A Semana De Arte Moderna.ppt

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A SEMANA DE ARTE MODERNA FEVEREIRO DE 1922

1822

1922

100 anos da Independência do Brasil

CONTEXTO HISTÓRICO 1 – SURGIMENTO DA BURGUESIA PRINCIPALMENTE EM SÃO PAULO

INDUSTRIAL

2 – AUMENTO DO NÚMERO DE IMIGRANTES EUROPEUS (SOBRETUDO DE ITALIANOS) 3 – DESCONTENTAMENTO DA BURGUESIA INDUSTRIAL COM A POLÍTICA VOLTADA PARA A PRODUÇÃO E A EXPORTAÇÃO DE CAFÉ.

ANTECEDENTES DA SEMANA DE ARTE MODERNA 1912 – CHEGADA DE OSWALD DE ANDRADE DA EUROPA

Oswald de Andrade retorna de sua primeira viagem à Europa trazendo consigo as idéias Cubistas e Futuristas. Impressionado com esses movimentos, escreve, em versos livres, o poema "Passeio de um tuberculoso, pela cidade, de bonde". A obra foi tão mal recebida pelo público que o autor a jogou fora. A ida de Oswald à Europa foi muito importante, pois conheceu a técnica do verso livre proposta por Paul Fort. Sentindo a necessidade de remodelar as artes brasileiras, ainda muito influenciadas pelo academicismo, Oswald afirmou: "Estamos atrasados cinquenta anos em cultura, chafurdados ainda em pleno Parnasianismo."

PUBLICAÇÃO DA REVISTA “ORPHEU”, QUE MARCA O INÍCIO DO MODERNISMO EM PORTUGAL.

1913 – Exposição de obras de LASAR SEGALL Lasar Segall, um pintor russo que fixou-se no Brasil, fez uma exposição de pintura Expressionista. Essa mostra, apesar de representar a ruptura com o passado acadêmico, teve pouca repercussão nos meios artísticos. Algum tempo depois, Mário de Andrade disse o seguinte sobre essa exposição: “é a primeira exposição de pintura não acadêmica em nosso país”.

Duas amigas

Perfil de Zulmira

1917 EXPOSIÇÃO DE ANITA MALFATTI, CAUSANDO O PRIMEIRO CONFRONTO ABERTO ENTRE O VELHO (MONTEIRO LOBATO COM O ARTIGO “PARANÓIA OU MISTIFICAÇÃO”) E O NOVO (JOVENS ARTISTAS DE SÃO PAULO).

Nu cubista

A estudante

Paranoia ou mistificação

Monteiro Lobato – crítico de arte de O Estado de São Paulo “Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas (...). A outra espécie é formada pelos que veem anormalmente a natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva. (...) Embora eles se deem como novos, precursores de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a paranoia e a mistificação. (...) Essas considerações são provocadas pela exposição da sra. Malfatti onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso e companhia.”

ADESÃO DE GRAÇA ARANHA AO MOVIMENTO ARTÍSTICO DOS JOVENS PAULISTAS.

TARSILA DO AMARAL

OPERÁRIOS AUTO-RETRATO

ANTROPOFAGIA

ABAPORU

A Semana de Arte Moderna, também chamada de Semana de 22, ocorreu em São Paulo no ano de 1922, de 11 a 18 de fevereiro, no Teatro Municipal. Durante os sete dias de exposição, foram expostos quadros e apresentadas poesias, músicas e palestras sobre a modernidade,o que deixou indignados alguns escritores e artistas de renome. Considera-se a Semana de Arte Moderna como ponto de partida do Modernismo no Brasil.

Intenção Colocar a cultura brasileira a par das correntes de vanguarda do pensamento europeu e pregar a tomada de consciência da realidade brasileira.

Erro de Português Quando o português chegou Debaixo duma bruta chuva Vestiu o índio Que pena! Fosse uma manhã de sol O índio tinha despido O português”.

Canto de Regresso à Pátria Minha terra tem palmares Onde gorjeia o mar Os passarinhos aqui Não cantam como os de lá Minha terra tem mais rosas E quase que mais amores Minha terra tem mais ouro Minha terra tem mais terra Ouro terra amor e rosas Eu quero tudo de lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte para lá Não permita Deus que eu morra Sem que volte pra São Paulo Sem que veja a Rua 15 E o progresso de São Paulo.

