuróides é de vida livre, mas existem formas comensais. Ocorrem em diferentes hábitats marinhos, com densidade muitas vezes elevada, devido ao comportamento gregário de muitas espécies. São animais principalmente onívoros e exploram diversas fontes de alimento, incluindo fitoplâncton, zooplâncton e matéria orgânica depositada no fundo ou em suspensão (Monteiro, 1987). A importância da classe nas comunidades bênticas é refletida em sua abundância e ampla distribuição (Hendler, 1996). Segundo Hendler et al. (1995), os ofiuróides contribuem com até 50% da macrofauna total em fundos cascalhosos na região da Flórida (EUA) e participam da dieta alimentar de caranguejos, camarões, estrelas-do-mar e outros ofiuróides, mas os peixes são seus principais predadores. São considerados estruturadores de comunidades marinhas (Barnard & Ziesenhenne, 1961; Sumida, 1994) e bioindicadores de poluição, por serem abundantes e residentes permanentes, refletindo assim as condições ambientais locais (Harmelin, et al., 1981; Manso & Absalão, 1988). Informações sobre a classe: Borges et al. (2002); Monteiro (1987); Tommasi (1970, 1999). Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-7. OPHIOMYXIDAE Ljungman, 1866 Ophioleptoplax brasiliana Tommasi & Abreu, 1974 OPHIACANTHIDAE Perrier, 1891 Ophiacantha brasiliensis Tommasi & Abreu, 1974 Ophiacantha cosmica Lyman, 1878 Ophiacantha sp. Ophiomyces frutectuosus Lyman, 1869 OPHIURIDAE Müller & Troschel, 1840 Ophiomastus satelitae Tommasi & Abreu, 1974 Ophiomastus sp. Ophiomisidium pulchellum (W. Thomsom, 1877) Ophiomisidium sp. Ophiura ljungmani (Lyman, 1878) Ophiura sp. 1 Ophiura sp. 2 Amphipholizona delicata H.L.Clark, 1915 Ophiomusium anaelisae Tommasi & Abreu, 1974 Ophiomusium sp.

OPHIOLEUCIDAE Matsumoto, 1915 Ophiostriatus striatus (Mortensen, 1933) OPHIACTHIDAE Matsumoto, 1915 Ophiactis brasiliensis Manso, 1988b Ophiactis lymani Ljungman, 1871 Ophiactis savignyi (Müller & Troschel, 1842) AMPHIURIDAE Ljungman, 1867 Amphilimna olivacea (Lyman, 1869) Amphilimna mirabilis (H.L.Clark, 1941) Amphioplus. albidus (Ljungman, 1867) Amphioplus lucyae Tommasi, 1971 Amphioplus sp. Amphipholis squamata (Delle Chiaje, 1828) Amphiura complanata Ljungman, 1867 Amphiura flexuosa Ljungman, 1867 Amphiura . joubini Köehler, 1912 Amphiura mülleri Marktanner-Turnerstscher, 1887 Nudamphiura carvalhoi Tommasi, 1965 OPHIOTRICHIDAE Ljungman, 1866 Ophiothrix angulata (Say, 1825) Ophiothrix rathbuni Ludwig, 1882

103

Comentários Gerais Das 32 espécies identificadas Ophiostriatus striatus e Amphilimna mirabilis constituem ocorrências novas para a costa brasileira e 2 (Ophiomisidium sp e Ophiura sp.) são novas para a Ciência. A família Amphiuridae foi a melhor representada em número de espécies (11), seguida da família Ophiuridae (10). Quanto à abundância específica destacaram-se Ophiomisidium sp. com 3762 exemplares (29,9%), Ophiura sp. com 3697 indivíduos (29,38%), Ophiura ljungmani com 2593 (20,6%) e Ophiomisidium pulchellum com 1427 (11,34%), todas pertencentes a família Ophiuridae e representando mais de 90% do material coletado. As amostragens foram realizadas com auxílio de 3 tipos de aparelhos: draga, vanVeen e “Box-corer”, porém o maior número de espécies (18) e de indivíduos (98,87%) foi coletado com a draga. Este equipamento foi o mais utilizado, o que pode explicar o domínio numérico da família Ophiuridae, com representantes predominantemente epifaunais e facilmente amostrados por este tipo de aparelho. Outro fator que deve ser considerado é o hábito gregário de muitas espécies desta família, formando os chamados bancos de ofiuróides que, segundo Sumida (1994) ocorrem possivelmente em zonas mais profundas, onde existe uma maior dominância de algumas espécies. A análise da distribuição destes organismos permite verificar que o estoque regional está constituído principalmente por espécies comuns ao Atlântico Ocidental, algumas com distribuição ampla na costa brasileira (ex: Ophiacantha cosmica, Ophiomisidium pulchellum, Ophiactis savignyi, Amphipholis squamata, Ophiothrix rathbuni) e outras com ocorrência registrada somente para o sul e sudeste (ex: Ophioleptoplax brasiliana, Ophiomastus sateliate, Amphioplus lucyae, Nudamphiura carvalhoi, Amphiura complanata). Estes registros no entanto, estão limitados a falta de estudos ao longo da costa brasileira. Neste estudo, a maioria das espécies foram amostradas dentro dos limites de profundidade já registrados para cada uma delas, sendo que apenas sete tiveram este limite máximo ampliado: Ophioleptoplax brasiliana de 148 m, para 520 m; Ophiomusium anaelisae de 180 m para 258 m; Ophiactis brasiliensis, de 41 para 163 m; Amphioplus albidus de 14 para 500 m; Amphiura complanata de 600 para 810 m e A. flexuosa de 183 para 810 m. Já Ophiostriatus striatus, espécie amostrada em grandes profundidades (de 1370 a 3500 m), ocorreu na costa sudeste brasileira entre 270 e 430 m. Com base em estudos realizados na costa do Brasil, tanto em regiões mais rasas quanto em mais profundas (Tommasi, 1970; Monteiro, 1987, 1990, 1997; Manso, 1988a,b, 1989, 1991; Absalão, 1990; Heitor, 1996; Alves & Cerqueira, 2000; Capítoli & Monteiro, 2000) pode-se considerar que a fauna de ofiuróides amostrada no presente estudo está representada principalmente por espécies de ampla distribuição batimétrica, como Amphiura complanata e A. flexuosa, que ocorrem de cerca de 10 até mais de 500 m de profundidade. Foram obtidas também espécies características de regiões mais rasas (plataforma interna) como Ophiactis brasiliensis e Ophiactis savignyi. Atualmente os ofiuróides estão sendo utilizados como bioindicadores de poluição. Manso & Absalão (1988), estudando uma região sob influência de descarga termo-química na Baía da Ribeira (RJ), constararam associações de algumas espécies, as quais foram utilizadas na análise da condição ambiental. Entre as citadas estão Ophiactis savignyi, Amphipholis squamata e Ophiothrix angulata, também amostradas no presente estudo. Segundo Hendler et al. (1995), os ofiuróides participam da dieta de vários organismos marinhos, incluindo peixes de importância comercial e, espécies como por 104

exemplo Ophiothrix angulata, têm-se mostrado importante recurso alimentar. Manso & Farias (1999), analisando o conteúdo gastrointestinal do peixe Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758) (“baiacu”) constataram a presença de ofiuróides pertencentes às famílias Amphiuridae e Ophiactidae, os quais chegaram a representar até 100% do alimento ingerido. Registro de Ocorrência por Táxons Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Ophiomyxidae Ophioleptoplax brasiliana Ophiacanthidae Ophiacantha brasiliensis Ophiacantha cosmica

Total de Inds. 3 5 307

Ophiacantha sp. Ophiomyces frutectuosus Ophiuridae Ophiomastus satelitae

2 24

Ophiomastus sp. Ophiomisidium pulchellum

25 1427

Ophiomisidium sp.

3762

Ophiura ljungmani Ophiura sp.1 Ophiura sp.2 Amphipholizona delicata Ophiomusium anaelisae Ophiomusium sp. Ophioleucidae Ophiostriatus striatus Ophiacthidae Ophiactis brasiliensis. Ophiactis lymani Ophiactis savignyi Amphiuridae Amphilimna olivacea Amphilimna mirabilis Amphioplus albidus Amphioplus lucyae Amphioplus sp. Amphipholis squamata Amphiura complanata

2593 46 3697 3 5 78

79

Estações de coleta (número de indivíduos) 6644(1); 6675(1); 6684(1) 6661(4); 6686(1) 6651(2); 6659(5); 6661(9); 6679(171); 6681(1); 6684(10); 6686(100) 6679(2) 6665(5); 6666(3); 6672(16) 6644(1); 6651(9); 6659(35); 6660(1); 6684(10); 6693(21); 6786(2) 6786(25) 6660(42); 6661(764); 6665(374); 6666(20); 6671(3); 6672(42); 6673(25); 6674(3); 6676(1); 6677(1); 6681(6); 6686(145) 6644(3); 6659(620); 6660(1); 6664(2); 6670(1); 6679(1850); 6680(9); 6684(1155); 6685(3); 6689(3); 6693(82); 6694(1); 6702(3); 6705(1); 6777(2); 6782(8); 6785(3); 6786(14); 6790(1) 6659(2418); 6660(5); 6661(26); 6665(142); 6693(2) 6679(46) 6659(3600); 6660(7); 6693(87); 6786(3) 6674(1); 6681(2) 6665(5) 6679(6); 6684(45); 6693(18); 6705(1); 6786(8)

28

6693(24); 6694(4)

6 2 4

6658(5); 6666(1) 6660(1); 6666(1) 6661(3); 6686(1)

9 4 4 1 2 7 92

Amphiura flexuosa

80

Amphiura joubini Amphiura mülleri Nudamphiura carvalhoi Ophiothricidae Ophiothrix angulata Ophiothrix rathbuni Total

3 2 1 1 276 12581

6660(2); 6671(3); 6685(1); 6692(1); 6696(1); 6704(1) 6651(2); 6698(2) 6665(3); 6815(1) 6674(1) 6679(2) 6661(7) 6654(1); 6656(14); 6657(2); 6673(8); 6678(15); 6679(6); 6683(2); 6684(1); 6692(3); 6693(11); 6696(2); 6700(12); 6704(14); 6789(1) 6655(1); 6656(61); 6657(1); 6665(1); 6672(1); 6678(1); 6679(2); 6693(2); 6789(1); 6794(2); 6814(2); 6815(4); 6822(1) 6657(2); 6666(1) 6791(2) 6678(1) 6681(1) 6661(151); 6664(1); 6681(1); 6686(96)

105

Referências Bibliográficas ABSALÃO, R. S. 1990. Ophiuroid assemblages off the Lagoa dos Patos outlet, southern Brazil. Ophelia, v.31, n.2, p.133-143. ALVES, O.F.S. & CERQUEIRA, W.R.P. 2000. Echinodermata das praias de Salvador (Bahia, Brasil). Revta bras. Zool., v.17, n.2, p.543-553. BARNARD, J.L. & ZIESENHENNE, F.C. 1961. Ophiuroid communities of southern californian coastal bottoms. Pacif.Nat., v.2, n.2, p. 132-152. BORGES, M.; MONTEIRO, A.M.G. & AMARAL, A.C.Z. 2002. Taxonomia de Ophiuroidea (Echinodermata) da plataforma e talude continental da costa sul-sudeste brasileira. Biota Neotropica, v.2, n.2, p. 1-69. www.biotaneotropica.org.br BRUSCA, R.C. & BRUSCA, G.J. 1990. Invertebrates. Massachusetts: Ed. Sunderland, 922 p. CAPÍTOLI, R.R. & MONTEIRO, A.M.G. 2000. Distribuição e abundância de ofiuróides na plataforma interna do extremo sul do Brasil. Atlântica, v.22, p. 41-56. HARMELIN, J.G.; BOUCHON, C. & HONG, J.S. 1981. Impact de la pollution sur la distribution des échinodermes des substracts durs en Provence (Méditerranée NordOccidentale). Téthys, v.10, n.1, p.13-36. HEITOR, S.R. 1996. Composição e distribuição de Echinodermata na Plataforma Continental da Região da Bacia de Campos (RJ), Brasil. São Paulo, 121p. Dissertação (Mestrado). Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo. HENDLER, G. 1996. Taxonomic Atlas of the Benthic Fauna of the Santa Maria Basin and Western Santa Barbara Channel. Class Ophiuroidea. Miscell. Taxa. n.14, p.113-179. HENDLER, G., MILLER, J.E., PAWSON, D.L. & KIER, P.M. 1995. Sea stars, sea urchins and allies: echinoderms of Florida and the Caribbean. Washington: Smithsonian Institution Press. 391p. MANSO, C.L.C. 1988a. Ofiuróides da Plataforma Continental Brasileira. Parte I: Rio de Janeiro. (Echinodermata: Ophiuroidea). Rev. Brasil. Biol. v.48, n.4, p.845-850. MANSO, C.L.C. 1988b. Uma Nova Espécie de Ophiactis (Echinodermata: Stelleroidea) da Costa Sudeste do Brasil. Rev. Brasil. Biol. v.48, n.2, p.375-379. MANSO, C.L.C. 1989. Os Echinodermata da Plataforma Continental Interna entre Cabo Frio e Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil. Rev. Brasil. Biol. v.49, n.2, p.355-359. MANSO, C.L.C. 1991. Ophiuroidea (Echinodermata) da região sul-sudeste do Brasil, coletados durante as operações Sueste do N/Oc. Almirante Saldanha”. Curitiba, 77 p. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do Paraná. MANSO, C.L.C. & ABSALÃO, R.S. 1988. Ophiuroidea: situação pré-operacional nos sacos de Piraquara, região sob influência da descarga da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). Rev.Brasil. Biol., v.48, n.1, p. 75-82. MANSO, C.L.C. & FARIAS, M.C.V. 1999. Ocorrência de ofiuróides no conteúdo gastrointestinal de “baiacu” Sphoeroides testudineus (Linnaeus, 1758) (Teleostei: Tetraodontidae) no estuário do Rio Sergipe (Sergipe). Rev. Nordest. Zool., v.2, n.1, p.35-37. MONTEIRO, A.M.G. 1987. Ophiuroidea (Echinodermata) da região de Ubatuba (SP) Aspectos morfológicos e ecológicos. São Paulo, 166 p. Tese (Doutorado). Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo. MONTEIRO, A.M.G. 1990. Ophiuroidea (Echinodermata) in the coastal system of the State of São Paulo (Brazil). In: SIMPÓSIO DE ECOSSISTEMA DA COSTA SUL E SUDESTE BRASILEIRA: Estrutura, Função e Manejo, v.1, Águas de Lindóia. Anais São Paulo: ACIESP, p.186-201. 106

MONTEIRO, A.M.G. 1997. Ocorrência de Ophiuroidea (Echinodermata) na plataforma do Estado de São Paulo. In: VII CONGRESSO LATINO-AMERICANO SOBRE CIÊNCIAS DO MAR, v.2, Santos. Resumos. São Paulo, p.182- 183. SUMIDA, P.Y.G. 1994. Associações bênticas da quebra da plataforma e talude superior al largo de Ubatuba-SP, Brasil. São Paulo, 101 p. Tese (Doutorado). Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo. TOMMASI, L.R. 1970. Os ofiuróides recentes do Brasil e de regiões vizinhas. Contrções Inst. oceanogr. Univ. S. Paulo, sér. Ocean. Biol., n.20, p.1-146. TOMMASI, L.R. 1999. Echinodermata recentes e fósseis do Brasil. http://www.bdt.org.br/zoologia/echinodermata 27/03/2003. 36 pp.

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CLASSES ASTEROIDEA, CRINOIDEA, HOLOTHUROIDEA & ECHINOIDEA LUIZ ROBERTO TOMMASI

Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-3. ASTEROIDEA LUIDIIDAE Sladen, 1889 Luidia ludwigi Bell, 1917 ASTROPECTINIDAE Gray, 1840 Astropecten articulatus (Say, 1825) Astropecten sp. GONIOPECTINIDAE Verril, 1889 Ctenodiscus australis Lütken, 1872 GONIASTERIDAE Forbes, 1841 Anthenoides brasiliensis Bernaconi, 1956 Tosia parva (Pierrer, 1881) ASTERIIDAE Gray, 1840 Allostichaster hartii (Rathbun, 1879) CRINOIDEA BATHYCRINIDAE Bather, 1899 Democrinus conifer (Clark, 1909) COMASTERIDAE Clark, 1908 Comactinia echinoptera (J. Müller, 1841)

ECHINOIDEA CIDARIDAE Gray, 1825 Stylocidaris lineata Mortensen, 1910 FIBULARIIDAE Gray, 1825 Echinocyamus grandiporus Mortensen, 1907) BRISSIDAE Gray, 1855 Brissopsis atlantica Mortensen, 1907 PALAEOPNEUSTIDAE Agassiz, 1904 HOLOTHUROIDEA CUCUMARIIDAE Ludwig, 1894 Cucumariidae sp. 1 Cucumariidae sp. 2 HOLOTHURIIDAE Ludwig, 1894 Holothuriidae sp. 1 SYNAPTIDAE Burmeister, 1837 Protankira benedeni (Ludwig, 1881) Synaptidae sp. 1

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Registro de Ocorrência por Táxon Na tabela abaixo é apresentado o número total de indivíduos por táxon e por estação de coleta. Táxons Asteroidea Allostichaster hartii Anthenoides brasiliensis Astropecten articulatus Astropecten sp. Ctenodiscus australis Luidia ludwigi Tosia parva Crinoidea Comactinia achinoptera Democrinus conifer Echinoidea Brissopsis atlantica Echinocyamus grandiporus Palaeopneustidae ? Stylocidaris lineata Holothurioidea Cucumariidae sp. Cucumariidae sp. 1 Holothurioidea sp. 1 Protankyra benedeni Synaptidae sp. 1 Total

Total inds. 4 1 1 1 36 1 2

Estações de coleta (nº de indivíduos) 6661(3); 6686(1) 6686(1) 6658(1) 6673(1) 6658(1); 6659(2); 6661(10); 6664(3); 6666(1); 6671(1); 6673(2); 6674(4); 6681(2); 6684(7); 6686(2); 6693(1) 6658(1) 6661(1); 6665(1)

367 87

6661(355); 6664(1); 6678(1); 6681(4); 6686(6) 6653(14); 6652(25); 6659(16); 6693(26); 6694(2); 6701(1); 6706(3)

