10 Dicas Para Usar Melhor As Plantas

  • November 2019
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10 DICAS PARA USAR MELHOR AS PLANTAS MEDICINAIS Por Dra Henriqueta Tereza do Sacramento

1-Estar informado sobre a procedência das plantas Como sabemos cada planta necessita de cuidados para produzir os seus princípios medicamentosos , chamados de ativos. Quando a planta é domesticada ela precisa de tratos culturais definidos de acordo com a espécie e o melhor é contarmos com um agrônomo ou técnico para acompanhar esta etapa. No ES ao realizarmos uma pesquisa observamos que muitas pessoas realizam extrativismo ou seja coletam as plantas na mata sem o devido controle , ocorrendo inclusive o risco de extinção , como já ocorreu com o ipê-roxo , a espinheira-santa , a aroeira , dentre outros. Devemos também nos informar sobre a qualidade das plantas que vamos utilizar. É importante saber o local onde foram cultivadas , a data de validade e se há acompanhamento de técnico qualificado. Não se deve coletar e cultivar plantas em locais poluídos , em beiras de estradas e rios poluídos , próximo a fossa e esgotos , etc. 2-Estar informado sobre o modo de coletar Caso você mesmo vá fazer a coleta evite retirar todas as folhas do mesmo galho ; jogue fora as folhas que estão contaminadas por fungos , insetos , etc. Retire as cascas em pedaços pequenos para evitar circundar todo o caule , pois poderá causar a morte da planta. 3-Saber o momento certo de colher Existe diferença de época de colheita de uma espécie para outra, porém muitos estudos ainda estão sendo realizados e concluídos. Recomenda-se que se colete as folhas em dias secos e se evite os horários que o sol está muito quente , principalmente no verão. Para as plantas aromáticas principalmente pois assim se evita a evaporação das essências aromáticas que são voláteis. 4-Saber conservar e secar as ervas Deve-se secar flores e folhas em locais ventilados , livres de sujeiras , à sombra , penduradas em varais ou em bandejas em camadas finas .Cascas , raízes devem ser lavadas com água corrente e colocadas para secar ao sol. Raízes muito grossas podem ser cortadas em rodelas. Após secas , devemos guardar picadas em pedaços , em vidros de preferência escuros , secos , tampados , à sombra , com etiqueta de data de coleta e validade , mais o nome da espécie. A validade varia de 3 a 6 meses. 5-Conhecer a parte da planta que quero utilizar É extremamente importante conhecer a parte da planta que possui atividade medicinal . Caso contrário não poderemos obter o resultado esperado. Exemplo : a camomila utilizo as flores ; o mulungu a casca ; o quebra pedra a planta inteira; etc. 6- Saber o modo de preparar

Diferentes modos podem ser utilizados par o preparo das formas caseiras. Para o preparo do chá é melhor usarmos uma vasilha de porcelana , vidro ou barro. É muito importante analisar a quantidade de erva que desejo preparar para evitar o desperdício. A medida deve sempre estar baseada em livros de pessoas qualificadas. Geralmente oriento o preparo da infusão à partir de partes de plantas secas ou verdes da seguinte forma. Para uma xícara de chá de água devo infundir 1 colher da de sopa da planta verde picada ou 01 colher de chá da planta seca . 7- Saber identificar a planta É extremamente importante a identificação de uma planta. Todas as partes da mesma serão analisadas com base em botânica e depois comparadas em literatura especializada. Aquí em Vitória diferentes espécies são conhecidas com o mesmo nome , tais como : cidreira ; hortelã ; camomila; boldo ; etc. Não comprar plantas sem a certeza de que alguém responsável as identificou . 8-Saber como usar Quando não sabemos usar uma planta ou fitoterápico devemos sempre recorrer a um profissional de saúde experiente. Precisamos estar atentos ao modo de uso seja interno seja externo , pois determinadas plantas não devem ser ingeridas , outras não podem ser tomadas por muito tempo como por exemplo o mentrasto. Ao oferecermos fitoterápicos para crianças devemos redobrar o cuidado .Crianças até um ano, são muito sensíveis e devemos dar apenas uma medida de colher das de chá do infuso 3 a 4 vezes ao dia. Muitas mães desconhecem isto e chegam a dar uma mamadeira cheia de chá , o que é incorreto. 9- Conhecer o tempo de tratamento O tempo de uso e a quantidade diária são deveras importante para o sucesso do tratamento. Determinadas doenças , tais como , diabetes , câncer , se usa preparações por muito tempo e devemos sempre acompanhar clínica e laboratorialmente o paciente. 10-Saber a toxicidade das plantas e contra-indicações Nem sempre se sabe , mas determinadas plantas produzem substâncias agressivas ao organismo humano , tais como : espirradeira , comigo ninguém pode , chapéu de napoleão , pinhão paraguaio. Para fazer uso de plantas em pacientes alérgicos e sensíveis devemos redobrar os cuidados. Determinadas plantas não são recomendáveis na gravidez tais como losna, carqueja, alecrim, arruda, canela e boldo. Outras podem causar efeitos colaterais se ingeridas , tais como : óleo de copaíba , cáscara sagrada , etc.

