03-ix-2009

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L'OSSERVATORE ROMANO EDIÇÃO SEMANAL Unicuique suum Ano XL, número 36 (2.072), sábado 5 de Setembro de 2009

EM PORTUGUÊS Non praevalebunt

Cidade do Vaticano

Preço ; 1,00. Número atrasado ; 2,00

O Papa recorda a tragédia do segundo conflito mundial

A propósito da festa do Perdão

O absurdo da guerra

Quando se ignora a história

No final da audiência geral de quarta-feira 2 de Setembro, que publicamos na página 12, o Santo Padre recordou o 70º aniversário do início do segundo conflito mundial, ressaltando que «a Europa e o mundo de hoje precisam de um espírito de comunhão».

LUCETTA SCARAFFIA «Na Igreja antiga, a penitência era algo sério. Dizia respeito a pecados como o homicídio, a apostasia e o adultério, e era administrada de forma pública». Assim começa um artigo de Vito Mancuso em «la Repubblica» que se pode definir, já à primeira vista, particularmente carente no plano histórico: precisamente aquele tipo de saber do qual o teólogo se serve para atacar o cardeal secretário de Estado para um encontro que se deveria ter realizado numa ocasião institucional bem definida. Mancuso deveria saber que também na Igreja de hoje a penitência é algo sério, a ponto de não dever ser confundida com polémicas contingentes, como aquelas às quais os jornais estão habituados. Por isso, a Igreja nos Abruzos celebra todos os anos a festa da Perdonan-

Saúdo cordialmente os peregrinos polacos. Ontem recordámos o 70º aniversário do início da Segunda Guerra Mundial. Na memória dos povos permanecem as tragédias humanas e o absurdo da guerra. Peçamos a€Deus€que€o€espírito€do perdão, da paz e da reconciliação permeie os corações dos homens. A Europa e o mundo de hoje precisam de um espírito de comunhão. Edifiquemola sobre Cristo e o seu Evangelho, sobre o fundamento da caridade e da€verdade.€A vós aqui presentes e a todos aqueles que contribuem para criar um clima de paz, concedo de coração a minha bênção.

za (Perdão), ou seja, o dom do perdão que Celestino V tinha concedido ao povo da sua região, quer por caridade espiritual quer para o ajudar do ponto de vista económico: com efeito, a ocasião da festa do Perdão – como de resto também a festa do Perdão que se celebrava no dia 2 de Agosto em Assis – atraía peregrinos e penitentes para lugares normalmente pouco frequentados pelos viajantes. Porque também Celestino, em quem os contemporâneos viram encarnado o papa angelicus, sabia que além das ajudas espirituais CONTINUA NA PÁGINA 8

O Cardeal Bertone celebrou em L'Aquila a festa do Perdão

Solidariedade material e espiritual mais solícita PÁGINA 8

No Angelus, o Papa sublinha o vínculo entre matrimónio e virgindade

É possível ser esposos e santos Quando os pais se dedicam à educação dos filhos, «guiando-os e orientando-os para a descoberta do desígnio de amor de Deus», preparam o terreno para o nascimento de vocações sacerdotais e religiosas, ressaltou Bento XVI durante o Angelus de domingo 30 de Agosto, recitado no pátio interno do Palácio Pontifício de Castel Gandolfo na presença de numerosos fiéis e peregrinos de vários países.

Entrevista ao Secretário de Estado

O projecto de Igreja e de€sociedade€de€Bento€XVI PÁGINAS 6-7

Novo Secretário-Geral do Conselho ecuménico das Igrejas

É o luterano norueguês Olav Fykse Tveit

Queridos irmãos e irmãs Há três dias, a 27 de Agosto, celebrámos a memória litúrgica de Santa Mónica, mãe de Santo Agostinho, considerada modelo e padroeira das mães cristãs. Muitas notícias sobre ela nos são oferecidas pelo filho, no livro autobiográfico As confissões, obra-prima entre as mais lidas de todos os tempos. Aqui aprendemos que Santo Agostinho bebeu o nome de Jesus com o leite materno e foi educado pela mãe na religião cristã, cujos princípios lhe permanecerão impressos inclusive nos anos de afastamento espiritual e moral. Mónica nunca deixou de rezar por ele e pela sua conversão, e recebeu a consolação de o ver voltar à fé e receber o

Palavras do Papa no final da projecção do filme sobre Santo Agostinho

Não é o homem que encontra a verdade é a verdade que encontra o homem PÁGINA 3

baptismo. Deus ouviu as preces desta santa mãe, à qual o Bispo de Tagaste dissera: «É impossível que se perca um filho de tantas lágrimas». Na verdade, Santo Agostinho não só se converteu, mas decidiu abaraçar a vida monástica e, regressando para a África, ele mesmo fundou uma comunidade de monges. Comovedores e edificantes são os últimos diálogos espirituais entre ele e a mãe, no sossego de uma casa de Óstia, à espera de partir para a África. Para este seu filho, Santa Mónica já se tornara «mais que mãe, a nascente do seu cristianismo». Durante anos, o seu

único desejo tinha sido a conversão de Agostinho, que agora via orientado até para uma vida de consagração ao serviço de Deus. Portanto podia morrer feliz, e efectivamente faleceu no dia 27 de Agosto de 387, com 56 anos, depois de ter pedido aos filhos que não se preocupassem com a sua sepultura, mas que a recordassem onde quer que se encontrassem, diante do altar do Senhor. Santo Agostinho repetia que a sua€mãe€o€tinha€«gerado€duas vezes». A história do cristianismo está cons-

A comissão central do Conselho ecuménico das Igrejas (CEI), reunida em Genebra a 27 de Agosto nomeou novo Secretário-Geral o luterano norueguês Olav Fykse Tveit, o qual sucederá ao pastor metodista Samuel Kobia a partir de 2010. Nas suas primeiras declarações feitas após a eleição, o pastor luterano rassaltou a necessidade de intensificar a colaboração do CEI com a Igreja católica.

CONTINUA NA PÁGINA 3

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