2 205

6684(1); 6698(1) 6646(2);6651(1); 6653(2); 6661(2); 6665(24); 6666(51); 6669(2); 6672(26); 6673(7); 6674(8); 6676(34); 6677(7); 6678(4); 6679(11); 6681(14); 6685(1); 6686(4); 6695(2); 6698(2); 6706(1) 6679(3) 6664(1); 6665(3); 6684(23); 6686(19)

3 46 1 2 1 1 1 762

6673(1) 6684(2) 6693(1) 6669(1) 6684(1)

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FILO CHORDATA CLASSE ASCIDIACEA ROSANA MOREIRA DA ROCHA Pyura mariscata Rodrigues, 1966 Foto: J. J. ROPER

Características O filo Chordata compreende os vertebrados e dois subfilos de invertebrados, um deles os Tunicata. Estes animais apresentam um tecido vivo recobrindo todo o corpo, conhecido como túnica. Apesar de auxiliar na manutenção da forma do corpo e protege-lo, a túnica não é propriamente um exoesqueleto, pois trata-se de um tecido vivo, formado por células e fibras, algumas delas muito semelhantes à celulose. Tunicados são animais filtradores, utilizando o muco produzido pelo endóstilo como uma rede de captura e o batimento dos cílios da faringe para produzir a circulação de água. Endóstilo é um tecido glandular presente na margem ventral da faringe, característico dos cordados. As ascídias são animais sésseis, na grande maioria, e podem apresentar hábito de vida colonial ou solitário. Cada indivíduo apresenta duas aberturas, uma delas inalante e outra exalante. Além de proporcionar a captura de alimento, a circulação de água no interior do animal permite a realização de trocas gasosas, eliminação de excretas e de gametas ou larvas. A dispersão das espécies ocorre na fase larval, pois a larva é girinóide, apresentando uma cauda muscular com notocorda. A ondulação da cauda é responsável pelo deslocamento da larva que irá selecionar o local de fixação do novo adulto. A presença de cauda muscular e notocorda, apesar de regredirem durante a metamorfose é mais uma característica exclusiva dos cordados. Informações sobre a classe: Rodrigues et al. (1998, 1999) Lista dos Táxons Segue abaixo a relação dos táxons identificados na área amostrada pelos cruzeiros 1-3. Pyuridae Pyura mariscata Rodrigues, 1966

Comentários Gerais Sendo animais filtradores, ascídias são raramente encontradas em associação a fundos moles e os representantes encontrados neste tipo de ambiente são geralmente animais de hábito solitário, como é o caso da espécie aqui relatada. Apesar da pequena diversidade 110

em fundos moles, ascídias podem ser encontradas até grandes profundidades e algumas famílias se especializaram à vida em mar profundo, a ponto de haver uma mudança do hábito filtrador para carnívoro (Monniot, 1884). Pyura mariscata foi relatada apenas duas vezes na literatura, a primeira no litoral de São Paulo a 140 m de profundidade – 4 indivíduos (Rodrigues, 1966) e a segunda ao largo da costa de Sergipe a 34 m de profundidade – 1 indivíduo (Monniot, 1969-70). Portanto, foi uma espécie pouco coletada e pouco se conhece sobre sua distribuição espacial ou batimétrica. Registro de Ocorrência e Distribuição Batimétrica Táxons Pyuridae Pyura mariscata

Total inds. 2

Estações de coleta (nº de indivíduos) 6672 (2)

Referências Bibliográficas MONNIOT, C. 1969-1970. Ascidies Phlebobranches et Stolidobranches. In: Campagne de la Calypso au large des cotes de l' Amerique du Sud. Annls. Inst. oceanogr., 47: 3359. MONNIOT, C. 1984. Les invertebrées suspensivores : adaptations a un regime carnivore chez les tuniciers. Oceanis, 10(6): 605-621. RODRIGUES, S.A. 1966. Notes on Brazilian ascidians. 1. Pap. Avulsos Depto Zool., São Paulo 19: 95-115. RODRIGUES, S.A., LOTUFO, T.M.C., ROCHA, R.M. 1999. In: MIGOTTO, A.E. & TIAGO, C.G. Biodiversidade do Estado de São Paulo, Brasil: síntese do conhecimento ao final do século XX, 3: Invertebrados Marinhos. (41) Ascidiacea – São Paulo: FAPESP, 286-292. RODRIGUES, S.A., ROCHA, R.M., LOTUFO, T.M.C. 1998. Guia Ilustrado para Identificação das Ascídias do Estado de São Paulo. FAPESP, São Paulo, 190 p.

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6. CONSIDERAÇÕES GERAIS As águas da plataforma e talude continental da costa sul-sudeste são basicamente tropicais e temperadas em suas afinidades abióticas e bióticas. Como conseqüência, surgem marcados gradientes na diversidade, densidade e biomassa da fauna bêntica. Tais gradientes podem implicar direta ou indiretamente na variabilidade da produção primária e secundária do ecossistema como um todo, dificultando o reconhecimento de padrões ou tendências na distribuição e abundância dos organismos, de modo a direcionar e otimizar sua exploração. A partir dos dados atuais é possível reconhecer as características principais sobre biodiversidade bentônica da plataforma externa e talude da região Sul-Sudeste da costa brasileira: A porcentagem de indivíduos dentre os diferentes grupos, salvo algumas exceções, mostrou-se semelhante entre os amostradores (Box-corer e van Veen) e draga. Os grupos predominantes foram representados pelos Bryozoa, Gastropoda, Polychaeta, Ophiuroidea e Brachiopoda. Os valores de abundância mais expressivos foram obtidos para os Echinodermata, Crustácea, Porifera, Bivalvia e Polychaeta. Em profundidades entre 100 e 200 m todos os táxons estiveram presentes e em maior abundância. Para Gastropoda e Ophiuroidea, notou-se que a composição das associações de espécies analisadas apresenta alterações relacionadas ao gradiente batimétrico, mais acentuadas na transição plataforma/talude. Embora os limites batimétricos de distribuição apresentem graus de sobreposição variados, as associações de espécies permitiram uma boa definição de grupos relacionados à profundidade. Assim como para os grupos superiores, o teor de carbonato de cálcio no sedimento mostrou-se particularmente determinante na ocupação do substrato pelos gastrópodes, mostrando claramente grupos de associações e de espécies associadas (Borges, 2001; Miyaji, 2001). Através desses resultados nota-se que a região sul-sudeste tem uma fauna bentônica muito rica e diversificada, com um número total de indivíduos expressivo, nas estações analisadas. Desse total, uma grande maioria dos grupos, pertence à endofauna e, um menor número, à epifauna, como, por exemplo, os Porifera, Cnidaria, Bryozoa e alguns Crustacea. Na endofauna estão incluídas também certas formas semi-epifaunais, tais como Mollusca, Polychaeta, Crustacea e Echinodermata (Levinton, 1995). É evidente o papel desta fauna nos ciclos biogeoquímicos; na produção de alimentos e de fármacos (Porifera, por exemplo) com diferentes finalidades. Esta composição da fauna em grupos ecológicos distintos (epi- e endofauna) pode determinar fortemente o tipo de alimentação disponível para outros organismos predadores, pois um dos aspectos mais importantes no estudo do hábito alimentar dos predadores é o conhecimento do modo de vida e preferência alimentar de suas presas. Vários trabalhos mostram a importância desta fauna para dieta de crustáceos, moluscos e peixes demersais e/ou bentônicos (Mills, 1975; Amaral et.al., 1994). De um modo geral, a maior biomassa é fornecida pelos poliquetas, moluscos, crustáceos e ofiuróides, os quais, neste estudo, estão entre os grupos mais abundantes. 112

Estudos com espécies de peixes que se alimentam da fauna bentônica, como Gerreidae, Bothidae, Sciaenidae entre outros de importância comercial, tem revelado que animais como poliquetas e pequenos bivalves constituem uma das mais importantes fontes de alimento, cerca de 70% do total ingerido (Amaral & Migotto, 1980; Kawakami & Amaral, 1983). A variação da abundância e biomassa bêntica está associada a fatores como o hidrodinamismo larval, aporte de nutrientes e/ou detritos e também pela distribuição granulométrica do sedimento. Tais fatores podem modificar desde a composição e dominância e redução da abundância específica. No caso específico da região sul-sudeste as maiores abundâncias, assim com a composição da fauna, encontradas no período de amostragem, refletem a heterogeneidade sedimentar detectada ao norte (Rio de Janeiro) e uma maior homogeneidade em direção ao sul. Esta maior diversidade de ambientes propicia um aumento no número de microhabitats e conseqüentemente a possibilidade de um maior número de espécies encontram ambiente propício para se estabelecerem nessas áreas (Pires-Vanin, 1993). Entre os resultados já obtidos com as identificações mais específicas para alguns táxons, tem se constatado um elevado número de ocorrências e táxons novos (famílias, gêneros e espécies) e ampliação do limite de profundidade. Considerando os filos Porifera, Cnidaria, Sipuncula, Mollusca, Annelida, Crustacea, Bryozoa, Brachiopoda, Echinodermata e Chordata, já foram identificados cerca de 741 táxons. Este número, obtido com uma análise parcial da coleção de invertebrados bentônicos, garante uma contribuição inestimável ao conhecimento da diversidade marinha e atenderá inclusive, às metas do movimento denominado Agenda Sistemática 2000. Cujos objetivos principais, para os próximos 25 anos, são: 1) descobrir, descrever e catalogar a diversidade global das espécies; 2) analisar e sintetizar a informação derivada deste esforço num sistema classificatório previsivo, que reflita a história da vida; e 3) organizar e tornar os dados obtidos acessíveis e adequados às necessidades da ciência (Systematics Agenda 2000, 1994). As dificuldades de identificação precisa em nível de espécies são grandes, porém, sem estudos mais aprofundados de sistemática, aqueles voltados para ecologia de comunidades e avaliação de impacto ambiental ou o manejo, tornam-se extremamente comprometidos ou mesmo inviáveis. Exemplo deste fato pode ser constatado quando se estuda a conveniência da utilização de espécies indicadoras e conclui-se que os organismos bentônicos são particularmente adequados para trabalhos de monitoramento ambiental. Assim, em conseqüência disso, é fundamental identificá-los corretamente. Para tanto, é indispensável a participação dos taxônomos em programas deste porte e, tanto com enfoque zoológico quanto ecológico, com o devido incentivo e sem divisas políticas. De um modo geral os resultados mais específicos estão sendo desenvolvidos em forma de dissertações, teses e/ou artigos, como os já publicados por Mello Filho (1997), Nucci & Melo (2000), Absalão et. al. (2001), Borges (2001), Campos Junior (2001), Miyaji (2001), Santos (2001), Wiggers (2001), Borges et. al. (2002), Garrafoni (2002), Jarmes et. al. (2002), Kowalewski et.al. (2002), Nucci (2002), Rizzo (2002), Brasil (2003), Quast (2003), Sene-Silva (2003), Rizzo & Amaral (a, b prelo) e Simões et. al. (prelo), além de uma série de contribuições que estão sendo apresentadas em reuniões científicas e publicadas em forma de resumos. Inventários do porte do Programa REVIZEE são imprescindíveis para a conservação e gestão da biodiversidade, não apenas por serem a base para estudos de monitoramento dos ecossistemas, mas por permitirem entender, manter e racionalizar seu uso. No entanto, a biodiversidade dos oceanos vem sendo drasticamente alterada, antes 113

mesmo de ser conhecida. Estima-se que nos oceanos ainda exista uma grande quantidade de espécies não descritas. Espécies ameaçadas de extinção são também de difícil percepção, devido conseqüentemente ao pouco conhecimento sobre a distribuição e biologia populacional da quase totalidade da fauna bentônica.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABSALÃO, R.S., MIYAJI, C. & PIMENTA, A.D. 2001. The genus Brookola Iredale, 1912 (Gastropoda, Trochidae) from Brazil: description of a new species, with notes on other South America species. Zoosystema 23(4): 675-687. ALMEIDA, E.M. de 2001. Estrutura da população, crecimento e reprodução de Maurolicus stehmanni Parin & Kobaliansky, 1993 (Teleostei: Sternoptychidae) na Zona Econômica Exclusiva do Sul e Sudeste do Brasil. Dissertação de mestrado, Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo. ALONGI, 1990. The ecology of tropical soft-bottom benthic ecossystems. Oceanogr. Mar. Biol. Ann. Rev., 28: 381-496. AMARAL, A.C.Z, NONATO, E.F. & PETTI, M.A.V. 1994. Contribution of the polychaetous annelids to the diet of some brazilian fishes. Memoires du Museum National d’Histoire Naturelle – Serie A. Zoologia, Paris, 162: 331-337. AMARAL, A.C.Z. & MIGOTTO, A.E. 1980. Importância dos anelídeos poliquetos na alimentação da macrofauna demersal e epibentônica da região de Ubatuba. Boletim do Instituto Oceanográfico, 29(2): 31-35. BORGES, M, MONTEIRO, A.M.G & AMARAL, A.C.Z. 2002. Taxonomy of Ophiuroidea (Echinodermata) from continetal BORGES, M. 2001. Biodiversidade de Ophiuroidea (echinodermata) da plataforma e talude continental da costa sul-sudeste brasileira. Dissertação de mestrado, Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 150p. BRASIL, A.C.S. 2003. Filogenia de Magelonidae Cunningham & Ramage, 1888 (Annelida – Polychaeta) com base na morfologia externa. Tese de Doutorado, Setor de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná. CAMPOS JÚNIOR, O. 2001. Revisão e filogenia do gênero Palicus Philippi, 1838 (Crustacea: Decapoda: Brachyura: Heterotremata). Tese de doutorado, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo. CAPITOLI R.R. & BONILHA, L.E.C. 1991. Relatório final do porjeto talude. (FIPEC Fundação Universidade do Rio Grande). Capítulo XI: Comunidades Bentônicas. Fundação Universidade do Rio Grande, Rio Grande. ETTER, R.J. & MULLINEAUX, L.S. 2001. Depp-sea communities. In BERTNESS, M.D., GAINES, S.D. & HAY, M.H. (eds.) Marine community ecology. Sinauer. 550p. FIGUEIREDO, J.L., SANTOS, A.P. YAMAGUTI, N. BERNARDES, R.A. & ROSSIWONGTSCHOWSKI, C.L.B 2002. Peixes da Zona Econômica Exclusiva da região sudeste-sul do Brasil: levantamento com malha de meia água. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo. FIGUEIREDO, A.G. & MADUREIRA, L.S.P. 1999. Programa de Avaliação do Potencial Sustentável de Recursos vivos na Zona Econômica Exclusiva – REVIZEE Relatório Final dos Dados Geológicos. Subcomitê Regional Sul – Área de Oceanografia Geológica. 114

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8. ANEXOS

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Anexo 1 – Lista dos táxons registrados FILO PORIFERA CLASSE CALCAREA Bowerbank, 1864 ORDEM LEUCOSOLENIDA Hartman, 1958 GRANTIIDAE Dendy, 1892 Grantia sp. LEUCOSOLENIIDAE Minchin, 1900 Leucosolenia sp. CLASSE DEMOSPONGIAE Sollas, 1885 ORDEM ASTROPHORIDA Sollas, 1888 ANCORINIDAE Schmidt, 1870 Jaspis sp. Stelletta sp. GEODIIDAE Gray, 1867 Erylus diminutus Mothes, Lerner & Silva, 1999 Erylus soesti Mothes & Lerner, 2001 Geodia sp. PACHASTRELLIDAE Carter, 1875 Pachastrella monilifera Schmidt, 1868 Poecillastra sollasi Topsent, 1904 (NR) Vulcanella sp. THROMBIDAE Sollas, 1888 Thrombus sp. (NR) ORDEM SPIROPHORIDA Bergquist & Hogg, 1969 TETILLIDAE Sollas, 1886 Cinachyra sp. (NR) ORDEM LITHISTIDA Schmidt, 1870 Lithistida sp. 1 SIPHONIDIIDAE Lendenfeld, 1903 Gastrophanella sp. ORDEM HADROMERIDA Topsent, 1894 CLIONAIDAE d´Orbigny, 1851 Cliona sp. POLYMASTIIDAE Gray, 1867 Polymastia sp. TETHYIDAE Gray, 1848 Halicometes minuta Sara & De Rosa Barbosa, 1995 TIMEIDAE Topsent, 1928 Timea sp. ORDEM HALICHONDRIDA Gray, 1867 BUBARIDAE Topsent, 1894 Bubaris sp. (NR) AXINELLIDAE Carter, 1875 cf. Axinella sp. cf. Dragmacidon sp. HALICHONDRIIDAE Gray, 1867 Halichondria sp. Topsentia sp. ORDEM HAPLOSCLERIDA Topsent, 1928 CHALINIDAE Gray, 1867 Haliclona (Gellius) sp. (NR) PHLOEODICTYIDAE Carter, 1882 Pachypellina sp. (NR) ORDEM POECILOSCLERIDA Topsent, 1928 COELOSPHAERIDAE Dendy, 1922 Forcepia sp. Lissodendoryx (Lissodendoryx) sp. CRELLIDAE Dendy, 1922 Crella (Yvesia) sp. (NR) DESMACELLIDAE Ridley & Dendy, 1886

Desmacella annexa Schmidt, 1870 (NR) Desmacella aff. pumilio Schmidt, 1870 Desmacella sp. 3 ESPERIOPSIDAE Hentschel, 1923 Esperiopsis sp. HAMACANTHIDAE Gray, 1872 Hamacantha sp. 1 Hamacantha sp. 2 Hamacantha sp. 3 LATRUNCULIIDAE Topsent, 1922 Sceptrella sp. (NR) MICROCIONIDAE Carter, 1875 Clathria (Clathria) sp. MYXILLIDAE Dendy, 1922 Myxilla (Ectyomyxilla) tenuissima (Thiele, 1905) (NR) RASPAILIIDAE Hentschel, 1923 Aulospongus sp. (NR) Raspaciona sp. (NR) Raspailia (Parasyringella) sp. (NR) Raspailia (Raspaxilla) phakellina (Topsent, 1913) (NR) RHABDEREMIIDAE Topsent, 1928 Rhabderemia uruguaiensis Van Soest & Hooper, 1993 (NR) Rhabderemia aff. africana Van Soest & Hooper, 1993 (NR) FILO CNIDARIA CLASSE HYDROZOA SUBCLASSE ANTHOMEDUSAE ORDEM FILIFERA EUDENDRIIDAE L. Agassiz, 1862 Eudendrium sp. HYDRACTINIIDAE L. Agassiz, 1862 STYLASTERIDAE Gray, 1847 SUBCLASSE LEPTOMEDUSAE ORDEM CONICA CAMPANULINIDAE Hincks, 1868 LAFOEIDAE A. Agassiz, 1865 Acryptolaria sp. Filellum serratum (Clarke, 1879) Lafoea sp. Zygophylax sp. HALECIIDAE Hincks, 1868 SERTULARIIDAE Lamouroux, 1812 Sertularella sp. Sertularella conica Allman, 1877 Symplectoscyphus sp. HALOPTERIDIDAE Millard, 1962 ORDEM PROBOSCOIDA CAMPANULARIIDAE Johnston, 1813 Clytia sp. CLASSE SCYPHOZOA ORDEM CORONATE ATORELLIDAE VANHÖFFEN, 1902 Atorella spp. (duas formas) NAUSITHOIDAE HAECKEL, 1880 Nausithoe spp. (duas formas)

