Aldeiasdo Do Xisto

  • November 2019
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LOCALIZAÇÃO As ALDEIAS DE XISTO da Serra da Lousã, situam-se na área compreendida entre as coordenadas 19.0 e 19.5 Este e 34.5 a 35 Norte. A altitude máxima é de 1202 do Castelo 700 e os 820 metros de altitude. A

orientação da Serra é na direcção Norte - Nordeste e Sul – Sudoeste, confinando a Norte com o profundo Vale do Ceira, que a separa de S. Pedro de Açor e a Sul pelo Rio Zêzere. A ponta final da cordilheira central que atravessa quase toda a Península Ibérica, acabando no Pico do Espinhal.

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no Trevim, encontrando-se as aldeias entre

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1 – CARACTERIZAÇÃO

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A descoberta da Serra da Lousã encerra em si o abrir de espaços múltiplos. Visões largas e

emergindo da pedra, sem história escrita. Lugares de Montanha que se sucedem junto a estradas que serpenteiam as suas encostas e Vales profundos. Na Primavera o amarelo electrizante das giestas entra em sintonia com o dourado do sol em Cabeços arredondados e caules. Manchas de verde claro dos castanheiros na imensidão de tom escuro da vegetação, os

sensações de especialidade ilimitada. As ALDEIAS DE XISTO têm uma identidade própria que tem como espaço produtor a Serra da Lousã, com grande densidade de relações

dentro do conjunto, onde se

encerram tanto a socialização da criança como as actividades produtivas dos adultos.

deslocação dos habitantes para fora do Núcleo deste grupo de aldeias para outras que não fossem as Festas Religiosas dos respectivos lugares.

GEOLOGIA

pelo material de que é formada esta parte Oeste da Serra da Lousã. Terra de Xisto, de origem sedimentar pré-cambrica , metamorfizado

na era Primária no período

ordoviciano que emergiria a quando dos movimentos hersínicos. A erosão provocada durante milhões de anos pelas pequenas ribeiras da Serra, pelas chuvas e pelos ventos, cavaram Vales profundos.

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Do ponto de vista geológico a identidade das ALDEIAS ALDEIAS DE XISTO é fortemente marcada

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Outro factor de identidade tem a ver com as práticas religiosas em que, não havia

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roxos violetas e azuis, sucedem-se no panorama total de céu azul que proporciona

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abertas contrapostas com espaços acanhados e estreitos perpetuados no tempo,

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INSERÇÃO NA SERRA DA LOUSÃ

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um relevo arredondado e escalvado, influindo no património construído. O Xisto com a altura toma uma cor cinzenta acastanhada acentuadamente micácio e ferruginoso.

A FAUNA não seria abundante, encontrando-se provavelmente o cervo, o lobo, a raposa, o javali, a águia e alguma caça. Actualmente essas espécies cinegéticas estão praticamente extintas salvo raras excepções apontando-se o javali e a raposa , como os mais resistentes.

nomeadamente de veados e coelhos bravos, pelo que é usual encontrar alguns animais de rapina, caso da águia e do milhafre. Quanto á FLORA , ainda encontramos castanheiros, o velho carvalho lusitano e o sobreiro, grandes manchas de pinhal, eucalipto e acácia.

A Serra da Lousã tem , como se referiu uma identidade própria. Os mais importantes centros teriam sido o Stº António da Neve e a Catraia da Tia Joaquina ou simplesmente Catraia. O Stº António da Neve era tido como a Assembleia

menos ritualizada (jogo do pau) os interesses e necessidades dos Povoados. Também aí se desenvolviam algumas actividades económicas, principalmente a venda de gado. O Centro mais importante terá sido a Catraia da Ti Joaquina. A Catraia, como hoje é conhecida mas praticamente inexistente, era um importante centro económico.

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dos Povoados da Serra, já que nas festas aí efectuadas se discutiam de forma mais ou

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IDENTIDADE E CULTURA

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Recentemente tem-se vindo a fazer a reposição de algumas espécies em extinção

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FLORA E FAUNA

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Esta origem comum da parte Oeste da Serra da Lousã vai definir os contornos propondo

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vindos do outro lado da Serra, era o local onde se fazia a tosquia colectiva e o seu leilão, servindo ainda de alojamento e diversão para os pastores. Do ponto de vista das práticas religiosas a Ermida da Sr.ª da Piedade seria o elo de ligação

entre os nove lugares havia sub-grupos de três com festa comum e baile separado se o lugar tivesse gente para tal. Esta trilogia, segundo alguns está ligada á ideia da Stª Trindade. Assim a Capela do Catarredor incluía os lugares do Candal e Vaqueirinho; a Capela das Silveiras incluía as Silveiras (de Baixo e de Cima) e a Cerdeira; Finalmente a Capela do Chiqueiro incluía os lugares de Talasnal e Casal Novo. De referir que a Capela

