134 - Em Defesa Do Verdadeiro Cristianismo

  • November 2019
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EM DEFESA DO VERDADEIRO CRISTIANISMO John Wesley [O seguinte sermão foi encontrado em um manuscrito mutilado, em meio aos papéis do Sr. Wesley. Ele é datado de 24 de Junho de 1741. Uma cópia em Latim do mesmo Discurso também foi descoberta. Sr. Pawson, com grande cuidado, copiou o primeiro, e eu supri as deficiências da carta. Ao intercalar ambos os sermões, eu encontrei diversas variações, e não considerei de alguma grande importância, ainda assim, suficientes, em meu julgamento, de sustentar a propriedade da tradução e publicação do Discurso em Latim, não meramente como um assunto de curiosidade, mas de utilidade. O sermão, sem dúvida, foi escrito com o objetivo de ser pregado diante da Universidade de Oxford; mas se ele alguma vez foi pregado lá, não pode ser determinado. A. Clarke]. 'Como se fez prostituta a cidade fiel! Ela que estava cheia de retidão! A justiça habitava nela, mas agora, homicidas'. (Isaías 1:21) 1. 'Quando eu trouxer a espada para a terra', diz o Senhor, 'se a atalaia tocar a trombeta e advertir as pessoas, então, quem ouvir o som da trombeta, e não se der por avisado, e a espada vier e o levar, seu sangue será sobre a sua cabeça. Mas se a atalaia vir a espada e não tocar a trombeta, e seu povo não for avisado, e vier a espada e levar alguma pessoa dentre eles, este tal foi levado na sua iniqüidade, mas o seu sangue eu o requererei da mão do atalaia.(Ezequiel 22:2-6) 2. Não se pode duvidar que a espada do Senhor virá junto a cada um dos Ministros de Cristo, também. 'Então, tu, ó filho do homem, eu o tenho colocado como atalaia, junto à casa de Israel: Portanto, tu deverás ouvir a palavra de minha boca, e avisá-los de minha vida. Quando eu disser ao mau, ó homem pecaminoso, tu certamente morrerás: Se tu não advertires o mau quanto ao seu caminho, o homem pecaminoso morrerá em sua iniqüidade; mas seu sangue eu requererei de tuas mãos'. 3. Nem homem algum, por conseguinte, deverá ser considerado nosso inimigo, porque nos disse a verdade: O fazer o que é, de fato, uma mostra de amor ao nosso próximo, assim como obediência a Deus. Do contrário, poucos empreenderiam tão ingrata tarefa: Uma vez que o retorno que eles terão, eles já conhecem. As Escrituras devem ser cumpridas: 'A mim, o mundo odeia', diz o Senhor, 'porque eu testifico dele, que os seus feitos são maus'. 4. É a convicção firme e total de que eu devo este trabalho de amor aos meus irmãos, e à minha mãe afetuosa [alma mater: A Universidade de Oxford], que me tem nutrido, por mais de vinte anos, e de quem, debaixo de Deus, tenho recebido aquelas vantagens às quais eu acredito, deverei reter uma gratidão, até que meu espírito retorne para Deus, que o deu; ou seja, da completa convicção deste amor e gratidão, assim como desta dispensação do Evangelho, com o qual fui incumbido, que requer de mim que eu me comprometa a falar sobre o necessário, embora indesejável, assunto. Eu, de fato, desejaria

que algumas pessoas mais aceitáveis pudessem fazer isto. Mas possam todos manter a sua paz, as próprias pedras clamarão, 'Como a cidade fiel se tornou uma prostituta!'. 5. Quão fiel ela foi uma vez para seu Senhor, a quem ela contratou em casamento como uma virgem casta, que não apenas os escritos de seus filhos, que foram honrados em todas as gerações, mas também, o sangue de seus mártires fale; -- que sejam um testemunho mais forte de sua fidelidade, do que aquele que pode ser dado, até mesmo, através todas da terra palradora! Mas como ela se tornou agora uma prostituta! Como ela se separou do seu Senhor! Quanto ela tem negado a Ele, e ouvido a voz dos estrangeiros! I. II.

Com respeito à doutrina; Com respeito à prática.