A ENERGIA DAS PLANTAS MEDICINAIS

Por Dr Luiz Carlos Leme

A planta medicinal foi a primeira terapia da qual o Homem ( e outros animais também ) fez uso, ainda quando seu contacto com a natureza era mais puro e saudável. As plantas, como o Homem, sofrem a influência das energias do Universo, sejam cósmicas, telúrica, gravitacionais, estáticas, eletromagnéticas e outras. Isto possibilita a elas participar, no Homem, destas mesmas energias, trazendo-as se ele tiver falta delas em sua harmonização energética. O desequilíbrio energético é que causa as doenças e isto já é estudado na medicina psicossomática. É por isto que a cura com elas é mais natural. Como cada uma delas capta e armazena energias diferentes, inclusive a do sol, transmutando esta energia em vida, através da fotossíntese, podem trazer ao Homem energias diferentes, em gênero e intensidade se ele tiver necessidade delas e estiver harmonizado com as plantas. É por isto, também, que nem toda planta é útil para todos.. É questão de empatia energética, de afinidade. Mas,, mesmo isto acontecendo, as plantas são mais naturais em relação ao homem e à natureza que os medicamentos artificialmente manipulados, e assim, são mais úteis e com menos efeitos deletérios.

ALERTA AOS AMANTES DA FITOTERAPIA Por Dra. Henriqueta Sacramento

A Fitoterapia é uma terapêutica complementar defendida por muitos adeptos e na atualidade desponta como uma das alternativas aos medicamentos sintéticos convencionais. Pode ser entendida como fitoterapia popular, ou seja, aquela das formulações caseiras que nossa mães e avós preparam, quais sejam o xarope ou lambedor, a cocada, o chá caseiro. Ao ser indicada para uma pessoa doente, transformada em uma apresentação, tais como tintura envasada em algum recipiente e vendida passa a ser um medicamento sob a responsabilidade de alguém. Nós estamos há mais de dez anos trabalhando para que os cientistas brasileiros juntamente com os profissionais da área das políticas públicas de saúde estejam unidos na inclusão da mesma no cenário terapêutico nacional, de geração de divisas para o nosso país e de capacidade de produção de fitofármacos de qualidade, assim como países da Europa, ficamos estarrecidos com o que encontramos no nosso meio. Crescem o número pessoas leigas que jamais sentaram num banco de faculdade e que não possuem sequer segundo grau e que, aproveitando-se do crescente mercado, vêm vendendo produtos preparados sem o mínimo de condições éticas e profissionais para uma população cada vez mais ávida em consumir. Após analisar diversas situações preocupantes, faço este alerta nesta coluna. • •

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Se somos portadores de uma doença, devemos, em primeiro lugar, procurar um médico qualificado e, conseqüentemente, nos tratarmos com medicamentos prescritos por ele. Caso o medicamento prescrito seja um fitoterápico, este deverá ser elaborado por um farmacêutico responsável, que, inclusive, conste seu nome e número de CRF no rótulo do produto ou, se adquirido de um Laboratório confiável, que este possua registro na ANVISAAgência nacional de Vigilância Sanitária. Os frascos de medicamentos fitoterápicos devem conter os dados do produto em questão, tais como: nome das plantas contidas em latim, nome popular e concentrações, respectivamente. Ex: Melissa officinalis –cidreira verdadeira; tintura – 20% . Caso seja uma associação de plantas, esta deverá ser clara na sua formulação e deve-se evitar as que contenham a mistura de mais de três plantas.



Evite a automedicação de qualquer medicamento, seja fitoterápico ou não, inclusive se for gestante, lactante ou recém nascido.