As práticas religiosas eram simples e pouco extensivas fortemente marcadas por uma individualização condicionada pelo próprio espaço físico. Nesses lugares existia uma forte abstenção de experiência comunitária, não se encontrando nem fornos, nem lavadouros de uso comum, sendo apenas e excepcionalmente em alguns casos a eira ou eventualmente o moinho, que eram usados colectivamente.

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do Chiqueiro tinha Pároco residente.

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com o Vale, a meio caminho entre este e a Serra. Neste contexto é de referir que de

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Era um ponto obrigatório de passagem de almocreves, de gado, de tecidos e artigos de lã

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FORNO

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PORTA

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Não existem, até à data, vestígios de nenhum achado arqueológico que nos leve a crer

provável, dadas as condições de habitabilidade destes lugares, traduzidas em escassez de terra e géneros alimentícios dado que não permitiam uma produção de alimentos capaz de assegurar uma vivência efectiva e permanente. A fixação da população teve início por volta do Século XVIII, no período de consolidação pós-descobertas, em que se verifica a introdução progressiva e lenta de

o que conduziu á intensificação da cultura de regadio. Estes novos alimentos proporcionam uma maior produção e consequentemente um maior e melhor suporte alimentar. As culturas até então praticadas era do centeio e algumas de sequeiro, pelo que as populações se alimentavam de castanhas, alguma carne e centeio.

lançadas pela Câmara e a um registo de propriedade forreira. O despovoamento das aldeias tem inicio nos anos 40 com a emigração, primeiro para o Brasil e nos anos 50 para a América.

As actividades económicas envolvidas, resumiam-se á agricultura e á pastorícia. A Agricultura estava limitada á escassez da terra e á sua pouca produtividade. A pastorícia estava limitada por falta da componente comercial que as circunstâncias de então não favoreciam.

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ANÁLISE SOCIOLÓGICA E RAZÕES DA EMIGRAÇÃO

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Os principais documentos oficiais encontrados, referem os anos de 1679 e 1687, a multas

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novos géneros alimentares, nomeadamente o milho grosso ou maíz, a batata e o feijão,

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estarmos perante um assentamento de origem castrense. Esta hipótese era pouco

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HISTÓRIA

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no rebanho estavam empregues as poucas ou míseras economias que juntavam. Este quadro levou a que os habitantes, primeiro imigrassem sasonalmente para o

no seu porto, onde trabalham na estiva, ouvem falar do Brasil e da América, passando desde logo a imaginar o ideal para si e para a sua. A emigração para o Brasil e para a América começa a progredir, criando-se inclusivamente uma “ponte” com ligações muito fortes entre o Brasil e a Serra. Fazendo uma leitura do registo de população e tendo em conta que o primeiro censo

Tudo indica que em 1940 se atingiu o maior número de residentes, havendo posteriormente uma descida drástica da população, referindo que o censo de 1981 regista para a Cerdeira, Vaqueirinho e Casal Novo, como lugares desertos, sendo irrisórios os números apontados para os outros lugares. O quadro seguinte ilustra os valores segundo o recenseamento da população pelo

1911

1940 1960 1970

1981

1991

75

79

51

18

0

8

Candal

129

201

100

72

19

15

43

46

29

20

0

16

Catarredor

109

120

67

23

2

5

Chiqueiro

11

45

26

12

4

2

Casal Novo

58

79

43

32

0

0

129

135

90

59

2

2

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Vaqueirinho

Talasnal

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Cerdeira

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Instituto Nacional de Estatísticas:

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seja de 1911, vê-se que as aldeias da Serra tiveram um aumento da população até 1940.