I COM RESPEITO À DOUTRINA: 1. Não se pode dizer que todos os nossos escritores são os que estabelecem doutrinas estranhas mais além. Existem aqueles que interpretam os oráculos de Deus, através do mesmo Espírito, no qual eles foram escritos; e que fielmente aderem-se aos alicerces sólidos que nossa Igreja tem colocado em conformidade com eles; concernente ao que temos em Sua palavra que nunca mentem, de que 'os portões do inferno não prevalecerão contra ela'. Existem aqueles também (abençoado seja o Autor de todo bom dom!) que, como arquitetos, constroem nela, não feno ou restolhos, mas ouro e pedras preciosas, -- mas aquela misericórdia que nunca falha. 2. Nós temos igualmente motivos para agradecer ao Pai das Luzes, por aqueles aos quais Ele não deixou sem testemunho de Si mesmo; existem aqueles que agora pregam o evangelho da paz, a verdade como ela está em Jesus. Mas quão poucos são esses, em comparação com aqueles que adulteram a palavra de Deus! Quão pouco alimento sadio nós temos para nossas almas, e que abundância de veneno! Quão poucos existem que, escrevendo ou orando, declaram o genuíno Evangelho de Cristo, na simplicidade e pureza, em que ele está colocado nos veneráveis registros de nossa própria Igreja! E como nós estamos cercados de todos os lados, por aqueles que nem conhecem as doutrinas de nossa Igreja, nem as Escrituras, nem o poder de Deus, têm decifrado para si mesmos, invenções nas quais eles constantemente corrompem outros também! 3. Eu não falo agora àqueles unigênitos de satanás, os Deístas [relativo ao Deísmo Sistema dos que crêem em Deus, mas rejeitam a revelação]; Arianos [membros da seita de Ario, que, no dogma da Santíssima Trindade, não admitia a consubstancialidade do Pai com o Filho]; ou Socinianos [Doutrina de Socini, também chamado Socino, que rejeitava a Trindade e, especialmente, a divindade de Jesus]. Esses são tão infames, em meio a nós, para fazer algum grande serviço para a causa do mestre deles. Mas o que eu deveria dizer a esses que são considerados os pilares de nossa Igreja, e campeões de nossa fé; e que, na

verdade, traem esta igreja, e enfraquecem os mesmos alicerces da fé que nós ensinamos por meio dela? 4. Mas que coisa mais odiosa é mostrada aqui! Quem é competente para suportar o peso do preconceito, que deve necessariamente se seguir à mesma menção de tal responsabilidade contra homens de um caráter tão estabelecido? Mais do que isto: Quem, de fato, tem prestado, em muitos outros aspectos, um grande serviço à igreja de Deus? Ainda assim, todo ministro fiel deve dizer: 'Deus proíbe que eu possa aceitar qualquer pessoa! Eu não me atrevo a dar dízimo adulador; nem tomar em consideração qualquer um que corrompa o Evangelho. Em fazer desta forma, meu Mestre logo irá me levar embora'. 5. De qualquer forma, deixe-me ser o mais breve que eu puder sobre este assunto; e eu irei exemplificar com apenas dois ou três homens de renome, que têm se esforçado para enfraquecer os próprios alicerces da igreja, atacando seus fundamentos; na verdade, a doutrina fundamental das Igrejas Reformadas, ou seja, justificação pela fé apenas. Um desses, e um de uma posição mais elevada em nossa Igreja, escreveu e imprimiu, antes de sua morte, diversos sermões, expressamente para provar que não a fé apenas, mas as boas obras somente são necessárias com o objetivo da justificação. A tarefa desagradável de citar passagens específicas deles é superada pelo próprio título: "A Necessidade da Regeneração", (que ele prova largamente implicar santidade, ambas do coração e vida) 'com o objetivo da santificação'. [Tillotson's Sermons, Vol. 1., &C.] 6. Pode parecer estranho a alguns, que um anjo da Igreja de Deus (como o grande Pastor denomina os supervisores dela), e alguém da mais alta estima, tanto em nossa própria nação, quanto em muitas outras, pudesse fria e calmamente falar assim. Mas, ó, o que é Ele em comparação ao grande Bispo Bull! Quem será capaz de resistir, se este eminente professor, cristão e Prelado, em sua juventude escreveu e publicou para o mundo, e em sua idade avançada defendeu as posições que se seguem? 'Um homem é justificado pelas obras; porque as boas obras são a condição, o requisito e a necessidade para a justificação do homem, ou seja, para sua remissão dos pecados, através de Cristo, de acordo com o desígnio divino estabelecido na aliança evangélica'. BULLI Harm. Apost., p. 4. Um pouco depois, estando às voltas de produzir testemunhas, como prova desta proposição ele diz: 'O primeiro tipo dessas deve ser daquelas que falam das boas obras, em um sentido geral, como requisito e necessidade da justificação'. Então, certos textos das Escrituras se seguem; ao que ele acrescenta: 'quem não crê que nestas Escrituras existe uma abundância de boas obras requeridas, às quais, se um homem não executar, ele está completamente excluído da esperança do perdão, e remissão de pecados? Introduzidas algumas outras coisas, ele acrescenta que, "Além da fé, existe nenhum outro, mas podemos ver que o arrependimento é requerido como necessário para a justificação. Agora, o arrependimento não é uma obra apenas, mas é, por assim dizer, uma coleção de muitas outras: Uma vez que, em sua extensão, compreendem-se as seguintes