Planta medicinal é medicamento e portanto, devemos ter todo o cuidado !!

ALHO, PRA QUÊ SERVE? Por Dra Henriqueta Sacramento

Allium sativum L. FAMÍLIA: ALLIÁCEAS BOTÂNICA: Erva anual perene, caracterizada por crescer formando bulbos ("cabeças") de 20 dentes a mais.É originário da Ásia Central e atualmente se encontra distribuído em todo o mundo. PARTE UTILIZADA : Bulbos. HISTÓRICO Planta utilizada desde 3000 A.C. para combater parasitoses e prevenir epidemias. Na Grécia, o historiador Heródoto menciona o uso de alho para prevenir tifo e cólera. Já no século XX, os médicos na I Guerra Mundial, utilizavam extratos de alho para evitar infecções e gangrenas nas feridas dos soldados. Na década de 60, os japoneses demonstraram a comunidade científica a ação anti-tumoral em ratos.Em 70 e 80 aumenta consideravelmente os estudos, e o Inst. de Câncer dos USA, recomenda-o na dieta como método preventivo do câncer. AÇÃO TERAPÊUTICA HIPOLIPEMIANTE É efetivo no controle sangüíneo do colesterol e das lipoproteínas de baixa densidade. Reduz em até 12% o LDL. AÇÃO ANTITUMORAL E IMUNOMODULADORA O Instituto Nacional do Câncer dos EUA , em estudos experimentais, com 1695 pessoas, concluiu que a incidência de câncer de estômago era menor nas pessoas que ingeriam mais alho e cebola na dieta/diária. Reduz a fadiga e anorexia depois da adm. de radio - quimioterápicos. Um estudo piloto de 10 semanas com 10 pacientes que receberam o extrato de alho se observou um aumento da atividade das células NK, bem como para várias patologias associadas tais como: herpes genital, diarréia, candidíase e pansinusite recorrente com febre. AÇÃO ANTIIFECCIOSA E ANTIVIRAL Inibe o crescimento de Cândida albicans. Efetivo contra o vírus da Influenza B, Herpes simples tipo I. Portanto, o alho possui as seguintes vantagens : - Se pode administrar durante mais tempo sem temer os efeitos colaterais. - Seu emprego não leva a resistência. - Não afeta a flora intestinal. - Possui atividade antiviral (algo que os antibióticos não possuem). EFEITOS ADVERSOS E / OU TÓXICOS O alho cru não é bem tolerado já que pode provocar anemia, mal estar gástrico e reações alérgicas tipo asmática ou dermatite de contato. Diferentes testes de toxicidade aguda, subaguda e crônica, mutagenicidade e evolução clínica

sintomatológica demonstraram segurança na tomada de extratos de alho. Evitar altas doses devido a uterocontrabilidade (in vitro). INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Podem interagir com os tratamentos anticoagulantes, hipotensores e hipoglicemiantes.

AS PLANTAS QUE ACABAM COM SUA INSÔNIA Dra Henriqueta Sacramento

Cerca de 45 milhões de brasileiros sofrem de insônia. São os adultos, principalmente mulheres, na faixa etária entre os 40 e 60 anos. Portanto o sexo feminino é mais atingido (cerca de 60%). Como que os fitoterápicos podem contribuir? Melissa officinalis-cidreira verdadeira. Planta muito aromática, que pode ser utilizada sob a forma de chá em infusão ou tintura. Muito conhecida no sul do Brasil. Aqui em Vitória a população utiliza mais o capim cidreira e a erva cidreira no uso caseiro. Passiflora edulis - Maracujá: Várias espécies são conhecidas como calmantes. A parte mais indicada é a folha. Valeriana officinalis - Valeriana. Erva importada da Europa. Encontramos sob a forma de tintura e extrato seco nas farmácias. E. mulungu - mulungu. Planta brasileira, se prepara o chá com a casca do caule triturada. Piper methysticum - kava-kava. .Tem custo mais elevado, pois é importada e se encontra na forma do extrato seco. Para quem gosta de tomar o chá o preparo é: Despejar 1 xícara de água fervente sobre uma colher de sopa de erva fresca picada ou 1/2 colher de sopa de ervas secas. Tomar duas vezes ao dia, sobretudo 1 hora antes de deitar-se para dormir. Dicas para dormir melhor: • • • • • • • •