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Alentejo e Ribatejo e mais tarde para Lisboa, a partir de 1890. Em Lisboa, especialmente

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O rebanho tinha para a família a sua expressão de riqueza, sendo como um cofre, porque

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As construções existentes nestes lugares mantêm características comuns a todas elas,

simplesmente apoiada e com coberturas em colmo, e xisto como piso, das quais já não existem exemplares em condições de uso, nem mantendo as características arquitectónicas iniciais. Estas construções eram destinadas ao animais, funcionando como currais. O outro tipo de construção era destinado á habitação dos pastores, sendo o primeiro andar de uma

armazém agrícola. A cobertura era em lajetas de xisto e colmo, sendo posteriormente substituídas por telha de canudo e beirados de lajetas de xisto, os quais chegaram mais ou menos adulteradas até aos nossos dias. As pedras de xisto, eram ligadas com massa de argila e palha de forma a criar uma maior segurança e estabilidade. A estrutura das construções era feita de madeira de castanho ou pinho, sendo a

O soalho do primeiro andar era assente em barrotes de madeira, sendo a parte inferior o tecto da divisão do rés do chão. O acesso ao piso superior era normalmente feito por escadas em xisto de espelho de grande altura. Em alguns casos, a entrada para o primeiro andar é feita de nível com o

criação de lojas em cave. Os materiais empregues nas construções eram o xisto e a madeira, visto não haver neste lugares qualquer oficinas de transformação de materiais, para além de as disponibilidades económicas não o permitirem.

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acesso exterior, já que o desnível do terreno assim o permitia, favorecendo ainda a

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cobertura em barrotes, recobertos por colmo e xisto como se referiu.

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única divisão com forno de pão a um canto e o rés do chão destinado a curral ou

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com dois tipos principais de construções, sendo as primeiras em pedra de xisto solto

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MORFOLOGIA E ESTRUTURA URBANA

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como nas portas das janelas, as quais abriam para dentro de par em par. Estas aberturas não eram dotadas de segundas janelas com vidros, funcionando pois a janela interior como peça de climatização e de obscurecimento do interior.

beirados em xisto, mantendo-se esse aspecto até aos nossos dias, com a inclusão de uma segunda janela com vidros de forma quadrangular. Para a recuperação das construções serão tidos em conta os seguintes parâmetros: -

Manutenção das características arquitectónicas iniciais, não esquecendo contudo as necessidades actuais; Manutenção de janelas com vidros e telhados em telha de canudo por ser impossível recriar o ambiente primitivo;

-

Manter os métodos de construção utilizados na recuperação das habitações com parede em xisto, com massa de ligação ficando o cutelo á vista;

-

Janelas e portas com as características iniciais;

-

Tornar como área habitável o rés do chão, sempre que possível;

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-

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Como se referiu os telhados de colmo foram substituídos por telha de canudo com

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Utilizavam madeira, nas dobradiças de portas e portões que funcionavam como eixo, bem

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JANELA

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PORTA

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Analisando as plantas dos aglomerados e os levantamentos das habitações, constatamos que a norma aplicada nas construções era de dois pisos sendo o piso superior uma

separavam o pequeno quarto de dormir da cozinha. As cérceas predominantes não iam além de 4 a 5 metros em virtude da inclinação acentuada dos terrenos permitir construir no desnível o chamado curral ou loja. As construções dispunham-se ao longo dos estreitos arruamentos aproveitando a exposição solar, as condições dos socalcos e o espantoso elo de ligação entre a geologia

As construções em banda são uma das características dos aglomerados da Serra da Lousã, tanto mais que era usual a utilização das chamadas paredes meeiras. O uso inicial das edificações era como se referiu destinado a palheiros e currais, vindo a ser utilizados muito mais tarde como habitações dos pastores e dos carvoeiros.

As ALDEIAS DE XISTO desenvolveram-se tendo como base o refúgio dos pastores e o abrigo dos rebanhos, sendo por isso destinadas á agricultura de subsistência e a áreas de pastagem para os rebanhos. Com a saída das populações a partir dos anos 40 assistiu-se a

que se assistiu á descaracterização completa da envolvente paisagística das aldeias. Nos aglomerados, o brotar espontâneo das espécies arbóreas com crescimento sem qualquer nexo ou função, criou um aspecto de abandono total. A proposta de intervenção paisagística terá como princípio fundamental o tratamento das áreas envolventes aos lugares, e o tratamento das designadas áreas urbanas, com a

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uma mudança da paisagem, face ao abandono das terras e á ausência dos rebanhos pelo

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ENVOLVENTE PAISAGÍSTICA

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das serras xistosas e a cobertura vegetal dominante.

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aquisição recente que em alguns casos era compartimentada por finas tábuas que

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ESTRUTURA EDIFICADA, CÉRCEAS E USOS

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Lousã.