CLASSE ANTHOZOA SUBCLASSE OCTOCORALLIA ORDEM GORGONACEA ISIDIDAE Lamouroux, 1812 Acanella sp. ELLISELLIDAE Gray, 1859 Riisea sp. SUBCLASSE HEXACORALLIA ORDEM SCLERACTINIA OCULINIDAE Gray, 1900 Madrepora sp. CARYOPHYLLIIDAE Dana, 1846 Deltocyathus calcar Pourtalès, 1874 Deltocyathus eccentricus Cairns, 1979 Deltocyathus italicus (Michelotti, 1838) Deltocyathus sp. Trochocyatus sp. Dasmosmilia variegatta (Pourtalès, 1871) Caryophyllia ambrosia caribeana Cairns, 1979 Caryophyllia sp. Tethocyatus sp. POCILLOPORIDAE Gray, 1840 Madracis sp. FAVIIDAE Gregory, 1900 Cladora debilis Milne Edwards & Haime, 1849 FUNGIACYATHIDAE Chevalier & Beauvais, 1987 Fungiacyathus crispus (Pourtalès, 1871) Fungiacyathus sp. FLABELLIDAE Burner, 1905 Javania cailleti (Duchassaing & Michelotti, 1864) GUYNIIDAE Hickson, 1910 Schyzocyathus fissilis Pourtalès, 1874 Schyzocyathus sp. FILO SIPUNCULA CLASSE SIPUNCULIDEA ORDEM GOLFINGIIORMES GOLFINGIIDAE Stephen & Edmonds, 1972 Nephasoma sp. 2 Nephasoma sp. 3 PHASCOLIONIDAE E. Cutler & Gibbs, 1985 Phascolion hedraeum Phascolion collare CLASSE PHASCOLOSOMATIDEA ORDEM PHASCOLOSOMATIFORMES PHASCOLOSOMATIDAE Stephen & Edmonds, 1972 Apiosoma misakianum Apiosoma sp. 1 ORDEM ASPIDOSIPHONIFORMES ASPIDOSIPHONIDAE Baird, 1868 Aspidosiphon mexicanus Aspidosiphon gosnoldi Aspidosiphon leavis Aspidosiphon sp. 1 FILO MOLLUSCA CLASSE GASTROPODA FISSURELLIDAE Fleming, 1822

Cranopsis billsae (Perez Farfante, 1947) Cranopsis granulata (Seguenza, 1862) Emarginula sp. SCISSURELLIDAE Gray, 1847 Anatoma spp. Sinezona brasiliensis Mattar, 1987 HALIOTIDAE Rafinesque, 1815 Haliotis aurantium Simone, 1998 TROCHIDAE Rafinesque, 1815 Tegula sp. Euchelus hummelincki Moolenbeek & Faber, 1989 Dentistyla cf. dentifera (Dall, 1889) Mirachelus clinocnemus Quinn, 1979 Brookula conica (Watson, 1886) Brookula pfefferi Powell, 1951 Brookula spinulata Absalão, Miyaji & Pimenta, 2001 Calliostoma rota Quinn, 1992 Calliostoma dnopherum (Watson, 1879) Solariella carvalhoi Lopes & Cardoso, 1958 Solariella lubrica (Dall, 1881) Halistylus columna Dall, 1890 SEGUENZIIDAE Verrill, 1884 Seguenzia hapala Woodring, 1928 Ancistrobasis sp. SKENEIDAE Clarke, 1851 Parviturbo weberi Pilsbry & McGinty, 1945 Parviturbo sp. TURBINIDAE Rafinesque, 1815 Arene bairdii (Dall, 1889) Arene variabilis (Dall, 1889) Arene tricarinata (Stearns, 1872) Homalopoma linnei (Dall, 1889) Eugabrielona sulcifera (Robertson, 1973) TURRITELLIDAE Clarke-Woodward, 1851 Turritella hookeri Reeve, 1849 Turritellopsis cf. marplatensis Castellanos & Landoni, 1987 Turritellopsis spp. TRIPHORIDAE Gray, 1847 Inella sp. Metaxia sp. CERITHIOPSIDAE H. & A. Adams, 1853 Seila adamsi (H. Lea, 1845) EPITONIIDAE Berry, 1910 Epitonium sp. Epitonium candeanum d’Orbigny 1842 Epitonium novangliae Couthouy, 1838 Epitonium celesti (Aradas, 1854) Epitonium fractum Dall, 1927 Epitonium multistriatum (Say, 1826) Epitonium tenuistriatum (d’Orbigny,1840) Epitonium polacia (Dall, 1889) Depressiscala nitidella (Dall, 1889) Depressiscala nautlae (Mörch, 1875) Cylindriscala cf. andrewsi (Verrill, 1882) Opalia spp. Opalia cf. pumilio (Mörch, 1874) Opalia cf. morchiana Opalia eolis Clench & Turner, 1950 Opalia abbotti Clench & Turner, 1952 Eccliseogyra cf. sericea Bouchet & Warén, 1986 Opaliopsis cf. atlantis (Clench & Turner, 1952)

Opaliopsis sp. Narrimania azelotes (Dall, 1927) Narrimania cf. concinna (Sykes, 1925) EULIMIDAE Philippi, 1853 Niso aeglees Bush, 1885 Eulima spp. RISSOIDAE Gray, 1847 Alvania spp. Alvania valeriae Absalão, 1993 Alvania faberi de Jong & Coomans, 1988 Benthonellania xantias (Watson, 1886) ASSIMINEIDAE H. & A. Adams, 1856 Assiminea succinea (Pfeiffer, 1840) BARLEEIDAE Gray, 1847 CAECIDAE Gray, 1850 Caecum eliezeri Absalão, 1997 VITRINELLIDAE Bush, 1897 Pseudorotella incertum Pilsbry & McGinty, 1945 TORNIDAE Sacco, 1896 Macromphalina sp. VANIKORIDAE Gray, 1840 CALYPTRAEIDAE Lamarck, 1809 Calyptraea centralis (Conrad, 1841) Crepidula aculeata (Gmelin, 1791) HALOCERATIDAE Warén & Bouchet, 1991 Haloceras trichotropoides Warén & Bouchet, 1991 CAPULIDAE Fleming, 1822 Capulus sp. TRIVIIDAE Troschel, 1863 Trivia candidula (Gaskoin, 1836) OVULIDAE Fleming, 1822 Cyphoma intermedium (Sowerby, 1828) Simnia acicularis (Lamarck, 1810) NATICIDAE Guilding, 1834 Polinices lacteus (Guilding, 1833) Natica sp. BURSIDAE Thiele, 1925 Bursa ranelloides tenuisculpta (Dautzenberg & Fischer, 1906) MURICIDAE Rafinesque, 1815 Siratus tenuivaricosus (Dautzenberg, 1927) Trachypollia sp. Orania grayi (Dall, 1889) Typhis belcheri Broderip. 1833 Siphonochelus riosi (Bertsch & D’Attilio, 1980) Stramonita sp. Coronium coronatum (Penna-Neme & Leme, 1978) CORALLIOPHILIDAE Chenu, 1859 Coralliophila cf. squamosa (Bivona, 1838) Babelomurex dalli Emerson & D’Attilio, 1963 FASCIOLARIIDAE Gray, 1853 Fusinus frengueli (Carcelles, 1953) BUCCINIDAE Rafinesque, 1815 Belomitra pourtalesii (Dall, 1881) NASSARIIDAE Iredale, 1916 Nassarius spp. COLUMBELLIDAE Swainson, 1840 Aesopus stearnsii (Tryon, 1883) Aesopus obesus (Hinds, 1844) Amphissa acuminata (E. A. Smith, 1915) Amphissa cancellata (Castellanos, 1982) Amphissa sp.

Astyris sp. Parvanachis cf. obesa (C. B. Adams, 1845) Metula agassizi Clench & Aguayo, 1941 COSTELARIIDAE MacDonald, 1860 Vexillum sp. Thala crassa (Simone, 1995) MARGINELLIDAE Fleming, 1828 Dentimargo cf. janeiroensis (E. A. Smith, 1915) Eratoidea sp. Prunum fulminatum (Kiener, 1841) Prunum martini (Petit, 1853) Prunum rubens (Martens, 1881) Prunum sp. Volvarina spp. Volvarina pontesi Rios & Leal, 1993 CYSTICIDAE Stimpson, 1865 Persicula cf. sagitatta (Hinds, 1844) Persicula sp. Granulina cf. clandestinella Bavay, 1908 MITRIDAE Swainson, 1831 Cancilla larranagai (Carcelles, 1947) OLIVIDAE Latreille, 1825 Eburna dimidiata (Sowerby, 1850) Olivella spp. VOLUTIDAE Rafinesque, 1815 Nanomelon viperinum Leal & Bouchet, 1989 Minicymbiola corderoi (Carcelles, 1953) CANCELLARIIDAE Forbes & Hanley, 1853 Axelella brasiliensis Verhecken, 1991 CONIDAE Rafinesque, 1815 Conus villepinii Fischer & Bernardi, 1857 Conus mazei Deshayes, 1874 TURRIDAE Swainson, 1840 Brachytoma rioensis (E. A. Smith, 1915) Drilliola loprestiana (Calcara, 1841) Leptadrillia cookei (E. A. Smith, 1915) Leptadrillia spp. Spirotropis spp. Spirotropis stirophora (Watson, 1881) Sediliopsis riosi Tippett, 1995 Gemmula spp. Cochlespira elongata Simone, 1999 Ancistrosyrinx cf. clytotropis (Sykes, 1906) Fusiturricula maesae Rios, 1985 Fusiturricula spp. Stenodrillia horrenda (Watson, 1886) Carinodrillia braziliensis (E. A. Smith, 1915) Lioglyphostoma hendersoni (Batsch, 1934) Cordieria sp. Taranis malmii (Dall, 1889) Mitrolumna biplicata (Dall, 1889) Mitrolumna sp. Glyphostoma epicasta Bartsch, 1934 Nannodiella vespuciana (d’Orbigny, 1842) Benthomangelia sp. Ithycythara cymella (Dall, 1889) Ithycythara spp. Kurtziella serga (Dall, 1881) Daphnella corbicula Dall,1889 Daphnella cf. eugrammata Dall, 1902 Daphnella cf. retifera Dall, 1889 Daphnella spp. Eubela limacina (Dall, 1881) Pleurotomella aguayoi (Carcelles, 1953)

Pleurotomella benedicti Verrill & Smith in Verrill, 1884 Pleurotomella bureaui (Dautzenberg & Fischer, 1897) Pleurotomella gibbera (Jeffreys ms) Bouchet & Warén, 1980 Pleurotomella spp. Pleurotomella cf. demosia Neopleurotomoides callembryon (Dautzenberg & Fischer, 1896) Gymnobela extensa Dall, 1881 Gymnobela sp. Gymnobela blakeana Dall, 1881 Rimosodaphnella morra (Dall, 1881) TEREBRIDAE Mörch,1852 Terebra crassireticula Simone, 1999 CLASSE BIVALVIA SUBCLASSE PROTOBRANCHIA ORDEM SOLEMYOIDA SUPERFAMILIA SOLEMYOIDEA SOLEMYIDAE Gray, 1840 SUPERFAMILIA NUCINELLOIDEA NUCINELLIDAE Wood, 1851 ORDEM NUCULOIDA SUPERFAMÍLIA NUCULOIDEA NUCULIDAE Gray, 1824 SUPERFAMÍLIA NUCULONOIDEA NUCULANIDAE Adams & Adams, 1858 SUBCLASSE PTERIOMORPHA ORDEM ARCOIDA SUPERFAMÍLIA ARCOIDEA ARCIDAE Lamarck, 1809 Bathyarca pectunculoides (Scacchi, 1834) SUPERFAMÍLIA LIMOPSOIDEA LIMOPSIDAE Dall, 1895 Limopsis aurita (Brocchi, 1814) Limopsis davinae Esteves, 1894 Limopsis minuta (Philippi, 1836) SUPERFAMÍLIA GLYCYMERIDOIDEA GLYCYMERIDIDAE Newton, 1822 Gycymeris pectinata (Gmelin, 1791) SUBCLASSE HETERODONTA ORDEM VENEROIDA SUPERFAMÍLIA LUCINOIDEA LUCINIDAE Fleming, 1828 Mrytea leans (Verril & Smith, 1880) THYSARIDAE Dall, 1901 UNGULINIDAE Adams & Adams, 1857 SUPERFAMÍLIA CARDITOIDEA CARDITIDAE Fleming, 1820 Cyclocardia moniliata (Dall, 1902) Cyclocardia sp. 1 Carditamera sp. 1 Carditamera sp. 2 SUPERFAMÍLIA CRASSATELLOIDEA CRASSATELIDAE Ferussac, 1822 SUPERFAMÍLIA CARDIOIDEA CARDIIDAE Lamarck, 1809 Trachycardium muricatum (Linnaeus, 1758) SUPERFAMÍLIA TELLINOIDEA TELLINIDAE Blainville, 1814 SEMELIDAE Stoliczka, 1870 Abra brasiliana E. A. Smith, 1885

Abra sp. 1 SUPERFAMÍLIA PHILOBRYOIDEA PHILOBRYIDAE Bernard, 1897 Cosa brasiliensis Klappenbach, 1966 ORDEM MYTILOIDA SUPERFAMÍLIA MYTILOIDEA MYTILIDAE Rafinesque, 1815 ORDEM PTERIOIDA SUPERFAMÍLIA PTERIOIDEA MALLEIDAE Lamarck, 1819 ORDEM LIMOIDA SUPERFAMÍLIA LIMOIDEA LIMIDAE Rafinesque, 1815 ORDEM OSTREOIDA SUPERFAMÍLIA PECTINOIDEA PECTINIDAE Rafinesque, 1815 Leptopecten ? PROPEAMUSSIIDAE Abbott, 1954 Cyclopecten nanus Verril & Busch, 1897 Cyclopecten subimbrifer Verril & Busch, 1897 Parvamussium pourtalesianum (Dall, 1886) Parvamussium sp. 1 CLASSES GASTROPODA & BIVALVIA – Rio Grande do Sul GASTROPODA PROSOBRANCHIA Archeogastropoda COCCULINIDAE DALL, 1882 Cocculinidae sp. 1 TROCHIDAE Rafinesque, 1815 Brookula conica (Watson, 1886) Calliostoma echinatum Dall, 1881 Calliostoma jucundum (Gould, 1849) Halistylus colomna (Dall, 1890) Solariela carvalhoi Lopes & Cardoso,1958 TURBINIDAE Rafinesque, 1815 Arene microforis (Dall, 1889) HYDROBIIDAE Troschell, 1857 Heleobia australis (Orbigny, 1835) RISSOIDAE Gray, 1847 Alvania sp. BARLEEIDAE Gray, 1857 Barleeia rubrooperculata (Castellanos, 1972) CAECIDAE Gray, 1850 Caecum achinorum (Folin, 1867) Caecum massambabensis Absalão,1994 Caecum sp. VITRINELLIDAE Bush, 1897 Vitrinellidae sp. 1 TURRITELLIDAE Clarke-Woodward, 1851 Turritella hookeri Reeve, 1849 CALYPTRAEIDAE LAMARCK, 1809 Crepidula aculeata (Gmelin, 1791) Crepidula plana Say, 1822 ATLANTIDAE, Wiegmann & Ruthe, 1832 Atlanta peroni Lesueur, 1817 NATICIDAE Guilding, 1834 Natica aff. isabelliana Orbigny,1840 Natica pusilla Say, 1822 Natica sp. Polinices lacteus (Guilding, 1833)

TONNIDAE Suter, 1913 Tonna sp. RANELLIDAE Gray,1854 Cymathiun aff. parthenopeum (von Salis, 1793) CERITHIOSPIDAE H. & A. Adams, 1853 Cerithiopsis sp. TRIPHORIDAE GRAY, 1847 Triphora sp. EPITONIIDAE Berry, 1910 Epitonium aff. albidum (Orbigny, 1842) Epitonium unifasciatum (Sowerby, 1844) Epitonium tenuistriatum (Orbigny,1840) Cylindriscala andrewsii (Verril,1882) EULIMIDAE Philippi, 1853 Eulima mulata Rios & Absalão, 1990. Eulima aff. hypsela Verril & Bush, 1900 Melanella conoidea (Kurtz & Stimpson, 1851) Niso aeglees Bush, 1885 Neogastropoda MURICIDAE Rafinesque, 1815 Siphonochelus riosi (Bertsch & D’ Attilio, 1980) Trachypollia turricula. (Von Maltzan, 1884) CORALLIOPHILIDAE Chenu, 1859 Latiaxis dalli Emesron & D’Áttilio, 1965 COLUMBELLIDAE Swainson, 1840 Amphissa acuminata (E. A. Smith, 1915) Amphissa cancellata (Castellanos, 1979) Amphissa sp. Anachis sparsa (Reeve, 1859) NASSARIIDAE Iredale, 1916 Nassarius scissuratus (Dall, 1889) OLIVIDAE Latreille, 1825 Ancilla dimidiata (Sowerby, 1850) Olivella formicacorsii Klappenbach, 1962 Olivella orejasmirandai Klappenbach, 1986 MARGINELLIDAE Fleming, 1828 Dentimargo janeiroensis (E.A. Smith, 1915) Granulina ovuliformis (Orbigny, 1841) Prunum martini (Petit, 1853) MITRIDAE Swainson, 1831 Cancilla larranagai (Carcelles, 1947) CANCELLARIIDAE Forbes & Hanley, 1853 Axelella brasiliensis Verhecken, 1991 CONIDAE Rafinesque, 1815 Conus clerii Reeve, 1844 TURRIDAE Swainson, 1840 Brachytoma rioensis (E. A. Smith, 1915) Daphnella retifera Dall, 1889 Daphnella sp. Drilliola loprestiana (Calcara, 1841) Fusiturricula lavinoides limoensis (Olsson, 1922) Ithycythara lanceolata (C. B. Adams, 1850) Kurtziella serga (Dall, 1881) Mitrolumna biplicata (Dall, 1889) Nannodiella vespuciana (Orbigny, 1842) Pleurotomella aguayoi (Carcelles, 1953) Pleurotomella cala (Watson, 1886) Veprecula morra (Dall, 1881) Spirotropis aff. lithocolleta (Watson, 1881) Spirotropis stirophora (Watson, 1881) Splendrillia carolinae (Bartsch, 1934)

