Aerofolha 228

Ano XXII - Edição 228

CUT e centrais reúnem 35 mil em Brasília Marcello Casal Jr./ABr

A CUT e outras centrais sindicais brasileiras realizaram, nesta quarta-feira (3/12), em Brasília, a V Marcha Nacional da Classe Trabalhadora, reunindo aproximadamente 35 mil pessoas em frente ao Congresso Nacional. O objetivo da manifestação é pressionar os três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário – a incluir no orçamento da União e na pauta do Congresso as propostas dos trabalhadores,

como os projetos que poderão beneficiar os aposentados. Dentre as bandeiras de luta estão a defesa dos empregos, da renda, da manutenção e ampliação dos direitos, e medidas para enfrentar a crise internacional sem prejudicar os trabalhadores. A marcha foi encerrada com ato público iniciado às 13 horas. Nesta quarta e quinta-feira, uma comissão de sindicalistas reúne-

se com diversas autoridades para debater os temas defendidos pelas centrais sindicais. O presidente do Sindicato, Celso Klafke, e o diretor Osvaldo Rodrigues, participaram da marcha, do ato no aeroporto em Brasília e das audiências com a comitiva em defesa dos aposentados do Aerus (veja no verso). A marcha deste ano foi “a maior de todas”, ressaltaram os sindicalistas.

CAMPANHA SALARIAL 2008/2009

Aeroviários e aeronautas protestam e alertam sobre risco de greve no setor Frente ao índice de 5% de reajuste salarial oferecido pelas companhias aéreas e rejeitado em assembléias de trabalhadores, aeronautas e aeroviários realizam nesta quarta (3/12) e sexta-feira (5/12), respectivamente, atos no Aeroporto Internacional de Brasília (DF) e Aeroporto Internacional de Congonhas (SP).

Em Brasília, o protesto acontece esta tarde, a partir das 14 horas. Em vários outros aeroportos do país também serão realizados protestos. Durante os atos, os sindicalistas irão distribuir aos passageiros uma carta explicando as reivindicações das categorias. Ambas estão em estado de greve desde o dia 28 de novembro. A próxima reunião com o

sindicato patronal das empresas aeroviárias está prevista para o próximo dia 9. Os trabalhadores estão mobilizados para uma greve iminente caso a proposta das empresas não se amplie. As categorias rejeitaram, no dia 27 de novembro, a proposta do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) de reajuste de 5% na data-base deste ano.

Comitiva vai à Brasília pelos aposentados do Aerus Representantes das comissões de aposentados, Fentac/CUT, APRUS e sindicatos cutistas estão desde terça-feira (2/12), em Brasília, visitando o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), em busca de apoio à causa dos aposentados e pensionistas do Aerus. Três audiências estão previstas para esta quarta-feira. O

objetivo é acelerar o julgamento da ação que responsabiliza a União pela integralização das aposentadorias, e a de defasagem tarifária, que irá beneficiar os credores trabalhistas da Varig e os participantes do Aerus. Os sindicatos lutam para que seja construída uma solução para o caso ainda este ano.

Aeroviários pressionam a VEM no Rio de Janeiro Os trabalhadores da VEM no Rio de Janeiro formaram uma comissão de funcionários e representantes do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA) para pressionar a empresa a dar uma resposta urgente às reivindicações da categoria. Nas últimas semanas, os aeroviários paralisaram as atividades da área industrial da VEM, por duas horas, no dia 18 e 28 de novembro. No dia 27, o SNA realizou reunião com o presidente da empresa, Filipe Almeida, e a vice-presidente de Finanças, Gláucia Loureiro, para buscar um compromisso formal

Vida Viva realiza oficina

Expediente

O projeto Vida Viva realizou, nos dias 2 e 3/12, em Serafina Corrêa (RS), oficina de formação visando qualificar a relação do movimento sindical com o tema “qualidade de vida”. Além do Sindicato, representado pelo diretor de Saúde, Paulo Rodolfo, participaram representantes do Sinttel/RS, sindicatos dos trabalhadores do setor de alimentos de Marau, Serafina Corrêa e Rio Grande, e Sindicato dos Municipários de Dom Feliciano. A oficina é coordenada pela educadora Bibiana.

da VEM com os funcionários. Dentre as medidas propostas pelos trabalhadores estão, a curto prazo, o aumento da cesta-básica e da contribuição da VEM no pagamento do plano de saúde coletivo. Os aeroviários aceitaram com ressalvas esperar 90 dias por uma proposta de Plano de Carreira. O prazo será aceito apenas se a VEM concordar em formar uma comissão paritária, composta por trabalhadores, sindicalistas e representantes da empresa para construir o plano. A comissão deve contar com a assessoria do Dieese. OFTALMOLOGISTA - A Dra. Carla Mallmann, que atende os associados do Sindicato, estará de recesso entre os dias 15/12/08 e 06/01/09. Em janeiro, atenderá às terças e quartas-feiras, das 9 às 16h30min. Em fevereiro, a médica estará de férias. AEROMOT - O Sindicato encaminhou, no dia 2/12, denúncia contra a Aeromot Aeronaves/ Aeroespaço à SRTE (antiga DRT) por descumprimento do prazo de pagamento da primeira parcela do 13º salário, no dia 30/11. Os salários, este mês, conforme a lei, devem ser pagos até o dia 5/12 (sexta-feira). VIT SOLO - O Sindicato compareceu à audiência da ação contra a Vit Solo, em 2/12. Com a participação de representantes da empresa e a entrega de documentos, cabe agora ao juiz da 12ª Vara da Justiça do Trabalho definir a sentença da ação.

EDITORIAL

De olhos fechados O Brasil é um exemplo na forma como realiza seus processos eleitorais com a urna eletrônica. Contudo, nem sempre a informatização de pleitos faz bem à democracia. No caso das eleições municipais ou gerais, há uma série de requisitos que garantem a fiscalização do processo. Quando a informatização se dá em pleitos menores, mas também importantes, sem que seja viabilizado o acompanhamento e fiscalização do processo, perdemos em transparência e colocamos em xeque a democracia. As CIPAs (Comissões Internas de Prevenção de Acidentes) são instrumentos de vital importância para os trabalhadores, pois defendem e fiscalizam questões relacionadas à segurança e qualidade no ambiente de trabalho dentro das empresas. Realizar eleições para essas comissões sem garantir aos trabalhadores a fiscalização do pleito, apenas em nome da modernidade, é colocar em risco a sua transparência. Pode não ser ilegal, mas é imoral. E para um assunto tão relevante, a transição dos métodos de consulta e apuração deveria ter sido construída respeitando os vários atores envolvidos na CIPA. O Sindicato, por exemplo, que tem o papel de fiscalizar; e os trabalhadores, que querem ter certeza de que seus votos foram computados corretamente. Já temos um exemplo onde essas preocupações foram deixadas de lado. O Sindicato espera que não seja o primeiro de uma série, porque arcar com os custos de uma auditoria especializada em pleitos eletrônicos não é, por certo, o papel da entidade, e sua função foi atropelada e subtraída neste processo.

Aerofolha é uma publicação do Sindicato dos Aeroviários de Porto Alegre

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