AMOR E O ESTUDO O amor nem nasce de uma flor Mas nasce de amor E isso seria suficiente no mundo A cor de tudo ausente. Então meu amigo Que serias tu A flor e o presente.
DEPOIS DE TODO O MUNDO Ensinei-te a amar A escrever o depois Ainda sou assim. Mas depois e por fim o vi. O amor e o querubim. O válido amor enfim.
DEUS NO MUNDO Um avião olhando do céu Olha mil aviões E deslizam todos juntos Os aeroportos são mil Diria praias deles Assim é o futuro na gente. Veja só Diria eu que me encantaria um dia.
FALEI DE UMA GUERRA Vejo uma cidade Mas vejo lá do céu Serão aviões Os prédios crescendo para agulhas No chão Ou serão também tambores. Molares Ou apenas mísseis. Fantasmas. Doutores ou aquisições. Fantasias são melhores.
O MUNDO E O TEATRO LIVRE Apareceu-me um sonho Em uma borboleta voando Devido ao facto da rosa Ser em dia de maldade A novidade do mundo. O diabo logo pensou Nos meus estragos e pecados A minha raposa oriental. Assim a estraguei com mimos E de novo a vi partir. Risos e assobios No final de novo acto. E assim o mundo é um teatro.
AMOR NO MEU ESPAÇO Se eu voasse Acreditasse Visse o mundo Diria eu muito triste Até ali existe. Depois não o sei. Ouviste. Deus. Está mais livre. Sim o sei.
O DIA DE TRABALHADOR O dia de hoje é importante Para que se chegue ao momento Que se saiba ajudado E no mundo o momento Com tantos amigos ao redor E camaradas também Ao dia tão desejado O dia do trabalhador.
VIZINHO DE UM VINHO Tem um quadrado Tem um X marcado Unindo os cantos No meio um redondo E já roda a bola Saindo a cartola.
SONHO Sopro de tudo. Amo-te.
O FIEL EM TUDO Diz-me o teu Partido Digo-te a ti Quem és tu. Sempre o disse a tudo.
DIA DE FESTAS Estavam todos admirando as flores Cerejeiras em flor nos jardins Enquanto esperavam a procissão. No chão tapetes de flores estavam lindos Quando de repente se abre uma porta Por detrás de um magote de gente esperando E de um homem com as mãos erguidas Grita no mundo anunciando Venham. Venham todos meu irmão Jesus Cristo nasceu. Alegria por todo o lado e risos Assim se anunciava mais um menino. E deus o deus cristão demora um pouco e lá passou.
DEUS E O MUNDO NA SERRA Conheci-te a ti mesmo Falei contigo de amor Conversei mais tempo E depois fui-me embora. Que amor que ternura Que dizer depois de aprender. Apenas o amor a aprender. Deus na terra E o espírito no mundo.
ALGO ME DIZ QUE TE ESQUECES As cabeças aparecem São bem visíveis Como as laranjas penso E assim sossegam empurrando tudo. O mundo as diverte Não em tudo. Escolho o bilhar E sorriram Olhando para o ar Deixo as bolas no ar. Fácil de jogar. Estrelas correndo Escorrendo as estrelas Que futuro no mundo. A mesa irmão.
A NOVIDADE EM ANTEMÃO OU O MÊS DE FERIADO Foi montado um míssil Na cabeça de um tonto E que disparasse no momento certo E assim foi Apenas se esqueceu do tecto Estava na rua Mas dentro do caixão. Jazia e acordou a sua cidade. Um santo derrotado Um amor de criança Disseram mais tarde Um bom vizinho E uma boa espingarda Acrescentaram então. Um bom garçon Livre da tropa. Um parvo Puseram no epitáfio.
FERVER NO DIA Era um inspector Uma pantera Nada movia Tudo lia. E hoje tem um coração Na cidade Pelas costas. Como a pantera Com a música. Com tudo. E descobria. Apenas se abria E logo se via.
DEFEITO DE FABRICO Sou uma barata Dentro de um soutian De uma linda mulher. Será bem Não. Mas eu espreito.
