Protocolo de Ventilação Não Invasiva
Fabrícia Hoff Fisioterapeuta CTI / HMD
Ventilação Não Invasiva Pressurização das vias aéreas sem a necessidade de via aérea artificial Risco do procedimento Necessidade de sedação Risco de Pneumonia Associada à VMI
Fatores Críticos de Sucesso Indicação
Avaliação da adequação
Contra-indicação
Interface Monitoração
Máscara Ventilador Modo ventilatório Equipe treinada Médico Fisioterapeuta Enfermagem
Máscaras nasais
X
Máscaras faciais
Risco aspiração
Permite respiração oral
Facilita expectoração
Início do tratamento da IRpA
Permite fala e alimentação
Claustrofobia
Conforto
Espaço morto
Resistência das narinas ao fluxo de ar
Hess D. Respir Care 2004; 49(7): 810
Ventiladores
Modos Ventilatórios Mais utilizados Pressão Positiva Contínua na Via Aérea (CPAP) Pressão Positiva na Via Aérea em 2 Níveis (BiPAP) Pressão Suporte (PSV) Ventilação Proporcional Assistida (PAV)
Reinalação de CO2 Ventiladores com circuito único
Orifício de exalação na própria máscara
Válvula exalatória Reinalação CO2
Reinalação CO2
Ferguson GT et al. Am J Respir Crit Care Med 1995; 151(4): 1126 Schettino GP et al. Crit Care Med 2003; 31(8): 2178
Exacerbação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
BiPAP PS + PEEP Ventilação alveolar Trabalho ventilatório
Modos utilizados na maioria dos estudos
Exacerbação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Intubação Complicações Mortalidade Permanência hospitalar
Lightowler JV et al. BMJ 2003; 326 (7382): 185 Keenan SP et al. Ann Intern Med 2003; 138: 861 Ram FS et al. Cochrane Database Syst Rev 2004; 3: CD004104
Exacerbação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Tratamento de primeira escolha para pacientes com exacerbação grave da DPOC (pH arterial < 7,35 com PaCO2 > 45mmHg)
Deve estar disponível nos hospitais que atendam pacientes com exacerbação da DPOC
Grau de recomendação: A
Edema Agudo Pulmonar Cardiogênico
CPAP
CRF Trabalho ventilatório Pré e Pós carga Melhora função do VE
Edema Agudo Pulmonar Cardiogênico
Intubação Mortalidade
Pang D et al. Chest 1998; 114(4): 1185
Edema Agudo Pulmonar Cardiogênico
CPAP é seguro e diminui a necessidade de intubação, devendo ser aplicado precocemente e em conjunto com a terapia medicamentosa convencional
Grau de recomendação: A
Edema Agudo Pulmonar Cardiogênico Pacientes com hipercapnia associada à hipoxemia parecem ser os que mais se beneficiam do uso de VNI com PS + PEEP O uso de PE 10cmH2O parece ser o ponto chave para o benefício, tanto com CPAP como com PS + PEEP
Grau de recomendação: B
Insuficiência Respiratória Hipoxêmica
Intubação Tempo internação na UTI Mortalidade na UTI
Keenan SP et al. Crit Care Med 2004; 32(12): 2516
Insuficiência Respiratória Hipoxêmica
A VNI pode ser benéfica porém seu uso deve ser cauteloso
Grau de recomendação: B
Imunossuprimidos O uso da VNI parece ser útil para diminuir a mortalidade em subgrupos específicos de pacientes com insuficiência respiratória hipoxêmica, como pacientes imunossuprimidos Pós transplante de órgãos sólidos SIDA Neutropênico febril
Grau de recomendação: B
Pneumonia
Intubação Tempo de permanência na UTI Mesma mortalidade hospitalar Pacientes com DPOC randomizados para VNI maior sobrevida aos dois meses
Confalonieri M et al. Am J Respir Crit Care Med 1999; 160(5): 1585
Lesão Pulmonar Aguda Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo LPA / SDRA
Pouco estudada Alto índice de falha e mortalidade
Rocker GM et al. Chest 1999; 115(1): 173 Ferrer M et al. Am J Respir Crit Care Med 2003; 168(12): 1438
Asma
VNI pode ser utilizada em conjunto com o tratamento medicamentoso convencional para o cuidado de pacientes selecionados com exacerbação aguda e grave da asma