obras: -- (1) Tristeza, devido ao pecado: (2) Humilhação, sob a mão de Deus: (3) Aversão ao pecado: (4) Confissão do pecado: (5) Pedido de súplica pela misericórdia divina: (6) O amor a Deus: (7) Cessação do pecado: (8) Firme propósito da nova obediência: (9) Devolução de todos os bens ganhos desonestamente: (10) Perdão ao nosso próximo das suas transgressões contra nós: (11) Obras de beneficência, ou donativos". "O quanto essas coisas favorecem na busca da remissão dos pecados por Deus, é bastante evidente em (Daniel 4:27) 'Portanto, ó rei, aceita o meu conselho, e põe fim aos teus pecados, praticando a justiça; e às tuas iniqüidades, usando de misericórdia com os pobres, se, porventura, se prolongar a tua tranqüilidade'; onde o profeta dá o seu salutar conselho a Nabucodonossor, que, naquele tempo, estava preso aos seus pecados:'Redima [O Bispo traduziu PRQ – peruk, com a vulgata --> redime, ou resgate, mas o significado próprio e literal é romper, cessar. a.C.]' seus pecados, através de donativos; e suas iniqüidades, por mostrar misericórdia aos pobres". 7. Para exemplificar um ponto mais: Toda a Liturgia da Igreja está cheia de súplicas, por aquela santidade, sem o que, as Escrituras, em todos os lugares, declaram, nenhum homem verá ao Senhor. E essas são acrescentadas àquelas palavras abrangentes, as quais se supõe, nós freqüentemente repetimos: 'Limpa os pensamentos de nossos corações, através da inspiração do Espírito Santo, para que possamos amar perfeitamente a Ti, e sermos merecedores de glorificar Teu santo nome'. É evidente que, na última parte desta súplica, toda a santidade exterior está contida: Nem ela pode ser levada a uma elevação mais sublime, ou expressa em termos mais fortes. E estas palavras, 'Limpa os pensamentos de nossos corações', contém o ramo negativo da santidade interior; a altura e profundidade dela é a pureza do coração, pela inspiração do Espírito Santo de Deus. As palavras restantes, 'que possamos amar perfeitamente a ti', contém a parte positiva da santidade; uma vez que este amor, que é o cumprimento da lei, implica toda a mente que estava em Cristo. 8. Mas como a torrente geral de escritores e pregadores (que me desculpem a tarefa individual de exemplificar em algumas pessoas específicas) concordam com esta doutrina? De fato, não todos. Muito poucos nós podemos encontrar que, simples e honestamente, forçam isto. Mas muitos que escrevem e pensam, como se a santidade cristã, ou a religião fossem uma coisa puramente negativa; não para maldizer ou blasfemar; não para mentir ou caluniar; não para ser um bêbado; um ladrão; ou um libertino; não para falar mal, ou fazer o mal; como se a religião fosse suficiente para habilitar um homem para o céu! Quantos, se eles vão um pouco mais além do que isto, descrevem-na apenas como uma coisa exterior; como se consistisse principalmente, se não, totalmente, em fazer o bem, (como é chamado) e usando os meios da graça! Ou, eles iriam um pouco mais além, ainda assim, o que eles acrescentariam a este pobre relato da religião? Por que, talvez, que um homem deva ser ortodoxo em suas opiniões, e ter um zelo pela instituição na Igreja e Estado. E isto é tudo: Isto é toda a religião que eles podem permitir, sem degenerarem-se no fanatismo! Tão verdadeira é, que a fé de um diabo, e a vida de um pagão, compõe o que a maioria dos homens chama de um bom cristão! 9. Mas, por que nós iríamos buscar testemunhas mais além disto? Não existem muitas presentes aqui, que são da mesma opinião? Quem acreditaria que um bom homem

