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Ainda Ontem
Ontem ainda eu tinha vinte anos
Acariciava o tempo E brincava de viver Como se brinca de namorar
E vivia a noite Sem considerar meus dias Que escorriam no tempo
Fiz tantos projetos Que ficaram no ar
Alimentei tantas esperanças que bateram asas
Que permaneço perdido Sem saber aonde ir
Os olhos procurando o Céu Mas, o coração posto na Terra
Ontem ainda Eu tinha vinte anos
Desperdiçava o tempo Acreditando que o fazia parar
E para retê-lo, e até ultrapassá-lo Só fiz correr e me sufocar
Ignorando o passado Que conduz ao futuro
Precedia da palavra "eu" Qualquer conversação
E opinava que eu queria o melhor por criticar o mundo com desenvoltura
Ontem ainda Eu tinha vinte anos
Mas perdi meu tempo a cometer loucuras
O que não me deixa, no fundo Nada é realmente concreto Além de algumas rugas na fronte E o medo do tédio
Porque meus amores morreram antes de existir
Meus amigos partiram E não mais retornarão
Por minha culpa Criei o vazio em torno a mim
E gastei minha vida E meus anos de juventude Do melhor e do pior descartando o melhor
Imobilizei meus sorrisos E congelei meus choros
Onde estão agora meus vinte anos?
O ser humano nunca é velho ou jovem demais para amar e ser amado, e assim encontrar um sentido para sua existência.
O coração do afeto não tem idade. Não vamos perder tempo olhando para trás.
Vamos viver hoje, curtindo o presente com olhos fitos no amanhã.
Ainda há tempo de apreciar as flores, colocar os pés no riacho, assistir um pôr-do-sol.
Há tempo para nos voltarmos para Deus e para os outros.
A vida, ainda que passageira, está em nós. É preciso viver bem pois, só se vive uma vez.
Pior que perder a vida diante da morte é desaproveitá-la no decorrer da existência.
Musica: hier encore j’avais 20 ans – (Ainda ontem - tradução)
intérprete: Charles Aznavour e Patrick Bruel
Fotografia: Google e Olhares cenas filmes o diário de uma motocicleta, Sem Destino
formatação:
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