Evitar atividades muito estimulantes, como ver TV. Melhor ouvir uma música suave. Fazer exercícios físicos diariamente, porém evitar faze-los depois das 21 horas, pois a adrenalina liberada na corrente sanguínea pode afastar o sono. O quarto de dormir deve estar escuro. Evitar refeições mais peadas à noite, pois a digestão para durante a noite. Evitar tomar café, chocolate, refrigerantes à base de cola, guaraná em pó ou ginseng, a partir às 18 horas, pois são excitantes. Bebidas alcoólicas fazem com o corpo relaxe, mas pode fazer com que o sono se interrompa facilmente. Evitar fumar cigarro, principalmente à noite e procurar não dormir durante o dia, pois as madornas de dia podem atrapalhar o sono à noite. Tomar banho morno antes de dormir e retirar todos os odores fortes, como perfume ou odor de cigarro.

AS PLANTAS QUE PREVINEM O ENVELHECIMENTO DO CORPO Por Dr Luiz Carlos Leme

PLANTAS ANTIOXIDANTES Há mais de três milhões de anos um acaso evolutivo do seu metabolismo fez as algas verde azuis começarem a liberar oxigênio, que subira da superfície das águas e se acumulou na mais alta atmosfera em forma de 0 3. Isto formou uma camada protetora aos raios ultravioletas do Sol, propiciando que os seres do mundo subaquático, onde a incidência desta energia letal era pequena, conquistassem a superfície da Terra. Este gás oxigênio, em todas as suas formas, tornou possível a expansão da vida no planeta porque permitiu, além da proteção às radiações, uma grandiosa eficiência metabólica com produção maior e mais rápida de energia que a fotossíntese. Este gás que se tornou, extremamente necessário à vida é bastante tóxico e os organismos tiveram que sofrer uma grande adaptação bioquímica para conviver com ele. Hoje, a sua taxa na atmosfera é estável em torno de 21 % e se o índice fosse maior de 25 % haveria no planeta enormes incêndios, porque ele é altamente inflamável. Se, outrossim, abaixar de 15% o fluxo deste gás na cadeia energética das atuais mitocôndrias não se daria de modo satisfatório. Para manter este quantum nesta faixa, as plantas contribuem com a sua ainda fotossíntese e os demais organismos se adaptaram para destruir o excesso de oxigênio que a própria cadeia produz como radicais livres. Altamente reativos, estes destróem outros elementos com o objetivo de adquirir elétrons para se neutralizarem (embora a grande maioria destas reações ocorram com o oxigênio, não é exclusivo dele), reduzindo-se então, e oxidando os elementos que são forçados a ceder os elétrons faltantes. Daí serem oxidantes. Os elementos oxidados necessitam, por sua vez, de elétrons e a cadeia caminha desordenando células, tecidos, órgãos, sistemas que são obrigados a, sem poderem, ceder seus elétrons. Assim, os seres que sobrevivem às custas deste mecanismo perigoso se não controlado, adaptaram-se e contam com mecanismos antioxidantes para coibir isto, antes que este oxigênio, em suas formas reativas destrua o próprio organismo. A poluição, a fumaça, o cigarro, o estresse, o corte indiscriminado de vegetais estão a fazer com que o sistema entre em falência por não mais os organismos conseguirem sozinhos, inibir esta oxidação, através das substâncias que produzem, como as enzimas dismutase superóxida, peroxidase glutationa e catalase. Assim os organismos precisam de auxílio externo, proporcionado pelas vitaminas, principalmente as A, C e E, os flavonóides, os carotenos (e carotenóides = xantofilas) e pelos minerais como o selênio e o germânio, por exemplo. Estes elementos que o organismo não tem em sua dispensa, ou os tem pouquíssimo, devem ser obtidos via alimentação, como preceituam a medicina naturalista, a trofoterapia, a medicina ortomolecular e a fitoterapia, já que as plantas são as grandes fontes destas substâncias. Trabalhando com as vitaminas e minerais citados como exemplo, temos que: VITAMINA A, um grupo de compostos lipossolúveis e portanto acumuláveis nos corpos, pode ser disponível ao organismo sob a forma de retinóides, provenientes de alimentos de origem animal e de carotenóides, de origem vegetal, que na verdade é um percursor da vitamina A, só se transformando nela conforme a necessidade orgânica. Por esta propriedade os carotenóides não são tóxicos, como a vitamina já formada, retinóides, de origem animal e que são cumuláveis. É essencial para a função sensível da retina, para o crescimento e para a manutenção dos epitélios. Também aumenta o poder do sistema imunológico e é grande antioxidante por absorver a energia da espécie ativa do oxigênio chamada singlet, talvez a mais ávida por elétrãos. Ajuda a recompor a