moral, e um bom cristão querem dizer a mesma coisa? Que um homem não precisa preocupar-se mais além consigo mesmo, se ele apenas pratica tanto o Cristianismo, quanto escreve sobre o a portão do Imperador pagão, -- 'Faze tu o que gostarias que fosse feito a ti'; especialmente, se ele não for um infiel, ou um herético, mas crê em tudo que a Bíblia e a Igreja dizem é verdadeiro? 10. Eu não seria compreendido, tanto se eu desprezasse essas coisas; quanto se eu subestimasse as opiniões corretas, a verdadeira moralidade, ou o respeito zeloso pela constituição que temos recebido de nossos antepassados. Ainda assim, o que essas coisas são, estando sozinhas? No que elas irão nos beneficiar naquele dia? Que proveito existirá em dizer ao Juiz de todos: 'Senhor, eu não fui como os outros homens, não fui injusto; não fui um mentiroso; não fui um imoral?'. Sim, que proveito isto terá, se nós temos feito todo bem, assim como temos causado mal, -- se nós temos dado todos os bens para alimentar o pobre, -- e não temos amor? Como podemos, então, olhar para aqueles que nos ensinam a dormir e descansar, embora 'o amor do Pai não esteja em nós?'. Ou, quem, nos ensinando a buscar salvação pelas obras, nos impeça de receber aquela fé livremente, por meio da qual somente o amor de Deus se espalhará em nossos corações? Para esses miseráveis corruptores do Evangelho de Cristo, e o veneno que eles têm espalhado, é principalmente devido:

II Em Segundo Lugar, aquela corrupção geral na prática e na doutrina. Raramente se pode encontrar (Ó, não diga isto em Gate, não publique nas ruas de Askelon!) quer a forma da santidade, ou o poder. Assim é que 'a cidade fiel se torna uma prostituta!'. 1. Com tristeza no coração, não com alegria, é que eu digo que raramente a forma da santidade é vista em nosso meio. Nós, de fato, somos chamados de santos, e o próprio nome de cristão não significa menos. Mas quem tem tanto desta aparência? Tome, como exemplo, alguém que você encontre. Pegue um segundo, um terceiro, um quarto, o vigésimo. Nenhum deles tem a aparência de santo, não mais do que tem a de um anjo. Observe seu olhar, sua aparência, seus gestos! Ele respira coisa alguma, a não ser Deus? Ele reserva um templo para o Espírito Santo? Observe sua conversação; não apenas por uma hora, mas no dia-a-dia. Você pode concluir de algum sinal exterior, que Deus habita em seu coração? Que este é um espírito eterno que está indo para Deus? Você imaginaria que o sangue de Cristo foi derramado por aquela alma, e comprou a salvação eterna para ela: e que Deus esperou até que aquela salvação pudesse ser forjada com temor e tremor? 2. Poderia ser dito: 'Por que, o que significa a forma da santidade?'. Nós rapidamente respondemos: Nada, se for somente isto. Mas a ausência da forma significa muito. Ela prova infalivelmente a ausência do poder. Porque, embora a forma possa ser sem poder, ainda assim, o poder não pode ser sem a forma. A religião exterior pode existir onde a interior não está; mas se não houver nada fora, não poderá existir alguma dentro.