Stenodrillia goundlachi (Dall & Simpson, 1901) TEREBRIDAE Mörch,1852 Terebra brasiliensis E. A. Smith, 1873 HETEROBRANCHIA Heterostropha ARCHITECTONICIDAE Gray, 1840 Acutitectonica (?) Heliacus bisulcatus (Orbigny, 1842) Pseudomalaxis nobilis (Verril, 1885) MATHILDIDAE Dall, 1889 Mathilda aff. scitula Dall, 1889 PYRAMIDELLIDAE Gray, 1840 Chrysallida sp Odostomia sp. Pyramidella aff. crenulata (Holmes, 1859) Pyramidela sp. Turbonilla aff. abrupta Bush, 1899 Turbonilla aff. pusilla (C. B. Adams, 1850) Turbonilla sp. 1 Turbonilla sp. 2 Turbonilla sp. 3 Turbonilla sp. 4 Turbonilla sp. 5 OPISTHOBRANCHIA Caephalaspidae ACTEONIDAE Orbigny, 1842 Acteon pelecais Macus, 1981 Acteon sp. Mysouffa cumingii (A. Adams, 1854) CYLICHNIDAE H. & A. Adams, 1854 Acteocina candei (Orbigny, 1841) Cylichna crispula Watson, 1883 Cylichna discus Watson, 1883 Cylichna verrillii Dall, 1889 Scaphander sp. RETUSIDAE Thiele, 1926 Pyrunculus caelatus (Bush, 1885) Volvulella persimilis (Morch, 1875) Thecostomata CAVOLINIIDAE Fisher, 1883 Cavolinia inflexa (Lesuer, 1813) Cavolinia longirostris (Blainville, 1821) Cavolinia uncinata (Rang, 1829) Clio piramidata Linné, 1767 Creseis virgula Rang, 1828 Cuverina columnella (Rang, 1827) Diacria trispinosa (Blainville, 1821) Styliola subula (Quoy & Gaimard, 1827) BIVALVIA SUBCLASSE PROTOBRANCHIA PROTOBRANCHIA NUCULOIDA NUCULIDAE Gray, 1824 Nucula semiornata Orbigny, 1846 Nucula puelcha Orbigny, 1846 Nucula sp. NUCULANIDAE Adams & Adams, 1858 Nuculana larranagai Klappenbach & Scarabino, 1968 Nuculana fortiana Esteves, 1984 Nuculidae sp. 1

PTERIOMORPHA ARCOIDA NOETIDAE Stewart, 1930 Arcopsis adamsi (Dall, 1886) LIMOPSIDAE Dall, 1895 Limopsis janeiroensis E. A. Smith, 1915 MYTILOIDA MYTILIDAE Rafinesque, 1815 Brachidontes rodriguezi (Orbigny, 1846) Crenella divaricata (Orbigny, 1846) Musculus sp. Mytilidae sp. 1 Mytilidae sp. 2 PTERIOIDA PTERIIDAE Gray, 1847 Pteria hirundo (Linnaeus, 1758) PINNIDAE Leach, 1819 Pinnidae sp. 1 LIMOIDA LIMIDAE Rafinesque, 1815 Limatula pygmaea (Philippi, 1845) OSTREOIDA OSTREIDAE Rafinesque, 1815 Ostreidae sp. 1 PECTINIDAE Rafinesque, 1815 Chlamys sp. Leptopecten bavayi (Dautzenberg, 1900) Cyclopecten sp. PROPEAMUSSIIDAE Abbott, 1954 Propeamussium pourtalesianum (Dall, 1886) HETERODONTA VENEROIDA LUCINIDAE Fleming, 1828 Lucina sp. Myrtea aff. lens (Verril & Smith, 1880) Lucinidae sp. 1 THYASIRIDAE Dall, 1901 Thyasira croulinensis Jeffreys, 1874 Thyasira trisinuata Orbigny, 1842 Thyasira sp. UNGULINIDAE Adams & Adams, 1857 Diplodonta sp. CARDITIDAE Fleming, 1820 Carditamera plata (Ihering, 1907) Cyclocardia moniliata (Dall, 1902) Carditiidae sp. 1 CRASSATELIDAE Ferussac, 1822 Crassinella lunata (Conrad, 1834) Crassinella martinicensis (Orbigny, 1842) CARDIIDAE Lamarck, 1809 Trachycardium sp. MACTRIDAE Lamarck, 1809 Mactra sp. Mactridae sp. 1 Mactridae sp. 2 Mactridae sp. 3 TELLINIDAE Blainville, 1814 Tellina sp. 1 Tellina sp. 2 Tellina sp. 3 Strigilla sp. Tellinidae sp. 1 SEMELIDAE Stoliczka, 1870 Semelidae sp. 1 PSAMMOBIIDAE Fleming, 1828

Psammobiidae sp. 1 DONACIDAE Fleming, 1826 Donax hanleyanus Philippi, 1842 VESICOMYIDAE Dall & Simpson, 1901 Vesicomya albida (Dall, 1889) VENERIDAE Rafinesque, 1815 Pitar sp. Veneridae sp. 1 MYOIDA MYIDAE Lamarck, 1809 Myidae sp. 1 CORBULIDAE Lamarck, 1818 Corbula sp. 1 Corbula sp. 2 Corbula sp. 3 Corbula sp. 4 ERODONIDAE Winckworth, 1932 Erodona mactroides Bosc, 1802 HIATELLIDAE Gray, 1824 Hiatellidae sp. 1 Hiatellidae sp. 2 PHOLADINA PHOLADIDAE Lamarck, 1809 Subfamília Pholadinae sp. 1 Subfamília Pholadinae sp. 2 ANOMALODESMATA PHOLADOMYOIDA PANDORIDAE Rafinesquel, 1815 Pandora sp. POROMYIDAE Dall, 1886 Poromya cymata Dall, 1889 Poromya granulata (Nyst & Westendorp, 1839) CUSPIDARIIDAE Dall, 1886 Cardiomya cleryana (Orbigny, 1846) Cardiomya sp. VERTICORDIIDAE Stoliczka, 1871 Verticoidia ornata (Orbigny, 1842) Verticoidia fisheriana Dall, 1881

CLASSES CEPHALOPODA, POLYPLACOPHORA & SOLENOGASTRES CLASSE CEPHALOPODA SEPIOLIDAE Leach, 1817 Semirossia tenera (Steenstrup, 1887) LOLIGINIDAE Steenstrup, 1861 Lolliguncula brevis (Blainville, 1823) CLASSE POLYPLACOPHORA ACANTHOCHITONIDAE Pilsbry, 1893 Acanthochitona (?) sp. CLASSE SOLENOGASTRES NEOMENIIDAE Ihering, 1876 Proneomenia (?) sp. FILO ANNELIDA CLASSE POLYCHAETA SCOLECIDA ARENICOLIDAE Johnston, 1835 CAPITELLIDAE Grube, 1862 Dasybranchus sp. Mediomastus sp.

Neomediomastus sp. Notomastus sp. Paraleiocapitella sp. COSSURIDAE Day, 1963 MALDANIDAE Malmgren, 1867 OPHELIIDAE Malmgren, 1867 ORBINIIDAE Hartman, 1942 Haploscoloplos sp. Naineris sp. Phylo sp. Scolaricia sp. Scoloplos sp. Scoloplos (Leodamas) sp. PARAONIDAE Cerruti, 1909 Aedicira sp. Aricidea sp. Cirrophorus sp. Paradoneis sp. Paraonis sp. SCALIBREGMATIDAE Malmgren, 1867 PALPATA - ACICULATA APHRODITIDAE Malmgren, 1867 EULEPETHIDAE Chamberlim, 1919 POLYNOIDAE Malmgren, 1867 POLYODONTIDAE Buchanan, 1894 PHOLOIDAE Kinberg, 1858 SIGALIONIDAE Kinberg, 1856 PISIONIDAE Ehlers, 1901 Ephesiopsis guayanae Hartman & Fauchald, 1971 PISIONIDAE sp. 1 CHRYSOPETALIDAE Ehlers, 1864 HESIONIDAE Grube, 1850 NEREIDIDAE Johnston, 1865 Micronereides capensis Day, 1963 Nereididae sp. 1 Nereididae sp. 2 Nereis sp. Nereis sp. 1 Nereis sp. 2 Nicon sp. PILARGIDAE Saint-Joseph, 1899 SYLLIDAE Grube, 1850 Sphaerosyllis (Sphaerosyllis.) sp. Sphaerosyllis (Prosphaerosyllis) isabelae Nogueira, San-Martín & Amaral, 2001 Sphaerosyllis (Prosphaerosyllis) sp. Exogone sp. GLYCERIDAE Grube, 1850 Glycera brevicirris Grube, 1870 Glycera lapidum Quatrefages, 1865 Glycera oxycephala Ehlers, 1887 GONIADIDAE Kinberg, 1866 Bathyglycinde sp. Glycinde nordmanni Malmgren, 1865 Glycinde picta Berkeley, 1927 Goniada sp. Goniada brunnea Treadwell, 1906 Goniada littorea Hartman, 1950 Goniada maculata Örsted, 1843 Goniada teres Treadwell, 1931 Goniada vorax (Kinberg, 1866) Goniadella sp. Ophioglycera cf. eximia (Ehlers, 1901) Progoniada regularis Hartman, 1965 NEPHTYIDAE Grube, 1850

PARALACYDONIIDAE Pettibone (1963) Paralacydonia paradoxa Fauvel, 1913 PHYLLODOCIDAE Örsted, 1843 SPHAERODORIDAE Malmgren, 1867 AMPHINOMIDAE Lamarck, 1818 EUPHROSINIDAE Williams, 1851 DORVILLEIDAE Chamberlim, 1919 EUNICIDAE Berthold, 1827 LUMBRINERIDAE Schmarda, 1861 OENONIDAE Kinberg, 1865 ONUPHIDAE Kinberg, 1865 Anchinothria sp. Brevibrachium sp. Diopatra sp. 1 Diopatra sp. 2 Diopatra sp. 3 Diopatra tridentata Hartman, 1944 Hyalinoecia sp. 1 Kinbergonuphis sp. 1 Kinbergonuphis sp. 2 Kinbergonuphis sp. 3 Kinbergonuphis sp. 4 Kinbergonuphis sp. 5 Mooreonuphis nebulosa (Moore, 1911) Mooreonuphis sp. 1 Mooreonuphis sp. 2 Nothria sp. 1 Nothria sp. 2 Nothria sp. 3 Nothria sp. 4 Paradiopatra sp. Rhamphobrachium sp. PALPATA - CANALIPALPATA OWENIIDAE Rioja, 1917 SABELLARIIDAE Johnston, 1865 SABELLIDAE Latreille, 1825 Chone sp. Euchone sp. Potamethus singularis Hartman, 1965 Pseudopotamilla reniformes (Bruguière, 1789) Pseudopotamilla sp. 1 Sabellidae sp. 1 Sabellidae sp. 2 SERPULIDAE Latreille, 1825 Ficopomatus sp. Hydroides plateni (Kinberg, 1867) Placostegus sp. Pseudovermilia occidentalis (McIntosh, 1885) Pseudovermilia sp. 1 CIRRATULIDAE Ryckholdt, 1851 CTENODRILIDAE Kennel, 1882 FAUVELIOPSIDAE Hartman, 1971 Fauveliopsis cf. olgae Hartmann-Schröder, 1983 Fauveliopsis fauchaldi Katzmann & Laubier, 1974 Fauveliopsis sp. FLABELLIGERIDAE Saint-Joseph, 1894 STERNASPIDAE Carus, 1863 AMPHARETIDAE Malmgren, 1866 PECTINARIIDAE Quatrefages, 1866 TEREBELLIDAE Grube, 1850 Terebellides sp. TRICHOBRANCHIDAE Malmgren, 1866

CHAETOPTERIDAE Audoin & Milne-Edwards, 1833 MAGELONIDAE Cunningham & Ramage, 1888 Magelona variolamellata Bolivar & Lana, 1986 Magelona sp. 1 Magelona sp. 2 Magelona sp. 3 HETEROSPIONIDAE Hartman, 1963 POECILOCHAETIDAE Hannerz, 1956 Poecilochaetus sp. Poecilochaetus sp. 1 Poecilochaetus sp. 2 Poecilochaetus sp. 3 SPIONIDAE Grube, 1850 Aonides sp. Dipolydora sp. Laonice cirrata (Sars, 1851) Laonice sp. Malacocerus indicus (Fauvel, 1928) Minuspio sp. Paraprionospio pinnata (Ehlers, 1901) Polydora sp. Prionospio dubia Day, 1961 Prionospio (Minuspio) cirrifera Wirén, 1883 Prionospio steenstrupi Malmgren, 1867 Scolelepis texana Foster, 1971 Spiophanes berkeleyorun Pettibone, 1962 Spiophanes bombyx (Claparède, 1870) Spiophanes duplex (Chamberlin, 1919) Spiophanes kroeyeri Grube, 1860 Spiophanes sp.

FILO ARTHROPODA SUB-FILO CRUSTACEA ORDEM DECAPODA INFRAORDEM BRACHYURA DROMIIDAE De Haan, 1833 Cryptodromiopsis antillensis (Stimpson, 1858) LATREILIIDAE Stimpson, 1858 Latreillia williamsi Melo, 1990 CYCLODORIPPIDAE Ortmann, 1892 Clythrocerus carinatus Coelho, 1973 Clythrocerus moreirai Tavares, 1993 Deilocerus analogus (Coelho, 1973) Deilocerus perpusillus (Rathbun, 1901) Neocorycodus stimpsoni (Rathbun, 1937) CYMONOMIDAE Bouvier, 1897 Cymonomus magnirostris Tavares, 1991 Cymonomus quadratus A. Milne Edwards, 1880 DORIPPIDAE De Hann, 1833 Ethusa tenuipes Rathbun, 1897 PORTUNIDAE Rafinesque, 1815 Portunus spinimanus Latreille, 1819 CALAPPIDAE De Haan, 1833 Acanthocarpus alexandri Stimpson, 1871 GONEPLACIDAE MacLeay, 1838 Bathyplax typhla A. Milne Edwards, 1880 Chasmocarcinus typicus Rathbun, 1898 Frevillea hirsuta (Borradaile, 1916) Neopilumnoplax americana (Rathbun, 1898) PALICIDAE Bouvier, 1897

Palicus sica (A. Milne Edwards, 1880) Palicus sp. GERYONIDAE Colosi, 1924 Chaceon ramosae Manning, Tavares & Albuquerque, 1989 XANTHIDAE MacLeay, 1838 Micropanope nuttingi (Rathbun, 1898) Tetraxanthus rathbuni Chace, 1939 MAJIDAE Samouelle, 1819 Euprognatha acuta A. Milne Edwards, 1880 Microlissa brasiliensis (Rathbun, 1923) Rochinia gracilipes A. Milne Edwards, 1875 Stenocionops furcata (Oliver, 1791) Stenocionops spinosissima (Saussure, 1857) Stenocionops spinimana (Rathbun, 1892) PARTHENOPIDAE MacLeay, 1838 Parthenope (Platylambrus) fraterculus (Stimpson, 1871) INFRAORDEM PALINURA SCYLLARIDAE Latreilli, 1825 Scyllarides deceptor Holthuis, 1963 INFRAORDEM ASTACIDEA NEPHROPIDAE Dana, 1852 Nephropsis aculeata Smith, 1881 Metanephrops rubellus (Moreira, 1903) INFRAORDEM ANOMURA CHIROSTYLIDAE Ortmann, 1892 Munidops sp. Uroptychus nitidus (A. Milne Edwards, 1880) GALATHEIDAE Samouelle, 1819 Munida iris A. Milne Edwards, 1880 Minida longipes A. Milne Edwards, 1880 Munida forceps A. Milne Edwards, 1880 Munida flinti Benedict, 1902 Munida irrasa A. Milne Edwards, 1880 Munida constricta A. Milne Edwards, 1880 Munida pusilla Benedict, 1902 Munida spinifrons Henderson, 1885 LITHODIDAE Samouelle, 1819 Paralomis grossmani Macpherson, 1988 Lithodes murrayi Henderson, 1888 PARAPAGURIDAE Smith, 1882 Oncopagurus gracilis (Henderson, 1888) PAGURIDAE Latreille, 1803 Pylopagurus discoidalis (A. Milne Edwards, 1880) Iridopagurus reticulatus García-Gómez, 1983 Phimochirus occlusus (Henderson, 1888) Catapagurus sharreri A. Milne Edwards, 1880 Nematopaguroides fagei Forest & Saint Laurent, 1967 DIOGENIDAE Ortmann, 1892 Dardanus insignis (Saussure, 1858) Paguristes iris Forest & Saint Laurent, 1967 ORDEM STOMATOPODA HEMISQUILLIDAE Manning, 1980 Hemisquilla brasiliensis (Moreira, 1903) SUPER-ORDEM PERACARIDA ORDEM TANAIDACEA

