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CONSERVATÓRIO ESTADUAL DE MÚSICA CORA PAVAN CAPPARELLI - UBERLÂNDIA – MG

CORALITO

PROFESSORES 2017: DORINHA DRUMOND, GLEICY MÔNICA, GENOVEVA ROCHA, FRANCIELE NASCIMENTO, LUCIANO RODOVALHO, MIRIÃ MORAIS, ROSIANE VASCONCELOS.

Aluno (a): _____________________________________________________ Nome do Responsável:____________________________________________ Telefone para Contato:____________________________________________

ARCA DE NOÉ - Vinícius de Moraes O PATO

Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá Lá vem o pato para ver o que é que há. O pato pateta pintou o caneco Surrou a galinha bateu no marreco. Pulou do poleiro no pé do cavalo Levou um coice criou um galo. Comeu um pedaço de jenipapo Ficou engasgado com dor no papo. Caiu no poço quebrou a tigela Tantas fez o moço que foi pra panela

A CASA Era uma casa muito engraçada Não tinha teto, não tinha nada Ninguém podia entrar nela não Porque na casa não tinha chão Ninguém podia dormir na rede Porque na casa não tinha parede Ninguém podia fazer pipi Porque penico não tinha ali Mas era feita com muito esmero Na rua dos bobos, número zero.

A FOCA Quer ver a foca ficar feliz? É por uma bola no seu nariz. Quer ver a foca bater palminha? É dar a ela uma sardinha. Quer ver a foca comprar uma briga? É espetar ela na barriga! Lá vai a foca toda arrumada Dançar no circo pra garotada. Lá vai a foca subindo a escada Depois descendo desengonçada. Quanto trabalha a coitadinha Pra garantir sua sardinha.

A PORTA Sou feita de madeira, madeira, matéria morta Não há nada no mundo mais viva que uma porta Eu abro devagarinho pra passar o menininho Eu abro bem com cuidado pra passar o namorado Eu abro bem prazenteira pra passar a cozinheira Eu abro de supetão pra passar o capitão Eu fecho a frente da casa fecho a frente do quartel Eu fecho tudo no mundo só vivo aberta no céu!

O RELÓGIO Passa o tempo tic, tac, tic, tac passa a hora Chega logo tic, tac, tic, tac, vai-te embora, Passa tempo bem depressa Não atrasa nem demora, Que já estou muito cansado, Já perdi toda alegria de fazer meu tic-tac, tic, tac, dia e noite, noite e dia, tic, tac, tic, tac, dia e noite, noite e dia Tic-tac-tic-tac-tic-tac, tic-tac... Blom!

A PULGA Um, dois, três, quatro, cinco, seis Com mais um pulinho estou na perna do freguês Um, dois, três, quatro, cinco, seis Com mais uma mordidinha coitadinho do freguês Um, dois, três, quatro, cinco, seis Tô de barriguinha cheia Tchau, Good bye, Auf Wiedersehen

A ARCA DE NOÉ Sete em cores, de repente o arco-íris se desata, na água límpida e contente do ribeirinho da mata. O sol, ao véu transparente da chuva de ouro e de prata resplandece resplendente no céu, no chão, na cascata. E abre-se a porta da arca lentamente, surgem francas a alegria e as barbas brancas do prudente patriarca. Vendo ao longe aquela serra e as planícies tão verdinhas, Diz Noé: que boa terra pra plantar as minhas vinhas

Ora vai, na porta aberta de repente, vacilante, surge lenta, longa e incerta uma tromba de elefante. E de dentro de um buraco de uma janela aparece uma cara de macaco que espia e desaparece

"Os bosques são todos meus!" ruge soberbo o leão, "Também sou filho de Deus!" um protesta, e o tigre - "Não"

A arca desconjuntada parece que vai ruir. Entre os pulos da bicharada toda querendo sair, afinal com muito custo indo em fila, aos casais, uns com raiva, outros com susto vão saindo os animais. Os maiores vêm à frente trazendo a cabeça erguida, e os fracos, humildemente vêm atrás, como na vida Longe o arco-íris se esvai e desde que houve essa história, quando o véu da noite cai erguem-se os astros em glória Enchem o céu de seus caprichos em meio à noite calada, ouve-se a fala dos bichos na terra repovoada.