DEUS E A VISÃO NO MEIO Depois da bola ter entrado Muita gente se agarra na rede E a pontapeia comemorando. E a si uma pergunta. Será que tem rede velha. Penso que sim Eu não me agarraria naquela teia. Tenho medo de visão De bicho ruim saindo daí.
VER E A VISÃO DE TUDO Finalmente o dia do derby chegou O mundo se virou para o ver melhor. O dia de melhor aconteceu. Não em poesia é verdade Aí se espera também O mundo sem novidade. Um castigo máximo se espera É sempre de todos a novidade O público em pé o derrotou. Novamente chega então a cegonha Com toda a sua notoriedade E o juíz implora clemência No meio de tanta decência. A cegonha explora a maconha E no final o veado sai fumado Mas do jogo empatado Nada se viu do mal.
DEUS NA ESPERANÇA DO MUNDO Rasgo minhas calças Entro no alfaiate Ela me diz espera E se cortasse as pernas Depressa seria. Espero no lugar das provas Rabo quase de fora da cortina Sentado numa banca Das de parafuso Pensativo e demorado E pensando nisso O que me vem à mola Minha mulher nessa ocasião E nela escrevo a vida Com tesão.
O AMOR DE LATÃO Os ursos são um estado Olham e não incomodam Mas e se os derretessem Que seria de nós Se não mais para eles olhassem Seria o comunismo Pois nada é de dividir e arriscar A brutalidade E se os perdessemos seria uma perda É bem verdade E se os mantivessemos Aí seriam as direitas Não alimentavam as pessoas mas os ursos Seria uma perda de estupidez. O povo ruiu mas não sorriu. Olhos nos olhos. Os ursos.
ASSIM É O CLIMA Encheu o balão dia e de noite Vira na televisão num barco Que acrescentavam partes E este crescia e assim foi Esse mundo cresceu Nada de novo aconteceu Nem uma televisão Os incomodando E assim partiram Espaço fora Ainda acenaram Me recordo de os ver partir. Que emoção na vida. Será que estão bem no espaço. Não os vejo a vir para baixo. Casal bonito e simpático. Deixarão em breve seu rastro. Obrigado por sua lição.
AMOR DE DIA As cerejas são enormes E que pensar disso Numa abelha se aproximando Desse planeta voador também Não No verão. Aí é uma fruta Uma fruta madura. Talvez uma fruta madura de mais. É uma fruta madurissima. A fruta maior do mundo.
O VERBO DE ADIVINHAR Olho Olho de uma raposa Meu deus que medo Aonde me vou meter. No meio do lobo Aí a morte é mais certa. A morte da raposa é certa.
UMA DOSE DE DISCO Um bombom com cabeça De coração me envaideça Como um sininho chegando E de sua poesia Que ser Na lua esconder Tanta madeira levar E tudo em fogo aquecer.
COISAS DO MAR ALTO Acreditar em mim Ver em ti Esperar por mim Directamente do fim.
CASOS DE UM JOGO Ambos os ratos Trouxeram de facto Os topos do mundo. Estragaram-se a jogar futebol As bolas rebentam E comeram as bolachas de dentro.
NO TOPO DO MEU MUNDO As beiças minhas todas vermelhas Pintadas de palhaço Nem eu mereço Mas sou um palhaço. Sim estou vestido Sem gravata Mas bonito. Assim é o meu mundo. De palhaço. Deus é um palhaço exclamam os outros. Não. Estou divino. Assim é.
ALGO DE SE VER NO MUNDO Uma cidade e eu desenhando Devagar cá em baixo O medo de escuro neste desenho. Mas os prédios crescendo E o mundo me vendo lá vou. Depois vem a noite E amanheceu no céu Invento um desenho No meio fogo de artifício O céu azul e era um dia E depois vejo na lua. O mesmo desenho Era eu um pintor.
FALHO MAS DEVIDO A UM CASO Que é um verso Uma observação. É uma leitura Não uma observação. Que é ser jogado para o lado Nada mas devido a ser o senhor O doutor.
MENINO ÍNDIO O mundo de um boneco de neve Derretido Uma gravata larga Como um rio Por baixo um rato. Que se encontra no mundo Depois de amar O gelo O rosto que anda. O amor.
www.amandu.eu