Alexander Calder e seus móbiles e estábiles
Alexander Calder (1898-1976). Segundo filho de pais artistas – seu pai era um escultor e sua mãe pintora. Devido seu pai Alexander Stirling Calder ter recebido comissões públicas, sua família viajou pelo país durante sua infância. Calder foi encorajado a criar e desde os 8 anos possui o seu próprio ateliê onde quer que sua família estivesse.
Calder e sua mãe Nanette na praia de Pasadena, Califórnia em 1909
No natal de 1909, Calder presenteou seus pais com duas de suas primeiras esculturas, um pequeno cachorro e pato cortados de um pedaço de papel e dobrados em forma.
O pato é cinético – balança para trás e para frente quando batido.
Mesmo aos 11, sua facilidade em manusear materiais era visível.
Dog, 1909 Folha de latão Calder Foundation, Nova Iorque
Duck, 1909 Folha de latão Calder Foundation, Nova Iorque
Apesar de seus talentos, Calder não se tornou um artista de imediato. Formou-se em engenharia mecânica em 1919 pelo Instituto de Tecnologia Stevens, mas trabalhou em diversos empregos após a graduação, incluindo como engenheiro mecânico e automotivo, cronometrista numa madeireira e bombeiro numa caldeira de um navio. Enquanto servia em sua última ocupação num navio, que ia de Nova Iorque para São Francisco, Calder acordou no deck para ver simultaneamente um brilhante nascer do Sol e uma sintilante lua cheia, ambos visíveis em horizontes opostos. A experiência causou uma impressão duradoura em Calder: ele faria referência a ela durante toda sua vida.
Calder decidiu seguir a carreira de artista logo em seguida, e em 1923 se mudou para Nova Iorque onde se registrou no “Art Students’ League”.
Também arranjou um emprego como ilustrador para o “National Police Gazette”
A gazeta o encaminhou para o circo “Ringling Brothers e Barnum & Bailey Circus” para rascunhar cenas circenses por duas semanas em 1925.
Courier Lithograph Co., Buffalo NY
Edição de 1847
O circo se tornou um interesse pertinente na vida de Calder, e depois de se mudar para Paris em 1926, ele criou um conjunto de obras complexas e únicas que foi chamado de
“O Circo de Calder”.
Convite para uma performance do Circo de Calder, 28 de Agosto de 1929
A montagem incluia miniaturas de malabaristas, animais e objetos que havia observado no “Ringling Brothers Circus” .
Cada peça era pequena o bastante para ser guardada numa grande mala, permitindo que o artista fizesse suas performances em qualquer lugar.
Conjunto de malas onde era levado o “Circo de Calder”
Sua primeira performance foi realizada em Paris para um grupo de amigos e conhecidos, e logo Calder estava fazendo apresentações tanto em Nova Iorque como em Paris com muito sucesso. Construídos com arame, couro, tecido e outros materiais encontrados, o “Circo de Calder” foi projetado para ser manipulado manualmente por Calder.
Suas performances foram realizadas por quarenta
anos.
O Poético/ O Artístico Poesia - não é objetiva, intangível Quebra de representação O signo incorpora marcas qualitativas do objeto Ambigüidade/ Polissemia Forma e conteúdo - A estrutura também tem significado Não há separação entre sentimento e lógica, entre estrutura e informação Experimentação estética Criar sentido Um novo modo de olhar O silêncio do sentir Discurso poético se apresenta com uma estrutura complexa Permite um valor enorme de informação Todos os elementos são elementos de sentido (branco da página por exe.) Traduzir o poético é matar a obra, o que se faz é recriar com as várias interpretações No poético/artístico TUDO é mensagem Porção sucessiva de conhecimento no decorrer de uma nova leitura Elementos casuais podem vir a ganhar significado.
Calder ao descobrir que gostava de trabalhar com arame em seu circo, logo começou a esculpir com esse material, retratos de amigos e famosos da época.
Calder trabalhando no retrato com arame de Kiki de Montparnasse, 1929
Como resultado, Calder passava muito tempo cruzando o oceano de barco e foi numa dessas viagens que conheceu sua futura esposa, Louisa James, neta do escritor Henry James Henry James (1843 -1916) Escritor norte-americano, autor de alguns dos romances, contos e críticas literárias mais importantes da literatura de língua inglesa.
Com o passar do tempo, sua fama foi aumentando e Calder pode expor seu trabalho pela primeira vez na galeria de Weyhe em Nova Iorque. O show em Weyhen logo foi seguido de outros em lugares em Nova Iorque, Paris e Berlin.
Calder se tornou amigo de muitos artistas promissores e intelectuais do começo do século vinte por volta de 1928, incluindo Joan Miró, Fernand Léger, James Johnson Sweeney e Marcel Duchamp.
Em Outubro de 1930, Calder visitou o estúdio de Piet Mondrian em Paris e ficou muito impressionado por uma parede com papéis coloridos em formas de retângulos que Mondrian continuamente reposicionava para experimentos de composição.
Cita posteriormente que essa experiência o “chocou” em direção a total abstração.