AULA DE PIANO Depois do almoço na sala vazia a mãe subia pra se recostar E no passado que a sala escondia a menininha ficava a esperar O professor de piano chegava e começava uma nova lição E a menininha, tão bonitinha enchia a casa feito um clarim Abria o peito, mandava brasa e solfejava assim: Ai, ai, ai, Lá, sol, fá, mi, ré Tira a mão daí, Dó, dó, ré, dó, si Aqui não dá pé, Mi, mi, fá, mi, ré E a agora o sol, fá, pra lição acabar Diz o refrão quem não chora não mama veio o sucesso e a consagração E finalmente deitaram na fama tendo atingido a total perfeição Nunca se viu tanta variedade a quatro mãos em concertos de amor Mas na verdade, tinham saudade de quando ele era seu professor E quando ela menina e bela abria o berrador Ai, ai, ai, Lá, sol, fá, mi, ré Tira a mão daí, dó, dó, ré, dó, si Aqui não dá pé, mi, mi, fá, mi, ré E a agora o sol, fá, pra lição acabar (3X)

AS ABELHAS A abelha mestra e as abelhinhas Tão todas prontinhas para ir para festa Num zune-que-zune lá vão para o Jardim Brincar com a cravina valsar com o jasmim Da rosa para o cravo do cravo para a rosa Da rosa pro favo e de volta para a rosa Venham ver como dão mel as abelhas do céu. (4x) A abelha rainha está sempre cansada Engorda a pancinha e não faz mais nada Num zune-que-zune lá vão para o Jardim Brincar com a cravina valsar com o jasmim Da rosa para o cravo do cravo para a rosa Da rosa pro favo e de volta para a rosa Venham ver como dão mel as abelhas do céu. (4x)

O GATO Com um lindo salto lesto e seguro O gato passa do chão ao muro Logo mudando de opinião Passa de novo do muro ao chão E pisa e passa cuidadoso, de mansinho Pega e corre, silencioso, atrás de um pobre passarinho E logo para como assombrado Depois dispara pula de lado Se num novelo fica enroscado Ouriça o pelo mal humorado Um preguiçoso e o que ele é E gosta muito de cafuné E quando à noite vem a fadiga Toma seu banho passando a língua pela barriga

MENININHA Menininha do meu coração eu só quero você a três palmos do chão. Menininha não cresça mais não fique pequenininha na minha canção. Senhorinha levada batendo palminha fingindo assustada do bicho-papão. Menininha que graça é você uma coisinha assim começando a viver. Fique assim meu amor sem crescer porque o mundo é ruim, É ruim e você vai sofrer de repente uma desilusão Porque a vida é somente teu bicho-papão fique assim, fique assim, sempre assim E se lembre de mim pelas coisas que eu dei E também não se esqueça de mim Quando você souber enfim de tudo o que eu amei...

CORUJINHA Corujinha, corujinha Que peninha de você Fica toda encolhidinha Sempre olhando não sei que O teu canto de repente Faz a gente estremecer Corujinha, pobrezinha Todo mundo que te vê Diz assim, ah! coitadinha Que feinha que é você Quando a noite vem chegando Chega o teu amanhecer E se o sol vem despontando Vais voando te esconder Hoje em dia andas vaidosa Orgulhosa com quê Toda noite tua carinha Aparece na TV Corujinha, corujinha Que feinha é você!