vitamina C desgastada em alguns processos metabólicos, ela também grande antioxidante. Pode ser conseguida, por meio de pró-vitamina A nas plantas alfafa (Medicago sativa L), Alcachofra (Cynara scolymus L), abacateiro (Persea gratissima Gaertn), urucum (Bixa orellana L,B. arborea Hubr), trigo(gérmen) (Triticum sativum Lank) Spirulina maxima, urtigas (U. dioica L ou U. urens e U. pilulifera). O abacateiro, o alho (Allium sativum L), o sabugueiro (Sambucus nigra L), a malva (M. sylvestris L), a fáfia (Pfaffia sp), as urtigas, o dente-de-leão (Taraxacum off. Weber), a videira (Vitis vinifera), o albicoco (Prunus armeniaca L)) e as algas Macrocystis pyrifera tem vitamina A. VITAMINA C - Também conhecida como ácido ascórbico é indispensável à manutensão das cartilagens, dentes, veias, artérias e capilares. Atua beneficamente nas glândulas e na pele, pigmentando-a; auxilia o fígado na formação do glicogênio, colabora na absorção dos hidratos de carbono, e trabalha o sistema respiratório, principalmente aí, e como antiinflamatória atuando como grande antioxidante. Acha-se presente nas medicinas alfafa (Medicago sativa L), rosas (norueguesa é melhor, mas também na mosqueta=off. rubiginosa, syn. canina L), mirtilo (Vaccinium myrtillus), agrimônia (A. eupatoria), urucum (Bixa orellana L=B. arborea Hubr) cavalinha (Equisetum arvense L), alecrim (Rosmarinus off.), babosa (Aloe vera L,Aloe vulgar Lank,Aloé barbadensis Miller), bétula (B. alba), mastruço (Tropaeolumm majus L), dente-de-leão (Taraxacum off. Weber), borragem (Borago officinalis L) tem 0,04%, camomilas (Matricaria chamomilla L é um bom exemplo), fáfia (Pfaffia sp), ulmária (Spiraea u. L. Filipendula u.(L)M), castanha-da-índia (Aesculus hippocastannus L) e do Pará (Bertholletia excelsa Humb. et Bonpi), hibiscus (H. sabdariffa D. C.), hipérico/hipericão (Hypericum perfloratum L), losnas (v.g. artemisia absinthium L), quebra-pedra (Phyllantus niruri L= 0,4%), crataegus (C.oxyacantha), dróseras (D. rotudifolia,intermedia e longifolia), malva (M. sylvestris L), hortelã-pimenta (Mentha piperita L), cavalinha (Equisetum arvense L), sabugueiro (Sambucus nigra L), ginseng coreano (Panax gingeng C. A. Meyer), celidônia (Chelidonium majuspequena quantidade), urtigas (U. dioica L ou U. urens e U. pilulifera), tanchagem (Plantago maior L), videira (Vitis vinifera), Tília (T. cordata Mill), algas Macrocystis pyrifera e muitas ervas usadas como alimentos. VITAMINA E - também conhecida como (alfa)tocoferol tem como principal ação regularizar a reprodução, combatendo esterilidades e evitando abortos, além de normalizar gestações. Exerce, junto com a vitamina A, importante ação anti oxidante ao inibir a peroxidação lipídica. Age na cicatrização e se peroxida quando é antioxidante. Atua bem nos processos inflamatórios. Regenera-se em presença de vitaminas C, B2 e A. Entre muitas outras ações retarda o envelhecimento por nos proteger da poluição do ar. Alfafa (Medicago sativa L), abacateiro (Persea americana Mill, syn Laurus persea L=Persea gratissima de Gaertn), fáfia (Pfaffia sp), trigo (Triticum sativum Lank), castanha-do-pará (Bertholletia excelsa Humb. et Bonpi), algas Macrocystis pyrifera, o alimentício agrião (Nasturtium off), as castanha-do-pará e de caju, nozes e pistache são recursos a serem usados em sua falta. GERMÂNIO - Abundante na natureza, parece nos ser útil apenas através pela sugestão de estudos há pouco realizados ( de Kazuhito Asai e outros mais recentes) que indicam o seu componente orgânico Ge-132, como estimulante da imunidade e da destruição de radicais livres do oxigênio. Russos o estudam como antitumorais. Fucus vesiculosus, Fucus crispus, ginseng coreano (Panax gingeng), babosa (Aloe vera L) e alho (Allium sativum L) são plantas medicinais que o fornecem. SELÊNIO - observou-se que pessoas que o possuem em menor quantidade (Gérard Schrauzer, Patric Holford). As substituições de células envelhecidas por novas, processo que ocorre com freqüência em nosso organismo, depende de Ác. Desoxirribonucleico e Ribonucleico e podem ser retardadas por oxidações em excesso. O selênio, antioxidante que reduz a oxidação de pontes sulfídricas das proteinas e na desnaturação do colágeno, trabalha aí. É tido como notável protetor do coração. Há evidências de bom uso na Síndroma da Imunodeficiência Adquirida (o Selênio é um elemento chave no sistema imunológico). Alho (Allium sativum L), cebola (Allium sepa), cogumelo (champions e outros), levedura de cerveja