INFRAESTRURAS EXISTENTES

captações precárias e pequenos tanques ou reservatórios. O Abastecimento de Água ao domicilio feito na época de 70, foi construído pelos novos proprietários com a colaboração da Câmara Municipal a partir de um ou outro fontanário existente. Não há Rede de Esgotos em qualquer das aldeias, já que não existiam casas de banho ou

Os Arruamentos dentro dos lugares são em terra batida, havendo nos locais de maior declive degraus com espelhos em lousa, aparecendo nos finais do anos 70 em algumas aldeias pavimentos em xisto com juntas refechadas a cimento que deverão ser substituídos com a intervenção que se propõe.

colocada nos finais dos anos 70. Os Caminhos de ligação da Vila às Aldeias formam um circuito que interessam melhorar e que presentemente se encontra em macadame ou em terra batida. É importante para as ALDEIAS DE XISTO da Lousã, dotá-las de melhores condições de circulação e acesso para que seja possível tornar dentro de poucos anos novamente as

rural.

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Aldeias como espaço habitacional para quem queira ter uma qualidade de vida no espaço

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Com a excepção do Lugar da Cerdeira, todos os outros Lugares têm energia eléctrica

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retretes, quando muito um buraco quadrado no soalho que dava para as lojas ou currais.

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Actualmente todas as aldeias têm um rudimentar sistema Abastecimento de Água, com

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limpeza de matos e a plantação de espécies conducentes com a realidade da Serra da

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Os Serranos como eram designados os habitantes das Aldeias da Serra, só participavam nos festejos, que não se realizavam na Vila, mas sim a meio caminho entre a Montanha e

que percorria as ruas da Vila aguardando que a Santa voltasse á igreja, só depois descendo á Vila, e em procissão traziam a Santa de volta ao Santuário da Srª da Piedade. Este ritual simbolizava a diferença entre os Serranos e os habitantes da Vila, sendo o Santuário o limite entre a Serra e o Vale. Os próprios mortos eram transportados apenas por quatro homens serra abaixo, por

Vila, onde eram deixados sem se aguardar pelo Padre ou o enterro. A influência do meio serrano é de tal modo marcante e determinante na cultura destas comunidades que se reflectia desde as casas ao modo de vida.

O drama em que se tornou a vida dos povos Serranos resulta de motivações complexas. Uma das causas, talvez a maior, teria sido a degradação crescente das pastagens que se acentuou quando se introduziu o gado caprino. Outra das circunstancias foi a introdução do milho americano que obrigou que os Serranos com enorme dificuldade

fragilidade das técnicas de instalação resultaram na maior desilusão, já que o maior esforço de energia resultou em minguados grãos sob a folha encarquilhada de massarocas sedentas de águas. O milho, na Serra já lá não está, e em seu lugar como se fossem tumbas, os muros esbarrondados e o solo ravinado pelas águas das tempestades.

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construíssem os socalcos para consolidação das terras e maneio das águas e rega. A

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O DRAMA

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caminhos inclinados e difíceis, sem acompanhamento da família, até ao cemitério da

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a Vila, no Santuário da Sr.ª da Piedade. Os Serranos não se incorporavam na procissão

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RITUAIS

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castanheiros que forneciam a castanha como alimento básico, fundamental para os Serranos e os seus porcos. Esta doença representou um prejuízo enorme. Para concluir, o que ficou na Serra foi a Urze, ou melhor a Torga, planta espontânea

pela Serra exausta aos seus habitantes. Os Serranos queimaram a Torga e com ela, dramaticamente as raízes que os prendiam á Serra onde nasceram, abandonaram-na e até agora nenhum voltou. Curiosamente essas aldeias enchem-se de gente na altura da respectiva festa, em que muitos dos seus antigos habitante e seus descendentes regressam ás origens que apesar de

dançam e de vez em quando olham para o meio que os rodeia e dizem:

“É TERRA QUE JÁ FOI TERRA”.

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tudo são a marca mais forte da sua identidade; Durante dois dias falam, comem, bebem,

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com a qual os Serranos preparavam o carvão. E o carvão foi a última esperança oferecida

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Outro dos dramas foi a Doença da Tinta que atacou os majestosos soutos de

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2 – FUNDAMENTAÇÃO DA INTERVENÇÃO

homogeneidade, geográficamente tão próximas , que podemos considerá-las como um único núcleo. A Câmara Municipal ao apresentar os “Planos de Aldeias” pretende criar documentos que permitam uma intervenção real, nas áreas de preservação e recuperação dos lugares e zonas envolventes, criando as condições para que a memória dos Serranos, seja

que as Aldeias de Xisto encerram. Os estudos realizados tiveram como base o seguinte: Preservação das características Arquitectónicas dos lugares;

-

Levantamento dos edifícios existentes e sua recuperação;