3. Mas pode ser dito: 'Nós temos orações públicas, de manhã e à tarde, em todos os nossos colégios'. É verdade; mais especialmente, a geração mais idosa, aqueles de reputação e caráter, mostraria, por atendê-las constantemente, quão conscientes eles estão do privilégio inestimável. Mas será que todos que atendem às orações públicas têm a forma da santidade? Será que antes desses endereçamentos solenes a Deus, começarem, o comportamento de todos que estão presentes mostra que eles sabem diante de quem eles estão? Que impressão fica em suas mentes, quando esses ofícios santos terminam? E mesmo durante a sua continuidade, pode ser razoavelmente inferido do teor de seu comportamento exterior, que seus corações estão sinceramente fixados Nele que permanece no meio deles? Eu temo muito, Se um ateu, que não entende nossa Língua, viesse para uma dessas nossas assembléias, ele suspeitaria de nada menos de que nós estávamos derramando nossos corações diante da Majestade dos céus e terra.O que, então, podemos dizer (se, de fato, 'Deus não está enganado') a não ser que, 'O que um homem semeia, ele também deverá colher?'. 4. 'Sobre os Domingos, de qualquer forma', dizem alguns, 'não se pode negar que temos a forma da santidade; sermões pregados, de manhã e à tarde, além do serviço da manhã e da noite'. Mas nós mantemos o restante do Dia do Senhor santo? Não existe necessidade de inspecioná-lo? Não existe conversa leviana, nem impertinente? Nem mesmo você faz algum trabalho desnecessário, ou permite a outros, sobre os quais você tem algum poder, quebrar as leis de Deus e homem nisto? Se for assim; se até mesmo nisto você tem nada do que se orgulhar, então, você tem culpa diante de Deus. 5. Mas, se nós temos a forma da santidade, um dia na semana, não existem outros dias que é completamente o contrário disto? As melhores de nossas conversas não são gastas em tolices e zombaria, que não são convenientes? Mais do que isto, talvez, em conversa devassa também; tal que os ouvidos recatados não poderiam ouvir? Não existem muitos, em nosso meio, que são encontrados comendo e bebendo com os bêbados? E, se é assim, qual a surpresa que nossa profanidade possa também subir aos céus, e nossos perjuros e maldições aos ouvidos do Senhor do Sábado? 6. E, mesmo quanto às horas destinadas ao estudo, elas são geralmente gastas para algum propósito melhor? Elas não são empregadas na leitura (como é muito comum) de peças, novelas, ou contos inúteis que, naturalmente, tendem a aumentar nossa corrupção inerente, e aquecer a fornalha de nossos desejos profanos, sete vezes mais, do que ela estava antes? Quão pouco preferível é a inatividade laboriosa daqueles que passam, dia após dia, em jogos ou diversões; vilmente jogando fora aquele tempo de valor do qual eles não podem saber, até que eles tenham passado por ele para a eternidade! 7. Vocês que são chamados de homens morais não sabem, então, tanto quanto isto, que toda a inatividade é imoralidade; que existe nenhuma desonestidade mais grosseira do que a indolência; que todo cabeça dura obstinado é um patife? Ele defrauda seus benfeitores, seus pais, e o mundo; ele rouba a Deus, e sua própria alma. Ainda assim, quantos destes existem, entre nós! Quantos parasitas preguiçosos, como se tivessem 'nascido apenas para comerem o produto do solo'. Quanto desta ignorância não é devido à incapacidade, mas ao mero ócio! Quão poucos (que não pareça insolente que, mesmo alguém como eu, possa tocar neste ponto delicado) deste vasto número, que tem isto em seu