SUBORDEM APSEUDOMORPHA Sieg,1980 APSEUDIDAE Leach,1814 METAPSEUDIDAE Lang,1970 SPHYRAPIDAE Gutu,1980 SUBORDEM TANAIDODOMORPHA Sieg,1980 ANARTHRURIDAE Lang,1971 LEPTOCHELIIDAE Lang,1973 PARATANAIDAE Lang,1949 TANAIDAE Dana,1849 TYPHLOTANAIDAE Sieg,1984 FILO BRYOZOA CLASSE STENOLAEMATA ORDEM CYCLOSTOMATA STOMATOPORIDAE Pergens & Meunier, 1886 Stomatopora sp. FILISPARSIDAE Borg, 1944 Filisparsa sp. Nevianipora spp. MECYNOECIIDAE Canu, 1918 Mecynoecia sp. TUBULIPORIDAE Johnston, 1838 Tubulipora sp. LICHENOPORIDAE Smitt, 1867 Disporella spp. (3 espécies) Disporella cristata CLASSE GYMNOLAEMATA ORDEM CHEILOSTOMATIDA SUBORDEM MALACOSTEGINA MEMBRANIPORIDAE Busk, 1852 Membranipora membranacea (Linnaeus, 1767) Membranipora tuberculata Marcus, 1937 SUBORDEM FLUSTRINA CUPULADRIIDAE Lagaaij, 1952 Cupuladria monotrema Busk, 1884 Discoporella umbelata Defrance, 1923 Discoporella sp. CANDIDAE d'Orbigny, 1851 Scrupocellaria sp. EPISTOMIIDAE Gregory, 1903 Synnotum aegypticum (Audouin, 1826) STEGINOPORELLIDAE Gregory, 1903 Steginoporella granulosa Steginoporella magnilabris Busk, 1854 CELLARIIDAE Fleming, 1828 Cellaria spp. SUBORDER ASCOPHORINA CRIBRILINIDAE Hincks, 1879 Puellina radiata ONCHOPORIDAE Levinsen, 1909 ADEONIDAE Busk, 1884 Reptadeonella tubulifera (Canu & Bassler, 1930) LEPRALIELLIDAE Vigneaux, 1949 Celleporaria carvalhoi Souza, 1986 Celleporaria sp. METRARABDOTOSIDAE Vigneaux, 1949 Metrarabdotos unguiculatum Canu & Bassler, 1928 SMITTINIDAE Levinsen, 1909 SMITTINIDAE spp. (2 espécies) SCHIZOPORELLIDAE Jullien, 1883

Schizoporella unicornis Johnston, 1847) Schizoporella spp. MICROPORELLIDAE Hincks, 1879 Microporella ciliata MAMILLOPORIDAE Canu & Bassler, 1927 Mamillopora cupula Smitt, 1878 CREPIDACANTHIDAE Levinsen, 1909 Crepidacantha sp CLEIDOCHASMATIDAE Cheetham & Sandberg, 1964 Cleidochasma porcellana Busk, 1860 CELLEPORIDAE Johnston, 1838 Costazia sp. Aulopocella spp. EXOCHELLIDAE Bassler, 1935 Exochella longirostris Jullien, 1888 PHIDOLOPORIDAE Gabb & Horn, 1862 Rhynchozoon arborescens Canu & Bassler, 1928 Rhynchozoon rostratum Souza, 1986 FILO BRACHIOPODA CANCELLOTHYRIDIDAE Thomson, 1926 Terebratulina sp. MEGATHYRIDIDAE Dall, 1870 Argyrotheca cf. cuneata (Risso, 1826) PLATIDIIDAE Thomson, 1927 Platidia anomioides (Scacchi & Philippi), 1844 BOUCHARDIIDAE Allan, 1940 Bouchardia rosea (Mawe, 1823) FILO ECHINODERMATA CLASSE OPHIUROIDEA OPHIOMYXIDAE Ljungman, 1866 Ophioleptoplax brasiliana Tommasi & Abreu, 1974 OPHIACANTHIDAE Perrier, 1891 Ophiacantha brasiliensis Tommasi & Abreu, 1974 Ophiacantha cosmica Lyman, 1878 Ophiacantha sp. Ophiomyces frutectuosus Lyman, 1869 OPHIURIDAE Müller & Troschel, 1840 Ophiomastus satelitae Tommasi & Abreu, 1974 Ophiomastus sp. Ophiomisidium pulchellum (W. Thomsom, 1877) Ophiomisidium sp. Ophiura ljungmani (Lyman, 1878) Ophiura sp. 1 Ophiura sp. 2 Amphipholizona delicata H.L.Clark, 1915 Ophiomusium anaelisae Tommasi & Abreu, 1974 Ophiomusium sp. OPHIOLEUCIDAE Matsumoto, 1915 Ophiostriatus striatus (Mortensen, 1933) OPHIACTHIDAE Matsumoto, 1915 Ophiactis brasiliensis Manso, 1988b Ophiactis lymani Ljungman, 1871

Ophiactis savignyi (Müller & Troschel, 1842) AMPHIURIDAE Ljungman, 1867 Amphilimna olivacea (Lyman, 1869) Amphilimna mirabilis (H.L.Clark, 1941) Amphioplus. albidus (Ljungman, 1867) Amphioplus lucyae Tommasi, 1971 Amphioplus sp. Amphipholis squamata (Delle Chiaje, 1828) Amphiura complanata Ljungman, 1867 Amphiura flexuosa Ljungman, 1867 Amphiura . joubini Köehler, 1912 Amphiura mülleri Marktanner-Turnerstscher, 1887 Nudamphiura carvalhoi Tommasi, 1965 OPHIOTRICHIDAE Ljungman, 1866 Ophiothrix angulata (Say, 1825) Ophiothrix rathbuni Ludwig, 1882 CLASSES ASTEROIDEA LUIDIIDAE Sladen, 1889 Luidia ludwigi Bell, 1917 ASTROPECTINIDAE Gray, 1840 Astropecten articulatus (Say, 1825) Astropecten sp. GONIOPECTINIDAE Verril, 1889 Ctenodiscus australis Lütken, 1872 GONIASTERIDAE Forbes, 1841 Anthenoides brasiliensis Bernaconi, 1956 Tosia parva (Pierrer, 1881) ASTERIIDAE Gray, 1840 Allostichaster hartii (Rathbun, 1879)

CLASSE CRINOIDEA BATHYCRINIDAE Bather, 1899 Democrinus conifer (Clark, 1909) COMASTERIDAE Clark, 1908 Comactinia echinoptera (J. Müller, 1841) CLASSE ECHINOIDEA CIDARIDAE Gray, 1825 Stylocidaris lineata Mortensen, 1910 FIBULARIIDAE Gray, 1825 Echinocyamus grandiporus Mortensen, 1907) BRISSIDAE Gray, 1855 Brissopsis atlantica Mortensen, 1907 PALAEOPNEUSTIDAE Agassiz, 1904 CLASSE HOLOTHUROIDEA CUCUMARIIDAE Ludwig, 1894 Cucumariidae sp. 1 Cucumariidae sp. 2 HOLOTHURIIDAE Ludwig, 1894 Holothuriidae sp. 1 SYNAPTIDAE Burmeister, 1837 Protankira benedeni (Ludwig, 1881) Synaptidae sp. 1 FILO CHORDATA SUB-FILO UROCHORDATA CLASSE ASCIDIACEA PYURIDAE Pyura mariscata Rodrigues, 1966

256

6651

Draga

SP

1

206

6652

Draga

SP

1

206

6652

van Veen

SP

1

206

6652 Box-corer

SP

61

23

1

1

1

1

7

3

1

7

+

2

7

Total / Estação / Radial

1

2

1

Não identificado

SP

1

+

PISCES

SP

1

BRACHIOPODA

van Veen

6651 Box-corer

4

BRYOZOA

6651

256

5

Crinoidea

256

1

5

1

Holothuroidea

1

Echinoidea

SP

16

Ophiuroidea

Draga

Asteroidea

6650

CHAETOGNATA

417

Ascidiacea

1

HEMICHORDATA

SP

13

CRUSTACEA

SP

van Veen

20

Pycnogonida

Draga

6650

1

Polychaeta

6646

417

5

Cephalopoda

198

1

Scaphopoda

1

Bivalvia

SP

Gastropoda

van Veen

Aplacophora

6646

Polyplacophora

198

11

PRIAPULIDA

1

1

ECHIURA

SP

SIPUNCULA

SP

NEMATODA

van Veen

6644 Box-corer

NEMERTEA

Estado

6644

485

Turbellaria

Amostrador

485

1

CNIDARIA

Estação

1

PORIFERA

Cruzeiro

Profundidade (m)

Anexo 2 – Abundância (número de indivíduos) de grandes grupos (Filos, classes ou ordens) por estação de coleta e amostrador.

1

74

2

13 2

79

71

240

1

2

4

326

28

5

24

28

3

48

35

14

+ 6

303

27

1

7 4

+

2

8

2

+ 1

2

1

2

3

392

+

1

1

136

63

6

19

146

10

1

23

6

10

2

+ 1

1

155

6653 Box-corer

SP

48

1

155

6653

Draga

SP

482

47

95 1

1

41 1

25

1

1 11

2 2

112 241

1

593

767

846

1407

1950

6635

7161

1

155

6653

van Veen

SP

3

429

56

14

5

1

90

6654 Box-corer

SP

1

+

35

2

13

2

53

1

90

6654

Draga

SP

2

20

1

97

7

475

1

90

6654

van Veen

SP

+

26

+

1

80

6655 Box-corer

SP

1

8

1

1

80

6655

Draga

SP

11

6

2

1

80

6655

van Veen

SP

4

25

6

1

70

6656

Draga

SP

20

45

1

70

6656

van Veen

SP

4

23

1

60

6657 Box-corer

SP

+

2

2

1

60

6657

Draga

SP

7

53

5

1

60

6657

van Veen

SP

2

1

157

6658 Box-corer

SP

+

1

157

6658

Draga

SP

1

157

6658

van Veen

SP

2

505

6659

Draga

SP

2

314

6660

Draga

SP

2

314

6660

van Veen

SP

2

147

6661

Draga

SP

2

135

6662

van Veen

SP

+

1

1

4

1 1

396

88

1

31

1086

1

3

3

+

1

1

8

86

102

17

164

2

422

80

34

70

196

1

1

14

6

92

1

5

2

1

14

6

+

43

309

130

389

387

66

178

38

52

60

13

30

1

+

10 +

2

419

1

135

1

+

7

+

1

12

4 +

47

1

26

189

2298

8

2

3999

3

1

8101

7

42

448

134

1

21

33

53

37

138

77

17 2092 1

1

222 14

291 522

9

12

78

24

+

11

26 5

20

924

4133

33 37

11

3

107

1

1

3

44 2

2 4

31

48

59

3 17

51

4 3

1

1

1 4

4

13

3

1 3

348

12

3

1

+

1

+

2

7815

+

3 16

212

3

58

332 114

14

1443

2

355

250 2202

2

1

5 1

1E+04 2992

Cont.

2

258

6665

van Veen

SP

2

163

6666 Box-corer

SP

1

2

163

6666

Draga

SP

482 73

545

1

4

10

516

1

67

2

163

6666

van Veen

SP

130

6667

van Veen

SP

2

107

6668

van Veen

SP

2

101

6669 Box-corer

SP

2

101

6669

Draga

SP

2

101

6669

van Veen

SP

2

503

6670 Box-corer

SP

2

503

6670

van Veen

SP

2

260

6671

Draga

SP

2

260

6671

van Veen

SP

54

1

25

183

2

49

2

1

+

1

2

12

9

2

165

6672

Draga

SP

+

2

2

165

6672

van Veen

SP

3

9

2

133

6673

Draga

SP

4

20

2

133

6673

van Veen

SP

2

122

6674

Draga

SP

2

122

6674

van Veen

SP

2

517

6675

van Veen

SP

2

153

6676

Draga

SP

8

2

153

6676

van Veen

SP

1

2

137

6677

van Veen

SP

206

157

325

171

389

43

7

8

4

15

37

125

33

9

+

2

102

+

1

26

2

48

177

81

7

23

1

8

5

1

8

2

1

17

9

14

4

1

28

11

1

23

+

6

46

57

5

6

2 1

3

22

1

215

+

4

9

24

15

192

4

193

3

127

1

111

2

27

1

+

27

15

59

5

168

2

117

20

86

13

3

2

3

+

1

17

+

+

10

99

6678

van Veen

SP

3

33

16

6679

Draga

SP

2

219

24

2

2

8

27

40

137

2

11

29

19

+ 1

14

1

1

38

4

29

12

258

38 3

1

915

1

4826

5715

7

5

+

2

61

+

17

33

1

40

36

940

60

3

35

5

1

2

+

4

9

8

+

2

226

2

1503

1

130

103

1

27 423

5

134

107

281

1

7

498

117

688

10

2

1

594

4 2 16

7

2

908

2032

14

4

SP

158

3

12

6

4

1

125

SP

24

2

2

1

9

8

9

2

168

6681

Draga

SP

83

116

158

1

242

1

24

12

1

SP

van Veen

1

6

67

2 12

15

3

1

2

27

6

1

2

4

1

1

4

227

1368

van Veen

1

37

32

6680

1

472

2

3

2

1609

3

241

244

136 2

60

6680 Box-corer

5

642

109

258

7

2

1094

258

4

80 322

25

2

21

1085 5557

2

3

1

5406

46

1

37

50

41

1

32

94

1

3

114

2

1

1

97

808

6683

Total / Estação / Radial

1

+

1

2355

2

2

100

Não identificado

65 2184

2

2

2

766

1

SP

SP

1821

21

SP

SP

32 5

1

Draga

van Veen

1

426

6678 Box-corer

6683 Box-corer

+

421

6678

6681

PISCES

103 3

2

99

168

4728

19

99

100

62 5

1

2

2

+ 3

+

2

2

BRACHIOPODA

BRYOZOA

Crinoidea

Holothuroidea

Echinoidea

CHAETOGNATA

Ascidiacea

HEMICHORDATA

CRUSTACEA

Pycnogonida

Polychaeta

Cephalopoda

2

557

72

1

1

5

15

42

6

11

5

2

+

51

20

83

92

11

1 27

43

1

2

414

1 +

88 34

3

23

16

9 630

1

3

127

44

44 1590

30 1

25

2

4

1

2

30

8 +

1

1

5

1

84

19

3 1

1 1

193

3

4 27

2 12

5 16

40

1

3

2

1

Ophiuroidea

123

10

Asteroidea

+

Scaphopoda

1

Bivalvia

Gastropoda

Aplacophora

Polyplacophora

SP

PRIAPULIDA

Draga

ECHIURA

SP

6665

SIPUNCULA

6665 Box-corer

258

NEMATODA

258

2

NEMERTEA

2

Turbellaria

SP

Draga

CNIDARIA

SP

6664

PORIFERA

6664 Box-corer

500

Estado

Estação

500

2

Amostrador

Cruzeiro

Profundidade (m)

2

1

1

982

651 1752 1067

+

2888 309 55

152

11

93

10

2

2

1126 174 37 14

Cont.

2

511

6684

van Veen

SP

2

282

6685 Box-corer

SP

2

282

2 2 3

6685

van Veen

SP

6686

Draga

SP

6686

van Veen

SP

100

6704 Box-corer

SP

1

54

2

2

2

7

53

2

4

181

3

92

1 +

8

9

23

3

15

1

6 1

12 12

1

37

27 3 +

1

2

1

2

5

SP

3

424

6705

van Veen

SP

3

184

6706 Box-corer

SP

3

10

4

24

49

11

3

184

6706

van Veen

SP

2

3

16

55

40

8

3

156

6707

van Veen

SP

3

100

6700 Box-corer

SP

100

6700

van Veen

SP

6701

van Veen

SP

3

359

6702 Box-corer

SP

3

359

6702

van Veen

SP

12 +

+ +

1

4

+

6

4

2

7

8

1

90

+

2 14

127 1

3

1

9

2

1

2

30

9

1

130

2

22 2

3

31

121

257

17

141 10

4

14

1

4

2

11

8

9

52

1

10

2

3

133

6703 Box-corer

SP

133

6703

van Veen

SP

3

92

6696 Box-corer

SP

1

3

92

6696

van Veen

SP

9

3

430

6697 Box-corer

SP

2

2

3

430

6697

van Veen

SP

1

1

Draga

1

4

1

4

4

2

33

12

1

2

16

10

1

13

5

2

22

1

1

1

1

14

4

1

1

1

3

241

6698

SP

1

241

6698 Box-corer

SP

1

1

28

3

150

6699

Draga

SP

4

1

3

150

6699

van Veen

SP

1

1 +

6

13

48

2

171

6

1

78

570

831

252

19

1

155

701

1133

4

3

100

6692 Box-corer

SP

4

1

3

5

1

3

100

6692

van Veen

SP

14

2

2

3

2

1

3

430

6693

Draga

SP

3

270

6694

Draga

SP

3

153

6695 Box-corer

SP

3

153

6695

van Veen

SP

3

100

6688 Box-corer

SP

+

2

3

100

6688

SP

4

28

16

+ 2

+

1

286 565

9

3

1

194 415

16

3

115

42 121

13

19

3

2

9

1

3

1

1531

23

1

7

5

Total / Estação / Radial

Não identificado

PISCES

BRACHIOPODA

Crinoidea

Holothuroidea

Echinoidea

BRYOZOA 14 249

9

3

van Veen

7

1

1

5

48

1

1

6

1 23

7

SP

433

6

4

van Veen

1827

34

398

23

6705 Box-corer

3

4

1

6704

21 3 +

5

100

3

23

2

120

424

+

1

1225

4

330

3

3

4 7

1

3

1

Ophiuroidea

2

1

9

Asteroidea

466

CHAETOGNATA

19

3 33

Ascidiacea

+

1 13

HEMICHORDATA

Polychaeta

Cephalopoda

Scaphopoda

Bivalvia

Gastropoda

CRUSTACEA

1

2

Pycnogonida

1

Aplacophora

Polyplacophora

PRIAPULIDA

ECHIURA

SIPUNCULA

29

NEMATODA

5

NEMERTEA

SP

Turbellaria

Draga

CNIDARIA

SP

6684

PORIFERA

6684 Box-corer

511

Estado

Estação

511

2

Amostrador

Cruzeiro

Profundidade (m)

2

57

117 1

122

17

12

26

25

875

1405

8 24

10

1

1

1

314

4

17

5

2

741

13

15

3

4

1

1

15

2

310

35

24

1

1

17

2

5

97

16

1

2

50 1

332 885 20 35

Cont.