Por três semanas após a visita, criou unicamente pinturas abstratas, apenas para descobrir que de fato preferia escultura à pintura.
Composição de Mondrian, Museu de Arte Modena de Paris
Procura, pesquisa e consegue um equilíbrio perfeito da composição, despojado de todo excesso da cor, da linha ou da forma.
Pieter Cornelis Mondriaan conhecido como
Piet Mondrian (1872-1944)
Pintor holandês que após ter participado da arte cubista, continua simplificando suas formas até conseguir um resultado, baseado nas proporções matemáticas ideais, entre as relações formais de um espaço estudado. O artista utiliza, como elemento de base, uma superfície
plana, retangular e as três cores de preto e branco.
primárias com um pouco
Essas superfícies coloridas são distribuídas e justapostas buscando uma arte
pura.
Segundo Mondrian, cada coisa, seja uma casa, seja uma árvore ou uma paisagem, possui uma essência que está por traz de sua aparência. E as coisas, em sua essência, estão em harmonia no universo.
O papel do artista, para ele, seria revelar essa essência oculta e essa harmonia universal.
Composição de Mondrian,Paris 1921
Criou o NEOPLASTICISMO Movimento artístico que defendia uma total limpeza espacial para a pintura, reduzindo-a a seus elementos mais puros e buscando suas características mais próprias.
Onde as cores e as formas são organizadas de maneira que a composição resulte apenas na expressão de uma concepção geométrica. Resulta às linhas verticais e horizontais e às cores puras (vermelho, azul e amarelo).
O ângulo reto é o símbolo do movimento, sendo rigorosamente aplicado à arquitetura.
Mondrian também colaborou com a revista DE
STIJL
A revista “De Stijl” foi uma publicação iniciada em 1917 por Theo van Doesburg e alguns colegas que viriam a compor o movimento Neoplasticismo.
Um dos mais idealistas movimentos artísticos do século XX, o Stijl (ou Neoplasticismo) foi um dos grandes marcos da arte moderna, o “mais puro dos movimentos abstratos”.
O movimento permaneceu ativo e coeso por menos de quinze anos, mas sua influência pode ser sentida até hoje, particularmente nos campos da pintura e arquitetura.
Revista De Stijl, edição de 1920
Mondrian foi uma das consciências mais elevadas, mais lúcidas e mais civilizadas da história da arte moderna. Influenciou Calder e muitos outros artistas, arquitetos além de ter um papel importante em outros segmentos como a moda, arquitetura e design.
Vestido tubinho, ícone da alta costura dos anos 60, mais famosa criação de Saint Laurent
Casa e cadeira projetadas pelo arquiteto e construtor de móveis holandês Gerrit Thomas Rietveld
Tênnis da Vans
A inspiração e o produto final,Tênnis da Nike.
Caixa Porta-trecos feita pelo designer Artemy Lebedev
Casa
Bolsa
Sapato
Copo
Vaso
Gabinete
Arquitetura
Lâmpada
No outono de 1931, uma mudança significativa na carreira artística de Calder ocorreu quando ele criou sua primeira escultura cinética criando uma forma de arte inteiramente nova.
Pantograph, 1931 - Madeira, arame, folha de metal, motor e tinta
O primeiro desses objetos se movia através de um sistema de manivelas e motores, e foi nomeado de “móbile” por Marcel Duchamp, pois em francês móbile se refere tanto a movimento como motivo.
Calder logo abandonou os aspectos mecânicos desses trabalhos quando percebeu que poderia fabricar móbiles que se movimentariam sozinhos com as correntes de ar.
Feathers, 1931 Arame, madeira, chumbo e tinta
Jean Arp, a fim de diferenciar as obras cinéticas das não-cinéticas de Calder, nomeou os objetos estáticos de Calder como “estábiles”.
Móbiles
Móbile, 1955
Finny Fish, 1948 The Red Serpent, 1958
Estábiles
Long Nose, 1946
The Baron,1965
Cinq ailes, 1967
Equilíbrio
Harmonia
Cores primárias
Produção década
20
St. Regis Restaurant, 1925
The Flying Trapeze, 1925
Jimmy Durante, 1928
Produção década
30
Object with Red Ball, 1931
Elephant, 1936
Red Panel, 1936
Produção década
40
The S-Shaped Vine, 1946
Sword Plant, 1947
International Mobile, 1949
Produção década
50
Performing Seal, 1950
Triple Gong, 1951
Myxomatose, 1953
Produção década
60
Southern Cross [maquette], 1963
Man [maquette], 1966
One White, Four Blacks, 1967
Produção década
70
Crinkly, 1970
Young Girl and Her Entourage, 1970
Five Swords, 1976
Aplicação comercial de móbiles
Produção de Alunos
Bibliografia http://calder.org/ Calder Mobiles and Stabiles - Giovanni Carandente / Mentor-Unesco Art Book http://educacao.uol.com.br/biografias http://gramorelli.wordpress.com/2008/06/26/mondrian-linha-plano-e-cores-fundamentais-em-busca-da-essencia/ http://onne.com.br/conteudo/6540 http://ifitshipitshere.blogspot.com/2008/08/mondrian-madness-in-furniture-shoes.html