-

Preservação da Fauna e Flora locais;

-

Criação e Reforço das Infraestruturas Básicas, nomeadamente água, esgotos e electricidade;

-

Pavimentação das estradas existentes entre Aldeias e eventual construção de novas vias de forma a facilitar a ligação entre as aldeias; Criação de uma Rede de Percursos da Serra de Lousã;

-

Criação de percursos de BTT e Todo o Terreno Turístico;

-

Aproveitamento das potencialidades turísticas existentes como: - Central Hidroeléctrica da Ermida; - Santuário da Srª da Piedade - Castelo da Lousã - Estrada Panorâmica do Trevim

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relembrada, sem nunca esquecer o equilíbrio ecológico, bem como a herança cultural

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Como se referiu as Aldeias de Xisto fazem parte de um conjunto com uma forte

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- Catraia da Ti Joaquina; - Casa dos Cantoneiros - Infra-estruturas de apoio, nomeadamente parques de merendas, mirantes,

As Aldeias de Xisto como elemento fundamental na estrutura orgânica do Ecomuseu da Serra da Lousã, em todas as suas vertentes. Estes são os objectivos fundamentais que a Câmara Municipal pretende atingir para que a recuperação deste valioso património Concelhio e da Humanidade seja preservado. As propostas de intervenção basearam-se em: Na identidade cultural das Aldeias de Xisto como um elemento forte que devemos honrar e respeitar , pelo que é nossa intenção manter o princípio religioso da Trilogia da Santíssima Trindade ao propor Planos de Aldeia individuais que englobem uma intervenção em sub-grupos assim definidos: - Sub-grupo da Cerdeira e (Silveiras de Baixo e de Cima);

- Sub-grupo do Chiqueiro, Casal Novo e Talasnal; ou seja ao pretender-mos analisar e estudar aldeia a aldeia, entendemos obter uma mais valia de conhecimentos e soluções que foram agrupadas em termos de execução física de obra, já que permitem integrar um vasto conjunto de acções capazes de melhorar a eficiência das intervenções, quer em qualidade Técnica, quer em termos

Assim os “PLANOS DE ALDEIA” contemplarão como elemento único a Caracterização e Fundamentação da Intervenção, sendo apresentado em separado as Propostas de Intervenção, os Programas de execução e Financiamento, que se agruparão nos sub-grupos propostos.

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de custos.

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- Sub-grupo do Catarredor, Candal e Vaqueirinho;

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-

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miradouros e Parque de Apoio ao Campista;

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- Neveiros de Stº António da Neve

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CERDEIRA PLANTA

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ALDEIA DA CERDEIRA

ANÁLISE ARQUITECTÓNICA

As construções existentes nos lugares, mantêm características comum a todas elas,

simplesmente apoiada e com cobertura em colmo e xisto normalmente com um piso, das quais não existem praticamente exemplares em condições de uso. Pretendemos recuperar as construções tanto quanto possível dentro das características arquitectónicas iniciais, não esquecendo contudo as necessidades actuais, tendo em

MÉTODO DE RECUPERAÇÃO

Como método de recuperação, optamos por manter as características existentes na maioria das construções, e que são paredes em xisto com massa na sua ligação, ficando

A Cobertura será constituída por barrotes de madeira com telha de canudo e beirado em xisto. O Soalho assenta em barrotes de madeira, ficando estes á vista no piso inferior.

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o cutelo à vista.

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conta o número de pisos e as dimensões exíguas de cada construção.

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nomeadamente dois tipos de construções que são em pedra de xisto solto,

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3- PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

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As Janelas e Portas manterão as características actuais, visto ser impensável e

Face á pequena dimensão das construções, e ás necessidades de alojar uma família optou-se por ocupar com áreas habitacionais o r/chão, sempre que isso seja possível, criando-se assim aberturas no r/chão, que não prejudicam a leitura do conjunto. PORMENORES CONSTRUTIVOS

melhoria das condições de segurança das construções, respeitando sempre a “personalidade” própria deste tipo de construções. O esquema construtivo existente é constituído por paredes resistentes em alvenaria de pedra de xisto, bem executadas. Os pequenos vãos de portas e janelas são assegurados pela interposição na alvenaria de pedra de xisto, de peças de madeira de castanho, ao

Os Telhados são de madeira, geralmente castanho, dando frequentes soluções estruturais, curiosas e funcionais. O Revestimento dos telhados é em telha “Serrana” de barro vermelho que era completado por pedras regularmente assentes, que solidarizam o conjunto, evitando o levantamento da telha, e por um beirado em

superior das paredes. Procurou-se analisar os tipos de patologias detectados e a carecer de formas de recuperação diferenciadas, seja:

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lajetas de xisto que permite um eficaz escoamento das águas e a impermeabilização

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nível das vergas.