2

140

6691 van Veen

SP

6735 Box-corer

RJ

4

103

6736 Box-corer

RJ

4

103

6736 van Veen

RJ

4

476

6737 Box-corer

RJ

2

4

436

6737 van Veen

RJ

+

1

4

x

6738 Box-corer

RJ

+

1

4

x

6738 van Veen

RJ

+

4

147

6739

RJ

147

6739 van Veen

RJ

100

6740 Box-corer

RJ

4

100

6740 van Veen

RJ

4

138

6741

RJ

Draga

5

2

30

2

4

4

12

2 6

2 6

6741 van Veen

RJ

6742 Box-corer

RJ

2

4

208

6742 van Veen

RJ

2

4

508

6743 Box-corer

RJ

3

43

333

4

4

4

508

6743 van Veen

RJ

254

6744

RJ

4

254

6744 van Veen

RJ

4

150

6745

RJ

4

100

6746 Box-corer

RJ

4

100

6746 van Veen

RJ

4

100

6747

RJ

+

4

100

6747 van Veen

RJ

+

4

497

6748 Box-corer

RJ

4

497

6748 van Veen

RJ

4

325

6749 Box-corer

RJ

4

325

6749 van Veen

RJ

3

2

1

162

6750

RJ

+

6750 van Veen

RJ

+

4

93

6751 Box-corer

RJ

1

Total / Estação / Radial

Não identificado

PISCES

110

36

9

42

11

142

35

765

1183

48

4

1

1

34

26

8

103

2

1039

+

141

2

12

102

7 3

49

631

96

2

28

2

BRACHIOPODA

+

24

80

BRYOZOA

206

107

3

Crinoidea

+

10

7

18

Holothuroidea

10

68

35

47

Echinoidea

Ophiuroidea

Asteroidea

CHAETOGNATA

Ascidiacea

HEMICHORDATA

142

2

87

202

+

1

10

2698 184

2

2

41

6

14

2

18

7

1

88 + 2

7

+

76 3

37

1955

4

112

+

22

32

48

9

91

34

15

1

55

7

14

15

4

2

43

28

139

29

8

247

5

12

17

59

42

4

3

3

5

2

1

2

1 49

7

162

CRUSTACEA 2

411

14

3

4

Pycnogonida

17

+

1

1

4

Polychaeta 10 10

12 4

6

16

1

7 6

24

+

15

5

7

30

29

1

2

2

97

4

2

2

1

1

25

4

335

89

25

6

5

+

4

3 1

38

2

2

138

Draga

30

8

208

Draga

1

12

4

Draga

Cephalopoda

6 1

4

Draga

Scaphopoda

1

+

7

16

102

4

8 2

5

3

4

1

+

4

Draga

Bivalvia

SP

Gastropoda

SP

6691 Box-corer

Aplacophora

6690 van Veen

140

Polyplacophora

280

3

PRIAPULIDA

3

ECHIURA

SP

4 1

SIPUNCULA

6690 Box-corer

NEMATODA

280

NEMERTEA

3

Turbellaria

SP

CNIDARIA

SP

6689 van Veen

PORIFERA

6689 Box-corer

500

Estado

Estação

500

3

Amostrador

Cruzeiro

Profundidade (m)

3

44

31

49

2

14

3

1

47

23 1

445

1 2

1

2

9 2

183

63

68

7

2

30

10

7

3

14

2

21

5

68

13

2

16

1

5 7

2

4

70

1

3 2

7

3

140 6

+

12 69

7 13

10

32 2

72 4

17

+

836 15

20

219 13

6

58 26 2

281

305

3

67

58

138

2

5

77

105

19

1

110 772 212 201

Cont.

4

187

6753

Draga

RJ

4

187

6753

van Veen

RJ

4

131

6754

Draga

RJ

4

131

6754

van Veen

RJ

4

102

6755 Box-corer

RJ

4

102

6755

van Veen

RJ

4

435

6756 Box-corer

RJ

4

435

6756

van Veen

RJ

4

191

6757

Draga

4

149

6758 Box-corer

RJ

+

+

4

149

6758

van Veen

RJ

110

6759 Box-corer

RJ

5

110

6759

Draga

RJ

3

9

7

15

57

1 2

2

4

1

16

1

2

5

110

6759

van Veen

RJ

5

400

6760 Box-corer

RJ

5

400

6760

Draga

RJ

9

2

21

203

90

2

21

7

5

400

6760

van Veen

RJ

5

275

6761 Box-corer

RJ

5

275

6761

van Veen

RJ

5

146

6762

Draga

RJ

+

5

1

1

67

45

3

104

65

1

8

71

20

+

553

404

7

5

52

+

360

2

13

11

3 11

3

8

4

+

13

85

18

+

2

9 14

7

430

550

4

71 4

22 3

RJ

+ +

5

425

6764 Box-corer

RJ

1

1

115

5

425

6764

Draga

RJ

+

15

8

5

425

6764

van Veen

RJ

RJ

van Veen

RJ

5

280

6768 Box-corer

RJ

5

280

6768

RJ

van Veen

7

3

12

10

1

29

73

64

1

4

2

1

81

106

2

1

+

1143

18

21

15

78

Total / Estação / Radial 463

1

2

20

163

+

2

+

3

122

6

2

57

2

9

+

3

6

4

+

65

7

78 4

2154 360 103

+

+

2376 46 210

13

63

11

34 63

148

68

1

+

1098

27

6

74

12

7

23

8

1

4

29

41

28 8

+

65

75

39

4

11

1

22

5 3

1

10

183

1

+

197 10

4

17

132

2

12

16

5 16

141

63

+

877

804

2 32

2 9

1

2

2

32

42

RJ

6767

75

91

Draga

6767 Box-corer

3

1

van Veen

453

5

+

6763

453

5

1 5

8

6763

5

+

3

101

5

2

6

13

17

1

34

6

1

2

2

4

1

+

Não identificado

4

5

+

PISCES

2

4

101

RJ

BRACHIOPODA

4

18

5

van Veen

BRYOZOA

8 1

5

6766

Crinoidea

27

+

105

Holothuroidea

1

+

5

Echinoidea

59

2

14

17

211

RJ

RJ

31

2

9

RJ

RJ

478

101

van Veen

van Veen

7

76

6763 Box-corer

6765

5

7

6762

6765 Box-corer

+

1

35

146

257

60

60

1

101

257

38 1

34

15

+

+

258

22

5

5

1

2

89

1

+

3

10

5

5

9

1

2

Ophiuroidea

32

2 +

Asteroidea

2

1

+

CHAETOGNATA

4

5 4

+

Ascidiacea

11

4

1

+

HEMICHORDATA

127

1 +

CRUSTACEA

89 27

1 1

Pycnogonida

3

Polychaeta

Scaphopoda

10

Cephalopoda

Bivalvia

Gastropoda 1

1

+

RJ

5

2

Aplacophora

RJ

van Veen

Polyplacophora

6752

PRIAPULIDA

502

ECHIURA

4

SIPUNCULA 3

NEMATODA

16

RJ

NEMERTEA

RJ

Turbellaria

Estado

van Veen

6752 Box-corer

CNIDARIA

Amostrador

6751

502

PORIFERA

Estação

93

4

Cruzeiro

Profundidade (m)

4

8

3

10

4

6

2

26

13

44 8

+

23

1

297 13 14

1

10 116

Cont.

220

6775

5

220

6775 van Veen

RJ

Draga

RJ

1

6

100

6776 Box-corer

PR

24

6

100

6776 van Veen

PR

8

6

500

6777 Box-corer

PR

14

6

500

6777 van Veen

PR

11

6

322

6778 Box-corer

PR

1

6

322

6778 van Veen

PR

6

200

6779 Box-corer

PR

8

1

106

10

200

6779 van Veen

PR

102

6780 Box-corer

PR

6

102

6780 van Veen

PR

6

480

6782 Box-corer

PR

6

480

6782 van Veen

PR

6

350

6783 Box-corer

PR

6

350

6783 van Veen

PR

6

195

6784 Box-corer

PR

4

6

195

6784 van Veen

PR

8

6

510

6785 Box-corer

PR

4

6

510

6785 van Veen

PR

6

380

6786

PR

3

6

380

6786 van Veen

PR

2

6

151

6787 van Veen

PR

6

110

6788 Box-corer

PR

6

110

6788 van Veen

PR

6

95

6789 Box-corer

PR

6

95

6789 van Veen

PR

6

500

6790 Box-corer

6

358

6791 Box-corer

1

5

47

18

5

4

20

492 28

2 +

1

15

1

3

15

5

266

4

27 1

12

8

23

6

1

24

17

1

2

32

71 1

2

5

5

60

2

4

12

5

39

6

3

75

9

4

3

95

9

4

56

56

1

16

3

9

34

40

29

38

3

168

149

1

1820

2

60

35 32 30

114

162

219

1

59

34

186

7

38

10

53

5

2

72

11

246

9

164

3

15

9

17 36

12 5

215

6

1

5

21 2

1

21

6

Draga

3 1

1

Total / Estação / Radial

5

1

18

2

Não identificado

3

1

+

PISCES

1

RJ

4

14

BRACHIOPODA

RJ

6774 van Veen

6

6

BRYOZOA

6774 Box-corer

335

80

5

Crinoidea

235

5

104

3

Holothuroidea

5

3

Echinoidea

3

1

7

Ophiuroidea

RJ

1

Asteroidea

RJ

6773 van Veen

178

17

CHAETOGNATA

6773 Box-corer

500

21

138

9

Ascidiacea

500

5

+

4

1

HEMICHORDATA

5

31

CRUSTACEA

RJ

Pycnogonida

6772 van Veen

3

Polychaeta

110

Cephalopoda

5

Scaphopoda

RJ

Bivalvia

6770 van Veen

Gastropoda

400

9

Aplacophora

5

Polyplacophora

+

PRIAPULIDA

SIPUNCULA

+

RJ

ECHIURA

NEMATODA

NEMERTEA

RJ

6770 Box-corer

Turbellaria

CNIDARIA

6769 van Veen

400

Estação

93

5

Cruzeiro

PORIFERA

126

Estado

Amostrador

Profundidade (m)

6

5

93 11

1

49

3

164 225

1

2

183

2

2426

1

466

+

194

484

930

59

4

4

32

7

4

11

1

323

96

33

56

4

1

526

1

368

207

29

86

12

1

704

39

2

13

2

129

2

1

2

3

32

3

2

109

5

2

+

221

41

1

6

265

21

14

+

393

7

1

48 3

7

4

6

1

26

6

37

2

63

2

65 1

1

9

39

2

23

2

259

16

55 +

55 36 2

56

1

137

157

6

8

7

3

70

275

20

42

267

+

55

26

18

31

4

29

1

6

28

5

1

1

20

33

4

2

PR

2

7

2

PR

9

3

2

2

3

203

1 3

+

5 1

423 386

+

739

16

148

+

39

2

62

40

60

2

1

3

77

45

47

1

3

113

Cont.

190

6797 Box-corer

PR

6

190

6797

van Veen

PR

622

332

65

12 6 1

1

3

34

2

2

95

40

6

3

22

3

47

5

1

71

5

101

7

+

4

4

+

26

2

6

100

6798 Box-corer

PR

1

19

1

28

6

100

6798

van Veen

PR

2

32

1

49

6

285

6800 Box-corer

PR

17

5

6

285

6800

van Veen

PR

1

1

6

166

6801 Box-corer

PR

7

6

166

6801

van Veen

PR

4

7

225

6807 Box-corer

SC

7

225

6807

van Veen

SC

7

141

6808 Box-corer

SC

7

141

6808

van Veen

SC

21

7

104

6809 Box-corer

SC

5

2

7

104

6809

van Veen

SC

2

2

7

100

6810 Box-corer

SC

7

100

6810

van Veen

SC

7

506

6811 Box-corer

SC

8

2

1

5

1

1

7

1

7

506

6811

van Veen

SC

1

6

402

6812

van Veen

SC

3

1

7

299

6813 Box-corer

SC

2

2

7

299

6813

van Veen

SC

100

6814 Box-corer

SC

7

100

6814

van Veen

SC

7

500

6815

Draga

SC

7

500

6815

van Veen

SC

7

375

6816

van Veen

SC

30 1

7

210

6817 Box-corer

SC

210

6817

van Veen

SC

7

108

6818 Box-corer

SC

+

91

12

143

2 1

1

9 68

49

98

8

97

5

13

1

48

2

90

25

194 96 2

64

50

65

13

5

115

65

8

2

4

+

+

6

1

61

5

73

73

1171

10

74

150

3

2099

24

25

2

3

72

144

38

20

10

38

110

220

10

35

33

102

8

3

4

19

7

597

3

25

6

6

16

18

4

11

1

9

8

2

3

51

29

2

3

4

15 1

2

3

15

6

1

2

18 3

+ 13

8

3

12

65 42 46 26 20

7 15

467 38 32

9

28

1120

1

15

1

7

1

2

1

7

1

16

+

110

552

38

1

6

955

204

19

2

+

357

811

18

128 118

822

175

1

1

1

128

59

10

3

2 16

62

1

10

6

107

6

1

26

5

19

3

373

33

29

1 1

1347

26

69

2

1

6

12

12

16

2

872 598

9

2

7

7

4

108

2

11

2

7

9

1 10

+

34

1

3

+

1

1

1

+

Total / Estação / Radial

6

5 2

1

Não identificado

PR

4

PISCES

van Veen

47

BRACHIOPODA

PR

6796

22

BRYOZOA

6796 Box-corer

347

103

Crinoidea

347

6

391

Holothuroidea

6

4

Echinoidea

PR

8

Ophiuroidea

van Veen

10

42

Asteroidea

6794

92 120

CHAETOGNATA

100

175

3 36

Ascidiacea

6

1

1 382

HEMICHORDATA

PR

CRUSTACEA

PR

Pycnogonida

van Veen

6794 Box-corer

Polychaeta

6793

100

Cephalopoda

138

6

Scaphopoda

6

Bivalvia

27

Gastropoda

PR

Aplacophora

6793 Box-corer

Polyplacophora

138

PRIAPULIDA

6

ECHIURA

274

SIPUNCULA

PR

NEMATODA

PR

van Veen

NEMERTEA

Estado

van Veen

6792

Turbellaria

Amostrador

6791

228

CNIDARIA

Estação

358

6

PORIFERA

Cruzeiro

Profundidade (m)

6

1

12

81 126 68 14

Cont.

7

242

6857 van Veen

RS

6857 Box-corer

RS

1

6858 van Veen

RS

+

8

100

6858 Box-corer

RS

16

8

100

6862 Box-corer

RS

8

515

6863 van Veen

RS

+

8

650

6863

RS

+

8

260

6864 van Veen

RS

8

260

6864

RS

8

131

6865 van Veen

RS

8

100

6866 van Veen

RS

8

100

6869 van Veen

RS

+ 3 6

4

5

RS

9

100

6849 van Veen

RS

6

9

100

6849 Box-corer

RS

2

9

500

6850 Box-corer

RS

9

160

6851 Box-corer

RS

9

100

6846 van Veen

RS

9

100

6846 Box-corer

RS

9

500

6847 Box-corer

RS

9

152

6848 Box-corer

RS

9

104

6843 van Veen

RS

9

104

6843 Box-corer

RS

1 1

99

6839 van Veen

RS RS

9

99

6839

9

600

6840 Box-corer

RS

9

500

6841 Box-corer

RS

Draga

2

1

1

2

1

5

403

469 845

1

54 58

2

2

2

10

4

8

13

2

4

21

1

9

5

3

19

+

+

1

4

RS

9

3

5

8

11

1

+

6 4

41

6853 Box-corer

RS

4

53

2

1 +

3

3

+

6852 Box-corer

RS

1

2

+

4

1

1

+

+

+

+

+

+

+

32

51 7

+

1

1 +

+

1 1

3

+

+

+

+

1 1

8

+

2

1

2

10

+

1

3

13

2

22

4

75

1

56

1

41

3

14 16

2

2

22

8

2

1

6

4

4

6

3

10

19

3

55

1

1 1

5

1

43

+

3

1

1

15

2

5

5

5

3

5

13 22

1

+

10

1

+

3

+

2

2

2

2

1

+

2 21 +

+

1

1

11

1

6

4

50 1 29

+

2 38

19

21 +

10 15

1

7 +

+

29

7

1

+

+

+

+ + 2

+

+ 1

104

6845 Box-corer

+

41

+

500

6844 Box-corer

87

1

+

9

500

189

+

9

177

75

1

242

9

328

+

100

9

16 1

1

7

Draga

12

1

8

Draga

1

Total / Estação / Radial

1

RS

Não identificado

RS

6856 Box-corer

PISCES

6855 Box-corer

414

BRACHIOPODA

505

7

BRYOZOA

7

Crinoidea

55

Holothuroidea

SC

Echinoidea

6822 van Veen

Ophiuroidea

103

Asteroidea

7

CHAETOGNATA

44

Ascidiacea

107

SC

14

HEMICHORDATA

SC

6822 Box-corer

7

2

CRUSTACEA

6821 van Veen

103

2

Pycnogonida

232

7

Polychaeta

7

Cephalopoda

2

Scaphopoda

SC

Bivalvia

6821 Box-corer

Gastropoda

232

Aplacophora

7

Polyplacophora

SC

PRIAPULIDA

6820 van Veen

ECHIURA

360

1

SIPUNCULA

7

NEMATODA

1

SC

NEMERTEA

PORIFERA

SC

6819 van Veen

Turbellaria

Estado

6818 van Veen

505

CNIDARIA

Estação

108

7

Amostrador

Cruzeiro

Profundidade (m)

7

2

3

5

6

52

Cont.