pode; são verdadeiramente homens letrados. Para não falar de outras Línguas orientais; quem existe que pode dizer que entende o Hebreu? Eu não poderia dizer, ou até mesmo, a Língua Grega? Um pouco de Homero ou Xenofon nós podemos ainda lembrar; mas quão poucos podem ler ou entender rapidamente uma página do Papa Clemente Alexandrino [nascido no ano 150 A.D], João Crisóstomo [Doutor da Igreja nascido na Antioquia em 347 A.D.], ou Efrem Sirus? Acrescente, assim como, a Filosofia (para não mencionar Matemática, ou as ramificações mais abstrusas dela). Quão poucos encontramos que têm colocado o alicerce, -- que são mestres, mesmo da lógica; que entendem totalmente tanto quanto das regras do silogismo; a própria doutrina dos modos e figuras! Ó, o que é tão raro, quanto a erudição, exceto a religião! 8. Na verdade, raramente se encontrará aprendizado, sem religião; para os pontos de vista secular, como a experiência mostra, muito raramente será suficiente conduzir alguém, através do trabalho requerido para se ser um escolar completo. Pode então, ser ocultado, que existe tão freqüente defeito naqueles a quem o cuidado da juventude é confiado? Aquela direção solene é suficientemente considerada (Estatutos p.7): 'Que o tutor instrua diligentemente esses escolares comprometidos com seu cuidado na moralidade estrita; e, especialmente, nos primeiros princípios da religião, e nos artigos da doutrina?' E esses a quem esta importante responsabilidade é dada, se esforçam diligentemente para colocar este bom alicerce? Para fixar os princípios verdadeiros da religião em suas mentes de jovens incumbidos com eles, através de suas leituras? Para recomendar a prática deles, através da poderosa e prazerosa influência de seus exemplos? Para reforçar isto, pelo freqüente conselho pessoal, honestamente e fortemente inculcado? Para observar o progresso, e cuidadosamente inquirir dentro do comportamento de cada um deles? Em uma palavra, para observar suas almas como alguém que delas deva dar relato? 9. Permitam-me, uma vez que eu comecei a falar sobre este assunto, a ir um pouco mais longe. Existe suficiente cuidado com os estatutos que eles deveriam conhecer e manter, e que nós todos estamos engajados a observar? Como, então, é que eles são tão notoriamente quebrados todos os dias? Para exemplificar apenas alguns poucos: Está decretado, quando dos ofícios divinos e pregação: 'Que TODOS deverão atender publicamente: -- Graduados e escolares deverão atender pontualmente, e continuarem até que tudo esteja terminado com a devida reverência, do começo ao fim'. (P. 181) Está decretado: 'Que os estudantes de todos os níveis se abstenham de todos os tipos de diversão, onde o dinheiro seja disputado; tais como cartas, dados e jogos com bola; nem deverão estar presentes em jogos públicos desta natureza'. (P. 157) Está decretado: 'Que todos (com exceção os filhos dos nobres) devem acostumar-se com preto ou cores escuras nas vestimentas: e que eles deverão manter a máxima distância da pompa e extravagância'.(P. 157)

Está decretado: 'Os estudantes de todos os níveis deverão se abster das cervejarias, bares, tabernas, e de todo lugar na cidade onde haja vinho, ou algum outro tipo de bebida alcoólica, sendo comumente vendidos'. (P.164) 10. Será objetado, talvez, já que 'estas são apenas coisas pequenas'. Não. Perjuro não é uma coisa pequena; nem, conseqüentemente, o ramo obstinado de alguma regra que nós temos solenemente jurado observar. Certamente esses que falam assim, se esqueceram dessas palavras: 'Tu deverás penhorar tua fé e observar todos os estatutos desta Universidade. Assim, Deus te ajude, e os inspirados Evangelhos santos de Cristo!'. (P. 229) 11. Mas este juramento é suficientemente considerado por aqueles que o fazem: ou algum desses prescritos, através da autoridade pública? Este ato solene da religião, o chamado de Deus para registrar em nossas almas, não é comumente tratado como uma coisa sem muita importância? Em específico, por aqueles que juram pelo Deus vivo que 'nem súplica ou recompense; nem ódio ou amizade; nem esperança ou temor, os induz a dar um testemunho a alguma pessoa indigna? (P. 88) e, por esses que juram, 'eu sei que estas pessoas irão conhecer e se ajustar nas morais e conhecimento para aquele alto grau ao qual eles foram apresentados?'. (P. 114) 12. Ainda uma coisa mais: Nós todos temos testificado, diante de Deus, 'que cada um dos Artigos de nossa Igreja, assim como o Livro de Comum Oração, e o de ordenação de bispos, sacerdotes e diáconos estão de acordo com a Palavra de Deus'. E, em assim fazendo, nós temos igualmente testificado 'que tanto o Primeiro quanto O Segundo Livro das Homilias contêm doutrina divina e salutar'. Mas, encima de que evidência, muitos de nós tem declarado isto? Nós não temos afirmado a coisa que nós não conhecemos? Se for assim, por mais verdadeiros que eles possam ser, nós seremos testemunhas falsas diante de Deus. Alguma vez, a maior parte de nós usou alguns dos meios para saber se essas coisas são assim ou não? Alguma vez, por uma hora que fosse, nós consideramos seriamente os Artigos aos quais temos afirmado? Se não, quão vergonhosamente nós nos esquivamos do objetivo dos próprios compiladores, que os compilou 'para removerem diferença de opinião, e para estabelecerem unanimidade na religião verdadeira! 13. Metade de nós tem lido o Livro de Oração Comum, e da ordenação de bispos, sacerdotes e diáconos? Se não, o que é isto que nós temos tão solenemente confirmado? Em termos claros, nós não podemos dizer. E quanto aos dois Livros de Homilias, seria bom, se a décima parte desses que os tem assinado, eu não direi quem, os tivesse estudado, antes de ter feito isto, mas, se tivesse, pelo menos, lido esses livro até este dia! Ai de mim, meus irmãos! Como podemos conciliar essas coisas, até mesmo, para honestidade comum; para clara moralidade pagã? Tão distante estão esses que fazem isto; mais ainda, e, talvez, os preserve também terem, até mesmo, a forma da santidade cristã. 14. Mas, acenando para todas essas coisas, onde está o poder? Quem são as testemunhas disto? Quem, entre nós, (que Deus testemunhe com nossos corações) conhece experimentalmente a força da santidade interior? Quem sente, em si mesmo, as obras do Espírito de Cristo, elevando sua mente para as coisas sublimes e celestes? Quem pode testemunhar, -- 'Deus limpou os pensamentos do meu coração, através da inspiração do seu Santo Espírito?'. Quem conhece aquela 'paz de Deus que ultrapassa todo