“Nós não sabíamos o que queríamos, mas sabíamos o que não queríamos”. (Mário de Andrade)

Os objetivos e preceitos da Semana de Arte Moderna não foram compreendidos pela elite paulista, que era influenciada pelas formas estéticas europeias mais conservadoras.

IDEIAS LANÇADAS NA SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922 REVISTAS  Klaxon (São Paulo)  A Festa (Rio de Janeiro)  A Revista (Belo Horizonte)

MANIFESTOS  Pau-Brasil  Antropófago  Verde-amarelo  Anta

CARACTERÍSTICAS/IMPORTÂNCIA DA SEMANA DE ARTE MODERNA DE 1922

DESINTEGRAÇÃO DO PASSADO ATUALIZAÇÃO INTELECTUAL PESQUISA

CRIAÇÃO ESTÉTICA CONSCIÊNCIA CRIADORA NACIONAL

1) Em dezembro de 1917, Anita Malfatti realizou em São Paulo uma exposição de arte com cinqüenta e dois trabalhos que apresentavam forte tendência expressionista, dentre os quais “A estudante russa”. Sobre a obra, é correto afirmar: (A) O tratamento realista que recebeu tornou-a alvo de críticas mordazes dos modernistas durante a exposição de 1917. (B) Revela o principal objetivo dos artistas modernistas brasileiros: a elaboração de obras de difícil compreensão para o público. (C) É resultado da busca de padrões acadêmicos europeus para a reprodução da natureza com o máximo de objetividade e beleza. (D) Marca o rompimento com o belo natural na arte brasileira, refletindo a liberdade do artista na interpretação do mundo. E) É um exemplo do esforço dos modernistas brasileiros em buscar uma arte tradicional

QUESTÃO 02 – A grande

exposição que marcou o início Modernismo no Brasil foi: a- ( ) Semana de teatro moderno de 1922. b- ( ) Semana musical moderna de 1922. c- ( ) Semana de arte moderna de 1932. d- ( ) Semana de arte moderna de 1922.

UEL 2010

3) Com relação ao Modernismo brasileiro, ocorrido entre meados da década de 1917 e da década de 1930, é correto afirmar que sua gênese sofreu influências dos seguintes movimentos artísticos internacionais: a) Cubismo, Expressionismo e Dadaísmo. b) muralismo mexicano, expressionismo e pós-cubismo. c) neoclassicismo, futurismo e a arte naïf. d) arte grega e egípcia, assim como a pintura rupestre. e) concretismo, neoconcretismo e vanguarda russa.

4) Qual

artista provocou grande polêmica entre os acadêmicos em sua exposição no século XX? a- ( ) Di Cavalcanti. b- ( ) Tarsila do Amaral. c- ( ) Anita Malfatti. d- ( ) Vicente do Rego Monteiro.

5) Após estudar na Europa, Anita Malfatti retornou ao Brasil com uma mostra que abalou a cultura nacional do início do século XX. Elogiada por seus mestres na Europa, Anita se considerava pronta para mostrar seu trabalho no Brasil, mas enfrentou as duras críticas de Monteiro Lobato. Com a intenção de criar uma arte que valorizasse a cultura brasileira, Anita Malfatti e outros artistas modernistas

a) buscaram libertar a arte brasileira das normas acadêmicas europeias, valorizando as cores, a originalidade e os temas nacionais. b) defenderam a liberdade limitada de uso da cor, até então utilizada de forma irrestrita, afetando a criação artística nacional. c) representaram a ideia de que a arte deveria copiar fielmente a natureza, tendo como finalidade a prática educativa. d) mantiveram de forma fiel a realidade nas figuras retratadas, defendendo uma liberdade artística ligada a tradição acadêmica.

e) buscaram a liberdade na composição de suas figuras, respeitando os limites

6) A Semana de Arte Moderna é considerada como um divisor de águas para a cultura brasileira porque: a) propôs a continuação da tradição e o apego à literatura clássica, mas, ao mesmo tempo, deixou-se influenciar pelos movimentos de vanguarda que eclodiam na Europa no início do século XX. b) antecipou as renovações artísticas que só se consolidariam a partir da década de 1950 com o Concretismo, corrente literária liderada pelos poetas Décio Pignatari e os irmãos Haroldo e Auguso de Campos. c) foi considerada como a primeira manifestação coletiva pública na história cultural de nosso país em favor de um espírito novo e moderno que contrariasse a arte tradicional de teor conservador que predominava no Brasil desde o século XIX.