36

RS

38

9

500

6830 Box-corer

RS

9

154

6831 van Veen

RS

1

9

360

6832 van Veen

RS

1

9

100

6826 van Veen

RS

9

200

6828

RS

9

100

6823 van Veen

RS

1

9

100

6823

RS

+

Total

Draga Draga

+

35

22

1388

4006

811

7

1

6

16

2

1

3

5

2

35

90

9

7

24 1

4664

5

13

133

36

86

5

14

2

48

14

5

12

+

69

+

43

10

7

1

118

1

11761

4289

7 209

50

2

1 5

+

9

3

4549

78

10

4

8

+

89

3

22

2

4

2

15

2 15

35

10 1

10

+

Total / Estação / Radial

RS

6829 Box-corer

2

Não identificado

6829 van Veen

100

+

PISCES

100

9

+

BRACHIOPODA

9

41

5

1

8 2

BRYOZOA

RS

Draga

Crinoidea

6835

Holothuroidea

172

Echinoidea

9

Ophiuroidea

RS

Asteroidea

RS

6835 van Veen

CHAETOGNATA

6834 Box-corer

172

Ascidiacea

500

9

HEMICHORDATA

9

9

CRUSTACEA

RS

Pycnogonida

6833 van Veen

Polychaeta

102

Cephalopoda

9

Scaphopoda

32

Bivalvia

+

Gastropoda

18

RS

Aplacophora

RS

6837 Box-corer

Polyplacophora

6836 Box-corer

500

PRIAPULIDA

100

9

ECHIURA

9

SIPUNCULA

8

NEMATODA

+

NEMERTEA

21

Turbellaria

RS

CNIDARIA

RS

6836 van Veen

PORIFERA

6842 Box-corer

100

Estado

Estação

187

9

Amostrador

Cruzeiro

Profundidade (m)

9

22412

62

14248

9

2

9

85

14

85

1

10

1

155

9

132

13

119

19

165

3

21

1 21 1

61

446

1

105

178

16918

1 283

21

566

30501

12849

1

+

241

40

836

131369

0,003

0,155

0,051

0,001

0,001

0,010

0,023

0,001

0,006

0,002

0,170

0,003

0,098

0,730

0,328

0,556

0,068

2,002

0,189

0,343

0,162 0,234

0,089

0,099

0,068

0,113

3,533

6,524

0,032

0,003

0,248

0,190

3,721

0,162

0,089

0,042

0,017

0,006

Total / Estação / Radial

0,002

0,343 1,899

Não identificado

PISCES

SP

Draga

0,008

BRACHIOPODA

SP

6651

0,116

BRYOZOA

6651 Box-corer

0,060

Crinoidea

256 256

Holothuroidea

1 1

Echinoidea

SP

Ophiuroidea

SP

van Veen

Asteroidea

Draga

6651

CHAETOGNATA

6650

256

Ascidiacea

417

1

0,002

0,005 0,018

HEMICHORDATA

1

0,355

CRUSTACEA

SP

0,170

Pycnogonida

SP

van Veen

0,011

Polychaeta

Draga

6650

0,016

Cephalopoda

6646

417

Scaphopoda

198

1

Bivalvia

1

Gastropoda

SP

van Veen

0,165

Aplacophora

6646

Polyplacophora

198

PRIAPULIDA

1

0,009

ECHIURA

SP

SIPUNCULA

SP

NEMATODA

van Veen

6644 Box-corer

NEMERTEA

Estado

6644

485

Turbellaria

Amostrador

485

1

CNIDARIA

Estação

1

PORIFERA

Cruzeiro

Profundidade (m)

Anexo 3 – Biomassa (g) de grandes grupos (Filos, classes ou ordens) por estação de coleta e amostrador.

0,501

0,101

0,001

1,011

4,210

0,009

0,254 0,020

9,173

0,788

13,878

1

206

6652

Draga

SP

1

206

6652

van Veen

SP

1

155

6653 Box-corer

SP

0,129

1

155

6653

Draga

SP

6,783

0,172

1

155

6653

van Veen

SP

0,089

0,066

1

90

6654 Box-corer

SP

0,007

2,763

0,031

0,030

2,831

1

90

6654

Draga

SP

0,001

0,482

27,734

2,018

30,235

1

90

6654

van Veen

SP

0,007

5,372

0,001

1

80

6655 Box-corer

SP

0,178

0,002

1

80

6655

Draga

SP

0,004

0,090

0,289

0,009

1

80

6655

van Veen

SP

0,007

1,231

1,919

0,123

0,012

0,003

0,001

1

70

6656

Draga

SP

0,008

0,328

1

70

6656

van Veen

SP

0,051

0,516

1

60

6657 Box-corer

SP

0,011

1

60

6657

Draga

SP

1

60

6657

van Veen

SP

1

157

6658 Box-corer

SP

1

157

6658

Draga

SP

1

157

6658

van Veen

SP

2

505

6659

Draga

SP

2

314

6660

Draga

SP

2

314

6660

van Veen

SP

2

147

6661

Draga

SP

2

135

6662

van Veen

SP

0,004

0,002

0,007

0,007

0,006

0,001

0,009 0,342

0,001 0,006

0,030

0,014

5,865

0,011

0,008

0,806

3,265

3,429

15,160

22,631

15,019

15,178

0,480

5,983

0,076

0,260 0,392 0,014

3,294

0,485

5,081

1,030

0,240

0,207

0,001

0,846

0,001

5,029

0,224

0,002

0,001

0,160

0,002

0,462

0,032

0,016

0,001

0,001

0,242

0,001

0,001

0,016

0,685

0,001

5,486

0,013

0,357

46,119

84,447

513,512

81,670

91,239

1,113

157,721

1,569

4,426

29,861

1,069

0,297

0,359

17,807 13,974

1,473

0,396 0,017

1,329

0,510

3,507

0,159

3,529

0,002

0,001

0,002

0,004

0,039

0,019

3,366

0,001

5,031

6,380

3,288

0,359

0,253

0,006

0,004

0,040

0,464

0,003 7,022

0,486

0,042

0,276 0,001 1,701

2,020 0,003

0,022

0,032

2,792

0,816 0,285 0,035

0,081 0,008

0,003

0,001

0,034

0,802

4,929 0,358

0,002

1,137

1,553

413,739

0,435

4,016

1,430

0,700

0,005

3,128 0,675

0,002

83,313 0,002

5,725

15,546

0,033

5,471

1,862

6,983 31,451

0,002

0,761

0,251

0,753 45,194

0,219

1,295

Cont.

2

258

6665

Draga

SP

2

258

6665

van Veen

SP

2

163

6666 Box-corer

SP

0,520

42,565

70,520

0,044

3,157

0,489

0,003

0,011

2

130

6667

van Veen

SP

2

107

6668

van Veen

SP

6669

van Veen

SP

2

503

6670 Box-corer

SP

2

503

6670

van Veen

SP

2

260

6671

Draga

SP

0,017 112,797 7,809

0,253

0,001 0,006

0,008

0,015

0,001

0,001

0,597

0,002 0,001

Total / Estação / Radial

Não identificado

PISCES

BRACHIOPODA

BRYOZOA

Crinoidea

Holothuroidea

Echinoidea

Ophiuroidea

Asteroidea

CHAETOGNATA

Ascidiacea

HEMICHORDATA 0,459

20,147

0,009

0,851

3,205 274,733 0,061

0,095

0,017

6,706

1,018

1,228

0,315

0,121

0,002

0,384

0,003

0,026

0,581

0,995

6,496

0,009

0,132

0,195

6,861

0,004

9,177

0,049

1,234

0,552

0,129

0,785

1,317

94,338

0,012

0,114

1,067

0,052

0,203

0,003

0,151

4,195

3,786

9,231

0,002

0,019

0,348

0,528

0,362

0,001

1,260

0,001

0,004

0,052

0,016

0,001

0,074

0,106

0,009 5,182

0,187

0,006

0,083

260

6671

van Veen

SP

0,985

165

6672

Draga

SP

0,209

2

165

6672

van Veen

SP

0,205

2

133

6673

Draga

SP

0,585

2

133

6673

van Veen

SP

2

122

6674

Draga

SP

2

122

6674

van Veen

SP

2

517

6675

van Veen

SP

2

153

6676

Draga

SP

2,809

2

153

6676

van Veen

SP

0,280

2

137

6677

van Veen

SP

2

99

6678 Box-corer

SP

2

99

6678

Draga

SP

0,210

2

99

6678

van Veen

SP

0,680

0,067

2

808

6679

Draga

SP

0,997

0,006

2

258

6680 Box-corer

SP

2

258

6680

van Veen

SP

2

168

6681

Draga

SP

28,414

2

168

6681

van Veen

SP

0,541

2

100

6683 Box-corer

SP

2

100

6683

SP

0,349 0,002

0,580 0,012

0,042

0,121

0,295

0,011

2,315

0,056

0,002

0,353

0,372

0,143

0,429

0,040

0,636

0,143

0,048

0,072

1,283

0,206

3,914

0,185

0,319 0,689

0,109

2,245

0,620

0,151

0,496

0,009

0,021

0,004

0,016

0,129

0,028

0,089

0,201

0,001

0,081

0,011

0,067

0,164

0,143 0,064

1,589

0,070

0,001

8,558

0,024

1,602

0,080

0,009

4,700

0,113

0,004

0,048

14,407

6,312

0,380

0,001

0,020

0,089

0,731

0,571

0,019

0,043

0,009

0,003

2,638

0,003

0,724

0,170

0,021

0,006

0,316

13,150

0,038

0,001

0,671 0,017

0,009

0,001

1,223

0,447

4,620

0,150 0,025

16,565 0,542

0,009

11,213 1,338 0,019

0,001

0,017

1,890 1,572

1,930

0,013

0,026

1,657

2,033

0,017

1,578

7,410

0,861

0,079

12,616

0,001

0,639

0,127

18,388

0,099

0,790

2,649

0,006

2,523 0,561

0,001

0,019

0,107

5,964

9,248

0,028

0,369

0,687 0,001

1,210

0,289

0,007

0,018 0,036

0,010

0,115

0,242

0,913

0,019

0,007

CRUSTACEA

Pycnogonida

Cephalopoda

Polychaeta

86,363

0,037

2,605

0,589

0,006

0,001

1,236

3,191 0,432

0,342

2

0,100

0,880

0,119 0,115

0,030

0,480

2

van Veen

0,283

0,019

SP

101

Scaphopoda

1,313

0,003

SP

2

Bivalvia

0,004

Draga

SP

Gastropoda

0,004

van Veen

SP

Aplacophora

0,031

6666

Draga

Polyplacophora

0,132

6666

6669

0,003

0,001

163

6669 Box-corer

0,009

1,043

163

101

0,091

0,012

2

101

0,015 0,012

2

2

PRIAPULIDA

0,001 2,009

SP

2

ECHIURA

SIPUNCULA

6665 Box-corer

NEMATODA

258

NEMERTEA

2

Turbellaria

SP

Draga

CNIDARIA

SP

6664

PORIFERA

6664 Box-corer

500

Estado

Estação

500

2

Amostrador

Cruzeiro

Profundidade (m)

2

10,025

2,111 0,696

41,311 1,411 0,074

0,004

23,109

0,159

0,289 0,173

1,592

57,134

0,314

0,001

7,657

0,880

0,001

0,346

1,226 8,884

0,540

0,071

0,001

0,549

1,477

Cont.

Draga

SP

van Veen

SP

21,819

0,645

0,061

3

100

6704 Box-corer

SP

3

100

6704

van Veen

SP

3

424

6705 Box-corer

SP

3

424

6705

van Veen

SP

3

184

6706 Box-corer

3

184

6706

van Veen

3

156

6707

3

100

3

100

6700

3

433

6701

3

359

3

359

6702

van Veen

SP

3

133

6703 Box-corer

SP

3

133

6703

van Veen

SP

3

92

6696 Box-corer

SP

3

92

6696

van Veen

SP

3

430

6697 Box-corer

SP

0,002

3

430

6697

van Veen

SP

0,019

3

241

6698

Draga

3

241

6698 Box-corer

0,021 0,435 0,008

0,001

SP

0,006

0,011

SP

0,001

van Veen

SP

0,002

6700 Box-corer

SP

0,106

van Veen

SP

0,065

van Veen

SP

6702 Box-corer

SP

0,003

0,007

0,086

0,294 0,691 0,054

0,012

8,677

30,245

0,172

0,089

0,008

0,001

0,510

0,008

1,593 0,175

0,173

0,083

0,015

0,001

4,267

17,403 0,008

5,128 0,129

0,210

0,102

0,001

0,078

0,408

0,289

0,347

0,002

0,036

0,675

0,026

0,248

0,003

64,524 0,847

2,100 0,101

Total / Estação / Radial

0,005

0,560

0,016

Não identificado

PISCES

33,963

0,170

0,017

0,028

0,482

0,001

0,011

0,001

1,080

1,186

1,630

2,426 0,032

0,101

0,101 0,011 0,008

0,011

0,003

0,006

0,029

0,024

0,001

0,004

0,091

0,017

0,001

0,100

0,071

0,001

0,266

0,002

0,098

0,014

SP 0,002

1,276

0,203

3,140

3,212

1,315

1,429

0,440

0,612

0,570

0,950

0,008

0,010

0,017

0,148

0,007

SP

0,002

0,112

1,629

1,636

0,185

3

150

6699

Draga

SP

3

150

6699

van Veen

SP

3

100

6692 Box-corer

3

100

6692

van Veen

3

430

6693

Draga

3

270

6694

Draga

3

153

6695 Box-corer

SP

3

153

6695

van Veen

SP

3

100

6688 Box-corer

SP

0,001

0,398

3

100

6688

SP

0,025

1,362

0,076

van Veen

0,164 0,732

1,011

0,048 0,002

BRACHIOPODA

0,018

15,282

0,010

BRYOZOA

0,038

Crinoidea

0,130

Holothuroidea

0,089

Polychaeta 0,407

Echinoidea

1,207

6686 6686

0,896

24,884

Ophiuroidea

0,001

2 2

0,276

1,916

Asteroidea

0,320

0,467

0,093

2,844 0,003

CHAETOGNATA

0,037

0,001

0,051

Ascidiacea

0,003

0,055

0,002 1,384

HEMICHORDATA

SP

van Veen

CRUSTACEA

6685

Pycnogonida

282

Cephalopoda

2

Scaphopoda

0,015

0,087

Bivalvia

0,152

1,691

Gastropoda

0,024

0,001

0,018

Aplacophora

0,005

SP

Polyplacophora

SP

PRIAPULIDA

van Veen

6685 Box-corer

ECHIURA

6684

282

SIPUNCULA

511

2

NEMATODA

2

NEMERTEA

SP

Turbellaria

Draga

CNIDARIA

SP

6684

PORIFERA

6684 Box-corer

511

Estado

Estação

511

2

Amostrador

Cruzeiro

Profundidade (m)

2

1,666

0,005

0,729

0,034

0,181

3,176

4,125

0,009

0,931

0,028

0,001

4,136

5,325

SP

0,029

1,601

0,039

0,180

SP

0,887

2,548

0,013

0,340

3,788

SP

0,198

0,446

7,007

0,201

0,019

1,043

SP

2,602

0,297

0,378 0,007 0,402

0,007

0,916 0,884

0,169 0,002

1,483

0,049

1,505

1,849

1,534

2,796

0,001

0,002

0,025

0,246

0,003

0,038

0,002

0,360

0,539 2,217 0,439 1,463

Cont.

6737 Box-corer

RJ

0,028

4

436

6737

van Veen

RJ

0,013

0,002

4

x

6738 Box-corer

RJ

0,251

0,022

0,013

4

x

6738

van Veen

RJ

4

147

6739

Draga

RJ

4

147

6739

van Veen

4

100

6740 Box-corer

0,014

0,001

0,001

0,012

0,002

0,189

0,002 0,001

0,032

0,001

0,055

0,026

0,003

0,012

0,001

0,756

0,001

0,253

0,091

0,081

0,015

1,238

0,006

0,004

0,025

0,651

0,469

0,016

1,185

0,002

0,163

0,130

0,263

0,017

0,027

0,020

0,004

0,144

1,262

0,125

0,002 0,067

0,002

0,002

0,008

0,004

Total / Estação / Radial

476

Não identificado

4

PISCES

0,005

BRACHIOPODA

0,005

BRYOZOA

0,001

RJ

Crinoidea

0,014

van Veen

Holothuroidea

RJ

6736

Echinoidea

6736 Box-corer

103

Ophiuroidea

103

4

0,165

Asteroidea

4

0,010

CHAETOGNATA

RJ

0,002

Ascidiacea

SP

0,004

HEMICHORDATA

van Veen

6735 Box-corer

CRUSTACEA

6691

102

Pycnogonida

140

4

0,004

Polychaeta

3

Cephalopoda

SP

0,001

Scaphopoda

SP

Bivalvia

van Veen

6691 Box-corer

Gastropoda

6690

140

Aplacophora

280

3

Polyplacophora

3

PRIAPULIDA

SP

ECHIURA

6690 Box-corer

0,003

SIPUNCULA

280

NEMATODA

3

NEMERTEA

SP

Turbellaria

van Veen

CNIDARIA

SP

6689

PORIFERA

6689 Box-corer

500

Estado

Estação

500

3

Amostrador

Cruzeiro

Profundidade (m)

3

0,058

0,025

0,001

0,116

0,071

2,711

5,550

0,206

0,153

0,008

0,076

0,219

0,075

0,246

1,181

6,728

RJ

0,003

0,006

RJ

0,008

1,111

4,197

0,013

0,568 0,006

0,203 0,042

0,007

1,078

1,839

0,035

0,031

65,646

0,004 135,440 0,375

0,323 0,139

0,069 224,500 0,375

0,096

0,474

4

100

6740

van Veen

RJ

4

138

6741

Draga

RJ

4

138

6741

van Veen

RJ

0,076

0,130

0,087

4

208

6742 Box-corer

RJ

0,391

0,014

0,002

0,001

4

208

6742

van Veen

RJ

0,208

0,048

0,030

0,286

4

508

6743 Box-corer

RJ

0,030

0,026

0,141

0,208

0,017

0,021 0,133

0,152

0,003

0,001

0,698

0,003

0,460 0,049

0,790

0,002

0,010

1,275

0,003 0,024

2,490

2,359 1,187

0,227

0,447

4

508

6743

van Veen

RJ

4

254

6744

Draga

RJ

4

254

6744

van Veen

RJ

4

150

6745

Draga

RJ

4

100

6746 Box-corer

RJ

4

100

6746

van Veen

RJ

4

100

6747

Draga

RJ

0,045

4

100

6747

van Veen

RJ

0,005

4

497

6748 Box-corer

RJ

4

497

6748

van Veen

RJ

4

325

6749 Box-corer

RJ

0,002

0,006

0,012

4

325

6749

RJ

0,002

0,010

0,111

0,049

1,538

10,870

0,015

2,704

0,104

0,854

0,065

0,088

11,165

0,040

van Veen

0,359

0,045

162

6750

Draga

RJ

0,124

6750

van Veen

RJ

1,202

4

93

6751 Box-corer

RJ

0,009

0,042

0,604

0,180

14,831 1,263

0,002

0,411

0,084

0,009

0,010

0,013

0,035

0,152

1,458

0,289

0,370

0,162

2,726

0,001

0,005

0,086

0,345

0,060

0,044

0,270

0,885

0,003

0,013

162

2,868 0,005

0,042

0,004

4

1,073

0,001

0,103

4

0,079

0,001

0,095

0,022

0,004 6,385

0,002

4,882

0,050

6,739

0,090

1,567

0,008

3,294

6,666

0,260

11,024

5,680

0,410

0,184

0,220

0,049

0,002

0,009

0,009

0,497

0,096

0,270

0,004

0,002

1,982

0,002

0,017 0,029

0,226

0,017

0,015

0,326

0,016 0,007

0,113

1,642

2,279

0,005 0,002

0,004

0,010

27,701

4,427

94,131 0,004

0,542 36,618

1,198

38,971 13,423 21,355

0,012

3,530

0,321

137,146 0,177

0,081

2,659 0,072

0,103

0,292 0,020

0,722

0,001

0,173

0,020

20,531 2,334 11,228

Cont.