entendimento?'. Quem é ele que se 'regozija, com alegria inexprimível, e cheia de glória? Cujas 'afeições estão colocadas nas coisas do alto, e não nas coisas da terra? Cuja 'vida está oculta com Cristo em Deus?'. Quem pode dizer, 'Eu estou crucificado com Cristo; ainda que eu viva, não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e a vida que eu agora vivo no corpo, eu vivo pela fé no Filho de Deus, que amou a mim, e deu a Si mesmo por mim?'. No coração de quem está 'o amor de Deus espalhado, pelo Espírito Santo que é dado junto a mim?'. 15. A própria noção desta religião não está quase perdida? Não existe uma grossa inundação de ignorância dela? Mais do que isto, ela não é extremamente desprezada? Ela não foi completamente reduzida a nada, e pisoteada? Qualquer um que fosse testemunhar essas coisas diante de Deus, não seria considerando um louco, um fanático? Eu não sou um bárbaro por falar assim com vocês? Meus irmãos, meu coração sangra por vocês! Ó, que vocês, possam, por fim, tomar conhecimento e entenderem que essas são as palavras da verdade e sobriedade! Ó, que vocês saibam, pelo menos, neste seu dia, as coisas que trazem paz a vocês! 16. Eu tenho sido um mensageiro de informações pesadas este dia. Mas o amor de Cristo me constrange: e para mim, foi o menos grave, porque foi por amor a vocês. Eu não desejo acusar os filhos de meu povo. Portanto, nem eu falo assim nos ouvidos deles para colocá-los na parede; mas para vocês eu me esforço para falar a verdade no amor, como um Ministro fiel de Jesus Cristo. E eu posso agora 'chamar vocês para registrarem este dia, que eu estou puro do sangue de todos os homens. Porque eu não tenho me envergonhado de declara junto a vocês todos o conselho de Deus'. 17. Possa o Deus de toda a graça, que é longânime, de misericórdia terna, e os faz arrependerem-se do mal, fixar essas coisas nos seus corações, e regar a semente que ele semeou com o orvalho do céu! Possa ele corrigir o que pareça defeituoso em nós! Possa ele suprir o que seja necessário! Possa ele aperfeiçoar isto, de acordo com sua vontade; e, assim instituir, fortalecer e estabelecer-nos, para que este lugar possa ser uma cidade frutífera para seu Senhor; sim, o louvor de toda a terra! [Editado por George Lyons na Northwest Nazarene College (Nampa, ID), para a Wesley Center for Applied Theology.]

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