d) uniu técnicas literárias de maneira inédita na literatura, mesclando as influências oriundas das vanguardas europeias com o Naturalismo e o Simbolismo, estéticas em voga no século XIX. Essa simbiose temática proporcionou a criação de uma nova linguagem, que em muito lembrava aquela empregada no período Barroco de nossa literatura.6)

GABARITO 1) D

2) D 3) A 4) C 5) A 6) C

O Modernismo brasileiro foi um amplo movimento cultural que repercutiu fortemente sobre a cena artística e a sociedade brasileira na primeira metade do século XX, sobretudo no campo da literatura e das artes plásticas.

Manifestos e Revistas Revista Klaxon — Mensário de Arte Moderna (1922-1923) Recebe este nome, pois klaxon era o termo usado para designar a buzina externa dos automóveis. Primeiro periódico modernista, é conseqüência das agitações em torno da SAM. Inovadora em todos os sentidos: gráfico, existência de publicidade, oposição entre o velho e o novo. “— Klaxon sabe que o progresso existe. Por isso, sem renegar o passado, caminha para diante, sempre, sempre.”

Manifesto da Poesia Pau-Brasil (1924-1925) Escrito por Oswald e publicado inicialmente no Correioda Manhã. Em 1925, é publicado como abertura do livro de poesias Pau-Brasil de Oswald. Apresenta uma proposta de literatura vinculada à realidade brasileira, a partir de uma redescoberta do Brasil. “— A poesia existe nos fatos. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela sob o azul cabralino, são fatos estéticos.” “— A língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.”

A Revista (1925-1926) Responsável pela divulgação dos ideais modernistas em MG. Teve apenas três números e contava com Drummond como um de seus redatores. Verde-Amarelismo (1926-1929) É uma resposta ao nacionalismo do Pau-Brasil. Grupo formado por Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Guilherme de Almeida e Cassiano Ricardo. Criticavam o “nacionalismo afrancesado” de Oswald. Sua proposta era de um nacionalismo primitivista, ufanista, identificado com o fascismo, evoluindo para o Integralismo de Plínio Salgado (década de 30). Idolatria do tupi e a anta é eleita símbolo nacional. Em maio de 1929, o grupo verde-amarelista publica o manifesto “Nhengaçu Verde-Amarelo — Manifesto do Verde-Amarelismo ou da Escola da Anta”. Manifesto Regionalista de 1926 1925 e 1930 é um período marcado pela difusão do Modernismo pelos estados brasileiros. Nesse sentido, o Centro Regionalista do Nordeste (Recife) busca desenvolver o sentimento de unidade do Nordeste nos novos moldes modernistas. Propõem trabalhar em favor dos interesses da região, além de promover conferências, exposições de arte, congressos etc. Para tanto, editaram uma revista. Vale ressaltar que o regionalismo nordestino conta com Graciliano Ramos, José Lins do Rego, José Américo de Almeida, Rachel de Queiroz, Jorge Amado e João Cabral - na 2ª fase modernista.

Revista Antropofagia (1928-1929) Contou com duas fases (dentições): a primeira com 10 números (1928 e 1929) direção Antônio Alcântara Machado e gerência de Raul Bopp; a segunda foi publicada semanalmente em 16 números no jornal Diário de São Paulo (1929) e seu “açougueiro” (secretário) era Geraldo Ferraz. É uma nova etapa do nacionalismo Pau-Brasil e resposta ao grupo Verdeamarelismo. A origem do nome movimento esta na tela “Abaporu” de Tarsila do Amaral.

1ª fase - inicia-se com o polêmico manifesto de Oswald e conta com Alcântara Machado, Mário de Andrade (2º número publicou um capítulo de Macunaíma), Carlos Drummons (3º número publicou a poesia “No meio do vaminho”); além de desenhos de Tarsila, artigos em favor da língua tupi de Plínio Salgado e poesias de Guilherme de Almeida.

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