(Saccharomyces cerevisiae), castanha-do-pará, alguns cereais integrais, são as principais fontes fitoterápicas. Além das plantas antioxidantes citadas por possuir as vitaminas e minerais acima, há muitas que agem como tal por possuir enzimas, flavonóides ou outras substâncias não interessantes ao nosso trabalho de agora. De exemplo citamos o arroz integral que tem radical anti hidroxila e antiradical superóxido; o boldo e o açafrão que bloqueiam a peroxidação lipídica.

CALÊNDULA E ALECRIM Por Dr Luiz Carlos Leme

CALÊNDULA (Calendula officinalis - Lineo) : de calends, primeiro dia da mês. Planta das compostas, dourada, de origem européia e bem aclimatada no Brasil, além de outros nomes é conhecida como mal-me-quer, maravilha, margarida-dourada e verrucária. Floresce o ano todo e é utilizada em cosmética e medicina. Seu cultivo é por sementes depositadas profundamente no local definitivo, principalmente em região litorânea. Deve ser plantada na primavera ou verão, pois gosta de bastante sol. Aprecia solos férteis, frescos e permeáveis. Ações terapêuticas: vulnerária, resolutiva, tônica, antispasmódica, anti-séptica, emenagoga, analgésica, diaforética, cicatrizante (em uso externo), adstringente, antiparasitária, calmante, lenitiva, refrescante, antialérgica, colalagoga, bactericida e antifúngica. Constituintes – saponinas, cálcio, silício, carotenóides, flavonóides, ácido oleanóico, mono, di e triterpenos, corantes, princípios amargos, resina. Usos = flores, e em bem menos casos as folhas. Flores e folhas - uso externo: soca-se as partes até se conseguir uma pasta. Esta é colocada entre dois panos limpos ou diretamente nas feridas ou picada de insetos. Alivia assim o calor da inflamação (é diafóretica) e age como anti-séptico, evitando infecção. uso interno: faz-se chás (por infusão, ou decocção principalmente quando trata-se de folhas). Toma-se uma xícara, três a quatro vezes ao dia, para estimular a menstruação (é emenagoga), como calmante ou analgésico. Flores Uso interno: Como chás (infuso). É estimulante da circulação geral, antiespasmódica e analgésica. Pode ser usado com a consolda-maior, outro bom clamante. Folhas Uso interno : Chá- infuso ou decocto. Alia dores articulares e é calmante. Uso externo: Faz –se suco de folhas fresca e aplica-se em calos , verrugas ou pólipos.

ALECRIM =Rosmarinus officinalis L – conhecida desde os gregos e romanos. Planta européia, usada desde o século XVI em incensários para purificar o ambiente e na cosmética. Era símbolo dos namorados já que acreditavam que ela desenvolvia a memória.