Grau de recomendação: B
Pós-Extubação VNI para prevenir falência na extubação Reintubação Mortalidade na UTI Ferrer M et al. Am J Respir Crit Care Med 2006; 173(2): 164 Nava S et al. Crit Care Med 2005; 33: 2465
VNI como método de resgate Mortalidade na UTI Vitacca M et al. Am J Respir Crit Care Med 2001; 164(4): 638 Esteban A et al. N Engl J Med 2004; 350(24): 2452
Pós-Extubação
VNI não deve ser utilizada como método de resgate após a extubação, pois pode retardar a reintubação e aumentar a mortalidade
Grau de recomendação: A
Desmame Duração da VMI Taxa de pneumonia e choque séptico Sobrevida na UTI Permanência na UTI e hospitalar Nava S et al. Ann Intern Med 1998; 128(9): 721 Ferrer M et al. Am J Respir Crit Care Med 2003; 168(1): 70
Sem diferenças significativas entre os grupos Girault C et al. Am J Respir Crit Care Med 1999; 160(1): 86
Desmame VNI através de máscara facial pode ser utilizada em paciente com repetidas falhas no teste de respiração espontânea, porém as evidências de seu benefício ainda são consideradas insuficientes
Grau de recomendação: B
Pós-Operatório A VNI pode ser utilizada com cautela no período pós-operatório imediato de cirurgias abdominais e torácicas eletivas, devendo-se respeitar as limitações e contra-indicações para o seu uso
Grau de recomendação: B
Terminalidade
VNI pode ser utilizada em pacientes terminais quando a causa da insuficiência respiratória for potencialmente reversível
Grau de recomendação: B
Contra-Indicações Parada cárdio-respiratória Infarto agudo do miocárdio Instabilidade hemodinâmica / arritmia cardíaca grave Alteração de sensório* / agitação Sangramento gastrointestinal alto Cirurgia / trauma / deformidade facial
* exceto DPOC
Contra-Indicações Cirurgia esofágica ou de via aérea alta Obstrução de via aérea alta Incapacidade de cooperar, proteger vias aéreas e manejar secreções Distensão abdominal e vômitos Pneumotórax não drenado
Am J Respir Crit Care Med 2001; 163: 283 Consenso Brasileiro de VM 2006
Complicações Lesão de pele Irritação ocular Dor / congestão nasal Hipoxemia transitória Distensão gástrica
Hill NS. Respir Care 1997; 42:432
Monitoração Sincronia paciente-ventilador FR, FC, TA e SpO2 VAC Escape Nível de consciência Gasometria arterial
Sem melhora em 1 hora
Considerar intubação
Preditores de sucesso Jovem (<40 anos) Menor APACHE II Cooperativo Menor fuga aérea Hipercapnia moderada Acidemia moderada (7,35 - 7,10) Melhora das trocas após 1 ou 2 hs Am J Respir Crit Care Med 2001; 163: 283
Descontinuação da VMNI Progressivamente os níveis de pressão positiva Progressivamente os períodos de ventilação espontânea
Paciente com insuficiência respirató respiratória aguda Médico assistente Médico plantonista
Paciente DPOC, IMUNOC, tem EAP ou DPOC em desmame difícil
PCR / IAM Alteração sensório / agitação Sangramento gastrointestinal alto Instabilidade hemodinâmica / arritmia cardíaca grave Cirurgia, trauma ou deformidade facial Cirurgia esofágica e via aérea alta Incapacidade cooperar, proteger via aérea e manejar secreções Distensão abdominal / vômitos Pneumotórax não drenado
NÃO SIM Avaliar presença de contra-indicações de VNI
SIM Considerar intubação traqueal
NÃO DPOC / Imunoc / Desmame DPOC EAP
Modo: BiPAP Iniciar PI:5 e PE:0 cmH 2O Aumentar PI até VAC > 5ml/Kg Evitar PI>20 cmH2O Aumentar PE para Sat>90%
Modo: preferencialmente CPAP Iniciar com 5 cmH20 e aumentar até 12 cmH2O para Sat>90%
Avaliar conforto e melhora clínica Por 1 hora SIM Avaliar gasometria após 2hs Manter em VNI por 24hs
Fisioterapeuta Enfermagem Médico plantonista Médico assistente
NÃO Fisioterapeuta Enfermagem Médico plantonista