O PINGUIM

Bom dia, pinguim onde vai assim Com ar apressado? Eu não sou malvado Não fique assustado com medo de mim Eu só gostaria de dar um tapinha No seu chapéu jaca ou bem de levinho Puxar o rabinho da sua casaca Quando você caminha parece o Chacrinha Lelé da caixola e um velho senhor Que foi meu professor no meu tempo de escola Pinguim, meu amigo não zangue comigo Nem perca a estribeira não pergunte por quê Mas todos põem você em cima da geladeira

A CASA DE BRNQUEDOS – Toquinho A BICICLETA B-I-C-I-C-L-E-T-A - Sou sua amiga bicicleta. Sou eu que te levo pelos parques a correr, Te ajudo a crescer e em duas rodas deslizar. Em cima de mim o mundo fica à sua mercê Você roda em mim e o mundo embaixo de você. Corpo ao vento, pensamento solto pelo ar, Pra isso acontecer basta você me pedalar. B-I-C-I-C-L-E-T-A - Sou sua amiga bicicleta. Sou eu que te faço companhia por aí, Entre ruas, avenidas, na beira do mar. Eu vou com você comprar e te ajudo a curtir Picolés, chicletes, figurinhas e gibis. Rodo a roda e o tempo roda e é hora de voltar, Pra isso acontecer basta você me pedalar. B-I-C-I-C-L-E-T-A - Sou sua amiga bicicleta. Faz bem pouco tempo entrei na moda pra valer, Os executivos me procuram sem parar. Todo mundo vive preocupado em emagrecer, Até mesmo teus pais resolveram me adotar. Muita gente ultimamente vem me pedalar Mas de um jeito estranho que eu não saio do lugar. B-I-C-I-C-L-E-T-A - Sou sua amiga bicicleta.

O ROBÔ Quanta coisa ele conhece, Sabe a tudo responder. E o que tanto o entristece É ser humano ele não ser. Com suas veias de metal Raciocina e sabe andar. Mas o que lhe faz tão mal É não sorrir e nem chorar. Sou robô e a vida é dura Quando se é feito de lata. Sou sem jogo de cintura E a minha voz é muito chata. Vou ter sempre algum defeito, Já perdi a esperança. Pelo homem eu fui feito À sua imagem e semelhança. Nunca tem nenhuma dúvida, Incansável e seguro. Por tudo isso ele é considerado O homem do futuro. Ser o homem do futuro Não me anima muito, não. Todos saberão de tudo, Mas como eu, sem coração. Os adultos, sempre sérios, Sabem só me programar. Se eles não brincam comigo, Com criança eu vou brincar.

A BAILARINA Um, dois, três e quatro, Dobro a perna e dou um salto, Viro e me viro ao revés e se eu caio conto até dez. Depois, essa lenga-lenga Toda recomeça. Puxa vida, ora essa! Vivo na ponta dos pés. Quando sou criança Viro orgulho da família: Giro em meia ponta Sobre minha sapatilha. Quando sou brinquedo Me dão corda sem parar. Se a corda não acaba Eu não paro de dançar. Sem querer esnobar Sei bem fazer um grand écart. E pra um bom salto acontecer Me abaixo num demi plié. Sinto de repente Uma sensação de orgulho Se ao contrário de um mergulho Pulo no ar num gran jeté. Quando estou num palco Entre luzes a brilhar, Eu me sinto um pássaro A voar, voar, voar. Toda bailarina pela vida vai levar

O AVIÃO

Sou mais ligeiro que um carro, Corro bem mais que um navio. Sou o passarinho maior Que até hoje você na sua vida já viu. Vôo lá por cima das nuvens, Onde o azul muda de tom. E se eu quiser ultrapasso fácil A barreira do som. Minha barriga foi feita Pra muita gente levar. Trago pessoas de férias E homens que vêm e que vão trabalhar. Dentro eu não faço barulho, Fora é melhor nem pensar. Voando pareço levinho, Mas sou mais pesado que o ar.