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A análise estrutural deverá ser encetada de uma forma cuidada, procurando-se a

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dispendioso recriar o ambiente primitivo.

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a casa com as paredes em bom estado de conservação;

-

a casa com as paredes em ruína total.

Para o primeiro caso preconiza-se que a recuperação deverá contemplar a execução de um lintel de solidarização e travamento perfeitamente simulado pelas características tradicionais de construção. No segundo caso optou-se por criar sobre a fundação de pedra existente, um lintel onde nascerá uma nova parede construída tendo em conta as técnicas de construção de aplicação de xisto assente com barro e palha.

construtivas tradicionais, ficando assegurada a perfeita integração de todos os elementos construtivos.

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Os critérios de recuperação sugeridos são compatíveis com as características

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DOS EDIFICIOS PARTICULARES

de maneira precisa o estado actual da construção, sua propriedade e tipo de intervenção, o valor arquitectónico e a terapêutica a utilizar. Actualmente existem sessenta e quatro imóveis cujas fichas de avaliação em anexo permitem avaliar e determinar os custos, nomeadamente em recuperação de fachadas e coberturas.

rigor todos os proprietários dos imóveis, bem como da disponibilidade ou não em estes procederem ás obras de recuperação, é de a Câmara Municipal assegurar os custos relativos á parte não elegível no que respeita unicamente á reparação de fachadas e coberturas. Entendemos que esse esforço que a Câmara Municipal vai suportar é insignificante fase ao valor cultural e patrimonial das ALDEIAS DA SERRA

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A nossa proposta, tendo em conta a dificuldade e a complexidade de determinar com

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Feito o levantamento da aldeia, foi criada uma ficha para cada imóvel que caracteriza

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da Lousã.

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INFRAESTRUTURAS

Público de Água, Rede de Águas Residuais, Rede de Águas Pluviais, Rede de Abastecimento Eléctrico e Iluminação Pública, Rede Telefónica, Tanque para Combate de Fogos Florestais e principalmente acesso á Aldeia com uma eventual saída a Sul, que possa permitir em caso de incêndio uma saída alternativa ao caminho

Rede de Águas A Rede de Abastecimento de Água vital dentro do Plano de Recuperação da Aldeia da Cerdeira.

para

A afixação da população e como elemento fundamental para a criação de estruturas para a dinamização da aldeia. A solução proposta sob o ponto de vista funcional, caracteriza-

Rede de Distribuição de Abastecimento de Água com tubagem em PVC com o diâmetro mínimo de 63mm, para uma pressão de serviço máxima de 10 Kg/cm2.

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se pela construção de um reservatório de 25m3 na encosta, e pela construção de uma

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A água é um recurso abundante e de qualidade constituindo um factor importante

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actual.

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A aldeia não possui qualquer tipo de infraestrutura, nomeadamente Abastecimento

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Dadas as características do terreno, e face ao perfil dos arruamentos e ao modo de

rochosos estão quase á superfície. Esta solução não compromete as condições de carga sobre a tubagem dado que os arruamentos terão utilização pedonal, não havendo cargas elevadas que possam atingir a tubagem. Como solução comum a todas as infraestruturas optaremos por colocar no eixo do

modo a facilitar futuras ligações ou reparações. Dentro da Aldeia serão colocados marcos de bocas de incêndio bem como descargas que permitam a limpeza da rede.

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arruamento um berço pré-fabricado em betão com cobertura em lajetas de xisto, de

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construção optamos por uma vala de dimensões reduzidas visto que os afloramentos

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Rede de Águas Residuais

Aldeias da Serra é a Rede de Águas Residuais, porque permitirá uma melhoria substancial do ambiente, nomeadamente das nascentes e das linhas de água. Os efluentes serão lançados numa fibroetar a ser instalada na parte mais baixa do lugar sendo posteriormente lançado o afluente numa pequena linha de água que atravessa o lugar.

200mm para uma pressão de serviço de 6Kg/cm2 instalada como se referiu no “berço de infraestruturas”. O funcionamento dos colectores será feito por gravidade, sendo instaladas câmaras de visita de planta rectangular com tampa e aro em ferro fundido.

nominal de 125mm, com caixa de ligação com tampa e aro em ferro fundido, quadrada, com as dimensões de 0,40x0,40m.