Cultivo - através de sementes, em solo seco e ensolarado, a uma distância de cinqüenta centímetros uma cova da outra. É um arbusto aromático bastante cultivado nos jardins. Ações terapêuticas – hipertensora, estomáquica, anti-séptica, emenagoga, antiespasmódica, narcótica fraca, diurética, colagoga, colerética, antidepressiva, tônica, antigripal, anticoquelúchica, antiasmática, béquica, e carminativa. Usada nas cefaléias, reumatismo e úlceras, quando externamente. Constituintes – Tem bastante tanino e óleos essenciais (os principais são borneal, cineol, e cânfora) o que o coloca em uso na culinária, na perfumaria e como medicamento. Usos - Folhas e sumidades floridas. Uso interno: como vinho (para diurese e como tônico) – colocar trinta gramos de folhas frescas em um litro de vinho e deixar macerar por vinte e quatro horas. Filtrar e beber três vezes ao dia, preferencialmente após as refeições. Pode-se adicionar mel e vinte gramos de folhas de sálvia nesta última indicação e ai deixa-se em banho-maria por vinte minutos. Como infuso, usa - se quinze gramos de folha (ou flores) para cada litro de água e toma-se três xícaras ao dia: para as outras indicações que não as pulmonares. Usa - se em decocção quando se quer efeito digestivo – Vinte gramos de folhas secas para cada cinco gramos de folhas secas em meio litro de água por um minuto. Beber após as refeições. Uso externo: como compressas, para reumatismo ou abscessos. Ferve-se um ramo de alecrim em meio litro de água. Filtra-se morno e usa - se. Para os problemas pulmonares costuma-se colocar alecrim em chapa quente e aspirar-se a fumaça. Hoje é encontrada em cápsulas ou pó nas drogarias, o que facilita muito o emprego.

CONEÇA O KIT DE PLANTAS PARA AS FÉRIAS Por Dra. Henriqueta Sacramento

O verão está chegando e com ele, alguns cuidados devemos ter com nossa saúde! Quando viajamos de férias normalmente pensamos em levar na bagagem alguns medicamentos essenciais. Para os que apreciam a medicina natural elaborei este texto visando proporcionar-lhes algum auxílio.Todos os medicamentos listados neste Kit poderão ser adquiridos em farmácias homeopáticas. 1- Para quadros de dores de cabeça recomendo a tintura de Achillea millefolium (mil folhas) ou Tanacetum parthemium (tanaceto). 2- Para as gripes e resfriados bem como a prevenção de complicações é prudente o uso de extrato seco de alho (Allium sativum) e Echinacea spp. 3- O bochecho com extrato de romã , mirra e hortelã , são excelentes na prevenção de inflamações de garganta e faringe. 4- Nos casos de dispepsia , cólicas digestivas e gases intestinais , recomendo o Peumus boldus (boldo chileno) , a carqueja e o manjericão , sob a forma de chá ou tintura. 5- A calêndula em creme ou gel é excelente para os processos de erupção cutânea, picada de inseto e inflamações da pele de um modo geral. 6- Para as queimaduras pós-sol recomendo também gel de Calendula e Aloe vera.

7- Nas contusões e entorses nada como o gel de Arnica montana , apenas para uso externo! 8- Se houver necessidade de relaxar ou nos casos de insônia , pode ser utilizado a tintura de Melissa off.+ Valeriana off. 9- Para prevenção de micoses de praia e outros processos infecciosos, é bom o uso de sabonete à base de Calendula + Melaleuca alternifólia. 10- Procure comer e beber com moderação e aproveitar o máximo o que a natureza pode oferecerlhe.