Venha voar comigo, amigo. Sem medo venha voar. De dia tem o sol brilhando, De noite quem brilha é o luar. Venha voar comigo, amigo. Sem medo venha voar. Em dia nublado não fique assustado Que eu tenho radar. Se às vezes balanço um pouquinho É o vento querendo brincar. Se chove chuvisco fininho São nuvens tristonhas a choramingar. Se você me vê lá no alto Voando na imensidão, Eu fico tão pequenininho Que caibo na palma da mão.

O TRENZINHO Corro o tempo inteiro E nunca tenho muito tempo pra parar. Sempre é tanta gente pra partir, Igualmente pra chegar. Faço encontros cheios de emoções E já fiz cruéis separações De namorados que ficam a chorar. Levo e trago sempre boas notícias E também notícias más. Coisas e assuntos que pra mim Tanto fez como tanto faz. O que cansa mesmo a gente é ver Sempre o mesmo trilho a percorrer E o velho tic tic tic tic Num eterno leva e traz. Isso não tem fim, Já não agüento mais. É como se eu corresse na minha frente E também viesse atrás.

OS SUPER HERÓIS

Nós somos os super-heróis. Defendemos nossa nação. Vivemos nos gibis, nas telas dos cines, Nos filmes de televisão. Levamos bandidos, cruéis e malvados Ladrões pra dormir na prisão Nós somos os super-heróis. Lutamos contra quem vier: Baixinhos, gordinhos, gigantes, Vilões maquiavélicos, homem ou mulher. Mas temos momentos na vida Em que somos pessoas como outras quaisquer. Eu sou o homem-aranha E vou lhes contar um pequeno segredo: Se esqueço da rede subindo num prédio, Eu fico morrendo de medo. Eu sou o detetive Batman E ontem à tarde perdi minha agulha. Caiu um botão da minha capa e eu Não pude de noite fazer a patrulha. Eu sou o leal super-homem E hoje cedinho, antes de ir pro batente Estava com sono e passei sem querer Criptonita na escova de dente. Eu sou o conhecido Hulk E vou revelar um segredo contido: No carnaval na avenida vou me fantasiar De abacate batido. Eu sou a mulher-maravilha E super-mulher que se preza não mente: Eu fui dar um beijo no meu namorado E quebrei seus dentinhos da frente.

O CADERNO Sou eu que vou seguir você Do primeiro rabisco Até o bê-a-bá Em todos os desenhos Coloridos vou estar A casa, a montanha Duas nuvens no céu E um sol a sorrir no papel Sou eu que vou ser seu colega Seus problemas ajudar a resolver Te acompanhar nas provas Bimestrais, você vai ver Serei, de você, confidente fiel Se seu pranto molhar meu papel Sou eu que vou ser seu amigo Vou lhe dar abrigo

Se você quiser Quando surgirem Seus primeiros raios de mulher A vida se abrirá Num feroz carrossel E você vai rasgar meu papel O que está escrito em mim Comigo ficará guardado Se lhe dá prazer A vida segue sempre em frente O que se há de fazer Só peço, à você Um favor, se puder Não me esqueça Num canto qualquer

O MACAQUINHO DE PILHA O macaquinho quando está de pilha nova Fica todo entusiasmado, bota pra quebrar. Abre a torneira e sai molhando a casa inteira E o rolo de papel higiênico vai desenrolar. Entope o ralo, fecha a porta, abre a janela E duas tampas de panela bate até cansar. Pula do canto de cá pro outro lado de lá E o pula-pula segue até o sol raiar. Se mete em todo buraco, tá com macaca o macaco, Só fica quieto se a pilha se acabar.

Continuando, pro azar da cozinheira, Ele vai na geladeira só pra xeretar. Mistura ovo, abacaxi e marmelada Com iogurte e carne assada e larga tudo lá. Pega a toalha e põe embaixo do chuveiro, Vira a cinza do cinzeiro pra depois soprar. Gira a cabeça ligeiro, coçando a nuca e o traseiro, E o coça-coça segue até o sol raiar. Se esconde dentro de um saco, Tá com a macaca o macaco. Só fica quieto se a pilha se acabar. Qua - qua - ra - qua - qua Essa semana o macaquinho se complicou E numa casca de banana o coitadinho escorregou.