4

187

6753

Draga

RJ

4

187

6753

van Veen

RJ

4

131

6754

Draga

RJ

4

131

6754

van Veen

RJ

4

102

6755 Box-corer

RJ

4

102

6755

van Veen

RJ

4

435

6756 Box-corer

RJ

4

435

6756

van Veen

RJ

4

191

6757

Draga

4

149

6758 Box-corer

RJ

4

149

6758

van Veen

RJ

5

110

6759 Box-corer

RJ

5

110

6759

Draga

RJ

5

110

6759

van Veen

RJ

5

400

6760 Box-corer

RJ

5

400

6760

Draga

RJ

5

400

6760

van Veen

RJ

5

275

6761 Box-corer

RJ

0,109

0,002

0,011

0,001

0,032

0,027

0,001

0,144

0,019

0,003

0,024

0,002

0,091

0,165

0,003

0,022

0,182

0,033

0,284

0,292

0,663

0,760

0,017

0,076

0,010

0,077

0,049

0,274 0,055

0,185

0,018

0,027

0,027

0,001

2,380

0,008

0,060

RJ

0,105

0,035

0,782 0,002

0,006

0,032 0,003

0,001

0,002

0,001

3,324

8,113

10,814

1,191

0,234

0,042 0,040

0,003

0,036

0,006

0,106

0,002

0,019

0,007

0,002 0,003

0,286

0,001

0,134

0,265

1,220

0,005

0,009

3,456

0,030

0,804

0,060

0,028

0,001

0,082

4,944

4,142

1,158

1,422

0,819

0,083

0,001

0,022

0,906

0,747

0,058

0,325

0,048

0,045

0,010

0,765

0,304

0,019

0,023 0,073

1,144

0,021 0,001

0,019

0,002

0,001

0,002

0,002

0,246

0,067

0,415

3,174

0,423

0,129

4,583

0,002

0,017

0,060

0,007

7,075

0,002 0,006

Total / Estação / Radial

Não identificado

PISCES

BRACHIOPODA

BRYOZOA

Crinoidea

Holothuroidea

Echinoidea

5,159

0,020

0,084

1,024

Ophiuroidea

Asteroidea

CHAETOGNATA

Ascidiacea

HEMICHORDATA

0,090

0,035

0,066 0,001

CRUSTACEA

1,748

0,001 0,035

Pycnogonida

0,025

Polychaeta

Scaphopoda

0,041

Cephalopoda

Bivalvia

Gastropoda 0,004

0,450

0,018

Aplacophora

RJ

van Veen

Polyplacophora

6752

PRIAPULIDA

502

ECHIURA

4

SIPUNCULA 0,019

NEMATODA

0,011

RJ

NEMERTEA

RJ

Turbellaria

Estado

van Veen

6752 Box-corer

CNIDARIA

Amostrador

6751

502

PORIFERA

Estação

93

4

Cruzeiro

Profundidade (m)

4

0,024

0,314

0,237

0,017

0,003

0,133

0,090

0,076

0,017

11,274

2,899

0,106

1,544

0,928

0,315

0,598

0,001 0,312

0,209 0,479 1,624

0,050

4,414 0,230

0,628

0,046

0,158

0,095

0,021

13,524 2,462 0,078

0,371

0,167

0,015

0,372

2,502 1,418

0,024

0,001

0,685

0,037

0,194

5

275

6761

van Veen

RJ

5

146

6762

Draga

RJ

0,440

0,021

0,333

5

146

6762

van Veen

RJ

0,084

0,005

0,006

5

101

6763 Box-corer

RJ

1,020

5

101

6763

Draga

RJ

17,422

5

101

6763

van Veen

RJ

0,255

0,299

0,007

5

425

6764 Box-corer

RJ

0,002

0,003

0,187

0,040

0,008

0,240

5

425

6764

Draga

RJ

0,002

0,279

0,604

0,223

0,238

1,347

5

425

6764

van Veen

RJ

0,955

0,003

0,958

5

257

6765 Box-corer

RJ

0,073

0,015

0,092

5

257

6765

van Veen

RJ

5

105

6766

van Veen

RJ

5

453

6767 Box-corer

RJ

5

453

6767

van Veen

RJ

5

280

6768 Box-corer

RJ

5

280

6768

RJ

van Veen

0,031

3,078

0,263

0,160 0,003 0,034

0,001

0,103

0,001

0,528

0,180

0,014

0,251

0,033

0,103 0,078

0,004 0,058 0,185

0,002

0,010

0,037

1,390

0,112

0,083

2,692

0,207

0,010 0,083

0,002

0,090

0,510 0,118

0,017 0,002

0,297

0,022

0,028

0,089

0,013

7,460

0,116

0,027

0,026

1,051

2,598

0,031

0,589

3,372

0,001

8,846

0,047

27,457

8,846

3,474

0,381 0,180

0,155

0,266

0,001

0,004 0,014

2,087

2,951

0,105

0,036

20,942

0,812

0,016 0,003

0,001

0,003 0,006

1,232 0,007

0,095

0,031

0,001

0,116

0,011

0,109 0,324

0,392 2,216

Cont.

0,002

0,004

0,055

0,047

0,002

0,089

0,016

0,669

0,544

0,640

0,055

0,003

Total / Estação / Radial

0,001

RJ

van Veen

0,001

0,117

0,004

Não identificado

RJ

6774

0,128

0,202

PISCES

6774 Box-corer

335

0,039

0,098

BRACHIOPODA

235

5

0,060

BRYOZOA

5

0,018

0,011

Crinoidea

0,004

0,003

0,094

0,003

0,350

Holothuroidea

RJ

0,324

Echinoidea

van Veen

0,031

Ophiuroidea

RJ

6773

0,001

Asteroidea

6773 Box-corer

500

0,016

0,040

0,016

CHAETOGNATA

500

5

0,002

0,140

0,045

Ascidiacea

5

0,029

0,030

0,002

HEMICHORDATA

RJ

CRUSTACEA

van Veen

Pycnogonida

6772

0,003

Polychaeta

110

Cephalopoda

5

Scaphopoda

RJ

Bivalvia

van Veen

Gastropoda

6770

0,051

Aplacophora

400

Polyplacophora

5

0,306

PRIAPULIDA

0,004

ECHIURA

CNIDARIA

0,001

RJ

SIPUNCULA

PORIFERA

RJ

NEMATODA

Estado

van Veen

6770 Box-corer

NEMERTEA

Amostrador

6769

400

Turbellaria

Estação

93

5

Cruzeiro

Profundidade (m)

5

0,131

1,260 0,064

0,004 0,002

0,192

0,285

0,014

0,373

0,001

0,653

0,002

0,233 0,222 0,104

0,017

0,125

5

220

6775

Draga

RJ

5

220

6775

van Veen

RJ

6

100

6776 Box-corer

PR

0,090

0,010

0,060

0,020

0,180

6

100

6776

van Veen

PR

0,030

0,010

0,010

0,060

0,110

6

500

6777 Box-corer

PR

0,070

6

500

6777

van Veen

PR

0,080

0,060

0,030

0,030

0,200

6

322

6778 Box-corer

PR

6

322

6778

van Veen

PR

6

200

6779 Box-corer

6

200

6779

van Veen

6

102

6780 Box-corer

PR

6

102

6780

van Veen

PR

6

480

6782 Box-corer

PR

6

480

6782

van Veen

6

350

6783 Box-corer

6

350

6783

0,035

0,779

0,469

0,070

43,922

47,057

0,009

0,137

0,070

0,120

0,010

0,210

0,070

0,410

0,420

0,010

0,130

0,150

0,750

PR

0,370

0,030

0,340

0,070

0,810

PR

0,210

0,080

0,260

0,010

0,560

0,510

0,040

0,010

0,590

2,430

0,280

0,040

0,030

0,040

2,710

0,160

0,010

0,320

0,020

0,550

PR

0,340

0,010

0,660

0,190

1,200

PR

0,860

0,070

0,010

van Veen

PR

2,430

0,300

0,130

0,270

3,130

1,030

0,290

0,010

2,900

6

195

6784 Box-corer

PR

6

195

6784

van Veen

PR

1,570

6

510

6785 Box-corer

PR

0,200

6

510

6785

van Veen

PR

0,070

6

380

6786

Draga

PR

6

380

6786

van Veen

6

151

6787

van Veen

6

110

6

110

6

25,480

0,940

0,200 0,070

9,250

0,300

41,320

1,750

0,120

0,020

78,240

PR

0,720

0,250

0,200

PR

0,780

0,090

0,680

6788 Box-corer

PR

0,080

0,020

0,040

6788

van Veen

PR

0,290

0,120

0,410

95

6789 Box-corer

PR

0,060

0,310

0,370

6

95

6789

van Veen

PR

4,920

0,850

5,770

6

500

6790 Box-corer

PR

0,040

6

358

6791 Box-corer

PR

0,030

0,090

0,120

0,130 0,070

0,060

1,300 0,860

2,540 0,140

0,040

Cont.

0,050 0,360

Total / Estação / Radial

Não identificado

PISCES

BRACHIOPODA

BRYOZOA

Crinoidea

Holothuroidea

Echinoidea

Ophiuroidea

Asteroidea

CHAETOGNATA

Ascidiacea

HEMICHORDATA

CRUSTACEA

Pycnogonida

Polychaeta

0,350

Cephalopoda

Bivalvia

1,250

Scaphopoda

Gastropoda

Aplacophora

Polyplacophora

PRIAPULIDA

ECHIURA

SIPUNCULA

PR

NEMATODA

PR

van Veen

NEMERTEA

Estado

van Veen

6792

Turbellaria

Amostrador

6791

228

CNIDARIA

Estação

358

6

PORIFERA

Cruzeiro

Profundidade (m)

6

0,050 0,120

0,050

2,130

6

138

6793 Box-corer

PR

6

138

6793

van Veen

PR

6

100

6794 Box-corer

PR

6

100

6794

van Veen

PR

6

347

6796 Box-corer

PR

0,040

6

347

6796

van Veen

PR

0,060

0,060

6

190

6797 Box-corer

PR

0,010

0,020

0,030

0,020

0,080

1,330

2,680

0,700

8,050

2,110

0,120

0,720

0,050

0,010

0,330

0,050

0,470

2,160

0,750

1,240

4,150

0,080

6

190

6797

van Veen

PR

6

100

6798 Box-corer

PR

0,050

6

100

6798

van Veen

PR

0,040

0,120

0,530

0,220

0,750

0,030

0,040

0,460

0,080

0,890

6

285

6800 Box-corer

PR

285

6800

van Veen

PR

6

166

6801 Box-corer

PR

0,070

0,100

0,010

0,020

9,900

0,020

6

0,370

11,430 5,570

6

166

6801

van Veen

PR

0,050

0,080

0,110

7

225

6807 Box-corer

SC

1,240

0,760

0,020

7

225

6807

van Veen

SC

0,180

7

141

6808 Box-corer

SC

0,220

1,880

0,060

7

141

6808

van Veen

SC

0,040

7

104

6809 Box-corer

SC

7

104

6809

van Veen

SC

7

100

6810 Box-corer

SC

7

100

6810

van Veen

SC

7

506

6811 Box-corer

7

506

6811

7

402

6812

7

0,050

0,970 0,180

0,060

0,300 0,930

2,950 0,180 2,160

0,790 0,020

0,640

1,470

0,110

0,030

0,420

0,010

0,430

0,140

0,090

0,260

0,030

0,030

SC

0,150

0,010

0,160

van Veen

SC

0,100

0,160

0,260

van Veen

SC

0,040

0,250

0,290

299

6813 Box-corer

SC

0,090

0,010

7

299

6813

van Veen

SC

7

100

6814 Box-corer

SC

0,070

0,120

7

100

6814

van Veen

SC

0,360

0,210

0,570

7

500

6815

Draga

SC

0,040

0,060

0,250

7

500

6815

van Veen

SC

7

375

6816

van Veen

SC

10,550

7

210

6817 Box-corer

SC

0,020

7

210

6817

van Veen

SC

0,030

7

108

6818 Box-corer

SC

0,040

0,020

0,010

26,170

0,160

0,100

0,080

0,150

26,250 0,190

0,020

0,180

0,200

0,530

0,020

11,100 0,020 0,080

0,050

0,090 0,110 0,040

Cont.

HEMICHORDATA

7

103

6822

van Veen

SC

0,460

2,060

7

505

6855 Box-corer

SC

7

414

6856 Box-corer

SC

7

242

6857

van Veen

SC

0,170

0,220

0,090

0,090

1,310

1,310

0,070

0,180 0,040

0,500

0,030

0,160 0,070

7

242

6857 Box-corer

SC

0,030

0,160

100

6858

van Veen

RS

0,570

0,380

0,500

8

100

6858 Box-corer

RS

0,560

0,310

8

100

6862 Box-corer

RS

8

515

6863

van Veen

RS

0,110

8

650

6863

Draga

RS

20,710

8

260

6864

van Veen

RS

8

260

6864

Draga

RS

8

131

6865

van Veen

RS

8

100

6866

van Veen

RS

0,730

8

100

6869

van Veen

RS

1,640

9

104

6852 Box-corer

RS

1,610

9

500

6853 Box-corer

RS

9

100

6849

van Veen

RS

0,320

9

100

6849 Box-corer

RS

0,050

9

500

6850 Box-corer

RS

9

160

6851 Box-corer

RS

0,430

0,080

3,110

1,400

0,020

0,050

0,520

0,200

1,430

0,090

0,080

1,100

0,260

RS RS

9

500

6847 Box-corer

RS

9

152

6848 Box-corer

RS

0,020

1,290

0,030

9

104

6843

van Veen

RS

0,040

0,900

0,510

9

104

6843 Box-corer

RS

0,020

9

500

6844 Box-corer

RS

0,020

9

177

6845 Box-corer

RS

9

99

6839

van Veen

RS

Draga

9

500

6841 Box-corer

RS

0,620

4,250

0,320

0,030

9,320

0,100

0,020

0,510

4,900 1,450 60,040

7,760 100,320 0,110

0,220

0,240

2,330

0,120

4,750

0,830

1,730

0,250

0,100

2,020

0,600

0,030

2,260

0,120

0,020

0,140

0,050

1,940

0,080

2,440

2,570

0,050

0,140

0,190

0,060

0,150

5,940

0,510

0,180 0,100

0,280

0,050

0,050

0,100

1,810 0,380 1,440

0,030

0,910 0,130

0,200 0,020

0,150 8,270 0,040

2,490 0,670

0,130 0,060

0,210

0,900

0,120

0,330 4,240

0,840

2,350 1,490

0,080

0,050

3,820 0,200

0,110

0,030

0,600

van Veen

RS

0,030

0,460

6846 Box-corer

RS

0,240

0,170

6846

6839

0,250

0,030

100

6840 Box-corer

0,320

0,040

100

99

0,030

1,870

3,530

0,210 0,800 0,690

0,790

0,080

9

600

0,100

0,030 0,070

1,340

9

9

0,070

1,600

8

9

Total / Estação / Radial 1,720

Não identificado

0,050

PISCES

0,020

BRACHIOPODA

1,650

SC

BRYOZOA

SC

Crinoidea

van Veen

6822 Box-corer

Holothuroidea

6821

103

Echinoidea

232

7

Ophiuroidea

7

Asteroidea

3,340

CHAETOGNATA

2,790

Ascidiacea

0,050

CRUSTACEA

0,500

Pycnogonida

SC

Polychaeta

6821 Box-corer

Cephalopoda

232

Scaphopoda

7

Bivalvia

SC

Gastropoda

van Veen

Aplacophora

6820

Polyplacophora

360

PRIAPULIDA

7

ECHIURA

0,050

SC

SIPUNCULA

PORIFERA

SC

van Veen

NEMATODA

Estado

van Veen

6819

NEMERTEA

Amostrador

6818

505

Turbellaria

Estação

108

7

CNIDARIA

Cruzeiro

Profundidade (m)

7

0,480 4,030

1,170

0,130

14,010 0,250

Cont.

RS

0,630

9

100

6829 Box-corer

RS

0,660

0,120

9

500

6830 Box-corer

RS

9

154

6831

van Veen

RS

9

360

6832

van Veen

RS

9

100

6826

van Veen

RS

0,040 0,030

9

200

6828

Draga

RS

9

100

6823

van Veen

RS

9

100

6823

Draga

RS

Total

0,120 0,240

1,570

0,110

1,730

0,050 0,770

0,480

3,560

0,050 0,030

0,110

0,050

4,660

0,160

2,920

0,130 13,400

0,310

5,660 0,070

0,460

0,360

0,100

3,320

1,120

0,020

1,770

0,160

6,780

0,790

0,060

1,690

5,460

0,440 0,420

Total / Estação / Radial

RS

van Veen

Não identificado

Draga

6829

PISCES

6835

100

BRACHIOPODA

172

9

BRYOZOA

9

Crinoidea

0,020

RS

van Veen

Holothuroidea

RS

6835

Echinoidea

6834 Box-corer

172

Ophiuroidea

500

9

Asteroidea

9

CHAETOGNATA

0,710

Ascidiacea

RS

HEMICHORDATA

van Veen

CRUSTACEA

6833

Pycnogonida

102

Polychaeta

9

Cephalopoda

0,590

Scaphopoda

0,520

Bivalvia

0,510

RS

Gastropoda

RS

6837 Box-corer

Aplacophora

6836 Box-corer

500

Polyplacophora

100

9

PRIAPULIDA

9

ECHIURA

0,030

SIPUNCULA

0,410

NEMATODA

0,890

NEMERTEA

RS

Turbellaria

van Veen

CNIDARIA

RS

6836

PORIFERA

6842 Box-corer

100

Estado

Estação

187

9

Amostrador

Cruzeiro

Profundidade (m)

9

0,440

2,860

0,730 1,460

1,090

0,060

1,540

0,170

0,040

0,430

4,670

0,290

7,660

1,240

5,290

0,030 6,330

0,030

6,720

6,650

9,120

4,130

8,340

0,240

2,350

9,690

0,080

0,520

49,450

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