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Os ramais domiciliários serão construídos com tubagem em PVC com o diâmetro

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A Rede será constituída por tubagens executadas em PVC com o diâmetro nominal de

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Uma das necessidades mais imperiosas e importantes no projecto de recuperação das

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Rede de Águas Pluviais

ambos os lados dos arruamentos, com acabamento final de pavimento de xisto aplicado ao cutelo, sendo de quando em quando lançadas em aquedutos para as linhas de água existentes no lugar. A solução preconizada é de fácil execução e não comporta custos elevados, já que, como se referiu a dureza do terreno não permite a colocação de colectores.

A aldeia da Cerdeira não possui, como se referiu, Rede de Abastecimento Eléctrico e Iluminação Pública, pelo que é um projecto da responsabilidade da CENEL, tendo a Câmara Municipal solicitado a sua elaboração e orçamento. Julgamos contudo que a solução a adoptar deverá ter em conta os elevados custos de uma rede subterrânea com o consequente problema das baixadas de alimentação das

aérea com a adopção de armaduras do tipo foco, que não firam o ambiente e existentes em algumas aldeias do concelho. No entanto a solução definitiva dependerá dos custos que serão apresentados pela CENEL.

A Rede Telefónica será da responsabilidade da Portugal Telecom, entidade á qual se solicitou a respectiva instalação, optando-se pelo sistema tradicional e vulgar na Serra da Lousã.

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Rede Telefónica

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casas e de iluminação pública, pelo que julgamos vantajoso o estudo de uma rede

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Rede de Abastecimento Eléctrico e Iluminação Pública

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O escoamento das águas pluviais do lugar, será feito através de valetas construídas em

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Estando a Aldeia da Cerdeira situada em zona Florestal, julgamos pertinente e necessário construir em sítio acessível um tanque de 100m3, construído em betão armando enterrado em local de fácil acesso ás viaturas do Bombeiros e se possível aos meios aéreos.

A rede viária é fundamental para o projecto global das Aldeias de Xisto da Serra da Lousã sendo fulcral para a recuperação da Aldeia da Cerdeira. Sem uma rede viária que garanta a interligação das várias aldeias não será possível tornar eficaz a proposta de recuperação das ALDEIAS DE XISTO, porque só uma rede viária em condições permite que os residentes, os visitantes e os potenciais utilizadores

Propomos dois tipos de intervenção fundamentais ao nível da estrutura viária: -

Recuperação dos arruamentos internos das aldeias, em pedra de xisto assente ao cutelo;

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Recuperação das estradas inter-aldeias e de ligação à Vila da Lousã, e

Para a Cerdeira a proposta prevê a recuperação dos arruamentos internos em pedra de xisto assente ao cutelo, prevendo-se que no eixo do arruamento seja instalado um “berço de infraestruturas” em betão moldado com capeamento em lajetas de xisto.

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fundamentalmente á EN 236 e EM 555.

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possam usufruir da qualidade, do bem estar e do prazer das aldeias.

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Rede Viária

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Tanque para Combate de Fogos Florestais

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A partir da EN 236, mais ou menos ao 17+500 Km, será pavimentado o caminho de

A faixa de rodagem, face ao perfil existente e as características de estrada de montanha terá a largura de 4m incluindo uma valeta de perfil espraiado a ser colocada do lado esquerdo no sentido ascendente. Será executada uma base em tout-venant com 0,15m de espessura depois de regado e compactado e betão betuminoso de inertes graníticos a quente com 0,06m de

Estão previstos aquedutos e sinalização vertical e horizontal e guardas de protecção.

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espessura, incluindo rega e cilindramento.

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acesso á aldeia numa extensão aproximada de 1.500m.

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INTERVENÇÃO NA ENVOLVENTE

nomeadamente a envolvência paisagística inicial constituída por uma agricultura de subsistência e áreas de pastagem para os rebanhos que foram substituídas por espécies arbóreas, que crescendo sem qualquer nexo e sem qualquer função criaram uma paisagem de abandono total. A intervenção paisagística prevê o tratamento das áreas envolventes das aldeias com

criar uma integração plena entre os lugares e a Serra. É fundamental a reparação dos muros de suporte em xisto o tratamento dos terrenos envolventes e a plantação de espécies arbóreas que sejam compatíveis com a mancha florestal existente, nomeadamente as seguintes: Myrtus Communis;

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Erica Arborea;

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Erica Scopiaria;

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Lonicera e Trusca;

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Arbutus Unedo.