KAVA- KAVA Por Dr Luiz Carlos Leme

KAVA-KAVA (Piper methysticum) – uma pimenteira oriunda da Polinésia. Usada em rituais aborígenes há mais de três mil anos, foi incentivado seu emprego pelo colonizador branco porque seus efeitos sedativos tornavam os nativos menos resistentes à presença dos ingleses. Seu cultivo é possível através de mudas tiradas de galhos já que é planta assexuada. Cresce, porém, espontaneamente nos solos vulcânicos da Oceania, principalmente em Fiji, Samoa e Tonga e em cada ilha toma nome diferente: gi, awa, yagona, sempre com sentido de amargo. Usava-se mascar os rizomas que eram cuspindo-se em um recipiente. Ações terapêuticas: Tranqüilizante, ansiolítica, relaxante, sedativa, combate a cefaléia, melhora a concentração, sonífera, antidepressiva, analgésica, espasmolítica, levemente antiinflamatória, anticonvulsivante, antioxidante, auxilia o metabolismo do GABA, miorrelaxante, levemente diurética, e, principalmente antiestressante. Atuação: age no sistema límbico, principalmente através do núcleo amidaglino e do “formatio reticularis”. Atenua os reflexos monossinápticos causando relaxamento muscular e motor sem interferir na respiração; atenuam o centro das emoções, seda sem ter efeito hipnótico. Dá uma grande sensação de bem-estar. Constituintes – o princípio ativo são as mais de doze kavapironas/kavalactonas, encontradas, das quais as principais : cavaína, pirrolidina, esterina, dihidrocavaína, methyscina, diidromethyscina, yangonina, são facilmente nos compostos lipofílicos dos extratos. Usos - o Rizoma e a raiz que depois de secos perdem 80 % de peso. As folhas também tem kavalactona mas são pouco usadas, pois as propriedades dos seus extratos são bem menores. Às vezes o caule também é usado, principalmente nas plantas velhas, já que quanto mais idosas mais kavalactonas apresentam. Hoje, com eficiência respaldada cientificamente nos laboratórios americanos é geralmente oferecida em cápsula na dose usual entre 200 a 600 mg/dia e os principais nomes comerciais existentes no Brasil são Kavapirone, Laitan, Kava-Kava, Eucavan, Deprikav e Kawa-Kawa (+Hypericum), Margion (+Tanacetum parthenium) e Óleo de kava (única apresentação não capsulada : oleosa ) que são alternativas naturais e seguras na redução do estresse.

PLANTA MEDICINAL: MIL FOLHAS

Por Dr Cóvis Vervloet

Nome Científico: Achillea millefolium Linnaeus Sinonímia : Aquileá, Aquiléia, Alevante, Erva dos carpinteiros, Milefólio, Mil em ramas, Pronto alívio...

DESCRIÇÃO Família: ASTERACEAE (COMPOSITAE) Herbácea vivaz com caule subterrâneo- rizomas - delgado e fibroso. Os caules aéreos alcançam até 60 ou 80cm de altura ; Folhas: discretas partidas em segmentos muitos estreitos que voltam a se dividir, dando ao conjunto um aspecto arrepiado; Flores: inflorescência do tipo corimbo, com flores brancas ou rosáceas. Floresce de outubro a março; CLIMA: Tolera climas secos;Exige luz e calor para a produção de Óleos Essenciais; Não tolera umidade elevada (que também reduz o teor de óleos essenciais). SOLO: Bem drenado a seco; pH de 6,0 a 6,3 (sugere-se calagem); ADUBAÇÃO: 3,0 kg/m2 de Composto Orgânico anualmente (2 x ano quando em vasos e jardineiras) PROPAGAÇÃO Divisão de rizomas ou Divisão de touceiras , que devem ter de 15 a 30 cm. Plantio a cerca de 3 cm de profundidade; Mudas formadas em maio/ junho e transplantadas para o campo em julho; Sementes; Estacas de raiz. CULTIVO: Época: PRIMAVERA (set/out/nov), Espassamento: 0,70 x 0,50m; DOENÇAS: Fungicas que necrosam as folhas próximas ao solo (ficam enegrecidas) até matarem toda a planta; COLHEITA: Início: 4O meses; Época: floração plena outubro/março; Parte: sumidades floridas com as folhas (rente ao solo) ; Até duas colheitas por ano. Deve ser colhida na a floração para aproveitamento da essência das flores; SECAGEM: Deve ser a sombra em locais arejados, revirando-se o material periodicamente; Secador temperatura máxima 35ºC

CONSTITUINTES CONHECIDOS: Óleo essencial (camazuleno, pineno, cineol, cariofileno, borneol), flavonas, lactonas sesquiterpênicas (achillicina), tanino, resina amarga (aquileína), mucilagem, apigenina, inulina, leteolina (corante amarelo) asparagina (diurético), potássio e outros minerais AÇÃO E UTILIZAÇÃO: Antisséptica, adstringente, hemostática e cicatrizante (presença de taninos), antiinflamatória (pela presença de azulenos- Leung,1980), antiespasmódica (pelos seus heterosídeos Fernandez,1982), estomacal e carminativa. Internamente é indicada por sua propriedade antiinflamatória, principalmente associada a processos biliares, gástricos e intestinais. Externamente é usada em produtos para pele oleosa e acneica. OBSERVAÇÕES Teor de O.E. : - caules: 0,18ml/100g de planta seca; folhas: 0,41ml/100g da planta seca; flores: 1,67 ml/100g da planta seca; PRECAUÇÕES Em altas doses pode provocar vertigens e dores de cabeça.

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