A ESPINGARDA DE ROLHA

A BOLA

Tenho uma família que só faz maldade, É um perigo ao povo de qualquer cidade.

Pulo, pulo, pulo, vou de pé em pé. Da chuteira do menino na vidraça da mulher.

Meu avô é bravo e se chama canhão, Quando vai pra guerra não tem compaixão. Eu tenho uma tia, mulher do meu tio Que é muito maldoso e se chama fuzil. Ela é mais que feia, é assustadora: È a tagarela da metralhadora. De nossa família Temos tanta mágoa, Eu e meu maninho, O revolvinho d'água. Não matar e nem ferir. Só brincar e divertir: Essa foi a nossa escolha. Meu maninho é o revolvinho d'água, Eu sou a espingarda de rolha.

Salto, salto, salto mais que perereca. Pulo o muro e caio em cima da cabeça de um careca. Corro, corro, corro na praia de manhã E quando eu balanço a rede é festa no Maracanã. Rolo, rolo, rolo rápido e rasteiro E sou muito maltratada pelos pés de peladeiro. Pulo, pulo, pulo, vou com quem vier. Joguei com Nilton Santos, com Garrincha e com Pelé. Salto, salto, salto com todo carinho. Joguei com Rivelino, com Tostão e Jairzinho. Rolo, rolo, rolo com satisfação. Hoje jogo com Romário, Ronaldinho e Luizão. Corro, corro, corro do começo ao fim. Depois que acaba o jogo, ninguém mais lembra de mim.

O URSINHO DE PELÚCIA

Sou mais de frio do que de calor E não preciso de cobertor. Se entro de férias vou hibernar E quando sou branco, sou urso polar. Danço no circo numa só pata, De monociclo, sou acrobata.

Sou urso amigo de coração. Amigo urso, não. Não sou daninho, Não tenho astúcia. Sou só um ursinho de pelúcia.

Mesmo sem jeito, tenho um charminho. Meu bum-bum balança quando caminho. Fui roubar mel, correndo feliz, Veio uma abelha, picou meu nariz. Um dos presentes mais recomendados, Sou eu no dia dos namorados.

AQUARELA Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo. Corro o lápis em torno da mão e me dou uma luva, E se faço chover, com dois riscos tenho um guarda-chuva.

Se um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papel, Num instante imagino uma linda gaivota a voar no céu. Vai voando, contornando a imensa curva Norte e Sul, Vou com ela, viajando, Havai, Pequim ou Istambul. Pinto um barco a vela branco, navegando, é tanto céu e mar

Numa folha qualquer eu desenho um navio de partida

num beijo azul.

Com alguns bons amigos bebendo de bem com a vida. De uma América a outra consigo passar num segundo,

Entre as nuvens vem surgindo um lindo avião rosa e grená.

Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo.

Tudo em volta colorindo, com suas luzes a piscar. Basta imaginar e ele está partindo, sereno, indo,

Um menino caminha e caminhando chega no muro

E se a gente quiser ele vai pousar.

E ali logo em frente, a esperar pela gente, o futuro está. E o futuro é uma astronave que tentamos pilotar, Não tem tempo nem piedade, nem tem hora de chegar. Sem pedir licença muda nossa vida, depois convida a rir ou chorar.

Nessa estrada não nos cabe conhecer ou ver o que virá. O fim dela ninguém sabe bem ao certo onde vai dar. Vamos todos numa linda passarela De uma aquarela que um dia, enfim, descolorirá.

Numa folha qualquer eu desenho um sol amarelo (que descolorirá). E com cinco ou seis retas é fácil fazer um castelo (que descolorirá). Giro um simples compasso e num círculo eu faço o mundo (que descolorirá).

NOSSO CORPO E A PRODUÇÃO DO SOM

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