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limpeza de matos e a recuperação, reabilitação e preservação da flora, procurando-se

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O abandono das Aldeias da Serra da Lousã provocou uma mudança da paisagem,

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EQUIPAMENTOS

anual que actualmente tem um aspecto arquitectónico que viola o enquadramento com as restantes construções do Lugar. É necessário tomar medidas para que a nível de cobertura e revestimento exterior das paredes, portas e janelas, sejam feitos trabalhos que permitam a sua integração no espaço envolvente.

importante na história da aldeia. Propomos ainda a recuperação da antiga capela situada entre os Lugares de Silveira de Baixo e Silveira de Cima, criando-se para isso um acesso em curva de nível já que com a construção do aceiro se tornou impossível mesmo a pé visitar este importante elo de

4 - ESTIMATIVA DE CUSTOS

Tendo em atenção a caracterização da aldeia da Cerdeira, os custos estimados são os seguintes: –

36.000 contos

- Rede de Abastecimento de Água



2.700 contos

- Rede de Águas Residuais



3.000 contos

- Rede de Águas Pluviais



2.000 contos

- Rede de Abastecimento Eléctrico

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- Reconstrução das Edificações Particulares

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ligação entre os Povos das Silveiras e Cerdeira.

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É importante ainda recuperar as antigas fontes, alminhas, já que são um património

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Existe no Lugar um Centro de convívio que funciona unicamente na altura da festa

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25.000 contos

- Tanque para combate de Fogos Florestais

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3.000 contos

- Arruamentos Interiores

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3.000 contos

- Ligação da estrada de acesso

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9.000 contos

- Intervenção na envolvente

-

1.500 contos

- Equipamentos

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15.000 contos

- TOTAL

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100.200 contos

- Rede Viária:

5 - PLANO DE EXECUÇÃO

A nossa proposta de execução assenta nos pressupostos que julgamos mais eficientes

seguinte: -

Até final do ano 2001: - Construção das redes de abastecimento de água, de águas residuais, de águas pluviais e abastecimento eléctrico e iluminação pública; Ano 2002: - Construção da Rede Viária, Reconstrução das edificações particulares e equipamento, construção do tanque para combate de fogos florestais e intervenção na envolvente.

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para que a recuperação da Aldeia da Cerdeira seja efectiva, e terá em consideração o

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e Iluminação Pública

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6 - FINANCIAMENTO

Municipal incluirá no seu Plano de Actividades e Orçamento uma verba de 35.000 contos, sendo 10.000 contos para o ano 2001 e 25.000 contos para o ano 2002, sendo o restante assegurado através de uma candidatura a ser apresentada ao PROGRAMA OPERACIONAL CENTRO – EIXO II – ACÇÃO INTEGRADA DE BASE

7 - REGULAMENTAÇÃO

O Regulamento do Plano Director Municipal da Lousã na Secção III – Espaço Urbano 3 – Aldeias da Serra da Lousã, no seu artigo 39º e 40º define as normas a que deve

pretendem conservar.

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obedecer qualquer intervenção nas áreas geográficas com personalidade própria que se

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TERRITORIAL DO PINHAL INTERIOR.

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Para a concretização da proposta de Recuperação do Lugar da Cerdeira, a Câmara

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8 – REGISTO DE IMAGENS

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INDICE

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1 – CARACTERIZAÇÃO - Localização - Inserção na Serra da Lousã - Geologia - Flora e Fauna - Identidade e Cultura - História - Análise Sociológica e Razões da Emigração - Morfologia e Estrutura Urbana - Estrutura Edificada, Cérceas e Usos - Envolvente Paisagística - Infraestruturas Existentes - Rituais - O Drama

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3 – PROPOSTAS DE INTERVENÇÃO - Análise Arquitectónica - Método de Recuperação - Pormenores Construtivos - Dos Edifícios Particulares - Infraestruturais - Rede de Águas - Rede de Águas Residuais - Rede de Águas Pluviais - Rede de Abastecimento Eléctrico e Iluminação Pública - Rede Telefónica - Tanque para Combate de Fogos Florestais - Rede Viária - Intervenção Na Envolvente

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2 – FUNDAMENTAÇÃO DA INTERVENÇÃO

Equipamentos

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8 – REGISTO DE IMAGENS

7 – REGULAMENTAÇÃO

6 – FINANCIAMENTO

5 – PLANO DE EXECUÇÃO

4 – ESTIMATIVA DE CUSTOS

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EIXO II – MEDIDA II.6 – AIBT do Pinhal Interior

QCA III – P.O. CENTRO

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